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PRODUÇÃO DE GELÉIAS FUNCIONAIS SEM ADIÇÃO DE AÇÚCAR A BASE DE CAJÁ E ACEROLA Patrícia de Lira Salgado ¹ Naira Paes de Moura ¹ Ana Carolina de Almeida Lins2 Maria Inês Sucupira Maciel 3 RESUMO O cajá (Spondias mombim L.) é uma fruta nativa das Regiões Norte e Nordeste e é rica fonte de pro-vitamina A (caroteno). Essas regiões também vêm se destacando na produção de acerola (Malpighia emarginata DC) que é conhecida como fonte natural de vitamina C. Como as geléias são consideradas o segundo produto em importância comercial para a indústria de conservas de fruta brasileira e o consumo de produtos dietéticos está aumentando a cada ano, este trabalho objetivou desenvolver geléias à base de cajá e acerola, ricas em sólidos das frutas, sem adição de açúcares de maneira a otimizar tecnologias. Geléias com diferentes proporções de polpas de cajá e acerola, pectina e edulcorantes (sorbitol e sucralose) foram elaboradas e submetidas a análises sensorial e físico-quimicas. Duas formulações de geléias (50% cajá e 50% acerola) e (60% cajá e 40% acerola) foram as mais apreciadas pelos julgadores e apresentaram valores de Acido Ascórbico (41,25mg/100g) e Flavonóis Totais elevados (133,35mg/100g). Portanto, podem ser consideradas promissoras em termos de alimentos funcionais por possuírem teores elevados de compostos antioxidantes. PALAVRAS-CHAVE: Spondia mombim. Malphigia emarginata DC. Processamento. 1 INTRODUÇÃO O cajá (Spondias mombim L.) é bastante apreciado em todo o Brasil, e é consumido, preferencialmente, no Norte e Nordeste na forma in natura e, nas outras regiões do país, na forma de polpa (MATA et al., 2005). Ainda não devidamente caracterizado, particularmente no que se refere ao seu potencial para industrialização, o cajá demanda pesquisas. Embora exista expectativa de desenvolvimento e expansão de seu cultivo, o cajá é bastante perecível, havendo a necessidade de seu processamento para aumentar sua vida útil (MATA et al., 2005). Apesar de sua industrialização estar voltada para a produção de polpas, Gomes (2000) descreve essa fruta como sendo própria para a elaboração de geléias, compotas, doces e sorvetes pelo seu sabor refrescante. Além disso, o cajá é rica fonte de pro-vitamina A (caroteno), fornecendo valor maior que o caju, a goiaba e algumas cultivares de mamão e de manga Bourbon e Haden (RODRIGUEZ-AMAYA et al., 1989). 1 Graduandas em Economia Doméstica e Estagiárias do Laboratório de Análises Físico-Químicas de Alimentos do Departamento de Ciências Domésticas. Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Dom Manoel de Medeiros s/n. Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail [email protected]; [email protected]. 2. Mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Dom Manoel de Medeiros s/n. Dois Irmãos Recife, Pe, CEP 52171-900. E-mail [email protected] 3.Professora Adjunta do Departamento de Ciências Domésticas, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Dom.Manoel de Medeiros s/n. Dois Irmãos Recife, Pe, CEP 52171-900. E-mail [email protected] A produção de acerola (Malpighia emarginata DC) também tem destaque nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, tendo sua produção atingido 502.979 toneladas no ano de 2007, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É conhecida como fonte natural de vitamina C, por apresentar elevados valores, que segundo Gomes (2000) variam de 853,51 mg/100g a 1.631,01 mg/100g . Por esta razão seu consumo deve ser incentivado sob todas as formas possíveis. A acerola tem grande destaque comercial no mercado fruticultor, gerando uma superprodução que vem justificando estudos direcionados ao desenvolvimento de novos produtos a partir das matérias-primas que concentram no fruto in natura e na polpa, sua maior forma de consumo, atraindo o interesse de fruticultores de várias regiões do Brasil (SOARES et al., 2001). O processamento mínimo de frutas e hortaliças prolonga a vida útil de alimentos oriundos da produção agrícola, permitindo uma melhor distribuição e comercialização. Segundo as normas técnicas da Comissão Nacional de Normas e Padrões para AlimentosResolução normativa n° 12/78, a geléia é um produto obtido pela cocção de frutas inteiras ou em pedaços, polpa ou suco de frutas, com açúcar e água, concentrado até consistência gelatinosa. Não poderá ser colorida ou aromatizada artificialmente, sendo tolerada a adição de pectina e acidulantes para compensar qualquer deficiência destes componentes da fruta. Sua consistência deve ser tal que, quando extraída do recipiente, seja capaz de se manter no estado semi-sólido. Pode ser elaborada com uma ou mais espécies de frutas, sendo, portanto designada como simples ou mista, respectivamente. Nos últimos vinte anos a procura por produtos dietéticos vem aumentando sistematicamente, o que faz com que a indústria de gênero alimentício invista pesadamente em pesquisas orientadas para a elaboração de novos produtos. Essas pesquisas vêm sendo realizadas com o intuito de contribuir para uma melhor qualidade de vida da população incentivando a diminuição do consumo do açúcar que é causador de efeitos adversos como diabetes, doenças coronarianas, obesidade e outras (MENDONÇA et al., 2005). Entre os inúmeros adoçantes, O sorbitol e a sucralose são freqüentemente utilizados em produtos dietéticos e possuem doçura muitas vezes superior à sacarose (BOBBIO e BOBBIO, 2003). Desta forma a produção de edulcorantes vem se aperfeiçoando, tornando o sabor de seus produtos mais próximo ao da sacarose. O ponto de geleificação de geléias dietéticas se torna mais complicado, uma vez que depende do equilíbrio da relação entre tipo e quantidade de pectina, pH e teor de sólidos do 2 produto (NITZKE; MACHADO, 2004). A consistência e textura própria destes produtos são obtidas, ao se fazer a substituição da sacarose por edulcorantes apropriados, deve reproduzir ao máximo as características de doçura e textura do alimento com este açúcar. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo desenvolver formulações de geléias dietéticas mistas à base de cajá e acerola, com propriedades funcionais, de maneira a otimizar tecnologias, assegurando a obtenção de produtos de qualidade e nutritivos. 2 MATERIAL E MÉTODO Foram utilizados cajá (Spondias mombim) e acerolas (Malpighia emarginata DC.) no estádio de maturação maduro, obtidos em supermercados do (Recife-PE), stevia cristal, sob a forma sólida (doado pela empresa STERVIAFARMA Industrial S/A), sorbitol da marca VETEC e sucralose (cedia pela Tovani Benzaquen Rep. LTDA) como edulcorantes. As geléias foram eleboradas no laboratório de Técnica Dietética do departamento de Ciências Domésticas (DCD) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), com cinco diferentes proporções de polpa de cajá (25%, 40%, 50%, 60%,75%) e acerola (75%, 60%, 50%,40%, 25%) e mais pectina (0,5%), Sorbitol (2%), sucralose (0,02%), stevia (0,06%) e fosfato tri-cálcio (0,05%) segundo o fluxograma apresentado na Figura 1. ARMAZENAMENTO FRUTAS SELEÇÃO E LAVAGEM RESFRIAMENTO EM ÁGUA CORRENTE AQUECIMENTO (95° por 15 minutos) ENVASE (85°C) FILTRAÇÃO (Resíduos) ADIÇÃO DE STÈVIA, SUCRALOSE E FOSFATO TRI-CÁLCIO CALDO CLARIFICADO FORMULAÇÕES (F3, F4, F5, F6,F7) ADIÇÃO DE SORBITOL E PECTINA HOMOGENEIZAÇÃO Figura 1. Fluxograma de Processamento para obtenção de geléias mistas dietéticas de cajá e acerola. O caldo clarificado de cajá foi preparado utilizando-se uma centrifuga da marca Walita 3 para obtenção da polpa e homogeneizado em liquidificador com água mineral (1000g de polpa para 250 ml de água), passado em peneira e por último filtrado em gaze. O caldo clarificado de acerola não foi diluído e ambos foram submetidos à cocção por 15’ a 95°C, separadamente. As cinco formulações foram preparadas utilizando as quantidades de adoçante de acordo com a legislação (ANVISA). O teste de preferência das geléias mistas, segundo o Método de Ordenação (Figura 2), foi conduzido no laboratório de Análise Sensorial de Alimentos do DCD/UFRPE em cabines individuais, ambiente climatizado com iluminação natural e com a participação de 40 julgadores não treinados de ambos os sexos, com idade entre 18 e 50 anos, pertencentes à comunidade universitária. Cada julgador recebeu cinco amostras de geléia (15g) em copos de polietileno, codificados de maneira casualizada com três dígitos, dois biscoitos tipo água e sal, e um copo com água mineral. Para a soma de ordens foi considerado o valor 1 (geléia mais preferida) e o valor 5 (menos preferida) e avaliada estatisticamente pelo teste de Friedman, utilizando-se os dados da tabela de Newell e MacFarlane (FERREIRA et al., 2000). Nas formulações foram determinados: o pH utilizando potenciômetro em eletrodo de vidro, sólidos solúveis totais em refratômetro digital, expressos em °Brix, acidez total titulável, ácido ascórbico de acordo com A.O.A.C (1990), antocianinas e flavonóis totais pelo método espectrofotométrico, Carotenóides totais, segundo método descrito por Rodriguez-Amaya (1999); Teor de compostos fenólicos totais, de acordo com a metodologia proposta por Wettasinghe e Shahidi (1999), utilisando reagente Folin-ciocalteu, tendo a catequina como padrão. A cor foi determinação utilizando um colorímetro da marca Minolta operando em sistema CIE (L*a*b*), sendo L* a luminosidade, a* a intensidade da cor vermelha e b* a intensidade da cor amarela. Os resultados da análise sensorial (ADQ) e das características físico-químicas foram calculados segundo o delineamento experimental com blocos completos casualizados utilizando três repetições e sendo os dados submetidos à análise de variância (ANOVA) e classificação pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Nome:_____________________________________ Data: ____________ Você irá receber uma série de amostras (cinco), prove cada uma delas cuidadosamente. Ordene-as de acordo com sua preferência, colocando o número 1 (amostra de maior preferência), 2 (segunda preferida), ao lado do código da amostra. Enxágüe a boca após a degustação de cada amostra e espere trinta segundos. Código da amostra Ordem de preferência 100 375 084 990 4 128 Figura 2. Ficha de avaliação da análise sensorial de preferência das amostras de geléia dietética mista de cajá e acerola. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO A Figura 3 mostra o resultado do teste de preferência das geléias dietéticas mistas de cajá e acerola com a participação de 40 julgadores de ambos os sexos, com idades entre 18 e 50 anos, pertencentes à comunidade universitária. Foi considerado para a soma de ordens, o valor 1 para geléia mais preferida e o valor 5 para a menos preferida; desta forma, a geléia que apresentou o menor valor de soma de ordens foi a mais preferida. Observa-se que houve diferença significativa entre elas ao nível de 5% de probabilidade, sendo as mais preferidas a G3(50% cajá e 50% acerola) e G5 (60% cajá e 40% acerola). 5 G3 4 M É D I A S G4 3 G5 2 G6 1 G7 0 GELÉIAS Figura 3. Preferência dos consumidores pelas geléias mistas de cajá e acerola. As características físico-químicas dos caldos de acerola e de cajá (100%) e os caldos das formulações antes do processamento, bem como, das geléias dietéticas mistas de cajá e acerola encontram-se na Tabela 4. Os valores de pH dos caldos e das geléias ficaram entre 3,26 e 3,46 não apresentando diferença significativa entre as formulações. Brunini et al. (2004) analisando polpa de acerola, encontraram valores de pH entre 2,39 e 4,0 e Maranhão (2007) encontrou valores entre 3,4 e 4,1 para caldos e geléias mistas de manga com acerola estando próximo aos valores encontrados neste estudo. Os teores de sólidos solúveis totais para geléias dietéticas encontram-se na faixa de 36,2 e 36,3°Brix, bem mais baixos do que para as geléias convencionais, que de acordo com a legislação brasileira deve ficar em torno de 64°Brix. Porem não demonstram diferença significativa mesmo contendo diferentes proporções de caldos de frutas nas formulação. A acerola é uma fruta com baixo teor de sólidos solúveis totais (6,0°Brix) e o cajá com mais 5 elevado (9,0°Brix). Campos e Cândido (1995) relatam valores menores ao encontrado neste estudo para geléias de manga com baixo teor calórico 24 a 26°brix. A variação dos valores médios de ATT para os caldos e geléias de acerola com cajá e das formulações mistas pode ser atribuída às diferentes proporções das frutas utilizadas na elaboração dos produtos. Lima et al.,(2002) obtiveram um valor médio de 1,9 com variação de 1,55 a 2,40 para acerolas do Banco de Germoplasma do IPA, enquanto Silva Júnior et al., (2004) apresentaram ATT média de 1,20 com variação de 0,74 a 1,49. Os valores elevados do teor de acidez característico da polpa de acerola (1,46g de ácido málico/100g) pode desagradar sensorialmente o consumidor, entretanto contribui para a conservação dos produtos elaborados com a referida fruta. Resultados semelhantes foram encontrados por Melo et al. (1999) em geléias mistas de acerola e pitanga. As geléias dietéticas mistas G3 (50% de acerola) e G5 (40% de acerola) apresentaram teores de AA significativamente mais baixos que os caldos de acerola (CA), C3 e C5. A diminuição dos teores destes compostos na geléia em relação ao caldo pode ser resultante da cocção sofrida para obtenção do produto, uma vez que este composto é termolábil. Carvalho e Guerra (1995) relatam que a composição dos frutos pode ser modificada pelo processamento e armazenamento, condições que vão interferir no conteúdo de ácido ascórbico. As amostras analisadas não apresentaram diferenças significativas em relação aos teores de carotenóides, com exceção para o CA e a geléia G3 (50% cajá), a qual demonstra um acréscimo desse fitoquímico. Maranhão (2007) encontrou valores menores (18,2 e 24,6 mg/100g) ao caracterizar geléias de manga com acerola sem adição de açúcar. A cor vermelha da acerola é decorrente da presença de antocianinas sendo este detectado em valor superior no caldo de acerola do que no produto final e nos caldos mistos que continham esta fruta em sua composição. A geléia elaborada com maior proporção de acerola, conseqüentemente, apresenta maior teor deste fitoquímico. Ao comparar o teor de antocianinas do caldo de acerola com a geléia G3 (50% acerola e 50% cajá) evidencia-se que houve uma redução do pigmento. Vários fatores podem ter contribuído para a degradação deste pigmento, a exemplo da presença de oxigênio, ácido ascórbico, hidroximetilfurfural, bem como, o aquecimento utilizado no processo (BOBBIO; BOBBIO, 2003). Ao comparar o teor de flavonóis totais dos caldos das frutas com as geléias das mesmas observa-se um aumento significativo deste constituinte. Quando estudaram compostos fenólicos, Liu et al.(2002) encontraram resultados semelhantes em casca de uva ‘Isabel’ e ’Niágara’. Na Tabela 4 observa-se que estes compostos mantiveram-se estáveis 6 quando comparados os caldos simples e mistos, e o mesmo pode ser observado nas geléias, que embora tenham passado por processamento conservaram um valor relativamente alto. Maranhão(2007) encontrou valores superiores (278,3 e 601,6 mg/100g) em geléias dietéticas de manga com acerola. Segundo Prati (2005), na determinação de cor dos produtos, o valor L expressa a luminosidade ou claridade da amostra e varia de 0 a 100; assim sendo, quanto mais próximo de 100, mais clara é a amostra e quanto mais distante, mais escura. Já os valores de a, mais positivos indicam tendência à coloração vermelha e mais negativos, coloração verde. Os valores de b mais positivos expressam maior intensidade de amarelo e mais negativos, maior intensidade de azul. Pode-se observar na Tabela 4, que as geléias mistas G3 e G5 não diferiram estatisticamente quanto aos valores de L quando comparadas com os caldos, antes do processamento para obtenção das geléias, e apresentaram valores para a em torno de 5,80 e 17,28 o que significa uma coloração não próxima da cor vermelha e valores de b entre 30,29 e 44,16 indicando a presença da coloração amarela. Tabela 4. Características físico-químicas de caldo e geléia simples e mista de cajá e acerola. DETERMINAÇÕES CC CA C3 C5 G3 G5 pH 3,26ab 3,42a 3,16b 3,26ab 3,36ab 3,46a SST (° Brix) 11,13f 9,43e 10,07de 13,20c 36,20b 36,33ab ATT (g de ácido málico ou cítrico/ 100g) 2,08b 2,45b 2,38b 2,45b 4,09a 3,57a AA (mg/ 100g) 3,96e 100,30a 53,13b 41,25c 40,15c 33,47d 20,15a 16,48c 20,89a 20,83a 34,75b 21,14a 0,19f 10,14a 2,12b 1,71d 2,00c 1,55e 1,96d 3,09c 1,00e 1,01e 34,95a 13,45b CAROTENÓIDES TOTAIS (μg de equivalente em β-caroteno/g) ANTOCIANINAS (mg/ 100g) FLAVONÓIS TOTAIS 7 (mg de quercetina/100g) 258,94 b 649,90a 124,72b 725,00a 133,35b 129,39b LUMINOSIDADE – L 47,35a 45,53a 47,21a 49,31a 46,80a 51,10a COR - a 5,80b 17,28a 7,10b 10,36b 8,48b 9,33b 40,44a 43,84a 41,21a 44,16a 30,29b 37,13b FENÓLICOS TOTAIS (mg de catequina/ 100g ) COR - b Médias seguidas de mesma letra na linha, não diferem entre si pelo teste de Tukey (p < 0,05). SST= Sólidos Solúveis Totais; ATT= Acidez Total Titulável; AA= ácido ascórbico; PA= polpa de acerola; PC=polpa de cajá; G5= geléia mista ( 60% cajá e 40% acerola) C5 = Caldo da geléia G5; G3 = geléia mista (50% acerola e 50% cajá).; C3= caldo da geléia G3. 4 CONCLUSÃO De acordo com os resultados obtidos pode-se concluir que as geléias G3 (50% cajá e 50% acerola) e G5 (60% cajá e 40% acerola) foram as mais apreciadas pelos julgadores e podem ser consideradas geléias promissoras em termos de alimentos funcionais por possuírem teores elevados de compostos antioxidantes. A polpa de acerola, reconhecida como uma boa fonte de compostos bioativos, é realmente um agente enriquecedor na produção de geléias mistas com cajá. REFERÊNCIAS AOAC– (Association of Official Analytical Chemists) Ofificial Methods of Analysis of the. 17th ed. Arlington, VA., 2002. BOBBIO, F.O; BOBBIO, P.A. Química de alimentos. São Paulo: Varela. 2003. 240p. BRUNINI, M.. A., MACEDO, N. B. , COELHO,C. V., SIQUEIRA, G. F. 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