Jornal Sinergia – Fevereiro / Março de 2007

Transcrição

Jornal Sinergia – Fevereiro / Março de 2007
SINERGIA
B E LO H O R I Z O N T E • F E V E R E I R O / M A R Ç O 2 0 0 7 • A N O 6
Entrevista
Guilherme Barbassa
página 6
• NÚMERO 30 • UMA PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DA UBQ
Artigo
Érico de Barros Kehne
página 8
Ao comemorar 25 anos, UBQ se renova e
ganha mapa de planejamento estratégico
SINERGIA
UNIÃO BRASILEIRA PARA A QUALIDADE
FEVEREIRO E MARÇO DE 2007
FEVEREIRO E MARÇO DE 2007
UNIÃO BRASILEIRA PARA A QUALIDADE SINERGIA
Balanço 2006
editorial
Novas parcerias e satisfação
marcam o ano de 2006
Em busca da evolução
A
O
lguns dizem que, devido às crises do mundo de hoje, estamos
vivendo um período de involução e não de evolução.
Sim, estamos vivendo uma era de paradoxos: a evolução das
ciências exatas e da tecnologia, que está nos proporcionando surpresas a cada dia com as novas invenções, que não conduzem a
uma evolução da cultura e da civilização humana. Nem tampouco
da felicidade das pessoas. As guerras, a violência, o descontrole do
clima devido à má gestão dos recursos e o consumismo desmedido ao lado da miséria, estão a nos indicar a necessidade urgente de
mudança de rumos.
Esta mudança não passa, necessariamente por uma revolução.
Trata-se, antes de uma mudança de paradigmas, de mentalidade e
percepção, no sentido da evolução cultural e espiritual da sociedade
e de cada um de nós, que leve a humanidade a uma era do conhecimento que realmente mereça esse nome.
As tecnologias nos deram uma plataforma a partir da qual poderemos evoluir para uma civilização digna desse nome – uma nova
civilização.
O excesso de especialização, que teve êxito nas tecnologias,
precisa evoluir para um conhecimento mais sistêmico, amplo e eficaz. Só para citar um exemplo: o milagre tecnológico da televisão,
que só por si poderia nos levar a um salto qualitativo na educação e
na edificação de uma nova civilização é hoje, alegando-se um paradoxal respeito ao desejo do mercado, um instrumento que propaga,
pelo contágio psicológico, a violência, a deseducação, o desamor e
a lei do salve-se quem puder, favorecendo o descrédito em nossas
potencialidades.
Quando dois países estão em guerra, cada qual procura destruir
o moral do outro, mostrando suas fraquezas. Hoje, tem-se a impressão que estamos em guerra conosco mesmos – a mídia acentua
muito os pontos negativos e propaga a violência, mostrando-a em
filmes e casos reais. Que fazer?
A UBQ se propõe, ao lado das atividades do dia-a-dia e da realização de eventos como congressos, seminários, palestras, visitas
técnicas, além de grupos de estudo e outros fóruns de discussão, a
sonhar o sonho de uma sociedade de maior produtividade e eficácia. Propõe-se também a trabalhar em rede com outras entidades
que têm sonhos assemelhados, a ajudar na evolução da nossa sociedade. Sabemos que estamos apenas assentando um tijolo na
construção desta catedral de uma Nova Civilização.
Queremos ser um foro aberto aos debates, tanto das tecnologias
de gestão exitosas para as empresas, como também dos temas capazes de ajudar no desenvolvimento do mercado interno brasileiro,
num jogo de egoísmo inteligente – um jogo de ganha-ganha.
Maurício Roscoe é presidente da UBQ
Rua Timbiras, 1200 -3º andar - Funcionários
- 30140-060 - Belo Horizonte - MG Fone/
fax: (31)3274-3200 - www.ubq.org.br
e-mail: [email protected]
Presidente:
Mauricio Roscoe
Diretor Financeiro:
Erick Carvalho Soares Travaglia e Faria
Diretor Administrativo:
Washington Eustáchio de Freitas
Diretores Executivos:
Cláudia Maria Araújo Esteves
Dhenyse Estrada Brandão
Elaine Emar Ribeiro César
Jorge Mizerani
Márcio Bambirra
Maria Helena Batista Murta
Maria Nice de Faria Fonseca
Paulo Roberto Carneiro Leite
Ronaldo Simão
Conselho Fiscal
André Luiz Gomes
Dorico Cipriano da Silva Neto
Wander Lúcio Francisco Prado
Conselho Deliberativo
Caio Múcio Barbosa Pimenta
Cláudio Bruzzi Boechat
Celso Renato Pitanguy Lucena
Denis de Lima Souza
Maria Teresa de Azeredo Roscoe
Neuza Maria Dias Chaves
Regina Coeli Chassin Drumond
Sávio Gabriel Felipe Quintão
Equipe Gerencial
Fátima Teixeira - Gerente AdministrativoFinanceira
Renato Valle - Diretor Executivo
Valéria Versiani - Gerente de Eventos
SINERGIA
Jornalista Responsável e Editor:
Sérgio Stockler (MTb 5.741-MG)
Redação: Renata Carvalho Pereira (estagiária)
Projeto Gráfico: Pedro Miranda
Impressão: Gráfica Del Rey
ano de 2006 foi marcado por uma programação
bastante intensa e com atividades
diversificadas, que além de dar
maior visibilidade à UBQ, também contribuíram para atrair
novos parceiros, viabilizar novos
empreendimentos e projetos e,
por força do alto nível das promoções, assegurar um alto grau
de satisfação do cliente. Foram
quase 100 eventos realizados
em várias áreas, com uma média de mais de 8 por mês.
Em números exatos, a UBQ
realizou um total de 98 eventos, que atingiram um público
de 4.858 pessoas. Foram cinco visitas técnicas a empresas,
seis seminários, oito palestras,
74 cursos, duas convenções,
dois encontros técnicos e um
café com qualidade. O evento
que obteve maior número de
inscritos foi a Convenção do
CCQ, com 1400 participantes.
A média geral de satisfação do
público desses eventos chegou à excelente taxa de 91 por
cento, segundo pesquisa de
satisfação realizada ao longo
do ano passado.
Círculos de controle da qualidade
A
lém de realizar a Convenção Mineira de Círculos
de Controle da Qualidade, que conseguiu encher e
animar o Minascentro em maio
do ano passado, a UBQ realiza
treinamentos, cursos e outras
atividades destinadas á divulgação e adoção do CCQ pelas
empresas. Um exemplo de treinamento de CCQ aconteceu em
setembro na Iveco Fiat do Brasil
Ltda. “O CCQ foi um marco importante na história da Iveco. Os
funcionários ficaram entusiasmados com o programa, foram
36 grupos de efetivados que
participaram do treinamento. A
união da Iveco com a UBQ aumentou muito o nosso lado motivacional”, testemunha Christian
Clayton da Silva, analista de Tecnologia Industrial da Iveco.
Assim como a Iveco, o CIAAR (Centro de Instrução e Adap-
tação da Aeronáutica) em 2006
também concretizou sua parceria com a UBQ. E em fevereiro
de 2007, colocou em prática o
programa 5S (Cinco Sensos):
“No dia do senso de ordenação,
descartamos todos os materiais
inutilizados, a unidade parou por
dois dias, nós fizemos um expediente interno. Foi gratificante ver
que todos, independente da função hierárquica, participaram do
processo de ordenação”. Disse
o Coronel Manoel da Silva.
Importantes empresas como
a Usiminas Mecânica, a Cemig e
a Companhia Vale do Rio Doce
– CVRD também participaram da
capacitação de Ferramentas da
Qualidade e Metodologia Masp,
do programa CCQ promovido
pela UBQ no ano passado.
De acordo com Valéria Versiani, gerente de eventos da
UBQ, foi por meio de um crono-
grama bem definido e racional e
de uma programação ampla e
interessante para os parceiros,
associados e clientes em geral,
além de mais voltada para resultados, que a UBQ atingiu esses
números e esse alto índice de
satisfação.
Pesquisa
mediu
satisfação de sócios
Buscando avaliar a opinião
dos seus associados, a UBQ realizou uma pesquisa de satisfação,
aplicada no final do ano passado.
O formulário da pesquisa
contou com espaços para o associado atualizar o seu cadastro,
enviar sugestões de treinamento
para 2007 e, ainda, aferir o nível
de satisfação em relação a itens
como o site da UBQ, seu acervo
(CDI) e qualidade de atendimento. A pesquisa também foi fundamental para a UBQ reunir dados
para uma avaliação real sobre
seu relacionamento com os associados e, ainda, para apontar
possibilidades de melhoria de
relacionamento e serviços. O
formulário foi amplamente distribuído entre os associados e
o seu retorno chegou a 30%,
somando associados físicos e
jurídicos, o que garantiu uma
amostra bastante representativa do universo de associados e
clientes da UBQ, assegurando
credibilidade ao seu resultado.
SINERGIA
UNIÃO BRASILEIRA PARA A QUALIDADE
FEVEREIRO E MARÇO DE 2007
FEVEREIRO E MARÇO DE 2007
Planejamento estratégico
é prioridade em 2007
Através de workshop realizado em fevereiro desse ano, a UBQ
se mobilizou com objetivo de revisar e atualizar seu planejamento
estratégico, gerando o seu mapa estratégico e adequando-se às
novas condições do ambiente onde atua.
O processo foi conduzido pelo Grupo Yes Consultoria,
empresa associada e parceira da UBQ com a finalidade de
formular as suas estratégias, orientadas para as necessidades da sociedade, estabelecer e desdobrar metas e elaborar
planos de ação para atingi-las, considerando o ambiente interno, externo, atual e futuro.
O Planejamento Estratégico é um processo gerencial que
permite que se estabeleça um direcionamento a ser seguido pela
empresa, com o objetivo de se obter uma otimização na relação
entre a empresa e seu ambiente.
Ele diz respeito à formulação de objetivos para a seleção de
programas de ação e para sua execução, levando em conta as
UNIÃO BRASILEIRA PARA A QUALIDADE SINERGIA
UBQ faz sintonia fina
em sua identidade
organizacional
condições internas e externas à empresa e sua evolução esperada. Também considera as premissas básicas que a empresa
deve respeitar, para que todo o processo tenha coerência e sustentação.
Além do compromisso de conquistar e manter clientes satisfeitos, as organizações bem sucedidas devem estar sempre
prontas a se adaptar a mercados em contínua mudança. O planejamento estratégico cumpre exatamente esta função, pois busca manter uma flexibilidade viável de seus objetivos, habilidades
e recursos enquanto mantém um compromisso com o lucro, o
crescimento e sua missão organizacional.
“O workshop de planejamento foi importante para a UBQ,
pois traçamos um mapa estratégico junto com a nova diretoria, e
ainda teremos um software que foi elaborado para acompanhar
todas as atividades que a entidade realiza”. Completou o diretor
executivo da UBQ, Renato Valle
O workshop promoveu uma modernização e atualização da
Missão, Visão e Valores da UBQ, após debates que visaram
atingir uma maior precisão de foco. A sutileza da mudança
sugere uma sintonia fina no texto da Missão da instituição,
ampliando o seu alcance por meio de pequenas alterações,
indicando ações práticas e objetivos definidos que podem e
devem funcionar como ferramentas capazes de tornar mais
funcionais e compreensíveis as metas propostas pela antiga
Missão. Uma inversão na ordem das idéias contidas no texto,
para ganhar mais precisão e viabilidade de cumprimento dos
objetivos explicitados. Veja como ficou:
MISSÃO:
“Promover o debate de idéias e a difusão de conceitos
e práticas da gestão pela qualidade, contribuindo para
o desenvolvimento sustentável da sociedade, das organizações e das pessoas”.
O estabelecimento de um planejamento estratégico envolve
cinco atividades:
1. Definição da missão corporativa.
A visão que também foi revista e alterada, com o objetivo de
se tornar ainda mais clara, envolvente e fácil de memorizar, além
de compatível com os valores da organização e ligada às necessidades da sociedade. A visão da UBQ para 2010 ficou assim:
2. Análise da situação.
3. Formulação de objetivos.
VISÃO:
4. Formulação de estratégias.
“Manter e consolidar os projetos existentes e criar novas
frentes de trabalho integradas às estruturas empresariais,
acadêmicas e sociais”.
5. Implementação, feedback e controle.
Durante o workshop a UBQ também definiu seus valores, que
são os seguintes:
VA L O R E S :
Sinergia, Relacionamento, Confiança, Evolução, Constância de propósito, Pró atividade, Ética e Foco em fatos e
dados.
Segundo o consultor do Grupo Yes, Guilherme Barbassa,
coordenador do workshop, “a UBQ queria uma atualização,
um ar de modernidade, e ainda mais, queria ressaltar o seu
compromisso com as pessoas e as organizações, por isso reformulamos a sua identidade organizacional”.
SINERGIA
UNIÃO BRASILEIRA PARA A QUALIDADE
FEVEREIRO E MARÇO DE 2007
entrevista
FEVEREIRO E MARÇO DE 2007
Guilherme Barbassa
Rede de relacionamento pode ajudar a
criar oportunidades de recolocação
Planejamento estratégico,
a construção do futuro
A UBQ tem larga atuação como um canal de relacionamento entre seus associados. Como a
entidade possui um bom entrosamento com as áreas de RH e de treinamento das empresas associadas, ela termina por funcionar como um meio de repassar o currículo de seus sócios em busca
de empregos e de oportunidades na área da qualidade. Para isso é preciso que o associado da
UBQ envie seu currículo para [email protected]. É importante lembrar que a análise, a seleção e o
recrutamento do profissional são de exclusiva responsabilidade da empresa empregadora.
Em entrevista ao jornal Sinergia, Guilherme Barbassa, sócio-diretor da empresa de consultoria Grupo Yes, empresa
parceira da UBQ, fala sobre Planejamento Estratégico e sua
importância para as organizações:
Sinergia: Por que fazer um planejamento estratégico?
Guilherme Barbassa: O objetivo
do planejamento estratégico é
definir um posicionamento estratégico que crie e/ou fortaleça
a vantagem competitiva da empresa e estabelecer ações estratégicas para tornar este posicionamento realidade.
ced Scorecard (BSC) ou o (GPD)
Gerenciamento pelas Diretrizes),
e adotam uma sistemática contínua de avaliação dos resultados
e adoção de medidas corretivas.
A utilização de softwares, como o
“Gestão Estratégica”, desenvolvido e comercializado pelo Grupo
Yes e que inclusive é utilizado pela
Fundação Unimed, facilita muito a
implementação desta sistemática
garantindo assim, o alcance das
metas estabelecidas.
Sinergia: O que é o Planejamento Estratégico?
“Abrir mão do
planejamento
estratégico
é o mesmo
que optar
por se tornar
vítima das
circunstâncias”
G.B.: O planejamento estratégico
é o processo através do qual a organização se mobiliza para formular as suas estratégias, orientadas
para o mercado, para estabelecer
e desdobrar metas e para elaborar planos de ação para atingi-las,
considerando os ambientes interno, externo, atual e futuro.
Sinergia: Existe a época mais adequada para a elaboração do PE?
G.B.: Não existe uma época,
porém a ocorrência ou a possibilidade de ocorrência de alguns
fatos como o acirramento da
concorrência, mudanças no comportamento do mercado, pressão
de fornecedores, chegada de novos entrantes, possibilidade de
produtos substitutos, perda de
margem ou de participação de
mercado, exigem que a empresa
repense seu futuro. Entretanto,
empresas que adotam o planejamento estratégico periodicamente, acabam praticando a gestão
estratégica. Isto é, implementam
metodologias de desdobramento
dos objetivos e metas estratégicas (como, exemplo destas metodologias podemos citar o Balan-
Sinergia: Há instituições em que
o planejamento seja mais fácil
ou mais difícil?
G.B.: A facilidade ou a dificuldade de realizar o planejamento
estratégico de uma organização, muitas vezes está ligada
à dinâmica do setor no qual ela
atua. Alguns setores são de tecnologia intensiva e outros, nem
tanto. Em alguns, a concorrência é muito acirrada e em outros,
menos. Uns dependem de conhecimentos específicos, outros
não. Enfim, o setor de atuação
da empresa e os cenários nos
quais este setor está inserido
podem determinar o grau de
dificuldade para se definir um
posicionamento estratégico que
diferencie a empresa.
Sinergia: Quais são as vantagens
para quem adota o PE?
G.B.: As empresas que adotam a gestão estratégica estão
continuamente reavaliando suas
estratégias para criar valor para
a organização e desenvolvendo, nas pessoas que ocupam
função gerencial, o pensamento
estratégico. O pensamento es-
UNIÃO BRASILEIRA PARA A QUALIDADE SINERGIA
Parcerias oferecem vantagens para o associado
tratégico é o processo de pensamento que se dá na mente
das pessoas-chave da organização, que as ajuda a determinar a aparência da organização
em determinado momento futuro. Este processo, que contribui
sobremaneira para elevar o nível
da função gerencial e pode, por
si só, constituir uma vantagem
competitiva importante para
uma organização.
Em fevereiro de 2006, o Pitágoras Sistema de Educação
Superior tornou-se o mais novo
parceiro da UBQ. A instituição
oferece 10% de desconto aos
associados para os cursos de
especialização no campus Vila
da Serra e para todos os cursos
de graduação dos campi de Belo
Horizonte e Betim.
A Faculdade de Ciências
Médicas promove curso de
Especialização em Gestão Organizacional em Serviços de
Saúde. O curso pretende desenvolver a visão crítica quanto
a análise de políticas, planejamento de objetivos e definição
de resultados nas organizações. Associados da UBQ recebem 10% de desconto no
Módulo de Especialização I.
Para saber mais sobre os
descontos e conhecer outras
vantagens que a UBQ oferece, entre em contato conosco:
3274-3200, ou mande um e-mail
para [email protected]
Cursos In Company podem ser customizados
Sinergia: O PE pode ser revisado? Com qual freqüência?
G.B.: O posicionamento estratégico geralmente é construído num
período de tempo maior, entre 2 e
3 anos ou até mais. Porém, conforme dito anteriormente, a prática
do planejamento estratégico deve
evoluir para a gestão estratégica
e, sendo assim, a avaliação das
metas e ações estratégicas deve
se dar pelo menos uma vez a
cada trimestre.
Sinergia: Quem deve fazer um PE?
G.B.: Qualquer organização
para construir seu sucesso futuro deve fazer uso da metodologia de planejamento estratégico, não importa se é uma
organização pública, privada
ou do terceiro setor, ou se é
uma pequena, média ou grande instituição. Esta prática deve
ser utilizada porque o futuro é
construído. Abrir mão do planejamento estratégico é o mesmo
que terceirizar o seu futuro. Sua
organização será parte do planejamento de alguém. Abrir mão
do planejamento estratégico é o
mesmo que optar por se tornar
vítima das circunstâncias.
Os cursos In Company ou Fechados oferecidos pela UBQ podem ser customizados pelas empresas
clientes de acordo com suas necessidades específicas. Isto quer dizer que cada empresa pode formatar
o seu curso, personalizando-o de forma a melhor atender às suas especificidades, caso a caso. Nessa
modalidade de treinamento, a empresa tem a oportunidade de indicar os pontos em que quer mais destaque, recebendo um atendimento personalizado. O curso também pode ser realizado dentro do próprio
ambiente da empresa. A UBQ oferece um corpo técnico de profissionais qualificados com experiência
em gestão organizacional, pessoas e processos, atendendo os diversificados ramos empresariais. Informações na UBQ: 3274-3200.
Nova diretoria da UBQ é empossada
Tomou posse no último dia 5 de março, a nova
diretoria da UBQ, eleita no final de 2006. O mandato
da nova diretoria, que foi reeleita, é bienal, com vigência até março de 2009.
Durante a posse, foram apresentados as diretrizes da UBQ, os projetos da instituição para o ano de
2007 e o Planejamento Estratégico.
Café com Qualidade tem convidado especial
No último dia 7 de março, a UBQ realizou o Fórum Estratégico – Café com Qualidade,
para seus associados patrocinadores. O convidado especial foi o presidente do Tribunal de
Justiça de Minas Gerais - TJMG, desembargador Orlando Adão Carvalho, que desde 1995
desenvolve programa de qualidade na instituição que preside.
O Desembargador apresentou o modelo de gestão pela qualidade implantado no TJMG
e enfatizou os projetos que visam agilizar processos e buscar excelência em atendimento na
área jurídica.
O evento contou com a participação de representantes, da Fiat Automóveis, Furnas Centrais
Elétricas, CIAAR, entre outros.
notas
Assembléia
Geral
Ordinária:
Convocação
A UBQ, através de sua Diretoria Executiva, convoca todos
os associados, pessoas física e
jurídica, para a Assembléia Geral Ordinária, a realizar-se no dia
29 de março de 2007, às 18h,
em primeira convocação e, em
segunda e última convocação
às 18h 15, em conformidade
com o estatuto, para deliberar
sobre a seguinte pauta:
a) Dar conhecimento das atividades sociais realizadas pela
entidade em 2006;
b) Deliberar sobre a prestação de
contas do exercício de 2006;
c) Dar conhecimento dos planos de trabalho da entidade
para exercício de 2007.
Para instalação da Assembléia o “quorum” mínimo comprovado pelas assinaturas no
“Livro de Presença são de:
a) 50% do número total de associados, em primeira convocação.
b) Com qualquer número, em
segunda e última convocação;
15 minutos após a primeira, exceto no caso previsto no parágrafo único do art. 32.
Todo associado tem direito
a um voto, podendo se fazer
representar por procuração. Da
mesma forma, o associado coletivo deve delegar poderes a
seu representante ou delegado
com direito a um voto.
SINERGIA
UNIÃO BRASILEIRA PARA A QUALIDADE
FEVEREIRO E MARÇO DE 2007
artigo
Espada japonesa – exemplo
máximo de qualidade
Érico
E
m 1542, quando os mercadores e navegadores portugueses, os primeiros ocidentais a pisar no Japão, chegaram em
Tanegashima, uma ilha na costa sul de Kyshu,
depararam-se com dois elementos que os
impressionaram sobremaneira: a casta dos
samurais e o “verdadeiro espírito” desses – a
espada (ou katana) japonesa. Apenas os samurais (a palavra “samurai” vem do verbo clássico japonês SABURAU, que significa “servir”)
estavam autorizados a usar as duas espadas
– a longa, ou katana e a curta, wakizashi. Esse
par constitui o chamado daisho.
Barros Kehne
dureza mediana e a parte curva (ou mune)
mais macia. Com isso, ela se torna menos
frágil, ligeiramente flexível e com um enorme e futuro poder de corte. A lâmina está,
agora, pronta para ser polida. O polimento
é feito à mão, com pedras naturais de cerâmica, cada vez menos ásperas, até que a
superfície fique semelhante a um espelho.
Por fim, a lâmina é afiada. Materiais nobres
são utilizados na confecção das demais
partes da katana; assim, por exemplo, o
tsuka (ou parte que forma a empunhadura
da espada) e o saya (a bainha da katana),
devem ser confeccionados à mão, em carvalho japonês. Além disso, o tsuka deve
ser revestido com pele de raia oceânica
(raia samê), o que garante durabilidade de
até duzentos anos. Além do uso prático,
as katanas japonesas feitas por mestres
espadeiros conceituados, são vendidas
por alto preço (as mais simples variam de
6.000 a 15.000 dólares), podendo chegar
a mais de 150.000 dólares (vide site www.
nihonto.com) e são consideradas um excelente investimento, chegando mesmo a
serem guardadas em cofres de banco.
Os séculos XII e XIII foram considerados
a grande era dos fabricantes japoneses,
como Muramasa e Masamune. Acreditavase que a própria personalidade do fabricante se incorporava à espada. Dessa forma,
Muramasa, que era um fabricante de grande
perícia, mas possuidor de uma mente violenta e desequilibrada que chegava à loucura, transmitia às lâminas que forjava uma
verdadeira sede de sangue, enquanto Masamune, tranqüilo e digno, também transmitia essa dignidade às lâminas.
O processo de fabricação das katanas
reveste-se até hoje de um caráter espiritual e
de grande complexidade. Dessa maneira, o
mestre espadeiro deve iniciar o seu trabalho
com uma purificação mental rigorosa e, só
então, iniciar a forjadura da lâmina. Tudo começa com a obtenção de aproximadamente
três quilos de minério de ferro, provenientes
de uma mina específica, localizada no Japão. O primeiro estágio da fabricação da
espada é a fundição do minério e a sua moldagem na forma de um bloco retangular sólido, ao qual é afixado uma espécie de cabo
bem comprido, que depois será retirado. O
bloco é batido na bigorna até ficar achatado. Essa peça achatada pode ser coberta
de palha ou mergulhada numa solução que
remove as impurezas do metal. Ainda aquecida ao vermelho, ela é fendida na metade
com um formão bem duro e dobrada sobre
si mesa, de modo a assumir novamente um
formato regular. É recolocada na fornalha e o
processo é repetido milhares de vezes. Esse
processo de dobrar, bater e redobrar dispõe
o aço em camadas finíssimas, semelhantes
às de um compensado de madeira. O temperamento acontece depois que a lâmina já
foi achatada e formada com um lado mais
de
Érico de Barros Kehne é médico, professor de Cirurgia da Faculdade de Ciências
Médicas de Minas Gerais e um estudioso e
praticante de lutas marciais japonesas.
SÓCIOS PATROCINADORES
fino, o qual será, ao fim do processo, o fio
da espada. O metal é aquecido a uma temperatura exata, que só o mestre espadeiro
consegue avaliar, pela cor que a lâmina
assume ao fogo. É mergulhada então num
líquido frio. Os dois lados da lâmina são
agora de espessuras diferentes; por isso, se
expandem e se contraem em proporções diferentes, dando à lâmina curvatura característica. O temperamento também endurece
o exterior da lâmina (o hamon), mas deixa
o interior (a parte média ou shinogi) com
SÓCIOS PARCEIRO

Documentos relacionados