Na contramão do setor, venda de carros usados cresce 5% no ano

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Na contramão do setor, venda de carros usados cresce 5% no ano
Na contramão do setor, venda de carros usados cresce 5% no ano
Escrito por Admin Global [Vitor - Exibir Comunicação]
Seg, 07 de Julho de 2014 11:00
A queda no número de carros novos vendidos no país em 2014 está sendo acompanhada por
um aquecimento do mercado de usados.
A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) aponta que o
número de carros seminovos e usados negociados neste ano subiu 5,47% até maio, na
comparação com os 5 primeiros meses do ano passado.
No mesmo período, a venda de carros 0 km caiu 5,19%. A queda se aprofundou em 7,3% no
acumulado até junho, fazendo este o pior primeiro semestre em 4 anos para automóveis e
comerciais leves (picapes, furgões e SUVs) novos, segundo divulgou a Fenabave na última
semana.
A entidade ainda não divulgou o balanço de vendas de usados até junho.
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Segundo as concessionárias, o desaquecimento da economia, o crédito mais escasso e o
maior comprometimento da renda do brasileiro não são os únicos fatores que explicam a maior
procura por usados.
"A maior explicação para este fenômeno foi o aumento que os carros novos tiveram a partir de
janeiro, com o aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), e a inclusão do aribag
e ABS, que fizeram o preço subir em torno de 4% a 5% nas várias marcas", afirmou o
presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti.
"Muitos dos clientes que estavam dispostos a comprar um carro novo foram para o seminovo e
conseguiram um modelo com maior valor agregado por preço semelhante", complementa.
A inclusão de novos itens obrigatórios para carros zero começou a valer em 1º de janeiro,
mesmo dia em que o desconto no IPI para carros ficou menor.
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Para este mês de julho estava previsto um novo corte nesse desconto ou a retomada da
alíquota "cheia" do imposto, mas, diante dos números fracos de vendas, o governo decidiu
manter o IPI como está até o fim do ano.
A cada carro novo, 3 usados vendidos
O desconto no IPI começou em maio de 2012, também em função de baixa nas vendas dos
carros novos e alta nos estoques das montadoras e das lojas.
Na época, foi zerado o IPI para carros com motor 1.0 -atualmente, a alíquota é de 3%, ainda
com desconto; a normal é de 7%. Também ficou menor o IPI para carros com motor até 2.0.
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A medida fez a indústria bater recordes mensais de vendas e, consequentemente, levou os
carros usados a desvalorizarem até 20% mais e fez lojas de seminovos e usados fecharem.
Agora, com o desconto menor e o custo da inclusão do airbag e do ABS, a situação dos
usados volta ao normal, diz a Fenabrave. O aquecimento do mercado de carros de segunda,
terceira ou várias mãos fez com que a relação entre o número de veículos usados e novos
comercializados voltasse ao patamar 2 anos atrás, de 3 para 1.
"No Brasil chegamos a relação de 2,2 para 1 quando o mercado de novos estava muito
aquecido", lembra Meneghetti. "Agora que o mercado de novos está mais frio, a relação voltou
a estar 2,9 para 1, que é a média brasileira história e praticamente a média mundial", afirma.
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A Fenabrave não acredita, porém, que esta relação deve subir acima do patamar de 3 para 1.
A federação destaca que a queda nas vendas de carros zero quilômetro está fazendo com que
o estoque de seminovos esteja abaixo do desejado pelas concessionárias.
"A oferta está reduzida porque está entrando menos carros do que entrava antes", destaca
Meneghetti. Ele avalia, entretanto, que a partir do término da Copa o mercado de usados tende
a voltar a um maior equilíbrio. "As locadoras, que são as grandes fornecedoras deste mercado,
retiveram as suas frotas em razão da Copa. Mas após o evento vão colocar estes carros à
venda", avalia.
Diante do fraco desempenho do mercado automotivo em junho, a Fenabrave revisou para
baixo a previsão para o ano. A entidade projeta agora queda de 7,75% das vendas de
automóveis e comerciais leves novos em 2014.
Fonte: G1
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