Setembro/Outubro 2014
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Setembro/Outubro 2014
Nº 21 VIVER MELHOR SETEMBRO / OUTUBRO 2014 Uma publicação do Centro Capixaba de Oncologia - Cecon • www.cecon.med.br Novas conquistas, novos projetos O bem-estar físico e psicológico, a alegria, a saúde e a socialização dos nossos pacientes são fundamentais para nós. Por isso, lançamos no segundo semestre deste ano o projeto “Nosso Espaço”, uma roda de conversa com funcionários da clínica, pacientes e seus familiares. A cada edição uma programação diferente e divertida. Você confere tudo sobre esse novo evento na matéria de capa aqui ao lado. Alimentar-se bem também é fator decisivo para ter boa qualidade de vida. Mas quem resiste a um chocolate? Você vai conferir os tipos mais saudáveis na matéria da página 2. Cada conquista merece ser celebrada e nossa equipe está de parabéns! Nosso oncologista Dr. Roberto Lima se tornou membro da Sociedade Europeia de Oncologia (Esmo) e o Dr. Luiz Fernando Mazzini Gomes assumiu a presidência regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). 0 Cecon também aderiu a importantes campanhas, como o Outubro Rosa e o Novembro Azul. E estamos felizes da vida porque participamos da obra social Gabriel Delanne, em Cariacica. Confira as fotos da nossa visita na página 3 e se inspire a ajudar alguém pertinho de você. Afinal, está mais do que provado: fazer o bem faz bem! Boa leitura. Diretoria do Cecon RODA DE CONVERSA: bate-papo, artesanato e boa música contra o estresse P reocupada com o bem estar dos seus pacientes, o Cecon está desenvolvendo a roda de conversa “Nosso Espaço”, um grupo que se reúne para conversar, desabafar e trocar experiências. Os encontros quinzenais têm atraído a atenção de muita gente e os resultados são superpositivos. A proposta é conversar sobre assuntos que contribuam para o bem -estar dos pacientes durante e depois do tratamento do câncer e reduza os níveis de estresse e ansiedade. Um dos temas foi autoestima com uma abordagem sobre o que pode ser feito para manter o amor próprio. A paciente Iolanda Helena Duarte conta que gostou muito desse tema. Em tratamento há mais de dois anos, ela vê nas rodas de conversa uma oportunidade para aprender com as experiências dos outros. “Há pessoas em tratamento que veem tudo pelo lado positivo. Eu não sou assim e isso me ajuda a supe- rar as minhas dificuldades”, comenta ela, que luta para se acostumar com o novo cabelo. “Está sendo estranho me adaptar a ele”. As rodas de conversa também são momentos para aprender um pouco de artesanato – uma ótima terapia para a vida, pois ajuda na concentração, previne a depressão e ainda estimula a criatividade. Com ajuda da artesã Regina Gujanwski, pacientes aprendem a fazer trabalhos manuais, como caixinhas de costura. E a criatividade não para por aí. A cada evento surgem ideias dos próprios participantes para novos encontros. Uma delas é a de levar músicos para entreter os pacientes e suavi- zar o tempo de espera na clínica e o momento da quimioterapia. Para isso, a contribuição virá dos alunos da Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames). “Música é terapia e dentro dessa proposta estamos levando mais cultura para os nossos pacientes”, explica a assistente social Bianca Xavier. “Até os funcionários se cuidam nesses eventos para cuidar bem dos nossos clientes. Na verdade, um cuida do outro”, destaca. Entre os temas dos próximos encontros estão atividades na praia com o auxílio da fisioterapeuta da clínica, Erica Moulin. “Vamos ensinar técnicas de alongamento para o paciente fazer sozinho, em casa, naqueles dias em que o corpo estiver mais travado por causa das cargas emocionais”, conta. Então anote na agenda! As próximas rodas de conversa estão agendadas para os dias 13 de novembro e 4 de dezembro. Participe! 2 INFORMATIVO CECON Qual é o melhor tipo de chocolate para a saúde? V ocê é do tipo que não vive sem chocolate? Que tal então conhecer algumas alternativas para continuar comendo um docinho mais saudável? Há no mercado algumas opções que podem fazer a diferença na dieta. A alfarroba, por exemplo, tem sido muito usada na culinária em preparos de doces e pode substituir o cacau. O pó ou farinha de alfarroba é derivado da polpa da vagem torrada e moída. O mais importante é que nessa vagem há uma expressiva diferença em relação ao cacau no conteúdo de açúcar e de gordura. Enquanto o cacau possui até 23% de gordura e 5% de açúcar, a alfarroba possui 0,7% de gordura e um alto teor de açúcares naturais (sacarose, glicose e frutose), em torno de 38% a 45%. Além dessas vantagens, a alfarroba tem mais vitaminas do que o cacau, principalmente do complexo B, o que torna qualquer alimento mais saudável. Por isso, ela tem sido muito indicada por nutricionistas. Mas se o negócio é não abrir mão do chocolate, prefira a versão meio amarga, que tem menos açúcar e gordura em sua composição, em relação ao do tipo “ao leite”. Tenha também cuidado com os chocolates diet e light. É que esses muitas vezes têm mais gordura para compensar a falta de açúcar na fórmula. O melhor mesmo é olhar a tabela nutricional para ver qual a quantidade de gorduras totais do produto. Fique de olho cuidado para não comer demais só porque é diet. Congresso da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica é sucesso O novo presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – Regional Espírito Santo (SBCO-ES), o médico do Cecon Luiz Fernando Mazzini Gomes, promoveu, de 21 a 23 de agosto, congresso científico para a discussão de modernas técnicas de cirurgia oncológica. O evento, que ocorreu no Sheraton Vitória Hotel, em Vitória, foi um sucesso e reuniu profissionais de renome nacional, além de médicos e acadêmicos do Estado para uma troca de experiências. Com uma programação diversificada, o congresso teve por objetivo mostrar uma abordagem clara da cancerologia, de modo a fazer com que todos os participantes pudessem usufruir de um momento de aprendizado e debater sobre o tema. O presidente da SBCO-ES já planeja realizar outros eventos científicos em breve no Espírito Santo. CO LU N A CUIDAR (-SE) Fato: o mundo carece de maior gentileza. Gentileza é cuidado, ética, saúde. E, no entanto, temos nos esquecido disso. Temos sido hostis no trânsito, nos supermercados, nas ruas e em casa. Temos sido hostis com nossos amores e amigos, e com aqueles que nem sequer conhecemos. Temos desaprendido a arte da delicadeza. Quase sem querer ferimos aqueles que amamos e depois nos arrependemos. Sofremos e, de tanto sofrer, fazemos sofrer. A razão para isso é simples: a dor, se não cuidada, gera mais dor. Espalha-se pelo mundo alucinadamente. A sua dor, quando não encontra espaço de escuta e carinho, machuca o outro. Acontece. É humano. Acontece, muitas vezes, porque esquecemo-nos de cuidar de nossas próprias dores. O primeiro passo para cuidar bem do outro é cuidar bem de si. Qual foi a última vez que você fez uma gentileza a si mesmo? Cuidar bem de si mesmo é permitir-se o erro, é ser gentil com as próprias falhas e apreciar o próprio processo de aprendizado. Temos nos sentido forçados a acertar sempre, cumprir prazos, fazer com perfeição, trabalhar para o sustento e para os luxos. Jamais adoecer ou, pelo menos, jamais deixar que a doença atrapalhe as obrigações diárias. Temos nos sentido obrigados a sermos mães e pais perfeitos, maridos e esposas ideais, funcionários do mês, empreendedores, bem-sucedidos, ricos, belos, saudáveis, sem precisar de cuidados. Mais do que fortes: imbatíveis, feito os impossíveis heróis da TV. De tanto exigir, não notamos nossas pequenas (e relevantes) vitórias do dia a dia, nossas miúdas belezas, nossos delicados encantos. Convido você, então, a olhar com carinho para si mesmo. Lembrar-se do que você ama e de quem você ama. Falar da própria tristeza e pedir colo e carinho. Convido você a libertar seu tempo livre, a errar e seguir errante, a mudar de ideia, a abandonar por uns instantes o que é útil e abraçar o que é essencial. Convido você a cuidar de você, a fazer para si mesmo pelo menos uma gentileza por dia porque, assim, você conseguirá espalhar gentileza pelo mundo. Carla Carrion é psicóloga do Cecon 3 INFORMATIVO CECON Vem aí o “Pensando o Câncer de Forma Diferente” J á estamos em contagem regressiva para a oitava edição do “Pensando o Câncer de Forma Diferente”. Este ano, o evento será realizado no Dia Nacional de Combate ao Câncer, 27 de novembro, no Sheraton Vitória Hotel, e terá como tema “Atitude”. Preparamos uma programação especial, com apresentação do Choro da Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames); a palestra “Atitude”, com o ator e palhaço Renato Ribeiro; apresentação do sarau de músicas e poesias; show de stand up comedy com o humorista Haeckel Ferreira; o tradicional desfile de pacientes e ex-pacientes e muito mais. Com essa iniciativa, a equipe do Cecon pretende levar informação, diversão e alegria a cada um dos convidados. Esperamos todos vocês para participar, mais uma vez, dessa grande confraternização. Não precisa pagar nada, apenas contribuir com um quilo de alimento não perecível. Brincadeiras e muito amor em visita a obra social Pacientes e funcionários do Cecon participaram de uma visita à obra social Gabriel Delanne – uma organização não governamental de atendimento a crianças e adolescentes em risco social no bairro Novo Horizonte, em Cariacica. Foi uma oportunidade para exercitar a troca de amor e carinho. “Fomos muito bem recebidos pelas crianças, que já nos esperavam cheias de expectativa”, contou a psicóloga Carla Carrion, que acom- panhou o grupo. Parte da turma foi preparar o lanche, enquanto outra participou de brincadeiras. Pacientes e funcionários contaram histórias, brincaram de roda com as crianças, pintaram seus rostinhos e criaram várias formas de animais com bolas de soprar. A criançada ganhou presentes e a obra social recebeu materiais de limpeza e uma doação em dinheiro. Os visitantes também foram presenteados com uma linda apresenta- O CECON ROSA E AZUL O Cecon aderiu de alma e coração à campanha Outubro Rosa, que buscou conscientizar e alertar a população sobre o câncer de mama no mês de outubro. Além de ter iluminado a fachada e decorado na cor rosa a clínica, também foi realizada uma edição especial da roda de conversa “Nosso Espaço”. Foi a “Ação Cultural Outubro Rosa”, um bate-papo sobre câncer de mama com a coordenadora de enfermagem da clínica, Cinara Schanuel. Também houve apresentação de alunos da Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames). Agora em novembro a clínica apoia o Novembro Azul, que tem o objetivo de orientar a população masculina sobre a importância do exame de toque retal e PSA para diagnóstico precoce do câncer de próstata. ção musical, feita pelos alunos de música do espaço. “Foi uma experiência única. Conviver com crianças é muito bom. Ao final de tudo, nós é que ganhamos muito carinho e atenção com a visita”, contou Laudicéia Rodrigues, paciente do Cecon. Ela acredita que esse tipo de atividade auxilia muito no tratamento de saúde que está fazendo. “Ganhar um abraço, um sorriso de uma criança é muito importante”, frisou. 4 INFORMATIVO CECON Pé no chão e cabeça no céu para vencer a doença E U S O U CECO N A costumado a fazer exames regularmente,o comerciário Ulysses Cardinelli de Oliveira, 66 anos, foi surpreendido, em novembro de 2013, com a descoberta de tumores cancerígenos na vesícula e no pâncreas. No começo, a doença o abalou, mas hoje Ulysses segue em frente com fé e otimismo. “Digo sempre que é preciso ter pé no chão e cabeça no céu”, afirmou. A secretária Tiana Ferreira dos Santos, 45, trabalha há 18 anos no Cecon com o médico Paulo Batistuta. Ela nos conta um pouco da sua história. Quando descobriu a doença? Em novembro do ano passado, fui fazer o exame de próstata e o médico me pediu uma ultrassonografia abdominal. Foram detectados alguns pontos na vesícula e no pâncreas e os exames mostraram que eram tumores cancerígenos. E como é o tratamento? Eu ia fazer uma cirurgia para retirar a vesícula, mas o médico achou melhor o tratamento com quimioterapia, pois a operação poderia me enfraquecer muito. Fiz três sessões, depois passaram mais quatro, com medicamentos mais modernos. Como você enfrenta a doença? No início, fiquei muito abalado emocionalmente, mas nunca me desesperei. Digo sempre que é preciso ter pé no chão e cabeça no céu. Sou um privilegiado porque não sinto nada. Não tenho dores, meu cabelo não caiu e nem parece que faço quimioterapia. Como tem sido a sua rotina desde que descobriu a doença? Como não sinto nada, faço minhas atividades normais. Trabalho o dia todo, vou à igreja, à praia e faço tudo que me dá prazer. Também procuro me alimentar melhor do que antes, a cada três horas, e de forma bem balanceada. O que essa experiência traz como lição para a sua vida? A primeira lição foi perceber que a vida é a melhor coisa do mundo. Aprendi a dar valor às pequenas coisas e a agradecer sempre a Deus por mais um dia. Outra grande lição foi aprender a perdoar. Sempre achei que não tivesse esse poder, mas depois que descobri a doença, procurei todas as pessoas com quem eu não falava há anos e acertei as pendências. Isso me fez muito bem. Qual a mensagem que você deixa para aqueles que estão passando pela mesma situação? Tenha sempre fé e otimismo e nunca desista, pois para Deus nada é impossível. Temos dentro de nós uma força muito grande. Quimioterapia não é essa coisa ruim que muitos pensam ser. Se precisar fazer, não tenha medo, faça e acredite na recuperação. Nem pense em desistir! Blitz do alongamento Para melhorar a qualidade de vida no ambiente de trabalho, o Cecon promove a Blitz do Alongamento, atividade desenvolvida toda quarta-feira pela fisioterapeuta Érica Moulin com os funcionários. A prática diminui dores causadas por má postura, falta de alongamento e atividades repetitivas. “Uma pausa de apenas 20 minutos traz muitos benefícios. A maioria dos funcionários conta que se sente mais ativo e disposto, o que melhora a produtividade”, ressaltou Érica. VIVER MELHOR Uma publicação do Centro Capixaba de Oncologia (Cecon) Rua Manoel Feu Subtil, nº 120 - Enseada do Suá – Vitória/ES (27) 2127-4444 • w w w. c e c o n . m e d . b r O que acha da sua profissão? Adoro o que faço. Sempre aprendo coisas novas e gosto de ajudar as pessoas. Acho que o meu papel é motivar os pacientes e ter sempre uma palavra de conforto. Ao longo desses anos, você fez amizades com pacientes? Claro. Eu me envolvo mesmo, faço orações pelas pessoas, intercedo por elas e é muito gratificante. Você passou por algum momento difícil envolvendo a doença? Passei por uma experiência difícil quando minha irmã ficou em tratamento de câncer. Pela minha vivência junto aos pacientes, pude dar força para a minha irmã. Falei do tratamento e das histórias positivas que vejo no meu dia a dia. Tentei passar para ela que o mais importante é ter uma atitude positiva perante a vida. O que você aprende no Cecon? Na clínica, aprendemos a fazer um atendimento humanizado. Às vezes, passamos por situações difíceis ao lidar com a fragilidade das pessoas e procuramos mostrar que a doença é somente uma fase da vida que vai passar. Você passou a ver a vida de outra forma? Com certeza. Eu realmente aprendo todos os dias e me torno uma pessoa melhor. EDIÇÃO CONECTA COMUNICAÇÃO (27) 3227-5242 - [email protected] MÉDICO RESPONSÁVEL Paulo Batistuta JORNALISTA RESPONSÁVEL Katiuscia Comarella (MTB 1180/ES) COLABORAÇÃO Marcela Rangel e Susana Loureiro FOTOS Mosaico Imagem e arquivo PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO Bios | IMPRESSÃO Gráfica Lisboa TIRAGEM 3.500 exemplares
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