o novo mundo.

Transcrição

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Entered according to Act of Congress, in the Yiar 187a, by J. C. Rodrigues, in t/te Office of the Librarian of Congress, at Washington.
NEW YORK, M DE JUNHO DE 1874.
VOL, 17.-*.45.1
.'
¦
1
[Com Süpplembnto.
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¦
£?.:)>
O SR. SÉBASTIAN LERDO DA TEJADA, PRESIDENTE DO MÉXICO.
í
156
O NOVO MUNDO.
LEKDO DE TEJADA.
[Junho, 23, 1873.
va desorganizar as menos algumas leis existe na Rússia um
systema de comchinesa das nossas Assembléas
fundamentaes,
foi derrotado, e a Assem- munas muito desenvolvido. A terra foi politica
O actual Prenidento da Republica mexioana,
provinciaes, compostas quasi sempre de
Sedabtcan Lerdo de TEJADA.nasceu em Jalapa bléa achou-se tão dividida que, apóz es- sempre dividida em
bacharéis
novatos e economistas amadograndes propriedaforços repetidos.
era 1823. Estudou leis e mudou-se
MacMahon
teve
de
des
aos
aristocratas que res, sem ideas muito largas do diflicil asa capipertencentes
"ministério de netal em cujo foro foi recebido. Mais para
occupavam a sua melhor parte com a sump'o dos impostos.
tardo tomou contentar-se com um
parte na politica e foi eleito Deputado por varias gocio" sem significação politica e só- própria residência, casas de recreio e
Pela Consti tuição a fixação de impôsvezes, chegando brevemente a ser nomeado Mi- mente para conservar rodando a machiOs
servos
occupavam
reso
tos de importação pertence exclusivamenplantações.
nistro da Justiça.
na administrativa.
to
da
propriedade; trabalhavam na par- te ao Governo geral. Pelo Acto AddicEm 1861 oppôz-BO fortemente á administração
Entretanto este dessocego
este
reservada
aos aristocratas, em bene- cional as Assembléas Provinciaes foraní
publico,
cuja politica externa parecia-lhe então muito tas intrigas, desde a retirada
de
Thiers,
ficios
destes,
e
em compensação de seu tra- auetorizadas a fixarem impostos provinfraca e vacillante.
teem causado uma reacçao em favor do balho, occupavam
o resto das terras ciaes e os municipaes, com a condição
Quando o México foi invadido pelas tropas do Bonapartismo: o
não
sabe
espovo
que
infame e torpe Napoleáo, Sr. Tejada
que podiam trabalhar para seu üzò. No qiie esses impostos não prejudiquem os
preferiu pecie de Republica lhe vão dar nem
centro dessas propriedades estabelecia-se geraes, e os de outras Provincias, e fiseguir os destinos do único Governo nacional
quer
a saber de Bourbonismo: o resultado é
a abandonar-se aos invasores e traidores.
que a villa dos servos, com ás casas de resi- cando expressamente entendido que em
Em 1867, o Sr. Lerdo foi eleite Presidente do muitos que sympathisam com os Imperia- dencia destes, com as armazéns etc. caso algum poderão ellas legislar sobre
listas mas que não se teem atrevido a de- Desse centro irradiavam-se
Supremo Tribunal de Justiça,
em todas as impostos de importação. Tendo feito eseste que clarar-se firmes,
posto
depois da humilhante direcções as
mais tarde deixou para voltar ao ministério de
pequenas propriedades, ca- ta excepção expressa, entenderam as Asderrota de Sédan, estão agora
Estrangeiros, donde tornou a voltar aquella
da
uma
d'ellas
de tamanho diverso, con- sembléas Provinciaes que podiam legispronunpre. ciando-se abertamente
sidenoia.
pelo Principe im- forme o numero de membros das familias lar sobre tudo o mais, e, por conseguinSendo ex-officio Yice-Presidente da Republica, perial. Ha pouco houve uma eleição em as
quaes pertenciam. O Governo dessa te,. começaram a lançar imposições na
Nièvre em que ganharam os Bonaparcoube-lhe a honra de succeder a Juarez
quando
pequena communa era eleito pelo suf- sua agricultura respectiva, cujos produceste heróo de Quarétaro morreu, ha dous annos. tistas, e o Governo foi accusado de con- fragio
universal: esse Governo que se tos são exportados para o exterior.
Taes são em poucas palavras os
correr para esta victoria perigosa. Deu- chamava Ministério,
principaes
era composto de
Ora, acontece no Brazil que os profactos da vida deste nobre americano, tao intelli- se então na Assemblea tim incidente
de
uma
de
vários
membros,
que
duetos
um
da industria nacional são muito
juneta
gente, como enérgico e progressista, e sob cujo tem precipitado muito os acontecimendas
éra
o
Presidente.
A
quaes
princi- poucos, e esses encontram grande comgoverno o México tem sabido sacudir-se de pre- tos.
M. Gambetta chamou os Bonapar
attribuição
desta
era
fazer
a petição nos mercados estrangeiros. Trapai
juneta
"miseráveis."
de
séculos.
juizos grosseiros
tistas de
N' um verda- distribuição das terras
familias,
balhado pelas mãos rudes e inintelligenV
sepelas
deiro parlamento, o Deputado era chao
numero
dos
membros
destas:
si
tes
do escravo, esses produetos são geralgundo
mado a ordem e convidado para retirar a uma
familii augnnntava-se, obtinha mente inferiores aos de outros concurrenexpressão—seria até censurado
pela me- mais terras, se disminuia por casamento," tes, e ahi já está o primeiro mal.
Alem
sa. Na França, porém, os espíritos são ou morte
de alguns de seus membros, disto, porém, o nosso Governo
geral juitão excita veis que essa palavra
^¦*^*^ ~"^^HVwljãE BlB*Ç^^=?53x
produz o parte das que possuia revertia em favor ga necessário lançar um imposto de exlevantamento da sessão e quasi crêa uma do
dominio commum. Na verdade, nen- portação, que, excepto com respeito ao
revolução.
Um
Deputado
S.
Croix,
e
o
hum servo possuia terras como indivíduo: páo-brazil, ouro e diamantes, torna o
New York, Junho 23, 18Í4.
escrevinhador Cassagnac convidam Gamgea propriedade em nenhum cazo era pri- nero 9 por cento mais caro nos mercados
betta para nove ou dez duellos e elles só
vada; mas, pertencia á communa, e isto estrangeiros. Mas, como si isto
MGOUÜS DA FRANÇA.
não
representam o espirito das massas bonaapertava o laço fraternal dos servos, que fosse bastante, as Assembléas já
partistas.
nisto achavam e acham a maior feli- ciaes que precisam dinheiro e não provinsabem
P? DIFFICILLIMO accompanhar inEm conseqüência deste fervor
que se cidade.
como melhor havel-o, ajunetam mais
Ij telligentemente a politica da França. manifestou em fávòr dessa
causa, os ouAssim, vemos que sob o nome de ser- uma bôa porcentagem aos
Excepto a fluctuação dos ânimos,
já vexadissitros partidos na Assemblea crêem
é
parece
vidão, tem existido na Rússia por secu- mos.
que
Assim,
não haver ahi um
gêneros.
por exemplo, o
principio dominante chegado o momento de tomar uma reso- los, uma vida verdadeiramente democra- algodão
que é mandado a Liverpool do
que o philosopho veja desenvolver-se até lução definitiva sobre o estabelecimento
tica; infelizmente pouco se tem sabido porto de Maceió
suas conseqüências naturaes. A
paga 9 por cento ao
da Republica ou do Septennato ou do
politica
que dessa vida e quasi todas as nossas idéias Governo geral e alem disto 6
e ahi como essas peças de theatro com
por cento
quer que seja que atalhe a propagação sobre a Rússia são formadas sobre o
ao thezouro provincial: antes, pois, de
lanços imprevistos e absurdos. E entre- do Bonapartismo.
que
A difiiculdade está é bem conhecido do despotismo
do seu chegar a Liverpool está 15 por cento
tanto a massa do povo tem certas ideas em formar-se um Governo
qualquer
Governo
qne
central
e
da altivez e arrogan- mais caro que o gênero
fixas acerca de governo: elle
produzido e éxquer antes possa ^ser acceito pelas facções da As- cia de seus aristocratas. -Os servos, elles
de tudo a estabilidade, a
nas
mais
condições
restantes. E
portado
sembléa.
e
a
segumesmos, teem soffrido muito, muito, a mão até os administradores
rança, de modo que possa paz com conanO chefe do Centro esquerdo, M. Caside ferro das classes governantes. Desde dam tão obcecados com provinciaes
fiança a sua vida e os seusgozar
a
necessidade
bens: o gran- mir Périer, apresentou um projecto, a
o reinado da Imperatriz Catharina, até destas taxas
de problema que o incommoda e dessocé15 do corrente, e requereu urgência, dique neste momento vemos
bem
recentemente,
os
aristocratas,
reconão
dos
é a forma de governo—pois èlle zendo
ga
jornaes que o Presidente da generosa
que o paiz precisava ver termina- nhecendo as tendências livres da commü- Provincia
na verdade pouco se abala com isto, nem do o estado
de S. Paulo nega-se agora a
de cousas: elle pe- na dos servos, teem
esmagal-a, sanecionar uma lei da respectiva Assemformas de governo mudam o caracter dos diu união provisório
procurado
contra o Bonapartismo e os com impostos sobre
a terra por elles pos- bléa que teve o bom-senso de revogar o
povos,—mas é a incertesâ e a duvida.
demagogos.
O resultado da votação foi suiada, tendo-se até
creado uma imposi- imposto de 4 por cento sobre o mesmo
O velho Thiers, que toda a sua vida
venceu a urgência pela pequena
que
especial
deste
fora monarchista, reconhecera afinal
gênero chamado Tzar algodão. E entretanto este Presidente
maioria de quatro votos,-345 contra 341. ção
que
revertia
inteiramente
a Republica hão era só bôa, era a única
que
para o thesou- é delegado do Sr.PARANHos, que ha quaA'hora em que entra no prelo esta ro
do
soberano.
Estes
forma de governo que
encargos torze annos, tem-se opposto á similhanprivado
podia vingar na folha, os Deputados do Centro esquerdo crearam amargas hostilidades
França: o povo tinha toda
entre os tes imposições provinciaes I
a confiança publicam um convite aos do Centro diservos
e
a
aristocracia;
e
ainda
nelle e se foi accostumando rapidamente reito
hoje, a
Para mostrarmos a enormidade deste
para que ambos de harmonia esta- grande
social
da
Rússia
a essa forma de Governo,
é
esta
erro
questão
econômico, tomemos por exemplo
pelo menos, foi beleçam a Republica: o Centro esquerdo mesma, é a resistência dos
servos
desterrando os muitos
a
esta
mesma Provincia de Si Paulo, que
presprejüizos que tinha offerece todas as garantias constitucio- são dos ricos. O nobre
e
contra a Republica, ainda
Impeagora
exporta mais 6,000 contos de algogeneroso
naes
fosse
necessárias e declara que si a allian- rador
sóque
actual,
emancipou
os
mente a Republica monãrchica
servos,
e
deu
dão
do
deTmERs. ça, que se propõe, não fòr acceita, ao
que exportava ha doze annos, e
as communas, não só á posse, mas tamOs outros partidos da Assemblea, fracos Centro
é
uma
das Provincias mais adiantaque
direito caberá toda a responsabipara por si sós obterem o Governo, coa- lidade pelo 'possivel restabelecimento do bem a propriedade das terras. Os ser- das do Brazil.
vos não são mais escravos de facto; a sua
hsaram-se para derrotar Thiers
Em seis mezes de 18Í2, S. Paulo reImpério.
Ao mesmo tempo o Centro organização
que,
econômica
entendiam elles, estava levando o
continua
a
mescolheu
uma receita geral de 1,390 contos i
paiz direito está negociando com a Direita e ma
tem
sido
séculos,
a
com
borda
a
diffeqtie
do
por
para
do Centro esquerdo com a esperan- rença
precipício da communa;
pois bem: nada menos que 470 contos, ou
são hoje livres como cidadãos cerca de 35
e esse estadista foi derrotado e apeado parte
que
de
formar
um novo programma bazea- em vez de
por cento, provieram de imça
livres como escravos: Esta
da presidência por ter declarado estar do
de
exportação.
Entretanto, não
no
que M. Lambert de Saint- emancipação é uma das revoluções so- postos
convencido que só a Republica conviria Croix, projecto
nos
consta
Provincia
a
exporte anapresentou a 15 do corrente, que ciaes
mais importantes deste século e na nualmente, que
á França.
mais de 20,000 contos cuja
confirma MacMahon como "Presidenhistoria da Rússia, sem duvida alguma, maior
Succedeu-lhe MacMahon,
parte,—cuja quasi totalidade-—
que mais se te," organiza uma segunda câmara, dá é o maior acontecimento
abala pelas barracas do
provém apenas de dous produetos, o café
que pelo solio ao Presidente a attribuição de dissolver
Todavia
as
revoluções
não
se
grandes
e o algodão. Entretanto esses produetos
presidencial, homem de algum ardor, co- ambas os câmaras, e a estas a de eleger
completam num só dia e apezar de todos vão achar nos
mo soldado, mas de curta intelligencia. o futuro Presidente.
mercados uma enorme
Estas ultimas ne- os bons desejos de Alexandre,
os ex:ser- concurrencia da índia, do Ceylão, do
Para seu maior sustentaculo chamou o
gociações parece-nos que nunca póderã vos anida sentem restricções
em sua li- Egypto, da Venezuela, etc.
duque de Broglie,
que na Assemblea •tèr o desejado resultado de unir as fac- herdade. Elles ainda são obrigados
dirigira as forças
a
Mas dizem que estes impostos são neque derrotaram a ções, pois o Centro esquerdo prefere na- trabalhar nas
de
seus
Thiers. Isto era em Maio do anno
anpropriedades
cessarios porque a Provincia não lança
pás- turalmente o projecto dè M. Casimir tigos patrões; a legislação anida lhes outros
adoe desde então a França tem estado
sobre a
Périer.
Vejamos ainConsta ém Pariz que M. Du- coareta o livre
uzo da sua propriedade da o caso de S.producção.
entregue a um verdadeiro inferno de in- FAUREivai declarar,
Paulo.
Ahi
cada voluesse
quando
projecto por meio de innumeras peias; e a sua me embarcado
trigas.
Os Orleanistas, por sua ambi- entrar em discussão,
de
Santos.—
pela ponte
que 335 Deputação, deram de mão a seus títulos em prol dos pedirão a dissolução da Assemblea própria emancipação abrindo-lhes a in- o porto da Provincia—paga um real
por
telligencia e rasgando-lhes novos horizon- kilogrammo:
do Bourbonismo, e foram desfeiteados si a Direita impedir a organização
a besta de carga que passa
da
tes
á
actividade,
os
tem tornado desconbarreira do Cubatão ou pela de Itapor Chambord que viveu sempre fora da Republica. ¦ i
tentes e elles reclamam que se complete pela
França, que não tem filhos nem muita
petininga paga na primeira de 200 a 300
a obra. tão nobremente começada em réis
ambição de receber uma coroa cheia de
e na segunda 3,000 rs. Cada carro
ÜS SERVOS DA RÚSSIA.
Março de 1863.
espinhos, e recusou entrar em França empaga naquella 1,000, e nesta 10,000 réis.
não
Si os produetos são remettidos
quanto
puder desfraldar a tal banIDEIA que temos da Rússia é muito
pelas esdeira branca.
tradas de ferro, teem de
2£ por
A ligada ao despotismo e poucos d'enOS DIREITOS DE EXPORTAÇÃO.
pagar
Assim, ficaram em campo na Assem- tre nós realizamos
cento para os cofres
provinciaes, e isto
verdadeira e gea
bléa os Republicanos, sempre unidos e nuina liberdade
não admira pois um boi tem de
pagar a
que reina nas camadas
QUESTÃO dos, nossos impostos de Provincia 1,200 rs.
compactos, os Orleanistas e Bourbonis- inferiores da
sociedade e que a anima de A exportação deve agora
pelo privilegio de ser
tas derrotados, e os Bonapartistas.
concentrar a puxado a vapor por trilhos
To- uma vida que, fosse conhecida
de ferro.
Si
geralmen- sollicitude e o mais sério estudo dos nossos uma embarcação em
dos elles, excepto' òs Republicanos e ai- te cauzaria, verdadeira
Santos
seguir
admiração pelo estadistas. E' o Brazil um dos raros
quer
guns Orleanistas, si teem um interesse seu vigor. Ultimamente é
para New York ou Liverpool tem de°papaise
comezes
que
que lançam tributos sobre a exporta- gar 10$240
commum, é deferir o mais possivel a
a fazer juizo mais exacto da vida
por um passe, e si a embarçou
isto sob o pretexto
ção,
fôrma definitiva de Governo. Com razão social dos servos
a industria cação tem a infelicidade de ser
que
da Rússia graças aos nacional está livre de
nacional,
ou não, elles crêem que teem tudo a romances do
todos os ônus ainda é mulctada em 3,530
quasi
tão
rs.
afamado Tourgénéf. que nos Estados civilizados
além dos
já
recahem so- sobredictos 10$240. Si
ganhar com isso. Broglie, estando no Desde tempos immemoraes, de facto, bre
o
cidadão
:
ella.
Esre mal
pauhV
é grande, mas ta deixa uma fazenda
Governo e vendo a necessidade imperati- sdede a epocha
dos patriarchas slavos, ainda mais aggravadojá
a algum irmão, tio
ainda fica pela ou
primo, mulher ou marido, este herdei-
Junho, 83, 1874.]
O NOVO MUNDO.
157
ro tem de pagar, além de enormes direi- Provincias (o que talvez seja mais segu-, sos, e para crear mais " especialidade " gundo, que passou por 251 contra apenas
tos geraes, 15 por cento de décima aos ro) o remédio e simples: soja a Câmara que, só, produz os grandes homens, a 95 votos na Câmara dos Deputados, e
cofres do Largo do Palácio. Si o lavra- dos Deputados auetorisada a reformar o primeira necessidade que temos é dividir bôa maioria no Senado, regula o governo
dor vende um escravo, então é que tem Acto Addiccional e não obste o espirito os actuaes cursos do S. Paulo e Pernam- dos bispados cujos capítulos os deixaram
de pagar só 30$ (devia ser 30,000$).
conservador a que se faça promptamente buce em duas faculdades distinetas, a de: sem elle. O terceiro refere-se á nomeaOra, todas estas taxas são independcn- uma reforma necessária. Merecem-nos Sciencias jurídicas e a de Sciencias so- ção e educação dos sacerdotes. Por estes das que estabeleceu o Poder geral. muito respeito a Constituição e o Acto ciaes. A primeira ministraria instrucçao ses projectos votaram grandes maiorias
Voltando, porem, aos direitos da expor- Addiccional, mas não mais que outras aos que procuram seguir a carreira da de todos os partidos, a opposição tendo
tação, que é nosso assumpto principal, quaesquer leis importantes, e menos que advocacia e da magistratura, a outra aos consistido de uma agglomeração de ultraaveriguámos que os produetos da lavou- algumas dellas.
que se destinam á vida politica, adminis-, mqntanos, particularistas, etc. Assim,
trativa e diplomática.
na Allemanha, o Governo mudou comra são sobrecarregados com um termoCoda
deveria
em
curso
completar-se
medio de 14 por cento desses direitos.
pletamente as suas relações com a egreja
ESTUDO
DU
ÜIKE1T0.
0
trez annos, com trez cadeiras cada um, catholica, e o que deseja agora. fazer é
Na Província do Rio de Janeiro a pequee a sua distribuição poderia ser por crear uma egreja catholica nacional e rena quota de 4 por cento sobre o café basexemplo,
deste modo:
formada.
ta para todas as despezas annuaes da
das Faculdades de Direito
Sciencias Jurídicas.—1- anno, A) En:
instrucçao publica, edas obras publicas, 0CTJRSO
do Brazil tem defeitos manifestos
—que são as duas verbas maiores do orcyclopedia
Jurídica e Direito Natural,
Alguns patriotas Italianos estão muito
que até agora havemos tolerado, mas B) Direito Romano, C)
Constituição do
çamento provincial: essa quota é egual cuja reparação o rápido desenvolvimenpézarosos que o seu Governo não possa
ao valor de toda a exportação da Pro- to do paiz está actualmente exigindo Estado. 2- anno, A) Direito Romano viver de harmonia com o Papa e a sua
vincia do Paraná ou da da Parahyba. com a insistência de uma necessida- (continuação), B) Direito Civil, C) Di-. egreja, e estão empregando muitos esforEsse imposto no Rio de Janeiro é egüal. de. indeferivel. Os defeitos mais sa- reito Criminal. 3o anno, A) Direito Ci- ços para effectuarem uma reconciliação
á oitava parte da somma que produzem* lientes dos nossos cursos jurídicos são a vil (continuação), B) Direito Commbr- entre Pio IX e o Rei sub-alpino. Sabetodos os impostos de exportação do Im- sua desnecesaria extensão, e a sua ex- ciai e C) Praxe forense.
se bem
apezar da hostilidade appaSciencias Sociaes.— I9anno, A) Ency- rente, haque,
trema complexidade,—ou antes o seu
perio.
certa sympathia e respeito mu-Vimos, ha pouco, a representação que grande defeito consiste na combinação clopedia Jurídica e Direito Natural; B) tuo entre estes dous senhores, e ultimaa 23 de Março ultimo dirigiu ao Gover- destes dous.
O longo curso 4e cinco Constituição do Estado, C) Economia mente dizem que o Papa tem consentido
no imperial a Praça do Commercio de annos já é em si mesmo um mal incaleu- Politica. 2o anno, A) Direito Interna- tácitamente na nomeação de alguns BisPernambuco, pedindo a diminuição dos lavei. Entende-se geralmente, e com ra- cional, B) Direito Administrativo, C). pos, que obtiveram o exequatur do Godireitos de exportação que tanto pesam zão, que, ao attingir a maioridade civil, Economia Politica (continuação). S9 an- verno italiano sob o fundamento daquelle
sobre a agricultura. Esse documento pro- o joven deve também concluir seus estu- no, A) Direito Internacional (continua- consentimento tácito. A verdade é que os
va que o mal já é intolerável, porquanto, dos acadêmicos e entrar na liça da vida, ção), B) Direito Administrativo (conti próprios Bispos estão agora a instar com
nuação), C) Historia Constitucional eda a Cúria
posto que se diga nelle que o commercio que realmente é tão curta. Si o termo liberdade nos
para que esta se harmonize com
principaes paizes.
e a producção da Provincia estão decli- medio da vida humana é 33 annos, pareVictor Emanuel : este lhes não dá as
As duas primeiras aulas do Io anno do congruas, e Papa lh'as tem
nando, o facto é que Pernambuco prós- ce razoável que o homem consagre a terq
pago: mas
Curso Jurídico podiam servir também pa- é só 1,600$
deveres
de
seus
muito
ao
desempenho
mais
isto
é muito
outras
irmans
recebem,
e
suas.
péra
ça parte
que
que
Por exemplo: ao passo que o valor da sociaes como cidadão activo, ou como ra as do Curso social. Vê-se que elimi-, menos do que lhes daria o Estado.
exportação do Rio de Janeiro declinou uma espécie de produetor intellectual. nariamos completamente a cadeira do
Bosco, sacerdote bem eminente de Tudoze mil contos entre 1810—11 e 1811-12, Por conseguinte o bacharelado deve o chamado Direito Ecclesiastico. Real- rim, e muito afíeito á Cúria e á nova
o da de Pernambuco elevou-se neste ulti- correr aos 21 ou 22. Ora, si o curso é mente, não conhecemos estudo menos útil pátria, foi ha pouco entender-se com o
em Papa afim de indagar sob
mo exercício a 1,500 contos mais do que longo, é necessário que o estudante se do que este. Seria e foi muito profícuo,"Poque bases poeras
a
Egreja
um
outras
em
era
que
no anterior. Não temos ainda Os dados matricule muito cedo nas Faculdades
der-se-hia fazer um ajuste de paz com a
do exercício de 1812-13, para fazer mais e por isso recebem as do Brazil rapazes der," legislativo, executivo, judiciário, Itália. O Papa respondeu indicando-lhe
—-absoluto emfim; hoje, mercê da libercompleta a comparação.
que mostrem certidão de haverem com- dade, vivemos ou
quatro pontos: l9 O Governo italiano
queremos viver sob pagaria ao Papa os 3^ milhões de liras
Em nosso entender a reforma deve co- pletado apenas dezeseis annos.
meçar por casa, e em vez de pedirem ao
Admittindo meninos para o estudo ár- outros auspícios. A ambição de todos os (1,300 contos) de dotação annual, sem
''
Governo geral a diminuição dos impôs- duo e diíficil das sciencias moraes e júri- Brazileiros generosos é a completa sepa- ser necessária a assignatura do Secretos, as Proyincias devem instruir os seus dicas, está claro qae o nosso regimen não ração da Egreja e do Estado, é a colló- tario d'Estado" pois seria um reconherepresentantes para estabelecerem impo- pôde exigir muitos preparatórios, õúf^i' cação da Egreja no mesmo pé em que es- cimento tácito dos direitos da Itália; 2°
sições mais justas e menos pesadas. No exige grande, variedade de estudos pré- tão quaesquer outras associações de en- a Cúria nomearia os Bispos, sem intersino publico, e garantidas pelo Estado.
venção alguma do Estado; 39 as escholas
próprio Pernambuco, por exemplo, o liminares, não pôde requestar consideraComo quer que seja, parece-nos que é ficariam absolutamente livres da direcção
Jornal do Recife lembrou recentemente vel profundesa nelles, antes deve conunia taxa territorial que é de certo a tentar-se, como contenta-se, com um po- chegado o tempo de se cuidar seriamente do Estado, e 4? acabar-se-hia com o camais apropriada para substituir a da limento superficial, e, digamos também, da reforma dos nossos estudos de Direito. samento civil. Está visto que o .Governo
exportação. Pernambuco ainda hoje im- banal. Concordamos que nas faculdades Qualquer que seja a reforma, há de en- da* Itália não pôde acceitar similhantes
contra r muita opposição do espirito ultra- condições e
que o Papa não está menos
põe a taxa geral de 6 por cento sobre a superiores o estudante apenas aprende a conservador
á
em
toda
existe
parte.
que
exigente do que parecia.
sua exportação, excepto o algodão, assu- estudar a sua matéria especial: mas àine
car e aguardente que só pagam 4, 3 e 5 da que esse estudo não passe disso, é Mas um Ministro atilado prudente, porêm ao mesmo tempo progressista e enerpor cento,—e isto não fallando dos 3 por impossível negar a sua importância disNos últimos relatórios do Governo
cento addicionaes á importância desses ciplinar, E' então que o joven funde o gico; póde-nos fazer grande bem efíedeixamos
cousa
do
alguma
ctuando
que
suisso leem-se documentos que muito desdireitos,'que se crêem necessários para o molde de seu pensamento maduro e adestudos
em
os
menos
separando
dicto,
ao
abonam a emigração para o Brazil. O
asyglo de mendigos. O valor dos gene- quire os hábitos do methodo, a chave que
maior
e
requisitando
faculdades,
duas
Poder executivo federal admoesta os que
ros exportados pela Provincia no anno depois lhe abre as diversas provincias do
nos
e
estunos
preparatórios
proficiência
desejam emigrar que nas colônias Moniz
findo a 30 de Junho de 1812 foi de 29,000 saber, que vai adquirir; é então que elle
dos
especiaes.
e Polycarpia não ha os preparativos necontos e a renda que delia tirou o thezou- obtém uma vista geral, uma idéa basApezar
cessarios para sua recepção.
ro provincial não poderia ter excedido tante comprehensiva da machina cujas
algumas
notou-se
cenavisos
destes
de 1,500 contos. Pois não parece fácil peças terá depois de examinar com cui:
que
Souza Franco pertence já ao Panseguiram
depois
disso
substituir esta taxa por outra territorial? dado. Para este estudo elle deve estar theon das nossas glorias parlamentares: tenas de cidadãos
Esta Provincia tem umas 5,000 léguas bem preparado, e depois não deve prose- em dias mais tenebrosos elle sustentou, para o Brazil. Indagada a causa, sousó e isolado, a lueta das idéas liberaes na be-se que eram as parochias que, para
quadradas, e uma taxa média de 300 $ guil-o ás carreiras.
A edade da matricula deveria, pois, Câmara dos Deputados, e hoje que é se descartarem de população superabunpoi* légua seria de certo mais acceitavel,
pois os lavradores viriam a comprehénder ser deferida para mais tarde, por exem- septuagenário ainda o vemos o mesmo, daute, pagavam às passagens dos emibrevemente que é illusorio o argumento, pio para 18 annos. E é tão verdade isto talento, e a mesma energia, no Senado e grantes, os quaes como parochianos, ti—que quem paga a taxa de exportação que dizemos que, apezar do longo curso no Conselho d' Estado,—somente requin- nham certos direitos na propriedade das
é o consumidor e não elle mesmo. O con- que agora temos, são poucos os rapazes tados por uma longa experiência. Quan- respectivas parochias, segundo a Constisumidor procura o mais barato e não que se matriculam aos 16 annos, e crê- to até ás suas idéas religiosas, elle e o tuição suissa. Na viagem de um navio
compra o gênero que é 10 e 15 por cen- mos que podemos abalançar-nós a affir- Conservador Dr. Jobim estão adiante de que levava 10 emigrantes, diz um dos
documentos, morreram nada menos que
to mais caro, somente porque é Brazi- mar que o termo médio actual da edade quasi todos os nossos parlamentares. :
da matricula no Brazil, é mais perto dos
leiro.
Sendo isto assim, percebe-se que ó com 20.
dos
16
annos.
18
do
o mais decidido prazer que nos oecupaA Assembléa geral que está agora
que
As auetoridades de Goyaz teem mosNeste caso, porém, de se fixar em 18 mns em outro logar com um estudo da vireunida ha de naturalmente discutir o astrabalho
E'
um
Franco.
de
Souza
um desvelo honroso em defender os
da
trado
a
edade
necessária
a
annos
sumpto das taxas provinciaes de exporprosepara
de
ordisão
extenso
do
mais
muito
direitos dos individaos que, sendo livres,
tação. Em 1810 foi apresentado á Ca- cução dos estudos superiores, o rapaz
que
mara dos Deputados um projecto de lei, não deveria encetai-os sem uma base nário os que publicamos desse gênero: teem vivido em escravidão, graças á ininterpretando o Acto Addiccional no sen- muito mais solida do que actualmente se mas sendo authenticos os dados ahi con- fiuencia dos pretendidos senhores è, sotido que este prohibe que as Assembléas lhe exige. Os actuaes estudos jurídicos tidos e considerando ser um privilegio bretudo, á legislação já relaxada, que tilancem impostos sobre artigos já tributa- devem perder em complexidade em fa- poder publicar a mais completa biograo nhamos, e que ainda mais relaxada ficados por lei geral, mas permittindo-lhes vor de maior profundesa no seu próprio phia que jamais appareceu sobre o as- ra com péssima execução que se lhe dava
que continuem a arrecadal-os até que e mais limitado curso, mas para esta fim sumpto ; desta, preferimos não sacrificar antes de 1812. O Correio Official, de
uma lei geral faça a desejada distineção. é preciso que o estudante tenha alicerce esse privilegio ao desejo, de que aliás so- Goyaz (uma folha que conta 31 annos de
Entendem muitos que similhante lei seria melhor e mais adequado ao edifício mais mos sempre animados, da brevidade. O existência, o que de certo não é pouco
resto da biographia sirá publicado em o para aquellas paragens) refere-nos a 23
inconstitucional, pois o Acto Addiccional solido que .nelle se quer construir.
nosso
Não
achamos
muitas
faltas
na
escolha
ás
Provincias
de
deu completa liberdade
próximo futuro numero, em qüe de Março ultimo dous casos curiosos de
também
virá incerto um retracto do bio- escravidão forçada. Duos pardos livres tilançar tributos, comtanto que não fossem dos preparatórios que são agora exiginham sido retidos em escravidão pelo
de importação ou que não ofFendessem as dos: somente eliminaríamos uma das lin- gráphado.
longo periodo de 28 annos, e uma grande
imposições gerae?. Não nos devemos ce- guas modernas (o Inglez) como prepaainda
não
o
tal
o
ratorio
cessou
familia de suppostos escravos do casal
curso
Allemão
O Governo
qual
jurídico,
para
gar de um mal-entendido liberalismo para admittir tal doctrina. Segundo todos proporemos mais adiante. Em compen- de tomar providencias para melhor regu- de um J. J. da Silveira Pinto, estava
os principios da sciencia econômica, os sação, exigiríamos muito maior proficien- lar as suas relações com a egreja catholi- reclamando a liberdade ao Chefe de Poimpostos de alfândega, por. gêneros im- cia no Latim, do que a que agora se re- ca. Em Janeiro ultimo o Governo apresen- liçia. Para remediar estes abusos que
portados, ou exportados do exterior ou questa. De facto, exigiríamos essa profi- tou ao parlamento trez projectos de lei naturalmente se repetirão pelo interior do
para o exterior, devem ser lançados liar- ciência em todos os preparatórios, inclusive para complemento da legislação já em Brazil, o Correio Official insiste, e com
monicamente pelo Governo central: mas a Geometria, o Portuguez e a Geographia, vigor, a este respeito. O primeiro de- toda a razão, que a matricula dos escraclara va privados dos direitos de cidadão vos deve ser effectuada somente á vista
si o Acto Addiccional deixa duvidas se- physica e politica.
rias sobre este ponto e si quizermos ser
Quanto ao curso superior:—Para evi- allemão os Bispos e clérigos que insistiam dos títulos originários do senhorio.
escrupulosos em respeitar os. direitos, das tar-se a complexidade de estudos diver- na desobediência a seu Governo. O se¦
';f '¦
'$
.
158
i
O NOVO MUNDO.
lectos que tonto lhes distiahiam.que os preferiam
a qualquer outro.
As corridas de cavallos, apezar de serem periE' sabido que os cavallos parelhoiros do Ingosissimos, são presentemente mui populares pe- glaterra são os que alcançam maior preço em
Io muito de excitante que teem. Já no antiga Ro- qualquer parte, por serem tão bem cruzados em
ma e na Grécia eram divertimentos notáveis, aos I suas raças e pela rapidez com que correm: ahi
AS C0RKIDA&
|Junho, 28, 1874
0 Jockey Club, da Inglaterra, é o grande tribunal, no que diz respeito ás corridas, e os seus
regulamentos acham-se muito bem distribuídos
por todo o paiz: este tribunal é composto de Oi
membros pertencentes á classe nobre e dos capitalistas. Newmarket Heath, o grande centro das
a 150 e u lodo o Reino Unido, ondo so apraentam cerca de 1,600 cavallos, dando quo fazer 100
jockeys ou montadores.
O Phaisâo commum, dizem, foi importado
originariamento dos margens do Phasis, na Gol-
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1 I
quês assistiam pessoas distinetos de todas as
classes da sociedade. Elles ainda hoje são pòpulares nos Estados Unidos, na França, Rússia,
Áustria, Prússia, Austrália, Canadá e principalmente na Gran-Bretanha, onde já no tempo de
Carlos 1°, Cbomwell, Carlos 2* e outros personagens conspicuos, eram entretenimentos predi-
hão sé, faz Objecçao alguma ém pagar 6.000 libras' esterlinas por um potro on cavallo novo de
trez annos, uma vez-que seja de " sangue puro "
e promettedor. São ávultadissimas as sommas
de dinheiro que os Inglezes apostam nessas corridas e é admirável o enthusiasmo com que se
atiram a esses jogos.
corridas, lhes pertence; e em vista da
posição que
oecupam e da auetoridade que exercem
os seus
membros, a fraude e as violências não se dão.
Ascot é o ponto de reunião annual mais concorrido pelos amadores do " alto tom,"
estar
maü perto de Londres—onde correm os por
cavaUos
mais afamados. Estas reuniões pardheiras sobem
chida, e dahi os Gregos o chamaram Phasianos,
que^e a etymologia do nome em todas as lhuraas
modernas. O Phaisão é uma
muito
conhecida em toda a Europa. gallinaeea
A cabeça e pescoco do macho são de azul-escuro,
segundo
a posição alguma cousa a verde e a que,
roxo A cau
da e as azas são de cores mixtas,
predominando
wwiof'jjri»wwwii>^ii^P!p*y^1?i|iBr4si>'iii^>wi»i
n i ' imiiujUMiniiiiiiiiHf—i
Junho, 23, 1874.
O NCVO MUNDO,
"
•mipnv-
159
„—rr^
160
O NOVO MUNDO-
ns de laranja, preta e amarella; o papo ó amarollo
dourado, oom os pontas das peunos salpicadas
de preto. Elles comem milho, trigo, feijões e
ervilhas e fazem seus ninhos no chão, com folhas
è hervas. Podem-se domestioar facilmente, mas
então ficara algum tanto avessos ao chocar os
seus ovos, que os criadores tiram e dão os galinhas.
Uma outra peculiaridade acerca do phuiaílo ó
que, excepto na estação da procreação, os individuos só se associam aos do mesmo sexo.
BIOGRAPHIA.
SOUZA
FRANCO.
O Visconde de Souza Fbanco, filho legitimo
do negociante Portuguez, depois Brazileiro
adoptivo, Manoel João Franco, e da Paraense
D. Cathemna de Souza, nasceu na cidade de
Belém, capital da Provincia do Grão Porá aos
28' de Junho de 1805.
Instruído por seu pai nos primeiras lettras mostrou desde logo tanta disposição para o manejo
dos algarismos que aos seis annos era já objecto
da admiração dos amigos que o viam fazer prompiamente os mais düficeis operações de arithmetica. Nas escholas de latim e lógica, únicas que
n'aquelles annos tinha a capital da Provincia,
mostrou tambem egual capacidade tendo sempre
o primeiro logar nas classes que freqüentava.
Destinava-o o seu pae aos estudos de mathematicas na Universidade de Coimbra; as circumstancias, porém, o não permittiram.
A Provincia agitou-se com a proclamação da
Constituição* em Portugal em 1820, e em seguida com as tentativas para a declaração da independência do Brazil. O joven Souza Fbanco
foi chamado ao serviço de uma Guarda Nacional civicaácavallo, a qual depois se converteu
em Guardai Imperial, e tendo com outros estudantes se manifestado sectário da Independência,
incorreu no odio do Governador das armas José
M*TtTA de, Mouba que o mondou assentar praça
em um dosi Corpos de 1*. Linha. Estaria assim
cortada sua; carreira scientifica, si D. Romualdo
de Seixas, depois Arcebispo da Bahia não ordenasse, como Presidente da Juncta Governativa,
que q Governador das Armas lhe desse baixa,
"porque á estudantes como Souza Fbanco não
sé assenta praça em 1*''Linha." A esta Ordem pefemptoria do seu professor dê Philosophia deveu
o joven Paraense a baixa que teve do Corpo chamado de Estemòz em cujo serviço esteve sómente quatro dias e algumas horas.
O joven I Souza Fbanco tinha comportamento
irreprehensivel, mas sua firmeza nas idéas de
emancipação de sua pátria e a franqueza com
que as. manifestava, lhe ganharam inimigos que
jurando contra elle na, devassa-crime instaurada
depois da tentativa abortada para proclamar a
independência da Provincia no dia 14 de Abril
de 1824, conseguiram que fosse pronunciado,
preso, e remettido com muitos outros para Portugal á disposição das Cortes Constituintes.
A perseguição que os presos soflréram, a votação para a morte de todos por um conselho convocado para deliberar sobre o caso, e de que os
livrou a intervenção dó mesmo Presidente da
juncta governativa propondo a remessa dos
presos para Portugal, são factos consignados
na historia d'aquelles tempos ominosos, em que
as paixões tocaram seu auge. A pronuncia e
prisão nas emxovias e porão de uma corveta de
soldados e payzanos, estudantes, officiaes muitares, e até um magistrado, e a remessa para Por-'
tugal no escasso porão de um navio negreiro, em
que dos 270 presos, cerca de°60 morreram em
viagem á fome, sede, moléstias e castigos, ahi estão para attestal-o.
O joven Souza Fbanco hão tinha mais crime
do que o de usar desde logo da côr verde, emblema da Independência do Brazil, manifestar-se
com franqueza em seu favor, e ser tido como sa?
bedor e participe na tentativa armada da noite
de 14 de Abril; tanto bastou para que soífresse
todos os horrores da prisão na enxovia de uma
cadêa, e no porão de embarcações; e muito felizes foram ainda os estudantes, officiaes militares
e magistrados por terem escapado aos ferros em
que iam os outros emparelhados, e á chibata,
chegando ao porto de Lisboa, quasi' mortos á
fome eá sede. Ahi retidos por poucos dias na
fortaleza de S. Julião da Barra foram depois soltos por ordem do Rei.que havia pouco tempo
reassumira o poder absoluto.
Era occasião para que, segundo os desejos de
seu pai, o joven Spuza Fbanco se dirigisse á
Coimbra para estudar Mathematicas. A Universidade, porém» estava em crise, as communicações com o Império ameaçavam interrupção durackrara e a tudo isto accresciam os escrúpulos do
peso excessivo que sua estada na Europa causaria aos tênues recursos da familia. Voltou,.ppis,
para o Pará logo em Fevereiro de 1825;e porque
a inacçâo não agradava a seu activo gênio entrou
para uma casa ingleza de commeroio, onde se
conservou até 1830, em que por escolha da Camara municipal de Belém seguia para a Academia de Olinda. A falta de coniniimicações o fez
chegar tarde para se matrioular, tendo do frequentar como ouvinte as aulas do Io anno elle o
seu oompanheiro de viagem e amigo João Mabia
de Moraes, que a morte roubou este anno ao
partido Liberal do Pará, de que era muito digno
chefe.
Na Academia de Olinda Souza Fbanco conservou sempre a posição em que o collocára a doeisão da congregação dos lentes conferindo-lhe no
V> anno o primeiro prêmio acadêmico, honra raramente conferida, que só nos lembra ter tambem
cabido ao Padre Monte, depois Bispo do Bio de
Janeiro e Conde de Irajá. Ao passo que se applicava com a maior assiduidade aos estudos escholares, Souza Franco coUaborou na redacção
do Olindense, folha do partido moderado; advogou perante o Jury como meio de supprimento
em falta das mezadas que deixaram de lhe vir do
Pará; encarregou-se da redacção do Diário de
Pernambuco, redigiu por si só a Voz do Bebiribe,
e tomou por diversas vezes em armas em sustentação da legalidade e ordem contra as revoltas
militares de 1831.
Concorrer para que se executassem as leis e
reprimissem os movimentos armados, foi nestes
tempos dó crise 6 empenho do joven jornalista,
que neste sentido escreveu sempre para o publico, e no Diário de Pernambuco abriu o anno de
1834 com um artigo de fundo incitando as auctoridades e habitantes da Provincia a empregar
os maiores esforços para suffocar a revolte que
assollando alguns districtos do interior arruinava seus recursos. Sempre adheso ao partido da
moderação o.Sr. Souza Fbanco escreveu em favor da eleição de Araújo Lima para Regente;
eleição que lhe pareceu a mais conducente á liberdade em Pernambuco e á união do Norte ao
Sul.
Em Novembro de 1835, obtido o gráo de Bacharel formado em sciencias jurídicas e sociaes,
não pôde voltar logo á sua Provincia natal, occupada então pelos revoltosos, e demorando-se
no Maranhão, e depois em Cometa, fora de cujas
fortificações correu iminente risco de ser assassinado pelos sicarios que assaltaram a fazenda
em que residia, somente recolheu-se a 6 de Junho
de 1836 á capital da Provincia já restaurada peIas forças legaes. O Presidente da Provincia,
General Andréa apreciando logo sua capacidade,
o nomeou Procurador Fiscal da Thesouraria,diaB
depois Juiz de Direito do Civel da mesma copital e ho anno seguinte (1837) concorreu tambem
para que um logar no deputação á Assemblea geral legislativa do Império fosse a recompensa dos
serviços prestados pelo Bacharel Souza Fbanco e
occasião para os novos esperados de seus talentos,
actividade e reconhecido zelo. V
Neste novo e vasto campo aberto ao Dr. Souza
Fbanco e não obstante as moléstias que soflreu,
deu elle logo taes provas de capacidade, independencia e energia dè caracter, que tendo-se retirodo no fim da sessão para Pernambuco á fim de
restabelecer sua saúde, ahi o foi buscar o Governo Imperial em Março de 1839 para substituir o
General Andréa na árduo tarefa de. concluir a
repressão do desordem, e encetar a não menos
difficil da reorganisaçãoe pacificação do Provincia. Esta escolha de um Liberal conhecido, feita
por um Ministério conservador poro tão espinhosa missão era tão lisongeira para o nomeado,
que recebendo este a carta Imperial e a particular do Ministro dó Império, Conselheiro Bernarpo Pebetba de Vasconcellos, em que instava
pela acceitação, embarcou logo para a Provincia;
não lhe era permittido recusar-se a prestar este
serviço á sua Provincia natal, ainda mesmo que
previsse que a substituição de um General anCiâo e victorioso por um joven sem prestigio de
familia poderosa, da riqueza, e de longos serviços causariam abalos nos ânimos dos habitantes.
O abalo se deu effectivamento e ó commercio
se preparou pára pôr à salvo seus fundos: durou,
porém, muitos poucos dias. A energia com que
•ó novo Presidente fez calar as demonstrações
contra o Presidente em retirada, e impediu a
lueta entre a força militar que o apoiava, e grande parte dos habitantes contra eÜe indispostos,
e com que desarmando o Palácio do Governo, e
afrouxando as ordens que vedavam a sahida de
noite á rua, fez nascer a confiança. Não são
muitos os que, gozando alias o socego para que
em grande parte concorrem em tempos de desordensas medidas enérgicas, supportam resignados o constrangimento è inconvenientes que lhes
acarretam individualmente; não admira, pois,
a indisposição em qüe nos últimos ànnps incor?
reu o General, a quem se não podia negar o
triumpho das forças legaes contra as hordas que
apoderando-se da capital da Provincia e de toda
ella, com excepçao apenas de uma ou duas povoações, assassinaram grande numero de habitantes,
forçaram ps outros o expatriar-se, e estragaram
as riquezas publicas e particulares.
Reduzida a Provincia á um montão de ruinas
deveu á força prodigiosa de seu solo e ás suas riquezas naturaes o ter voltado cerca de dez annos
depois ao estado em que se achava em 1835, e o
estar hoje em 1874 com uma população cerca de
dupla da de 1834 ante? da lueta, e mais do que
quádrupla da que continha em 1837 a 1839, anuo
da Presidência do Dr. Bernardo de Souza
Franco.
Quanto a riqueza publica o particular não haom a caloular no decuplo da do
verti exogeração
"A
com a existente em 1835 a
comparação
1834.
a
1838 ó impossível quem tenha visto as ruinas
de Belém no dia de sua restauração, e tiver noticia de que as cidades, villas, povoações, e estabeleoimentos ruraes e industriaes da Provincia
todos estavam egualmente estragados. Gomo
sempre acontece, a lueta para suffooação da desde
ordem trouxe não menor numero de perda "nas
vidas nos combates, na fuga pelos mattos,
prisões e hospitaes, e com. os remessas para o
Sul.
A grande lueta estava finda quando em principios de Abril de 1839 o Dr. Souza Franco tomava posse da administração: ainda, porém, dépois disso se deram os combates de Ecuipiranca
e no districto de Monte Alegre; e no do rio Acorá, alias poucas legoas da capital, os habitantes
não se julgavam seguros e se recolhiam a ella
ameaçados, diziam elles, pelos revoltosos que
tendo-se retirado da capital em 1836 haviam escapado nas mattos á. perseguição das forças legaes e se reuniam para vir atacar as fazendas ruraes. No Amazonas ainda.o receio era tal que o
Commandante Militar pedia por este tempo reforços de navios de guerra e tropa de primeira
linha para accossar os rebeldes e guarnecer povôações ameaçadas de ataque. Estas requisições
feitas ao antecessor do novo Presidente chegaramlhe as mãos depois de suo posse. Havia pois
ainda muito que fazer para que a repressão pelo
forço se tomasse dispensável, e dentro em poucos mezes o lueta material estava finda e os revolfosos debandados por toda o, porte e opresentados ás auetoridades.
Restaurada a ordem legal com O desbarato e
apresentação dos rebeldes armados restava ainda
a pacificação moral, não menos diíficil que a outra: dependia ella do destino á grande numero de
presos que enchiam um grande vaso de guerra e
os hospitaes; de evitar os processos crimes com
que reciprocamente eram ameaçados, principalmente os commandantes militares dos districtos
e o General ex-Presidénte da Provincia; de occorrer aos embaraços dos cofres públicos em
atrazo para com a tropa e marinhagem por perto
de um anno, e com os empregados públicos por
mais tempo. Restava ainda não consentir na
brusca e repentina passagem de um estado de
compressão militar para outro de liberdade e até
licença na imprensa, nas associações políticas,
etc. Em tudo isto se empenhou o Presidente
Souza Fbanco e tudo ia conseguindo, quasi sempre por meios indirectos.
Teve para isso de examinar pessoalmente cen*
tena de processos crimes que de todos os districtos.tinham sido remettidos para a Secretaria da
Presidência; e fazendo a estatística nominal dos
involvidos, dos crimes importados, da qualidade das testemunhas, si de vista ou de ouvido, pôdè o Presidente Souza. Fbanco formar convicção
sobre a culpabilidade dos mesmos, e soltar os
que, não tendo provas contra si, estavam prezos
pór ordem administrativa. Os mais criminosos
tinha a morte ceifado no luto, nasprizõès, ou hospitaes ou tinham sido remettidos poro o Sul. Os
que restaram passaram a ser melhor tractados em
Hospitaes visitados todos os dias pelo Presidente
da Provincia; e os sãos que preferiram trabalhar
nas obras de um cáes nas praias da cidade ganhondo pequeno salário e ração, á ficarem presos a bordo, obtiveram este verdadeiro allivio.
Não era practicavel o julgamento com processos informes e nullos em districtos em que os Jurados seriam ps inimigos offendidos ou os complices dos réos, pelo que pedidas ao Governo
Geral providencias, veio a final a amnistia legalisar a situação jurídica. Os processos contra os
Commandantes militares não tiveram apresentação ou seguimento com a sua substituição gradual; e o que a Assemblea Provincial insistiu em
que se instaurasse contra o ex-Presidente, a remessa dos papeis para a Corte foi o meio de que
o Presidente Souza Fbanco se sirviupara declinàr de si a responsabilidade; meio autorisado,
porque só na capital do Império havia Tribu
naes que o podessem julgar. E comtudo este
meio legal, que poupava dinicuídades áuma Provincia apenas salva dá luta material, e em que
reinavam ainda as grandes paisões de uma catastrofe sem egual no Império, serviu",tambem para
arguirem o Dr. Souza Fbanco de aceuzador de
seo antecessor! Arguifam-no principalmente
aquelles que exigiam de um jovem Presidente, á
quem só muita prudência podia dar o prestigio
necessário, que elle espozasse as animosidadesem
que a administração tivesse incorrido com razão
e sem ella, ou os ódios contra ella, justificados
Dahi talvez procedeu ser o Dr. Souza Franco
substituído dentro de onze mezes por outro Presidente que as conveniências eleitoraes tornaram
necessário que tivesse suecessor. A mudança politica de 1840 trouxe logo a nomeação do velho
Almirante Tristão que fallecendo, entrou 'de
novo em 1841 para a administração da Provincia
o Vice Presidente, que acceitou á pedido de amigos o durou por mais de anno, não obstante seus
pedidos de suecessor. Neste novo período e apesar dos embaraços da eleição de um Senador que
o Vice Presidente se esforçara para que fosse li-
IJONHO, 23, 1874.
vro, o o Ministério tomou medidas para que fosse imposto á Proviuoio um nome, o Dr. Souza
Fbanco ougmentou a popularidade que adquirira.
A Gamara dos Deputados fora dissolvida em
1842, já depois da substituição do Dr. Souza
Fbanco pelo Presidente Silva Pontes e não ojustonte tel-o este feito riscar da lista dos Vioe Presidentes, foi reeleito Deputado á Assombléa Gerol Legislativa em eleição feita sob o regimem
uo Decreto governativo de 1842 e na qual eram
candidatos aos trez logares de Deputados, o Presidente da Provincia, o Commandante das Armas, o Chefe de Policia e ainda outros oidadãos.
A vontade da Provincia prevaleceu contra os
esforços do Governo Provincial paro afastar do
Parlamento o Dr. Souza Fbanco, que ainda em
outras eleições pôde oom aquelle apoio ser eleito
contra os esforços das auotoridades, e com muita
eleição
gloria para os eleitores e para o eleito na
da
opposide 1849 em que foi o único membro
a Legisção liberal eleito no Império todo. para
latura de 1850 á 1853.
O Deputado Souza Fbanco não havia faltado
as sessões Legislativas de 1838 a 1850, com excepção somente da de 1841; e durante este periodo tomara parte conspicuo nos importantes
questões da maioridade do Imperador, do Lei de
terras, da reforma da Guarda Nacional e nas de
finanças, dè que fez sua especialidade.
Na discussão do maioridade o Deputado Paraense afastou-se do partido liberal, que a promovia* poro não concorrer para essa violação
da Constituição, e porque, de accordo com o seu
prudente e sensato amigo Dr. Moraes, pensava
que era desconveniente involver antes de tempo
o joven Monarcha nos compromettimentos da administração público oggrovodos pelo circumstancia da excitação dos ânimos entre os vencedores
e os vencidos. O discurso que então proferio e
está impresso, foi tido como o mais completo
nos argumentos contra a medida. Consumado
o facto, entendeu o Deputado Paraense que o socego e prosperidade do Império exigiam, o apoio
que lhe passou a prestar com os seus correligionarios politicos os Liberaes.
A introducção de braços estrangeiros sendo
necessidade geralmente reconhecida, propunha-so
ò Deputado Clemente Pereira animal-a com a
simple reforma da sociedade de colonização estabelecida no Corte. Oppoz-lhe o Deputado Paraense os idéas modernas adoptadas nas colônias
inglezás e nos Estados Unidos que com o apoio
do Ministro conservador Rodrigues Tobbes e
cooperação do Deputado Souza Fbanco se converteram em Lei na sessão de 1850. O Regulamento de 31 de Janeiro de 1854, attendendo illegal e indevidamente á interesses prejudicados,
tornou aleiinexèquivele ineflicaz.
Nesta quadra de reformas conservadoras, á qüe
melhor cabe o nome de quadra de reacção, teve
a sua yez a da lei da Guarda Nacional; reforma
que tambem foi convertida em lei depois de ter
soffrido tenaz opposição por parte do Deputado
Paraense. A critica da nova lei, e dos graves
abusos á que deu occasião, foram os próprios
conservadores que melhor a fizeram nos discursos da sua novíssima reforma.
(Será continuada.)
0 'TODER ECLESIÁSTICO"
como um dos Poderes Politicos.
Nos. 63 e 64 da Gazeta Jurídica do
OS Rio de Janeiro, trazem dous artigos
em que um esçriptor pretende estudar o
processo do Bispo de Pernambuco sob o
aspecto meramente jurídico.
Tracta-se
de um principio, diz elle; e o do que prótege a distineçãò dos poderes entre nós,
que protege a Religião catholica, etc. etc.
Lemos con attenção os dous artigos
mas sentimos ter perdido tempo procurando realmente uma discussão jurídica,
Só vique sempre seria interessante.
mos os meamos argumentos já muito re"Poder*da Egreja."
pétidos á cerca do
Não é um jurisconsulto ique discute:; é
um TJltramontano que jura pelas paiavrasdos Srs. Dom Vital, Cândido Men"Vasconcellos.
des íde Almeida eG-ÓEs e
A nossa Constituição, diz o Redactor
da Gazeta, proscreveu como anarehica
"a ingerência
da auetoridade judiciaria
nos actos do Poder ecclesiástico."
Gomo? Proclamando o catholicismo como
religião do Estado "é .a independência
inevitável do seu Poder ecclesiástico em
dos outros Poderes."
E continua:
face
"Os outros
Poderes sobre cuja divisão e
harmonia a Constituição politica firma o
E' assim
principio conservador," etc.
que temos o Poder legislativo, o judiciario e o executivo.. . .No meio de todos
estes, apparece o Poder ecclesiástico, com
toda a sua independência e sua missão
espiritual . . .Sendo isto assim, evidentemente ficam em presença um do outro
o Poder do Estado, nas suas ramificações
e o Poder da Egreja.''
^WlpTW^Y
JüNHO, 28, 1S74.J
O NOVO MUNDO.
161
Ora sendo tudo isto assim tao ovidonto
REVISTA AMERICANA,
do Parlamento, que por, conseguinte a doira farça, e agora os sous inimigos, caao nosso jurisconsulto, entende elle que
pôde revocar quando ò queira. Mas a pitaneados pelo grande Mr. B. F. Bdto Supremo Tribunal de Justiça devera
muitas vezes se nega demittir lrr. de Lowell, Mass.,mataram-n'acomcommissão
As
duas câmaras do Congresso procuindagar bem, antes de tocar neste proo
suecodo
e
contrario,—ella demitte a pletamente, pelo único motivo que ella
cesso, sacrilego, si os actos denunciados raram assentar alguma medida fmancoiresultavam das altríbuições inherentes ao ra, depois que o Presidente recusou sane- Câmara, e até a dissolve. Isto é bem deu exactamente os resultados que elles
freqüento no Brazil. Nos Estados Uni- esperavam, á vista do ridículo credito
poder dos Bispos, "aos representantes cionar a que augmento va ó volume do
meio
circulante; mas nada puderam con- dos o Ministério é uma reunião dos che- que votaram para suas despezas, e á visdo primeiro e mais respeitável Poder que
existe sobre a terra." Isto é o que elle cordar. Como ainda mostrassem "ten- fes das diversas repartições geraes do ta de todos os mais embaraços, que, com devia tor feito com um processo "que dencias expansivas," o querendo Grant Poder executivo e o Poder executivo é o Presidente, lhe oppuzeram. O que não
veio abalar os fundamentos os mais soli- conservar intacta a machina do seu par- confiado por um prazo certo ao Presiden- cremos é que o ppiz-se mostre satisfeito
dos do nosso Direito Publico." O Tri- tido e impedir-se da necessidade de op- te, que é o único responsável. O Presi- com os seus representantes. O Congresbuual, em summa, é condemnado
pôr um segundo veto, elle fez o que é dente deriva o seu poder da mesma fon- so, pelo menos a Câmara, está agora
pelo
nosso collega por não ter reconhecido aqui raro,—escreveu e publicou, sem ser te de que o Congresso deriva o seu,—são muito desmoralisada, e o povo não há de
"os direitos de um
outro Poder que a em fôrma regular de "mensagem" ao dons Poderes no mesmo nivel, que não olvidar facilmente uma reforma que em
Constituição implicitamente reconhece, e Congresso, uma breve exposição das me- se podem censurar por meio de votos de toda a parte se crê tão necessária.
reprovação ou desconfiança. Si o PresiA recente votação do Congresso é tanque é o Poder da Egreja." Estávamos didas que em geral elle deseja ver app odente
commette
crime,
então
to
mais
é
responextraordinária quanto em fins de
vadas.
Essa exposição fez parte de uma
dispostos a não tomar ao sério similhansavel
a
lei,
nada mais. A no- Abril o Presidente subjeitou ao mesmo
perante
tes argumentos d' uma Gazeta Jurídica: carta a um Senador Jones, da Nevada,
mêação
dos
Ministros
é inteiramente da Congresso um habilissimo relatório do
até
agora
era
só conhecido por ter
mas os reproduzimos aqui para mos- que
sua
iniciativa,
Presidente da Commissão da reforma do
e
Ministros
os
não
muito
trarmos como nos tem corrompido a hy^ dinheiro, e não .por entender dá ter assento nas Câmaras. Si estas,podem serviço, Mr. Dorman
Eaton, em que se
brida união da Egreja e do Estado, a seiencia do dinheiro,—o que fez a Tribupois,
não
approvam
ó
de
um
claramente
deinecessidade
ne
a
notar
da reforGrant
prova
procedimento
tem
o
mais decidido
que
ponto que ainda produz homens intelles,
censura
a
recahe
ma
no
e,
Presidente;
o
é
mais,
e
respeito
se
mestra
os
ligentes que nos vêem apregoar similhanque
grandes
pelos homens prósperos. São
tes doctrinas em nome da nossa Consti- estas as principaes idéas da carta a Mr. como elles não podem censural-o, elle é benefícios que já resultaram do quasi naJones: 1? De Julho de 1815 em diante livre em conservar ou demittir o Ministro da que se tem feito nesse sentido de metuição, e das mais leis vigentes.
Como é que lendo a Constituição, ain- todos os contractos, vendas e preços se- nocivo, carregando apenas com as. con- lhorar o modo de nomeação dos empregados públicos.
da o que não fòr jurisconsulto ném re- rão avaluados em ouro; o papel-moeda seqüências moraes do caso.
No
incidente
de
Mr.
Richardson,
o
ainda
—*
seria
usado
mas
?
o
ouro
dactor de folhas jurídicas, pôde chegar a
pelo povo,
Presidente
entendeu
era
maiz
seria
o
verdadeiro
que
prudenJá temos descripto a anarchia em
formar a theoria mantida no escripto de
padrão dos valores;
te removei o do Gabinete; mas cioso de se acham alguns dos Estados do Sul que
2?
0
Congresso
deve
determinar
a
retinos
da
occupamos,
é o que só podemos
que
suas
não
fazel-o
muirada
da
circulação
prerogativas,
das
quiz
notas
do
Governo
União,
sobre
tudo
a Carolina do Sul,
explicar pela cegueira dos prejuízos de
onde os ex-escravos que forman a maioeducação, daquelles que excluem toda a a começar de certo dia fixo, por exem- to apressadamente.
ria eleitoral, organizaram um governo
intervenção da intelligencia e do ra- pio, 1? de Julho de 1816, e para este fim
o
Thezouro
ser
auetorizado
poderia
ciocinio.
Houve este mez congressos politicos do mais audacioso latrocínio de que ha
para
emittir
apólices
de
4^
cento,
resgados lavradores da Pennsylvania, Illinois noticia.
por
A Constituição consagrou como relitaveis
desde
o
10°
anno depois da emis- e Indiana: os destes dous últimos EstaOs negros entenderam que não tendo
gião de Estado a religião da maioria dos são até o 40?, em
estariam
todas
reque
dos nomearam candidatos independentes propriedade sua deviam adquiril-a por
cidadãos. Ella tambem reconheceu que
colhidas.
Em
Julho
de
1811
ò
Governo
a drvisão e harmonia dos Poderes politipara os principaes cargos, mais os pro- meio de* empregos públicos, e de confiscomeçaria
a
retirar
da
circulação todas grammas de acção, que foram approva- cos por falta de pagamento de impostos
çoS era o melhor penhor das garantias
as
notas
de
de
Não tendo bens elles mesmos,
$5 e dahi para dos não eonteem cousa alguma de interes- enormes
quantia
què elle mesma nos offerece (Art. 9), e baixo, e no fim do segundo
anno
não
nada
só
tinham
"Òspodea perder. O resultado é
se. Os granges ou associações dos lavralogo depois (Art. 10) diz que
res politicos reconhecidos pela Constitui- essas como as de $10 estariam todas re- dores pretendem não ser associações po- que hoje a Carolina do Sul é um montão
colhidas. 3^ A divida
ção do Império do Brazil são quatro: o tinuar a ser amortizado publica deve con- liticas. De facto não pertencem aos Re- de ruínas: o povo foge delia como si esticom os saldos do publicanos nem aos Democratas mas é vesse infectada de peste. Ultimamente
Poder legislativo, o Poder moderador, o
orçamento.
4?
Inaugurar-se-ha,
então, questionável que não se formem em um alguns dos libertos teem tido remorsos e
Poder executivo e o Poder judicial." O
um
systema
de
liberdade
bancaria.
Poder legislativo faz leis e vela na guarpartido regular. Por ora a sua maior procuram agora levar um sem numero
importância politica consiste na própria de seus empregados públicos aos tribuda da Constituição. O Poder judicial proEstas vistas geraes do Presidente teem reluetancia que teem para ligar-se a um naes. Os jurys teem condemnado a muinuncia sobre os factos e applica-lhes as
leis. Ora a Constituição e essas leis de- agradado bastante. Na reunião annual dos partidos existentes: o que mostra a tos. destes, e o próprio Governador do
ciaram que os Bispos, ou o tal "Poder republicana do Illinois,o Senador Logan, geral falta de confiança nelles, e talvez o Estado está pronunciado por dous crimes,
ecclesiastico" não podem publicar certos um dos chefes do systema expansivo, principio de uma revolução geral na sua um delles o de furto. Mas este cercou-se
documentos do .Papa e da sua "Sancta tentou crear proselytos; mas a reunião organização antes da seguinte eleição de soldados e não permitte ao official de
justiça que se approxime para intimará
Madre Egreja" sem que o Imperante estava tão decidida pelas idéas de Grant presidencial.
lhe a sentença, e, entretanto, elle estexamine-os para ver si eonteem alguma e da gente honesta, que Logan calou-se.
usando da sua attribuição de perdoar
cousa que se opponha aos interesses do E é assim que se dizia que o paiz queria
Desta eleição já se começa a tractar
penas e tem mandado soltar centenares
Estado de que é chefe e defensor consti- expansão do meio circulatório e a Cama- com algum interesse, e naturalmente
prode
condemnados.
Só do districto de
ra,.
tucional. O Código e a legislação crimipor grande maioria, decidiu nesse cura-se enxergar no horizonte politico o
Charleston,
87
condemnados
foram
nal previram o caso em que os Bispos, sentido. A verdade é que o veto é uma vulto ou os vultos
que mais probabilida- doados por elle desde Janeiro do perandas
melhores
dos
accinte
Governos de terão de ganhar a palma. Por ora toou por outro motivo, queiram
garantias
por
no
cònstitucionaes.
A vontade do povo é davio, essas conjecturas são mui arriscap. p.
furtar ao exame e placet do Estado os
—
¦
?
breves e ordens apostólicas, e marcou pe- freqüentemente ignorada ou menoscabada das porquanto a
do
estapopularidade
A Pall Mall Gazette serve-se deste
nas a esses crimes. No recente caso de pelos seus representantes do parlamento, dista ou politico dos
Estados Unidos não exemplo
para infundir nos seus leitores
D. Vital, o Estado o accusou desse de- e basta ao Executivo chamar a attençao depende de valiosos e ininterrompidos
um
argumento
ad terrorem do que ha de
dos
constituintes pelo meio extraordina- serviços, e de reputações illibadas,—delicto perante o Tribunal competente: este
acontecer
na
Inglaterra
si por ventura
Tribunal só tinha de fazer o que fez: co- rio do veto para que elles se declarem pende muito do acaso e tambem do
que
nhecer do facto e applicar a pena. Tudo logo energicamente pela politica que na melhor cabala. Começam agora a re- pássaro projecto, de que tanto se tem
fallado, de estender o suflragio aos opeisto era e foi mui simples. Não se tracta- realidade seguem. Quando o Congresso ceiar que Grant se lembre de
ser
querer
rarios agricolas. A difierença, aliás mui
va de discutir perante o Tribunal si a aboliu, no meio de risadas diabólicas, a reeleito uma segunda vez, e a isto é
que
notaVèl,
é que na Carolinao negro está
Egreja catholica é livre com o placet, ou commissão de reforma do serviço admi- as folhas chamam Cesarismo. O
é
que
"Poder,"
si é um
e tantos outros pontos nistrativo, ou quando votou que o dinhei- exacto é que si a segunda reeleição do na maioria, e na Inglaterra o operário de
hoje só debatidos pelos membros ociosos ro que a Gran-Bretanha pagou para cer- actual Presidente seria ha dous mezes que se tracta não estaria sempre, o que
das associações de debate dos estudan- tos fins da demanda Alàbama e só para uma cousa politicamente impossível, tor- tnrna o caso americano muito pêor.
tes: tractou-se apenas de conhecer de um esses fins, seja agora applicado a outros nou-se agora ao menos réalisavel,
pois
O
delicto e cumprira lei, clara e expressa, fins,—como aconteceu este mez,-—não Grant teve o bom senso de repudiar
a a ideaprojecto chamado do civil rights era
predilecta do finado Sümner nos
que existe. Os próprios juizes que con- podemos crer que fosse esta a vontade do diçtatura de Morton, Logan e outros poseus últimos dias. Os libertos não são
demnaram o Bispo podiam bem syitípa- paiz: o venceu em um e outro caso, foi a liticos influentes do Oeste,
que queriam ainda recebidos
thisar com sua posição, como nós mesmos impudencia de um que Bütler, que es- expandir a circulação fiduciaria.
promiscuamente cornos
Este brancos
nos
the.itros,
nas escholas, nos
sympathisamos sempre: mas elles nãopo- tá ã frente, no Congresso, de quanto pia- acto ha de ter grande
peso em seu favor carros e conducções
diam cumprir seu dever de juizes sinão no torpe apparece, e;que infelizmente si elle apresentar-se
publicas, e tudo isso
perante o paiz para era crime
coudemnando-o, pois eram juizes e não tem ali uma legião de discípulos nas suas uma terceira presidência.
punivel pelo projecto. Parecia
artes tinhosas.
não
haveria
duvida que passasse na
legisladores. .
què
Câmara
como passou no Senado: mas
Desejáramos ver a questão descutida
O facto é quo só será eleito Grant, elle aquella assemblea
teve escrúpulos conTemos afinal um novo Ministro da Fa- mesmo, ou
juridicamente: a Gazeta, de que falíamos,
elle quizer, pois infeliz- stitucionaes sobre sua attribuição a este
quem
purém, só mostrou que a questão é real- zenda, Mr. Bristow. O Presidente nò- mente os representantes da nação ainda
respeito. E' verdade que ha um Artigo
mente tão simples como parece. Ella es- meou ao ex-Ministro Richardson
manteem quasi intacta aquelle engenho Constitucional Addictivo
para
capou inteiramente á questão que venti- Juiz de um tribunal de Washington, e temivel de corrupção
prescrevendo
que se chama pes- que os direitos de nenhum serão coaretalou e apresenta-nos apenas o velho argu- custou muito a ceder á opinião
soai do serviço administrativo.
Neste dos por motivos dè côr e previa condição
mento jesuitico de um Poder ecclesiastico, qúe altamente pedia a exoneraçãopublica
deste mez foi rejeitado pelo Congresso um de escravidão.
Mas a Câmara parece
independente, e maior do que os próprios funecionario desleixado.
credito da exigua quantia de 50 contos accompanhar os
Poderes politicos, os quaes no Brazil sãò , Póde-se dizer em favor dos Ministros
que pensam que a legisse pediu para as despezas da refor- laçoo do civil rights
que
bill
ao domidelegações da sociedade civil que existia responsáveis das Monarchias constitúcio- ma
o próprio partido dominante ado- nio dos Estados, não ao pertence
que
federal.
Ainda
de
muitos
annos
antes
da
Egreja.
naes
ahi,
assim que a Câmara cen- ptou no seu
O
já
que
programma desde a primeira até o serviço no jury, donde alguns Estauni co poder ecclesiastico verdadeiro que sura um Ministro, este retira-se,
quasi eleição de Grant. Este e seus amigos do excluem a
conhecemos (e esse não politico) é o sempre com todo o Ministério-, e
gente de côr, não é própriaque aqui, nunca foram sinceros na advocacia da mente um direito
do cidadão, pois as leis
que procura converter as almas á Cmtis- um Mrâisltro pôde ser censurado e ò Pre- reforma, isto é, nunca deixaram de duvilocaes
exigem
vários requisitos, como into e ü salvação, ò que lhes ensina o cami- sidente negar-se a demittil-o.
Grant dar da sabedoria da máxima
que ao strucção, residência, renda, etc, para
nho da vida que é a Verdade. O da Ga- levou um mez a descartar Mr. Richâkd- vencedor
pertencem os despojos,—estes aquelle cidadão de quem exige este dever
zeta Juridiça é politico e só procura con- son: poderia talvez conserval-o dous an- despejos sendo
os empregos do serviço e,encargo
N'uma palavra, é de lastiverter corações á Roma, por um caminho nos mais sem que ninguém
ôbri- administrativo, os quaes se devem .dar mar
pudesse
na Republica ainda prevaleçam
de superstição e trevas, que é a Hypo- gal-oà demittil-o.
não á gente que mostra aptidão especial' taes que
distineções
crisia e a MentiraIsto, porém, nada prova contra o sys-, inas á
por motivo de côr; o meio
melhor cabala nas eleições.
que
mais
adequado
Resta agora laos Brazileiros decidir tema dos Estados Unidos. Nos
porem,
para eliminal-as
gover- O Presidente tem desmentido tanto os não é, ao
a legislação: tal
destes
dous
nos
que
monárchii
parece,
o-parlamentares,
qual
poderes preferem.
o Minis- seus
de reforma, que a tal re- meio talvez tenda
aggravar
o mal
terio não é mais do que uma commisão forma,protestos
para
se tornou, em geral', um verda-
**
¦—"""B*
T»r*-r»j . "smwii»
162
O NOVO MUNDO.
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.Jhniio 23, 1874.
mmmjm^.m^mmf ji!iiii»iiiiiiiwywi)w^w»iii|iii)i|iiai i
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163
O NOVO MUNDO.
Maio, 23, 1874.1
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164
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O NOVO MUNDO.
| JUNIÍO, 2H, 1874
0 NEW YORK TIMES.
como porque ó o mais conspicuo do todos
partiu do solio imperial; e ninguém ainda osquo- do Laoio o mediante ligeiras modifloações nos
no
Park Row. Para mostrarmos
Havkmo-nos já occupado
varias
que ceu-se das eloqueutes palavras endereçadas pelo prefixos e sufflxos, dir-se-hia que o Virgílio Brave- movimento incessante
por
zes de>New York Times como
existe na proximi- Imperador ao Ministro Paulino pe Souza ro- zilelro, como imprópria e emphaticamente
dosigperiódico. dade do Times basta-nos dizer
commendando-lhe se applicasse á instrucçao e nou a sua versão era uma
Uoje faremos uma rápida descripção
vera effigies ou fiel phoque é o educação do povo a somma avultada
do
que a gra- tographia dò Virgílio Latino.
principal pulmão*do centro commerciál tidilo nacional destinara &
edilicio, o que também nos toca de
erecçilo d'uma estatua
Os mesmos defeitos,
perto de uma cidade tal como New
minorados pela
York. O commemorativa dos relevantes serviços presta- differença dos originaes, apenai
porquanto foi nelle que nasceu o Novo
se
notam
lliada que
Mundo, e ahi tem-se conservado sempre, Correio, os principaes quotidianos ahi aos pelo primeiro cidadão ií causa da pátria, ul- talvez por esquecimento deixou de na
ser
ooffnoraitrajada
nada de Brazileira.
tomo temos dicto freqüentemente, a 5Stan' j8 cinco linhftS mais concorridas
pela injusta aggreRsão paraguaya.
Em
uberrimo
solo
Nao somos suspeito de falto de patriotismo;
cidade do New York tem a forma topo- de Bonda ahi vão terminar: ahi estão as ração; na oôrte, nos oahiu o germen da regenemas
confessamos que n8o nos cega elle a ponto
prinoipaes
e
provincias,
repartições
municipaes, e em dous minu- ainda nas longínquas, organisaram-se
graphica de uma lingua que se vai alarde
excogiter
nssociasimilhantes denominações, que nos
ções destinadas a distribuírem pelas classes po- parecem ridículas.
gando da ponta ao fundo: a ponta sendo tos de passeio estareis em qualquer dos bres
o pão do espirito; e pois numerosas escholas
tastle Garden, onde desembarcam os im- dous lados da cidade, nos principaes banFiel ao seu systema de abreviar os originaes
nocturnas e domingueiros
cos,
na
Alfândega,
migrantes. Dessa ponta ao Central Park.
na Thezouraria, na encanto. Nessa effiorescenciasurgiram como por offerece Odobico uma estatística demonstrativa
intellectual avan- da economia que fizera de dous mil
Praça do Commercio,
—esse lindíssimo
quinhentos
jardim não exedido em dos os «'Stabelecimentosem summa em to- tojou-se a Província de S. Paulo, que já se dis- e òmcoenta e oito versos
E note-se que essa
tmguira
bellesa natural nem
impulso
de que principaldado á- colonisação e ás poupança foi feito sobre um
pelo
pelo Bois de Boupoema esoripto em
logne,—estende-se ao comprido o afáma- mente depende a vida de uma grande emprezas industriaes.
Grego, que pela sua oonstítulçao
Com
raras excepções receberam quasi todos os considera-se infinitamente superiormorphologica
do Broadway. Esta magnífica artéria metrópole.
a qualquer
desse generoso movimento testemu- outro idioma moderno/inclusive o Allemão.
promotores
,
do
Time8
foi
nnos
erg«iclo em
da munificencia imperial; e si todos nao
passa por trez praças no seu transito. iQ?*edÍficÍO
Grande difflculdade
Não fallandodo Bowling Green, onde co- 1851 e custou, com o terreno, para cima foram equitotivamente galardoados deve-se attri- em trasladar os epitetosencontrou o nosso poeto
que tento abundam no
de trez mil contos de réis. E' todo de buir esse lamentável olvido^ ausência, ou quiçá original e tao característicos
meça e que parece ser a sede
do estylo
á
injustiça
predilecta uma
das informações emanadas das respeo- homerico. Quanto a nós naosesetornam
dos Consulados e companhias de
tirou elle sempedra escura, côr de chocolate, e a tivas auetoridades,
paque- sua architectura é
pre bem dessa difflculdade, como se deprehendetes, a primeira praça
Uma das mais profícuas manifestações da no- xá
patente da nossa eraque atravessa é a vura.
do seguinte trecho:
va phase em que entrara o complicado
da City Hall ou Câmara municipal,
"Taciturno o ancião treme
problema
a
e obedece,
da instrucçao do povo foi o da creaçao dos
O edifício do Times tem 118
segunda é o Union Square, e á terceira,
Busca
as do mar flueti-donantes praias.
portas e bibMhecas populares
Ao que pariu puichricoma Latona
o Madison Square. Esta ultima é
janellas para a rua, e as entradas para os dentes do dragão que se multiplicaram como
Afastando-se
de
Capmo:
ímpreca: '"Arci-tenente
pare
hajam
os seus andares superiores são
posto
talhada por um vastíssimo hotel
algumas
Ouve
suecumbido,
Smintheu,
em
virtude
Tenedos enfreias.
quatro:
da famosa lei
(o Fifth uma do lado de Nassau
Chrysa protegos que
Avenue) por outros não tamanhos,
e a divina Cilla,
Street, que é de Daewin fslrwjgkfor life), manteem-se outras
por
Se defestões colguei teu sanetuario,
casas particulares, por um Club impor- particular dos compositores, e trez no com certa vitalidade promissora de optimos reSe de cabras e touros coxas pingues
SUltadOS.
..'';';
•
Park
Row.
tante e uma ou outra casa de commercio.
Elle tem cinco andares e
Te hei queimado, compraze-me desejos.
Envergonhados de que as escholas publicas
Aturos teus meu choro os Danaosospaguem."
mais o basement ou pavimento subterra- funccionassem
No Union Square, que lhe fica um
em acanhados e impróprios prepouco neo, onde estão os
A vernaoulidade da dicção e a energia do verabaixo, ha a mesma classe de edificios,
prelos do Times e uma dios particulares emprehenderam alguns varões so
"restáurant."
que em subido grau recommendam o trabalho
casa
de
a c°Mtracção d'edificios adequados
bilhares sob o
com a differença que existem
Es- a *»emeJÍt28
do nosso saudoso compatriota não são bastantes
muito sa
já
tao
uhl
fim.
folha oecupa, além da maior
Quatro
ergueram-se nas
mais lojas e armazéns. E'
para desculpar-lhe os defeitos, tento mais que
parte do praças de D. Pedro I,palacetes
que esta pra- basement, toda a loja
de
Onze
fica
a trez milhas e meia da Castle
da frente, e mais a Mai do Bispo e do Duque de Caxias,de Junho, da delle só devêramos esperar preciosíssimas belleça
podem zos, attendendo á sua vastíssima erudicção é
Garden, mas mais abaixo do Madison que tem o letreiro "Nash & Fuller,"
rivalizar com os que de melhor existemque
aos
em paizes honrados ocíob em
que mais adiantados
ultimamente
que se lhe escoaram os derrana vereda da civilisaçao
Square. O City Hall Park é o único lardesalugou a essa firma: a
No desta derradeira praça, onde vai-se estabe- deiros dias.
go que existe no centro commerciál de redacção da folha oecupa a frente do an- lecer as escholas
nos parecer que não era tão conhecedor
pnmariasd'ambos os sexos da do Quer
dar em que está o Novo Mundo, isto é, freguezia
New York, e dahi a sua
idioma
de Pindabo como dó de Hobaoio- e
da
Gloria,
o Sr. Conselheiro
isso pautara a sua versão por outras,
as trez janellas do Park Row e as dos Manuel Fbanctsco instituiu
nencia. Um dos lados da grande é proemipor
nêm
Cobbeia,
formapraça
que foi Ministro sempre escoimadas de imperfeições.
outros
lados:
do pelo Broadway
Estra??.eiros
a
composição
Sãò
no
ê™10B
por
e
actual
estereotypia
Gabinete certo dignos de apreço os trabalhos
que o corta: outro, e na
a%a
de 7 de Março, presidido pelo Sr. Visconde
da
senhora
correspondente
da
do Daoteb e de Monti nos
municipalidade e a Court
parte
do andar su- Bio Bbanco,
pelo paço
quaes
sene de conferências scientifi- escora,
se
House, outro pelo chamado Park Row e perior n'uma só sala enorme e muito ai- co-litteranas, uma
mas não sabemos porqueprincipalmente
deixou de conas quaes vão sendo concorridas Bulterasnãomenos
Pnnting House Square, e finalmente ou- ta, reunindo todas as condições hygieni- por crescido numero de damas
celebres, e por vezes supee cavalheiros.
tro por um único e pequeno edifício entre cas necessárias, pois o Times foi cons- Dmdem-se essas conferências em duas secções- nores, traducções de Thomás, Benouvieb, CIma das Quintas-feiras, mais propriamente didactí- PnJS» d°?,aí? Por T*™**)'* « as de Pope e
truido especialmente para esse fim
o Broadway e o Park Row,
jornacas, e a dos Domingos, mais phüosophicas e ás Cowpee, estimadissimas dos inglezes, visto como
por
quanto
a praça e muito irregular, tendo a forma listico.
a sua confessada ignorância da Hngua alleman
vezes poéticas. Nas ultimas teem
occupado a triO resto do edifício e alugado
de um triângulo isosceles, com o angulo
COIopal8ar a monumental versão
buna
merecidos
applausos) os Sra. Conse- deVôSVa
para ou- lneiros(com
tros fins. Assim, ha
Vertical cortado parallelo á baze e á
Cobbeia;
Pebetba
da
Silva, Affonso Celquatro periódicos
Outra nodoa que marea a tráducção d'Oi>oBico
pou- alem do Novo
ea distancia do vértice. Tal é a
Mundo, que teem escriptor so, Jjibebato Babboso, e os Srs. Drs. Duque Es- Mendes e a carência
de naturalidade e
tbada
Tetxeibà,
praça
Guanababa, Busch Vabella e cia em
nos ahi; ha duas agencias de annuncios, outros
em que está o edifício de
seus versos Lemos com prazer deumafluennao menos distinetos. ±*au*,
que nos oecupa- trez
paadvogados, duas agencias de
mos.
r
gma, admiramos-lhe as bellezas de estylo e mSHa quem note nessas conferências certo
privilepentria
dehnguagem,mas
sentimo-nos pouco dispôsdor para a declamaçao, exuberância de locares
A nova e soberba estrueturà do Cor- gios de invenção, e uma agencia de
papel communs,
e deficiência dessesenso practico que tos a proseguir sem resfôlego, sem^stenceannos
de impressão.
reio de New Yõrk oecupa uma
"°
em subido grau caracterisam as inglezas e
grande
^ue » natureza do asAte
?°nto eminconveniente
«m^Tente
sumpto
parte da praça, e de facto ê o maior ediparecia tornar
p 1» de Maio o Novo Mundo oceu- americanas. Sao porém ligeiras nugas queanglopor interrupção. A cada passo da recente qualquer
ficio de granito deste continente.—No pava somente trez janellas
o Park si próprias se dissiparão quando a idéa se radiversão* £
para
ifooda encontrado a verificação deste asserto,
Row e seis para a Rua de Nassau.
Broadway nesta parte descoberta
e
homens
especiaes
tomarem
a
que
o
seu aliás se nos antolhára ao leroios.as
peito
çar,
pela
Desde então oecupámos o antigo es- desenvolvimento.
Georgicasãl
praça estão a antiga Astor House, um
Vraomo
Já d'ahi originou-se a creaçao d'uma sociedaque nos arrebatara em nossos verdes an- criptorio da Alhion com mais trez
immenso hotel também de
janei- de, favoneada por senhoras pertencentes ás prin- nos»
granito, se- Ias
Ainda mais sensível se tornará a verdade
para o Park Row: nessa addicção é cipaes famílias da sociedade fluminense,
guindõ-se-lhe uma série de nobres estrudo
que
sob
acabamos d*escrever a quem se der á
que
se
o
acham
cturas de pedra e ferro, verdadeiros
titulo
ãe-Promotora
a
redacção
que
da
da
Instrucçao,
nossa
pena
AméimSrade cotejar a tmducçãodo nosso compatriota
pa- nea Ilustrada,
Ia cios commerciaes.
e o. escriptorio da admi- se de orgamsar escholas domingueiras e noctur- a do Sr. Visconde
com
de Castilho, que fao bem sounas.
Duas
da primeira classe já se acham fem
Do Park Row até á Court House estão nistração geral, e são guardadas as pran- exercício: umano
be conservar a doçura e maviosidade
do conviva
da Praça do DuqS de Mecenas
os principaes quotidianos dos Estados chás electrotypadas das gravuras. As de Caxias e outra nopalacete
fazendo passar pelo chrysol do alePedregulho. Es^ assoS xondnno
portuguez as bellezas de finíssima a^ua
Unidos, e entre o Broadway e o Park trez janellas da esquerda são divididas
meandros do hexametro
em
outros
tantos
esctíptorios para vários
Row está ò Nèw York Herald, cujo risco
laíüio mn°S
Para
coroar
a
obra
appareceu
fins,
o
louvável pene no fundo delles existe uma sala samento
e leve e delicado: o edifício é de marmoAcreditemos
o
da fundação íuma eschola normal, Sirimérito d*uma traducçao consistequena principal
re e do estylo da renascença. Seguem- onde estão classificados números atraza- gida ainda pelo Sr. Conselheiro
sua fidelidade, combinada
Cobbeu,
ê
di"S%°ü comPrfensão; porquantTsão
se no Park Row os edificios do Express dos dos dous periódicos e onde se faz a tnbmda em vanos cursos, professados
por alsuns tiZ * T
cavalheiros,
de8eJ°SC)s *° conhecerem
expedição
no
magistério
dos números correntes.
e EvmingMü (folhas da tarde), World,
publico ou paS os
Sif^í8^^
A cular se teemque
das
htteraturas
primores
feito
estrangeiras não poconhecidos.
Puncciona este derão iniciar-se
New York Times,New York Tribune,Sun, composição é n'uma sala contígua á do eschola no
no mechanismo grammatical das
térreo
pavimento
do
conservatório
de
Star, New Yorker Journal, Daüy News e Times, de egual fim, é por conseguinte musica, mandadofranquearpeloSr
Minisfi-n ^n SSS2 qUe foram Pri^vamente escripS
no
andar
Lnperio^Conselheiro
superior.
Staats Zeüung,—ÍBto é
Dahi são as fôrmas
Joio aLbepÔ Gobbeu ní ÍTwVW ^Bftla.»*«o porque ChateaubbI^nd
já não fallando de mandadas
preferia as versões em prosa ás em verso.
uma multidão de outros
baixo
meio
para
de guinpor
Mais comprehensivel
periódicos meno- daste
Bem
defeituoso
nos
que
pareça o procramma e, certemente a .tráducçãoe por isso mais popular
res.
São do afamado S? W da recem-na^cida
próprio.
oa Evangeliha, poW
eschola, formamosvoKSa
Desde o HercM até a Beekman Street, Green os prelos em que são impressos os ?uaestabihdade, ainda
seja
como
que
tenteff
em cuja linha acaba o edifício do Correio, nossos jornaes.
Na composição e no ou ensaio d*outro mais serio commettímento
devida Á e^gante penna
do^S
vT^"ff'
ao
»r. Dr. Fbanexin
escriptorio
Dobia.
^^
existem dezeseis pessoas dedinão parece haver uma
praça,—tão alta é cadas aos
Todossabem
Ànalysemos^agora
qüeLonopellow
inspirou-se nas
vários trabalhos das duas1 foaquella construcção. O Ciiy Hall Park
per summa capita alcumas paginas do mavioso idyllio
GoeS, EerlnaZ
é hoje propriamente o espaço entre a face lhas, fora a impressão, gravura e distri- obras vindas á lume no primeiro trimesffdo eDorotlm, e que rivalisandode com
o^u n3£
chegou por vezes a levar-lhe as lampas.
Só trez das dezeseis
posterior do Correio e a Câmara munici- buição.
pessoas
E na poesia desonptiva que sobresáe o talenAb Joveprinápmm: comecemos
pai. Pois bem: o New York Times é o são naturaes do Brazil, a saber, o prolliada
pela
de
to
do bardo americano, cuja penna se converte
Houmo
trasladada em verso portuguez
edifício que fica quasi
pnetano, que. toma conta exclusiva da
em delicado pincel traçando ollindissimos
pS
justamente no meio redacção
nobl
Odobico
Mendes,
a
os pariSristm dros da. natureza acadiense.
deste periódico, um compositor
de um dos lados da
qquí
não esquecem de qualificarquem
praça; com a diffede
NatiraltoMaZ
está
aqui
rença que nelle acaba-se o Park Row,
A pintura d' aldeia do Çrand-Prè e
por pouco tempo) e um nhao. Discípulo de Fhonto
da vida
e (que
a praça alarga-sa mais; deixando ao edi- aprendiz de compositor. No resto ha os um arçhaismo ambulante, umElisío era OdoS pacifica dos seus felizes habitantes, a tocante
vivVconscena dapartida dôE, exules, victimas
elementos Americano, Inglez, Cubano, tra as innovaçoes da linguageríprotestoaliás
ficio do Times nada menos
dapíepcí
trez frenachaque
tencia
que
ram
governo colonial, as peripécias Ha™
justificação neste sublime códigoTo bom ma e o doseudesenlace,
tes, uma no dicto Park Row, fronteira Italiano e Allemão.
realçadas^ See ^'
Pek denomi^9ão Arte PoS Pathica figura d« Evangelma,;pretendem
ao Broadway, a segunda olhando
rHoCBAaoe.Cld°
a
a S~
para
ção doleitpr, encantado pelaí graças do estfo
Umara municipal, e a terceira na Rua
Exhibira o erudito poeta Brazüeiro
«T™8?0»
provas do
tóagisteannente Sxde Nassau, que corre
seu cabal conhecimento da lingua vernácula
LITTERATURA.
^fâte pelo traduetorta°brazileiro
parallela ao Park
trapretradas
duzindo magistralmente as tragédias MéropTe
Row. A frente própria do edifício
Em verdade o senhor Dr. Fbankxtn Dohta ro
Tancreão por certo as mais selectas do
rece ser a segunda, porque é a mais pavelou
repeVto!
neste tíabalho cabal" conh^SutoTün*esno de VoMAiBE,e medindo-se corpo á corpo
dasB1B
treita; mas a frente mais real e conspicüa MOVIMENTO LITTERAEÍO NO BRAZIL, comosuaviloquovatede
SQa mefcrificaçao, doMantua
S«e a patea que reSema
tendo
se ufana de contel-o por um
e a que é representada em nossa
nosso idioma com uma excellenteenriquecei
que
da dos Seus dignos filhos com o fiel trânKipS
gravú(De um nosso correspondente.)
Emâa, Bucolieas e Georgims, digna deversão
ra. Veèm-n' a todos quantos vão ao
émPaS d um dos mais esmerados
cor- PTcFmJL^JmtI^fi,
da hE
produetos ««erareio, todos que passam
tura anglo-americana.
«oientifl.
^^-Conferência,
oo-litteranas no Rio.—A
pelo Broadway
tráducção da liiáda norM
Essa litteratura, tão pouco conhecida
OdoncoMèndes—A da ^tv&^FXriT-Ai
todos que transitam pelo Park Row
bom grado subscrevemos aos enthusiasticos ciada
e apreW
entíe nós, merecera mais detido examS
^De
vão á Camárá municipal
frente.
Alme!dípela
ra mister que as obras de Emebson, IIa^hoÍ
4*»» Producçõès mephlC gem do Atlântico, e sentimos
S^GaSiÍ!
Todos elles, si olharem
justo orgulho ven- ne, Poe eDuteos
para este enorse vulgarisassem junetemente
do
proclamar a sua proficiência na lingua de comasde Longpei.low,
Antes de proséguirmos na encetada tarefa
me edifício, ahi verão a extensa
de
Febbeiba
peCoopeb, Ib4o, fe?
e
Sá
de
grade
Mtbanda; não podemos toda! Bbeoheb
dimosvema aos leitores do Novo Mundo
ferro com o nome em lettras douradas
d' alguns poucos cuja exisSâ
via deixar de adhenr ao reparo dos
para
?j
™ti**Wbo symptoma
que lhe ex*±
O Novo Mundo,—nome que
Sf ?"???
pelos viajantes i££S?
intellectual que se observa nestede pro- probram certa obscuridade que faz com que seia
poucos,com- gresso
E'w ert°gelada
bem
smgularophenomeno
muitas
paiz
vezes
mais
comprehensivel
o original dò «ahkL
parativamente, sabem o que significa, Queremos fallar do afan que mostram os poderes
que
se observa no nosso paiz, onde distinetos
que a tráducção Imbuído no preconceito de tos fazem ümbre
littei"!
mas que não podem deixar de notar nãó políticos em acoroçoar a iniciativa particular
em que a língua portugueza é só e immediatamente
de ignorar o movimente Electualque se opera nas regiões
só por isso mesmo que não o entendem tudo o que diz respeito á instrucçao publica.
derivada
da
latina,
neo-contnen
nenhum
babido e que o verbo fecundo dessa iniciativa
escrúpulo
dar carta de cidade a qualquer vocábuloteve dl toes, e onde mais depressa se sabe do livro pS.
vindo cado em Pansz, Bruxellas, ou
Lisboa do Ineão
ãBBeEumbem presidida p610 Sr- 4SE
to%TTC0ílheCÍd0 e fl¥a,áA> P^ta Á£S
°s
£u5. m Tes modelos ^ estra^s ht
SSfSJTií18 &e teem feit0 n,mm e n'outra «2
¦:r.~l.- -.—.--«...,,«,,,.-„,,~„ ,„ ,„,vw,„„.„.„.
^•Sls^*^!""-":-;*-™,»
1iggí"«BS»-
O NOVO MUNDO.
Junho, 23, 1874.]
vindo á luz em Buenos-Ayres, Montevidéo, Lima. Sanotíago, Valparaiso, New-York, Boston e
Philadelphia.
Bem haja o illustrado Sr Dr. F. Doma que
consagrou seus lazeres a trasladar para o idioma
pátrio uma das mais acreditadas producções da
musa americana, e oxalá prosiga em tão bem estreada empreza.
Far-lhe-mos, todavia, uma ligeira observação: referimo-nos ao emprego de vocábulos iuglezes e francezes com que sarapintou a sua, aliás
tão correcta e louça traducçao. Sabemos que se
nos pôde oppôr a necessidade da côr local e o
exemplo de distinotos poetas, nomeadamente
Gonsalves Dias: os maus exemplos, porém, não
devem ser imitados, e com toda a razão dizia
Qotntiliano—JSTon auctores modo, sed partes operis ekgeris.
Foi-nos obsequiosamento remettida de Lisboa
uma nítida brochura com o titulo de Locubrar
ções, trabalho do Sr. Dr. Antônio H. Leal. Consta d'uma série de artigos do mesmo senhor divulgados pela imprensa periódica do Brazil e de
Portugal. '
Oomquanto pouco sympathisemos com essas
compilações, embora firmadas por algum prestígioso nome como o do Sr. Alex. Herculano,
não desconheceremos que alguns dos trabalhos,
ora reproduzidos pelo Sr. Dr. Leal, teem merito intrínseco e pertencem ao numero dos que
podem comparecer perante a posteridade, arrostando o seu imparcial e severo juizo.
Na primeira, série (sciencias) avantaja-se um
esmerado estudo acerca dos nossos indígenas, e
na segunda (lettras) âistinguem-se os consagrados á historia do Maranhão, á guerra do Paraguay e a litteratura brazileira contemporânea.
Nos dois últimos artigos faz praça o auetor dos
seus variados conhecimentos das coisas pátrias,
e do achrysolado amor que consagra á terra em
que viera á luz do dia, e da qual por circumstancias imperiosas, vive arredado.
Acaba de sahir dos''Memórias
prelos d' esta capital o sedas
volume
para a historia do
gundo
extineto Estado do Maranhão," colligidas e annotodas pelo Sr. Senador Cândido Mendes d| Almetda, o qual fel-as preceder d' uma* eruditissima introducção.
Nesse primorosso. trabalho discute com a habitual proficiência alguns pontos controvertidos
dos annaes da antiga colônia luso-brazileira, e
busca derramar as luzes da critica a respeito da
naturalidade do celebre índio Poty, que entre os
Portuguezes chamou-sé.D. Antônio Phtltppe
Camarão, bem como a respeito do pretendido
supplicio do ex-Jesuíta Padre Manoel de Mo«
eaes.
Não logramos da ventura de ver dissipadas todas as duvidas, quiçá pela opacidade do nosso
espirito; mas pede a justiça que confessemos que
o illustre Senador é um polemista de força, e que
aos seus outros predicados reúne o da summa
delicadeza com que sóe tractar os adversários.
Antes de depormos a penna rogamos ao infatigavel e prestimoso edictor o Sr. B. L. Gaenieb, que desterre dos suas duas bibliothecas (a
d'Algibeira e a Universal) algumas.producções
mephiticas, cujas exhalações, tanto concorrem
para deturpar o gosto e a moral publica. As Rolandes, Aliçes, Lucias e quejandas cedam o passo
a composições recommendaveis pela utilidade e
pureza de doctrina, v. g.: & Historia de um bocadinho de pão de Mace, o; 0 Chiquinlu) de Bbuno,
o Cathecismo Constitucional de Demophtlo, os romances scientificos de Vebne, etc., etc.
ABAUCABrUS.
OS H0LI4NDEZES NO BRAZIL
.
UMA PAGINA CURIOSA DA HISTORIA PÁTRIA,
ha parte da historia do Brazil que seja
ÍTÃO
S tão amplamente illustrada com memórias
e relações contemporâneas do que a do periodo
do dominio dos Hoilandezes, Este nobre povo
infundiu entre nós uma vida que não tinham
os Portugueses e o interesse que tomou a Companhia das, índias Occidentaes nas posses no
Brazil fez multiplicarem-se os livros e folhetos
sobre elle, sobretudo quando começou a guerra chamada "hollandesa" por. nossos historiadores.
Entre os muitos livros interessantes publicados nesse tempo, obtivemos ha pouco um exemplar de uma obra muito rara de PiebeeMoreau, publicada em 1651, em casa de A. Coúrbé, Pariz.
No seu excellente trabalho bibliographico sobre a America, Ásher (N9 277) cita uma traducção hollandesa desta obra, publicada em
1652 em Amsterdãq com o título Klare en
Waarachtige Béschrijving van de Leste Beroerten en afval der Portugezen in Brasil. Vertaalddoor J. H. Glazemaker (Descripção elara e verídica das ultimas complicações e deserçâo dos Portugueses no Brazil): Até ultimamente, porém não tínhamos visto noticia algumado original da obra, que agora temos diante
de nós. O seu título exacto é: Histoire des
Demiers Trovbles dv Bresil, Par Pierre Moreav, natifde Ia ville de Parrey en Charotlois
(Gravura do editor). A Páriz, chez Augvstm
Covrbé. M. DC. LI. Avec Privilége dv Roy.
Vê se pela dacta do livro, que foi impresso
antes da conclusão da guerra hollandesa, que só
terminou dez annos depois, reinando em PortuVI. O auetor,
gal o então menino Affonso
"por
essa doce pak
devorado
Pierbe Moreau,
as
cadeias
que o lizão dè ver," e quebrando
Hollanda
ir
á
afinal
gavam^á pátria, resolveu
que era então o empório da nnvppição cie to-
das as águas da terra. Chegara justamente a
noticia que os Portugueses se levantaram contra a Colônia dos Estados Geraes das Provincias Unidas dos Payzes-Baixos, e estavam commettendo muitas atrocidades contra os Hollandezes. Tractpu-se logo de organizar uma poderosa frota.e o auetor, intimamente recommondado como estava aos Senhores de Conselho d'Estado que haviam sido nomeados para
Irem governar 9 Colônia, obteve licença para
embarcar-se como secretario de um delles.
Chegado ao Brazil e presencêando tantas desgraças o auetor oecupou-sea Instruir-se da origem e começo dellas, e nos dous annos que ahi
esteve escreveu o que logo depois consignou
no presente livro. Elle serviu-se antes do que
viu e provou, do que de quaesquer documentos
que leu nos registros da Companhia das índias.
A obra é repleta de observações muito curiósas que, posto que possam parecer communs
aos profundamente versados nas cousas da historia pátria, teem grande novidade para o geral dos seus estudantes.
Sabemos, por exemplo, que havia muitos Judeus em Pernambuco no tempo dos Hoílandezes, e que elles vieram de Amsterdao onde se
abrigavam das perseguições no sul da Europa.
O nosso auetor, porém, dá a razão da"immigração: os Hoilandezes queriam simplesmente angmontar a renda publica, e os Judeus eram bons
tributários.. Os Hoilandezes os tractaram muito bem e lhes deram, além da licença de ediflcarem casas, duas synagogas, uma no Recife e
outra na cidade Mauricia. Muitos Portuguezes,
apparentemente Christãos, diz o auetor, uniram-se aos Judeus e " practicaram tantas usuras e exacções que insensivelmente foram suecando a nata, e a substancia dos Christãos."
Os Hoilandezes seguiram fazendo toda a casta
de imposições: A principio os Portuguezes
não podiam ter armas de fogo: mas elles engodavam de tal fôrma os Hoilandezes, e offere
ciam-se a; pagar-lhes preços tão elevados por
essas armas que elles lh'as vendiam por 300 e
400 libras cada uma e até o auetor falia de um
seuhor de engenho que comprou duas por 1,400
libras. Era formidável a irreligião desse tempo: Judeus e Christãos, Portuguezes, Hollandezes, Francezes, Brazilienses, Tapuios, Mulatos, MameluCos e Crioulos, todos viviam vida
lasciva e escandalosa, a tal ponto que o incesto
era um crime muito, commum, e os senhores
obrigavam as filhas das suas escravas á um
commercio abominável com os negros, a quem
davam entrada em suas próprias casas. E'
horrível a descripção que faz Moreau das sevicias a que eram subjeitos os pobres escravos
africanos, cujos descendentes ainda temos entremós como escravos, para deshonra nossa e
de nossos antepassados. Elles " vinham nús e
eram tractados como oães. Era com elles que
o Rei do Congo, a Rainha de Angola e seus fidalgos e governadores, trocavam pannos, chapépSf, vários instrumentos de ferro, o vinho e
aguardente; pois nesses paizes não se usa ouro
e prata, e a sua única moeda são umas conchinhas muito bonitas, que se acham á margem de
certos rios," Um escravo custava então 1500
a 1600 libras,—pouco mais que duas espingardas custavam em Pernambuco. O auetor viu
escravos sovados com 300 lambadas de cordas
grossas e depois de terem o corpo em sangue,
serem lavados com vinagre; mais ainda, elle
viu este castigo repetido por trez dias consecutívos. Nesse tempo não era crime matar um
escravo; o seu senhor só tinha contra o assassino uma demanda civil. O cadáver do negro
não era jamais enterrado, mas atirado ao mar
ou a algum rio. Os Hoilandezes não exerciam
elles mesmos este systema bárbaro, mas contribuiam indirectamente com a sua avareza para
sustentai-o: os Portuguezes tinham de pagarlhes tributos enormes e julgavam-se obrigados
a exercer todo esse rigor com os escravos para
obterem meios de manter-se.
Os Hoilandezes julgavam-se muito seguros e
pouco a pouco foram entrando mais em contacto com os Portuguezes, sempre pródigos de dinheiro e de presentes. Estes últimos lhes derám muitos indícios de revolta, mas elles ficavam sempre certos que D. Jólo não seria Capaz de recusar a alliança, que fizera com os
Payzès-Baixos e que elles criam muito necessariaaos interesses de Portugal.
Entre os Portuguezes que começaram a ter
mais accesso nos segredos do Concelho, sobresahia João Fernandes Vieira, Ouçamos o que
sobre elle nos diz o nosso auetor. •
"Joio Fernandes Vieira era mulato e escravo-liberto, mas era ao mesmo tempo homem*
int Uigente e subtil. Tendo sido por alguns
annos criado de servir de um dos politicos, ficou
bem orientado dos negócios, sobretudo dos dinlíeiros devidos á Companhia,-^os direitos sobre o assucar feito nos engenhos.' Elle mandava cortar paú-brazil, tinha sempre alguma proposta a fazer em prol dos interesses da Companhia e achava sempre alguma raridade curiosa
ede valor, que nunca se vira, e que vinha offerecér aos senhores Magistrados para ganhar a
sua estima. "e Em summa, gózavaertre elles de
tal credito favor, que não raro era chamado
para emitiu' sua opinião sobre negócios da
Cònipuhhíu, que não lhe emm mais oecultos,
pois elles desconfiariam de todos excepto delle.
O pai de Vieira, porém, era Portuguez e o moço tinha mais afleição aos Portuguezes do que
aos Hoilandezes." *
O Concelho não quiz abaixar um pouco a
avaliação de uma propriedade rural de Vieira.
Isto agostou-o sobre maneira, e elle não oceultou seu descontentamento. O Vice-Rei (então
na Bahia) tractou logo do attrahil-o â causa
portuguesa: deu-lhe uma pensão e prometteulhe grandesas, com a condição que elle revêlasse fielmente o que se ia passando no Concelho e aconselhasse os Portugueses sobre o melhor tempo de expulsar os Hoilandezes. As
cartas do traidor eram dirigidas, não ao ViceRei, pois isto causaria suspeitas, mas a André
Vidal de Neoreiros, " Hlho de um senhor de
engenho de Parahyba."
Chegou o tempo que Vieira julgou aprazado.
Elle escreveu a Vidal que viesse ao Recife bem
armado mas sob o pretexto de ir visitar o seu
Entretanto
pai na Parahyba. Vidal tardou.
um Judeu que por dividas se refugiara do Recife em casa de Vieira, a uma légua da cidade,
soube do plano da conspiração, pela imprudencia de um escravo de Vieira que th' o çom municara. O Judeu, por intermédio de um soldado, mandou dizer uo Concelho que si lhe perdoassem a prisão, revelaria uma conspiração
contra o Estado. Com effeito o Concelho despachou seu seci etário, Uvalbech, que accompanhado de quatro Judeus, foi encontrar-se
com o outro, em meio caminho. O Concelho
não acreditou na historia e attribuiu-a a méra invenção do desprezível Judeu que se queria livrar solto. Na verdade o Concelho estava
cego.
Revelaram-lhe também que.um Portuguez chamado Manuel Franco, amigo intimo e parente de André Vidal, emprestava
dinheiro sob certas condições de pagamento
quando os Portuguezes fossem ontra vez senhores absolutos do paiz e que até alguns desses
contractos foram lavrados perante. tabelliães
públicos. O Concelho não via isto. Mas enfre os Hoilandezes como que havia um presentímento do que ia sueceder. Muit03 delles começaram a voltar á pátria; e aos muitos mais
que ficaram estava reservado muito amargôr. *
Vtdal accompanhado d' um official da Bahia chamado Nicolás Obaigne, chegou ao Recife n' uma caraveila, fez muitas visitas, muitos protestos de amizade aos Hoilandezes, e foi
hospedar-se em casa de Vidal, e dos principães senhores d' engenho. A todos fez jurar
que viviriam e morreriam por D. Joio IV,
seu soberano legitimo; manifestou-lhe que tinha ordem expressa de ua Magestade e do Vice-Rei para livral-os do jugo estrangeiro; mostrou lhe3 que o Brazil era a sua única pátria, que
elles herdavam de seus antepassados, e que os
Hoilandezes eram intrusos, differentes delles
nos costumes, na religião, na lingua e no caracter. Vidal assegurou a, essa gente que si
os Portuguezes pudessem tomar apenas trez
ou quatro praças, ò resto do dominio hollandez cahiria sem resistência, e "que devia-se
tractar esses bebedores de cerveja do mesmo
modo que os Castelhanos." Era verdade que
os Portuguezes tinham jurado obediência aos
Hoilandezes: mas hão lhes desse isto cuidado:
Vidal assegurou-lhes que o Papa absolvel-oshia. Para chefe da conspiração foi eleito J0Ã0
Fernandes Vieira, e para tenentes-ajudantes
"os senhores d'.engenho Antônio Cavalgante
e Amador d' Aragose." Depois disto Vidal
foi á Parahyba, organizou a conjuração nessa
capitania e voltou á Bahia onde muito, regoziou-se com o Vice-Rei.
. Ora, por esse tempo havia na colônia grande escassez de numerário: os Hoilandezes que se retiraram'linham levado quasi todo o ouro eprata que havia, os Portuguezes não pagavam
suas dividas, e os credores se apoderavam de
seus canaviaes, casas, mobília, etc. A classe
devedorá ficou aterrorisáda e pediu aos Senhorès do Concelho que se responsabilisasse por
dividas, e entretanto ella,garantiria ao Concelho as suas safras e as suas pessoas. O facto é
que muitos podiam pagar más de propósito nãó
o queriam fazer na esperança de expulsar os
Hoilandezes. Ò Concelho reuniu os credores e
obrigou-se apagar-lhes 72 por cento das dividas
anteriores a um anno e 58 por cento das recentes. Isto mesmo era o que os Portuguezes
queriam,—temporisar ate' chegar o momento
propicio. Estava assentado entre elles que no
dia de S. Joio Baptista de 1645 far-se-hiám
em casa de J0Ã0 Fernandes as nupeias de
uma filha de Antônio Cavalgante, homem riquissimo; que para o banquete seriam convi->
dados os membros do Conselho e todos os principaes personagens dos Hoilandezes; que durante o banquete seriam estes assassinados;
que logo depois os conspiradores viviriam ao
Recife e não poupariam mulheres nem crianças, e entretanto a flotilhi promeittidã por Vidal approximar-se-hia. Mas, diz. o auetor,
"dous senhores d' engenho Portuguezes e muito honrados, tomados d' um movimento de bôa
consciência, tiveram horror d' um projecto tão
bárbaro e prevendo Os males que acarretaria,
procuraram derrot,,.r o plano. Escreveram
165
aos Senhores do Conselho uma carta anonyma
que mandaram entregar-lhes por um Judeu."
Ao mesmo tempo, cinco Judeus secretos, que
entre os Portuguezes passavam por Christãos
chegavam ao Recife, onde confirmaram aquella
noticia, e também Mouoheron e o capltão-advogado dos Hoilandezes mandavam dizer ao
Conselho que Camarão e Henrique Dias, coroneis Portuguezes, tinham chegado da Bahia
e se dirigiam por terra ao Recife.
O nosso espaço, limitado como é, não nos
permltte descer aos pormenores da revolução
que ficara assim começada. O auetor nunca
deixa de parecer-nos imparcial na sua narrativa, e os estudantes da historia pátria acharão
sem duvida muita novidade nas suas observações. Esses dous Portuguezes, por exemplo,
que revelaram o horroroso plano de Vieira são
comdemnados intrinsecamente como traidores
por alguns de nossos historiadores, e entretanto estes se esquecem do papel que representavam os Portuguezes, principalmente o próprio
Vieira. Todos elles eram cruéis e desordenadamente ambiciosos: não foi o amor da pátria
que os levou a tomar das armas, foi a neçessidade de se verem livres de um credor forte, importuno e realmente exactor.
Ainda com risco de tornarmos este escripto
demasiadamente longo, não esquivar-nos-hemos de repetir aqui as observações com que o
nosso auetor remata sua historia.
Apezar do menoscabo com que governavam
Brazil,
os Hoilandezes nutriam os mais gio
gantescos desígnios de desenvolver e enriquecer
o paiz. Elles pretendiam encetar em 1654 uma
série de importantes reformas no governo; pretendiam abrir todos os portos ao commercio
estrangeiro e só exigir tributos módicos; pretendiam crear no Recife uma Universidade da
America, de todas as artes e .sciencias. Para
este ultimo fim, elles já haviam cuidado sériamente da instrucção dos chamados Brazilienses
e Tapuyos cujos filhos mandavam estudar..
Diz Moreau que os Jesuítas merecem muito
louvor por terem feito uma orthographia que
exprimia todas as palavras e dicções da lingua
destes. Os Hoilandezes pagavam a professores
e ministros da Religião que lhes ensinavam o
Christianismo; entre todos esses mestres sobresahiu um joven ministro inglez que os Hollandezes haviam mandado á Universidade de
Leyden e que, voltando ao Brazil, traduziu as
Sanctas Escripturas para a lingua brazilica, de
modo que os índios as podiam ler e entender.
¦ Os Estados geraes também queriam fundar
uma grande typographia, e escholas de artes
mechanicas. Pretendiam retalhar o paiz e distribuir quadras de terras pelos varões adultos,
e então mandar buscar do Oriente a pimenteira,
a moscada, a canella e outros, arbustos desta
ordem; pretendiam começar a explorar as minas de ouro e prata que havia no paiz; pretendiam unir intimamente pelo commercio as Indias Orientaes com estas índias Occidentaes, o
Recife ficando sendo o grande empório geral
destas ultimas como a Batavia o era daquellàs,
—mas todas as posses sendo governadas por
um grande Concelho com a sédè em Haya.
Ainda mais: os Hoilandezes estavam com
determinação fixa de conquistar as terras do
norte, o Maranhão; Cartagena e o chamado
Reino de terra-firme do Rei d'Hespanha,— regiões essas em que abundava o ouro. Para esse fim elles propunham-se fazer do Recife uma ,
grande estação naval e com effeito chegaram a
expedir muitos navios em viagem de exploração das costas do N.E. da America meridional.
Na verdade, elles até fizeram amizade com o
Rei do Chile, a quem mandavam vistor pelo
menos uma vez por anno, os embaixadores levando muitos presentes de armas de, fogo com^
as quaes o Rei do Chile cousava grande incommodo aos Hespanhoes e no futuro causariam
tanto que (esperavam os Hoilandezes, seria então mais fácil subju ar essa conquista.
Os Estados Geraes queriam, em summa, fazer do Brazil uma rica, bella e poderosa Repúbíica, parte de um immenso império que fosse
"um armazém incomparavel de tudo qaanto é
raro, precioso, útil e necessário, que se encontra em todos os cantos do universo."
03 seus planos falharam completamente no
Brazil por muitas causas. O seu conselho não
era a principio composto de gente illustrada.
Elles não cuidaram de povoar a conquista com
seus proRios cidadãos, deram logares importantes e grandes propriedades, aos Portugueses
e licenciaram quasi todos os soldados. Embriagados pela felicidade que repentinamente lhes
deparara um grande império, elles julgaram-se
seguros e não desconfiaram da perfídia dos
Portugueses, mas deixaram-se levar de suas astucias e olharam para a corrupção e crueldade,
que então reinavam, sinão com approvação
manifesta, ao menos com indulgência. Em
summà, os poucos colonos que mandaram para
o Brazil eram de uma classe baixa, ávida e cor-t
rompida até á medula: a piedade o iodas as
virtudes desappareceram delles para deixarem
reinando, com sceptro indisputável, a Avaresa.
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166
O NOVO MUNDO.
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[Junho, 23, 1874.
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UMA DAS ENTRADAS DO TUNNEL DO MONTE CENISÍO
V-:
UM MERCADO MEXICANO.
No México existem muitos mercados; sendo o
principal o de Santa Ana, na praça do Volador;'
porem os mais cúriososda todos sao os que bffei
recém aos freguezes aves e flores que vêem de
Tezcuco, Cochimilco e de Chalço. Estes meros sao justamente, os centros; que offerecem-
ElHIuBi
BKMTCíBS^W^^B
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BKc!hBB
BB BB BB BaVflflwSBB mm* ¦' *'^'*jiBV^'3^{r}9'^^BjnB
mos um não sabemos que de mais tocante nos
do México ou da America do Sul: nelles ha mais
variedade dè costumes, mais vida e em
geral bôa
harmonia (não nos .referimos aos Minas dos do
Rio); portanto offerecem ao pintor de costumes
mais attractivos, que com razão os ininduzem á
preferil-os para seus quadros.
Btuiífll
BT'nÜAViFl] f / fl MJ/mÊi iWf^fcljBBBHBBfiíIlÉBMIBBBB
j^BUyl
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^flr^BJ
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dão e mormente por ter sido trabalho d'um desses artistas viajantes a quem não se lhes passam
desapercebido os pormenores que o original offerece ás suas, vistas- a; fim de copiarem perfeitamente o quadro das scenas que propõem executar.
j Apezar; da restricta regularidade que caracterizam os mercados norte-americanos, encontra-
°"**^BBBI^\SSfiuw3*:'
BHBUuVflP^aB ^¦if|/^"Twl^BMllBwiiri^!li WM^BBBB w^Fwrü^k BB?J«BMiWB
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BÇ' ,¦¦'Vv^^ísSflPI
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nos opportunidade para estudar os costumes e a
'vida do povo mexicano. Ahi ve-se índios, crioulos.è estrangeiros, uns bem vestidos e outros es-'
frangalhados, em fim gente de todas as classes
da sociedade, como soldados, caçadores etc. etc.
que fielmente retractam o character nacional.
Chamando a attençao dosnossos leitores paragravura, rècòmmendamo-na pela sua exacti-
BüDtBPkGHP^ ^i^^^B^^ **:*' '¦'•' "t.t^BB
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UM MERCADO MEXICANO.
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167
O ..NOVO MUNDO.
Jvmo, 23, 1874.]
MONTE CKNISIO.
HYDE PAKK.
Em outras oocasiOes jil nos temos occupado
Nfto ha quem tenha visitado Londros que des*
do tunnel do Monte Oenisio ou Cenis, ouja on- oonheça o Hyde Park. Segundo a hora
que o
trada e representamos na gravuera de outra^pa- freqüenta, goza-se ahi da solidão campostro
ou
gina deste nosso numero. O ponto culminante dp magnífico espeotaoulo das mais esplendidas
te do bastante gosto, entre m quaos sobrosahe
min estatua colossal de Aohilles, fundida om
bronze de poças tomados em Salauianca. Tolosa
e Waterloo, e dedicada ao Duque de We^unoton.
i
O jardim ó t»itio predilocto para paradas o
TicnnoiiNK.—Muito dinheiro custou a Ingla terra o mandar o reclamante Abthub Obton apronder e exercer o offlcio de alfaiate na prisão de
Millbanck. O proceso. Tichbobne custou ao
Estado, em conta redonda, £147,000 ou mais de
1,400 contos. Cerca de 900 contos teem de ser
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deste monte' está a 6,775 pés á cima do nivel do
mar. A estrada de ferro que o*corta na altura
de 6,705 pés estende-se por 15 léguas por meio
de um trilbo de invenção americana, o gradiehte sendo de 376 $ pés por milha. O tunnel tem
perto de. S milha, e custoce cerca de 30,000
•contos.
equipagens do mundo, tiradas pelos mais puros
cavallos. Este passeio pertenceu outr'ora á Abbadia de Westminster, mas nó reinado de Henbique VIU. foi confiscado pela'coroa. Hoje não
é do tamanho qué tinha naquelle tempo, mas
ainda cobre uma área dè cerca de 34*000 braças
quadradas. E'adornado de algumas obras d'ar-
exercicios militares. A primeira exposição úde
Londres que abi se fez deu grande incremento,
ás obras d'arte neste mofinifico recinto, que é todo cercado de grade de ferro, abrindo nove en-'
tradas ao publico.
¦"";'¦
*>-
'
pagos pelo espolio Tichbobne. Os advogados
do Governo ganharam 220 contos. /
Disraeli está soffrendo muito na saúde, e dizem que breve será obrigado a retirar-se por um
pouco do ministério, pasaado a presidência ao
Còndé Désby.
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^Mj.i.m>ijiiir«i.igpP.,WWPI>WWW^II'JiP."P
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168
0 GOVERNO BRAZILEIRO È AS ESTRADAS m FERRO.
Estão assentadas as principaes disposições
• do regulamento
que o Governo tem de oxpodir
para a boa oxeoução dos Decretos de 26 de Junho
de 1852 o 24 de Septembro do anno passado, votadso pelo corpo legislativo no intuito de dar o
necessário desenvolvimento ti viaçílo férrea do
Império Segundo o Jornal do Rio, são as seguintes:
4 competência para a concessão de vias-ferreas 6 assim discriminada :
Serão concedidas pela administração geral as
estradas de ferro: 1'', que ligarem duas ou
mais
províncias, a corte com as provincias, e o Imperio com os Estados limithrophes ; 2', que forem
especialmente destinadas ao serviço da adrainistração geral, ainda quando oircumscriptas nos
limites do território provincial; 3', que forem
prolongamentos das estradas actualmentepertencentes ao Estado ou por elle decretados.
Serão concedidas pelas administrações provinciaes as estradas de ferro: l9, que não excederem os limites das respectivas provincias, salvo
a hypothese de aver com a mesma
direcçao, dentro de uma zona de 30 kilometros de cada lado,
outra estrada pertencente á administração do Estado ou já estabelecida ou iniciada pelo Governo
geral; 2^ que forem ramaes.convergentes a estradas da competência do Governo geral,,uma
vez que se circumscrevam no território da provincia.
A concessão de estradas de ferro no interior
das provincias, que tiverem por nm lig&r os grandes centros da população a portos marítimos e
puderem ser consideradas como grandes artérias
do movimento'commercial da provincia, competira cumulativamente aò governo
geral e ás administrações provinciaes, resolvendo-se
a competencia neste caso pela iniciativa e pela prestação
de fundos.
Mediante auctorisação do Governo
os
administradores provinciaes contractarpoderão
b prolongamento das estradas-dUe actualmente
ao Estado ou forem por elle decretadaspertencem
nb interior das provincias.
O Governo geral poderá fazer a concessão directamcnte ou mediante concurrencia, estabelecendo, além das condições
outras que as
circumstancias aconselhemgeraes,
e que, no caso de
concurrencia, serão previamente publicadas.
Sendo eguaes as condições da idoneidade, tempo de privilegio, extensão de zona privilegiaria
e responsabilidade do thesouro, terão preferen«ia:
1', a companhia ou incorporador
apresentar logo estudos definitivos da linha;que2?, a companhia ou incorporador que provar pertencèr-lhe
\-a '.prioridade da idéa e ter promovido a realização delia; 3', as companhias emprezarias de estradas de ferro já construídas ou de construcçao
adiantada, a respeito de linhas que forem natural
prolongamento das que tenham construído ou
estejam construído ; 49,' a empreza de navegação
fluvial que naturalmente; se ligar a
estrada; 59, a empreza que provar terprojectada
já construido, custeado e administrado satisíáctoriamente alguma estrada de ferro.
Versará, especialmente a concurrencia sobre o
prazo de privilegio e extensão da zona:privilegiada,e,quando se tractar de favores pecuniários,
sobre o quantum da garantias de juros ou da subvenção.
Os favores e auxílios que o Governo poderá
conceder ás emprezas de estradas de ferro são:
Privilegio áté 90 annos, não podendo durante
este prazo ser concedidas outras estradas de ferro dentro da zona, máxima de 30 kilometros de
cada lado e da mesma direcçao; cessão gratuita
pe terrenos devolutos e naçionaes para leito da
estrada, estações, armazéns, etc.; direito de despropriação na fôrma do decreto de 10 de Julho
de 1855; uso dos materiaes. que existem nos terTonos acima indicados, indispensáveis para a
construcçao; isenção de direitos de importação
para o material da estrada e objectos para a concção, assim stru como durante um .certo prazo
para o carvão de pedra; preferencia para a lavra
de minas na zona privilegiada, e para a acquisição de terrenos devolutos a margem da estrada.
Além destes favores poderá também o Governo
conceder os mesmos empregos, garantias de juros
ou uma subvenção.
A garantia de juros não irá além do máximo
de 7 por cento e só será concedida quando fôr demonstrado que as emprezas poderão ter pêlo menos 4 por cento de renda liquida; gozarão deste
favor tanto as estradas da competência da administração geral como as decretadas pelas assembléas provinciaes que sirvam de principal meio
de communicação entre os centros productores e
os de exportação das provincias.
Si uma assemblea .provincial conceder garantias de juros a uma estrada que reuna certas condições da utilidade geral, o Governo limitar-seha a affiançar' a garantia, mas nunca por mais de
30 annos; si a assemblea não conceder garantia
de juros, ou, a conceder inferior a 7 por cento,
Governo dar a garantia de 7 por cento
poderá ô "fôr
oú a que
preciso para attingir a este máximo.
A Bubvenção, que poderá ser concedida em vez
da garantia de juros, nunca excederá da quinta
parte da despeza orçada para a construcçao e será paga por kilometros, á medida que forem semdo construídos. Poderá também o Governo completar esta subvenção quando a decretada fôr
menor que a quinta parte do valor de um kilometro e affiançar as que forem concedidas pelas
provincias.
Devem ser subméttídos ao Poder legislativo
para terem vigor os contractos em que se garantam juros ou se concedam subvenções kilometricas quando as estradas forem da competência
do governo geral ou por elle decretadas. Vigorarão sem dependência de aprovação do poder
legislativo as subvenções ou fiança de subvenção
a estradas decretadas pelas Assembléas provinciaes.
Podere ainda o Governo tomar acções das em-
O NOVO MUNDO.
das estradas do ferro até um máximo deinninado, nãorecobowlo dividendos emquanto
Erezas
a renda liquida não attingir o juro de 7 por
cento.
Estes auxílios pecuniários não poderão ser feitos simultaneamente a mais de uma estrada em
cada provincia.
Em compensação dos favores, e auxílios que roceberem as emprezas de estradas de ferro serão
subjeitas a diversas obrigações, o entre outras ás
seguintes:
Terão domicilio legal e representante no imperio; findo o prazo da concessão, reverterão para o Estado, sem indemnisação, as obras da estrada e o material rodante; o thesouro indemnisar-se-ha dos juros despendidos por uma tabeliã
de porcentagem logo que os dividendos excedam
a 8 por cento; o Estado poderá desappropriar a
estrada depois do prazo de 15 annos; si em dous
consecutivos os dividendos excederem a doze por
cento, o governo exigirá réducção nas tarifas; as
emprezas darão transporte gratuito dos dinheiros do Estado, malas do correio
è transporte com
abatimento a auetoridades, empregados diversos,
inmigrantes, etc.; a estabelecer linhas telegraphicas para o serviço da estrada, pondo-as também
á disposição do publico; a não possuir escravos,
nem empregados na construcçao ou custeio da
estrada.
.NOTAS.
Segundo o relatório e cálculos do Sr. Dr. Búlhões, Engenheiro do Bio de Janeiro, a extensão da Estrada de ferro da' Bahia da actual estação terminal da Alagoinhas ao Joazeiro, no alto
S. Francisco, custará 45,000 contos. A extensão
terá, na bitola ordinária, 466 kilometros;na mais
estreita de um metro, terá 473 kilometros, mas
custará apenas 36,000 contos é ficará prompta em
5 annos em vez dé 6 annos, tempo calculado pára as obras na bitola actual.
—Minas garantiu 7 por cento sobre 600 contos por 59 annos, para a estrada de S. João d'ElBei, de que é concessionário o Sr. F. O. de MagalhãesJb.
—No Pará foi auetorizada a construcçao de
uma via-ferrea entre a capital e Bragança, a concessão durando 40 annos.
—A receita da estrada de Pernambuco foi em
Março ultimo 88 contos,, despeza, 39 contos:
saldo liquido 49 contos,—o que é um bom negocio.
—Temos já companhias Brazileiros de estradas de ferro a cavallo em Bruxellas, Lisboa e
Montevidéo. Agora um Brazileiro o Sr. Beys,
obteve concessão de organizar uma companhia
para uma linha em Pariz, e para esse fim está
procurando levantar dinheiro no Bio de Janeiro.
OS DIREITOS DO ASSUCAR NA
INGLATERRA.
a politica acanhada e somitega do nosso Governo, não se conQUANDO
tentando com impostos de 30 e 40 por
cento sobre a importação do exterior, investe sobre a própria lavoura nacional,
já tão repisada pela escravatura, e lhe
saca uns 15 oü 20 por cento, não é cubiçar muito o esperar que os nossos estadistas do Rio vejam e pesem um pouco os
resultados de uma politica liberal, em
outros paizes, comparados com os que
tem produzido a sua. ?
Um correspondente nosso em Pariz,
homem de grande talento, e de experiencia, não só na ventilação de questões economicas pela imprensa, ma^ também na
agricultura practica, mostra-nos em seguida o que tem feito a Inglaterra quante á tasca do assucar. Invocamos para,
suas observações toda a séria attençao
que merece o assumpto.
Na sessão da; Câmara, que teve logar na noite
de 17 de Abril p.p., demonstrou o novo Gabinete inglez que nãò fora um vão ardil eleitoral
do Governo anterior apresentando e fazendo
votar o famoso projecto de lei para a abolição
dos direitos sobre o consumo e importação do
assucar. Segundo está lei, desde o l9 de Maio,\
para o bruto, e desde 15 para o refinado,, o assucar não pagará mais direitos nem contribuição
alguma na Inglaterra.
Antes de avaliar a importância desta medida,
que d'algum modo pódè-se comparar com a da
abolição das leis sobre os cereaes, que tanto prestigio deu ao -Governo do celebre Bobebí Peel,
convém dar a conhecer com toda a simplicidade
uma parte da exposição dos motivos em que - a
fundou o actual Gabinete, por intermédio do seu
Ministro da Fazenda, Sir Staffobd Nòbthcote,
naquella memorável sessão.
" Na eleição dos impostos indirectos susceptiveis de abolição," o Governo,disse este Ministro,
" fixando sua attençao "especialmente nos artigos
de maior consumo que produzem mais renda,
chegou a uma resolução que espera seja bem
acolhida pela Câmara e pelo publico em geral: a
da abolição dos direitos sobre o assucar.... Ha
quatro annos o honrado Ministro da Fazenda,
meu precíeceSsòf, diminuiu estes direitos á sua
metade. Havendo decorrido apenas dous annos,
julgou de novo neoessario applioar a mesma me-:
dida, reduzindo-os a muito menos. Nestas con-!
dições a renda ficou fora da sua proporção cora
os gastos da cobrança e mesmo pelos embaraços
e vexames que causava ao commercio. E' esta á
razão que temos tido para escolher estes direitos
como os que mais adequadamente podem ser
sapprimidos."
"O assucar" continua Sir Nobthcotb, "vem immediatamente depois dos cereaes como artigo de
consumo, de importação e de commercio geral.
E' de esperar que a abolição dos impostos que
hoje paga este artigo fará da Inglaterra o grande
empório deste commercio; e esta esperança ó importantissima, sobretudo em circumstancias em
que se manifesta grande frouxidão e inquietação
commercial. O trafico dum artigo de tamanha'
monta como este, virá por certo sustentar e estimular os interesses do commercio. Na verdade,
as grandes reducções de direitos possuem essas
virtudes, enáo devemos esquecer .a licçãô que
ha trinta e cinco annos nos deu um Ministro da
Fazenda, achando-se n'uma épocha de anciedade e crise financeira,—julgando encontrar o remédio no augmento dos direitos d'alfandega e de
consumo,—o qual viii, porém, falharem-se-lhe
completamente todos os seus planos. Devemos
crer que a suppressão dos cargos fiscaes estimuIara, fomentará o commercio e augmentará por
conseguinte as nossas rendas publicas. E devese considerar que a abolição dum imposto qualquer augmenta o seu consumo e a. riqueza pôde
então affluir aos cofres públicos por muitos, outros canaes." Beferindo-se em seguida aos temores que' talvez se manifestassem, a serem
adoptadas por outras nações com o fito de favorecerem os seus refinadorés, o Ministro acerescentou o seguinte:
.«Não é nas estipulações d'um tractado que
devemos depositar nossa confiança, mas sim no
Arranjai
interesse dos paizes contractantes.
como fôr esses tractados, interpretai-os como
quizerdes: a nossa única é melhor garantia será
o próprio interesse—que induzirá as nações estrangeiras a não concederem mais .subsídios aos
seus refinadorés."
Quem nos dirá que nesta breve e transparente
exposição de motivos não se encerra una grande
licção de economia politica, um exemplo para
todos os povos mercantis e uma promessa de reforma geral das tarifas, diremos, por todas as
nações do mundo? O assumpto assim considerado e fazendo-se por .emquanto omissão dos
resultados practicos que involve esta medida, no
que diz respeito á producção e ao consumo do
assucar; sobejam razões para fixar-se nelle como
o facto social de maior importância. E por ser
assás interessante nãoposso deixar de apresentar
á consideração dos leitores do Novo Mundo.
Para aprecial-o, porém, transcendentalraente não
deve-se perder de vista um acontecimento analogo: o da abolição dos impostos sobre os cereaes durante a administração de Mr. Bobebt
Peel, com as suas immediatas conseqüências,
que foi naquelles dias a alavanca mais poderosa
para fazer estremecer os alicerces do vetusto edificiò do systema protector. O mundo hoje em
dia já ê freetrader na consciência e nas aspirações, portanto já se assoma o momento de sêl-o
também nas leis e nas transacções de todos os
povos.
»
A abolição dos direitos sobre o assucar, complemento necessário daquella medida,não poderá
deixar de accelerar a épocha dessa fecunda e
universal transformação. Entretanto não será
tempo perdido lançar os olhos sobre a historia
desses direitos na legislação ingleza.
O imposto sobre o assucar começou na Inglaterra em 1865 sob a forma de direitos dalfandéga, sendo então de 5 por cento sobre o valor
deste artigo. Todos os Governos cjàe foram-se
suecedendo, consideraram o assucar >como artigo de luxo e por isso sobrecarregaram-no de
impostos onerosissimos E tão arraigado ficou
este conceito, que em 1837 ou 1838 entrava para
os cofres públicos da Gran-Bretanha, como renda fiscal, nada menos de 80,000 contos de réis.
O consumo, entrttanto, continuava em pro gresso entre as classes mais favorecidas e foi-se estendendo depois á todas as demais, á medida
que foram-se reduzindo os direitos.
Em 1806, durante ás grandes guerras de NaPOI.EÃO l9, o direito- dimportaçãosfoi elevado a
75 francos por cada 100 kilogramraas. Depois
de restabelecida a paz, rebaixaram-n'os considèravelmente; porém, tornaram-se subsistentes as
tendências protectoras da legislação britannica.
Esta fazia então, e até-muito depois, uma grande distineção entre o assucar das suas colônias
e o das colônias estrangeiras; entre o assucar
produzido por braços livres e por escravos; entre o importado sob o pavilhão nacional e sob o
pavilhão estrangeiro. Existiam alfândegas expressamente para favorecer aos seus productores
na metrópole, -uma escala, em fim, complicada
de direitos que, não só causavam grandes pre*juizos ao consumo como também embaraçavam
mais o paiz em iniciar uma reforma como esta
de que nos oecupamos hoje. Em 1843 o consumo do assucar no Eeino Unido era de 201,416
toneladas ou de 16.54 libras por habitante. Em
[Junho, 23, 1874,
1853 o consumo Bubiu a 374,379 toneladas, ou
30/32 iibras por indivíduo. Era 1863 ora do
495,050 toneladas ou 37.46 por habitante o ora
1873 alcançou a 786,033 toneladas ou porto ele
50 libras por habitantes. Teudo-se que as grandes reducções do direitos sobre este artigo da-,
tam de 1864,1870 o 1873, e que o consumo sempre correspondeu com o augmento equivalente,
prova isto até a evidencia que o assucar, artigo
de grande consumo não é esse artigo eininentemente imponivel que á porfia se propuzeram .expiorar os fazendeiros de limitados haveres haveres que existem em em toda a parte. Comtudo
o consumo deste artigo na Inglaterra ainda não
chegou, ao seu ultimo auge extremo, e os seus
mais sábios economistas não vacillam em affirmar que, dentro de poucos annos poderá elevarse a 100 libras por habitante, o que eqüivaleria
a ura consumo annual de 1,500,000 toneladas.
Como contraste deste progresso sorprehendente, devido, na Inglaterra, ao liberalismo crêscente da sua legislação fiscal, observa-se na
França e outros paizes europeus, apegados á antiga eschola, uma paralização persistente no
consumo e commercio do assucar. Na França,
por exemplo, não tem cessado desde 1862
a accumulação d'impostos sobre elle. Nas regiões officiaes teem prevalecido o principio falso e anti-economico, que o assucar é um artigo
de luxo e portanto susceptível de ser sobrecarregado de direitos. Dez annos a esta parte, já
o consumo do assucar se mantinha estacionario,
não excedendo de 14 libras por indivíduo, paralização esta correspondente ao commercio deste
e outros produetos da sua industria colonial. Só
com a sua producção. interior d'assucar, ascendente hoje á 400,000,000 de kílogrammas; as
Francezes poderiam consumir annualmente á
razão de 30 libras por habitante, si não existissem esses absurdos e complicados direitos que
hoje pesam sobre o artigo.
Contra a réducção dos impostos sobre o assucar os fazendeiros de Versalhes invocam a refutavel theoria de Montesquteu, relativa á influencia dos climas e das raças. Segundo elles, o uso
do assucar não se generalizará na França como
aconteceu na Inglaterra, por ser esta ultima um
paiz humido que consome grandes quantidades
de outras .bebidas que não o vinho. Este facto
porém, desmente completamente similhante
theoria e suas conseqüências quanto ao consumo
do assucar. Si o chá, o café e o mesmo assucar
pagassem na Inglaterra os mesmos direitos que
pagam na França, o consumo seria ali egualmente reduzido.
Nos Estados Unidos se consome tanto assucar
no Sul, que é cálido, como no Norte, que é frio;
e na Austrália onde o clima eguala o de Itália, o
quociènté do consumo é quasi maior do que o de
qualquer outra parte do mundo. Em Cuba, nas
colônias francezas e em toda a América tropical
o seu consumo é prodigioso. Na primeira ilha
o consumo é annualmente pelo menos de 100 libras por habitante. Por outra parte, na França
o frio dura ahi 6 e 8 mezes, não podendo-se portanto, considerar como paiz cálido. Muito menos está aqui presentemente o vinho ao alcance
de todos aquelles que excluem o uso de outras
bebidas. O caso é que em logar ou junetamente
com o vinho, na França, se consumiriam gran des quantidades de chá, café e outras preparações assucaradas, si não fossem todos tão sobrecarregadas de direitos.
O consumo do assucar, diga-se o que se quizer,
éuma simples questão de liberdade commercial,
e no dia em que seja imitado o exemplo que
acaba de dar a Inglaterra, por todas as nações da
Europa, se terá realizado um dos progressos materiaes e sociaes mais importantes de nossa
épocha. , ,
A hygiene e a economia politica do consumo
proclamam esta verdade, e a saúde e o bem-estar
geral de todas as classes consumidoras abrirão
então novos caminhos á producção da riqueza e
cavarão canaes por onde, como diz Sir Stbaffobd Nòbthcote, se encherá o vácuo que por
ventura deixenos cofres da nação com a suppressão dos impostos; sobre o assucar. Assucar livre,
será d ahi ein diante a divisa que adoptarão todos os discipulos de Cobdbn.
Deixando agora de parte o ponto de viste geral que com mais evidencia reflecte a grande importancia da abolição dos impostos sobre o assucar, votada no Parlamento britannico, conclui
rei esta resenha chamando sua attençao sobre os
effeitos especiaes da sua producção e commercio
nas regiões tropicaes.
Não posso deixar de prophetizar o futuro da
industria do assucar de canna, em vista dos pro gressos que se acham realizados tanto na parte
fabril como na puramente agraria, mostrando
assim estar gozando de grandes vantagens sobre
a producção do assucar da beterraba na Europa.
Pois bem, si a este facto cabe attribuir-se o desenvolvimento da industria assucareira inclusive
da beterraba, a ponto de constitum-se hoje em
dia uma industria fundamental e indestructivel
para o futuro, seja-me licito dizer que ella muito mais deverá á sua emancipação physica logo
que comece a gozar da liberdade que lhe acaba
de ser outorgada pela Inglaterra, pois daqui
."¦.'.-
em diante nflo se olhará paro sua condição, prooedenoioou qualidade. Esta é, portanto, uma
medida precursora de outros análogas, na legislação dos demais povos europeus.
E' certo que o assucar da canna ha de logo
ser beneficiado algum tanto e mais tarde em
grandes proporções, não prejudicando, contudo»
em nada a industria do assucar de beterraba, á
qual tambem virá a ser favorável o beneficio, e
ambas serão chamadas a contribuírem simultaneamente para o incremento do consumo geral.
Basta ter-se em vista que o consumo tende a
quintuplicur-se, sem exageração, por toda a parte, uma vez livre de impostos, ou direitos fiscaes,
hoje vigentes. Sobre a producção européa do
assucar, por mais que se esforçassem para o seu
augmento productivo não poderam competir
com o progresso rápido do consumo nessa hypothese.
Esta perspectiva deve ser lisongeira aos paizes
productores do assucar da canna, que ainda
marcham na vanguarda, no sentido geral deste
artigo, porém, que com móis alguns annos sob
o protectorado e fiscalisação estão predestinados
a sucumbirem na lueta contra estes adversários
invencíveis e bem armados paro o ataque e a defesa com armas e recursos.
Resta-nos somente esperar agora que não sejam illusorios sonhos as esperanças que faz conceber o exemplo dado pela Inglaterra ás nações
que queiram segnil-a no caminho dos reformas e
do progresso econômico e social.
0 QUE DIZEM DE NOS
UM AMERICANO INTEriLTGENTE NO BRAZIL.
O Sr. Engenheiro AucurNCLOSS, Vice-Presidente da "Delaware Cor Works" que ha pouco
tempo esteve no Brazil, escreveu uma série de
cartas interesantes sobre o paiz ao Commercval de
Wilmington. As que se referem ao Rio e a S.
Paulo são particularmente curiosas pois dão-nos
a impressão que o nosso paiz faz n'um estrangeiro que tem viajado muito, que é illustrado e
sympathisa com os esforços das naçõe» menos
adiantadas na estrada do progresso. E'-nos peno que o extensão dessas cartas nos prohibo a
sua traducção completa neste periódico. Faremos, todavia, excerptos de algumas dellas.
No entender de Mr. Auchincloss, o primeiro
dia em aue a gente avisto a bahia do Rio de Janeiro deve ficar marcado paro sempre como úma
• epocha memorável no vida. Nápoles e Constantinopla pretendem, a seu turno, ser a mais bella
bahia do mundo; mas ellas são apenas como degraus por que o espirito sobe do menor para o
maior. O Rio é inquestionavelmente mais grandioso: é uma cousa immensa, e sempre bella,
seja qual fôr o ponto de visto do viajante. O Pão
d'Assucar e S. Cruz, o Córcovado, os Orgams
com seus picos azues, a nobre extensão da bahia
(16 milhas sobre 11) semeada de innumeras ilhas
cobertas de folhagem verde, tudo isto é um ese variado, como é novo para
pectaculo tão bello,
*
o estrangeiro;
O esçriptor achou muito curioso o regulamento da policia do porto, a enorme buzina do vigia
de S. Cruz, etc. Ai do Commandante do naviòi
"solemnidaque procura escapar algumas das
des" necessárias para a entrada! Um tiro dá
fortaleza logo o chamo á ordem.
Os inhumeros botes, que atracam o vapor ossim que chega, merecem menção especial. Com
o porto que temos, serio bem fácil desembarcar
os passageiros do vapor em terra por meio de um
simples "gang-plank:" mos isto ia acabar com o
grande negocio do transporte de passageiros nesses botes.. No Brazil não se faz muito caso de
tempo: ahi o tempo não é dinheiro, e a máximo
reinante é: '"Não façais hoje o que podeis fazer
amanhan." Por isso é que não se tem cuidado
de melhor desembarque. Por isso o esçriptor
avisa aos seus patrícios que é-lhes inútil o quererem apressar-se no Brazil para qualquer cousa
aqui, um "esque seja: elles encontrarão sempre "Packncia!"e
Senhor," ali um
pere um pouco,
'•Amanhan."
"Andemos de vagar no
acolá um
no Brazil e no fim teremos alcançado mais e,
melhor ainda, teremos poupado o saúde."
A Alfândega só está aberta até ás 3 horas (nos
E. U. até ás 6 da tarde), e os empregados são
muito exigentes.
O "tylbury'' é Uma bella instituição de origem
ingleza e digna de ser imitada nos Estados Unidos Ha poucos cavállos, e raros são bons, mos
as mulas são excellentes. Os homens carregam
muito na cabeça: na verdade só na Hollánda
carregam tanto como no Brazil.
Os Brazileiros propriamente são muito inimigos de trabalhos meniaes. Quando ha, porém,
uma vaga. de caixeiro ou de esoripturario publico, então o numero dos candidatos é legião.
Alem do seu chapéo. de sol de seda,. o Brazileiro
não gosta de carregar embrulhos do qualidade
alguma, e o esçriptor até viu um official da
guarda nacional alugar um negro para lhe,carrègar a'espada e dragonas quando ia a certo
exercício.
As ruas são estreitas, mas ps cocheiros são
mui hábeis: ha um excellente regulamento de
ruas por onde os carros só podem subir ou descer, o que está marcado eom uma fé^ow^^.
As egrejas são boas. E* pena que nãó haja completa separação da Egreja e do Estado. O sabbado do senhor é só paacialmente observado, a
os protestantes estão fazendo progresso uo paiz.
Ha muitos hotéis na cidade, e os melhores
são o de Estrangeiros e a pequena hospedaria de
Mr. Carson. Mas não ha um só hotel que lembre o hotel commum de primeira ordem nos Estodos Unidos. Na opinião do esçriptor, seria
169
O NOVO MUNDO.
JUNHO, 23, 1874.]
um bello emprego de capital o creação de um
estabelecimento destes nesta cidade ao perto de
400,000 habitantes.
Mos isto não é tanto de estranhar como o facto que só ha vapor mensal do Rio de Janeiro a
New York. " Ao passo que a Europa manda o
esse porto oito vapores por mez de Liverpool e
Londres, dous de Southampton, dous do Antuerpio, dous de Hamburgo, dous de Bordéos,
um de Lisboa e um de Gênova, os Estados Unidos só teem uma tinha de vapores, fazendo apenas uma viagem mensal!.. O facto ó que os
nossos concidadãos," continua Mr. Auchincloss,
"não apreciam a sua
proximidade do grande
império do Brazil, nem fazem esforços para
conseguir maior parte do seu commercio. Nem
a nossa gente de meios e lazer imagina o clima
solubre dos serras do Brazil, nem que haja eidades tão lindas conio o Rio de Janeiro, Petropolis, São Paulo e outros. Mas estamos certo que
chegará brevemente o dia em que aquelles que
estão agora indo a Europa para distrahirem-se,
dirigir-se-hão á terra da Soneto Cruz onde ficorão admirodissimos das suas próprios idéas sobre o atrozo dó paiz, das costumes e do nobre
povo do Brazil."
O esçriptor oooupa-se n'uma carta exclusivamento da Tijuca e de 'Petropolis, que elle descreve com muita vivesa de cores e como verdadeiro amante dá natureza. Na Tijuca ha o
hotel de Mr. White. mas deviam haver-mais: o
logar é um dos mais lindos que ha na terra. Talvez ainda mais linda é Petropolis. Ahi a gente
rico passa o verão, e a principal rua da cidade
póde-se comparar-se bem com a Bellevue Avenue
em Newport, tal é a elegância das carruagens e
o bom gosto do vestuário das Brazileiros. O hotel de Mr. Mc Dowell é o melhor que Mr. Aúchinclcps achou no Brazil: ahi não o obrigaram
a comer o abominável feijão, corne sêcca e farinha de páu. O Imperador estava então em Petropolis eó esçriptor diz que teve a honra de conversar uma hora com elle. "Duvido que qualquer
outro Monarcha vivo tenha os conhecimentos
scientificos e clássicos de que suo Magestade se
pode jactar. A sua apparencia é tambem bella,
sendo robusto e tendo seis pés e quatro pollegadas de altura, de modo que empunha ò sceptro e
leva a coroa com graça e dignidade. Não digo
isto por ouvir dizer: a conversa que tive a honra de travar com S. M. deixou-me impressões
que me convenceram que (quer os Brazileiros
realizem esta verdade ou não) é feliz o povo que
é regido por um monarcha tão illustrado, volente e progressista."
Uma das cartas do viajante oecupa-se de S.
Paulo. O esçriptor se penalisa que na Provincia
mais progressista do Brazil (materialmente fallando) ainda reinem tantas superstições como
elle viu ali. Os foguetes de ar, atirados de dia,
foram uma novidade para o viajante: e as promissões de imagens trazidas para a cidade para
fazer cahir chuva fizeram-n'o pasmo. S. Jorge a
cavallo dá-lhe assumpto poro profundas observações,—e dolorosas tambem.
PESSOAS
enfant galé das massas de Paris nos últimos dias
do Império, a curiosidade, todavia não valia
aquelle preço e o resultado foi que só estiveram
presentes umas 300 pessoas, isto n'uma cidade
em que se reúnem facilmente 3,000 pessoas em
qualquer meeting de certa importância. O discurso escripto de Rochefort foi um grande
desastre, e uma âesconchavada historia de seus
soffrimentos, temperada com episódios que só
respiram odio e vingança,—eis ahi tudo. Entre
ontras cousas, insistiu em dizer que não tinha
religião nenhuma e declarou que si casou com
a "companheiro de sua mocidade e mãe de seus
filhos " á hora da morte delia, fez isto só paro
lhe não negar um favor, como tambem não lhe
negaria um chalé ou um vestido novo.
E' realmente tristíssimo de contemplar-se o
estado da França,—paiz em que um Rochefort
chega a ser grande homem e solapa um Imperio,—em que a liberdade anda confusa com esses
nomes de saltimbancos politicos cuja única recommendação está no impudencia absoluta de
seu caracter, na graça e chiste natural da roça, junoto o uma penna systematicamente ferina. Quando é que os Francezes se hão de governar pelo arrazoado sério do pensador em vez
do paragrapho satyrico desses cabeças ocas e
linguas de muita lábia?
Tambobim.— O Sr. Capitão de Fragata A J.
de Mello - Tambobim, que aqui se acha como
Addido naval da Legação Brazileira, tem' feito
estudos muito importantes não só nos melhoramentos novaes do paiz, como tombem nos do
material do exercito. Elle tem sido muito bem
acolhido pelos oificiaes deste Governo que invariavelmente se prestam a dar-lhe todas as informoções que pede.
O Army and Navy Journal tendo reproduzido
parte de um discurso do Herr von Tbeunfeld,
na sociedade de Engenheiros, de Londres, em
que elle se jactou de ter, com seus torpedos, detido a armada do Brazil no Rio da Prata durante quatro annos da guerra do Paraguay, o Sr.
Capitão Mello Tambobim escreveu á mesma
folha uma communicação em que corrige os innumeras falsidades do Allemão. Os torpedos bó
foram ali empregados por treze mezes: á razão
por que a esquadra esteve ali tanto tempo era
que lá estavam as únicas fortificações do inimigò e a esquadra operava de accordo com o exercito, que se compunha, no máximo, de 50,000
homens e não de 70,000 ou 100,000, como disse Tbeunfeld. A guerra tambem não durou
seis annos como inventou, más somente quatro.
Os torpedos que se apanharam no rio eram de
quatro espécies, mui diversas, e a esquadra em
vez de ter 50 ou 60 embarcações, como o asseverou o nosso teutonico, só tinha 32, incluindo 16
encouraçados, e isto por uma distancia de mais
de cem léguas. Os torpedos cúbicos e oylindficos eram péssimos. O único navio que sossobrou á explosão de um torpedo foi o Êio de Janeiro, e isto em águas • freqüentadas quotidianamente por grandes transportes.—Que dirá a tudo isto o grande engenneiro Herr von Treunfeld?
O Duque d'Aumale meteu-se agora em negociar em vinhos. O Barão de Rothsohtld
vendeu-lhe o famoso castello Margaux por cerca
Borges.—-A 17 do corrente seguiu para a Eu- de 2,200 contos de réis, e o duque poderá agora
aopa, no gozo de uma licença de 6 mezes, o Sr. beber o seu Bordéos com certesa de que é geConselheiro A. P. de Carvalho Borges, Envia- nuino.
do Plenipotenciario do Brazil em Washington.
Williams.—Segue nó Ontario "Vice-Presidenpara o Brazil,
Depois de ter alcançado aqui uma bella victorio diplomática como o do retorno do dinheiro a 23, o Dr. Edward H. Williams,
te do célebre Companhia Bâldwin Locomotive
pago pelo Brazil a Mr. Webb por conta da recla- Works, de Philadelphia, cujos locomotivas são
macão da Carolina, parece que o Sr. Borges tem
realmente direito de descansar um pouco dos vistas em toda a parte do mundo, sempre consitrabalhos do inverno. A coneessão deste Gover- deradas como as mais perfeitas tanto no mechano nessa reclamação, apezar de ser muito justa, nismo como na fôrma. O Dr. WrLLiAMs é forfoi uma deferencia extraordinária. Ouvimos dizer mado na Universidade do Vermont e durante
de pessoas de alta posição social e administrati- muitos annos foi inspector geral da extensa Pennva que os Estados Unidos nunca viriam confes- sylvanva Baüroaã, que é tido como uma das essar ao Brazil não só que receberam a importan- tradas mais bem administradas deste paiz. Elle
cia de uma. reclamação injusta, como tambem esteve, ha pouco tempo na Turquia e na Rússia,
onde teve o prazer de ver rodando muitas das
que o seu representante era homem deshonesto. locomotivas
de suo fabrico. No Brazil já ha aiE esses amigos tinham razão de pensar assim,
deste
estabelecimento, e actualmente se
gumas
effeito
o
com
recente
pois
procedimento deste
Governo foi extraordinariamente nobre e gene- estão construindo mais duas, uma das quaes para
roso, si bem que só pautado pelo que nos era de- o estrada Ituana, de bilola estreita. O Dr. Wmvido. Considerando-se este caracter extraordi- LiAMs tem tido tão bellas noticias do nosso paiz
nario do caso e tambem as difficuldades de sua que, apezar de ir em viagem de negocio, e por
solução, a qual dependia de uma discussão conseguinte não. muito longa, leva consigo a sua
publica e votação do Congresso; entre cujos familia, incluindo um filho, já graduado.
500 membros parecia que não faltariam defensores de uma supersticiosa "dignidade na-r-Appareceu em. Pariz o primeiro numero de
cional", sinão até amigos do General Webb,
percebe-se. qüe si o representante do Brazil em uma Bevue Bibliographique de Philologie et d'ílisWashington não fosse pessoa de summa circums- toire,
publicada por M. E. Leroux.—Na opinião
pecção e finíssimo tacto, para tractar de assump- de E. About, o fallecido P. Merimée deixou um
to tão humilhante como este, com toda a certeso
não' obteríamos a reparação que agora se nos herdeiro litterario em um jovem esçriptor, M.
dá. Não são provas repetidas que vencem estas Albert Aynaud, que tem o estylo nervoso, a
demandas; ellas ao contrario precipitam sempre dicção concisa daquelle mestre.— Une V\e Man-,
um desfecho desfavorável. Podemos insistir que
por Mme. Th. Bentzon, Be Martiage ãe
um individuo commum cumpra o seu dever de quée,
e JJue Bette Mère, por M. Hector MaJulieüe
honra: mas insistir nisso, por notas e officios,
lot,
e
Legendes
Militaires, por M. Tiérée, são
com uma nação grande, justa e generosa, não é
mais pedir justiça; é insultar. Ao Sr. Borges reputados como os melhores romances que teem
devemos principalmente,o feliz êxito da nossa sahido dos prelos francezes nestes últimos dous
reclamação.
mezes. A Vie d' ún Patricien de Venise é um euriosp
livro, de politica,. diplomacia, arte e insRochefort—Este celebre ktnternista que todos vimos com prazer escapar-se da Nova Caler trucção, devida á infatigavel penna de M. Chardonia (que ó uma espécie de Fernando, de No- les Yriarte.
ronha) aqui esteve em New York por uma sema—"Cornell University" tinha no anno
na. Foi debalde qúe os poucos communistas
p. p.
que temos entre nós e as folhas mais amigas de 539 estudantes: este anno tem 461, tendo perdisensação quizeram dar grande importância á do muitos, principalmente por causa da maior
chegada do paragraphista parisiense: elle foi severidade nos exames. Dós 461 estudantes
aqui recebido não só com Mesa mas até com indifferença, e, percebendo-o, os seus amigos ti- actuaes, 120 seguem cursos imcompletos e escoveram o bom-senso de occultal-o p mais possiVèl lhidos á vontade; no curso geral de Sciencias esdos olhos do publico.
Rochefort, todavia, tão matriculados 119; no de engenharia, 84; no
apreséntou-se a uma audiência da metrópole, rè- de artes mechanicas, 32; no de litteratura, 30;
citando uma " conferência " o producto de eu- no de artes ou clássico, 25; no de de architectujas entradas devia Ber applicado ao beneficio ra, 21, e o resto nos demais.
dos communistas presos em a Nova Caledonia.
—Vivemos no reinado da paz, mas é da
O preço dos bilhetes foi de 4$ e posto que hapaz
muita
1$
ir
ver
o
ja
gente que pagaria
armada. A Republica Argentina quer tar um
para
E COUSAS.
exercito regular de 61,000 homens, além de canhões tão pesados que nfto pôde desembarcar e
armar. O Brazil pede reorganização militar, e
só nos Estados Unidos é que se troefa de diminuir o já quasi nullo exercito. Na Europa, as
nações mostram-se muito apprehensivas acerca
do futuro. Parecem todas impressionadas de
grandes guerras n'um futuro próximo e eis que
estão a armar-se "até aos dentes." O Kbupp levantou outro dia um empréstimo de 18,000 contos de róis (12 milhões de thalers) paro augmentar a sua afamada fabrica de artilheria. Na
França Mac Mahon abala-se mais oom a reorganização do forço publica do que com a Constituição politica do paiz. Segundo dados colhidos e
publicados pelo Times de Londres, os principaes
Estados europeus teem augmentado extroordinariamente os seus exércitos destinados paro fins
offensivos. O exercito da Áustria tem hoje 222,000 homens mais do que em 1859; a Rússia européa augmentou a sua força no mesmo período
por 267,000 homens, a asiática, por 28,000; a
Itália por nada menos de 288,000; a Allemanha
por 424,000; a França por 337,000;a Bélgica por
13,000; a Hollánda por 8,000; a Gran-Bretanha,
por 233,000; a Suécia e Noruega por 69,000. Só
ahi está um augmento de 1,889,000 homens, que
é a população de um bello Estado.
—A Egreja Presbyteriano do Norte dos Estados Unidos gastou em missões no exterior, no
anno p. p., a enorme quantia de 1,230 contos de
réis.
—Na ilha da Madeiro ha uma missão protestente, e americano que foi estabelecida ha 40
annos. Ella tem hoje 31 egrejas com 16 postores naturaes da ilha.
—A sociedode da Propagando do Fé da Egrede
ja Catholica romana, tem uma renda annual
2,200 contos, e já conta 51 annos de existência.
—George Sand está preparando unas memorias de Luiz XVH.
—The Baths and Wells of Europe....by J.
Macpherson, M. D. é um guia de saúde excellente e que deve ser consultado por quantos procuram saber alguma cousa de balneologia.—Vizcayaaor Bife in the Band of the Carlists contem as
últimos experiências de um Inglez entre os osseclos de Don Carlos noquella interessante porte da Hespanha.
—Em um artigo sobre a Nostalgia na Revue
des Deux Mondes diz M. Papillon,—o joven physiologista que ha cinco mezes foi arrebatado á
vida, contando apenas 26 annos,—M. Papillon
diz que este mal attaca mais á gente de menos
civilização. Os selvagens, os habitantes dè re«
giões desoladas são mais apegados á seu paiz do
que o homem dos nossos cidades. O soldado
tem mais nostalgia do que o marinheiro.
—A nova bibliotheca popular de Chicago já
contém 12,200 volumes.
—O Times de Londres tem agora um fio telee
graphico especial de Pariz ao seu escriptorio
Isto
publica correspondências telegraphicas.
tem causado immensa admiração na Europa,
mas aqui hos Estados Unidos ha annos que muitos folhas publicam columnas e columnas de
correspondência telegraphica.
O Governador de Cuba pouco se abolo com
divinas e humanos e por conseguinte com
leis
as
as leis do commercio. Outro dia expediu uma
ordem marcando o preço do ouro em 240 por
cento em papel.
—Morreu ha pouco em Roma um irmão de
Antonelli, velho banqueiro, com 74 annos e que
deixou haveres dó valor de perfo de 4,000 contos.
—Nob. Estados Unidos ha 3,000 machinas de
fazer papel, produzindo annualmente 200,000
toneladas, ou o razão de 17 libras por cabeça. A
Inglaterra consome.papel á razão de 11$ libras
por cabeça, a Allemanha 8 libras, a França 7, a
Itália 3£, a Áustria^, a Hespanha 1£. Em todo
o mundo ha 3,960 fabricas de papel que dão emprego a 272,000 pessoas.
MUSICA.
A primeira representação do Requiem de Verdi . effectuou-se a 22 do p. p. na Egreja de S.
Marcos em Milão, e a 25 foi repetido no Scala.
Neste mez devia ter logar a primeira representação do Requiem Manzoni, cantado pelas Sras.
Stoltz e Waldman e os Srs. Capponi oMaini.
—Representou-se novamente em Londres o
Onarany do nosso A. Carlos Gomes. Os criticos notaram-lhe os mesmos defeitos e Os mesmos
méritos sobre que já tanto se demoraram, posto
que se. estendessem muito mais sobre os primeiróis.—o que não deixa de ser natural n' um
paiz onde toda a gente quer entender profundamente de musica, e que muito poucos músicos
tem conseguido produzir que possam hombrear
com o Gomes. O Salvador Rosa deste compositor foi levado á scena em Gênova e agradou immensamente.
—E' provável que tenha sido muito bem acolhido no Brazil o violinista Feininger, que é
realmente um .artista de muito sentimento e optinia execução.
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[Junho, 23, l <«*•»•
O NOVO MUNDO.
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