CLASSIFICAÇÀO DA ESOFAGITE PÉPTICA

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CLASSIFICAÇÀO DA ESOFAGITE PÉPTICA
CLASSIFICAÇÃO DA ESOFAGITE PÉPTICA
Uma classificação adequada da Doença de Refluxo Gastro-Esofágico (DRGE) é necessária
para a avaliação da eficácia terapêutica das drogas (estudos comparativos) e para determinar
a resposta ao tratamento.
A Classificação de Savary-Miller é a mais utilizada, mas não promove uma definição clara do
dano mucoso na DRGE. Ela também define estenose esofágica como Grau IV, mesmo que não
haja mais inflamação mucosa.
Uma nova classificação da DRGE, a Classificação de Los Angeles, foi apresentada durante o
Congresso Mundial de Gastroenterologia em Los Angeles (1994).
Nesta nova classificação o termo "mucosal break" (solução de continuidade da mucosa) foi
introduzido para descrever lesões na mucosa esofágica, substituindo termos tradicionais
como eritema, erosão, edema e úlcera.
Uma solução de continuidade da mucosa foi definida como uma área deprimida ou com
eritema claramente demarcada da mucosa normal adjacente.
Classificação de Savary-Miller (1978)
GRAU I ou LEVE : erosões ou traços vermelhos não confluentes na porção distal do esôfago.
As formas podem ser longitudinal, triangular ou oval. Podem ser cobertas por fino exsudato
branco e serem únicas ou múltiplas.
GRAU II ou MODERADA : erosões múltiplas confluentes não atingindo toda circunferência do
órgão.
GRAU III ou INTENSA : o processo inflamatório se estende em toda a circunferência do
esôfago, porém não causando estenose. Pode acompanhar edema, eritema, friabilidade e
sangramento.
GRAU IV ou COMPLICADA : corresponde às formas crônicas complicadas, como diminuição
da luz do órgão e/ou úlceras e/ou Barrett.
Classificação de Los Angeles (1994)
GRAU A : uma (ou mais) solução de continuidade da mucosa confinada às pregas mucosas,
não maiores que 5 mm cada;
GRAU B : pelo menos uma solução de continuidade da mucosa com mais de 5 mm de
comprimento, confinada às pregas mucosas e não contíguas entre o topo de duas pregas;
GRAU C : pelo menos uma solução de continuidade da mucosa contígua entre o topo de duas
(ou mais) pregas mucosas, mas não circunferencial (ocupa menos que 75% da circunferência
do esôfago);
GRAU D : uma ou mais solução de continuidade da mucosa circunferencial (ocupa no mínimo
75% da circunferência do esôfago).
Obs. : As complicações (estenose, Barrett) são apresentadas à parte e podem ou não ser
acompanhadas pelos vários graus de esofagite.
Preparado por : Fábio Guerrazzi

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