UNIDOS EM AÇÃO NA ÁFRICA: ELIMINANDO NOVAS
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UNIDOS EM AÇÃO NA ÁFRICA: ELIMINANDO NOVAS
SUMÁRIO EXECUTIVO UNIDOS EM AÇÃO NA ÁFRICA: ELIMINANDO NOVAS INFECÇÕES DE HIV NAS CRIANÇAS ATÉ 2015 E MANTENDO SUAS MÃES VIVAS Antecedentes e justificação Metodologia Em 2011, o plano Global para a Eliminação de Novas Infecções HIV nas Crianças até 2015 e Mantendo suas Mães Vivas (plano Global), em 22 países de alta prioridade (21 em África e Índia), foi aprovado pela União Africana. Posteriormente, a Comissão da União Africana facilitou o processo de desenvolvimento de um plano especifico-Africano que reflete o plano Global. O Plano Africano para a Eliminação de Novas infecções HIV entre crianças até 2015 e Mantendo suas Mães Vivas, está responde a decisão dos chefes de estado da UA e Governo na erradicação da transmissão vertical do HIV (mãe-para-filho), aprovada durante a Cimera de Julho 2010. Além disso, em Maio de 2013, os Chefes de Estado e de Governo pediram que as melhores práticas entre os Estados-Membros na prevenção e controle de HIV/SIDA, Tuberculose, Malária e Outras Doenças Infecciosas Relacionadas sejam identificadas e compartilhadas. Em resposta a isto, a Divisão da União Africana de SIDA, Tuberculose e Malária e Outras Doenças Infecciosas, em colaboração com a UNICEF, iniciou o processo de documentar as experiências, lições aprendidas e desafios na eliminação de transmissão vertical do HIV (eTV) em países selecionados de cada região de UA (um país foi selecionado por região). De acordo com as Regiões da União Africana a República do Chade, República Federal da Nigéria, República do Ruanda, República da África do Sul e Tunísia foram selecionados para documentar suas melhores práticas, usando uma metodologia padronizada. Equipes de melhores práticas do país foram criadas sob a liderança de ministérios/departamentos de saúde. Membros destas equipes incluíram: gestores do programa de HIV e SIDA, gestores de programas de PTV, implementadores do programa a nível de distrito e comunidade, membros do grupo de trabalho técnico de PTV, representantes relevantes das Nações Unidas, pesquisadores e sociedade civil local, nacional e internacional e organizações não-governamentais. Esses representantes foram responsáveis de chegar a um consenso sobre as melhores práticas a serem documentadas, utilizando os critérios estabelecidos para revisão e aprovação dos produtos finais. O Ministério/Departamento nacional facilitou o treinamento das Equipes de Melhores Práticas, assistidos por um consultor nacional. A Guia de Melhores Práticas da Organização Mundial de Saúde foi adaptada para estabelecer os critérios de seleção (veja caixa 1). Um total de 7 Melhores Práticas PTV foram selecionadas entre os cinco países, (uma da África do Sul, do Chade e da Tunísia e dois na Nigéria e Ruanda). Após a seleção do país, as melhores práticas foram validadas na Reunião do Comitê Consultivo de Peritos de Vigilancia de SIDA da União Africana, realizada em Victoria Falls, Zimbabwe de 4 a 5 de Maio de 2015. Fatores Facilitadores e Desafios para as Melhores Práticas Conclusões Um tema comum que surgiu é que a inovação começa com uma política de um ambiente dinâmico e responsivo. Outros fatores de facilitação que foram identificados em todos os países incluem: vontade política, um ambiente político propício, coordenação multi-sectorial, parcerias público-privadas, integração de saúde reprodutiva, materna, neonatal e infantile (RMNI) e serviços de HIV, tomadas de decisão descentralizadas e implementação e mobilização de recursos eficazes pelos governos e parceiros igualmente. Para avancar mais eficazmente, e preciso de esforços mais concertados com metas bem definidas visando fechar lacunas existentes. Isto inclue: 1) aumento de prestação de serviços integrados e descentralização; 2) priorizar os mais afectados e mais vulneráveis, especialmente bebés, crianças e meninas adolescentes,; 3) melhorar a retenção de mães e crianças em serviços de PTV e cuidados e tratamentos HIV; 4) consulta sistemática das mulheres que vivem com HIV na programação e planeamento familiar; e 5) melhor utilização dos dados para destacar as necessidades não alcancadas, melhoramento dos programas e descobrir as desigualdades. Para sustentar os ganhos alcançados até agora, há necessidade de mobilizar ainda mais recursos e utilizar mecanismos inovadores de financiamento para o progresso continuo. Intensificação de intervenções eficazes de PTV na África é possível e sustentável, onde houver políticas direccionadas, envolvimento de múltiplas partes interessadas, mobilização de recursos internos e externos complementares e vontade política em todos os níveis. Documentar e partilhar as melhores práticas e disseminar lições aprendidas, representa mais um aporte na evidencia que poderá ser adaptada e replicada em diferentes contextos em termos de para a programação. Isto facilita a aprendizagem e troca de experiências que pode informar a intensificação das intervenções e acelerar o progresso para a eliminização virtual do SIDA. BOX 1 x CRITÉRIOS PARA IDENTIFICAR AS MELHORES PRÁTICAS Eficácia: A prática de trabalhar e alcançar resultados que são mensuráveis. Eficiência: A prática deve produzir resultados com um nível razoável de tempo e recursos. Relevância: A prática proposta deve abordar os problemas de saúde prioritários no contexto específico ou programa (por exemplo, Prevenção de Transmissão vertical do HIV (de Mãe para Filho). Solidez ética: A prática de respeitar as actuais regras de ética e os aspectos culturais para lidar com as populações humanas. Sustentabilidade: A prática deve ser implementável durante um longo período de tempo sem qualquer injecção maciça ou insustentável de recursos adicionais. Possibilidade de duplicação: A prática, tal qual realizada, deve ser replicável em outros lugares no mesmo país ou região. Participação na implementação da prática deve envolver colaboração satisfatória entre diversas partes interessadas. Envolvimento da Communidade: A proposta prática deve envolver a participação das comunidades afetadas. Compromisso político: A prática deve ter o apoio das autoridades competentes nacionais ou locais. Por definição, um “Melhor Prática” deve conhecer pelo menos os critérios de “ eficácia “, “eficiência” e “relevância”, além de um ou mais dos outros critérios.