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Por Marlucy Lukianocenko Saber quais são as finalidades de compra, as atitudes perante rupturas de cada categoria analisada e outras ações dos shoppers em lojas com características semelhantes à sua pode lhe valer aumento de vendas por conta de estratégias bem mais assertivas P elo s e g u n d o ano c o n s e c u t i v o , a r e v i s t a SuperHiper traz o Estudo sobre Gerenciamento por Categoria na Ótica do Consumidor. Trabalho realizado em parceria com a Kantar WorldPanel (ex-LatinPanel) tem c o m o principal função revelar qual é a relação dos shoppers (pessoas que estão realizando as c o m pras) com cada uma das 100 categorias de produtos analisadas. 0 o b j e t i v o é auxiliar s u p e r m e r c a d i s t a s e fornecedores a t r a b a l h a r e m cada vez melhor as diversas c a t e g o r i a s c o m e r c i a l i z a d as pelo setor. Afinal de contas, uma loja pode ter de mil a 60 mil itens, d e p e n d e n d o do f o r m a t o , modelo e tamanho, e em nenhuma situação é pouca coisa. Exige do empresário do setor es- t r u t u r a gerencial e estratégias alinhadas com a expectativa de quem está comprando. Vale explicar que o Gerenciamento por Ca- Foto Foto Foto tegoria (GC) clássico leva em conta uma série mescla de canais de c o m p r a s . E perder ven- de passos. Mas simplificando , segundo o su- das em tempos tão competitivos significa algo perintendente do ECR Brasil, Claudio Czapski, muito maior que somente não vender um pro- o conceito é a mudança no modo de atender o duto. Esse ponto de vista é c o r r o b o r a d o pela shopper, oferecendo-lhe soluções, um conjun- diretora de retail & shopper insights da Kantar to de p r o d u t o s e s e r v i ç o s que a t e n d a m de WorldPanel, Fátima Merlin. Ela diz que hoje mais modo diferenciado e satisfatório cada uma das que gerenciar categorias é necessário geren- necessidades que o varejista define como sen- ciar do parte de seu negócio. Workshop clientes for (veja reportagem sobre o 4 Traders). Portanto, neste estudo o que é proposto ao supermercadista é que analise cuidadosamente cada categoria, pois a falta de um item ou Diferenciais m a r c a , a p r e c i f i c a ç ã o e r r a d a e a exposição A partir das características predominantes dos equivocada que dificulta a compra são situa- shoppers, gerenciar categorias pode resultar ções que podem resultar na perda do cliente, em mudança de layouts, ações promocionais, pode ser a oportunidade para que ele visite o de merchandising, na busca por variedade de concorrente, visto que se acirra a cada ano a marcas ou foco nas marcas líderes. Tudo de o acordo com o que o shopper quer. Para este Além disso, e n t r e as novidades, saber ano, f o r a m acrescentados ainda mais recursos q u a n t o o shopper p e r t e n c e n t e à classe soci- para t r a d u z i r a relação c o n s u m i d o r / c a t e g o r i - al AB, C, ou DE c o m p r a , gasta, e com que f r e - as. Fátima Merlin ressalta a i m p o r t â n c i a das quência para cada c a t e g o r i a , ajuda o v a r e - informações e dos novos dados levantados ex- jista a cruzar os dados, v e r i f i c a n d o o seu pú- clusivamente para este segundo estudo. blico e s p e c í f i co e as c a t e g o r i a s que p r e v a - "Este ano a c r e s c e n t a m o s i n f o r m a ç õ e s so- lecem para cada perfil de shopper. Por exem- bre o que o shopper faz ao não e n c o n t r a r o plo, se a loja está localizado em um bairr o p r o d u t o ou a marca que p r o c u r a . Este dado de classe média a l t a , r e c e b e r á o b v i a m e n t e é de e x t r e m a i m p o r t â n c i a para m e l h o r a r as s h o p p e r s de t o d a s as classes, pessoas que ações sobre r u p t u r a . Q u a n d o o s h o p p e r vai t r a b a l h a m nas p r o x i m i d a d e s , f u n c i o n á r i o s à loja e não e n c o n t r a o p r o d u t o ou a marca, que c o m p r a m para os patrões , mas as carac- tanto sair t e r í s t i c a s p r e d o m i n a n t e s e ações para i m - p e r d e n d o . Para algumas c a t e g o r i a s , a m u d a n - pulsionar vendas de a c o r d o com cada cate- ça de loja é mais e v i d e n c i a d a, e n q u a n t o em goria serão c l a r a m e n t e voltados à classe AB o u t r a s situações a mudanç a de marca lidera e com e s t r a t é g i a s bem definidas para eles. indústria e varejista podem a o p ç ã o . Há ainda q u e m não leva nada, ou O u t r o d i f e r e n c i a l é a c l a s s i f i c a ç ã o por m u d e de v e r s õ e s . Esta i n f o r m a ç ã o é m u i t o cestas de soluções de p r o d u t o s , a p r e s e n t a - r a r a . Há e s t u d o s i s o l a d o s po r p a r t e de in- das a seguir em r e p o r t a g e m especial e que d ú s t r i a s o u v a r e j i s t a s , mas nunca a p r e s e n - dá uma o u t r a visão de c o m o as c a t e g o r i a s tada desta f o r m a " , explica Fátima. p o d e m ser t r a b a l h a d a s . Anúncio Kantar WorldPanel, ex-LatinPanel, Definições das demais informações: é uma empresa especializada em • C A N A I S DE C O M P R A - Como a pesquisas sobre o c o m p o r t a m e n t o dos auditoria da KantarWorldPanel a c o n t e - consumidores e acompanha a evolução ce nos domicílios brasileiros, não há res- de categorias nos setores de alimentos, trições. Todos os canais, formais e infor- bebidas, higiene pessoal, limpeza domés- mais, são c o m p u t a d o s na análise. tica, realizando estudos e análises espe- A u t o s s e r v i ç o - O c o m p r a d o r esco- ciais. Para apresentar as informações que lhe o p r o d u t o na prateleira e paga no constam este estudo, foram utilizados da- check-out (caixa). dos dos painéis domiciliares, que t ê m Está subdividido e m : como objetivo conhecer ao longo do t e m - Hipermercado - Pela metodologia po o comportamento espontâneo de com- da Kantar WorldPanel, a classificação é pras. Conheça as definições: feita pelos c o n s u m i d o r e s e para valida- Base do Estudo: Painel Nacional de ção as lojas são identificadas c o m o hi- Domicílios da LatinPanel, em que são p e r m e r c a d o s se t i v e r e m seções de têx- visitados 8,2 mil domicílios semanalmen- t i l , e l e t r o e l e t r ô n i c o s , móveis, etc. te. Eles representa m 8 2 % da população Supermercado - Todos os tipos de domiciliar e 9 0 % do potencial de con- loja de autosserviço alimentar, grandes, sumo. m é d i a s , p e q u e n a s lojas, loja de v i z i - Leitura de 100 categorias de produto para chegar às seguintes informações: nhança, conveniência e o u t r a s . Varejo Tradicional - São lojas de Gerais, Espírito S a n t o e I n t e r i o r do Rio de J a n e i r o . Grande Rio - Região M e t r o p o l i t a n a do Rio de J a n e i r o . Grande São Paulo - Região M e t r o politana de São Paulo. balcão, como mercearias, mercadinhos, I n t e r i o r de São Paulo. bares, cafés, r e s t a u r a n t e s , padarias, Sul - Paraná, Rio Grande do Sul e confeitarias e o u t r o s . Farmácias/Drogarias/Perfumarias Santa Catarina. • SHOPPER MISSION - Entender P o r t a a P o r t a - Compras realizadas os diferentes m o m e n t o s de c o m p r a das com distribuição a granel nas ruas (produ- famílias, a p a r t i r da análise de t o d o s os tos de higiene, limpeza e refrigerados, por m o m e n t o s de c o m p r a realizados, consi- exemplo), além de compras por catálo- d e r a n d o canais que f r e q u e n t a , c a t e g o - gos, com consultoras. A t a c a d i s t a - São r e p r e s e n t a d a s rias adquiridas e marca s que coloca na cesta nas d i f e r e n t e s ocasiões. neste caso s o m e n t e as lojas de a t a c a - Definições: do de a u t o s s e r v i ç o , em que as pessoas C o n s u m o i m e d i a t o - Caracterizado físicas p o d e m c o m p r a r grandes q u a n t i - por uma c o m p r a de necessidade imedi- dades de p r o d u t o s em embalagens ata c o m baixo t í q u e t e e uma c a t e g o r i a , maiores. e m média . O u t r o s Canais - Lojas de departa- P r o x i m i d a d e - Caracteriza-s e por mento, especializadas, pet shop, bombo- uma c o m p r a de uma a nove c a t e g o r i a s niére, lojas de calçados, de presentes, de para a t e n d e r necessidades específicas, venda direta, Internet e canais informais c o m t í q u e t e de baixo para médio. como camelôs, feiras livres e outros. • REGIÕES - Todos os municípios acima de 10 mil habitantes , exceto no Reposição - Caracteriza-se pela reposição contínua das categorias de produtos e m três m o m e n t o s distintos: N o r t e , que considera municípios acima 1) Tíquete Alto - de 2 a 3 categorias. de 2 0 0 mil.* 2) Tíquete de Médio para Alto - de No estudo são analisadas a partici pação nas vendas das áreas: • N o r t e - N o r d e s t e - Estados das duas regiões. C e n t r o - O e s t e - Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. L e s t e + I n t e r i o r do Rio - Minas 4 a 9 categorias. 3) Tíquete Baixo - Mais de 10 c a t egorias (concentra-se em reposição de p r o d u t o s da cesta básica). D e s p e n s a - C a r a c t e r i z a - s e pela c o m p r a de a b a s t e c i m e n t o do lar: Tíquete A l t o - 1 0 ou mais categorias. Anúncio Por Wagner Hilário Foto Estudo traz as cestas-soluções, que se constituem por categorias inter-relacionadas conforme sua principal função para os clientes. E se é para o cliente, é para sua loja C ada vez mais a elaboração de layouts, a mento e antigos paradigmas caem por terra e disposição de itens em gôndolas e a cria- dão lugar a novos, numa evolução permanente. ção de estratégias de marketing no ponto de Talvez nada tenha evoluído tant o no setor vendas são fundamentais ao sucesso de um su- s u p e r m e r c a d i s t a , nos ú l t i m o s anos, c o m o o permercado. O estudo da atividade supermer- g e r e n c i a m e n t o por categoria (GC), e m b o r a o cadista, que há algum t e m p o se dá com rigor a t r e l a m e n t o a velhos m é t o d os seja mais co- científico, gera c o n h e c i m e n t o sobre conheci- m u m do que desejável. " A c r e d i t o que o erro Foto mais c o m u m dos s u p e r m e r c a d o s é expor os produtos de acordo com o gerenciamento int e r n o de mercadorias, sem considerar o ponto de vista da pessoa que está c o m p r a n d o " , diz a c o o r d e n a d o r a do g r u p o de GC da ECR Brasil e d i r e t o r a da S h o p p e r m k t Consultoria, Bia Cavalcante. Esta r e p o r t a g e m t r a z e s t u d o e l a b o r a d o pela K a n t a r W o r l d p a n e l , e m p a r c e r i a c o m SuperHiper, q ue visa apresentar uma perspectiva diferente do a g r u p a m e n t o das categorias em cestas. "A proposta é compor cestas mais alinhadas ao c o m p o r t a m e n t o de c o m p r a dos c l i e n t e s " , a f i r m a a d i r e t o r a de retail & shopping i n s i g h t s da K a n t a r W o r l d p a n e l , Fátima Merlin. Tradicionalmente divididas conforme a característica física predominante das categorias que as c o m p õ e m , como cerveja e refrigerante, que são líquidos, nesta parte do estudo a ideia é apresentar uma nova divisão de cestas, compondo-as de acordo com sua funcionalidade, c o n f o r m e sua principal razão de ser para o consumidor. S a u d á v e l , f e s t a , g u l o s e i m a ( l a n c h e ) , alto grau de inovação, baixo grau de inovação e básica ( vejam quais são as categorias que as compõem em quadro nesta matéria) são as c e s t a s - s o l u ç õ e s r e s u l t a n t e s desse n o v o olhar, que em g r a n d e m e d i d a se a l i n h a m à t e s e de l a y o u t i z a ç ã o e e x p o s i ç ã o d e f e n d i das pela c o n s u l t o r a Bia C a v a l c a n t e e por Fátima Merlin. De acordo com Bia, existe uma maneira básica de layoutizar e expor os produtos oferecendo aos clientes soluções de compras... • Primeiro é necessário agrupar os produ tos dentro da sua categoria. A categoria é formada por um grupo de produtos distintos que os clientes percebam como inter-relacionados e/ou substituívei s na satisfação de suas necessidades. • As categorias que apresentam semelhança no processo de compra deverão estar lado a lado para estimular o fluxo e equilibrar cada seção. Uma boa forma de fazer isso é consolidando " s o l u ç õ e s de c o m p r a " , ou seja, a g r u - p a n d o c a t e g o r i a s que f a z e m p a r t e d e uma mesma necessidade de consumo. Mapeie tudo que gera maior venda e, respeitando o c o n c e i t o de soluções de c o m p r a , distribua as categorias geradoras de t r á f e g o ao longo da loja, para evitar pontos de baixa circulação. Utilize as categorias geradoras de tráfego para favorecer as vendas de maior lucratividade. Seguir essas dicas, mais g e n é r i c a s, é essencial. Contudo, considerar as peculiaridades de sua loja t a m b é m é. "Para identificar oportunidades, é fundamental o varejista observar o c o m p o r t a m e n t o de compra de seus clientes, suas preferências", informa Bia Cavalcante. De acordo com a consultora, é preciso saber o que os clientes compram, o que buscam, se o que procuram está disponível, quais são seus hábitos, c r i t é r i o s para decisão, q u a n t o estão dispostos a pagar em cada categoria e as i n f o r m a ç õ e s de que p r e c i s a m . "É preciso conhecer mais as necessidades dele do que ele m e s m o . " A s s i m há m a i s c h a n c e s de surpreendê-lo. Bia diz t a m b é m que a exposição customizada precisa seguir o raciocínio de c o m p r a do perfil-consumidor p r e d o m i n a n t e e n t r e os clientes da loja. Guloseima Embora tenha sido batizada de guloseima, as categorias que f o r m a m esta cesta não são lit e r a l m e n t e guloseimas. Entre os produtos estão inúmeros lácteos, como petit suisse, iogurte e requeijão, além de bolo pronto, barra de cereal, prato p r o n t o congelado e o u t r o s cuja característica mais evidente é servir de refeição c o m p l e m e n t ar ou de paliativo à falta das refeições t r a d i c i o n a i s. O consumo dessas categorias, g e r a l m e n t e ricas em n u t r i e n t e s , não está c u l t u r a l m e n t e atrelado a horários. Por isso, podemos chamála cesta-lanche. Uma das características desta cesta é a força de vendas que t e m em regiões mais urbanizadas. As duas áreas mais r e p r e s e n t a t i v as são Grande RJ e Grande SP, com participação de 3 0 , 9 % e 2 8 , 4 % nas vendas da cesta. Como se vê, as categorias que a i n t e g r a m t ê m bom valor agregado e alto nível de indust r i a l i z a ç ã o . Além disso, g u l o s e i ma é a cesta com o maior n ú m e r o de c a t e g o r i a s, sendo a maioria perecível, consumida em larga escala e com giro de vendas significativo. Não é por acaso que sua participação no volume total de vendas das cestas foi de 31,9% em 2 0 0 9 , a maior entre todas as cestas-soluções. Em receita, guloseima representa 2 7 % das vendas, só atrás da cesta básica. Essa diferença e n t r e v o l u m e e receita se deve ao fato de os itens da cesta guloseima, em regra, serem pequenos e a c o n t a g e m do volume de vendas ser feita por unidades. Apesar do bom valor agregado dos itens da cesta, um pote de requeijão de 2 5 0 g não custa mais que um saco de açúcar de 5kg, por exemplo. O açúcar, vale frisar, está na cesta básica. Quando se analisam as missões de compras mais significativas para a venda da cesta, constata-se que é a mais equilibrada dentre todas. Reposição lidera, com 31,5%, mas despensa tem 2 8 , 2 % , proximidade, 2 6 % , e urgência, 1 4 , 4 % . Isso é d e v i d o à h e t e r o g e n e i d a d e da cesta, com itens de diferentes características. vel r e p r e s e n t a apenas 11,4% das vendas do Ao deter-se ao perfil socioeconômico t a m bém se verifica equilíbrio. A classe C é a mais representativa, com 37,9% das compras. Esse e s t r a t o social t a m b é m é o que mais c o m p r a todas as cestas, 3 8 , 7 % , participação superior à alcançada na cesta-guloseima. As classes AB e DE t ê m participação de 31,8% e 3 0 , 3 % respectivamente. v o l u m e é feita por unidade e g e r a l m e n t e os Em relação ao p e r f i l - c o m p r a d o r , o apressado é o grande destaque, como na maior parte das cestas. Ele representa 2 4 % das compras da cesta-guloseima, mesmo percentual de part i c i p a ç ã o a p r e s e n t a d o n o t o t a l das c e s t a s . Quanto aos lares, os que t ê m crianças são os principais responsáveis pela compra da categoria, com 51,5% de importância. m i n a n t e m e n t e c o m p r a d o s e consumidos por total das cestas. A justificativa para tal disparidade é a mesma da guloseima: a medição do itens saudáveis são pequenos, embora saiam em grande quantidade. Por o u t r o lado, d i f e r e n t e m e n t e da guloseima, que t e m 1 0 0 % de presença nos lares brasileiros, as categorias da cesta saudável ainda não atingiram esse percentual, t ê m 99,7%. Os produtos com apelo à saúde são predofamílias de alto poder aquisitivo. A classe AB responde por 39,7% das compras da cesta, a C é 3 6 , 8 % e a DE, por 2 3 , 4 % . Quando se observam as compras da cesta conforme o tamanho da família, verifica-se que as com três a q u a t r o pessoas são as maiores compradoras , com 5 2 , 5 % das compras. Ao levar-se em conta a faixa etária dos com- Saudável pradores, vê-se que os mais velhos, com 50 a n o s ou m a i s i d a d e , são r e s p o n s á v e i s por A cesta de produtos com apelo à saúde é, con- 3 5 , 2 % das aquisições de itens dessa cesta. Na f o r m e essa s e g m e n t a ç ã o , a cesta s a u d á v e l . somatória das cestas, essa faixa etária repre- Vale dizer que muitas categorias se repetem senta 3 0 , 7 % das compras. Quando se avalia o entre as cestas, caso do iogurte, que está em perfil-comprador, destaque para os experimen- guloseima, saudável e alto grau de inovação. tadores, que c o m p r a m 2 3 % do que se vende Os itens considerados saudáveis participam da cesta. com 2 6 , 8 % do volume de vendas, na soma da Entre as áreas do País apreciadas pelo es- i m p o r t â n c i a de todas as cestas. E, apesar de t u d o , a Grande SP e o Interior de SP são as ser uma cesta com alto valor agregado, a exem- mais importantes, juntas respondem por 2 8 , 2 % plo do que o c o r r e com a guloseima, a saudá- das vendas nacionais da cesta saudável. Sozi- O u t r o a s p e c t o que c o m p r o v a c o m o essa cesta se a p r o x i ma da média do t o d o é a i m p o r t â n c i a do perfil-comprador. Como na média das cestas, o apressado é o destaque, com 2 4 % das compras. As pessoas com 50 anos ou mais são as maiores compradoras, com 3 2 , 2 % delas. Já quando se a t e n t a ao perfil familiar, de acord o com seu t a m a n h o , p r e v a l e c e m as famílias com 3 a 4 pessoas, que r e p r e s e n t am 5 0 , 4 % das vendas. Das regiões, a grande comprador a de itens da cesta básica é o Sul. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul são responsáveis por 3 8 , 4 % das vendas da cesta. É verdade que, se considerado o território compreendido, a Grande SP t e m um dos desempenhos mais significativos, com 35,3%, só atrás do Sul, do Interior de SP, com 3 6 % , e do Centro-Oeste, com 3 5 , 8 % . nha a Grande SP representa 14,5%, lidera, e o interior de SP vem logo atrás, com 13,7%. É cur i o s o o b s e r v a r que nas c e s t a s - s o l u ç õ e s se verifica um equilíbrio maior e n t r e as regiões que nas cestas tradicionais. Quanto à missão de compra mais representativa para as vendas da cesta básica, despensa, como se haveria de imaginar, é o grande destaque, com participação de 5 6 , 8 % . De perto, segue-a reposição, cuja importância é de 33,2%. Como o c o r r e com a maior p a r te das cestas, a missão que sobressai é a despensa, com 4 4 , 1 % , acompanhada de perto pela reposição, cuja importância é de 4 4 , 1 % . Festas A cesta-festa, ao lado da saudável e baixo grau de inovação, faz parte do grupo das que ain- Básica da não têm 1 0 0 % de presença Um dos sinônimos de básico é essencial e se os produtos da c e s t a básica r e c e b e m esse n o m e p o r q u e são essenciais aos consumidores é imperioso afirmar que a cesta é mais que imprescindível às suas vendas, tanto que participa com 27,8% do volume de vendas de todas as cestas e com 3 5 % da somatória do faturamento delas. a cesta não apenas está perto A cesta básica é sem d ú v i d a p a r â m e t r o para avaliar o desempenho de vendas de alimentos não apenas no Brasil. De acordo com os dados da Kantar, a classe C é a principal c o m p r a d o r a dos p r o d u t o s básicos, responde por 3 9 % das vendas da cesta. Na média das cestas, a classe é responsável por 37,8%. nos lares nacionais. Com 99,9%, do percentual máximo, como se mostra bastante viável do ponto de vista da r e n t a b i l i d a d e . Entre as categorias que a compõem estão chocolate culinário, sorvete, cream cheese e suco de frutos. Mas nem só de itens de bom valor agregado vive a cesta. Produtos de alto giro, como cerveja e refrigerante, t a m b é m fazem parte da cestaf e s t a , cujas vendas em v o l u m e r e p r e s e n t a m 25,7% do total-cesta comercializado. Em receita, a importância é menor, 17,8%, e a razão para a disparidade é a mesma já explicada para guloseima e saudável. Os lares c o m 3 a 4 pessoas são os que exemplo, traz categorias como molho, leite fermentado, massa instantânea, suco pronto para beber e xampu. Baixo grau de inovação, por sua vez, tem óleo de soja, café torrado, massa tradicional, açúcar e farinha de trigo. De todas as cestas, a menos representativa é alto grau de inovação, que em volume de vendas participa com 10,7% e, em faturamento, 9,8%. Baixo grau é a penúltima, com 13,9% e 13,4%, respectivamente. Proporcionalmente, os dois perfis etários que mais compram itens da cesta alto grau são com idade entre 30 e 39, com 27,7% das aquisições, e os de 20 a 29 anos, com 19,1%. No caso da cesta baixo grau de inovação quem dá as cartas, ou as notas, são os compradores com 50 anos ou mais, com a importância de 3 4 % das compras. mais a d q u i r e m itens da cesta, a i m p o r t â n c i a deles é de 5 2 , 8 % . Os c o m p r a d o r e s com idade e n t r e 30 e 39 anos r e p r e s e n t a m 2 7 % das c o m p r a s , e n q u a n t o o s que t ê m e n t r e 4 0 e 49 anos r e s p o n d e m por 2 5 , 9 % e os com 50 a n o s ou m a i s , 2 9 , 5 % . O d a d o r e l a t i v o aos c o m p r a d o r e s de 40 a 49 anos i m p r e s s i o n a mais p o r q u e no t o t a l - c e s t a s ele participa com 2 4 , 8 % das c o m p r a s . Entre os e s t r a t o s s o c i o e c o n ô m i c o s, a classe AB, cuja i m p o r t â n c i a na c o m p r a do t o t a l das cestas é de 2 9 , 1 % , destaca-se ao representar 3 6 , 1 % das vendas da festa. Quanto ao p e r f i l - c o m p r a d o r , q u e m d e s p o n t a são os exp e r i m e n t a d o r e s , c o m 2 4 % das c o m p r a s . J á e n t r e as missões, reposição é a mais importante, com 3 9 , 8 % , p o r é m despensa acompa- Quando o assunto é alto grau de inovação, as famílias que t ê m os compradores do f u t u r o , as c r i a n ç a s , são d e s t a q u e , p a r t i c i p a m c o m 5 2 , 4 % das vendas. Entre as categorias da cesta baixo grau, as famílias com crianças são as que mais compram t a m b é m , mas podemos dizer que nesse caso há um empate técnico com as famílias sem crianças: 5 0 , 5 % contra 4 9 , 5 % . Com relação à classe social, as cestas que são quase antíteses quanto ao conceito destacam-se cada qual numa ponta da estratificação socioeconômica. Proporcionalmente, a classe AB é a maior compradora de produtos com alto grau de inovação, ao participar com 3 5 , 6 % das compras. Do outro lado, na cesta de categorias com baixo grau de inovação, destaque para a classe DE, que representa 37,8% da comercialização. nha de p e r t o , com 3 6 % , e - não tão distante, em t e r c e i r o , vO e mperfil proxim c oi dmapdrea,dcuja o r duma parti- e doutra também é d i f e r e n t e . A cesta alto grau é c o m p r a d a por 2 4 % de e x p e r i m e n t a d o r e s , e n q u a n t o a cesCom relação às regiões, a Grande RJ enca- ta baixo grau por 2 5 % de apressados. A misbeça, com 2 2 , 3 % de i m p o r t â n c i a , seguida do são de c o m p r a p r e d o m i n a n t e é a mesma para a m b a s , d e s p e n s a , mas o p e r c e n t u a l é bem Interior de SP, com 2 0 , 5 % . d i f e r e n t e . A l t o grau de inovação t e m 4 8 , 9 % das a q u i s i ç õ e s r e a l i z a d a s por m e i o dessa A l t o e baixo missão e baixo, 6 2 , 6 % . cipação é de 2 3 , 4 % . A segmentação diferenciada feita para o estudo deste ano também contemplou produtos que tradicionalmente apresentam alto e baixo grau de inovação. A cesta-alto grau de inovação, por Por regiões, a Grande SP é o destaque para a cesta alto grau com importância de 11,3%, e para a cesta baixo grau de inovação o Sul, com 15,1%, é o principal mercado. Fonte: Superhiper, São Paulo, ano 36, n. 408, p. 42-53, maio 2010.