Anexo IV-PMSB__ARTUR NOGUEIRA_pós audiência_110115_v1
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Anexo IV-PMSB__ARTUR NOGUEIRA_pós audiência_110115_v1
Contrato nº 199/2013 PREFEITURA MUNICIPAL DE ARTUR NOGUEIRA – SP PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO CONTENDO DETERMINAÇÕES SOBRE O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL E ESGOTAMENTO SANITÁRIO, LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS DO MUNICÍPIO ARTUR NOGUEIRA – SP. RESPONSÁVEL TÉCNICO Engº Adauto Luis Paião CREA: nº 5062664002 Americana São Paulo – Brasil Fevereiro de 2015. SUMÁRIO SUMÁRIO ............................................................................................................ 2 LISTA DE FIGURAS ......................................................................................... 12 LISTA DE TABELAS ........................................................................................ 13 LISTA DE QUADROS ...................................................................................... 15 LISTA DE FOTOS ............................................................................................. 15 LISTA DE ANEXOS.......................................................................................... 17 APRESENTAÇÃO ............................................................................................. 18 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................... 19 I. JUSTIFICATIVA........................................................................................... 21 II. OBJETIVO..................................................................................................... 22 III. REFERÊNCIAS ...........................................................................................23 IV.METODOLOGIA ......................................................................................... 24 MÓDULO I – CONSIDERAÇÕES GERAIS .................................................... 25 1. ABRANGÊNCIA........................................................................................... 25 1.1 INTRODUÇÃO HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE ARTUR NOGUEIRA ............................ 25 1.2 BACIAS PCJ............................................................................................................ 27 1.3 CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE ESTUDO – ARTUR NOGUEIRA – SP ...................... 28 1.1.1. O Município .............................................................................................. 28 1.1.2. Vias de acesso ........................................................................................... 29 1.1.3. Demografia ............................................................................................... 30 1.1.4. Projeção Populacional .............................................................................. 30 1.1.4.1. Taxa de crescimento da população do mun. de Artur Nogueira.......30 1.1.5. Projeções de demanda .............................................................................. 31 1.1.6. Hidrografia ............................................................................................... 32 2. ATIVIDADES ............................................................................................... 33 2 3. DEFINIÇÕES DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO .............................................................................................................. 34 3.1 ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL .................................................................... 34 3.2 ESGOTAMENTO SANITÁRIO .................................................................................... 34 3.3 LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................ 34 3.4 DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS ......................................... 35 MÓDULO II – SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ...................... 36 4. DESCRIÇÃO E DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE SANEAMENTO ATUAL ............................................................................................................... 36 4.1 DIAGNÓSTICO DOS PRINCIPAIS COMPONENTES DOS SISTEMAS DE TRATAMENTO E ABASTECIMENTO DE ÁGUA ........................................................................................................ 36 4.1.1 População abastecida e demanda atual .................................................... 36 4.1.2 Projeção de demanda futura baseada nos estudos de crescimento populacional .......................................................................................................... 37 4.1.3 Déficit de atendimento – fatores determinantes, causas, consequências ... 41 4.1.4 Número de ligações e de economias abastecidas – atuais e projeções futuras ...........................................................................................................42 4.1.5 3 Estudo dos mananciais utilizados, objetivando: características, localização, capacidade atual e futura, capacidade limite, condicionantes ambientais, qualidade da água, problemas, fragilidades, etc. ...................................................................................................... 44 4.1.5.1 Ribeirão Boa Vista ou Poquinha........................................................................ 45 4.1.6 4.2 POÇOS ARTESIANOS ............................................................................................... 46 4.2.1 4.3 Qualidade da água bruta .......................................................................... 46 Qualidade das Águas Brutas ..................................................................... 47 ESTUDOS DE MANANCIAIS ALTERNATIVOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA: CARACTERÍSTICAS, CAPACIDADE, QUALIDADE DA ÁGUA, ETC. .................................................. 47 4.4 CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE CAPTAÇÃO, ADUÇÃO, RESERVAÇÃO E TRATAMENTO ................................................................................................................... 50 4.4.1 Sistema De Captação ................................................................................ 50 4.4.1.1 Captação Superficial.......................................................................................... 50 4.4.1.2 Captação Subterrânea ........................................................................................ 52 4.4.2 Sistema De Adução ................................................................................... 53 4.4.3 Sistema De Reservação ............................................................................. 53 4.4.4 Sistema De Tratamento ............................................................................. 54 4.4.4.1 Caracterização Do Sistema De Tratamento – ETA II ........................................ 55 4.4.4.2 Caracterização Do Sistema De Tratamento – ETA III ....................................... 59 4.4.4.3 Caracterização Do Sistema De Tratamento De Águas Subterrânea ................... 63 4.5 AVALIAÇÃO DOS ATIVOS DO (SAEAN – SERVIÇO DE ÁGUA E ESGOTO DE ARTUR NOGUEIRA) RELACIONADOS AO ATUAL CONJUNTO DE BENS, INSTALAÇÕES, EDIFICAÇÕES E EQUIP. DOS SIS. DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA INSTALADOS EM ARTUR NOGUEIRA – SP............................. 63 4.6 MAPEAMENTO DAS LOCALIDADES ATENDIDAS COM A DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS ABRANGIDAS PELOS SISTEMAS, SENDO PARA TANTO UTILIZADA BASE CADASTRAL DO MUNICÍPIO, E NA AUSÊNCIA DA MESMA, UTILIZAR BASE DE DADOS DO IBGE INTERPOLADAS COM AS CARTAS DO IGC 1:10.000............................................................................................................................64 4.7 PRINCIPAIS PROBLEMAS E DIFICULDADES (INTERMITÊNCIA NO ABASTECIMENTO, PRESSÃO DISPONÍVEL, ASPECTOS OPERACIONAIS, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO, CAPACIDADE E OBSOLESCÊNCIA DA INFRAESTRUTURA INSTALADA) ............................................................................................. 64 4.8 ANÁLISE DAS CONSTANTES ALTERAÇÕES NOS CRITÉRIOS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E SUAS IMPLICAÇÕES SOBRE A CAPACIDADE DA INFRAESTRUTURA INSTALADA ........................... 65 4.9 OUTORGA DA ÁGUA – POLÍTICA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS ................... 66 4.10 ESTUDO DO CONSUMO PER CAPITA ......................................................................... 73 4.11 ESTUDO DAS PERDAS NO SISTEMA ......................................................................... 73 4.12 DETERMINAÇÃO DAS ELEVATÓRIAS DE ÁGUA BRUTA ............................................ 73 4.13 DETERMINAÇÃO DAS ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA ETAS DO MUNICÍPIO 76 4.14 SISTEMA DE RESERVAÇÃO DE ÁGUA TRATADA: ..................................................... 78 4.14.1 Determinação da reservação de água tratada .......................................... 78 4.14.2 Sistema de reservação de águas subterrâneas .......................................... 79 4.15 DETERMINAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DAS ADUTORAS DE ÁGUA BRUTA ........... 82 4.15.1 Sistema Cotrins ......................................................................................... 82 4.15.2 Sistema Poquinha ...................................................................................... 83 4.16 DETERMINAÇÃO DAS REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA TRATADA ....................... 83 4.16.1 Sistema ETA II .......................................................................................... 83 4.16.1.1 Elevatória 1 ...................................................................................................... 83 4.16.1.2 Elevatória 2 ...................................................................................................... 86 4.16.1.3 Sistema Sacilotto/Coração Criança .................................................................. 87 4.16.2 Sistema ETA III ......................................................................................... 88 4.16.2.1 Elevatória 1 ...................................................................................................... 89 4.16.2.2 Elevatória 2 ...................................................................................................... 89 4.16.2.3 Elevatória 3 ...................................................................................................... 90 4.17 DETERMINAÇÃO DOS SETORES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA............................... 90 4.18 DETALHAMENTO DAS ÁREAS ATENDIDAS PELO ABASTECIMENTO ......................... 93 4 4.19 PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS ELABORADOS E EM FASE DE EXECUÇÃO NO TERRITÓRIO MUNICIPAL ............................................................................................................. 93 4.20 ARRANJO INSTITUCIONAL, SISTEMA DE GESTÃO, DE PLANEJAMENTO, DE TARIFAÇÃO, DE REGULAÇÃO E DE CONTROLE...................................................................................................... 93 4.21 DESPESAS E RECEITAS OPERACIONAIS ................................................................... 94 4.21.1 Ligações de água (uso residencial, comercial e industrial) ...................... 97 4.21.2 Ligações distribuídas em função da faixa de consumo .............................. 98 MÓDULO III – ESGOTAMENTO SANITÁRIO ............................................. 99 5. DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ... 99 5.1 POPULAÇÃO ATENDIDA E DEMANDA ATUAL .......................................................... 99 5.2 PROJEÇÃO DE DEMANDA FUTURA BASEADA NOS ESTUDOS DE CRESCIMENTO POPULACIONAL......................................................................................................................... 100 5.3 DÉFICIT DE ATENDIMENTO – FATORES DETERMINANTES, CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS ............................................................................................................ 101 5.4 NÚMERO DE LIGAÇÕES E DE ECONOMIAS ATENDIDAS – ATUAL E PROJEÇÃO FUTURA .......................................................................................................................... 102 5.4.1 5.5 Projeção Futura ...................................................................................... 102 CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS OPERADOS PELO SAEAN – SERVIÇO DE ÁGUA E ESGOTO DE ARTUR NOGUEIRA ................................................................................................. 104 5.5.1 População Atendida ................................................................................ 104 5.5.2 Área de Abrangência ............................................................................... 104 5.5.3 Perspectiva de Ampliação ....................................................................... 104 5.5.4 Eficiência e corpo receptor ..................................................................... 106 5.5.5 Problemas e Dificuldades ....................................................................... 107 5.5.6 Soluções Futuras ..................................................................................... 107 5.5.7 Caracterização dos sistemas coletivos não operados pelo SAEAN ......... 108 5.5.8 Caracterização das soluções individuais adotadas e respectivos impactos ao meio ambiente ..................................................................................................... 108 5.6 CORPOS RECEPTORES ........................................................................................... 109 5.6.1 Caracterização ........................................................................................ 109 5.6.1.1 Córrego Cotrins ............................................................................................... 109 5.6.1.2 Ribeirão Três Barras ........................................................................................ 110 5.6.2 Qualidade do Corpo Hídrico Receptor ................................................... 110 5.7 IMPACTOS AMBIENTAIS ....................................................................................... 112 5.8 ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO CORRELACIONANDO-O COM OS SERVIÇOS DE SANEAMENTO 5 BÁSICO 5.9 .......................................................................................................................... 112 MAPEAMENTO DAS LOCALIDADES ATENDIDAS COM A DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS ABRANGIDAS PELOS SISTEMAS ................................................................................................. 114 5.10 PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS ELABORADOS E EM FASE DE EXECUÇÃO NO TERRITÓRIO MUNICIPAL ........................................................................................................... 114 5.11 ARRANJO INSTITUCIONAL, SISTEMA DE GESTÃO, DE PLANEJAMENTO, DE TARIFAÇÃO, DE REGULAÇÃO E DE CONTROLE.................................................................................................... 115 5.12 PRINCIPAIS PROBLEMAS E DIFICULDADES (ASPECTOS OPERACIONAIS, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO, CAPACIDADE E OBSOLESCÊNCIA DA INFRAESTRUTURA INSTALADA, SUBUTILIZAÇÃO DOS SISTEMAS) .......................................................................................................................115 5.13 ANÁLISE DAS CONSTANTES ALTERAÇÕES NOS CRITÉRIOS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO (GABARITOS, ÍNDICES DE APROVEITAMENTO, ETC.) E SUAS IMPLICAÇÕES SOBRE A CAPACIDADE DA INFRAESTRUTURA INSTALADA ................................................................................................. 115 5.14 AVALIAÇÃO DOS ATIVOS DO SAEAN RELACIONADOS AO ATUAL CONJUNTO DE BENS, INSTALAÇÕES, EDIFICAÇÕES E EQUIPAMENTOS DOS SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO INSTALADOS NO MUNICÍPIO ...................................................................................................... 116 5.15 DESPESAS E RECEITAS OPERACIONAIS ................................................................. 116 5.16 LEVANTAMENTO DAS ESTAÇÕES DE EFLUENTES .................................................. 116 5.17 EVOLUÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO SISTEMA DE EFLUENTES ....... 117 5.18 PLANEJAMENTOS DO SISTEMA DE COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO............... 117 5.18.1 Fotos – Instalação das Estações de Tratamento de Esgoto ..................... 117 5.18.1.1 Fotos Estação de Tratamento de Esgoto - ETE STOCCO ............................. 118 5.18.1.2 Fotos Estação de Tratamento de Esgoto - ETE Três Barras ........................... 119 MÓDULO IV - LIMP. URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ..121 6. DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................................................................. 121 6.1 6.2 CARACTERIZAÇÃO DO TRATAMENTO ................................................................... 121 6.1.1 Capacidade instalada e limite ................................................................. 121 6.1.2 Solução Tecnológica ............................................................................... 122 6.1.3 Localização ............................................................................................. 122 6.1.4 Contrato de Prestação de Serviços ......................................................... 125 POPULAÇÃO ATENDIDA E DEMANDA ATUAL ........................................................ 125 6.2.1 Volume produzido ................................................................................... 125 6.2.2 Produção per capta ................................................................................. 125 6.2.3 Projeção de demanda futura baseada no estudo de crescimento 6 populacional ........................................................................................................ 125 6.3 DÉFICIT DE ATENDIMENTO – FATORES DETERMINANTES, CAUSAS, CONSEQUÊNCIAS ........................................................................................................... 6.4 LIMPEZA 126 PRINCIPAIS PROBLEMAS E SUA RESPECTIVA FREQUÊNCIA DO SISTEMA DE COLETA E URBANA (FALTA OU DESCONTINUIDADE, VETORES, DIFICULDADES OPERACIONAIS, INFRAESTRUTURA) ................................................................................................................... 127 6.5 CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE COLETA E LIMPEZA DO MUNICÍPIO (ROTEIROS, PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS, INFRAESTRUTURA, ETC.) ..................................................... 128 6.6 6.5.1 Coleta de resíduos de poda e varrição .................................................... 129 6.5.2 Coleta de Resíduos Volumosos ................................................................ 130 6.5.3 Coleta de Resíduos da Construção Civil ................................................. 131 6.5.4 Levantamento do tratamento dos resíduos dos serviços de saúde ........... 131 6.5.5 Logística Reversa .................................................................................... 132 6.5.6 Resíduos Sólidos Industriais.................................................................... 132 ARRANJO INSTITUCIONAL, SISTEMA DE GESTÃO, DE PLANEJAMENTO, DE TARIFAÇÃO, DE REGULAÇÃO E DE CONTROLE.................................................................................................... 133 6.7 IDENTIFICAR PLANOS, PROGRAMA E PROJETOS EM DESENVOLVIMENTO, JÁ DESENVOLVIDO OU EM ELABORAÇÃO ...................................................................................... 133 6.8 CARACTERIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DOS CATADORES ........................................ 135 6.9 CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE RECICLAGEM ................................................ 135 6.10 DESPESAS E RECEITAS OPERACIONAIS ................................................................. 136 6.11 LEVANTAMENTO DA SITUAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO MUNICIPAL.................... 136 6.12 LEVANTAMENTO DA OPERAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO ..................................... 139 MÓDULO V – DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS ........... 141 7. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA ATUAL DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS ................................................................................. 141 7.1 CARACT. E ANÁLISE DO ATUAL SISTEMA DE DRENAGEM DO MUNICÍPIO .............. 145 7.2 MAPEAMENTO E ESTUDO DO SISTEMA HIDROGRÁFICO ........................................ 146 7.2.1 Ribeirão Boa Vista .................................................................................. 146 7.2.2 Córrego Três Barras ............................................................................... 146 7.2.3 Área de Lazer Prefeito Ederaldo Rossetti ............................................... 147 7.2.4 Balneário Municipal Guilherme Carlini ................................................. 147 7.2.5 Córrego Sítio Novo ................................................................................. 147 7.2.6 Córrego Cotrins ...................................................................................... 148 7.2.7 Córrego Amarais..................................................................................... 148 7 7.2.8 Represa Matheus Mariano “Cotrins” ..................................................... 149 7.3 ESTUDO HIDROLÓGICO ......................................................................................... 149 7.4 PLANO DIRETOR E OS REBATIMENTOS SOBRE O SISTEMA DE DRENAGEM ............ 161 7.5 LEGISLAÇÃO MUNICIPAL DE PARCELAMENTO DO SOLO E OUTRAS ABORDAGENS SOBRE DRENAGEM ......................................................................................................................162 7.6 ESTUDO DO LANÇAMENTO CLANDESTINO DE ESGOTOS – ANÁLISE DE CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS ...................................................................................................................... 164 7.7 IDENTIFICAR AS ÁREAS E PRINCIPAIS TIPOS DE PROBLEMAS (INUNDAÇÕES, ENCHENTES, ALAGAMENTOS, TRANSBORDAMENTOS DO SISTEMA NATURAL E CONSTRUÍDO, SUBDIMENSIONAMENTO, OBSTRUÇÃO) CORRELACIONANDO-O COM FREQUÊNCIA E CAUSAS 7.8 .. 165 IDENTIFICAR AS REGIÕES COM MAIOR VULNERABILIDADE SOB O PONTO DE VISTA DE INFRAESTRUTURA (AUSÊNCIA, PRECARIEDADE E OBSOLESCÊNCIA) ......................................... 166 7.9 ESTUDO PRELIMINAR DE ÁREAS SUJEITAS A RISCOS DE INUNDAÇÃO E ESCORREGAMENTO ........................................................................................................ 166 7.10 CARACTERIZAÇÃO DO ARRANJO INSTITUCIONAL DE SISTEMA PLANEJAMENTO E GESTÃO .......................................................................................................................... 167 7.11 OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM ..................................... 167 7.12 IDENTIFICAR PLANOS, PROGRAMA E PROJETOS EM DESENVOLVIMENTO, JÁ DESENVOLVIDOS OU EM ELABORAÇÃO ..................................................................................... 167 7.13 LEVANTAMENTOS SOBRE DRENAGEM SUPERFICIAL ............................................. 167 7.14 LEVANTAMENTOS SOBRE DRENAGEM SUBTERRÂNEA .......................................... 168 7.15 LEVANTAMENTOS SOBRE AS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO MUNICÍPIO ................. 168 7.16 DETERMINAÇÃO DO SISTEMA EXISTENTE DE DRENAGEM URBANA ...................... 168 8. COMPILAÇÃO DE DADOS DO MEIO FÍSICO, BIOLÓGICO E SÓCIO ECONÔMICO .............................................................................................................. 170 8.1 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DAS UNIDADES TERRITORIAIS DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO ............................................................................................................. 170 8.1.1 Determinação da Geomorfologia ............................................................ 170 8.1.2 Determinação da Geologia ..................................................................... 171 8.1.3 Determinação do Clima .......................................................................... 171 8.1.4 Determinação da Hidrologia .................................................................. 172 8.1.5 Determinação da Hidrogeologia ............................................................. 172 8.1.6 Determinação do Solo ............................................................................. 173 8.1.7 Determinação do Ordenamento das Unidades Territoriais..................... 174 8.1.8 Determinação do zoneamento ................................................................. 174 8.1.9 Identificação dos agentes locais envolvidos direta e indiretamente com o 8 saneamento básico .....................................................................................184 8.1.9.1 Identificar agentes locais, entidades ou cooperativas envolvidas no setor de abastecimento de água e suas atuações ................................................................................... 184 8.1.9.2 Identificar agentes locais, entidades ou cooperativas envolvidas no setor de esgotamento sanitário e suas atuações .................................................................................... 185 8.1.9.3 Identificar agentes locais, entidades ou cooperativas envolvidas no setor de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos e suas atuações .............................................. 185 8.1.9.4 Identificar agentes locais, entidades ou cooperativas envolvidas no setor de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas e suas atuações ............................................. 185 8.2 REALIZAÇÃO DE VISITAS TÉCNICAS E ENTREVISTAS PARA COMPLEMENTAÇÃO DE DADOS ............................................................................................................................ 185 8.2.1 Diagnóstico Social .................................................................................. 186 8.2.2 Estudo demográfico estabelecendo a quantificação da população atual e projeção de crescimento, no horizonte de tempo em conformidade com os cenários ............... 186 8.2.3 Estudo da densidade demográfica, por unidade territorial de análise e planejamento e para todo o território de município, caracterizando a situação atual e futura, estruturado a partir dos estudos de crescimento populacional ................................................ 188 8.2.4 Estudo epidemiológico, relacionando os indicadores às deficiências nos sistemas de saneamento..................................................................................................... 188 8.2.5 Caracterização das áreas de interesse social (número de assentamentos, localização, perímetro e área dos assentamentos, carências relacionadas ao saneamento básico, precariedade habitacional, população, situação socioeconômica) .......................................... 189 8.2.6 Caracterização da situação econômica da população ............................ 192 8.2.7 Caracterização dos sistemas de saúde e educação.................................. 194 8.2.7.1 Saúde ............................................................................................................... 194 8.2.7.2 Educação ......................................................................................................... 195 9. DETERMINAÇÃO DE PROJEÇÕES E DEMANDAS DO SISTEMA DE SANEAMENTO ........................................................................................................... 198 9.1 CENÁRIOS ............................................................................................................ 198 9.1.1 Cenário Tendencial: Atendimento do sistema de abast. de água ............ 198 9.1.2 Cenário Tendencial: Atendimento do Sistema de Coleta e Tratamento de Efluentes ............................................................................................................. 199 9.1.3 Cenário Tendencial: Atendimento do Sistema de Coleta de Resíduos Sólidos .........................................................................................................200 9.1.3.1 Cenário I: ......................................................................................................... 200 9.1.3.2 Cenário II: ....................................................................................................... 201 9 9.1.3.3 Cenário III: ...................................................................................................... 202 9.2 9.3 DIRETRIZES GERAIS ............................................................................................. 203 9.2.1 Novos empreendimentos .......................................................................... 203 9.2.2 Consumo de água .................................................................................... 203 9.2.3 Relação taxa água / esgoto ..................................................................... 204 9.2.4 Riscos à saúde ......................................................................................... 204 9.2.5 Diretrizes para obras em vias públicas ................................................... 204 9.2.6 Plano educativo ....................................................................................... 204 PLANO DE METAS ................................................................................................ 204 9.3.1 Sistema de Abastecimento de Água ......................................................... 205 9.3.1.1 Perdas Hídricas ................................................................................................ 205 9.3.1.2 METAS ESPECÍFICAS .................................................................................. 206 9.3.2 9.4 Sistema de Coleta e Tratamento de Efluentes.......................................... 207 PROGRAMAS, AÇÕES E PROJETOS PARA ATENDIMENTO ÁS METAS .. 210 9.4.1 Sistema de Abastecimento de Água ......................................................... 210 9.4.2 Sistema de Esgotamento Sanitário .......................................................... 214 9.4.3 Sistema de Coleta de Resíduos Sólidos ................................................... 217 9.4.4 Sistema de Drenagem .............................................................................. 220 10.Divulgação do Plano .................................................................................... 223 10.1 GESTÃO MUNICIPAL DO SANEAMENTO BÁSICO .................................................... 224 10.2 INCLUSÃO SOCIAL ................................................................................................ 224 10.3 INFRAESTRUTURA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE PÚBLICA ........................................ 225 10.4 EDUCAÇÃO SOCIOAMBIENTAL ............................................................................. 225 11.Elaboração de Plano de Contingência ......................................................... 226 11.1 ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO EM CONTINGÊNCIAS ..................................................... 226 12.Elaboração de mecanismos de acompanhamento ........................................ 235 12.1 METODOLOGIA UTILIZADA .................................................................................. 235 12.1.1 Cálculo dos indicadores .......................................................................... 236 12.1.1.1 Indicadores para o Sistema de Abastecimentos de Água ............................... 237 12.1.1.2 Indicadores para o Sistema de Esgotamento Sanitário ................................... 238 12.1.1.3 Indicadores para o Sistema de Limp. Urbana e Manejo de Res. Sólidos........ 239 12.1.1.4 Indicadores para o Sistema de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais ...............................................................................................................240 12.1.2 Avaliação dos indicadores de desempenho ............................................. 241 10 13.Elaboração de Propostas Técnicas .............................................................. 242 13.1 COMPATIBILIZAÇÃO COM A POLÍTICA E O PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS ....................................................................................................................... 242 13.1.1 Hierarquização das Áreas de Intervenção Prioritária ............................ 243 14.ANÁLISES DE ALTERNATIVAS ........................................................... 245 15.ESTRATÉGIAS DE IMPLANTAÇÃO ..................................................... 246 16.CONCLUSÃO ............................................................................................ 247 17.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................... 248 11 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Vista do município de Artur Nogueira – SP. ............................................................ 27 Figura 2: Município de Artur Nogueira nas Bacias PCJ. ......................................................... 28 Figura 3: Localização do município de Artur Nogueira na Bacia PCJ. ................................... 29 Figura 4: Vias de acesso ao município. .................................................................................... 29 Figura 5: Vista da área do Balneário Municipal Guilherme Carlini......................................... 49 Figura 6: Vista – Bairro Ponte de Tábua ou Sertório. .............................................................. 50 Figura 7: Localização da Represa Mariano Batista “Cotrins’. ................................................. 51 Figura 8: Nova Captação – Balneário Municipal Guilherme Carlini. ...................................... 52 Figura 9: Localização da ETA II. ............................................................................................. 77 Figura 10: Adutora - Sistema - represa Mariano Batista “Cotrins”. ......................................... 82 Figura 11: Adutora - Sistema - represa Mariano Batista “Cotrins”. ......................................... 83 Figura 12: Mapa da divisão dos setores de distribuição de água. ............................................. 92 Figura 13: Organograma – SAEAN. ........................................................................................ 94 Figura 14: Localização dos postos de monitoramento do Ribeirão Três Barras .................... 111 Figura 15: Apresentação dos resultados do monitoramento do Ribeirão Três Barras - Média de 2012 e para o período de 2007 a 2011. ................................................................................... 111 Figura 16: Resultados das médias mensal e anual do IQA – 2012 para o Ribeirão Três Barras ................................................................................................................................................ 111 Figura 17: Apresentação da rota entre os municípios............................................................. 123 Figura 18: Localização do Aterro Sanitário no Município de Paulínia. ................................. 124 Figura 19: Vista aérea do Aterro Sanitário de Paulínia. ......................................................... 124 Figura 20: Folder contendo o itinerário de coleta de resíduos do município. ........................ 129 Figura 21: Campanha publicitária de descarte de resíduos. ................................................... 134 Figura 22: Folder informativo da Prefeitura. .......................................................................... 135 Figura 23: Área do Aterro Sanitário (Lixão) – Artur Nogueira. ............................................ 137 Figura 24: Sub-bacias Hidrográficas - Artur Nogueira. ......................................................... 168 Figura 25: Hidrografia do município de Artur Nogueira. ...................................................... 169 Figura 26: Determinação geomorfológica do Município de Artur Nogueira. ........................ 170 Figura 27: Determinação da Geologia de Artur Nogueira. .................................................... 171 Figura 28: Unidade aflorante do município de Artur Nogueira. ............................................ 173 Figura 29: Determinação da Pedologia de Artur Nogueira. ................................................... 174 Figura 30: Mapa de Zoneamento – Artur Nogueira. .............................................................. 183 12 Figura 31: Taxas Geométricas de Crescimento Anual da População. .................................... 186 Figura 32: Vulnerabilidade social........................................................................................... 188 Figura 33: Localização dos assentamentos precários. ............................................................ 190 Figura 34: Vulnerabilidade social do município de Artur Nogueira. ..................................... 191 Figura 35: Cenário I. ............................................................................................................... 201 Figura 36: Cenário II. ............................................................................................................. 202 Figura 37: Cenário III. ............................................................................................................ 203 Figura 38: Simulação da implantação das metas para atingir os objetivos. ........................... 236 LISTA DE TABELAS Tabela 1: População do município. .......................................................................................... 30 Tabela 3: População atendida pelo Sistema de Abastecimento de Água no município. .......... 36 Tabela 4: Captação Subterrânea – Município de Artur Nogueira. ........................................... 37 Tabela 5: Cálculo da Vazão. ..................................................................................................... 38 Tabela 6: Cálculo do Q1 e Q2. ................................................................................................. 40 Tabela 7: Dificuldades apontadas nos setores de tratamento de água. ..................................... 41 Tabela 8: Ligações por categoria. ............................................................................................. 42 Tabela 10: Informações sobre a represa Mariano Batista “Cotrins”. ....................................... 44 Tabela 11: Localização dos poços – Município de Artur Nogueira. ........................................ 52 Tabela 12: Reservatórios – Artur Nogueira. ............................................................................. 54 Tabela 13: Caracterização do sistema existente. ...................................................................... 64 Tabela 14: Volumes outorgados – Artur Nogueira. ................................................................. 66 Tabela 15: Volumes outorgados – Departamento de Águas e Energia Elétrica – Artur Nogueira. .................................................................................................................................. 67 Tabela 16: Volume total de reservação – Superficial e Subterrânea. ....................................... 79 Tabela 17: Tarifa para a água. .................................................................................................. 94 Tabela 18: Custo dos Serviços.................................................................................................. 95 Tabela 19: Ligações e faturamento. .......................................................................................... 97 Tabela 20: Ligações e faturamento. .......................................................................................... 97 Tabela 21: Ligações e faturamento. .......................................................................................... 97 Tabela 22: Projeção de geração de esgoto. ............................................................................. 101 Tabela 23: Estrutura do Sistema de Esgotamento Sanitário de Artur Nogueira. ................... 102 13 Tabela 24: Ligações de esgoto por categoria.......................................................................... 102 Tabela 25: Projeção do número de ligações por categoria. .................................................... 103 Tabela 26: Distribuição percentual das internações por grupo de causas e faixa etária – CID 10 – ano de 2009..................................................................................................................... 113 Tabela 27: Riscos relacionados por contaminação por efluentes. .......................................... 114 Tabela 28: Caracterização do sistema existente. .................................................................... 116 Tabela 29: Custo dos serviços de esgotamento sanitário. ...................................................... 116 Tabela 30: Projeção de demanda futura de geração de resíduos. ........................................... 126 Tabela 31: Resumo das despesas com coleta de resíduos. ..................................................... 136 Tabela 32: Índice Pluviométrico – Artur Nogueira. ............................................................... 150 Tabela 33: intensidades máximas de chuva. ........................................................................... 153 Tabela 34: Valores de CN em função da cobertura superficial do terreno e dos grupos hidrológicos de solos. ............................................................................................................. 154 Tabela 35: Valores da precipitação excedente – Re (mm). .................................................... 155 Tabela 36: Determinação do tempo de pico. .......................................................................... 155 Tabela 37: Fator de Redução do Tempo de Pico de Vazão. ................................................... 156 Tabela 38: Estudo Hidrológico – Bacia do Córrego Cotrins. ................................................. 157 Tabela 39: Estudo Hidrológico – Bacia do Córrego Sítio Novo. ........................................... 158 Tabela 40: Estudo Hidrológico – Bacia do Córrego Boa Vista. ............................................. 159 Tabela 41: Estudo Hidrológico – Bacia do Córrego Três Barras. .......................................... 160 Tabela 42: Resumo das temperaturas médias de Artur Nogueira. ......................................... 172 Tabela 43: Taxa de Crescimento Populacional do Município de Artur Nogueira – SP. ........ 187 Tabela 44: Dados sobre a situação de moradia em assentamentos......................................... 190 Tabela 45: Condições de Vida do Município. ........................................................................ 193 Tabela 46: Emprego e Rendimento do Município.................................................................. 193 Tabela 47: Economia do Município. ...................................................................................... 194 Tabela 48: Estatísticas Vitais e Saúde. ................................................................................... 195 Tabela 49: Unidades de Educação do Município. .................................................................. 196 Tabela 50: Indicadores de educação. ...................................................................................... 197 Tabela 51: Cenários Tendenciais de Abastecimento de Água. .............................................. 199 Tabela 52: Cenários Tendenciais de Cargas Poluidoras. ........................................................ 199 Tabela 53: Valores de Cobertura mínima com sistema de água............................................. 206 Tabela 54: Efluentes coletados. .............................................................................................. 208 Tabela 55: Cobertura mínima com sistema de efluentes. ....................................................... 208 14 Tabela 56: Tratamento de todos os efluentes coletados. ........................................................ 208 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Características do conjunto moto bombas – Elevatória 1. ...................................... 84 Quadro 2: Características do conjunto moto bombas – Elevatória 2. ...................................... 86 Quadro 3: Características do conjunto moto bombas. .............................................................. 87 Quadro 4: Características do conjunto moto bombas – Elevatória 1. ...................................... 89 Quadro 5: Características do conjunto moto bombas – Elevatória 2. ...................................... 90 Quadro 6: Ações para o sistema de abastecimento de água. .................................................. 211 Quadro 7: Ações para o sistema de esgotamento sanitário .................................................... 215 Quadro 8: Ações para o sistema de coleta de resíduos sólido. ............................................... 218 Quadro 9: Ações para o sistema de drenagem. ....................................................................... 220 Quadro 10: Atuação do município em contingência a ocorrências no sistema de abastecimento de água. ................................................................................................................................... 228 Quadro 11: Atuação do município em contingência a ocorrências no sistema de esgotamento sanitário. ................................................................................................................................. 230 Quadro 12: Atuação do município em contingência a ocorrências no sistema de resíduos sólidos. .................................................................................................................................... 232 Quadro 13: Atuação do Município em Contingência a ocorrências no sistema de drenagem urbana. .................................................................................................................................... 234 Quadro 14: Indicadores de qualidade no Sistema de Abastecimento de Água. ..................... 237 Quadro 15: Indicadores de qualidade no Sistema de Esgotamento Sanitário. ....................... 238 Quadro 16: Indicadores de qualidade no Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos. ................................................................................................................................... 239 Quadro 17: Indicadores de qualidade no Sistema de Drenagem Urbana. .............................. 240 Quadro 18: Hierarquização das áreas de intervenção prioritária. ........................................... 244 LISTA DE FOTOS Foto 1: Represa Mariano Batista “Cotrins”. ............................................................................. 45 Foto 2: Represa Mariano Batista “Cotrins’. ............................................................................. 45 Foto 3: Estação para tratamento de água ETA II...................................................................... 55 15 Foto 4: Caixa de chegada de água bruta e dosagem de coagulante. ......................................... 56 Foto 5: Floculador. ................................................................................................................... 56 Foto 7: Etapa de Filtração. ........................................................................................................ 57 Foto 8: Tanque de Desinfecção. ............................................................................................... 58 Foto 9: Laboratório Químico/Jar-Test. ..................................................................................... 58 Foto 10: Retrolavagem do Filtro. ............................................................................................. 59 Foto 11: ETA III. ...................................................................................................................... 59 Foto 13: Tanque de Floculação. ............................................................................................... 60 Foto 15: Descarga de lodo dos decantadores............................................................................ 62 Foto 16: Reaproveitamento de água de retrolavagem. ............................................................. 62 Foto 17: Parte ampliada da ETA III. ........................................................................................ 63 Foto 18: Ponto de Captação – represa Mariano Batista “Cotrins”. .......................................... 73 Foto 19: Elevatória – Captação - represa Mariano Batista “Cotrins”....................................... 74 Foto 20: Bombas – Captação - represa Mariano Batista “Cotrins”. ......................................... 74 Foto 21: Ponto de Captação Poquinha. ..................................................................................... 75 Foto 22: Ponto de Captação Prainha......................................................................................... 75 Foto 23: Sistema de Captação Prainha. .................................................................................... 76 Foto 24: Bomba - Captação Prainha. ........................................................................................ 76 Foto 25: ETA II. ....................................................................................................................... 77 Foto 27: Sistema de reservação Bom Jardim............................................................................ 80 Foto 28: Sistema de reservação Jardim Planalto. ..................................................................... 80 Foto 29: Sistema de reservação Jardim Blumenau. .................................................................. 81 Foto 30: Sistema de reservação Parque das Palmeiras. ............................................................ 81 Foto 31: Elevatória 1. ............................................................................................................... 84 Foto 32: Conjunto Moto bomba – 1 - Elevatória 1................................................................... 85 Foto 33: Conjunto Moto bomba – 2 - Elevatória 1................................................................... 85 Foto 34: Conjunto Moto bomba – 3 - Elevatória 1................................................................... 86 Foto 35: Conjunto Moto bomba – 1 – Elevatória 2. ................................................................. 87 Foto 36: Conjunto Moto bomba – 1 – Sistema Sacilotto/Coração de Criança. ........................ 88 Foto 37: Sistema da ETA III..................................................................................................... 88 Foto 38: Conjunto Moto bomba - Sistema da ETA III – Elevatória 1. .................................... 89 Foto 39: Conjunto Moto bomba - Sistema da ETA III – Elevatória 2. .................................... 90 Foto 40: Local de implantação da ETE Stocco. ..................................................................... 118 Foto 41: Caixa de chegada do efluente na ETE Stocco. Data: 13/12/2013. ........................... 119 16 Foto 42: Local da construção da ETE Três Barras. ................................................................ 119 Foto 46: Imagem dos resíduos dispostos no antigo lixão de Artur Nogueira......................... 137 Foto 47: Resíduos misturados a terra. .................................................................................... 138 Foto 48: Resíduos de construção civil dispostos na área do aterro. ....................................... 138 LISTA DE ANEXOS ANEXO A – ANÁLISES DE ÁGUA DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ANEXO B – CADASTRO DO SISTEMA DE ABASECIMENTO DE ÁGUA ANEXO C – LISTA DE COGERADORES DE RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE ANEXO D – ZONEAMENTO MUNICIPAL DE ARTUR NOGUEIRA 17 APRESENTAÇÃO A MAXIMUS ENVIRONMENTAL tem por objetivo e finalidade planejar, desenvolver, gerenciar, coordenar, executar, promover, incentivar, estimular e apoiar estudos, planos de ações, pesquisas, programas, projetos, obras e serviços de quaisquer naturezas, através de mão de obra especializada, produções, publicações e divulgações técnico-científica e sociocultural, junto a ações relacionadas aos Recursos Hídricos e Meio Ambiente. Visando atender de forma prática e efetiva todas as necessidades vinculadas ao município de Artur Nogueira – SP, a MAXIMUS ENVIRONMENTAL, juntamente com sua equipe técnica, tem como objetivo oferecer o melhor em inovação, tecnologia, desenvolvimento e gerenciamento de projetos e serviços técnicos, contando com uma estrutura operacional sólida, com profissionais altamente especializados e envolvidos diretamente no desenvolvimento de novas tecnologias, aprimoramento em engenharia, em consultoria e em inovações, atendendo de forma absoluta o objetivo dos nossos clientes com qualidade e confiança, através de soluções competitivas voltadas aos setores de Recursos Hídricos e Meio Ambiente. 18 O presente trabalho refere-se à elaboração do PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO CONTENDO DETERMINAÇÕES SOBRE O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL E ESGOTAMENTO SANITÁRIO, LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS DO MUNICÍPIO DE ARTUR NOGUEIRA – SP, objeto firmado entre a empresa MAXIMUS ENVIRONMENTAL e a PREFEITURA MUNICIPAL DE ARTUR NOGUEIRA - SP na data de 12 de agosto de 2013. CONSIDERAÇÕES INICIAIS O presente Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB tem como objetivo a universalização do serviço público de saneamento básico, com serviços e produtos de qualidade. Além do atendimento as demandas estabelecidas pela Legislação específica, são analisados aspectos relevantes do Saneamento Básico e Ambiental, bem como suas estreitas relações com o desenvolvimento urbano. O PMSB aborda as relações apresentando o estado atual da prestação dos serviços de saneamento em seus diversos segmentos, além das perspectivas futuras para a prestação de serviços, abordando a regulação e os aspectos organizacionais. Deve ser destacado, que o PMSB cria uma oportunidade excepcional de elevar a gestão do Saneamento Ambiental no Município de Artur Nogueira – SP a um novo patamar de eficiência e modernidade, à altura do desafio constituído pelos problemas ambientais na cidade. Tal plano abrange os serviços de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário, a limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e a drenagem e manejo das águas pluviais, fazendo proposições a serem apresentadas para discussão pelo município, conforme previsto na Lei Federal Nº 11.445/07 artigo 19, que estabelece as diretrizes a serem seguidas. Os principais estudos e parâmetros utilizados para a elaboração do PMSB para os sistemas de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário foram os diagnósticos operacionais, projetos técnicos existentes, plano de metas de atendimento, índices de qualidade de água distribuída e sistema de perdas. Os sistemas de limpeza e manejo de resíduos sólidos e de drenagem e manejo das águas pluviais foram analisados individualmente, dentro da peculiaridade de cada um dos sistemas. O PMSB será utilizado pelo município para integração no subsídio a Leis, Decretos, Portarias e Normas relativas aos serviços de abastecimento de água, coleta, tratamento e disposição final de esgoto, coleta de resíduos sólidos e drenagem. O setor de saneamento básico talvez nunca tenha ocupado tanto espaço nas esferas nacionais, estaduais e municipais quanto nos últimos anos. Com o aumento da conscientização em torno das exigências nesta área, os custos decorrentes de cuidados específicos, tornam-se cada vez mais viáveis e justificáveis, além dos aspectos econômicos e 19 ambientais que envolvem esses cuidados, devem ser levados em consideração os aspectos legais que norteiam as práticas ambientais das atividades do setor produtivo quanto às suas responsabilidades civis e criminais (Lei Federal 9.605/1998 – Crimes Ambientais). O Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB, longe de pretender ser um exaustivo plano de ações de cada disciplina, visa priorizar diretrizes e estratégias elaboradas, que nortearão a necessária elaboração dos imprescindíveis detalhamentos afins. Além disso, dada a natureza integradora deste plano, como se descreve adiante, é necessário considerar as políticas, programas e ações específicos já definidos pelo próprio município e assim, com base no cenário atual do sistema de saneamento, serão traçadas metas a serem atingidas no período de 30 anos. Este Plano Municipal de Saneamento Básico está sendo desenvolvido com escopo de 30 anos, e deverá após a sua conclusão e aprovação, ser revisto periodicamente, em prazo não superior a quatro anos. 20 I. JUSTIFICATIVA Os grandes problemas ambientais e o consequente aumento da conscientização em torno das exigências nesta área têm levado o setor público a empreender maiores cuidados referente a diagnósticos ambientais e desenvolvimento de sistemas de implementações de projeto, visando a plena recuperação ambiental e a qualidade dos corpos d’água regionais. Tais cuidados são relacionados às informações técnicas utilizadas como base para tomada de decisões, através de diagnósticos, metas, indicadores de qualidade e planos de contingências. Os custos decorrentes destes cuidados, desde que bem aplicados, tornam cada vez mais viáveis e justificáveis o aprimoramento dos processos e minimização de investimentos desnecessários, visando maximizar atribuições de elevada importância e retorno ao setor. Além dos aspectos econômicos e ambientais que envolvem esses cuidados, devem ser levados em conta os aspectos legais que norteiam as práticas ambientais quanto às suas responsabilidades civis e criminais. Acredita-se que através do desenvolvimento de estudos ambientais, diagnósticos e desenvolvimento de um sistema de dados, será possível implementar projetos voltados ao planejamento estratégico, o qual fará com que o município esteja preparado para enfrentar novos cenários frente ao crescimento demográfico. Assim, o presente relatório apresenta o diagnóstico e as proposições e metas, seguindo o desenvolvimento do escopo contratado frente a elaboração do PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DO MUNICÍPO DE ARTUR NOGUEIRA-SP. 21 II. OBJETIVO O objetivo deste relatório é apresentar o diagnóstico e prognósticos, seguidos de proposições e metas, conforme o escopo de produtos contratados frente aos serviços técnicos na área de engenharia, voltado no desenvolvimento do Plano Municipal de Saneamento Básico, contendo demais informações sobre os sistemas de saneamento do Município de Artur Nogueira. O PMSB do Município de Artur Nogueira contém a definição dos objetivos e metas de curto, médio e longo prazo para a universalização do acesso da população aos serviços de saneamento, bem como os programas, projetos e ações necessárias para seu atendimento, nos termos da Lei 11.445/2007 - Lei do Saneamento. Desta forma, a sua apresentação continua sendo em 05 módulos principais, sendo: Módulo I: Considerações Gerais; Módulo II: Abastecimento de Água Potável; Módulo III: Esgotamento Sanitário; Módulo IV: Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos; Módulo V: Drenagem e Manejo das Águas Pluviais. 22 III. REFERÊNCIAS Para a elaboração deste Plano Municipal de Saneamento Básico, foram consultadas outras bases de dados e informações, a saber: História (Prefeitura Municipal de Artur Nogueira); Território e População (Fundação SEADE); Estatísticas Vitais e Saúde (Fundação SEADE); Condições de Vida (Fundação SEADE); Habitação e Infra Estrutura Urbana (Fundação SEADE); Emprego e Rendimento (Fundação SEADE); Economia (Fundação SEADE); Indicadores de Saúde (Fundação SEADE); Taxa de Mortalidade Infantil (Fundação SEADE). 23 IV. METODOLOGIA A metodologia utilizada partiu do levantamento de dados cadastrais junto às secretarias e da autarquia responsável pelos sistemas de água e esgoto do município de Artur Nogueira – SP, sendo realizadas reuniões técnicas com a equipe da Prefeitura Municipal, além da realização de pesquisas e levantamentos de campo, visando à atualização de informações e dados associados à discussão de propostas e de resultados obtidos ao longo do desenvolvimento do trabalho. O PMSB contempla, numa perspectiva integrada, a avaliação quali-quantitativa dos recursos hídricos e o licenciamento ambiental das atividades específicas (água, esgoto, resíduos sólidos, drenagem, entre outros), ações locais de abastecimento de água, disposição final dos resíduos sólidos, manejo dos resíduos sólidos urbanos e águas pluviais, considerando, além da sustentabilidade ambiental, a sustentabilidade administrativa, financeira e operacional dos serviços e a utilização de tecnologias apropriadas. Dessa forma, a partir do conjunto de elementos levantados, foi possível criar um plano de ações e metas a serem cumpridas durante o período de 30 anos, visando posteriormente submetê-las à apreciação da sociedade civil. É importante destacar que se prevê a continuidade, avaliação e complementação permanente do presente PMSB, na medida em que este é concebido como processo de planejamento e não como um documento que se finaliza nos limites de um relatório conclusivo. Toda metodologia utilizada bem como parâmetros e diretrizes para o estudo e roteiro específico para apresentação de material cartográfico foram preconizadas junto às normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 24 MÓDULO I – CONSIDERAÇÕES GERAIS 1. ABRANGÊNCIA 1.1 Introdução Histórica do Município de Artur Nogueira O território do município de Artur Nogueira pertenceu, até o começo deste século, às tradicionais famílias paulistas. Já a efetiva colonização da Região do Funil deu-se com a criação do núcleo colonial Campos Sales, atual município de Cosmópolis, promovido pelo Coronel José de Sales Leme, que também iniciou a implantação da Ferrovia Carril Agrícola Funilense. Muitos povoadores iniciaram fazendas anexas ao núcleo, povoando o vasto território. Constituiu parte deste território, a partir de 22 de Agosto de 1904, com a doação, ao Governo Estadual, pela empresa Artur Nogueira & Cia., proprietária da Usina Ester, produtora de açúcar, uma gleba de terras anexas ao Núcleo Campos Sales, formando a Seção Artur Nogueira. O município antes chamado de “Lagoa Seca” recebeu a ferrovia no ano de 1907, sendo a estação construída próxima ao armazém de Francisco Cabrino. A povoação nasceu em torno desta, sendo impulsionada por José Sanseverino, Júlio Caetano, João Pulz, Henrique Steckelberg e as famílias Andrade e Mauro. O rápido desenvolvimento foi ainda favorecido pelas intensas imigrações italianas, alemãs, e espanholas, que formaram minifúndios dedicados à cafeicultura, produto que predominava no norte paulista, mais tarde substituído em parte por arroz e algodão. Pela Lei nº 1.542, de 30 de dezembro de 1916, foi criado o Distrito de Paz, subordinado à Comarca de Mogi Mirim. A Instalação do Cartório deu-se no ano seguinte, a 18 de outubro de 1917, com a presença do Dr. Artur Cesar C. Whitacker juiz da Comarca de Mogi Mirim, tendo sido o senhor João Quintino de Brito o primeiro Oficial de Cartório e o senhor Henrique Steckelberg o primeiro juiz de paz. Data também de 1916 o início da construção da primeira capela, tendo o Cônego Nora, de Mogi Mirim, dado a bênção à pedra fundamental do referido templo. Trabalharam nessa obra Daniel da Cruz Andrade, João da Cruz, João Pulz, Manoel Fernandes, José Sanseverino, 25 Octávio Miranda e outros. A Paróquia foi criada em 25 de novembro de 1934, sob a invocação de Nossa Senhora das Dores e, em 5 de janeiro de 1935, recebeu seu primeiro vigário, o Padre Cecílio Cury. Nessa época predominavam os elementos estrangeiros no povo do então Distrito, os quais, cultivando a terra e criando gado, iam, aos poucos, adquirindo as terras dos primitivos donos em pequenas glebas, acabando-se, assim, os grandes latifúndios. Depois, com a valorização do café, formaram-se nessas glebas grandes cafezais. A crise do café, ocorrida em 1929 e com os seus reflexos mais agudos em 1930, não deixou de repercutir no progresso do Distrito, o qual permaneceu estacionado até 1937, quando foi inaugurada a iluminação pública e domiciliária, sendo a Companhia de Força e Luz de Mogi Mirim a encarregada do serviço. Em 1938, pelo Dr. Adhemar de Barros, houve a retificação de divisas entre os Distritos de Artur Nogueira e Cosmópolis, este pertencente à Comarca de Campinas, ficando para o primeiro o Bairro Floriano Peixoto, vizinho do bairro Vila, causando sérios problemas à sua administração. Com essa retificação, o território do Distrito ganhou considerável área de terras. Em 1948, teve início o movimento para a emancipação do Distrito, com assinaturas em listas de todos os habitantes da Vila e povoados, que desejassem a emancipação. Sendo estas em grande número, foi requerido o plebiscito, o qual deu a vitória à emancipação. Para tratar de tão importante assunto, foi nomeada uma comissão encabeçada pelos senhores Raul Grosso, Elysio Quinteiro, Rodopho Rossetti, Humberto Rossetti, José Amaro Rodrigues Filho, Reynaldo Germano Stein, Severino Tagliari, Atilio Arrivabene, Jacob Stein, Santiago Calvo e Roberto do Amaral Green, a qual obteve da Assembleia Legislativa do Estado o parecer favorável à criação do município. Pela Lei nº 233, de 24 de dezembro de 1948, foi criado o município de Artur Nogueira, sendo que a eleição acusou a vitória do senhor Severino Tagliari para o primeiro prefeito, empossado no cargo a 10 de abril de 1949. Supõe-se que a origem do nome deste município de ”Artur Nogueira” esteja relacionada ao fato de que, à época, o senhor Artur Nogueira seria membro de uma família radicada no vizinho município de Cosmópolis, a família Nogueira, proprietária de uma vasta extensão de terras, no território deste então Distrito. Calcula-se que aquelas terras teriam sido mais exploradas e cultivadas pelos moradores desta localidade do que membros da família Nogueira, que não se opunham a isso. 26 Estima-se assim, que os moradores desta localidade já tinham como sua tais terras e que a família Nogueira aceitava essa situação como fato consumado, premiando aqueles que realmente bem aproveitavam as terras. Julga-se que isto teria estimulado a família Nogueira a doar essas terras ao Estado, que, por sua vez, manteve-as no território do Distrito de Artur Nogueira, conferindo-lhe assim o nome, dada a influência que referido clã exercia na época. Segue abaixo a Figura 1 com a vista do município de Artur Nogueira nos dias de hoje. 27 Figura 1: Vista do município de Artur Nogueira – SP. Fonte: Prefeitura Municipal de Artur Nogueira. 1.2 Bacias PCJ O município de Artur Nogueira pertence a UGRHI 05, segundo a divisão territorial hídrico-hidrográfica adotada pelo Estado de São Paulo, pela Lei Estadual nº 9.034, de 27 de dezembro de1994, a qual constituiu as Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHIs). A área de abrangência dos estudos compreende a porção territorial pertencente às Bacias PCJ. Situa-se entre os meridianos 46° e 49° O e latitudes 22° e 23,5° S, apresentando extensão aproximada de 300 km no sentido Leste- Oeste e 100 km no sentido Norte-Sul. A UGRHI-5 (porção paulista das Bacias PCJ) faz divisa ao norte com a UGRHI-9 (Mogi Guaçu), a leste com MG, a sudeste com a UGRHI-2 (Paraíba do Sul), ao sul com a UGRHI-6 (Alto Tietê), a oeste/sudoeste com a UGRHI-10 (Sorocaba - Médio Tietê) e a noroeste com a UGRHI-13 (Tietê - Jacareí). A Figura 2 a seguir demonstra a localização de Artur Nogueira dentro da Bacia PCJ. Figura 2: Município de Artur Nogueira nas Bacias PCJ. Fonte: Plano das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí 2010-2020. 1.3 Características da Área de Estudo – Artur Nogueira – SP 1.1.1. O Município O município de Artur Nogueira– SP está localizado entre a latitude 22°34’2’’ Sul e a longitude 47°10’21’’ Oeste, a 588 metros de altitude. É um município brasileiro do Estado de São Paulo, localizado na Região Metropolitana de Campinas. A distância de Artur Nogueira a São Paulo é de 150 km e da cidade de Campinas, 50 km. Possui uma extensão territorial total de 178,026 km², com densidade demográfica de 263,48 hab./km². As cidades limítrofes ao município, de acordo com o mapa representado pela Figura 3 abaixo são Engenheiro Coelho, Limeira, Cosmópolis, Holambra e Mogi Mirim. 28 Figura 3: Localização do município de Artur Nogueira na Bacia PCJ. Fonte: Relatório de Situação 2007-2006. 1.1.2. Vias de acesso Apresenta proximidade com as principais vias de acesso do Estado de São Paulo, como a Anhanguera e a Bandeirantes. As principais vias de acesso direto ao município são as rodovias: SP-332 (Rodovia Zeferino Vaz) e SP-107 (Rodovia Pref. Aziz Lian), que liga Artur Nogueira à SP-340 (Rodovia Dr. Gov. Adhemar Pereira de Barros), como mostra a Figura 4 a seguir. Possui três estradas vicinais pavimentadas, recém recapeadas, em boas condições de tráfego: Artur Nogueira – Limeira, Artur Nogueira – Mogi Mirim e Artur Nogueira – Cosmópolis. Figura 4: Vias de acesso ao município. Fonte: Google Maps, 2013. 29 1.1.3. Demografia A demografia de Artur Nogueira apresenta-se descrita na Tabela 1 abaixo: Tabela 1: População do município. Indicadores Ano Município População 2013 46.907 Densidade demográfica (Habitantes/km²) Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População - 2000/2010 (% a.a.) Grau de Urbanização (%) 2013 263,48 2013 2,95 2013 90,54 Índice de Envelhecimento (%) 2013 50,32 Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE, 2013. 1.1.4. Projeção Populacional A projeção de demanda futura foi baseada no estudo de crescimento populacional para 30 anos, considerando: Taxa de crescimento populacional: dados do SEADE, extrapolados ano a ano (Item 1.1.4.1.). 1.1.4.1. Grau de urbanização: dados do SEADE – 90,5%. Taxa de crescimento da população do município de Artur Nogueira A taxa de crescimento populacional corresponde ao percentual de incremento médio anual da população residente em determinado espaço geográfico, no período considerado. O valor da taxa refere-se à média anual obtida para um período de anos compreendido entre dois momentos, em geral correspondentes aos censos demográficos. A mesma indica o ritmo de crescimento populacional, sendo influenciada pela dinâmica da natalidade, da mortalidade e das migrações. As estimativas de crescimento da população do município foram realizadas pelo método geométrico. Em termos técnicos, para se obter a taxa de crescimento (r), subtrai-se 1 da raiz enésima do quociente entre a população final (Pt) e a população no começo do período considerado (P0), multiplicando-se o resultado por 100, sendo "n" igual ao número de anos no período, conforme mostra a Equação 1 abaixo: 30 TCP = Equação 1: Cálculo da Taxa de Crescimento. Onde: TCP = Taxa de Crescimento Populacional n = número de anos; Pt = População Final ; Po = População Inicial (2000 - IBGE). A Tabela 2 apresenta a projeção de crescimento da população de Artur Nogueira para o período estabelecido para implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB, 30 anos. 1.1.5. Projeções de demanda Conforme citado no parágrafo anterior, a Tabela a seguir apresenta os valores das projeções populacionais utilizadas no horizonte do projeto, sendo essa projeção também usada para a projeção do consumo de água, geração de efluentes e geração de resíduos sólidos. 31 Ano 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 2040 2041 2042 2043 População total 44.071 44.997 45.942 46.907 47.893 48.899 49.620 50.351 51.092 51.846 52.609 53.224 53.846 54.476 55.113 55.757 56.255 56.758 57.266 57.778 58.294 58.815 59.341 59.871 60.406 60.946 61.491 62.041 62.595 63.155 63.720 64.289 64.864 65.444 Tabela 2: Projeção da População. Taxa de Grau de Crescimento Urbanização 2,10% 90,5 2,10% 90,5 2,10% 90,5 2,10% 90,5 2,10% 90,5 2,10% 90,5 1,47% 90,5 1,47% 90,5 1,47% 90,5 1,48% 90,5 1,47% 90,5 1,17% 90,5 1,17% 90,5 1,17% 90,5 1,17% 90,5 1,17% 90,5 0,89% 90,5 0,89% 90,5 0,89% 90,5 0,89% 90,5 0,89% 90,5 0,89% 90,5 0,89% 90,5 0,89% 90,5 0,89% 90,5 0,89% 90,5 0,89% 90,5 0,89% 90,5 0,89% 90,5 0,89% 90,5 0,89% 90,5 0,89% 90,5 0,89% 90,5 0,89% 90,5 Fonte: Maximus Environmental, 2013. População Urbana 39.884 40.722 41.578 42.451 43.343 44.254 44.906 45.568 46.238 46.921 47.611 48.168 48.731 49.301 49.877 50.460 50.911 51.366 51.825 52.289 52.756 53.228 53.703 54.184 54.668 55.157 55.650 56.147 56.649 57.155 57.666 58.182 58.702 59.226 População Rural 4.187 4.275 4.364 4.456 4.550 4.645 4.714 4.783 4.854 4.925 4.998 5.056 5.115 5.175 5.236 5.297 5.344 5.392 5.441 5.489 5.538 5.587 5.638 5.687 5.738 5.789 5.841 5.894 5.946 6.000 6.054 6.107 6.162 6.218 1.1.6. Hidrografia O município faz parte da Bacia Hidrográfica do rio Piracicaba, integrante do Consórcio PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí), UGRHI 05. Artur Nogueira está localizado na sub-bacia do Rio Jaguari. Os principais cursos d'água são: Ribeirão Três Barras, Ribeirão Piratingui, Córrego Cotrins, Córrego dos Amarais, Córrego Sítio Novo e Ribeirão Boa Vista (Poquinha). 32 2. ATIVIDADES O desenvolvimento do Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB de Artur Nogueira segue as seguintes diretrizes: Descrição e Diagnóstico do Sistema de Saneamento Atual; Compilação de Dados do Meio Físico, Biológico e Sócio- Econômico; Identificação dos agentes locais envolvidos direta e indiretamente com o saneamento ambiental; Realização de visitas técnicas e entrevistas para complementação de dados; Determinação de Projeções e Demandas do Sistema de Saneamento; Elaboração de Plano de Contingência; Elaboração de Mecanismos de Acompanhamento; Elaboração de Propostas Técnicas; Análises de Alternativas; Estratégias de Implantação. 33 3. DEFINIÇÕES DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO 3.1 Abastecimento de Água Potável Um Sistema de Abastecimento de Água é projetado para atender pequenos povoados ou grandes cidades e caracteriza-se pela captação da água da natureza, adequação de sua qualidade, e distribuição, em quantidade e qualidade compatíveis com as necessidades da população e em conformidade com parâmetros estabelecidos em normas relativas à sua potabilidade, visando sempre atender as necessidades humanas, para a proteção à saúde e ao desenvolvimento econômico. Todo o Sistema de Abastecimento de Água do município de Artur Nogueira é administrado pela autarquia pública de nome Serviço de Abastecimento de Água e Esgoto de Artur Nogueira - SAEAN. 3.2 Esgotamento Sanitário 34 O esgoto sanitário, segundo definição da norma brasileira NBR 9.648 (ABNT, 1986) é o "despejo líquido constituído de esgotos doméstico e industrial, água de infiltração e a contribuição pluvial parasitária". Os sistemas de esgotamento sanitário foram construídos com o intuito de coletar, afastar e tratar esgotos produzidos pela população de uma cidade, visando a redução da incidência de doenças de vinculação hídrica, bem como contaminação do solo e recursos hídricos, visando salubridade ambiental da população. O responsável por administrar o Sistema de coleta e tratamento de esgotos do município é a autarquia pública de nome Serviço de Abastecimento de Água e Esgoto de Artur Nogueira - SAEAN. 3.3 Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos O serviço público de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos compreende a coleta, remoção e o transporte dos resíduos sólidos domiciliares, a varrição e limpeza de vias e logradouros públicos, a remoção e transporte de resíduos oriundos das atividades de limpeza; a remoção de resíduos volumosos e de entulhos lançados em vias e logradouros públicos, a prestação de serviços de operação e manutenção dos sistemas de transferência de resíduos sólidos urbanos e das unidades de triagem e compostagem, incluindo a transferência dos rejeitos gerados nessas unidades para destino final disposto de forma correta, utilizando aterros sanitários em conformidade com a legislação ambiental (ADASA, 2013). O Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos do município são de responsabilidade da própria Prefeitura Municipal, que através do CONSAB, coleta os resíduos e posteriormente os encaminha para um aterro sanitário particular localizado em Paulínia. 3.4 Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas Os sistemas de drenagem são classificados de acordo com suas dimensões, em sistemas de microdrenagem, também denominados de sistemas iniciais de drenagem, e de macrodrenagem. A microdrenagem inclui a coleta e afastamento das águas pluviais através de pequenas e médias galerias. A macrodrenagem inclui, além da microdrenagem, as galerias de grande porte (D > 1,5m) e os corpos receptores tais como canais e rios canalizados. Os sistemas de drenagem urbana são sistemas preventivos de inundações, principalmente em áreas mais baixas das localidades sujeitas a alagamentos ou marginais de cursos naturais de água. Quando um sistema de drenagem não é considerado desde o início da formação do planejamento urbano, é bastante provável que esse sistema revele-se deficiente. O Sistema de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas também é de responsabilidade da prefeitura, no município de Artur Nogueira. Maiores detalhes a respeito dos três sistemas descritos a cima serão apresentados no decorrer do presente Plano Municipal de Saneamento Básico de Artur Nogueira, com as devidas particularidades, ilustrações, fotos e também mapas. 35 MÓDULO II – SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 4. DESCRIÇÃO E DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE SANEAMENTO ATUAL 4.1 Diagnóstico dos principais componentes dos Sistemas de Tratamento e Abastecimento de Água O Sistema de Abastecimento de Água de Artur Nogueira é, atualmente, administrado pela autarquia Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN, sendo composto por 02 (dois) sistemas de captação de águas superficiais e 05 (cinco) poços para a captação de água subterrânea. O nível de atendimento de água tratada é de 100%, considerando sua porção urbana. Agregando sua porção rural, bem como algumas áreas irregulares na porção urbana o nível de atendimento é de 90,5% (SNIS, 2011). 36 A seguir serão descritos todos os sistemas de captação de água do município. 4.1.1 População abastecida e demanda atual O município possui nível de atendimento de água para 90,5% da população, ou seja, atende aproximadamente 42.451 habitantes, conforme mostra a Tabela 3 abaixo. Tabela 3: População atendida pelo Sistema de Abastecimento de Água no município. POPULAÇÃO TOTALDO MUNICÍPIO 46.907 ATENDIMENTO (%) 90,5 POPULAÇÃO ATENDIDA 42.451 Fonte: Prefeitura Municipal de Artur Nogueira, 2013. A Estação de Tratamento de Água - ETA II tem a capacidade de produção de 100 l/s, representando 61,86% da produção de água potável. A Estação de Tratamento de Água - ETA III contava com uma vazão de 25 l/s, e em razão de investimentos com ampliação, passou para 50 l/s ou 180 m³/h, representando 30,93% da produção de água potável. Os poços de captação de água subterrânea possuem as seguintes vazões, conforme apresentado na Tabela 4. Tabela 4: Captação Subterrânea – Município de Artur Nogueira. SISTEMA VAZÃO m³/h HORAS /DIA DE OPERAÇÃO Jd. Leonor Bom Jardim Jd. Planalto Jd. Blumenau Jardim Arrivabene Pq. Palmeiras 10,00 12,00 9,00 8,00 25,00 3,00 20 20 20 20 20 Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN, 2013. 4.1.2 Projeção de demanda futura baseada nos estudos de crescimento populacional O cálculo da demanda futura para o consumo de água baseado no estudo de crescimento da população está descrito na Tabela 5 abaixo, o qual engloba a porcentagem de perdas, já estabelecendo um cenário visando a redução dessas perdas, os cálculos de Vazão em dia de maior consumo e Vazão em hora de maior consumo. 37 Para essa projeção considerou-se o consumo médio per capta de 154,9 l/hab./dia, conforme dados apresentados no Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto - SNIS, 2011. Considerando uma população atendida na ordem de 42.451 habitantes, e ainda que possua 149.000 metros de redes, chega-se a uma extensão per capita de rede de abastecimento de água na ordem de 3,51 m/hab. A demanda média per capita referente à relação entre o total de água disponibilizada na rede para distribuição e a população abastecida é mais difícil de calcular que o consumo médio devido à falta de macromedição sistematizada e contínua. Quanto ao índice de perdas, atualmente o percentual médio apresenta-se na ordem de 43,5 % (SNIS 2011), onde a Tabela 5 apresenta sua projeção visando diminuir esse valor no decorrer dos anos, visando atingir o índice de 30% de perdas. O sistema não apresenta setorização específica, contemplando o controle de vazão e pressão. Tabela 5: Cálculo da Vazão. Estimativa Populacional Ano 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 2040 2041 2042 2043 Consumo Per Capta Necessidade de atendimento com Perdas População % (L/hab./dia) (m³/h) atendida atendimento 42.451 43.343 44.254 44.906 45.568 46.238 46.921 47.611 48.168 48.731 49.301 49.877 50.460 50.911 51.366 51.825 52.289 52.756 53.228 53.703 54.184 54.668 55.157 55.650 56.147 56.649 57.155 57.666 58.182 58.702 59.226 90,50% 90,50% 90,50% 90,50% 90,50% 90,50% 92,00% 92,00% 92,00% 92,00% 92,00% 94,00% 94,00% 94,00% 94,00% 94,00% 94,00% 96,00% 96,00% 96,00% 96,00% 96,00% 96,00% 98,00% 98,00% 98,00% 98,00% 98,00% 98,00% 98,00% 98,00% 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 274 280 286 290 294 298 303 307 311 315 318 322 326 329 332 334 337 340 344 347 350 353 356 359 362 366 369 372 376 379 382 % Perdas Vazão (m³/h) 43,50% 43,50% 43,50% 43,50% 40,00% 40,00% 40,00% 37,00% 37,00% 37,00% 37,00% 35,00% 35,00% 35,00% 32,00% 32,00% 32,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 485 495 506 513 490 497 505 488 493 499 505 495 501 506 488 492 496 486 491 495 500 504 509 513 518 522 527 532 536 541 546 Fonte: Maximus Environmental, 2013. Através de cálculos propostos no Manual de Hidráulica (Azevedo Netto, 1998) foi possível dimensionar os valores das vazões dos dias de maior consumo - k1(adotado: 1,2) e as vazões dos dias de maior consumo e na hora de maior demanda – K (adotado 1,5), para um período de 30 anos. 38 Para a elaboração da Tabela 6 abaixo foram utilizados os seguintes cálculos propostos por Azevedo Netto: Cálculo da vazão média anual: Q(l / s) Pxq 3600 xh Equação 2: Cálculo da vazão média anual. Sendo, Q média = vazão média anual (l/s); P= população a ser abastecida considerada no projeto (habitantes); q= taxa de consumo per capita em l/hab. por dia; h= número de horas de funcionamento do sistema ou da unidade a ser considerada. Cálculo da vazão dos dias de maior consumo: Q1 Pxqxk 1 Qxk1 3600 xh Equação 3: Cálculo da vazão dos dias de maior consumo. 39 Sendo, Q1= vazão dos dias de maior consumo (l/s); K1= coeficiente do dia de maior consumo - 1,2. Cálculo da vazão dos dias de maior consumo e na hora de maior demanda: Q2 PxqxK 3600 xh Equação 4: Cálculo da vazão dos dias de maior consumo e na hora de maior demanda. Sendo, Q2 = vazão dos dias de maior consumo e na hora de maior demanda; K = k1 x k2 = coeficiente de reforço; K2 adotado: 1,5. Com os cálculos acima mencionados foi possível calcular a vazão dos dias de maior consumo e a vazão dos dias de menor consumo e a hora de maior demanda, proporcionando assim, dados para uma análise mais confiável do sistema de abastecimento de água do referido município, onde se faz possível avaliar se o mesmo comporta ou não o consumo apresentado no horizonte de projeto, ou seja, 30 anos. Na projeção apresentada na Tabela 6 os valores de Q1 e Q2 já incluem o índice de perdas apresentado pelo sistema de abastecimento de água do município de Artur Nogueira. Vide Tabela 6 a seguir. Tabela 6: Cálculo do Q1 e Q2. Ano Projeção da População atendida Atendimen to de Água (%) (L/hab./dia) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 2040 2041 2042 2043 42.451 43.343 44.254 44.906 45.568 46.238 46.921 47.611 48.168 48.731 49.301 49.877 50.460 50.911 51.366 51.825 52.289 52.756 53.228 53.703 54.184 54.668 55.157 55.650 56.147 56.649 57.155 57.666 58.182 58.702 59.226 90,50% 90,50% 90,50% 90,50% 90,50% 90,50% 92,00% 92,00% 92,00% 92,00% 92,00% 94,00% 94,00% 94,00% 94,00% 94,00% 94,00% 96,00% 96,00% 96,00% 96,00% 96,00% 96,00% 98,00% 98,00% 98,00% 98,00% 98,00% 98,00% 98,00% 98,00% 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 154,9 (m³/hora) Vazão Média (L/s) Vazão dos dias de maior consumo - Q1 Vazão dos dias de maior consumo e na hora de maior demanda – Q2 % Perdas 274 280 286 290 294 298 303 307 311 315 318 322 326 329 332 334 337 340 344 347 350 353 356 359 362 366 369 372 376 379 382 76 78 79 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 95 96 97 98 99 100 101 102 102 103 104 105 106 161,64 165,04 168,51 170,99 163,39 165,79 168,24 162,59 164,49 166,41 168,36 165,08 167,01 168,51 162,51 163,96 165,43 162,14 163,59 165,05 166,53 168,02 169,52 171,04 172,56 174,11 175,66 177,23 178,82 180,42 182,03 242,47 247,56 252,76 256,49 245,09 248,69 252,36 243,88 246,73 249,62 252,54 247,63 250,52 252,76 243,77 245,95 248,15 243,21 245,39 247,58 249,79 252,03 254,28 256,55 258,84 261,16 263,49 265,85 268,23 270,62 273,04 43,50% 43,50% 43,50% 43,50% 40,00% 40,00% 40,00% 37,00% 37,00% 37,00% 37,00% 35,00% 35,00% 35,00% 32,00% 32,00% 32,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% Fonte: Maximus Environmental, 2013. De acordo com os dados apresentados acima, somando-se toda a capacidade de produção de água tratada (produção das ETAs e captações subterrâneas) tem-se que o valor 40 total de 582m³/h, ou seja, 161,67 l/s, sem considerar no cálculo o poço Arrivabene (o qual ainda não possui outorga) e o poço Viveiro (ainda em fase de testes). Se forem considerados os momentos de pico de consumo, representados por Q1 e Q2, descritos na Tabela 6, conclui-se que o sistema de abastecimento supre o consumo no ano de 2013 no dia de maior consumo, podendo haver falta de água nos dias de maior consumo e hora de maior demanda, havendo a necessidade, em caráter de urgência, de se analisar novas fontes de captação de água para abastecimento público, caso as perdas não sejam reduzidas imediatamente. Para o ano de 2043, considerando-se que as mesmas fontes produtoras de água tratada mantenham os mesmos volumes outorgados de captação, incluindo-se problemas operacionais e até mesmo a redução das perdas para 30%, o sistema já estará em colapso. 4.1.3 Déficit de atendimento – fatores determinantes, causas, consequências Há diversos fatores dentro de um sistema de abastecimento que determinam uma boa sincronia de todos os processos envolvidos no abastecimento de água, desde a captação e tratamento, passando pela reservação até as redes e ramais de distribuição e fornecimento ao consumidor final. Os fatores determinantes do déficit no atendimento poderão ser gerados por diversos problemas em peças e equipamentos, tubulações, interrupções por falta de energia, vazamentos, excesso de demanda, entre outros. Atualmente, segundo informações do SAEAN, o município apresenta os seguintes déficits frente ao sistema de abastecimento de água como um todo, como demonstra a Tabela 7 seguinte. Tabela 7: Dificuldades apontadas nos setores de tratamento de água. FASE DO TRATAMENTO ADUTORA DE ÁGUA BRUTA ADUTORA DE ÁGUA TRATADA REDE DE DISTRIBUIÇÃO PRINCIPAIS DIFICULDADES -Corrosão e/ou incrustação das tubulações; - Perdas físicas; - Incrustações nas tubulações; -Rede de distribuição não setorizada; -Falta de água em algumas regiões, devido estiagem; -Perdas físicas. Fonte: Prefeitura Municipal de Artur Nogueira – SP, 2014. 41 Com relação à projeção futura de abastecimento de água para o município considerouse a porção urbana da população, mantendo fora desse calculo a população rural, pois, considerando a inclusão desses na distribuição, seria necessário construir novos reservatórios, prolongar a adução e a rede de distribuição, e aumentar consideravelmente a pressão interna do sistema. Consequentemente, isso causaria um aumento no índice de perdas hídricas do sistema e criaria maior necessidade de manutenções, aumentando o custo da distribuição para toda a população. Dessa forma, a utilização de soluções unitárias, ou soluções conjuntas para pequenos grupos de propriedades rurais, é justificável e indicado para o município. 4.1.4 Número de ligações e de economias abastecidas – atuais e projeções futuras Segundo dados fornecidos pelo SAEAN de Artur Nogueira, por intermédio de questionário aplicado, pode-se resumir a quantidade de ligações por categorias existentes na cidade, de acordo com a Tabela 8 a seguir. 42 Tabela 8: Ligações por categoria. Quantidade de Ligações por Categoria Categoria Com hidrômetro Sem hidrômetro Consumo Médio Medido (m³/mês) Residencial Comercial Industrial Pública 13.028 647 30 115 31 6 0 17 215.379 7.350 1.922 1.049 Cosumo Médio Faturado (m³/mês) 214.277 11.148 2.498 2.508 Arrecadação Média (R$/mês) 544.029,25 Fonte: Prefeitura Municipal de Artur Nogueira, 2014. De acordo com as projeções populacionais, pode-se estimar a taxa de crescimento do município em um horizonte de 30 anos. Com base neste crescimento torna-se possível o cálculo de projeção futura do número de ligações por categoria no município, como descrito na Tabela 9 abaixo. Tabela 9: Projeção do número de ligações por categoria. Ano População Número de ligações Ligações por Categoria 2013 42.451 13.874 Residencial 13.079 Comercial 650 Industrial 30 Pública 115 2014 43.343 14.166 13.354 663 31 118 2015 44.254 14.463 13.634 677 31 120 2016 44.906 14.676 13.835 687 32 122 2017 45.568 14.893 14.039 697 32 124 2018 46.238 15.112 14.246 707 33 126 2019 46.921 15.335 14.456 718 33 128 2020 47.611 15.561 14.669 728 34 129 2021 48.168 15.742 14.840 737 34 131 2022 48.731 15.926 15.014 746 35 133 2023 49.301 16.113 15.189 754 35 134 2024 49.877 16.301 15.367 763 35 136 2025 50.460 16.492 15.547 772 36 137 2026 50.911 16.639 15.685 779 36 138 2027 51.366 16.788 15.826 786 36 140 2028 51.825 16.938 15.967 793 37 141 2029 52.289 17.089 16.110 800 37 142 2030 52.756 17.242 16.254 807 37 143 2031 53.228 17.396 16.399 814 38 145 2032 53.703 17.552 16.546 822 38 146 2033 54.184 17.709 16.694 829 38 147 2034 54.668 17.867 16.843 836 39 149 2035 55.157 18.027 16.993 844 39 150 2036 55.650 18.188 17.145 851 39 151 2037 56.147 18.350 17.299 859 40 153 2038 56.649 18.514 17.453 867 40 154 2039 57.155 18.680 17.609 875 41 155 2040 57.666 18.847 17.767 882 41 157 2041 58.182 19.015 17.926 890 41 158 2042 2043 58.702 59.226 19.185 19.357 18.086 18.247 898 906 42 42 160 161 Fonte: Maximus Environmental, 2013. 43 4.1.5 Estudo dos mananciais utilizados, objetivando: características, localização, capacidade atual e futura, capacidade limite, condicionantes ambientais, qualidade da água, problemas, fragilidades, etc. O sistema de abastecimento de água do município tem como mananciais contribuintes 01 (uma) captação superficial na represa “Mateus Mariano Batista”, formada pelo ribeirão Sítio Novo o qual é formado pelo Córrego dos Amarais e Córrego Cotrins e 01 (uma) captação superficial no Ribeirão Boa Vista (Poquinha). O sistema de captação de água também conta com a captação outorgada realizada em 05 (cinco) poços do município (Jardim Leonor, Bom Jardim, Jardim Planalto, Jardim Blumenau e Parque Palmeiras). A represa “Mateus Mariano Batista” (Foto 1 e Foto 2) possui uma área de 168.030,952 m² e uma capacidade de armazenamento de 3.799.331,22 m³. As informações sobre localização, coordenada geográfica e altitude estão contidas na Tabela 10 abaixo. A vazão outorgada para o sistema de captação de água da represa Mariano Batista “Cotrins” é de 350 m³/h, operando 24 horas por dia, tendo como prazo para utilização o período de 10 anos. 44 Tabela 10: Informações sobre a represa Mariano Batista “Cotrins”. LOCALIZAÇÃO LATITUDE LONGITUDE ALTITUDE Rua Jose Santa Rosa s/n 22°34’12” 47°11’19” 47°11’19” Fonte: Maximus Environmental, 2013. Em relação à classificação, encontra-se classificada como classe 2, em conformidade com a Resolução nº 357, de 17 de março de 2005 do Conselho Nacional de Meio Ambiente, alterada pela Resolução CONAMA nº 410/2009 e pela 430/2011. Através da realização de visitas técnicas ficou evidenciado que a represa apresenta macrofitas, indicando processo de eutrofização, além de assoreamento e a presença de animais, como gados nas proximidades. Outro ponto importante e relevante é o fato da represa ter córregos contribuintes que passam pela área urbana da cidade, além de pesqueiros a montante da Represa. Foto 1: Represa Mariano Batista “Cotrins”. Fonte: Maximus Environmental, 2013. 45 Foto 2: Represa Mariano Batista “Cotrins’. Fonte: Maximus Environmental, 2013. 4.1.5.1 Ribeirão Boa Vista ou Poquinha Formado pelo Ribeirão Boa Vista possui o maior número de nascentes dentro do município (ALMEIDA, 2009). O Sistema Poquinha abastece a Estação de Tratamento de Água ETA III com uma vazão outorgada de 180 m³/h. O ribeirão esta classificado como classe 2, em conformidade com a Resolução nº 357, de 17 de março de 2005 do Conselho Nacional de Meio Ambiente, alterada pela Resolução CONAMA nº 410/2009 e pela 430/2011. De maneira geral o Sistema Boa Vista encontra-se em boas condições de preservação ambiental, sendo evidenciado que possui parte do seu leito protegido pela mata ciliar. 4.1.6 Qualidade da água bruta O controle da qualidade da água bruta é feito pelo laboratório de Controle da Qualidade do SAEAN – Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira, porém nem todas as análises são realizadas no próprio laboratório. Os parâmetros analisados são: Diariamente: Cor, pH, turbidez; Semanalmente: Cor, pH, turbidez, cloretos, alcalinidade, dureza; Mensalmente: Ferro, manganês, alumínio, cianobactérias; Bimestralmente: Bacteriológico; Semestralmente: Análises constantes do art. 15 da Resolução CONAMA nº 357: I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX (a, b). As análises realizadas diariamente e semanalmente são realizadas pelo laboratório da ETA, as demais análises são realizadas por laboratórios externos. 4.2 Poços Artesianos Em relação à captação de água subterrânea, apresentam-se da seguinte maneira: Jardim Leonor; Bom Jardim; Jardim Planalto; Jardim Blumenau; Parque Palmeiras. 46 4.2.1 Qualidade das Águas Brutas Para as águas subterrâneas é aplicada a Portaria nº 2.914/2011 do Ministério da Saúde, que estabelece os padrões de potabilidade. A frequência das análises é: Diariamente: Cor, pH, turbidez, cloro e flúor; Semanalmente: Cor, pH, turbidez, alcalinidade, cloretos, cloro, flúor, dureza e bacteriológica; Semestramente: Todas as análises constantes na Portaria 2.914/2011, as quais são realizadas em laboratório externo. O ANEXO A apresenta análises de água do sistema. 4.3 Estudos de mananciais alternativos de abastecimento de água: características, capacidade, qualidade da água, etc. Os mananciais são fontes de captação de água para abastecimento e consumo da população, bem como outros usos, seja para a indústria, agricultura, dentre outros. Segundo a legislação, considera-se como manancial todo o corpo de água interior subterrânea, superficial, fluente, emergente ou em depósito, efetiva ou potencialmente utilizáveis para o abastecimento público. Atualmente e de forma geral, os mananciais encontram-se bastante deteriorados, tendo como consequência imediata à poluição das águas, o comprometimento da saúde e da qualidade do meio ambiente como um todo, chegando a situações extremas até a própria extinção dos mananciais. Não há possibilidade de ocorrer um desenvolvimento harmônico sem a recuperação e manutenção da qualidade da água do abastecimento público, pois a disponibilidade deste recurso é um dos principais fatores limitantes do desenvolvimento urbano e industrial de cada município. Dessa forma, quando se define que uma determinada bacia e um manancial de abastecimento público, deve-se enfatizar que todos os demais usos devem ser definidos de forma a garantir a qualidade e disponibilidade para este uso prioritário. 47 Outro quesito que poderá causar enormes problemas aos mananciais é o uso indevido do solo ao seu entorno, pois decorrem do não atendimento da infraestrutura básica de saneamento, acabando por despejar seus efluentes nos mananciais mais próximos, trazendo materiais orgânicos, dejetos e até agrotóxicos de plantações próximas aos mananciais. Contudo, não só a qualidade, mas as possibilidades de uso destas águas ficam cada vez mais prejudicadas, pois o crescimento da urbanização em áreas de mananciais gera a impermeabilização do solo, a remoção florestal (desmatamento), o aumento de lançamento direto e indireto de resíduos sólidos e efluentes. O processo de deterioração de pequenos e grandes cursos d’água tem aumentado de forma gradual e sistemática em toda a região do Estado de São Paulo, situação esta que vem ocorrendo gradativamente nas sub-bacias do município de Artur Nogueira – SP. Como manancial alternativo para o abastecimento de água da cidade, o SAEAN informou no mês outubro de 2013 o início da captação no reservatório do Balneário Municipal Guilherme Carlini, mais conhecido como “Prainha”, o qual contribuirá com uma vazão de 63.000 l/h ao sistema. Tal estrutura foi implantada para fins de enfrentamento a períodos críticos de estiagem. Existem dois processos protocolados na Câmara Municipal de Artur Nogueira, nº 276/2013 e 134/2013 que visam melhorias para a área do balneário, incluindo melhorias na estrutura física e de paisagismo. Ainda não existe estudo relativo à qualidade de suas águas. De qualquer maneira, para o suprimento da demanda futura, o município apresenta dois possíveis pontos a serem utilizados para suprimento da demanda de água ao longo dos anos, apresentando como primeira alternativa a construção de um novo barramento a jusante da área da “Prainha”, estando eles interligados, conforme demonstra a Figura 5: Vista da área do Balneário Municipal Guilherme Carlini. Assim, com tal construção, o município contaria com mais um reservatório com área inundável aproximada de 124.474 m². Em complemento a informação supracitada, no qual cita a existência de dois projetos protocolados na Câmara Municipal, o qual apresentam melhorias a serem implantadas na área da “Prainha”, elenca-se a necessidade de rebaixamento da calha do reservatório, pois o mesmo encontra-se assoreado em grande parte, bem como a necessidade de recomposição de sua área ciliar, visando uma proteção natural ao sistema hídrico. 48 A Figura 5: Vista da área do Balneário Municipal Guilherme Carlini e Figura 6: Vista – Bairro Ponte de , apresentam a localização dos pontos supracitados. Reservatório Existente Reservatório Futuro 49 Figura 5: Vista da área do Balneário Municipal Guilherme Carlini. Fonte: Prefeitura Municipal de Artur Nogueira, 2014 Um segundo ponto a ser considerado como alternativa futura é a área do bairro “Ponte de Tábua ou Sertório”, sendo que apresenta topografia favorável para implantação do sistema e formaria uma área inundável aproximada de 571.977 m² (Figura 6: Vista – Bairro Ponte de Tábua ou Sertório). Porém, ressalta-se que para implantação das alternativas apresentadas, há necessidade de contratação de projetos executivos específicos, visando possíveis impactos positivos e negativos, bem como a base para estudo e construção. 50 Figura 6: Vista – Bairro Ponte de Tábua ou Sertório. Fonte: Prefeitura Municipal de Artur Nogueira, 2014. 4.4 Caracterização dos sistemas de captação, adução, reservação e tratamento A seguir é feita a caracterização dos sistemas de captação, adução, reservação e tratamento. 4.4.1 Sistema De Captação 4.4.1.1 Captação Superficial Represa Mateus Mariano Batista “Cotrins” A (Figura 7), como já citado, apresenta um ponto de captação de água para abastecimento público. Tal sistema de captação possui 4 bombas, com potencia de 150 CV cada uma. Figura 7: Localização da Represa Mariano Batista “Cotrins’. Fonte: Google Earth. Esse sistema abastece a Estação de Tratamento de Água ETA II. Ribeirão Boa Vista (Sistema Poquinha) A captação superficial do Sistema Poquinha é feita no Ribeirão Boa Vista. Tal Sistema é responsável pelo abastecimento da Estação de Tratamento de Água - ETA III, a qual possui vazão outorgada de 180 m³/h. Balneário Municipal Guilherme Carlini (Sistema Prainha) Atualmente incluiu-se uma nova captação no sistema de captação de água superficial, porém a mesma encontra-se fora do sistema “oficial” de captação, ou seja, ainda não possui vazão outorgada. A nova captação iniciou-se em outubro de 2013 e a vazão captada é de 63 m³/h, segundo dados do SAEAN, conforme demonstra a Figura 8 seguinte. Tal sistema foi necessário apenas para suprir a demanda em período de estiagem. 51 Figura 8: Nova Captação – Balneário Municipal Guilherme Carlini. Fonte: Google Earth, 2013. 4.4.1.2 Captação Subterrânea O atual sistema de captação subterrânea do município de Artur Nogueira está localizado na zona urbana do município. As localizações dos poços que integram o Sistema de Abastecimento de Água estão descritos na Tabela 11 abaixo. Tabela 11: Localização dos poços – Município de Artur Nogueira. SISTEMA LOCALIZAÇÃO EM COORDENADAS – UTM (KM) Jardim Leonor 7.503,96 N; 278,47 E Bom Jardim 7.504,00 N; 278,16 E Jardim Planalto 7.503,46 N; 277,57 E Jardim Blumenau 7.501,48 N; 276,01 E Jardim Palmeiras 7.505,98 N; 277,15 E Jardim Arrivabene* - Poço Viveiro - *Poço Arrivabene – sem outorga Fonte: Maximus Environmental, 2013. Abaixo segue a descrição dos poços para captação de água subterrânea. 52 Sistema Jardim Leonor: Composto por um poço tubular profundo, reservatório com capacidade de 80.000 litros. Sistema Bom Jardim: Sistema composto de um poço tubular profundo, reservatório com capacidade de 70.000 litros. Sistema Jardim Planalto: Sistema composto de um poço tubular profundo, reservatório com capacidade de 40.000 litros. Sistema Jardim Blumenau: Sistema composto de um poço tubular profundo, reservatório com capacidade de 70.000 litros. Sistema Parque das Palmeiras: Sistema composto de um poço tubular profundo, reservatório com capacidade de 70.000 litros. No município também há alguns poços artesianos perfurados pela prefeitura para atender a população como “bebedouros”, apresentando controle visando atender a Portaria 2.914/2011. O sistema de captação de água subterrânea também conta com o Poço Arrivabene, localizado no Jardim Arrivabene e é responsável por abastecer o bairro Jardim Leonor. 53 4.4.2 Sistema De Adução A adutora de água bruta existente na Estação de Tratamento de Água – ETA III, não possui dispositivos contra transientes hidráulicos, possui em sua composição materiais como cimento amianto, não possui órgãos acessórios (caixas de ventosa e de descarga), os blocos de ancoragem estão subdimensionados, seu caminhamento, em sua maior extensão, se desenvolve ao longo da propriedade de terceiros, além da mesma não possuir cadastro (PROESPLAN ENGENHARIA, 2013). 4.4.3 Sistema De Reservação O sistema de reservação é composto por 14 reservatórios (Tabela 12), os quais possuem suas características descritas abaixo, maiores detalhes sobre o sistema de reservação poderão ser encontrados no item 4.14.1. Tabela 12: Reservatórios – Artur Nogueira. Reservação de Águas Superficiais Reservação na abrangência da ETA II LOCAL VOLUME (m³) ETA II 1.350m³ Palmeiras 150m³ Sacilotto II 1.020m³ Coração Criança 570m³ Novo Tempo 090m³ Conquista 030m³ Total Reservação - ETA II Reservação na abrangência da ETA III LOCAL 3.210m³ VOLUME ETA III 1.310m³ Jd. Itamarati 150m³ Bela Vista II 250m³ Reservatório 600m³ Lolly 050m³ Total Reservação - ETA III 2.360m³ Total Reservação de Águas Superficiais Reservação de Águas Subterrâneas LOCAL 5.570m³ VOLUME Jd. Leonor 070m² Jd. Leonor 050m² Bom Jardim 090m² Blumenau 080m² Parque das Palmeiras Computado na ETA II Martinelli 050m³ Manacás 150m³ Bela Vista 050m³ Total Reservação de Águas Subterrâneas 540m³ Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. 4.4.4 Sistema De Tratamento A caracterização do sistema de tratamento do município de Artur Nogueira foi dividida de acordo com cada sistema presente no município, sendo eles as 02 (duas) captações superficiais, onde o tratamento acontece na Estação de Tratamento - ETA II e Estação de Tratamento - ETA III e o tratamento dos 05 (cinco) poços que integram o sistema de captação. 54 Tratamento das águas de captação superficial: De acordo com dados do SAEAN – Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira o tratamento das águas de captação superficial é do tipo convencional, sendo feito pelas seguintes etapas: 1ª Etapa – Coagulação; 2ª Etapa – Floculação; 3ª Etapa – Decantação; 4ª Etapa – Filtração; 5ª Etapa - Desinfecção; 6ª Etapa – Fluoretação; 7ª Etapa - Correção de pH. Segundo o SAEAN o tempo decorrente do processo de tratamento é de cerca de 60 minutos. 4.4.4.1 Caracterização Do Sistema De Tratamento – ETA II 55 A Foto 3 a Foto 9 a seguir caracterizam a estação de tratamento ETA II. Foto 3: Estação para tratamento de água ETA II. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. Foto 4: Caixa de chegada de água bruta e dosagem de coagulante. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. 56 Foto 5: Floculador. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. Foto 6: Tanque de Decantação. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. 57 Foto 7: Etapa de Filtração. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. Foto 8: Tanque de Desinfecção. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. 58 Foto 9: Laboratório Químico/Jar-Test. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. Atualmente, a ETA II tem capacidade de tratamento de 100 l/s, operando em média 22 horas por dia, sendo este volume é variável em função do pico de consumo, dia da semana e condições climáticas. Quanto ao lodo e as descargas de retrolavagem dos filtros (Foto 10), esses são lançados na lagoa do Stocco e posteriormente no córrego Sítio Novo, através de uma tubulação interligada a rede de esgoto. Foto 10: Retrolavagem do Filtro. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. 4.4.4.2 Caracterização Do Sistema De Tratamento – ETA III 59 As Foto 11 a Foto 14 a seguir caracterizam a estação de tratamento ETA III. Foto 11: ETA III. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. Foto 12: Chegada de água bruta na ETA. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. 60 Foto 13: Tanque de Floculação. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. Foto 14: Tanque de decantação. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. Essa estação de tratamento opera em média 20 horas por dia, podendo esse tempo variar de acordo com o pico de consumo, dia da semana e também condições climáticas. Em relação ao lodo e a água de retrolavagem, os mesmo são reutilizados no processo de tratamento. O sistema de filtros da ETA III é do tipo autolavável, onde três filtros fazem a retrolavagem de um as descargas são feitas em uma lagoa de contenção próxima a ETA, após decantar a água é bombeada para o início de processo de tratamento, com esta prática as perdas de água no tratamento ficam minimizadas (Foto 16). O lodo resultante é descartado na área da própria ETA III como mostram a Foto 15 e 16 abaixo. 61 Foto 15: Descarga de lodo dos decantadores. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. 62 Foto 16: Reaproveitamento de água de retrolavagem. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. Recentemente a ETA III foi ampliada, conforme mostra a Foto 17 a seguir. A ampliação da capacidade de tratamento da ETA III caracteriza-se: 1ª Etapa: 25 para 50 l/s; 2ª Etapa: 50 pra 75 l/s. Foto 17: Parte ampliada da ETA III. Fonte: Maximus Environmental, 2013. 4.4.4.3 Caracterização Do Sistema De Tratamento De Águas Subterrânea 63 A água vinda da captação subterrânea do município recebe tratamento com cloro e flúor. 4.5 Avaliação dos ativos do (SAEAN – Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira) relacionados ao atual conjunto de bens, instalações, edificações e equipamentos dos sistemas de abastecimento de água instalados em Artur Nogueira – SP Os principais parâmetros que compõem o Sistema de Distribuição de Água do município de Artur Nogueira foram compilados e estão descritos conforme a Tabela 13 a seguir: Tabela 13: Caracterização do sistema existente. Parâmetro Captação de água Extensão das redes de distribuição de água Número de ligações de água com hidrômetro (2013) Número de economias (2013) Volume de reservação Numero de estações elevatórias de água Número de conjuntos motobombas Quantitativo 2 captações superficiais e 5 subterrâneas Poços Outorgados) 149 km 13.820 unid. 13.215 unid. 6.110 m³ 15 unid. 04 unid. Fonte: SAEAN, 2014. 4.6 Mapeamento das localidades atendidas com a delimitação das áreas abrangidas pelos sistemas, sendo para tanto utilizada base cadastral do município, e na ausência da mesma, utilizar base de dados do IBGE interpoladas com as Cartas do IGC 1:10.000 O mapeamento de todas as localidades atendidas encontra-se no ANEXO B. 4.7 Principais problemas e dificuldades (intermitência no abastecimento, pressão disponível, aspectos operacionais, uso e ocupação do solo, capacidade e obsolescência da infraestrutura instalada) Atualmente, segundo dados da Autarquia, o sistema de abastecimento apresenta diversos problemas, divididos por setores, sendo eles: Adutora de água bruta: Elevada pressão interna; Corrosão e/ou incrustação das tubulações; Ausência de registros de descarga e/ou ventosas; Ausência de medidores de pressão e/ou vazão. Adutora de água tratada: Elevada pressão interna; Corrosão e/ou incrustação das tubulações; Ausência de registros de descarga e/ou ventosas; Ausência de medidores de pressão e/ou vazão; Perdas físicas. 64 Estação de Tratamento de Água (ETA): Necessidade de capacitação e atualização técnica para gerenciamento e supervisão da unidade; Indisponibilidade de mão de obra qualificada para a operação e manutenção da unidade; Rede de distribuição: Elevada pressão interna; Baixa pressão na rede de distribuição; Corrosão e/ou incrustação das tubulações; Indisponibilidade de mão de obra qualificada; Ausência de registros de descarga e/ou ventosas, medidores de pressão e/ou vazão; Rede de distribuição não setorizada; Perdas físicas; Ligações clandestinas. Estações Elevatórias: Indisponibilidade de mão de obra qualificada para manutenção e operação dos equipamentos; Subdimensionamento hidráulico dos conjuntos moto bomba. 4.8 Análise das constantes alterações nos critérios de uso e ocupação do solo e suas implicações sobre a capacidade da infraestrutura instalada Com base nas projeções populacionais, considerando as taxas de crescimento da população, o município deverá se programar para atender as demandas no consumo de água. Mesmo que a projeção aponte que o sistema atenda a população no período de trinta anos, são necessários investimentos em infraestrutura. Para as áreas futuramente ocupadas, o município deverá estabelecer políticas habitacionais adequadas, estabelecendo os limites e a tipologia de ocupação a ser instalada. O cenário nacional demonstra a falta de planejamento voltado ao sistema de saneamento. Artur Nogueira deve se planejar frente aos futuros investimentos imobiliários frente a novas áreas de expansão. 65 4.9 Outorga da água – Política Estadual de Recursos Hídricos A outorga de direito de uso de recursos hídricos é um dos seis instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos, estabelecidos no inciso III, do art. 5º da Lei Federal nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997. De acordo com o inciso IV, do art. 4º da Lei Federal nº 9.984, de 17 de junho de 2000, compete à Agência Nacional de Águas, ANA outorgar, por intermédio de autorização, o direito de uso de recursos hídricos em corpos de água de domínio da União, bem como emitir outorga preventiva. Também é competência da ANA a emissão da reserva de disponibilidade hídrica para fins de aproveitamentos hidrelétricos e sua consequente conversão em outorga de direito de uso de recursos hídricos. Segundo dados do SAEAN, o volume outorgado do município destinado para abastecimento público apresenta-se na Tabela 14 seguinte: Tabela 14: Volumes outorgados – Artur Nogueira. LOCAL DA CAPTAÇÃO Captação Superficial Represa Mateus Mariano Batista Ribeirão Boa Vista (Poquinha) Captação Subterrânea Poço Jardim Leonor Poço Bom Jardim Poço Jardim Planalto (¹) Poço Jardim Itamarati Poço Jardim Blumenau Poço Parque Palmeiras Poço Jardim Arrivabene VAZÃO (m³/h) 350 180,00 10,00 12,00 9,00 8,00 3,00 25,00 (¹) Atualmente o Sistema Itamarati encontra-se tamponado. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. Segundo dados do Departamento de Águas e Energia Elétrica - DAEE do estado de São Paulo, as vazões de captação outorgadas do município apresentam-se na Tabela 15 abaixo, apresentando não somente as captações destinadas a abastecimento público, mas todas as captações do município. 66 67 Tabela 15: Volumes outorgados – Departamento de Águas e Energia Elétrica – Artur Nogueira. Dist. Foz (Km) Autos Usuário Finalidade Uso ** 0.00 9812590 Us.Urbano Sanitar ** 0.00 9812590 Us.Urbano Sanitar ** 0.00 9817196 Us.Rural San/Ind Itarare 0.00 9816978 Us.Rural Sanitar Itarare 0.00 9815393 Us.Rural Sanitar ** 0.00 9811960 Aquicultor Sanitar Freático 0.00 9811960 Aquicultor Sanitar Itarare 0.00 9816417 Loteador Sa1abpr Freático 0.00 9812129 Us.Rural ** Freático 0.00 9813241 Solalt I ** Freático 0.00 9812056 Solalt I ** Freático 0.00 9812056 Solalt I Sanitar ** 0.00 9812452 Solalt I Irrigac Freático 0.00 9812131 Us.Rural Sanitar Freático 0.00 9812131 Us.Rural ** Freático 0.00 9812132 Industrial Sanitar Nome Do Rio Aquífero ** Código Rio Poço 0.00 9810457 Industrial Sanitar ** 0.00 9810450 Industrial San/Ind ** 0.00 9810050 Industrial Sanitar ** 0.00 9809211 Industrial Sa1/Ind ** 0.00 9809211 Industrial Sa1/Ind Uso Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Lançamento Solo Lançamento Rede Lançamento Solo Lançamento Rede Captação Rede Em Em Em Em Em Seq Sit. Admin Vazão (M³/H) Hora Dia Dia Mês Mês Ano UtmNorte (Km) UtmLeste (Km) Utm 1 Req Indeferido 0.30 1 30 0 7,500.83 280.35 45 2 Req Indeferido 1.10 1 30 0 7,500.85 280.39 45 1 Req Indeferido 2.00 0 0 0 7,506.04 276.02 45 1 Lic Perfuração 0.50 2 0 0 7,506.32 281.25 45 1 Lic Perfuração 1.00 3 0 0 7,498.33 285.37 45 1 Req Indeferido 2.38 1 30 0 7,505.80 272.66 45 2 Req Indeferido 0.70 1 30 0 7,505.82 272.66 45 1 Lic.Perf E Impl. 2.00 20 0 0 7,497.63 285.81 45 1 Req Indeferido 0.00 0 0 0 7,501.92 274.73 45 1 Req Indeferido 0.00 0 0 0 7,501.31 277.45 45 2 Req Indeferido 0.00 0 0 0 7,501.34 277.58 45 1 Req Indeferido 4.50 1 0 0 7,501.32 277.56 45 1 Req Indeferido 4.40 1 30 0 7,500.35 281.87 45 1 Req Indeferido 0.00 0 0 0 7,498.68 274.88 45 2 Req Indeferido 0.00 0 0 0 7,498.68 274.86 45 1 Req Indeferido 4.00 1 30 0 7,498.32 282.03 45 1 Cadastrado Daee 0.00 0 0 0 0.00 0.00 0 1 Cadastrado Daee 0.00 0 0 0 0.00 0.00 0 1 Cadastrado Daee 0.00 0 0 0 0.00 0.00 0 1 Cadastrado Daee 0.00 0 0 0 0.00 0.00 0 1 Cadastrado Daee 0.00 0 0 0 0.00 0.00 0 68 Grupo Tubarão 0.00 9811185 Us.Rural Sanitar Itarare 0.00 9806182 Solalt I ** Formacao Serra Geral 0.00 9810406 Minerador Sanitar Cristalino 0.00 9808381 Us.Rural Irrigac Cristalino 0.00 9807246 Us.Rural Irrigac ** 0.00 9803059 Solalt I Sanitar Tatui / Itarare 0.00 9807149 Us.Rural Sanitar Itarare 0.00 9806512 Irrigante Dessed Freatico 0.00 43400 Aquicultor Hidroag Itarare 0.00 9804394 Us.Rural Sanitar Itarare 0.00 9802417 Loteador Sanitar Itarare 0.00 9802420 Us.Rural Sanitar Itarare 0.00 9802266 Us.Rural Sanitar Itarare 0.00 9801837 Us.Rural Sanitar Grupo Tubarao 0.00 9800648 Us.Rural Sanitar 3.60 9300661 Comerciant Hidroag Xadrez,Cor Do Pirapitingui,Rib Guatimazinho, Cor Pirapitingui,Rib Guatimazinho, Cor 01010074017031 / Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Rede Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Superficial Reservacao Sub-Superf Captação Superficial Captação Nascente Captação Superficial Em (Tq 1 Lic Perfuração 0.50 6 0 0 7,502.18 276.16 45 1 Req Indeferido 0.00 0 0 0 7,500.89 280.93 45 1 Req Indeferido 5.00 20 30 0 7,505.55 288.84 45 1 Lic Perfuração 5.00 6 0 0 7,506.00 232.84 45 1 Lic Perfuração 2.50 2 0 0 7,506.08 276.96 45 1 Cadastrado Daee 0.00 0 0 0 0.00 0.00 0 1 Lic Perfuração 1.00 5 0 0 7,496.88 284.87 45 1 Lic Perfuração 2.00 10 0 0 7,503.62 282.35 45 1 Portaria 0.00 0 0 0 7,515.74 274.49 45 1 Lic Perfuração 1.00 5 0 0 7,499.59 282.19 45 1 Lic Perfuração 0.00 0 0 0 7,505.41 276.81 45 1 Lic Perfuracao 0.00 0 0 0 7,509.26 286.10 45 1 Lic Perfuracao 0.00 0 0 0 7,501.68 281.45 45 1 Lic Perfuracao 0.00 0 0 0 7,499.51 283.29 45 1 Lic Perfuracao 5.00 20 0 0 7,501.62 283.25 45 1 Portaria 5.00 24 30 0 7,511.26 270.26 45 1 Cadastrado Daee 0.00 0 0 0 7,497.21 282.56 45 1 Portaria 84.00 10 30 0 7,498.70 283.35 45 1 Portaria 2.00 24 30 0 7,498.74 277.22 45 2 Portaria 6.20 24 30 0 7,501.40 277.10 45 01020011201 17.00 9811035 Us.Rural Laz/Pai 01020011201 22.40 9807342 Irrigante Irrigac Tres Barras, Cor Das 0102001120101 0.75 9808120 Aquicultor Hidroag Tres Barras, Cor Das 0102001120101 13.91 9801661 Publico Laz/Pai Pires Ou Do Sitio Novo, Cor Dos Pires Ou Do Sitio Novo, Cor Dos 010200112010111 0.45 9801000 Aquicultor Hidroag Captação Superficial 1 Portaria 1.66 24 0 0 7,498.92 273.74 45 010200112010111 3.20 9802617 Industrial Industr Captação Superficial 1 Portaria 150.00 18 26 0 7,500.97 274.95 45 / Em 69 Pires Ou Do Sitio Novo, Cor Dos Sna1 Pires Ou Do Sitio Novo, Cor Dos Sna2 Pires Ou Do Sitio Novo, Cor Dos Sna1 Pires Ou Do Sitio Novo, Cor Dos Sna1 Pires Ou Do Sitio Novo, Cor Dos Sna1 Pires Ou Do Sitio Novo, Cor Dos 010200112010111 4.95 9805893 Publico Ab.Publ 0102001120101111 1.50 9801661 Publico ** 01020011201011111 0.25 43046 Aquicultor Hidroag 0102001120101112 1.70 9806080 Irrig/Aqui Rural 0102001120101112 4.70 9806079 Outros Rural 0102001120101113 0.90 9812030 Us.Rural Laz/Pai 010200112010113 2.90 9806081 Irrig/Aqui Rural 01020011201041 0.05 9806106 Irrigante Irrigac 01020011201042 0.51 9806435 Irrigante Irrigac Boa Vista, Rib 0102001120106 1.60 9805193 Irrigante Irrigac Boa Vista, Rib 0102001120106 4.75 9805893 Publico Ab.Publ Boa Vista, Rib 0102001120106 6.10 9801031 Aquicultor Hidroag Boa Vista, Rib 0102001120106 7.10 9803444 Irrigante Irrigac 010200112010622 0.05 9803665 Irrigante Irrigac 010200112010622 0.18 9803665 Irrigante Irrigac 010200112010623 0.35 9804385 Us.Rural Irrigac Taperao, Cor Do 01020011201063 0.30 9804385 Irrigante Irrigac Cachoeira, Cor Da 010200112010631 0.25 9806424 Aquicultor Hidroag Cachoeira, Cor Da 010200112010631 4.80 9806325 Irrigante Irrigac Sna1 Cachoeira, Cor Da 0102001120106312 1.55 9803805 Irrigante Irrigac 01020011201064 0.45 9801031 Aquicultor Hidroag Sna1 Boa Vista, Rib 01020011201064 0.48 9801030 Aquicultor Hidroag Sna1 Boa Vista, Rib 01020011201066 0.90 9805193 Irrigante Irrigac Pinheirinho, Cor Do Sna1 Ponte Funda, Cor Da Sna1 Ponte Funda, Cor Da Sna1 Palmeiras, Cor Das Sna1 Palmeiras, Cor Das Sna1 Palmeiras, Cor Das Sna1 Boa Vista, Rib Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial 1 Portaria 350.00 24 30 0 7,502.20 275.04 45 1 ** 70.00 20 0 0 7,503.43 276.15 45 1 ** 1.00 24 0 0 7,502.90 277.05 45 1 Portaria 0.50 8 20 0 7,503.33 273.00 45 1 Portaria 0.50 8 20 0 7,501.61 275.20 45 1 Cadastrado Daee 2.00 1 30 0 7,503.89 274.64 45 1 Portaria 0.50 8 20 0 7,502.40 271.78 45 1 Portaria 3.20 24 30 0 7,498.15 280.05 45 1 Portaria 10.80 20 30 0 7,498.65 279.92 45 2 Req Indeferido 150.00 8 20 0 7,501.91 284.26 45 2 Portaria 180.00 12 30 0 7,503.20 282.02 45 2 Portaria 75.00 4 0 0 7,504.42 282.47 45 1 Portaria 27.72 16 30 0 7,505.11 282.65 45 1 Portaria 0.25 8 30 0 7,504.79 277.65 45 2 Portaria 2.45 8 30 0 7,504.85 277.67 45 1 Portaria 15.00 16 30 0 7,504.86 280.09 45 1 Portaria 140.00 12 20 0 7,505.86 282.55 45 1 Portaria 18.60 24 30 0 7,507.52 280.99 45 1 Portaria 0.50 12 30 0 7,508.23 276.58 45 1 Portaria 18.00 10 15 0 7,506.57 278.49 45 1 Portaria 0.81 24 0 0 7,504.49 282.91 45 1 Portaria 5.56 24 0 0 7,504.45 282.93 45 1 Portaria 65.00 8 20 0 7,503.00 283.90 45 70 Sna1 Boa Vista, Rib 01020011201067 0.74 9807229 Aquicultor Hidroag Sna1 Boa Vista, Rib 01020011201067 0.96 9807229 Aquicultor Hidroag Sna2 Boa Vista, Rib 010200112010671 0.23 9807229 Aquicultor Hidroag Sna2 Boa Vista, Rib 010200112010672 0.23 9807229 Aquicultor Hidroag Sna2 Boa Vista, Rib 010200112010672 0.25 9807229 Aquicultor Hidroag 01020011201072 0.75 9804815 Irrigante Irrigac 01020011201072 0.75 9804815 Irrigante Irrigac Laranjal, Cor Do 0102001120111 0.23 9800412 Aquicultor Hidroag Sna1 Laranjal, Cor Do 01020011201111 0.40 9800249 Aquicultor Hidroag Figueira, Cor Da 0102001120123 2.10 9808418 Irrigante Irrigac Itarare 2490002 0.00 9802617 Industrial Sanitar Itarare 2490022 0.00 9802953 Us.Comunit Sanitar Itarare 2490046 0.00 9804387 Solalt I Irrigac Cristalino 2490050 0.00 9805893 Publico Ab.Publ Itarare 2490077 0.00 9806319 Industrial San/Ind Freático 2490078 0.00 9806325 Irrigante Sanitar Itarare 2490100 0.00 9803059 Solalt I Sanitar Itarare 2490102 0.00 9803436 Solalt I Sanitar Itarare 2490124 0.00 9806654 Solalt I Sa1abpr Cristalino 2490141 0.00 9805893 Publico Ab.Publ Cristalino 2490142 0.00 9805893 Publico Ab.Publ Cristalino 2490143 0.00 9805893 Publico Ab.Publ Cristalino 2490144 0.00 Publico Ab.Publ Sna1 Passo/Manuel Dias, Cor Do Sna1 Passo/Manuel Dias, Cor Do Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Superficial Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea 2 Portaria 2.88 24 30 0 7,506.81 284.42 45 1 Portaria 14.40 24 30 0 7,506.82 284.64 45 3 Portaria 5.76 24 30 0 7,507.08 284.58 45 5 Portaria 4.32 24 30 0 7,506.62 284.65 45 4 Portaria 4.32 24 30 0 7,506.60 284.65 45 2 Portaria 21.12 12 15 7 7,507.75 286.54 45 1 Portaria 21.12 12 15 5 7,507.75 286.54 45 1 Portaria 5.00 24 0 0 7,498.75 283.96 45 1 Portaria 1.00 24 0 0 7,498.20 284.90 45 1 Portaria 4.00 20 7 6 7,503.53 287.17 45 1 Portaria 4.50 20 30 0 7,501.05 275.81 45 1 Portaria 9.00 10 30 0 7,501.69 276.01 45 1 Portaria 3.50 13 30 0 7,499.08 282.50 45 6 Portaria 3.00 20 30 0 7,505.98 277.15 45 1 Portaria 3.50 3 30 0 7,504.44 276.34 45 1 Cadastrado Daee 0.17 12 30 0 7,507.64 276.88 45 1 Portaria 10.00 5 30 0 7,501.23 276.62 45 1 Portaria 2.00 7 30 0 7,499.20 281.66 45 1 Portaria 3.60 3 30 0 7,501.32 276.27 45 1 Portaria 8.00 20 30 0 7,501.48 276.01 45 2 Portaria 9.00 20 30 0 7,503.46 277.57 45 3 Portaria 12.00 20 30 0 7,504.00 278.16 45 4 Portaria 10.00 20 30 0 7,503.96 278.47 45 71 Itarare 2490145 0.00 9805893 Publico ** Formação Serra Geral 2490184 0.00 9806056 Industrial San/Ind 2490188 0.00 9808947 Industrial San/Ind Itarare 2490232 0.00 9807509 Industrial Industr Itarare 2490243 0.00 9809224 Solalt I Sa1/Ind Itarare 2490264 0.00 9805922 Solalt I ** Grupo Tubarão 2490289 0.00 9809211 Industrial Sa1/Ind Itarare 2490292 0.00 9810050 Industrial Sanitar ** 2490293 0.00 9810050 Industrial Sanitar Freático 2490297 0.00 9810450 Industrial San/Ind Cristalino 2490300 0.00 9807970 Solalt I Irrigac Cristalino 2490301 0.00 9807970 Solalt I Irrigac Grupo Tubarão 2490303 0.00 9810457 Industrial Sanitar Itarare 2490305 0.00 9810746 Solalt I Sanitar Cristalino 2490308 0.00 9809077 Us.Rural Irr/Des Cristalino 2490309 0.00 9809077 Us.Rural Irr/Des Grupo Tubarão 2490315 0.00 9811877 Industrial Sa1/Ind Grupo Tubarão 2490319 0.00 9804385 Us.Rural Sanitar Cristalino 2490329 0.00 9810681 Grupo Tubarão 2490333 0.00 9812211 Solalt I Sa1abpr Itarare 2490337 0.00 9811506 Industrial Sanitar Grupo Tubarao 2490347 0.00 9811035 Us.Rural Sanitar Freático 2490349 0.00 9811827 Us.Rural Sanitar ** Industrial Industr Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea 5 Tamponado 0.00 0 0 0 7,501.95 278.77 45 1 Portaria 3.50 2 30 0 7,500.73 275.70 45 1 Portaria 6.00 9 30 0 7,500.87 278.50 45 1 Portaria 7.60 6 30 0 7,499.94 284.62 45 1 Portaria 2.80 1 30 0 7,501.29 275.59 45 1 Desativado 0.00 0 0 0 7,502.73 277.38 45 1 Portaria 3.00 3 30 0 7,505.56 276.85 45 1 Portaria 3.34 12 30 0 7,497.01 284.74 45 2 Desativado 0.00 0 0 0 7,496.88 284.87 45 1 Portaria 1.10 20 26 0 7,504.82 276.68 45 1 Portaria 12.00 12 30 0 7,502.78 278.21 45 2 Portaria 13.00 12 30 0 7,502.78 278.41 45 1 Portaria 3.76 4 30 0 7,501.20 280.87 45 1 Portaria 0.50 4 30 0 7,506.16 276.18 45 1 Portaria 4.00 2 30 0 7,507.42 275.93 45 2 Portaria 4.20 2 30 0 7,507.49 275.83 45 1 Portaria 2.05 18 30 0 7,500.78 281.11 45 1 Cadastrado Daee 2.00 1 30 0 7,504.82 280.87 45 1 Cadastrado Daee 4.80 1 30 0 7,500.42 281.59 45 1 Portaria 5.91 5 30 0 7,499.97 277.78 45 1 Portaria 6.00 5 30 0 7,500.95 279.54 45 1 Cadastrado Daee 3.00 1 30 0 7,497.20 282.50 45 1 Cadastrado Daee 3.50 1 30 0 7,507.54 285.60 45 72 Itarare 2490351 0.00 9812526 Us.Rural Sanitar Grupo Tubarão 2490359 0.00 9812453 Solalt I Sanitar Freático 2490362 0.00 9812731 Solalt I Sa1abpr Grupo Tubarão 2490365 0.00 9801882 Solalt I Sanitar Grupo Tubarão 2490367 0.00 9812686 Irrigante Irrigac Freático 2490376 0.00 9812053 Us.Rural Sanitar Grupo Tubarão 2490383 0.00 9812245 Us.Urbano Sanitar Grupo Bauru 2490440 0.00 9812242 Us.Rural Sanitar Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea Captação Subterrânea 1 Portaria 4.81 4 30 0 7,505.98 272.62 45 1 Portaria 6.50 2 30 0 7,497.38 284.45 45 1 Portaria 3.00 24 30 0 7,500.90 280.71 45 1 Portaria 4.92 7 30 0 7,504.06 274.56 45 1 Cadastrado Daee 3.00 1 30 0 7,503.54 273.69 45 1 Cadastrado Daee 4.50 1 30 0 7,504.38 273.93 45 1 Cadastrado Daee 4.00 1 30 0 7,499.88 281.70 45 1 Cadastrado Daee 0.95 1 30 0 7,500.71 278.42 45 Fonte: Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, novembro de 2013. 4.10 Estudo do consumo per capita Conforme apresentado no item 4.1.2 Projeção de demanda futura baseada nos estudos de crescimento populacional, o consumo per capita do município de Artur Nogueira é de 154,9 l/hab./dia (Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto - SNIS, 2011). 4.11 Estudo das perdas no sistema De acordo com dados fornecidos pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS, o município de Artur Nogueira apresentou um índice de perdas na distribuição de água tratada é de 43,5 %. 4.12 Determinação das elevatórias de água bruta O sistema de abastecimento de água de Artur Nogueira é composto por três sistemas de elevação de água bruta, sendo: O sistema da represa Mateus Mariano Batista, contendo 4 bombas, com potência de 150 CV cada uma. Esse sistema abastece a Estação de Tratamento de Água ETA II (Foto 18 a Foto 20). Foto 18: Ponto de Captação – represa Mariano Batista “Cotrins”. Fonte: Maximus Environmental, 2014. 73 Foto 19: Elevatória – Captação - represa Mariano Batista “Cotrins”. Fonte: Maximus Environmental, 2014. 74 Foto 20: Bombas – Captação - represa Mariano Batista “Cotrins”. Fonte: Maximus Environmental, 2014. O sistema de elevação Poquinha conta com três bombas de 120 Cv cada uma e vazão de 180 m³/h (Foto 21). Foto 21: Ponto de Captação Poquinha. Fonte: Maximus Environmental, 2014. O Balneário Municipal Guilherme Carlini, denominado sistema Prainha, com bomba de 80 CV e vazão de 63 m³/h (Foto 22 a Foto 24). Foto 22: Ponto de Captação Prainha. Fonte: Maximus Environmental, 2014. 75 Foto 23: Sistema de Captação Prainha. Fonte: Maximus Environmental, 2014. 76 Foto 24: Bomba - Captação Prainha. Fonte: Maximus Environmental, 2014. 4.13 Determinação das estações de tratamento de água ETAs do município O município conta com duas Estações de Tratamento de Água, denominadas ETA II e ETA III. A ETA II localiza-se na Rua dos Expedicionários, latitude 22°34’26”, longitude 47°10’04”, 655 m, conforme mostra a Figura 9 e a Foto 25 abaixo. Figura 9: Localização da ETA II. Fonte: Google Earth. 77 Foto 25: ETA II. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. Foto 26: ETA III. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. 4.14 Sistema de reservação de água tratada: 4.14.1 Determinação da reservação de água tratada A seguir é descrito as características do sistema de reservação de água tratada do município. Volume de reservação na abrangência da ETA II: 1.350 m³ (ETA II); 1.020 m³ (Sacilotto II); 570 m³ (Coração Criança); 150 m³ (Palmeiras) - (Foto 30); 90 m³ (Novo Tempo); 30 m³ (Conquista); Total de reservação ETA II = 3.210 m ³. 78 Volume de reservação na abrangência da ETA III: 1.310 m³ (ETA III); 150 m³ (Jd. Itamarati); 250 m³ (Bela Vista II); 50 m³ (Lolly); 600m³ Reservatório ETA. Total de reservação ETA III = 2.360 m³. 4.14.2 Sistema de reservação de águas subterrâneas Volume de reservação de águas subterrâneas: 70 m³ (Jd. Leonor) 50m³ (Jd. Planalto) - (Foto 28); 90 m³ (Bom Jardim) - (Foto 27); 80 m³ (Blumenau) - (Foto 29); 50m³ (Bela Vista); 50 m³ (Martinelli); 150 m³ (Manacás); Total de reservação para as águas de origem subterrânea = 540 m³. Tabela 16: Volume total de reservação – Superficial e Subterrânea. VOLUME TOTAL DE RESERVAÇÃO 6.110 m³ Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. 79 Foto 27: Sistema de reservação Bom Jardim. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. 80 Foto 28: Sistema de reservação Jardim Planalto. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. Foto 29: Sistema de reservação Jardim Blumenau. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. 81 Foto 30: Sistema de reservação Parque das Palmeiras. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. Conforme informações contidas no Plano Diretor de Perdas do município, o sistema de distribuição não está setorizado, dificultando análise detalhada da capacidade de reservação do município. Confrontando a capacidade total de reservação com o volume médio de consumo diário no dia de maior consumo, estabelecido na Tabela 6, incluindo o índice de perdas, é possível determinar o valor médio de horas de reservação no sistema de distribuição. Horas de Reservação = 6.110 m³ (reservação) / 579,6 m³/hora Horas de Reservação = 10,5 horas de reservação As horas de reservação foram determinadas apenas como referência, tendo em vista que os reservatórios são interligados, não sendo possível avaliar cada sistema individualmente. 4.15 Determinação das características das adutoras de água bruta A seguir serão descritas as características das adutoras existentes, sendo: 4.15.1 Sistema Cotrins 82 Figura 10: Adutora - Sistema - represa Mariano Batista “Cotrins”. Fonte: Maximus Environmental. A adutora do sistema Cotrins apresenta 2.000 metros de extensão, composto por um conjunto de quatro motobombas de 150 CV cada uma (Figura 10), e vazão de 350 m³/h. 4.15.2 Sistema Poquinha Figura 11: Adutora - Sistema - represa Mariano Batista “Cotrins”. Fonte: Maximus Environmental. A adutora do sistema Poquinha apresenta 4.000 metros de extensão, composto por um conjunto de quatro motobombas de 120 CV cada uma (Figura 11), e vazão de 180 m³/h. 4.16 Determinação das redes de distribuição de água tratada 83 Os componentes do sistema de distribuição de água tratada estão descritos abaixo. 4.16.1 Sistema ETA II 4.16.1.1 Elevatória 1 A adutora de água tratada, elevatória 1, localizada na ETA II, tem como função abastecer uma parte da região central do município e o reservatório elevado dentro da ETA II, responsável por abastecer o Centro (Foto 31). Foto 31: Elevatória 1. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. 84 O sistema da elevatória de água tratada 1 é composto por um conjunto de três moto bombas, conforme características descritas no Quadro 1 abaixo. Quadro 1: Características do conjunto moto bombas – Elevatória 1. CONJUNTO Conjunto Moto bomba - 1 Conjunto Moto bomba - 2 Conjunto Moto bomba - 3 CARACTERÍSTICAS Marca KSB mod. 80 / 160 com motor de 60 CV, com sucção de diâmetro 8” (200 mm) e recalque com diâmetro de 8” (200 mm). Marca KSB mod. 65 / 160 com motor dr 30 CV, com sucção de diâmetro 8” (200 mm) e recalque com diâmetro de 6” (150 mm). Marca KSB mod. 65 / 160 com motor dr 30 CV, com sucção diâmetro 8” (200 mm) e recalque diâmetro 6” (150 mm). Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. Os conjuntos de moto bombas têm as saídas de recalque interligadas, resultando um manifolde com saída de 10” (250 mm) formando a adutora principal, construída em tubos de ferro fundido com diâmetro de 10” (250 mm), com extensão de aproximadamente 4.000 metros, segundo dados do SAEAN. As Foto 32 a Foto 34 a seguir ilustram os conjuntos moto bombas descritas no quadro acima. Foto 32: Conjunto Moto bomba – 1 - Elevatória 1. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. 85 Foto 33: Conjunto Moto bomba – 2 - Elevatória 1. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. Foto 34: Conjunto Moto bomba – 3 - Elevatória 1. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. 86 4.16.1.2 Elevatória 2 A adutora de água tratada, elevatória 2, localizada na ETA II, tem como função abastecer o reservatório Sacilotto e abastecer a ETA III, em situações de emergência. O sistema é composto por um conjunto de moto bomba com as características descritas nos Quadro 2 seguinte. Quadro 2: Características do conjunto moto bombas – Elevatória 2. CONJUNTO Conjunto Moto bomba – 1 CARACTERÍSTICAS Marca KSB mod. 65 / 160 com motor de 30 CV, com sucção de diâmetro 8”(200 mm) e recalque com diâmetro de 6” (150 mm). Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. A Foto 35 a seguir ilustra o conjunto moto bomba descrito no quadro a cima. Foto 35: Conjunto Moto bomba – 1 – Elevatória 2. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. 87 4.16.1.3 Sistema Sacilotto/Coração Criança O sistema de bombeamento da adutora de água tratada do “Sistema Sacilotto/Coração Criança” é responsável por abastecer o bairro Coração Criança. Seu sistema é composto pelo seguinte conjunto de moto bomba, descrito no Quadro 3 abaixo: Quadro 3: Características do conjunto moto bombas. CONJUNTO Conjunto Moto bomba – 1 CARACTERÍSTICAS Marca KSB mod. 50 / 160 com motor de 25 CV, com sucção de diâmetro 6” (150 mm) e recalque com diâmetro de 6” (150 mm). Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. A Foto 36 a seguir ilustra o conjunto moto Bomba presente no sistema Sacilotto/Coração de Criança. Foto 36: Conjunto Moto bomba – 1 – Sistema Sacilotto/Coração de Criança. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. A adutora é composta por tubos de ferro fundido com diâmetro de 6” (150 mm), com extensão de aproximadamente 800 metros. 4.16.2 Sistema ETA III No sistema da ETA III as elevatórias de água potável encontram-se sobre a laje do reservatório enterrado, onde a sucção é feita diretamente no reservatório, como é observado na Foto 37. Foto 37: Sistema da ETA III. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. 88 4.16.2.1 Elevatória 1 A elevatória 1, componente do sistema ETA III é responsável por bombear água tratada do Reservatório enterrado da ETA III para o “Reservatório Elevado local” que abastece por gravidade a região do Jardim Bela Vista II, e composto de um conjunto moto bomba com as seguintes características descritas no Quadro 4 e na Foto 38 abaixo. Quadro 4: Características do conjunto moto bombas – Elevatória 1. CONJUNTO Conjunto Moto bomba – 1 CARACTERÍSTICAS Marca Mark Piless mod. MARK REC 15 com motor de 30 CV, com sucção de diâmetro 8” (200 mm) e recalque com diâmetro de 6” (150 mm). Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. 89 Foto 38: Conjunto Moto bomba - Sistema da ETA III – Elevatória 1. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. 4.16.2.2 Elevatória 2 O sistema de bombeamento da adutora de água tratada do Reservatório enterrado da ETA III para o “Reservatório Elevado Jd. Carolina”, que abastece a região do Jardim Carolina é composto de um conjunto moto bomba descrito no Quadro 5 e na Foto 39 abaixo: Quadro 5: Características do conjunto moto bombas – Elevatória 2. CONJUNTO Conjunto Moto bomba – 1 CARACTERÍSTICAS Marca Mark Piless mod. MARK REC 15 com motor de 30 CV, com sucção de diâmetro 8” (200 mm) e recalque com diâmetro de 6” (150 mm). Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. 90 Foto 39: Conjunto Moto bomba - Sistema da ETA III – Elevatória 2. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN. 4.16.2.3 Elevatória 3 O sistema de bombeamento da adutora de água tratada do reservatório enterrado da ETA III para o “Reservatório Jardim Itamarati” esta temporariamente desativada, o abastecimento do Jardim Itamarati esta sendo feito pela Elevatória 2 (Jd. Carolina). Maiores detalhes a respeito das redes de distribuição estão dispostos no ANEXO B. 4.17 Determinação dos setores de abastecimento de água Segundo o Plano Diretor de Combate as Perdas no Sistema de Abastecimento de Água desenvolvido no município foi definido em planta do sistema de distribuição de água do município de Artur Nogueira, a princípio, 14 (quatorze) setores de abastecimento: Setor Zona Centro E1; Setor Zona Centro E2; Setor Blumenau; Setor Palmeiras; Setor Coração Criança; Setor Bom Jardim; Setor Belo Vista I; Setor Belo Vista II; Setor Conservani; Setor Itamarati; Setor Carolina; Setor Jd. Planalto; Setor Sacilotto; Setor Ida Sia. A Figura 12 abaixo ilustra o mapa da divisão dos setores de distribuição de água. Maiores detalhes podem ser encontrados no ANEXO B. 91 92 Figura 12: Mapa da divisão dos setores de distribuição de água. Fonte: Plano Diretor de Combate as Perdas no sistema de Abastecimento de Água de Artur Nogueira. 4.18 Detalhamento das áreas atendidas pelo abastecimento Segundo dados contidos no Plano Diretor de Combate as Perdas no Sistema de Abastecimento de Água, apenas a área urbana é atendida pelo serviço de abastecimento de água do município. O ANEXO B apresenta a planta geral do município e as localidades atendidas pelo sistema. 4.19 Planos, programas e projetos elaborados e em fase de execução no território municipal A seguir estão descritos os planos, programas e projetos elaborados ou em fase de execução no território de Artur Nogueira: Estudo de Macromedição – Concluído; Sistema de Telemetria – Concluído, porém operando parcialmente; Estudo Georreferenciado da Rede – Em andamento; Construção da Estação de Tratamento de Lodo ETA II – Em andamento; Projeto para construção de Estação de tratamento de Lodo ETA III – Não iniciado; Construção de reservatório de 600 m³ - ETA III – Concluído; Ampliação da ETA III – Em andamento; Construção de Adutora de Água Bruta Represa Poquinha – ETA III – Aguardando recurso; Construção de Poço Viveiro – Em andamento; Desassoreamento da Represa Mariano Batista “Cotrins” – Em andamento. 4.20 Arranjo institucional, sistema de gestão, de planejamento, de tarifação, de regulação e de controle O arranjo institucional, sistema de gestão e planejamento pode ser identificado no organograma do SAEAN, apresentado na Figura 13 abaixo. 93 Presidente Superintendente SAEAN Gestão da Produção e Qualidade Gestão de Serviço e Suprimentos Gestão de Recursos Financeiros Gestão de Desenvolvimento Gestão Jurídica Gestão Social Figura 13: Organograma – SAEAN. Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira - SAEAN, 2013. 4.21 Despesas e receitas operacionais O órgão responsável por avaliar os valores das cobranças pelos serviços de tratamento e distribuição de água tratada é a Agência Reguladora – ARES PCJ. A Tabela 17 a Tabela 21 apresentam o quadro de tarifas, tais valores são atribuídos em faixas acumulativas, ou seja, cobra o mínimo em cada faixa. Tabela 17: Tarifa para a água. 94 Consumo Preço De 0 a 10 m³ Valor fixo R$ 19,25 De 11 a 20 m³ Valor m³ R$ 2,41 De 21 a 30 m³ Valor m³ R$ 3,01 De 31 a 50 m³ Valor m³ R$ 4,36 Acima de 50 Valor m³ R$ 7,20 Fonte: ARES PCJ – Portaria 65/2014 http://www.arespcj.com.br/resolucoes/87291_Resolu%C3%A7%C3%A3o_n%C2%BA_65_2014__Artur_Nogueira.pdf. Tabela 18: Custo dos Serviços. Serviços Serviços de Fornecimento de Água Caixa padrão completa para medição de água de 1 hidrômetro Caixa padrão completa para medição de água de 2 hidrômetros Caixa padrão completa para medição de água de 3 hidrômetros Caixa padrão completa para medição de água de 4 hidrômetros Caixa padrão completa para medição de água de 5 hidrômetros Ligação completa de água em ruas pavimentadas Ligação completa de água em ruas não pavimentadas Tarifa de deslocamento Complementação de água com caixa padrão Ligação parcial de água Divisão de ramal de água Substituição de ramal de água até a calçada Serviço de Esgoto Ligação de esgoto em ruas pavimentadas Ligação de esgoto em ruas não pavimentadas Localização de esgoto na calçada Extravasamento de esgoto em ramal (motivado pelo usuário) Serviço de Água e Esgoto Ligação completa de água e esgoto Ligação parcial de água e esgoto Serviço de Manutenção Cavalete causado pelo usuário Substituição Cavalete Hidrômetro (em caso de violação, quebra ou avaria motivada pelo usuário) Registro do cavalete (Com fornecimento de registro) Registro do cavalete (Sem fornecimento de registro) Violação de dispositivo de lacre Recomposição de Pavimento Asfáltica causado pela SAEAN Asfáltica causado pelo usuário (m²) Concreto causado pela SAEAN Concreto causado pelo usuário (m²) Abertura ou Fechamento de Água Água no cavalete Água na rua/calçada (acrescido do custo dos materiais) Regulatização de Cavalete (mudança de local) Por solicitação da SAEAN Por solicitação do proprietário Aferição de Hidrômetro com ou sem Contatação de Variação Metrológica Por solicitação da SAEAN Por solicitação do proprietário Valor (R$) 100,00 149,00 224,00 299,00 373,00 475,00 310,00 21,00 155,00 175,00 155,00 175,00 440,00 300,00 110,00 70,00 595,00 275,00 55,00 95,00 105,00 35,00 20,00 46,00 Gratuito 55,00 Gratuito 35,00 25,00 100,00 Gratuito 50,00 Gratuito 40,00 95 Serviços Taxa de visita improdutiva por solicitação do proprietário Emissão de Segunda Via de Aviso de Recibo de Água Por culpa do prestador de serviço, retirada no atendimento Emitida pelo usuário por meio da (internet) Solicitada no atendimento Serviços Administrativos Expediente ou requerimento que implique em pesquisa Cadastro físico e condições de água e esgoto Laudo de viabilidade (por lote) Retirada de edital de licitação (por folha) Atestado / Declaração Entrega de conta via correio Certidão negativa de débito emitido na SAEAN Certidão negativa de débito emitido pela (internet) Fornecimento de Água Potável Com veículo do SAEAN Com veículo de terceiros (por m³) Fornecimento de Água Não Potável Com veículo de terceiros (por m³) Anállise de Água com Emissão de Laudo Físico-químico Bacteriológico Cópias Reprográficas Simples Autenticada Suporte para Loteamento e Condomínios Horizontais Para uso do sistema de água - por m² Para uso do sistema de esgoto - por m² Suporte para Loteamento e Condomínios Verticais Para uso do sistema de água - por m² Para uso do sistema de esgoto - por m² Destinação Final de Resíduos Na ETE do SAEAN, transportado pelo usuário (por m³) Na ETE do SAEAN, transp. pelo SAEAN em perímetro urbano - (por m³) Valor (R$) 22,00 4,80 Gratuito 4,80 8,00 26,00 32,00 2,50 7,50 4,90 8,50 Gratuito 160,00 16,00 1,60 52,00 52,00 0,50 1,50 2,00 2,00 3,70 3,70 26,00 24,00 Fonte: ARES PCJ – Portaria 65/2014 http://www.arespcj.com.br/resolucoes/87291_Resolu%C3%A7%C3%A3o_n%C2%BA_65_2014__Artur_Nogueira.pdf. 96 Tabela 19: Ligações e faturamento. NÚMERO DE LIGAÇÕES 14.301 Total (ativas + inativas) / ligações 13.210 Ativas – micromedidas / ligações FATURAMENTO DE ÁGUA DISTRIBUÍDA NO MUNICÍPIO 7.417,16 m³/dia Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN, 2013. Tabela 20: Ligações e faturamento. VOLUME DE ÁGUA CONSUMIDO NO MUNICÍPIO - MEDIDO E ESTIMADO MEDIDO: 5.216,83 m³ / dia QUANTIDADE DE LIGAÇÕES POR CATEGORIA COM HD. (Unid.) SEM HD. (Unid.) CONSUMO MEDIDO (m³) CONSUMO FATURADO (m³) RESIDENCIAL 13.028 31 215.379 214.277 COMERCIAL 647 6 7.350 11.148 INDUSTRIAL 30 0 1.922 2.498 PÚBLICA 115 17 1.049 2.508 BENEFICENTE --- --- --- --- RURAL --- --- --- --- NÃO MEDIDO --- --- --- --- Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN, 2014. Tabela 21: Ligações e faturamento. QUANTIDADE DE PRÉDIOS PÚBLICOS MEDIDOS NÃO FATURADOS PREFEITURA 101 BOMBEIRO --- HOSPITAIS 3 ESCOLAS 29 Unidades Fonte: Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira – SAEAN, 2013. 4.21.1 Ligações de água (uso residencial, comercial e industrial) 14.301 ligações existentes; 13.210 ligações ativas. (93,71 %); 13.820 ligações com hidrômetros (99,32 %); 130 ligações com isenção de tarifa. (0,81 %). 97 4.21.2 Ligações distribuídas em função da faixa de consumo 1,0 a 15,0 m³/ mês; 9.178 ligações (56,07 %); 15,1 a 30,0 m³/ mês; 3.861 ligações (33,55 %); 30,1 a 40,0 m³/ mês; 408 ligações (5,27 %); 40,1 a (acima) m³/ mês; 281 ligações (3,88 %). 98 MÓDULO III – ESGOTAMENTO SANITÁRIO 5. DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 5.1 População atendida e demanda atual O Sistema de Esgotamento Sanitário encontra-se sob a responsabilidade do SAEAN Serviço de Água e Esgotos do Município de Artur Nogueira. Atualmente o município realiza o serviço de coleta e afastamento em 97% da área urbanizada, não conferindo o tratamento adequado ao esgoto produzido. O sistema de esgotos sanitários é composto por 115 km de redes coletoras, pequenos trechos de coletores - troncos, e 3 km de emissários ligados a ETE Três Barras, possui duas lagoas de decantação (Itamarati e Stocco), praticamente inoperantes, nas bacias dos córregos (dos Pires e das Três Barras), situados na região norte e sul da cidade respectivamente. As ETEs Três Barras e Stocco encontram-se em processo de construção. O município de Artur Nogueira possui dois pequenos parques industriais denominados (Parque Industrial Batistela e Parque Industrial Itamarati), onde se encontram instaladas pequenas empresas que são abastecidas pelo sistema público de distribuição de água do município, e os esgotos gerados também coletados pelo sistema público de coleta e afastamento de esgotos do município. Isoladamente, nas proximidades da malha urbana, existem pequenos loteamentos de chácaras e condomínios, que integram os 3% de área de coleta faltantes, sendo abastecidos por sistemas de captações de águas subterrâneas e disposições dos esgotos em fossas sépticas instalados nos locais descritos. Para o esgotamento sanitário do município de Artur Nogueira, consideram-se as ocupações existentes e os vetores de expansão encontrados, e também a localização do perímetro urbano topograficamente distribuído. 99 5.2 Projeção de demanda futura baseada nos estudos de crescimento populacional Segundo AZEVEDO NETO (1998), no Estado de São Paulo, o consumo médio per capita, mínimo admitido, é de 200 litros por habitante e por dia. No caso do município de Artur Nogueira, segundo dados fornecidos por meio de questionários, o consumo médio per capita é de 154,9 litros por habitante e por dia. Dessa forma, se adotarmos uma taxa de geração de efluentes direcionada a 80% do consumo por habitante/dia, conclui-se que o volume aproximado de geração de efluentes é de 124 L/hab.dia, com uma taxa de contribuição de infiltração de 0,5 L/s.Km (NBR 9649). Considerando a população urbana, o percentual de atendimento pelo sistema é de 97%, com o valor 41.177 habitantes, e ainda que a extensão da rede coletora é de 118.734 metros, chega-se a uma extensão per capta de 2,88 m/hab. Se considerar a área rural, “não atendida” pelo sistema, o percentual decai para 88%. Na Tabela 22 abaixo se demonstram tais valores: 100 Tabela 22: Projeção de geração de esgoto. Ano Q (Tx. Cresc.) SEADE Projeção da População 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 2040 2041 2042 2043 2,10% 2,10% 2,10% 1,47% 1,47% 1,47% 1,48% 1,47% 1,17% 1,17% 1,17% 1,17% 1,17% 0,89% 0,89% 0,89% 0,89% 0,89% 0,89% 0,89% 0,89% 0,89% 0,89% 0,89% 0,89% 0,89% 0,89% 0,89% 0,89% 0,89% 0,89% 42.451 43.343 44.254 44.906 45.568 46.238 46.921 47.611 48.168 48.731 49.301 49.877 50.460 50.911 51.366 51.825 52.289 52.756 53.228 53.703 54.184 54.668 55.157 55.650 56.147 56.649 57.155 57.666 58.182 58.702 59.226 5.3 % Atendimento Projeção da População atendida (L/hab./dia) 88% 37.230 124 90% 39.009 124 97% 42.926 124 97% 43.559 124 98% 44.657 124 98% 45.313 124 98% 45.983 124 98% 46.659 124 98% 47.205 124 98% 47.756 124 98% 48.315 124 98% 48.879 124 99% 49.955 124 99% 50.402 124 99% 50.852 124 99% 51.307 124 99% 51.766 124 99% 52.228 124 100% 53.228 124 100% 53.703 124 100% 54.184 124 100% 54.668 124 100% 55.157 124 100% 55.650 124 100% 56.147 124 100% 56.649 124 100% 57.155 124 100% 57.666 124 100% 58.182 124 100% 58.702 124 100% 59.226 124 Fonte: Maximus Environmental, 2013. Geração (m³/dia) Extensão de Rede (m) Vazão de Infiltraçã o (L/s) 4.613 4.834 5.319 5.398 5.534 5.615 5.698 5.782 5.850 5.918 5.987 6.057 6.190 6.246 6.302 6.358 6.415 6.472 6.596 6.655 6.714 6.774 6.835 6.896 6.958 7.020 7.083 7.146 7.210 7.274 7.339 118.734 121.345 123.628 125.449 128.611 130.502 132.430 134.377 135.949 137.538 139.147 140.773 143.872 145.157 146.455 147.763 149.086 150.418 153.297 154.665 156.050 157.444 158.852 160.272 161.703 163.149 164.606 166.078 167.564 169.062 170.571 53,4 55,9 61,6 62,5 64,0 65,0 66,0 66,9 67,7 68,5 69,3 70,1 71,6 72,3 72,9 73,6 74,2 74,9 76,3 77,0 77,7 78,4 79,1 79,8 80,5 81,2 82,0 82,7 83,4 84,2 84,9 Déficit de atendimento – fatores determinantes, causas e consequências Atualmente, o município realiza apenas a coleta dos esgotos, sendo estes lançados in natura na Bacia Stocco, correspondendo a 65% e Bacia do Ribeirão Três Barras, correspondendo a 35%. Os sistemas de tratamentos de esgotos existentes encontram-se totalmente saturados, ineficientes, não atendendo as legislações vigentes. Trata-se de duas lagoas de decantação, uma para cada uma das bacias, totalmente saturada; sendo que os esgotos que passam por estas lagoas são lançados aos córregos praticamente “in natura”. Deverão ser desativadas, para posteriormente serem submetidas ao processo de limpeza e recuperação das mesmas. 101 Desta forma os problemas enfrentados pelo município são de caráter de falta de infraestrutura e obsolescência do tratamento atual, o que gera uma carga poluidora no valor de 2.238 kg/DBO/dia para os corpos receptores (CETESB, 2012). 5.4 Número de ligações e de economias atendidas – atual e projeção futura Artur Nogueira possui em sua área territorial duas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) em processo de construção, que serão operadas pelo próprio município. Atualmente a cidade dispõe da seguinte infraestrutura, descrita conforme a Tabela 23 abaixo. Tabela 23: Estrutura do Sistema de Esgotamento Sanitário de Artur Nogueira. Sistema de Esgotamento Sanitário de Artur Nogueira Nº economias (2013) 12.989 unidades População Atendida- Urbana (2013) 41.177 habitantes Rede coletora 118 km Emissário --Tratamento Duas Lagoas de Estabilização Fonte: SAEAN, 2013. 102 5.4.1 Projeção Futura Segundo dados fornecidos pela Prefeitura Municipal de Artur Nogueira, por intermédio de questionário aplicado, pode-se resumir a quantidade de ligações dividas em categorias existentes na cidade, de acordo com a Tabela 24 a seguir. Tabela 24: Ligações de esgoto por categoria. CATEGORIA RESIDENCIAL COMERCIAL INDUSTRIAL PÚBLICA TOTAL LIGAÇÕES 12.234 604 23 128 12.989 PORCENTAGEM (%) 94,19 4,65 0,18 0,98 100,00 Fonte: Prefeitura Municipal de Artur Nogueira, 2013. De acordo com as projeções populacionais, pode-se estimar a taxa de crescimento do município em um horizonte de 30 anos. Com base neste crescimento torna-se possível o cálculo de projeção futura do número de ligações por categoria no município, como descrito na Tabela 25 abaixo. Ano 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 2040 2041 2042 2043 Total 42.451 43.343 44.254 44.906 45.568 46.238 46.921 47.611 48.168 48.731 49.301 49.877 50.460 50.911 51.366 51.825 52.289 52.756 53.228 53.703 54.184 54.668 55.157 55.650 56.147 56.649 57.155 57.666 58.182 58.702 59.226 Tabela 25: Projeção do número de ligações por categoria. Número de População Ligações Taxa de Atendimento (%) População Atendida Totais Residencial 88% 37.230 12.989 12.234 90% 39.009 13.262 12.470 97% 42.926 13.541 12.709 97% 43.559 13.740 12.873 98% 44.657 13.943 13.173 98% 45.313 14.148 13.342 98% 45.983 14.357 13.513 98% 46.659 14.568 13.685 98% 47.205 14.738 13.822 98% 47.756 14.911 13.960 98% 48.315 15.085 14.098 98% 48.879 15.261 14.232 99% 49.955 15.440 14.504 99% 50.402 15.578 14.603 99% 50.852 15.717 14.702 99% 51.307 15.857 14.802 99% 51.766 15.999 14.902 99% 52.228 16.142 14.997 100% 53.228 16.286 15.250 100% 53.703 16.432 15.351 100% 54.184 16.579 15.452 100% 54.668 16.727 15.554 100% 55.157 16.877 15.655 100% 55.650 17.028 15.757 100% 56.147 17.180 15.858 100% 56.649 17.333 15.960 100% 57.155 17.488 16.062 100% 57.666 17.645 16.164 100% 58.182 17.802 16.265 100% 58.702 17.961 16.367 100% 59.226 18.122 16.468 Fonte: Maximus Environmental, 2013. Ligações por Categoria Comercial 604 616 627 636 650 659 667 676 682 689 696 703 716 721 726 731 736 740 753 758 763 768 773 778 783 788 793 798 803 808 813 Industrial 23 24 24 25 25 25 26 26 26 27 27 27 28 28 28 28 28 29 29 29 30 30 30 30 30 31 31 31 31 31 31 Pública 128 130 132 134 137 139 141 142 144 145 147 148 151 152 153 154 155 156 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 103 5.5 Caracterização dos sistemas operados pelo SAEAN – Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira 5.5.1 População Atendida A população atendida pelas redes de coleta de esgotos é de 97%, sendo o restante da população localizada em pequenos loteamentos de chácaras e condomínios e uma pequena parcela da população urbana. 5.5.2 Área de Abrangência A área de abrangência é de 97% da área urbana, contando apenas com a coleta e afastamento dos esgotos, sendo estes destinados aos corpos receptores sem processo de tratamento. 5.5.3 Perspectiva de Ampliação 104 O município atualmente conta com duas lagoas de decantação inoperantes devido ao assoreamento das mesmas. Por este motivo, encontra-se em fase de construção duas Estações de Tratamento de Esgotos, sendo elas a ETE Stocco e a ETE Três Barras, com o objetivo de projeto de captar e tratar os esgotos gerados na porção urbana do município. Tal implantação das ETEs visa atender os seguintes quesitos: Tratamento Preliminar: O tratamento do esgoto inicia-se com o gradeamento em #25 mm, seguido do peneiramento em malha de 1 mm, e desarenação em caixa de areia do tipo “canal com velocidade constante”. A medição da vazão e controle do nível à montante é feito em vertedor de canal aberto tipo Calha Parshall. Tratamento Secundário: Após a desarenação o esgoto é bombeado para a alimentação do Reator anaeróbio/aeróbio por meio de 2 conjuntos moto bomba centrífuga reautoescorvantes, com vazão (cada conjunto) de 160 m³/hora, altura manométrica 18 m.c.a e motor de 25 CV. (Está previsto um terceiro conjunto motor bomba de reserva). No interior do Reator ocorre o processo biológico de tratamento do esgoto cujo objetivo é converter a matéria orgânica a compostos mais simples, passíveis de serem removidos da fase líquida ou com menor potencial de causar impacto ambiental. O processo biológico anaeróbio da primeira etapa do tratamento do esgoto é feito no compartimento do Reator anaeróbio, onde ocorre a degradação da matéria orgânica, gerando CH4 + CO2 + H2O + SS. A remoção do gás sulfídrico presente no biogás gerado no processo anaeróbio é feita, previamente no interior do Reator, no lavador de gases tipo reator de contato seguido de queima em flare de chama aparente. O processo biológico aeróbio é conduzido no compartimento do Reator aeróbio, com o fornecimento de oxigênio ao meio líquido que, junto ao lodo aeróbio, promovem a degradação da carga orgânica remanescente. O fornecimento de oxigênio é feito por sistema de aeração tipo Ar Difuso com Bolhas Finas, através de 2 Sopradores tipo ROOTS, com vazão (cada um) de 1.200 m³/hora, com pressão de saída de 5 m.c.a e motor de 40 CV. (Está previsto um terceiro Soprador de reserva). Após a aeração, o efluente é conduzido ao Decantador Secundário do Reator, onde ocorrem a separação e a recirculação do lodo, acelerando a degradação da matéria orgânica no tanque de aeração. No Reator ocorre a integração de quatro processos: anaeróbio, aeróbio, decantação e tratamento do biogás. Desinfecção: Antes do descarte do esgoto tratado será feita a desinfecção, através da cloração no Tanque de Contato, cuja finalidade é a eliminação de microrganismos patogênicos. O processo consiste na aplicação de cloro, na modalidade líquida, na solução de 12% de Hipoclorito de Sódio. A dosagem do cloro é feita na entrada do Tanque de Contato, que possui o tempo de detenção de 30 minutos. 105 A solução de Hipoclorito de Sódio será armazenada em tanque vertical, com volume de 10 m³, e autonomia de 15 dias. A dosagem será feita através de uma Bomba Dosadora Eletromagnética Digital – Pulsante, com vazão de 20 litros/hora. O esgoto tratado, antes do descarte final no corpo receptor, passará por uma medição, através de uma Calha Parshall, pré-fabricada em fibra de vidro, de Garganta W=9”, cuja finalidade é o acompanhamento da operação estabelecendo um registro de vazões. Numa segunda etapa da obra, consiste na fase sólida, com o desaguamento mecanizado do lodo biológico excedente para viabilizar o seu acondicionamento, transporte e disposição final adequado em aterro sanitário para resíduos sólidos classe 2ª. Nesta fase será construída a Casa de Lodo, com a instalação de um Decanter Centrífugo (Centrífuga), para lodo biológico, com capacidade para 3,0 m³/hora de lodo a 2% de sólidos. Será instalado uma bomba de recalque de lodo, com vazão hidráulica de 1,5 a 3,0 m³/hora, com motor de 3 CV. Fará parte ainda, desta Casa de Lodo, a instalação de uma bomba dosadora de polieletrólito de vazão 240litros/hora, um Agitador lento para o preparo e um tanque de polieletrólito de volume 3,0 m³. N 1ª. Etapa da ETE, não haverá descarte de lodo, tendo em vista que a contribuição de esgotos é baixa e o reator estará em fase de acúmulo de biomassa, o que deverá durar aproximadamente 18 a 24 meses. A Terceira etapa será a inclusão do Tratamento Terciário para a remoção de Nitrogênio e Fósforo. 5.5.4 Eficiência e corpo receptor Finalizadas as construções das ETEs Stocco e Três Barras objetiva-se a eficiência no tratamento dos esgotos gerados no município, buscando atender a legislação, melhorias na situação existente e também visa garantir a segurança do meio ambiente, para que o impacto ambiental nos corpos receptores seja minimizado. 106 5.5.5 Problemas e Dificuldades De acordo com os dados fornecidos pelo SAEAN, por intermédio de questionários aplicados, levantam-se os principais problemas e dificuldades do sistema de esgotamento sanitário do município sendo eles: Falta de infraestrutura; Problemas com uso e ocupação do solo; Obsolescência do sistema de tratamento atual; Mau funcionamento dos conjuntos motobomba das elevatórias de esgoto; Indisponibilidade de mão de obra qualificada para manutenção e operação dos equipamentos; Subdimensionamento hidráulico dos conjuntos motobomba; Estação elevatória sujeita a inundações; Lançamento de esgotos não tratados nos corpos receptores. 5.5.6 Soluções Futuras 107 Trata-se de um sistema misto conjugado de tratamento biológico anaeróbio e aeróbio, que consome menos energia elétrica em seu processo operacional, gerando menor volume de lodos digeridos; permitindo instalações com maior capacidade de tratamento em menor espaço físico disponível. Este sistema encontra-se em processo de implantação em vários municípios da região, apresentando excelentes resultados; principalmente quando se trata de eficiência operacional. Além disso, geram volumes de lodos bem menores quando comparados com outros sistemas adotados. Estes lodos são digeridos, dispensando tratamentos específicos para disposição em locais permitidos. Existem estudos que tratam da disposição destes lodos em solo, ou mesmo na utilização em processos de fabricação de tijolos e outros; porém ainda não se sabe desta utilização em processos contínuos de fabricações. 5.5.7 Caracterização dos sistemas coletivos não operados pelo SAEAN As margens da rodovia Zeferino Vaz, encontram-se instaladas algumas empresas, e dentre elas, a empresa Teka Tecelagem Ltda, que possui seu próprio sistema de tratamento de águas e efluentes, realizando o correto encaminhamento para o corpo receptor, minimizando desta forma o impacto ambiental. 5.5.8 Caracterização das soluções individuais adotadas e respectivos impactos ao meio ambiente O município de Artur Nogueira conta com uma população rural de 4.456 habitantes, que não são contemplados com rede coletora de esgoto devido as suas localizações geográficas. Desta forma faz-se necessário o uso de formas alternativas de tratamento dos esgotos, sendo estes sistemas individuais, por meio de fossas sépticas e fossas negras. Segundo a NBR 13.969 de Setembro de 1997, descrita em referências a, “Tanques Sépticos - Unidades de Tratamento Complementar e Disposição Final dos Efluentes Líquidos – Projeto, Construção e Operação”, este sistema decorre das necessidades de saneamento básico efetivo das áreas não abrangidas por sistema de rede coletora municipal e tratamento de esgotos, da proteção do meio ambiente e do manancial hídrico. Contudo, esses fatores não impedem que seus usuários desenvolvam outros processos mais compactos, econômicos e eficientes, como, por exemplo, a incorporação de um tanque anaeróbio em substituição ao tanque séptico; reator biológico o qual faz uso da membrana filtrante para obtenção direta do efluente para reuso, entre outros. De modo geral, em um sistema de tratamento de esgotos, os custos de implantação e de operação são proporcionais ao volume de esgoto a ser tratado. Além disso, como regra geral, quanto mais concentrado é o esgoto, mais fácil é o seu processo de depuração. Sendo assim, no planejamento do sistema de tratamento de esgotos contidos em áreas rurais, é de fundamental importância a redução do seu volume, ou seja, exige frequentemente uma mudança de procedimento nas atividades que envolvam o consumo de água, no hábito dos usuários, na adoção de equipamentos e dispositivos sanitários que demandem menos água para funcionamento, tais como torneiras com menor vazão, vasos sanitários com volume 108 menor de água necessária, no reuso das águas antes do seu lançamento ao sistema de tratamento, entre outros. Diante da escassez dos recursos hídricos facilmente exploráveis, o atendimento da população das áreas rurais urbanas com água potável em abundância está sendo tarefa cada vez mais difícil de ser cumprida. No entanto, o usuário não pode eximir-se da responsabilidade de verificação de alguns aspectos técnicos por ocasião do estudo para implantação do sistema, tais como os dados sobre vazões reais a serem tratadas, as características do esgoto, do solo, do nível aquífero, das condições climáticas locais, entre outros, quando for o caso. Sendo estes sistemas sépticos considerados como individuais, é muito difícil estimar a eficiência do mesmo, principalmente quando abordado em áreas rurais, onde a tipologia do solo pode variar bastante frente ao processo de infiltração do efluente tratado após a passagem pelo sumidouro. 5.6 Corpos receptores 5.6.1 Caracterização Os mananciais superficiais que recebem os efluentes provenientes do Sistema de Tratamento de Esgoto de Artur Nogueira são: Ribeirão Sítio Novo e o Ribeirão Três Barras, pertencentes a sub-bacia do Jaguari com localização na Bacia Hidrográfica dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí – Bacias PCJ. 5.6.1.1 Córrego Cotrins O Cotrins é um dos formadores do Córrego Sítio Novo e tem nascentes principais nas proximidades da Empresa Kels e no Pesqueiro Wada. O Córrego Cotrins se encontra com o Córrego dos Amarais, formando o Córrego Sítio Novo. Nos últimos anos o Córrego Cotrins vem recebendo da municipalidade atenção diferenciada, tendo em vista a urbanização realizada nas ruas de sua orla, mas necessita ainda de recuperação e manutenção na mata ciliar nas margens e nascentes. 109 5.6.1.2 Ribeirão Três Barras O Ribeirão Três Barras pode ser considerado o mais poluído da região. Esse córrego tem como principais nascentes as provenientes da Lagoa dos Pássaros e da Lagoa do Balneário Municipal, mananciais localizados dentro da cidade. As lagoas recebem águas pluviais com toda carga de poluição difusa em consequência das enxurradas do ambiente urbano. Logo após receber águas dessas nascentes, o ribeirão Três Barras recebe parte do esgoto sanitário da cidade de Artur Nogueira, lançada in natura. Quando encontra o afluente Sítio Novo, já no município de Cosmópolis, recebe o restante do esgoto de Artur Nogueira. O Córrego Três Barras corre no sentido Sul do município de Artur Nogueira e deságua no Ribeirão Pirapintingui após a represa do mesmo nome no município de Cosmópolis. Destaca-se como afluente do Ribeirão Três Barras o Córrego Sítio Novo localizado no Oeste de Artur Nogueira. 5.6.2 Qualidade do Corpo Hídrico Receptor 110 Por meio de informações apresentadas no Relatório da Qualidade de Águas Superficiais 2012, publicado pela CETESB, é possível avaliar a qualidade do corpo hídrico receptor do efluente oriundo da cidade de Artur Nogueira. A Figura 14 abaixo demonstra a localização do ponto de amostragem utilizado para o monitoramento/avaliação da qualidade das águas superficiais, sendo o posto de monitoramento denominado TREB 02950, localizado na cidade de Cosmópolis permitindo desta forma a avaliação da qualidade real deste corpo receptor. Figura 14: Localização dos postos de monitoramento do Ribeirão Três Barras Fonte: Relatório da Qualidade das Águas Superficiais - CETESB, 2012. As Figura 15 e Figura 16 abaixo apresentam os resultados obtidos do monitoramento feito no Ribeirão Três Barras. 111 Figura 15: Apresentação dos resultados do monitoramento do Ribeirão Três Barras - Média de 2012 e para o período de 2007 a 2011. Fonte: Relatório da Qualidade das Águas Superficiais - CETESB, 2012. Figura 16: Resultados das médias mensal e anual do IQA – 2012 para o Ribeirão Três Barras. Fonte: Relatório da Qualidade das Águas Superficiais - CETESB, 2012. Sendo assim, é possível admitir que o Ribeirão Três Barras apresenta condições variando de ruim a péssima , segundo a classificação, não apresenta IQA- Índice de Qualidade das Águas satisfatório. Quanto ao Córrego Cotrins, este não recebe ponto de monitoramento de qualidade de água por parte da CETESB, não sendo possível classifica-lo. 5.7 Impactos Ambientais O lançamento de efluentes in natura causam vários problemas socioambientais, impactos significativos sobre a vida aquática e o meio ambiente como um todo. Os dejetos elevam a concentração de nutrientes num determinado corpo d’água, podendo ocorrer o processo de eutrofização do mesmo. Sendo assim, vários órgãos fiscalizadores, a maioria governamentais, foram incumbidos da responsabilidade de criar e aplicar as leis ambientais ao longo dos anos. Portanto mostra-se imprescindível a existência de processos de tratamento para águas, esgotos e sistemas de manejo de resíduos. 5.8 Estudo epidemiológico correlacionando-o com os serviços de saneamento básico Com a análise dos dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, através do portal DATASUS, 2010, foi possível relacionar a ocorrência de doenças no município de Artur Nogueira a fatores ligados ao saneamento básico, ou seja, ao déficit de atendimento no setor de saneamento básico. Com a análise desses dados, como informações sobre os tipos de internações; causas da morte; etc. foi possível concluir que as principais causas de internações no município são por motivos de gravidez, parto, puerpério e também doenças do aparelho respiratório, não estando essas internações relacionadas ao saneamento básico. A Tabela 26 demonstra a ocorrência de uma porcentagem de 3,3% e doenças infecciosas e parasitárias, não informando, porém a causa de tais doenças, não podendo relaciona-las estritamente à falta de saneamento, pois estas podem ter outras causas. As demais doenças apresentadas na tabela não tem relação com doenças de vinculação hídrica, não estando assim, relacionadas ao saneamento. 112 Tabela 26: Distribuição percentual das internações por grupo de causas e faixa etária – CID 10 – ano de 2009. Capítulo CID Total 3,3 Algumas doenças infecciosas e parasitárias 6,4 Neoplasias (tumores) 0,8 Doenças de sangue; órgãos hematológicos e transtorno imunitário 1,8 Doenças endócrinas; nutricionais e metabólicas 5,4 Transtornos mentais e comportamentais 1,9 Doenças do sistema nervoso 0,1 Doenças do olho e anexos 0,2 Doenças do ouvido e da apófise mastoide 7,9 Doenças do aparelho circulatório 10,3 Doenças do aparelho respiratório 9,0 Doenças do aparelho digestivo 0,8 Doenças da pele e do tecido subcutâneo 5,5 Doenças sistema osteomuscular e tecido conjuntivo 4,7 Doenças do aparelho geniturinário 25,0 Gravidez; parto e puerpério 2,3 Algumas afecções originadas no período perinatal 0,7 Malformação congênita; deformidade e anomalias cromossômicas 1,7 Sintomas, sinais e achados anormais. 9,1 Lesões eventuais e alguma outra consequência; causas externas 0,1 Causas externas de morbidade e mortalidade 3,0 Contatos com serviços de saúde 100,0 Total Fonte: SIH/SUS. Situação da base de dados nacional – 2010. 113 Ainda analisando a ocorrência de doenças relacionadas à falta de saneamento básico, dados apresentados pelo Centro de Vigilância Epidemiológica/Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar – DDTHA, para o ano de 2012 no município de Artur Nogueira não foram registrados nenhum tipo de surtos de doenças transmitidas por água e alimentos contaminados, como por exemplo, ausência de casos de diarreia (DTA) (DDTHA/CVE, 2012). Com referência ao esgotamento sanitário, o destino adequado dos dejetos humanos visa, fundamentalmente, ao controle e à prevenção de doenças a eles relacionadas. As soluções a serem adotadas terão os seguintes objetivos: a) Evitar a poluição do solo e dos mananciais de abastecimento de água; b) Evitar o contato de vetores com as fezes; c) Propiciar a promoção de novos hábitos higiênicos na população; d) Promover o conforto e atender ao senso estético. Doenças Tabela 27: Riscos relacionados por contaminação por efluentes. Agente patogênico Transmissão Bactéria Febre tifóide e paratifóide Cólera Diarréia aguda Vírus Hepatite A e E Poliomielite Diarréia aguda Protozoário Diarréia aguda Toxoplasmose Helmintos Ascaridíase Tricuríase Ancilostomíase Esquistossomose Teníase Cistecercose 5.9 Salmonella typhi e paratyphi Vibrio cholerae O1 e O139 Shigella sp. Escherichia coli, Campylobacter e Yersinia Enterocolitica Vírus da hepatite A Vírus da poliomielite Vírus Norwalk Rotavírus Astrovirus Adenovírus Calicivirus Entamoeba histolytica Giardia lamblia Cryptosporidium spp. Balantidium coli Toxoplasma gondi Fecal-oral em relação à água Ascaris lumbricoides Trichuris trichiura Ancylostoma duodenale Fecal-oral em relação ao solo (geohelmintose) Abastecimento de água (implantação e/ou ampliação de sistema) Imunização Qualidade da água/desinfecção Instalações sanitárias (implantação e manutenção) Contato da pele com água contaminada Taenia solium Ingestão de carne mal Taenia saginata cozida Fecal-oral, em relação a Taenia solium água e alimentos contaminados Fonte: Manual de Saneamento FUNASA. Schistosoma mansoni Medida Esgotamento sanitário (implantação e/ou ampliação de sistema) 114 Higiene dos alimentos Mapeamento das localidades atendidas com a delimitação das áreas abrangidas pelos sistemas O ANEXO C demonstra as localidades atendidas pelo sistema de coleta de esgotos. 5.10 Planos, programas e projetos elaborados e em fase de execução no território municipal Atualmente encontra-se em execução o projeto de construção das ETEs Três Barras e Stocco. 5.11 Arranjo institucional, sistema de gestão, de planejamento, de tarifação, de regulação e de controle De acordo com informações do SAEAN, o arranjo institucional, sistema de gestão, de planejamento, regulação e de controle é o mesmo apresentado para o sistema de tratamento de água, no item 4.1- Diagnóstico dos principais componentes dos Sistemas de Tratamento e Abastecimento de Água, subitem 4.20 - Arranjo institucional, sistema de gestão, de planejamento, de tarifação, de regulação e de controle, Figura 13: Organograma – SAEAN. 5.12 Principais problemas e dificuldades (aspectos operacionais, uso e ocupação do solo, capacidade e obsolescência da infraestrutura instalada, subutilização dos sistemas) O município de Artur Nogueira, com base na projeção populacional para o ano de 2043 se encontra em fase de expansão demográfica e, consequentemente, estrutural. Este fato ressalta a necessidade do planejamento urbano, para que se evitem problemas futuros como escassez de áreas para ampliações dos sistemas de tratamento. 115 Faz-se necessário que os sistemas de saneamento tenham crescimento frente a projeção demográfica. 5.13 Análise das constantes alterações nos critérios de uso e ocupação do solo (gabaritos, índices de aproveitamento, etc.) e suas implicações sobre a capacidade da infraestrutura instalada Quanto à questão do esgotamento sanitário, o município necessita de intervenções imediatas, considerando que o único sistema de tratamento, que seriam as duas lagoas de decantação encontram-se inoperantes, por estarem assoreadas. Um dos quesitos que deve ser elencado está relacionado ao uso e ocupação do solo, caso não haja planejamento do zoneamento urbano por parte da administração pública. Para isso, haverá necessidade de estudo e acompanhamento de indicadores relacionados à capacidade de tratamento de esgotos, os quais apresentarão a situação atual do sistema por completo, ressaltando que para isso é de fundamental importância a construção das duas ETEs. A partir deste, poderão ser montados cenários, considerando o atual, o tendencial e o desejável. 5.14 Avaliação dos ativos do SAEAN relacionados ao atual conjunto de bens, instalações, edificações e equipamentos dos sistemas de esgotamento sanitário instalados no município A Tabela 28 apresenta a caracterização do sistema existente operado pelo SAEAN. Tabela 28: Caracterização do sistema existente. Parâmetro Quantitativo ETE’S 2 (em construção) Lagoas de Tratamento 2 (saturadas) Extensão das redes de distribuição de água --- Número de ligações 12.989 unid. Numero de estações elevatórias de água ---. Número de conjuntos motobombas ---. Fonte: Relatório de Fiscalização Técnica dos Sistemas de Água de Esgoto do Município de Artur Nogueira, ARES PCJ, 2013. 116 5.15 Despesas e receitas operacionais De acordo com dados fornecidos pelo SAEAN, segue abaixo a Tabela 29 com o resumo dos custos referentes aos serviços de esgotamento sanitário. Tabela 29: Custo dos serviços de esgotamento sanitário. SERVIÇO PREÇO (R$) Ligação de esgoto – ruas pavimentadas 440,00 Custos do Serviço acrescidos de 20% de taxa administrativa Custos do Serviço acrescidos de 20% de taxa administrativa Desobstrução de esgoto Extensão de rede de esgoto Recolocação ou substituição de ramal de esgoto 110,75 Recolocação ou substituição de ramal de água e esgoto 173,04 Fonte: SAEAN, 2014. 5.16 Levantamento das estações de efluentes O município de Artur Nogueira dispõe de duas Estações de Tratamento de Esgotos – ETE, que atualmente encontram-se em processo de construção. Demais detalhes estão dispostos no item 5.18 - Planejamentos do sistema de coleta e tratamento de esgoto, página 117. 5.17 Evolução das características principais do sistema de efluentes Atualmente no município o sistema de tratamento de esgoto conta apenas com redes de coleta e afastamento, sendo este lançado diretamente nos corpos receptores sem nenhum tipo de tratamento. 5.18 Planejamentos do sistema de coleta e tratamento de esgoto É obrigação do proprietário de imóvel situado em área servida por redes de coleta de efluentes, solicitar a ligação de acordo com o município e nos termos da Legislação Sanitária pertinente. A ligação somente será executada se o imóvel estiver: No mínimo com processo de aprovação em andamento; Com cadastro devidamente regularizado; Sem débito de qualquer natureza em atraso; Com as ligações internas adequadas ao despejo e dentro das normas do município de Artur Nogueira - SP. O SAEAN é o responsável pela conservação de qualquer serviço de manutenção que se fizer necessário à caixa de inspeção (quando existente), sendo que quaisquer serviços da caixa de inspeção (inclusive) e da rede pública apenas. As novas edificações servidas pela rede de efluentes devem conter uma caixa de inspeção instalada junto ao alinhamento do prédio, no passeio público, atendendo aos padrões definidos pelo município, o que constará do projeto para aprovação. 5.18.1 Fotos – Instalação das Estações de Tratamento de Esgoto Como citado anteriormente, as ETEs do município de Artur Nogueira encontram-se na etapa de implantação. As fotos das futuras ETEs são apresentadas abaixo. 117 5.18.1.1 Fotos Estação de Tratamento de Esgoto - ETE STOCCO 118 Foto 40: Local de implantação da ETE Stocco. Fonte: Maximus Environmental, 2014. Foto 41: Caixa de chegada do efluente na ETE Stocco. Data: 13/12/2013. Fonte: Maximus Environmental, 2013. 5.18.1.2 Fotos Estação de Tratamento de Esgoto - ETE Três Barras A seguir são apresentadas as Foto 42 a da Estação de Tratamento de Esgoto Três Barras. Foto 42: Local da construção da ETE Três Barras. Fonte: Maximus Environmental, 2013. 119 Foto 43: ETE Três Barras em construção. Fonte: Maximus Environmental, 2014. 120 MÓDULO IV - LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 6. DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS Os resíduos sólidos são definidos como os produtos não aproveitados das atividades humanas (domésticas, comerciais, industriais, de serviços em geral e de serviços de saúde) ou aqueles gerados pela natureza (folhas, galhos, solo e areia). Estes resíduos são gerados pela atividade humana nas residências, no comércio, na pequena indústria, nos estabelecimentos ou em outras atividades desenvolvidas no município como um todo, além dos resíduos provenientes das atividades de limpeza urbana, manutenção e conservação, realizadas pelo poder público local. No município de Artur Nogueira, a partir do ano de 2005, todo o resíduo doméstico coletado pelo serviço público municipal deixou de ser encaminhado para o lixão, passando a ser adequadamente disposto em aterro sanitário, segundo dados do Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável de 2010 a 2013. A antiga área do lixão é caracterizada como passivo ambiental, sendo monitorada e submetida ao termo de ajuste de conduta. Artur Nogueira gera cerca de 961,60 toneladas de mensalmente, e atualmente possui um sistema de coleta de resíduos domésticos que abrange 100% da área, ou seja, toda a área urbana e rural. Todo o resíduo coletado no município é encaminhado para o aterro sanitário particular ESTRE, na cidade de Paulínia. 6.1 Caracterização do tratamento 6.1.1 Capacidade instalada e limite Artur Nogueira gera um total 961,60 toneladas de resíduos mensalmente, englobando a totalidade da população, de acordo com o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos do CONSAB, 2014. 121 Atualmente os serviços de Limpeza Pública e Manejo dos Resíduos Sólidos no município são realizados por empresa terceirizada (ESTRE SPI Ambiental S/A), sendo a coleta realizada 03 (três) vezes por semana em locais alternados, encaminhando estes resíduos sólidos domiciliares adequadamente ao aterro sanitário particular ESTRE, tendo a sua capacidade limite dependente da vida útil de projeto do mesmo, que corresponde a aproximadamente 60 anos, porém sem precisão exata, por se tratar de um aterro particular, ficando esse valor dependente da demanda de resíduos enviados a ele. 6.1.2 Solução Tecnológica Quanto à gestão dos resíduos de capina e poda de árvores, estes recebem uma solução ambientalmente adequada, sendo triturados no próprio local do serviço e levados para o pátio da garagem da Prefeitura Municipal embora ainda, não esteja licenciado. Outra parte desse resíduo é doada a pequenos produtores rurais para serem utilizados como adubo orgânico, e outra parte a prefeitura realiza compostagem para utilizar em seus jardins e no viveiro municipal de mudas, cujo pátio de compostagem necessita de licença ambiental, bem como receber melhorias para sua adequação. 122 6.1.3 Localização No ano de 2013 foram encaminhados, em média, 506 toneladas por mês de resíduos domiciliares ao aterro particular. Pelo fato do município não contar com um aterro na própria cidade, existe um deslocamento aproximado de 35 quilômetros, distância entre os municípios de Artur Nogueira e Paulínia, a ser feito em cada dia de transporte de resíduos. A Figura 17 a seguir demonstra a rota de ligação entre os municípios. Figura 17: Apresentação da rota entre os municípios. Fonte: Google Maps, 2013. O Centro de Gerenciamento de Resíduos – Paulínia, onde se encontra o Aterro Sanitário localiza-se na Avenida Orlando Vedovello, s/nº - Parque da Represa - Paulínia - SP - CEP: 13144–610, conforme demonstra as Figura 18 e Figura 19 abaixo. 123 Figura 18: Localização do Aterro Sanitário no Município de Paulínia. Fonte: ESTRE Ambiental, 2013. 124 Figura 19: Vista aérea do Aterro Sanitário de Paulínia. Fonte: ESTRE Ambiental, 2013. 6.1.4 Contrato de Prestação de Serviços Segundo dados informados pela Prefeitura Municipal, os contratos referentes a coleta, trasbordo, transporte e destinação final em aterro, estão em execução segundo o Termo Aditivo Contratual nº01 - Processo 02/2012, contrato 02/2012 da concorrência 01/2012 com início em 08 de maio de 2013 e final em 08 de maio de 2014, firmado com a Empresa ESTRE SPI Ambiental S/A. Este contrato é firmado entre o CONSAB e a Empresa. 6.2 População atendida e demanda atual O município de Artur Nogueira realiza a coleta de 100% dos seus resíduos, contemplando a área urbana e rural, o que significa afirmar que os 46.907 habitantes são atendidos pelo serviço público municipal. 6.2.1 Volume produzido Com base nos dados fornecidos pelo Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos do CONSAB, 2014, tem-se que o município gera 961,60 toneladas de resíduos por mês, ou seja, 20,5 kg/ hab.mês. 6.2.2 Produção per capta Com base na população do município de 46.907 habitantes, é possível calcular a geração de resíduos diária por habitantes, de acordo com a equação abaixo. Geração per capta = = = 0,00068 T/hab.dia ou 0,68 Kg/hab.dia. Equação 5: Geração per capta. 6.2.3 Projeção de demanda futura baseada no estudo de crescimento populacional Para a projeção de geração de resíduos em um horizonte de projeto de 30 anos, foram feitos os cálculos com base na geração de resíduos apresentada anteriormente, como demonstra a Tabela 30 abaixo. 125 Tabela 30: Projeção de demanda futura de geração de resíduos. Ano População Geração (kg/hab.dia) Geração de Resíduo (T/dia) Geração de Resíduo (T/mês) Geração de Resíduo (T/ano) 2013 46.907 0,68 32,05 962 11.539 2014 47.893 0,68 32,73 982 11.781 2015 48.899 0,68 33,41 1.002 12.029 2016 49.620 0,68 33,91 1.017 12.206 2017 50.351 0,68 34,40 1.032 12.386 2018 51.092 0,68 34,91 1.047 12.568 2019 51.846 0,68 35,43 1.063 12.753 2020 52.609 0,68 35,95 1.078 12.941 2021 53.224 0,68 36,37 1.091 13.092 2022 53.846 0,68 36,79 1.104 13.246 2023 54.476 0,68 37,22 1.117 13.400 2024 55.113 0,68 37,66 1.130 13.557 2025 55.757 0,68 38,10 1.143 13.716 2026 56.255 0,68 38,44 1.153 13.838 2027 56.758 0,68 38,78 1.163 13.962 2028 57.266 0,68 39,13 1.174 14.087 2029 57.778 0,68 39,48 1.184 14.213 2030 58.294 0,68 39,83 1.195 14.340 2031 58.815 0,68 40,19 1.206 14.468 2032 59.341 0,68 40,55 1.216 14.597 2033 59.871 0,68 40,91 1.227 14.728 2034 60.406 0,68 41,28 1.238 14.859 2035 60.946 0,68 41,64 1.249 14.992 2036 61.491 0,68 42,02 1.261 15.126 2037 62.041 0,68 42,39 1.272 15.261 2038 62.595 0,68 42,77 1.283 15.398 2039 63.155 0,68 43,15 1.295 15.535 2040 63.720 0,68 43,54 1.306 15.674 2041 64.289 0,68 43,93 1.318 15.814 2042 64.864 0,68 44,32 1.330 15.956 2043 65.444 0,68 44,72 1.342 16.098 Fonte: Maximus Environmental, 2013. 6.3 Déficit de atendimento – fatores determinantes, causas, consequências Em relação ao serviço fornecido pela Prefeitura Municipal de coleta de resíduos, o atendimento é eficiente e atende 100% da população. Segundo dados fornecido pela Secretaria de Meio Ambiente, por meio de questionário aplicado, a coleta é realiza 3 vez por semana em locais alternados, o que futuramente, seria relevante planejar o aumento da frequência da coleta, com o objetivo de que todos os bairros sejam contemplados com coleta diária, evitando desta forma um acúmulo de resíduos. 126 Um fator determinante que aumenta a geração de resíduos é que o município não dispõe de um sistema de coleta seletiva, sendo todo este material encaminhado para o aterro sanitário, não recebendo, portanto, um destino ambientalmente adequado. Na área rural a coleta é realizada duas vezes por semana pela própria empresa prestadora de serviços do CONSAB, a Estre SPI Ambiental S/A, porém como os resíduos são depositados pelos moradores em pontos específicos, que são poucos, mostra-se insuficiente a frequência, gerando acumulo de resíduo e a criação de pontos clandestinos de descarte. Como forma de evitar problemas com o descarte incorreto dos resíduos por parte da população, a Prefeitura Municipal passou a cobrar multas para quem desrespeitar as leis vigentes, como apresentado: Colocar lixo para ser recolhido em dias diferentes aos determinados, multa de 100,00 reais; Depositar lixo em terreno vazio, multa de 150,00 reais; Jogar lixo às margens de rodovias estaduais, vicinais estradas de servidão, multa de 300,00. Vale ressaltar que em caso de reincidência das infrações, a Prefeitura Municipal de 127 Artur Nogueira cobra a multa em dobro. 6.4 Principais problemas e sua respectiva frequência do sistema de coleta e limpeza urbana (falta ou descontinuidade, vetores, dificuldades operacionais, infraestrutura) No que diz respeito ao sistema de coleta dos resíduos no município de Artur Nogueira, existe a necessidade de planejamento e execução do gerenciamento de resíduos recicláveis, não havendo sequer cooperativas de reciclagem. Este fato eleva o volume de resíduos gerados diariamente. Outro ponto onde identificou-se problemas foi na disposição inadequada de resíduos oriundo das podas, observando existência de 4 locais onde os munícipes descartam esses resíduos de forma inadequada (Na ponte do ribeirão da Boa Visa, no trevo da SP-107 no bairro Fazendinha, ao lado do loteamento Flamboyant e em frente ao antigo lixão municipal). 6.5 Caracterização do sistema de coleta e limpeza do município (roteiros, procedimentos operacionais, infraestrutura, etc.) O serviço de limpeza e coleta de resíduos no município abrange os seguintes seguimentos: Varrição; Capina; Poda de árvores / Cortes de raízes; Resíduos de construção civil; Animais mortos; Serviços de saúde; Domiciliar. Ressalta-se que o município não dispõe de sistemas de coleta de matérias recicláveis. Para as atividades descritas acima, a prefeitura dispõe de veículos próprios para exercer cada tipo de coleta, dentre eles pode-se citar: Caminhão compactador Caminhão de carroceria Caminhão basculante A coleta de resíduos sólidos domiciliares é executada três vezes por semana em locais alternados e os resíduos são encaminhados para aterro. Esta coleta realizada porta a porta é realizada de acordo com o itinerário ilustrado na Figura 20 abaixo. Apenas as ruas Duque de Caxias, 10 de Abril, Ademar de Barros, 07 de Setembro, 01 de Janeiro, Avenida Fernando Arens e rua Rui Barbosa, possuem coleta de resíduos diárias, realizadas a partir das 18 horas. 128 Figura 20: Folder contendo o itinerário de coleta de resíduos do município. Fonte: Prefeitura Municipal de Artur Nogueira, 2013. 129 Todos os agentes municipais envolvidos no trabalho de gerenciamento de resíduos recebem e utilizam equipamentos de proteção individual e coletivo, segundo dados obtidos através de questionários. 6.5.1 Coleta de resíduos de poda e varrição Os resíduos oriundos da poda e varrição são recolhidos pela própria municipalidade e em média são gerados em torno de 02 (duas) caçambas desse tipo de resíduo por dia. Não há um cronograma estabelecido para a coleta desses resíduos, sendo essa coleta feita de forma aleatória, ou visando atender solicitações feitas pelos moradores à Secretária do Meio Ambiente de Artur Nogueira. O volume estimado de geração diária desse tipo de resíduo é de aproximadamente 1 tonelada por dia, resultando em um total médio de 25 toneladas mensais, não sendo cobrado aos moradores nenhuma taxa para esse tipo de coleta. Os equipamentos para a coleta dos resíduos de capina são: 01 Trator com carreta Valmet ID 85; 01 Trator com carreta Valtra 785; 02 Caminhão Basculante Ford 16.000; 01 Caminhão com carreta pequena Ford Cargo 1317. Todos os equipamentos citados a cima são movidos a Diesel. O resíduo de poda é triturado através de um moedor acoplado a um trator e depois de moído, encaminhados ao pátio municipal, onde com o auxilio de uma Pá Carregadeira, é misturados com terra. O intuito dessa operação é formar um composto orgânico, o qual é utilizado em jardins e distribuído para pequenos produtores rurais do município. Nesse processo estão envolvidos 10 funcionários da Prefeitura para a varrição e 02 funcionários para a poda. Os resíduos originados na manutenção de parques públicos, áreas verdes e jardins também são gerenciados pela prefeitura, sendo gerado em torno de 12 toneladas por mês. A coleta é feita de segunda a sexta-feira das 7h da manhã às 17h da tarde. Nesse serviço estão envolvidos 08 funcionários municipais. A destinação final desses resíduos é a mesma que a disposição dada para os resíduos de poda e varrição. 6.5.2 Coleta de Resíduos Volumosos Os resíduos volumosos (ex: restos de móveis, colchões, e outros objetos de grande porte) são recolhidos pela prefeitura, sendo realizado o serviço por 03 funcionários com o auxílio de 02 caminhões e 01 pá carregadeira. Não há frequência para a coleta desses resíduos, sendo a mesma realizada quando há solicitações para a Secretaria do Meio Ambiente. Os resíduos são encaminhados ao pátio municipal, ficando a disposição de quem quiser reaproveita-los. A prefeitura não realiza controle do volume gerado nessa operação de coleta de resíduos. 130 6.5.3 Coleta de Resíduos da Construção Civil A abrangência desse serviço no município engloba toda a área urbana e a área rural. Essas coletas são realizadas de segunda à sexta das 7 às 17 horas, porém não em dia ou horários específicos, mas sim conforme necessidade. Estima-se que são coletadas cerca de 200 caçambas mensalmente de resíduos da construção civil no município de Artur nogueira, porém não há sistema para pesagem desses resíduos. A coleta é realizada por uma equipe de 03 funcionários da prefeitura, sendo 02 motoristas e 01 operador de máquina. Os equipamentos utilizados na coleta são 02 caminhões basculantes e uma pá carregadeira. Após a coleta, esses resíduos são encaminhados a garagem municipal onde são processados em um britador, o qual foi adquirido através do CONSAB e faz parte do Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. O equipamento permanece em média 20 dias em cada município integrante do Consócio. 6.5.4 Levantamento do tratamento dos resíduos dos serviços de saúde Referente aos resíduos de serviço de saúde gerados no município o volume diário produzido é de 85,86 kg/dia. A própria prefeitura realiza a coleta desses resíduos, possuindo veículo próprio para essa atividade, sendo feito por um utilitário, modelo Saveiro (Volkswagen) com capota. O serviço de coleta dos RSS abrange todos os geradores da cidade, como centros de saúde, farmácias, clínicas, laboratórios, ambulatórios, consultórios médicos, odontológicos e veterinários. Anexo ao presente relatório apresenta-se a lista completa dos geradores (ANEXO C) de resíduos de serviço de saúde de Artur Nogueira. Não é cobrada nenhuma taxa de coleta dos referidos resíduos. Para esse serviço são alocados 02 funcionários da prefeitura, que recolhem esses resíduos uma vez por semana no período das 8 às 17 horas. 131 O tratamento desses resíduos é realizado pela empresa STMB Engenharia e Meio Ambiente Ltda. Para esse tratamento a prefeitura encaminha os RSS com o próprio veículo da coleta para a empresa. O tratamento aplicado a esses resíduos consiste na desinfecção através da aplicação de calor proveniente de micro-ondas, que caracteriza-se na trituração prévia dos resíduos e posterior aquecimento, de no mínimo 55 minutos, através da injeção de vapor (aquecimento de fora para dentro das partículas) e radiação eletromagnética – micro-ondas- para eliminação total dos agente patogênicos presentes nos resíduos. Após esse tratamento a empresa encaminha os resíduos para a disposição final no aterro ESTRE Ambiental. 6.5.5 Logística Reversa Referindo-se a logística reversa o município de Artur Nogueira realiza apenas procedimentos relacionados às lâmpadas fluorescentes e pneus. A coleta de lâmpadas fluorescentes é restrita às lâmpadas descartadas por prédios públicos, gerando um volume anual de 500 lâmpadas, que são primeiramente levadas a garagem municipal e posteriormente encaminhadas a um empresa de tratamento de lâmpadas fluorescentes, denominada Mega Reciclagem de Materiais Ltda, localizada no município de Curitiba – PR. A contratação desse serviço foi de responsabilidade do CONSAB, o qual escolheu a empresa por conta te ter oferecido um baixo valor para a prestação do serviço. Já em relação aos pneus, as borracharias são orientadas a encaminharem os pneus sem condições de uso para a empresa Policarpo & Cia Ltda, localizada em Bragança Paulista, empresa responsável por realizar a reciclagem dos pneus de acordo com as normas. Em relação ao volume gerado, a prefeitura não tem nenhum tipo de controle. 6.5.6 Resíduos Sólidos Industriais O responsável pelo tratamento e destinação dos resíduos sólidos industriais do município de Artur Nogueira é a própria empresa geradora, não sendo a prefeitura responsável pelo gerenciamento desses resíduos, não tendo nenhum tipo de controle sobre ele. 132 6.6 Arranjo institucional, sistema de gestão, de planejamento, de tarifação, de regulação e de controle O município não dispõe de um arranjo institucional operante na área de coleta e destinação de resíduos sólidos, sendo, como já citado anteriormente, esse serviço realizado por empresa terceirizada. 6.7 Identificar planos, programa e projetos em desenvolvimento, já desenvolvido ou em elaboração Atualmente, o município de Artur Nogueira juntamente com a sua administração, trabalha gradativamente na busca de novas soluções e melhorias tecnológicas para o desenvolvimento do município, sendo que uma dessas linhas diz respeito a realização de projetos visando este objetivo. Segundo dados fornecidos pela Prefeitura Municipal, o município conta com a criação de campanhas publicitárias realizadas pela própria administração, por intermédio de cartazes, folhetos e no ambiente virtual, como demonstram a Figura 21 e Figura 22 abaixo. 133 134 Figura 21: Campanha publicitária de descarte de resíduos. Fonte: Prefeitura Municipal de Artur Nogueira, 2013. Figura 22: Folder informativo da Prefeitura. Fonte: Prefeitura Municipal de Artur Nogueira, 2013. 6.8 Caracterização das atividades dos catadores De acordo com dados cedidos pela Prefeitura Municipal, Artur Nogueira não possui sistema de coleta seletiva, não possuindo, portanto, equipe de catadores de resíduos. Existem catadores informais sem vínculo com a prefeitura. Segunda a mesma, até o presente momento, todas as tentativas de organizar os catadores em uma cooperativa não obtiveram sucesso. A quantidade de catadores tem diminuído cada vez mais no município. 6.9 Caracterização do sistema de reciclagem Segundo dados fornecidos pela Prefeitura Municipal, Artur Nogueira não possui sistema de coleta seletiva, sendo os seus resíduos encaminhados para disposição em aterro, não recebendo, portanto, o destino ambientalmente adequado. 135 6.10 Despesas e receitas operacionais Os dados referentes às despesas e receitas operacionais do município de Artur Nogueira para o ano de 2013 estão compilados na Tabela 31 abaixo. Tabela 31: Resumo das despesas com coleta de resíduos. Custo Custo Unitário Unitário da do Transporte e Coleta Transbordo Custo Unitário da destinação Final em aterro Particular Custo Unitário Total Custo Total no Mês Mês Toneladas Janeiro 1.136,37 R$ 89,90 R$ 27,00 R$51,00 R$ 167,90 R$ 190.796,52 Fevereiro 964,83 R$ 89,90 R$ 27,00 R$ 51,00 R$ 167,90 R$ 161.994,96 Março 970,83 R$ 89,90 R$ 27,00 R$ 51,00 R$ 167,90 R$ 163.002,36 Abril 910,27 R$ 89,90 R$ 27,00 R$ 51,00 R$ 167,90 R$ 152.834,33 Maio 846,18 R$ 94,92 R$ 28,51 R$ 53,85 R$ 177,28 R$ 150.010,79 Junho 890,30 R$ 94,92 R$ 28,51 R$ 53,85 R$ 177,28 R$ 157.832,38 Julho 953,13 R$ 94,92 R$ 28,51 R$ 53,85 R$ 177,28 R$ 168.970,89 Agosto 948,67 R$ 94,92 R$ 28,51 R$ 53,85 R$ 177,28 R$ 168.180,22 Setembro 909,79 R$ 94,92 R$ 28,51 R$ 53,85 R$ 177,28 R$ 161.287,57 Outubro 957,57 R$ 94,92 R$ 28,51 R$ 53,85 R$ 177,28 R$ 169.758,01 Novembro 963,16 R$ 94,92 R$ 28,51 R$ 53,85 R$ 177,28 R$ 170.749,00 Dezembro 1.088,20 R$ 94,92 R$ 28,51 R$ 53,85 R$ 177,28 total 11.539,30 R$ 192.916,10 R$ 2.008.333,13 Fonte: CONSAB, 2013. No ano de 2012 a Taxa de Lixo Doméstico – TLD arrecada foi de R$ 724.087,49. 6.11 Levantamento da situação do aterro sanitário municipal O antigo “aterro sanitário” usado pelo município de Artur Nogueira situava-se na margem sul da rodovia municipal ATN 030. O antigo local de disposição dos resíduos, mais propriamente chamado de lixão foi implantado sem os devidos sistemas de controle ambiental, inexistindo sistemas de controle de chorume, impermeabilização do solo, sistemas de drenagem, guarita, ou mesmo identificação de que aquele lugar era utilizado para tal finalidade. Também inexistia um controle dos resíduos ali deixados, sendo descartados todos os tipos de resíduos, como domésticos, de construção civil, resíduos industriais e até mesmo hospitalar. Os resíduos ali disposto cotavam com recobrimento com terra. A Figura 23 a seguir apresenta a localização da área do antigo aterro sanitário. 136 Figura 23: Área do Aterro Sanitário (Lixão) – Artur Nogueira. Fonte: Google Earth, 2013. Em 2009 foi elaborado um plano de recuperação do lixão de Artur Nogueira, porém o mesmo não foi executado por falta de aprovação da CETESB. Atualmente, o lugar se encontra coberto por vegetação. A seguir são apresentadas algumas fotos da área do lixão. 137 Foto 44: Imagem dos resíduos dispostos no antigo lixão de Artur Nogueira. Fonte: MOTRIZ AMBIENTAL, 2006. Foto 45: Resíduos misturados a terra. Fonte: MOTRIZ AMBIENTAL, 2006. 138 Foto 46: Resíduos de construção civil dispostos na área do aterro. Fonte: MOTRIZ AMBIENTAL, 2006. 6.12 Levantamento da operação do aterro sanitário Como atualmente o aterro de Artur Nogueira está desativado, o levantamento da operação do aterro sanitário será feito sobre o aterro da ESTRE. Os Centros de Gerenciamento de Resíduos da ESTRE são centrais de tratamento e disposição final de resíduos, todos dotados de modernos sistemas de controle com tecnologia de ponta para oferecer segurança aos clientes e proteção ao meio ambiente. Entre estes sistemas inclui-se impermeabilização do solo, drenagem e tratamento de líquidos percolados (chorume), captação de águas pluviais e sistema de remoção e queima dos gases do efeito estufa - entre os mais eficientes do mundo (ESTRE Ambiental, 2013). Atualmente o serviço limpeza pública e manejo dos resíduos sólidos no município de Artur Nogueira é realizado pela administração pública atual, sendo estes resíduos sólidos domiciliares encaminhados para o Aterro Sanitário ESTRE. A unidade de Paulínia foi o primeiro Centro de Gerenciamento de Resíduos da ESTRE. Em suas instalações, as unidades de pesquisa trabalham no desenvolvimento de tecnologias e melhorias que são aplicadas às outras unidades do grupo destacam-se: Sistemas de alta eficiência e segurança para impermeabilização do solo; Sistemas de drenagem e coleta de líquidos percolados (chorume); Sistemas de drenagem e tratamento de líquidos e gases de efeito estufa; Sistemas de drenagem de águas pluviais; Sistemas de monitoramento geotécnico do maciço dos Centros de Gerenciamento de Resíduos e das águas superficiais e subterrâneas, com relatórios periódicos controlados pelos órgãos ambientais. O Aterro Sanitário dispõe da seguinte infraestrutura: Unidade para Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos industriais, comerciais e domiciliares; Unidade de Captação de Gases; Unidade de Biorremediação; Unidade de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolições; Unidade de Triagem de Resíduos Sólidos Urbanos – Cooperlínia; 139 Unidade de Revalorização de Resíduos – produção de Combustível Derivado de Resíduos (CDR); Certificação de gestão Ambiental ISSO 14.001. O aterro possui uma área de 705 mil m², recebendo resíduos das classes IIA e IIB, bem como reciclando material de construção civil. 140 MÓDULO V – DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS 7. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA ATUAL DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS O artigo 2º da Lei Federal 11.445/2007, denominado de “Lei do Saneamento”, determina que “os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com base (...) nos seguintes princípios fundamentais (...) disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado”. A mesma Lei considera drenagem e manejo das águas pluviais urbanas como sendo o “conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas”. Por determinação legal, o sistema de drenagem faz parte do sistema urbano de saneamento, somado aos sistemas de abastecimento de água, de esgotos sanitários e de resíduos sólidos. Em relação aos outros componentes da infraestrutura de saneamento, o sistema de drenagem tem particularidades importantes: a) O escoamento das águas pluviais acontece existindo ou não um sistema de drenagem. Quando chove, as águas pluviais ocupam os espaços que lhe são disponíveis. Se não houver estruturas adequadas para captação, condução, retenção temporária ou infiltração, as águas pluviais percorrerão a malha urbana pelo trajeto que estiver livre, seja este adequado ou não; b) A solicitação do sistema de drenagem não é permanente. Sua função só é percebida quando chove. A intensidade da solicitação também varia a cada evento chuvoso. Ao contrário dos demais sistemas de saneamento, o sistema de drenagem passa a maior parte do tempo inutilizado, ou seja, ocioso, contudo, tem que estar sempre pronto para entrar em operação quando necessário. 141 Para efeito de planejamento e gestão, o sistema de drenagem urbana é genericamente composto de dois subsistemas: microdrenagem e macrodrenagem. O subsistema de microdrenagem convencional consiste basicamente pelas guias e sarjetas, captações (bocas de lobo e de leão), rede de galerias de águas pluviais e canais abertos ou fechados de pequenas dimensões. Normalmente no Estado de São Paulo esse sistema é dimensionado para vazões de 10 anos de período de retorno, atendendo as áreas mais altas precipitações das bacias urbanas. Tem a função de manter o sistema viário livre de enxurradas e de pontos de alagamentos. O subsistema de macrodrenagem convencional é constituído, em geral, por canais abertos ou fechados de maiores dimensões, implantados em fundos de vale e normalmente projetados para vazões entre 25 a 100 anos de período de retorno. Seu funcionamento adequado é fundamental para a mobilidade urbana, preservação da integridade do patrimônio, proteção da saúde e defesa da vida da população em caso de eventos extremos. Com o crescimento acelerado da urbanização, os subsistemas convencionais de micro e macrodrenagem mostraram-se geralmente inadequados, pois foram dimensionados visando escoar rapidamente as águas pluviais pelo aumento da condutividade hidráulica, porém, acabam sendo insustentáveis em áreas densamente povoadas e urbanizadas. Enchentes periódicas são fenômenos naturais que ocorrem em todo curso de água. Os cursos de água, na natureza, possuem um leito menor com capacidade hidráulica para as vazões de base e vazões de pequena magnitude, geralmente de período de retorno de até 02 anos. Vazões que excedem a capacidade do leito menor ocupam uma área maior e provocam as enchentes. A magnitude das vazões de enchente que escoam em um curso de água é determinada basicamente pela intensidade da chuva e pelas características físicas da bacia hidrográfica contribuinte. Quanto maior a capacidade de retenção e infiltração da bacia, menor a vazão que escoa pela superfície do solo e, portanto, menor a vazão que alcança o curso de água. Para chuvas de mesma intensidade, a vazão gerada em uma bacia urbanizada é maior que a vazão que seria gerada na mesma bacia antes da urbanização (pré-desenvolvimento). Vazões de cheias em bacias urbanizadas podem ser mais de seis vezes maiores que as vazões de prédesenvolvimento. 142 A urbanização não planejada produz dois efeitos sobrepostos que contribuem para o aumento dos riscos de inundação: a) Ocupação de áreas ribeirinhas A pressão do crescimento urbano acelerado induz a ocupação das áreas de fundos de vale que, nas estações de chuvas, são ocupadas também pelas enchentes naturais. Nesta situação, áreas urbanas e águas pluviais disputam o mesmo espaço. a) Impermeabilização da bacia hidrográfica A construção de edifícios, a pavimentação de áreas abertas e a abertura de vias aumentam a impermeabilização do solo, reduzindo sua capacidade de retenção e infiltração. A implantação de galerias para drenagem das águas pluviais acelera a velocidade do escoamento. O resultado é o aumento do volume e da velocidade do escoamento. Como consequência, as áreas ocupadas pelas enchentes passam a serem maiores que as áreas que eram ocupadas antes da urbanização e as vazões de pico surgem com maior rapidez. Os subsistemas de micro e macrodrenagem convencionais resolvem parcialmente o problema: apenas transferem o excesso de águas pluviais de um ponto a outro. Como consequência, surgem novas áreas de inundação mais a jusante. Se, para solucionar o problema dessas novas áreas, for utilizado o mesmo tipo de solução, outros pontos de inundação vão surgir, criando assim um infindável processo de transferência de inundações, com volumes crescentes de águas pluviais. Este processo se agrava quando fundos de vale estão confinados por edificações, avenidas e outras construções, que ocupam as áreas que deveriam ser reservadas às inundações periódicas. O aumento das vazões e dos níveis de água demandam áreas cada vez maiores, que se encontram cada vez menos disponíveis. As altas taxas de impermeabilização, associadas à ocupação (regular e irregular) das áreas ribeirinhas, decorrentes da falta de um planejamento urbano adequado, estão na origem das inundações da maioria dos municípios brasileiros. Sistemas convencionais de drenagem urbana são também responsáveis pelo aumento da poluição hídrica, pois substâncias poluentes são agregadas às águas durante seu percurso pela atmosfera, pelo solo e pelas galerias pluviais. 143 Com o comprometimento da qualidade da água, os mananciais são também prejudicados reduzindo, assim, a disponibilidade hídrica destinada ao abastecimento público. A causa básica dessa situação é a falta de integração entre o planejamento e a gestão dos sistemas de efluentes, resíduos sólidos, drenagem e de recursos hídricos. Portanto, o grande desafio do Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB é promover a integração entre os serviços de saneamento, tanto no plano institucional, como técnico. Os grandes problemas ambientais e o consequente aumento da conscientização em torno das exigências nesta área têm levado o setor de saneamento a empreender maiores cuidados referentes ao planejamento municipal, ambos relacionados às informações técnicas utilizadas como base para tomada de decisões, estas declaradas ao sistema atual, como diagnósticos que trazem orientações, metas, indicadores de qualidade e planos de contingências. O sistema de drenagem faz parte do conjunto de melhoramentos públicos existentes em uma determinada área urbana, assim como as redes de água, de esgotos sanitários, de cabos elétricos e telefônicos, além da iluminação pública, pavimentação de ruas, guias e passeios, parques, áreas de lazer, entre outros. As tendências modernas desse controle, que já vêm amplamente aplicadas ou preconizadas internacionalmente, passam a dar ênfase ao enfoque orientado para o armazenamento das águas por estruturas de detenção ou retenção. Esse enfoque é mais indicado a áreas urbanas ainda em desenvolvimento, podendo ser utilizado também em áreas de urbanização mais consolidadas desde que existam locais (superficiais ou subterrâneas) adequados para a implantação dos citados armazenamentos. Os tipos de retornos provenientes desse sistema podem decorrer de uma necessidade de preservação dos recursos ambientais, como às metas e indicadores de desempenho, resultando em uma estratégia de redução e regularização da vazão no sistema existente, mediante o aumento direto da eficiência das áreas e infiltração e escoamento e, quando viáveis, a aplicação de ações de recuperação para outros usos devidamente estudados. Em resumo, as atividades relacionadas ao tema demonstraram que as palavras Planejamento e Gestão surgem apenas quando as situações se mostram alarmantes. Assim, 144 abordando a problemática local, podemos identificar possíveis áreas de riscos, sistema de escoamento, córregos, ribeirões e rios existentes, equiparando situações inibidoras e eficientes frente à problemática da Drenagem Urbana do município de Artur Nogueira – SP. 7.1 Caracterização e análise do atual sistema de drenagem do município A prestação de serviços de controle de águas pluviais e drenagem urbana no município de Artur Nogueira é realizada pela própria Prefeitura Municipal, responsável pelo subsistema de microdrenagem urbana e pelo subsistema de macrodrenagem que atende as “Bacias e Subbacias Municipais”, isto é, as bacias contidas integralmente na área de domínio do município. A atual situação encontrada no município de Artur Nogueira é a dominante na maior parte das cidades brasileiras, onde no quadro das ações sanitárias, a drenagem de águas pluviais é a que menos tem recebido atenção, principalmente da própria comunidade, que passa a dar importância somente quando se depara com problemas sociais e ambientais. A princípio, em assentamentos urbanos, bairros rurais, ou pequenos povoados, não se apresentam inicialmente problemas relacionados à drenagem urbana, porém, em longo prazo, esses pequenos conjuntos habitacionais tornam-se cidades, e, impreterivelmente, esta extensão impacta qualitativamente o meio ambiente como um todo, tendo consequências que futuramente implicarão em intervenções mitigadoras, ou seja, medidas corretivas que exigirão tecnologias complexas, que em muitos casos, se tornam inacessíveis devido ao seu alto custo, tomando como base os problemas apresentados por outras regiões do país. O município, na sua proporção urbana é contemplado com ambos os sistemas de drenagem. No sistema de macrodrenagem o escoamento ocorre por meio de canais artificiais e galerias pluviais. Já na microdrenagem, o escoamento superficial é encaminhado para sarjetas e coletada por bocas de lobo, sendo estes volumes drenados por tubulações de concreto. De acordo com dados cedidos pela prefeitura existem redes pluviais de diâmetros que variam de 400 mm até 1500 mm, tendo as suas águas encaminhadas para o Ribeirão Três Barras, Córrego dos Pedros, Córrego Cotrins, Córrego do Sertório, Córrego da Cachoeira e Ribeirão Sítio Novo. 145 7.2 Mapeamento e estudo do sistema hidrográfico O município de Artur Nogueira tem o seu conjunto hidrográfico inserto na Bacia do Rio Piracicaba, que é formado pela junção dos Rios Atibaia e Jaguari. A hidrografia do município está contida na sub-bacia do Rio Jaguari na parte formada pelo Ribeirão Pirapitingui e seus afluentes da margem direita com curso no município: Córrego Manoel Dias; Córrego Figueira; Ribeirão Boa Vista; Córrego Ponte Funda; Córrego Três Barras Um dos principais cursos d’água de Artur Nogueira é o Ribeirão Boa Vista (Poquinha). Além deste, integram a hidrografia do município, a Represa Mateus Mariano Batista, a área de lazer Prefeito Ederaldo Rossetti (Lagoa dos Pássaros) e o Balneário Municipal Guilherme Carlini. A Cidade de Artur Nogueira é abastecida diretamente pelas águas fornecidas pelo Ribeirão Boa Vista e Córrego Sítio Novo, afluente do Córrego Três Barras. 7.2.1 Ribeirão Boa Vista O Ribeirão Boa Vista (Poquinha), cruza o município de Artur Nogueira no sentido Norte/Sul e deságua no Ribeirão Pirapintingui entre a Rodovia SP 107 e o Córrego Figueira. As águas do Ribeirão Boa Vista distribuídas na cidade de Artur Nogueira são recolhidas no ponto de captação denominado “Poquinha”, e tratadas pela Estação de Tratamento de Água ETA III. 7.2.2 Córrego Três Barras O Córrego Três Barras pode ser considerado o mais poluído da região. Esse córrego tem como principais nascentes as provenientes da Lagoa dos Pássaros e da Lagoa do Balneário Municipal, mananciais localizados dentro da cidade. As lagoas recebem águas pluviais com toda carga de poluição difusa em consequência das enxurradas do ambiente urbano. Logo após receber águas dessas nascentes, o córrego Três Barras recebe parte do esgoto sanitário da cidade de Artur Nogueira, lançada in natura. Quando encontra o afluente Sítio Novo, já no município de Cosmópolis, recebe o restante do esgoto de Artur Nogueira. 146 O Córrego Três Barras corre no sentido Sul do município de Artur Nogueira e deságua no Ribeirão Pirapintingui após a represa do mesmo nome no município de Cosmópolis. Destaca-se como afluente do Três Barras o Córrego Sítio Novo localizado no Oeste de Artur Nogueira. 7.2.3 Área de Lazer Prefeito Ederaldo Rossetti Ponto turístico de Artur Nogueira e área de lazer da comunidade, local onde são praticados esportes, pesca e caminhada. A Lagoa dos Pássaros é formada por nascentes do Córrego Três Barras e está localizada no centro da cidade entre os bairros: Jardim José Alves Carneiro; Jardim Ricardo Duzzi; e Centro. Esse manancial, embora muito admirado pela população, sofre consequências naturais de uma nascente urbana, no que diz respeito à qualidade de suas águas e a inviabilidade de manutenção de mata ciliar na forma dos parâmetros legais. 7.2.4 Balneário Municipal Guilherme Carlini O Balneário Municipal é uma lagoa formada por outras nascentes do Córrego Três Barras, localizada dentro da cidade, entre os bairros: Parque Residencial Itamarati; Joshephin Tagliari; Jardim Conservani; e Centro. Essa lagoa, embora dentro da cidade, possui espaço adequado para mata ciliar em torno de sessenta por cento da orla, mas tem o lado sul prejudicado em consequência da SP-107 (Artur Nogueira/Holambra) que margeia a lagoa do Balneário Municipal, não respeitando o espaço necessário de mata ciliar. Na realidade, a lagoa do Balneário Municipal faz parte de um complexo urbano onde está localizado o estádio municipal de futebol, área de eventos de exposições e canteiros de produção de mudas para arborização. 7.2.5 Córrego Sítio Novo A cidade de Artur Nogueira é abastecida pelas águas provenientes do Córrego Sítio Novo, no local onde é formada a Represa Matheus Mariano “Cotrins”. O Córrego Sítio Novo localiza-se a oeste do município e corre no sentido norte/sul, sendo formado pelos córregos 147 Amarais e Cotrins que deságuam no Sítio Novo pouco antes da Represa Matheus Mariano “Cotrins”. O Córrego Sítio Novo, além de fornecer suas águas para o abastecimento da cidade, sofre em sentido contrário os efeitos negativos do esgoto sanitário proveniente de Artur Nogueira, que in natura é lançado no córrego logo abaixo da Represa Matheus Mariano “Cotrins” , ponto importante de captação de água para o município. 7.2.6 Córrego Cotrins O Cotrins é um dos formadores do Córrego Sítio Novo e tem nascentes principais nas proximidades da Empresa Kels e no Pesqueiro Wada. O Córrego Cotrins serpeia pela cidade nas proximidades da SP-332 escorrendo suas águas até a foz do Amarais, ao encontro do Córrego Sítio Novo. Nos últimos dois anos o Córrego Cotrins tem recebido da municipalidade atenção diferenciada, tendo em vista a urbanização realizada nas ruas de sua orla, mas necessita ainda de recuperação e manutenção na mata ciliar nas margens e nascentes. 148 7.2.7 Córrego Amarais O Córrego Amarais é outro formador do Sítio Novo e está localizado a oeste do município. Possui várias nascentes, algumas nas proximidades da Rodovia SP – 332. Suas águas vertem no sentido norte/sul do município e correm paralelas à Vicinal José Santa Rosa (Artur Nogueira/Limeira) até o encontro com o Córrego Cotrins, onde iniciam a formação do Córrego Sítio Novo. Os Córregos Cotrins e Amarais são de grande importância para Artur Nogueira uma vez que formam o Córrego Sítio Novo que represado, forma a Represa Matheus Mariano “Cotrins”, ponto principal de captação de água com distribuição para população. 7.2.8 Represa Matheus Mariano “Cotrins” A Represa Cotrins é o principal ponto de captação de água do município. Com espelho d’água de 16,8 ha. A água captada na represa é tratada e distribuída à população através da Estação de Tratamento de Água ETA II, no centro da cidade. Ao longo dos anos, a represa vem perdendo sua capacidade de armazenamento em consequência do assoreamento. Embora com área de espelho d’água de 16,8 ha, atualmente é possível avistar no centro da represa a formação de pequenos bancos de areia que anteriormente não existiam. 7.3 Estudo hidrológico Os estudos hidrológicos têm por objetivo fornecer as vazões máximas a serem adotadas para determinados projetos, além de hidrogramas de cheias quando houver a necessidade de dimensionar ou analisar o efeito de reservatórios de detenção existentes. Nos casos de bacias alongadas que possuam tributários de porte apreciável em sua porção a jusante, embora não possuindo reservatório, é recomendável estabelecer os respectivos hidrogramas individuais por sub-bacias, efetuando em seguida a composição do hidrograma global afluente a cada ponto de interesse ao longo do canal principal. Nesse caso específico, o estudo hidrológico é de fundamental importância dentro da caracterização de um sistema de drenagem, devendo ser considerado não somente em estudos preliminares para a implantação do mesmo, mas também quando há necessidade de se executar medidas corretivas. Tal importância deve-se à relação entre os fenômenos de enchentes e inundações e às medidas de controle a ele associadas. A área a ser estudada compreende as sub-bacias do Ribeirão Boa Vista, Córrego Três Barras, Córrego Sítio Novo e Cotrins, contribuintes na área urbana do município de Artur Nogueira – SP. O conhecimento das características hidrológicas do local de estudo que envolve intensidade de chuva, precipitação média da bacia, precipitação máxima, vazão de pico, tempo de concentração, dentre outros e suas alterações, são de grande importância para o dimensionamento e execução de sistemas de micro e macrodrenagem. O estudo das características físicas e climáticas da região, compreendendo os fenômenos hidrológicos 149 extremos, poderá subsidiar a escolha de medidas corretivas e sugerir modificações no sistema de drenagem existente. Referente ao Índice Pluviométrico, o município apresenta o mês de Janeiro como sendo o mês com maior precipitação, com índices de 232 mm, porém há um decréscimo na pluviometria nos meses de abril à setembro. A precipitação anual no município é de aproximadamente 1.366,1 mm de chuva/ano. MÊS CHUVA (mm) JAN FEV 232,0 166,9 ANO 1.366,1 Tabela 32: Índice Pluviométrico – Artur Nogueira. MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET 160,1 79,6 76,6 44,5 29,3 32,4 70,9 MÁXIMA 232,0 Fonte: CEPAGRI – UNICAMP, 2013. OUT NOV DEZ 111,4 141,7 220,7 MÍNIMA 29,3 A falta de dados pluviométricos consistentes e representativos são um dos problemas enfrentados durante a análise e avaliação do regime hidrológico de bacias hidrográficas brasileiras. Para o desenvolvimento do estudo hidrológico, utilizou-se o método de cálculo proposto por Ven Te Chow, servindo de base para previsão de enchentes e elaboração de obras hidráulicas. A estimativa das vazões de projeto é feita com base nos dados de chuvas intensas que ocorrem na respectiva bacia em estudo. Neste método a chuva efetiva, ou seja, a chuva excedente é a maior responsável pelas vazões de cheias, principalmente em bacias de pequena escala e urbanizada. A impermeabilização do solo, que normalmente é acompanha pelo processo de urbanização, é a principal geradora da alteração da parcela da chuva que escoa superficialmente. Determinação da Vazão de Projeto Método de Ven Te Chow - Soil Conservation Service (SCS); O método de Ven Te Chow foi aplicado conforme preconizado na publicação de WILKEN (1971), tendo por base a seguinte relação: Qmax= A. X .Y .Z 3,6 150 Equação 6: Cálculo da Vazão Máxima. Onde: Qmax = vazão máxima em m³/s; A = área da bacia, sendo igual a; X = fator de deflúvio, sendo igual a razão da precipitação excedente pela duração (X = Re/td); Y = o fator climático, sendo igual a 1; Z = fator de redução do tempo de pico. Uma vez que o fator de deflúvio “X” é a razão da chuva excedente pela duração, para o cálculo do excesso da chuva foi utilizada a fórmula do Soil Conservation Service, sedo aplicada somente após a determinação da chuva total e do número de deflúvio. Como a duração da chuva para a qual a vazão será máxima é desconhecida, durante os cálculos das vazões máximas pelo Método de Ven Te Chow foi necessário adotar um procedimento tentativo, conforme o descrito a seguir: 1) Arbitraram-se valores para a duração da chuva (td); 2) Para cada valor arbitrado foi obtida a intensidade da chuva (im) a partir de uma equação de intensidade-duração-frequência; 3) Calculou-se a chuva total correspondente a cada duração e em relação a diferentes tempos de recorrência (R = im.td); 4) Verificou-se o número de deflúvio para cada ano analisado (N), sendo estes, estipulados, igual aos valores de (CN) do método do SCS; 5) Calculou-se a precipitação excedente (Re); 6) Calculou-se a intensidade da chuva excedente (X = Re / td); 7) Calcula-se o valor da razão (td/tp) para fixação do valor do fator de redução de pico; 8) Determinou-se o fator climático para a região em estudo, através de uma equação de IDF (Campinas), devido ao município de Artur Nogueira não conter equação específica e pela sua localização geográfica próxima a Campinas; 9) Por fim, calculou-se a vazão máxima pela fórmula de Ven Te Chow (Equação 1). 151 Neste estudo foram selecionados quatro tempos de recorrência (Tr) na determinação da chuva intensa, precipitação excedente e das vazões máximas, sendo eles: Tr de 5, 10, 15 e 20 anos. Precipitação Excedente (Re) A precipitação excedente é a maior responsável pelas vazões de cheias principalmente em bacias de pequenas escalas e urbanizada. A impermeabilização do solo, resultada do processo de urbanização, é a principal geradora da alteração da parcela da chuva que escoa superficialmente. A precipitação excedente utilizada durante a aplicação do Método de Ven Te Chow, foi calculada a partir da fórmula elaborada pelo Soil Conservation Service e, reescrita, no sistema métrico nacional por WILKEN (1971): Re = ( R 5080 / N 50,8)² R 20320 / N 203,2 Equação 7: Cálculo da Precipitação Excedente. Onde: Re = precipitação excedente dada em mm; R = chuva total, dada em mm, sendo igual à relação de im.td; N = número de deflúvio que é considerado igual ao valor de CN. Intensidade da Chuva (im) A intensidade da chuva considerada na aplicação dos métodos que transformam precipitação em vazão é a intensidade máxima média observada num certo intervalo de tempo, para um período de retorno determinado, sendo um resultado do valor médio da chuva, no tempo e no espaço (TUCCI et al, 1993). A intensidade da chuva para todos os tempos de duração arbitrados e tempos de recorrências analisados (Tabela 33) foi obtida através da aplicação da equação de I-D-F, para a estação de Campinas (VIEIRA 1981), sendo: im = 2524,9.T r 0 ,136 t 200,948.Tr 0 , 007 152 Equação 8: Intensidade da Chuva. Onde: im = intensidade máxima da chuva, em mm/h; Tr = tempo de recorrência em anos; td = tempo de duração da chuva, em min. Portanto, tem-se: Tabela 33: intensidades máximas de chuva. td (min) 120 150 180 210 240 270 td (h) 2 2,5 3 3,5 4 4,5 05 Anos im R (mm/h) (mm) 30,59 61,18 25,50 63,75 21,9 65,69 19,21 67,23 17,12 68,49 15,46 69,55 10 Anos im R (mm/h) (mm) 34,38 68,75 28,68 71,70 24,65 73,94 21,63 75,72 19,30 77,18 17,43 78,42 15 Anos im R (mm/h) (mm) 36,80 73,60 30,72 76,80 26,41 79,23 23,19 81,17 20,39 82,77 18,69 84,12 20 Anos im R (mm/h) (mm) 38,63 77,25 32,26 80,64 27,74 83,21 24,36 85,27 21,74 86,97 19,65 88,41 Fonte: Maximus Environmental. Número de Deflúvio (N) Para a determinação do número de deflúvio foi considerado tanto o tipo de cobertura superficial do terreno como o grupo hidrológico dos solos, sendo o valor de ‘N’, determinado conforme o procedimento adotado para o cálculo do valor de CN descrito no método do Soil Conservation Service (SCS). No método do SCS são considerados quatro grupos hidrológicos de solos, sendo eles: Grupo A – solos com baixo potencial de deflúvio. Inclui areias em camadas profundas, com pouco silte ou argila, inferior a 8%. Grupo B – solos arenosos com camadas menos profundas que as do tipo A e com maior teor de argila total, porém ainda inferior a 15%. Este grupo de solo em seu todo, tem uma capacidade de infiltração acima da média. Grupo C – solos argilosos com teor total de argila de 20% a 30%, mas sem camadas argilosas impermeáveis ou contendo pedras, até a profundidade de 1,2 m. No caso das Terras Roxas, esses dois limites máximos podem ser de 40% e 1,5 m. Os solos do grupo C possuem baixa taxa de infiltração quando completamente úmidos. Grupo D – solos argilosos, com 30% a 40% de argila total, com camada densificada a uns 50 cm de profundidade e quase impermeável. São solos com elevado potencial de escoamento e baixa taxa de infiltração. 153 Diversas classes de cobertura superficial do terreno foram estipuladas conforme o aglomerado de suas edificações e do tipo de uso e ocupação dos solos, objetivando assim, uma melhor análise do processo de urbanização. As classes de cobertura superficial do terreno utilizadas foram modificadas e adaptadas do método do SCS, de acordo com o descrito a seguir: Edificação não muito densa – que são as zonas residenciais urbanas, com cerca de 65% de impermeabilização do terreno; Edificações com muitas superfícies livres – que são as zonas residenciais rurais possuindo construções esparsas, com cerca de 30% de impermeabilização do terreno; Zonas industriais e comerciais – que consiste nas áreas industriais e barracões de comércios, com cerca de 72% de impermeabilização do terreno; Zonas florestais e vegetação densa – que abrange todas as áreas com vegetação de portes arbóreos naturais ou reflorestados em boas condições. O valor de CN é compreendido entre zero e 100, sendo zero a representação de uma bacia de condutividade hidráulica infinita e 100 o valor correspondente a uma bacia totalmente impermeável. Na tabela a seguir são apresentados os valores de CN para cada tipo de cobertura superficial do terreno e grupos hidrológicos de solos. Tabela 34: Valores de CN em função da cobertura superficial do terreno e dos grupos hidrológicos de solos. Tipo de cobertura superficial do terreno Edificação não muito densa Edificações com muitas superfícies livres Zonas industriais e comerciais Zonas florestais e vegetação densa Grupo hidrológico dos solos A B C D 77 85 90 95 57 72 81 86 81 88 91 93 36 60 73 79 Fonte: adaptado de TUCCI (1995). Para as sub-bacias localizadas na área urbana de Artur Nogueira, considerou-se o valor do CN médio dentre o grupo hidrológico de solos, ou seja, o valor do número de deflúvio (N) sendo de 86,75. A partir da determinação dos valores do número de deflúvio e da intensidade da chuva calcularam-se, através da Equação 2, os valores da precipitação excedente em Tr(s) de 5, 10, 15 e 20 anos, sendo: 154 Tabela 35: Valores da precipitação excedente – Re (mm). td (min) 120 150 180 210 240 270 td (h) 2 2,5 3 3,5 4 4,5 05 Anos Re (mm/h) 11,50 11,74 11,93 12,09 12,22 12,33 10 Anos Re (mm/h) 12,25 12,57 12,83 13,04 13,22 13,38 15 Anos Re (mm/h) 12,79 13,18 13,49 13,75 13,97 14,16 20 Anos Re (mm/h) 13,23 13,67 14,03 14,33 14,59 14,82 Fonte: Maximus Environmental. Fator de Redução de Pico (Z) Fator de redução de pico é a relação entre o pico de vazão, devido à chuva de uma dada duração, e o deflúvio da mesma intensidade de chuva, continuando indefinidamente. Fazendo-se uso de dados de chuvas e de picos de vazão de cheias contribuintes de 20 bacias hidrográficas de pequena escala, do meio oeste dos Estados Unidos, Ven Te Chow na elaboração de seu método, buscou a correlação entre o tempo de duração de uma chuva considerada e a razão entre o fator de ascensão de pico, gerada por esta chuva “td/tp”, para determinar o valor de “Z”. Uma vez que é necessário conhecer o valor do tempo de pico da vazão “tp” para se obter valores de “Z”, o valor de “tp” para a área foi determinado pela equação elaborada por Ven Te Chow e adaptada por WILKEN (1971). O pesquisador (1971), determinou o tempo de ascensão de pico “tp”, através de uma correlação do comprimento e da declividade do curso d’água, obtendo a seguinte relação: L t p 0,005055. I 0 , 64 Equação 9: Cálculo de pico de Vazão. Sendo calculado o valor de “Tp” para as sub-bacias localizadas na área urbana do município. Tabela 36: Determinação do tempo de pico. Área Córrego Cotrins Córrego Boa Vista Córrego Sítio Novo Córrego Três Barras L (m) 10.004 12.000 2.900 3.750 I (%) 0,014 0,025 0,009 0,004 Fonte: Maximus Environmental. Tp (horas) 7,2 6,7 3,75 5,7 155 Os dados do fator “Z” utilizados no trabalho foram extraídos da tabela de fator de redução do tempo de pico de vazão, produzida por WILKEN (1971). Este dado fornece os valores de “Z” em função da relação td/tp (Tabela 37). Com base nos dados de campo, obtém a relação entre o fator de redução de pico Z e td/tp, onde tp representa o tempo de retardamento da bacia, sendo o tempo compreendido entre o centro de massa da chuva excedente e o pico. Para valores de td/tp maiores ou iguais a 2, haverá um valor máximo, sendo que Z será igual a 1, conforme é demonstrado a seguir. Tabela 37: Fator de Redução do Tempo de Pico de Vazão. 156 Valores da Vazão Máxima Como resultado final da aplicação do método elaborado por Ven Te Chow são apresentadas, na tabela a seguir, as vazões máximas simuladas para as áreas em estudo considerando o tempo de recorrência de 5, 10, 15 e 20 anos. Tabela 38: Estudo Hidrológico – Bacia do Córrego Cotrins. CÓRREGO COTRINS td (min) td (h) im (mm/h) Re (mm/h) Tp (h) td/tp X (mm) Z Área (Km²) Qmax (m³/s) Tr 5 anos 120 2 30,59 11,50 7,2 0,28 5,8 0,24 32,57 12,49 150 2,5 25,50 11,74 7,2 0,35 4,7 0,29 32,57 12,32 180 3 21,90 11,93 7,2 0,42 4,0 0,33 32,57 11,87 210 3,5 19,21 12,09 7,2 0,49 3,5 0,39 32,57 12,19 240 4 17,12 12,22 7,2 0,56 3,1 0,42 32,57 11,61 270 4,5 15,46 12,33 7,2 0,63 2,7 0,47 32,57 11,65 Tr 10 anos 120 2 34,38 12,25 7,2 0,28 6,1 0,24 32,57 13,30 150 2,5 28,68 12,57 7,2 0,35 5,0 0,29 32,57 13,19 180 3 24,65 12,83 7,2 0,42 4,3 0,33 32,57 12,77 210 3,5 21,63 13,04 7,2 0,49 3,7 0,39 32,57 13,15 240 4 19,30 13,22 7,2 0,56 3,3 0,42 32,57 12,56 270 4,5 17,43 13,38 7,2 0,63 3,0 0,47 32,57 12,64 Tr 15 anos 120 2 36,80 12,79 7,2 0,28 6,4 0,24 32,57 13,89 150 2,5 30,72 13,18 7,2 0,35 5,3 0,29 32,57 13,83 180 3 26,41 13,49 7,2 0,42 4,5 0,33 32,57 13,43 210 3,5 23,19 13,75 7,2 0,49 3,9 0,39 32,57 13,86 240 4 20,69 13,97 7,2 0,56 3,5 0,42 32,57 13,27 270 4,5 18,69 13,16 7,2 0,63 2,9 0,47 32,57 12,44 Tr 20 anos 120 2 38,63 13,23 7,2 0,28 6,6 0,24 32,57 14,36 150 2,5 32,26 13,67 7,2 0,35 5,5 0,29 32,57 14,35 180 3 27,74 14,03 7,2 0,42 4,7 0,33 32,57 13,96 210 3,5 24,36 14,33 7,2 0,49 4,1 0,39 32,57 14,45 240 4 21,74 14,59 7,2 0,56 3,6 0,42 32,57 13,86 270 4,5 19,65 14,82 7,2 0,63 3,3 0,47 32,57 14,00 Fonte: Maximus Environmental. 157 Tabela 39: Estudo Hidrológico – Bacia do Córrego Sítio Novo. CÓRREGO SÍTIO NOVO td (min) td (h) im (mm/h) Re (mm/h) Tp (h) td/tp X (mm) Z Área (Km²) Qmax (m³/s) Tr 5 anos 120 2 30,59 11,50 3,75 0,53 5,8 0,41 32,57 21,33 150 2,5 25,50 11,74 3,75 0,67 4,7 0,49 32,57 20,82 180 3 21,90 11,93 3,75 0,80 4,0 0,56 32,57 20,15 210 3,5 19,21 12,09 3,75 0,93 3,5 0,62 32,57 19,38 240 4 17,12 12,22 3,75 1,07 3,1 0,69 32,57 19,07 270 4,5 15,46 12,33 3,75 1,20 2,7 0,74 32,57 18,34 Tr 10 anos 120 2 34,38 12,25 3,75 0,53 6,1 0,24 32,57 13,30 150 2,5 28,68 12,57 3,75 0,67 5,0 0,29 32,57 13,19 180 3 24,65 12,83 3,75 0,80 4,3 0,33 32,57 12,77 210 3,5 21,63 13,04 3,75 0,93 3,7 0,39 32,57 13,15 240 4 19,30 13,22 3,75 1,07 3,3 0,42 32,57 12,56 270 4,5 17,43 13,38 3,75 1,20 3,0 0,47 32,57 12,64 Tr 15 anos 120 2 36,80 12,79 3,75 0,53 6,4 0,24 32,57 13,89 150 2,5 30,72 13,18 3,75 0,67 5,3 0,29 32,57 13,83 180 3 26,41 13,49 3,75 0,80 4,5 0,33 32,57 13,43 210 3,5 23,19 13,75 3,75 0,93 3,9 0,39 32,57 13,86 240 4 20,69 13,97 3,75 1,07 3,5 0,42 32,57 13,27 270 4,5 18,69 13,16 3,75 1,20 2,9 0,47 32,57 12,44 Tr 20 anos 120 2 38,63 13,23 3,75 0,53 6,6 0,24 32,57 14,36 150 2,5 32,26 13,67 3,75 0,67 5,5 0,29 32,57 14,35 180 3 27,74 14,03 3,75 0,80 4,7 0,33 32,57 13,96 210 3,5 24,36 14,33 3,75 0,93 4,1 0,39 32,57 14,45 240 4 21,74 14,59 3,75 1,07 3,6 0,42 32,57 13,86 270 4,5 19,65 14,82 3,75 1,20 3,3 0,47 32,57 14,00 Fonte: Maximus Environmental. 158 Tabela 40: Estudo Hidrológico – Bacia do Córrego Boa Vista. CÓRREGO BOA VISTA td (min) td (h) im (mm/h) Re (mm/h) Tp (h) td/tp X (mm) Z Área (Km²) Qmax (m³/s) Tr 5 anos 120 2 30,59 11,50 6,7 0,30 5,8 0,25 64,47 25,74 150 2,5 25,50 11,74 6,7 0,37 4,7 0,3 64,47 25,23 180 3 21,90 11,93 6,7 0,45 4,0 0,36 64,47 25,64 210 3,5 19,21 12,09 6,7 0,52 3,5 0,4 64,47 24,74 240 4 17,12 12,22 6,7 0,60 3,1 0,45 64,47 24,62 270 4,5 15,46 12,33 6,7 0,67 2,7 0,49 64,47 24,04 Tr 10 anos 120 2 34,38 12,25 6,7 0,30 6,1 0,25 64,47 26,33 150 2,5 28,68 12,57 6,7 0,37 5,0 0,3 64,47 26,11 180 3 24,65 12,83 6,7 0,45 4,3 0,36 64,47 25,27 210 3,5 21,63 13,04 6,7 0,52 3,7 0,4 64,47 26,02 240 4 19,30 13,22 6,7 0,60 3,3 0,45 64,47 24,86 270 4,5 17,43 13,38 6,7 0,67 3,0 0,49 64,47 25,03 Tr 15 anos 120 2 36,80 12,79 6,7 0,30 6,4 0,25 64,47 27,49 150 2,5 30,72 13,18 6,7 0,37 5,3 0,3 64,47 27,38 180 3 26,41 13,49 6,7 0,45 4,5 0,36 64,47 26,57 210 3,5 23,19 13,75 6,7 0,52 3,9 0,4 64,47 27,44 240 4 20,69 13,97 6,7 0,60 3,5 0,45 64,47 26,27 270 4,5 18,69 13,16 6,7 0,67 2,9 0,49 64,47 24,61 Tr 20 anos 120 2 38,63 13,23 6,7 0,30 6,6 0,25 64,47 28,43 150 2,5 32,26 13,67 6,7 0,37 5,5 0,3 64,47 28,40 180 3 27,74 14,03 6,7 0,45 4,7 0,36 64,47 27,64 210 3,5 24,36 14,33 6,7 0,52 4,1 0,4 64,47 28,60 240 4 21,74 14,59 6,7 0,60 3,6 0,45 64,47 27,43 270 4,5 19,65 14,82 6,7 0,67 3,3 0,49 64,47 27,72 Fonte: Maximus Environmental. 159 Tabela 41: Estudo Hidrológico – Bacia do Córrego Três Barras. CÓRREGO TRÊS BARRAS td (min) td (h) im (mm/h) Re (mm/h) Tp (h) td/tp X (mm) Z Área (Km²) Qmax (m³/s) Tr 5 anos 120 2 30,59 11,50 5,7 0,35 5,8 0,29 12,36 5,73 150 2,5 25,50 11,74 5,7 0,44 4,7 0,34 12,36 5,48 180 3 21,90 11,93 5,7 0,53 4,0 0,41 12,36 5,60 210 3,5 19,21 12,09 5,7 0,61 3,5 0,46 12,36 5,46 240 4 17,12 12,22 5,7 0,70 3,1 0,5 12,36 5,24 270 4,5 15,46 12,33 5,7 0,79 2,7 0,56 12,36 5,27 Tr 10 anos 120 2 34,38 12,25 5,7 0,35 6,1 0,29 12,36 6,10 150 2,5 28,68 12,57 5,7 0,44 5,0 0,34 12,36 5,87 180 3 24,65 12,83 5,7 0,53 4,3 0,41 12,36 6,02 210 3,5 21,63 13,04 5,7 0,61 3,7 0,46 12,36 5,88 240 4 19,30 13,22 5,7 0,70 3,3 0,5 12,36 5,67 270 4,5 17,43 13,38 5,7 0,79 3,0 0,56 12,36 5,72 Tr 15 anos 120 2 36,80 12,79 5,7 0,35 6,4 0,29 12,36 6,37 150 2,5 30,72 13,18 5,7 0,44 5,3 0,34 12,36 6,15 180 3 26,41 13,49 5,7 0,53 4,5 0,41 12,36 6,33 210 3,5 23,19 13,75 5,7 0,61 3,9 0,46 12,36 6,20 240 4 20,69 13,97 5,7 0,70 3,5 0,5 12,36 6,00 270 4,5 18,69 13,16 5,7 0,79 2,9 0,56 12,36 5,62 Tr 20 anos 120 2 38,63 13,23 5,7 0,35 6,6 0,29 12,36 6,59 150 2,5 32,26 13,67 5,7 0,44 5,5 0,34 12,36 6,38 180 3 27,74 14,03 5,7 0,53 4,7 0,41 12,36 6,58 210 3,5 24,36 14,33 5,7 0,61 4,1 0,46 12,36 6,47 240 4 21,74 14,59 5,7 0,70 3,6 0,5 12,36 6,26 270 4,5 19,65 14,82 5,7 0,79 3,3 0,56 12,36 6,33 Fonte: Maximus Environmental. 160 Estruturas Hidráulicas O sistema de drenagem existente no município contempla redes que variam de 400 mm até 1.500mm de diâmetro. Tal sistema capta a água em pontos específicos através de bocas de lobo de capacidade de 60 l/s e seção plena. Considerando tais dimensões e capacidades, evidenciou-se que o município apresenta sistema de drenagem em sua área urbana, porém, apresentando alguns pontos críticos de possíveis inundações em períodos de alta precipitação. Tal fato é ocorrente em loteamentos antigos, os quais apresentam-se totalmente adensados, porém, constatou-se que os mesmo não seguiram um planejamento específico considerando todo o projeto de infraestrutura na sua implantação. De acordo com dados da Prefeitura Municipal, seguem alguns pontos críticos: Bairro São Vicente, na Rua Maria Marson Sia entre as Ruas Ernesto Tagliari e Flariano Peixoto. Ao longo da Rua Luiz Rossetti na divisa entre os bairros Itamaraty e Jardim do Lago e Jatobá. Entorno da Área de Lazer Prefeito Ederaldo Rossetti (lagoa dos Pássaros). Final da Avenida Dr. Fernando Arens Júnior e início da SP-107. As causas evidenciadas são que tais pontos se localizam em cotas inferiores, contém galerias, porém subdimensionadas. Devido a mínima declividade em certos pontos a rede apresenta baixa velocidade de escoamento. Outra causa mencionada pela Prefeitura Municipal, é o descarte irregular de resíduos e do próprio lixo doméstico em áreas de passeio, sendo estes arrastados pela água e obstruindo as galerias. Correlacionando os dados de vazões obtidos através do estudo hidrológico e as características do sistema de drenagem, conclui-se que há necessidade de revisão de projeto referente aos bairros citados como pontos críticos de ocorrência de inundações. 7.4 Plano Diretor e os rebatimentos sobre o sistema de drenagem Para a drenagem e manejo das águas pluviais urbanas é de grade importância haver um gerenciamento através de um Plano Diretor de Drenagem Urbana, com objetivo de criar os 161 mecanismos de gestão da infraestrutura urbana relacionado com o escoamento das águas pluviais e dos rios na área urbana da cidade. O planejamento tem como meta, além de evitar perdas econômicas, prevenir doenças e melhorar o meio ambiente na cidade. Segundo pesquisa de informações básicas municipais do IBGE, a cidade de Artur Nogueira não possui Plano Diretor para Drenagem Urbana. 7.5 Legislação municipal de parcelamento do solo e outras abordagens sobre drenagem O município de Artur Nogueira possui a lei complementar n.º 337, que dispõe sobre o parcelamento, uso e ocupação do solo e empreendimentos urbanísticos no município de Artur Nogueira e dá outras providências. Em 28 de setembro de 2007, o Prefeito do município de Artur Nogueira sancionou a Lei 2.880, instituindo a Política Municipal de Gestão dos Recursos Hídricos, estabelecendo normas e diretrizes para a recuperação, preservação, conservação dos recursos hídricos; criando o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Artur Nogueira (CMMA), o Fundo Municipal de Meio Ambiente (FUNDEMAN) e o Sistema Municipal de Gerenciamento Ambiental e de Recursos Hídricos. No Título I, a Lei trata da Política Municipal de Gestão de Recursos Hídricos e logo no primeiro capítulo trata de seus fundamentos destacando no Art. 1º conceitos ligados à gestão dos recursos hídricos: I. Recuperação: é o ato de intervir num ecossistema degrado, visando ao resgate das suas condições originais; II. Preservação: é a ação de proteger um ecossistema contra qualquer forma de dano ou degradação, adotando-se as medidas preventivas legalmente necessárias e as medidas de vigilância adequadas; III. Conservação: é a utilização racional de um recurso qualquer, de modo a obter-se um rendimento considerado bom, garantindo-se a sua renovação ou a sua auto sustentação; IV. Gestão: é a ação integrada do poder público e da sociedade, visando à otimização do uso dos recursos naturais de forma sustentável, e tomando por base a sua recuperação, preservação e conservação. 162 No Art. 2º, a Lei nº 2.880/07 apresenta os fundamentos da Política de Gestão Municipal dos Recursos Hídricos: I. II. A água é um bem de domínio público, limitado e de valor econômico; O poder público e a sociedade, em todo os seus segmentos, são responsáveis pela preservação e conservação dos recursos hídricos; III. A gestão dos recursos hídricos deve contar com a participação do poder público, dos usuários e das comunidades; IV. Prioritariamente, a água será utilizada para o abastecimento humano, de forma racional e econômica; V. A gestão municipal considerará a bacia hidrográfica como unidade de planejamento dos recursos hídricos; VI. A gestão dos recursos hídricos deverá integra-se com o planejamento urbano e rural do município; VII. A gestão dos recursos hídricos deverá integra-se com o Plano das Bacias Hidrográfica dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Nos Arts. 1º e 2º fica evidente a sintonia com a Lei das Águas (Lei nº 9.433/97). E atende também preceitos da Lei Federal nº 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, onde no Art. 6º, § 2º, diz: “Os Municípios, observadas as normas e os padrões federais e estaduais, também poderão elaborar as normas mencionadas no parágrafo anterior.” Diz o Parágrafo 1º: “Os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas de sua jurisdição, elaborarão normas supletivas e complementares e padrões relacionados com o meio ambiente, observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA”. A Constituição Federal atribui também ao município legislar sobre o meio ambiente nas questões de interesse local, quando no Art. 23 assevera: “É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios: VI. Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII. Proteger as florestas, a fauna e a flora”. No Art. 30, atribui a Constituição Federal: “Compete aos municípios: legislar sobre assunto de interesse local: 163 VII. Promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano”. O município de Artur Nogueira deu um passo muito importante instituindo por Lei nº 2.880/07 a Política Municipal de Gestão dos Recursos Hídricos. A Lei é recente, surgiu concomitantemente com o pensamento e amadurecimento do tema objetivo desse trabalho, mas agora o município tem um instrumento que determina diretrizes de gestão para seus recursos hídricos, o que dá a população maior segurança ao combate a escassez de água em Artur Nogueira. A Lei também criou o Conselho Municipal do Meio Ambiente (CMMA) e uma das primeiras medidas após o vigor da lei foi a posse dos primeiros membros do Conselho através do Decreto Municipal nº 104/2007. Constitui medida de vital importância, e prevista na Lei Municipal nº 2.880/07, no Art. 5º, a avaliação anual dos recursos hídricos, com atribuição incumbida a Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável, avaliação esta a ser apreciada pelo o Conselho Municipal do Meio Ambiente (CMMA). A Lei Municipal nº 2.880/07 prevê em seu Art. 38 a regulamentação por decreto do executivo o funcionamento do Fundo Municipal de Meio Ambiente, instrumento financeiro importante para a gestão dos recursos hídricos, pendente ainda de regulamentação, aguardando análise pelo prefeito. 7.6 Estudo do lançamento clandestino de esgotos – análise de causas e consequências Os dados fornecidos pela prefeitura mostraram que existe lançamento clandestino de esgoto em pontos isolados. Desta forma faz-se necessário um estudo para a investigação de tais pontos de lançamento. Ocorre também o lançamento clandestino de águas pluviais na rede de esgoto, sendo este último mais frequente. No Brasil, águas pluviais e esgotos têm destinos diferentes. A legislação é clara, pois se adota o sistema separador absoluto, isto é, esses fluídos não devem ser misturados. Assim, tanto é proibido o lançamento de águas pluviais na rede de esgoto quanto o lançamento de 164 esgoto no sistema de drenagem pluvial. A desobediência a esta legislação pode causar sérios problemas técnicos e legais. O sistema de coleta de esgoto, construído para trabalhar sob pressão atmosférica normal, passa a trabalhar sob pressões incompatíveis com sua constituição e pode se romper em alguns pontos, por meio dos quais ocorrem vazamentos e fluxos subterrâneos que carregam partículas finas do solo e causam erosões subterrâneas. Às vezes, os fluxos percolam por meio da interface tubo/solo e seguem por longas distâncias, causando problemas à jusante do ponto de vazamento. Vazamentos de esgotos podem passar despercebidos por longo tempo devido à pequena vazão residencial diária, porém, abrem caminho para as grandes vazões pluviais em períodos de chuva. O fluxo subterrâneo de águas pluviais solapa o solo que serve de suporte às construções, dando origem a trincas, rachaduras e até desabamentos. Além de causarem pressões excessivas na rede, águas pluviais também carregam resíduos (folhas secas, papéis, lixo, etc.) que podem obstruir a rede e causam problemas no tratamento do esgoto. Situações de risco surgem quando, durante chuvas pesadas, enxurradas invadem garagens de prédios e quintais que estão abaixo do nível da rua e lançam suas águas pluviais no esgoto. 165 O lançamento clandestino e ilegal de esgoto em galerias de águas pluviais é tão grave e nocivo quanto o que foi acima comentado. Esgotos e efluentes atacam os componentes do sistema de drenagem pluvial, corroem fundos de caixas e paredes da tubulação de concreto abrindo brechas por meio das quais águas pluviais vazam e criam dutos subterrâneos. Além disso, o esgoto "in natura" é despejado diretamente nas APPs (Áreas de Preservação Permanente) e cursos d'água, prejudicando seriamente trabalhos de saneamento. Fluxos subterrâneos são, quase sempre, responsáveis pelo surgimento de crateras na superfície. 7.7 Identificar as áreas e principais tipos de problemas (inundações, enchentes, alagamentos, transbordamentos do sistema natural e construído, subdimensionamento, obstrução) correlacionando-o com frequência e causas De acordo com os dados levantados pelo município, os pontos críticos de inundação são: Bairro São Vicente: No logradouro “Maria Marson Sai” entre os logradouros “Ernesto Tagliari” e “Flariano Peixoto”; Ao longo da Rua Luiz Rossetti na divisa entre os bairros Itamaraty e Jardim do Lago e Jatobá; No entorno da Área de Lazer Prefeito Ederaldo Rossetti (lagoa dos Pássaros); Ao final da Avenida Dr. Fernando Arens Júnior e início da SP-107. As causas relacionadas às inundações são que os pontos citados encontram-se em níveis inferiores em relação ao nível da rua, sendo que as galerias de águas pluviais são insuficientes. Soma-se a este fato a baixa declividade do terreno e da rede causando baixa velocidade de escoamento e ausência de galerias nos terrenos acima destes locais. As inundações ocorrem sempre que ocorrem precipitações de médio e grande volumes. 7.8 Identificar as regiões com maior vulnerabilidade sob o ponto de vista de infraestrutura (ausência, precariedade e obsolescência) Conforme citado no item 7.7 acima, existem ainda pontos de erosões causadas pelo descarte incorreto de resíduos, próximo a estas redes de galerias de águas pluviais, ocorrendo com maior frequência nos bairros Jardim Arrivabene, Loteamento Wada, Jardim Blumenau, na SP-332 ao lado da Tecelagem TEKA. 7.9 Estudo preliminar de áreas sujeitas a riscos de inundação e escorregamento Conforme citado no item 7.7, anteriormente, ressalta-se que os problemas existentes são efeito da falta de planejamento específico. Muitos locais se encontram em bairros já consolidados. Os locais apresentam infraestrutura de drenagem, porém, tal sistema é insuficiente no aporte de águas pluviais. Outro fato importante, o qual foi evidenciado, é a disposição inadequada de resíduos sólidos oriundos da construção civil, móveis descartados, colchões, dentre outros. Tal fato agrava o risco de inundações em períodos de precipitação. 166 7.10 Caracterização do arranjo institucional de sistema planejamento e gestão A rede de galerias de águas pluviais é planejada pela Secretaria de Planejamento, Urbanismo, Habitação e Desenvolvimento Sustentável, enquanto que a execução e manutenção são de responsabilidade da Secretaria de Obras e serviços Urbanos do município de Artur Nogueira. 7.11 Operação e manutenção do sistema de drenagem O município de Artur Nogueira dispõe de sistema de drenagem simples, o qual se compõe de guias, sarjetas, bocas de lobo, bem como, canais e tubulações de escoamento da água aos córregos. O sistema é de responsabilidade pela Secretaria de Obras e serviços Urbanos do município de Artur Nogueira. A principal dificuldade do município é na conscientização da população quanto ao descarte adequado de resíduos sólidos, os quais contribuem com as inundações devido ao seu arraste pela água pluvial e consequentemente pelo entupimento das bocas de lobo e tubulações. Outro fator importante é o subdimensionamento da rede de certos bairros, a qual apresenta idade superior a 15 anos e não suporta o escoamento advindo de seu entorno, decorrente do adensamento populacional, seguido da impermeabilização do solo. 7.12 Identificar planos, programa e projetos em desenvolvimento, já desenvolvidos ou em elaboração Segundo informações da Prefeitura Municipal, atualmente não existem projetos voltados a macrodrenagem do município. 7.13 Levantamentos sobre drenagem superficial Foi evidenciado que toda a área urbana do município é composta por sistema de drenagem superficial, sendo por guias e sarjetas para condução das águas pluviais. Segundo a Prefeitura Municipal, todo e qualquer empreendimento imobiliário deve conter rede de drenagem pluvial superficial e subterrâneo dimensionado de acordo com o aporte de água sofrido pela bacia em períodos de precipitação, o qual deverá conduzir e dissipar o volume no sistema de macrodrenagem. 167 7.14 Levantamentos sobre drenagem subterrânea O sistema de drenagem subterrânea é existente, principalmente nos bairros e loteamentos mais novos. Segundo a Prefeitura Municipal, toda a área urbana apresenta sistema de drenagem subterrânea. O problema encontrado, é que o sistema de drenagem existente acaba não suportando volumes de águas em precipitações intensas devido a subdimensionamento da rede, seguidos do acúmulo de resíduos descartados pela população. 7.15 Levantamentos sobre as bacias hidrográficas do município As bacias hidrográficas identificadas na área abrangente do município de Artur Nogueira são: 168 Figura 24: Sub-bacias Hidrográficas - Artur Nogueira. Fonte: Prefeitura Municipal de Artur Nogueira, 2013. Considerando a área urbana, elenca-se a contribuição das sub-bacias do córrego Boa Vista, córrego Sítio Novo/Cotrins e córrego Três Barras. 7.16 Determinação do sistema existente de drenagem urbana Considerando a área urbana do município de Artur Nogueira, foi evidenciada a existência de sistema de drenagem nos seguintes bairros: Santa Rosa; Nova Artur; Rota das Flores; Arrivabene; Residencial Bosque; Loteamento Egydio Tagliari; Parque Residencial Carolina; Loteamento Josephi Tagliari; Loteamento Antônio Modolo; Jardim do Lago; Parque Residencial Itamaraty; Parque Industrial Itamaraty. 169 Figura 25: Hidrografia do município de Artur Nogueira. Fonte: Prefeitura Municipal de Artur Nogueira. 8. COMPILAÇÃO DE DADOS DO MEIO FÍSICO, BIOLÓGICO E SÓCIO - ECONÔMICO 8.1 Caracterização Física das Unidades Territoriais de Análise e Planejamento Esta caracterização tem grande importância, tendo em vista a influência que as condições biofísicas exercem sobre a matriz tecnológica dos sistemas de saneamento. Neste sentido serão estudados nesta etapa os seguintes aspectos inerentes às Unidades Territoriais de Análise e Planejamento. 8.1.1 Determinação da Geomorfologia De acordo com o Relatório de Situação 2004-2006 do Comitê de Bacias do PCJ e dados do IPT, 1981, pode-se afirmar o tipo de geomorfologia do município, de acordo com a Figura 26 abaixo. 170 Figura 26: Determinação geomorfológica do Município de Artur Nogueira. Fonte: Relatório de Situação 2004-2006 e IPT, 1981. 8.1.2 Determinação da Geologia De acordo com as características do solo do município de Artur Nogueira, pode-se classificá-lo como pertencente ao Grupo Tubarão, subgrupo Itararé, por possuir sedimentos continentais e marinhos de constituição variada, depositados por geleiras ou sob influência glacial (ambientes proglacial ou periglacial), de acordo com a Figura 27 abaixo. 171 Figura 27: Determinação da Geologia de Artur Nogueira. Fonte: Relatório de Situação 2004-2006 e IPT, 1981. 8.1.3 Determinação do Clima A classificação climática de Köppen - Geiger enquadra o município como clima Cwa. Sua característica é ter o verão úmido e o inverno seco. No verão o clima é controlado pela massa de ar continental tropical e tropical atlântica. No inverno pela massa de ar atlântica, o que provocam geadas ocasionais. Os maiores índices de pluviosidade são registrados nos meses de outubro a março, época em que se processa o plantio. As temperaturas médias anuais e mensais estão descritas na Tabela 42 abaixo. Tabela 42: Resumo das temperaturas médias de Artur Nogueira. MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Ano Min Max Temperatura do ar (°C) Mínima média Máxima média 18.3 29.5 18.5 29.6 17.8 29.3 15.1 27.6 12.4 25.7 11.0 24.5 10.4 24.7 11.8 26.9 13.8 27.9 15.5 28.4 16.4 28.8 17.7 28.8 14.9 27.6 10.4 24.5 18.5 29.6 Média 23.9 24.1 23.5 21.4 19.0 17.8 17.6 19.3 20.8 21.9 22.6 23.2 21.3 17.6 24.1 Fonte: CEPAGRI UNICAMP, 2013. 8.1.4 Determinação da Hidrologia Artur Nogueira está inserido na Bacia Hidrográfica do rio Piracicaba, o qual é formado pela junção dos rios Atibaia e Jaguari. O município está contido na sub-bacia do rio Jaguari, formada pelo Ribeirão Pirapitingui e seus afluentes da margem direita com curso no município: Córrego Manoel Dias, Córrego Figueira, Ribeirão Boa Vista, Córrego Ponte Funda, Córrego Três Barras (ALMEIDA, 2009). Também integram a hidrografia a Represa Cotrins, a Lagoa dos Pássaros e a Lagoa do Balneário Municipal (ALMEIDA, 2009). 8.1.5 Determinação da Hidrogeologia De acordo com o mapa representado pela Figura 28 abaixo, a unidade de afloramento que compõe o município é a Unidade Aquífera Aflorante Tubarão, com um pequeno afloramento do aquífero Diabásio, que é caracterizado pela presença de rochas intrusivas básicas. 172 O aquífero Tubarão caracteriza-se por ser constituído por sedimentos arenosos, siltosos e argilosos formados há mais de 250 milhões de anos em ambiente glacial (geleiras), continental e marinho. Sua espessura é variável, podendo atingir o valor máximo de 800 metros em sua porção aflorante. Apresenta, em geral, baixa produtividade, com vazões recomendadas inferiores a 2,8 litros/segundo por poço, podendo atingir, em alguns pontos, até 11 litros/segundo. Este aquífero apresenta, de forma geral, água de boa qualidade para consumo humano e outros usos. Já o aquífero Diabásio é composto por rochas de origem ígnea ou metamórfica, como granitos, gnaisses e xistos, formadas pelo resfriamento do magma ou por mudanças significativas das condições de temperatura e pressão em subsuperfície. Possui produtividade baixa, mas bastante variável, com vazão média de 1,4 litros/segundo. 173 Figura 28: Unidade aflorante do município de Artur Nogueira. Fonte: Relatório de Situação 2004-2006 e IPT, 1981. 8.1.6 Determinação do Solo Os principais tipos de solo encontrados no trecho paulista da Bacia do PCJ segundo o Plano das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí 2010 a 2020 são: Latossolo Vermelho Amarelo (LVA) do tipo distrófico: Latossolo Vermelho (LV), ocorrendo nas variantes Vermelho-Escuro distroférrico, distrófico e acriférrico; Gleissolo Háplico (GX) distrófico e eutrófico; Argissolo Vermelho-Amarelo (PVA) distrófico e autrófico; Cambissolo Háplico (CX) distrófico; Planossolo Háplico (SX); Neossolo Lítólico (RL); Neossolo Quartzarênico (RQ) nas variantes órtico distrófico e órtico. No caso de Artur Nogueira, de acordo com o mapa representado pela Figura 29 abaixo, existe a ocorrência de dois tipos, sendo eles o Latossolo Vermelho e o Argiloso Vermelho. Figura 29: Determinação da Pedologia de Artur Nogueira. Fonte: Relatório de Situação 2004-2006 e IPT, 1981. 8.1.7 Determinação do Ordenamento das Unidades Territoriais O Ordenamento das Unidades territoriais do município é descrito na Lei Complementar nº 441/2007, que define as diretrizes de uso e ocupação do solo no município, estabelecendo a Política de Desenvolvimento Territorial, macrozoneamento, zoneamento, zonas especiais. 8.1.8 Determinação do zoneamento Os critérios de uso e ocupação do solo estão definidos na Lei Complementar nº 441/2007, a qual “INSTITUI O PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DO MUNICÍPIO DE ARTUR NOGUEIRA, NOS TERMOS DO ARTIGO 182 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E DO CAPÍTULO III DA LEI FEDERAL Nº 10.257, DE 10 DE JULHO DE 2001, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”: 174 Capítulo III – DO ZONEAMENTO Seção I – DA MACROZONA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL E DA ATIVIDADE AGRÍCOLA: Art. 40. Fica instituído o seguinte Zoneamento para o direcionamento das políticas de desenvolvimento, uso e ocupação de solo na Macrozona de Proteção Ambiental e da Atividade Agrícola: I. Zona de Proteção Integral – ZPI; II. Zona de Uso Sustentável – ZUS; III. Zona Industrial – ZI; e IV. Zona de Preservação e Recuperação – ZPR. SUBSEÇÃO I DA ZPI – ZONA DE PROTEÇÃO INTEGRAL Art. 41. A Zona de Proteção Integral corresponde às áreas com vegetação de várzea e maciços arbóreos, os refúgios da fauna nativa, as APPs (Áreas de Preservação Permanente) e a rede hídrica nas quais as atividades antrópicas devem ter controles mais rigorosos. SUBSEÇÃO II DA ZUS – ZONA DE USO SUSTENTÁVEL Art. 43. A Zona de Uso Sustentável deve compatibilizar a preservação e recuperação dos recursos naturais e da qualidade das águas com a sua utilização em atividades econômicas compatíveis. SUBSEÇÃO III DA ZI – ZONA INDUSTRIAL Art. 44. Fica delimitada como Zona Industrial a área de terras assim demarcada no Mapa 03, constante do Anexo III, desta Lei, para a implantação de indústrias, com o objetivo de aproveitamento das áreas envoltórias da Rodovia SP 332. 175 SUBSEÇÃO IV DA ZPR – ZONA DE PRESERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO Art. 45. A Zona de Preservação e Recuperação compreende as áreas de preservação ambiental onde se situam loteamentos implantados em desconformidade com a lei, cuja diretriz é a regularização na forma apontada pela legislação municipal vigente e pela Lei Federal nº 4771/65. Seção II – DA MACROZONA URBANA Art. 47. Para o direcionamento das políticas de desenvolvimento, uso e ocupação de solo na Macrozona Urbana, fica instituído o seguinte zoneamento: I. Zona de Reestruturação e Requalificação – ZRR; II. Zona de Urbanização em Consolidação – ZUC; III. Zona de Ocupação Prioritária – ZOP; e IV. Zona Predominantemente Industrial – ZIN. 176 SUBSEÇÃO I DA ZRR – ZONA DE REESTRUTURAÇÃO E REQUALIFICAÇÃO Art. 49. A Zona de Reestruturação e Requalificação caracteriza-se pela porção mais consolidada da área urbana, com predominância de uso misto, servida de infraestrutura de água e esgoto e de equipamentos comunitários. Parágrafo Único. A ZRR Inclui o centro urbano com maior incidência de estabelecimentos de serviços e comércio, localizados em torno da porção inicial de ocupação da cidade, caracterizada por uma centralidade de abrangência municipal. SUBSEÇÃO I DA ZUC – ZONA DE URBANIZAÇÃO EM CONSOLIDAÇÃO Art. 51. A Zona de Urbanização em Consolidação é composta de áreas com diferentes graus de urbanização e caracterizam-se por ter uso predominantemente residencial, atividades econômicas e centralidades dispersas, com infraestrutura básica, deficiência de equipamentos sociais e culturais e em fase de consolidação. SUBSEÇÃO III DA ZOP – ZONA DE OCUPAÇÃO PRIORITÁRIA A Zona de Ocupação Prioritária é aquela composta de áreas dotadas de infraestrutura urbana, mas ainda sem ocupação ou com baixa e espaçada ocupação, compreendendo os vazios urbanos ou áreas com menos de 10% (dez por cento) de ocupação. SUBSEÇÃO IV DA ZIN – ZONA PREDOMINANTEMENTE INDUSTRIAL Art. 55. A Zona Predominantemente Industrial compreende as áreas atualmente ocupadas tanto com usos industriais como vazios urbanos, bem como uma área dotada de infraestrutura básica e acessibilidade regular. CAPÍTULO IV DAS ZONAS ESPECIAIS Art. 57. As Zonas Especiais compreendem áreas de todo o território municipal destinadas à aplicação de parâmetros diferenciados de uso e ocupação do solo que buscam o desenvolvimento urbano para a melhoria da qualidade de vida da população e assim se cl: I. ZEIC - Zona Especial de Interesse Coletivo; II. ZEPHAC - Zona Especial de Proteção do Patrimônio Histórico, Ambiental e Cultural; III. ZEPAG - Zona Especial Prioritariamente de Atividade Agrícola; IV. ZEIA - Zona Especial de Interesse Ambiental; V. ZERU - Zona Especial de Regularização Urbana; e VI. ZEIS - Zona Especial de Interesse Social. 177 SEÇÃO I DA ZEIC – ZONA ESPECIAL DE INTERESSE COLETIVO Art. 58. A Zona Especial de Interesse Coletivo é constituída de glebas ou terrenos vazios e edificações subutilizadas ou não utilizadas localizadas na área urbana consolidada, sendo áreas estratégicas para a implantação de equipamentos públicos ou comunitários diversos, ou ainda de interesse social, como de educação, saúde, centros culturais, turísticos e institucionais, que deverão ser urbanizados e dotados de infraestrutura, estabelecendo um controle urbano eficiente. SEÇÃO II DA ZEPHAC – ZONA ESPECIAL DE PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRIO, AMBIENTAL E CULTURAL Art. 59. A Zona Especial de Proteção do Patrimônio Histórico, Ambiental e Cultural, é constituída de áreas, edificações e locais de especial interesse e de grande valor paisagístico, histórico e cultural, que deverão receber projetos e obras que promovam atividades de turismo 178 e lazer. SEÇÃO III DA ZEPAG – ZONA ESPECIAL DE PRESERVAÇÃO DA ATIVIDADE AGRÍCOLA Art. 60. A Zona Especial de Preservação da Atividade Agrícola constitui-se de áreas ou glebas sem ocupação por edificações, inseridas dentro do perímetro urbano, propícias à atividade agrícola de pequeno ou médio porte. SEÇÃO IV DA ZEIA – ZONA ESPECIAL DE INTERESSE AMBIENTAL Art. 62. A Zona Especial de Interesse Ambiental é formada por áreas privadas, com vegetação, hidrografia e geografia com preservação, situadas na Macrozona de Proteção Ambiental e da Atividade Agrícola. SEÇÃO V DA ZERU – ZONA ESPECIAL DE REGULARIZAÇÃO URBANA Art. 64. A Zona Especial de Regularização Urbana constitui-se de áreas compreendidas pelos loteamentos implantados em desconformidade com a Lei, contíguos à área urbana, com infraestrutura incompleta ou com incidência de conflito com os normativos ambientais. SEÇÃO IV DA ZEIA – ZONA ESPECIAL DE INTERESSE AMBIENTAL Art. 62. A Zona Especial de Interesse Ambiental é formada por áreas privadas, com vegetação, hidrografia e geografia com preservação, situadas na Macrozona de Proteção Ambiental e da Atividade Agrícola. SEÇÃO V – DA ZERU – ZONA ESPECIAL DE REGULARIZAÇÃO URBANA Art. 64. A Zona Especial de Regularização Urbana constitui-se de áreas compreendidas pelos loteamentos implantados em desconformidade com a Lei, contíguos à área urbana, com infraestrutura incompleta ou com incidência de conflito com os normativos ambientais. Art. 68. Todos os usos e atividades poderão se instalar na Macrozona Urbana, desde que obedeçam às condições e requisitos de instalação definidos nesta Lei ou em legislação complementar. Art. 69. Na Zona Residencial o uso é predominantemente uni familiar, com ocupação de baixa densidade, gabarito predominantemente horizontal e alta permeabilidade do solo, sendo permitido o uso institucional, comercial e de serviço local, nos termos da legislação complementar específica. Art. 70. Na Zona não residencial o uso é destinado predominantemente ao exercício de atividades econômicas agrícolas, industriais, comerciais, de serviços ou institucionais, nos termos da legislação específica. Art. 71. As Zonas Mistas dividem-se em duas categorias: I. Zona Mista 1 – ZM1: de uso predominantemente de comércio e serviços, sendo permitido o uso residencial unifamiliar e multifamiliar com ocupações de média e alta densidade; e 179 II. Zona Mista 2 – ZM2: de uso predominantemente de comércio, serviços e indústria de pequeno porte e não incômoda, sendo permitido o uso institucional e residencial uni familiar e multifamiliar com ocupações de média densidade. Art. 72. Os usos e atividades deverão atender aos requisitos de instalação definidos com base nos níveis de incomodidade em função de sua potencialidade como geradores: I. De interferência no tráfego; e II. De impacto à vizinhança. Art. 73. A análise do grau de incomodidade deverá observar os seguintes fatores: I. Poluição sonora: geração de impacto sonoro no entorno próximo pelo uso de utensílios ruidosos, aparelhos sonoros, máquinas, ou concentração de pessoas ou animais em local aberto ou fechado, que seja nocivo à saúde, à segurança e ao bem estar da coletividade; II. Poluição atmosférica: lançamento na atmosfera de partículas provenientes do uso de combustíveis nos processos de produção ou vapor acima dos níveis admissíveis para o meio ambiente e para a saúde pública; III. Poluição hídrica: lançamento de efluentes líquidos incompatíveis na rede hidrográfica, no sistema coletor de esgotos ou no lençol freático; IV. Poluição por resíduos sólidos: produção, manipulação ou estocagem de resíduos sólidos, com riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública; V. Geração de vibração: impacto provocado pelo uso de máquinas ou equipamentos que produzam choques repetitivos ou vibração sensível, causando riscos potenciais às edificações, ao bem estar ou à saúde pública; e VI. Periculosidade: atividades que apresentem risco ao meio ambiente e à saúde, em função da produção, comercialização, uso ou estocagem de materiais perigosos, como explosivos, gás liquefeito de petróleo, inflamáveis, tóxicos e similares, conforme normas técnicas e legislação específica. Art. 74. A análise dos usos geradores de interferência no tráfego será feita pelo órgão municipal competente. 180 Parágrafo Único. A análise técnica dos usos geradores de tráfego não dispensa o Relatório de Impacto de Vizinhança e o licenciamento ambiental competente. Art. 75. São considerados empreendimentos de impacto aqueles cujo uso ou atividade possa causar impacto no ambiente natural ou construído, ou sobrecarga na capacidade de atendimento da infraestrutura instalada, quer sejam construções públicas ou privadas, residenciais ou não residenciais, e se enquadrem em uma das condições abaixo: I. Os implantados em terrenos com área igual ou superior a 5.000m2, excetuandose as edificações residenciais unifamiliares; II. As edificações com área construída superior a 3.000m2; III. As atividades abaixo elencadas, independentemente da metragem do terreno e da área construída: a. Empreendimentos tipo shopping center, supermercado ou hipermercado; b. Centrais de carga e descarga e de abastecimento; c. Estações de tratamento; d. Terminais de transporte; e. Cemitérios; f. Presídios; g. Postos de combustíveis, depósitos de gás liquefeito de petróleo e outros comércios de inflamáveis ou explosivos; h. Estações de rádio base e antenas de transmissão; i. Bares, boates, casas de show e similares com música mecânica ou ao vivo; j. Mineradoras; k. Atividades agrícolas e agropecuárias; l. Funilaria e borracharia; m. Depósitos de material de construção; n. Depósitos e comércio de ferro velho; o. Depósitos e comércio de materiais recicláveis; e p. Atividades Industriais. 181 A Figura 30 a seguir ilustra o mapa de zoneamento do município de Artur Nogueira, contido no Plano Diretor do Município. Maiores detalhes sobre o zoneamento municipal estão dispostos no ANEXO D. 182 183 Figura 30: Mapa de Zoneamento – Artur Nogueira. Fonte: Plano Diretor – Prefeitura Municipal de Artur Nogueira. A definição das unidades territoriais de análise e planejamento é definida por: a) Bacias Hidrográficas Elementares; b) Distritos Administrativos do município; c) Mapa do território do município. 8.1.9 Identificação dos agentes locais envolvidos direta e indiretamente com o saneamento básico Os agentes de saneamento são profissionais que atuam em estações de tratamento de água, estações de tratamento de esgoto, sistema de coleta e disposição de resíduos, assim como auxilia no sistema de drenagem, visando o auxilio na ampliação e manutenção desses sistemas na cidade, sendo esses agentes, de extrema importância para o município, visto que o saneamento básico é fundamental. Os municípios que não possuem esses sistemas põem em risco a saúde da sociedade civil, bem como de rios e lagos. 184 Nos tópicos seguintes é possível identificar os agentes envolvidos direta e indiretamente com o saneamento básico em Artur Nogueira. 8.1.9.1 Identificar agentes locais, entidades ou cooperativas envolvidas no setor de abastecimento de água e suas atuações No município de Artur Nogueira, a autarquia responsável pelo setor de abastecimento de água é o SAEAN – Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira, autarquia responsável pela captação, tratamento, composição do quadro geral de pessoal, automação e informatização das ETAs, apoio logístico, gerenciamento, distribuição de água para o município, manutenção de redes e ramais, leitura de hidrômetros e entrega de contas, corte e religação de água, estabelecimento de taxas e tarifas. 8.1.9.2 Identificar agentes locais, entidades ou cooperativas envolvidas no setor de esgotamento sanitário e suas atuações O responsável pelo setor de esgotamento sanitário do município de Artur Nogueira é o SAEAN, mesmo órgão responsável pelo setor de abastecimento de água. Entre suas atuações e responsabilidades estão a coleta e tratamento (sistema ainda em construção) do esgoto, manutenção e reparos de redes. 8.1.9.3 Identificar agentes locais, entidades ou cooperativas envolvidas no setor de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos e suas atuações O serviço de coleta e destinação dos resíduos sólidos gerados no município compete à própria Prefeitura Municipal, responsável por coletar os resíduos 03 (três) vezes na semana em locais alternados e encaminha-los ao aterro sanitário ESTRE, em Paulínia. O aterro sanitário ESTRE, recebe os resíduos oriundos de Artur Nogueira e confere a destinação adequada para os mesmos. 8.1.9.4 Identificar agentes locais, entidades ou cooperativas envolvidas no setor de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas e suas atuações O gerenciamento do setor de drenagem e manejo das águas pluviais e urbanas de Artur Nogueira é de responsabilidade da própria prefeitura, assim como o setor de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos. A prefeitura é responsável pelo subsistema de microdrenagem urbana, que atende as bacias e sub-bacias municipais, responsável também pela manutenção dos canais artificiais, galerias e bocas de lobo. 8.2 Realização de visitas técnicas e entrevistas para complementação de dados As visitas técnicas foram realizadas em primeiro momento, com o objetivo de adquirir informações e tirar fotos dos sistemas existentes no município. 185 8.2.1 Diagnóstico Social Para atender às demandas advindas pelas necessidades presentes e pela projeção do crescimento do sistema, é necessário visualizar as projeções do crescimento do município em termos populacionais, bem como outras localidades, que ao longo do tempo deverão ser incluídas ao sistema e atendidas plenamente. Considerando as demandas advindas pelas necessidades presentes e pela projeção do crescimento do sistema, foram utilizados para tais projeções, fórmulas, parâmetros e gráficos oficiais dispostos pelo SEADE. 8.2.2 Estudo demográfico estabelecendo a quantificação da população atual e projeção de crescimento, no horizonte de tempo em conformidade com os cenários A Figura 31 abaixo caracteriza a taxa de crescimento anual da população, nos períodos de 1980/1991; 2000/2010; e 2010/2013, variáveis estas tomadas como base para estabelecimento das futuras taxas geométricas de crescimento da população de Artur Nogueira - SP, imprescindíveis para a tomada de decisões no presente Plano Municipal de Saneamento Básico. Figura 31: Taxas Geométricas de Crescimento Anual da População. Fonte: Fundação SEADE/Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Dessa forma, foi realizado um estudo mais preciso sobre a previsão de crescimento da população anual do município, visando à complementação dos dados fornecidos pelo SEADE, sendo abordado um período estimado em 30 (trinta) anos, ou seja, até 2043. 186 O processo de cálculo que atende o perfil do município e utilizado neste trabalho foi o crescimento geométrico, adotando uma taxa de crescimento geométrico que com o decorrer dos anos passou de 2,1% a 1,5 e posteriormente a 1,2% a 0,9%, segundo dados SEADE, 2013. A projeção da população, com os anos e suas respectivas taxas de crescimento é apresentada na Tabela 43 abaixo. Tabela 43: Taxa de Crescimento Populacional do Município de Artur Nogueira – SP. Ano 2013 2014 População 46.907 47.893 Taxa Crescimento 2,1% 2,1% 2015 48.899 2,1% 2016 49.620 1,5% 2017 50.351 1,5% 2018 51.092 1,5% 2019 51.846 1,5% 2020 52.609 1,5% 2021 53.224 1,2% 2022 53.846 1,2% 2023 54.476 1,2% 2024 55.113 1,2% 2025 55.757 1,2% 2026 56.255 0,9% 2027 56.758 0,9% 2028 57.266 0,9% 2029 57.778 0,9% 2030 58.294 0,9% 2031 58.815 0,9% 2032 59.341 0,9% 2033 59.871 0,9% 2034 60.406 0,9% 2035 60.946 0,9% 2036 61.491 0,9% 2037 62.041 0,9% 2038 62.595 0,9% 2039 63.155 0,9% 2040 63.720 0,9% 2041 64.289 0,9% 2042 2043 64.864 65.444 0,9% 0,9% Fonte: SEADE, 2013. Adaptado: Maximus Environmental, 2013. 187 8.2.3 Estudo da densidade demográfica, por unidade territorial de análise e planejamento e para todo o território de município, caracterizando a situação atual e futura, estruturado a partir dos estudos de crescimento populacional A Figura 32 a seguir representa uma divisão das áreas do município de acordo com a vulnerabilidade da sociedade nas esferas econômicas, bem como, em saneamento. As áreas foram representadas em cores de acordo com o grau de vulnerabilidade. Considerando as áreas de média a alta vulnerabilidade, a população correspondente é de aproximadamente 40%. 188 Figura 32: Vulnerabilidade social. Fonte: Prefeitura Municipal de Artur Nogueira, 2014. 8.2.4 Estudo epidemiológico, relacionando os indicadores às deficiências nos sistemas de saneamento O que se deseja para o município é a salubridade ambiental, que é o estado de higidez em que vive a população urbana e rural, na sua capacidade de inibir, prevenir ou impedir a ocorrência de endemias ou epidemias. Estas informações podem ser encontradas no tópico 5.8 - Estudo epidemiológico correlacionando-o com os serviços de saneamento básico, página 112. 8.2.5 Caracterização das áreas de interesse social (número de assentamentos, localização, perímetro e área dos assentamentos, carências relacionadas ao saneamento básico, precariedade habitacional, população, situação socioeconômica) O município declarou, em 2008, que existem loteamentos irregulares, mas não há ocorrência de favelas, mocambos, palafitas ou assemelhados. Neste município, existe processo de regularização fundiária. Há legislação municipal específica que dispõe sobre regularização fundiária e com plano ou programa específico de regularização fundiária. No ano de 2010, não havia moradores urbanos vivendo em aglomerados subnormais (favelas e similares). Em 2010, 99,9% dos moradores urbanos contavam com o serviço de coleta de resíduos e 92,2% tinham energia elétrica distribuída pela companhia responsável (uso exclusivo). Para ser considerado proprietário, o residente deve possuir documentação de acordo com as normas legais que garantem esse direito, sendo ela de propriedade ou de aluguel. A proporção de moradores, em 2010, com acesso ao direito de propriedade (própria ou alugada) atingiu 92,8%. Segundo dados do IBGE, 2010, Artur Nogueira encontra-se listado com municípios que possuem números significativos de assentamentos precários, sendo 163 domicílios em setores precários; 163 domicílios em setores subnormais e precários; 8.272 sendo o total de domicílios em todos os tipos de setores, tendo 1,97% domicílios em assentamentos precários. O mapa apresentado na Figura 33 abaixo demonstra a localização dos assentamentos precários na região e Tabela 44 apresentados de assentamentos de Artur Nogueira. 189 190 Figura 33: Localização dos assentamentos precários. Fonte: FREITAS, 2012. Os sete grupos do IPVS resumem as situações de maior ou menor vulnerabilidade às quais a população se encontra exposta (Figura 34), a partir de um gradiente das condições socioeconômicas e do perfil demográfico (Tabela 44). As características desses grupos, no município de Artur Nogueira, são apresentadas a seguir. Tabela 44: Dados sobre a situação de moradia em assentamentos. Município Pessoas em Setores Subnormais (A) Pessoas em Setores Precários (B) Pessoas em Assentamentos Precários (A+B) Total de Pessoas em Todos os Tipos de Setores % de Pessoas em Assentamentos Precários Artur Nogueira ---- 718 718 30.402 2,36 Fonte: Assentamentos Precários no Brasil Urbano, 2007. Figura 34: Vulnerabilidade social do município de Artur Nogueira. Fonte: SEADE, 2013. Os grupos de vulnerabilidade social de acordo com o SEADE, 2013: 191 O Grupo 1 (baixíssima vulnerabilidade): 520 pessoas (1,2% do total). No espaço ocupado por esses setores censitários, o rendimento nominal médio dos domicílios era de R$6.439 e em 0,0% deles a renda não ultrapassava meio salário mínimo per capita. Com relação aos indicadores demográficos, a idade média dos responsáveis pelos domicílios era de 48 anos e aqueles com menos de 30 anos representavam 9,2%. Dentre as mulheres chefes de domicílios 15,6% tinham até 30 anos, e a parcela de crianças com menos de seis anos equivalia a 7,3% do total da população desse grupo. O Grupo 2 (vulnerabilidade muito baixa): 13.088 pessoas (30,7% do total). No espaço ocupado por esses setores censitários, o rendimento nominal médio dos domicílios era de R$2.641 e em 10,0% deles a renda não ultrapassava meio salário mínimo per capita. Com relação aos indicadores demográficos, a idade média dos responsáveis pelos domicílios era de 50 anos e aqueles com menos de 30 anos representavam 10,5%. Dentre as mulheres chefes de domicílios 8,7% tinham até 30 anos, e a parcela de crianças com menos de seis anos equivalia a 6,3% do total da população desse grupo. O Grupo 3 (vulnerabilidade baixa): 20.601 pessoas (48,3% do total). No espaço ocupado por esses setores censitários, o rendimento nominal médio dos domicílios era de R$1.944 e em 15,0% deles a renda não ultrapassava meio salário mínimo per capita. Com relação aos indicadores demográficos, a idade média dos responsáveis pelos domicílios era de 41 anos e aqueles com menos de 30 anos representavam 23,3%. Dentre as mulheres chefes de domicílios 25,5% tinham até 30 anos, e a parcela de crianças com menos de seis anos equivalia a 9,6% do total da população desse grupo. O Grupo 4 (vulnerabilidade média - setores urbanos): 3.538 pessoas (8,3% do total). No espaço ocupado por esses setores censitários, o rendimento nominal médio dos domicílios era de R$1.649 e em 18,2% deles a renda não ultrapassava meio salário mínimo per capita. Com relação aos indicadores demográficos, a idade média dos responsáveis pelos domicílios era de 48 anos e aqueles com menos de 30 anos representavam 12,8%. Dentre as mulheres chefes de domicílios 10,1% tinham até 30 anos, e a parcela de crianças com menos de seis anos equivalia a 8,0% do total da população desse grupo. O Grupo 5 (vulnerabilidade alta - setores urbanos): 4.911 pessoas (11,5% do total). No espaço ocupado por esses setores censitários, o rendimento nominal médio dos domicílios era de R$1.533 e em 19,3% deles a renda não ultrapassava meio salário mínimo per capita. Com relação aos indicadores demográficos, a idade média dos responsáveis pelos domicílios era de 43 anos e aqueles com menos de 30 anos representavam 23,2%. Dentre as mulheres chefes de domicílios 22,0% tinham até 30 anos, e a parcela de crianças com menos de seis anos equivalia a 9,7% do total da população desse grupo. 8.2.6 Caracterização da situação econômica da população Como forma de caracterizar a situação econômica da população utilizou-se dados apresentados no SEADE, conforme descrito nas Tabela 45 a Tabela 47 abaixo. 192 Tabela 45: Condições de Vida do Município. Condições de Vida Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS – Dimensão Riqueza Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS – Dimensão Longevidade Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS – Dimensão Escolaridade Ano 2008 2010 2008 2010 2007 2010 2008 Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS 2010 Índice de Desenvolvimento Humano – IDH Renda per Capita (Em salários mínimos) Domicílios com Renda per Capita até 1/4 do Salário Mínimo (Em %) Domicílios com Renda per Capita até 1/2 do Salário Mínimo (Em %) Município 31 33 65 73 46 56 Grupo 3 - Municípios com nível de riqueza baixo, mas com bons indicadores nas demais dimensões Grupo 3 - Municípios com nível de riqueza baixo, mas com bons indicadores nas demais dimensões 2010 0,749 2010 661,52 2010 4,45 2010 16,02 Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE. Tabela 46: Emprego e Rendimento do Município. Emprego e Rendimento Participação dos Empregos Formais da Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura no Total de Empregos Formais (Em %) Participação dos Empregos Formais da Indústria no Total de Empregos Formais (Em %) Participação dos Empregos Formais do Comércio Atacadista e Varejista e do Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas no Total de Empregos Formais (Em %) Participação dos Empregos Formais dos Serviços no Total de Empregos Formais (Em %) Rendimento Médio dos Empregos Formais da Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura (Em reais correntes) Rendimento Médio dos Empregos Formais da Indústria (Em reais correntes) Rendimento Médio dos Empregos Formais do Comércio Atacadista e Varejista e do Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (Em reais correntes) Rendimento Médio dos Empregos Formais dos Serviços (Em reais correntes) Rendimento Médio do Total de Empregos Formais (Em reais correntes) Ano Município 2011 8,7 2011 35,3 2011 24,4 2011 29,4 2011 999,11 2011 1.565,22 2011 1.139,80 2011 1.523,21 2011 1.385,96 193 Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE. Tabela 47: Economia do Município. Economia Participação da Agropecuária no Total do Valor Adicionado (Em %) Participação da Indústria no Total do Valor Adicionado (Em %) Participação dos Serviços no Total do Valor Adicionado (Em %) PIB (Em milhões de reais correntes) PIB per Capita (Em reais correntes) Participação no PIB do Estado (Em %) Ano 2010 2010 2010 2010 2010 2010 Município 4,83 27,10 68,06 541,13 12.278,57 0,04 Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE. O município de Artur Nogueira, que integra a Região Administrativa de Campinas, possuía, em 2010, 44.071 habitantes. A análise das condições de vida de seus habitantes mostra que a renda domiciliar média era de R$2.162, sendo que em 13,9% dos domicílios não ultrapassava meio salário mínimo per capita. Em relação aos indicadores demográficos, a idade média dos chefes de domicílios era de 45 anos e aqueles com menos de 30 anos representavam 18,1% do total. Dentre as mulheres responsáveis pelo domicílio 20,2% tinham até 30 anos, e a parcela de crianças com menos de seis anos equivalia a 8,4% do total da população. 8.2.7 Caracterização dos sistemas de saúde e educação 194 8.2.7.1 Saúde O município de Artur Nogueira conta com um Pronto Socorro Municipal, implantado em agosto de 2009. Também possui 08 unidades de atenção Básica, descritas a seguir: ESF BLUMENAU; ESF CAIC; ESF LARANJEIRAS; ESF JARDIM DO LAGO; ESF BOM JARDIM; ESF PLANALTO; ESF CORAÇÃO CRIANÇA; ESF SACILOTTO. Inclui-se no sistema de saúde do município uma farmácia municipal, pronto socorro odontológico, laboratório de análises clínicas, centro de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária. Artur Nogueira é integrante do CONSAUDE, consórcio intermunicipal firmado junto aos municípios de Holambra, Pedreira e Santo Antônio de Posse, que permite atendimento médico de média complexidade à população. E também possui convênio assinado com a Secretaria da Agricultura para desenvolvimento do Programa Viva Leite, onde 214 famílias com crianças de 6 meses a 2 anos, com renda mensal bruta familiar inferior a dois salários mínimos, recebem três mil, duzentos e dez litros de leite por mês, conforme dados obtidos no Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável de 2010 a 2013. A Tabela 48 a seguir resume dados de saúde da população e estatísticas vitais. Tabela 48: Estatísticas Vitais e Saúde. Estatísticas Vitais e Saúde Ano Município Taxa de Natalidade (por mil habitantes) 2011 14,13 Taxa de Fecundidade Geral (Por mil mulheres entre 15 e 49 anos) Taxa de Mortalidade da População entre 15 e 34 Anos (Por cem mil habitantes nessa faixa etária) Taxa de Mortalidade da População de 60 Anos e Mais (Por cem mil habitantes nessa faixa etária) Mães Adolescentes (com menos de 18 anos) (Em %) 2011 49,22 2011 80,02 2011 3.606,56 2011 7,23 Mães que Tiveram Sete e Mais Consultas de Pré-Natal (Em %) 2011 79,27 Partos Cesáreos (Em %) 2011 59,28 Nascimentos de Baixo Peso (menos de 2,5kg) (Em %) 2011 9,25 Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE. 8.2.7.2 Educação No município a educação oficial responde até a 4ª série do Ensino Fundamental. Dentre as escolas municipais, duas se encontram na área rural, sendo elas a EMEF José Mello (Bairro Ponte de Tábua) e EMEF Placidina Filipini (Bairro Bairrinho). As demais escolas localizam-se na área urbana da cidade, conforme apresentado na Tabela 49 abaixo. 195 Tabela 49: Unidades de Educação do Município. UNIDADE ESCOLAR Pré I Pré II Infantil Creche "Josephin Tagliari" - 1 63 44 23 Creche "São Francisco de Assis" - 1 52 EMEI "Luiz Amaro Rodrigues" - 1 70 54 EMEI "Sergio Manoel" - 1 39 33 EMEI "Maria Lucia C. Castro" - 1 68 45 EMEI "Profª Regina A. Posi de Oliveira" - 1 66 63 EMEF "Edmo W. Cardoso" - 2 19 12 1º ano 2º ano 2ª série 3ª série 4ª série 26 25 26 27 EMEF "Elysiario Del'Álamo" - 2 129 136 138 126 EMEF "Francisco Cardona" - 2 110 113 124 144 42 47 37 19 43 7 12 EMEF "Luiz de Melo" - 2 3 6 1 6 8 10 12 EMEF "Maria P. A. Filippini" - 2 18 12 12 20 31 28 29 40 156 177 173 165 26 78 88 107 119 27 123 115 116 136 66 71 75 80 714 764 797 838 EMEF "Pref. Ederaldo Rossetti" - 2 EMEF "Profª Aparecida Dias dos Santos" - 2 57 42 EMEF "Vereador Prof Amaro Rodrigues" - 2 EMEF "Profª Alcinda T. W. Matteis" - 2 TOTAL 455 311 109 227 Fonte: Prefeitura Municipal de Artur Nogueira, 2013. 196 Os alunos dispõem de transporte escolar, alimentação e espaço para estruturação física. As crianças da área rural encontram dificuldade com relação à falta de transporte escolar. A conclusão do ensino fundamental e ensino médio são disponibilizados no município pelas escolas estaduais. Há uma instituição de nível superior no município (UNASP), de atuação intermunicipal. Escolas particulares atuam desde o ensino infantil até ensino médio e profissionalizante. Alfabetização de adultos é oferecida através do Sindicato Rural (SENAR) e município (Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável – 2010 – 2013). A Tabela 50 abaixo contém dados sobre a educação do município. Tabela 50: Indicadores de educação. EDUCAÇÃO Taxa de Analfabetismo da População de 15 Anos e Mais (Em %) População de 18 a 24 Anos com Ensino Médio Completo (Em %) 5,55 54,05 Fonte: SEADE, 2010. 197 9. DETERMINAÇÃO DE PROJEÇÕES E DEMANDAS DO SISTEMA DE SANEAMENTO Para atender as demandas advindas pelas necessidades presentes e pela projeção do crescimento do sistema, é necessário visualizar as projeções do crescimento do município em termos populacionais, bem como as localidades mais distantes, que ao longo do tempo deverão ser incluídas ao sistema e atendidas, conforme as metas estabelecidas neste Plano. 9.1 Cenários Os cenários da evolução dos sistemas de saneamento do município foram construídos para um horizonte de tempo de 30 anos, com base nos elementos socioeconômicos, alternativos e ambientais, de maneira a expandir o leque de possibilidades futuras, e também orientar o processo de planejamento e consumo regional. O estabelecimento desses cenários foi resultado da integração/combinação entre crescimento econômico, acelerado e moderado, e de exigências ambientais e sociais mais ou menos intensas. Para efeito de modelagem, os cenários socioeconômicos são caracterizados basicamente pela população, demandas locais, áreas e consumo, previamente em termos de prognóstico ambiental e socioeconômico, sobre possíveis impactos ambientais decorrentes da expansão urbana a curto (05 anos), médio (10 anos) e longo prazo (30 anos). 9.1.1 Cenário Tendencial: Atendimento do sistema de abastecimento de água Foi estabelecido um cenário resultante das tendências de evolução populacional e demandas regionais, considerando as políticas e situações adversas que irão diferir radicalmente das atuais empregadas no município. Trata-se de um cenário que mantém a distribuição espacial da população existente com a futura, e também tendências de concentração já verificadas, como na região urbana e rural do município de Artur Nogueira. A Tabela 51 abaixo apresenta os cenários tendenciais de abastecimento de água para a cidade de Artur Nogueira. 198 Tabela 51: Cenários Tendenciais de Abastecimento de Água. PRAZO CURTO MÉDIO CENÁRIO ABASTECIMENTO ANO 2014 2020 2030 m³/h m³/h m³/h SITUAÇÃO ATUAL: 495 ----SITUAÇÃO POSSÍVEL: --488 --SITUAÇÃO DESEJÁVEL: ----486 Fonte: Maximus Environmental, 2013. LONGO 2035 m³/h ----509 2043 m³/h -----546 Dessa forma, se considerarmos a capacidade atual de Tratamento de água nas ETA II e ETA III, somado à vazão dos poços existentes no município, e considerando que o percentual de perdas tenha diminuição progressiva ao longo do período de trinta anos, sendo de 43,5% à 30% no período estudado, é possível prever que esse sistema atenda a demanda necessária de abastecimento à população em dias de maior consumo. Caso contrário, o sistema não suprirá a demanda de abastecimento a partir do ano de 2026. 9.1.2 Cenário Tendencial: Atendimento do Sistema de Coleta e Tratamento de Efluentes 199 Adotando uma taxa de geração de efluentes direcionada a 80% do consumo por habitante/dia, conclui-se que o volume aproximado de geração de efluentes no município de Artur Nogueira é na ordem de 124 L/hab./dia, considerando o consumo per capita de 154,9 l/hab.dia. A Tabela 52 apresenta os cenários tendenciais de carga poluidora para o presente município. Tabela 52: Cenários Tendenciais de Cargas Poluidoras. CENÁRIO CARGAS POLUIDORAS SITUAÇÃO ATUAL: SITUAÇÃO POSSÍVEL: SITUAÇÃO DESEJÁVEL: CURTO 2014 m³/h 217,08 ----- 2020 m³/h --240,9 --- PRAZO MÉDIO ANO 2030 m³/h ----269,666 LONGO 2035 m³/h ----284,79 2043 m³/h ----305,79 Fonte: Maximus Environmental, 2013. Dessa forma, se considerarmos que atualmente, o município não possui sistema de tratamento de efluentes, caso não haja ações imediatas, o município continuará contribuindo acentuadamente para a poluição do corpo d’água receptor de seus efluentes, lançando altas cargas de DBO/dia, sendo estes valores sofrendo acréscimo ao longo dos anos devido a elevação de geração de efluentes devido ao crescimento populacional. 9.1.3 Cenário Tendencial: Atendimento do Sistema de Coleta de Resíduos Sólidos Os cenários futuros do sistema de manejo e gestão de resíduos sólidos para o município foram elaborados em consonância aos cenários já apresentados no Plano de Gestão Integrada de Resíduos Urbanos – CONSAB, visando a adoção de uma gestão integrada entre a Prefeitura Municipal e o Consórcio Intermunicipal na Área de Saneamento Ambiental CONSAB, para que medidas, metas e planos propostos caminhem juntos e, assim, possam ser implementados visando uma maior eficiência no gerenciamento desses resíduos sólidos. A seguir são apresentados os cenários propostos para melhoraria do sistema de manejo e gestão de resíduos sólidos: 9.1.3.1 Cenário I: O cenário I propõe: Manter disposição final dos resíduos sólidos domiciliares em aterro sanitário particular; Implantação de programa de coleta seletiva; Execução de programas de educação ambiental para conscientizar a população da importância da separação dos resíduos recicláveis; Melhorias na gestão dos resíduos sólidos de limpeza urbana; Melhorias na gestão dos resíduos de construção civil; Melhorias na gestão dos resíduos de serviço de saúde, visando que os cogeradores, clínicas particulares, consultórios odontológicos particulares, farmácias, etc. sejam responsáveis pela destinação de seus resíduos de serviço de saúde, conforme previsto no Artigo 4º da Resolução CONAMA nº 283 de 2001 - Art. 4º Caberá ao responsável legal dos estabelecimentos já referidos no art. 2º desta Resolução, a responsabilidade pelo gerenciamento de seus resíduos desde a geração até a disposição final, de 200 forma a atender aos requisitos ambientais e de saúde pública, sem prejuízo da responsabilidade civil solidária, penal e administrativa de outros sujeitos envolvidos, em especial os transportadores e depositários finais; Melhorias no sistema de logística reversa, implantando ponto de coleta dos resíduos passíveis desse sistema (pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; e produtos eletroeletrônicos e seus componentes). Melhorias no sistema de gestão industrial, visando ter um controle dos tipos de resíduos e quantidades geradas. A Figura 35 apresenta de forma simplificada as proposições para o cenário I. Cenário I Envio de RSD a aterro particular Implantação de programa de coleta seletiva Programas de educação ambiental Melhorias no sistema de LR Melhorias na gestão dos resíduos industriais Melhorias na gestão dos RSS Figura 35: Cenário I. Fonte: Maximus Environmental, 2014. 9.1.3.2 Cenário II: O cenário II propõe: Disposição dos resíduos sólidos gerados no município de Artur Nogueira e nos demais municípios integrantes do CONSAB em possível aterro sanitário municipal a ser implantado em um dos municípios do consócio; Implantação de programa de coleta seletiva; Implantação de pontos de entrega voluntária – PEV’s para entrega voluntária dos resíduos passíveis de reciclagem; Execução de programas de educação ambiental para conscientizar a população da importância da separação dos resíduos recicláveis; 201 Aquisição, junto aos demais municípios do CONSAB de equipamento para tratamento térmico dos resíduos de serviço de saúde; Melhorias na gestão dos resíduos sólidos de limpeza urbana; Melhorias na gestão dos resíduos de construção civil; Melhorias no sistema de logística reversa, implantando ponto de coleta dos resíduos passíveis desse sistema (pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; e produtos eletroeletrônicos e seus componentes). Melhorias no sistema de gestão industrial, visando ter um controle dos tipos de resíduos e quantidades geradas. A Figura 36 a seguir caracteriza o cenário II proposto para o sistema de manejo de resíduos sólidos. Cenário II Aquisição Melhorias Disposição Programas Melhorias de na gestão Implantação Implantação dos RSD em de educação equipament dos resíduos no sistema de PEV's de programa aterro dos ambiental os para sólidos de de logística de coleta municípios reversa tratamento limpeza seletiva do dos RSS urbana CONSAB Melhorias na gestão dos RCC Melhorias no sistema de gestão de resíduos industriais Figura 36: Cenário II. Fonte: Maximus Environmental, 2014. 9.1.3.3 Cenário III: O cenário II propõe: Implantação de programas e ações para a redução de resíduos na fonte com a ampliação da quantidade de segregação dos resíduos; Implantação de programa de coleta seletiva; Implantação de pontos de entrega voluntária – PEV’s para entrega voluntária dos resíduos passíveis de reciclagem; 202 Implantação de Central de Tratamento de Resíduos em conjunto com os demais municípios do Consórcio; Manter o tratamento dos resíduos de serviço de saúde com empresas terceirizadas. A Figura 37 abaixo apresenta de forma simplificada o cenário III apresentado para o sistema de manejo de resíduos sólidos. Cenário III Implementação de ações para redução da geração de resíduos Ampliação da quantidade de segregação dos resíduos Implantação de programa de coleta seletiva Implantação de pontos de entrega coluntária de resíduos recicláveis Implantação de centro de tratamento de resíudos junto aos demais municípios do CONSAB Figura 37: Cenário III. Fonte: Maximus Environmental, 2014. 9.2 Diretrizes Gerais 9.2.1 Novos empreendimentos Sempre que houver novos empreendimentos (Loteamentos; condomínios e outros, inclusive empreendimentos com características sociais) a operadora em exercício, deverá prever em seus projetos a execução das obras de infraestrutura de água e esgotos, em área não pavimentável, em faixa específica e exclusiva para tal, de modo a evitar o rompimento transversal ou longitudinal de pavimentação em leito carroçável e passeios, seja em ligações de água, esgotos ou manutenções pertinentes. 9.2.2 Consumo de água Nos cálculos de estruturas hidráulicas e demandas de água de abastecimento para empreendimentos (loteamentos, condomínios e outros, inclusive empreendimentos com características sociais) devem ser considerados: consumo de 200 litros de água por habitante por dia, 3,38 habitantes por imóvel residencial (IBGE) e coeficientes de dia e hora de maior 203 consumo (k1 e k2). Devem ser observadas as demais diretrizes e instruções e normas técnicas sobre o assunto. 9.2.3 Relação taxa água / esgoto A taxa de retorno para dimensionamento de sistemas de esgotos será de 80% do valor da demanda de água. Devem ser observadas as demais diretrizes e instruções e normas técnicas sobre o assunto. 9.2.4 Riscos à saúde Todos os sistemas e empreendimentos devem ser previamente analisados sob os aspectos de riscos à saúde pública e possíveis impactos ambientais decorrentes de sua implantação e operação. Devem ser previstos para os mesmos, ações mitigadoras, plano de contingência e monitoramento específico. 9.2.5 Diretrizes para obras em vias públicas Operadora em exercício deverá cumprir as Diretrizes Municipais existentes para Recuperação de Vias, Passeios e Logradouros Públicos danificados por abertura de valas, por ocasião de execução de obras. 9.2.6 Plano educativo O município deverá elaborar e implantar plano de ação específico, com medidas de caráter educativo e punitivo visando a regularização e proibição do lançamento de águas pluviais em sistemas de esgotamento sanitário, bem como o de lançamento de esgotos sanitários em rede de águas pluviais. 9.3 Plano de Metas Embasado nos cenários estabelecidos, foi estruturado um plano de metas a curto, médio e longo prazo, para alcançar a universalização do atendimento dos serviços de saneamento, observando e compatibilizando-se com os demais planos setoriais. 204 9.3.1 Sistema de Abastecimento de Água 9.3.1.1 Perdas Hídricas Em sistemas de abastecimento de água, as perdas são agrupadas em físicas (água não consumida) e não físicas (água consumida, porém não medida nem faturada). Considera-se como perda física toda a água que é subtraída do sistema e que não chega ao cliente final. Esse tipo de perda ocorre por vazamentos em tubulações, equipamentos e estruturas do sistema, por extravasamento em reservatórios e elevatórias, e por vazamentos em adutoras, redes e ligações. A perda não física corresponde aos volumes de água autorizados e não medidos, ou seja, a água que é consumida pelo cliente e não faturada pelo município, água utilizada nos processos operacionais (descarga de rede e retrolavagem) e emergenciais (combate a incêndios) e água destinada a usos sociais (fornecida gratuitamente a consumidores de baixa renda). As perdas não físicas englobam ainda os volumes decorrentes de imprecisão de micromedição, falhas na gestão comercial (erros de cadastro), furtos de água e fraudes (que também correspondem a volumes de água consumido, porém não medidos). Para atingir tais metas, os seguintes projetos apresentados a seguir, deverão ser implementados sistemicamente, sendo: Macromedição: Implantação em 100% da distribuição; Setorização: Cadastramento / monitoramento da macromedição; Setorização: Separação dos setores; Cadastro: Complementação do cadastro técnico preliminar; Cadastro: Interface com banco de dados para controle de consumo e reparos; Cadastro de Consumidores: Grandes consumidores; Cadastro de Consumidores: Atualização de todo o cadastro comercial; Micromedição: Atualização do parque de hidrômetros; Micromedição: Redimensionamento dos hidrômetros dos grandes consumidores; Redução de Pressões: Instalação de Válvulas Redutoras de Pressão – VRPs; Redução de Pressões: Reforços de Rede; Redução de Pressões: Substituição/ Reabilitação de redes; Pesquisa de Vazamento: Contratação de pesquisa sistemática de vazamentos; 205 Melhorias Operacionais: Otimização da distribuição (instalação de registros de manobra); Melhorias Operacionais: Instalação de hidrômetros em usos não hidrometrados; Melhorias Operacionais: Redução do tempo de reparo (frota, equipamento); Melhorias Operacionais: Manutenção preventiva em registros de manobra; Redução Perdas de Faturamento: Combate a ligações clandestinas; Redução de Perdas ETA: Reaproveitamento das águas de retrolavagem; Redução de Perdas ETA: Controle de perdas (registros com vazamento, etc.); Treinamento: Motivação de equipe; Treinamento: Manobras em registro de rede; Treinamento: Técnicas de manutenção. 9.3.1.2 METAS ESPECÍFICAS META I: Redução de perdas de água: A melhora do índice de perdas será obtido através de um programa de redução das perdas físicas, como vazamentos em tubulações, equipamentos e estruturas do sistema, por extravasamento em reservatórios e elevatórias, e por vazamentos em adutoras, redes e ligações. E não físicas, como volumes decorrentes de imprecisão de micromedição, falhas na gestão comercial (erros de cadastro), furtos de água e fraudes (que também correspondem a volumes de água consumidos, porém não medidos). META II: Cobertura mínima com sistema de água: A Tabela 53 indica os valores de cobertura mínima para o sistema de abastecimento de água. Tabela 53: Valores de Cobertura mínima com sistema de água. PRAZO ANO Cobertura % Maior ou igual a: Curto Médio Longo 2014 2020 2030 2035 2043 100% 100% 100% 100% 100% Fonte: Maximus Environmental, 2013. 206 META III: Reservação: O Sistema de Abastecimento deve ser expandido para garantir os índices de abastecimento acima, levando em consideração que o volume de reservação em relação ao dia de maior consumo deve sempre ser de no mínimo 1/3 para que haja uma regularidade no abastecimento observando o crescimento do município sem que ocorra prejuízo deste na instalação de novos empreendimentos acarretando e por vezes inviabilizando o crescimento do município. META IV: Qualidade da Água Distribuída: O padrão de potabilidade da água fornecida à população deve seguir o estabelecido no Decreto nº 5440 de 2005 do Ministério da Saúde, onde estão definidos os valores máximos dos parâmetros a serem monitorados, a frequência de coleta e o número de análises. Caso normas mais modernas sejam estabelecidas pelo Ministério da Saúde, pela Organização Mundial de Saúde, OMS, ou por instituição federal ou estadual concernente, estas devem prontamente ser adotadas. Da mesma forma, normas relacionadas ao controle de hormônios e microrganismos, que hoje inexistem, devem prontamente ser adotadas quando estabelecidas. A cada mês, no verso das contas dos consumidores, em atendimento ao Decreto nº 5440 de 2005 do Ministério da Saúde, o município ou a operadora, atualmente SAEAN, em exercício, divulgará um resumo das análises das amostras coletadas, contendo no mínimo informações referentes aos seguintes parâmetros: Cor, Turbidez, Flúor, Cloro, Coliformes, Acidez. Os valores divulgados devem se contrapor aos valores de referência aceitáveis, segundo a norma pertinente. META V: Adutoras Buscando um cenário futuro de ordem positiva frente ao sistema de abastecimento como um todo, propõe-se a implantação e ou troca de adutoras ao sistema, sendo: Implantar adutora de água bruta, sendo como ponto de captação a Lagoa localizada no bairro da Ponte de Tábua ou Sertório e destino a ETA III; 9.3.2 Sistema de Coleta e Tratamento de Efluentes META I: Coleta de Efluentes: 207 A evolução do Índice de Atendimento de Coleta de Efluentes deve ser direcionada pelo fato do município conter aproximadamente 97% da área urbanizada da população com atendimento por sistema coletivo de afastamento de efluentes. Dessa forma temos conforme Tabela 54: Tabela 54: Efluentes coletados. 2014 2020 PRAZO Médio 2030 97% 100% 100% ANO EFLUENTES COLETADO % Maior ou igual a: Curto Longo 2035 2043 100% 100% Fonte: Maximus Environmental, 2013. Esse cenário contempla a área urbana do município, não considerando a porção rural, que deverá optar por sistemas individuais de tratamento. META II: Cobertura mínima com sistema de efluentes: A Tabela 55 apresenta os valores de porcentagem para a cobertura mínima do sistema de efluentes a ser aplicado à área urbana do município. 208 Tabela 55: Cobertura mínima com sistema de efluentes. 2015 2020 PRAZO Médio 2030 97% 100% 100% ANO Cobertura mínima % Maior ou igual a: Curto Longo 2035 2043 100% 100% Fonte: Maximus Environmental, 2013. META III: Tratamento de todos os efluentes coletados: As metas estabelecidas para o tratamento dos efluentes coletados no município de Artur Nogueira apresenta-se na Tabela 56, a qual está baseada no início da operação da estação de tratamento de efluentes. Tabela 56: Tratamento de todos os efluentes coletados. 2014 2015 PRAZO Médio 2030 0% 100% 100% ANO Tratamento % Maior ou igual a: Curto Fonte: Maximus Environmental, 2013. Longo 2035 2043 100% 100% O município de Artur Nogueira, atualmente, possui em construção duas estações de tratamento de efluentes, porém, o município coleta 97% de seus efluentes da área urbanizada do município, apresentando índice zero de tratamento. A obtenção dos índices de tratamento de esgoto envolverá, necessariamente, a manutenção e o gerenciamento do lodo acumulado pelo tratamento, interferindo diretamente na sua eficiência, tanto de forma negativa, quanto positiva. META IV: Padrões de Lançamento de Efluentes: Os padrões de lançamento de efluentes estão estabelecidos na Resolução nº 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, alterada pela Resolução 410/2009 e pela 430/2011, em conjunto com o Decreto 8468 de 1976, onde se definem a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento dos corpos de água superficiais, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes. Caso normas mais modernas sejam estabelecidas pelo Ministério da Saúde, pela Organização Mundial de Saúde, OMS, ou por instituição federal ou estadual concernente, estas devem prontamente ser adotadas. A disposição final dos lodos originários das operações das unidades de tratamento deve também atender normas existentes. Cabe ao SAEAN como operador do sistema de tratamento, a obtenção e gerenciamento das outorgas para os pontos de lançamento dos efluentes do sistema. METAS GERAIS: Sistema de abastecimento de Água e Sistema de Esgotamento Sanitário: Promover a expansão da rede de abastecimento de água e rede de esgoto em consonância com o programa de regularização dos loteamentos clandestinos; Prever, nos projetos dos novos loteamentos, espaços destinados ao adensamento vertical com previsão da infraestrutura adequada; Prever, nos projetos dos novos loteamentos, calçadas públicas com dimensões adequadas para o recebimento da infraestrutura subterrânea de água e esgoto; Eliminar as ligações de águas pluviais em redes coletoras de esgotos sanitários. Eliminar as ligações de esgotos sanitários nas redes de drenagem de águas pluviais; 209 Construção da Estação de Tratamento de lodo – ETA III; Construção de nova adutora de água bruta – Poquinha – ETA III; Construção de novas adutoras de água tratada; Reservatório no sistema Poquinha; Substituição dos emissários existentes entre o Parque Nosso Lar e córrego Sítio Novo, bem como o emissário entre a Rodovia Prefeito Azin Lian e o córrego Três Barras; Construção e ou substituição da rede coletora de esgoto existente entre a rua Izabel de Campos Neves até o Parque Nosso Lar; Construção e ou substituição da rede coletora de esgoto existente entre o Parque Residencial Bom Jardim até o Parque Nosso Lar; Construção e ou substituição da rede coletora de esgoto existente entre a Rua Clementino Bertaglia até a Rodovia Prefeito Azin Lian; Construção e ou substituição da rede coletora de esgoto existente entre Estrada do Matão e a Estação Elevatória de Esgoto das Pedras. 9.4 PROGRAMAS, AÇÕES E PROJETOS PARA ATENDIMENTO ÁS METAS No Quadro a seguir são levantadas atividades, programas, projetos e obras que poderão ser utilizados para uma correta gestão dos sistemas de saneamento básico, tomandoos como chave na tomada de decisões. Esses valores foram apresentados como estimativa de preços. 9.4.1 Sistema de Abastecimento de Água Abaixo são levantadas atividades que poderão ser aplicadas a curto, médio e longo prazo, em Artur Nogueira visando melhorias no sistema de abastecimento de água. 210 Quadro 6: Ações para o sistema de abastecimento de água. AÇÕES PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Implantação a Curto Prazo - 2014- 2016 ATIVIDADE VALOR ESTIMADO PERÍODO Implantação de Sistema de Tratamento de Lodo – ETA II R$ 600.000,00 2014-2016 Ampliação da capacidade de captação R$ 600.000,00 2014-2016 Investimento em ligações com Hidrômetro R$ 540.000,00 2014-2016 Estudo para ampliação do índice de Hidrometração R$ 150.000,00 2014-2016 Substituição de Hidrômetros R$ 180.000,00 2014-2016 Investimento em ampliação da rede de abastecimento de água R$ 4.000.000,00 2014-2016 Atualização de todo o cadastro comercial R$ 400.000,00 2014-2016 Investimento em ampliação da capacidade de reservação R$ 600.000,00 2014-2016 Integração do cadastro técnico e comercial R$ 200.000,00 2014-2016 Redução de vazamentos em escolas, pronto socorro e prédios públicos R$ 400.000,00 2014-2016 Programa de impermeabilização e limpeza de reservatórios R$ 400.000,00 2014-2016 Programa de pesquisa de vazamentos não visíveis R$ 500.000,00 2014-2016 Programa de Uso Racional da Água R$ 480.000,00 2014-2016 Programa de capacitação de equipe administrativa e técnica R$ 400.000,00 2014-2016 Programa de capacitação permanente a operadores e técnicos R$ 400.000,00 2014-2016 R$ 100.000,00 2014-2016 Pesquisar de novas tecnologias para tratamento de água R$ 500.000,00 2014-2016 Aquisição de material para melhoria do atendimento ao público R$ 500.000,00 2014-2016 Elaboração de Plano de Contingências e Ações Emergenciais R$ 100.000,00 2014-2016 Capacitações e treinamentos à equipe técnica R$ 200.000,00 2014-2016 Projeto alternativo para captação de água R$ 2.000.000,00 2014-2016 Investimentos no setor de segurança R$ 200.000,00 2014-2016 PROGRAMAS PERMANENTES PROGRAMAS E PROJETOS Obter outorgas para todas as captações subterrâneas 211 OBRAS Instalação de macromedidores nos clientes industriais de água bruta R$ 100.000,00 2014-2016 Instalação de macromedidor nas adutoras R$ 100.000,00 2014-2016 Instalação de medidores de vazão na saída das ETAs R$ 200.000,00 2014-2016 Instalação de VRPs e Reforços de Rede R$ 450.000,00 2014-2016 Reabilitação de redes na área piloto R$ 320.000,00 2014-2016 Instalação de pontos fixos de monitoramento de pressão R$ 200.000,00 2014-2016 Separação dos setores R$ 400.000,00 2014-2016 ATIVIDADE Ampliação da capacidade de captação VALOR ESTIMADO R$ 800.000,00 PERÍODO 2016-2030 Investimento em Ligações com Hidrômetro R$ 450.000,00 2016-2030 Substituição de Hidrômetros para renovação do parque de Hidrômetros R$ 630.000,00 2016-2030 Investimento em ampliação da rede de abastecimento de água R$ 3.000.000,00 2016-2030 Combate a ligações clandestinas R$ 400.000,00 2016-2030 Atualização de todo o cadastro comercial R$ 420.000,00 2016-2030 Redução das perdas no sistema de abastecimento de água R$ 450.000,00 2016-2030 Investimento em ampliação da capacidade de reservação R$ 300.000,00 2016-2030 Melhorias no atendimento aos clientes R$100.00,00 2016-2030 Separação dos setores de manutenção e produção – ETA II R$ 380.000,00 2016-2030 Programa de manutenção preventiva de EEATs R$ 1.400.000,00 2016-2030 Programa de manutenção preventiva de ETAs R$ 1.800.000,00 2016-2030 Programa de impermeabilização e limpeza de reservatórios R$ 800.000,00 2016-2030 Programa de pesquisa de vazamentos não visíveis R$ 2.100.000,00 2016-2030 Programa de Uso Racional da Água R$ 1.100.000,00 2016-2030 Programa de capacitação de equipe administrativa e técnica R$ 200.000,00 2016-2030 AÇÕES PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA IMPLANTAÇÃO A MÉDIO PRAZO - 2016- 2030 PROGRAMAS PERMANENTES 212 Interface com banco de dados para controle de consumo e reparos R$ 1.400.000,00 2016-2030 Monitoramento da macromedição e telemetria R$ 1.600.000,00 2016-2030 Estudo de viabilidade para aumento da produção no Sistema Poquinha R$ 300.000,00 2016-2030 Programa de capacitação permanente a operadores e técnicos R$ 1.200.000,00 2016-2030 R$ 400.000,00 2016-2030 Investir em segurança dos trabalhadores R$ 200.000,00 2016-2030 Investimentos para a melhoria da qualidade da água R$ 800.000,00 2016-2030 R$ 1.000.000,00 2016-2030 ATIVIDADE Ampliação da capacidade de captação VALOR ESTIMADO R$ 1.400.000,00 PERÍODO 2030-2043 Investimento em Ligações com Hidrômetro R$ 1.800.000,00 2030-2043 Substituição de Hidrômetros para renovação do parque de Hidrômetros R$ 4.000.000,00 2030-2043 Investimento em ampliação da rede de abastecimento de água R$ 3.000.000,00 2030-2043 Melhorias nas adutoras e captações superficiais R$ 4.000.000,00 2030-2043 Investimento em ampliação da capacidade de reservação R$ 2.000.000,00 2030-2043 Investimentos em laboratórios das ETAs R$ 200.000,00 2030-2043 R$ 1.800.000,00 2030-2043 Estudos para aumentar a produtividade R$ 200.000,00 2030-2043 Programa de manutenção preventiva das ETA R$ 1.800.000,00 2030-2043 Programa de impermeabilização e limpeza de reservatórios R$ 1.000.000,00 2030-2043 Programa de pesquisa de vazamentos não visíveis R$ 1.950.000,00 2030-2043 Programa de Uso Racional da Água Programa de capacitação de equipe administrativa e técnica R$ 1.000.000,00 R$ 1.600.000,00 2030-2043 2030-2043 PROGRAMAS E PROJETOS Elaboração de plano de substituição de infraestrutura OBRAS Instalação de VRPs e Reforços de Rede AÇÕES PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA IMPLANTAÇÃO A LONGO PRAZO - 2030- 2043 PROGRAMAS PERMANENTES Programa de manutenção preventiva de EEATs 213 Programa de capacitação permanente a operadores e técnicos R$ 2.000.000,00 2030-2043 Elaboração de estudo de ampliação da disponibilidade hídrica para captação R$ 350.000,00 2030-2043 Programa de combate à fraudes R$ 250.000,00 2030-2043 Automação da lavagem dos filtros R$ 380.000,00 2030-2043 Substituição de Redes em estado crítico R$ 2.000.000,00 2030-2043 Construção de reservatórios em áreas rurais R$ 2.000.000,00 2030-2043 TOTAL INVESTIDO R$ 69.080.000,00 PROGRAMAS E PROJETOS OBRAS Fonte: Maximus Environmental, 2014. 9.4.2 Sistema de Esgotamento Sanitário 214 A seguir são apresentadas as atividades que poderão ser aplicadas a curto, médio e longo prazo, em Artur Nogueira visando melhorias no sistema de esgotamento sanitário do. Quadro 7: Ações para o sistema de esgotamento sanitário AÇÕES PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO IMPLANTAÇÃO A CURTO PRAZO – 2014 - 2016 ATIVIDADE VALOR ESTIMADO PERÍODO Ampliação da capacidade de coleta R$ 4.000.000,00 2014-2016 Investimento nas ligações de esgoto R$ 2.800.000,00 2014-2016 Estudo para ampliação do Sistema R$ 250.000,00 2014-2016 Investimento em ampliação da rede de Esgoto R$ 4.000.000,00 2014-2016 Programa de pesquisa de vazamentos não visíveis R$ 1.000.000,00 2014-2016 Programa de capacitação de equipe administrativa e técnica R$ 1.200.000,00 2014-2016 Programa de capacitação permanente a operadores e técnicos R$ 1.600.000,00 2014-2016 R$ 150.000,00 2014-2016 Capacitações e treinamentos à equipe técnica R$ 200.000,00 2014-2016 Projeto alternativo para Coleta e Tratamento R$ 180.000,00 2014-2016 Instalação dos equipamentos da ETE R$ 1.400.000,00 2014-2016 Instalação de medidores de vazão na saída das ETEs R$ 100.000,00 2014-2016 Instalação de pontos fixos de monitoramento R$ 300.000,00 2014-2016 ATIVIDADE VALOR ESTIMADO PERÍODO Ampliação da capacidade de coleta R$ 2.500.000,00 2016-2030 Investimento nas ligações de esgoto R$ 1.800.000,00 2016-2030 Estudo para ampliação do sistema R$ 140.000,00 2016-2030 Investimento em ampliação da rede de esgoto R$ 3.000.000,00 2016-2030 Ligações Prediais de esgoto R$ 1.000.000,00 2016-2030 PROGRAMAS PERMANENTES PROGRAMAS E PROJETOS Elaboração de Plano de Contingências e Ações emergenciais OBRAS AÇÕES PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO IMPLANTAÇÃO A MÉDIO PRAZO – 2016 - 2030 215 Estudo de melhorias no sistema de emissários R$ 300.000,00 2016-2030 Manutenção de Cadastro Técnico R$ 1.800.000,00 2016-2030 Programa de pesquisa de vazamentos não visíveis R$ 2.800.000,00 2016-2030 Programa de capacitação de equipe administrativa e técnica R$ 1.200.000,00 2016-2030 Programa de capacitação permanente a operadores e técnicos R$ 1.400.000,00 2016-2030 Controle de ligações clandestinas na rede de esgoto R$ 420.000,00 2016-2030 Programa de manutenção preventiva R$ 400.000,00 2016-2030 R$ 2.000.000,00 2016-2030 Substituição de rede coletora de esgoto R$ 4.000.000,00 2016-2030 Instalação de medidores de vazão na saída das ETEs R$ 280.000,00 2016-2030 Instalação de pontos fixos de monitoramento R$ 280.000,00 2016-2030 Construção de novos emissários – Área Vadico R$3.000,000,00 2016-2030 ATIVIDADE VALOR ESTIMADO PERÍODO Ampliação da capacidade tratamento das ETEs R$ 2.000.000,00 2030-2043 Ampliação da capacidade de coleta R$ 3.000.000,00 2030-2043 Investimento nas ligações de esgoto R$ 2.000.000,00 2030-2043 Estudo para ampliação do Sistema R$ 140.000,00 2030-2043 Investimento em ampliação da rede de Esgoto R$ 3.000.000,00 2030-2043 Programa de pesquisa de vazamentos não visíveis R$ 2.400.000,00 2030-2043 Programa de capacitação de equipe administrativa e técnica R$ 1.100.000,00 2030-2043 Programa de capacitação permanente a operadores e técnicos R$ 1.200.000,00 2030-2043 PROGRAMAS PERMANENTES PROGRAMAS E PROJETOS Elaboração e Execução de Manutenção Eletromecânica dos Equipamentos OBRAS AÇÕES PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO IMPLANTAÇÃO A LONGO PRAZO - 2030- 2043 PROGRAMAS PERMANENTES 216 PROGRAMAS E PROJETOS Elaboração de plano de substituição de infraestrutura R$ 400.000,00 2030-2043 Elaboração e Execução de Manutenção Eletromecânica dos Equipamentos R$ 1.800.000,00 2030-2043 Instalação e Troca dos equipamentos das ETEs R$ 1.600.000,00 2030-2043 Instalação de medidores de vazão na saída das ETEs R$ 100.000,00 2030-2043 Readequações necessárias a ETE R$ 2.500.000,00 2030-2043 Instalação de pontos fixos de monitoramento TOTAL INVESTIDO R$ 200.000,00 R$ 61.940.000,00 2030-2043 Fonte: Maximus Environmental, 2014. 9.4.3 Sistema de Coleta de Resíduos Sólidos Nas tabelas abaixo são apresentadas atividades, programas, obras de melhorias que poderão ser aplicadas frente ao sistema de coleta de resíduos sólidos do município em estudo. 217 Quadro 8: Ações para o sistema de coleta de resíduos sólido. AÇÕES PARA O SISTEMA DE COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS IMPLANTAÇÃO A CURTO PRAZO - 2014- 2016 ATIVIDADE VALOR ESTIMADO PERÍODO Busca de alternativas para os resíduos sólidos enviados ao aterro sanitário R$800.000,00 2014-2016 Melhorias no sistema de coleta de resíduos da área rural Cadastro dos catadores informais de resíduos sólidos recicláveis Controle e fiscalização dos pontos clandestinos de descarte de resíduos Adequação da legislação municipal Obtenção de licença para o pátio de compostagem R$850.000,00 R$200.000,00 R$350.000,00 R$400.000,00 R$250.000,00 2014-2016 2014-2016 2014-2016 2014-2016 2014-2016 Programa de Educação Ambiental a toda população Programa de conscientização ambiental via internet Implantação de sistema de coleta seletiva de resíduo Programa de incentivo a coleta seletiva R$500.000,00 R$600.000,00 R$500.000,00 R$600.000,00 2014-2016 2014-2016 2014-2016 2014-2016 Programa de capacitação dos técnicos envolvidos na coleta de resíduos R$2.000.000,00 2014-2016 Programa de capacitação dos técnicos envolvidos na coleta seletiva R$2.000.000,00 2014-2016 Estudo de viabilidade para melhor aproveitamento dos resíduos de construção civil R$200.000,00 2014-2016 Estudo de viabilidade de implantação de centro de triagem de resíduos R$400.000,00 2014-2016 PROGRAMAS PERMANENTES PROGRAMAS E PROJETOS OBRAS Instalação de lixeiras de coleta seletiva pela cidade R$1.000.000,00 Melhorias e adequações no pátio de compostagem R$300.000,00 IMPLANTAÇÃO A MÉDIO /LONGO PRAZO- 2016- 2043 2014-2016 2014-2016 ATIVIDADE Reutilização total dos resíduos de construção civil coletados VALOR ESTIMADO R$3.000.000,00 PERÍODO 2016-2043 Destinação correta a 100% dos resíduos gerados R$10.000.000,00 2016-2043 100% de coleta seletiva R$3.000.000,00 2016-2043 218 PROGRAMAS PERMANENTES Programa de Educação Ambiental a toda população Manutenção das lixeiras de coleta seletiva Programa de conscientização via internet Programa de incentivo a coleta seletiva PROGRAMAS E PROJETOS Implantação de sistema de logística reversa no município Aumento e incentivo à utilização de materiais reciclados Monitoramento do sistema de limpeza pública Busca de acordos entre poder público e segmentos empresariais Incentivo a instalação de cooperativas de reciclagem OBRAS Construção de centro de triagem de resíduos recicláveis TOTAL INVESTIDO Fonte: Maximus Environmental, 2014. R$2.000.000,00 R$3.000.000,00 R$1.000.000,00 R$2.000.000,00 2016-2043 2016-2043 2016-2043 2016-2043 R$1.400.000,00 R$800.000,00 R$3.000.000,00 R$600.000,00 R$2.000.000,00 2016-2043 2016-2043 2016-2043 2016-2043 2016-2043 R$3.000.000,00 45.750.000,00 2016-2043 219 9.4.4 Sistema de Drenagem Em relação ao sistema de drenagem, as seguintes atividades, programas e obras poderão ser aplicadas, visando a melhoria de tal sistema. Quadro 9: Ações para o sistema de drenagem. AÇÕES PARA O SISTEMA DE DRENAGEM IMPLANTAÇÃO A CURTO PRAZO 2013-2016 ATIVIDADE Conscientizar os cidadãos sobre a importância da preservação dos recursos hídricos VALOR ESTIMADO R$400.000,00 PERÍODO 2014-2016 Campanha para evitar lançamento de esgotos sanitário na rede de galerias de águas pluviais R$400.000,00 2014-2016 Campanha para evitar descarte inadequado de resíduos sólidos, evitando que sejam arrastados e causem entupimento dos dispositivos de drenagem R$250.000,00 2014 - 2016 Promover o controle de assoreamento dos corpos d’água R$2.000.000,00 2014-2016 Conservação da rede hidrológica PROGRAMAS PERMANENTES Programas de educação ambiental Manutenção de córregos, rios e canais Programa de monitoramento de córregos, rios e canais PROGRAMAS E PROJETOS Estabelecer plano de uso e ocupação das bacias hidrográficas Projeto Executivo de readequação e troca de galerias pluviais em 100% da área urbana Exigir que novos empreendimentos apresentem projetos de drenagem urbana R$2.000.000,00 2013-2016 R$300.000,00 R$2.000.000,00 R$3.000.000,00 2014-2016 2013-2016 2013-2016 R$400.000,00 R$400.000,00 R$500.000,00 2013-2016 2013-2016 2013-2016 R$4.000.000,00 2013-2016 VALOR ESTIMADO R$600.000,00 PERÍODO 2016-2030 OBRAS Readequação e troca de galerias pluviais em área urbana IMPLANTAÇÃO A MÉDIO PRAZO 2016-2030 ATIVIDADE Instituir e regulamentar o Plano Municipal de Manejo e utilização de recursos hídricos 220 Instalação de estação pluviométrica PROGRAMAS PERMANENTES Programas de educação ambiental Programa de desassoreamento dos corpos hídricos Manutenção de córregos, rios e canais Programa de monitoramento de córregos, rios e canais PROGRAMAS E PROJETOS Manutenção da permeabilidade do solo Estudo de potencialidade hídrica Estudo de projetos voltados a macrodrenagem OBRAS Obras de desassoreamento dos rios, córregos e canais Executar obras de ampliação de infraestrutura como a construção de galerias Obras de manutenção de infraestrutura Melhorias dos dispositivos de drenagem, principalmente em bairros que sofrem com enchentes R$2.000.000,00 2016-2030 R$1.000.000,00 R$2.000.000,00 R$2.000.000,00 R$4.000.000,00 2016-2030 2016-2030 2016-2030 2016-2030 R$4.000.000,00 R$ 500.000,00 R$1.000.000,00 2016-2030 2016-2030 2016-2030 R$4.000.000,00 R$4.000.000,00 R$6.000.000,00 R$1.200.000,00 2016-2030 2016-2030 2016-2030 2016-2030 IMPLANTAÇÃO A LONGO PRAZO 2030-2043 ATIVIDADE VALOR ESTIMADO PERÍODO R$2.000.000,00 2030-2043 Programas de educação ambiental R$1.000.000,00 2030-2043 Programa de desassoreamento dos corpos hídricos R$2.000.000,00 2030-2043 Manutenção de córregos, rios e canais R$4.000.000,00 2030-2043 Programa de monitoramento de córregos, rios e canais R$2.000.000,00 2030-2043 Capacitação de funcionários R$2.800.000,00 2030-2043 Definir uma política de uso e ocupação do solo R$400.000,00 2030-2043 Ampliação da estação pluviométrica PROGRAMAS PERMANENTES PROGRAMAS E PROJETOS 221 Implantação de vegetação apropriada ao longo dos corpos d’água,nascentes, cabeceiras R$4.000.000,00 2030-2043 Programa para conservação do solo e combate à erosão, no meio rural e no meio urbano R$2.800.000,00 2030-2043 Estabelecer plano de uso e ocupação do solo das bacias hidrográficas R$1.000.000,00 2030-2043 Inserir os parâmetros necessários à manutenção da permeabilidade do solo R$2.000.000,00 2030-2043 Obras de ampliação de infraestrutura como a construção de galerias, pontes e travessias R$20.000.000,00 2030-2043 TOTAL INVESTIDO 91.950.000,00 OBRAS Fonte: Maximus Environmental, 2014. 222 10. DIVULGAÇÃO DO PLANO O presente Plano Municipal de Saneamento Básico do município de Artur Nogueira, que deverá ser executado no período 2013-2043, se constituirá por linhas de ação que devem se articular com as demais instituições públicas estaduais e privadas visando à superação dos problemas diagnosticados. Tais linhas de ação se desdobrarão em programas específicos a serem desenvolvidos pelas secretarias municipais e seus respectivos departamentos, conforme diretrizes propostas e metas estabelecidas. Os programas, por sua vez, serão constituídos por um conjunto de ações (projetos, atividades, entre outros) que deverão resultar em obras, bens e serviços oferecidos à sociedade. Para divulgação do Plano, a Prefeitura Municipal deverá utilizar técnicas que permitam a ampla divulgação das metas estabelecidas no Plano. Os indicadores aqui apresentados deverão ser revistos, atualizados e discutidos, visando sempre manter o plano atualizado e a população informada. As formas de divulgação do Plano serão de responsabilidade e decisão da prefeitura, levando em consideração os recursos disponíveis para serem aplicados na divulgação do Plano de Saneamento. Como forma de divulgação, esta empresa sugere algumas ferramentas, porém lembrando que a decisão de como será essa divulgação cabe a Prefeitura Municipal de Artur Nogueira. Sendo assim, sugere-se: Primeiramente a conscientização da população sobre a importância do saneamento básico e das ações para obtenção de saneamento básico de qualidade, por meio de palestras, distribuição de cartilhas, seminários, etc.; Mapeamento das obras de ampliação e melhorias da infraestrutura existente; Elaboração anual de folheto para a divulgação do atendimento às metas; 223 Divulgação de informações referentes ao Plano através da conta de Disponibilização no site da Prefeitura Municipal de Artur Nogueira do água; andamento das metas estabelecidas e de obras realizadas para o acompanhamento da população; Divulgação através de folhetos e faixas distribuídos na cidade; Disponibilização das informações contidas no Plano por meio de audiência pública. A prefeitura também poderá disponibilizar, por meio do próprio site ou através do preenchimento de ficha na própria prefeitura, mecanismos para sugestões e reclamações por parte dos munícipes. Nesse sentido, as linhas de ação para a operacionalização do Plano Municipal de Saneamento Básico serão subdivididas em quatro eixos principais. Segue breve exposição dos tópicos estudados: 10.1 Gestão municipal do saneamento básico 224 A administração pública municipal deverá ser reestruturada, visando à busca da eficiência e eficácia dos serviços de saneamento prestados. Assim, esta linha de ação compreende a tomada de decisão do gestor público em destinar a gestão do Plano Municipal de Saneamento Básico à determinada estrutura administrativa. 10.2 Inclusão Social A atual dinâmica econômica e social das comunidades locais indica que a geração de renda e o emprego são estratégias determinantes de inclusão social dos menos favorecidos, assim como atualmente, por exemplo, a coleta seletiva dos resíduos sólidos urbanos pode propiciar a geração de novos postos de trabalho e favorecer a criação de cooperativas, contribuindo para a melhoria de qualidade de vida da população. 10.3 Infraestrutura, meio ambiente e saúde pública Esta linha de ação tem por objetivo garantir a prestação dos serviços de água, tratamento de efluentes, resíduos sólidos e drenagem urbana à população, mediante a observância das disposições legais pertinentes e a capacidade de pagamento da população sobre a prestação desses serviços. Políticas públicas e acesso às linhas de financiamento são fatores essenciais para a persecução da melhoria dos indicadores de saúde pública, de desenvolvimento econômico e social e de preservação ambiental. 10.4 Educação Socioambiental Um ambiente não saneado implica na proliferação de vetores e doenças de veiculação hídrica, consumindo recursos públicos em ações curativas. Assim, para a reversão desse quadro é preciso desenvolver na sociedade a preocupação com o equilíbrio ecológico e ambiental em função das atividades humanas, por meio de um programa de educação socioambiental a fim de minimizar os impactos ambientais. A sociedade deve ser orientada a garantir a sustentabilidade ambiental, econômica e social, primeiramente no meio ambiente no qual está inserida. 225 11. ELABORAÇÃO DE PLANO DE CONTINGÊNCIA Este item trata dos principais instrumentos para a operação e manutenção dos sistemas de saneamento básico de um município, sendo que, o Plano de Contingências busca descrever as estruturas disponíveis e estabelecer as formas de atuação do município tanto de caráter preventivo como corretivo, procurando elevar o grau de segurança e a continuidade operacional das instalações afetas aos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem urbana. Na operação e manutenção dos Sistemas de Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário, Resíduos Sólidos e Drenagem Urbana do município, deverão ser utilizados mecanismos locais e corporativos de gestão, no sentido de prevenir ocorrências indesejadas através de controles e monitoramentos das condições físicas das referidas instalações, bem como de equipamentos, visando sempre minimizar ocorrências de sinistros, rupturas ou demais interrupções na prestação dos serviços. Em caso de ocorrências atípicas, que extrapolem a capacidade de atendimento local, a municipalidade deverá dispor de todas as estruturas de apoio com mão de obra, materiais, equipamentos, áreas de manutenção estratégica e de gestão, bem como demais áreas que se fizerem necessárias como suporte, tais como comunicação, marketing, suprimentos e tecnologia da informação, dentre outras, visando à sua correção, para que os sistemas de saneamento do município tenham sempre a segurança e a continuidade operacional. 11.1 Atuação do município em contingências As atividades acima descritas são essenciais para propiciar a operação permanente de todo o sistema de saneamento do município. As ações de caráter preventivo, em sua maioria, buscam conferir grau adequado de segurança aos processos e instalações operacionais, evitando descontinuidades. Como em qualquer atividade, no entanto, sempre existe a possibilidade de ocorrência de situações imprevistas. As obras e os serviços de engenharia em geral e os de saneamento em particular, são planejadas respeitando-se determinados níveis de 226 segurança, resultado de experiências anteriores e expresso na legislação ou em normas técnicas vigentes. No caso dos serviços de saneamento do município de Artur Nogueira foram identificados os principais tipos de ocorrências, as possíveis origens e as ações a serem desencadeadas. Conforme acima relatado, o município disponibilizará todos os instrumentos necessários para o atendimento dessas situações de contingências. O Quadro 10 a seguir apresenta os principais procedimentos a serem adotados em situações atípicas ou de emergência para os sistemas de saneamento. 227 Quadro 10: Atuação do município em contingência a ocorrências no sistema de abastecimento de água. Ocorrência Falta d’água generalizada Origem Ações de contingência Inundação das captações de água com danificação de equipamentos; Comunicação às autoridades, Defesa civil e população; Reparo imediato dos equipamentos danificados. Deslizamento de encostas, movimentação do solo, solapamento de apoios de estruturas com arrebentamento da adução de água bruta; Comunicação às autoridades, população, instituições, autoridades e Defesa Civil; Evacuação do local e isolamento da área. Comunicação à Operadora em exercício de energia elétrica; Uso de gerador de energia; Deslocamento e gerenciamento de frota de caminhões tanque. Interrupção prolongada no fornecimento de energia elétrica nas instalações de produção de água; Vazamento de cloro nas instalações de tratamento de água; Controle e gerenciamento da água disponível em reservatórios; Reparo das instalações danificadas. Qualidade inadequada da água dos mananciais. Verificação periódica; Identificação de manancial alternativo. Deficiências de água nas nascentes e mananciais em períodos de estiagem; Falta d’água parcial ou localizada Interrupção temporária no fornecimento de energia elétrica nas instalações de produção de água; Interrupção no fornecimento de energia elétrica em setores de distribuição; Verificação e adequação de plano de ação às características da ocorrência; Comunicação à população; Racionamento de água. Comunicação à Operadora em exercício de energia elétrica; Uso de gerador de energia; Deslocamento e gerenciamento de frota de caminhões tanque. Comunicação imediata à Operadora em exercício de energia elétrica. 228 Ocorrência Falta d’água parcial ou localizada Aumento temporário de demanda Origem Ações de contingência Danos de estruturas de reservatórios e elevatórias de água tratada; Reparo das instalações danificadas; Quando necessário, substituição de equipamentos. Rompimento de redes e linhas adutoras de água tratada; Gerenciamento da água ainda presente nos reservatórios; Imediato reparo nas linhas danificadas; Transferência de água entre setores de abastecimento. Ações de vandalismo; Comunicação à Polícia; Reparo das instalações danificadas. Monitoramento de demanda; Registro estatístico do afluxo da população flutuante; Registro dos consumos e distribuição espacial. Plano de comunicação; Alerta a população para controle de consumo e reservação domiciliar de água quando necessário. Estratégias de Operação. Disponibilidade de veículos para situações de emergência (Ex.: Caminhão tanque); Disponibilidade de veículos para manutenção e reparo do sistema. Fonte: Maximus Environmental, 2014. O Quadro 11 apresenta ações a serem tomadas no caso de ocorrência de situações de emergência para o sistema de esgotamento sanitário do município, identificando possíveis ocorrências, suas origens e a ação de contingência a serem adotadas. 229 Quadro 11: Atuação do município em contingência a ocorrências no sistema de esgotamento sanitário. Ocorrência Paralisação da estação de tratamento de esgotos Extravasamentos de esgotos em estações elevatórias Origem Plano de contingência Interrupção no fornecimento de energia nas instalações; Instalação de gerador alternativo de energia; Comunicação à Operadora em exercício de energia elétrica. Danificação de equipamentos eletromecânicos ou estruturas; Reparo imediato dos equipamentos danificados; Instalação de equipamento reserva. Ações de vandalismo; Comunicação à Polícia; Reparo das instalações danificadas. Interrupção no fornecimento de energia elétrica nas instalações de bombeamento; Instalação de gerador alternativo de energia; Comunicação à Operadora em exercício de energia elétrica. Danificação de equipamentos eletromecânicos ou estruturas; Instalação de equipamentos reserva; Reparo das instalações danificadas. Ações de vandalismo; Comunicação à Polícia; Reparo das instalações danificadas. Desmoronamentos de taludes ou paredes de canais ou erosões de fundos de vale; Rompimento de linhas de recalque, coletores tronco, interceptores e emissários Rompimento de travessias; Comunicação ao prestador de serviço; Execução de reparo imediato na área danificada; Sinalizar e isolar a área para evitar ocorrência de acidentes; Comunicação aos órgãos de controle ambiental; Reparo das instalações danificadas com urgência. Comunicação ao prestador de serviço; Comunicação às autoridades de trânsito; Execução de reparo imediato na área danificada; Sinalizar e isolar a área para evitar ocorrência de acidentes; Reparo das instalações danificadas. 230 Ocorrência Origem Lançamento indevido de águas pluviais em redes coletoras de esgoto; Ocorrência de retorno de esgotos em imóveis Obstruções em coletores de esgoto. Rompimento, extravazamento, vazamento ou infiltração de esgoto por ineficiência de fossas; Vazamentos e contaminação de solo, corpos d’água ou lençol freático Fossas inadequadas e ineficientes; Falta de monitoramento. Plano de contingência Ampliação da fiscalização e do monitoramento das redes de esgoto e também de captação de águas pluviais; Identificação de ligações clandestinas; Regularização de situações indevidas; Implantação de sistema de cobrança de multas e punição para reincidentes. Comunicação à vigilância sanitária; Isolamento do trecho danificado do restante da rede; Execução de reparo imediato do local do rompimento; Execução dos trabalhos de limpeza; Reparo das instalações danificadas, limpeza e desobstrução. Comunicação a Vigilância Sanitária; Realizar isolamento da área afetada visando redução da contaminação; Contenção de vazamento e limpeza imediata da área; Reparo imediato da instalação danificada. Substituição de fossas negras por fossas sépticas ou sumidouros na área rural; Adoção de programa de orientação quanto à importância do uso de fossas sépticas em substituição às fossas negras; Fiscalização dos locais com fossas inadequadas. Ampliação do monitoramento e fiscalização dos equipamentos na área urbana e rural. Fonte: Maximus Environmental, 2014. O Quadro 12 apresenta ações a serem tomadas quando identificadas ocorrência emergenciais para o sistema de resíduos sólidos do município, identificando possíveis ocorrências, suas origens e a ação de contingência a serem adotadas. 231 Quadro 12: Atuação do município em contingência a ocorrências no sistema de resíduos sólidos. Ocorrência Origem Plano de contingência Paralisação de funcionários; Análise de possíveis acordos com os funcionários. Número reduzido de funcionários; Contratação de funcionários. Paralisação do serviço de coleta domiciliar; Comunicar oficialmente a população sobre a paralisação; Contratação de empresa de coleta em caráter emergencial. Falha mecânica nos veículos de coleta; Reparo imediato dos veículos. Paralisação do sistema de varrição e capina Paralisação do serviço de coleta de resíduos Paralisação do serviço de coleta seletiva; Paralisação do serviço de coleta de resíduos de serviço de saúde; Comunicar oficialmente a população sobre a paralisação; Contratação de empresa de coleta em caráter emergencial; No caso de falha mecânica dos veículos, providenciar reparo imediato. Providências imediatas quanto à substituição dos serviços; Informar os geradores sobre a paralisação e pedir para que mantenham os resíduos acondicionados de forma adequada até que a situação se normalize. 232 Ocorrência Paralisação do serviço de coleta de resíduos Origem Plano de contingência Paralisação da unidade de triagem de materiais recicláveis por falha em equipamentos; falha mecânica nos veículos de coleta/equipamentos que entregam o material na unidade; falta de mercado para a comercialização do material reciclável; falta de operadores; Buscar viabilidade econômica para adquirir os equipamentos necessários; Providenciar imediatamente o reparo do equipamento avariado; Substituir o veículo danificado por veículo reserva; Reparo imediato do veículo; Falta de mercado para a comercialização do material reciclável: busca novos compradores de material; contatar novas unidades de reciclagem e acondicionar de forma adequada até que a situação se normalize. Substituir o operador por outro previamente treinado. Danificação de equipamentos mecânicos e estruturas; Providenciar reparo imediato dos equipamentos; Informar população; Greve de funcionários; Tentativa de acordo com funcionários. Ações de vandalismo; Comunicação à Polícia; Utilização de equipamentos reserva; Reparo das instalações danificadas. Rompimento de valas e linhas de aterramento: desmoronamentos de taludes ou valas; erosões; e desfragmentação do solo. Comunicação aos órgãos de controle ambiental; Reparo das instalações danificadas. Paralisação do aterro sanitário municipal Fonte: Maximus Environmental, 2014. O Quadro 13 abaixo apresenta ações a serem tomadas no caso de ocorrência de situações de emergência para o sistema de drenagem urbana do município, identificando possíveis ocorrências, suas origens e a ação de contingência a serem adotadas. 233 Quadro 13: Atuação do Município em Contingência a ocorrências no sistema de drenagem urbana. Ocorrência Paralisação do sistema de drenagem superficial Rompimento de sistema de drenagem subterrânea Ocorrência de retorno de águas pluviais e alagamentos Origem Plano de contingência Deslizamento de encostas, movimentação do solo, solapamento de apoios de estruturas com arrebentamento da tubulação de drenagem subterrânea e danificação de estruturas; Comunicação aos órgãos de controle ambiental; Reparo das instalações danificadas. Ações de vandalismo; Comunicação à Polícia; Desmoronamentos de taludes ou paredes de canais; Erosões de fundos de vale e rompimento de tubulações. Comunicação aos órgãos de controle ambiental; Reparo das instalações danificadas. Lançamento indevido de efluentes em redes drenagem pluvial; Sazonalidade de precipitação Obstruções no sistema de escoamento. Comunicação aos órgãos responsáveis; Comunicação à vigilância sanitária; Execução dos trabalhos de limpeza; Reparo das instalações danificadas, Monitoramento de ocorrências; Fiscalização de lançamentos clandestinos na rede de drenagem com instituição de sistema de cobrança de multas. Fonte: Maximus Environmental, 2014. 234 12. ELABORAÇÃO DE MECANISMOS DE ACOMPANHAMENTO A elaboração de mecanismos de acompanhamento do Plano Municipal de Saneamento Básico tem como principal objetivo criar instrumentos para acompanhar e avaliar a implementação dos objetivos propostos para o município no decorrer dos anos que são implementadas as metas propostas no Plano Municipal de Saneamento Básico. Os mecanismos de acompanhamento são elaborados visando criar ferramentas de controle da implementação e gestão do PMSB, além de monitoramento e identificação do desenvolvimento dos cenários traçados para atingir constante reequilíbrio das ações de planejamento, de forma a mantê-lo ideal e adequado às necessidades do município ao longo de seu prazo de vigência e execução, visando garantir o controle da qualidade para o planejamento público de abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem urbana. Tais mecanismos são elaborados em concomitância aos cenários, já apresentados no item 9.1 – “Cenários”, página 198, do presente relatório, os quais objetivaram estabelecer variabilidades de possibilidades futuras de desenvolvimento para o município de Artur Nogueira, assim, foram desenvolvidas maneiras eficientes de avaliação das metas propostas nos cenários ao longo dos anos. A seguir apresenta-se a metodologia usada para definição e cálculo dos referidos índices de acompanhamento. 12.1 Metodologia utilizada A metodologia utilizada para o estabelecimento dos mecanismos de acompanhamento do PMSB consiste na definição de critérios para o monitoramento e avaliação constantes do Plano, sendo primeiramente estabelecidos objetivos gerais e resultados pretendidos, visando atender o valor estabelecido para o fim do plano em consonância aos estabelecidos nos cenários. Junto aos objetivos são identificados fatores determinantes aos mesmos e a eles diretamente derivados, ou seja, variáveis de sucesso, que por sua vez, são passíveis de mensuração por meio de indicadores, definidos com base em sua representatividade e abrangência e assim, permitem a mensuração dos resultados do plano. 235 O sistema de monitoramento se dá a partir do acompanhamento de indicadores chave, reflexos de um conjunto de variáveis relevante que permitem a mensuração dos resultados no processo de implementação do PMSB. Cada um dos indicadores terá sua forma de cálculo definida a ter seu resultado representado por um número que se enquadra no intervalo de zero a cem por cento. Como em uma escala porcentual, onde o zero representa a total ausência de cumprimento de um indicador enquanto que 100 indica o total atendimento do parâmetro pré-estabelecido ao mesmo (OLIVEIRA, 2011). A Figura 38 simula o caminho a ser traçado para o município de Artur Nogueira atingir os objetivos finais dos cenários estabelecidos para o PMSB, obtidos no decorrer da implementação das metas, através de programas, ações e projetos em todos os sistemas de saneamento, sendo, sistema de abastecimento de água, sistema de esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem urbana. 236 Figura 38: Simulação da implantação das metas para atingir os objetivos. Fonte: Maximus Environmental, 2014. 12.1.1 Cálculo dos indicadores Para o cálculo dos indicadores usados para a citada avaliação utilizam-se equações já propostas e utilizadas pelo Sistema Nacional de Informação Sobre Saneamento – SNIS. As equações presentes nas tabelas a seguir são utilizadas para o cálculo dos indicadores usados para mensuração das variáveis. 12.1.1.1 Indicadores para o Sistema de Abastecimentos de Água Quadro 14: Indicadores de qualidade no Sistema de Abastecimento de Água. Objetivo Indicador Equação Indicadores quantitativos Melhorias no atendimento Índice de cobertura dos serviços de abastecimento de água (ICSA) Continuidade dos serviços Índice de Hidrometração (IH) ç çõ ô çõ ç Índice de Perdas Reais (IPR) Redução de perdas hídricas á ç ã Índice de substituição de redes de abastecimento (ISRA) 237 ã Índice de substituição de hidrômetros de abastecimento (ISHA) ô Indicadores qualitativos Avaliação da qualidade da água distribuída Avaliação da distribuição de água Avaliação da reservação Índice de qualidade de água (IQA) Índice de continuidade do abastecimento (ICA) á Índice de reservação (IR) á çã Fonte: Maximus Environmental, 2014. 12.1.1.2 Indicadores para o Sistema de Esgotamento Sanitário Quadro 15: Indicadores de qualidade no Sistema de Esgotamento Sanitário. Objetivo Indicador Equação Indicadores quantitativos Cobertura do sistema Ampliação do sistema de coleta de efluentes Ampliação do sistema de tratamento de efluentes Índice de cobertura dos serviços de esgotamento sanitário (ICSE) Índice de Incremento de coleta (IIC) Índice de substituição de redes coletoras (ISRC) 238 Índice de Incremento de tratamento (IIT) Indicadores qualitativos Avaliação da eficiência do sistema de tratamento de efluentes Manutenção do sistema de coleta de efluentes Índice de qualidade de efluente (IQE) Índice de obstrução de ramais (IORD) Índice de obstrução de rede (IORC) Fonte: Maximus Environmental, 2014. 12.1.1.3 Indicadores para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos Quadro 16: Indicadores de qualidade no Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos. Objetivo Indicador Equação Indicadores quantitativos Abrangência da coleta regular Avaliação da abrangência do sistema Abrangência da coleta seletiva pública Eficiência da coleta seletiva pública ú Abrangência da educação ambiental Eficiência da varrição Avaliação da eficiência 239 ã ã Eficiência do centro de triagem ú Qualidade da coleta regular çõ çã Qualidade da coleta seletiva çõ çã Melhorias na qualidade da coleta Fonte: Maximus Environmental, 2014. 12.1.1.4 Indicadores para o Sistema de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais Quadro 17: Indicadores de qualidade no Sistema de Drenagem Urbana. Objetivo Indicador Avaliação da abrangência do sistema Índice de atendimento Correto manejo do solo Nível de áreas verdes urbanas Controle: fiscalização Proporção de área impermeabilizada Universalização do sistema Investimento per capta em drenagem urbana Equação (km²/hab) 240 Cobertura do sistema de drenagem superficial Gestão da microdrenagem urbana Cobertura do sistema de drenagem subterrânea Bocas de lobo (%) Sistema de Microdrenagem Gestão da macrodrenagem Sistema de macrodrenagem Manutenção do sistema Incidência de alagamentos no município (unidade/ano) (%) (%) Fonte: Maximus Environmental, 2014. (unidade/ano) (unidade/ano) 12.1.2 Avaliação dos indicadores de desempenho A administração municipal deverá manter um Serviço de Atendimento ao Cliente, SAC, disponível 24 horas por dia. Além disso, para subsidiar o Sistema Municipal de Informações em Saneamento Básico, e para permitir o acompanhamento do cumprimento das metas estabelecidas, a administração municipal deverá fornecer, regularmente, informações referentes à infraestrutura e aos serviços. Considerando o percentual de atendimento, bem como a qualidade dos serviços frente à universalização de plano de saneamento, o município poderá através de suas secretarias, elaborar planilhas de dados relativos às metas interpolados ao número de implementações e reclamações, bem como, se necessário, a solicitação junto ao setor de fiscalização, possíveis inspeções nas áreas e pontos relacionados. 241 13. ELABORAÇÃO DE PROPOSTAS TÉCNICAS A elaboração de proposta técnica foi feita com embasamento na Política e no Plano Estadual de Recursos Hídricos, visando a elaboração de diretrizes eficientes a serem implantadas no município visando a correta gestão dos recursos naturais em território municipal. 13.1 Compatibilização com a Política e o Plano Estadual de Recursos Hídricos A compatibilização do Plano Municipal de Saneamento Básico com as políticas de recursos hídricos foi parte integrante da elaboração deste Plano, onde as ações a serem executadas seguiram as diretrizes estabelecidas por essas políticas, bem como as diretrizes constituintes do Plano de Bacias PCJ 2010-2020. A própria legislação municipal de Artur Nogueira dispõe sobre a importância de implementar as diretrizes contidas nas Políticas Nacionais do Meio Ambiente, de Recursos Hídricos e de Saneamento, além do Programa Nacional de Controle da Qualidade do ar, através do Capítulo III, Arts. 14 e 15, da Lei Complementar nº 441: Art. 14. São objetivos da Política Ambiental: I. Implementar as diretrizes contidas nas Políticas Nacionais do Meio Ambiente, de Recursos Hídricos e de Saneamento, do Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar e demais normas correlatas e regulamentares das legislações federal e estadual, no que couber, em especial as relacionadas com a “Agenda 21”. Art. 15. Constituem diretrizes da Política Ambiental: I. Aplicar os instrumentos de gestão ambiental, estabelecidos nas legislações federal e estadual, bem como a criação de outros instrumentos no âmbito municipal, adequando-os às metas estabelecidas pelas políticas ambientais; II. Estabelecer zoneamento ambiental compatível com as diretrizes para a ocupação do solo; III. Orientar e controlar o manejo do solo nas atividades agrícolas; 242 IV. Controlar, regulamentar e fiscalizar a poluição da água, do ar e a contaminação do solo e subsolo, inclusive pelas indústrias e automóveis; V. Implementar controle de produção e circulação de produtos perigosos; VI. Garantir adequado tratamento da vegetação enquanto elemento integrador na composição da paisagem urbana; VII. Fiscalizar para evitar ocupação de áreas de alagamento; VIII. Prevenir assoreamento de córregos e lagos; IX. Implementar o programa de gestão de resíduos sólidos, com coleta seletiva e reciclagem; X. Estimular o uso de combustíveis alternativos nos veículos, principalmente nos utilizados para transporte coletivo; XI. Realizar projeto de arborização da cidade estimulando o plantio de árvores, inclusive com distribuição de mudas pelo poder público; XII. Implantar ciclovias no Município, com o incentivo no transporte individual, mais econômico e menos poluente; XIII. Resolver os problemas decorrentes da necessidade de manutenção da calha de rios, nos termos da legislação vigente, bem como realizar manutenção periódica de piscinões; e XIV. Realizar parcerias com o setor privado para estimular a apropriação e conservação das áreas verdes e espaços de lazer. 13.1.1 Hierarquização das Áreas de Intervenção Prioritária Durante a elaboração do PMSB de Artur Nogueira foram identificadas áreas prioritárias que necessitam de intervenção, sendo essas hierarquizadas no Quadro 18. 243 Quadro 18: Hierarquização das áreas de intervenção prioritária. Prioridade 1 1 Localização Bairro São Vicente, Bairro Parque Itamaraty Área rural Justificativa Em razão das enchentes e alagamentos quando ocorrem eventos de precipitação intensa. Sistema de coleta falho, propiciando acúmulo de resíduos em determinados pontos de coleta desses resíduos. Fonte: Maximus Environmental, 2014. 244 14. ANÁLISES DE ALTERNATIVAS O tópico Análise de Alternativas depende da apreciação de integrantes do poder público onde as proposições de melhorias deverão ser analisadas e, se necessário, alteradas para juntos, poder público, população e empresa contratada possam finalizar tal Plano de Saneamento com proposições realmente palpáveis e que sejam de comum acordo entre os lados, para o melhor funcionamento de todo o sistema de saneamento básico do município de Artur Nogueira. Após a realização da audiência pública serão acrescidas no relatório final todas as análises das alternativas, visando assim, a conclusão desse Plano de forma as melhorias necessárias sejam atinjam com eficiência e sustentabilidade de todos os sistemas aqui apresentados. 245 15. ESTRATÉGIAS DE IMPLANTAÇÃO Para a implantação das metas e demais proposições integrantes do presente Plano Municipal de Saneamento Básico os tópicos elencados abaixo deverão ser apresentados e discutidos, através da participação do poder público e membros da sociedade civil de Artur Nogueira através da realização de audiências públicas e também envio de sugestões através do site da Prefeitura Municipal ou preenchimento de ficha de avaliação/sugestão que serão disponibilizadas na própria Prefeitura Municipal. Plano Municipal de Saneamento Básico – Audiências Públicas Locais; Estabelecer uma discussão acerca dos conteúdos do Plano; Coletar as proposições dos representantes locais acerca do Plano; Plano Municipal de Saneamento Básico – Versão Final; Projeto de Lei. Após a realização das audiências públicas e análise das sugestões e proposições de mudanças, será elaborada a versão final do Plano Municipal de Saneamento Básico e também o Projeto de Lei, que terá metas que deverão ser cumpridas no prazo determinado por esse Plano de Saneamento Básico. 246 16. CONCLUSÃO Com a análise das informações apresentadas no presente Plano Municipal de Saneamento Básico de Artur Nogueira conclui-se a notória importância da sua execução contendo determinações sobre os sistemas de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais do município. A implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico é condição obrigatória e de fundamental importância para a correta estruturação de sistemas de saneamento básico, visando a garantia das condições da qualidade na prestação dos serviços saneantes, sempre em busca de melhorias e ampliação dos sistemas para atendimento de todos os munícipes. Assim, o município passa a ter metas e objetivos estabelecidos para o melhoramento dos sistemas abordados nesse relatório, através de implantação e melhorias de serviços em prazos factíveis, tendo assim, instrumentos de regulação, fiscalização, acompanhamento e, principalmente, mecanismos de gestão de tais serviços. Para o sucesso da implementação de todos os objetivos e metas aqui citados deverão contar com a participação da população, através de programas de conscientização, para assim, município e cidadãos alcançarem condições de sustentabilidade técnica, econômica, social, ambiental e universalização dos serviços de saneamento. 247 17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGÊNCIA DE ÁGUAS PCJ. Relatório de Situação das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí; 2004-2006. AGÊNCIA NACIONAL DAS ÁGUAS (ANA). A Evolução da Gestão dos Recursos Hídricos no Brasil. Brasília: ANA, 2002. AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS – ANA – “Atlas Brasil”. Disponível em: http://atlas.ana.gov.br/Atlas/forms/Home.aspx. Acesso: 10 de dezembro de 2013. Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal – ADASA. Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos – Conceito. Disponível em: http://www.adasa.df.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=841%3Alimpe za-urbana-e-manejo-de-residuos-solidos&catid=74&Itemid=316. Acesso: 11 de dezembro de 2013. ALMEIDA M. O. OS RECURSOS HÍDRICOS EM ARTUR NOGUEIRA: ÁGUAS SUPERFICIAIS. Centro Universitário Adventista de São Paulo – Curso de Direito. 248 Engenheiro Coelho, 2009. ARES PCJ – Agência Reguladora. 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Dispõe sobre o enquadramento dos corpos de água receptores na classificação prevista no Decreto nº 8.468, de 8 de setembro de 1976, e dá providências correlatas 249 (http://www.cetesb.sp.gov.br/licenciamentoo/legislacao/estadual/decretos/1997_Dec_Est_107 55.pdf) DECRETO ESTADUAL Nº 54.487 DE 26 DE JUNHO DE 2009. Altera a redação e inclui dispositivos e anexos no Regulamento da Lei nº 997, de 31 de maio de 1976, aprovado pelo Decreto nº 8.468, de 8 de setembro de 1976, que dispõe sobre o controle da poluição do meio ambiente e dá outras providências. (http://www.cetesb.sp.gov.br/Institucional/documentos/dec_54487_2009.pdf) DECRETO FEDERAL 5.440 DE 4 DE MAIO DE 2005. Estabelece definições e procedimentos sobre o controle de qualidade da água de sistemas de abastecimento e institui mecanismos e instrumentos para divulgação de informação ao consumidor sobre a qualidade da água para consumo humano. 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Prorroga o prazo para complementação das condições e padrões de lançamento de efluentes, previsto no art. 44 da Resolução nº 357, de 17 de março de 2005, e no art. 3o da Resolução nº 397, de 3 de abril de 2008. RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430/2011, DE 13 DE MAIO DE 2011. Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução nº 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA. SEADE. Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados. Governo do Estado de São Paulo. (http://www.seade.gov.br/) SENTELHAS P. C. & ANGELOCCI L. R. Climatologia e Classificação de Climática. Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ - USP, 2009. Disponível em: http://www.lce.esalq.usp.br/aulas/lce306/Aula3.pdf. Acesso: 06 de novembro de 2013. SNIS - SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES DE SANEAMENTO. DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTOS – 2011. Disponível em: http://www.snis.gov.br/PaginaCarrega.php?EWRErterterTERTer=101. 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