Harmonic Distortion Analysis in a Low Voltage Grid
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Harmonic Distortion Analysis in a Low Voltage Grid
Harmonic Distortion Analysis in a Low Voltage Grid-Connected Photovoltaic System F. C. Melo, R. R. Spaduto, L. C. G. Freitas, C. E. Tavares, J. R. Macedo Jr. and P. H. O. Rezende Abstract— After the approval of the Normative Resolution 482, in April 17th, 2012, ANEEL has established the general conditions for microgeneration (less than or equal to 100 kW) and minigeration (greater than 100 kW and less than or equal to 1 MW), accessing the electric power distribution systems. In addition, it is established the net metering compensation system of the electric power generated. Since then, several applications for grants for connecting PV systems to the low and medium voltage grid have been performed. In this context, this paper presents the design of a 6.58 kWp photovoltaic system in the city of Uberlândia, Minas Gerais, following the standards established by that Normative Resolution and in accordance with the CEMIG ND 5.30, which establishes the criteria for connecting new micro and mini distributed generation systems to the low-voltage grid. Design criteria and results of the assessments about harmonic distortions at the point of common coupling of the installation are presented in this work. Keywords— Distributed Generation, Microgeneration, Photovoltaic Systems, Power Inverters, Power Quality, PV Modules, Renewable Energy.2 A I. INTRODUÇÃO INSERÇÃO da energia fotovoltaica como fonte alternativa na matriz energética brasileira ganhou destaque considerável nos anos de 2011 e 2012 no cenário nacional e internacional. Os principais fatos que contribuíram para isso foram a chamada de projeto estratégico 013/2011 da ANEEL intitulada “Arranjos Técnicos e Comerciais para Inserção da Geração Solar Fotovoltaica na Matriz Energética Brasileira”, que proporcionará a instalação em torno de 20 MWp de plantas fotovoltaicas espalhadas por todo o Brasil até 2015. Além disso, merecem destaque as Resoluções Normativas no 481 e 482 da ANEEL, de 17 de abril de 2012. Estas últimas vieram a regulamentar, respectivamente, descontos na TUSD (Tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de F. C. Melo, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, Minas Gerais, [email protected] R. R. Spaduto, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, Minas Gerais, [email protected] C. E. Tavares, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, Minas Gerais, [email protected] J. R. Macedo Jr., Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, Minas Gerais, [email protected] P. H. O. Rezende, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, Minas Gerais, [email protected] L. C. G. Freitas, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, Minas Gerais, [email protected] Distribuição) e TUST (Tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de Transmissão) para a geração solar de grande porte e o sistema de compensação para a microgeração (para sistemas com potência maior ou igual a 100 kW) e minigeração (maior que 100 kW e menor ou igual a 1 MW), possibilitando inserção da geração descentralizada distribuída no país, utilizando diferentes fontes de energia alternativa [1]-[2]. Neste contexto, vale destacar a recente implantação das usinas solares fotovoltaicas em: Tauá-CE (MPX - 1 MWp), no estádio Pituaçu, Salvador-BA (COELBA - 400 kWp), o estádio do Mineirão em Belo Horizonte-MG (1,6 MWp), assim como a usina Sette Solar em Sete Lagoas-MG (CEMIG - 3MWp). Pode-se destacar também que o Brasil, se comparado ao continente europeu, apresenta praticamente o dobro de insolação média ao ano, com base nas informações divulgadas no Atlas Brasileiro de Energia Solar. Isto demonstra a grande capacidade do país em gerar energia elétrica através da captação da radiação solar e, mesmo ainda com elevados custos de implantação, a energia fotovoltaica começa a ser inserida na matriz energética, como alternativa às já existentes fontes de energia elétrica conectadas ao sistema elétrico nacional. Analisando-se a região do Triângulo Mineiro, na qual se situa a cidade de Uberlândia, verifica-se pela Fig. 1 que ela apresenta elevada insolação anual e, ao mesmo tempo, as temperaturas amenas constatadas favorecem na produção energética anual final. A média anual do total mensal de irradiação solar global incidente em Uberlândia é 165,38 kWh/m2/mês [3]-[4]. Neste contexto, são apresentados a seguir os resultados decorrentes da execução de um projeto pioneiro voltado para a implantação de um Sistema Fotovoltaico Conectado à Rede Elétrica (SFVCR) de Baixa Tensão, através do qual foi firmado o primeiro contrato de relacionamento operacional para a microgeração distribuída no Brasil. O referido contrato foi celebrado entre a CEMIG Distribuição e a empresa PGM Suporte em Tecnologia LTDA (Microgerador), localizada na cidade de Uberlândia, MG. Neste contrato, a unidade de microgeração supracitada adere ao sistema de compensação de energia que estabelece as condições para a ligação da microgeração distribuída em conformidade com a norma ND 5.30 da CEMIG (Requisitos para a conexão de Acessantes ao Sistema de Distribuição Cemig – Conexão em Baixa Tensão). Installations or Locations – Solar Photovoltaic (PV) Power Supply Systems, IEEE 929-2000 – Recommended Practice for Utility Interface of Photovoltaic (PV) Systems e IEEE 1547 – Standard for Interconnecting Distributed Resources with Electric Power Systems. No projeto do sistema fotovoltaico foi considerada a instalação dos dispositivos de proteção tanto para o lado cc quanto para o lado ca, aumentando-se a vida útil de todos os componentes e priorizando-se a segurança do instalador e do usuário. 2 Figura. 1. Irradiação solar global horizontal média mensal (kWh/m /mês) [3]-[4]. O SFVCR em pauta, conforme ilustrado na Fig. 2, é constituído de 28 módulos fotovoltaicos de 235 Wp, proteções cc (corrente contínua), 2 inversores de 4,4 kW para conexão à rede elétrica, proteções ca (corrente alternada) e medidor de energia bidirecional. Neste artigo serão apresentados dados do projeto, enfatizando o dimensionamento e implantação do sistema, assim como os resultados preliminares referentes à produção e da qualidade da energia elétrica junto ao ponto de conexão da instalação. A. Módulos Fotovoltaicos Os módulos fotovoltaicos convertem a energia proveniente da luz do Sol em energia elétrica em corrente contínua. Os módulos fabricados com células fotovoltaicas policristalinas (p-Si) são os mais comuns em instalações deste tipo e possuem menor custo em relação à tecnologia monocristalina. A eficiência alcançada pode variar de 12 % a 17 %, podendo cair quando submetidos a temperaturas maiores que a temperatura ambiente. A relação entre a potência de saída e a área do módulo está em torno de 120 W a 250 W por m2. Os módulos utilizados no projeto apresentam potência de pico de 235 Wp para as Condições de Teste Padrão (CTP) de 1000 W/m2 de irradiância, temperatura de 25 ºC e A.M. (Air Mass, Massa de Ar) igual a 1,5, o que corresponde ao ângulo zenital de 48,2º. As especificações elétricas de cada módulo fotovoltaico são apresentadas na Tabela I. Foram utilizados módulos fotovoltaicos da Sun-Earth TPB156x156-60-P, os quais são homologados pelo INMETRO com classificação “A” de eficiência energética. A área total ocupada para a instalação dos módulos é em torno de 47,6 m2, com potência de pico instalada de 6,58 kWp (7,2 kWp/m2 instalado). TABELA I. ESPECIFICAÇÕES DOS MÓDULOS FOTOVOLTAICOS. Figura. 2. Diagrama esquemático do SFVCR. II. ESPECIFICAÇÕES DE PROJETO E DIMENSIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS Todos os componentes utilizados na execução desse projeto foram dimensionados para que se tenha a máxima extração de energia solar com o mínimo de perdas, seguindose normas nacionais, tais como a NBR 5410 – 2004 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão, ND 5.30 e Seção 3.7 do Módulo 3 do Prodist (2012), assim como normas internacionais, tais como a IEC 62446 – 2009 – Grid Connected Photovoltaic Systems – Minimum Requirements for System Documentation, Commissioning Tests and Inspection, IEC 61724 – 1998 – Photovoltaic System Performance Monitoring – Guidelines for Measurement, Data Exchange and Analysis, IEC 61727 – 2004 – Photovoltaic (PV) Systems – Characteristics of the Utility Interface, IEC 60364-7-712 – Electrical Installations of Buildings – Part 7-712: Requirements for Special Módulo Fotovoltaico Sun-Earth TPB156x156-60-P Tensão MPP, UMPP = 29,2 V Corrente MPP, IMPP = 8,05 A Tensão de Circuito Aberto, UOC = 36,7 V Corrente de Curto-Circuito, ISC = 8,47 A Coeficiente de Temperatura de Tensão, UOC = -0,35%/oC Coeficiente de Temperatura da Corrente de Curto-Circuito, ISC =0,05%/oC Coeficiente de Temperatura de Potência, P = -0,45%/oC Eficiência do Módulo, η = 14,54% B. Inversores Em um SFVCR, devido ao fato dos inversores requererem elevadas tensões de entrada em cc, os módulos são ligados em série formando-se as fileiras (strings). Isso mantém a corrente cc em baixos níveis, minimizando os custos com cabos elétricos já que as seções transversais são menores. Os inversores são projetados para a conexão de fileiras constituídas de 8 a 15 módulos. Na maioria dos casos, dependendo da potência instalada, as fileiras podem ser conectadas em paralelo antes de serem ligadas à entrada do inversor. Neste projeto, os 28 módulos fotovoltaicos foram divididos em 2 fileiras, cada uma com 14 módulos conectados em série. Quanto ao lado ca, verifica-se que, para efetuar o acesso à rede elétrica e estabelecer as proteções mínimas necessárias para o ponto de conexão de centrais geradoras e, considerando que a potência instalada é menor que 10 kWp, a conexão deve ser feita na Baixa Tensão (monofásico ou bifásico). Ao longo do dia, a potência extraída pelos sistemas fotovoltaicos é em torno de 50% da potência de pico nominal. Portanto, para que os inversores operem com o máximo rendimento mesmo em baixos níveis de irradiância, recomenda-se que sejam dimensionados para 90% da potência de geração nominal, portanto, deve ser ligeiramente menor que a potência de pico instalada (PPV). Neste projeto, foram utilizados inversores de 4,4 kW pois eram os modelos com set up adequado aos padrões nacionais da rede elétrica, disponíveis no momento da implantação do sistema [5]-[6]. A Tabela II mostra as especificações elétricas dos inversores bifásicos utilizados. energia gerada foi de, aproximadamente, 22,1 kWh. Nota-se que a irradiação solar não é constante, devido à presença de nuvens, ocorrência de chuvas e neblina, por exemplo. Nesse projeto, foram utilizadas quatro estruturas de fixação dos módulos FV devidamente espaçadas e orientadas para o Norte com inclinação de 16º, sendo que duas estão instaladas no telhado, com 10 módulos FV cada, conforme ilustra a Fig. 5, e duas torres, com 4 módulos FV cada, como apresentado na Fig. 6. Figura. 3. Inversores instalados no último pavimento da PGM. TABELA II. ESPECIFICAÇÕES DE CADA INVERSOR. Inversor 4.4 kW Potência Nominal cc, Pnom cc = 4600 W Tensão cc máxima, Vcc máx = 600 V Faixa de Operação do MPPT, VMPPT = 230 – 480 VCC Corrente máxima de entrada cc, Imáx cc = 21,0 A Potência nominal de saída, Pnom ca = 4450 W Fator de Potência, FP > 0,99 Tensão nominal da Rede Elétrica, Vrede = 220 V Frequência Nominal da Rede, Frede = 60 Hz Tensão Limite Mínimo, VLmín = 187 V Tensão Mínima Rápida, Vmín rápida = 110 V Tensão Limite Máximo, VLmáx = 242 V Tensão Máxima Rápida, Vmáx rápida = 297 V Eficiência Máxima do Inversor, ηmáx = 97,3% Tempo de Reconexão à Rede Elétrica, Treconexão = 180 s Os dois inversores efetuam o paralelismo e o sincronismo com a rede elétrica automaticamente, já contendo as proteções de anti-ilhamento (anti-islanding), que detectam falhas da tensão da rede, devido à manutenção ou atuação da proteção da rede, e possível abertura automática de um dispositivo de interligação. Os inversores se comunicam pela porta CAN (Controller Area Network), e um deles foi conectado através da porta Ethernet à rede de dados da empresa. Desse modo, pela internet é possível obter informações em tempo real de toda a energia fotovoltaica produzida e injetada na rede elétrica [7]-[9]. A Fig. 3 mostra os dois inversores alocados no último pavimento da empresa, estando os mesmos posicionados próximos às fileiras dos painéis. Dessa maneira, os cabos cc possuem menores comprimentos, reduzindo-se as perdas nos mesmos. A Fig. 4 ilustra a tela inicial em que estão apresentados somente os dados da produção de energia elétrica diária, mensal e anual, sem constar dados referentes à injeção do excedente da energia, os quais serão avaliados apenas pelo medidor bidirecional da CEMIG, ou pelo analisador de qualidade. Por exemplo, para o dia 31 de dezembro de 2013, a Figura. 4. inversores. Tela inicial dos dados de geração disponibilizados pelos Figura. 5. Estruturas metálicas com o maior número de módulos FV. Figura. 6. Vista lateral de uma das torres instaladas. Quanto ao cabeamento cc, foram utilizados cabos monocondutores com duplo isolamento para os polos positivos e negativos para as duas fileiras de módulos FV. Maiores detalhes quanto às conexões dos arranjos FV nos inversores, dimensões das estruturas metálicas, ajustes de inclinação, proteção contra sobretensões e sobrecorrentes nos lados cc e ca, corrente de fuga, além dos custos do projeto foram apresentados em [10]. A Fig. 7 mostra os quadros da alimentação da CEMIG posicionados no pavimento térreo, incluindo-se a chave geral trifásica de 150 A, medidor eletrônico, DSV (250 A) e quadro com as proteções ca junto ao ponto de conexão da instalação. Na época em que foi realizada a instalação do sistema, ainda era obrigatória a instalação de um DSV. Conforme despacho ANEEL 720/2014 de 25/03/2014, para as conexões que utilizam o inversor como interface (geração eólica ou solar) é dispensada a utilização do DSV. No que tange ao medidor bidirecional de energia elétrica padrão da CEMIG, este está devidamente sinalizado conforme as normas da ABNT, com o seguinte alerta “Cuidado! Geração Distribuída no Circuito”. Nesta instalação, o medidor eletrônico instalado pela concessionária foi o modelo Landis Gyr+E34A, o qual, além da bidirecionalidade, permite a comunicação remota entre a unidade geradora e concessionária. Figura. 7. Visão geral de todos os quadros no térreo. III. ANÁLISE DAS DISTORÇÕES HARMÔNICAS NO PONTO DE CONEXÃO DA INSTALAÇÃO Quanto ao estabelecimento da ligação à rede elétrica, uma das maiores preocupações recai na qualidade da forma de onda da corrente injetada na rede, no que tange ao conteúdo harmônico de tensão e corrente, fator de potência e desvio da tensão, frequência e fase (em relação à tensão da rede). As medições de parâmetros da qualidade da energia elétrica no ponto de conexão da instalação foram efetuadas em duas etapas e com dois medidores distintos, a saber: analisador de qualidade da energia Blackbox Portable Elspec G4500 e osciloscópio Tektronics TPS 2024. A Fig. 8 (a) mostra o diagrama unifilar do SFVCR indicando o posicionamento das ponteiras de medição, quais sejam: (1) inversor 1, (2) inversor 2, (3) rede elétrica da CEMIG e (4) cargas da empresa. A Fig. 8 (b) ilustra o posicionamento das ponteiras de corrente e de tensão no ponto de acoplamento comum (PAC), evidenciando os dois pares de disjuntores em série com o Disjuntor DiferencialResidual (DR). A Fig. 9 (a) mostra as formas de onda da corrente do Inversor 1 e da tensão de saída no ponto de conexão medidas com o osciloscópio. As Figs. 9 (b) e 9 (c) apresentam os espectros harmônicos de tensão e de corrente no barramento ca deste inversor, os quais apresentam distorções harmônicas totais iguais a 2,16 % e 5,27 %, respectivamente. Os inversores atendem às normas internacionais e nacionais, sendo que a tensão de saída ca apresenta baixa taxa de distorção harmônica total (<5%) e fator de potência (cosφ) unitário, estando na mesma frequência e fase da rede. Nas Figs. 10 (a), (b), (c) estão ilustrados os resultados obtidos com o analisador de energia no primeiro dia de testes. Neste ensaio foram utilizadas uma ponteira de corrente para leitura da corrente no PAC, e duas ponteiras de tensão para leitura da tensão no ponto de conexão. Os resultados obtidos são as formas de onda da tensão fase-fase, valor rms de tensão, valor rms de corrente, formas de onda de corrente. Além disso, estão ilustrados os respectivos espectros harmônicos de tensão e de corrente. Observa-se que independentemente da distorção da forma de onda da corrente no ponto de conexão, a qual depende das características da carga, assim como dos níveis de distorção harmônica de tensão previamente existentes no ponto de conexão, o THD da tensão nesse barramento permaneceu em torno de 2%, portanto, sem alterações em relação às condições iniciais (sem a presença do sistema de geração fotovoltaica), atendendo às especificações da IEEE 519: THDV máximo de 5% no ponto de acoplamento comum do consumidor, para tensão no barramento menor ou igual a 69 kV. Verifica-se que o fabricante dos inversores não especificou na folha de dados o THD de corrente máximo. Nas Figs. 11 (a) e (b) são apresentados os resultados obtidos no segundo dia de testes, de acordo com o posicionamento das ponteiras apresentado na Fig. 8 (b). Nesses resultados estão a forma de onda da tensão fase-fase, valor rms de tensão, valor rms de corrente, forma de onda de corrente, além dos respectivos THDs de tensão e corrente. Nessa condição de teste, os inversores contribuem com o suprimento de energia às cargas com forte característica não linear e injetam correntes senoidais no sistema de distribuição, com THDI médio menor que 5%, conforme desejado e estabelecido por norma, não impactando, portanto, na qualidade da energia elétrica disponibilizada pela concessionária. IV. CONCLUSÃO Esta proposta de artigo apresentou os resultados decorrentes da execução de um pioneiro projeto voltado para a implantação de um Sistema Fotovoltaico Conectado à Rede Elétrica (SFVCR) de Baixa Tensão em que foi firmado o primeiro contrato de relacionamento operacional para a microgeração distribuída no Brasil. Este foi firmado entre a CEMIG Distribuição e a empresa PGM Suporte em Tecnologia LTDA (Microgerador), localizada na cidade de Uberlândia, MG. Neste contrato, a unidade de microgeração supracitada adere ao novo sistema de compensação de energia que estabelece as condições para a ligação da microgeração distribuída em conformidade com a norma ND 5.30 da CEMIG (Requisitos para a conexão de Acessantes ao Sistema de Distribuição Cemig – Conexão em Baixa Tensão). A conexão à rede elétrica da CEMIG foi autorizada no dia 6 de dezembro de 2012. Desde o início de 2013, até o dia 31 de dezembro do mesmo ano, a instalação FV gerou em torno de 9,26 MWh, evitando a emissão de, aproximadamente, 6,48 toneladas de CO2 na atmosfera as quais seriam produzidas caso a mesma quantidade de energia fosse gerada utilizando- se combustíveis fósseis como fonte primária de energia. Dados preliminares referentes à qualidade da energia elétrica no ponto de conexão da instalação foram apresentados evidenciando que os inversores utilizados estão em conformidade com as normas técnicas nacionais e internacionais e, portanto, não impactando negativamente nos níveis registrados de THD de tensão e corrente. (a) (b) Figura. 8. (a) Diagrama unifilar do SFVCR da PGM com o posicionamento das ponteiras de leituras de corrente e tensão. (b) Ilustração com as ponteiras do instrumento de medição de qualidade da energia no PAC. (b) (a) (c) Figura. 9. (a) Formas de onda da tensão e corrente nos terminais de saída ca do inversor; (b) espectro de frequência de tensão; (c) espectro de frequência de corrente. (a) 06/03/2013 14:01:20 horas 6 (b) 06/03/2013, 14:31:37 horas (c) 06/03/2013, 15:49:40 horas Figura. 10. (a), (b), (c) Formas de onda da tensão fase-fase, valor rms de tensão, valor rms de corrente, formas de onda de corrente e respectivosTHDV e THDI medidos ao longo do dia. (a) (b) Figura. 11. (a) Forma de onda da tensão fase-fase, valor rms de tensão, valor rms de corrente, forma de onda de corrente (b) THDV e THDI. Período: 29/04/2013, 17:06:49 horas. AGRADECIMENTOS Os autores gostariam de agradecer à empresa PGM pelo espaço fornecido para execução das medições e à FAPEMIG pelo apoio financeiro. REFERÊNCIAS [1] [2] [3] [4] [5] C. Bustos, D. Watts, H. Ren, "MicroGrid Operation and Design Optimization with Synthetic Wind and Solar Resources", Latin America Transactions, IEEE, vol. 10, nº 2, pp. 1550-1562, 2012. A. Barin, L. N. Canha, A. R. Abaide, R. Q. Machado, "Methodology for Placement of Dispersed Generation Sources in Distribution Networks", Latin America Transactions, IEEE, vol. 10, nº 2, pp. 1544-1549, 2012. F. R Martins, E. B. Pereira, S. L. Abreu, “Satellite-Derived Solar Resource Maps for Brazil under SWERA Project”, Solar Energy, Volume 81, pp. 517-528, 2007. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Projeto SWERA/INPE. Disponível em: <http://maps.nrel.gov/SWERA>. Acesso em: 07 ago. 2014. F. C. Melo, A. C. Gomes, R. R. Spaduto, C. E. Tavares, J. R. Macedo Jr., P. H. O. Rezende, L. C. G. Freitas, “Qualidade da Energia Elétrica em uma Instalação Fotovoltaica Conectada à Rede Elétrica de Baixa Tensão”, SBSE 2014 – Simpósio Brasileiro de Sistemas Elétricos, p. 16, 2014. [6] M. P. Almeida, “Qualificação de Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede Elétrica”, Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Energia, Universidade de São Paulo, 161 p., 2012. [7] O. Pereira, F. Gonçalves, “Dimensionamento de Inversores para Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede Elétrica: Estudo de caso do Sistema de Tubarão-SC”, Revista Brasileira de Energia, Volume 14, Número 1, pp. 25-45, 2008. [8] I. J. Balaguer-Álvarez, E. I. Ortiz-Rivera, "Survey of Distributed Generation Islanding Detection Methods", Latin America Transactions, IEEE, vol. 8, nº 5, pp. 565-570, 2010. [9] Acesso Remoto pela Internet - Sistema Fotovoltaico Conectado à Rede – PGM. Disponível em: <http://www.pgm.com.br/index.php?pg=empresa_resp_social_ambienta l>. Acesso em: 11 out. 2013. [10] F. C. Melo; R. R. Spaduto; G. M. Buiatti; L. C. G. Freitas. “Projeto e Execução de Instalação Fotovoltaica Conectada à Rede Elétrica de Baixa Tensão em Conformidade com a Resolução Normativa 482 da ANEEL”. X CBQEE - Conferência Brasileira sobre Qualidade da Energia Elétrica, 2013. 7 Fernando Cardoso Melo possui graduação em Engenharia Elétrica e obteve o título de Mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, Brasil, em 2012 e 2014, respectivamente. Atualmente, é aluno de doutorado na mesma instituição e é membro do Núcleo de Pesquisa em Eletrônica de Potência. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Sistemas de Energia Elétrica, atuando principalmente nos seguintes temas: inversores de único estágio, sistemas fotovoltaicos autônomos e conectados à rede elétrica, técnicas de MPPT (Maximum Power Point Tracking – Rastreamento do Ponto de Máxima Potência), conversores boost e correção do fator de potência. Robson Ruiz Spaduto nasceu em 27/07/1990 em Ourinhos – São Paulo – Brasil, concluiu o Curso Técnico de Aprendizagem Industrial em Eletroeletrônica no SENAI no ano de 2008. Graduando em Engenharia Elétrica com certificado em Engenharia de Sistemas de Energia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) desde 2010. Bolsista em dois projetos de Iniciação Científica pela CAPES – CNPq exercendo atividades e pesquisas relacionadas a sistemas solares fotovoltaicos, conversores de eletrônica de potência, e técnicas de controle no rastreamento do ponto de máxima potência (MPPT) no Núcleo de Pesquisa em Eletrônica de Potência (NUPEP) de 2012 a 2014. Atualmente é estagiário da Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG na área de Planejamento Integrado do Sistema Elétrico da Distribuição. Luiz Carlos Gomes de Freitas possui graduação em Engenharia Elétrica - Ênfase em Eletrotécnica pela Universidade Federal de Uberlândia (2001), mestrado (2003) e doutorado (2006) em Engenharia Elétrica pela mesma universidade e vinculado ao Núcleo de Pesquisa em Eletrônica de Potência (NUPEP). Desde 2008/2 é professor da Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Uberlândia, onde atualmente é Professor Adjunto III; líder do Núcleo de Pesquisa em Eletrônica de Potência (NUPEP); pesquisador colaborador do Núcleo de Qualidade da Energia Elétrica (NQEE); e membro do colegiado da Pós-graduação. Em 2011 e 2012 dois trabalhos desenvolvidos sob sua orientação e atrelados ao desenvolvimento de retificadores híbridos receberam os prêmios de 3º Lugar na 20º Edição do Prêmio SME de Ciência e Tecnologia da Sociedade Mineira de Engenheiros e 2nd Prize Paper Award do IEEE-IAS-Industrial Automation and Control Committee (IACC), respectivamente. Coordena projetos de pesquisa recebendo apoio financeiro da FAPEMIG, CAPES e CNPq. Em 2014 recebeu a Bolsa de Produtividade em Pesquisa Nível 2 do CNPq. Possui experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Conversão e Retificação da Energia Elétrica, atuando em diversos temas atrelados à Eletrônica de Potência, Qualidade da Energia Elétrica e Fontes Renováveis de Energia. Carlos Eduardo Tavares possui graduação em Engenharia Industrial Elétrica pela Universidade Federal de São João delRei (2002), mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Uberlândia (2004) e Doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Uberlândia (2008). Atualmente trabalha como professor adjunto e pesquisador no Núcleo de Qualidade e Racionalização da Energia Elétrica da Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Uberlândia. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Qualidade e Racionalização da Energia Elétrica, atuando principalmente nos seguintes temas: qualidade da energia, sistemas elétricos de potência, ressarcimento de danos, otimização de sistemas, eficiência energética, modelagem computacional de dispositivos e sistemas elétricos. José Rubens Macedo Jr. profissional de carreira do setor elétrico brasileiro (1998 - 2009), tendo trabalhado como gerente de qualidade do serviço em três diferentes distribuidoras de energia elétrica. Possui graduação em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Uberlândia (1997), mestrado pela mesma instituição (2002) e doutorado em engenharia elétrica pela Universidade Federal do Espírito Santo (2009). Possui experiência na área de engenharia elétrica, com ênfase em qualidade da energia elétrica e modelagem de sistemas elétricos de potência. É membro do grupo de trabalho sobre qualidade da energia elétrica do ONS desde o ano de 2002. Foi Diretor Presidente da Sociedade Brasileira de Qualidade da Energia Elétrica (SBQEE) no biênio 2011/2013. Tem atuado preferencialmente nos seguintes temas: Análise harmônica em redes elétricas, inter-harmônicas, compensação reativa, projeto e implantação de filtros harmônicos passivos sintonizados, assim como na análise do fenômeno da flutuação de tensão. Atualmente é professor da Faculdade de Engenharia Elétrica junto à Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Paulo Henrique Oliveira Rezende professor Assistente A1 no Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (DEE/UFTM), além de aluno do curso de doutorado no núcleo de Qualidade da Energia Elétrica pela Universidade Federal de Uberlândia (NQEE/UFU). Nesta mesma Instituição (UFU) obteve o título de Mestre em Ciências concedido pela Faculdade de Engenharia Elétrica, onde também se graduou com certificado de estudos em Sistemas de Energia Elétrica (Eletrotécnica). Tem pesquisado na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Qualidade e Racionalização da Energia Elétrica, atuando principalmente nos seguintes temas: Análise de Pedidos de Ressarcimento por Danos Elétricos (PIDs); Transmissão em Corrente Contínua (HVDC); Modelagem Matemática; Simulação Computacional; Eficiência Energética Aplicada a Motores de Indução Trifásicos.