1 Tarefa férias 2014 t.231- Literatura Prof. Patricia ARQUIVO 2 1
Transcrição
1 Tarefa férias 2014 t.231- Literatura Prof. Patricia ARQUIVO 2 1
Tarefa férias 2014 t.231- Literatura Prof. Patricia ARQUIVO 2 1) Assinale a afirmativa FALSA: O Parnasianismo pode ser descrito como um movimento: a) essencialmente poético, que reagiu ao sentimentalismo romântico. b) cuja poesia é, sobretudo, forma que se sobrepõe ao conteúdo e às ideias. c) cuja arte tinha um sentido utilitário e um compromisso social. d) cuja verdade residia na beleza da obra, e essa, na sua perfeição formal. e) que revela preferência pela objetividade, pelos temas greco-latinos e por formas fixas, como o soneto. 2) O simbolismo de Cruz e Sousa revela a crise da concepção positivista da vida que marca de forma particular as duas últimas décadas do século XIX, provocando, no campo das letras, o aparecimento de uma poesia caracterizada pelos seguintes aspectos: a) Concepção mística do mundo, interesse pelo particular, pelo indefinido e pelo mistério. Ao priorizar o conhecimento ilógico e intuitivo, distingue-se da poesia parnasiana também por apresentar uma maior flexibilidade formal. b) Valorização da subjetividade, que se desdobra na tentativa de apreensão do momentâneo e do fragmentário, não sendo rara a presença de poemas de cunho memorialístico. c) Concepção lúdica da arte, que tem como base teórica e filosófica a teoria da relatividade de Einstein, a teoria psicanalítica de Freud, a filosofia de Nietzsche e a teoria econômica de Marx, apontando para uma figuração mítica e/ou alegórica da existência. d) Valorização do aspecto formal do poema, priorizando especialmente o gráfico, o visual, em detrimento do conteúdo, da sintaxe discursiva, da subjetividade e da temática nacional. e) Valorização da imaginação, do subjetivismo, das emoções, donde avulta uma poesia marcada pela melancolia, pela solidão, pela angústia e desejo de evasão, apresentando, por outro lado, características que apontam para o nacionalismo e culto à natureza. 3) Assinale a alternativa que NÃO preenche as lacunas O ......... está para o Parnasianismo , assim como a ...... está para o Simbolismo. a) verso de ouro / dimensão mística b) artesanato da palavra/ liturgia c) culto da forma /musicalidade d) lirismo exacerbado /realidade chã e) perfeccionismo métrico /flexibilidade 4) Nas duas primeiras décadas do século XX, surgiu, no Brasil, o Pré-Modernismo. Sobre esse tema, analise as proposições abaixo em (V) verdadeira ou (F) Falsa. Em seguida, marque a opção correta: a) ( ) Foi um movimento com ideário estético rígido, com linguagem altamente formal e cuja temática dominante era a defesa do regime republicano recém - instalado (1889). b) ( ) Surgiu num período em que, em termos gerais, predominava a estética parnasiana na poesia, com sua valorização do mundo greco-latino e a concepção de literatura como elaboração formal. 1 c) ( ) Nesta época, início do século XX, foi contemporâneo de alguns simbolistas remanescentes, que sonhavam com sensações inefáveis, distantes da realidade. d) ( ) Contrastando com os simbolistas e parnasianos, Euclides da Cunha escreveu “Os Sertões”, documento amargurado e realista, sobre a guerra de Canudos, da qual participou como enviado do jornal “O Estado de São Paulo”. Descreveu, numa mescla de romance e ensaio científico, uma epopeia às avessas, que foi publicada em 1902. e) ( ) Lima Barreto, outro autor da época, tem como principal obra: “O triste fim de Policarpo Quaresma”. Em seu livro, abandonou o mundo helênico, perfeito e imaginário, descrevendo a tristeza dos subúrbios e revelando preocupação com fatos históricos e costumes sociais. Seu estilo era semelhante ao de Machado de Assis, pelo refinamento linguístico, pela forma trabalhada, limpa e perfeita. a) F/V/V/V/F b) V/V/F/V/V c) F/V/F/V/V d) V/V/V/F/F e) F/V/V/V/V Euclides da Cunha, no final de “Os sertões”, registrava: “Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, [...] caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dosquais rugiam raivosamente cinco mil soldados.” CUNHA, Euclides da. Os sertões. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995, v.2, p.513.(fragmento) Já Olavo Bilac, escrevendo sobre o mesmo episódio, comemorava: “Enfim, arrasada a cidadela maldita! enfim, dominado o antro negro, cavado no centro do adusto sertão, onde o Profeta das longas barbas sujas concentrava sua força diabólica, feita de fé e de patifaria, alimentada pela superstição e pela rapinagem!” BILAC, Olavo. Cidadela maldita. Vossa insolência: crônicas. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p.412. (fragmento) Textos par as questões 5 e 6 5) Sobre o texto de Euclides da Cunha, considere as seguintes afirmações: I. O texto chama a atenção para o desequilíbrio entre as forças do Governo e os seguidores de Antônio Conselheiro. II. Testemunha ocular dos fatos, Euclides constata o massacre promovido pelas tropas republicanas contra os fiéis. III. Euclides da Cunha compreende que a “Guerra de Canudos” não fora um conflito entre a Monarquia e a República, como as elites intelectuais, políticas e militares, bem como a opinião pública do país, acreditavam. O que ele presenciara havia sido um conjunto de demências e crueldades: uma dolorosa guerra civil. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III. 2 6) Sobre o texto de Olavo Bilac, considere as seguintes afirmações. I. Olavo Bilac reproduz o “discurso oficial” do Governo brasileiro, para quem os seguidores do beato eram uma horda de fanáticos que desejavam destruir a ordem nacional. II. Para Olavo Bilac, Antônio Conselheiro era um profeta de “barbas sujas”, de “força diabólica”, alimentada pela “rapinagem”. III. O poeta Bilac percebe que, na verdade, os “guerrilheiros de Canudos” eram uns pobres-diabos, filhos da ignorância e das crendices de uma civilização parada no tempo há séculos. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III. 7 ) A respeito de "Triste Fim de Policarpo Quaresma", de Lima Barreto, SOMENTE podemos concluir que: a) é uma NARRATIVA MODERNISTA, na qual se enfatiza a crítica ao nacionalismo romântico pelo constrangimento por que passa o protagonista devido às suas obstinadas ideias de igualdade, liberdade e fraternidade. b) é um ROMANCE DE TESE, nos moldes do Realismo-Naturalismo, no qual o autor tenta demonstrar que no Brasil da Primeira República não havia lugar para visionários do tipo de Policarpo Quaresma. c) é uma SÁTIRA SOCIAL, com predomínio de situações cômicas e nítida intenção de ridicularizar o protagonista e atacar as instituições. d) é uma NARRATIVA DE TRANSIÇÃO, importante enquanto denúncia veemente das mazelas sociais e políticas da época, sintetizadas em bacharelismo e coronelismo, embora contenha alguns defeitos de estrutura e de linguagem. e) é um ROMANCE PSICOLÓGICO pela valorização do tom intimista, no qual narrador e protagonista praticamente se confundem, num jogo todo próprio, construído em semitons e matizes. Versos Íntimos Vês! Ninguém assistiu ao formidável Enterro de tua última quimera. Somente a Ingratidão - esta pantera Foi tua companheira inseparável! Acostuma-te à lama que te espera! O Homem, que, nesta terra miserável, Mora, entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera. Toma um fósforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja. Se a alguém causa inda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija! (Augusto dos Anjos) 6) O soneto deixa entrever uma concepção determinista da sociedade? Justifique sua resposta. 3 _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Texto 1 HORAS MORTAS Breve momento, após comprido dia De incômodos, de penas, de cansaço, Inda o corpo a sentir quebrado e lasso, Posso a ti me entregar, doce Poesia. Desta janela aberta à luz tardia Do luar em cheio a clarear no espaço Vejo-te vir, ouço-te o leve passo Na transparência azul da noite fria. Chegas. O ósculo teu me vivifica Mas é tão tarde! Rápido flutuas, Tornando logo à etérea imensidade; E na mesa a que escrevo, apenas fica Sobre o papel - rastro das asas tuas, Um verso, um pensamento, uma saudade. Alberto de Oliveira - CÉU NOTURNO (1904-1905) Texto 2 POÉTICA Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente [protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário o [cunho vernáculo de um vocábulo Abaixo os puristas Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis Estou farto do lirismo namorador Político Raquítico Sifilítico De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si [mesmo De resto não é lirismo Será contabilidade tabela de cossenos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras [de agradar às mulheres, etc. Quero antes o lirismo dos loucos O lirismo dos bêbados 4 O lirismo difícil e pungente dos bêbados O lirismo dos clowns de Shakespeare -Não quero mais saber do lirismo que não é libertação. (Manuel Bandeira) 9) O primeiro poema é do parnasiano Alberto de Oliveira; o segundo, do modernista Manuel Bandeira. Aponte três características da poesia parnasiana observáveis no poema de Alberto de Oliveira, que possam ser opostas a três características modernistas observáveis no poema de Manuel Bandeira. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Pacto das Almas (II) Longe de tudo É livre, livre desta vã matéria, Longe, nos claros astros peregrinos Que haveremos de encontrar os dons divinos E a grande paz, a grande paz sidérea. Cá nesta humana e trágica miséria, Nestes surdos abismos assassinos Termos de colher de atros destinos A flor apodrecida e deletéria. O baixo mundo que troveja e brama Só nos mostra a caveira e só a lama, Ah! só a lama e movimentos lassos... Mas as almas irmãs, almas perfeitas, Hão de trocar, nas Regiões eleitas, Largos, profundos, imortais abraços! (Cruz e Souza) Vocabulário: .sidérea: relativo aos astros .atro: de cor negra , que produz tristeza .deletéria: prejudicial , que destrói .brama: berra .lassos: cansados 10) Por que o poema acima é representativo do Simbolismo? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 5