TCC – Jorge Adriano Grampes
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TCC – Jorge Adriano Grampes
FACULDADE DE BALSAS CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO APLICABILIDADE DA TECNOLOGIA RFID NA RASTREABILIDADE ALIMENTAR JORGE ADRIANO GRAMPES Balsas – MA 2010 FACULDADE DE BALSAS CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO APLICABILIDADE DA TECNOLOGIA RFID NA RASTREABILIDADE ALIMENTAR Por Jorge Adriano Grampes Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Sistemas de Informação à Faculdade de Balsas, sob a orientação do Msc. Profº. Cleverton Marlon Possani. Balsas – MA 2010 FACULDADE DE BALSAS CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO A comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). APLICABILIDADE DA TECNOLOGIA RFID NA RASTREABILIDADE ALIMENTAR Elaborada por Jorge Adriano Grampes como requisito parcial para obtenção de Bacharel em Sistemas de Informação BANCA EXAMINADORA: Prof. Msc. Cleverton Marlon Possani Profº Orientador Prof. Alexandre Maia Membro da Banca Examinadora Prof. Msc. Junior Bandeira Membro da Banca Examinadora Dedico este trabalho ao meu querido pai que foi minha inspiração para a conclusão desta graduação, a todos os meus professores e colegas, que contribuíram para minha formação e principalmente a Deus, por ter me dado forças para concluir esta etapa de vida. AGRADECIMENTOS A Deus, pela oportunidade, pela sabedoria, pela vida. Agradeço a minha família, meus pais Reni Jorge Grampes e Berenice Maria dos Santos Grampes, e ao meu irmão Frederico Anderson Grampes, pela confiança, por sempre estarem ao meu lado e pelo apoio durante todos esses momentos. Aos meus colegas de sala, dos quais muitos acabaram se tornando uma nova família. Agradeço o companheirismo e amizade dos colegas, que me ajudaram a crescer meu conhecimento. Juntos, fomos capazes de conquistar mais um objetivo de vida. A Cleverton Marlon Possani, pela orientação, leitura, dedicação e críticas que me levaram a conclusão e aperfeiçoamento do projeto. Agradeço aos professores da Faculdade de Balsas que durante todos esses anos de convívio participaram da minha graduação transmitindo conhecimento com muita sabedoria e dedicação. Aos meus amigos, que em momentos de trabalho souberam, como sempre, trazer descontração. Obrigado. RESUMO Em tempos atuais, o consumidor está cada vez mais preocupado com a qualidade dos produtos que são consumidos, devido a este fator as empresas estão definindo conjuntos de políticas com o intuito de manter níveis elevados de qualidade dos produtos ofertados e assegurar que os mesmos se encontrem em ótimas condições para consumo. Para auxiliar nesse processo é necessária uma ferramenta tecnológica capaz de prover rastreamento que possibilite a disponibilização de informações precisas sobre todo o processo de fabricação e distribuição do produto, deste a produção até o consumidor final. Uma ferramenta inovadora que pode ser utilizada é a RFID (Radio Frequency IDentification), esta tecnologia permite que os objetos sejam identificados automaticamente utilizando radio frequência. O RFID vem sendo potencialmente utilizado em diversos segmentos do mercado e é uma ferramenta em potencial para otimização de processos que visam redução de custos e maximização de lucros. Este trabalho de conclusão de curso teve como foco principal propor uma arquitetura de comunicação de alto nível para um sistema de informação agregado com a tecnologia RFID para o rastreamento de frangos, a arquitetura visa reunir todas as informações relevantes ao processo produtivo e de distribuição em um único banco de dados, desta forma, em combinação com a tecnologia RFID, oferece rastreabilidade e controle das mercadorias ao envolvidos que participam do ciclo de vida do produto. Palavras-chaves: RFID (Radio Frequency IDentification), ferramenta tecnológica, rastreamento de alimentos, radio freqüência, segurança na produção. ABSTRACT Nowadays, consumers are more concerned about the quality of the products that are consumed, for this reason companies are defining sets of policies in order to maintain high quality of products offered and ensures that they are under optimal conditions for consumption. To help in this process is a necessary technological tool capable of providing tracking to available accurate information about the entire process of manufacturing and distribution the product, from production to the final consumer. An innovative tool that can be used is RFID (Radio Frequency IDentification), this technology allows objects are identified automatically using radio frequency. RFID is being used in potentially different market segments and is a potential tool for optimizing processes to reduce costs and maximize profits. This conclusion of course work focused as main propose an architecture of high-level communication for a system to aggregate information with RFID technology to track chickens, architecture brings together all relevant information to the production process and distribution in a single database, this way, in combination with RFID, provides traceability and control of the commodity to the participants involved in the life cycle of the product. Keywords: RFID (Radio Frequency IDentification), tool technology, food tracking, radio frequency, safety in production. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 3.1 - Funcionamento do Sistema RFID ..........................................................18 Figura 3.2 - Diferentes tipos de Tags e Readers .......................................................22 Figura 3.3 - Leitor UHF RFID.....................................................................................25 Figura 3.4 – Estrutura da TAG ..................................................................................26 Figura 3.5 – Etiquetas inteligentes ou Smart Labels .................................................28 Figura 3.6 – Etiquetas inteligentes de bagagens .......................................................29 Figura 3.7 – Arquitetura Middleware ..........................................................................33 Figura 3.8 – Modelo de Circuito RFID: Padrão Único ................................................39 Figura 4.1 – Operações do Sistema em Cada Estágio ..............................................53 Figura 4.2 – Arquitetura Interna .................................................................................55 Figura 4.3 – Arquitetura Externa ................................................................................56 Figura 4.4 – Consulta de Informações pelo o ID numérico ........................................58 Figura 4.5 – Consulta de Informações pela etiqueta RFID ........................................58 Figura 4.6 – Arquitetura em toda a cadeia.................................................................59 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................10 2 RASTREABILIDADE .............................................................................................12 2.1 Contexto ..........................................................................................................13 2.2 Importância ......................................................................................................14 2.3 Legislação .......................................................................................................15 2.3.1 Legislação no Brasil .................................................................................16 3 A TECNOLOGIA RFID ...........................................................................................17 3.1 Histórico RFID .................................................................................................19 3.2 Componentes de um sistema RFID.................................................................21 3.2.1 Antena .....................................................................................................22 3.2.2 Leitor ........................................................................................................23 3.2.3 Tags .........................................................................................................25 3.2.3.1 Tag Passiva ......................................................................................29 3.2.3.2 Tag Ativa ...........................................................................................30 3.2.4 Controlador ou Middleware ......................................................................31 3.3 Segurança .......................................................................................................34 3.4 Protocolo .........................................................................................................35 3.5 Faixa Freqüências Utilizadas ..........................................................................36 3.6 Vantagens e Desvantagens ............................................................................36 3.7 Utilização da Identificação por Radiofreqüência no Brasil ...............................38 3.7.1 Projeto Brasil-ID para rastreamento de Mercadorias ...............................39 3.8 O Futuro do RFID ............................................................................................41 3.9 Tendências ......................................................................................................42 4 ARQUITETURA PROPOSTA ................................................................................44 4.1Rastreabilidade Alimentar Atual .......................................................................44 4.2 Exigências para aplicar o RFID na rastreabilidade ..........................................44 4.3 Concepção do Sistema ...................................................................................45 4.3.1 Rastreabilidade Interna ............................................................................47 4.3.2 Rastreabilidade Externa ...........................................................................49 4.3.3 Rastreabilidade em toda a cadeia ............................................................52 5 CONCLUSÃO ........................................................................................................53 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................54 10 1 INTRODUÇÃO Atualmente, a segurança alimentar se tornou uma preocupação primária a nível global, para fornecer a devida segurança, a rastreabilidade e monitoramento podem ser considerados fatores-chave no setor alimentar. Melhoria na detecção e acompanhamento sem perder a privacidade dos dados é requerida tanto pela legislação quanto pelas organizações de consumidores (BERNARDI, 2007). Um sistema de rastreabilidade pode levar a muitos benefícios, tais como: a retirada rápida do produto, proteção do consumidor, minimização de impacto financeiro, melhora a confiança do consumidor, maior eficiência, fornece informações sobre feedback, logísticos e de qualidade interna, informações para empresas, consumidores e autoridades. Em muitos países os sistemas de rastreabilidade são obrigatórios para empresas na cadeia alimentar, embora as regras sobre rastreabilidade e informações dos rótulos dos alimentos podem mudar de acordo com o país. No exterior, a Europa enfrentava problemas de segurança relacionados à crise da vaca louca, alguns fazendeiros tomaram a iniciativa de utilizar o RFID como ferramenta para oferecer rastreabilidade total e segurança no alimento ofertado (HOLMO, 2005). A tecnologia RFID, por exemplo, tem seu uso prático na cadeia produtiva de carne bovina, onde é utilizada no gerenciamento das propriedades rurais, na alimentação automática e no registro de dados como identificação eletrônica desde os anos 70, também surgiu como solução para sistemas de rastreamento e controle de acesso nos anos 80. Pelo fato de haver deficiência nos sistemas de rastreabilidade atuais, percebe-se que há necessidade da utilização de um sistema que forneça total rastreabilidade e monitoramento, que possa servir de apoio na disponibilização de informações precisas e confiáveis sobre todo processo de produção desde a matéria prima até o consumidor final. A tecnologia inovadora RFID é uma forte ferramenta para auxiliar no processo de rastreamento alimentar, pode ser potencialmente utilizada na rastreabilidade de qualquer mercadoria, principalmente na produção agropecuária e no varejo de alimentos (RIBEIRO, 2008). 11 RFID é uma tecnologia madura, na última década suas aplicações aumentaram em número e difusão, devido à alta redução dos seus custos. Quanto à gestão da cadeia de suprimentos, RFID pode ser adequadamente utilizado para gerenciamento de rastreabilidade (GANDINO, 2009). Este trabalho de conclusão de curso teve como foco principal propor uma arquitetura de comunicação de alto nível para um sistema de informação agregado com a tecnologia RFID para o rastreamento de frangos, a arquitetura visa reunir todas as informações relevantes ao processo produtivo e de distribuição em um único banco de dados, desta forma, em combinação com a tecnologia RFID, oferece rastreabilidade e controle das mercadorias ao envolvidos que participam do ciclo de vida do produto. Este trabalho foi desenvolvido sob a metodologia de pesquisa bibliográfica, onde foram selecionados conteúdos relevantes ao assunto, utilizando artigos científicos, periódicos e e-books disponibilizados na internet. Este trabalho está organizado em 5 capítulos, o primeiro descreve uma introdução. O segundo capítulo aborda assuntos inerentes a rastreabilidade, seus conceitos, importância, contextos e legislação. O terceiro relata sobre a tecnologia RFID, onde é feita uma abordagem histórica, define conceitos, componentes, formas de alimentação, freqüências utilizadas, situação atual no cenário. No quarto capítulo é proposta uma arquitetura de comunicação de um sistema de informação para rastreabilidade interna e externa de frangos trabalhando em conjunto com a tecnologia RFID e por fim, no quinto e último capítulo é feita a conclusão. 12 2 RASTREABILIDADE Segundo a norma ISO 84021, a rastreabilidade consiste na capacidade de traçar o histórico, a aplicação ou a localização de um item através de informações previamente registradas. De acordo com HOLMO (HOLMO,2005), rastreabilidade também por ser definida como um grupo de ações técnicas, medidas e procedimentos que permite conhecer o produto desde a sua origem até o final da sua cadeia, passando por todos os processos de produção intermediários. A rastreabilidade permite não somente apontar a origem do produto, mas também mostrar o caminho que ele percorreu, incluindo todos os processos a que foi submetido. A exigência do registro do histórico de um produto está se alastrando por outros setores da economia brasileira. A empresa Paripassu que é especializada em rastreamento, explica que os acordos internacionais estão cada vez mais exigentes quando o assunto é rastreamento. Nos últimos anos, especificamente, a partir dos problemas ocorridos com a doença da vaca louca em 2005, o mercado nacional e internacional tem exigido maior controle dos processos produtivos do sistema agroindustrial. "A prática do controle da produção aplicada há tempos nos produtos industrializados tem migrado a passos velozes na direção da produção e distribuição dos produtos in natura"(BIO DIGITAL, 2010). Em geral, empresas de sucesso enxergam a rastreabilidade como uma necessidade independente da tecnologia para cumprir regulamentações específicas ou requisitos de clientes. Nestas empresas a rastreabilidade de tornou uma ferramenta para a redução dos riscos ao consumidor, proteção da marca e gestão dos riscos relacionados à distribuição e consumo de produtos inadequados (insumos fora de especificação, problemas no processo de fabricação, alterações atípicas, adulterações, falsificações), o que melhora seus resultados e minimiza perdas e custos com eventuais recalls2 e indenizações (BRONZATTO, 2009). 1 2 Gestão da qualidade e garantia da qualidade – Terminologia. É uma solicitação de devolução de um lote ou de uma linha inteira de produtos feita pelo fabricante do mesmo. Geralmente isso ocorre pela descoberta de problemas relativos à segurança do produto. 13 Um sistema de identificação e rastreabilidade deve constituir um conjunto de práticas passíveis de adoção por diversos setores da economia para disponibilizar todas as informações essenciais sobre seus produtos desde as matérias-primas utilizadas na elaboração, passando pelo transporte, até o momento em que os produtos são vendidos ou chegam ao consumidor final. Neste sentido, Juran & Gryna (JURAN;GRYNA, 1992) apontam diversas finalidades da rastreabilidade, tais como: · assegurar que apenas materiais e componentes de qualidade entrem no produto final; · identificar clara e explicitamente produtos que são diferentes, mas que se parecem a ponto de serem confundidos entre si; · permitir o retorno de produto suspeito numa base precisa e · localizar falhas e tomar medidas corretivas a preço mínimo. Para Vinholis Azevedo (Vinholis, 2000), um sistema de rastreabilidade, seja ele informatizado ou não, permite seguir e rastrear informações de diferentes tipos, podendo ser referente ao processo, produto, pessoal e ou serviço. A rastreabilidade permite ter um histórico do produto, sendo que a complexidade do conteúdo deste histórico dependerá do objetivo a que se pretende alcançar. Esse objetivo pode ser influenciado pelas estratégias adotadas e pelo ambiente externo em que a empresa está inserida. A rastreabilidade não pode ser separada dos processos logísticos, internos, de segurança ou programas de qualidade, temos que considerá-la como parte integrante de todo o processo de negócio, devendo fazer parte da estrutura organizacional e envolvendo diversas áreas da empresa, além de fornecedores, parceiros logísticos e comerciais, o que aumenta a complexidade da implementação de sistemas de rastreabilidade (BRONZATTO, 2009). 2.1 CONTEXTO As normas técnicas impostas ao comércio de produtos agrícolas foram geradas devido aos recentes acontecimentos com contaminação de alimentos, o 14 que está ocasionando constante crescimento na implantação de sistemas de identificação e rastreabilidade. No entanto, a busca por oportunidades de diferenciação de mercado e, em alguns casos, associação de valor aos produtos, também são motivações para adoção voluntária de sistemas de qualidade, identificação e rastreabilidade de produtos agroindustriais (LEONELLI, 2004). Regulamentações específicas foram criadas para garantir a rastreabilidade de produtos envolvendo a aquisição de matéria-prima, fabricação, distribuição e comercialização. No setor de carnes, no qual o Brasil vem sofrendo restrições recentes para exportação por problemas no sistema de rastreabilidade nacional, estes regulamentos exigem que os países exportadores forneçam a identificação individual dos animais; o registro de todos os dados sobre criação, alimentação e vacinas; o passaporte animal e a manutenção, nas propriedades, de registros sobre as ocorrências relevantes na vida do animal. Do frigorífico, é exigida a etiquetagem dos cortes, que deve permitir a ligação entre os cortes e o animal que gerou estes cortes ou lote de animais (BONZATTO, 2009). 2.2 A IMPORTÂNCIA Para Machado (Machado, 2000) a rastreabilidade também assume importância estratégica para a indústria de alimentos e para o segmento de distribuição, por representar: a) um diferencial de competitividade; b) fortalecer a imagem institucional da empresa; c) auxiliar no posicionamento da marca no mercado; d) estimular a concorrência através da diferenciação da qualidade; e) estreitar a relação com os fornecedores e contribuir para a construção de estratégias competitivas da empresa e, com isso, definir a estrutura de coordenação vertical. Em âmbito institucional, os sistemas de identificação e rastreabilidade auxiliam na minimização de riscos de contaminação, facilita à localização do foco de problemas, tranqüiliza a população e dá credibilidade ao próprio Estado. O Brasil precisa agregar aos seus produtos padrões inquestionáveis de controles de qualidade e de rastreabilidade. Isto implica, porém, que todos os participantes das cadeias produtivas - fornecedores, fabricantes, distribuidores, operadores logísticos, varejistas e governo - trabalhem em conjunto. O uso da tecnologia da informação e a automação de processos são ferramentas fundamentais para garantir a confiabilidade dos sistemas de rastreabilidade. Esta é a 15 receita de sucesso utilizada na Europa, que pode e deve ser aprimorada no Brasil (BRONZATTO, 2009). 2.3 LEGISLAÇÃO O regulamento (CE)1 178/2002 trata sobre a questão de rastreabilidade alimentar, onde é definida no art. 3º, item 15, como segue abaixo: (Regulation (EC), 2002) A capacidade de detectar a origem e de seguir o rasto de um gênero alimentício, de um alimento para animais, de um animal produtor de gêneros alimentícios ou de uma substância, destinados a ser incorporados em gêneros alimentícios ou em alimentos para animais, ou com probabilidades de o ser, ao longo de todas as fases da produção, transformação e distribuição. No mesmo artigo, no item 16 relata sobre uma fase a ser rastreada: Fases da produção, transformação e distribuição", qualquer fase, incluindo a importação, desde a produção primária de um gênero alimentício até a sua armazenagem, transporte, venda ou fornecimento ao consumidor final e, quando for o caso, a importação, produção, fabricação, armazenagem, transporte, distribuição, venda e fornecimento de alimentos para animais. Já na rastreabilidade de bovinos foi estabelecido o regulamento CE 1760/2000, que determina que seja seguido um regime de identificação e registro, incluindo: - Marcas auriculares2 com código único de identificação; - Base de dados informatizada para registro e controle; - Passaporte de animais, para o comércio intracomunitário; - Registro individuais mantidos na propriedade; 1 Comunidade Européia 2 Refere-se à região da orelha. 16 Determina ainda, o Regulamento CE 1760/2000, que na rotulagem obrigatória da carne bovina, deve-se assegurar uma relação entre as peças de carne e o animal específico, utilizando na composição do código de barras um número de referência que deve conter os dígitos da identificação individual do animal. No caso da rotulagem facultativa, o regulamento prevê a rejeição da carne que não assegurar a relação entre as peças e o animal específico, isto é, identificado individualmente, sob pena de imposições suplementares ou a retirada da aprovação do produto. 2.3.1 LEGISLAÇÃO NO BRASIL A lei 12.097 de 24 de novembro de 2009 dispõe sobre o conceito e a aplicação de rastreabilidade na cadeia produtiva das carnes de bovinos e de búfalos. No Art. 2 relata sobre a rastreabilidade: A rastreabilidade de que trata esta Lei é a capacidade de garantir o registro e o acompanhamento das informações referentes às fases que compõem a cadeia produtiva das carnes de bovinos e de búfalos, permitindo seguir um animal ou grupo de animais durante todos os estágios da sua vida, bem como seguir um produto por todas as fases de produção, transporte, processamento e distribuição da cadeia produtiva das carnes de bovinos e de búfalos. No Art. 4, parágrafo 1º trata o seguinte: Poderão ser instituídos sistemas de rastreabilidade de adesão voluntária que adotem instrumentos adicionais aos citados no caput, e as suas regras deverão estar acordadas entre as partes. No Art. 8, explica sobre o cumprimento das regras de rastreabilidade: A autorização de importação de animais e produtos de origem animal de que trata esta Lei fica condicionada à comprovação pelo importador de que foram cumpridas as regras de rastreabilidade do país de origem e que essas normas sejam pelo menos equivalentes ao disposto nesta Lei. 17 3 A TECNOLOGIA RFID RFID é a abreviação de Radio Frequency Identification – Identificação por Radiofreqüência, surgida inicialmente como solução para sistemas de rastreamento e controle de acesso na década de 80 quando o MIT1, juntamente com outros centros de pesquisa, iniciou o estudo de uma arquitetura que utilizasse os recursos das tecnologias baseadas em radiofrequência para servir como modelo de referência ao desenvolvimento de novas aplicações de rastreamento e localização de produtos. Desse estudo, nasceu o Código Eletrônico de Produtos - EPC (Electronic Product Code) onde foi definido uma arquitetura de identificação de produtos que utilizava os recursos proporcionados pelos sinais de radiofreqüência, chamada posteriormente de RFID (SANTANA, 2005). A identificação por radiofrequência é um termo genérico que é usado para descrever um sistema que possui a capacidade de transmitir a identidade (na forma de um único número de série) de qualquer entidade utilizando-se de ondas eletromagnéticas dispensando o uso de fios para o processo de identificação. Os sistemas de identificação por rádio freqüência são destinados para identificação de etiquetas eletrônicas (tags) com a utilização de Leitores (Readers) em um ambiente aberto onde não é necessário nem o contato visual e nem físico para que seja feita a comunicação entre os dispositivos. As etiquetas eletrônicas conseguem armazenar muito mais informações que o código de barras, no entanto, um grande diferencial é que essas etiquetas possuem um número de série único chamado de código do produto eletrônico ou EPC (Electronic Product Code), isto permite o rastreamento de itens individuais. Ao contrário do código de barras, as etiquetas eletrônicas RFID não precisam estar em proximidade ou na linha de visão para identificar itens, essas etiquetas podem ser 1 MIT – (Massachusetts Institute of Tecnnology) – é um instituto privado de pesquisa localizado em Cambrigde Massachusetts. 18 encaixadas dentro de pacotes, dependendo do tipo de etiqueta e aplicação, pode ser lido em uma escala variando de distâncias. A figura abaixo demonstra o funcionamento da tecnologia RFID. Figura 3.1: Funcionamento do Sistema RFID Fonte: RR Etiquetas Pode-se observar na figura 3.1 a execução das seguintes ações: 1. O tag entra no campo de rádio freqüência. 2. O sinal de rádio freqüência energiza o tag. 3. O tag transmite seu ID + dados. 4. A leitora captura os dados. 19 5. A leitora envia dados ao computador. 6. O computador determina as ações. 7. O computador envia dados pela leitora para gravar no tag. Um dispositivo de RFID pode variar de tamanho dependendo da entidade que será anexado, por exemplo, pequenos produtos individuais teriam menores dispositivos, considerando os itens de grande porte teria provavelmente um maior dispositivo de RFID a elas associadas. Esses dispositivos transmitem em escalas de Kilohertz, Megahertz e Gigahertz, as etiquetas podem ter sua própria energia ou derivam sua energia das ondas de radio freqüência providas dos leitores. Esta tecnologia que é relativamente nova já está mudando a forma de funcionamento de vários segmentos dos mercados. A primeira vista esta tecnologia parece simples de ser implementada, porém esta afirmação não é verdadeira, o RFID exige o desenvolvimento de sistemas distintos, aplicativos e infra-estrutura de rede com alto grau de complexidade, implicando em uma análise de propagação do rádio, técnicas de produção de circuitos integrados, design e receptor de dados de mecanismos de codificação, criptografia leve e protocolos de segurança, a descoberta de rede e serviços de informação, somente para citar alguns das inúmeras características que estão envolvidas para o desenvolvimento de sistemas completos de RFID (ROUSSOS, 2008). 3.1 HISTÓRICO DO RFID Os marcos históricos descritos nesta sessão são baseados em publicações do RFID Journal (RFID Journal, 2005). A tecnologia de identificação por rádio frequência teve suas origens na segunda guerra mundial. Os alemães, japoneses, americanos e britânicos estavam usando o radar, que havia sido descoberto em 1935 pelo físico escocês Sir Robert Alexander Watson-Watt, para avisar da aproximação aviões enquanto eles ainda estavam quilômetros de distância, o problema era que não havia maneira de identificar quais aviões eram inimigos ou amigos. Os alemães descobriram que se os pilotos girassem seus aviões quando estivessem retornando à base, iria mudar o sinal de rádio refletida de volta. Este 20 método simples alertava os técnicos responsáveis pelo radar que se tratava de aviões alemães e não os aviões aliados. De acordo com Watson-Watt, que liderou um projeto secreto, os ingleses desenvolveram o primeiro sistema ativo para identificar quem era amigo ou inimigo. Foi colocado um transmissor em cada avião britânico, quando recebiam sinais das estações de radar no solo, começavam a transmitir um sinal que identificava o aeroplano como amigo. Os sistemas RFID funcionam no mesmo conceito básico: Um sinal é enviado a um transponder, que é acionado e reflete de volta o sinal (sistema passivo) ou transmite seu próprio sinal (sistema ativo). Avanços nos sistemas de radar e de comunicações de radio frequência continuou até os anos 1950 e 1960. Cientistas e acadêmicos nos Estados Unidos, Europa e Japão fizeram uma pesquisa e apresentaram como a energia de radio frequência pode ser utilizada para identificar objetos remotamente. As empresas começaram a comercializar sistemas anti-roubo que usavam a tecnologia para determinar se um item havia sido pago ou não. Etiqueta eletrônica de vigilância, que ainda são usados em embalagens de hoje, têm uma marca de 1 bit, onde o bit é ligado ou desligado. Se alguém pagar pelo o item, o bit está desligado e a pessoa pode sair da loja normalmente. Mas se a pessoa não paga e tenta sair da loja, os leitores na porta detectam o tag e soa um alarme. Mario W. Cardullo afirma ter recebido a primeira patente de uma etiqueta RFID ativa com memória regravável em 23 de janeiro de 1973, nesse mesmo ano, Charles Walton, um empreendedor da Califórnia, recebeu a patente para um transponder passivo utilizado para destravar uma porta sem chave onde um cartão com um transponder embutido emitia sinais para um leitor localizado perto da porta, quando o leitor detectava um número de identificação válido armazenado na etiqueta RFID o mesmo destravava a porta imediatamente. Por volta de 1970 o governo dos Estados Unidos também fazia suas pesquisas em RFID. O departamento de energia solicitou ao Laboratório Nacional Los Alamos para desenvolver um sistema de rastreamento de materiais nucleares de segurança. Eram colocadas as etiquetas eletrônicas nos caminhões transportadores e leitores posicionados estrategicamente nos locais de acesso permitidos para receber esses materiais, o leitor receberia o sinal da etiqueta eletrônica que por sua vez enviaria seu identificador único autorizando o acesso. 21 Este sistema foi comercializado no meio dos anos 80 para automatizar praças de pedágio nos Estados Unidos, sistema muito utilizado até hoje. A pedido do Departamento de Agricultura, Los Alamos também desenvolveu uma etiqueta RFID passiva para rastrear bovinos, o problema era que as vacas estavam recebendo hormônios e medicamentos quando estavam doentes. Mas era difícil fazer cada vaca com certeza tem a dose certa e não foi dada duas doses acidentalmente. Los Alamos veio com um sistema RFID passivo que utilizou ondas de rádio UHF1 (Ultra High Frequency), o dispositivo era energizado pelo sinal emitido pelo leitor e simplesmente refletia de volta um sinal modulado para o leitor usando uma técnica conhecida como backscatter2. No começo da década de 90, engenheiros da IBM3 desenvolveram e patentearam um sistema de RFID baseado na tecnologia UHF (Ultra High Frequency). O UHF oferece um alcance de leitura muito maior e rapidez na transferência de dados. Apesar de realizar testes com a rede de supermercados Wal-Mart, não chegou a comercializar essa tecnologia. Em meados de 1990, devido a problemas financeiros, a IBM vendeu a sua patente para a Intermec4 (Intermec, 2010), um provedor de sistemas de código de barras. Posteriomente, o sistema de RFID da Intermec tem sido instalado em inúmeras aplicações diferentes, desde armazéns até o cultivo. Mas a tecnologia era muito cara se comparada ao pequeno volume de vendas (RFID Journal, 2005). 3.2 COMPONENTES DE UM SISTEMA RFID Os sistemas RFID são constituídos basicamente por quatro principais componentes: Antena (Antenna), Leitor ou Interrogador (Reader ou Transceiver), 1 É a sigla para o termo em inglês Ultra High Frequency , que significa Frequência Ultra Alta. 2 Reflexão de ondas, partículas e sinais de volta da direção que eles vieram. 3 É a sigla para o termo em inglês International Business Machines, empresa estadunidense voltada para a área de informática 4 Grande fabricante e fornecedor mundial de equipamentos automatizados de identificação e captura de dados, sua sede está localizada em Everett, WA, Estados Unidos. 22 Etiqueta Eletrônica (Tag), e Middleware, a figura 3.2 ilustra os diversos tipos de TAGs e Readers que podem ser utilizados em um sistema RFID. A figura 3.2 demonstra um modelo do funcionamento de um sistema RFID, onde pode possuir diferentes tipos de etiquetas e leitores que são interconectados em um servidor local (Local Server) que através de um Middleware envia estas informações para um sistema ERP1 (Enterprise Resource Planning). Figura 3.2: Diferentes tipos de TAGs e Readers Fonte: Foodylife 3.2.1 ANTENA A antena tem a função de fazer com quê a etiqueta eletrônica possa receber ou enviar as informações ao leitor. Existem antenas em diversos tamanhos e formatos que possuem por sua vez configurações e características diferentes, cada 1 São sistemas de informação que integram todos os dados e processos de uma organização em um único sistema 23 uma com sua particularidade. De acordo com a Itermec (Intermec, 2010), as antenas RFID fornecem uma ligação vital entre o leitor e a etiqueta eletrônica, servindo como canal que move os dados para trás e para frente. Existem soluções onde a antena, o leitor e o decodificador estão no mesmo aparelho, recebendo o nome de "leitor completo”. Além disso, muitos leitores são feitos com uma interface adicional que permite a ele enviar os dados recebidos a outro sistema. Quando a etiqueta eletrônica passa pela área de cobertura da antena, o campo magnético é detectado pelo leitor. O leitor então decodifica os dados que estão codificados na etiqueta eletrônica, passando-os para um computador realizar o processamento (SANTANA, 2005). 3.2.2 LEITOR Também conhecido Reader ou interrogador (Transceiver), o leitor envia o sinal eletrônico e energiza o transponder solicitando a informação, onde o mesmo envia o sinal de volta para o leitor com as informações contidas no circuito eletrônico. Transmite energia por meio de ondas eletromagnéticas através de suas antenas a uma etiqueta eletrônica próxima que captura esta onda e a converte em energia, esta energia é usada para transmitir de volta sua identidade (armazenada internamente) captada pelas antenas do interrogador que recebe a identificação e a envia para outros subsistemas. O leitor também é amarrado (fisicamente ligado ao acumulador de dados como portáteis ou balanças) ou transmite dados para o acumulador sem fio. Unidades de leitores são geralmente compostos de um transmissor / receptor, antenas, unidade de controle, unidade de potência, o elemento de acoplamento e uma interface eletrônica que lhe permite comunicar-se com o acumulador de dados (Beef Magazine, 2003). Os acumuladores de dados são dispositivos, tal como um computador portátil, uma cabeça da balança eletrônica ou um computador de mão, que é capaz de se comunicar com um leitor e aceitar as informações dele. Dependendo da aplicação e da tecnologia utilizada, alguns leitores não executam somente a função de leitura, mas também possuem a capacidade de 24 gravar informações nas etiquetas eletrônicas. Para a maioria das etiquetas de baixo custo, o poder de ativar o microchip da etiqueta eletrônica é provido pelo leitor através da antena quando a etiqueta eletrônica está na zona de interrogação do leitor (IDTechEx, 2004). Os leitores podem possuir antenas internas ou externas. Leitores com antenas externas podem ter uma ou mais portas para conexão de antenas (os leitores mais novos possuem têm até oito portas). Os leitores também podem ter portas de entrada e saída para conexão com dispositivos externos. Uma porta de entrada pode ser conectado a uma célula fotoelétrica que é executado no leitor quando algo quebra seu feixe. Uma porta de saída pode se conectar a um controlador lógico do programa, classificador de transporte ou outro dispositivo controlado pelo leitor. Os leitores também possuem portas para conectar-se a um computador ou rede. Os leitores mais velhos usam portas seriais e o mais novos possuem Ethernet, Wi-Fi ou USB. O preço do leitor depende de suas características e funcionalidades, a lista de leitores podem não incluir o preço das antenas e cabos. Também deve se considerar o preço de instalação de leitores e o preço de instalação de cabos elétricos em áreas onde os leitores poderão ser instalados (RFID Journal,2005). O leitor opera pela emissão de um campo eletromagnético (radiofreqüência), que é a fonte que alimenta a etiqueta eletrônica, que por sua vez, responde ao leitor com o conteúdo de sua memória. Ao contrario do leitor tradicional de códigos de barras, o leitor não precisa de campo visual para realizar a leitura das informações contidas na etiqueta eletrônica, tendo a capacidade de ler através de diversos materiais como plásticos, madeira, vidro, papel e até cimento. Suas partes físicas integrantes são a antena, o controlador e interface de rede. Como o leitor se comunica com as tags usando radiofrequência, uma parte fundamental de sua estrutura é a antena. Sua funcionalidade pode variar de acordo com o fornecedor, alguns usam a mesma antena tanto para enviar, quanto para receber a informação, outros usam antenas independentes, sua aplicabilidade varia de acordo com a aplicação (SANTANA, 2005). 25 A figura abaixo é de um leitor RD7950 UHF RFID de 900mhz, em conformidade com o EPC disponível para todos os dispositivos de mão robustos. Figura 3.3: Leitor UHF RFID Fonte: Logismarket 3.2.3 TAGS É o elemento responsável pela identificação do sistema de RFID. A Tag também pode ser chamada de transponder, sendo que tag é o nome mais comum para este componente. A tag é basicamente composta por três componentes básicos: Antena, circuito integrado e encapsulamento, com a junção dos três é formada a tag, onde o principal componente da tag é o chip, pois ele controla a comunicação com o leitor, a figura 3.4 ilustra a estrutura da tag (JUNIOR, 2006). 26 3.4: Estrutura da TAG Fonte: (JUNIOR, 2006. pag 11) A união do circuito integrado com a antena é denominada de Inlay, sua montagem é feita por poucas empresas que dominam essa tecnologia porque o processo de junção entre a antena e o chip é muito complexo, atualmente estão se investindo cada vez mais para a redução dos custos que os envolvem para que viabilize a inserção no mercado com baixo custo e possibilite os fabricantes expandir as opções, atendendo assim uma maior variedade de aplicações. As funcionalidades básicas dos circuitos integrados fabricados para sistema RFID são: sistemas de armazenamento de energia, o acesso a memória e a transmissão de dados. Os circuitos mais recentes incorporam um sistema chamado anticolisão, onde é possível a leitura de diversos transponders ao mesmo tempo. A antena que também faz parte do Inlay é um componente que apresenta o diferencial de desempenho da tag com relação aos vários que são fabricados. Exemplificando, Tags que possuem duas antenas não dependem de polarização da antena que é utilizada, é importante saber que não existem fabricantes de apenas antenas, na verdade os fabricantes de Inlay fazem o projeto e a fabricação da antena (SANTANA, 2005). 27 A função do encapsulamento é fazer com que o inlay produzido tenha resistência ao meio físico, aderir o item que será identificado, suporte mecânico, acomodação para bateria e sensores caso o sistema seja ativo, receber identificação externa, propor proteção contra impactos, superfície para impressão e muitas outras características que somadas à identificação por radiofreqüência transforma a tag em um identificador com diversas funcionalidades. O encapsulamento de tags RFID executa várias funções muito úteis, incluindo a proteção do ambiente e processos de negócio, cria os deslocamentos necessários para montagem em metal e outros materiais. De particular importância é que a embalagem deve ser compatível com a freqüência de rádio de desempenho da Tag. A tag RFID é muitas vezes confundida com uma etiqueta RFID. Uma tag é um transponder montado sobre um substrato1. Ele pode ser incorporado em embalagens ou preso com adesivo. Uma etiqueta RFID é um transponder imprensada entre uma camada de cola e papel, que pode ser impresso (RFID Journal, 2005). Cada tag tem sua particularidade com relação à maneira de armazenamento dos dados e o modo de comunicá-los. É muito importante entendermos o que eles têm em comum e como eles são classificados (JUNIOR, 2006). Existem apenas duas características que são universais a todas as tags: eles são anexados aos produtos para identificação e são capazes de transmitirem informações através de ondas de rádio. Existem outras capacidades, mas estas não são universais como a possibilidade de serem desligados por um comando e nunca mais responderem a um interrogador, a capacidade de serem graváveis (uma ou mais vezes), tem protocolos de anti-colisão, criptografia e o mais importante que é seguir padrões de mercado. Com relação à distância em que a tag pode ser lida, um série de fatores influenciam o alcance de leitura. A freqüência utilizada para a identificação, o ganho da antena, a orientação e polarização da antena do leitor, bem como o posicionamento da tag sobre o objeto a ser identificado, todos eles terão um impacto no alcance de leitura do sistema RFID. 1 É todo suporte que irá receber uma impressão, seja no método convencional ou digital. 28 As tags podem ser categorizadas como ativas e passivas. As tags ativas possuem bateria própria que tem por finalidade alimentar os circuitos de transmissão e fazer a alimentação no processo de comunicação com o leitor, diferentemente das tags passivas não possuem bateria sendo que toda a energia necessária para a alimentação e comunicação das tags e gerada a partir dos leitores de RFID (SANTANA, 2005). Embora ambos estejam dentro do escopo do nome RFID, as tags ativas e passivas, possuem fundamentalmente tecnologias diferentes. Enquanto os dois empreguem ondas eletromagnéticas para fazer a comunicação com o leitor, o método de energização é diferente. As tags ativas utilizam uma fonte interna de energia (bateria) para alimentar continuamente seu circuito radiotransmissor, em contraste com os passivos que contam com a energia da onda eletromagnética incidente para funcionar (GTA, 2009). As tags podem ser utilizadas para diversas finalidades, a figura 3.5 ilustra a Tag de RFID fixada em material de papel para o rastreamento de drogas. 3.5: Etiquetas inteligentes ou Smart Labels Fonte: http://www.hightechaid.com/tech/rfid/rfid_technology.htm 29 Também conhecidas como Smart Labels, os transponders operam normalmente com freqüência de 13.56MHz. Possuem uma ampla variedade de formatos de etiquetas, podendo ser customizadas de acordo com a aplicação. A figura 3.6 demonstra etiquetas utilizadas para identificar bagagens em aeroportos. 3.6: Etiquetas inteligentes de Bagagem Fonte: http://www.acura.com.br/prod_etiqueta.php 3.2.3.1 TAG PASSIVA Tags que possuem como fonte de energia, o próprio sinal emitido pelo leitor RFID e tendem a apresentar dimensões reduzidas e valores significantemente inferiores aos das tags ativas (RFID Systems, 2010). A tag passiva possui um circuito integrado eletrônico e um capacitor, que captura e utiliza a energia do leitor para enviar um sinal de volta com as informações contidas na etiqueta eletrônica. Os circuitos eletrônicos podem ser programados como Only/Read (Somente Leitura), o que significa que as informações contidas no chip - no caso, um número exclusivo de 12 dígitos - só podem ser lidos. Também podem ser programados como 30 Read/Write (Leitura/Gravação), que permite que a informação possa ser adicionada, transferida e armazenada remotamente (Beef Magazine, 2003). O tag possui uma memória onde são armazenados os dados, a capacidade da memória varia conforme o tipo de chip, estes dados são enviados ao leitor quando o chip é ativado pelo campo eletromagnético. O custo de uma tag passiva depende da sua frequência, a quantidade de memória, design da antena e embalagens ao redor do transponder. As tags passivas geralmente variam de 20 centavos pelas mais simples compradas em grande volume e vários dólares para um transponder embutido em um chaveiro ou caixa de plástico, para proteger a tag de frio, calor ou substâncias químicas. Um transponder de RFID em um rótulo de transferência térmica que pode ser usado para impressão de códigos de barras normalmente é de 40 centavos ou mais (RFID Journal, 2005). As Tags passivas são mais baratas que as ativas e possuem teoricamente uma vida útil ilimitada. As tags passivas geralmente são do tipo só leitura (readonly), usados para curtas distâncias e requerem um leitor mais completo que possui maior potência (GTA, 2008). As principais características das tags passivas são: (JUNIOR, 2006). ü Distância de leitura de até 10 metros; ü Possuem dimensões reduzidas, podendo ter a espessura de uma folha de papel; ü Vida útil teoricamente infinita; ü Mais suscetíveis a interferências eletromagnéticas; ü Baixo custo ü Normalmente, as capacidades variam entre 64bits e 8kilobits. 3.2.3.2 TAG ATIVA Tags que possuem bateria interna, característica que permite alcançar elevadas distâncias de leitura. Estas tags são utilizadas, principalmente, para o rastreamento de itens de alto valor agregado e apresentação dimensões e custos superiores aos das tags passivos (RFID Systems, 2010). 31 São alimentados por uma bateria interna e tipicamente são de armazenamento e leitura, ou seja, pode ser atribuída (re-escrita ou modificada) uma nova informação a tag. O custo das tags ativas são maiores que as tags passivas, além de possuírem uma vida útil limitada de no máximo 10 anos (GTA, 2008). As principais características dos sistemas RFID ativos são: ü Grandes distâncias de leituras (até 300 metros); ü Possuem dimensões elevadas se comparadas com as de tags passivas (devido à presença de bateria). ü Capacidade de utilização de sensores pelas tags; ü Alta velocidade de resposta (até 220 Km/h); ü Tempo de vida útil determinado (até dez anos); ü Custo elevado Existem aplicações onde somente as tags ativas atendem as necessidades por estas demandadas. As principais delas são: controle de ativos de alto valor, controle de pedágio de veículos, controle de temperatura para caminhões frigoríficos. 3.2.4 CONTROLADOR OU MIDDLEWARE Os controladores ou middleware são uma classe específica de software que oferece diversas funcionalidades. O middleware atua como um filtro de dados, eliminando leituras duplicadas, e adequando estes dados à estrutura do sistema central, de forma a manter a confiabilidade dos registros (RFID Systems, 2010). RFID middleware, é a camada de software que possibilita alavancar os aplicativos corporativos de identificação por rádio frequência, integrando-os com os dados recebidos pelos dispositivos RFID. Hoje, o middleware pode ser executado em um computador dedicado a cada uma das instalações em que os leitores RFID são implantados, em cada leitor ou em um aparelho de rede onde a tecnologia é utilizada. Essas soluções são freqüentemente chamados de "Edgeware", porque eles são implantados perto da borda da rede, por exemplo, uma fábrica ou centro de 32 distribuição. Middleware também pode ser implantado em um centro de dados com uma rede de área ampla (WAN) para se comunicar com os leitores onde há prós e contras de cada opção de implantação. As três principais funções de middleware de RFID podem ser classificados como: Integração de dispositivos - Ligação a dispositivos, comunicando com eles nos seus protocolos e interpretando os dados. Filtragem - É feita a eliminação de dados duplicados ou lixo eletrônico, que pode resultar de uma variedade de fontes para exemplo, a mesma tag que está sendo lida de forma contínua, ou picos ou leituras fantasmas causadas por interferência. Aplicações de alimentação - Informações relevantes na base recolhida a partir dos dispositivos após executar adequadamente todas as conversões (RFID Journal, 2010). Em geral, o middleware de RFID possui as seguintes características: Independente da estrutura - (Isolamento Infra-estrutura) RFID Middleware entre os leitores independentes RFID e entre as aplicações e back-end1, trabalha com mútiplos leitores RFID e aplicações de back-end para conectar, isso reduz a estrutura e complexidade de manutenção. Fluxo de Dados (Data Flow) - É a principal finalidade do objeto de entidade dentro do ambiente de informação de objetos virtuais, o processamento de dados RFID é a função mais importante. RFID middleware faz a coleta de dados, filtragem, integração e entrega e outras características, com a finalidade de corrigir a informação que chega ao destino das aplicações back-end da empresa. Processamento de fluxo (Process Flow) - RFID middleware reutiliza a lógica de programação e transferência de memória para fornecer a ordem de fluxo de mensagens com dados de projeto de fluxo e gestão. Standard (Padrão), a tecnologia RFID para aplicações automáticas de aquisição de dados com a identificação de objetos físicos. EPC global2 está estudando 1 2 Etapa final de um processo É uma organização criada para atingir a adoção mundial e padronização do código eletrônico de produto. 33 atualmente para uma variedade de produtos, é proposto um número de identificação universal, que é EPC (Electronic Product Code). EPC fornece uma seqüência de números para identificar um produto específico, através da etiqueta lidos pelo leitor de RFID, a transferência para o computador ou o sistema de aplicação é chamada de Object Naming Service (Serviço de Nome do Objeto, ONS). (SOFTCOV, 2004) As funções básicas do middleware RFID são a monitoração, a gestão dos dados e dos dispositivos. Na verdade, extrai os dados do leitor, os filtra, agrega a informação e os encaminha para o sistema de gestão; este sistema de gestão pode ser um ERP (Enterprise Resource Planning) ou qualquer tipo de aplicação vertical. A figura 3.7 ilustra a arquitetura: 3.7: Arquitetura MIDDLEWARE Fonte: RETAIL DRIVER A figura 3.7 demonstra um modelo da arquitetura de um middleware, os leitores (Readers) enviam as informações para o servidor RFID (RFID Server), e 34 através de um middleware essas informações são recebidas, filtradas e agrega a informação e as encaminha para o sistema de gestão ERP (Enterprise Resource Planning). Para que o RFID possa ter um forte desenvolvimento é necessário resolver, unicamente na área do software, duas grandes problemáticas: receber corretamente os dados das etiquetas RFID e transportar os dados RFID através dos diferentes sistemas da empresa. Grande parte da oferta comercial disponível oferece uma proposta do tipo “middleware-as-a-router”; neste caso são outros pacotes que suportam a gestão dos dispositivos, como regras de negócio, a lógica do negócio e os processos de negócio, para facilitar as ações e as tomadas de decisões baseados nos dados RFID. 3.3 SEGURANÇA Para a adoção da tecnologia RFID, deve-se tomar cuidado com questões de segurança da informação e garantir que sua implementação siga de todas as políticas de segurança da empresa. Como qualquer outro tipo de tecnologia que envolve troca de dados, a implantação de um sistema RFID deve passar pelas mesmas análises e testes de segurança que visam à manutenção dos dados envolvidos. Por isso, tópicos como a autenticidade das entidades envolvidas, o sigilo das mensagens e a proteção contra alteração dos dados devem ser fortemente levados em consideração, independentemente do tipo de modelo de negócios envolvido. Como o uso de RFID geralmente diz respeito à localização ou à identificação de usuários ou de objetos, os maiores riscos a ser evitados dizem respeito à segurança e à privacidade da informação envolvida, no entanto, levantam questões que causam preocupação nas pessoas, porque as mesmas se tornam detectáveis simplesmente por carregar objetos que tenha esta tecnologia implementada (DEURSEN, 2009). 35 3.4 PROTOCOLO O protocolo de comunicação é uma forma de organizar a conversa entre dispositivos, neste caso, entre a etiqueta e o leitor. Para se ter certeza que a informação foi realmente transferida, o protocolo precisa definir: ü Uma interface de ar – Que tipo de modulação do sinal do leitor é usado para definir um binário? O que é zero? Que tipo de sinal a etiqueta envia? Qual a velocidade de envio? A informação é enviada em pacotes discretos, se afirmativo, como elas são formadas? ü Controle de acesso médio – Quem vai falar quando? Como as colisões entre usuários são resolvidas? ü Definições de dados – Que tipo de dado é associado com a etiqueta? O que significa isso? A EPCglobal1 promulgou o protocolo UHF de etiqueta, que é utilizado para rastreamento da cadeia de suprimentos utilizando etiquetas RFID passivas. O protocolo carrega um identificador único que pode conter 64 ou 96 bits (mais ID’s disponível para o futuro), e são particionados em um cabeçalho decrevendo a estrutura do EPC (Electronic Product Code), algumas informações sobre o gerenciador (geralmente uma empresa proprietária de um espaço ID), e outras informações sobre o tipo de objeto assinalado e um número de série. A antiga classe 0 Geração 1 que implementa um método bastante simples segundo o qual segue enunciando uma seqüencia de bits correspondente ao EPC e a classe 1 geração 1 que é uma evolução da anterior graças ao seu método de transmissão por pacote, assim como a maioria dos outros mais velhos protocolos proprietários e padronizada UHF passiva, foram substancialmente deslocados pela Classe 1 Geração 2 (ISO 18000-6C2 ) que é ainda mais sofisticado, pois permite identificar as tags mesmo que tenha seus EPCs sejam iguais. (Enigmatic Consulting, 2007). 1 É uma organização criada para atingir a adoção mundial e padronização do código eletrônico de produto. 2 Define uma interface de ar para identificação por radiofrequência que operam em 860 a 960 MHz. 36 3.5 FAIXAS DE FREQUÊNCIAS UTILIZADAS Sistemas de Alta Frequência (850 a 950 MHz e 2,4 a 2,5 GHz): Para leitura em médias ou longas distâncias e leituras em alta velocidade. Normalmente utilizados para leitura de tags em veículos ou recolha automática de dados numa seqüência de objetos em movimento. Sistema de Frequência Ultra-elevada (400 MHz e 860-930 MHz): Na faixa de frequência ultra-elevada, existem duas áreas de interesse. As frequências na faixa de 400 Megahertz e a faixa 860-930 Megahertz. Cada uma das faixas de freqüência tem vantagens e desvantagens para a operação. As escalas de frequência mais elevadas têm controles mais reguladores e diferem de país a país. A frequência exata é controlada pelo Órgão Regulador de Rádio em cada país (SANTANA, 2005). 3.6 VANTAGENS E DESVANTAGENS A principal vantagem do uso de sistemas RFID é realizar a leitura sem o contato e sem a necessidade de uma visualização direta do leitor com o Tag. É possível, por exemplo, colocar a tag dentro de um produto e realizar a leitura sem ter que desempacotá-lo, ou, por exemplo, aplicar o tag em uma superfície que será posteriormente coberta de tinta ou graxa. O tempo de resposta é baixíssimo menor que 100 ms, tornando-se uma boa solução para processos produtivos onde se deseja capturar as informações com a tag em movimento. O custo da tag apresentou uma queda significativa nos últimos anos, tornando-a viável em alguns projetos onde o custo do produto a ser identificado não é muito alto (O ARQUIVO, 2010). Porém, essa mesma característica que motiva o uso de RFID em determinadas situações, acaba por se tornar um obstáculo em outras aplicações uma vez que há um risco dos consumidores perderem a privacidade ao adquirirem produtos com tags. A ameaça à privacidade vem quando o RFID permanece ativo quando o consumidor deixa o estabelecimento. Uma loja poderia, por exemplo, colocar tags RFID em todos os seus produtos e os clientes poderiam ter um cartão de crédito que automaticamente debitaria o valor das compras na hora que o cliente saísse da loja, sem precisar passar pelo caixa. O que acontece, por exemplo, se 37 uma loja de roupas decide colocar esses tags invisíveis em todas as roupas: quando um comprador retorna à loja, ele pode ser reconhecido. Mesmo com regulamentação governamental, a situação pode se tornar rapidamente uma ameaça à privacidade. No momento a indústria de RFID parece dar sinais divergentes sobre se as tags devem ser desativadas ou deixadas em ativo por padrão. Algumas vantagens com o uso da identificação por radiofrequência são: · Capacidade de armazenamento, leitura e envio dos dados para etiquetas ativas; · Leitura sem necessidade de proximidade do leitor para a captação dos dados; · Robustez das etiquetas com possibilidade de reutilização; · Precisão na transferência de dados e velocidade no envio dos mesmos; · Localização dos itens ainda em processos de busca; · Prevenção contra roubos e falsificação de mercadorias; · Coleta de dados de animais ainda no campo; Todas essas vantagens acima listadas giram em torno das três principais características dos sistemas de RFID que são a durabilidade das tags, a precisão na transmissão de dados e a realização de leitura sem necessidade de contato. Algumas desvantagens com o uso da identificação por radiofrequência são: · O custo elevado da tecnologia RFID em relação aos sistemas de código de barras é um dos principais obstáculos para o aumento de sua aplicação comercial. Atualmente, uma etiqueta inteligente custa nos EUA cerca de 25 centavos de dólar, na compra de um milhão de chips. No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Automação, esse custo sobe para 80 centavos até 1 dólar a unidade; · O aumento no preço final dos produtos, pois a tecnologia não se limita apenas ao microchip anexado ao produto. Por trás da estrutura estão antenas, leitoras, ferramentas de filtragem das informações e sistemas de comunicação; 38 · O uso em materiais metálicos e condutivos pode afetar o alcance de transmissão das antenas, como a operação é baseada em campos magnéticos, o metal pode interferir negativamente no desempenho; · A padronização das freqüências utilizadas para que os produtos possam ser lidos por toda a indústria, de maneira uniforme. · A invasão da privacidade dos consumidores por causa da monitoração das etiquetas coladas nos produtos que ainda continuam ativas após saírem dos estabelecimento. · Outro problema comum do RFID é o “reader collision” (colisão de leitores) e o “tag collision” (colisão de tags). A colisão de leitores ocorre quando os sinais de dois ou mais leitores se sobrepõem. O tag é incapaz de responder a dois leitores simultaneamente. Os sistemas devem ser ajustados com cuidado para evitar esse problema. A colisão de tags ocorre quando muitos tags estão muito próximos; mas como o tempo de leitura é muito pequeno, é mais fácil para os vendedores desenvolver sistemas que se asseguram de que os tags respondam um de cada vez. 3.7 UTILIZAÇÃO DA IDENTIFICAÇÃO POR RADIO FREQUÊNCIA NO BRASIL Segundo reportagem da Info Online (Info, 2009) o Ministério da Ciência apresentou um projeto, escrito em parceria com o Ministério da Fazenda, para criar um padrão único (figura 3.8) para uso de etiquetas RFID. A idéia é fechar um acordo com os órgãos tributários dos estados e com as empresas que pretendem entrar no projeto adotando as etiquetas RFID em seus produtos no intuito de servir como um padrão único para efetuar a leitura de dados, prevê definir este padrão somente após ouvir todos os agentes envolvidos na produção, distribuição e uso das etiquetas. Com um sistema central, de acordo com o Ministério, as empresas poderiam comprovar que estão emitindo as notas ficais de todos seus produtos que circulam no país, em contrapartida, serviria como uma ferramenta para os órgãos arrecadadores combaterem a sonegação de impostos. 39 3.8: Modelo de circuito RFID: Padrão Único Fonte: Info Online 3.7.1 PROJETO BRASIL-ID DE RASTREAMENTO DE MERCADORIAS O Ministério da Ciência e Tecnologia, o Ministério da Fazenda, as Secretarias de Fazenda Estaduais assinaram um acordo de cooperação para a implantação do Projeto Brasil ID, este projeto visa estabelecer um padrão único de identificação por radiofrequência para ser utilizado em todo e qualquer tipo de produto em circulação no país. Estes órgãos são representados pelo Encontro Nacional dos Administradores Tributários Estaduais (ENCAT) e pelo Centro de Pesquisas Avançadas Wernher Von Braun (DIAS, 2010). Em 2010, o ENCAT e o Centro de Pesquisas Avançadas Wernher Von Braun, irão desenvolver o projeto piloto juntamente com as empresas instituições interessadas para a implementação da infraestrutura operacional junto ao Fisco, à Receita Federal para a operação completa do sistema já na fase piloto. O sistema baseia-se na tecnologia RFID e em outras tecnologias associadas de telecomunicação, definindo um padrão comum para o rastreamento e a autenticação de todo tipo de produto em circulação pelo país. Com este projeto, o governo pretende oferecer à empresa contribuinte nacional e ao cidadão uma ferramenta para a segurança do transporte de mercadorias, que diminua o risco e, portanto, o custo final no mercado. 40 O governo pretende estruturar no Brasil a total competência em microeletrônica para que esta seja competitiva mundialmente. Nos projetos-piloto, as Secretarias de Fazenda dos Estados selecionados irão se alinhar com uma variedade de empresas nacionais e multinacionais, para testar a tecnologia através de um exercício real que cubra toda a cadeia de manufatura, distribuição e comércio de produtos. O sistema de identificação, rastreamento e autenticação de mercadorias prevê, ainda, a instalação de uma infraestrutura de dados, com gestão nacional de leitura e gravação RFID. Serão instaladas antenas nas principais vias de circulação de mercadorias para criar mais obstáculos contra fraude, roubos e furtos, além de fornecer dados logísticos para toda a indústria e, inclusive, o consumidor final. Este, por sua vez, também poderá utilizar o sistema livremente, para seu próprio benefício logístico, de garantia de autenticidade e origem, tendo mais uma proteção contra a circulação de bens roubados. O sistema possibilita a fiscalização mais ágil de cargas (inclusive as lacradas), a leitura automática da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e das notas fiscais na indústria e em toda a cadeia de distribuição, além das informações gravadas ao longo de todo o ciclo de vida do produto, que também ficam disponíveis a qualquer hora e em qualquer lugar, através de dispositivos e de comunicação sem fio. Estes podem ser usados em postos fiscais, pelas empresas de transporte, distribuidores, indústria e até pelo consumidor final. Essas são algumas das aplicações práticas derivadas da adoção da tecnologia que também integrará, virtualmente, todos os envolvidos no comércio de um produto. As identidades das mercadorias ficarão gravadas e disponíveis desde a fabricação até sua passagem pela transportadora, o distribuidor, o ponto-de-venda e sua chegada ao comprador final. Além disso, o histórico dos eventos de passagem será gravado no próprio produto, de forma segura, a cada elo da cadeia de suprimentos. Assim, será possível saber suas rotas, as possíveis tentativas de fraude, os desvios (roubo ou furto), o tempo de trajeto, os custos associados, o monitoramento e as transações, tudo em tempo real, através do sistema de gerenciamento central e também pela leitura do próprio produto, que acusará esses eventos (DIAS, 2010). 41 Com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, o chip brasileiro RFID poderá ser incorporado nos materiais constituintes dos produtos fabricados no Brasil, em cartões, em embalagens e em papel. 3.8 O FUTURO DO RFID Nos últimos anos houve grandes avanços na tecnologia utilizada para o RFID tais como poder de alcance, miniaturização, etc. No entanto, desafios ainda precisam ser solucionados para que se possa ter uma ampla expansão desta tecnologia no futuro. Estes problemas se concentram muito na aplicação que é feita do dispositivo, de modo que em determinadas aplicações, a tecnologia já é uma realidade enquanto que para outras, somente há a teoria uma vez que certos problemas ainda persistem (GTA, 2007). ü Preço: embora atualmente os preços destes dispositivos estejam competitivos a ponto de substituir inclusive códigos de barra em produtos, para produtos de baixo valor (e baixo lucro) esta substituição não se mostra vantajosa (por isso a tendência é esta substituição seja feita primeiro em produtos de alta margem de lucro). Este é apenas um exemplo dentre as aplicações imaginadas (e ainda não imaginadas) de onde o preço da tecnologia ainda deve cair. ü Distância de leitura: independentemente do problema de poder de processamento, algumas aplicações podem requerer que a identificação de dispositivos com RFID seja feita a muitos metros de distância, o que ainda não é suportado. ü Poder de fornecimento de energia: para dispositivos com RFID ativo, o tempo de vida da bateria ainda é um problema. De fato, este é um problema generalizado entre os dispositivos móveis, sejam computacionais ou não. A curta duração da carga das baterias atuais limita o desenvolvimento de novos dispositivos e aplicações, pois estes requerem mais poder de processamento, que por sua vez requer maior fornecimento de energia. Para dispositivos com RFID passivo, embora eles sejam energizados no momento da utilização pelo leitor, a carga obtida por esta energização é proporcional à distância que este se encontra do leitor, de modo que quanto mais distante menor a carga obtida. Isto também limita o desenvolvimento de 42 novas aplicações, obrigando-as a ficarem mais próximas do leitor para receberem a carga apropriada para o processamento, o que pode fugir completamente do propósito da aplicação. ü Miniaturização: embora pequenos o suficiente para serem colocados em etiquetas, algumas aplicações podem necessitar de dispositivos RFID imperceptíveis à visão e ao tato, para permitir sua total integração à rotina das pessoas. Outras podem requerer um alto número de dispositivos no mesmo local, de modo que o tamanho atual dos dispositivos inviabiliza esta acumulação. 3.9 TENDÊNCIAS Devido ao baixo custo de produção e pequeno porte, a tendência é que as etiquetas RFID venham a substituir os métodos de identificação tradicionais, tais como o código de barras, atualmente, as etiquetas RFID são implantados em passaportes, cartão de controle de acesso para o transporte público, sistemas de rastreamento e localização, estes exemplos mostram que as etiquetas RFID, exceto código de barras, não são apenas úteis para identificar objetos, mas também para autenticar objetos ou pessoas (DEURSEN, 2009). Em 2007, UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento promoveu o envolvimento de Portugal num aspecto particular da internet do futuro. RFID é uma das tecnologias promissoras como porta de entrada para a internet das coisas. É considerada uma tecnologia madura potenciadora do desenvolvimento da internet das coisas e, portanto, é vista como uma porta de entrada para esta nova fase do desenvolvimento da sociedade da informação que claramente se desenvolverá também com base em outras tecnologias de identificação e especificação de objetos. A tecnologia permite captar automaticamente com a comunicação sem fios a identificação e outros dados de objetos em que se apõem etiquetas (tags) eletrônicas que são uma espécie de "códigos de barras eletrônicas" que também podem ter informações adicionais. Quando essas etiquetas são ligadas a bases de dados através de sensores e redes de comunicação, como a Internet, esta tecnologia proporciona um poderoso modo de oferta de novos serviços e aplicações, praticamente em qualquer ambiente (UMIC, 2010). 43 A Comissão Européia tinha revelado antecipações para 2020 de números de computadores da ordem de 1 milhar de milhão, utilizadores de sistemas de comunicações móveis da ordem de 5 milhares de milhões, aparelhos comunicantes da ordem de 10 milhares de milhões, sensores da ordem de 100 milhares de milhões, e etiquetas de identificação em objetos da ordem de 1 quatrilião, a grande maioria dos quais interligados através da Internet. Embora ainda muitíssimo longe destes números, a RFID já é amplamente utilizada em aplicações como a VIA VERDE nas auto-estradas, bilhetes em transportes urbanos, detecção de roubos de mercadorias em lojas, gestão do empréstimo de livros em bibliotecas, controlo de acesso a instalações, controlo de cadeias de produção e distribuição de certos produtos, logística, abertura e fecho sem chaves de portas de automóveis. A RFID tem particular importância nas políticas tecnológicas atuais porque foi identificada como uma porta de entrada para a internet das coisas e porque tem um potencial muito elevado de se tornar um motor de crescimento e de aumento de empregos, é importante ressaltar que se as barreiras que ainda dificultam a inovação puderem ser ultrapassadas, pode-se induzir uma rápida disseminação e utilização desta tecnologia. Por exemplo, um estudo encomendado em 2007 pelo governo alemão identificou o potencial do valor acrescentado relacionado com RFID nos setores de produção, comércio, transportes e serviços públicos e privados atingi apenas na Alemanha, 62 milhares de milhões de euros em 2010 quando em 2004 era 3 milhares de milhões de euros. Assim como os aplicativos com sensores, também existem outras aplicações móveis emergentes que cruzam a linha de outra tendência, a internet das coisas. Isso inclui a digitalização de código de barras, a utilização do telefone como um leitor e marcador de RFID, e também como um sensor de proximidade. 44 4 ARQUITETURA PROPOSTA O estudo objeto deste trabalho visa propor uma arquitetura de comunicação de alto nível para um sistema de informação combinado com a tecnologia RFID que auxilie no processo de rastreamento de frangos não só no processo de produção como também em toda a cadeia alimentar. 4.1 RASTREABILIDADE ALIMENTAR ATUAL A sistemática atual para rastreabilidade de alimentos não é suficiente pelas seguintes razões (POLNIAK, 2007): ü Não há possibilidade de o consumidor saber a origem do alimento e informações detalhadas sobre todo o processo que ocorreu no ciclo de vida do produto; ü Na maioria das vezes as informações registradas não são suficientes, porque incluem somente informações do processo de produção, descartando informações sobre o estágio de distribuição. ü Em muitos casos, a forma de armazenar essas informações é ultrapassada, ainda há utilização de papel e de um operador para inserir as informações sobre a rastreabilidade dos alimentos de maneira manual. ü Não há um alto nível de confiança para a atual sistemática de rastreabilidade de alimentos, devido ao processo não ser automatizado. ü A identificação dos produtos é feita por rótulos ou códigos de barras, o que dificulta a localização de um produto específico. ü Atualmente a identificação de produtos é feita por lote, não possui a capacidade de identificar produtos individuais. 4.2 EXIGÊNCIAS PARA APLICAR A TECNOLOGIA RFID NA RASTREABILIDADE O sistema de rastreabilidade trabalhando em conjunto com a tecnologia RFID é capaz de atender a necessidade de informação sobre os produtos em toda a 45 cadeia alimentar e consequentemente obter um alto nível de detalhamento de informações sobre os produtos. No entanto é necessário pensar e analisar os seguintes problemas: ü Como gravar e armazenar as informações sobre o rastreamento alimentar em cada estágio da rastreabilidade do alimento e reduzir o trabalho das pessoas? ü A base de um sistema de rastreabilidade é saber como identificar o alimento e de onde ele vem e assim efetuar a identificação dos produtos por estágio, o que de fato é muito importante. ü Como combinar a tecnologia RFID para evitar certas situações antecipadamente e fazer todo o processo ficar automatizado? ü Como rastrear e controlar de maneira eficaz o alimento? Quando ocorre um evento de segurança alimentar, o mais importante é saber de onde o alimento veio e para onde ele vai. 4.3 CONCEPÇÃO DA ARQUITETURA A arquitetura de comunicação para um sistema de informação agregado com a tecnologia RFID atua como ferramenta de rastreabilidade utilizado pelos quatro estágios que envolvem o ciclo de vida do produto, que são: a criação de frangos, abatedouro, distribuição e o varejista. O sistema deve cumprir os quatro papéis exigidos no sistema de rastreabilidade alimentar reunindo as informações de cada setor em um único banco de dados e as disponibilizando para os interessados. Em cada estágio há um sistema local que recebe as informações dos leitores, efetua a manipulação das informações recebidas e as envia para um sistema central utilizando-se um layout padrão. A arquitetura de comunicação é subdividida em duas categorias que são: Rastreabilidade interna: Envolve os estágios de criação e abatedouro que estão diretamente ligadas ao processo de produção. Rastreabilidade externa: Envolve os estágios de distribuição e varejo que estão diretamente ligadas ao processo de transporte e direcionamento dos produtos e os disponibilizando ao consumidor final. 46 A figura 4.1 ilustra uma as operações executadas em cada estágio: Figura 4.1: Operações do Sistema em cada estágio Visão geral das operações efetuadas em cada estágio: 1. Transceiver armazena informações na etiqueta eletrônica; 2. Transceiver recupera informações contidas na etiqueta eletrônica; 3. Transceiver alimenta o sistema de gestão local; 4. Sistema de gestão local envia e as informações no sistema central; 47 5. Sistema de gestão local envia e consulta as informações no sistema central; 4.3.1 RASTREABILIDADE INTERNA A arquitetura da rastreabilidade interna é composta por dois estágios, como ilustra a figura 4.2, o leitor e etiqueta RFID são as ferramentas utilizadas pelo sistema para recuperar e armazenar informações detalhadas inerentes a criação e abate dos frangos. Na fase de criação dos frangos é colocada a etiqueta RFID em todas as aves, essa etiqueta vem com um ID único, o que possibilita identificá-las essas aves de maneira individualizada. Na granja é mensurado o peso da ave, condição de crescimento, registra a alimentação que teve durante o seu ciclo de vida, informações sobre o tratamento que aquela determinada ave recebeu, enfim, todas as informações detalhadas sobre o processo de criação das aves serão registradas na etiqueta eletrônica pelo leitor RFID armazenadas no SCR (Sistema Central de Rastreabilidade). Quando é dada a entrada das aves para o processo de abate, o sistema vincula seu ID único da etiqueta eletrônica a um ID numérico que vai impressa na embalagem para que possibilite o consumidor final consultar via browser de maneira individual à precedência do produto. Também no processo de abate das aves é feita uma verificação para se saber se a ave está saudável, as informações armazenadas na etiqueta eletrônica auxiliam no processo de detecção de algum tipo problema, caso seja constatado algo, a ave é enviada para quarentena. Quando a ave passa pelo processo de avaliação, a etiqueta é retirada para que a ave seja abatida, depois que é abatida e empacotada, é feita atualização na etiqueta eletrônica com informações relevantes ao processo de abate e anexada ao pacote juntamente com o ID único. No momento que o produto é despachado para o distribuidor, as informações sobre aquele produto específico são atualizadas no banco de dados do SCR (Sistema Central de Rastreabilidade), onde são armazenadas as informações sobre o processo de abate e qual o destino daquele produto. 48 A figura 4.2 ilustra o funcionamento da rastreabilidade interna: Figura 4.2: Arquitetura Interna A rastreabilidade interna é composta pelos estágios de criação e abatedouro devido ambas estarem diretamente ligadas com a produção e o processamento do produto, este tipo de rastreabilidade é capaz de fornecer informações detalhadas de maneira precisa e eficiente sobre todo o processo que envolve desde a criação da ave até o produto final. Se algum destes estágios detectarem um evento de segurança, há possibilidade de consultar o SCR (Sistema Central de Rastreabilidade) para saber a localização um item específico para que o mesmo seja retirado de circulação. 49 4.3.2 RASTREABILIDADE EXTERNA A arquitetura para rastreabilidade externa possui dois estágios como ilustra a figura 4.3, o transceiver e etiqueta RFID são as ferramentas utilizadas pelo sistema para ler a armazenar as informações detalhadas inerentes a distribuição e varejo das aves. Figura 4.3: Arquitetura Externa 50 O distribuidor confirma o recebimento do produto pela etiqueta eletrônica e pelo ID numérico registrando em seu sistema de gestão local, quando a mercadoria é vendida e sai do estoque, são armazenadas na etiqueta eletrônica as informações relevantes a este estágio e inclusive o destino da mercadoria, posteriormente estas informações são atualizadas no banco de dados do SCR (Sistema Central de Rastreabilidade). O controle e rastreamento do produto são as mais importantes funções do sistema de rastreabilidade, caso ocorra algum evento de segurança, é possível consultar através do ID único ou ID numérico a localização e informações detalhadas sobre um determinado produto. O varejista confirma o recebimento do produto pela etiqueta eletrônica e pelo ID numérico registrando em seu sistema de gestão local, as informações são enviadas para banco de dados do SCR (Sistema Central de Rastreabilidade) caso haja necessidade. Neste estágio há a possibilidade do cliente consultar a precedência do produto de duas formas: Terminal simples: Inserindo o ID numérico do produto, o terminal irá consultar todas as informações sobre o ciclo de vida do produto no SCR (Sistema Central de Rastreabilidade) e disponibiliza as informações relevantes para o cliente na tela. A figura 4.4 demonstra as ações que são executadas. Terminal com transceiver RFID: Quando o consumidor se aproximar de um terminal que contenha leitor RFID, automaticamente este leitor fará a recuperação de todas as informações que foram armazenadas na etiqueta eletrônica no decorrer do ciclo de vida do mesmo, disponibilizando na tela todas as informações relevantes para o ciente. A figura 4.5 demonstra as ações que são executadas. 51 Figura 4.4: Consulta informações pelo o ID numérico Figura 4.5: Consulta informações pela etiqueta RFID 52 4.3.3 RASTREABILIDADE EM TODA A CADEIA A arquitetura para rastreabilidade em toda a cadeia abrange quatro estágios: criação de frangos, abatedouro, distribuidor e varejista como ilustra a figura 4.6. O Sistema Central de Rastreabilidade reúne em um só lugar todas as informações geradas a partir dos quatro estágios que compõem a cadeia alimentar. Figura 4.6: Arquitetura em toda a cadeia 53 5 CONCLUSÃO A arquitetura de comunicação para um sistema de informação agregado com a tecnologia inovadora RFID proposta neste trabalho, serve como ferramenta de apoio no rastreamento, controle e acesso eficiente às informações inerentes a todos os estágios da cadeia de produção e distribuição. A utilização desta arquitetura de comunicação em conjunto com a tecnologia RFID tem um impacto significativo no processo de produção e distribuição, permite que todos os integrantes que fazem parte da cadeia tenham acesso as informações sobre os produtos com maior rapidez e qualidade, automatiza os processos de coleta e armazenamento de informações, não interfere no processo produtivo e de distribuição dos produtos, permite que o cliente saiba o que está comprando consultando a precedência do produto, melhora a comunicação dos envolvidos no processo e proporciona vantagem competitiva para os envolvidos. Sugere-se como trabalho futuro: ü Desenvolver padrões uniformes para que hardware e softwares possam interagir facilmente uns com os outros; ü Estudar e definir quais as tecnologias mais apropriadas para o desenvolvimento do sistema; ü Estudar e definir qual o banco de dados mais apropriado para a persistência das informações; ü Estudar e definir quais os equipamentos RFID mais apropriados a serem utilizados com o sistema; ü Fazer levantamento de requisitos e elaborar protótipo do sistema; ü Elaborar diagramas UML; ü Estudar e definir protocolos de segurança; ü Estudar viabilidade econômica; 54 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ABC Criadores. Rastreabilidade – O Brasil e a Comunidade Européia. Perguntas e Respostas Parte. Disponível em: http://www.abccriadores.com.br/servicos/rastreabilidade1.htm acesso em 11 de Novembro de 2010. ANIR, Norman. The users Perceptions and Opportunities in Malaysia in Introducing RIFD System for Halal Food Tracking, 2008. 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