MOVIMENTO QUE MUDOU OS RUMOS DA CATEGORIA
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MOVIMENTO QUE MUDOU OS RUMOS DA CATEGORIA
www.jornalistasp.org.br Jornal UNIDADE - [email protected] JORNAL DOS JORNALISTAS Filiado à FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS Órgão mensal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo número 316 MARÇO/2009 MOVIMENTO QUE MUDOU OS RUMOS DA CATEGORIA Caderno Especial sobre os 30 anos da greve de 1979 No mês das Mulheres, lembramos que desde a década de 70 elas vêm conquistando cada vez mais espaço nas redações. Pág. 4 Eleições no Sindicato: 24, 25 e 26 de março Duas chapas estão concorrendo: Chapa 1 ‘Unidade, Luta e Democracia’ e Chapa 2 ‘Enfrentar a Crise - Sindicato é Para Lutar’. Veja as composições e suas manifestações Págs. 5 a 7 Editorial da Folha chamando de ‘ditabranda’ a ditadura após 1964 levou centenas de pessoas a um ato público dia 7/3. Pág. 3 2 A Editorial UNIDADE MARÇO/2009 chamada opinião pública teve vários assuntos para debater neste mês. Desde a tradicional crise financeira até um padre que excomunga médicos. Mas, talvez, o mais sintomático do momento pelo qual passa o País tenha sido causado pela Folha de S. Paulo, ao qualificar de “ditabranda” o regime militar implantado após o golpe de 1964. O episódio é curioso. Envolve um dos maiores veículos de comunicação do Brasil, um jornal que teve um papel importante na defesa do movimento das “Diretas Já”, em 1984, no qual adquiriu boa parte da importância que tem hoje. Aquele momento positivo aconteceu após um passado condenável de colaboração com o regime autoritário na década anterior. O nião dos seus acionistas do que com o público leitor. Mas isso não os desobriga de trazer informações. Portanto, a pergunta agora passa a ser como o jornalista profissional deve se comportar neste ambiente contraditório entre os interesses particulares dos empresários de comunicação e os do coletivo, a quem interessa o que escreve? Foi por isso que o Sindicato, neste episódio da Folha, se solidarizou não apenas com as vítimas da ditadura, mas também com os jornalistas que se viram obrigados a dobrarem-se aos propósitos dos donos da mídia. Os jornalistas precisam, cada vez mais, enxergar a profissão como um compromisso com os direitos coletivos e discutir os rumos que estamos tomando. O fazer jornalístico pode entrar em crise, mas não será por causa de blogs ou de facilidades tecnológicas. Os problemas surgirão se os jornalistas não se comprometerem com as particularidades da profissão: informar e formar o cidadão, dando-lhes condições de interpretar a realidade em todas as suas dimensões (salientamos que para isso é necessário um aprendizado e uma formação específica; por isso enfatizamos a campanha em defesa do diploma mantida pela FENAJ). Uma última observação, que à primeira vista pode parecer desconectada do assunto deste editorial, é sobre a greve de 1979, que está completando 30 anos. Neste número do Unidade o leitor irá encontrar um encarte especial sobre o assunto, em reportagens e depoimentos com os quais procuramos fazer um quadro daqueles anos e da importância que o movimento teve para os jornalistas. O que une a greve de 1979 e os acontecimentos de hoje é o fato de que, à época, os jornalistas debateram os rumos da profissão e tomaram a decisão de agir em nome de suas ideias. Se a opção pela greve foi acertada ou não, pode ser discutida ainda hoje. Mas o que é inegável é que a categoria dedicou o melhor de seu tempo para construir uma profissão melhor. Isso é um fato que precisa ser respeitado e conhecido. Boa Leitura. Pelo compromisso com o direito coletivo à informação jornal foi alvo de denúncias que ultrapassaram o comprometimento ideológico e chegaram a identificar a empresa com a participação direta em atos de repressão. Então, qual a verdadeira face da Folha de S. Paulo: a democrática ou a que defende o autoritarismo? Esta pergunta certamente é importante. Porém, ainda mais importante é saber qual o papel da imprensa – e dos jornalistas – no estado democrático de direito. O ideal de que a informação jornalística é totalmente imparcial hoje é visto como utópico. Mas a objetividade, a verdade dos fatos e o compromisso com os valores éticos da profissão têm de ser inquestionáveis. Os grandes jornais, todos sabem, são empresas comerciais que estão mais preocupadas com a opi- Diretoria do Sindicato Órgão Oficial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo Rua Rego Freitas, 530 - sobreloja CEP 01220-010 - São Paulo - SP * Tel: (11) 3217-6299 - Fax: (11) 3256-7191 E-mail: [email protected] - site: www.jornalistasp.org.br EXPEDIENTE Diretor responsável: Wladimir Miranda (MTb 14.639/SP) Editor: Carlos Ferreira Lima (MTb 15.791/SP) Reportagem: Evelize Pacheco (MTb 31.122/SP) Diagramação: Rubens M. Ferrari (MTb 27.183/SP) Depto. Comercial: Fone (11) 3217-6299 Colaborador: Eduardo Ribeiro (Moagem) Impressão: Prol Gráfica e Editora Ltda Fone (11) 2169-6199 Tiragem:10.000 exemplares DIRETORIA EXECUTIVA Presidente - José Augusto de Oliveira Camargo (Guto); Secretária Geral Lourdes Augusto (Lourdeca); Secretário de Finanças - Moacir Assunção; Secretário do Interior - Kepler Fidalgo Polamarçuk; Secretário de Cultura e Comunicação - Wladimir Miranda; Secretário de Relações Sindicais e Sociais - Eurenides Pereira (Eureni); Secretária Jurídica e de Assistência - Evany Conceição Francheschi Sessa; Secretário de Ação e Formação Sindical - Clélia Cardim (Telé); Secretário de Sindicalização JoséDonizeti Costa. CONSELHO DE DIRETORES Franklin Larrubia Valverde; Frederico Barbosa Ghedini (licenciado); Jaime Aparecido da Silva; Joel Scala; José Roberto Antonio; Manoel Bezerra Júnior; Mara Cristina Ribeiro; Rudinaldo Gonçalves e Terlânia M. T. Bruno DIRETORES REGIONAIS Bauru - Alcimir Antonio do Carmo Campinas - Márcia Regina Quintanilha Oeste Paulista - Tânia Brandão Piracicaba - Martim Vieira Ribeirão Preto - Brás Aparecido Peripato Santos - Nilson Regalado M. da Silva S. José do Rio Preto - Daniele Jammal Sorocaba - José Antonio Rosa Vale do Paraíba, Litoral Norte e Mantiqueira - André Freire COM. REG. E FISC. EXERC. PROF. (CORFEP) Titulares: Anderson Fazoli, Fábio César Venturini e Mário Iório Lopes Suplente: Benedito Egydio dos Santos Neto CONSELHO FISCAL Titulares: Alexandre Hernandez Mota (licenciado), Hugo Henrique Cilo e Raul Antônio Varassin Suplentes: José Aparecido dos Santos e Nataniel Honorato DIRETORIAS DE BASE Bauru: Angelo Sottovia Aranha, Jorge Alberto da C. Arruda, Juliano Maurício de Carvalho, Luis Victorelli, Luiz Augusto Teixeira Ribeiro, Rita de Cássia Cornélio e Sandra Mara Faria Firmino. Campinas: Agildo Nogueira Júnior, Hugo Arnaldo Gallo Mantellato, Lílian Mary Parise, Maria Ap. dos Passos Ramos, Renata Maria Sanches, Suely Torres de Andrade e Vera Lúcia Longuini. Oeste Paulista: Fernando Sávio e Sérgio Barbosa Piracicaba: Adriana Nanias de Aro Passari, Fabrice Desmonts da Silva, Marisa Wildner Benachio, Vanderlei Zampaulo, Noedi Monteiro, Poliana Salla Ribeiro, Ubirajara de Toledo. Ribeirão Preto: Elisangela Vigil do Espírito Santo, Antonio Claret Gouveia, Antonio Expedito de Figueiredo Filho (licenciado), David Batista Radesca, Jacinta Inocência Sad, Luiz Henrique Jovenato Porto e Ronaldo Augusto Maguetas. Santos: Carlos Alberto Ratton Ferreira, Francisco Ribeiro do Nascimento, Joaquim Ordonhez Fernandes Souza, José Rodrigues, Luigi Bongiovanni e Mário Jorge de Oliveira. Sorocaba: Adriane Mendes, Carla de Campos, Janaina Simões Caldeira,João J. Oliveira Negrão (licenciado) e Patrícia Moraes Ribeiro. São José do Rio Preto: Augusto Fiorin, Carlos Eduardo de Souza, Dulcimara Cirino, Júlio Cezar Garcia e Nelson Gonçalves. Vale do Paraíba, Litoral Norte e Mantiqueira: Rita de Cássia Dell‘Aquila, Avelino Israel de Souza Neto, Edvaldo Antonio de Almeida, Fernanda Soares Andrade, Neusa Maria de Melo e Suely Ap. Rezende Guinsburg. Comissão de Ética: Denise Santana Fon, José Roberto Melo, Daniel Castro, Alcides Rocha, Flávio Tiné e Roland Marinho Sierra (suplente), Fernando Jorge, Lúcio França e Kenarik Boujikian Felippe e Juarez Pedro de Castro. Conselho Editorial: Jaqueline Lemos, Nilton Fukuda, Luiz Carlos Ramos, Laurindo (Lalo) Leal Filho, Carlos Mello, Assis Ângelo, Renato Yakabe e Adunias Bispo da Luz. Diretorias Regionais: Bauru: R. Primeiro de Agosto, 4-47, Sala 604 E. Telefax: (14) 3222.4194 Campinas: R. Dr. Quirino, 1319, 9º andar. Tel.: (19) 3231.1638 Oeste Paulista: R. Pedro de Oliveira Costa, 64, Bosque, Presidente Prudente. Tel.: (18) 3901.1633 Piracicaba: Pça. José Bonifácio, 799 - Sl. 22. Tel: (19) 3434.8152 Ribeirão Preto: R. Dr. Américo Brasiliense, 405, sl. 404. Tel.: (16) 3610.3740 Santos: R. Martim Afonso, 101 - 6º andar. Tels: (13) 3219.2546/3219.4359 S. J. do Rio Preto: R. Major Joaquim Borges de Carvalho, 497, Vila Angélica. Tel: (17) 32153500 (provisório) CEP:15050-170 Sorocaba: Rua Cesário Mota, 482 CEP 18035-200. Tel.: (15) 3342 8678 e-mail:[email protected] Vale do Paraíba, Litoral Norte e Mantiqueira: R.Conselheiro Rodrigues Alves, 203, Casa 2, Centro, S.José dos Campos. Tel.: (12) 3941.2686 Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal ou do Sindicato Ação sindical Ato contra a ‘ditabranda’ reúne jornalistas em frente à Folha M ais de 300 pessoas participa- André Freire ram do ato organizado pelo Movimento Sem Mídia, sábado (7/3), contra o editorial da Folha de S.Paulo que classificou a ditadura brasileira de “ditabranda”. O protesto, realizado na porta da empresa, região Central de São Paulo, reuniu jornalistas, sindicalistas, estudantes e familiares de presos torturados durante o regime militar. O presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, José Augusto Camargo (Guto), afirmou que “deturpar a história é um crime contra a cidadania” e criticou o “lamentável editorial da Folha”, lembrando que “a esmagadora maioria dos profissionais de comunicação condenou o jornal”. Guto Camargo: “Deturpar a história é um crime” C o or d e n a dor UNIDADE MARÇO/2009 da manifestação, Eduardo Guimarães disse que a manifestação representou um repúdio coletivo à tentativa do jornal de reescrever a história quando “afirmou que o regime dos generaispresidentes teria sido ‘brando’. Tal afirmativa constituiu-se em dolorosa bofetada nos rostos dos que sobreviveram, em verdadeiro deboche dessas vítimas expresso por meio do termo jocoso ‘ditabranda’, corruptela do único termo possível para identificar aquele regime, o termo ditadura”. Guimarães publicou no blog Cidadania os agradecimentos e a repercussão do ato. No dia 8/3, na edição de domingo, Otávio Frias Filho, diretor de redação da Folha, publicou uma declaração admitindo que o termo ‘ditabranda’ no editorial de fevereiro foi um erro. “O termo tem uma conotação leviana que não se presta à gravidade do assunto. Todas as ditaduras são igualmente abomináveis”, afirmou. Mas voltou a dizer que o regime de exceção no Brasil “foi mais brando do que os congêneres na Argentina, no Uruguai, no Chile e em Cuba”. Kotscho se emociona em palestra no Sindicato como jornalista e a longa relação com Lula, de quem se aproximou como repórter, durante a greve de 1978, e de quem se tornou amigo, fizeram dele testemunha e protagonista de muitos fatos da história recente do País. Algumas delas lembradas pelos estudantes, mas já relatadas em seu livro “Do golpe ao Planalto – Uma vida de repórter (Cia. das Letras, 368 págs.)”. Outras mais recentes, como o editorial da Folha de S. Paulo cunhando a ditadura de 1964 de ‘ditabranda’. No fim, emocionado, Kotscho disse que foi uma grande alegria ver tantos jovens estudantes reunidos, como há muito não via, em um sábado de manhã com sol, para falar de jornalismo, sua grande paixão. Gisela Gutarra O auditório Vladimir Herzog, do Sindicato, esteve “lotado até a tampa” para ouvir Ricardo Kotscho falar de reportagem em um sábado (28/2) de manhã de muito sol, como ele próprio lembrou em seu ‘Balaio do Kotscho’ (http://colunistas.ig.com.br/ricardokotscho/). A palestra “Vida de repórter”, com apoio da Revista “Brasileiros”, teve entrada gratuita e abriu novo Ciclo de Palestras promovido pelo Sindicato, cujas vagas foram esgotadas logo depois do anúncio das inscrições. Foram 146 participantes, sendo 76 estudantes da Uninove, Unisantana, Fapcom, PUC/SP, Cásper Líbero, Metodista e São Judas. Também vieram jornalistas da Baixada Santista, de São Paulo e arredores. Todos receberam certificados de participação. “É função do Sindicato, além das atividades ligadas à defesa dos direitos dos jornalistas, também proporcionar atividades como essas palestras, de muita importância para quem está entrando na profissão”, afirmou Guto Camargo, presidente do Sindicato. As três horas de palestra passaram rapidamente ouvindo histórias de Kotscho. Sua carreira de sucesso em quase 40 anos 3 Fundação Padre Anchieta não se manifesta sobre dívidas trabalhistas O SJSP encaminhou no final de fevereiro à Fundação Padre Anchieta os cálculos individuais que cada jornalista tem a receber sobre os reajustes salariais retroativos a 2003. Assim como as diferenças de janeiro de 2006 a outubro de 2008 que a emissora não pagou aos funcionários. A Justiça do Trabalho de São Paulo (de 1ª e 2ª instâncias) decidiu pelo cumprimento da convenção coletiva de trabalho e o pagamento de 10% de reajuste aos jornalistas a partir de 1º de dezembro de 2003 e de 12% aos radialistas (retroativo a 1º de maio de 2003). Na época, a Fundação alegou em sua defesa que o pagamento do reajuste faria com que ultrapassasse os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, argumentação que foi derrubada na Justiça do Trabalho. O Sindicato tem buscado insistentemente, há um mês, uma manifestação da Fundação sobre os dados para convocar os jornalistas da emissora para uma assembleia. No dia 12/3 os funcionários redigiram uma carta para cobrar uma resposta da direção. Greve continua na Símbolo A Editora Símbolo fez uma contraproposta que avançou muito pouco nas reivindicações dos seus funcionários jornalistas - que estão em greve, sem receber salários desde a segunda quinzena de dezembro, incluindo o 13º. A empresa propôs pagar o que deve, em alguns casos, em até 30 meses. O Sindicato comunicou à empresa que esta contraproposta é inaceitável e deu prazo para novo pronunciamento até dia 9/3. Como não houve avanço, o Sindicato pediu ao TRT o julgamento imediato da greve. Outra denúncia é que a Símbolo não estaria depositando o FGTS há um ano. A empresa alega que a precária situação é decorrência de sua reestruturação. A Símbolo é dona de títulos como “Uma”, “Um”, “Uma Girl”, “Zero”, “Baby & Cia.”, “Donna” e a semanal “Chiques e Famosos”. Comunidade de Língua Portuguesa Kotscho falou para um auditório lotado, sobre o seu prazer de fazer reportagem A cidade de Praia, capital de Cabo Verde, no continente africano, foi sede, no início de março, do III Encontro dos Jornalistas na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP. Os representantes brasileiros foram Paulo Vieira Lima e Mônica Oréfice Delicato, que apresentaram proposta de estatuto e de logomarca da entidade a ser criada e na qual deverá estar filiado o Sindicato. É um esforço de união de mais de 20 anos, lembra Alcimir Carmo, diretor do SJSP. 4 Geral UNIDADE MARÇO/2009 Repórter acusa Embraer de perseguição O furo de reportagem do repórter Julio Ottoboni, da Gazeta Mercantil, antecipando em dezembro de 2008 que a Embraer demitiria cerca de 20% de efetivo, foi um cruzado que a empresa não assimilou até agora. A terceira maior exportadora do País, com receita prevista para este ano de US$ 5,5 bilhões, segundo a Folha de S. Paulo, adiou o quanto pôde as dispensas para confirmá-las em fevereiro passado (4.173 no total). Ao mesmo tempo, segundo Ottoboni, foi colocado em marcha um plano para desacreditar o repórter que havia dado a notícia em primeira mão. “Tiveram uma atitude agressiva, presunçosa e arrogante. Um dossiê foi montado pela assessoria para exigir minha cabeça no jornal, tal qual o trabalho feito Elas estão tomando conta das redações Mulheres têm conquistado cada vez mais espaço no jornalismo, como Eliane Brum dos pelo Sindicato, já mostravam que as mulheres haviam passado à frente dos homens no mercado de trabalho. Em 1995, elas compunham 42,62% da categoria e dez anos depois atingiam 52,59%. Na Capital, a proporção era maior: internacional, baseada na verdade, transparência, respeito e integridade, valores estes que busca preservar e ampliar com os representantes da mídia que interagem com a Empresa diariamente.” Ottoboni tem 24 anos de profissão, a maior parte cumprindo jornada na grande imprensa e na cobertura do setor aeroespacial. Mas os últimos meses de trabalho foram marcados por momentos de grande tensão e desgaste. “Por ter exercido o direito de informar com imparcialidade e isenção os leitores do maior jornal econômico do País”, afirma. Ele acompanha a Embraer desde os tempos que era empresa estatal, passando pela crise da demissão de 12 mil funcionários em 1990. “Tive a satisfação de noticiar a recuperação da companhia e a sua 54,01% contra 45,99% de homens. Entre os sindicalizados no Estado, no entanto, as mulheres ainda não são maioria - 2.153 de um total de 5.688 (dados de 2009). O livro de Ribeiro usa o termo de feminização do jornalismo para falar do aumento das mulheres no mercado de trabalho. E cita nomes como o de Isa Leal, da Folha de S. Paulo, que participou da greve de 1961 – movimento que consagrou o piso profissional de dois salários mínimos da época. E Micheline Gaggio Frank, que trabalhou na Editora Abril na década de 1950. No decorrer da década de 70 o número de mulheres nas redações só aumentou. Cabe lembrar que a RAIS apresenta apenas os trabalhadores contratados de acordo com a CLT. No entanto, mesmo com este salto de contratações, estima-se hoje que o número de jornalistas em atividade no Estado seja o dobro, em função do aumento de contratos de trabalho fora do estabelecido pela legislação, com os free lancers (eventuais e fixos) e os de pessoas jurídicas. Além disso, não aparecem nas estatísticas da RAIS os jornalistas que estão no serviço público (cujos contratos de trabalho não são regidos pela CLT) ou que exercem função jornalística, mas não são registrados como tal. Sonia Mele Neste mês de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher, é uma oportunidade para lembrar os avanços das mulheres no mercado de trabalho de jornalismo. A gaúcha Eliane Brum, por exemplo, é uma das mais premiadas jornalistas brasileiras – ganhou Esso, Vladimir Herzog, Ayrton Senna, Sociedade Interamericana de Imprensa, entre outros. Porém, como conta o livro ‘Jornalistas 1937 a 1997: história da imprensa de São Paulo vista pelos que batalham laudas (terminais), câmeras e microfones (Imprensa Oficial do Estado, 1998), de J.H. Ribeiro’, antes não era assim. As empresas de jornal, segundo o livro, eram pensadas e construídas na década de 30 do século passado só para o sexo masculino. Nem havia banheiro feminino. “No ‘Estadão’ à noite, quando fervia o trabalho jornalístico, as mulheres não eram aceitas nem na mesa telefônica. Havia mulheres telefonistas, mas só durante o dia. À noite, era homem quem operava. Mulher podia ser telefonista, faxineira ou servia café: circulava na área de serviço (pág. 31).” Na fundação do Sindicato, em 1937, havia apenas uma mulher na diretoria: Margarida Izar. O panorama vem mudando paulatinamente. Os números da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), de 1995 a 2005, levanta- na comunicação externa, mas os efeitos foram nulos junto à direção da Gazeta”, disse Ottoboni. “Fui chamado de leviano pela presidência da companhia, que negava veementemente as demissões. Mas o tempo mostrou quem é o verdadeiro leviano e mentiroso nesta história.” O repórter diz que está proibido de entrar na fábrica. O ambiente ficou de tal forma opressivo que em uma coletiva da empresa da qual conseguiu participar, até jornalistas o hostilizaram. Procurada pelo Unidade, a gerência de comunicação da empresa enviou apenas um comunicado de poucas linhas, enfatizando ser tudo o que tem a dizer sobre o episódio. “Em quase quatro décadas de existência, a Embraer construiu uma sólida relação com a imprensa nacional e nova fase de expansão dentro do cenário aeronáutico mundial.” Foram mais de dez dias investigando as informações das fontes e discutindo no jornal a melhor forma de noticiar o caso, prevendo a repercussão que sua publicação teria. O que mais estranha Ottoboni é que Luis Nassif, por exemplo, que atacou firme a empresa, por meio de colunas publicadas no Valeparaibano, recebeu carta do presidente, Frederico Curado, explicando os motivos das demissões. Para a Gazeta, nada. Ottoboni diz que, com exceção do período em que Ozires Silva foi presidente, a Embraer “é pródiga em gestos truculentos com a imprensa”. E recomenda a leitura do livro “Rede de Intrigas”, em que o jornalista Roberto Lopes conta vários casos semelhantes na época em que a empresa era estatal. Curso de Assessoria de Imprensa em Sorocaba O curso será dado pelo jornalista e professor Walmir de Medeiros Lima, com aulas entre 9 de maio a 20 de junho, somente aos sábados, das 9h às 14h, no Auditório do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba (Rua Julio Hanser, 140, Centro – próximo à rodoviária). A proposta é capacitar os participantes para atuar em assessoria, seja em agências de comunicação, instituições públicas ou privadas ou atendendo a seus próprios clientes. No curso serão abordados temas como ‘assessoria de imprensa: o que é e o que faz’, ‘assessoria de imprensa no contexto da comunicação empresarial’, ‘o papel do assessor de imprensa’, ‘assessoria de imprensa e a comunicação interna’, ‘como preparar e apresentar propostas de trabalho’ e ‘apresentação de cases’. O valor para jornalistas sindicalizados e estudantes de jornalismo pré-sindicalizados é de R$ 180,00 à vista. Para os não sindicalizados, R$ 270,00 à vista. As vagas são limitadas. Outras informações no Departamento de Formação, em São Paulo, telefones (11) 3217-6294 ou 3217-6297, pelo e-mail: formacao@ sjsp.org.br ou na Regional Sorocaba, (15) 3342-8678. SJSP promove Seminário de Moda O Sindicato promove neste mês e em abril o Seminário de Moda para jornalistas, com apoio da ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção). Será nos dias 28 de março, 4, 18 e 25 de abril na UNIP-Paraíso, das 9h às 13h. Entre os palestrantes estão nomes expressivos do jornalismo e da área de moda no País, que serão divulgados pelo site www.jornalistasp.org.br. O seminário atende a uma reivindicação dos jornalistas por uma formação nessa área, que exige uma cultura especializada. A série também proporcionará debates sobre a perspectiva de mercado para a moda brasileira no Exterior, cobertura dos grandes eventos na área, informações sobre o estágio da moda brasileira, avaliações e análises, entre outros temas. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site do SJSP, em cursos. A organização do seminário está a cargo da Camargo Company. Haverá entrega de certificado aos participantes. Eleição UNIDADE MARÇO/2009 5 SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS NO ESTADO DE SÃO PAULO EDITAL DE PUBLICAÇÃO DAS CHAPAS REGISTRADAS A Comissão Eleitoral do SJSP divulgou a ata com as chapas e suas respectivas composições, que concorrerão ao pleito nos dias 24, 25 e 26 de março. São elas a Chapa 1, “UNIDADE, LUTA E DEMOCRACIA”, presidida por José Augusto de Oliveira Camargo, e a Chapa 2, “ENFRENTAR A CRISE - SINDICATO É PRA LUTAR!”, de Pedro Estevam da Rocha Pomar. CHAPA 1 - UNIDADE, LUTA E DEMOCRACIA Diretoria Executiva: Presidente José Augusto de Oliveira Camargo Secretário Geral André Luiz Cardoso Freire Secretário de Finanças Kepler Fidalgo Polamarçuk Secretário do Interior Alcimir Antonio do Carmo Secretário de Cultura e Comunicação Vladimir Francisco de Miranda Filho Secretário de Relações Sindicais e Sociais Evany Conceição Francheschi Sessa Secretário de Sindicalização Márcia Regina Quintanilha Secretário Jurídico e de Assistência Paulo Zocchi Secretária de Ação e Formação Sindical Telé Cardim Conselho de Diretores: Suely Torres de Andrade, Luigi Bongiovanni, José Aparecido dos Santos, Cláudio Luis de Oliveira Soares, Cândida Maria Rodrigues Vieira, Luiz Francisco Alves Senne, Arístocles Coutinho de Moura Lima, Rosemary Nogueira, Lílian Mary Parise. Conselho Fiscal: Titulares José Donizete Costa, Marcelo Carlos Dias dos Santos , Dulcimara Cirino, Suplentes Carlos Eduardo Luccas Castro, Simone de Marco Rodrigues. CORFEP: Titulares: Carlos Roberto Botelho, Douglas Amparo Mansur, Vitor Celso Ribeiro da Silva. Suplentes: Alan Felisberto Rodrigues , José Eduardo de Souza Regional Bauru Diretor regional Rodrigo Ferrari Diretores de base: Marcelo de Souza Carlos, Ieda Cristina Borges, Sergio Luiz Bento, Karina Fernando Prado Grim, Flávio Augusto Melges. Regional Campinas Diretor regional: Agildo Nogueira Júnior, Diretores de base: Kátia Maria Fonseca Dias Pinto, Hugo Arnaldo Gallo Mantellato, Orlando Arco e Flexa Neto, Elisa Vitachi, Fernanda de Freitas. Regional Oeste Paulista Diretor regional: Sérgio Carlos Francisco Barbosa Diretores de base: Tânia Cristina Brandão, Priscila Guidio Bachiega, Sérgio Ricardo Guzzi, Fernando Sávio Rodrigues dos Santos, Hércules Farnesi da Costa Cunha, Danilo Augusto Maschio Pelagio. Regional Piracicaba Diretor regional: Martim Vieira Ferreira, Diretores de base: Luciana Montenegro Carnevale, Fabrice Desmonts da Silva, Paulo Roberto Botão, Poliana Salla Ribeiro, Ubirajara de Toledo, Vanderlei Antonio Zampaulo. Regional Ribeirão Preto Diretor regional: Aureni Faustino de Menezes Diretores de base: Firmino Luciano Piton, Antonio Claret Gouvea, Eduardo Augusto Schiavoni, Tadeu Queiroz da Silva. Regional Santos Diretor regional: Carlos Alberto Ratton Ferreira Diretores de base: Eraldo José dos Santos, Glauco Ramos Braga, Emerson Pereira Chaves, Pedro Figueiredo Alves da Cunha, Marcelo Luciano Martins Di Renzo, Reynaldo Salgado, Joaquim Ordonez Fernandes Souza. Regional São José do Rio Preto Diretora regional: Daniele Gonçalves Jammal Diretores de base: Jocelito Paganelli, Rubens Cárdia Neto, Luiz Roberto Montagna Zanatta, Antonio Carlos Ribeiro, Sérgio Ricardo do Amaral Sampaio, Cássia Morgon Fernandes. Regional Sorocaba Diretor regional: José Antonio Silveira Rosa Diretores de base: Adriane Mendes, Fernanda Oliveira Cruz, Regivaldo Alves Queiroz, Emídio Marques, Marcelo Antunes Cau. Regional Vale do Paraíba, Litoral Norte e Mantiqueira Diretor regional: Edvaldo Antonio de Almeida Diretores de base: Jorge Silva, Sirlene de Santana Viana, Fernanda Soares Andrade, Neusa Maria de Melo, Rita de Cássia Dell’Aquila. CHAPA 2 - ENFRENTAR A CRISE - SINDICATO É PRA LUTAR! Presidente Pedro Estevam da Rocha Pomar Secretária Geral Beatriz da Costa Barbosa Secretário de Finanças Wellington Inácio Costa Secretária do Interior Cecília Figueiredo Secretário de Cultura e Comunicação Igor Fuser Secretária de Relações Sindicais e Sociais Débora Oliveira Secretário de Sindicalização Pedro Malavolta Secretária Jurídica e de Assistência Maíra Kubik Mano Secretário de Ação e Formação Sindical Hamilton Octavio de Souza Diretoria Executiva: Ana Maria Straube, Fausto Salvadori, Gilberto Maringoni, Moacir Aparecido Mendonça “O Beleza”, Cecília Luedemann, Ana Maria Barbour, Luciana Araújo, Antonio Biondi, José Arbex. Conselho Fiscal: Titulares: Rodrigo Valente,Clayton Castellani, Miguel de Oliveira. Suplentes: Mouzar Benedito, Beatriz Pasqualino. CORFEP: Titulares: Caco Bisol, Vinicius Mansur, Adriana Delorenzo. Suplentes: Cristina Charão Marques, Alexandre de Jesus Trindade. Diretorias Regionais: Regional Bauru Diretora regional: Isabel de Carvalho, Diretores de base: Marcelo Moryiama, Juliana Lobato, Rafael Tadashi. Regional Campinas Diretor regional: Reginaldo Cruz Diretores de base: Ademir Munhoz,Camila Marins Regional Oeste Paulista Diretor regional: José Reis Diretores de base: Vanderlei Leão, Benedito Godoy Moroni Regional Piracicaba Diretora regional: Sabrina Rodrigues Bologna Diretores de base: Maria Teodora Mazzucatto, Luciana Corrêa, Sônia Maria Rossi Leite. Regional Ribeirão Preto Diretor regional: Luis Ribeiro Diretores de base: Rita de Cássia Stella, Rodrigo Eduardo Botelho de Francisco, Eduardo Shinsey lha, Adalberto Parras Luque. Regional Santos Diretor regional: Luis Gustavo Mesquita Diretores de base: Rafael Marques, Flávia Souza, Arylce Cardoso Tomaz, Eliane Almeida Regional São José do Rio Preto Diretor regional: Raul Marques da Silva Diretores de base: Ana Maria Almeida Pereira, Alexandre Gama, Rogério Castro. Regional Sorocaba Diretora regional: Fabiana Caramez Diretores de base: João José da Silva, Fernanda Ikedo, Evandro Messias da Silva. Regional Vale do Paraíba Diretor regional: Lucas Lacaz Ruiz Diretores de base: Hélcio Consolino, Bruna Vieira Guimarães. 6 Eleição UNIDADE MARÇO/2009 Unidade, Luta e Democracia Foto:André Freire sindical e propusemos a formação de uma diretoria ampla, com base nos princípios e práticas da CUT, à qual nosso sindicato é filiado. O resultado dessa ação positiva foi a construção da Chapa 1, uma equipe forte e preparada, que combina experiência e renovação. Ao somarmos companheiros da diretoria do Sindicato e da antiga oposição, da capital e do interior, de grandes e de pequenas redações, de assessorias de imprensa e de rádio e TV, ativos e aposentados, decidimos colocar a palavra Unidade em nosso nome. Por nossa convicção de que um Sindicato é um instrumento de defesa da categoria contra os patrões, adicionamos Luta. Nossas atitudes concretas – como a reforma estatutária de 2008, que facilitou a inscrição de chapas às eleições, permitindo a atual disputa eleitoral – nos permitem usar com orgulho a palavra Democracia. A Chapa 1 é formada por diversos membros com o acúmulo da atual gestão – encabeçados por Guto Camargo, atual presidente –, e conta com expressiva ampliação, incluindo parte da oposição e jornalistas de várias redações da capital e de todo o interior, requisito fundamental para aproximar a entidade da categoria em seus locais de trabalho e consolidar a base estadual da entidade. O O s jornalistas da Editora Símbolo, em São Paulo, entraram em greve em 9 de fevereiro, diante de uma situação insustentável: seus salários não eram pagos desde dezembro. Naquele momento difícil, toGuto Camargo, presidente do Sindicato, na greve da Símbolo. maram a decisão com todo o apoio do Sindicato dos Jornalistas, que exige dos Como categoria, os jornalistas cumprem patrões o imediato pagamento dos atrasados, com um papel social de guardiões do direito à inforas correções de lei. No fechamento deste texto, a mação, um direito humano fundamental, o que dura luta ainda estava em curso. deve nortear a ação social de nossa entidade. Dias depois, outro tipo de demanda sin- Nossa proposta é a reconstrução política plena dical surgiu quando a “Folha de S. Paulo” cha- do Sindicato dos Jornalistas no Estado de São mou o terrível período da ditadura militar de Paulo, depois de um longo período dedicado à “ditabranda”. Nosso sindicato reagiu: em defe- ação de recuperação financeira e à reorganizasa da democracia, manifestou sua “indignação” ção da entidade, trabalho feito com afinco nescom a tese reacionária dos donos do jornal – ta última gestão. lembrando do assassinato de Vladimir Herzog. Na formação de nossa chapa, tivemos uma Esses dois exemplos recentes mostram a postura aberta e democrática: nos dirigimos a atual diretoria de nosso sindicato atenta e rea- todos os companheiros com interesse na ação gindo diante dos desafios e dificuldades enfrenALGUMAS DE NOSSAS PRINCIPAIS PROPOSTAS tadas pela categoria e pela sociedade, em sua longa luta em defesa dos direitos trabalhistas, � Lutar em defesa do emprego, pela ampliação do traçada para a entidade. sociais e democráticos. NOSSA CHAPA A Chapa 1 – Unidade, Luta e Democracia surge em um momento no qual o movimento sindical se coloca diante do desafio de encarar as atuais turbulências econômicas com a clara certeza de que os empresários da comunicação pretendem usar o pretexto da crise para tentar precarizar nossos direitos e suprimir nossos empregos, visando a manter seus altos lucros. Consideramos que é o momento para dar um salto de qualidade na ação sindical, pois os jornalistas, como o conjunto dos trabalhadores brasileiros, precisam de um sindicato firme na defesa de seus direitos, combativo, com presença nos locais de trabalho. CONTATO mercado de trabalho, por aumentos reais de salário, pela unificação do piso salarial no Estado. � Combater a precarização do trabalho do jornalista, como o desrespeito ao piso, os chamados “frilas fixos” e a troca do registro em carteira pela situação de PJ, que suprime direitos trabalhistas. � Defesa da jornada de trabalho, pelo pagamento das horas-extras e pelo fim dos pescoções. � Defesa da regulamentação profissional, sob ataque dos patrões, que querem a precarização. � Apoiar os jornalistas aposentados e a Ajaesp, na defesa de uma aposentadoria digna e um sistema público de saúde de boa qualidade. � Ampliar a inserção no campo dos direitos humanos, no qual já temos o prêmio Vladimir Herzog. � Participar da luta pela liberdade de imprensa e pela democratização dos meios de comunicação. � Reforçar a representação dos jornalistas do interior do Estado, o que já vem sendo feito, dando maior autonomia às regionais, dentro da política global � Estruturar uma política de sustentação material da entidade tendo como pilar a mensalidade do associado. � Ampliar a sindicalização, sobretudo nos locais de trabalho. � Defender o direito autoral, contra a reprodução gratuita do nosso trabalho nas diversas plataformas das empresas de comunicação; apoio à Apijor e à Arfoc. � Implantar a comissões de redação. � Manter os serviços, cursos e convênios aos associados, com sua extensão ao interior e ao litoral. � Reforçar o Departamento Jurídico, implantando o atendimento sobre questões previdenciárias. � Aproximar o Sindicato das escolas de jornalismo e dos estudantes, buscando atividades conjuntas � Buscar a unidade com as demais categorias das empresas de comunicação, visando construir o ramo de comunicação da CUT. � Defender e fortalecer a CUT e a FENAJ. CHAPA 1 - UNIDADE, LUTA E DEMOCRACIA - Telefone: (11) 3231-0330 e 3258-8804 e-mail: [email protected] Eleição UNIDADE MARÇO/2009 7 Renovar o Sindicato para enfrentar a crise! O mandato da atual gestão do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo entrou em contagem regressiva. Em poucos dias, os jornalistas sindicalizados irão às urnas. Terão de optar entre a reeleição do atual presidente e a escolha de uma nova direção, representada pela Chapa 2, “Enfrentar a Crise, Sindicato é Pra Lutar!”. Está na hora, portanto, de avaliar a atual diretoria, a partir das promessas feitas na eleição de 2006 — e diante dos desafios que nosso Sindicato e nossa categoria têm pela frente. A principal promessa, que dava nome à chapa da diretoria, não foi cumprida: “Sindicato forte”. Infelizmente, o Sindicato está enfraquecido. A diretoria “rachou”, dividindose em brigas internas, e muitos dos atuais diretores tentaram lançar, na presente eleição, uma terceira chapa, afinal inviabilizada pelas enormes dificuldades impostas pelo Estatuto criado por eles mesmos. Mas o mais grave é que os acordos salariais obtidos por esta gestão foram irrisórios. O pior de todos foi o acordo assinado em 2008 com as emissoras de rádio e TV: pelo quarto ano consecutivo, as empresas impuseram sua humilhante política vÀiÌ>ÀÊ>ÊVÀÃi] -`V>ÌÊjÊ«À>ÊÕÌ>Àt "*"-" &ILIADOÌ 3INDICATODOS*ORNALISTAS0ROlSSIONAISNO%STADODE3ÎO0AULO %LEI ÜESEDEMAR ODE de abonos escalonados e aumento real de ZERO POR CENTO. Apesar da nova derrota, a diretoria do Sindicato comemorou a “rapidez” com que o acordo foi assinado! Seria cômico, se não fosse trágico. Os pisos salariais dos segmentos de rádio e TV, jornais e revistas da capital e jornais e revistas do interior continuam vergonhosamente baixos. A diretoria fez vista grossa para a farra dos “estágios”. Não tomou as Candidatos da Chapa 2: Pedro Pomar, presidente e Bia Barbosa, secretária-geral medidas adequadas para enfrentar da taxa, principalmente, a diretoria aviltam a força de trabalho. Chega a transformação forçada de muitos deixou de empenhar-se em ampliar de “flexibilização de direitos”. colegas em “pessoas jurídicas” de o quadro de jornalistas sindicalizaNão sabemos ainda com que infachada, para deleite dos patrões e dos. Antigas regionais, como as de tensidade a crise afetará o setor de desespero de quem perde direitos Santos e Ribeirão Preto, têm perdi- mídia. Os jornais têm conseguido virando “PJ”. Idem em relação aos do associados. ampliar suas tiragens, e as emisso“frilas fixos”. Convidamos então os jornalis- ras de TV obtiveram faturamento Além disso, a diretoria tem co- tas a votarem na Chapa 2, abrindo recorde no início de 2009. Mas a metido outros erros graves, como caminho às mudanças necessárias retração do consumo pode incentio acordo de compensação de horas à nossa entidade: mais diálogo com var o habitual comportamento dos celebrado com o jornal Cruzeiro a categoria; firmeza diante das em- patrões quando perdem receita: do Sul, em Sorocaba, que se reve- presas; disposição de luta em defesa corte de postos de trabalho e redulou altamente prejudicial aos jor- dos direitos dos jornalistas; retoma- ção de salários. nalistas: nossos colegas tiveram da do papel histórico do Sindicato Para reagir à pressão dos poderoque lamentar o desaparecimento de na luta pela sos donos das várias conquistas da redação. democracia e Para reagir à pressão empresas de Por isso tudo, é hora de renovar pela transformídia, o Sino Sindicato! O grupo que o dirige mação da nossa dos patrões, o Sindicato dicato precihá 18 anos responde pelo enorme sociedade. Esprecisará contar com sará de todo desastre do falido Plano de Saúde, sas mudanças respaldo da respaldo da categoria categoria, de cuja herança é uma dívida que dre- são urgentes no nará 300 mil reais por ano dos co- cenário atual. c a p a c id a d e fres da entidade, nos próximos 10 Infelizmente, a crise está chegan- de enfrentamento e de uma formianos. O financiamento do Sindicato do. É uma crise mundial do capita- dável disposição de luta, que o atual depende hoje, em grande medida, lismo, que tende a acirrar as tendên- grupo dirigente já demonstrou que de taxas compulsórias: o orçamen- cias destrutivas reveladas pela fase não possui. to de 2009 prevê que mais de 49% neoliberal: eliminação de empregos, A Chapa 2, que representa um das receitas virão da contribuição empobrecimento dos trabalhadores, coletivo de jornalistas diversificado sindical (antigo Imposto Sindical) e reversão de conquistas sociais, de- e combativo, tem plenas condições da contribuição assistencial (antiga sagregação, instabilidade política e de liderar e mobilizar a categoria na confederativa), que a diretoria do econômica. dura batalha em defesa do emprego, nosso Sindicato insiste em cobrar É preciso defender os empregos do salário e de todos os direitos trade todos os jornalistas registrados e as carteiras de trabalho assinadas. balhistas. Em 24, 25 e 26 de março, em carteira que não são filiados à Chega de “pejotização” fraudulen- vote Chapa 2 para enfrentar a crise e entidade. Em função desta segun- ta. Chega de “estágios” que apenas mudar de verdade nosso Sindicato! 8 UNIDADE MARÇO/2009 O Moagem desta edição registra demissões no DCI e na Fundação Padre Anchieta; contratações no Terra; início de um novo ciclo editorial na Folha de S.Paulo; fusão das redações do impresso e do online, na sucursal de O Globo; e a movimentação profissional de nomes como Augusto Nunes, Luís Nassif, Rodolpho Gamberini, Heródoto Barbeiro, José Nello Marques, Ricardo Anderáos, Jorge Félix, Bob Sharp, Leila Reis, Celso Teixeira, entre outros. Boa leitura!! JORNAL A ugusto Nunes deixou, após sete anos, a CBM – Companhia Brasileira de Multimídia, grupo editorial integrado por JB, Gazeta Mercantil e Editora Peixes e do qual era colunista. O Globo fundiu a redação do impresso de sua sucursal São Paulo com a redação de internet, passando a ter uma única redação para a produção de conteúdo para as duas plataformas. Ela é coordenada por Germano Oliveira e conta agora com 15 profissionais. São eles: Aguinaldo Novo (coordenador de Economia), Ronaldo D´Ércole, Lino Rodrigues, Adauri Antunes Barbosa, Flávio Freire, Ricardo Galhardo, Soraya Aggege e Tatiana Farah, mais Wagner Gomes e Márcia Abos (Cultura), vindos do online. A redação do online é agora responsável pela página de São Paulo e também pela nova página de Cidades, com o noticiário de todas as outras capitais, exceção ao Rio de Janeiro, produzida na matriz. A equipe permanece sob o comando de Cleide Carvalho e de seu sub João Sorima, ambos se reportando à editora-executiva do site, Sonia Soares, e à editora de Nacional do Rio, Silvia Fonseca. Na equipe estão ainda Fabiana Parajara e Leonardo Guandeline. D eixaram o DCI, em função de um corte de pessoal, os editores Luiz Antonio Magalhães e Ana Paula Quintela; os subeditores Laelya Longo e Rafael Bresciani; as correspondentes Paula Andrade (Brasília) e Juliana Ennes (Rio de Janeiro); as repórteres Érica Polo, Caterine Piccioni, Adriana Perez e Adrieli Marchezini (que saiu por sua própria iniciativa); os estagiários Luiz Felipe Faustaíno, Ana Paula Garrido e Daniela Fonseca. Do Panorama Brasil/DCI Online/Shopping News saíram os repórteres Lorena Latorre e Bruno Santos, que pediu demissão. O corte atingiu também a Arte, de onde saíram o diagramador Wilson Roberto Thomaz, o infografista Leandro Ayuso e o tratador de imagens Émerson Batista. O jornal, a propósito, contratou a Virtual, agência de comunicação e conteúdo, para cuidar da cobertura do ABC. Integram a equipe Nelson Tucci, Eduardo Borga e Thais Pacheco. acontecimentos culturais de São Paulo”, segundo o editor-chefe Rafael Spinelli. A redação conta ainda com Anderson Bezerra (direção geral), Raquel Francese, Jaqueline Caires e Joyce Cristina Marinho (repórteres) e Antonio Carlos Portela (diagramação). grama Zé Nello Marques – A voz de São Paulo, que vai ao ar de 2ª a 6ª.feira, das 16h às 18h, focado em prestação de serviços com humor. Isso, sem prejuízo do trabalho que faz para a USP FM (93,7 mHz), onde apresenta o Revista USP, das 9h às 11 horas. osé Augusto Bugano de Amorim deixou o caderno Veículos da Folha de S.Paulo e para a vaga de editor-assistente que ocupava foi promovido Fabiano Severo. A mudança abriu caminho para a contratação de Felipe Nóbrega, como repórter. Ainda por lá, Marco Aurélio Canônico é o novo editor do Folhateen, no lugar do Ivan Finotti, que está de volta à Reportagem. REVISTA atiana Vasconcellos foi escolhida para ancorar o BandNews A Caminho do Bar, programa que estreou em fevereiro na BandNews FM (96,9 MHz). J J orge Félix começou como editorexecutivo da IstoÉ para as áreas de Economia, Política e Internacional. T N M arco Antônio Resende é o novo diretor de Redação da revista PIB – Presença Internacional do Brasil, publicação da Totum, dirigida por Nely Caixeta. o Litoral Norte, onde mora e apresenta o Jornal do Meio Ambiente, na Caraguá FM, Ivan Quadros criou a produtora Áudio Ambiente, com o objetivo de produzir projetos radiofônicos focados em meio ambiente, para distribuir às rádios comunitárias de todo o País. Izabela Moi regressou ao Brasil, depois ernanda Allegretti assumiu a agora ampliada editoria de Saúde da Marie Claire, que passa a se chamar Beleza e Saúde. TELEVISÃO Robson Gisoldi, sub de Políticas Eco- nômicas e repórter de Comércio Exterior do DCI, assumiu a Comunicação do Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André. No lugar dele, no DCI, entrou Karina Nappi. osme Degenar Drumond assumiu a Direção de Jornalismo da Editora de Cultura, após 24 anos na revista Tecnologia & Defesa, que deixou e da qual era diretor e editor-adjunto. Assume em seu lugar Francisco Ferro, que dividia com ele a função de publisher. icardo Anderáos assumiu a coordenação da área de internet do Grupo Bandeirantes. A Direção Editorial do Metro, que ocupava, foi assumida interinamente pela editora-chefe Noeli Russo. láudia Vargas (ex-Símbolo) abriu com o marido, o artista plástico Alberto Lefèvre, a Rosamundo (www.rosamundo.com.br), loja virtual de presentes diferenciados. arcel Merguizo e Maurício Oliveira passaram a editores de núcleo no Lance. atiane Pedroso começou na Car and Driver Brasil, da Escala. oás Ferreira de Oliveira começou no Jornal do Trânsito (11-5571-1218), publicação quinzenal distribuída em cruzamentos da cidade. A repórter Viviane Ladeira Cruz deixou a publicação. onia Regina Aversa deixou o grupo IDG Now, onde atuava como editora de Arte. ichelle Alves de Lima deixou o Grupo Estado e o Brasil a caminho Nova York, para temporada de estudos. de três anos em Paris, onde fez mestrado sobre discriminação e racismo. R M J Já está circulando nas ruas e semáfo- ros das zonas Sul e Oeste da capital o jornal gratuito Resumo (ShelterMídia), cuja proposta é “ser uma agenda dos principais M F C C T S RÁDIO José Nello Marques estreou na Record AM (1000 kHz), com o pro- O s cortes chegaram à Fundação Padre Anchieta (rádio e TV Cultura), atingindo 31 profissionais de todos os núcleos. Da rádio saíram, entre outros, o editor-chefe Flávio Carranza e os críticos e apresentadores Vicente Adorno, Fábio Zanon, Lauro Machado Coelho, Fábio Prado e Luciano Ramos. Da tevê saíram Lázaro Oliveira (Vitrine), Paulo Castilho (Metrópolis), Márcia Dutra (Boletim Cultura) e Maria Zulmira de Souza (Repórter Eco), além da equipe do Opinião Nacional (Ana Cardilho França, Daniel Grecco, Silvia Correia e Taís Sampaio), programa que foi descontinuado. Ainda por lá, Heródoto Barbeiro deixou o Jornal da Cultura e está de volta à bancada do Roda Viva. Sucede a Lillian Witte Fibe, que ficou à frente do programa por oito meses. No JC, foi substituído por Layla Dawa, que agora divide a bancada com Michelle Dufour e Adriana Couto. L uís Nassif terá um programa sobre políticas públicas na TV Brasil (EBC). Rodolpho Gamberini deixou a Rede TV 9 UNIDADE MARÇO/2009 Vitor Santos deixou o iG, onde, durante 20 meses, atuou como ombudsman. Em função de um corte de pessoal, deixaram o Guia da Semana, agora controlado pelo grupo RBS, André Carbone, Nathalya Buracoff, Denis Von Brasche, Guilherme Treu, Caroline Poletto, Mariana Pereira, Leonardo Mesquita e o fotógrafo Gabriel Oliveira. a função de editor da Gazeta Guaçuana, do mesmo grupo de O Impacto, deixou a empresa e foi substituído por Vanda Vedovatto. Leandro César Martins, setorista de Política da Gazeta, foi promovido a redator-chefe, enquanto Michele Domingues (ex-Nova Onda) foi contratada. R ibeirão Preto ganhou no início do ano seu primeiro semanário gratuito, o Jornal do Farol, do Grupo Midia, cuja equipe é formada por Edmilson Caparelli (diretor-executivo), Figueiredo Filho (editor) e Rafael Belo (repórter). Inspirado no projeto do também gratuito Metro, inclusive graficamente, o semanário é distribuído nos principais semáforos da cidade e da vizinha Sertãozinho. Amir Calil Dib assina a coluna Personalidades. Rose Rubini deixou a Gazeta de Ri- beirão, da RAC, e começou na produção do jornal da Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo. municação da TV Cultura, no lugar de Denise Pragana, que foi gerenciar a Comunicação da Divisão Engenharia e Construção da Camargo Corrêa. Com a ida para a Cultura, a RLC, agência de Leila, passou a ser coordenada por Júlio Fukuta. A luizio Falcão Filho deixou a Matos Grey, onde atuava como diretor, e abriu seu próprio negócio, a agência B2B Spin Doctors, focada tanto em comunicação publicitária e de marketing quanto corporativa. E diana Balleroni deixou a The Jeffrey Group e associou-se à Fator F, de Roger Ferreira e Emerson Figueiredo. Chega com a missão de consolidar e ampliar os negócios na área corporativa. Simone Freire montou a Espiral In- terativa (www.espiralinterativa.com), que tem entre seus colaboradores Everton Shultz e Rodrigo Leme de Mello. L uciéllio Guimarães começou na Holofote, passando a atuar no núcleo de Celebridades da agência. Eliel Cardoso assumiu a Coordena- ção Geral de Comunicação da Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, responsável por Metrô, CPTM e EMTU. Conheça o A ntonio Marcos Soldera deixou a Gerência de Imprensa do Secovi-SP, que ocupou por cinco anos. Nesse período, foi também o editor responsável pela revista da organização. E rika Dantas e Tatiana Rodrigues abriram a Fatos & Fontes (www.fatosefontes.com.br), tendo como primeiro cliente a TS SHARA, que produz nobreaks e estabilizadores de voltagem. J uliana Siqueira assumiu a assessoria de imprensa do Consulado dos EUA para mídia escrita, no lugar de Carlos Murilo de Oliveira, que se aposentou. Ana Paula Ferreira (que atende rádio e tevê) e Najla Kubrusly (mídia social e internet) completam a equipe. J uan Reol é o novo assessor da Energy Sports, empresa que investe em jogadores de futebol. Entra no lugar de Felipe de Paula, que saiu para tocar projetos pessoais. IVA O EXCLUS PROMOÇà o: d sta associa para Jornali EIROS IL ISTA BRAS ASSINE REV e PAGUE 8 r RECEBA 12 leiros.com.b lance | Economia em crise – proteja seu bolso | A viagem A REVISTA MENSAL DE BRASIL, A Indústria CA , e Comércioministro do Desenvol Exterior vimento, LUCY SOUZA , president da Associaç e nacional do Mercado ão dos Analistas e Profissionais de Capitais A INCRÍVEL TRAJETÓR QUE VIVE IA EM BUSCA DO PADRE DAS OBRAS SACRAS ROUBAD por SILVIA AS E HEITOR GA ta-chefe do TEDESCO | O padre que resgata CAUBY Banco ING LINS MONTADO EM CAVALOS GRUPO REFAZ E MULAS, OS PRIMEIR A VIAGEM QUE OS TROPEIR OS FIZERAM EM 1733 por PAULA obras sacras ELE JÁ CANTOU E BING CROSBY COM NAT KING COLE E CONTINU LEGIÕES A LEVANDO DE SHOWS PARAFÃS AOS SEUS OUVIR SUA ETERNA CONCEIÇ CINQUET TI ÃO por FERNAND O GRANATO | Encontro de arte em Olho no Juazeiro EXCLUSIVO R$ 7,90 18 maisa a dança SILVIO LUIZ O PAI DA ALEGR IA ENTREVISTADO de Milhazes | as “bundinh as” do Ofi cina de REALI LOPE NO TEM PO , economis ANTONIE TA DEL de 2009 Ê O SAND TO? ELES ROBERTO da Agricultu RODRIGUES, ex-minist ra ro ZEINA LATIF por MARIA 18 – janeiro REPORTAG ENS R E ACRILSE E O QUE MIGUEL JORGETÊM A DIZER SOBRE ELA: O MAGNÍ FICO dos tropeiros FOTO: LUIZA SIGULEM de olho no TODAS AS HISTÓRIAS QUE VALE A PENA CONTAR número Silvio Luiz histórias. RO 20 09 personagens, suas ssinebrasi acesse www.a jornalista01 digite a senha: JA N E I Brasil, seus A na Maria Geia (ex-Gazeta Mercantil) e Miriam Lopes (ex-MVL) reforçam o time da S/A Comunicação, Ana como diretora de Contas Corporativas no lugar de Alexssander Soares, que está agora na Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Santo André, e Miriam, diretora de Novos Negócios. 0 0 0 1 8 Mario André Luís Paes Leme, que exercia Leila Reis é a nova assessora de Co- F abiana Macedo começou na Andreoli/MS&L. 9 A Redação do portal Terra ganhou 13 reforços. São eles: em Diversão, Gustavo Poloni, Márcia Pereira de Almeida e Katiane Romero; em Brasil, Mauricio Svartman, Diana Dias e Fabrício Calado Moreira; em Esportes, Milly Lacombe; em Vida & Estilo, Lika Rodrol; no VC Repórter, Erin Mizuta; no Chat, Juliana Figueiredo; e na Fotografia Raphael Falavigna. Também foram contratados o editor de capas e landings Carlos Ferreira da Silva e o redator/capista da madrugada Daniel Fávero. Com essas contratações, a Redação do portal passou a contar com 116 pessoas, que trabalham em três turnos diários para atualizar o conteúdo durante as 24 horas do dia. C elso Teixeira deixou a reportagem e o Jornal da Record, para assumir a Gerência Nacional de Comunicação da Rede Record, no lugar de Ricardo Frota, que deixou a emissora. R 1 559 00 INTERNET ASSESSORIAS odrigo Padron deixou a LVBA para assumir a Gerência de Comunicação da Fecomercio. Com ele começaram Thiago Peres, vindo do InvestNews, e Adriana Dorante, ex-DCI. Também deixou a LVBA Cristiane Pinheiro. C om o fechamento de O Impacto em Mogi-Mirim deixaram a empresa o editor Paulo Henrique Tenório, e os repórteres Ivana Paula Mota, Camila Caetano, Tatyana Montera, Odil Augusto David e Pedro de Paulo Brandão, além do repórter-fotográfico Adriano Polletini. Já se recolocaram Tatyana, que agora é editora da Nova Onda FM, de Mogi- Guaçu, e Camila, que assumiu a assessoria de imprensa do Mogi -Mirim Esporte Clube. D aniela Penna começou como coordenadora no escritório paulista da Textual. ISSN 1981-5590 J orge Meditsch deixou o Autoesporte (TV Globo). Continua, porém, como colunista da revista Autoesporte e com o site Autoestrada. INTERIOR M arília Rocha e Danielly Herobetta começaram na Alfapress, de Campinas. 77198 S érgio Hilinsky (ex-Globo) assumiu a Coordenação Geral de Esportes da Record, no lugar do diretor de Esportes Eduardo Zebini, que deixou a Rede. Ainda por lá, Marize Muniz está de volta ao dia-a-dia do telejornalismo, como pauteira do Jornal da Record. B ob Sharp deixou o site Best Cars, após sete anos pilotando a coluna Do banco do motorista. Segue escrevendo para as revistas Carro e Engenharia Automotiva e Aeroespacial, da SAE Brasil. 9 e agora integra a equipe de âncoras do SBT. POR RICARDO KOTS CHO Agosto | o documen tário sobre o Lira | a edição FERNANDO FIGUEIREDO E HÉLIO CAMPO MELLO S MELLO FOTO sem cortes J.R. DURAN de On the Road | a natureza de Araquém 10 UNIDADE MARÇO/2009 Marina Mosol deixou a Chefia de Comunicação da Loga, coletora de lixo de parte da cidade de São Paulo. Ela permanece escrevendo sobre música no (www. popmix.com.br.) S érgio Dias deixou a Porto Seguro para dar dedicação integral à Dália Comunicação (11-4198-5858). dos jornais Notícias do Dia. Chega com a missão de trabalhar em projetos especiais, controle de qualidade do conteúdo e treinamento de equipes de Jornalismo. Cristiane Ramos, de Cotia, partiu para temporada de estudos na Irlanda, onde deve permanecer até março de 2010. Seu e-mail, para eventuais solicitações de frilas, é [email protected]. TELEGRÁFICAS LIVROS O Grupo Folha prepara-se para dar início a um novo ciclo editorial, envolvendo o conjunto de seus veículos, em especial a Folha de S.Paulo. A orientação principal é transformar a Folha num jornal cada vez mais analítico e de textos compactos, sobretudo no que diz respeito ao noticiário geral, ou seja, aquele que já foi notícia ao longo do dia na internet, TV e rádio. O jornal também está promovendo reforma arquitetônica no prédio da Barão de Limeira e outra do sistema digital. A reforma arquitetônica (já iniciada) será feita em duas etapas: a primeira, prevista para se estender até setembro, promoverá o reagrupamento de todas as redações (Agora, Folha, Folha Online e revistas) em três andares (do 4º ao 6º); e a segunda, que se estenderá até 2010, abrangendo as demais áreas. A reforma digital, que envolverá a troca de equipamentos e sistemas por outros de última geração, será feita por etapas, editoria por editoria, com previsão de conclusão no início de 2010. O professor José Marques de Melo (USP e Metodista) aceitou convite do ministro da Educação, Fernando Haddad, para coordenar a Comissão de Especialistas em Ensino de Jornalismo para subsidiar o MEC na revisão das diretrizes curriculares. Ao seu lado estão Carlos Chaparro (USP), Sonia Moreira (UERJ), Lúcia Araújo (Canal Futura), Alfredo Vizeu (UFPE), Eduardo Meditsch (UFSC), Luiz Gonzaga Motta (UnB) e Sérgio Mattos (UFRB – Recôncavo Baiano). A Comissão deverá promover audiências públicas em São Paulo, Brasília e Recife e os planos são de que finalize até junho um documento a ser entregue ao ministro com as sugestões. A Beepress, agência especializada em automobilismo esportivo, dirigida por Wagner Gonzalez, assumiu a administração do site Motor News (www.motornews.com.br). D irceu Pio (ex-Estadão) começou no Grupo RIC, do Paraná, dono de emissoras de rádio e tevê (afiliada Record) e V estígios da Travessia, Da imprensa à internet – 50 anos de jornalismo (Paulus) é o título do livro que celebra as cinco décadas de jornalismo do professor José Marques de Melo. A lberto Villas, do Fantástico, é o autor de Admirável mundo velho, reunindo cem historinhas sobre expressões que desapareceram, como “O filme é um abacaxi”, “Vou chamar a radiopatrulha”, “Viu a trombada?” e “Ele foi sentar praça”. O utro lançamento é A surdez das empresas: como ouvir a sociedade e evitar crises, de Francisco Viana. N ina Lemos assina A Ditadura da Moda, em que revela as entranhas dos desfiles e semanas de moda com muito bom humor, sua marca característica. A leitura dos quadrinhos, de Paulo Ramos, é o novo título da coleção Linguagem & Ensino, da Contexto. M inás Kuyunjian Neto escreveu Iscas Culinárias, primeira obra da série Iscas Intelectuais, que marca o lançamento do selo Café Brasil Editorial. REGISTRO F aleceu dia 20 de fevereiro Cláudio Favieri, que trabalhou alguns anos na Folha de S.Paulo e em vários outros veículos. Tinha 60 anos e residia havia quase uma década em Cunha, dirigindo a Pousada Vale das Cachoeiras, que montou quando decidiu afastar-se das redações. Cláudio enfartou e, levado para a Santa Casa local, não resistiu a um segundo ataque. Foi enterrado na cidade e não deixou filhos. D ia 17/2 faleceu no Rio, em decorrência de um câncer, Guilherme José Duncan de Miranda, Bill Duncan, que foi por 24 anos do Estadão (São Paulo e Rio) e depois da Esso, onde desde 1989 coordenava o Prêmio Esso, ao lado de Ruy Portilho, da RP Consultoria, de quem virou sócio em 2002, logo após deixar a empresa. Caros Amigos muda editores P erto de completar um ano da morte de seu fundador, Sérgio de Souza, a revista Caros Amigos mudou o comando da redação. Mylton Severiano, o Myltainho, editor executivo, e o editor de fotografia Amâncio Chiodi foram demitidos por Wagner Nabuco, diretor comercial da publicação. No início deste mês de março, Nabuco soltou o seguinte comunicado interno: “Caras e Caros Amigos. Por divergências no modo de conduzir a redação em seu aspecto editorial, mas principalmente no estilo de exercer a autoridade advinda do cargo de diretor de redação, chegamos a um impasse que, infelizmente, significou a saída de Mylton Severiano e do Amâncio Chiodi. Toda a equipe editorial, comercial e administrativa, está unida e motivada para continuar o trabalho que há doze anos vem mantendo a Caros Amigos empenhada em fazer um jornalismo critico, de qualidade e independente, claramente comprometida com a luta democrática e popular, buscando contribuir na construção de um País mais justo, igualitário e feliz. Os princípios da revista, que foram traçados já no editorial do seu numero um, em abril de 1997, vão continuar norteando nosso trabalho e nossas ações. Tenho certeza que é isso o que esperam nossos milhares de leitores por todo o nosso Brasil. Atenciosamente. Wagner Nabuco.” Myltainho diz que o “impasse” que deu motivo para sua saída foi um veto a uma ilustração de Gilberto Maringoni, para uma matéria sobre o Fórum Social Mundial de Belém (PA). No entender de Myltainho, a ilustração “zombava” dos movimentos sociais. Myltainho, próximo de completar 50 anos de jornalismo (janeiro de 2010), fez parte da revista desde sua fundação, em 1997. Escreveu a matéria que serviu para abrir a edição de nº1, “Últimas Notícias”. Antes, fez parte da famosa equipe da Realidade, trabalhou na Quatro Rodas e conhecia Sérgio de Souza desde 1960, quando se encontraram na Folha de S. Paulo. Amâncio Chiodi, que trabalhou no Grupo Estado, estava na Caros Amigos há cerca de dois anos. “Ele mexeu em duas propriedades da publicação: Sérgio de Souza foi quem me chamou para ser editor e eu trabalhava havia 11 anos de graça”, diz Myltainho. Agora, os projetos de Myltainho e Chiodi são, segundo eles, receber salários atrasados: desde agosto, para o primeiro, e de um ano, para o segundo. E depois editar um livro sobre a Revista Realidade. “Que seja referência tanto para estudantes, quanto para quem gosta de jornalismo”, diz Myltainho. Nabuco afirma que Myltainho “é um dos grandes jornalistas do Brasil”, mas que “por questões estratégicas da revista, estilo de gestão da redação, trato com colaboradores”, não foi mais possível mantê-lo. A Caros Amigos, segundo Nabuco, será editada por “um conjunto de amigos”: José Arbex, Igor Fuser e Hamilton Octavio de Souza. Walter Silva não esperou Eu sou paulista de Osasco, quando Osasco ainda era subúrbio de São Paulo. São Paulo, mesmo para os paulistas, não é uma cidade fácil. O Bussunda, perguntado uma vez, qual teria sido o lugar mais estranho em que ele fez amor, respondeu na bucha:- São Paulo. Vinicius de Moraes dizia que São Paulo era o túmulo do samba. E se não fosse o Walter Silva teria sido mesmo. Sem o Walter não existiria “Bossa Nova” em São Paulo. Foi ele, primeiro no seu programa “O Picape do Pica Pau” que lançou e apoiou o movimento em São Paulo. Depois enfrentando o risco sozinho, lançou os espetáculos da “bossa” no Teatro Paramount. Foi um sucesso tão grande que se pode dizer que o Walter Silva indiretamente inventou a TV Record, que, seguindo o filão descoberto por ele, passou anos liderando a televisão brasileira com programas musicais e os Festivais do Solano Ribeiro. Walter no rádio e no teatro e Solano na TV fizeram Vinicius se calar, pois o epicentro do terremoto MPB foi São Paulo que virou o berço da bossa e não o túmulo como previa o nosso querido poetinha. Walter Silva saiu do ar logo depois do Carnaval. Morreu injustiçado e sem o reconhecimento que seu pioneirismo merecia. Foi internado e em poucos dias nos deixou. Os amigos nunca acreditam que um do grupo possa partir assim de repente. Eu disse à Dea que iria a São Paulo vê-lo no hospital, mas o meu amigo não pode me esperar. Só resta a oportunidade desta mensagem, com carinho e respeito pela grandeza do radialista, jornalista e produtor Walter Silva, mais um grande e querido amigo que nos deixa nesse mundo cada vez mais solitários. Um beijão Walter. Boni ( http://bloglog.globo.com/boni/) Walter Silva foi sepultado em um sábado (28/2), no Cemitério Santo Amaro, depois de ser velado na Câmara Municipal de São Paulo. Tinha 75 anos e era cardiopata. Morreu de insuficiência cardíaca e renal no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, onde estava internado. Em 2000 ele recebeu o Prêmio Vladimir Herzog pelo Sindicato, do qual foi diretor em 1975. Imagem E duardo Nicolau começou na profissão no Esporte do Jornal da Tarde, em 1998, antes de se tornar funcionário de todo o Grupo Estado. Não foram poucas as coberturas e viagens, passando por Vietnã, Haiti (ele e o repórter Eduardo Nunomura foram os primeiros jornalistas brasileiros a chegar ao país acompanhando o Exército na Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas, depois da deposição do presidente Jean Bertrand Aristide). Houve ainda a Copa do Mundo de futebol na Alemanha, em 2006, Copa América de 2005, entre outras. Mas Eduardo Nicolau, acima de tudo, é um apaixonado pela Capital paulista. Envolvido, procurando mostrar antigos lugares por ângulos que poucos conhecem, transforma a cidade em outra, fantástica. Como na experiência com lentes ‘olho-de-peixe’, que foi usada na apresentação da 4ª Mostra UNIDADE MARÇO/2009 11 Anual de Fotojornalismo – FotoContexto de 2009, coletiva organizada pela Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos no Estado de São Paulo, no Espaço Cultural Conjunto Nacional. Para fazer este tipo de foto o profissional tem de segurar a câmera virada para baixo, fixada em um monopé, abaixo do trem de pouso da aeronave – a lente capta 360º. Se a foto for feita à noite, como no caso de um dos exemplos desta página, com obturador mais lento, Nicolau precisou de 340 fotogramas, dos quais apenas seis ficaram da forma como queria e apenas um com a composição que ele considerou boa. Seu projeto, que depois deve se tornar livro, é fotografar paulistanos em lugares que estes mais adoram na cidade. Já tem 25 desses ‘perfis’ prontos, de Oswaldinho da Cuíca, Paulo Vanzolini, Djalma Santos, Toquinho, entre outros, que se dispuseram a ser imortalizados pelas lentes do profissional que fez 36 anos dia 7 de março. Paixão levada às alturas O respeito com sua saúde começa na natureza, nas fontes onde a Sabesp vai buscar a água para levar até sua casa. pelascom estações de tratamento, onde a mais moderna é utilizada para garantir qualidade da água que OPassa respeito sua saúde começa na natureza, nas fontestecnologia onde a Sabesp vai buscar a água apara levar até sua casa. vocêpelas vai usar. Continua depois que aonde água afoimais usada, nas estações de tratamento de esgotos. Devolver a água usada para aque Passa estações de tratamento, moderna tecnologia é utilizada para garantir a qualidade da água natureza emContinua condiçõesdepois de permitir siga seunasciclo é uma de questão de honra a Sabesp. De honra e deusada respeito. você vai usar. que aque águaa vida foi usada, estações tratamento de para esgotos. Devolver a água para a natureza em condições de permitir que a vida siga seu ciclo é uma questão de honra para a Sabesp. De honra e de respeito.