O que é o Estado Islâmico?

Transcrição

O que é o Estado Islâmico?
Nota:
Aluno
N°:
8º
EF
Prof. Fábio
TEXTO I (AULA I )
O QUE É O ESTADO ISLÂMICO?
Militantes de uma organização terrorista conhecida anteriormente como Estado Islâmico no Iraque e no Levante
declararam, em junho deste ano, um “califado islâmico” no Oriente Médio –chamado agora apenas de Estado Islâmico. Desde
então, esses guerreiros se tornaram um dos assuntos mais importantes do noticiário internacional.
O Estado Islâmico é uma organização terrorista que declarou, em 30 de junho deste ano, o controle de um território
estratégico entre a Síria e o Iraque. Seus membros estabeleceram, ali, um califado islâmico e têm disputado com os governos
regionais.
O Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL) - atualmente chamado apenas de Estado Islâmico (EI) - é um grupo
jihadista radical que conseguiu recrutar milhares de combatentes. Conheça mais sobre sua história.
Fundação
O EI surgiu a partir do Estado Islâmico no Iraque, o braço iraquiano da Al-Qaeda dirigido por Abu Bakral-Bagdadi. Em
abril de 2013, Bagdadi anunciou que o Estado Islâmico do Iraque e a Frente Al-Nosra, um grupo jihadista presente na Siria, se
fundiriam para se converter no Estado Islâmico do Iraque e Levante.
Mas a Al-Nosra negou-se a aderir a este movimento e os dois grupos começaram a agir separadamente até o início, em
janeiro de 2014, de uma guerra entre eles.
O EI contesta abertamente a autoridade do chefe da Al-Qaeda, Aymanal-Zawahiri, e rejeitou seu pedido de que se
concentre no Iraque e deixe a Síria para a Al-Nosra.
Efetivos
Charles Lister, pesquisador do Brookings Doha Centre, estima que o EI tenha entre 5 mil e 6 mil combatentes no Iraque e
entre 6 mil e 7 mil na Síria.Estes números não podem ser confirmados por outras fontes.
Nacionalidades
Na Síria, a maioria dos combatentes em terra são sírios, mas seus comandantes costumam chegar do exterior e lutaram
em Iraque, Chechênia, Afeganistão e em outras frentes. No Iraque, a maioria dos combatentes são iraquianos.
Segundo o islamólogoRomainCaillet, do Instituto francês de Oriente Médio, muitos de seus chefes militares são
iraquianos ou líbios, enquanto os líderes religiosos são sauditas ou tunisianos.O EI também conta com centenas de combatentes
francófonos, como franceses, belgas e magrebinos.
Ideologia
O EI nunca jurou lealdade ao chefe da Al-Qaeda, mas o grupo defende o mesmo tipo de ideologia jihadista e anunciou ter
instaurado um Estado Islâmico em uma região situada entre a Síria e o Iraque.
Padrinhos
O EI não parece contar com o apoio de nenhum Estado e, segundo os analistas, recebe a maior parte de seus fundos de
doadores individuais, em sua maioria oriundos do Golfo Pérsico. No Iraque, o grupo também depende de personalidades tribais
locais.
Presença
O EI tomou em janeiro, junto com outros grupos insurgentes, o controle de Fallujah e de setores de Ramadi, a oeste de
Bagdá.Na Síria é considerado a força combatente mais eficaz contra o regime do presidente Bashar al-Assad.
Mas depois de ter sido acolhido favoravelmente por alguns rebeldes sírios, acabou pegando em armas contra eles.
Esta mudança se deveu a sua vontade hegemônica e às atrocidades que são atribuídas ao grupo, sobretudo o sequestro
e a execução de civis e de rebeldes de movimentos rivais.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/06/conheca-o-eiil-grupo-jihadista-radical-com-milhares-de-combatentes.html
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TEXTO II
(AULA II)
OBAMA ANUNCIA PLANOS DE COALIZÃO PARA 'DESTRUIR' ESTADO ISLÂMICO
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quarta (10) que seu país irá liderar uma grande
coalizão internacional que tem como objetivo “destruir o Estado Islâmico(EI)”. Em pronunciamento em rede nacional, ele
assegurou, porém, que não irá enviar soldados ao Iraque ou à Síria.
“Quero que os americanos entendam que esse esforço será diferente das guerras no Iraque e no Afeganistão. Ele não envolverá
tropas dos Estados Unidos combatendo em solo estrangeiro. Essa campanha antiterrorismo será travada através de um esforço
incansável e constante para eliminar o EI onde quer que ele exista, usando nosso poder aéreo e o apoio de forças aliadas em
solo. Essa estratégia para erradicar terroristas que nos ameaçam, apoiando parceiros nas linhas de frente, é a mesma que temos
aplicado com sucesso no Iêmen e na Somália há anos”, disse o presidente em seu discurso (leia o discurso ao final desta
reportagem).
Antes de detalhar os planos de ação, Obama reforçou que o EI é uma ameaça real. “EI não é ‘islâmico’. Nenhuma religião
tolera a matança de inocentes, e a grande maioria das vítimas do EI tem sido de muçulmanos. E o EI certamente não é um
Estado. Antigamente, era afiliada da Al Qaeda no Iraque, e se aproveitou da luta sectária e da guerra civil da Síria para ganhar
território em ambos os lados da fronteira entre o Iraque e a Síria. Não é reconhecido por nenhum governo, nem pelo povo que
subjuga. O EI é uma organização terrorista, pura e simplesmente. E não possui nenhuma visão que não seja o massacre de todos
os que se encontram em seu caminho.”
O presidente americano anunciou então um plano com quatro pontos principais: dar apoio militar ao novo governo
iraquiano para o combate ao EI, sem envio de tropas de solo; aumentar o apoio aos rebeldes de oposição ao governo da Síria;
angariar apoio e recursos da comunidade internacional; oferecer ajuda humanitária aos muçulmanos sunitas e xiitas das regiões
de controle do EI que estão refugiados, além de cristãos e outras minorias religiosas. "Nosso objetivo é claro: vamos degradar e,
em última instância, destruir o EI através de uma estratégia abrangente e sustentável de contraterrorismo."
Segundo Obama, porém, as ofensivas militares no Iraque não serão como as guerras no próprio Iraque e no Afeganistão.
No Iraque, o presidente disse que a instalação do novo governo permite que os Estados Unidos dê apoio de inteligência,
armamentos e treinamento ao exército iraquiano, mas sem o envio de tropas de combate.
“O poder americano pode fazer uma diferença decisiva, mas não podemos fazer pelo Iraque o que eles devem fazer por
si mesmos”, afirmou. "Esta é a liderança americana em sua melhor forma: apoiamos os povos que lutam por sua própria
liberdade".
A ajuda anunciada é de 475 militares para dar apoio longe do combate pelo solo. A ideia de Obama é que a força aérea
americana ataque as regiões controladas pelo Estado Islâmico para auxiliar os soldados iraquianos na luta contra o grupo radical.
No caso da Síria, Obama afirmou que o exército americano não terá o mesmo papel que no Iraque. No discurso, ele
pediu a autorização do congresso dos EUA para aumentar a quantidade de armas e dinheiro a ser enviada aos rebeldes de
oposição ao governo de Bashar al-Assad. “Na luta contra o EI nós não podemos contar com o regime de Assad, precisamos
fortalecer a oposição”, disse.
O presidente dos EUA explicou que a missão de combate ao EI é semelhante a outras ações feitas pelo exército
americano no Iêmen e na Somália, e que o risco de não responder às ameaças do grupo fundamentalista pode fazer com que ele
ganhe força e comece a representar uma ameaça real aos territórios do país e dos aliados. Obama disse ainda que o grupo tem
recrutado cidadãos de países europeus que podem estar sendo treinados no Oriente Médio. “Não registramos ainda um perigo
sério, mas, treinados, esses soldados podem voltar a seus países e promover algum ataque.”
Ele ressaltou, porém, que a coalizão militar para combater o EI também serve para proteger os militares e civis
americanos na região do Oriente Médio, lembrando dos dois jornalistas americanos que foram mortos pelo grupo terrorista.
Para angariar o apoio de outros países, Obama afirmou que o secretário de Estado, John Kerry, se reuniu nos últimos
dias com o novo governo iraquiano, e nos próximos dias fará visitas a outros estados do Oriente Médio e da Europa.
Coalizão
Na sexta-feira (5), Kerry e o secretário de Defesa, Chuck Hagel, já ressaltavam a necessidade da criação de uma
coalizão internacional em um comunicado conjunto, depois de uma reunião à margem da cúpula da Otan com os dirigentes de
outros nove países. "Não podemos perder tempo para criar uma coalizão internacional para destruir a ameaça representada pelo
EI", dizia o texto.
Na ocasião, Kerry usou um termo já empregado anteriormente por Obama ao falar em “destruir o Estado Islâmico”.
"Temos que atacá-los de maneira que os impeça de tomar territórios, que reforce a capacidade das forças iraquianas, de outros
que estão na região e que estão preparados para enfrentá-los, sem comprometer nossas tropas, obviamente", assinalou Kerry em
uma reunião com seus colegas da Alemanha, França, Grã-Bretanha, Itália, Turquia, Polônia, Canadá, Dinamarca e Austrália.
A desintegração do grupo havia sido prometida pelo presidente dos EUA dois dias antes, na quarta (3), ao comentar o
segundo vídeo com a decapitação de um jornalista americano por integrantes do EI, Steven Sottlof.
“A questão é esta: nosso objetivo é claro, degradar e destruir (o Estado Islâmico) para que não seja mais uma ameaça
não só ao Iraque, mas à região e aos Estados Unidos”, afirmou em uma entrevista coletiva. “Seja lá o que for que estes
assassinos pensam que irão conquistar matando norte-americanos inocentes como Steven, já fracassaram”, disse Obama.
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“Fracassaram porque, como muitos ao redor do mundo, os norte-americanos estão enojados com sua barbárie. Não seremos
intimidados".
No dia 20 de agosto, quando falou sobre a morte do primeiro jornalista, James Foley, o presidente chamou o EI de
“câncer” e disse que o grupo tem uma “ideologia falida”.
“Sua ideologia é fracassada. Eles podem dizer que estão em guerra com os Estados Unidos ou o Ocidente, mas o fato é
que aterrorizam seus vizinhos e não lhes oferecem nada além de uma escravidão sem fim à sua visão nula e o colapso de
qualquer definição de comportamento civilizado", disse a jornalistas.
Ataques aéreos
No Iraque, os EUA iniciaram ataques aéreos no dia 8 de agosto e mais de 150 ofensivas foram lançadas desde então,
especialmente no norte do país. Segundo o Pentágono, mais de 200 alvos do Estado Islâmico foram destruídos e mais de 300
toneladas de ajuda foram entregues, sem nenhuma baixa ou acidente envolvendo caças americanos. A colaboração do governo
local facilitou as ações no território iraquiano, em situação bem diferente da Síria.
Em 25 de agosto, o governo sírio afirmou estar “pronto para cooperar e coordenar” o trabalho da comunidade
internacional na luta contra o terrorismo no país, no âmbito da resolução 2170 do Conselho de Segurança da ONU. A medida visa
impedir o recrutamento e financiamento de jihadistas na Síria e no Iraque, que também já se declarou disposto a colaborar.
Mas o chefe da diplomacia síria, WalidMoallem, deixou claro que qualquer ataque dos aliados americanos dentro do
território de seu país deveria ser coordenado por Damasco. Caso contrário, seria considerado uma agressão.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/09/obama-anuncia-planos-de-coalizao-para-destruir-estado-islamico.html
GRÁFICOS EXPLICAM GUERRA CONTRA 'ESTADO ISLÂMICO'
A operação contra o grupo autodenominado 'Estado Islâmico' (EI) já dura seis meses, com centenas de alvos atingidos e
milhares de combatentes mortos.
A coalizão, liderada pelos Estados Unidos e com a participação de cerca de 60 países, iniciou seus ataques aéreos a
alvos do grupo no Iraque em 8 de agosto de 2014. Posições na Síria começaram a ser atingidas em setembro. O objetivo é
enfraquecer e, consequentemente, destruir o grupo.
Apesar da operação, o 'Estado Islâmico' conseguiu tomar uma represa numa região ao norte de Bagdá no domingo, e
divulgou um vídeo mostrando a decapitação de cristãos coptas egípcios - uma nova frente no conflito.
Estimativas da força do grupo variam, mas sabe-se que muitos combatentes viajaram à Síria e ao Iraque de outros países
para se juntar ao 'Estado Islâmico.
Custo da ofensiva
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos calculou o custo total da campanha - até 9 de janeiro de 2015 - em US$
1,3 bilhão, com um custo diário médio de US$ 8,3 milhões.
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Esse valor é uma pequena fração do custo total das guerras no Iraque, Afeganistão e Paquistão (veja gráfico ao lado).
Estatísticas confiáveis do custo humano da campanha são desconhecidos - a Organização das Nações Unidas (ONU)
interrompeu a contagem de mortos na Síria há um ano, dizendo ser uma tarefa muito difícil.
E não há nenhuma perspectiva de fim dos ataques. O general americano John Allen descreveu o conflito como "uma luta
de uma geração".
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/02/150216_estado_islamico_gch_hb
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