bordados ponto cruz

Transcrição

bordados ponto cruz
TÉCNICAS DE ARTESANATO
Tita Mascarenhas
CURSO BÁSICO DE BORDADOS
PONTO CRUZ
1. HISTÓRICO
Há séculos o PONTO CRUZ (ou PONTO DE CRUZ) vem sendo usado nos bordados na maioria dos países europeus. Na
Alemanha eram usadas formas geométricas, estrelas, figurinhas humanas, pássaros e flores. O espírito alegre do povo suíço
transparece nos desenhos de Ponto de Cruz. Nos bordados chineses, o Ponto de Cruz é executado em tecidos muito finos, bem
miudinho. Na Inglaterra do século XVIII o Ponto de Cruz era usado para assentos de cadeiras. Durante a era Vitoriana foi
empregado para bordar pequenos quadros, com cenas da vida cotidiana, animais, casas, flores e árvores.
Popular em grande parte do mundo, o Ponto de Cruz é um dos pontos de bordado mais fáceis de fazer.
2. A ESCOLHA DO TECIDO
Como você precisará contar os fios, os tecidos de trama regular, como a ETAMINE, o CÂNHAMO, a TALAGARÇA ou o LINHO,
com número idêntico de fios horizontais e verticais, são os mais adequados.
As tramas variam das mais finas às mais rústicas, tendo de 10 a 30 fios num espaço de 2 cm². Portanto, o tamanho do ponto e,
conseqüentemente, do motivo, depende do número de fios usados.
A ETAMINE (miúda ou panamá) é atualmente o tecido mais usado.
3. AGULHAS
A agulha ideal é curta, sem ponta (ponta cega) e fundo largo. A numeração, condizente com a largura, varia entre os números 16
(mais grossa), 22 e 24 (intermediárias) e 26 (mais fina, para trabalhos delicados em tecidos como o linho). A escolha da agulha
deve ser feita sempre em função do tecido empregado.
4. FIOS (LINHAS)
Quanto maior a trama do tecido, mais fios você deve usar na agulha. Em tecidos de 4 e 5 pontos por centímetro linear (etamine e
cânhamo), usa-se, em geral, linhas comuns de bordado, como a mouliné e a torçal. Já em tecidos mais rústicos, obtêm-se melhores
resultados empregando fios grossos, ou até mesmo lã para tapeçaria.
5. GRÁFICOS E DIAGRAMAS
Para bordar ponto de cruz não há necessidade de riscos ou marcações. Para executar os
motivos basta seguir um diagrama em que cada quadradinho do gráfico representa um
ponto. Os diferentes sinais dentro dos quadradinhos representam as cores indicadas por
números na chave de sinais junto ao gráfico.
É difícil ter idéia exata do tamanho final do bordado a partir do diagrama. Mas com o tempo
você irá acostumar-se com cálculos simples que poderão evitar surpresas e erros.
6. COMO ENCONTRAR O MEIO DO TECIDO
Dobre o tecido ao meio, tanto no sentido horizontal como no vertical. Abra o tecido e alinhave (com linha de cor contrastante), em
forma de cruz, sobre as marcas deixadas pelas dobras. O encontro dessas linhas corresponde ao centro do tecido e também do
motivo.
7. TÉCNICA PARA BORDAR
O ponto cruz consiste, basicamente, no cruzamento de dois fios oblíquos. Essas pequenas cruzes são bordadas simetricamente em
grupos para formar blocos compactos de cores ou figuras.
Trabalha-se o ponto cruz sobre fios contados, isto é, usando os fios do tecido como base. Cada ponto deve ocupar uma área
quadrada, abrangendo o mesmo número de fios na vertical e na horizontal, para que o resultado final seja uniforme.
O bordado em ponto de cruz pode ser feito em carreiras verticais, horizontais, diagonais ou, ainda, em trechos isolados.
Para dar uniformidade ao bordado, ao trabalhar as carreiras todos os pontos do motivo devem cruzar-se na mesma direção. No
avesso, elas deverão formar pontos uniformes e verticais.
8. PONTO MÉDICI (OU TÉCNICA DE HOLBEIN)
Algumas vezes também chamado de ponto de alinhavo duplo, este ponto é usado para acentuar ou contornar o desenho.
9. DA TEORIA Á PRÁTICA
Exercite-se no ponto de cruz bordando os motivos apresentados nos diagramas do item 5.
Fontes de consulta:
BORDADOS & APLICAÇÕES – PONTO & ARTE – EDITORA GLOBO
PONTO CRUZ – ÂNCORA (LIVRO 441)
PONTO CRUZ – CORRENTE (LIVRETE 090)
PONTO CRUZ – MANAQUIM e FÁCIL FÁCIL – EDITORA ABRIL
www.pontocruz.net
AGOSTO/2005