O BOM DONO DE CASA
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O BOM DONO DE CASA
2 INSTITUTO GNÓSTICO DE ANTROPOLOGIA IGA—B RASIL www.igabrasil.org.br Editorial Há sete meses do nosso Evento Maior, o XXI Congresso Gnóstico Internacional, achamos que o tempo está passando muito rápido e não teremos tempo para fazer quase nada até o Congresso. Ilusão. O tempo é ilusão, assim como a nossa vida é Maya. Até 27/10/2013, teremos mais duas edições do Maitreya e, com isso, muito trabalho e muita leitura. Até o primeiro dia do Congresso, temos 209 dias. O que podemos fazer além de mais 42 semanas de labor? Se “o homem é o que é a sua vida” e “nossa vida é nossa iniciação”, não temos remédio: “Trabalho, Trabalho e mais Trabalho!”. Assim, queridos irmãos e leitores, a vocalização diária das sete vogais deve preencher 60 minutos do nosso dia; as práticas matinais com as Runas ocupam outros 30 minutos do nosso tempo; a auto-observação e a recordação de si não nos dão folga e, presentes a cada momento, nos mostram que realmente o tempo é ilusão mas a vida é uma benção. Aproveitemo-la! SOBRE A FIGURA DA CAPA: A pintura "O Retorno do Filho Pródigo", que poderia ilustrar a Felicidade e a Liberdade no seu sentido mais profundo e iniciático, sugere que a peregrinação da alma na geração animal está destinada à dor, ao sofrimento e à escravidão imposta pelo desejo, e que somente a Bem-Aventurança, advinda da reconciliação da Alma com o Espírito, confere verdadeira dita da vida livre em seu movimento e da felicidade incondicional. (Alberto Carlos Souza). Maitreya Revista elaborada pelo Instituto Gnóstico de Antropologia (IGA Brasil) para a divulgação dos Ensinamentos Gnósticos e afins. Ano V - Nº 019 Trimestral - 200 exemplares 52º Ano da Era de Aquário Presidentes de Honra: V.M. Samael Aun Weor e Litelantes (fundadores das Instituições Gnósticas) Dir. Mundial: Sr. Osiris Gómez Garro Dir. Nacional: Roberto Antunes de Lira Editor: Ricardo Nairo de Souza Direção de Arte: Alberto Paula de Souza, Édson Collo e Ricardo Nairo Jornalista Responsável: Valdir Demori Redação: Alberto Souza, Ana Reis, Antônio Luiz D. Tavares, Jussara, Leandro Bellio, Ricardo Amâncio, Ricardo Nairo, Rubens Ribeiro Rodrigues, Tereza Félix. Apoio Geral: Ana Paula, Alice Canella, Mariana Dorigatti, Marisa Gomes, Marson, Paula Novelino, Profª Juliana, Selene de Jesus. Colaboradores: Instrutores e Estudantes Gnósticos do IGA BRASIL Capa: "O Retorno do Filho Pródigo" de Rembrandt SUMÁRIO 03 Editorial: O tempo é ilusão 13 Praticai! Praticai! Praticai! O Mantra GATE 04 Ensinamento de Samael I A Felicidade e a Liberdade 14 Sala de Estudos Gnósticos: O Mito de Quetzalcoatl - I 07 Cabala Esotérica e o Tarôt: O Regresso– Arcano 22 15 Pilares do Conhecimento - Mística: Da Nossa Vida - II 09 Perfil Missionário do IGA Brasil: Marcos Luis Ramos Terra e Kenia Amarante 18 Pilares do Conhecimento - A Arte: “...e a Natureza” 10 Samael Responde - Respostas a perguntas sobre 21 Ensinamentos de Samael II: O Bom Dono de a felicidade e a educação formal Casa 11 Astrologia Esotérica - Touro, Gêmeos e Câncer: 22 Visão Gnóstica: A Alquimia da Felicidade Práticas Zodiacais 12 XXI Congresso Gnóstico Internacional Manaus 2013: Mensagem 05 30 Calendário de Atividades do IGA: de abril a julho de 2013 II ENCONTRO REGIONAL DO IGA MINAS-RIO: 20 E 21 DE ABRIL DE 2013 - CAMPOS DOS GOYTACAZES/RJ 3 As pessoas trabalham diariamente, lutam por sobreviver; querem existir de alguma maneira, porém não são felizes. Isso da felicidade está em chinês, como se diz por aí. O pior é que as pessoas sabem disto, mas no meio de tantas amarguras, parece que não perdem as esperanças de alcançar a felicidade algum dia, sem saber como, nem de que maneira. Pobres pessoas! Como sofrem! E, no entanto, querem viver, temem perder a vida. Se as pessoas entendessem algo sobre Psicologia Revolucionária, possivelmente até pensariam diferente; mas na verdade nada sabem. Querem sobreviver em meio a sua desgraça e isso é tudo. Existem momentos prazerosos, muito agradáveis, mas isso não é felicidade. As pessoas confundem o prazer com a felicidade. Folia, farra, bebedeira, orgia, é prazer bestial, mas não é felicidade. No entanto, há festinhas sãs, sem bebedeiras, sem bestialidades, sem álcool etc., mas isso tampouco é felicidade... Você é uma pessoa amável? Como se sente quando dança? Você está enamorado? Ama de verdade? Como se sente dançando com o ser querido? Permita que me torne um pouco cruel, nestes momentos, ao dizer-lhe que isto também não é felicidade. Se você está velho e esses prazeres já não lhe atraem, desculpe-me se lhe digo que seria diferente se você fosse jovem e cheio de ilusões. De todas as maneiras, diga-se o que se diga; dance ou não dance, namore ou não namore, tenha ou não isso que se chama dinheiro, você não é feliz, ainda que pense o contrário. Passamos a vida buscando a felicidade por todas as partes e morremos sem havê-la encontrado. Na América Latina são muitos os que têm esperanças de ganhar algum dia o prêmio gordo da loteria, creem que assim vão conseguir a felicidade. Alguns até de verdade o ganham, mas nem por isso conseguem a tão ansiada felicidade. Quando somos jovens, sonhamos com a mulher ideal, uma princesa das "Mil e Uma Noites", algo extraordinário... Depois vem a crua realidade dos fatos: mulher, filhos pequenos para sustentar, difíceis problemas econômicos etc. Não há dúvida de que à medida que os filhos crescem, os problemas também aumentam e até se tornam impossíveis de serem resolvidos. Conforme o menino ou a menina vão crescendo, os sapatinhos vão sendo cada vez maiores e o preço também, isso é claro. Conforme as crianças crescem, a roupa vai custando cada vez mais e mais cara. Havendo dinheiro, não há problemas nisso; mas, se não há, a coisa é grave e se sofre horrivelmente... Tudo isso seria mais ou menos tolerável, se ele tivesse uma boa mulher; mas quando o pobre homem é traído, quando lhe põem "chifres", de que lhe serve então lutar para conseguir dinheiro? Existem casos extraordinários, mulheres maravilhosas, companheiras de verdade, tanto na opulência quanto na desgraça, mas para o cúmulo dos cúmulos, então o homem não sabe apreciá-la e até a abandona por outras mulheres que vão lhe amargurar a vida. Muitas são as mocinhas que sonham com um "príncipe encantado”. Infelizmente, na verdade, as coisas se tornam bem diferentes e, no terreno dos fatos, a pobre mulher casa-se com um verdugo... A maior ilusão de uma mulher é chegar a ter um belo lar e ser mãe; santa predestinação! 4 No entanto, ainda que tenha um marido muito bom, coisa por certo muito difícil, no fim tudo passa. Os filhos e as filhas se casam, se vão ou são ingratos com seus pais e o lar termina definitivamente. Conclusão: neste mundo cruel em que vivemos, não existe gente feliz... Todos os pobres seres humanos são infelizes. Na vida conhecemos muitos "burros" carregados de dinheiro, cheios de problemas, disputas de toda espécie, sobrecarregados de impostos etc. Não são felizes... De que serve ser rico se não se goza de boa saúde? Se não se tem um verdadeiro amor? Pobres ricos! Às vezes, são mais desgraçados que qualquer mendigo. Tudo passa nesta vida! Passam as coisas, as pessoas, as ideias etc. Os que têm dinheiro passam e os que não têm também passam... E ninguém conhece a autêntica felicidade. Muitos querem escapar de si mesmos por meio das drogas ou do álcool, mas, em verdade, não só não conseguem escapar, mas, o que é pior, ficam presos no inferno do vício. Os amigos do álcool, da maconha ou do LSD etc., desaparecem como por encanto quando o viciado resolve mudar de vida. Fugindo do "mim mesmo", do "eu mesmo", não se alcança a felicidade. Interessante seria agarrar o "touro pelos chifres". Observar o "eu", estudá-lo com o propósito de descobrir as causas da dor. Quando descobrimos as causas verdadeiras de tantas misérias e amarguras, é óbvio que algo pode acontecer... Se conseguirmos acabar com o "mim mesmo", com "minhas bebedeiras", "meus vícios", "meus afetos" que tanta dor me causam no coração, minhas preocupações que me destroçam o cérebro e me adoecem etc., é claro que então advém isso que não é do tempo; isso que está mais além do corpo, das emoções e da mente; isso que realmente é desconhecido para o entendimento e que se chama felicidade! Inquestionavelmente, enquanto a consciência continuar engarrafada, embutida no "mim mesmo", no "eu mesmo", de nenhuma maneira se poderá conhecer a legítima felicidade. A felicidade tem um sabor que o "eu mesmo", o "mim mesmo" jamais conheceu. O sentido da Liberdade é algo que ainda não foi entendido pela humanidade. Sobre o conceito “Liberdade”, apresentado sempre de forma mais ou menos equivocada, cometeram-se gravíssimos erros. Certamente se luta por uma palavra; tiram-se deduções absurdas; cometem-se atropelos de toda espécie e se derrama sangue nos campos de batalha. A palavra Liberdade fascina todo mundo, mas ninguém a compreende de verdade. Existe muita confusão com relação a esta palavra. Não é possível encontrar uma dezena de pessoas que defina a palavra Liberdade da mesma forma e do mesmo modo. É que o termo Liberdade não poderia, de nenhuma maneira, ser compreensível para o racionalismo subjetivo. Cada pessoa tem ideias diferentes sobre esta palavra; opiniões subjetivas, desprovidas de toda realidade objetiva. Ao se propor a questão Liberdade, existe incoerência, indefinição, incongruência em cada mente. Estou seguro de que nem sequer Immanuel Kant, o autor da "Crítica da Razão Pura" e da "Crítica da Razão Prática", jamais analisou esta palavra para dar-lhe o sentido exato. Liberdade, linda palavra, belo termo! Quantos crimes se cometeram em seu nome! Indiscutivelmente, o termo Liberdade hipnotizou as multidões. As montanhas e os vales, os rios e os mares, tingiram-se com sangue ao conjuro desta mágica palavra. Quantas bandeiras, quanto sangue e quantos heróis sucederam-se no curso da história, cada vez que se colocou a questão da Liberdade sobre o tapete da vida. Infelizmente, depois de toda independência, a tão alto preço alcançada, a escravidão continua dentro de cada pessoa. Quem é livre? Quem conseguiu a famosa Liberdade? Quantos se emanciparam? Ai! Ai! Ai! O adolescente anseia por Liberdade. Parece incrível que, muitas vezes, tendo pão, agasalho e refúgio, queira fugir da casa paterna em busca da Liberdade. É incongruente que o jovenzinho que tem tudo em casa queira evadir-se, fugir, afastar-se de sua morada, fascinado pela palavra Liberdade. É estranho que, gozando do conforto do lar, queira perder o que tem para viajar por estas terras do mundo e mergulhar na dor. 5 Que o desventurado, o excluído da vida, o mendigo, queira de verdade afastar-se do casebre, da choça, com o propósito de obter alguma mudança para melhor, é correto; porém, que o jovem de bem, o filhinho da mamãe busque escapatória, fugir, torna-se incongruente e até absurdo. Entretanto, assim acontece; a palavra Liberdade fascina, enfeitiça, ainda que ninguém saiba defini-la de forma precisa. Que a donzela queira Liberdade, que anele mudar de casa, que deseje casar-se para escapar do lar paterno e viver uma vida melhor, é em parte lógico, porque ela tem direito de ser mãe. No entanto, já na vida de casada, se dá conta de que não é livre e que, com resignação, haverá de seguir carregando as cadeias da escravidão. O empregado, cansado de tantos regulamentos, quer se ver livre e, se consegue alcançar a independência, encontra-se com o problema de que continua sendo escravo de seus próprios interesses e preocupações. Certamente, cada vez que se luta pela Liberdade, encontramo-nos defraudados apesar das vitórias. Tanto sangue derramado inutilmente em nome da Liberdade e, no entanto, continuamos sendo escravos de nós mesmos e dos demais. As pessoas lutam por palavras que nunca entendem, ainda que os dicionários as expliquem gramaticalmente. A Liberdade é algo para se conseguir dentro de si mesmo. Ninguém pode alcançá-la fora de si mesmo. "Cavalgar pelo ar" é uma frase muito oriental que alegoriza o sentido da genuína Liberdade. Ninguém poderia realmente experimentar a Liberdade enquanto sua Consciência continue engarrafada no mim mesmo, no si mesmo. Compreender esse eu mesmo, a minha pessoa, o que eu sou, é urgente, quando se quer, muito sinceramente, conseguir a Liberdade. De modo algum poderíamos destruir os grilhões da escravidão sem antes haver compreendido toda esta questão minha, tudo isto que corresponde ao eu, ao mim mesmo. Em que consiste a escravidão? O que é isto que nos mantém escravos? Quais são estas travas? Tudo isso é o que necessitamos descobrir. Ricos e pobres, crentes e descrentes, estão todos formalmente presos, ainda que se considerem livres. Enquanto a Consciência, a Essência, o mais digno e decente que temos em nosso interior, continue engarrafada no mim mesmo, no eu mesmo, em minhas apetências e temores, em meus desejos e paixões, em minhas preocupações e violências, em meus defeitos psicológicos, estaremos em formal prisão. O sentido de Liberdade só pode ser compreendido integralmente quando forem aniquilados os grilhões de nosso próprio cárcere psicológico. Enquanto o eu mesmo existir, a Consciência estará na prisão. Escapar do cárcere só é possível mediante a aniquilação budista, dissolvendo o eu, reduzindo-o a cinzas, à poeira cósmica. A Consciência livre, desprovida do eu, em ausência absoluta do mim mesmo, sem desejos, sem paixões, sem apetências ou temores, experimenta de forma direta a verdadeira Liberdade. Qualquer conceito sobre Liberdade, não é Liberdade. As opiniões que formemos sobre a Liberdade estão muito longe de ser a realidade. As ideias que forjemos sobre o tema Liberdade, nada têm a ver com a autêntica Liberdade. A Liberdade é algo que temos que experimentar de forma direta e isto só é possível morrendo psicologicamente, dissolvendo o eu, acabando para sempre com o mim mesmo. De nada serviria continuar sonhando com a Liberdade se de toda maneira prosseguimos como escravos. Mais vale ver a nós mesmos, tal qual somos, observar cuidadosamente todos esses grilhões da escravidão que nos mantêm em formal prisão. Quando nos autoconhecermos e virmos o que somos interiormente, descobriremos a porta da autêntica liberdade. *Capítulos do livro “A Grande Rebelião”, de Samael Aun Weor. Editora IGA Fênix.1992. 6 Cabala Esotérica e o Tarôt DESCRIÇÃO DA LÂMINA Nas águas da vida está a cruz Swástica simbolizando o chacra muladhara de 4 pétalas. Uma mulher tocando uma harpa, que representa a Verdade, está a pulsar a lira sexual de nove cordas, até encontrar a nota chave. Na parte superior, os quatro Deuses da morte: Mestha, Hapi, Duamutf e Kebhsennut, representam os quatro elementos: Terra, Água, Fogo e Ar. Os 4 animais misteriosos da alquimia sexual. Sobre os 4 Deuses da Morte encontramos a “Serpente Sagrada” que ilumina a esfera de RA, concedida ao adepto Osiriano, filho da Luz. SIGNIFICADO ESOTÉRICO DO ARCANO O arcano nº 22 é a Coroa da Vida, o regresso à luz, a encarnação da Verdade em nós. Amados discípulos, precisais de desenvolver cada um dos «22 Arcanos Maiores do Tarôt» dentro de vós próprios. Éreis Imitatus, ou seja, outros vos colocaram na senda do Fio da Navalha. Esforça-vos para chegar a Adeptus, este é o produto das suas próprias obras, é aquele que conquista a Ciência por si mesmo, é o filho do seu próprio trabalho. Temos de conquistar o grau de Adeptos, saindo do estado animal, adquirindo consciência. A Gnose ensina as três etapas pelas quais tem de passar todo aquele que trabalha na forja acesa de Vulcano, estas são: 1º - Purificação, 2º - Iluminação, 3º - Perfeição. Acontece que os curiosos, ao ingressarem nos nossos estudos gnósticos, querem imediatamente a iluminação, o desdobramento, a clarividência, o magismo prático etc. e quando não conseguem isto, logo se retiram. Ninguém pode chegar à iluminação sem que primeiro se tenha purificado; só quem consegue a purificação, a santidade, pode entrar na senda da Iluminação. Existem, também, muito estudantes que entram nos nossos estudos por pura curiosidade e querem ser sábios imediatamente; mas Paulo de Tarso afirma: «falamos a Sabedoria entre os Perfeitos». Somente aqueles que chegaram à terceira etapa são Perfeitos, somente entre eles se pode falar a Sabedoria Divina. No velho Egito dos Faraós, dentro da Maçonaria Oculta, estas três etapas do caminho são: 1º - Aprendizes 2º - Companheiros 3º - Mestres Os candidatos permaneciam no grau de Aprendizes durante sete anos ou mais; só quando os Hierofantes estavam já completamente certos da purificação e da santidade do adepto, poderia este então passar à segunda etapa. 7 Realmente, só depois sete anos de aprendiz começa a Iluminação. A Coroa da Vida é o nosso resplandecente Dragão de Sabedoria, o «Cristo Interno». Do Ain Soph, a Estrela Atómica que sempre nos sorriu, emana a Trindade Santa. 1 (Mônada) + 3 (Trindade) = 4 (Tetragrammaton). O arcano 22, cabalisticamente somado dá:2 + 2 = 4 (Tetragrammaton). O resultado é o Santo Quatro, o misterioso Tetragrammaton, o Iod-He-Vau-He; Homem, Mulher, Fogo e Água; Homem, Mulher, Falo e Útero. Agora compreendemos porque o arcano 22 é a Coroa da Vida. O Apocalipse nos diz: «…não temas nada do que terás de sofrer. Eis que o demônio fará meter na prisão alguns de vós a fim de serem provados, e tereis tribulação durante dez dias. Sê fiel até à morte e eu te darei a Coroa da Vida.» (Apocalipse 2-10). A prisão é o cárcere da dor e os dez dias são as tribulações enquanto estejais submetidos à roda dos retornos e ao carma. Aquele que recebe a Coroa da Vida liberta-se da roda dos retornos, da recorrência e do carma. A Coroa da Vida é tríplice, tem três aspectos: 1º - o Ancião dos Dias, 2º - o Filho Adorável, 3º - o Espírito Santo muito Sábio. A Coroa da Vida é o Homem-Sol, o Rei-Sol tão festejado pelo imperador Juliano. A Coroa da Vida é o nosso incessante Hálito Eterno, para si mesmo profundamente ignoto, o Raio Particular de cada homem, o Cristo. A Coroa da Vida é Keter, Chokmah e Binah (Pai, Filho e Espírito Santo). Aquele que é fiel até à morte recebe a Coroa da Vida. No banquete do Cordeiro, resplandecem como sóis os rostos de todos aqueles Santos que o encarnaram. A branca e imaculada toalha do altar está tingida com o sangue real do Cordeiro Imolado. «…o que tenha ouvidos ouça o que o Espírito diz às Igrejas. Aquele que vencer não receberá o dano da Segunda Morte.» (Apocalipse 2-11). Amado e afundar-se-á no abismo. Aqueles que entram no abismo passarão pela Segunda Morte. Os demônios do abismo vão-se desintegrando lentamente através de muitas eternidades. Essas almas perderam-se. Aquele que vencer não receberá o dano da Segunda Morte. Quando recebemos a Coroa da Vida, o Verbo faz-se carne em cada um de nós. Todo Santo que alcança a iniciação Venusta recebe a Coroa da Vida. O nosso Amadíssimo Salvador, Jesus Cristo, alcançou a iniciação Venusta no Jordão. «…e o Verbo se fez carne e habitou entre nós; e nós vimos a sua glória como de Filho Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.» (João 1:14). «…a Luz veio às trevas; porém as trevas não a reconheceram». (João 3:19) Ele é o Salvador porque nos trouxe a Coroa da Vida verteu o seu sangue por nós. Precisamos chegar à suprema aniquilação do Eu para receber a Coroa da Vida. Precisamos ressuscitar o Cordeiro dentro de nós próprios. Precisamos da Páscoa da Ressurreição. Texto retirado do capítulo XXII do livro “Tarôt e Cabala e Curso Esotérico de Cabala”, de Samael Aun Weor. Editora IGA Fênix; Primeira Edição - 2007. www.edicoesgnósticas.com.br Aquele que não vencer divorciar-se-á do Bem 8 e o seu despertar. Mensagem para o povo gnóstico: Não há outro caminho. Não existe outra forma de transformação, a não ser a ensinada pelo Venerável Mestre Samael. Por mais bonita que seja a teoria, por mais atrativa que nos pareça, a Gnosis é o único caminho; porque nos dá todo saber necessário para uma mudança real e verdadeira em nós e em nossas vidas. Por que sofremos? Por que tudo nos parece difícil e complicado? Aqui estão as portas para uma vida melhor, conosco mesmo e com nossos semelhantes. E, ao fim e ao cabo, nossa própria autorrealização íntima. Não profissional ou pessoal, e sim do Ser. Imutável e perene, real e verdadeira. Finalmente, se queremos ser felizes, será somente com a purificação de nós mesmos, ou seja, eliminação de nossos eus de caráter psicológico, e nada mais. Nome Completo: Marcos Luis Ramos Terra e Kenia Amarante Estado Civil: Casado Missionário de (cidade/grupo): Chapecó Quando conheceu a Gnosis: em 1985 Como teve contato com este ensinamento? Havia passado no vestibular e iria ficar um semestre sem estudar pois só começaria a fazer a faculdade no segundo semestre. Meu irmão já fazia o curso de gnosis e falou-me do início de um novo curso o qual por duas tentativas fui me inscrever, tendo sucesso na segunda. Continuei o curso e meu irmão desistiu. Em que ano realizou o Curso de Missionário Gnóstico? Em 2010, porém já era missionário desde 1989. Atividades realizadas no IGA Brasil: Além de ser Diretor do IGA de Chapecó, sou responsável pelos Sites* do IGA, Revista Maitreya, Edições Gnósticas, Curso on-line (como missionário Marcus Vinícius) e do Congresso de Manaus, e também estamos desenvolvendo o novo portal do IGA Brasil. O que causou impacto em você neste caminho? O autoconhecimento. A possibilidade do conhecimento de si mesmo. Isso me atraiu muito, saber quem realmente sou, por que estou aqui, para quê estou aqui, a descoberta do eu e da consciência *Sites (a partir do alto, sentido horário): IGA Fênix; IGA Brasil; Congresso Manaus 2013; Curso Online; Revista Maitreya. 9 Samael responde! Publicamos abaixo algumas perguntas que, provavelmente, já passaram pela nossa mente e foram uma inquietude, que só o Mestre pode nos esclarecer. nos rebeldes sem causa, nos assassinos prematuros, etc. Livro: “Educação Fundamental” - Samael Aun Weor; Capítulo: 24; Página: 132. IGA – 1993. Pergunta 1: Hoje, como está estruturado nosso ensino, e claro há muito tempo, valoriza-se muito, e diremos que é até essencial, “passar de ano”. Podemos dizer que se mede a inteligência por este resultado. O que pode nos dizer a este particular? SAW: Passar de ano não significa, necessariamente, ser muito inteligente. Há pessoas que jamais passaram de ano e que são muito inteligentes. Há algo mais importante que passar de ano, há algo mais importante que estudar certas matérias e é, precisamente, ter plena consciência objetiva, clara e luminosa, sobre aquelas matérias que estudam. Necessitamos ser inteligentes, e a inteligência só desperta em nós quando se desperta a Consciência. Livro: “Educação Fundamental” - Samael Aun Weor; Capítulo: 1; Páginas: 9 e 12. IGA – 1993. Pergunta 4: Os estudos gnósticos ensinam que a auto-observação íntima de si mesmo é um meio prático para obter uma transformação radical. Neste contexto, qual a diferença entre conhecer e observar? SAW: Muitos confundem a observação de si com o conhecer. Temos conhecimento de que estamos sentados em uma cadeira em uma sala, mas isto não significa que estamos observando a cadeira. Conhecemos que, em um dado instante, nos encontramos em um estado negativo, talvez com algum problema ou preocupação por este ou aquele assunto, ou em estado de desassossego ou incerteza etc., mas isto não significa que o estejamos observando. Você sente antipatia por alguém? Não lhe agrada certa pessoa? Por quê? Você dirá que conhece essa pessoa... Por favor! Observe-a, conhecer nunca é observar; não confunda o conhecer com o observar. A observação de si é cem por cento ativa, um meio para a transformação de si; enquanto o conhecer é passivo, não ativo. Certamente, conhecer não é um ato de atenção. A atenção dirigida para dentro de “Si mesmo”, para o que está sucedendo em nosso interior, sim, é algo positivo, ativo. Livro: “Tratado de Psicologia Revolucionária” - de Samael Aun Weor; Capítulo XXI. Página: 139. Editora: IGA Fênix Pergunta 2: Qual seria então o verdadeiro objetivo da educação? SAW: O verdadeiro objetivo da educação deve ser acabar com o medo e despertar a consciência. Livro: “Educação Fundamental” - Samael Aun Weor; Capítulo: 1; Página: 13. IGA – 1993. Pergunta 3: Atualmente, a mídia tem divulgado vários casos de jovens praticando delitos que assombram, como por exemplo chacinas, e o que é pior ainda, sem causa aparente, o que deixa a opinião pública desconcertada. A que podemos atribuir tais fatos? SAW: A todas as luzes, é absurdo nutrir a personalidade infantil com música arrítimica, desarmônica, vulgar. É estúpido nutrir a personalidade das crianças com contos de ladrões e policiais, cenas de vício e prostituição, dramas de adultério, pornografia, etc. O resultado de semelhante proceder podemos ver Envie sua dúvida para a coluna SAMAEL RESPONDE, que nossos colaboradores pesquisarão o assunto nos livros do Nosso Venerável Mestre Samael Aun Weor e publicaremos a resposta ou enviaremos diretamente para você. 10 Astrologia Esotérica 20 de Abril – 19 de Maio – Prática do Signo de Touro O Venerável Mestre Samael Aun Weor nos ensina que durante o período de Touro devemos atuar sobre a garganta, a laringe criadora, e aprender a utilizar o Verbo sabiamente. A mentira degrada a energia do Pai. É tão mau falar quando se deve calar, quanto calar quando se deve falar. Prática: Sente-se em uma cômoda poltrona. Feche os seus olhos. Expulse de sua mente todos os pensamentos, adormeça um pouco e logo foque a sua mente para o interior, para o Intimo, orando assim: “Meu Pai, transporta-te à estrela principal de Touro, entra pelas portas do Templo-Coração, fazendo as saudações que tu sabes e roga ao Gênio Sideral desta estrela e a seus Anjos a que se dignem a vir até mim, para que me “preparem” e curem minha laringe.” Perfume: almecega; Planta: madressilva; Flor: crisântemo; Planeta: mercúrio; Cores: alaranjada e amarela brilhante; Elemento: Ar; Palavra-chave: razão; Regente: Rafael. Região do corpo: braços, ombros, pulmões e todo o sistema dos brônquios; Metal: mercúrio; Pedra: berilo ouro; Em seguida, adormeça e imagine a luz acumulada em sua cabeça descendo agora para a laringe; então pronuncie o mantra A.O.M. Com a vogal “A”, imagine a luz descendo da cabeça para a garganta, com a “O”, imagine a luz Inundando a garganta, e com a “M”, exale o alento , eliminando as escórias que residem na garganta. Realize este Mantra 4 vezes. Cantemos a Vogal “E” diariamente durante este período. Região do corpo: pescoço, nuca e ouvidos; Metal: cobre; Pedras: esmeralda e ágata; Perfume: erva aromática; Planta: bétula; Flor: flor do espinheiro; Planeta: Vênus; Cor: verde; Elemento: Terra; Palavrachave: amor; Regente: Uriel. Práticas Zodiacais de Touro, Gêmeos e Câncer 20 de Maio – 20 de Junho – Prática do Signo de Gêmeos Este signo governa os braços, pulmões e pernas e é de natureza essencialmente Mercuriana. Os Senhores de Mercúrio já estão ensinando à humanidade a viajar em Corpo Astral. Cabe ao discípulo, inevitavelmente, aprender a viajar em Corpo Astral. As autênticas Escolas de Mistérios se encontram no plano Astral, por isso é necessário que o discípulo aprenda a “Sair” conscientemente. Os Senhores de Mercúrio ajudam todo aquele que solicitar ajuda. Durante a prática de gêmeos, o discípulo deve se deitar em seu leito, horizontalmente; relaxe seu corpo e faça cinco inalacões de ar com a intenção de que la Luz penetre agora em seus brônquios e pulmões. Abrirá seus braços e pernas com cada inalação e fechará braços e pernas com cada exalação. Em seguida, sentado em uma cômoda poltrona, rogue a seu Intimo que se traslade à Constelação de Gêmeos para que traga os Deuses Siderais desses Templos, a fim de que preparem seu organismo para a Magia Prática. (Curso Zodiacal e Tratado Esotérico de Astrologia Hermética – S.A.W) 11 pérola; Perfume: cânfora; Plantas: eucalipto, cerejeira e violeta; Flor: rosa branca; Planeta: Lua.; Cor: prateada; Elemento: Água; Palavra-chave: fecundação; Dia: segunda-feira; Regente: Gabriel. Região do corpo: estômago; Metal: prata; Pedra: 21 de Junho – 22 de Julho – Prática do Signo de Câncer Sentado em uma poltrona, feche seus olhos, afaste de sua mente todo pensamento, foque-a em seu Intimo. Imagine o maravilhoso encontro das forças cósmicas , formando o Selo de Salomão na glândula Timo. Absorvidos em profunda meditação interna ore assim: “Meu Pai: Tu que és meu Real Ser, te suplico que te adentres no TemploCoração da Lua para que me traga o Anjo Gabriel. Fazei as saudações, Senhor meu... Amem”. Em seguida, se dirija aos quatro Pontos Cardeais e faça a seguinte invocação do Anjo Gabriel, bendizendo o Norte, o Sul, o Leste e o Oeste: Rogue às principais hierarquias desta constelação para que despertem os poderes in-ternos e tratem a glândula timo. Vocalize o Mantra “A” durante uma hora diária. "Treze mil raios tem o Sol, treze mil raios tem a Lua, treze mil vezes sejam arrependidos os inimigos que eu tenho". (Curso Zodiacal e Tratado Esotérico de Astrologia Hermética – S.A.W) Diretores do Congresso: MENSAGEM-5 À Comunidade Gnóstica Internacional do IGA, Saudações gnósticas! Agora faltam apenas oito meses para o início do grande Congresso Manaus 2013 e anelamos que todos estejam animados para participar deste Evento Cósmico, sob o comando dos Mestres Samael e Litelantes. A seguir daremos informações práticas muito importantes sobre o Congresso Manaus 2013: HOTÉIS OPCIONAIS* A Organização do Congresso selecionou alguns Hotéis com preços de diárias mais econômicos em relação ao Hotel Sede. Os valores informados são por quarto e em todos os Hotéis opcionais está incluído o café da manhã. Esses Hotéis opcionais estão à 10 km distantes do Hotel Sede. O valor do táxi é de aproximadamente R$ 40,00 (quarenta reais) ou U$D 20,00 (vinte dólares americanos). O táxi transporta até 04 pessoas, e a viagem dura uns 20 minutos. Hoje podemos considerar o câmbio de, aproximadamente, U$D 1,00 = R$ 2,00. *Valores das diárias na página 31. EXCURSÃO PRÉ e PÓS CONGRESSO Para excursão de apenas um dia, sugerimos entrar em contato diretamente com a empresa Amazonas Day Tour. Sugerimos fazer a excursão TOUR 2 AMAZONAS TOTAL. Entrar em contato com Marcos Davilla ou Euler: Email: [email protected] Site: amazonasdaytour.com Telefone: +55 92 30868557 / 91775741 / 92549679 ALMOÇOS OPCIONAIS Quem não optar pelos almoços no Hotel Sede, a Organização do Congresso disponibilizará ônibus gratuitos para levar os interessados para restaurantes mais baratos e depois transladar os mesmos de volta ao Hotel Sede do Congresso, porém, evidentemente, o pagamento do almoço ficará a cargo de cada participante. Qualquer dúvida comunicar-se, através de email, com a Organização do Congresso: [email protected] Organização do Congresso Manaus 2013 Alberto e Fátima Lima 12 13 Sala de Estudos Gnósticos O Mito de Quetzalcoatl - I Ricardo Amâncio (15ª Aula de Antecâmara) Do princípio dual, masculino e feminino, emanou todo o monoteísta de amor para todos os homens. Outra crônica universo. Segundo os Nahuas, este Deus e esta Deusa relata que Quetzalcoatl chegou a Tollan através de tiveram Pánuco, vindo pelo mar sobre um tronco. Era branco, Xipetotec, quatro filhos, o vermelho; os quatro Tezcatlipocas: Tezcatiploca, o negro; barbado e portava túnica bordada com pequenas cruzes Quetzacoatl, o branco; Huitzilopochtli, o amarelo. Do vermelhas. binário divino e invisível nasceram as quatro cores, das Como instrutor, os Nahuas representam Quetzalcoatl quatro raças, que atualmente povoam o mundo. com mitra de ouro forrada com pele de tigre e plumas de Os Deuses Santos de Anahuac são homens perfeitos no quetzalli; sobrepeliz vistosamente adornada, argolas de sentido criaturas turquesa, além de plumas de quetzalli figurando chamas absolutamente despertas, seres que erradicaram de sua de fogo; Cactli de pele de tigre, tendo nas largas correias psique toda possibilidade de sonhar (fantasia, ilusão). que se cruzavam acima das panturrilhas, pequenos Quetzalcoatl, o Cristo Mexicano, certamente foi um caracóis marinhos dependurados; na mão esquerda, homem cem por cento desperto... Era representado com escudos com uma estrela de cinco pontas no centro; na vestido prateado como os raios de Selene, com meia-lua mão direita, cetro de no peito e coberto com máscara sagrada; na mão ouro e pedras preciosas. esquerda levava o chimalli sobre o qual se desenhava o Quetzalcoatl símbolo da Estrela da Manhã; na mão direita, o lhes a cultivar a terra, a macuauhuitl que era usado para a luta. Em outra classificar os animais, a representação, essa Deidade aparece em meio às nuvens, talhar como estrela da Manhã. Leva uma única faixa na cintura preciosas, a fundir os e um lenço com duas cruzes de braços iguais nas costas. metais, e também a arte Num dos seus hieróglifos aparece com discos na cabeça, da argolas de discos nas orelhas, no nariz e nas bochechas, confecção de cerâmica. Instruiu-lhes sobre a Astronomia além de discos triplos no meio dos quais são desenhadas e o uso do calendário; proibiu a guerra, os sacrifícios duas cruzes de malta. humanos e de animais. Os sacrifícios deviam ser de pão, Quetzalcoatl é o Cristo Cósmico Nahua que no ano CE de flores e de copalli. Proibiu-lhes o homicídio, o roubo, Acatl (895) encarnou no lugar de Iztacmixcoatl, e a poligamia e todo o mal entre os homens. Chimalma, de natureza mística e austera, começou muito Em Tollan, fundou um templo de mistérios com quatro jovem a praticar jejum e penitência. Aos trinta anos foi grandes oratórios, todos em madeira de cedro: o primeiro nomeado Grande Sacerdote e Monarca de Tollan (Tula, com adornos verdes; o segundo, com adornos corais; o Estado de Hidalgo). Outro registro histórico dos terceiro, com adornos de corais marinhos; o quarto, com Toltecas diz que, quando foi desterrado de sua pátria, adornos de plumas de quetzalli. Nos oratórios, ele e seus retornou a ela depois de muitos anos, trazendo de países discípulos oravam, jejuavam e praticavam a penitência... mais completo da palavra, distantes uma civilização muita adiantada e uma religião as ourivesaria ensinou- pedras e a (continua na próxima edição da Revista Maitreya) 14 por Antonio Luis. D. Tavares “A Iniciação é a sua própria vida. Se você quer a Iniciação, escreva-a sobre uma vara. Quem tiver entendimento que entenda, porque aqui há sabedoria”. - Matrimonio Perfeito “Da nossa vida, em meio à jornada, Achei-me numa selva tenebrosa Tendo perdido a verdadeira estrada‘ Divina Comédia – Dante Alighieri Temos buscado em nossos estudos gnósticos entender o delineamento do mapa que o V.M. Samael Aun Weor nos havia deixado; é um mapa de duro entendimento onde somente os centros superiores da máquina humana podem nos dar a resposta e esta mesma resposta se apresenta em três níveis ou degraus: Imaginação, Inspiração e Intuição. Por isso, há a necessidade de estarem ativos os aspectos cognitivos dentro do próprio aspirante ao saber gnóstico, para se ter uma compreensão dos desideratos dos aspectos superiores do Ser Interior Profundo. A Iniciação é um processo genuíno de Reintegração do Ser, com suas distintas partes Autônomas, onde se abre um primor de delícias e de revalorizações aos aspectos anímicos e espirituais do ente humano. O V.M. Samael Aun Weor, ao longo de suas obras mostra estes processos com detalhes que, anteriormente, nenhum mestre havia mostrado de forma tão aberta e elucidativa. Podemos ver isto em sua obra Magna, O Matrimônio Perfeito: Existem Nove Iniciações de Mistérios Menores e Cinco importantes Iniciações de Mistérios Maiores. É a Alma que recebe as Iniciações. Trata−se de algo muito íntimo, que não se anda dizendo e nem se deve contar a ninguém. Todas as iniciações e graus que são conferidos por muitas escolas do mundo físico não tem realmente nenhum valor nos Mundos Superiores. Os Mestres da Loja Branca só reconhecem como verdadeiras as legítimas Iniciações da Alma. Isso é uma coisa completamente interna As informações sobre os Grandes Mistérios são maravilhosas e profundas ao longo da obra do venerável, conquanto aos Mistérios Menores, somente umas poucas informações ele nos deixa. Eu não falei das Iniciações de Mistérios Menores, porque as Nove Iniciações Menores são o Kinder, pertencem aos “discípulos à prova”, e não aos discípulos aceitos, e como as Três Montanhas são fundamentais, falei aos “discípulos aceitos”. As Nove Iniciações de Mistérios Menores é a Senda Probacionista, é onde se começa o processo de depuração do candidato aos Mistérios do Fogo. O Mestre Samael, no início de sua Obra, se dedica a dar detalhes do que vem a ser esse processo. (Vide: Matrimonio Perfeito de Kinder) Aqui o discípulo vive o Drama do Cristo, mas para isso teremos de purificar nossos veículos, nossa vontade, tal qual na fabricação de uma espada, devemos temperá-la no fogo a todo o momento, devemos martelar com o fito de dar forma elegante a mesma. Daí advêm as provas esotéricas, os ginásios psicológicos e os aspectos cármicos do indivíduo. Uma das primeiras provas que se apresenta junto ao candidato é a do Guardião do Umbral, ali este se confrontara com seus delitos: O Reflexo do Desejo, o Reflexo dos delitos mentais e, por fim, o Reflexo de nossa Má Vontade. Este processo é muito delicado e terrível e é necessário muito trabalho interno, pois devemos nos identificar no Amor Divino, em Nossa Bendita Deusa Kundalini, em nossa Mãe Divina, para que ela nos fortaleça a fim de que possamos confrontar e sairmos vitoriosos nesta prova. De qualquer maneira esta é a diferença dos trabalhos gnósticos com as demais escolas que tanto abundam e que em sua maioria são Kinder, pois não ensinam a cristalizar a alma e o espírito. O Mestre Samael escreveu o seguinte: Advertimos os curiosos que o gnosticismo não é uma escolinha a mais como tantas outras que conheceram. Muitos se tornam teósofos e logo se retiram, passam então à rosa-cruz e também se retiram sem lhes suceder nada, vivem mariposeando de escola em escola, andam em contumélia com todos os malvados dos espiritistas, teósofos, rosa-cruzes, aquarianos, etc., e nada lhes sucede quando mudam de escola. Pensam que com a gnosis podem fazer o mesmo; nós lhes advertimos que o que entra na gnosis é submetido internamente à prova terrível do guardião do umbral. 15 O poder hipnótico desta criação é terrível. No livro Adonai, o autor Dr. Jorge Adoum descreve seu confronto com o espectro do umbral: Aquelas formas vivas emanavam cores e odores que horrorizavam: umas pareciam ganchos, outras serpentes, lanças; outras assumiam formas desconhecidas do nosso mundo terrestre. Aquele fantasma se arrastava como um réptil e ria de maneira infernal. - Abraçai-nos, Pai nosso, somos vossos filhos... Por que viestes a nós, se não quereis prodigalizar-nos o vosso amor e carinho? Por que temeis vossos queridos filhos? Vós sacrificastes todos os prazeres para fazer-nos uma visita. Vinde, Pai, vinde, nosso amor por vós é grande. Não nos credes, Pai? Pois recordai conosco, consultai vossa boa memória: somos entidades vivas, nascidas de vós, e em vós vivemos. Somos filhos de vossa mente e de vossa vontade. Somos as sementes oriundas da vossa energia criadora. Olhai, esta é vossa filha, a fornicação; este é o egoísmo, aquela é a ira; os outros são o ódio, o roubo, a gula, a mentira, a hipocrisia, a paixão... Ultimamente, Pai, nos abandonastes para rasgar o véu das trevas e agora viestes ao nosso reino... O Guardião do Umbral apenas reflete o estado psicológico do aspirante, e deste confronto ele deverá decidir se repudia estes elementos que sempre o acompanharam, desde que se desviou, em outras vidas, ou se continua como escravo de sua própria criação, com todas as suas abominações. Quando passamos esta prova pode se apresentar, uma e outra vez, em oitavas mais sutis, ao longo do processo de ascensão do discípulo. Vale saber o seguinte: a batalha contra os três aspectos do umbral são terríveis e assustadoras, pois rompemos o elo que os alimentava, mas não o podemos destruir em seu aspecto origem, pois ele é um desdobramento de nossa Mônada Divina. Em cada um dos aspectos do Guardião do Umbral, quando o candidato é vitorioso, ele é recebido no Salão dos Meninos, onde o Colégio de Iniciados o felicita e ele sai dali fortalecido para as próximas “viagens”. Os que passam nos mundos internos, são recebidos e purificados no Salão de Fogo, que purifica os veículos internos do aspirante (desejo, mental e vontade). Agora o candidato foi posto no Caminho Iniciático, este deverá se purificar nas Provas dos Quatro Elementos: “No velho Egito dos Faraós, essas quatro provas deviam ser defrontadas Valorosamente no mundo físico”. “Atualmente, o candidato deve passar as quatro provas nos Mundos suprassensíveis.” Aqui, o candidato se torna um Chela (discípulo aceito) da Loja Branca e recebe um anel com o raio a que pertence e uma capa que o distingue como Chela. Diz, ainda, o V.M. Samael Aun Weor: Quando o candidato consegue vencer todas as provas de introdução à Senda, tem pleno direito de entrar nos Mistérios Menores. Na Consciência Íntima, recebe cada uma das nove Iniciações de Mistérios Menores. Se o estudante tiver boa memória, poderá trazer ao cérebro físico a recordação dessas Iniciações. Não sendo boa a memória do candidato, o pobre neófito ignora, no mundo físico, tudo o que aprende e recebe nos Mundos Superiores. Os que não querem ignorar no físico nada do que lhes sucede na Iniciação, têm que, forçosamente, desenvolver a memória. O candidato deve desenvolver urgentemente a sua memória. É mister também que o candidato aprenda a sair conscientemente em corpo astral. É urgente que o candidato desperte a Consciência. As nove Iniciações de Mistérios Menores constituem a senda probatória. As nove Iniciações de Mistérios Menores são para os “discípulos à prova”. Os discípulos casados que praticam o Arcano A.Z.F. passam muito rapidamente nestas nove Iniciações elementares. O discípulo solteiro que se mantém absolutamente casto passa também nas nove Iniciações, porém mais lentamente. Os fornicários não podem receber nenhuma Iniciação. A Terra tem nove extratos atômicos e no nono extrato está o Signo do Infinito. As nove Iniciações de Mistérios Menores correspondem escalonadamente, a cada um destes nove extratos terrestres. Logo, cada Iniciação de Mistérios Menores nos dá acesso a cada um desses nove extratos terrestres. Só aqueles que receberam as nove Iniciações de Mistérios Menores podem chegar ao coração da Terra. Cada extrato terrestre está guardado por terríveis guardiões. Caminhos secretos que conduzem o discípulo ao coração da Terra. Para alcançar o céu de cada iniciação, devemos baixar pelo menos a nossa superfície de nossos próprios infernos atômicos, pois aqui nos adiantamos a estados psicológicos que veremos mais tarde na segunda montanha. Este processo tem a finalidade de confrontar e erradicar nossas debilidades, fobias e complexos. 16 Nestes estados, deveremos desenvolver a virtude da HUMILDADE, devemos desenvolver o arquétipo de Martha tão bem citado na obra Pistis Sophia Desvelada,... “O orgulhoso, o engrandecido, o vaidoso, jamais poderão se relacionar sabiamente com a Parte Superior do Ser. Somente Martha, a Humildade, pode proclamar a solução do Arrependimento de Sophia”. Pois será vexatório e humilhante ao ego. Deveremos nos curvar tal qual, na runa UR, e suplicar a Ram-Io, Devi Kundalini Shakti, que nos ajude e fortaleça nossa essência, e somente a Bendita Deusa de Luz poderá nos guiar nos labirintos das vias Iniciáticas. Os Mistérios Menores desenvolvem as capacidades do homem, enquanto os Mistérios Maiores desenvolvem as capacidades da natureza. De outra maneira, seria impossível a um homem mandar sobre os princípios elementais da natureza quando não manda em sua própria natureza interior. A disciplina deve preceder o domínio. As nove Iniciações de Mistérios Menores correspondem, escalonadamente, a cada um destes nove extratos terrestres. Esta é a descida de Dante Alighieri às regiões submersas, aos infernos atômicos, as quais ele alegoriza o seu processo Iniciático, o mesmo que todos nós teremos de seguir. Estas são as ordálias que todos os Iniciados, Adeptos e Mestres passaram, este é o processo regenerativo da Iniciação: a Descida. Na autêntica Iniciação, este retorno ao ponto de partida não é outra coisa que a descida à Nona Esfera, ato de prova para a suprema dignidade do grande Hierofante de Mistérios. - Samael Aun Weor Cada um dos nove extratos é o mesmo círculos dantesco apresentado pelo Mestre Samael ao longo de sua obra “Sim, Há inferno, Diabo e Carma”, ali conheceremos nossos defeitos específicos conquanto a esfera do extrato como, por exemplo: Na esfera de Mercúrio, encontramos nossas baixas paixões tais como a ira, fornicação, luxúria: “é nesta zona subterrânea o lugar onde vivem os fornicários, aqueles que gozam extraindo do seu organismo o esperma sagrado”. Aqui deveremos compreender a necessidade de não perdemos as energias da vida, evitarmos todas as formas de aspectos passionais e tenebrosos destes fundos animalescos de nossa psique. Em verdade, esta é uma Verdadeira Via Crúcis que o Chela deverá empreender e o “discípulo à prova”. Nos demais níveis se irão apresentar outras e distintas nuances dos aspectos tenebrosos de nossa Psique. Neste caminho, devemos começar a nos manter alertas o máximo possível, como “vigias em tempo de guerra”, em estado de auto-observação. Em cada uma das Iniciações, esta distinção da forma se deve a vários aspectos, do raio em que se encontra o discípulo, das distintas necessidades do Ser e a devida preparação do neófito, mas teremos de cultivar a Paciência, a Humildade, a Castidade, a Serenidade, a Misericórdia... Após o processo das Nove Iniciações de Mistérios Menores, se apresentam ante o Chela, duas provas mais: a da Justiça, também chamada “Brinco do Cordeiro”, onde toca ao aspirante viver como Cristo diante de Pilatos (Demônio da mente) e de Caifás (Demônio da Má Vontade). O discípulo se verá acusado por seus próprios amigos mais queridos e apresentado ante os juízes do tribunal da justiça e, se protesta, é porque todavia lhe falta preparação. A Segunda Prova é a de Direne. Durante essa prova, o discípulo terá que provar sua castidade ao máximo, em carne e osso, diante das tentações mais terríveis. Novamente, devemos deixar às claras que A Prova Direne (ou Dhirene) e a Prova da Justiça são para os “candidatos à prova” (e não mitômanos) que tenham atravessado o Sendeiro dos Mistérios Menores e, o principal requisito, que seja casado, pois o solteiro não chega a essas alturas. Havendo transmutado as crises provocadas no interior do candidato, o resultado será o advento do fogo medular do Kundalini, então se seguem novos processos, já de caráter superior... Os Mistérios Maiores. Bibliografia de Samael Aun Weor: Mistérios Maiores O Matrimônio Perfeito de Kinder - A Senda da Iniciação O Matrimônio Perfeito A Revolução de Bel Tratado de Psicologia Revolucionária Cátedras 1 a 7 volume As Três Montanhas Bibliografia de Outros Autores “Adonai”, “O Batismo da Dor” e as Chaves do Reino Interno - do Dr. Jorge Adoum. “O mistérios das Catedrais” e “As Mansões Filosofais” de Fulcanelli. 17 por Ana Reis “...E então disse o filósofo: Estamos curiosos. Sendo tão rústica em tuas montanhas, em teus desertos, em teus mares, gostaria de saber como te revelas, no entanto, tão engenhosa em teus animais, em teus vegetais. Ao que ela respondeu: - Minha pobre criança, quer que eu te diga a verdade? É que me foi dado um nome que não me convinha: chamam-me natureza, mas sou inteiramente arte. E (perplexo) o filósofo continuou... - Essas palavras perturbam todas as minhas ideias. Como? A natureza não seria senão a arte? - Sim, sem dúvida. Não sabes que existe uma arte infinita, nesses mares, nessas montanhas que achas tão rústicos? Não sabes que todas essas águas gravitam para o centro da terra, não se elevando senão por leis imutáveis, que essas montanhas que cingem a terra são imensos reservatórios das neves eternas que produzem sem descanso essas fontes, esses lagos, esses rios, sem os quais meu gênero animal e meu gênero vegetal pereceriam? E quanto ao que chamam meus reinos animal, vegetal, mineral, não vês mais que três; aprende, porém que eu os tenho aos milhares. Se tu consideras somente a formação de um inseto, de uma espiga de trigo, o ouro ou o cobre, tudo te parecerá maravilhas da arte”. Este trecho representando um diálogo entre um ingênuo filósofo e a Mãe Natureza, escrito por Voltaire, em 1764, foi citado por Margareth da S. Pereira em um artigo para uma revista de História da Arte e Arquitetura. É um fragmento de uma extensa literatura europeia que começa a partir do século XVII a repensar as relações entre a arte e a natureza. Em se tratando da arte da Mãe Natureza é melhor não discursar (afinal Voltaire já sintetizou sobre tais maravilhas). Vamos exercitar nossos sentidos para admirar, fruir, entregando-nos a sentimentos de elevada categoria, próprios do Centro Emocional Superior. “A Mente Superior e a Emoção Superior são os dois centros do ser humano que não podem ser controlados pelo eu”. Samael Aun Weor Ilha Staffa Entre tantas maravilhas, há muitos mistérios... Um deles é o intrigante fenômeno que ocorre em algumas grutas das Hébridas, conjunto de ilhas na costa oeste da Escócia. Neste arquipélago, localizado no oceano Atlântico, há uma ilha deserta chamada Staffa (fig. acima), que abriga uma caverna conhecida como A Gruta de FIngal (fig. Abaixo). Fingal é o nome escocês para um caçador-guerreiro da mitologia celta - Fionn, termo que significa “claro”, “branco” ou “brilhante”, como referência à cor de seus cabelos. Segundo uma lenda do folclore escocês, com origem céltica, foi ele quem batizou a gruta com seu nome. A “arte”: “Toda uma face da ilha, incluindo a entrada e as paredes da gruta, são formadas por colunas de basalto em formato hexagonal (fig. ao lado), construídas e modeladas apenas pela natureza. Em 1772, após uma visita exploratória, o naturalista britânico Sir Joseph Banks passou a elogiar a beleza natural do 18 lugar e, nos anos seguintes, a ilha recebeu várias visitas ilustres, como os escritores Sir Walter Scott, Jules Verne, Robert Louis Stevenson, o pintor William Turner - autor de um quadro retratando a gruta e um barco, ao amanhecer – e até mesmo a Rainha Vitória”. Cueto Jr. Na descrição de Amancio Cueto Jr.: “A caverna tem aproximadamente 20 m de altura e 75 m de profundidade, e seu teto tem um formato de abóbada, ampliando ainda mais os ecos das ondas do mar. Isso faz com que a gruta tenha um som parecido com o de um órgão de catedral. O nome original em gaélico reforça esta ideia: UamhBinn significa ‘Gruta da Melodia’”. Segunda a ciência, essas geométricas rochas formaram-se a partir do resfriamento de um fluxo de lava ocorrido há 60 milhões de anos. Sugerimos acessar o vídeo no you tube, apontado no final do texto, com imagens do entorno da ilha e da entrada da caverna, o que, em conjunto com o mar provocam magnífica impressão, devido à beleza e grandiosidade do local. A arte que brota da “arte”: Segundo a história, aos 20 anos um compositor alemão, durante uma viajem à Escócia, ficou tão impressionado com essa inigualável caverna que criou uma ouverture com o mesmo nome; numa carta para a irmã Fanny ele registra os primeiros compassos da música, que lhe vieram à mente ao contemplar a beleza do local. Acessando o vídeo indicado, você poderá apreciar a obra As Hébridas ou A Gruta de FIngal de Mendelssohn. Apesar de ser denominada de “abertura”, esta obra não introduz outra peça maior, ela é, por si, uma obra completa. Esta peça não procura descrever a paisagem, mas expressa a sensação de mistério, estranhamento, magia e solidão do lugar. A principal peculiaridade da gruta é o som que é produzido dentro dela pelo eco das ondas do mar, comparável aos sons de um órgão de catedral, o que em certo trecho da música é imitado. Além disso, há um arco na entrada, um teto em abóboda, e, como não poderia deixar de ser, inúmeras colunas de basalto cercam e sustentam este antiquíssimo templo construído pela inteligência artística da Bendita Mãe Natureza: um santuário completo, onde se ouve música! A arte objetiva: São poucos os momentos na vida em que podemos experimentar a atuação do Centro Emocional Superior; um deles é o contato com a natureza. Isso funciona como uma porta para algo maior, para a Arte Objetiva que é deste centro superior e que provém das dimensões superiores. O que ocorreu com Mendelssohn e com William Turner diante da Gruta de Fingal? Um fenômeno de encantamento poético que pode e deve também ocorrer com todo estudante gnóstico tomado de mística emoção diante de um cenário natural, de uma pintura ou de uma música. Até onde isto poderá nos levar? Se não for até a criação de verdadeiras obras de arte, nos levará ao encontro com o nosso Real Ser. Ao estilo do Mestre Samael, digo-vos que é urgente e impostergável, nos conectarmos com as partes superiores do Ser, através da MEDITAÇÃO, DO REFÚGIO A LOCAIS AO SEIO DA DIVINA MÃE NATUREZA e da ARTE DO GRANDES MESTRES. Aproveitando a música para a meditação. “A música clássica leva-nos à comunhão com o inefável, que não é do tempo e que é o eterno!” Samael Aun Weor Ela, a música clássica de diferentes épocas e culturas, através do ritmo, da melodia, harmonia e dos timbres dos instrumentais, é portadora de informações que acarretam vivências na consciência do ser humano; por isso, é muito importante selecionar momentos para ouvir uma obra em especial, com o corpo, o sentimento e a mente em repouso, meditando . A música selecionada funciona também como uma ferramenta, como um mantran para atingir a quietude mental, para sair em astral, para ativar os chakras, e como toda prática, tem um momento para começar e outro para terminar. A eficácia de uma música ou de um mantra acontece quando há a concentração plena, natural e espontânea. A música, como objeto de nossa concentração, auxilia, no fim, processos de raciocínio e provoca a ação da consciência. Outra prática recomendada pelo V.M. Samael, no livro Las Facultades Superiores del Hombre, para o desenvolvimento do centro magnético da Igreja de Sardis, consiste no seguinte: “ Desenvolvendo este 19 centro magnético se adquire a clariaudiência, o poder de ouvir as criaturas que vivem nas dimensões superiores da natureza e do cosmos. Esse poder extraordinário pode se desenvolver quando nos propusermos: se, durante a madrugada, todos nos concentrarmos na ‘música das esferas’, com o propósito de escutá-la, dia chegará em que poderemos escutar realmente essas melodias insonoras que ressoam no coral maravilhoso do infinito”. “Obviamente, todos os sons que se produzem no planeta Terra dão uma nota síntese; todos os sons que se produzem no Planeta Vênus dão também sua nota síntese; todos os sons que se produzem em Marte dão sua nota síntese. Portanto, o conjunto de sons de todos os mundos que povoam o espaço estrelado forma a ‘música das esferas’ citada por Pitágoras, o grande filósofo grego”. O artista: Félix Mendelssohn Bartholdy nasceu em três de fevereiro de 1809 em Hamburgo, Alemanha. Foi uma criança prodígio, dotada de excepcionais capacidades artísticas, assim como a irmã, a qual provavelmente, não foi incentivada devido aos conceitos da época de que a arte não era uma profissão para mulheres. Pertencia a uma família de ricos banqueiros que, dois anos após seu nascimento mudou-se para Berlim. Segundo Pahlen, o nome Félix expressa a vida de Mendelssohn, “extraordinariamente feliz. Na casa dos pais, reunia-se o escol espiritual em concertos semanais; foi numa dessas ocasiões que o rapaz de dezessete anos dirigiu a sua ouverture de ‘Sonho de uma Noite de Verão’, de Shakespeare, dando prova de talento de primeiríssima categoria”. Félix Mendelssohn empreendeu várias viagens de estudos pela Europa, das quais resultaram suas obras musicais e desenhos. A viagem pela Escócia foi uma das mais frutíferas, rendendo-lhe a sinfonia “Escocesa”, que registra as marcantes impressões da sua passagem pelo país, a sombria paisagem e o Palácio de Holyrood, onde a infeliz Maria Stuart exalou seu último suspiro, como também a sonata A Gruta de Fingal. REFERÊNCIAS: PAHLEN, Kurt. História Universal da Música. São Paulo : Melhoramentos. PEREIRA, Margareth. A Arquitetura Brasileira e o Mito, in Gávea: Revista de História da arte e arquitetura. Rio de Janeiro : Puc , 1990. WEOR, Samael Aun. Las Facultades Superiores del Hombre. Primeira conferência. México DF : Edições Gnósticas, 1999. Curso Esotérico de Cabala - Arcano XV. Editora IGA FÊNIX, 2007. A Revolução da Dialéctica. Edições Gnósticas. Portugal. http://euterpe.blog.br/analise-de-obra/mendelssohnas-hebridas-a-gruta-de-fingal http://www.youtube.com/watch?v=GVhmZUdETDo www.edicoesgnosticas.com.br ORAÇÃO UNIVERSAL, pelo V.M. Sivananda (Mestres do Século XX) “Ó Adorável Senhor de Misericórdia e Amor! Saudações e Prostrações diante de Ti. Tu és Onipresente, Onipotente e Onisciente. Tu és Satchidananda. Existência, Consciência, Bem-aventurança Absolutas. Tu és o Residente Interior de todos os seres. Conceda-nos um coração compreensivo, visão imparcial, mente equilibrada, fé, devoção e sabedoria. Conceda-nos força espiritual interior para resistir às tentações e controlar a mente. Livra-nos do egoísmo, do desejo descontrolado, da ganância, do ódio , da raiva e da inveja. Preencha nossos corações com virtudes divinas. Deixe-nos adorar-Te em todos esses nomes e formas. Deixe-nos servi-Lo em todos esses nomes e formas. Deixe-nos sempre relembrar de Ti. Deixe-nos sempre cantar Tuas Glórias. Deixe que Teu Nome esteja sempre em nossos lábios. Deixe-nos permanecer em Ti para sempre e sempre.” 20 O BOM DONO DE CASA por Samael Aun Weor Nestes tempos tenebrosos, separarse dos efeitos desastrosos da vida é certamente muito difícil, mas indispensável; de outro modo, se é devorado pela vida. Qualquer Trabalho que alguém faça sobre si mesmo, com o propósito de conseguir um desenvolvimento anímico e espiritual, relaciona-se sempre com o isolamento - muito bem entendido - pois, sob a influência da vida tal como sempre a vivemos, não é possível desenvolver outra coisa que a personalidade. chegar a estar hermeticamente fechado. Isto se refere a algo íntimo, estreitamente relacionado com o silêncio. As pessoas querem que as coisas lhes saiam bem “simplesmente porque sim”, porque tudo deve andar de acordo com seus planos, mas a crua realidade é diferente; enquanto alguém não mudar interiormente, goste ou não goste, será sempre vítima das circunstâncias. A frase vem dos antigos tempos, quando se ensinava secretamente uma Doutrina sobre o desenvolvimento interior do homem, vinculada com o nome de Hermes. Falam-se e escrevem-se muitas idiotices sentimentais sobre a vida, Se alguém quer que algo real mas este Tratado de Psicologia cresça em seu interior, é claro que Revolucionária é diferente. deve evitar o escape de suas energias psíquicas. Esta Doutrina vai ao grão, aos fatos concretos, claros e definiti Se alguém tem escapes de energia vos; afirma enfaticamente que o e não está isolado em sua in “Animal Intelectual”, equivocada timidade, é inquestionável que não mente chamado homem, é um poderá conseguir o desenvolvi bípede mecânico, inconsciente, mento de algo real em sua psique. adormecido. De modo algum tencionamos nos opor ao desenvolvimento da personalidade; obviamente esta é necessária na existência, mas certamente é algo meramente A vida ordinária, comum e artificial, não é o verdadeiro, o real corrente, quer nos devorar em nós. implacavelmente; devemos lutar Se o pobre mamífero intelectual contra a vida diariamente, equivocadamente chamado devemos aprender a nadar contra a homem não se isola, identificando- correnteza... “O Bom Dono de Casa” jamais aceitaria a Psicologia Revolucio nária; cumpre com todos os seus deveres como pai, esposo, etc., e por isso pensa o melhor de si mesmo. Entretanto, só serve aos Este Trabalho vai contra a vida, fins da natureza, e isso é tudo. trata-se de algo muito diferente do Por outro lado, também existe o de todos os dias e que, contudo, “Bom Dono de Casa” que nada devemos praticar de instante a contra a correnteza, que não quer instante. Refiro-me à Revolução se deixar devorar pela vida; estes da Consciência. sujeitos, porém, são muito raros no se com os acontecimentos da vida prática, gastando suas forças em emoções negativas, em autoconsiderações pessoais e em vão palavreado insubstancial de conversa ambígua, nada edificante, nenhum elemento real pode se desenvolver nele, apenas o que É evidente que se nossa atitude pertence ao mundo da para com a vida diária é mecanicidade. fundamentalmente equivocada, se acreditamos que tudo deve andar Certamente, quem quiser de bem, apenas porque assim o verdade conseguir em si o queremos, virão os desenganos... desenvolvimento da Essência deve mundo, nunca abundantes. Quando alguém pensa de acordo com as ideias deste Tratado de Psicologia Revolucionária, obtém uma correta visão da vida. (*Do livro Tratado de Revolucionária - cap.XIX) Psicologia 21 Visão Gnóstica: Alquimia da Felicidade Por Alberto Carlos A. Souza Todo mundo quer ser feliz, sem dúvida. Não conhecemos ninguém que teria dito: “vim ao mundo com a intenção de ser infeliz e ser um fracassado”. Claro está que todo mundo busca a autorrealização e a felicidade. No entanto, existe um grande equívoco quando se pensa que a felicidade é um bem que se adquire ou uma meta a ser perseguida. Muito comum entre as pessoas é imaginar a felicidade como uma competição, tamanha é a vida consumista e egocêntrica com valores materialistas decadentes e insustentáveis da sociedade capitalista moderna. Mais do que comprovado está que as aquisições materiais trazem uma agradável sensação de compensação, no entanto também está provado que tal satisfação é fugaz e a escalada do consumo e ânsia de aquisição e acumulação levam à frustração e ao vazio existencial quando se tornam um alicerce psicológico onde estruturamos nossa falsa segurança. As experiências de prazer, quanto mais frequentes e repetitivas, nos levam ao fastio, ao tédio. Segundo as pesquisadoras da psicologia positiva, como Martin Seligman e Sonja Lyubomirsky, embora exista uma crença popular de que o sofrimento impede a alegria, as pesquisas não confirmaram isso. Elas apontaram apenas uma correlação moderada entre emoções negativas e positivas. Uma dose grande de sofrimento diminui a alegria, mas não nos impede o acesso à felicidade. O contrário também é verdadeiro, a felicidade não garante que nunca teremos momentos tristes. Tal como diz o V.M. Samael, a felicidade está escrita em chinês. A felicidade, todo mundo quer têla, mas ninguém a entende. A felicidade não é uma meta, não é condicionada à circunstância nem as questões relacionadas com a aquisição de bens e acumulação de tesouros materiais ou morais. A verdadeira felicidade é citada por Jesus no Evangelho, é Bem-Aventurança, que significa felicidade íntima. A felicidade não pertence a este mundo, e o animal intelectual não tem predisposição a ser feliz pela simples razão de que, enquanto estiver fascinado, iludido pela busca da vida prazerosa, não conseguirá viver a vida boa. A vida prazerosa está submetida ao dualismo prazer/dor, ou seja, quanto mais passional é a nossa vida, mais submissos e vulneráveis nos encontramos diante das experiências adversas e sofríveis às quais todos estamos submetidos. Por sua vez, a vida boa é uma possibilidade para quem esteja disposto a encarar a vida não como um fim em si mesmo, mas como um ginásio psicológico, uma oportunidade contínua de superar a si mesmo por meio da autoeducação íntima, tal como ensina a Psicologia Revolucionária preconizada pela gnosis. Encontra-se na fila de votação do Senado a proposta de emenda constitucional que, se aprovada, fará com que no artigo 6º da Constituição figure da seguinte forma: “são direitos sociais, essenciais à busca da felicidade, a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados”. A emenda reflete a relevância que o tema felicidade vem alcançando nos dias atuais, em que o indicador FIB (Felicidade Interna Bruta) vem sendo usado para orientar políticas públicas e empresariais. No entanto, fica claro, no texto da referida emenda, que nenhum governo pode assegurar a conquista da felicidade a ninguém, tão somente deve se comprometer a suprir o que se consideram as condições mínimas para a “busca da felicidade”. Segundo pesquisas realizadas por cientistas do Instituto Max Planck de Desenvolvimento Humano, da Alemanha, os níveis de felicidade podem mudar no decorrer da vida. Até então acreditava-se que o nível máximo de felicidade vivenciado por alguém estaria predeterminado por fatores genéticos e mesmo havendo oscilação de tais índices em decorrência de circunstâncias variadas, tais níveis voltariam ao suposto patamar pessoal. O estudo, que contou com 150.000 pessoas entrevistadas entre os anos de 1984 a 2008, verificou que, na maioria dos voluntários, fatores tais como casamento, foco na família, religiosidade, trabalho não estressante e sociabilidade colaboraram para que os índices de felicidade fossem alterados num nível acima do que seria o “limite genético”. À luz da doutrina gnóstica não há dúvida de que o que denominamos genética - e que conhecemos no esoterismo como Karma - é determinante em nossa existência. “A vida atual é nada mais que a vida 22 passada, acrescida de suas consequências boas e más” afirma o V.M. Samael Aun Weor. A predisposição para ser feliz, ou melhor, a capacidade de administrar com mais ou menos serenidade as situações adversas da vida, já está determinada pelo capital kármico de cada um, ou seja, depende do que fomos e fizemos na vida pretérita. O ego se perpetua na semente de nossos descendentes, nossos ancestrais serão nossos descendentes, a árvore genealógica é o roteiro da peregrinação da alma, onde nos unimos em família por afinidades cármicas de forma que DNA e Karma são a mesmíssima coisa. No entanto, o destino ou karma não é determinismo, não é fatalismo, sempre há possibilidade de mudar e gerar uma nova ordem de coisas. A possibilidade de romper as cadeias do ego, de sair do círculo vicioso da ação e reação, existe, porém, a mudança concreta e radical através da qual podemos anular o destino e reescrever a história de nossa vida “em tempo real” é trabalhando a essência, permitindo que o Ser se manifeste em nós, pois somente o Ser pode “fazer”, e o ego, enquanto atua em nós e determina nossas ações, nos torna náufragos no oceano das paixões, onde somos ora levados para um lado ou para outro, de acordo com as circunstâncias, em virtude da identificação psicológica e das reações mecânicas. Apenas para ilustrar, se a felicidade estivesse ligada à quantidade e intensidade das experiências que consideramos gratificantes, quem seria o campeão dessa “competição”? Existe um exemplo de pessoa intitulada “o homem mais feliz do mundo”, pelo menos nos sites de internet e na imprensa mundial. Seu nome é Matthieu Ricard. Ele não é um afamado ícone da cultura pop, não vive em um palácio, não tem o mais reluzente carro do ano, nem está no ranking dos bilionários da Forbes. Trata-se de um Francês convertido ao budismo, que vive como um monge e que se tornou amigo direto do Dalai Lama. "O que aconteceu é que participei de um estudo na Universidade de Wisconsin, EUA, para medir os benefícios da meditação. Todos os 12 voluntários possuíam uma longa experiência, com mais de 10 mil horas de práticas meditativas", afirmou Matthieu ao ser indagado sobre o seu reconhecimento como o “mais” feliz. Fica claro que o distinto monge não ostentou sua condição “mais feliz”, mas foi incensado pela mídia a partir da referida pesquisa. No entanto, ficou demonstrado que para sermos felizes precisamos abraçar o caminho monástico e viver no Tibet? Claro que não, apenas confirma que a felicidade é uma questão interior e que depende da maneira como tratamos nossas emoções e como nos relacionamos com o mundo e conosco mesmos. Também indica a importância da meditação como ferramenta incondicional para obter o autoconhecimento e alcançar a autossuperação. A seguir transcrevemos, na íntegra, a técnica revolucionária do Venerável Mestre Samael Aun Weor, a verdadeira “Alquimia da Felicidade”, através da qual podemos transformar a própria vida a partir da transformação alquímica das impressões sensoriais, procedimento mediante o qual podemos viver a verdadeira felicidade íntima e incondicional. A TRANSFORMAÇÃO DAS IMPRESSÕES Este tema está relacionado com a questão da Transformação de Si Mesmo. Em nossos passados diálogos, muito dissemos sobre a importância que a vida em si mesma tem. Dissemos também que um homem é o que é sua vida e que esta é como um filme que, ao desencarnarmos, nós levamos para reviver (de forma retrospectiva) no Mundo Astral, e que ao retornarmos a trazemos para projetá-la outra vez sobre o tapete do Mundo Físico. É claro que a Lei da Recorrência existe e que todos os acontecimentos se repetem, que tudo volta realmente a ocorrer tal como aconteceu, mais as consequências boas e más, e isso é óbvio. Bem, agora o importante é conseguirmos a transformação da vida, e isso é possível se nos propomos, profundamente… “Transformação” significa que uma coisa muda em outra coisa diferente. É lógico que tudo está submetido a mudanças. Existem transformações muito conhecidas da matéria; ninguém poderia negar, por exemplo, que o açúcar se transforma em álcool e que o álcool (por sua vez) se converte em vinagre pela ação dos fermentos (esta é a transformação de uma substância molecular em outra substância molecular). Sabe-se, pela nova química dos átomos e elementos, que o Rádio, por exemplo, se transforma lentamente em chumbo. Os alquimistas da Idade Média falavam da “Transmutação do chumbo em ouro”. Sem embargo, não aludiam sempre à questão metálica meramente física. Normalmente queriam indicar, com tais palavras, a transmutação do Chumbo – da Personalidade – no Ouro do Espírito. Assim, pois, convém que reflitamos em todas essas coisas… Nos Evangelhos, a ideia do homem terreno, 23 comparado a uma semente capaz de crescimento, tem a mesma significação, como tem também a ideia do renascimento, de um homem que “nasce outra vez”. Sem embargo, é óbvio que se o grão não morre a planta não nasce; em toda transformação existe morte e nascimento, ou morte e ressurreição. Já se sabe que na Gnosis consideramos o homem como uma fábrica de três andares que absorve, normalmente, três alimentos. O alimento comum normalmente corresponde ao andar inferior da fábrica (nessa questão do estômago). O ar, naturalmente, está no segundo andar, pois está relacionado com os pulmões. E as impressões, indubitavelmente, estão associadas ao cérebro, o terceiro andar (isso é questão de “observação”, não é verdade, irmãos?). O alimento que comemos sofre sucessivas transformações (isto é inquestionável). O processo da vida, em si mesma, por si mesma, é a transformação. Cada criatura do Universo, meus estimados irmãos, vive mediante a transformação de uma substância em outra. Um vegetal, por exemplo, transforma o ar, a água e os sais da terra em novas substâncias vitais, em elementos úteis para nós, como, por exemplo, as nozes, as frutas, as batatas, os limões, os feijões, as ervilhas etc. Assim, pois, tudo é TRANSFORMAÇÃO. Pela ação da luz solar obtemos os variados fermentos da natureza. É inquestionável que o sensível filme da vida, que normalmente se estende sobre a face da terra, conduz toda a Força Universal rumo ao interior do mundo planetário em que vivemos. Porém, cada planeta, cada inseto, cada criatura (e o próprio animal intelectual equivocadamente chamado homem) absorve, assimila determinadas forças cósmicas e logo as transforma e retransmite (inconscientemente) às camadas inferiores do organismo planetário. Tais forças, transformadas, estão intimamente relacionadas com a economia deste organismo planetário em que vivemos. Cada criatura, segundo sua espécie, transforma determinadas energias que, logo, retransmite ao interior da terra, para economia do mundo. Também as demais criaturas, as distintas espécies (as plantas etc.), cumprem a mesma função. Sim, em tudo existe transformação. Assim, pois, a epiderme da terra é um órgão em transformação… Quando comemos o alimento, tão necessário para a nossa subsistência, este é transformado (é claro, etapa após etapa) em todos esses elementos vitais, tão indispensáveis para a nossa própria existência. O que realmente estamos recebendo, a cada instante, a cada momento, são meramente Impressões Quem realiza dentro de nós esse processo de transformação das substâncias? O Centro Instintivo! Quão sábio é esse Centro! Realmente, nos assombramos com a sabedoria de dito Centro. A digestão em si mesma, meus estimados irmãos, é transformação. Todos podem ver que o alimento ingerido pelo estômago (ou seja, a parte inferior dessa fábrica de três pisos, que é o organismo humano) se transforma. Se um alimento, por exemplo, passasse pelo estômago e não se transformasse, o organismo não poderia assimilar seus princípios (suas vitaminas, suas proteínas). Isso seria, simplesmente, uma indigestão. Assim, pois, conforme vamos refletindo nessa questão, chegamos a compreender a necessidade de passar por uma Transformação. Está claro que os alimentos físicos se transformam. Mas há algo que nos convida muito à reflexão: não existe uma transformação, por exemplo, adequada das Impressões. Para o propósito da Natureza propriamente dita, não há nenhuma necessidade de que o animal intelectual, equivocadamente chamado homem, transformar realmente as impressões. Porém, um homem pode transformar suas impressões por si mesmo se possui, naturalmente, o conhecimento de fundo, esotérico, e compreende o porquê dessa necessidade (resultaria magnífico transformar as impressões). No terreno da vida prática, a maioria das pessoas crê que este mundo físico vai lhe dar exatamente o que anseia e busca, e eis aí, meus estimados irmãos, um tremendo equívoco. A vida, em si mesma, entra 24 em nós, em nosso organismo, na forma de meras impressões. O primeiro que realmente devemos compreender é o significado deste Trabalho Esotérico, relacionado intimamente com a questão das impressões. O que necessitamos para transformar a vida? É verdade! E não poderia realmente transformar sua vida se não transformar as impressões que lhe chegam à mente. É urgente, pois, que os que leiam esta cátedra reflitam no que aqui estamos dizendo… Não existe, realmente, tal coisa como a “vida externa” – e vejam vocês que estamos falando de algo muito revolucionário, pois todo mundo crê que o físico é o real, porém se formos um pouquinho mais a fundo, o que realmente estamos recebendo, a cada instante, a cada momento, são meramente IMPRESSÕES. Vemos uma pessoa que nos agrada ou que nos desagrada, e o primeiro que obtemos são impressões dessa natureza, não é verdade? Isso não podemos negar. A vida é, digamos, uma sucessão de impressões (e não como creem muitos ignorantes ilustrados: uma coisa sólida, física, de tipo exclusivamente material): a realidade da vida são suas impressões, claro está que a ideia que estamos emitindo através desta gravação resulta certamente difícil de se capturar, de se apreender. Constitui-se num trabalhoso ponto de intersecção. É possível que você que me esteja lendo tenha a certeza de que vida que têm existe como tal, e não como suas impressões. Estão tão sugestionados pelo mundo físico que obviamente pensam assim. A pessoa que vemos sentada, por exemplo, em uma cadeira, com tal ou qual traje de cor, aquele que nos sorri mais além, ou aquele outro que está tão sério etc., são para nós coisas reais, não é verdade? Porém se meditamos profundamente em tudo o que vemos chegaremos à conclusão de que o real são as impressões. Estas, como já disse, chegam à mente através, é claro, das “janelas” dos cinco sentidos. Se não tivéssemos, por exemplo, olhos para ver ou ouvidos para ouvir, nem tato para tocar, nem olfato para cheirar, ou nem sequer paladar para saborear os alimentos que entram em nosso organismo, por acaso existiria para nós isso que se chama mundo físico? Claro que não, absolutamente não! Então, pois, a vida nos chega na forma de impressões, e é aí que existe a possibilidade de trabalhar sobre nós mesmos. Antes de tudo – se é isso que queremos fazer –, pois, deve-se compreender o trabalho que devemos fazer. Se não fizéssemos esse trabalho de forma correta, como poderíamos conseguir uma transformação psicológica em nós mesmos? É óbvio que o trabalho que iremos realizar sobre nós mesmos deve ser sobre as impressões que estamos recebendo a cada instante, a cada momento. E a menos que o apreendamos, que o capturemos etc., nunca ninguém compreenderia o significado do que no Trabalho é chamado de PRIMEIRO CHOQUE CONSCIENTE. O Choque relaciona-se com essas impressões que são tudo quanto conhecemos do mundo exterior, que estamos recebendo, que tomamos como se fossem as verdadeiras coisas, as verdadeiras pessoas. Necessitamos, então, transformar nossa vida, e esta é INTERNA. Ao querer transformar esses aspectos psicológicos de nossa vida, obviamente necessitamos trabalhar sobre as impressões – que entram em nós, é claro. Por que nós chamamos o trabalho sobre a transformação das impressões de Primeiro Choque Consciente? Por um motivo, meus queridos irmãos gnósticos, por um só motivo: porque, simplesmente, é algo que de nenhuma maneira poderíamos efetuar de forma meramente mecânica! Isso jamais acontece mecanicamente. Necessita-se de um esforço autoconsciente. Está claro que um aspirante gnóstico que comece a compreender essa classe de trabalho começa, obviamente, também a deixar de ser um homem mecânico, que serve exclusivamente aos interesses da Natureza - uma criatura absolutamente adormecida que simplesmente não é mais que um “empregado da Natureza”, para os fins econômicos da mesma, os quais não servem, de modo algum, aos interesses de nossa própria Autorrealização Íntima. Se vocês começam, agora, a compreender o significado de tudo quanto lhes está sendo ensinado neste texto… se pensam, agora, no significado de tudo quanto lhes é ensinado a fazer, digamos pela via do esforço próprio (começando com a OBSERVAÇÃO DE SI MESMOS), sem dúvida verão, meus queridos irmãos gnósticos, que no lado 25 prático do Trabalho Esotérico tudo se relaciona com a transformação das impressões e o resultado, naturalmente, das mesmas. mais ou menos estereotipada –, não veremos a onde começa o ponto que realmente possibilita a mudança, e onde é possível trabalhar. O trabalho, por exemplo, sobre as emoções negativas, sobre os estados de humor irritadiços, sobre a questão da Identificação, sobre a Autoconsideração, sobre os Eus sucessivos, sobre as Autojustificativas, sobre as desculpas e sobre os estados inconscientes em que nos encontramos… relaciona-se em tudo com a transformação das impressões e o que resulta disso. As reações, que formam nossa vida pessoal, são quase todas de tipo negativo. Então, também nossa vida será negativa, não será mais que uma série sucessiva de reações negativas, que se dão como resposta incessante às impressões que chegam à mente. Assim, convém, meus queridos irmãos gnósticos, que de certo modo o trabalho sobre si mesmo se comparar com a dissecação, no sentido de que é uma transformação. Quero que vocês reflitam profundamente nisso, que compreendam, pois, o que é o Primeiro Choque Consciente. É preciso formar um “instrumento de mudança” no lugar de entrada da impressões; não esqueçam isso. Se mediante a compreensão do trabalho você pode aceitar a vida como um Trabalho (realmente esotérico), então estará em um estado constante de Recordação de Si Mesmo. Este estado de consciência de si mesmo o levará, naturalmente, ao terreno vivente da transformação das impressões, e assim normalmente (ou supranormalmente, melhor dizendo) ao de uma vida distinta, no que a você naturalmente diz respeito. Ou seja, a vida já não trabalhará mais sobre todos vocês, meus queridos irmãos, como fazia antes. Vocês começarão a pensar e a compreender de uma nova maneira, e este é o começo, naturalmente, de sua própria transformação. Porque enquanto vocês seguirem pensando da mesma maneira, tomando a vida da mesma maneira, é claro que não haverá nenhuma mudança em vocês. Transformar as impressões da vida é transformar a si mesmo, meus queridos irmãos gnósticos, e só uma maneira de pensar inteiramente nova é que pode efetuá-la. Todo esse trabalho, pois, dirige-se rumo a uma forma radical de transformação. Se não nos transformamos, nada se consegue. Vocês compreenderão que a vida exige continuamente uma reação. Todas essas reações formam nossa vida, nossa vida pessoal. Mudar a vida não é mudar as circunstâncias meramente externas. É cambiar realmente as próprias reações. Porém, se não vemos que a vida exterior nos chega como meras impressões, que nos obrigam incessantemente a reagir – de uma forma, digamos, Logo, nossa tarefa consiste em transformar as impressões da vida, de modo que não provoquem esse tipo de reações negativas a que estamos tão acostumados. Porém, para consegui-lo, é necessário estarmos nos AUTO-OBSERVANDO de instante em instante, de momento em momento. Assim, as impressões não chegam de um modo mecânico, e isso equivale a começar a viver mais conscientemente. Um indivíduo pode permitir, dar-se ao luxo, que as impressões lhe cheguem mecanicamente, porém se não comete semelhante erro, se transforma suas impressões, então começa a viver conscientemente. Por isso se diz que este é o Primeiro Choque Consciente. O Primeiro Choque Consciente radica, precisamente, na transformação das impressões que chegam à mente. Se se consegue transformar as impressões que chegam à mente, no próprio momento de sua entrada, sempre se pode trabalhar no resultado das mesmas. Está claro que ao transformá-las evitamos que produzam os efeitos mecânicos que sempre resultam ser desastrosos no interior de nossa psique. Um estado de consciência de si mesmo nos levará, naturalmente, ao terreno vivente da transformação das impressões Isso exige um sentimento definido, uma vibração definida do trabalho, uma valorização do ensinamento, o que significa que este trabalho esotérico deve ser levado até o ponto, por assim dizer, por onde entram as impressões, e desde onde são distribuídas – mecanicamente – a seu lugar de costume (pela personalidade), para evocar as antigas reações. Quero que vocês vão entendendo um pouco mais. Vou tratar, digamos, de simplificar, a fim de que vocês possam entender. Darei um exemplo: se 26 jogamos uma pedra em um lago cristalino, no lago vemos que se produzem impressões, e é a resposta às impressões dadas pela pedra (são as reações). Estas se manifestam em ondas que vão desde o centro até a periferia, não é verdade? Bem, agora levem vocês, meus queridos irmãos gnósticos, este exemplo à mente. Imaginem-se, por um momento, como um lago. De pronto, aparece a imagem de uma pessoa e então a mente reage – as impressões produzem a imagem que chega à mente; as reações são a resposta a tais impressões. Se vocês jogam uma bola contra um muro, o muro recebe a impressão e vem a reação, que consiste em que, inconscientemente, a bola regresse a quem a atirou. Bem, pode ser que não chegue diretamente, porém de qualquer maneira a bola rebate e isso é reação, correto? Bem, há impressões que não são muito agradáveis. Por exemplo, as palavras de um insultador não são, por certo, muito boas que se diga, não? Claro que poderíamos, digamos, transformar essas palavras do insultador. Porém, sim, as palavras são como são, e então o que poderíamos fazer? Transformar as impressões que tais palavras nos produzem? Sim, isso é possível, e o ensinamento gnóstico nos ensina a cristalizar a Segunda Força (ou seja, o Cristo em nós), mediante um postulado que diz: “Há que se receber com agrado as manifestações desagradáveis de nossos semelhantes.” Eis aqui, pois, o modo de transformar as impressões que produzem em nós as palavras de um insultador: “Receber com agrado as manifestações desagradáveis de nossos semelhantes”. Este postulado nos levará, naturalmente, à cristalização da Segunda Força (ou seja, o Cristo em nós), fará com que o Cristo venha a tomar forma em nós. É um postulado sublime, esotérico em 100%. Agora, se do mundo físico não conhecemos senão as impressões, então o mundo físico propriamente não é tão externo como creem as pessoas. Com justa razão Immanuel Kant disse: “O exterior é o interior”. Então, pois, se o interior é o que conta, devemos transformar o interior: as impressões são interiores. Assim, todos os objetos, as coisas, tudo o que vemos, existe em nosso interior na forma de impressões. Se, por exemplo, não transformamos as impressões, nada muda em nós. A luxúria, a cobiça, o ódio, o orgulho etc. existem na forma de impressões – dentro de nossa psique – e vibram incessantemente. O resultado mecânico de tais impressões são todos esses elementos inumanos que levamos dentro e que normalmente temos chamado de Eus (os eus, que em seu conjunto constituem-se no mim mesmo, no si mesmo, não é?). Suponhamos que um indivíduo veja uma mulher provocativa e não transforme suas impressões. O resultado será que as mesmas – de tipo naturalmente luxurioso – exigem dele, pois, um desejo de possuí-la. Tal desejo vem a ser o resultado mecânico da impressão recebida, e se plasma, vem a cristalizar, a tomar uma forma em nossa psique, converte-se em um agregado mais, ou sja, em um elemento inumano, em um novo eu de tipo luxurioso que vem a se agregar à soma já existente de elementos inumanos que, em sua totalidade, constituem o Ego, o mim mesmo, o si mesmo. Porém, vamos seguir refletindo: em nós existem a ira, a cobiça, a luxúria, a inveja, o orgulho, a preguiça e a gula: ira por quê? Porque muitas impressões chegaram a nós, ao nosso interior, e nunca as transformamos. O resultado mecânico de tais impressões, pois, foi a ira, foram os eus que ainda existem, que vivem em nossa psique, e que constantemente, pois, nos fazem sentir coragem. A cobiça: indubitavelmente, muitas coisas despertaram em nós a cobiça; o dinheiro, as joias, as coisas materiais de todo tipo etc. Esses objetos chegaram a nós na forma de impressões. Nós cometemos o erro de não haver transformado essas impressões, por exemplo, em outra coisa diferente: em uma admiração pela beleza, ou em altruísmo, ou em alegria pelo proprietário de tais coisas, enfim… e aí? Pois tais impressões não transformadas, naturalmente, se converteram em eus de cobiça que agora carregamos em nosso interior. No caso da luxúria, já disse que distintas formas de luxúria nos ferem na forma de impressões, e surgem, no interior de nossa mente, imagens, digamos, de tipo erótico, cuja reação foi a luxúria. 27 Como queira que então não transformamos essas ondas luxuriosas, essas vibrações luxuriosas, essas impressões, esse sentir luxurioso, esse erotismo malsão, ou não bem entendido – porque bem entendido, eu já disse que o erotismo é saudável –, naturalmente que o resultado não se faz esperar: foi completamente mecânico, nasceram novos eus dentro de nossa psique, de tipo mórbido, é claro. Assim, hoje em dia nos cabe trabalhar sobre as impressões de ira, de luxúria, de inveja, de orgulho, de preguiça, de gula etc. (e outras tantas coisas). Também temos, dentro, os resultados mecânicos de tais impressões: feixes de eus briguentos e gritões que agora necessitamos compreender e ELIMINAR. Todo o trabalho de nossa vida versa, pois, em saber transformar as impressões e também em saber eliminar, digamos, os resultados mecânicos das impressões não transformadas no passado. As coisas e as pessoas não são mais que impressões dentro de nós, dentro de nossa mente. Se transformamos essas impressões, transforma-se a vida O mundo exterior, propriamente, não existe; o que existe é o interno. As impressões são interiores e as reações – com tais impressões – são de tipo completamente interior. Quem poderia dizer que está vendo uma árvore em si mesma? Não; estará vendo a “imagem da árvore”, porém não “a” árvore. A “coisa em si”, como dizia Immanuel Kant, ninguém vê; vê-se a imagem da coisa, ou seja, surgem em nós as impressões sobre uma árvore, sobre uma coisa. Estas são internas, são de dentro, são da mente. Se alguém, por exemplo, não faz uma modificação de suas próprias impressões internas, o resultado mecânico não se deixa esperar: é o “nascimento de novos eus” que vêm escravizar ainda mais nossa Essência, nossa Consciência; que vêm intensificar o sono em que vivemos. Quando se compreende que realmente tudo o que existe dentro de si mesmo (com relação ao mundo físico) não são mais que impressões, compreende também a necessidade de transformar essas impressões, e ao fazê-lo, produz-se uma transformação total de si mesmo. Não há coisa que do mais, por exemplo, do que a calúnia, ou as palavras de um insultador. Porém, se a pessoa for capaz de transformar as impressões que são produzidas em alguém por tais palavras, estas ficam então como um cheque sem fundo. Certamente, as palavras de um insultador não têm mais valor que o que lhe dá o insultado. Se o insultado não dá valor a essas palavras, as mesmas ficam se valor (repito: ainda que me seja cansativo, ficam como um cheque sem fundo). Quando se compreende isso, transforma então as impressões de tais palavras, por exemplo, em algo distinto: em amor, em compaixão pelo insultador, e isso naturalmente significa TRANSFORMAÇÃO. Assim, então, necessitamos transformar incessantemente as impressões, não só as presentes, mas também as passadas. Dentro de nós existem muitas impressões – que cometemos o erro, no passado, de não haver transformado – e muitos resultados mecânicos das mesmas, que são os tais eus que agora há que desintegrar, aniquilar, a fim de que a Consciência fique livre e desperta. Quero que vocês reflitam profundamente no que estou dizendo: as coisas, as pessoas, não são mais que impressões dentro de vocês, dentro de sua mente. Se transformam essas impressões, transformam a vida de vocês. Quando há, por exemplo, orgulho, isso tem por base a ignorância. De que pode sentir orgulho uma pessoa? De sua posição social, de seu dinheiro ou do quê? Porém, se a pessoa, por exemplo, pensa que sua posição social é uma questão meramente mental, é uma série de impressões que chegaram à sua mente, impressões sobre seu estado social ou seu dinheiro. Quando pensa que tal estado não é mais que uma questão mental, ou quando analisa a questão do dinheiro e se dá conta de que isso só existe na mente, na forma de impressões, as impressões que o dinheiro produz, é claro. Se analisamos isso a fundo, se compreendemos realmente que o dinheiro e a posição social, e ademais não são mais que impressões internas da mente, pelo fato de compreeder que são somente impressões da mente, há transformação das mesmas. Então, o orgulho cai por si mesmo e nasce de forma natural, em nós, a humildade. Continuando com esses processos de transformação das impressões, direi algo mais. Por exemplo, a imagem de uma mulher luxuriosa chega à mente, surge na mente. Tal imagem é uma impressão, 28 obviamente. Poderíamos transformar essa impressão luxuriosa mediante a compreensão. Bastaria que pensássemos que a citada imagem é perecível, que essa beleza é, portanto, ilusória. Se nos lembrarmos por alguns instantes que essa mulher vai morrer e que seu corpo se tornará pó no cemitério; se com a imaginação víssemos seu corpo em estado de desintegração, dentro da sepultura, isso seria mais que suficiente para transformar essa impressão luxuriosa em Castidade. Assim, transformando-a, não surgiriam na psique mais eus de luxúria. Então, convém que mediante a compreensão transformemos as impressões que surgem na mente. Creio que os estimados irmãos estão compreendendo que o mundo exterior não é tão exterior como normalmente se crê. É interior, pois, tudo o que nos chega do mundo; não são mais que impressões internas. Ninguém poderia enfiar uma árvore dentro de sua mente, ou uma cadeira, uma casa, ou um palácio ou uma pedra. Ali, tudo, em nossa mente, não é mais que impressão, e isso é tudo. Impressões de um mundo que chamamos “exterior”, porém, realmente não é tão exterior como se pensa. Convém, então, que todos nós transformemos as impressões mediante a compreensão. Outro exemplo: se alguém nos adula. Como transformaríamos a Vaidade que tal adulador poderia provocar em nós? Obviamente, os louvores, as adulações, não são mais que impressões que chegam à mente, e esta reage na forma de vaidade, porém se se transformam tais impressões, a vaidade se faz impossível. Converte tais impressões, digamos, no que são: pó, poeira cósmica, porque compreende sua própria posição. Já sabemos que nosso planeta Terra é um grão de areia no espaço. Pensemos na galáxia em que vivemos, composta de bilhões de mundos… O que é a Terra? É uma mísera partícula de pó neste Infinito… E nós, somos o quê? Micro-organismos dentro dessa partícula… E aí? O que conseguiríamos com essas reflexões? MUDAR, é claro, e isso obviamente produziria uma transformação das impressões que se relacionam com a lisonja, com a adulação, com o louvor, e não reagiríamos, como resultado, na forma de orgulho, não é verdade? Quanto mais refletirmos nisso, veremos mais e mais a necessidade de uma transformação completa das impressões… Tudo que vemos no externo é interior! Logo, se não trabalhamos sobre o interior, iremos pelo caminho do erro, porque não modificaríamos então nossa vida. Se quisermos ser distintos, necessitamos nos transformar integralmente, e se quisermos nos transformar, devemos começar por transformar as impressões. Referências Bibliográficas: A Revolução da Dialéctica; Tratado de Psicologia Revolucionária; A Grande Rebelião – V.M. Samael Aun Weor Como se transformariam, pois, as palavras de um adulador, essas impressões de louvores, de que forma? Mediante a Compreensão! Quando se compreende realmente que não se é mais que uma infinitesimal criatura em um rincão do universo, de fato transforma, pois, tais impressões de louvor, ou de lisonja, em algo distinto. Contatos com a Direção do IGA ou com os Editores da Revista MAITREYA INSTITUTO GNÓSTICO DE ANTROPOLOGIA IGA—BRASIL www.igabrasil.org.br [email protected] Redação da Revista MAITREYA: Ricardo Nairo de Souza ([email protected]) 29 Calendário de Atividades do IGA Abril a Julho de 2013 MÊS DIA DATA ESPECIAL EVENTO / LOCAL ABRIL 20 Início do Signo de Touro 20 e 21 II Encontro IGA Minas-Rio De 01 a 30/04/11 Prática com o Mantra E (uma hora diária) Campos dos Goytacazes/RJ 26 Preparação para o dia 27 Prática da Runa MAN às 23:45h (V.M. Huiracocha) 27 Advento de Samael Prática da Runa LAF (V.M. Samael) MAIO De 01 a 31/05/11 1 Dia do Trabalhador Local: nosso casa; Prática: Meditação 20 Início do Signo de Gêmeos Prática: Saída em Astral 26 Preparação para o dia 27 Prática da Runa MAN às 23:45h (V.M. Huiracocha) 27 Advento de Samael Prática da Runa LAF (V.M. Samael) Retiro Espiritual: Corpus Christi Cabo Sto Agostinho/PE: I Centro de Retiro Espiritual Araucária/PR...............: II Centro de Retiro Espiritual 29 a 02/06 JUNHO De 01 a 30/06/11 21 Início do Signo de Câncer Prática da Runa GIBUR 26 Preparação para o dia 27 Prática da Runa MAN às 23:45h (V.M. Huiracocha) 27 Advento de Samael Prática da Runa LAF (V.M. Samael) JULHO 23 Início do Signo de Leão De 01 a 31/07/2011 Prática da Runa AR; Vocalizar Mantra O (1,0h/dia) 26 a 28 Retiro Espiritual: Férias Escolares Cabo Sto Agostinho/PE: I Centro de Retiro Espiritual 27 Advento de Samael Prática da Runa LAF (V.M. Samael) MENSAGEM ESPECIAL: “O elevado ensinamento gnóstico busca, por todos os meios, a prática da magia transcendental e a magia a serviço do Espírito, pois entende que, sem este instrumento, a vida do homem nunca alcançará sua cabal perfeição. Quem não utiliza as chaves mágicas que foram outorgadas desde a antiguidade para maior honra e glória de nosso Divino Ser (considerando-se que a oração é um processo mágico por excelência) estará perdendo, irremissivelmente, as faculdades que lhe foram outorgadas propositadamente. É como o mendigo que vai caindo pela vida, ignorando que leva no fundo de sua bolsa as mais preciosas jóias. (Prefácio do livro “Magia Crística Asteca”, de Samael Aun Weor. Em posição de sentido, com o olhar voltado para o leste, levante os braços sobre sua cabeça até juntar as palmas das mãos; baixe os braços estendidos formando uma cruz entre eles e o seu corpo. Logo depois cruze-os sobre o peito e deite-se em decúbito dorsal. Quando for adormecendo, peça a Deus e aos Mestres, através da oração sincera, que o levem à grande pirâmide de Gizé no Egito. Imediatamente, após terminar a sua oração, vocalize as seguintes sílabas: FAAAAAAAAAAAAAA; RAAAAAAAAAAAAAA; ONNNNNNNNNNNNNN *Prática ensinada em detalhes no capítulo 5 do livro Magia Crística Asteca, de Samael Aun Weor. 30 HOTÉIS OPCIONAIS* *Informar que é participante do Congresso Gnóstico de Antropologia. Primeira opção: HOTEL MONACO Habitacão Single: R$ 75,00 Habitação Doble: R$ 95,00 Habitação Triple: R$ 105,00 Endereço: Rua Silva Ramos, 20 - Centro - Manaus/AM Central de Reserva: [email protected] www.hotelmonacomanaus.com.br Telefone: (92) 2121-5026 Contato: Érica Cristina Segunda opção: MANAÓS HOTEL Habitação Single: R$ 153,00 Habitação Doble: R$ 170,00 Habitação Triple: R$ 188,00 Endereço: Av. Eduardo Ribeiro, 881 - Centro - Manaus/ AM Central de Reserva: [email protected] Web: www.hotelmanaos.com.br Telefone: (92) 3633-5744/3633-6148/32329884/32327328 Contato: gerente Solange Terceira opção: SOMBRA PLAZA HOTEL MANAUS Habitação Single: R$ 76,00 Habitação Doble: R$ 90,00 Habitação Triple: R$ 130,00 Endereço: Av. Sete de Setembro, 1325 - Centro - Manaus/ AM Central de Reserva: [email protected] Web: www.hotelsombra.com.br Quarta opção: PLAZA HOTEL MANAUS Habitação Single: R$ 102,00 Habitação Doble: R$ 121,00 Habitação Triple: R$ 140,00 Endereço: Av. Getulio Vargas, 215 - Centro - Manaus/AM Central de Reserva: [email protected] Web: www.grupotajmahal.com.br Telefone: (92) 3232-7766/3627-3737 Contato: Paulo Moraes Quinta opção: HOTEL BRASIL MANAUS Habitação Single: R$ 85,00 Habitação Doble: R$ 100,00 Habitação Triple: R$ 120,00 Endereço: Av. Getulio Vargas, 657 - Centro - Manaus/AM Central de Reserva: [email protected] Web: www.hotelrazil.com.br Telefone: (92) 2101-5000/2101-5011 Contato: Jaqueline Palmério HOTEL SEDE - HOTEL TROPICAL MANAUS Habitação Single: R$ 227,00 Habitação Doble: R$ 261,00 Habitação Triple: R$ 326,00 Inclui Café-da-manhã + Hospedagem filho <12anos Todos as palestras serão realizados no Hotel Sede. [email protected] Web: www.grupotajmahal.com.br 31 Telefone: (92) 2123-5045 Contato: informar localizador 91023 32