- Câmara de Comércio Americana

Transcrição

- Câmara de Comércio Americana
Crise hídrica: empresas investem em soluções de ecoeficiência e reúso de água
REVISTA DA
CÂMARA DE
COMÉRCIO
AMERICANA DO
RIO DE JANEIRO
DESDE 1921 Nº290
JAN/MAR 2015
RIO 450 ANOS
Melhor para
os negócios
Cidade se reinventa para
atrair mais investimentos e
consolidar crescimento
Gestão pública
Eduardo Paes aponta os
desafios do município
Business Plan
Comitês setoriais traçam
as prioridades para 2015
FOCO
FOCO
FOCO
UM DOS MAIS MODERNOS
COMPLEXOS SIDERÚRGICOS
DO MUNDO, A THYSSENKRUPP
COMPANHIA SIDERÚRGICA DO
ATLÂNTICO FECHOU 2014 COM
PRODUÇÃO DE 4,1 MILHÕES DE
TONELADAS DE PLACAS DE AÇO,
UM CRESCIMENTO DE 25% EM
RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR. OS
PRODUTOS DA THYSSENKRUPP
CSA ATENDEM OS MERCADOS
MAIS SOFISTICADOS DO MUNDO,
COMO O SETOR AUTOMOTIVO DA
AMÉRICA DO NORTE, E JÁ ESTÃO
SENDO CONSUMIDOS EM QUASE
TODOS OS CONTINENTES.
FOTO DE DIVULGAÇÃO/MARCO ANTÔNIO TEIXEIRA
6_Edição 287_jul/ago 2014
EDITORIAL
DIVULGAÇÃO/
A
primeira Brazilian Business de 2015 é uma edição comemorativa dos
450 anos do Rio de Janeiro, a começar pela imagem da Estátua da Liberdade que ilustra a Capa. O conceito da ilustração e seu processo
de construção fazem parte de um especial de 14 páginas editoriais.
A reportagem de abertura, assinada por Carmen Nery, traça um perfil do
ambiente de negócios carioca. Especialistas, líderes empresariais e representantes do governo analisam o ambiente corporativo da cidade. E um artigo
de Opinião de Eduardo Paes revela a visão de futuro do prefeito.
O material é complementado pela Coluna Rio, na qual Bernardo Guimarães apresenta os destaques da celebração cultural que acompanha a festa
de aniversário da cidade.
A edição marca outra data importante para a Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio). Esta será a última Carta do
Presidente assinada por Roberto Ramos, cujo sucessor na presidência da
AmCham Rio, com posse em abril, será apresentado na próxima revista.
Na seção From the USA, Thomas J. Donohue, presidente e CEO da
U.S. Chamber of Commerce, aponta as diretrizes que irão guiar a maior associação empresarial do mundo, da qual a AmCham Rio faz parte. E, em
Conexão Global, Bernardo Guimarães entrevista Maxine Turner, responsável pelo U.S. Welcome Pavilion.
Já a Reportagem de Roberta Jansen avalia os impactos que a crise hídrica provoca no setor privado. Ela antecipa as estratégias que o mundo corporativo está criando para lidar com o problema.
Outro desafio para as empresas é diminuir as barreiras bilaterais entre
Brasil e Estados Unidos. A AmCham Rio faz parte da coalização de associações que está atuando para acabar com a necessidade de visto de viagens,
como mostra reportagem da seção AmCham News.
Na coluna Foco, nossa associada ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica
do Atlântico celebra crescimento de 25% na produção de placas de aço.
Boa leitura!
CLÁUDIO MOTTA_EDITOR
amchamrio.com
+ IMAGEM
+ CONTEÚDO
Confira em vídeo os detalhes do U.S.
Welcome Pavilion no Rio.
Leia a íntegra a entrevista de Gilberto Peralta, presidente e CEO
da GE do Brasil. http://bit.ly/BBeGE
Acompanhe em imagens os principais eventos
divulgados pela página da AmCham Rio no
Facebook. http://bit.ly/FaceAmChamRioFoto
Confira a agenda de eventos Premium da AmCham Rio para 2015.
http://bit.ly/AmChamRio2015
Ministro Armando Monteiro: “Relações comerciais com Estados Unidos
são prioridade”. http://bit.ly/RelacoesBrasilUSA
Entrevista com André Araujo, presidente da Shell. http://bit.ly/BB290Shell
CARTA DO PRESIDENTE
06 Roberto Ramos faz um balanço
FROM THE USA
30 Thomas J. Donohue, presidente e CEO
da U.S. Chamber of Commerce, analisa o
atual quadro da economia americana
de seus dois anos como presidente
da AmCham Rio.
ÁGUA
08 Como as empresas estão lidando com
CONEXÃO GLOBAL
32 Maxine Turner, idealizadora do U.S.
OVERVIEW
14 O SelectUSA, nos Estados Unidos,
ESPÍRITO SANTO
34 Estudo da Findes revela que, em 2015,
Welcome Pavilion, apresenta o centro de
recepção americanopara 2016
o processo de produção em meio a uma
das piores crises hídricas do Brasil
o Estado capixaba terá um PIB
maior do que a média nacional
aproxima investidores e executivos de
negócios de todo o mundo
RIO 450 ANOS
16 Cidade celebra aniversário e a retomada
PREFEITO
24 Eduardo Paes analisa as mudanças
aborda a importância da responsabilidade
social das empresas
PERFIL
38 A Harris assumiu o compromisso de
expandir sua presença no mercado
brasileiro e procura parcerias locais
estruturais da cidade e faz projeções
para o futuro
RIO
26 Mais de 200 eventos previstos até
dezembro estão no calendário oficial
dos 450 anos do Rio
OPINIÃO
36 Superintendente de Operações do Ibeu
de investimentos após um período
de estagnação
DIVULGAÇÃO/RIOTUR/ALEXANDRE MACIEIRA
SUMÁRIO
AMCHAM NEWS
40 A criação de uma coalizão para extinguir
Conselho editorial
Henrique Rzezinski
João César Lima
Rafael Lourenço
Rafael Sampaio
da Motta
Roberto Ramos
Robson Goulart Barreto
Gerente de Comunicação
Eduardo Nunes
[email protected]
Editor-chefe e jornalista
responsável
Cláudio Motta (MTB
01001400/RJ)
[email protected]
Colaboraram
nesta edição:
Veriza Duca (arte da
capa), Fábio Matxado
(edição de arte), Luciana
Maria Sanches (revisão),
Bernardo Guimarães
(texto e fotos), Carmen
Nery (texto) e Roberta
Jansen (texto).
Os artigos assinados são
de total responsabilidade
dos autores, não
representando,
necessariamente,
a opinião dos editores
e a da Câmara de
Comércio Americana
do Rio de Janeiro
Publicidade
Felipe Tavares
[email protected]
A tiragem desta edição,
de 3 mil exemplares,
é comprovada pela EY
vistos a brasileiros e os temas prioritários
dos comitês da AmCham Rio para 2015
Impressão: Walprint
Uma publicação
da Câmara de Comércio
Americana do Rio
de Janeiro
+ FOCO
+ BUSINESS&NEWS
Acesse e confira o ensaio fotográfico completo com as
imagens da coluna Foco: http://bit.ly/BB290Foco
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CARTA DO PRESIDENTE
ROBERTO RAMOS, PRESIDENTE DA CÂMARA DE COMÉRCIO AMERICANA DO RIO DE JANEIRO
Last but not least
P
ANA PAULA AMORIM
assaram-se já dois anos de minha posse, assim, em abril,
a Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro
(AmCham Rio) terá um novo presidente, que assumirá com
a responsabilidade adicional de conduzir os eventos que marcarão
o nosso Centenário, em 2016. Desafio significativo, aliás, esse de
combinar as merecidas comemorações com a realidade econômica
do País, radicalmente diversa da que vivíamos quando eu assumi.
De fato, tivemos vários highs e lows nestes últimos 24 meses.
Entre os highs, sem dúvida, a visita do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que não só foi um sucesso, do ponto de
vista geopolítico, na preparação para a tão antecipada state visit
da presidente Dilma Rousseff a Washington, como também concedeu à AmCham Rio o destaque de receber e saudar o vice-presidente americano em sua visita ao Rio. A AmCham ainda teve
a existência realçada no discurso feito pelo vice-presidente no
banquete oferecido em sua honra, em Brasília. Entre os grandes
eventos, destaque para a 11ª edição do Brazil Energy and Power
– realizado pela primeira vez no Brasil com grande repercussão
–, além da Conferência Libra e do Prêmio Brasil Ambiental, que
no ano passado chegou à décima edição.
Ainda entre os highs, o trabalho que foi feito com os comitês
para alinhar a atuação às nossas bandeiras (energia, turismo, entretenimento, seguros e resseguros, sustentabilidade e logística
e infraestrutura), bem como para que sua atuação possa se traduzir no melhor atendimento aos anseios de nossos associados,
contribuindo como importante fonte de recursos para a sustentação da AmCham Rio.
Quanto aos lows, sem dúvida, o “episódio Snowden”, que impactou de forma significativa as relações Brasil-EUA, desfazendo, inclusive, o efeito positivo da visita do vice-presidente Biden.
O acontecimento ainda fez com que perdêssemos não só dois
anos de velocidade de progresso nas negociações que estavam
em curso, como tivéssemos que voltar à estaca zero em alguns
temas importantes.
Dentro da própria Câmara, o low foi nossa dificuldade de encontrar novas fontes de receita que nos permitissem equacionar os
aumentos de custo derivados de uma estrutura de despesas pouco
elástica. Um desafio que permanece para a próxima gestão.
Tenho certeza, entretanto, que a combinação do diagnóstico
correto, a dedicação de todos e o alinhamento obtido quanto à
ação dos comitês vai permitir que meu sucessor possa obter os
resultados positivos nos próximos dois anos. Continuarei presente, no Comitê Executivo, trabalhando para que isso ocorra.
Agradeço ao staff da Câmara pelo dedicado trabalho realizado ao longo destes anos e aos associados da AmCham Rio por
terem me dado a honra de ter sido presidente da instituição, à
qual eu estou ligado há 30 anos.«
6_Edição 290_jan/mar 2015
FOTOS PEDRO KIRILOS
CECÍLIA ACIOLI
Momentos marcantes
de Roberto Ramos
(em sentido
horário): na posse da
diretoria, em maio
de 2014; no Prêmio
Brasil Ambiental,
em setembro de
2013; discursando
no Brazil Energy
and Power, em
agosto de 2013; com
Roberto Azevêdo,
diretor-geral da
OMC, também em
agosto de 2013; e
com Liliana Ayalde,
embaixadora dos
EUA no Brasil, e John
Creamer, cônsulgeral dos EUA no Rio,
em maio de 2014
Edição 290 Brazilian Business_7
REPORTAGEM
A crise hídrica e as
oportunidades para
um crescimento
sustentável
Indústrias precisam se preparar para os eventos climáticos extremos
Roberta Jansen [email protected]
Rio Paraíba do Sul também
sofre com a crise hídrica
do Sudeste
8_Edição 290_jan/mar 2015
C
DIVULGAÇÃO/JOÃO GOMES
oração da economia do País, a Região Sudeste vive
hoje uma das piores crises hídricas e de fornecimento de energia da história. Com o nível de água
dos reservatórios cada vez mais baixo e sem previsão de
chuva forte a curto prazo, a hipótese do racionamento de
água – até bem pouco tempo considerada remota e negada com veemência pelas autoridades – já é abertamente
debatida nos Estados de São Paulo, de Minas Gerais e do
Rio de Janeiro.
Muitas indústrias estão preparadas para lidar com a
iminente falta de água por causa da adoção, ao longo dos
últimos anos, de estratégias para reduzir o desperdício e
tornar a produção mais eficiente. Outras tantas têm também planos contingenciais para momentos de crise. Mas especialistas alertam que a atual seca pode não ser um evento
isolado, mas, sim, uma ocorrência climática cada vez mais
comum diante do aquecimento global do planeta. Caberá à
indústria, portanto, encarar a situação como uma alavanca
para mudanças ou acabar limitando o crescimento.
“Sem dúvida, a atual crise tem um impacto forte na indústria”, afirma o especialista da Fundação Getulio Vargas (FGV)
Ricardo Barros, da consultoria ambiental
Cyclos. “Mas, desde o fim da década de
1990, como resposta a uma grave crise
ocorrida na época, as empresas vêm adotando ações estratégicas para a ecoeficiência. Isso hoje é um consenso. As grandes organizações estão preparadas, e elas
acreditam, em grande parte, que o desenvolvimento tecnológico dará respostas às
grandes crises.”
A atual é uma delas. Para se ter uma
ideia, o índice de chuvas no Sudeste ao
longo de 2014, segundo dados do governo, é o pior da série histórica iniciada em
1930. No primeiro mês de 2015, o índice
ficou ainda mais baixo do que o registrado
no mesmo período do ano anterior. Embora não se possa relacionar diretamente
a atual seca às mudanças climáticas – para
tanto é necessária uma série histórica bem
mais ampla – é fato que todos os modelos de aquecimento do planeta preveem
a ocorrência cada vez mais frequente de
eventos extremos. O desmatamento nas
nascentes dos rios e a urbanização descontrolada dessa região só fizeram agravar o
problema. “Nosso problema não é chuva”,
garante Barros. “Nós arruinamos nossas
matrizes, desmatamos, favelizamos. Por
isso, a crise meteorológica se torna algo
tão grave.”
No fim de janeiro, os principais reservatórios do Rio e de São Paulo já operavam no chamado volume morto – quando a água do reservatório propriamente
dito acaba e se lança mão de uma reserva técnica, que fica abaixo do limite das
comportas. Em Minas Gerais, a situação
não era melhor. Na última semana do
mês, a companhia de saneamento do Estado informou que só haveria água para
mais 90 dias caso não chovesse ou não
houvesse uma redução de consumo de
pelo menos 30%. >
“DESDE O FIM DA DÉCADA DE 1990, COMO
RESPOSTA A UMA GRAVE CRISE OCORRIDA NA
ÉPOCA, AS EMPRESAS VÊM ADOTANDO AÇÕES
ESTRATÉGICAS PARA A ECOEFICIÊNCIA”,
RICARDO BARROS, ESPECIALISTA DA FGV E DA CONSULTORIA AMBIENTAL CYCLOS
Edição 290 Brazilian Business_9
REPORTAGEM
10_Edição 290_jan/mar 2015
A Coca-Cola
conseguiu reduzir
o volume de água
usado na produção
de refrigerantes
DIVULGAÇÃO/COCA-COLA
A Secretaria de Estado do Ambiente
do Rio de Janeiro, o Instituto Estadual
do Ambiente (Inea) e a Agência Nacional de Águas (ANA), em trabalho conjunto com os comitês de bacias do Rio
Paraíba do Sul, estão desenvolvendo um
plano de ações para minimizar os efeitos
da estiagem. Já há resultados desse esforço: economia de cerca de 400 milhões
de metros cúbicos de água. Porém, se a
estiagem persistir, algumas empresas poderão sofrer restrições no abastecimento
de água. “A nossa prioridade é e sempre
será o abastecimento humano”, afirmou
o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, que chegou a dizer que retirará a outorga das empresas que não
tiverem sistemas de reaproveitamento de
água: “Acredito que isso não vá acontecer, mas, nós podemos, sim, cassar outorgas de empresas”.
Uma pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro
(Firjan) em novembro de 2014, mas divulgada somente no fim de janeiro, revelou que quase um terço (30,6%) das
empresas do Estado reconheciam sofrer
os efeitos da escassez. Dessas, a metade já registrava aumentos nos custos de
produção. O retrato atual deve ser ainda
mais grave, alerta a Firjan, uma vez que a
seca não deu tréguas de lá para cá, como
atestam os índices pluviométricos e a situação dos reservatórios.
A água é um dos principais insumos
da produção industrial, respondendo
por 70% a 90% dos componentes utilizados em determinados setores, como o da
fabricação de produtos de limpeza. Além
disso, a maioria das empresas depende
da água não apenas como insumo, mas
como fonte geradora de energia.
Se a seca perdurar por mais seis meses, empresas instaladas ao longo do
canal do São Francisco, na foz do Rio
Guandu, poderão ter que racionar água
compulsoriamente para preservar o consumo humano, de acordo com a Secretaria de Estado do Ambiente. Na região
estão instaladas empresas de grande porte, como Grupo Gerdau, ThyssenKrupp
Companhia Siderúrgica do Atlântico
(CSA), Furnas e Fábrica Carioca de Catalisadores (FCC). Algumas delas se anteciparam e já adotaram medidas para
prevenir o problema da escassez de água.
DIVULGAÇÃO/SEA
O secretário de Estado do Ambiente, André Corrêa,
ao lado do subsecretário de Projetos e Intervenções
Especiais, Antônio da Hora (à direita) e do presidente
da Cedae, Jorge Briard (à esquerda), anunciou política
permanente de reúso da água
É o caso da CSA, por exemplo. A siderúrgica já foi projetada
para reaproveitar 96% da água utilizada nos processos industriais.
Ela tem ainda uma usina termelétrica própria com capacidade de
produzir 490 MW e que funciona a partir de gases e vapores gerados durante o processo siderúrgico, garantindo a autossuficiência
energética de toda a operação.
A empresa informou, no entanto, que adotou medidas contingenciais diante da atual crise. Além de reduzir em 20% a captação de água do canal do São Francisco, a siderúrgica mudou o
ponto de captação para três quilômetros acima do atual. A medida tem por objetivo evitar a captação de água com maior salinidade, sobretudo quando o nível do rio está baixo e, a maré, alta.
Para driblar esse mesmo problema da água salobra, a FCC vem
interrompendo o processo de captação da água durante quatro
horas ao dia.
A Petrobras também anunciou, em janeiro, a adoção de medidas emergenciais diante da crise hídrica. A empresa informou
que adotou medidas para ampliar o reúso de água em suas refinarias em 3 bilhões de litros, o que equivale a 3% do consumo
total. O volume de água reusada subiu de 20,32 bilhões de litros,
em 2011, para 23,31 bilhões de litros, em 2014. Embora pareça
pouco, tal volume é suficiente para abastecer, por exemplo, uma
cidade de 75 mil habitantes ao longo de um ano. >
Edição 290 Brazilian Business_11
DIVULGAÇÃO/TKCSA/MARCO ANTONIO TEIXEIRA
A CSA foi projetada para
reaproveitar 96% da água utilizada
em processos industriais
REPORTAGEM
“A NOSSA PRIORIDADE É E SEMPRE SERÁ
O ABASTECIMENTO HUMANO”,
ANDRÉ CORRÊA, SECRETÁRIO ESTADUAL DO AMBIENTE
De acordo com a empresa, todas as
ações fizeram com que, nestes últimos três
anos, a relação entre a quantidade de água
consumida e o volume de petróleo processado fosse reduzida em 12,5%. Em 2011, a
Petrobras gastava 1 litro de água para refinar 16,8 barris de petróleo; agora já são
19,3 barris, um aumento da eficiência.
A Coca-Cola também conseguiu, nos
últimos anos, reduzir o volume de água
usado na produção de refrigerantes. Trata-se de um processo que começou em
1992 e, desde então, a empresa está atenta
a esse recurso tão precioso, seja em momentos críticos ou não. “É com esse trabalho, consistente e de longo prazo, que a
empresa consegue ter o melhor índice de
uso de água de toda a indústria de bebidas
do Brasil. A meta da Coca-Cola é chegar a
1,47 litro de água utilizada para cada litro
de bebida produzido até 2020”, disse Josemar Picanço, gerente de Meio Ambiente
da Coca-Cola Brasil.
12_Edição 290_jan/mar 2015
“As empresas avançaram muito”, afirma Barros, da FGV. “E, agora, no
limite tecnológico, estão suando sangue e pagando um preço alto para desenvolver novos projetos de tecnologia limpa, dessalinização da água do
mar, entre outros. Já existe tecnologia, mas ainda não é barato o suficiente.
E é preciso manter a viabilidade econômica do projeto, ou não adianta.”
Para indústrias que atuam no ramo da sustentabilidade e das fontes
alternativas de geração de energia, a crise pode ampliar e até gerar novas oportunidades de negócios. É o caso da General Electrics (GE), por
exemplo, que, no fim do ano passado, entregou à Eletrosul a primeira
cabeça de turbina eólica produzida localmente. É o caso, também, de empresas privadas de saneamento que aproveitam a crise para vender sistemas de reúso de água e outras opções de abastecimento.
A Universal Chemical (Unichem), por exemplo, especializada na fabricação de cosméticos e produtos de limpeza, aproveitou a construção
da quarta fábrica em São Paulo para fazer uma estação de tratamento de
efluentes integrada ao sistema de reúso de água, o que não existia. A estação ficará pronta em março. O novo sistema, garante a empresa, permitirá
uma economia de 10 milhões de litros de água por ano, ou 15% do total
utilizado. Essa água será usada nos serviços de limpeza e nos sanitários.
O futuro, garantem especialistas, será daquelas indústrias que souberem investir em tecnologias mais limpas e processos cada vez mais
eficientes, garantindo a relação custo-benefício da produção e preservando o planeta.«
DIVULGAÇÃO
Foz: rio estratégico,
Paraíba do Sul deságua em
Atafona, em São João da
Barra, no norte do Estado
OVERVIEW
Ednei Medeiros • Eduardo Nunes • Nadia Stanzig
COMO E ONDE
INVESTIR NOS
ESTADOS UNIDOS?
Acontece, nos dias 23 e 24 de março,
em Washington, o SelectUSA Investment
Summit 2015, seminário que destaca as
melhores oportunidades de investimentos
no mercado americano. Realizado a cada
dois anos, o evento aproxima investidores
e executivos de negócios de todo o mundo
com representantes de organizações de desenvolvimento econômico e dos governos
federal e estaduais dos Estados Unidos.
Com expectativa de reunir 2.500 participantes, a edição deste ano prevê reuniões
para networking, fóruns de discussão, exposições e matchmaking online. A edição
2013, que teve a participação do presidente
Barack Obama, reuniu representantes de
60 países. www.selectusasummit.com.
PACOTE DE APOIO ÀS EXPORTAÇÕES
O Governo Federal deverá lançar neste primeiro semestre um
pacote de apoio às exportações. Haverá mudanças na estrutura
do sistema de garantias para atrair oferta de crédito dos bancos
privados, equalização dos juros em relação às taxas oferecidas
no exterior e melhoria nas condições de
financiamento. O pacote também prevê
regras de facilitação e simplificação do
processo exportador, além de medidas
“NESSA ÁREA DA EXPORTAÇÃO,
QUALQUER EVENTUAL AMPLIAÇÃO
DE ESFORÇO FISCAL É JUSTIFICÁVEL
CONSIDERANDO
A RELAÇÃO CUSTO-BENEFÍCIO”,
MINISTRO ARMANDO MONTEIRO
(MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO
EXTERIOR), EM ENTREVISTA À AGÊNCIA ESTADO
14_Edição 290_jan/mar 2015
INVESTIGAÇÕES SOBRE
IMPORTAÇÕES
Com 51 casos entre novembro de 2013 e setembro de
2014, o Brasil é o país com o
maior número de investigações contra importações com
preços supostamente desleais. Os Estados Unidos têm o
segundo maior número, com
22 aberturas de investigações, de acordo com relatório
da Organização Mundial do
Comércio (OMC) sobre o ambiente comercial internacional. Desde 2008, de 2.146 medidas restritivas ao comércio,
apenas 508 foram removidas,
ou 24%.
PROJETO PORTUÁRIO
NO ESPÍRITO SANTO
O Porto Central obteve, em dezembro de
2014, licença prévia do Ibama. A autorização tem validade de quatro anos. Com
investimento de R$ 5 bilhões e projetado para o município Presidente Kennedy
(ES), o porto privado tem participação da
TPK Logística, com cerca de 70%, e da
holandesa Porto de Roterdã, com 30%. O
governo do Espírito Santo ficará com cerca de 1%. O Porto Central projeta movimentar um volume de carga da ordem de
226 milhões de toneladas por ano. Com
vertente multiuso, o porto capixaba atenderá à rotina de exploração e produção de
petróleo na camada do pré-sal e de outros
setores da indústria.
REDUÇÃO DE CONSUMO DE ENERGIA
O Brasil oferece, hoje R$ 400 milhões para
financiamento de projetos de economia de
energia. Entretanto – e em meio a uma crise
energética – o País aproveita menos de 30% do
potencial de redução do consumo energético.
É o que aponta o estudo “Destravando o financiamento à eficiência energética do Brasil”, do
Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds). Uma das principais conclusões é a necessidade de melhorar
o fluxo de informações entre empresas e instituições financeiras. Ao todo, o estudo do Cebds
listou 12 soluções propostas para destravar projetos de eficiência energética.
AMPLIAÇÃO DE AEROPORTOS
REGIONAIS NO RIO
<
O governo do Rio de Janeiro planeja reformar três
aeroportos regionais nas principais zonas industriais fluminenses. A criação da infraestrutura será
feita em parceria com as empresas aéreas e com
verba do Programa de Desenvolvimento da Aviação
Regional. O plano de reconstrução, que é realizado
em parceria com a Anac e Infraero, atenderá os terminais de Campos, produtor de petróleo no norte do
Estado; Itaperuna, com vocação agropecuária, na
região noroeste; e Resende, polo automotivo no sul
fluminense. Os terminais poderão ser concedidos a
operadores privados ou administrados pelo Estado.
FIASCO NO SHALE GAS
Estudo da Universidade do Texas publicado na
Nature afirma que as reservas de shale gas dos
Estados Unidos estão superestimadas, colocando
em risco a revolução energética. Usando dados
20 vezes mais rigorosos do que os da EIA (agência de informações energéticas do governo), especialistas estimaram que a produção alcançaria
o pico em 2020 e começaria a declinar em 2030,
na metade do prazo até então conhecido.
CRESCIMENTO DE 3,1% EM 2015
A economia americana pode desfrutar do
maior crescimento econômico em uma década
em 2015, segundo a National Association for
Business Economists (Nabe). A Nabe projeta
expansão do PIB de 3,1% este ano: o melhor
desempenho desde 2005 (3,3%). Especialistas apontam o bom resultado a um mercado
de trabalho mais forte e à alta nos gastos dos
consumidores, ligada à grande queda nos preços da energia.
Edição 290_Brazilian Business_15
CAPA
Rio de Janeiro se renova
Aprofundar as vocações
naturais da cidade é o
caminho para superar
o passado recente de
estagnação, dizem
especialistas
Carmen Nery
[email protected]
A
cidade do Rio de Janeiro chega aos
450 anos revigorada, após um período de estagnação. Há oito anos, a
preocupação era tentar segurar as empresas
que deixavam a capital, lembra Julio Bueno,
secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços. Hoje,
é preciso dar atenção às companhias que estão chegando, ajudando-as a implementar
empreendimentos.
“Temos clareza de que precisamos melhorar, pois o Rio ainda é uma cidade heterogênea
e desigual. Os principais desafios são segurança e infraestrutura. Além disso, não somos
uma ilha: os problemas do Brasil, como a saúde, também nos afetam”, afirma Bueno.
Apesar desses desafios, a agenda positiva
do Rio de Janeiro se consolida. Tapumes e
obras se espalham pela cidade, que se renova enquanto se prepara para receber os Jogos
Olímpicos de 2016. Sediar grandes eventos
internacionais, como foram a Jornada Mundial da Juventude, em 2013, e a Copa do
Mundo, em 2014, faz parte da rotina carioca.
“Nos últimos anos, a cidade tem se reposicionado, buscando ser um centro de negócios e criando entidades que têm dedicado
tempo para discutir formas de fomentar um
ambiente empresarial. De maneira coordenada, os governos federal, estadual (Secretaria de Desenvolvimento Econômico) e municipal (Rio Negócios) têm feito um trabalho
não apenas para atrair investimentos, como
também se esforçam para o período pós-decisão, facilitando a instalação das empresas
e de seus empreendimentos”, diz João César
Lima, sócio e líder do escritório da consultoria PwC no Rio de Janeiro e diretor da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro
(AmCham Rio).>
16_Edição 290_jan/mar 2015
Obras na Barra da
Tijuca para os Jogos
Olímpicos de 2016,
que dinamizam a
economia da cidade
DIVULGAÇÃO/EOM/RENATO SETTE CAMARA
aos 450 anos
“A CIDADE TEM SE REPOSICIONADO,
BUSCANDO SER UM CENTRO DE NEGÓCIOS
E CRIANDO ENTIDADES QUE TÊM DEDICADO
TEMPO PARA DISCUTIR FORMAS DE FOMENTAR
UM AMBIENTE EMPRESARIAL",
JOÃO CÉSAR LIMA, SÓCIO DA PWC E DIRETOR DA AMCHAM RIO
Edição 290 Brazilian Business_17
CAPA
VANTAGENS E INVESTIMENTOS
A cidade do Rio de Janeiro tem 6,5 milhões de habitantes (39,3% da população
do Estado). O PIB, em 2011 – último dado
oficial disponível – foi de R$ 209,4 bilhões
(45,3% do PIB estadual), tendo o PIB industrial atingido R$ 23,6 bilhões (19,6%
do PIB industrial fluminense). “O Rio de
Janeiro tem vantagens: é um cluster de
mão de obra qualificada e está no coração
do Sudeste, próximo aos maiores mercados, com uma logística razoável, embora
ainda seja preciso melhorar o porto para
torná-lo mais barato e eficiente”, elenca
Antonio Porto Gonçalves, professor da
Escola de Pós-Graduação em Economia
da Fundação Getulio Vargas.
A cidade vem recebendo considerável
volume de investimentos, que movimentarão bilhões de reais. O aporte vai além
dos jogos esportivos, restritos ao curto
prazo. Eles também estão relacionados à
intensificação da exploração de petróleo
e gás natural, vocação do Estado, que tem
na cidade a maior parte dos escritórios
centrais das empresas do setor.
A Secretaria de Desenvolvimento
Econômico, Energia, Indústria e Serviços
enumera investimentos previstos que somam R$ 38,17 bilhões na cidade, sendo
R$ 120 milhões em óleo e gás; R$ 4 bilhões
em ciência e tecnologia (Microsoft, Cisco,
Nissan, além de GE e L’Oréal no Parque
Tecnológico da UFRJ); R$ 1,55 bilhão no
setor farmacêutico (Bionovis e Biomanguinhos); R$ 1 bilhão em hotelaria (70
18_Edição 290_jan/mar 2015
hotéis); R$ 1 bilhão na indústria naval (Caneco). Somente em
infraestrutura, os investimentos incluem R$ 8,5 bilhões na linha
4 do metrô, R$ 8 bilhões no Porto Maravilha, R$ 6 bilhões na
SuperVia, R$ 6 bilhões nos corredores expressos dos BRTs e R$ 2
bilhões no Porto do Rio.
Já o relatório Visões de Futuro, editado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), destaca que novas oportunidades surgirão, desdobrando-se em maior geração de empregos e
aumento da renda da população. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio de Janeiro tem hoje
a segunda menor taxa de desemprego do País, 3,5%, atrás apenas
de Belo Horizonte, que atingiu 2,9% em dezembro, e superando
Porto Alegre (3,6%), que tem um índice historicamente baixo nesse indicador. A taxa do Rio é também bem abaixo dos 4,8% do
total das seis regiões metropolitanas analisadas pelo instituto. O
rendimento médio real atingiu, em dezembro, R$ 2.979,40 na cidade, ante a R$ 2.378,60 da região metropolitana do Estado e R$
2.122,10 do total das seis regiões metropolitanas apuradas.
“A cidade do Rio de Janeiro tem rendimento mais alto porque
grande parte das atividades do município exige nível de escolaridade mais elevada. A cidade é a que tem a população mais escolarizada: 75% têm 11 anos ou mais de estudos”, diz Cimar Azeredo,
coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Julio Bueno:
principais desafios
são segurança e
infraestrutura
Marcelo Haddad quer
facilitar os processos
das empresas
FOTOS DIVULGAÇÃO
Buscar a sustentabilidade econômica
da cidade é uma das principais metas perseguidas por Marcelo Haddad, presidente
da Rio Negócios. Nesse sentido, a estratégia é potencializar uma equação de mercado atraente: mão de obra qualificada,
logística operacional, bom ambiente de
negócios e grande mercado. O trabalho da
Agência de Promoção de Investimentos
do Rio de Janeiro é navegar com os empreendedores na burocracia, levando-os
às pessoas certas e conscientizando os servidores da importância do projeto.
“A dificuldade de se fazer negócios no
Brasil é real, mas estamos trabalhando para
facilitar os processos, como o alvará eletrônico. No futuro, o sonho é que o empreendedor possa abrir o negócio sem precisar
falar com nenhum fiscal”, planeja Haddad.
O relatório da Firjan alerta, porém,
que o crescimento econômico virá acompanhado de desdobramentos inevitáveis
como a expansão populacional e a consequente pressão sobre a infraestrutura
existente. São desafios que devem ser
identificados, e cujas soluções precisam
ser planejadas e implementadas desde já.
MOBILIDADE URBANA
Para Cristiano Prado, gerente de Competitividade Industrial e Investimentos da
Firjan, as atuais obras de infraestrutura,
embora relevantes, são apenas o primeiro passo para o pagamento de uma dívida do passado, já que as últimas grandes
obras de infraestrutura da cidade foram a
Linha Vermelha e a Linha Amarela, nos
anos 1990. “A cidade enfrenta o desafio
da mobilidade com uma concentração de
atividades no Centro e na Zona Sul e um
movimento pendular em sua direção dos
moradores da Zona Oeste, Zona Norte e
Baixada. Mobilidade não se enfrenta só
com obras, é preciso gerar emprego nessas
regiões para que as pessoas não precisem
se deslocar”, recomenda Prado.
Para os projetos de infraestrutura e
mobilidade urbana, o Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinou R$ 6,6 bilhões
para a linha 4 do metrô e R$ 1,2 bilhão
para o BRT Transcarioca. Segundo Rafael Pimentel, gerente do Departamento de
Mobilidade e Desenvolvimento Urbano,
em 2014, o banco aprovou um pacote de
oito projetos, que somam R$ 2,4 bilhões,
incluindo a Transolímpica (BRT), a duplicação do Elevado do Joá, a extensão do
túnel da via expressa do Porto Maravilha
e o prolongamento do BRT Transoeste do
terminal Alvorada até o metrô da linha 4,
entre outras.
A revitalização urbana, as melhorias da
infraestrutura de transportes e logística e a
ampliação da segurança – com as Unidades
O principal foco de atuação da
GE no Rio de Janeiro está no
segmento de petróleo e gás
de Polícia Pacificadora (UPPs) – ajudarão a
reforçar a vocação turística da cidade, impulsionada também pela expansão da rede
hoteleira. O Rio passou de 7 mil quartos,
no início dos anos 2000, para 20 mil, no
ano passado. Nas projeções da Firjan, de
fato, no horizonte de cinco a 15 anos, a cidade terá completado o ciclo do processo
de reestruturação urbana iniciado a partir da preparação para receber a Copa do
Mundo e os Jogos Olímpicos.
Outros eventos internacionais importantes continuarão a ser sediados no
Rio, aproveitando-se dos investimentos
do setor hoteleiro e dos novos centros
de convenção, de médio porte. A cidade
será reconhecida não apenas como destino turístico de lazer, mas também como
centro de negócios, reforçando sua projeção internacional.
TECNOLOGIA DE PONTA
Com 450 anos de tradição, o Rio de
Janeiro não deixa de pensar no futuro e
pode se consolidar como um dos maiores celeiros tecnológicos da América Latina, especialmente no setor de petróleo
e gás, cujos centros de pesquisa se concentram no Parque Tecnológico da Ilha
do Fundão. O parque completará 14 anos
abrigando 13 centros de pesquisa e desenvolvimento globais – Schlumberger,
FMC Technologies, Baker Hughes, Halliburton, TenarisConfab, BG Group, GE,
EMC², Siemens/Chemtech, Vallourec,
Georadar, BR, L’Oréal – sete laboratórios e centros de pesquisa, sete pequenas
e médias empresas, além de 30 startups.
Porém, será necessário manter a atratividade diante da crise de óleo e gás, que
conjuga a queda de 50% nos preços do
petróleo e a redução das encomendas da
Petrobras. A empresa também é pressionada pelas obrigações do regime de partilha, que determina a participação com
30% de todos os empreendimentos, além
dos escândalos de corrupção.
“Trata-se de uma tempestade perfeita,
mas o que afeta as grandes empresas é a
crise internacional do petróleo. O ponto
positivo é que esse cenário coincide com
a diversificação do parque – o que sempre foi nosso objetivo – com a chegada de
empresas como L’Oréal e Ambev”, analisa Maurício Guedes, diretor executivo do
Parque Tecnológico da UFRJ. >
Edição 290 Brazilian Business_19
CAPA
FOTOS DIVULGAÇÃO
O Parque Tecnológico da Ilha do Fundão
completará 14 anos abrigando 13 centros
de pesquisa e desenvolvimento globais
FÔLEGO DO PETRÓLEO
Em relação às empresas de óleo e gás, Guedes reconhece que há
um sentimento comum de frustração no que se refere ao ritmo esperado de desenvolvimento do setor no País e não descarta a possibilidade de alguma delas deixar o parque. “O mundo empresarial é
muito dinâmico. As empresas enxergam o planeta, e o Brasil é um
pedacinho, por isso temos que ter um ambiente o mais propício
possível", reforça o executivo.
Embora a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) tenha revisado as projeções de investimentos
em P&D – fruto da obrigação de investimento pelas operadoras de
1% da produção dos campos de participação especial – de R$ 30
bilhões para R$ 18 bilhões, o volume ainda é substancial, aposta o
diretor executivo do Parque Tecnológico da UFRJ.
A criação de centros de pesquisa no Rio de Janeiro reforça a
vocação petrolífera da cidade, de acordo com André Araujo, presidente da Shell Brasil. “Se há alguns anos o Estado e a cidade foram esvaziados, hoje é crescente o número de empresas do setor
que escolhem o Rio para estabelecer a sede”, diz Araujo. “O Rio de
Janeiro é um grande polo energético no que se refere à produção
de óleo e gás no País, e acredito que esse cenário tem tudo para se
fortalecer ainda mais. Parte da Bacia de Campos – responsável pela
maior fatia da produção nacional de petróleo – fica no Rio, e um
novo leilão deve acontecer ainda este ano. Minhas perspectivas são
as melhores possíveis.”
O desafio para muitos empreendedores é traduzido em oportunidade de novos negócios. Gilberto Peralta, presidente e CEO da
GE do Brasil, observa que o País ainda carece de investimentos em
infraestrutura e, nesse contexto, a GE aparece como um desenvolvedor de serviços e soluções capazes de ocupar essa lacuna. “Contudo, é natural que o ambiente desafiador da cidade iniba a realiza20_Edição 290_jan/mar 2015
ção de novos investimentos por empresas de diferentes segmentos.
Essa é uma questão que ainda deve ser trabalhada e superada não
somente pelo Rio de Janeiro, mas pela maioria das cidades brasileiras”, observa Peralta.
O principal foco de atuação da GE no Rio de Janeiro está no
segmento de petróleo e gás. Na cidade estão os headquarters da GE
Oil & Gas na América Latina e, em novembro de 2014, foi inaugurado o primeiro Centro de Pesquisas Global da GE na América
Latina. No complexo são desenvolvidas novas soluções e serviços
dentro dos segmentos em que a GE atua (energia, petróleo e gás,
aviação e transporte ferroviário).
Cidade-base da Petrobras e das principais empresas que trabalham nas bacias de Campos e Santos, o Rio de Janeiro é um dos
polos mais importantes para solucionar os desafios da indústria
nacional, tais como a criação de novas tecnologias para exploração
e produção em águas profundas, a valorização do gás natural na
matriz energética brasileira e a logística offshore do pré-sal. Mas
há ainda muitos desafios a superar. “Existem entraves na execução
de grandes projetos e excesso de burocracia para o andamento dos
negócios. Questões fiscais são um complicador em todo o País e
dificultam as estratégias empresariais”, diz Peralta.
Outro setor que vive um momento decisivo é o da indústria naval. Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), o Polo Naval do Rio de
Janeiro ainda é o maior e mais diversificado do País, concentrando
15 estaleiros, que produzem embarcações de oito segmentos – plataformas, sondas, embarcações de apoio marítimo, navios de produtos, gaseiros, porta-contêineres, graneleiros, rebocadores. Passou de
10.636 empregos, em 2004, para atuais 35.458 postos, cerca de 40%
da mão de obra de todo o setor no Brasil, mas perde com a falta de
atualização tecnológica e a fragilidade financeira que atingiu estalei-
"O QUE AFETA AS GRANDES EMPRESAS
É A CRISE INTERNACIONAL DO PETRÓLEO. O
PONTO POSITIVO É QUE ESSE CENÁRIO COINCIDE
COM A DIVERSIFICAÇÃO DO PARQUE",
MAURÍCIO GUEDES, DIRETOR EXECUTIVO DO PARQUE TECNOLÓGICO DA UFRJ
ros como o Eisa, um dos mais tradicionais do
setor, que chegou a paralisar as atividades em
junho de 2014 a despeito da carteira bilionária de encomendas.
Marco Antônio
Gonçalves,
diretor-geral da
Organização de
Vendas da Bradesco
Seguros
HUB DE RESSEGUROS
O ambiente de negócios da cidade é favorável, porém, há outros setores promissores,
como o de seguros e resseguros. Segundo
Paulo Pereira, presidente da Federação Nacional das Empresas de Resseguros (Fenaber), desde a abertura do mercado, em 2008,
instalaram-se no País 120 resseguradoras,
entre locais, admitidas e eventuais. No Rio,
são 32, concentrando-se em torno do IRB,
a maior resseguradora do País, com 40% do
mercado. O Rio tem as principais entidades
do setor de seguros e resseguros e os melhores
centros de formação como a Escola Nacional
de Seguros e o Instituto Brasileiro de Atuária.
“Em função dessa vocação natural da cidade, estamos trabalhando para a criação do
Centro Nacional de Resseguros no Rio de
Janeiro. O espaço vai atuar com um hub de
resseguros, reunindo empresas do setor, mesmo as com sede em outros Estados. Numa
colocação de resseguro, é normal ter várias
resseguradoras dividindo o risco, e o centro
seria um catalisador de negócios. Estamos
tendo muito apoio da Prefeitura, que reduziu
a alíquota de ISS de 5% para 2%”, diz Pereira.
Líder do setor de seguros, a Bradesco Seguros é uma das empresas empenhadas na instalação do centro, segundo
Marco Antônio Gonçalves, diretor-geral
da Organização de Vendas da Bradesco
Seguros e presidente do Conselho Empresarial de Seguros e Resseguros da
Associação Comercial do Rio de Janeiro.
Ele observa que pelo menos a operação
de resseguros é regional e o Rio de Janeiro é o maior mercado de resseguros da
América Latina.
“Além de concentrar as maiores seguradoras, como Bradesco, SulAmérica,
Icatu, e as principais resseguradoras, o Rio
de Janeiro vive uma evolução importante
em função da revitalização da economia
da cidade. A segurança viabilizou o seguro de automóvel mais popular e com
preço justo. Embora a cidade tenha um
ambiente altamente competitivo, porque
atraiu muitas seguradoras, hoje oferece
muito mais oportunidades. A indústria de
transformação teve um grande crescimento e a indústria de seguros soube aproveitar, crescendo também seus prêmios, mas
a cidade precisa continuar enfrentando a
segurança não só para atrair, mas também
para segurar investimentos e criar um ambiente para que as empresas invistam cada
vez mais”, conclui.>
Gilberto Peralta,
presidente e CEO da
da GE do Brasil
Edição 290 Brazilian Business_21
CAPA
Uma marca com apelo no
Rio 450 anos e jogos de 2016 mobilizam negócios bilionários
Carmen Nery
[email protected]
O
momento vivido pela cidade do
Rio de Janeiro e o fortalecimento
de sua marca é tal, que vender a cidade deixou de ser uma tarefa desafiadora.
Que o digam o Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016 e o Comitê Rio450. Em 2014,
o Comitê Organizador dos Jogos superou
a meta de receita com patrocínio em 7%,
ou R$ 50 milhões (US$ 20 milhões). Foram
contratos no valor de R$ 800 milhões, com
19 patrocinadores, o que leva a receita de
patrocínio para os jogos (já arrecadada) a
R$ 2,6 bilhões, 85% do total necessário. Os
Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, arrecadaram 700 milhões de libras dos patrocinadores, um recorde para o evento, mas o
Rio já equiparou esse valor, considerando-se as taxas de câmbio e de inflação à época
da última edição dos Jogos Olímpicos.
Segundo Renato Ciuchini, diretor executivo comercial do Comitê Organizador
dos Jogos Rio 2016, o patrocínio local é o
maior componente do orçamento de R$
7 bilhões para a organização dos jogos. O
restante é constituído pela venda de ingressos (R$ 1,2 bilhão), licenciamento e varejo
(R$ 200 milhões) e pelo pagamento realizado pelo Comitê Olímpico Internacional,
oriundo dos patrocinadores globais e dos
direitos de TV (R$ 2,5 bilhões).
22_Edição 290_jan/mar 2015
“Há um interesse mundial pela Olimpíada do Rio. A cidade passa por uma renovação e reestruturação, e isso atrai muito
o mundo olímpico, que considera a cidade
acolhedora e acredita que esta vai ser uma
das melhores edições da Olimpíada. Todos
os comitês olímpicos nacionais pediram
vagas adicionais, e vamos ter um acréscimo de 8 mil apartamentos pelo interesse na
Olimpíada do Rio”, comemora Ciuchini.
Embora não envolva recursos financeiros, o trabalho do Comitê Rio450
– responsável pela programação do aniversário da cidade – é engajar apoiadores
na divulgação do Rio a partir da adoção
da marca escolhida em concurso nacional, que teve como base o logotipo desenvolvido por Aloísio Magalhães para o
quarto centenário, em 1965. O vencedor
foi o designer Ricardo Leite, da Crama
Design Estratégico.
“A marca pertence ao público, portanto, não pode ser licenciada com cotas de
patrocínio e, sim, cedida às empresas, que
não pagam para usá-la, mas têm de apresentar ações que sejam condizentes com
os 450 anos e adotar a assinatura em todas
as ações que vierem a fazer”, explica Isabel
Werneck, diretora de Comunicação e Engajamento do Comitê Rio450.
Entre as empresas que aderiam à marca
estão o Shopping RioSul; a Miolo, que lançou uma série de vinhos com o rótulo dos
450 anos; a TAM, que usou a marca na fuselagem de um dos aviões da ponte aérea para
o Santos Dumont; a Ambev, que adotou a
marca na cerveja Antarctica; a Fiat, que lançou um novo Uno Rio 450; a Cachaça Werneck, que fez um rótulo com a marca customizada; a Compactor, que desenvolveu
uma caneta; a Abih, que cunhou a assinatura
“hospitalidade é coisa de carioca”.
“A ativação da marca pelo engajamento
estimula ainda o cruzamento de ações entre as empresas apoiadoras. As ações divulgando a cidade ocorrerão ao longo do ano,
até março de 2016”, diz Werneck.
REPRODUÇÃO
ARTE AMCHAM RIO/VERIZA DUCA
DIVULGAÇAO/RIOTUR/GEORGEANA GODINHO
mercado
AmCham Rio homenageia
aniversário da cidade
Cláudio Motta
[email protected]
A marca das comemorações dos 450 anos da cidade é um convite a cariocas de todo o mundo. Ela já foi idealizada para inspirar outros desenhos. O quatro, o cinco e o zero formam, respectivamente,
nariz, boca e olho. Uma imagem que pede por personalização.
“Uma proposta para provocar reflexões lúdicas sobre quem somos e o quanto amamos estar onde estamos. Ela foi pensada para
resgatar o orgulho de pertencer, por meio de uma ideia simples e
direta: se o carioca é multicultural, multiétnico e multifacetado, a
marca deve espelhar tudo isso”, informa o site dos 450 anos.
A Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro
(AmCham Rio), que vai completar o primeiro centenário em
2016, entrou na brincadeira. E desenvolveu uma homenagem personalizada e exclusiva para a festa da Cidade Maravilhosa. A ideia
foi juntar ícones das culturas americana e carioca.
Não faltou inspiração para executar a tarefa. Astros e estrelas
do cinema, como Marilyn Monroe, a imagem do Tio Sam e até
mesmo o Monte Rushmore surgiram como ideias nas reuniões de
brainstorming. Mas, no resultado final, foi a figura da Estátua da
Liberdade – um símbolo da amizade entre os povos, uma vez que
foi um presente dos franceses aos americanos, em 1886 – que se
impôs como elemento principal.
Além disso, a logomarca criada pela AmCham Rio faz uma
homenagem à estética da pop art, movimento cultural que surge
na Inglaterra e se dissemina nos Estados Unidos, tendo como um
dos maiores expoentes o americano Andy Warhol.
Pelo lado de cá, era fundamental garantir o jeito carioca da
logomarca. A começar pelo quatro, o cinco e o zero oficiais dos
450 anos da cidade, que foram o ponto de partida da imagem. Um
trabalho que segue o manual divulgado pela Prefeitura e foi autorizado pelo Comitê Rio 450.
Além disso, o calçadão de Copacabana estilizado, ao fundo, dá
a certeza de que a festa é no Rio de Janeiro, feita por cariocas. Uma
celebração tão boa que até a Estátua da Liberdade veio parar na
terra do Cristo Redentor. Feliz aniversário, Rio de Janeiro.«
Edição 290 Brazilian Business_23
OPINIÃO
EDUARDO PAES
PREFEITO DO RIO
Caminho para o futuro
C
om a chegada de 2015, começa um ano marcante para o Rio de Janeiro. E o motivo não é
apenas a comemoração do 450º aniversário do desembarque do capitão Estácio de Sá neste
pedaço de terra encravado entre montanhas, o mar e a Mata Atlântica. Além de lembrar a fascinante história do Rio desde a fundação, a data é simbólica pelo momento de profunda transformação por que passa a cidade, com a concretização de projetos aguardados há décadas pela
população. E mais: sinaliza para os muitos desafios desta metrópole global, que deve continuar
crescendo de forma sustentável, atraindo investimentos e aberta ao mundo.
A celebração dos 450 anos resgata a memória do Rio e, ao mesmo tempo, aponta um caminho
para o futuro: construir uma cidade mais integrada, competitiva internacionalmente e com
serviços públicos de qualidade. Desde 2009, a Prefeitura do Rio trabalha com esse objetivo. Não
é tarefa simples, mas as realizações dos últimos anos indicam que, após longo período de estagnação e até decadência, avanços significativos foram conquistados.
“Botar a casa em ordem” foi a primeira medida para reverter o quadro negativo, controlando
despesas e aumentando a receita. Para isso, foi executado um rigoroso ajuste de contas, que incluiu
revisão de contratos, renegociação de dívidas, forte redução de gastos com pessoal e criação da Nota
Carioca. Com essas medidas, a capacidade de investimento da Prefeitura saltou de R$ 300 milhões,
em 2009, para R$ 1,4 bilhão, em 2010, e continuou crescendo nos anos seguintes: R$ 3,1 bilhões,
em 2011, R$ 4,4 bilhões, em 2012, e R$ 5,2 bilhões, em 2013. O orçamento do município acompanhou essa progressão, subindo de R$ 10,4 bilhões, em 2009, para R$ 23,5
bilhões, em 2013. São números que fizeram com que o Rio recebesse
grau de investimento das principais agências de classificação de risco do
A CELEBRAÇÃO DOS 450 ANOS
mundo. As finanças reequilibradas permitiram aplicar cada vez mais em
RESGATA A MEMÓRIA DO RIO
áreas prioritárias, como educação, saúde, transportes e habitação.
E, AO MESMO TEMPO, APONTA
Ao mesmo tempo, a Prefeitura do Rio vislumbrou nas parcerias
UM CAMINHO PARA O FUTURO:
público-privadas (PPPs) – prática adotada há décadas em diversos
CONSTRUIR UMA CIDADE MAIS
países, mas que era pouco empregada no Brasil – uma oportunidade
INTEGRADA, COMPETITIVA
de fazer deslanchar projetos há anos engavetados sem comprometer a
INTERNACIONALMENTE E COM
receita municipal. A lista é extensa, mas é importante destacar alguns
SERVIÇOS PÚBLICOS
deles para dar uma dimensão da importância da adoção desse modelo para a cidade.
DE QUALIDADE
24_Edição
2015
26_Edição 290_jan/mar
275_mai/jun 2012
DIVULGAÇÃO/PORTO MARAVILHA
DIVULGAÇÃO/RIOTUR/ALEXANDRE MACIEIRA
Melhorias no Porto
Maravilha incluem a
implantação do VLT
# Criação do Aterro Sanitário de
Seropédica, que trata os resíduos de
forma adequada, em substituição ao
lixão de Gramacho, um passivo
ambiental que degradava a Baía de
Guanabara;
# Concessão do serviço de esgotamento
sanitário na Zona Oeste, que vai elevar
de 4% para 90% o percentual de
pessoas com acesso a tratamento de
esgoto na região;
# Parque Olímpico, principal
equipamento para os Jogos Olímpicos
de 2016;
# Construção da Transolímpica, corredor
expresso de BRT entre Deodoro e Barra
da Tijuca, que vai beneficiar 150 mil
passageiros;
# Implantação do sistema de veículos
leves sobre trilhos (VLTs) na região
central da cidade;
# Porto Maravilha (maior PPP do Brasil):
revitalização de 5 milhões de metros
quadrados da região portuária, área
histórica que se encontrava degradada.
Além de transformar em realidade iniciativas que contribuem
para o desenvolvimento do Rio, as parcerias foram fundamentais
para que a cidade voltasse a ter um ambiente favorável aos negócios.
E mais do que isso: tornou-se um polo de atração para alguns dos
setores mais dinâmicos da economia atual, como tecnologia, energia, digital, serviços financeiros e mídia. São investimentos que
criam empregos, geram divisas e beneficiam todos os cariocas.
Até 2016, outro ano emblemático, muitas obras hoje em andamento estarão concluídas e a qualidade de vida no Rio estará em
outro patamar. No entanto, é preciso pensar em uma agenda pós-Jogos Olímpicos, com outros desafios pela frente. E esse planejamento deve incluir, necessariamente, a participação do setor
privado. Cabe ao poder público continuar criando incentivos –
seja por meio de concessões, da atração de novos negócios ou da
retirada de entraves – para que a presença de empresas nacionais
e estrangeiras na economia carioca seja cada vez maior. Este é um
legado que poderá ser festejado nas comemorações dos 500 anos
da cidade.
Edição 290_Brazilian
287_Brazilian Business_25
DIVULGAÇÃO
Tempo de festejar a
história da cidade
26_Edição 290_jan/mar 2015
A Orquestra Petrobras Sinfônica
está na programação oficial dos 450 anos
Bernardo Guimarães
[email protected]
A
Calendário comemorativo para os
450 anos do Rio promete engajar
cariocas e turistas em atividades
culturais de dança, arte e esporte
festa dos 450 anos da cidade
do Rio de Janeiro não caberá
em apenas um dia. A celebração começou desde o primeiro segundo
de 2015, no Réveillon de Copacabana,
abrindo o calendário oficial das comemorações. Elaboradas pelo Comitê
Rio450, as festividades têm mais de 200
eventos de arte, música e dança, que
prometem agitar o circuito cultural da
cidade e unir os cariocas, sejam eles da
gema ou do coração.
A programação segue a linha de cinco iniciativas-âncoras criadas pelo Comitê Rio450, entre elas o Passaporte dos
Museus Cariocas, que oferecerá passe livre em mais de 40 museus da cidade, e os
Jogos Rio 2016, no qual eventos-testes da
Olimpíada do Rio farão com que os cariocas já entrem no clima das competições.
Para a secretária executiva do comitê,
Isabel Werneck, “as iniciativas-âncoras se
estendem por mais tempo no calendário
comemorativo e estão em total sintonia
com o objetivo principal do trabalho do
Comitê Rio450 e o calendário comemorativo, que é valorizar todo o arcabouço
artístico-cultural carioca forjado nestes
quatro séculos e meio de história”.
A maior parte das comemorações
será realizada em março, mês do aniversário. Entre as 60 atrações confirmadas
estão o tradicional Bolo da Carioca, no
Centro, e a Missa na Paróquia de São
Sebastião dos Frades Capuchinhos, na
Tijuca. As novidades serão as festas temáticas que durarão cinco fins de semana. Cidade Maravilhosa, Gentileza Gera
Gentileza e o Minha Alma Canta são
alguns dos eventos que irão aliar competições culturais e esportivas a ações de
cidadania e solidariedade. >
Edição 290 Brazilian Business_27
As crianças também não ficarão de fora das comemorações. Programas voltados ao público infantil terão o ponto
alto em julho, justamente no mês das férias escolares. O Anima Mundi, maior festival de animação das Américas, será
uma das principais atrações para os pequenos e está previsto
para ocorrer na Fundição Progresso. Os visitantes poderão
assistir a filmes e curtas premiados mundialmente, além de
ter a oportunidade de colocar a mão na massa em oficinas
gratuitas de técnicas de desenho e stop motion.
Criar um calendário voltado ao povo do Rio era uma das
principais ideias dos eventos. De acordo com o presidente
do Comitê Rio450, Marcelo Calero, esse objetivo está sendo
conquistado. “Nós tivemos duas preocupações básicas: que
toda a cidade fosse coberta, ou seja, que as comemorações
estivessem presentes por todo o Rio de Janeiro, e também
que todos os cariocas se identificassem com elas. Acho que
este é um grande legado que nós deixamos para os 450 anos:
uma festa em que o carioca se veja realmente retratado”, conclui Calero.«
DIVULGAÇÃO
Outra novidade será a inauguração do
Palácio Rio450, em Oswaldo Cruz. Com um
projeto de R$ 3 milhões, o casarão servirá
como terceira sede administrativa da Prefeitura, além do Palácio da Cidade, em Botafogo, e do Centro Administrativo São Sebastião, na Cidade Nova.
No Carnaval, o início das festividades foi
anunciado pelos logos do Rio450 personalizados de foliões espalhados pelas ruas da
cidade. Além de algumas escolas de samba,
blocos carnavalescos fizeram homenagens ao
Rio. Na Banda de Ipanema, por exemplo, a
comemoração foi dupla: o bloco completou
meio século de existência neste Carnaval.
Com o lema “Rio, logo existo", a bateria do
bloco se juntou às vozes dos espectadores em
um coro de marchinhas durante os três dias
de desfiles agendados para esta temporada.
Procissão de São Sebastião, padroeiro da cidade, mobilizou milhares de cariocas, em janeiro
DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO A programação completa está disponível no site www.rio450anos.com.br/eventos
MARÇO
CORRIDA RIO 450
13/3 – Aterro do Flamengo
A corrida comemorativa
dos 450 anos terá largada
na Urca e chegada
próxima ao monumento
Estácio de Sá. Os
percursos serão
de 10 km e 5 km.
28_Edição 290_jan/mar 2015
MÚSICA CLÁSSICA
20/3, 20h – Theatro
Municipal
A Orquestra
Petrobras Sinfônica,
sob a direção
artística de Isaac
Karabtchevsky, abre
a série Djanira.
ABRIL
MAIO
FOTORIO 2015
20/4 - Por todo o Rio
Realização do
seminário "Rio de
Janeiro em três
tempos - fotografia
e memória carioca
nos séculos XIX, XX
e XXI".
FESTIVAL INTERNACIONAL DE
CIRCO – EDIÇÃO RIO 450
21/5 a 31/5 – Por todo o Rio
O maior festival circense
da América Latina terá
uma edição especial para o
aniversário do Rio de Janeiro,
sendo realizado em diversas
partes da cidade.
Edição 290 Brazilian Business_29
FROM THE USA
DIVULGAÇÃO/US CHAMBER
The Economic
Outlook of the
United States
Thomas J. Donohue_President and CEO,
U.S. Chamber of Commerce
T
he state of American business is
improving. Six long years after the
recession technically ended, investing, hiring, and consumer spending are all
firming up. The housing sector continues
to recover in fits and starts. Entrepreneurship and good, old-fashioned ingenuity in
our energy sector have created millions of
new jobs, though the recent drop in energy
prices may slow this sector over the next
year. We’ve had a few good quarters of solid
growth, surprising some of the experts.
The economy should continue to improve moderately in 2015. The Chamber
expects to see growth at 3% to 3.5% at least
through the middle of the year. Interest
rates, energy prices, and inflation should
remain low for the time being. There’s no
reason to think that another recession is
lurking out there on the near-term horizon. But when you look beyond the near
term, the outlook is less certain.
Businesses are concerned about the
health of their major customers overseas.
China is slowing, Europe is floundering, and
Japan may be sinking back into a recession.
There is also the potential for disruption from
a whole host of international conflicts. Closer
to home, employers are being saddled with
another new health care mandate, and they’re
worried about what’s coming next. At the
current rate, some 4,000 new regulations will
pour out of the regulatory pipeline this year.
The new Congress faces a series of government funding and debt limit deadlines
this year. We hope that lawmakers and the
administration will act responsibly and not
add to uncertainty. And everyone wonders
when the Federal Reserve is going to raise interest rates. When the time inevitably comes,
how will the markets react? Adding to these
uncertainties are all the questions about cybersecurity. What happened to Sony can
happen to any business, organization, government agency, or media outlet.
30_Edição 290_jan/mar 2015
Government and the private sector must
work together on this challenge, and we are
calling on the new Congress to pass a cybersecurity information-sharing bill without
delay. Based on recent economic reports, it’s
understandable that the administration, the
business community, and even the Chamber may want to take a victory lap. Not so
fast. There’s a lot more to do. We can’t forget
that 17.7 million Americans are still unemployed, underemployed, or have given up
looking for work.
Participation in the workforce stands
at 62.7%, the lowest since 1978, reflecting a significant level of discouragement.
Current policies have eroded our economy’s long-term potential rate of growth. It
would be a serious mistake to think that
higher taxes, a bigger debt, and more regulations can deliver more growth, jobs, and
prosperity. They will deliver less.
The American people understand this,
which is why last November they clearly rejected the economic course we are on. They
voted for a new direction—one that puts jobs
and growth first and demands competence
and leadership from government.
The Chamber played a significant role
in the midterm elections. We have since
been meeting with leaders on Capitol Hill
as well as with the administration. We are
urging them all to become part of what we
call a governing center—to solve problems
and get things done.
A governing center suggests you can be
a committed conservative, a passionate progressive, or even one of a shrinking number
of moderates and still work together. Sometimes you can find common ground. But
more often than not you acknowledge your
differences and just make a deal. That’s how
governing is supposed to work in a democracy. We’ve had divided government many
times in the past and lawmakers still got
things done. Why not now?
There are some things we can do right
now to accelerate growth, secure our recovery, and create jobs.
The first is trade. Ninety-five percent
of the people we want to sell something
to live outside of the United States—and
we now have some great opportunities
to open markets and increase American
exports.
The administration is negotiating two
historic trade agreements—the TransPacific Partnership Agreement and the
Transatlantic Trade and Investment Partnership. The Chamber has supported
these initiatives from the start.
The president has said that he is committed to finishing the job on both pacts—
and we congratulate him for that—but he’s
going to need Trade Promotion Authority
to do it. He must really fight for it, especially before members of his own party.
Enacting TPA so that we can finish these
agreements is one of our top legislative
priorities for this year.
We’ll work on successfully implementing the WTO’s Trade Facilitation Agreement, modernizing our own borders with
customs reform, and extending the charter of the Ex-Im Bank.
Our Global Intellectual Property Center will support efforts to improve intellectual property protections here and around
the globe. We will work to improve our
own rules on trade secrets while advancing IP protections in China, India, and in
pending trade agreements.
Infrastructure is another big growth
opportunity. We’re asking Congress to
pass a long-term highway and mass transit bill with full funding—along with appropriate reforms. We must fully fund our
aviation and water systems as well.
The Chamber plans to make a strong
case to Congress, the White House, and
the American people in 2015. 
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CONEXÃO GLOBAL
U.S. Welcome Pavilion
divulgará a cultura americana
no Rio em 2016
Maxine Turner, criadora do projeto que prevê um centro de recepção
americano nos Jogos Olímpicos de 2016, espera fomentar novos negócios
Bernardo Guimarães
P
[email protected]
romover a cultura americana e fomentar novos negócios
são alguns dos objetivos do U.S. Welcome Pavilion, um
centro de recepções de capital privado com 13 mil metros
quadrados que será construído no Jockey Club do Rio durante
os Jogos Olímpicos de 2016. Ainda em processo de captação de
verbas, o pavilhão tem previsão de atrair 10 mil visitantes por
dia. Eles terão acesso a atividades interativas nos estandes de empresas e de Estados expositores, além de serviços como lojas e
praças gastronômicas.
A responsável pelo projeto é a americana Maxine Turner, que
destacou, em entrevista à Brazilian Business, os diferenciais do
pavilhão e de suas expectativas acerca da iniciativa. Ela ainda falou sobre o papel das mulheres no mundo dos negócios.
BB: Quais serão os destaques do pavilhão?
MT: Teremos a oportunidade de fazer com que nosso país in-
tegre os jogos sem cobrar entrada aos visitantes. Nossas atividades educacionais e culturais vão interagir com os visitantes
por meio de displays de patrocinadores e estados americanos
participantes. Teremos lojas como a Made in America, com
produtos genuinamente americanos, e a Kids Korner, com mercadorias criadas por jovens empreendedores. O estoque será
baixo de propósito: os visitantes poderão comprar online e ter
os produtos entregues diretamente a eles. No American Grill,
cozinhas regionais dos Estados Unidos irão proporcionar uma
experiência gastronômica com alimentos frescos e saudáveis.
Como a música e a dança estão na alma do Brasil, nós estamos
coordenando encontros entre grupos de jazz e blues dos Estados
Unidos com grupos do Brasil. Nada será mais excitante do que
presenciar o Carnaval brasileiro com o estilo de New Orleans.
Também teremos atividades específicas para crianças em artes,
música, dança e teatro.
Brazilian Business: De onde surgiu a ideia de criar o U.S.
Welcome Pavilion?
Maxine Turner: A nossa empresa de bufê e eventos, a Cuisine
Unlimited, sediada em Salt Lake City, Utah (EUA), está há muitos anos envolvida em competições internacionais. Durante esse
tempo, nós tivemos a oportunidade de visitar diferentes centros
de recepção pelo mundo. Essas “casas internacionais” eram divertidas, dinâmicas e educacionais. Nós aprendemos muito com
cada país, seu povo, e, como resultado, construímos relações duradouras de amizade. Mas o que me chamava a atenção era ver
que os Estados Unidos não faziam parte dessas experiências, não
tendo a presença desses centros abertos ao público em competições como a Olimpíada e a Copa do Mundo. Para contornar essa
situação, nós criamos o U.S. Welcome Pavilion, sob a direção da
U.S. Welcome Foundation, uma organização sem fins lucrativos.
que será usada para promover o desenvolvimento econômico,
construir oportunidades de negócios e divulgar destinos turísticos americanos, transmitindo a boa vontade do povo americano com o espírito olímpico. Resumindo, nós queremos que
nosso país mostre seu comprometimento em ser parte de uma
comunidade global fornecendo um caloroso e acolhedor centro
de recepção.
32_Edição 290_jan/fev 2015
BERNARDO GUIMARÃES
BB: Será um espaço para divulgar o lado cultural e as
oportunidades de negócio dos EUA?
MT: Nós desenvolvemos uma forte base cultural e educacional,
Maxime
apresentou
projeto a
empresários do
Rio em 2014
DIVULGAÇÃO
BB: Quais são as suas expectativas com o U.S.
Welcome Pavilion?
MT: Para garantir que o pavilhão seja um
grande sucesso, o projeto está sendo produzido e gerenciado por alguns dos mais
talentosos profissionais de eventos dos Estados Unidos em colaboração com pessoas
no Rio. Cada um dos nossos fornecedores na
cidade estará trabalhando lado a lado com
uma empresa americana, formando laços de
amizade bem antes de a festa acontecer. Esperamos receber 10 mil visitantes por dia no
pavilhão. Nosso objetivo será o de fazer uma
exposição proeminente dos patrocinadores e
estados participantes, promovendo produtos
e serviços de um jeito genuinamente americano. Minha maior honra será estar atrás da
faixa inaugural do primeiro U.S. Welcome
Pavilion e deixar como legado ao povo do
Rio um “obrigado” por ter nos permitido celebrar essa festa com todos.
BB: Qual o perfil de patrocinadores que você
almeja alcançar?
MT: O pavilhão não irá acontecer se não
tiver patrocínio. Não almejamos apenas alcançar os tomadores de decisões da empresa, mas também a palavra “sim”! As empresas podem escolher cotas diferentes, como a
Ouro, Prata e Bronze, que fornecem pacotes
de 17 dias com grandes benefícios. Também
temos pacotes especiais e flexíveis para as
empresas de diversos ramos que planejam
expor por um período de tempo menor.
Nós já tivemos reuniões animadoras com
grandes corporações americanas. Embora
eu ainda não possa compartilhar os nomes
com você, posso garantir que essas empresas têm presença internacional e uma grande visibilidade de branding.
Estrutura temporária será erguida
para o evento no Jockey Club do Rio
“NÓS QUEREMOS QUE OS ESTADOS UNIDOS
MOSTREM SEU COMPROMETIMENTO EM
SER PARTE DE UMA COMUNIDADE GLOBAL
FORNECENDO UM CALOROSO E ACOLHEDOR
CENTRO DE RECEPÇÃO”
BB: Em 2014, você recebeu alguns prêmios como o U.S.
Chamber of Commerce Top 100 Small Business of 2014 e o de
Empresária do Ano pela Organização de Mulheres do Mercado
Internacional de Utah. Em sua opinião, quais são os desafios
que as mulheres ainda enfrentam no mercado internacional?
MT: Eu estou no mercado há mais de 35 anos. Presenciei
diversas mudanças e acompanhei o crescimento dos movimentos a favor dos direitos das mulheres. Embora nós
tenhamos feito um grande progresso, ainda há muito que
fazer aqui nos Estados Unidos e, certamente, no mundo inteiro. Os direitos das mulheres, a igualdade de gêneros, as
oportunidades de estudo e as posições de liderança parecem
ser as maiores preocupações encontradas pelas mulheres
no mercado. Mesmo vendo mulheres rompendo barreiras
pelo mundo, ainda não há muita presença delas em papéis
de liderança. Na minha própria comunidade em Utah, nós
estamos tomando medidas diretas para aumentar as oportunidades às mulheres, por meio de educação, treinamentos
de liderança e networking. Mulheres que ocupam cargos de
liderança precisam ser porta-vozes para as outras que almejam chegar lá.
Edição 290_Brazilian Business_33
ESPÍRITO SANTO
Ano de crescimento para
a indústria capixaba
m 2015, a economia capixaba deverá
registrar crescimento do Produto Interno Bruto acima da média nacional.
Esta é a conclusão dos especialistas que assinam o estudo do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo
(Ideies). O trabalho foi apresentado, no dia 20
de janeiro, pelo presidente do Sistema Findes,
Marcos Guerra.
Depois de sofrer recuo de -1% em 2013, o
PIB capixaba fechou o ano de 2014 com avanço de 3%, bem acima do PIB nacional (0,1%).
Para 2015, a retomada lenta da economia brasileira deve elevar o índice a 0,5%, enquanto o
Espírito Santo avançará 3,5% no PIB, segundo estimativa do Ideies. Considerando a média dos últimos cinco anos, o Estado cresceu
4,5%, contra 2,7% do País.
Influenciada pelo bom desempenho da indústria extrativa – que registrou acréscimo de
11,9% em 2014 – a produção física da indústria capixaba chegou aos 5% de crescimento,
enquanto a indústria nacional sofreu queda
de -3% no ano passado, segundo projeção do
Ideies. Nos últimos cinco anos, o setor produtivo capixaba cresceu 3,5%, acima da média da
indústria nacional (1,4%).
“Acreditamos que nossa indústria continuará crescendo e dando sinais de que o Espírito
Santo vive uma janela de oportunidades para
o desenvolvimento. É preciso lembrar, porém,
que a indústria tradicional vive um momento
de grandes desafios no Estado. Nossa perspectiva é otimista, mas com o pé no chão, principalmente porque este será um ano de ajustes.
A consolidação dos novos investimentos e a
diversificação da indústria é que devem gerar
melhorias e novas oportunidades para a economia capixaba”, afirmou Marcos Guerra.
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DIVULGAÇÃO
E
Sistema Findes divulga o estudo do Ideies, que prevê
desempenho capixaba acima da média nacional
Marcos Guerra
anuncia estudo
que prevê ano
robusto para
a indústria do
Espírito Santo
“HOJE, AS INDÚSTRIAS NÃO BUSCAM APENAS
INCENTIVOS FISCAIS, MAS TAMBÉM MÃO DE OBRA
QUALIFICADA, PORQUE NÃO HÁ PROCESSO INOVADOR
QUE SE SUSTENTE SEM BONS PROFISSIONAIS”.
MARCOS GUERRA, PRESIDENTE DO SISTEMA FINDES
34_Edição 290_jan/mar 2015
O levantamento realizado pelo Ideies aponta que, até 2017,
mais de R$ 21 bilhões em investimentos privados serão concretizados no Espírito Santo, gerando cerca de 22 mil postos de
trabalho para construção e 11 mil para a operação das novas indústrias. Destacam-se as obras previstas para Aracruz, Fundão,
Itapemirim, Linhares, Presidente Kennedy, São Mateus e Serra.
No mesmo dia do lançamento do estudo, Guerra também
anunciou a ampliação do Plano de Investimentos do Sistema
Findes. Até 2017, R$ 200 milhões serão aplicados, dos quais,
82% estão destinados à educação. “Hoje, as indústrias não buscam apenas incentivos fiscais, mas também mão de obra qualificada, porque não há processo inovador que se sustente sem bons
profissionais. Muitas dessas novas indústrias procuram o Sistema Findes e demandam nossos serviços. Investir em educação
é investir na competitividade da indústria capixaba”, defendeu.
O plano de investimentos também prevê a construção de novas unidades e a ampliação das já existentes: as obras em andamento por todo o Estado totalizam R$ 51,5 milhões. Em Anchieta e Cachoeiro de Itapemirim, estão sendo construídos novos
centros integrados, enquanto os municípios de Aracruz, Serra,
Vila Velha, Colatina e Linhares recebem diversas melhorias nas
estruturas de educação, cultura, esporte e lazer disponíveis.
K
Mais do que um simples cartório, uma solução.
Ofício
de
Notas
Tabeliã
Fernanda de Freitas Leitão
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OPINIÃO
REGINA CHRISTOPHE FENDT
SUPERINTENDENTE DE OPERAÇÕES DO IBEU
A responsabilidade social das empresas
O
conceito de responsabilidade social é controverso. Para
algumas empresas, pode ser simplesmente o cumprimento da lei e dos padrões éticos vigentes. Ou pode ser qualquer
prática voluntária que contribua para uma sociedade mais
justa. Para outras, designa um processo contínuo de melhoria
do relacionamento com os stakeholders, gerando valor agregado cada vez maior. Por vezes o conceito se confunde com ações
de sustentabilidade e responsabilidade ambiental. Algumas
empresas promovem parcerias com ONGs, investem em patrocínios esportivos ou subsidiam atividades na área cultural. A
realidade é que, cada vez mais, as organizações entendem o
conceito como estratégico, pois o fato de adotar compromissos
sociais com a coletividade pode ser um diferencial competitivo
e um indicador de rentabilidade no longo prazo.
De fato, o conceito de responsabilidade social não deve se
ater ao viés assistencialista, já que visa também o crescimento
sustentável da empresa. No entanto, deve ir além dos interesses
primários da organização e dos ditames legais, buscando proporcionar algum bem social, um impacto positivo sobre o
ambiente e seus consumidores, empregados, investidores e a
comunidade em que está inserida.
Para o Instituto Brasil-Estados Unidos – Ibeu, a responsabilidade social não está restrita à postura ética e ao cumprimento da lei. A responsabilidade social do instituto é com a comunidade a que serve. Afinal, sua razão de existir é transformar
vidas por intermédio do ensino de idiomas.
No mundo globalizado em que vivemos, expressar-se em
inglês é uma necessidade. Entretanto, não nos limitamos a ensinar a língua a nossos alunos, proporcionamos, não somente a
eles, mas também à comunidade como um todo, uma agenda
cultural envolvendo música e artes visuais.
ADOTAR COMPROMISSOS
SOCIAIS COM A COLETIVIDADE
PODE SER UM DIFERENCIAL
COMPETITIVO E UM INDICADOR
DE RENTABILIDADE NO
LONGO PRAZO
36_Edição
2015
26_Edição 290_jan/mar
275_mai/jun 2012
Há mais de 50 anos, mantemos uma galeria de arte de
acesso gratuito. São trabalhos de pintura, escultura, desenho,
gravura, fotografia, vídeo e instalação. A biblioteca do Ibeu
aberta ao público oferece mais de 20 mil itens, entre livros,
audiobooks, dicionários, DVDs, jornais e revistas. O
Programa Ibeu Faz Bem está alinhado com os valores presentes na instituição e engloba vários projetos.
Em parceria com a Secretaria Municipal de Educação do
Rio de Janeiro, levamos gratuitamente a 2 mil alunos o
mesmo conhecimento de inglês oferecido nas nossas filiais.
Os professores do Ibeu vão a comunidades pacificadas. No
escopo desse projeto, há também um componente de empregabilidade. Esses programas têm forte impacto social e são
desenvolvidos em parceria com o consulado americano e
com a iniciativa privada. Entre os locais já atendidos estão
Cantagalo-Pavão-Pavãozinho, Providência, Rocinha, Cidade
de Deus, Complexo do Alemão e Manguinhos.
Além disso, ensinamos inglês a jovens carentes nas nossas
filiais pelo programa Access, promovido pela embaixada
americana.
Nós nos engajamos nessas atividades com dedicação e
entusiasmo, por acreditar que devemos transformar a vida
do máximo de pessoas que podemos alcançar. Quando ouvimos de um aluno: “When I started I didn’t know anything
(only ‘what’s your name?’). Now I understand many things in
English”, percebemos que estamos realmente ajudando a promover a inclusão e a ascensão social. Temos orgulho de continuar levando adiante, depois de 78 anos, a missão que nos
foi confiada pelos fundadores do Ibeu.
Conta-se que no tempo em que os bichos falavam, um
colibri ia e vinha, levando em cada viagem uma gota d’água
no bico para apagar um incêndio na floresta. Vendo isso, os
outros bichos questionaram: “Você acha que pode apagar o
incêndio com uma gota d’água?”. E o colibri respondeu:
“Claro que não; estou fazendo apenas a minha parte”.
No Ibeu não pretendemos mudar o mundo, mas estamos
fazendo a nossa parte.
PERFIL
Harris investe em produção
local e busca parcerias
Companhia avalia oportunidades para adquirir
empresas que permitam o acesso a novos
mercados e complementem o portfólio local
I
Reinaldo Rezende_
presidente da Harris
do Brasil.
nstalada no Brasil há 30 anos, a gigante
norte-americana Harris Corporation
assumiu o compromisso de expandir
sua presença no mercado brasileiro. O País
se tornou uma das prioridades estratégicas
da empresa, cuja atividade principal é a
comunicação crítica. Com esse objetivo, a
Harris do Brasil ampliou e consolidou as
operações e se estruturou para alavancar
o crescimento.
Para expandir os negócios, a companhia busca oportunidades em mercados
adjacentes, em que a comunicação crítica
seja uma necessidade. Por isso, busca parcerias locais com as quais possa oferecer
soluções integradas a novos mercados, ampliando a carteira de clientes e o portfólio.
Dentro desse modelo, a empresa vem
promovendo uma série de iniciativas,
como a transferência de tecnologia e o
aumento do conteúdo local. As duas atividades já podem ser observadas com a
produção de rádios da Harris no Paraná.
“Estamos buscando oportunidades de
desenvolvimento de tecnologia e produção de equipamentos no País”, afirma
Reinaldo Rezende, presidente da Harris
do Brasil.
Para promover um crescimento acelerado no Brasil e conquistar esses mercados adjacentes, a companhia também está
avaliando oportunidades para adquirir
empresas que permitam o acesso a novos
mercados. Dessa forma, poderá complementar o portfólio local, buscando uma
diferenciação de mercado.
“ESTAMOS BUSCANDO OPORTUNIDADES DE
DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA E PRODUÇÃO
DE EQUIPAMENTOS NO PAÍS”,
REINALDO REZENDE, PRESIDENTE DA HARRIS DO BRASIL.
38_Edição 290_jan/mar 2015
Paralelamente, a Harris investe na construção de uma rede
de distribuição para seus produtos, visando atingir os principais
focos. Eles estão centrados no programa de defesa do governo
brasileiro, a área de segurança pública, comunicação crítica no
mercado de óleo e gás, além de projetos ligados à Aeronáutica,
tais como torres de controle e projetos de comunicação – em geral, tanto para aeroportos de grande e médio porte, quanto para
aeroportos regionais.
Entre os segmentos de atividade da empresa se destacam a
área militar, em que a Harris desenvolve negócios com as três
forças (Marinha, Exército e Aeronáutica) e a polícia federal; segurança pública, na qual a empresa atende as secretarias de segurança dos Estados e as polícias militar e civil; e energia, com
a maioria dos fornecedores da cadeia de petróleo e gás do Brasil
como clientes.
Em 2012, a multinacional nomeou o primeiro presidente para
a operação brasileira. Ao assumir o cargo, Reinaldo Rezende, que
possui 30 anos de experiência no comando de grandes empresas,
passou a comandar as três unidades de negócios da empresa, que
até então atuavam de forma independente no País.
Com essa mudança vieram muitas outras e mais investimentos. O quadro de funcionários da empresa no Brasil teve um aumento de 20% e a equipe do Rio de Janeiro ganhou um novo
escritório, no qual as três divisões atuam no mesmo ambiente.
Segundo Rezende, a sinergia das três divisões trabalhando lado a
lado é muito importante e impacta positivamente os negócios e a
entrega de resultados para os clientes.
Em Macaé, os dois teleportos da Harris estão sendo consolidados. A infraestrutura modernizada aumenta capacidade e eficiência. Além disso, foi instalado no Brasil um centro de suporte
aos clientes locais que funciona 24 horas por dia e oferece acompanhamento em português. Antes, os clientes brasileiros precisavam
reportar suas questões ao centro de atendimento de Houston.
Recentemente, a Harris assinou com o governo do Paraná
um convênio para produção local de rádios desenvolvidos com
tecnologias de missão crítica adequados ao uso em segurança
pública, por meio de duas unidades industriais localizadas em
Curitiba e Pato Branco. Para viabilizar a operação, foram criados
mais de cem postos de trabalho diretos e indiretos.
Globalmente, a Harris tem um faturamento de US$ 5 bilhões,
opera em 125 países e tem cerca de 14 mil funcionários. No Brasil, tem unidades em Brasília, em São Paulo, no Rio de Janeiro, no
Paraná e em Macaé. «
FOTOS DIVULGAÇÃO
Produzir equipamentos
para comunicação
crítica, para uso
em plataformas de
petróleo, por exemplo,
é o foco de atuação
da Harris
Edição 290 Brazilian Business_39
NEWS
Comitês da AmCham
Rio definem temas
prioritários para 2015
Trabalho de líderes empresariais e
especialistas é orientado por planos de
negócios, com temas, metas e cronograma
Cláudio Motta
[email protected]
L
íderes empresariais e especialistas
das empresas associadas à Câmara de
Comércio Americana do Rio de Janeiro
(AmCham Rio), que representa 300 companhias e cerca de 70% do PIB fluminense,
têm um importante fórum para troca de
informações e de experiências: os comitês.
A principal atividade dos comitês e subcomitês temáticos e setoriais é desenhar estratégias e ações que defendam os interesses dos associados e da sociedade. No total,
são 11 comitês e dois subcomitês.
Em 2015, o trabalho será orientado por
business plans, que definem temas prioritários, metas, cronograma, eventos, projetos e outras iniciativas programadas para
serem realizadas pelos comitês. A estratégia prevê ações com foco em advocacy,
networking e relações bilaterais do Brasil
com os Estados Unidos, além de fomentar
novos negócios e parcerias institucionais.
Os membros dos comitês se reúnem
periodicamente. Além da liderança estratégica de um presidente e um vice, os comitês têm o suporte do staff da AmCham
Rio para planejar e realizar eventos, debates, mesas-redondas, cursos, networking
qualificado, projetos especiais e positions
papers. O conteúdo gerado dentro desses
fóruns municia a AmCham Rio nas ações
voltadas para governos, empresas, academia, imprensa e organizações parceiras no
Brasil e no mundo, especialmente para a
U.S. Chamber of Commerce e Aaccla (Associação de Câmaras de Comércio Americanas da América Latina). 
40_Edição 290_jan/mar 2015
CONHEÇA TEMAS PRIORITÁRIOS DEFINIDOS PELOS COMITÊS:
Comitê de Assuntos Jurídicos
• Práticas de compliance
e responsabilidade do
administrador;
• Racionalização tributária;
• Entraves na regulação de
eventos de grande porte;
• Desburocratização da
atividade econômica no Rio;
• Dificuldades para o
desenvolvimento do interior
do Estado do Rio de Janeiro.
Subcomitê de Propriedade
Intelectual
• Pirataria e o ambush
marketing (Olimpíada);
• Análise do novo regulamento
de patentes de medicamentos;
• Transferência de tecnologia e
inovação no cenário brasileiro;
• Acompanhamento do Marco
Civil da Internet;
• Acompanhamento do anteprojeto
da lei de direito autoral.
Subcomitê de Tax Friday
(Tributário)
• A responsabilidade tributária e
criminal dos administradores
por dívidas da empresa;
• O impacto fiscal do ágio na
aquisição de empresas –
business combinations;
• Incentivos fiscais de ICMS
sem amparo no Confaz – a
posição do Estado do Rio de
Janeiro;
• Tributação sobre remessas
internacionais.
Comitê de Marketing
• A influência da internet nas
estratégias de negócio e de
marketing e comunicação das
empresas;
• Métricas de marketing;
• Engajamento e reputação;
• Estratégias de marketing
para o mercado b2b;
• Intranet social e rede de
colaboração;
• Planejamento estratégico de
ações corporativas e seus
indicadores.
Comitê de Recursos Humanos
• Diferentes estágios de maturidade organizacional das empresas e dos RHs;
• FIB: retenção, compensação, qualidade
de vida;
• O planejamento de RH alinhado ao
planejamento estratégico das empresas.
Comitê de Energia
• Gás convencional (questões que
envolvem produção e distribuição);
• Racionalização do licenciamento
ambiental;
• Diversificação da matriz energética:
desenvolvimento de renováveis e
alternativas, assim como do smart grid;
• Segmento de O&G: previsibilidade das
rodadas de licitação, potenciais ajustes
na política de conteúdo local.
Comitê de Meio Ambiente
• Responsabilidade ambiental criminal;
• Licenciamento ambiental;
• Energias renováveis e redução de
impactos ambientais;
• Responsabilidade socioambiental das
instituições financeiras.
Comitê de Responsabilidade
Social Empresarial
• Impactos de grandes projetos em
que as empresas atuam;
• Geração de negócios e
oportunidades de investimento a
partir da responsabilidade social;
• Retenção de talentos por meio
de ações de responsabilidade
social;
• Marketing e sustentabilidade.
ALÉM DA LIDERANÇA
ESTRATÉGICA DE UM
PRESIDENTE E UM VICE, OS
COMITÊS TÊM O SUPORTE
DO STAFF DA AMCHAM RIO
PARA PLANEJAR E REALIZAR
EVENTOS
Comitê de Entretenimento,
Esportes e Cultura
• Mercado audiovisual;
• Leis de incentivo;
• Consolidação do turismo no
Estado do Rio de Janeiro.
Comitê de Saúde
• Preparação do setor de saúde da
cidade do Rio de Janeiro para os
Jogos Olímpicos de 2016;
• Fórum entre as academias de
medicina dos Estados Unidos e
do Brasil;
• A saúde no mundo corporativo.
Edição 290_Brazilian Business_41
NEWS
Líderes empresariais do Brasil e dos EUA
criam grupo pelo fim do visto de viagem
O Brazil-U.S. Business Council anunciou a
coalizão, da qual a AmCham Rio faz parte,
para defender a entrada do País no Global
Entry e no Visa Waiver Program
Bernardo Guimarães [email protected]
“NÃO PODEMOS TER LONGAS FILAS DE VISTOS, TAXAS
E FORMULÁRIOS QUE DESENCORAJEM OS TURISTAS
A VIAJAR AOS ESTADOS UNIDOS”,
JOHN FEINBLATT, PRESIDENTE DA PARTNERSHIP FOR A NEW AMERICAN ECONOMY
42_Edição 290_jan/mar 2015
DIVULGAÇÃO/US CUSTOM AND BORDER/JOSH DENMARK
F
acilitar a entrada de brasileiros nos Estados Unidos, eliminando a necessidade de vistos de negócios e de turismo, e
melhorar o ambiente de negócios. Essas são as metas do
grupo Brazil-U.S. Visa Free Coalition, que atuará defendendo a
inclusão do Brasil no Global Entry e no Visa Waiver Program.
A coalizão foi anunciada, no dia 24 de janeiro, pelo Brazil-U.S. Business Council (BUSBC), organização empresarial administrada pela U.S. Chamber of Commerce, em Washington. A
Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham
Rio) faz parte do grupo e defende essa e outras medidas que melhorem o comércio bilateral.
“Os programas Visa Waiver e Global Entry consistem em
ferramentas altamente estratégicas, que trarão benefícios diretos
para a economia”, ressalta Rafael Lourenço, diretor-superintendente da AmCham Rio.
O Global Entry mantém a exigência do visto, mas agilizaria
o processo de entrada nos EUA. O programa beneficiaria um
grupo de executivos brasileiros e americanos e contribuiria para
melhorar o ambiente de negócios entre ambos os países.
Mercado é o que não falta. Segundo o Ranking das Multinacionais Brasileiras de 2014, elaborado pela Fundação Dom Cabral, o crescimento do índice médio de internacionalização das
multinacionais brasileiras ficou em 22,9%, em 2013. A América
do Norte é um dos principais destinos desses empresários, representando 66,7% das operações concentradas fora do Brasil.
Já o Visa Waiver Program acabaria com a necessidade do visto. O Chile, por exemplo, faz parte do grupo de países inseridos
no programa americano. De acordo com o último relatório da
organização americana Partnership for a New American Economy, publicado em 2014, a participação dos brasileiros geraria
aos Estados Unidos US$ 5,57 bilhões (aproximadamente, R$ 15
bilhões) em receitas derivadas do turismo entre 2015 e 2019. A
inclusão do Brasil no programa faria com que o número de turistas brasileiros nos EUA subisse para 14,3 milhões, fluxo que criaria 36.766 novos empregos relacionados a atividades turísticas.
Equipamento
do Global Entry
em operação
no aeroporto
internacional
de Newark
Para o presidente da Partnership for a New American Economy, John Feinblatt, é preciso desburocratizar o sistema de
vistos para atrair novos turistas. “A competição por dólares de
turismo é dura, assim como as opções de pontos turísticos pelo
mundo. Não podemos ter longas filas de vistos, taxas e formulários que desencorajem os turistas a viajar aos Estados Unidos. É
hora de sermos espertos e de usarmos nossas leis para aumentar
a presença no mercado de turismo internacional”, disse Feinblatt,
em comunicado publicado no site da organização.
Para a diretora executiva do BUSBC, Cássia Carvalho, esses
acordos são uma oportunidade de fortalecer as relações bilaterais
entre os dois países. “Facilitar o aumento das viagens entre o Brasil
e os Estados Unidos por meio do Global Entry e do Visa Waiver
Program seria uma conquista importante. Americanos e brasileiros poderão se beneficiar com o aumento dos acordos comerciais,
da criação de empregos, da inovação e da troca de tecnologias”,
afirmou Cássia na cerimônia de lançamento da coalizão.
A possível entrada do Brasil nesses programas seria uma das
pautas da agenda da presidente Dilma Rousseff durante visita
oficial aos EUA em 2013, mas a viagem foi cancelada após o vazamento de documentos da Agência Nacional de Segurança dos
EUA (NSA, na sigla em inglês). Desde então, as negociações sobre os acordos estão caminhando mais lentamente.«
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NEWS
Receita para
enfrentar o leão
sem dor de cabeça
AmCham Rio e DPC realizam
um curso de declaração
de IRPF com o especialista
Augusto Andrade
Cláudio Motta [email protected]
U
m pequeno erro de digitação pode ser a causa de uma tremenda dor de cabeça: a malha fina da Receita Federal. Como
mais vale prevenir do que remediar, Augusto Andrade, bacharel
em direito pela UFRJ e sócio na Domingues e Pinho Contadores
(DPC), ministrou, no dia 3 de março, o curso Declaração de IRPF.
A atividade foi uma parceria entre a Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio) e a DPC.
Aproveitando a experiência de 13 anos de Andrade em assuntos relacionados ao imposto de renda de pessoas físicas, a
Brazilian Business fez uma entrevista exclusiva com ele. Especializado em tributação internacional, Andrade tem entre os principais clientes executivos brasileiros e estrangeiros de grandes
empresas situadas no Brasil.
Brazilian Business: Ficou mais difícil preencher
o imposto de renda?
Augusto Andrade: Eu não diria que está mais difícil, mas o con-
tribuinte precisa estar cada dia mais atento no preenchimento
da Declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física (DIRPF).
A Receita Federal do Brasil (RFB) vem, ao longo dos anos, aperfeiçoando a forma de fiscalização sobre os contribuintes, investindo em um cruzamento de dados mais intenso e abrangente.
Dessa forma, a RFB consegue, eletronicamente, identificar divergência de informações prestadas nas DIRPF e autuar com mais
frequência e vigor as pessoas físicas envolvidas.
BB: Quais são os equívocos mais comuns? É fundamental não
enviar o IR na última hora (o último segundo do dia 30 de abril)?
Andrade: O envio do IR na última hora pode ser prejudicial para
os contribuintes que precisam receber a restituição de IR com
mais celeridade. A RFB processa as DIRPFs por ordem de entrega, priorizando os contribuintes portadores de moléstia grave e
acima de 65 anos. Além disso, o envio na última hora pode ser
complicado em virtude do grande número de DIRPFs entregues
nos últimos dias do prazo. Geralmente, ocorrem falhas na entrega das DIRPFs nos últimos dias, o que obriga o contribuinte a
repetir os procedimentos para envio das DIRPFs diversas vezes
até obter sucesso na transmissão de dados.
44_Edição 290_jan/mar 2014
Os erros mais comuns estão ligados à digitação, que ocasionam a divergência de informações entre o que consta na DIRPF
e o que as empresas reportaram para a RFB por meio das DIRFs,
DMEDs, DIMOBs etc. Em virtude dos cruzamentos eletrônicos
de dados, esses erros levam a maioria dos contribuintes para a
malha fina. Geralmente, são erros de fácil correção, mas atrasam
o pagamento da restituição de IR daquele contribuinte. Outros
erros bastante comuns são:
•Omissão de rendimentos – a maioria dos contribuintes omite
os rendimentos de aluguel ou aposentadoria, principalmente
quando estão no nome de dependentes;
•Dedução indevida de despesas – contribuintes que majoram as
despesas a fim de minimizar o imposto devido na DIRPF, ou
mesmo aumentar o valor das restituições. Com o aperfeiçoamento dos controles, está cada dia mais difícil pleitear a dedução indevida de despesas;
•Confundir PGBL e VGBL – a diferença entre os planos de previdência privada PGBL e VGBL é que os aportes feitos pelo contribuinte no plano PGBL são dedutíveis do IR anual até o limite de 12% do rendimento tributável anual. Tais contribuições
devem ser reportadas no campo de “Pagamentos efetuados” da
DIRPF e serão levadas em consideração como uma despesa dedutível no momento do cálculo do imposto anual devido. Os
planos VGBL não são dedutíveis de IR e constituem uma espécie de poupança para o contribuinte. O saldo acumulado nos
planos VGBL (contribuições e rendimentos) deve ser reportado
na lista de “Bens e direitos”;
•Atualizar valor dos bens – os bens móveis e imóveis devem ser
lançados na DIRPF pelo custo de aquisição. O valor de um imóvel, por exemplo, só deve ser incrementado pelo contribuinte
em caso de benfeitorias e reformas realizadas, desde que comprovadas com documentação idônea;
•Imóveis adquiridos por financiamento – o contribuinte deve
reportar os valores efetivamente pagos até 31 de dezembro do
ano-calendário da DIRPF. O contribuinte deve lançar os valores
incorridos com sinal, intermediárias e parcelas mensais pagas.
Nesse caso, o saldo devedor do financiamento não precisa ser
reportado no quadro de “Dívidas e ônus reais”.
BB: Como evitar a malha fina?
Andrade: A melhor forma de evitar a malha fina é revisar os da-
dos reportados na DIRPF antes de transmitir a declaração. Além
disso, cuidar para que todos os rendimentos e as despesas declarados estejam suportados por documentação idônea, que possa
ser apresentada aos fiscais da RFB nos procedimentos iniciais de
fiscalização. Por exemplo, fazer as Solicitações de Antecipação de
Malha, em que o contribuinte identifica pelo site da RFB uma
divergência apontada pela autoridade fiscal e solicita um atendimento antecipado no Centro de Atendimento ao Contribuinte
mais próximo do domicílio a fim de comprovar os dados declarados e liberar o processamento da DIRPF.«
Los Angeles foi a cidadesede da conferência
anual da Aaccla
Conferência da Aaccla discute agenda
estratégica para América Latina e Caribe
Executivos de 24 Câmaras de Comércio Americanas se reuniram em Los
Angeles (EUA) para debater o impacto do atual cenário político e econômico
nas relações comerciais e nos investimentos na região
Bernardo Guimarães [email protected]
PEDRO KIRILOS
A
Diretorsuperintendente
da AmCham Rio,
Rafael Lourenço:
fim do visto é
prioridade
reaproximação Estados Unidos-Cuba, o baixo preço
do petróleo e a recuperação da economia americana
são algumas das principais questões políticas e econômicas
que estiveram na pauta das discussões da Outlook on the
Americas, conferência anual promovida pela Association
of American Chambers of Commerce in Latin America
(Aaccla), no dia 11 de fevereiro, em Los Angeles (EUA).
Com participação de executivos de 24 Câmaras de Comércio Americanas de 28 países da América Latina e do Caribe, o evento identificou os impactos políticos e econômicos nas relações comerciais e nos investimentos na região,
ajustando o planejamento estratégico da organização.
O diretor-superintendente da Câmara de Comércio
Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio), Rafael Lourenço, e a gerente de Produtos e Serviços da Câmara, Nadia
Stanzig, participaram da conferência da Aaccla, organização que representa cerca de 20 mil empresas, responsáveis
por 80% de todo o investimento dos Estados Unidos na
América Latina e no Caribe, e que atua como um braço
da U.S. Chamber of Commerce na região. “A entrada do
Brasil no Global Entry e as discussões para o ingresso no
Visa Waiver Program, bem como o avanço das negociações
para o fim da bitributação entre os dois países, estavam na
pauta que levamos à conferência”, explica Lourenço, que
reforçou a importância do apoio da Aaccla à viagem de Estado da presidente Dilma Rousseff a Washington, prevista
para setembro.
Os porta-vozes da AmCham Rio
também tiveram reuniões individuais
agendadas com representantes da Aaccla
visando à organização e divulgação do
Business Future of the Americas (BFA)
2016, o maior evento anual da entidade, que
será realizado no Rio de Janeiro. “O BFA
2016 será um dos principais momentos
da agenda da AmCham Rio em 2016,
ano em que celebraremos o centenário
da Câmara de Comércio Americana no
Brasil”, afirmou o diretor-superintendente
da AmCham Rio. A edição deste ano do
BFA será realizada de 15 a 17 de junho, em
Porto Príncipe, no Haiti.
Além do debate sobre o atual cenário
político e econômico na América Latina
e no Caribe, o Outlook on the Americas
contemplou painéis sobre negócios e reuniões com foco no uso e na regulamentação
de softwares e hardwares na integração do
comércio. Também foi realizado o primeiro Intellectual Property Award, destacando
trabalhos das câmaras na utilização da propriedade intelectual para geração de empregos e solução de desafios pela América
Latina e pelo Caribe.«
Edição 290_Brazilian Business_45
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48_Edição 290_jan/mar 2015
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