CORPUS CHRISTI - Paróquia São Pedro | Jacaraípe

Transcrição

CORPUS CHRISTI - Paróquia São Pedro | Jacaraípe
Ano IV - Edição nº 42 | Junho de 2015
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CORPUS
CHRISTI
DEUS VIVO
PG. 11
REDUÇÃO DA
MAIORIDADE
PENAL PG.22
REVISTA
JPII-ES
COMUNIDADES
PARÓQUIA
Santo Antônio
Av. Bicanga – Bicanga
Sant’Ana – Rua Sant’Ana - Manguinhos
Revista da Paróquia
São Pedro Jacaraípe
Arquidiocese de Vitória – ES
Santos Anjos – Rua Hawai, Portal de Jacaraípe
São Pedro – Matriz
Rua São Pedro, Castelândia
Santíssimo Nome de Jesus
Centro de Vivência – São Patrício
Contato: (27)3252.9062 e 3243.1765
Rua Goiás, 10 – Jacaraípe – Serra (ES)
CEP: 29.175-149
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Sagrado Coração de Jesus
Rua Teresina, Parque Jacaraípe
São Francisco de Assis
Rua Caramuru, Jardim Atlântico
Produção Editorial:
Parresia Comunicação Católica
Contato: (33) 3279-0073
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Santo Agostinho
Rua Guacira – Costa Dourada
Sagrada Família
Av. Guaianases – Bairro das Laranjeiras
Jornalista responsável:
Carolina Lana MTB 8442/MG
Imaculada Conceição
Av. Minas Gerais - Lagoa
Coordenação: Rebeca Proux e Thiago Lani.
Colaboradores: Agnes Maria, Cícero Gomes, Junior
Choquito, Magno Lima, Goretti Cancian,
Maura Conceição, Shella Bodart, Suellen Resende,
Victor Guasti, Victório Gasparini.
Contato Comercial:
Willerson Soares
[email protected]
(27)9.9872.5934 - (33)9912.6635
Nossa Sra. de Fátima
Rua Nilo Peçanha – Residencial Lagoa
Nossa Sra de Guadalupe
Rua 12 - Magistrado
Santa Luzia
Av. Guarani, Bairro das Laranjeiras
Tiragem: 3.000 exemplares
São Francisco das Chagas
Praça da Sé, Bairro São Francisco
Pároco: Pe. Renato Criste
São Marcos
Rua N. Sra. de Lourdes, Bairro São Francisco
Atendimento do Pároco:
todas as quartas e quintas-feiras (horário a ser agendado).
São José
Rua Ida Bitencourt Feu, Capuba
Atendimento da secretaria paroquial:
Segunda a sexta-feira das 8h às 12h e de 13h30 às 17h30
Fotos: Daniele Razera, Lacy Mara, Magno Lima, Maria
Alzira, Maria Aparecida Machado, Victório Gasparini
e Wemerson Corrêa.
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Nossa Sra. Aparecida
Rua Ribeirão Preto - Lagoa
Nossa Sra. de Lourdes
Rua Ernesto Morandi, Enseada
São Judas Tadeu
Av. das Garças, Costa Bela
Centro Pastoral Papa Bento XVI
Rua Goiás, 10, Jacaraípe
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06
Eu creio, nos cremos
08
10 Comunidades
11 Especial
16 Religiosidade Popular
19 Comunicar a Família
20 Agenda Paroquial
22 Atualidades
24 Viagem ao mundo Paulo
Festa de São Pedro 2015
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JPII-ES
REVISTA
SUMÁRIO
Fé e arte
Cristiada
Eucaristia
Sagrado Coração de Jesus
PROCLAMAS DE
MATRIMÔNIO
Residentes na Paróquia São Pedro de Jacaraípe
“Quem souber de alguma coisa que torne este casamento ilícito ou nulo,
está obrigado a denunciá-lo a autoridades eclesiais.”
Corpus Christi
Festas Juninas
Dia Mundial das Comunicações
Programação
Redução da maioridade penal
Hebreus
Didier Laffouilhere
e Marluce Aparecida
de S. Laffouilhere
Ele, filho de Henri Joseph
e Anna Cécile Mouly.
Ela, filha de Francisco de Souza
e Maria Pereira de Souza.
Delano dos Santos Lorenzoni
e Rayelle Venturini Cancian
Ele, filho de Joel Mariano
Lorenzoni e Tania Maria dos
Santos. Ela, filha de Valmir
José Cancian e Ana Francisca
Venturini Cancian.
Thiago Torres de Almeida
e Nina Sanidei de Miranda
Barcelos
Ele, filho de Jorge Pereira de
Almeida e Sonia Maria Pinto
Torres. Ela, filha de Ney
Fernando Barcelos e Elba
Sanidei de Miranda
Rafael Duarte Vencioneck
e Carla Danielle de Oliveira
Costa
Ele, filho de Getúlio Helmer
Vencioneck e Laudicéia Duarte
Vencioneck. Ela, filha de Nelson
Costa e Elza Oliveira Costa.
Luiz Ricardo Mendes
e Maria Geralda Meroto
Lamas
Ele, filho de Benedito Mendes
e Valdeth Teresinha Borges
Mendes. Ela, filha de Pedro
da Fonseca Lamas e Carmem
Meroto Lamas.
A festa da família
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REVISTA
JPII-ES
EDITORIAL
O
mês de junho inaugura-se com a festa da Eucaristia
– Corpus Christi. Isto é, mantendo a antiga tradição a
Igreja celebra solenemente o mistério da Eucaristia –
o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. Através
da Eucaristia, Jesus nos mostra que está presente ao nosso
lado, e se faz alimento para nos dar força para continuar.
Jesus nos comunica seu amor e se entrega por nós.
- PE. RENATO CRISTE COVRE
Não mais importante que a Eucaristia, ocorrem também tantas outras festas populares neste mês. Em nossa paróquia é
esperada a Festa de São Pedro, o santo padroeiro. As equipes
estão organizadas para proporcionar uma festa, na qual a
amizade, o respeito e a partilha sejam cultivadas.
Nesta edição, você vai conferir a programação da Festa de
São Pedro 2015. As tradições fazem parte das comemorações.
Resgatando a história e os acontecimentos recentes, o navio
de São Pedro retornará. Contudo, o que deve prevalecer é a
piedade popular, assegurar os valores da fé e o respeito. Não
gostaríamos que a festa fosse dicotômica, isto é, profana e
religiosa, mas sim lugar onde a fé e tradição se encontram,
enriquecendo a vida de quem participa. Será a festa das famílias de Jacaraípe e região.
É, mas não para por aí! Junho é mesmo o mês das festas
populares e religiosas. Dia 13, vamos comemorar o santo
recorrido pelos solteiros e receber o pão abençoado. Todos já
sabem, estamos falando de Santo Antônio. A comunidade de
Bicanga, também vai acolher os devotos deste santo conhecido e amado pelo povo.
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Também, a Comunidade Sagrado Coração de Jesus nos
aguarda para celebrar a grande solenidade litúrgica - o amor
misericordioso de Deus. “No Sagrado Coração está o símbolo
e a imagem expressa do Amor infinito de Jesus Cristo, que
nos leva a retribuir-lhe esse Amor”, nos diz o Papa Leão XIII.
Ao olhar o Coração de Jesus devemos entrar nesse coração
pelo lado traspassado e viver, experimentar esse amor ardente de Cristo por nós para que nós possamos também transmitir esse amor aos demais.
Bom, então, vamos nos movimentar. Tem festa boa por todos
os cantos. E, claro que você também, não vai deixar de ler
esta edição da Revista JPII preparada por nossa equipe com
muita competência e compromisso. E, aí vai ficar parado?
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FÉ E ARTE//
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REVISTA
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VIVA
“CRISTO REY!”
O filme “Cristiada”
narra a história da
Guerra Cristera, conflito
que levou católicos
a lutarem por liberdade
religiosa usando armas.
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O
Cena do filme Cristiada.
que você faria para defender a sua fé e a liberdade
de professá-la? Seria capaz de lutar, portando
inclusive armas de fogo? A situação parece incabível, ainda mais perante o falso pacifismo ao qual a fé
cristã se vê envolvida na contemporaneidade. Mas para
os cristeros mexicanos, da década de 30, essa foi a única
saída diante das perseguições anticlericais do presidente
Plutarco Elías Calles (Rúben Blades). “Cristiada” (em inglês,
For greater glory, 2012, 145 min.) tem essa capacidade
arrebatadora de nos desestabilizar e questionar, entre
tapas, sobre o que estamos fazendo por Jesus.
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REVISTA
JPII-ES
o encontram em Enrique Gorostieta
(Andy García, em ótima atuação) – experimentado e condecorado general
e estrategista.
Primeiro, deportações, depois proibição de culto, as quais se seguiram
prisões e, por fim, mortes tenebrosas
de centenas de cristãos. As medidas
tomadas no México, nos primeiros
anos após a promulgação da Constituição de 1917 e a Revolução Socialista, se sustentavam num suposto
perigo que a Igreja Católica e outros
entes internacionais poderiam trazer
aos valores imortales de la Revolución.
O filme revela detalhes desse panorama histórico com equilíbrio, ainda que
incorra em certo romantismo na figura
do beato José Luiz Sanchez Del Río
(Mauricio Kuri).
Parte do drama do longa-metragem
começa com a dúvida entre os fiéis
em apoiar ou não o conflito armado
capitaneado pela Liga pela Defesa da
Liberdade Religiosa. Adriana (Catalina
Sandino) e Anacleto (Eduardo Verástegui), dois jovens piedosos profundamente aterrados com as proibições,
acompanhados de seus irmãos de fé
acabam ajudando os soldados cristãos
mesmo contrafeitos, com provisões,
mantimentos e armas. O exército, no
entanto, precisava de um líder e
O expectador poderá conferir muita
ação, sem aqueles exageros cinematográficos modernos, especialmente
nos balaços certeiros do Victoriano
“El Catorce” (Oscar Isaac), e pinceladas
de drama na postura de Gorostieta
que, mesmo ateu, decide lutar com
os cristãos para que sua esposa e suas
filhas, mulheres de oração, tivessem
acesso aos sacramentos. Aliás, toda a
trama deixa transparecer esse ideal:
não se luta simplesmente por matar,
o que seria um erro grave diante do
quinto mandamento; mas para defender e receber os serviços sagrados, a
comunhão, a confissão, o batismo e
a confirmação. Estaríamos diante do
verdadeiro sentido de “amar a Deus
sobre todas as coisas”, acima inclusive
da própria vida?
As cenas também são fortes. Com o
malogro da estratégia de um embargo
econômico, e com o advento de medidas duras do governo, milhares de
cristãos são mortos enforcados, fuzilados ou esfaqueados. Mas a recíproca
também é verdadeira: também alguns
fieis, frente ao inimigo iminente, são
obrigados a matar. Essa situação tensa
faz-nos lembrar de Cristo, que além de
proibir o homicídio (Ex 20, 13), garante
que “felizes são os mansos, porque
herdarão a terra” (Mt 5, 5). O próprio
Catecismo da Igreja Católica e o Código de Direito Canônico corroboram
essa negação. Porém a questão é mais
complexa do que parece. “A Igreja é
pacífica, não pacifista”, explica Padre
Paulo Ricardo, vigário da Arquidiocese
de Cuiabá (MT), que possui um site
sobre temas cristãos à luz da doutrina católica. O Catecismo, segundo o
religioso, aponta como um direito a
legitima defesa: não trata-se, é claro,
de incentivar a morte, mas esclarecer
que a defesa da vida de um inocente,
na mesma proporção, é um ato de
caridade.
O filme tem essa qualidade necessária
às obras cinematográficas: ser capaz
de suscitar em nós um sentimento de
apreensão, misturada à vergonha e ao
engajamento. Assanha a imaginação
da gente porque desestabiliza nosso
lugar de conforto, bem a proveito
ante as atrocidades praticadas contra
os cristãos hoje, no Oriente Médio e
na África. É especialmente por isso
que encabeça a lista de indicações da
Canção Nova e do site do Padre Paulo
Ricardo, de obras que todo católico
deve assistir – bem como A Festa de
Babette, de 1987, e Ben-Hur, 1959.
Não pretendo estragar a surpresa do
filme, mas um bom apetitivo é a cena
em que o beato José Luiz Sanches, o
pequeno cristão de pouco mais de 10
anos, rumo à morte por não negar sua
fé. Já esfaqueado, estrebuchando em
dor lancinante, no solo ele desenha
uma cruz enlameada em sangue, e diz:
“Viva Cristo Rey!”, morrendo mártir.
Devo sublinhar, contudo, uma vez
mais: trata-se de um filme, una simple
película mejicana, mas cujo teor
histórico e reflexão humana cobram-nos um parecer. Afinal, até onde
iríamos por Jesus Cristo? Seguramente
enquanto você lê essa pergunta, eu
continuo pensando nisso... E naquilo:
Papa João Paulo II, em 2000, beatificou
mais de vinte cristeros mártires.
- IAGO MIRANDA
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REVISTA
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EUCARISTIA,
FONTE E O
ÁPICE DE
TODA A VIDA
CRISTÃ.
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EU CREIO, NÓS CREMOS//
Como comungar?
Os sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e obras de apostolado, estão vinculados com a sagrada
Eucaristia e a ela se ordenam. Com efeito, na santíssima
Eucaristia está contido todo o tesouro espiritual da Igreja:
o próprio Cristo, nossa Páscoa.
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REVISTA
COMO
COMUNGAR?
Comungar diretamente na língua evita a queda de partículas
eucarísticas e pode ajudar ao fiel na devoção à presença real
de Cristo. Quando o comungante desejar receber nas mãos,
ele deve sobrepor a mão esquerda sobre a direita, com a
palma para cima. Quando a hóstia for colocada, ele a toma
com a mão direita e imediatamente a comunga perante o
ministro.
A comunhão de vida com Deus e a unidade de Seu povo –
pelas quais a Igreja é o que é – são significados e realizados
pela Eucaristia. Nela se encontra o ápice da ação pela qual
Deus, em Cristo, santifica o mundo, e do culto que no Espírito
Santo os homens prestam a Cristo e, por Ele, ao Pai. Para que
a comunhão se realize plenamente, e para que este sacramento não se torne causa de juízo e condenação, mas sim
remédio para vida eterna, devemos nos atentar sobre o que
ensina a doutrina católica.
Como devo me portar na fila da comunhão?
Apresentar-se para receber a Sagrada Comunhão deve ser
uma decisão bem refletida, fundada em um exame de consciência: “Eu estou em plena comunhão com a Igreja? Eu sou
culpado de um pecado grave? Estou em estado de graça?”.
A prática de se apresentar à Comunhão indiscriminadamente
é um erro grave, “porque o que come e bebe indignamente
[o corpo do Senhor], come e bebe sua própria condenação,
não discernindo o corpo do Senhor”. (Cf. 1Cor 11, 29)
Após receber a comunhão, o fiel retorna para o seu lugar e
assume a postura que mais lhe favorecer a contemplar este
momento sublime, seja de pé, sentado ou de joelhos.
É preciso levar em consideração que a postura precisa favorecer a adoração e o recolhimento. “Recomende-se que os
fiéis não descuidem, após a Comunhão, do agradecimento
justo e adequado, seja na própria celebração, com um tempo
de silêncio, com um hino ou com outro canto de louvor, seja
depois da celebração, permanecendo em oração durante um
período oportuno de tempo” (instrução “Inestimabile donum”
nº17). Depois da comunhão é o momento estar com o Senhor sem pressa, de abraçá-Lo, de desagravar-lhe o coração
tão ofendido por sacrilégios, ofensas e indiferenças.
Devo estar em jejum para receber a comunhão?
O jejum prescrito para comunhão é o chamado jejum eucarístico. “Quem vai receber a santíssima Eucaristia, abstenha-se, pelo espaço de ao menos uma hora antes da sagrada
comunhão, de qualquer comida ou bebida, exceto água ou
remédios. As pessoas de idade provecta e as que padecem
de alguma doença, e ainda quem as trata, podem receber a
santíssima Eucaristia, mesmo que dentro da hora anterior tenham tomado alguma coisa”. (CDC, can. 919 §1 e 3). Também
aqueles que desempenharão função na missa ou não podem
permanecer muito tempo sem se alimentar estão dispensados do jejum eucarístico.
Qual a maneira correta de receber a comunhão?
A comunhão pode ser recebida de pé, diretamente na boca
ou nas mãos; ou de joelhos, diretamente na boca. “Ponha-se
especial cuidado em que o comungante consuma imediatamente a hóstia, na frente do ministro, e ninguém se desloque (retorne) tendo na mão as espécies eucarísticas[...]” (Cf.
Redemptionis Sacramentum, nº 92).
A atitude de quem está na fila da comunhão deve ser de
extrema oração e concentração. Não se deve de maneira
alguma conversar ou cumprimentar outros fieis. O comungante pode cantar o hino de comunhão ou, em silêncio,
se preparar para receber Jesus Cristo.
O que devo fazer depois de comungar?
Posso comungar mais de uma vez por dia?
“Quem já recebeu a Santíssima Eucaristia pode recebê-la
uma segunda vez no mesmo dia, mas somente durante a
celebração eucarística da qual participa” (CDC, can. 917).
“A Eucaristia está na origem de toda a forma de santidade,
sendo cada um de nós chamado à plenitude de vida no Espírito Santo. Quantos santos tornaram autêntica a própria vida,
graças à sua piedade eucarística! [...] A verdadeira alegria é
reconhecer que o Senhor permanece no nosso meio, companheiro fiel do nosso caminho; a Eucaristia faz-nos descobrir
que Cristo, morto e ressuscitado, se manifesta como nosso
contemporâneo no mistério da Igreja, seu corpo.”
(Bento XVI - Exortação apostólica Sacramentum Caritatis).
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- VICTOR NODARI
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JPII-ES
REVISTA
COMUNIDADES//
SAGRADO
CORAÇÃO DE JESUS:
Acolhedor como o amor de Deus, nós esperamos
e confiamos em Vós.
C
omemorada na segunda sexta-feira de junho, após a
solenidade de Corpus Christi, a devoção do Sagrado
Coração de Jesus também foi estendida pela Igreja
nas primeiras sextas-feiras de cada mês, consistindo na veneração do Coração de Jesus e do mais íntimo de Seu Amor.
A origem dessa devoção vem de uma religiosa que veio
a se tornar santa, Santa Margarida Maria de Alacoque.
Ela pertencia à Ordem da Visitação e revelou ao mundo o
tema por meio das revelações que Jesus Cristo a enviava.
Depois, a religiosa portuguesa Beata Maria do Divino Coração, condessa de Droste zu Vischering, tornou o Sagrado
Coração de Jesus ainda mais conhecido através do pedido
solene feito ao Papa Leão XIII de um Ato de Consagração.
Em nosso balneário tudo começou na década de 70, entre
1975 e 1979, com círculos bíblicos e celebrações que eram
realizadas em baixo de árvores ou em garagens. Quem
hoje vê a bela Igreja talvez não imagine quão duro foi o
caminho até aqui. O balneário foi crescendo, chegando
pessoas novas e assim nossa comunidade foi também
aumentando em espiritualidade e participação. Hoje
temos 14 equipes entre pastorais e movimentos como:
Liturgia, Batismo, Catequese, Crisma, Catecumenato,
Dízimo, Apostolado da Oração, Grupo de Oração, Circulo
10
Bíblico, Legião de Maria, Coroinhas. Podemos dizer que
somos uma comunidade formadora e missionária.
Realizamos nossa missão todos os dias através do grupo
de oração, com as visitas e orações feitas pelo Apostolado da Oração, com trabalho das pastorais da Criança,
Saúde e Círculos Bíblicos. Este ano, deu-se início também
a oração do Terço dos Homens. Nosso maior patrimônio
são as pessoas que formam essa união, que acolhem e
que sempre estão abertas a novos membros. Com um
sorriso aberto, um abraço ou um simples aceno, os visitantes e novos membros sentem-se acolhidos especialmente pelo Sagrado Coração.
Venha visitar a Comunidade Sagrado Coração de Jesus
e prestigiar a festa do nosso Padroeiro, com o tríduo e
missa todas as noites. O tríduo acontecerá nos dias 9, 10
e 11/06. No dia do padroeiro, 12/06, haverá missa e procissão. Dia 13/06, festa de rua com quadrilha, barraquinhas e muitas outras atrações. Venha rezar e participar
conosco!!
Sagrado coração de Jesus nós esperamos e confiamos em
Vós.
- ANA GOMES E JUNIOR CHOQUITO
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JPII-ES
REVISTA
ESPECIAL//
CELEBRANDO
Corpus
Christi
Deus vivo nas estradas da humanidade
A festa dentro da
fé cristã católica
A festa de Corpus Christi, dentro do ano litúrgico cristão,
se insere no ciclo do Tempo Comum e faz parte do grupo
das quatro grandes festas do Senhor, quais sejam Santíssima
Trindade, Corpus Christi, Sagrado Coração de Jesus e Cristo
Rei. São celebradas com o título de solenidade dentro das
celebrações eucarísticas. Diferentemente das demais festas
cristológicas e marianas que se relacionam e dependem do
núcleo central do mistério pascal, estas solenidades completam e explicitam o mistério pascal da fé cristã.
A festa de Corpus Christi surge no horizonte das práticas
litúrgicas com o objetivo de realçar um dado da fé católica, buscando apoiar a fé da Igreja para superar os conflitos
internos como as heresias, mas também a necessidade de
divulgar e popularizar alguns dogmas. É também uma resposta à devoção popular da eucaristia e manifesta a unidade
da comunidade ao redor de Jesus Cristo. A partir da ação
divina – a encarnação, da qual a eucaristia é uma manifestação – revela que Deus está no meio do seu povo e caminha
por suas veredas. A validade atual desta solenidade cristã não
consiste na apologia católica contra outros grupos religiosos
cristãos, mas na manifestação da fé na presença real de Jesus
Cristo na Eucaristia e, a partir disso, a solidariedade de Deus
com a humanidade.
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REVISTA
JPII-ES
Fiéis produzindo os tapetes para procissão.
Um pouco de história
A solenidade de Corpus Christi tem uma data específica
dentro do calendário romano. Trata-se de uma data móvel
(sem data fixa no calendário solar) que acontece na quinta-feira, após a Festa da Santíssima Trindade, celebrada no
domingo após a Festa de Pentecostes. É antes de tudo uma
“festa teológica”. Isso quer dizer que não se refere a um
evento histórico, mas exalta a profissão de fé na presença real
de Jesus Cristo na Eucaristia. Sua origem está no movimento
eucarístico da Idade Média, que realçou a presença real do
Cristo nas espécies consagradas, e visa aprofundar e divulgar
o mistério eucarístico da transubstanciação. Aparece neste
período o gesto ritual de elevar a hóstia após a sua consagração, na celebração eucarística.
Aos poucos vai se desenvolvendo o ritual e o conteúdo
desta festa, que, já na Idade Média, se torna oficial para toda
a igreja. Assim, a eucaristia se apresenta como sacrifício e
refeição. Após o Concílio de Trento (século XVI), a Festa de
Corpus Christi vai ser muito difundida, como afirmação da
catolicidade dos povos fiéis à Igreja Romana e vai ganhar
muita festividade e fervor, presentes nas procissões, nas
vestimentas sofisticadas, nos pujantes tapetes folclóricos e
nas ritualidades fascinantes. A Contrarreforma católica vai
propagar – dentro da liturgia barroca do século XVII e XVIII –
a devoção à presença real de Cristo nas espécies do pão e do
vinho. A festa do Corpo de Cristo torna-se, no missal romano,
atual a Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo.
Existe uma relação teológica entre esta solenidade e a instituição da Eucaristia celebrada na Quinta-feira Santa. Não se
trata de uma festa duplicada, pois a última ceia está dentro
do tríduo sagrado e se insere no mistério da paixão, morte e
ressurreição de Jesus Cristo. Por sua vez, esta solenidade se
presta à celebração mais específica do mistério eucarístico.
Hoje, em tempos de grande propagação de movimentos
religiosos não católicos, a celebração de Corpus Christi, bem
como seus momentos de adoração eucarística tornam-se
mais divulgados, como força apologética, certamente, mas
também como reflorescimento da devoção eucarística, presentes na piedade cristã.
Tapetes de Corpus Christi exaltam a profissão de fé dos cristãos.
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JPII-ES
REVISTA
ESPECIAL//
Compreender
a teologia da festa
Muitos cristãos não compreendem
o significado teológico desta festa e
acabam por atribuir-lhe um significado
mágico ou meramente devocional. Além disso, essa ocasião
exige necessariamente a profissão de fé na presença real de
Jesus na Eucaristia, que confirma
a presença de Deus na vida
humana e sua participação na história do
mundo. Destacamos
as três dimensões
desta solenidade:
a. o passado, como
representação memorial do
mistério pascal, é o verdadeiro
sacrifício de Cristo e sua autodoação à humanidade, seu serviço
sacerdotal ao mundo;
b. o presente, como sacramento da
unidade do universo com Cristo e dos
seres humanos entre si, atualiza a ação
salvífica de Cristo e inaugura a fraternidade e solidariedade entre os povos;
c. o futuro, como prefiguração da nova história,
é a sua transformação em Reino de Deus
e a divinização da humanidade, transformada
num único povo.
Concluindo, podemos afirmar que a celebração
representa a dimensão de ceia, partilha e convivência
de irmãos e irmãs congregados pela fé. A dimensão
sacrificial celebra o Cristo, como Cordeiro de Deus,
que oferta sua vida para expiação dos pecados da
humanidade, derramando seu sangue em favor da
redenção da humanidade. A valorização exacerbada
desta dimensão pode provocar um devocionalismo
superficial e magicista da celebração. Do mesmo
modo, o acento unidimensional do aspecto da
refeição pode negar o aspecto da presença divina
na Eucaristia e relegar o culto à única dimensão de
reunião fraterna. Os dois aspectos, harmonizados e
complementares constituem o verdadeiro
significado desta solenidade.
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ESPECIAL//
Caminhando
nas ruas
A festa foi trazida para o Brasil pelos
portugueses. Numa carta de
9 de agosto de 1549, o Padre Manuel
da Nóbrega, da Bahia, informava:
“Outra procissão se fez dia de Corpus
Christi, mui solene, em que jogou toda
a artilharia, que estava na cerca, as ruas
muito enramadas, houve danças e invenções à maneira de Portugal”. (Cartas
do Brasil, 86, Rio de Janeiro, 1931). As
procissões portuguesas eram esplendorosas: tropas, fidalgos, cavaleiros,
andores, danças e cantos. A imagem
de São Jorge, padroeiro de Portugal,
seguia a procissão montada em um
cavalo, rodeada de oficiais de gala.
A tradição de enfeitar as ruas surgiu
em Ouro Preto, cidade histórica do
interior de Minas Gerais, e aos poucos
e tornou uma das mais tradicionais
manifestações religiosas populares do
Brasil. Com a liturgia barroca, a partir
do século XVII, esta procissão se tornou
um cortejo triunfal de ação de graças,
visando também representar de modo
apologético o mistério eucarístico
perante os cristãos não católicos, especialmente os protestantes.
Ainda hoje, são belíssimas e formosas
as procissões de ruas, que se realizam
em nossas comunidades. Algumas são
muito famosas e vale a pena visitar e
participar destes eventos, que manifestam a grande religiosidade popular. Antes de tudo, manifestam a devoção do
povo à Eucaristia, mas revela também
a alma mística de nossas comunidades,
que quer se comunicar com Deus por
meio de seus ritos.
O sentido teológico mais atual desta
celebração, com a reforma litúrgica
do Concílio Vaticano II, é a unidade do
povo ao redor do seu Senhor, presente
na eucaristia, sua força na caminhada
do povo em marcha e o compromisso
com os irmãos mais sofridos de nossa
sociedade.
Uma palavra final
A celebração de Corpus Christi tem
assumido dimensões muito solenes
na vida litúrgica nos últimos tempos.
Algumas vezes, revelam um grande
devocionismo e isto deve ser trabalhado com delicadeza. Corre-se o risco
de exacerbar os elementos míticos e
criar uma relação fascinada entre o
fiel e a “hóstia sagrada”, deteriorando
o sentido social e da partilha do ritual
eucarístico. Deve-se cuidar para que o
“Corpus Christi” seja a manifestação da
fé do povo que crê num Deus onipresente na história e presente em nossas
vidas, profetizando a fraternidade
universal e a unidade cósmica. Cristo
está vivo e o seu corpo é uma forma de
sua presença ser real entre nós. Isso nos
deve levar ao compromisso verdadeiro,
pois ninguém revela melhor o Pai, senão o Cristo e não há melhor revelação
de Cristo que a vida dos irmãos e irmãs,
sobretudo os que sofrem.
Adoremos o “Corpus Christi” e manifestemos essa adoração na solidariedade
com seus preferidos, os pobres desta
terra.
- VICTOR GUASTI
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15
REVISTA
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Festa Junina: uma das festividades mais populares no Brasil.
ORIGEM DAS
FESTAS JUNINAS
“O balão vai subindo, vem caindo a garoa.
O céu é tão lindo e a noite é tão boa.
São João, São João, acende a fogueira
no meu coração”.
Q
uem nunca ouviu o aviso de chamada de participantes para a Quadrilha da Festa Junina seja na
sua Paróquia, na sua rua ou mesmo na sua escola?
Êita que alegria, fulano tem que participar que ele é muito
engraçado, olha os ensaios, as roupas, as músicas (...). E na
hora H, muita improvisação! Quem é que nunca participou
das Festas Juninas, ajudando nos preparativos de pratos
típicos como canjica, bolo de fubá, quentão ou simplesmente apreciando essas delícias? Comemoradas em todo
o canto do Brasil, as festas juninas representam uma das
16
manifestações culturais mais ricas do nosso país. Mesmo
que a base da nossa economia já não seja agrária, a tradição permanece. Porém as origens desse festejo começam
a se desbotar da memória das novas gerações.
O calendário das festas católicas é marcado por diversas
comemorações de dias de santos. As comemorações de
São João (24 de junho) fazem parte de um ciclo festivo
que passou a ser conhecido como festas juninas e homenageia, além desse, outros santos venerados em junho:
Santo Antônio (dia 13), São Pedro e São Paulo (dia 29). No
entanto, tais festividades têm origem antes da era cristã
e estão ligadas a rituais para estimular o crescimento da
vegetação, promover a fartura nas colheitas e trazer chuvas. A Igreja Católica adaptou essas comemorações e São
João ocupa papel central nas festas, pois, dentre os santos
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RELIGIOSIDADE POPULAR//
de junho, foi ele que deu ao mês o seu nome e é em sua
homenagem que se chamam “joaninas” as festas realizadas
no decurso dos seus trinta dias. O santo nasceu em 24 de
junho, dia em que o sol, ao meio-dia, atinge seu ponto
mais alto no céu; é o dia mais longo e a noite mais curta
do ano.
No Brasil, as festas juninas tiveram início já na época do
descobrimento. Relatos de cronistas contam que os padres
jesuítas acendiam fogueiras e tochas em junho, provocando grande atração sobre os indígenas. Essa época, mesmo
sendo o início do inverno, era marcada com a realização
dos rituais mais importantes para o povo que aqui vivia.
Houve, assim, uma coincidência entre o propósito católico
de atrair os índios ao convívio missionário catequético e
as práticas rituais indígenas, simbolizadas pelas fogueiras
de São João. Esse, sem dúvida, é um dos fatores que nos
ajuda a explicar porque os festejos juninos tomaram a
proporção e importância dentro do calendário das festas
brasileiras.
Outro fato que nos faz entender a relevância desses festejos está relacionado ao tipo de relação social presente
na sociedade brasileira até meados do século XX. A maior
parte da população vivia no campo, onde as pessoas se
integravam em grupos familiares, entendendo-se como
família o conjunto de pais e filhos, tios e primos, avós e
sogros. As relações familiares eram complementadas pela
instituição do compadrio, que servia para integrar outras
pessoas à família, estreitando os laços entre vizinhos e entre patrões e empregados. Até mesmo os escravos podiam
ser apadrinhados pelos senhores de terra.
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RELIGIOSIDADE POPULAR//
Canção Junina
Isto é lá com
Santo Antônio
(Lamartine Babo)
Eu pedi numa oração
ao querido São João
que me desse um matrimônio.
São João disse que não,
São João disse que não,
isto é lá com Santo Antônio.
Implorei a São João
desse ao menos um cartão
que eu levasse a Santo Antônio.
São João ficou zangado.
São João só dá cartão
com direito a batizado.
São João não me atendendo
a São Pedro fui correndo.
No portão do paraíso
disse o velho num sorriso:
”Minha gente eu sou chaveiro,
nunca fui casamenteiro”.
Receita Junina
Bolo de São João
1 tigela de massa
de mandioca lavada
14 gemas de ovos
1/2 quilo de açúcar
100 gramas de manteiga
1 xícara de leite de coco
Bata as gemas e, quando estiverem bem batidas, acrescente 100
gramas de manteiga e 1 xícara de
leite de coco sem água. Junte os
demais ingredientes e continue a
bater até que tudo esteja bem ligado. Leve ao forno regular numa
assadeira untada com manteiga.
18
As duas principais formas de se tornar
compadre e comadre, padrinho e
madrinha, eram o batismo (ainda é
assim!) ou por meio da fogueira. Nas
festas de São João, principalmente os
homens formavam duplas de compadres de fogueira: ficavam um de cada
lado da fogueira e pulavam as brasas
dando-se as mãos em sentido cruzado. Era comum que recitassem versos
assim: “São João dormiu, São Pedro
acordô, vamo sê cumpadre que São
João mandô”.
Os festejos do “São João” incluem
fogos de artifício, balões coloridos,
bandeirolas, a fogueira para lembrar
a fogueira que Santa Isabel acendeu
para avisar Nossa Senhora do nascimento do seu filho. Uma curiosidade:
segundo a tradição, São João adormece no seu dia pois, se estivesse
acordado vendo as fogueiras acesas
para homenageá-lo não resistiria: desceria à Terra e ela poderia incendiar-se.
Além disso, não falta muita comida,
bebida e danças típicas. Uma dança
típica muito comum é a quadrilha,
que consta de diversas evoluções em
pares e é aberta pelo noivo e pela
noiva, pois representa o grande baile
do casamento que hipoteticamente se
realizou.
Esse tipo de dança (“quadrille”) surgiu
em Paris no século XVIII e teve por
origem a “contredanse française”. Veio
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para o Brasil durante a Regência e fez
muito sucesso nos salões do século
XIX. Depois saiu do palácio e caiu no
gosto do povo, que mudou suas evoluções básicas e a música.
Quem desempenha papel fundamental na quadrilha é o marcador, pois é
quem dá a voz de comando para dirigir a evolução da dança, num francês
misturado com o português: o anariê
vem de “en arrière”, para trás; “alavantú”, de “en avant tous”, para frente;
“changê” vem de “changer”, trocar o
par; cumprimento “vis-à-vis” quer dizer
cumprimento frente a frente; “otrefoá”
vem de “autre fois” e quer dizer uma
outra vez, repetindo o passo anterior.
Os trajes mais comuns são: para os
cavalheiros, camisas xadrez, remendos
na calça e camisa, chapéu de palha,
talvez um lenço no pescoço e botas
de cano; para as damas, vestidos com
estampas florais, bem coloridas, com
babados, rendas, mangas bufantes,
chapéu de palha e laçarotes no cabelo.
Nas diversas partes do Brasil as festas
juninas ganham coloridos diferentes
por conta das regionalidades. Mas
tudo remete à alegria e união.
É uma noite de encantamento. Muita
coisa mudou. Cabe a cada um de nós
perpetuar essa tradição tão rica e que
faz parte da nossa cultura e da nossa
devoção!
- SHELLA BODART
REVISTA
JPII-ES
Comunicar
a Família
A família do presente
e o futuro da família
“Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro
na gratuidade do amor” é o tema da mensagem do papa
Francisco para o 49º Dia Mundial das Comunicações, a ser
celebrado no dia 01 de junho. Em seu texto o papa reconhece a importância da família como lugar privilegiado
para o aprendizado da comunicação, trazendo como
exemplo a passagem bíblica do encontro de Maria com
sua prima Isabel.
Na mensagem, ele nos conduz a refletir que: “o ventre
que nos abriga é a primeira ‘escola’ de comunicação, feita
de escuta e contato corporal, onde começamos a familiarizar-nos com o mundo exterior num ambiente protegido e ao som tranquilizados do pulsar do coração da
mãe. Este encontro entre dois seres simultaneamente tão
íntimos e ainda tão alheios um ao outro, é cheio de promessa, é a nossa primeira experiência de comunicação.
E é uma experiência que nos irmana a todos, pois cada
um de nós nasceu de uma mãe”. Para aprofundar o tema,
segue uma reflexão feita por Moisés Sbardelotto sobre a
mensagem do papa.
Na sua mensagem, Francisco deixa claro que a família
não é um “modelo abstrato”. Também não é “um problema ou uma instituição em crise”. O papa a vê como
uma “realidade concreta”. Há “beleza e riqueza” no
relacionamento “entre o homem e a mulher, entre pais
e filhos”. Mas também “limites”, como as “famílias com
filhos marcados por uma ou mais deficiências” – e podemos incluir ainda as famílias monoparentais, os casais
divorciados ou separados, as famílias divididas ou casais
homoafetivos. É também desafiador para a família: o
desemprego, as drogas, o alcoolismo, a criminalidade, a
exploração humana, a violência contra mulheres e crianças. Escutamos, como comunidade cristã, o que essas
realidades em torno da família estão nos comunicando?
Deixamo-nos tocar por elas?
Para o papa, a família não é “um terreno onde se combatem batalhas ideológicas “, “uma ideologia de alguém
contra o outro”, um estereótipo cultural único e uniformizados. “Não existe a família perfeita – esclarece Francisco
-, mas não é preciso ter medo da imperfeição, da fragilidade, nem mesmo dos conflitos; é preciso aprender a
enfrentá-los de forma construtiva”. De nada adianta, diz
o papa, lutar para “defender o passado”. É preciso trabalhar “com paciência e confiança, em todos os ambientes
que habitamos diariamente, para construir o futuro”. No
caminho sinodal, portanto, cada família é chamada a
contribuir na reflexão de toda a Igreja sobre a vocação e
a missão da família hoje.
Francisco desafia a família – e a Igreja, família de famílias
– a “comunicar de modo inclusivo”, a tornar nossas comunidades “mais acolhedoras para com todos, a não excluir
ninguém”. Ecoam aqui as palavras dos padres sinodais,
que, na Mensagem do Sínodo Extraordinário de outubro
passado, diziam: “Cristo quis que a sua Igreja fosse uma
casa com a porta sempre aberta na acolhida, sem excluir
ninguém”.
Diante de um contexto de individualismo, a família
também é um local de comunicação, pois é um ambiente
concreto de aprendizagem à comunicação, de relação e
de abertura. É uma boa-nova de que a sociedade é possível, construída por laços de amor e de gratuidade entre
esposos, entre pais e filhos, entre irmãos e irmãs.
“A família é o maior tesouro de
um país. Trabalhemos todos por
defender e revigorar esta pedra
angular da sociedade”.
(@Pontifex, 16/01/2015).
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Agenda Paroquial
JPII-ES
REVISTA
JUNHO 2015
Dia
Horário
Ação
Local
02 Ter
19h30
19h30
Missa na Com. Sagrada Família
Reunião Mensal do Segmento Litúrgico
Av. Guaianases
Centro Pastoral
03 Qua
19h30
Confecção dos Tapetes na Com. Santa Luzia (Paroquial)
Av. Guarani
04 Qui
08h
17h
CORPUS CHRISTI - Solenidade da Festa do Corpo e Sangue de Cristo
Missa na Matriz
Missa e Procissão na Com. Santa Luzia - ( Paroquial)
Castelândia
Praça da Av. Guarani
05 Sex
14h
19h30
Visita no Instituto Franciscano – Pastoral de Visitação Hospitalar
Missa do Sagrado Coração de Jesus na Com. Sagrado coração de Jesus
Nova Almeida
Rua Teresina
06 Sáb
10h
14h
Av. Guarani
Centro Pastoral
16h
19h
19h
Confissões para a 1ª Comunhão na Com. Santa Luzia
Reunião com os Coord. de Dízimo, Tesoureiros, Coord. de Conselho e Coord. de Liturgia
/ Treinamento da Campanha do Dízimo (Lanche Partilhado)
Matrimônio na Matriz
Matrimônio na Matriz - Pe. José Carlos
Missa na Com. N. Sra. de Fátima
07h30
08h
08h
9h30
12h
18h
19h
19h30
19h30
19h30
Missa na Matriz
Celebração da Palavra na Com. São Francisco das Chagas – José Reinaldo
Celebração da Palavra na Com. São Marcos – Sr. Elzenir – Dízimo Paroquial
Missa e 1ª Comunhão na Com. Santa Luzia
Almoço na Com. Imaculada Conceição
Missa na Com. Sant’Ana
Celebração da Palavra na Matriz
Missa na Com. N. Sra. de Lourdes
Celebração da Palavra na Com. Sagrado Coração de Jesus
Celebração da Palavra na Com. Santos Anjos – Sr. Elzenir
Castelândia
São Francisco
São Francisco
Av. Guarani
Lagoa
Manguinhos
Castelândia
Enseada
Rua Teresina
Portal de Jacaraípe
09 Ter
19h
19h30
Atendimento Paroquial e Confissões
1º dia do Tríduo – Missa na Com. Sagrado Coração de Jesus – Pe. José Morais
Centro Pastoral
Rua Teresina
10 Qua
19h30
19h30
19h30
Missa e Novena de N. Sra. Desatadora de Nós na Com. Santa Luzia
1º dia do Tríduo - Celebração da Palavra na Com. Santo Antônio
2º dia do Tríduo - Missa na Com. Sagrado Coração de Jesus - Pe. José
Av. Guarani
Bicanga
Rua Teresina
11 Qui
19h30
19h30
19h30
2º dia do Tríduo na Com. Santo Antônio
3º dia do Tríduo - Missa na Com. Sagrado Coração de Jesus – Pe. Kelder
Missa na Matriz
Bicanga
Rua Teresina
Castelândia
19h30
19h30
INAUGURAÇÃO DO PROPEDÊUTICO
Missa e Procissão do Padroeiro Sagrado Coração de Jesus - Pe. Renato Criste
3º dia do Tríduo - Celebração da Palavra na Com. Santo Antônio
Manguinhos
Rua Teresina
Bicanga
13 Sáb
10h
15h
19h
19h
19h
Confissões para a 1ª Comunhão na Com. São Francisco das Chagas
Confissões para a 1ª comunhão na Com. Sagrada Família
Missa e Procissão do Padroeiro Santo Antônio – Após quadrilhas, shows, barraquinhas
Festa Junina com quadrilhas, barraquinhas na Com. Sagrado Coração de Jesus
Festa Junina na Com. Santos Anjos
São Francisco
Av. Guaianases
Bicanga
Rua Teresina
Portal de Jacaraípe
14 Dom
07h30
08h
08h
09h30
09h30
18h
18h
19h
19h
19h30
19h30
Missa na Matriz
Celebração da Palavra na Com. Santa Luzia – Sr Elzenir – Dízimo Paroquial
Missa na Com. São Judas Tadeu – Pe. Jacó
Missa na Com. N. Sra. de Guadalupe – Pe. Jacó
Missa com 1ª Comunhão na Com. São Francisco das Chagas
Missa com 1ª Comunhão na Com. Sagrada Família
Celebração da Palavra na Com. Imaculada Conceição – José Reinaldo
Celebração da Palavra na Matriz
Celebração da Palavra na Com. São José – Sr Elzenir – Dízimo Paroquial
Missa na Com. São Francisco de Assis
Celebração da Palavra na Com. Sagrado Coração de Jesus
Castelândia
Av. Guarani
Costa Bela
Magistrado
Bairro São Francisco
Av. Guaianases
Lagoa
Castelândia
Capuba
Rua Caramuru
Rua Teresina
07 Dom
12 Sex
20
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Castelândia
Castelândia
Residencial
Dia
REVISTA
JUNHO 2015
Horário
Ação
Local
16 Ter
19h30
19h30
Missa na Com. Imaculada Conceição
Reunião para os Coord. de Batismo Infantil e Adulto
Lagoa
Centro Pastoral
17 Qua
19h30
Missa e Novena de N. Sra. Desatadora de Nós na Com. Santa Luzia
Av. Guarani
18 Qui
19h30
19h30
Missa na Matriz
Reunião Mensal da Pastoral Familiar
Castelândia
Centro pastoral
19 Sex
19h30
20h
Missa na Com. São José
Encontro de vida e Espiritualidade para Casais
Capuba
Centro de Pastoral
20 Sáb
10h
14h
15h30
18h
Confissões para a 1ª Comunhão na Com. Santo Agostinho
Reunião do Conselho Paroquial
III ENAC – ENCONTRO DE NAMORADOS COM CRISTO
Missa - Aniversário da Legião de Maria – Festa de Acies na Com. Santos Anjos
Costa Dourada
Centro Pastoral
A Definir
Portal de Jacaraípe
07h30
08h
08h
08h
09h30
18h
19h
19h30
19h30
Aniversário Natalício do Pe. Renato Criste
Missa na Matriz
Celebração da Palavra na Com. Santa Luzia - José Reinaldo
Celebração da Palavra na Com. Sant’Ana – Sr. Elzenir – Dízimo Paroquial
Cel. da Palavra e batizado de crianças na Com. Santos Anjos – Ministra Mª Conceição
Missa com 1ª Comunhão na Com. Santo Agostinho
Missa na Com. São Marcos
Celebração da Palavra na Matriz
Missa na Com. Sagrado Coração de Jesus
Celebração da Palavra na Com. São Francisco de Assis – Sr Elzenir – Dízimo Paroquial
Castelândia
Av. Guarani
Manguinhos
Portal de Jacaraípe
Costa Dourada
São Francisco
Castelândia
Rua Teresina
Rua Caramuru
23 Ter
19h30
Missa na Com. Sagrada Família
Av. Guaianases
24 Qua
08h às 17
19h30
Encontro geral dos Presbíteros
Missa e novena de N. Sra. Desatadora de Nós na Com. Santa Luzia
Ponta Formosa
Av. Guarani
25 Qui
08h às 17
19h30
Encontro geral dos Presbíteros
MISSA NA MATRIZ – ABERTURA DA FESTA DE SÃO PEDRO
Ponta Formosa
Castelândia
26 Sex
19h30
Missa na Matriz - Pe. José
Castelândia
27 Sáb
09h
19h
COPAV
Missa na Matriz
Mitra
Castelândia
21 Dom
SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO
28 Dom
29 Seg
30 Ter
16h
16h30
Procissão saindo da Praça Encontro das Águas até a Matriz
Missa na Matriz
Rua Teresina
Castelândia
09h30
Dia de São Pedro - Feriado Municipal
Missa na Praia (Vila dos Pescadores)
Praia
19h30
Missa na Com. Nossa Senhora Aparecida
Lagoa
JULHO
01
19h30
Missa e Novena de N. Sra. Desatadora de Nós na com. Santa Luzia
Av. Guarani
02
19h30
Missa pelas Famílias na Matriz, inicio com Oração do Terço
Castelândia
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21
JPII-ES
Agenda Paroquial
REVISTA
JPII-ES
O cristão católico tem o dever de defender a vida.
A REDUÇÃO DA
MAIORIDADE PENAL
D
iante do cenário de embates ideológicos e políticos
que o Brasil vem sofrendo nos últimos meses em
todas as esferas da sociedade, o Congresso Nacional
iniciou um processo de desarquivar vários projetos de lei polêmicos, colocando-os em votação. Dentre os projetos está o
de nº 171/1993, que busca reduzir a maioridade penal de 18
para 16 anos. Mas qual é a posição da Igreja sobre o assunto?
E o que se espera de todos os cristãos católicos diante desse
projeto?
A total oposição. O cristão católico tem o dever moral diante
de Deus e da sociedade de defender a vida e a integridade da pessoa humana em qualquer esfera e em qualquer
momento. A Gaudium et Spes (Alegrias e Esperanças) é uma
Constituição Pastoral do Concílio Vaticano II, escrita em 1965,
22
que trata sobre a Igreja no Mundo de Hoje. Ela nos mostra os
traços do “rosto de uma Igreja” (CDSI, n. 96) que se apresenta
“verdadeiramente solidária com o gênero humano e com a
sua história” (GS, n. 1 e cf. CDSI, n. 96), que caminha lado a
lado com a humanidade, experimentando a mesma sorte
terrena (CDSI, n. 96). O texto afirma categoricamente que a
Igreja veio “continuar, sob a direção do Espírito Paráclito, a
obra de Cristo, que veio ao mundo para dar testemunho da
verdade, não para julgar, mas para salvar, não para ser servido, mas para servir” (GS, n. 3).
A CNBB, por defender o princípio cristão-evangélico e os
direitos dos prediletos de Deus e excluídos da sociedade, vem
sofrendo duras críticas por parte da sociedade brasileira desinformada e promotora do ódio. Mas ainda assim a entidade
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REVISTA
ATUALIDADES//
A dignidade da pessoa humana radica na sua criação à imagem e semelhança de
Deus [...] (Os filhos de Deus) evitam o pecado e, se o cometeram, entregam-se como
o filho pródigo à misericórdia do Pai dos céus. Atingem, assim, a perfeição da caridade. (Catecismo da Igreja Católica nº 1700)
se mantém firme ao pontuar que “não se pode arguir como
proposta para a diminuição da crescente violência no país à
redução da maioridade penal, como se esta fosse uma fórmula
mágica para resolver o problema da violência que tanto
atormenta a população brasileira”. E ainda complementa: “a criminalidade e a violência na qual estão inseridos adolescentes e
jovens são frutos de um modelo neoliberal de produção e consumo que opera na manutenção das injustiças socioeconômicas, e devem urgentemente ser transformadas, especialmente
a partir da construção de políticas que garantam direitos
básicos à juventude e adolescentes, como o direito à educação
e saúde de qualidade, moradia digna e trabalho decente”.
Olhando para a Igreja a nível mundial, o papa Francisco tem
demonstrado, através de suas palavras, gestos e documentos,
que a Igreja não pode se calar diante das injustiças, a fim de
superá-las e não agravá-las mais.
Como nos diz Dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB:
“Os adolescentes, em sua grande maioria foram descartados
socialmente, e com a diminuição da maioridade penal, serão
descartados em sua totalidade. Não desejamos o descarte,
mas a inserção social. Há exemplos de recuperação dos jovens
quando se investe no cumprimento efetivo do Estatuto da
Criança e Adolescente. Não se pode condenar nossa juventude, sem antes dar oportunidades de crescimento e vida plena”.
Como disse nosso arcebispo Dom Luiz na missa de encerramento da Festa da Penha deste ano: “Redução da maioridade
penal é uma forma de vingança social, pois a prisão não educa
e, com ela, não se alcança a paz. A paz é fruto da solidariedade”.
Desta forma, a Igreja Católica, samaritana e a serviço da vida,
bem como todo e qualquer batizado fiel a Jesus Cristo, não
pode defender um projeto de morte contra crianças, adolescentes e jovens empobrecidos das periferias de nossas
grandes cidades. Usemos da sabedoria diante das dificuldades, tensões e violência, fazendo acontecer em nossas vidas,
famílias e comunidades o Ano da Paz. Somos da Paz. Saiamos
ao encontro das pessoas e estendamos a mão, não as descartemos.
- VICTOR GUASTI
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23
REVISTA
JPII-ES
VIAGEM AO
MUNDO DE PAULO:
HEBREUS
B
em-vindos à última estação de
nossa viagem ao mundo de
Paulo: aqui descemos em Roma,
a cidade das sete colinas, já sem a
companhia de Paulo, que partiu para
a verdadeira vida, aquela que tanto
pregara em suas andanças pelo velho
mundo.
Sem Paulo, estamos confrontados com
a mais controversa das epístolas paulinas: a Carta de Paulo aos Hebreus não
é uma carta, nem foi escrita por Paulo,
nem destinada aos Hebreus. Parece
soar muito estranho, mas é de fácil
explicação: nem toda carta paulina foi
necessariamente escrita pelo Apóstolo,
de próprio punho. Muitas carregam
aquilo que o apóstolo pregou por sua
vida de evangelização, assim como
muitos outros documentos da Sagrada
Escritura precisam de muito estudo
para uma breve compreensão.
Coliseu em Roma, Itália.
24
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Não se trata de uma carta, pois diferente de todas as demais, a forma de
escrita (que não se parece nem um
pouco com aquelas que se têm certeza
de que Paulo escrevera) está mais para
um sermão a ser lido. Também não há
referência direta para quem é escrita,
mas é denominada aos Hebreus em
razão do discurso ter como objetivo
tocar o coração dos judeus que se
converteram ao cristianismo e vivem
saudosistas às velhas práticas.
Apesar de parecer controverso, em seu
teor o documento traz profundas reflexões, responsáveis pela independência
do Cristianismo pelo Judaísmo: Jesus
Cristo é o Sumo Sacerdote, superior
aos anjos, a Moisés e Melquisedeque.
Pelo seu sacrifício definitivo, Cristo se
torna o mediador da nova e eterna
aliança formada por Deus e os homens
através de seu sangue, o que torna os
cultos antigos obsoletos. O documento
também carrega em seu teor de forma
muito importante o perdão como
caminho às promessas de Cristo.
As verdades apresentadas, inspiradas
muitas vezes nos escritos de Paulo que
vimos ao decorrer de nossa viagem,
também revelam a importância do
apóstolo e suas atitudes para a Igreja
tal qual conhecemos hoje. Não conservamos as práticas de circuncisão,
restrições alimentares e o abandono
aos requerimentos de purificação da
Torá (livro sagrado Judaico), que fez de
Paulo um escândalo aos judeus conservadores da época, mas compreendidas no documento aos Hebreus que
vemos, ajudaram na firmação da Igreja
fundada por Cristo.
Este mês encerramos nossa viagem
ao mundo de Paulo de uma forma
oportuna: justamente no mês em que
a Santa Igreja dedica a partida dos
apóstolos Pedro e Paulo para a morada
eterna, dia 29. Pedro foi morto segundo as tradições por sacrifício de cruz,
como Jesus Cristo, mas de cabeça para
baixo por sentir-se indigno de repetir a
postura de Nosso Senhor. Paulo, tendo
sido preso muitas vezes como vimos
em nossas viagens, chega a Roma
sentenciado como traidor de César, e
por ter cidadania romana pede que
seja levado ao tribunal, onde é julgado
e morto por decapitação, durante o
governo de Nero, aquele que pusera
fogo em Roma.
Paulo não se torna o Bispo de Roma
apesar de ter “combatido o bom combate, encerrado sua carreira, guardado
a fé” na cidade, por não ter sido ele
quem levou o cristianismo à capital do
velho mundo, mas Pedro. Por isso todo
Papa é considerado sucessor de Pedro,
o primeiro Bispo de Roma. O que de
forma alguma ofusca a importância
de Paulo na edificação da Igreja, mas
se coloca ao lado de Pedro como pilar
que sustenta a Igreja fundamentada
na Pedra Angular que é Jesus Cristo, e
transforma Roma a sede da Igreja da
qual fazemos parte.
JPII-ES
Hebreus na verdade é o primeiro fruto
perene do serviço evangelizador de
Paulo, por isso é considerada uma carta
paulina sem mesmo ter sido escrita
por ele. Orígenes, filósofo e teólogo
do século III disse a máxima “só Deus
sabe ao certo quem a escrevera”, mas
admite-se a origem em um companheiro próximo, aqui especula-se até
Tito ou Timóteo, mas apenas para título
de comparação.
REVISTA
VIAGEM AO MUNDO PAULO//
Aquele que nascera Saulo e fora adotado por Cristo como Paulo, de pequeno
se fez grande, de judeu fez-se cristão,
de perseguidor fez-se apóstolo, e de inteligente fez-se sábio ao compreender
com todas suas forças o amor de Jesus
e propagá-lo num brado que ecoa até
os nossos dias, em nossas distantes
terras: para isso tornou-se imortal, seja
pelas palavras contidas nas sagradas
escrituras ou pela vida em glória que
alcançou junto a Jesus Cristo. Seja feito
em nossos corações um espelho de
Paulo, de sua coragem e ousadia, para
que nossos passos nesta breve vida nos
aproximem de Cristo, para que assim
como Pedro e Paulo, possamos gozar
da verdadeira vida ao fim desta nossa
peregrinação terrena, no glorioso banquete da alegria eterna junto à Nosso
Senhor Jesus Cristo e todos os santos.
- VICTÓRIO GASPARINI
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25
REVISTA
JPII-ES
FESTA DE SÃO PEDRO:
CELEBRAÇÃO
DA FAMÍLIA!
O
mês de junho chega trazendo um clima que propicia a união da família,
amigos e a renovação da fé das pessoas naquilo que é bom e bonito. Isso
porque neste mês já temos no ar as bandeirolas coloridas das festas juninas
que invadem as nossas comunidades, as brincadeiras que encantam a criançada e
os passos da quadrilha ditam o ritmo da festividade. E não dá para pensar em festa
junina sem lembrar-se de várias barraquinhas com guloseimas típicas da época,
muitas bandeirinhas e animação.
E está chegando a festa mais esperada de Nossa Paróquia, a do Nosso querido
Padroeiro São Pedro, que esse ano de 2015 está trazendo uma novidade: a volta da
tradicional Subida do Navio. A tradição religiosa é uma das formas que escolhemos
para nos ligar com Deus. Estamos felizes disse um nativo: “Nós vimos nossos pais e
avós participando fervorosamente dessa festa e não ter a Subida do Navio é acabar
com uma tradição não só do congo, mas de toda uma devoção. Aprendemos a
amar São Pedro, vendo as pessoas puxando a corda do Navio, em oração, pedindo
ou agradecendo ao Santo Pescador, por uma intercessão de uma graça concedida”.
Fazer a Subida do Navio acontecer não é só divertimento. É trazer de volta toda
uma tradição que é a história dos nossos antepassados.
VOCÊ SABIA?
De acordo com os historiadores, essa festividade foi criada
pelos pescadores que viviam na localidade onde a Igreja está
inserida. Um pequeno grupo, com o intuito de prestar homenagem a São Pedro, construiu um navio de madeira a partir de um
carro de boi doado por um fazendeiro, pintaram-no, e todos os
anos, no dia 29 de junho, os devotos de São Pedro saíam pelas
ruas puxando o navio por uma grande corda, muitos trazendo
velas acesas iam agradecendo e fazendo seus pedidos ao Santo
Padroeiro. É um ato de devoção e muita piedade.
Essa tradição permaneceu por mais de 100 anos e o Navio de
São Pedro “O Palermo”, foi muito bem cuidado durante décadas
pela família de Dona Maria Amâncio, hoje falecida. Por muitos
motivos, durante dois anos a Subida do Navio deixou de acontecer. Precisou que isso acontecesse para que repensássemos em
uma melhor maneira de reestruturar a Subida do Navio. Todo
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recomeço é muito difícil. Mas com muitas reuniões, orações e
muita devoção a São Pedro, nós conseguimos. Estamos engatinhando... Estamos aprendendo em equipe que o diálogo, a
partilha de novas ideias, o respeito mútuo e a vontade de ver
novamente o Mastro de São Pedro fincado no pátio da Igreja
são muito maiores que qualquer desavença. É isso que está nos
movendo... E cada dia que passa um passo é dado, pois caminhar é preciso.
Uma réplica do Navio Palermo está sendo construída pelo grupo da Comissão da Subida do Navio com o apoio da comunidade, do padre Renato Criste e da Associação de Congo da Serra.
A Fincada do Mastro vai acontecer novamente esse ano de forma organizada, com muita animação e oração. E contamos com
a sua presença para ver que algo novo está sendo preparado
para abrilhantar ainda mais a nossa festa.
www.saopedrojacaraipe.com.br
Os quatro grandes
momentos:
Cortada do mastro- É realizado dez dias antes da
Festa conforme as tradições do Ciclo Folclórico, quando
é escolhido um tronco da madeira guanandi, típica de
brejos, para simbolizar o mastro do Navio Palermo;
Cortejo do navio: A Puxada do Mastro consiste numa
grande procissão com o navio e um tronco de madeira.
O navio é puxado pela multidão por meio de uma corda.
Sendo levado pela avenida principal de Jacaraípe. Esse
ano todo o trajeto será acompanhado por várias bandas
de congo e pela banda de música Estrela dos Artistas.
Fincada do Mastro: Ao final da Puxada, o tronco enfeitado com a bandeira do santo é fincado em frente à Igreja
Matriz de São Pedro acompanhada de várias bandas de
congo.
Derrubada do Mastro: É a quarta e última fase do
Ciclo Folclórico dos Festejos de São Pedro. O Mastro que
foi fincado na festa do padroeiro permanece ao lado da
Igreja até a Derrubada, que é feita no segundo domingo
de agosto, quando é retirado e carregado nos ombros,
acompanhado de bandas de Congo, até ser guardado.
A partir deste ano de 2015, o Navio e o Mastro ficarão
guardados em um salão ao lado da Igreja de São Pedro.
Cada festa é uma oportunidade de revitalizar as matrizes
religiosas e culturais do município de Serra, de modo especial para a população do litoral, identificada com o mar
e a pesca. Essa é a razão de desde muito tempo, festejar
São Pedro como nosso patrono, apóstolo cuja profissão
era a de pescador. Há entre nós a constante preocupação
de não perdermos a raiz religiosa da nossa festa. A Igreja
é uma instituição organizada, aberta ao diálogo. Realizar
eventos de forma conjunta, como o da festa do nosso querido Padroeiro São Pedro, com direito às tradicional Subida
do Navio é zelar para a manutenção da religiosidade de
um povo e suas festividades.
JPII-ES
REVISTA
Programação:
A Festa de São Pedro faz parte do ciclo folclórico e religioso
do Município de Serra e terá a participação das bandas de
congo Nossa Senhora da Conceição e Beira Mar de Jacaraípe, Jovens de Manguinhos, Cultura Congo de Bicanga, São
Benedito e Nossa Senhora do Rosário de Pitanga, Banda de
Congo São Benedito e São Sebastião de Nova Almeida e da
participação especial da Banda de Música Estrela dos Artistas.
Terá também barraquinhas com comidas típicas, Shows, quadrilha, Descida do Navio, Procissão, Missas e Subida do Navio.
Tríduo de preparação:
25/06 QUINTA-FEIRA
19h30 - Missa na Matriz, envio de todos
os barraqueiros e Comissão da Festa de Rua,
com a bênção do novo Navio de São Pedro.
26/06 SEXTA-FEIRA
19h30 - Missa na Matriz, logo após
abertura da Festa com o Show
da Banda Católica Água Viva,
barraquinhas com comidas típicas.
22h - Show Popular
27/06 SÁBADO
19h - A Santa Missa e logo
após barraquinhas e shows.
28/06 DOMINGO
16h- Procissão de São Pedro,
com saída da Praça Encontro
das Águas, seguida de missa.
18h – Concentração das Bandas
de Congo para a Subida do Navio;
19h – Quadrilha
20h- Apresentação Musical
21h – Chegada do navio e Fincada do
Mastro com Show Pirotécnico.
22h – Apresentação musical.
29/06 SEGUNDA-FEIRA
09h- Missa na Praia dedicada
a todos os pescadores.
Venha e traga toda a sua família!
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“FESTA DE
SÃO PEDRO 2015,
A FESTA
DA FAMÍLIA
DE JACARAÍPE”.
- MAURA CONCEIÇÃO
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