DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E AIDS

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DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E AIDS
DOENÇAS SEXUALMENTE
TRANSMISSÍVEIS E AIDS
• As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)
estão entre os problemas de saúde pública mais
comuns no Brasil e em todo o mundo, sendo
atualmente consideradas o principal fator
facilitador da transmissão sexual do HIV.
• Algumas DST quando não diagnosticadas e
tratadas a tempo, podem evoluir para
complicações graves e até mesmo para o óbito.
PROGRAMAS E POLÍTICAS
1983 = Programa de Assistência Integral à
Saúde da Mulher (PAISM)/ direito da mulher
exercer sua sexualidade e vida reprodutiva por
ser próprio controle
1985/1987 = Programa Nacional de Doenças
Sexualmente Transmissíveis e aids, hoje
Coordenação Nacional de DST e Aids( CNDST/AIDS / como resposta ao impacto da
epidemia no país, diretamente ligado ao exercício
da sexualidade da população
1988 = Programa de Saúde do Adolescente
(PROSAD)
PROGRAMAS E POLÍTICAS
• Maior parte das mulheres atingidas fx etária
entre 15 à 49 anos = são sexualmente ativas e em
idade reprodutiva...
ESTRATÉGIAS!!!
Aconselhamento(individual e coletivo):
Serviços de planejamento familiar
Pré-natal
Ginecológico
Centros de testagem
Maternidades
PROGRAMAS E POLÍTICAS
• A Organização Mundial de Saúde estima que ocorram,
no mundo, cerca de 340 milhões de casos de DST por
ano. Nessa estimativa não estão incluídos a herpes
genital e o HPV.
•
Em números, no Brasil, as estimativas de infecções de
transmissão sexual na população sexualmente ativa são:
•
•
•
•
•
Sífilis: 937.000
Gonorréia: 1.541.800
Clamídia: 1.967.200
Herpes genital: 640.900
HPV: 685.400
Fonte: PN-DST/AIDS, 2003
OBJETIVOS
• Reconhecer a importância dos serviços de Atenção Básica na
prevenção, diagnóstico e assistência ao HIV, hepatites e
outras DST.
• 2. Conhecer os fluxogramas de organização dos serviços
para diagnóstico e assistência ao HIV, hepatites e outras
DST.
• 3. Elencar as atribuições da equipe de Atenção Básica no
atendimento ao HIV, hepatites e outras DST.
• 4. Conhecer estratégias que possibilitem o desenvolvimento
das ações de promoção à saúde, prevenção, diagnóstico e
assistência a portadores de HIV, hepatites e outras DST.
• 5. Conhecer a importância da Vigilância Epidemiológica, os
princípios e ações a serem desenvolvidas no nível local.
DOENÇAS SEXUALMENTE
TRANSMISSÍVEIS
• As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são
causadas por vários tipos de agentes.
• São transmitidas, principalmente, por contato
sexual sem o uso consistente da camisinha, seja
feminina/ masculina, com uma pessoa que esteja
infectada e, geralmente, se manifestam por meio
de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.
• Algumas DST são de fácil tratamento e rápida
resolução. Outras têm tratamento mais difícil ou
podem persistir ativas, apesar da sensação de
melhora.
DOENÇAS SEXUALMENTE
TRANSMISSÍVEIS
• Mulheres, em especial, devem ser bastante
atenciosas, já que, em diversos casos de DST,
não é fácil distinguir os sintomas das reações
orgânicas comuns de seu organismo. Isso exige
da mulher consultas periódicas ao profissional
médico.
• Algumas DST, quando não diagnosticadas e
tratadas a tempo, podem evoluir para
complicações graves e até a morte.
DST - GONORRÉIA
• AGENTES ETIOLÓGICOS
▫ Neisseria gonorrhoeae
• PERÍODO DE INCUBAÇÃO
▫ 2 a 7 dias
• Na mulher, > 70% dos casos assintomática;
• Maior proporção em homens.
DST - GONORRÉIA
• Quadro clínico: no homem, sensação de prurido
que se estende por toda uretra acompanhado de
disúria, corrimento. Pode haver febre.
• Na mulher, em casos raros, evolui para cervicite
(doença inflamatória pélvica);
• Modo de transmissão: contato sexual. Chance de
transmissão de 50% por ato.
DST - GONORRÉIA
• Complicações: prostatite, estenose uretral,
artrite, faringite, pielonefrite, septicemia, etc.
• Diagnóstico: clínico e laboratorial (método de
cultivo);
• Tratamento: Ciprifloxacina 500 mg dose única;
• Trabalhar com aconselhamento e promoção do
uso de preservativos
DST - SÍFILIS
Causa: Treponema pallidum
Lesões em pele e mucosas
Pode comprometer sistema cardiovascular
e nervoso
Evolução crônica com períodos de
latência.
Período de incubação pode variar de 10 a
90 dias.
No local da inoculação surge o cancro duro
DST - SÍFILIS
• Diagnóstico: clínico e laboratorial (identificação
do T. pallidum);
• Tratamento: Penicilina G benztina
• Cancro duro = lesão primária
• Úlcera única, circular, oval, indolor de bordos
endurecidos
• Localizações mais freqüentes= colo uterino,
pequenos e grandes lábios, períneo
• Acompanhado por adenopatia regional
• Desaparece depois de 10 à 30 dias, mesmo sem
tratamento
DST - SÍFILIS
SIFILIS / Secundária
4 – 8 semanas após
Lesões cutâneo-mucosas
Máculas rosadas de limites
imprecisos
Evoluem para palmas mãos,
planta pés, pregas mamárias...
Acompanhadas de dores
articulares
DST - SÍFILIS
Forma LATENTE = não são observados sinais e
sintomas clínicos, diagnóstico é obtido apenas
através de sorologia (VDRL)
Recente = com até 1 ano de duração
Tardia/ Terciária = 2 meses até 30 anos, ocorre
em pacientes que receberam terapêutica inadequada
ou que não foram tratados. Manifestações: cutâneas,
ósseas, neurológicas, cardiovasculares.
DST - SÍFILIS
• TRANSMISSÃO:
• Via sexual (sífilis adquirida)
• Verticalmente (sífilis congênita)
▫ transplacentária
• Contato com as lesões contagiantes (cancro duro e lesões
secundárias) pelos órgãos genitais.
▫ responsável por 95% dos casos de sífilis.
• via indireta (objetos contaminados, tatuagem) e por
transfusão sangüínea.
▫ mais raras
DST - SÍFILIS
• Congênita: transmitida ao bebê
durante a gravidez, pode morrer
(aborto ou parto prematuro) ou nascer
com defeitos físicos.
DST - CANDIDÍASE VULVOVAGINAL
• Proliferação de fungos no ambiente vaginal por
diminuição da defesa, maior quantidade por
relação sexual: Candida albicans
• Sintoma mais freqüente = prurido genital,
acompanhado por corrimento esbranquiçado.
• Pode estar
dispareunia
acompanhado
de
disúria
• Sintomas exacerbam no período pré menstrual
e
DST - CANDIDÍASE VULVOVAGINAL
• Ao exame ginecológico:
Hiperemia
Edema
Fissuras nos genitais
externos
DST – PAPILOMA VÍRUS HUMANO HPV
Condiloma acuminado, crista de galo, verruga
venérea
Infecção inicia com a penetração do vírus em
locais com micro traumas
Infecção permanece latente durante períodos e
tempo variáveis
No homem = glande, região perineal e sulco
prepucial
Na mulher= vulva, períneo, região perianal,
vagina e colo uterino.
DST – PAPILOMA VÍRUS HUMANO HPV
DST – PAPILOMA VÍRUS HUMANO HPV
Diagnóstico
Ex clínico+anatomopatológico
Colposcópia / biópsia
Captura hibrida
Parceiros sexuais devem ser examinados e
tratados
DST – HIV/AIDS
• A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é
causada pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).
• O HIV ataca e destrói os glóbulos brancos do sangue,
causando um defeito no sistema imunológico do corpo.
• O sistema imunológico de uma pessoa infectada pelo
HIV torna-se tão enfraquecido que ela não pode
proteger-se de infecções sérias. Quando isto acontece, do
ponto de vista clínico esta pessoa contraiu a AIDS.
• A AIDS pode manifestar-se tão precocemente quanto em
2 anos ou tão tardiamente quanto em 10 anos depois da
infecção pelo HIV.
DST – HIV/AIDS
• Relação sexual entre:
▫ heterossexuais
▫ Homossexuais (masculinos) – não há casos
documentados de transmissão sexual entre mulheres
• Exposição acidental a sangue ou a
objetos/procedimentos relacionados com sangue (p.
ex., transfusões de sangue, agulhas compartilhadas,
instrumentos contaminados)
• Transmissão mãe-criança durante:
▫ gravidez
▫ parto
▫ aleitamento
DST – HIV/AIDS
Fatores de risco sociais
▫ Analfabetismo
▫ Desconhecimento de medidas preventivas
Fatores de risco biológicos
▫ Mulheres tem risco duas vezes maior de contrair
HIV de homens
▫ Fisiologia feminina (p. ex., menstruação, coito)
▫ Condições relacionadas à gravidez (p. ex., anemia,
hemorragia) aumentam a necessidade de
transfusão de sangue
DST – HIV/AIDS
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Grupo 1: Infecção aguda 0-3 semanas
Janela imunológica: soroconversão 3-12 semanas
Grupo 2: Infecção assintomática 0-10 anos
Grupo 3: Linfadenopatia generalizada persistente
Grupo 4: Outras doenças relacionadas ao HIV
▫
▫
▫
▫
▫
Doenças constitucionais
Distúrbios neurológicos
Infecções oportunistas
Neoplasias secundárias
Outras condições
DST – HIV/AIDS
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Sinais e sintomas:
Febre de origem desconhecida
Nódulos linfáticos aumentados
Erupção cutânea e tosse
Diarréia persistente
Grande perda de peso
Lesões cutâneas
Perda do apetite e fadiga
ESF X DSTs
• As ações da Atenção Básica devem incluir:
• a) Atividades educativas para promoção à saúde e
prevenção.
• b) Aconselhamento para os testes diagnósticos e
para adesão à terapia instituída e às
recomendações da assistência.
• c) Diagnóstico precoce das DST, infecção pelo
HIV, hepatites.
• d) Tratamento adequado da grande maioria das
DST.
• d) Tratamento adequado da grande maioria
das DST.
• e) Encaminhamento dos casos que não
competem a esse nível de atenção, realizando
acompanhamento conjunto.
• f) Prevenção da sífilis congênita e da
transmissão vertical do HIV.
• g) Manejo adequado dos indivíduos em uso
indevido de drogas.
DSTs
HIV
DIRETRIZES
• Contribuir para a superação do preconceito e
discriminação que envolvem as questões
relacionadas à sexualidade, ao uso de drogas etc.
• 2. Promover a inserção social das pessoas
vivendo com HIV/aids.
• 3. Aumentar a conscientização da população
com relação à promoção, prevenção, diagnóstico
e assistência a esses agravos.
DIRETRIZES
• 4. Garantir acesso e atendimento às populações
mais vulneráveis para essas infecções.
• 5. Atuar de forma integrada com os profissionais
dos serviços especializados no tratamento de
pessoas com esses agravos.
• 6. Identificar e desenvolver ações em parceria
com os serviços existentes na comunidade
(Casas de Apoio, Casas de Passagem etc.).
AÇÕES DE PREVENÇÃO NA ATENÇÃO
BÁSICA
• Respeito à diversidade de orientação sexual e estilos
de vida.
• Diálogo objetivo sobre sexualidade e uso de drogas.
• Concepção sobre redução de danos na
abordagem/atendimento aos usuários de drogas.
• Consideração à singularidade de cada usuário.
• Articulação com a sociedade civil organizada.
• Acolhimento e estímulo à testagem para o HIV.
• Atitudes de solidariedade e antidiscriminatórias e
garantia dos direitos individuais e sociais das pessoas
vivendo com HIV/aids.
RISCO X VULNERABILIDADE
• RISCO - exposição de indivíduos ou grupo de
pessoas a situações que os tornam suscetíveis às
infecções e ao adoecimento.
• VULNERABILIDADE - É o conjunto de fatores
de natureza biológica, epidemiológica, social,
cultural, econômica e política cuja interação
amplia ou reduz o risco ou a proteção de um
grupo populacional, diante de uma determinada
doença, condição ou dano.

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