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ESTE MANUAL OFERECE À POPULAÇÃO ORIENTAÇÕES
PARA A CONSTRUÇÃO DO CAPTADOR DE ÁGUA DA
CHUVA, DE MANEIRA SEGURA, BARATA E DE FÁCIL
MANUTENÇÃO.
O CAPTADOR APRESENTADO NESTE MANUAL FOI
ELABORADO COM A PREOCUPAÇÃO E CUIDADOS
REFERENTES A VEDAÇÃO CONTRA POSSÍVEIS FOCOS
DO MOSQUITO DA DENGUE POR EXEMPLO, SENDO
ASSIM, SEGURO E CONFIÁVEL.
SOBRE A SEIVA JR.........................................................4
INTRODUÇÃO................................................................5
DIMENSIONAMENTO DE UM CAPTADOR......................10
CALHAS E CONDUTORES............................................11
RESERVATÓRIOS OU CISTERNAS................................12
MONTAGEM PASSO A PASSO.......................................15
FILTRO DE PARTÍCULAS SÓLIDAS E DESCARTE DO
FIRST FLUSH (PRIMEIRA ÁGUA DA CHUVA)..................20
RESERVATÓRIO DE PASSAGEM...................................31
FILTRO FÍSICO-QUÍMICO..............................................34
RESERVATÓRIO PRINCIPAL.........................................38
ÍNDICE
SOBRE A SEIVA JR.
CONSULTORIA UNIVERSITÁRIA SEM
FINS LUCRATIVOS. POSSUI COMO
ALICERCE
A
INOVAÇÃO,
A
INTERDISCIPLINARIDADE
E
A
HORIZONTALIDADE
ORGANIZACIONAL.
O OBJETIVO PRINCIPAL DA SEIVA É
GARANTIR AOS MEMBROS QUE
COMPÕEM-NA
O
ACESSO
A
GRANDES
OPORTUNIDADES DE
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL POR
MEIO DA VIVÊNCIA EMPRESARIAL E
DO
INCENTIVO
AO
EMPREENDEDORISMO
E
PRÓATIVIDADE.
Consultoria
VISÃO
A Seiva acredita na sustentabilidade como
modo de desenvolvimento, pois enxerga nesta
o desafio da implementação de soluções que
respondam as questões econômicas, sociais e
ambientais de maneira mais igualitária nos
setores públicos e privados.
Projetos
MISSÃO
Garantir o debate sobre sustentabilidade no
meio científico, assim como a difusão de ideias
e ações que possam ser aplicadas numa gama
de setores externos à Universidade.
Disseminação de
Conhecimento
Científico
4
INTRODUÇÃO
No ano de 2011 a ONG SOS MATA ATLÂNTICA realizou um
estudo que analisou 69 rios e lagos, chegando a conclusão de
que todos eles – sem exceção – estavam poluídos. A pesquisa
foi feita em 70 cidades de 15 estados brasileiros mais o distrito
federal. O estudo revelou também que 4% dos rios se
encontram em péssima condição, ruim em 28% e regulares
nos outros 68%, em nenhum deles o nível de qualidade da
água foi satisfatório. A poluição dos rios é gerada
principalmente pela falta de investimento na coleta e/ou
disposição inadequada de resíduos sólidos ou ainda da
ausência de saneamento ambiental integrado.
Fonte: Google Imagens
5
INTRODUÇÃO
Esses fatores aumentam a necessidade de procurar novas alternativas
tecnológicas a fim de diminuir desperdício e distribuição da água, como
o reuso, uma alternativa sustentável e eficiente, o reuso é uma
extensão da aplicabilidade da água já utilizada, seja para agricultura,
paisagismo, indústria ou até mesmo para fins domésticos, sem
mencionar o custo benefício positivo que ele pode trazer a todos que
incorporem-no.
Fonte: Google Imagens
6
INTRODUÇÃO
Essa técnica, com grande potencial de difusão no brasil, abrange desde um simples enxágue do quintal com a água já
utilizada pela máquina de lavar roupas, até mesmo em processos industriais e rurais – focando principalmente a minimização
de custos e diminuição drástica do desperdício, vale enfatizar que para cada caso é necessário um determinado nível de
tratamento mínimo da água de reuso, sendo assim, os processos de segurança a serem adotados estão listados em suma
na nbr-13.969/97 (norma da associação brasileira de normas técnicas).
Já em 2005, a revista ambiente brasil listou algumas aplicações da reciclagem de água. dentre os quais, destacam-se:
Irrigação paisagística: como parques, cemitérios, campos de golfe e campus universitários;
Irrigação de campos para cultivos: plantio de forrageiras, plantas fibrosas e de grãos e algumas plantas alimentícias;
Usos industriais: água de processamento, de utilização em caldeiras e refrigeração de máquinas;
Uso urbanos não-potáveis: combate ao fogo, descarga de vasos sanitários, sistema de ar-condicionado, lavagem de veículos
e de ruas;
7
INTRODUÇÃO
E foi pensando nos benefícios dele que a SEIVA - CONSULTORIA JR. EM
SUSTENTABILIDADE, por meio do projeto captação, decidiu elaborar um captador de água da
chuva de baixo custo e, principalmente, de fácil manutenção, para que qualquer pessoa
interessada em aplicar um sistema de reuso de água de chuva possa fazê-lo sem grandes
dificuldades. Foi um trabalho que envolveu longo processo de pesquisa, contando com a ajuda
de especialistas da área de hidráulica, saneamento ambiental, biologia e ciências
atmosféricas.
O projeto CAPTAÇÃO foi exposto durante a II SEMANA DAS ENGENHARIAS DA UFABC, no
ano de 2014, evento que tem como o principal objetivo integrar profissionais e alunos das
diferentes áreas do conhecimento da Universidade, permitindo a disseminação do
conhecimento técnico-científico, discutindo assuntos atuais de interesse empresarial, social e
acadêmico.
8
INTRODUÇÃO
Por fim, a má aplicação de sistema de reuso de águas de chuva pode resultar em risco a saúde –
como a proliferação dos casos de dengue – e em danos ambientais. Por isso a importância do
cuidado com o armazenamento de água.
Por outro lado, o que não podemos deixar continuar a acontecer é o desperdício de
água que pode e deve ser utilizada em diversos outros processos não sendo perdida
pelo ralo.
9
DIMENSIONAMENTO
A viabilidade econômica e qualitativa de um sistema de captação de água da
chuva também vai depender muito da forma de captação e armazenamento da
precipitação.
Segundo Tomaz (2005) apud Almeida (2010) et al., a área de captação, calhas
e condutores, by pass (ou first flush, conforme telles, 2013), filtro e reservatório
são os principais componentes de um sistema de captação.
Fonte: Seiva Jr,
10
DIMENSIONAMENTO
CALHAS E CONDUTORES
Geralmente de PVC ou material metálico, tem a função de recolher a água de
chuva, e sejam eles verticais ou horizontais e a NBR 10844/89 cita uma série de
pontos que devem ser levados em consideração, tendo como base uma
residência comum brasileira, um condutores de 100 mm já são suficientes para
atender a vazão de pico.
• Também poderão ser instalados telas ou grades visando a remoção de
materiais grosseiros, caso seja conveniente;
• É aconselhável que os telhados para coleta d'água sejam de um material com
menor absorção de água, com uma determinada inclinação para facilitar o
escoamento da água.
11
Fonte: Google Imagens
DIMENSIONAMENTO
RESERVATÓRIOS E CISTERNAS
A água coletada deverá ser destinada a um reservatório ou cisterna, que
segundo Telles, 2013 podem ser do tipo: concreto, alvenaria, armada, materiais
plásticos como polietileno, PVC, fibra de vidro, e aço inox. Podem ser
enterrados, semienterrados, apoiados sobre o solo ou elevados. De acordo com
Annecchini (2005), os reservatórios superficiais são ideais para a lavagem de
áreas impermeáveis e jardins, pois não necessitam de um bombeamento.
Porém, indiferente do tipo de reservatório, é importante que esteja sempre
vedados a luz solar para impedir o crescimento de algas.
12
Fonte: Google Imagens
DIMENSIONAMENTO
RESERVATÓRIOS E CISTERNAS
Os reservatórios ou cisternas devem ser planejados como se fossem armazenar água potável, tomando os devidos
cuidados para não contaminar a água coletada, o mesmo também deve impedir a conexão cruzada. Vale ressaltar que
apenas água potável deve entrar no sistema de água não potável e não o contrário. Existe a necessidade de haver uma
outra fonte de abastecimento para evitar “falhas” em períodos de estiagem. É importante dizer que o volume do
reservatório deve ser dimensionado com base em critérios técnicos e econômicos, levando em consideração que o
reservatório é a parte mais onerosa do sistema, aumentando o seu preço proporcionalmente ao seu tamanho.
Por fim, os reservatórios ou cisternas devem ser limpos e desinfetados com solução de derivado clorado ao menos uma
vez por ano, de acordo com a NBR 5626/98, a limpeza anual também é recomendada para ser retirado o lodo
depositado no fundo.
13
DIMENSIONAMENTO
PARA O DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO PRINCIPAL O MÉTODO INDICADO É O
CHAMADO “MÉTODO PRÁTICO AZEVEDO NETO”, ONDE:
TOME NOTA
V = [(P/2)/12] X A X T
SENDO:
V = VOLUME DE ÁGUA APROVEITÁVEL E O VOLUME DO RESERVATÓRIO, EM LITROS;
P = PRECIPITAÇÃO MÉDIA ANUAL EM MILÍMETROS;
PARA O RESERVATÓRIO DE
PASSAGEM, RECOMENDAMOS A
METADE DO VOLUME DO
RESERVATÓRIO PRINCIPAL.
A = ÁREA DE COLETA, EM METROS QUADRADOS;
T = NÚMERO DE MESES DE POUCA CHUVA OU SECA. (ADOTE 6 MESES)
Segundo o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo, a precipitação
média anual em milímetros durante a última década, foi de entorno 1540 mm.
14
MONTAGEM PASSO A PASSO
AGORA VAMOS ENTRAR EM DETALHES ACERCA DOS MATERIAIS
UTILIZADOS
NO
CAPTADOR,
LEMBRANDO
QUE
O
DIMENSIONAMENTO DOS MATERIAIS LISTADOS A SEGUIR
FORAM PENSADOS PARA CONSTRUIR UM CAPTADOR DE ÁGUA
DA CHUVA PARA FINS DIDÁTICOS, PORÉM, O PROCEDIMENTO
PARA CAPTADORES COM DIMENSÕES EM ESCALAS DIFERENTES
É O MESMO. O NOSSO PROTÓTIPO, POSSUI A CAPACIDADE DE
RESERVAR 100 LITROS DE ÁGUA, NO TOTAL.
Fonte: Seiva Jr.
15
MONTAGEM PASSO A PASSO
USOS NÃO POTÁVEIS
USOS POTÁVEIS
MESMO COM A PRESENÇA DOS
FILTROS, A ÁGUA CAPTADA NÃO É
POTÁVEL, OU SEJA, NÃO PODE SER USADA
PARA BEBER, PARA COZINHAR OU LAVAR
ROUPA.
16
MONTAGEM PASSO A PASSO
USOS POSSÍVEIS
PARA FINS NÃO POTÁVEIS
Lavagem de
carros
Limpeza de pisos
17
Descargas em bacias sanitárias
Fonte: ITP. MANUAL, 2015
Rega de jardins e
plantações
MONTAGEM PASSO A PASSO
MATERIAIS
2,00 metros de cano pvc (50 mm de diâmetro);
0,50 metros de cano pvc (100 mm de diâmetro);
1,50 metros de cano pvc (2,5 mm de diâmetro);
0,50 metros de tela mosqueteiro;
3 caps (100 mm de diâmetro);
1 redutor excêntrico (50 - 100mm de diâmetro);
1 serra de cano;
5 adaptadores rosqueáveis (flanges) com anel
para caixa d’água (para cano 2,5mm de
diâmetro);
1 bombona 40 litros;
Fonte: Google Imagens
18
MONTAGEM PASSO A PASSO
MATERIAIS
1 bombona 60 litros
Cola para tubo;
Massa epoxi;
2 joelhos 90º;
Te simples (50 mm de diâmetro)
Tela de 0,2 mm (tela de mosqueteiro)
2 Lixas grossas
Luva 50 mm
Carvão ativado
Areia fina
2 Tampos para cano 100 mm
Fonte: Google Imagens
19
MONTAGEM PASSO A PASSO
FILTRO DE PARTÍCULAS SÓLIDAS E DESCARTE DO FIRST FLUSH
O filtro de água da chuva auto-limpante é instalado na tubulação de descida de água da calha do telhado, feito com
tubo de PVC de 50mm.
Um ponto importante a ser fixado é que esse filtro é o primeiro componente de um sistema completo de
aproveitamento da água de chuva. Após esse filtro, é necessário ter um separador para descarte das primeiras
águas de chuva e de chuvas fracas, para posteriormente enviar a água que ultrapassa o nível mínimo e se encaminha
para a cisterna. Ele vai filtrar as sujeiras mais grossas como folhas de árvores, pequenos insetos, penas de
pássaros, fezes de animais, etc.
20
MONTAGEM PASSO A PASSO
FILTRO DE PARTÍCULAS SÓLIDAS E DESCARTE DO FIRST FLUSH
A montagem desse Filtro, é feita com dois pedaços de tubo de PVC, um
encaixado dentro do outro, com uma tela mosqueteiro entre os dois tubos,
inclinada (cerca de 45º) e uma abertura (lateral) para o descarte das
sujeiras. Esse filtro foi elaborado pela equipe do Site Sempre Sustentável,
que tem como objetivo criar, pesquisar, desenvolver e disseminar projetos de
baixo custo, de fins sustentável.
Fonte: Sempre Sustentável
Agora, veja a ilustração a seguir (foto nº 1), lembrando que o
dimensionamento do tubo da ilustração, e as medidas de diâmetro dos
canos vai variar de acordo com a escala do captador desejado.
Foto n° 1: Filtro auto-limpante para água de chuva
21
MONTAGEM PASSO A PASSO
FILTRO DE PARTÍCULAS SÓLIDAS E DESCARTE DO FIRST FLUSH
ETAPA 1
Fonte: Sempre Sustentável
Vamos preparar a peça inferior do filtro, para tal, é
preciso cortar 20 cm do cano de PVC de 50 mm de
diâmetro, feito isso, faça as marcações contidas na
imagem a seguir para facilitar o corte do tubo.
Foto nº 2: Representação dos cortes a serem feitos
22
MONTAGEM PASSO A PASSO
FILTRO DE PARTÍCULAS SÓLIDAS E DESCARTE DO FIRST FLUSH
ETAPA 2
Depois de cortar parta do cano na transversal, corte um pedaço da tela
mosqueteiro de tamanho suficiente para tampar a parte inclinada do cano e cole a
tela utilizando a cola para tubo, conforme a imagem a seguir.
Vamos então para a parte superior do
filtro, primeiramente, corte 20 cm do cano
de 50 mm de diâmetro utilizando o calor
da boca do fogão.
Primeiro, introduza um rolinho de pano no
cano que sobrou do corte anterior.
Foto nº 4 - Rolo de pano no interior do cano
23
Fonte: Seiva Jr.
Fonte: Sempre Sustentável
ETAPA 3
Foto nº 3: Colagem da tela de mosqueteiro
MONTAGEM PASSO A PASSO
FILTRO DE PARTÍCULAS SÓLIDAS E DESCARTE DO FIRST FLUSH
ETAPA 4
Posteriormente, cubra a ponta desse cano com dois sacos plásticos. Depois
pegue o pedaço de 20 cm, lixe as bordas, faça um risco ao redor e distante
10cm de uma das pontas.
Depois aqueça a ponta desse tubo sempre girando e distante +/- 12 a 15cm
do fogo da boca de um fogão.
Obs.: NUNCA deixe o PVC encostar no fogo.
Obs.: fazer isso batendo na ponta oposta a que foi amolecida e depois girando o tubo
para deixá-lo mais uniforme (mais reto).
24
Fonte: Seiva Jr.
Quando sentir que o cano está ficando mole (para saber, aperte
rapidamente com um dedo a ponta do tubo), tente encaixar por cima do
tubo coberto com plástico para moldar uma bolsa na ponta desse tubo,
assim como mostrado na Foto nº5 .
Foto nº 5 - Cano moldado
MONTAGEM PASSO A PASSO
FILTRO DE PARTÍCULAS SÓLIDAS E DESCARTE DO FIRST FLUSH
ETAPA 5
Depois faça um risco em volta e distante 4,5cm da outra ponta desse tubo
com a bolsa, e seguindo os mesmos procedimentos anteriores faça uma
bolsa de 4,5cm de profundidade.
Por fim, esse tubo terá duas bolsas, uma com 4,5cm e outra com 10cm de
profundidade.
Fonte: Seiva Jr.
Foto nº 6 - Cano já moldado em suas duas extremidades
25
MONTAGEM PASSO A PASSO
FILTRO DE PARTÍCULAS SÓLIDAS E DESCARTE DO FIRST FLUSH
ETAPA 6
Agora para fazer a boca do descarte de sujeiras grossas na peça superior
do filtro, primeiro risque um triângulo conforme indicações a seguir do lado
da bolsa de 10cm:
•
•
•
26
Fonte: Seiva Jr.
•
primeiro risque um traço na vertical;
depois faça um pequeno risco (horizontal) nesse traço distante da base 2cm;
depois faça um risco (horizontal) um pouco mais largo e 2,5cm acima do pequeno
risco;
depois faça dois pequenos riscos (verticais) sobre esse último risco, com 2,5cm
para cada lado, ficando com um total de 5cm de largura;
agora una os três pontos formados pelos cruzamentos dos pequenos riscos, para
riscar o triângulo.
com uma faca quente, fure o triangula riscado, conforme a foto nº 7.
Posteriormente, alargue a ponta inferior com uma lixa grossa (foto nº 8).
Foto nº 7 - Cano já
moldado em suas duas
extremidades
Fonte: Sempre Sustentável
•
•
•
Foto nº 8 - Corte, para saída
de folhas e partículas
sólidas, já alargado
MONTAGEM PASSO A PASSO
FILTRO DE PARTÍCULAS SÓLIDAS E DESCARTE DO FIRST FLUSH
ETAPA 7
Fonte: Sempre Sustentável
Agora vamos fazer o bocal, para isso vamos usar
uma pequena parte do cano com cerca de 2,5 cm
resultante do corte na transversal. O primeiro passo
é riscar uma linha reta no ponto onde a peça começa
a ficar mais estreita, e depois riscar uma linha para
fechar um triângulo. Depois serrar nessa última linha
riscada formando uma ponta parecida com a ponta
de uma flecha. Depois com uma lixa grossa
arredonde essa ponta. Por último, procure moldar
com a lixa grossa a parte de baixo dessa peça (bico)
até que encaixe razoavelmente bem na boca. Veja
detalhes nas fotos ao lado.
Foto nº 9 - Bocal
27
MONTAGEM PASSO A PASSO
FILTRO DE PARTÍCULAS SÓLIDAS E DESCARTE DO FIRST FLUSH
ETAPA 8
Depois, cole o bico na abertura feita anteriormente,
espere secar e reforce com massa epoxi e depois
de fazer a lombada interna, que será explicada a
seguir, encaixe a parte inferior.
28
Fonte: Seiva Jr.
Fonte: Seiva Jr.
Foto nº 10 - Bocal já encaixado no
cano
foto nº 11 - Vista da abertura
do cano e a tela de proteção
MONTAGEM PASSO A PASSO
FILTRO DE PARTÍCULAS SÓLIDAS E DESCARTE DO FIRST FLUSH
ETAPA 9
O próximo passo é fazer a Lombada Interna, que empurra a água de
chuva forte para o centro da tela mosqueteiro.
Para a construção dessa lombada, primeiro pegue o pequeno triângulo
que sobrou do corte da boca, e com uma lixa grossa faça ficar em formato
de meia-lua. Depois coloque-o dentro do cano superior de 50 mm +/1,5cm acima da abertura da boca.
Fonte: Seiva Jr.
Depois que deixar a pequena peça bem moldada, cole-a com cola de
PVC; reforce bem essa colagem. Após a cola secar, preencha o vão
debaixo da pequena peça com Massa epoxi. Veja detalhes na foto a
seguir.
Foto nº 12 - Lombada para desvio da água
29
MONTAGEM PASSO A PASSO
FILTRO DE PARTÍCULAS SÓLIDAS E DESCARTE DO FIRST FLUSH
ETAPA 10
Uma vez terminado o filtro, vamos ao separador das primeiras
chuvas:
II.
Corte 15 cm do cano de PVC de 50 mm, repita o procedimento
de esquentar o cano, cole e encaixe-o na saída lateral do T;
III. Na parte debaixo do T, encaixe o redutor excêntrico e
posteriormente corte 20 cm do cano de 100 mm, cole e
encaixe-o no redutor excêntrico.
IV. Na parte inferior do cano de 100 mm encaixe um Cap.
30
Foto nº 13 - Separador do
First Flush
Fonte: Seiva Jr.
Lixe a parte inferior do primeiro filtro, e cole o T.
Fonte: Seiva Jr.
I.
Foto nº 14 - Filtro e
sistema de descarte do
First Flush
MONTAGEM PASSO A PASSO
RESERVATÓRIO DE PASSAGEM
Materiais utilizados nessa etapa:
Galão de 30L com tampa;
Tela de 0,2 mm;
Serra de Corte;
Luva 50 mm;
10 cm de tubo PVC (25 mm);
Massa Epoxi;
Cola para Tubos.
31
MONTAGEM PASSO A PASSO
RESERVATÓRIO DE PASSAGEM
ETAPA 1
Fure com uma Serra de Corte, de 50 mm, a lateral superior do galão, de
modo que o furo possibilite o encaixe do filtro de partículas sólidas e
descarte do First Flush (já mostrado acima), e na base de dentro do Galão,
coloque a Luva de 50 mm para impedir que o filtro se solte, como
apresentado na foto 15.
Fonte: Seiva Jr.
Com o PVC 25 mm, e com uma cola para tubos, cole a tela em uma de
suas extremidades.
Foto n° 15
32
MONTAGEM PASSO A PASSO
RESERVATÓRIO DE PASSAGEM
ETAPA 2
Fonte: Seiva Jr.
No lado oposto e na mesma altura do filtro de partículas sólidas, fure o
galão novamente e encaixe o cano de PVC de 25 mm. Com a Massa
Epoxi, prenda o Cano de PVC de 25 mm certificando que a extremidade
que contém a tela mosqueteiro esta para o lado interior do galão. Assim
como mostrado na figura XX. Isso é importante para que seja criado uma
saída de água para evitar que água que entrou no Reservatório de
Passagem não volte pela encanação. Essa saída é chamada de
vertedouro, popularmente conhecida como “ladrão”.
Foto n° 16 - Vertedouro
33
MONTAGEM PASSO A PASSO
FILTRO FÍSICO-QUÍMICO
É importante salientar a necessidade de implantação de um sistema de
filtragem mecânica nos dutos que antecedem a entrada dos reservatórios.
Além disso, a aplicação/confecção de um “filtro secundário” composto por
areia e carvão se apresenta como uma possibilidade acessível e eficiente
para qualidade da água. Vale lembrar que este sistema de filtragem pode
sofrer adaptações de acordo com o destino do volume de água em
questão. O modelo com dois reservatórios interligados apresenta grande
viabilidade por conta do aumento da capacidade reservar a água, da
facilidade de manutenção do sistema de filtragem e dos outros
componentes do captador.
34
Materiais utilizados para a
montagem deste compartimento:
30 cm de tubo de PVC (100 mm);
2 tampas para tubo de PVC (100 mm);
40 cm de tubo de PVC (25 mm);
2 joelhos de PVC (25 mm);
4 Flanges para tubo (25 mm);
Carvão ativado;
Areia fina;
Tela de 0,2 mm;
Serra de corte;
Cola para tubos;
Lixa;
MONTAGEM PASSO A PASSO
FILTRO FÍSICO-QUÍMICO
.
1 - Fure as tampas de PVC de maneira centralizada a uma medida de
aproximadamente 25 mm ou até que os flanges se encaixem;
2 - Encaixe em cada tampa um flange;
3 – Cole e fixe a tela no flange na parte interna da tampa de maneira que cubra a
passagem de água;
4 - Encaixe uma das tampas no tubo de PVC;
5 - Preencha aproximadamente 1/4 do tubo com carvão ativado e em torno de
3/4 do volume total com areia fina, de modo que não encoste na parte interna do
flange;
Foto nº 17 – Modelo de Filtro Físico-Químico
35
MONTAGEM PASSO A PASSO
FILTRO FÍSICO-QUÍMICO
6 - Corte com o auxílio da serra o tubo de PVC (25 mm) em três partes, uma de 4
cm, uma de 7 cm e uma de 15 cm;
7 - Lixe as extremidades de cada parte do tubo;
8 - Encaixe o cada joelho um tubo de (15 cm e 7 cm) e na outra extremidade um
tubo de 4 cm;
9 - Encaixe os tubos de 4 cm nos flanges acoplados a tampa;
10 - Encaixe a cada tubos (15 cm e 7 cm) um flange;
11 - Fixe as partes de conexões com a cola para tubos;
12 - Por fim, fixe o flange no Reservatório de Passagem e no Reservatório Principal;
36
Foto nº 17 – Modelo de Filtro Físico-Químico
MONTAGEM PASSO A PASSO
FILTRO FÍSICO-QUÍMICO
Foto nº 19 - Detalhes do Filtro Físico-Químico
37
Fonte: Seiva Jr.
Fonte: Seiva Jr.
Fonte: Seiva Jr.
Foto nº 18 - Detalhes do Filtro FísícoQuímico
Foto nº 20 - Filtro Físico-Químico
MONTAGEM PASSO A PASSO
RESERVATÓRIO PRINCIPAL
Para fixar o filtro físico-químico no reservatório é preciso furá-lo no
mesmo nível pelo qual o cano do filtro está. Utilize uma furadeira ou
faca com a ponta esquentada no fogão para furar o reservatório
principal e encaixe o cano que vem do filtro. Rosqueie os flanges
ilustrados na foto anterior ao reservatório principal, resultando na
montagem da foto nº 21.
Fonte: Seiva Jr.
Por fim, faça um furo de forma centralizada na parte lateral inferior
do reservatório e encaixe a torneira num flange (Foto nº 22).
Foto nº 21 - Captador
38
Foto nº 22 - Torneira do
Reservatório Principal
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Universidade Federal do ABC e ao Depósito de Materiais
de Construção, Foquito, por todo o apoio e auxilio prestados e por
acreditarem no potencial deste projeto.
Agradecemos também todos os membros da Seiva que contribuíram com
a realização deste trabalho, de maneira direta ou indireta.
Apoio:
39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANNECCHINI, K. Aproveitamento da Água da Chuva para fins não potáveis na cidade de Vitória (ES). 2005. 147 f. Tese para obtenção do grau de Mestre em Engenharia
Ambiental – Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória – ES, 2005.
CAMILA, A. et al Aproveitamento de água de chuva para fins não potáveis em áreas urbanas. 2010. 61 f. Trabalho de Conclusão de Curso em Engenharia Civil –
Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo - SP, 2010.
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http://www.pliniotomaz.com.br/downloads/17elisabete.pdf acessado em 21/02/2015 às 21:53 J.
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LIMA, F. Aproveitamento de água pluviais para fins não potáveis – Conjunto Kosmos – Curitiba-PR .2011. 37 f. Monografia para obtenção parcial de MBA em Gestão
Ambiental – Universidade Federal do Paraná, Curitiba - PR, 2011.
40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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sanitária e ambiental vol. 8 - Nº 4 - out/dez 2003, 257-267
SEMPRE SUSTENTÁVEL, Projeto Experimental do Filtro de Água de Chuva de baixo custo: Modelo auto-limpante, Manual de Construção e Instalação.Versão 1.2 (dez
2014)
Disponível em: http://www.sempresustentavel.com.br/hidrica/minicisterna/filtro-de-agua-de-chuva.htm. Acessado em: 14/03/2015
TELLES, D. Ciclo Ambiental da água: da chuva à gestão. Blucher, São Paulo – SP, 2013.
TOMAZ, P. Aproveitamento de Água de Chuva. 2ª ed. Navegar Editora, São Paulo – SP, 2005.
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W. N. SCHIRMER, H. M. LISBOA; Química da atmosfera: Constituintes naturais, poluentes e suas reações; Universidade Estadual do Centro-oeste, Departamento de
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Waldir Nagel Schirmer, Henrique de Melo Lisboa; QUÍMICA DA ATMOSFERA: CONSTITUINTES NATURAIS, POLUENTES E SUAS REAÇÕES.
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