Fauno - Companhia Nacional de Bailado

Transcrição

Fauno - Companhia Nacional de Bailado
COMPANHIA
NACIONAL
DE BAILADO
—
2015/2016
AGRADECIMENTO À FUNDAÇÃO EDP
À noite
com a iluminação pública
as sombras dos choupos
nas cortinas das janelas
da minha sala
¯¯¯ Adília Lopes,
¯¯¯ in Apanhar ar, 2010.
¯¯¯ Dobra – Poesia Reunida 1983-2014
A FUNDAÇÃO EDP
É MECENAS PRINCIPAL DA COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO
E MECENAS EXCLUSIVO DA DIGRESSÃO NACIONAL
CNB
2015/2016
¯¯¯ Luísa Taveira,
¯¯¯ Diretora Artística
¯¯¯ maio 2015
¯
A poesia de Adília Lopes apanha-nos desprevenidos.
A nossa reação, como se fosse uma coreografia espontânea,
entreabre-nos os lábios, descai-nos o queixo, arregala-nos os olhos
e crispa-nos o corpo, deixando-o em irremediável alerta total.
É essa estupefação, por mais fugaz e imprevisível que seja, que
qualquer artista ambiciona provocar no seu leitor, no seu ouvinte,
no seu público. É, igualmente, pela promessa da sua existência que
um bailarino está disposto a trabalhar o corpo até conseguir, talvez,
virá-lo do avesso.
Os poemas de Adília foram uma verdadeira inspiração para
o programa que agora apresentamos. Tal como ela, quisemos
desfraldar uma bandeira à vida de todos os dias, às nossas rotinas
próprias da Dança que serão, porventura, tão obsessivas quanto
a sua obra. Escrever/ um poema/ lutar com o Anjo¹.
Longe do nonsense – classificação que tantas vezes lhe vimos
aplicada – é pelo contrário na clareza dos seus significados que
olhamos, descaradamente, para a fragilidade da natureza humana,
mas também para o que ela tem de corajoso. Adília não escreve
com formalismos poéticos previsíveis mas, com desconcertante
sabedoria, inventa associações, descreve trivialidades, relata
sentimentos que, afinal, não são o que parecem e que, por isso
mesmo, acabam por sê-lo outra vez. A poesia de Adília Lopes parece
embalar-nos num vaivém para depois, com grande estrondo, nos
deixar cair. Para nos fazer entender.
É através da leveza da sua ironia, por vezes trágica, irreverente mas
sempre lúcida, que ela nos transforma o “Paraíso num Inferno”² .
Para nos obrigar a sentir.
Falar sobre dança ou poesia, neste caso é indiferente: o abraço
é muito parecido.
Queremos convidá-lo a conhecer a nossa programação e, depois,
ficamos à sua espera.
A Fiama escreveu Setembros, título que eu
acho muito bonito. Um mês no plural para título de livro de poesia só funciona com Setembro. Janeiros, Fevereiros, Marços, Abris, Maios,
Junhos, Julhos, Agostos, Outubros, Novembros,
Dezembros não funciona. Não sou capaz de explicar porquê. Mas é assim.
13/4/14
¯¯¯ Adília Lopes,
¯¯¯ in Manhã, 2015.
¹ Adília Lopes, in Versos verdes, 1999. Dobra – Poesia Reunida 1983-2014
² Adília Lopes, in Irmã barata, irmã batata, 2000. Dobra – Poesia Reunida 1983-2014
01
COMPANHIA
NACIONAL
DE BAILADO
—
2015/2016
SETEMBRO 2015
QUA 23
14H – 17H
QUI 24
14H – 17H
SEX 25
14H – 17H
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Pedro e Inês
Sede CNB
NOVEMBRO 2015
DOM 08
21H
ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO Morceau de Bravoure
Sede CNB
QUI 12
21H
MORCEAU DE BRAVOURE
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Pedro e Inês
SEX 13
21H
MORCEAU DE BRAVOURE
19H
A POESIA DE CADA DIA NOS DAI HOJE
21H
MORCEAU DE BRAVOURE
Sede CNB
OUTUBRO 2015
QUA 07
21H
ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO Pedro e Inês
QUI 08
21H
PEDRO E INÊS
SAB 10
DOM 11
QUA 14
QUI 15
21H
PEDRO E INÊS
19H
A POESIA DE CADA DIA NOS DAI HOJE
21H
PEDRO E INÊS
11H – 13H
16H
11H – 13H
15H
16H – 18H
MORCEAU DE BRAVOURE Espetáculo para Escolas
HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO II – ENSAIO
PEDRO E INÊS
SAB 21
21H
MORCEAU DE BRAVOURE
DE QUE É QUE TENS MEDO?
PEDRO E INÊS Espetáculo para Escolas
HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO I – ENSAIO
21H
PEDRO E INÊS
21H
16H – 18H
DE QUE É QUE TENS MEDO?
MORCEAU DE BRAVOURE
SAB 17
QUI 22
15H
HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO I – SESSÃO TEÓRICA 1
PEDRO E INÊS
14H – 17H
11H – 13H
MORCEAU DE BRAVOURE
MORCEAU DE BRAVOURE
21H
QUA 21
QUI 19
16H
HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO II – SESSÃO TEÓRICA 2
21H
SEX 16
16H
QUA 18
11H – 13H
21H
PEDRO E INÊS
11H – 13H
DOM 15
SEX 20
21H
DOM 18
HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO II – SESSÃO TEÓRICA 1
QUA 11
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Pedro e Inês
SAB 14
SEX 09
11H – 13H
DOM 22
11H – 13H
16H
QUA 25
14H – 170
QUI 26
14H – 17H
SEX 27
14H – 17H
DOM 29
11H – 13H
HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO I – SESSÃO TEÓRICA 2
PEDRO E INÊS
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Morceau de Bravoure
MORCEAU DE BRAVOURE
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA A Bela Adormecida
Teatro Nacional de São Carlos
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA A Bela Adormecida
Teatro Nacional de São Carlos
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA A Bela Adormecida
Teatro Nacional de São Carlos
HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO II – SESSÃO TEÓRICA 4
DEZEMBRO 2015
HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO I – ESPETÁCULO
PEDRO E INÊS
HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO II – SESSÃO TEÓRICA 3
QUA 02
21H
ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO A Bela Adormecida
Teatro Nacional de São Carlos
QUI 03
21H
A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos
SEX 04
21H
SEX 23
21H
PEDRO E INÊS
SAB 24
21H
PEDRO E INÊS
TER 27
14H – 17H
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Morceau de Bravoure
QUA 28
14H – 17H
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Morceau de Bravoure
A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Lídia
A POESIA DE CADA DIA NOS DAI HOJE
Teatro Viriato, Viseu
SEX 30
21H30
Teatro Viriato, Viseu
21H30
SAB 05
LÍDIA Teatro Viriato, Viseu
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Lídia
SAB 31
HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO II – ESPETÁCULO
LÍDIA Teatro Viriato, Viseu
19H
Teatro Nacional de São Carlos
Teatro Nacional de São Carlos
21H
A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos
DOM 06
16H
A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos
QUA 09
15H
A BELA ADORMECIDA Espetáculo para Escolas
Teatro Nacional de São Carlos
QUI 10
21H
A BELA ADORMECIDA Espetáculo EDP
Teatro Nacional de São Carlos
SEX 11
21H
A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos
SAB 12
21H
A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos
DOM 13
16H
A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos
QUA 16
15H
A BELA ADORMECIDA Espetáculo para Escolas
Teatro Nacional de São Carlos
QUI 17
21H
A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos
SEX 18
21H
A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos
SAB 19
21H
A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos
DOM 20
16H
A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos
TER 29
21H30
PEDRO E INÊS Teatro Municipal Joaquim Benite, Almada
QUA 30
21H30
PEDRO E INÊS Teatro Municipal Joaquim Benite, Almada
03
JANEIRO 2016
MARÇO 2016
QUI 14
21H
PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO
QUA 16
19H30
ORFEU E EURÍDICE Staatstheater Darmstadt
SEX 15
21H
PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO
QUI 17
19H30
ORFEU E EURÍDICE Staatstheater Darmstadt
19H
A POESIA DE CADA DIA NOS DAI HOJE
DOM 20
20H
21H
PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO
QUA 23
19H30
ORFEU E EURÍDICE Theater der Bundesstadt, Bonn
HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO III – SESSÃO TEÓRICA 1
QUI 24
19H30
ORFEU E EURÍDICE Theater der Bundesstadt, Bonn
SAB 16
DOM 17
TER 19
QUA 20
11H – 13H
16H
16H – 18H
14H – 17H
15H
QUI 21
14H – 17H
21H
SEX 22
SAB 23
DOM 24
14H – 17H
PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO
HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO III – ENSAIO
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Programa Reportório
SAB 02
16H – 19H
TARDE, ADÍLIA LOPES
DOM 03
11H – 13H
HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO IV – SESSÃO TEÓRICA 1
DOM 10
11H – 13H
HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO IV – SESSÃO TEÓRICA 2
Sede CNB
TER 12
14H – 17H
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Romeu e Julieta
PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO
QUA 13
16H – 18H
HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO IV – ENSAIO
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Programa Reportório
QUI 14
14H – 17H
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Romeu e Julieta
Sede CNB
SEX 15
14H – 17H
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Romeu e Julieta
DOM 17
11H – 13H
HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO IV – SESSÃO TEÓRICA 3
QUI 28
21H
ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO Romeu e Julieta
SEX 29
21H
ROMEU E JULIETA Dia Mundial da Dança
19H
A POESIA DE CADA DIA NOS DAI HOJE
21H
ROMEU E JULIETA
Sede CNB
PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO Espetáculo para Escolas
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Programa Reportório
PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO
21H
PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO
16H
HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO III – SESSÃO TEÓRICA 2
PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Programa Reportório
QUI 28
ABRIL 2016
Sede CNB
21H
11H – 13H
ORFEU E EURÍDICE Forum am Schlosspark Ludwigsburg
SAB 30
Teatro Municipal do Porto, Rivoli
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Programa Reportório
SAB 30
21H30
PROGRAMA REPORTÓRIO Teatro Municipal do Porto, Rivoli
21H30
PROGRAMA REPORTÓRIO Teatro Municipal do Porto, Rivoli
11H – 13H
DOM 31
17H
PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO
21H
ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO Programa Reportório
SEX 05
21H
PROGRAMA REPORTÓRIO
SAB 06
21H
PROGRAMA REPORTÓRIO
SEX 12
SAB 13
QUI 18
16H
21H
19H
11H – 13H
15H
HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO III – SESSÃO TEÓRICA 4
PROGRAMA REPORTÓRIO
HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO III – ESPETÁCULO
PROGRAMA REPORTÓRIO
A POESIA DE CADA DIA NOS DAI HOJE
21H
PROGRAMA REPORTÓRIO
11H – 13H
DE QUE É QUE TENS MEDO?
15H
PROGRAMA REPORTÓRIO Espetáculo para Escolas
SEX 19
21H
PROGRAMA REPORTÓRIO
SAB 20
21H
PROGRAMA REPORTÓRIO
DE QUE É QUE TENS MEDO?
ROMEU E JULIETA Espetáculo para Escolas
HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO IV – ESPETÁCULO
SEX 06
21H
SAB 07
21H
ROMEU E JULIETA
DOM 08
16H
ROMEU E JULIETA
SEX 13
21H
ROMEU E JULIETA
19H
A POESIA DE CADA DIA NOS DAI HOJE
Teatro Municipal do Porto, Rivoli
QUI 04
11H – 13H
QUI 05
HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO III – SESSÃO TEÓRICA 3
FEVEREIRO 2016
DOM 07
MAIO 2016
Teatro Municipal do Porto, Rivoli
SEX 29
SAB 14
ROMEU E JULIETA
21H
ROMEU E JULIETA
DOM 15
16H
ROMEU E JULIETA
QUA 18
14H – 17H
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Carnaval
QUI 19
14H – 17H
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Carnaval
SEX 20
14H – 17H
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Carnaval
JUNHO 2016
QUA 15
21H
ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO Carnaval
QUI 16
21H
CARNAVAL
SEX 17
21H
CARNAVAL
19H
A POESIA DE CADA DIA NOS DAI HOJE
SAB 18
21H
CARNAVAL
DOM 19
16H
CARNAVAL
QUA 22
15H
CARNAVAL Espetáculo para Escolas
QUI 23
21H
CARNAVAL
SEX 24
21H
CARNAVAL
SAB 25
21H
CARNAVAL
DOM 26
16H
CARNAVAL
JULHO 2016
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Carnaval
Teatro Municipal do Porto, Rivoli
SEX 01
21H30
21H
CARNAVAL Teatro Municipal do Porto, Rivoli
ESCOLA DE DANÇA DO CONSERVATÓRIO NACIONAL
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Carnaval
Teatro Municipal do Porto, Rivoli
SAB 02
21H30
CARNAVAL Teatro Municipal do Porto, Rivoli
16H/21H
ESCOLA DE DANÇA DO CONSERVATÓRIO NACIONAL
DOM 03
16H
ESCOLA DE DANÇA DO CONSERVATÓRIO NACIONAL
QUI 14
21H
SEX 15
21H
ROMEU E JULIETA Festival Shakespeare
Teatro Nacional D.Maria II
SAB 16
21H
ROMEU E JULIETA Festival Shakespeare
Teatro Nacional D.Maria II
DOM 17
16H
ROMEU E JULIETA Festival Shakespeare
Teatro Nacional D.Maria II
QUA 20
21H
ROMEU E JULIETA Festival Shakespeare
Teatro Nacional D.Maria II
QUI 21
21H
ROMEU E JULIETA Festival Shakespeare
Teatro Nacional D.Maria II
SEX 22
21H
ROMEU E JULIETA Festival Shakespeare
Teatro Nacional D.Maria II
SAB 23
21H
ROMEU E JULIETA Festival Shakespeare
Teatro Nacional D.Maria II
QUI 28
22H
SEX 29
22H
SAB 30
22H
ROMEU E JULIETA Festival Shakespeare
Teatro Nacional D.Maria II
FESTIVAL AO LARGO
Largo do Teatro Nacional de São Carlos
FESTIVAL AO LARGO
Largo do Teatro Nacional de São Carlos
FESTIVAL AO LARGO
Largo do Teatro Nacional de São Carlos
05
8 OUT — 24 OUT
29 DEZ — 30 DEZ
PEDRO
E INÊS
OLGA RORIZ
TEATRO CAMÕES,
LISBOA
OUTUBRO
dias 8, 9, 10, 15, 16,
17, 22, 23 e 24 às 21h
dias 11 e 18 às 16h
ESCOLAS
14 de outubro às 15h
ENSAIO GERAL
SOLIDÁRIO
7 de outubro às 21h
PROJETOS DE
APROXIMAÇÃO
À DANÇA (PAD)
23, 24 e 25 de setembro
das 14h às 17h
(Sede CNB)
TEATRO MUNICIPAL
JOAQUIM BENITE,
ALMADA
DEZEMBRO
dias 29 e 30 às 21h30
Tenho um bibelot que é uma senhora de loiça,
de vestido comprido armado cor-de-rosa, a pegar nas pontas dos dedos nas saias do vestido
para começar a dansar, para cumprimentar, mesuras antigas. É uma caixa, abre-se pela cintura e
encaixa. A cabeça da senhora partiu-se. Não
quero colar. Meti a cabeça na caixa. Agora a senhora tem a cabeça dentro da barriga.
10/8/14
¯¯¯ Adília Lopes,
Objectos, in Manhã, 2015.
Olga Roriz
coreografia, dramaturgia
e seleção musical
João Mendes Ribeiro
cenografia
Mariana Sá Nogueira
figurinos
Cristina Piedade
desenho de luz
Artistas da Companhia
Nacional de Bailado
interpretação
seleção musical
LTJ Buken, Journey
Inwards, “Point of View”;
Arvo Pärt, Tabula Rasa,
“Cantata in Memory of
Benjamin Britten”;
Kronos Quartet e Istvan
Marta, Black Angels,
“Doom. A Sigh”;
Blixa Bargeld,
Commissioned Music,
“Blackout Music”;
Philip Glass, The Secret
Agent, “Secret Agent”
e “Roast Beef”;
John Zorn, Naked City,
“The noose” e “Gob of Spit”;
John Zorn, Film Works
VIII, “Sangre” e “Engano”;
Einstürzende Neubauten
Arvo Pärt, Tabula Rasa
(excertos)
Estreia absoluta
O bailado Pedro e Inês, de Olga Roriz, foi estreado pela Companhia há 12 anos. Depois de várias tentativas
coreográficas protagonizadas por Almada Negreiros, António Ferro/Francis Graça e Os Bailados Verde Gaio e pela
própria CNB, no seu segundo ano de existência, o tema é recorrente mas sobretudo apetecível, pois junta à fórmula
amorosa shakespereana, já por si vencedora, todo uma exaltação do dever em defesa da pátria que, aliás, calçou como
uma luva nalgumas ideologias.
Sem esquecermos a importante dimensão poética que, ao longo dos tempos, se lhe foi acrescentando, diríamos que
este é um guião perfeito. Mas uma boa história nem sempre se concretiza favoravelmente como, de facto, aconteceu
com todas as anteriores versões coreográficas.
Foi Olga Roriz e a equipa de criativos que com ela colaboraram que lhe souberam dar a presença e a dimensão universal
de um clássico. Razão suficiente para, agora, não deixarmos esta linda Inês posta em sossego por mais tempo.
Olga Roriz’s Pedro e Inês was premiered 12 years ago by CNB. After several choreographic attempts led by Almada
Negreiros, António Ferro/Francis Graça and Os Bailados Verde Gaio and by CNB itself in its second year of existence,
the theme is recurring and specially appealing once it adds to the Shakespearian love equation – an all-time winner –
an exaltation of duty in defense of the homeland which, incidentally, fitted like a glove in some ideologies.
Without disregarding the important poetic dimension that has been added throughout the ages, one would say this is
a perfect storyline. But a good story doesn’t always unfolds auspiciously as it was the case of all former choreographic
versions.
Only Olga Roriz and her creative team succeeded in bringing alive the universal dimension of a classic. A good reason to
draw this fair Inês from her ‘soft retreat’ and make her dance again.
Olga Roriz, natural de Viana do Castelo, teve como
Internacionalmente os seus trabalhos foram
formação artística na área da Dança o curso da Escola
apresentados nas principais capitais europeias,
de Dança do Teatro Nacional de São Carlos, com Ana
assim como nos E.U.A., Brasil, Japão, Egito, Cabo
Ivanova, e o curso da Escola de Dança do Conservatório
Verde, Senegal e Tailândia. Tem um vasto percurso
Nacional de Lisboa. Em 1976 ingressou no elenco do
de criação de movimento para o teatro e ópera.
Ballet Gulbenkian, sob a direção de Jorge Salavisa,
Na área do cinema realizou três filmes, Felicitações
permanecendo até 1992, tendo sido primeira bailarina
Madame, A Sesta e Interiores. Várias das suas obras
e coreógrafa principal. Em maio de 1992 assumiu
estão editadas em DVD pela produtora Real Ficção,
a direção artística da Companhia de Dança de Lisboa.
realizadas por Rui Simões. Uma extensa biografia
Em fevereiro de 1995 fundou a Companhia Olga Roriz,
sobre a sua vida e obra foi editada em 2006, pela
da qual é diretora e coreógrafa. O seu reportório na
Assírio&Alvim, com texto de Mónica Guerreiro. Desde
área da dança, teatro e vídeo é constituído por mais
1982 Olga Roriz tem sido distinguida com relevantes
de 90 obras, onde se destacam as peças Treze
prémios nacionais e estrangeiros. Entre eles destacam-
Gestos de um Corpo, Isolda, Casta Diva, Pedro e Inês,
-se o 1º Prémio do Concurso de Dança de Osaka-Japão
Paraíso, Electra, Nortada e A Sagração da Primavera.
(1988), Prémio da melhor coreografia da revista
Criou e remontou peças para um vasto número de
londrina Time-Out (1993), Prémio Almada (2004),
companhias nacionais e estrangeiras entre elas
Condecoração com a insígnia da Ordem do Infante
o Ballet Gulbenkian e Companhia Nacional de Bailado
D. Henrique – Grande Oficial pelo Presidente
(Portugal), Balé Teatro Guaíra (Brasil), Ballets de Monte
da República (2004), Grande Prémio da Sociedade
Carlo (Mónaco), Ballet Nacional de Espanha, English
Portuguesa de Autores e Millenniumbcp (2008),
National Ballet (Reino Unido), American Reportory
Prémio da Latinidade (2012).
Ballet (E.U.A.), Maggio Danza e Alla Scala (Itália).
Lisboa, Teatro Camões,
Companhia Nacional de Bailado,
4 de julho de 2003
07
12 NOV — 22 NOV
MORCEAU
DE BRAVOURE
EM ASSOCIAÇÃO COM A COMPANHIA DE TEATRO CÃO SOLTEIRO
ESTREIA MUNDIAL
CÃO SOLTEIRO E ANDRÉ GODINHO
RUI LOPES GRAÇA
TEATRO CAMÕES,
LISBOA
NOVEMBRO
dias 12, 13, 14, 19,
20 e 21 às 21h
dias 15 e 22 às 16h
ESCOLAS
18 de novembro às 15h
ENSAIO GERAL
SOLIDÁRIO
11 de novembro às 21h
Morceau de Bravoure – termo que designa
no vocabulário da dança clássica um momento
específico de execução virtuosa, equivalente em
teatro à TIRADA, interpretação exímia de uma
parte especifica do texto. Ambos provocam o
PROJETOS DE
APROXIMAÇÃO
À DANÇA (PAD)
21, 27 e 28 de outubro
das 14h às 17h
(Teatro Camões)
irromper súbito de palmas.
Morceau de Bravoure – term that in classic
dance defines a specific moment of virtuosity
which can be compared in a play to the ‘tirade’,
so to say, the superlative interpretation of
a given passage of the text. Both arouse a
sudden round of applause.
Um avião
um cão
¯¯¯ Adília Lopes,
Duas da tarde, in Manhã, 2015.
Cão Solteiro
criação e direção
com a colaboração de
André Godinho
Rui Lopes Graça
coreografia
Mariana Sá Nogueira
figurinos
Vasco Araújo
cenografia
Daniel Worm
d’Assumpção
desenho de luz
As palmas, o aplauso, a convenção. A relação do público com o espetáculo, com um intérprete em particular.
A técnica, o virtuosismo. A admiração, o agradecimento.
Isolar os agradecimentos, tratá-los como uma coreografia – a coreografia da última cena – cena que é transversal
a todas as artes de palco e é sempre não verbal, são os pontos de partida para um espetáculo com bailarinos, atores
e a equipa da CNB e Cão Solteiro.
A companhia de teatro Cão Solteiro, formada em 1997, tem vindo a desenvolver, de uma forma propositadamente
provocatória, uma linguagem cénica que confronta e disseca diferentes disciplinas artísticas, nomeadamente Teatro,
Artes Plásticas, Fotografia, Literatura, Ópera e Cinema.
Mais do que nos colocarmos na fronteira entre disciplinas, interessa-nos a importação de elementos que são exteriores
ao Teatro e a sua redefinição dentro dos limites da construção do espetáculo.
Associarmo-nos, neste momento, a uma companhia com a dimensão e o prestígio da CNB é um desafio lançado pela
sua diretora artística Luísa Taveira, que encaramos com o maior entusiasmo pela diversidade de novas possibilidades
artísticas que desde logo abre.
Cão Solteiro — maio 2015
Nuno Fonseca
sonoplastia
Francisco Ferreira
adaptação musical
Joana Dilão
fotografia de cena
(Cão Solteiro)
Artistas da Companhia
Nacional de Bailado
e os atores Cecília
Henriques, Patrícia
Silva e Paulo Lages
interpretação
CNB / Cão Solteiro
produção
Clapping, applause, convention. The relationship between audience and performance, the relationship with a character
in particular. Technique, virtuosity. Admiration, gratitude.
Isolate the applause, treat it as if a choreography – choreography of the last scene, a cross-cutting scene in every
performing arts and always non-verbal – are the starting points for a performance with dancers, actors, CNB team and
Cão Solteiro.
Cão Solteiro Theatre Company was created in 1997 and has been developing in a deliberately provocative way a scenic
language that confronts and deconstructs several artistic disciplines, namely Opera, Theatre, Literature, Cinema,
Photography and Visual Arts.
More than put ourselves on the border of disciplines, what interests us is the introduction of elements external to
theatre and their redefinition within the boundaries of the construction of the performance.
To associate ourselves at this moment with a company with the dimension and prestige such as CNB it is a challenge
made by Luísa Taveira, its artistic director, that we embrace with utmost enthusiasm due to the range of new
possibilities that this challenge opens up.
Cão Solteiro — may 2015
Rui Lopes Graça, natural de Torres Novas, formou-se
em dança como bolseiro da Escola do Ballet Gulbenkian
e do Centro de Formação Profissional da Companhia
Nacional de Bailado. Em 1985, ingressou no elenco
desta companhia e tornou-se bailarino solista em 1996.
Cão Solteiro é uma plataforma de artistas com
André Godinho, realizador de cinema e de vídeo
Desde 1996, tem coreografado para a Companhia
diferentes práticas que desenvolve projetos de teatro,
para teatro, nasceu em Lisboa em 1979. Estudou
Nacional de Bailado, Ballet da Ópera de Estrasburgo,
em Lisboa, desde 1997. Estabeleceu-se ao longo
Cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema e
Companhia Nacional de Canto e Dança de
deste tempo um processo de trabalho fortemente
fez o Curso de Documentários Les Ateliers Varan,
Moçambique, Companhia de Dança Contemporânea
suportado pela construção de imagens, ao qual é
na Fundação Calouste Gulbenkian. Tem realizado
de Angola e Companhia Rui Lopes Graça, entre outras.
inerente o cruzamento de linguagens, e a transferência
sobretudo documentários e curtas metragens de ficção
Para além da sua atividade como coreógrafo,
de códigos entre disciplinas artísticas. Por este meio,
ou experimentais. Realiza vídeos integrados
é convidado regularmente a lecionar na Escola Superior
continua a questionar-se a pertinência formal do teatro,
em espetáculos de teatro, dança, música e ópera.
de Dança e na Universidade de Stavanger, na Noruega.
a testar a resistência das suas regras estruturais,
Trabalha regularmente com as companhias Teatro
Ainda no decorrer de 2015 terá novas criações na
focando o processo de construção, e os meios pelos
Praga e Cão Solteiro, com que colabora não só como
Companhia Dançando com a Diferença e Ballet da
quais a comunicação, neste contexto, se estabelece,
realizador, mas também como cocriador e ator.
Ópera de Estrasburgo. Foi distinguido com o Prémio
usando como ferramentas a deslocação de elementos
Sociedade Portuguesa de Autores, melhor coreografia
formais e de sentido, a sua má colocação propositada,
de 2012, com Perda Preciosa para a Companhia Nacional
entradas absurdas, o erro e a pura mentira.
de Bailado, em parceria com André e. Teodósio.
09
3 DEZ — 20 DEZ
A BELA
ADORMECIDA
TED BRANDSEN
TEATRO NACIONAL
DE SÃO CARLOS,
LISBOA
DEZEMBRO
dias 3, 4, 5, 11, 12,
17, 18 e 19 às 21h
dias 6, 13 e 20 às 16h
ESCOLAS
9 e 16 de dezembro
às 15h
ENSAIO GERAL
SOLIDÁRIO
2 de dezembro às 21h
PROJETOS DE
APROXIMAÇÃO
À DANÇA (PAD)
25, 26 e 27 de novembro
das 14h às 17h
(Teatro Nacional de
São Carlos)
ESPETÁCULO EDP
10 de dezembro às 21h
Ou a história não era bem assim?
a história não era bem assim
¯¯¯ Adília Lopes,
in Maria Cristina Martins, 1992.
Dobra – Poesia Reunida 1983-2014
Marius Petipa
coreografia
Ted Brandsen
versão e coreografia
adicional
Piotr Illitch
Tchaikovski
música
Charles Perrault
argumento segundo
António Lagarto
cenografia e figurinos
Paulo Graça
desenho de luz
Pela sua natureza intrínseca, é no bailado clássico que as fadas e seus sortilégios encontram terreno propício para
sobreviverem no nosso imaginário, seja ele adulto ou infantil. O elemento fantasia dos contos é transportado para o
bailado, no qual é reforçado por ações físicas e por uma gestualidade etérea dos bailarinos que imprime à narrativa
teatral uma noção de imponderabilidade e magia que parece desafiar a gravidade. Por que persistimos então em nos
sentir atraídos pelo mundo irreal desses contos e bailados? Muito simples. Porque não foram escritos ou dançados por
fadas, mas sim por seres de carne e osso como todos nós.
Rui Esteves — fevereiro 2012
For its inherent nature, it is in classic dance that fairies and their spells find the breeding ground to survive in our
imaginary world, be it adult or children. The fantasy element of the tale is transferred to the dance where it is
strengthened by physical actions and ethereal gestures of the dancers thus stamping the theatrical narrative with a
suggestion of magic and weightlessness which seems to defy gravity. Why do we insist then being attracted by the
illusionary world of these tales and dances? It is quite simple. Because they were not written or danced by fairies, but
by creatures of flesh and blood just like us.
Rui Esteves — february 2012
Artistas da Companhia
Nacional de Bailado
interpretação
Marcelino Sambé
artista convidado
Royal Ballet, Covent
Garden (dias 17, 18, 19
e 20 de dezembro)
Orquestra Sinfónica
Portuguesa
Pedro Carneiro
direção musical
Estreia absoluta
(versão Marius Petipa)
São Petersburgo, Teatro Mariinski,
15 de janeiro de 1890
Estreia absoluta
(versão CNB)
Porto, Rivoli Teatro Municipal,
11 de março de 1998
11
A BELA ADORMECIDA
Ted Brandsen nasceu em 1959, na Holanda. Foi
Marcelino Sambé é um bailarino português, atual
bailarino no Ballet Nacional da Holanda entre 1981
primeira figura do Royal Ballet, em Londres. Realizou
e 1991, onde deu os primeiros passos como coreógrafo
a sua formação na escola desta companhia, onde
ao participar no atelier coreográfico anual. Nos anos
ingressou como profissional em 2012, tendo sido
seguintes criou para várias companhias na Holanda.
promovido a Primeiro Bailarino, em 2014. Nascido em
Em 1991 terminou a carreira de bailarino para se
Lisboa, estudou na Escola de Dança do Conservatório
concentrar na composição coreográfica. O seu primeiro
Nacional antes de ingressar na Escola Superior
trabalho desta nova fase, criado para o Ballet Nacional
do Royal Ballet. Nas suas atuações, ainda como
da Holanda, foi Four Sections distinguido em 1992,
estudante, destacam-se Yondering de John Neumeier
com o prémio Perspectiefprijs, de incentivo para
e Simple Symphony de Alastair Marriot, na
jovens artistas. Seguiram-se as criações Crossing the
apresentação anual da escola e numa gala de verão,
Border em 1993, Blue Field e Bach Moves em 1995,
em Veneza, durante 2012. Na Companhia, as suas
para a mesma companhia. Atualmente são várias as
interpretações incluem Beggar Chief em Manon,
coreografias de Brandsen que integram o reportório
o Pássaro Azul em A Bela Adormecida, o pas de
de companhias como o Ballet Estatal de Istambul,
trois em O Lago dos Cisnes, o pas de six em Giselle,
Ballet-Teatro de Bordeaux, Ballet de Israel, Donau
Sapo-Lacaio em Alice no País das Maravilhas, para
Ballet, American Ballet West, Ballets de Monte-Carlo
além de papéis em Aeternum, Requiem, Onegin,
e as holandesas Introdans e Djazzex. Brandsen tem
O Quebra-Nozes [dança chinesa], La Valse e O Pássaro
igualmente recebido encomendas para criações por
de Fogo. Foram criados especialmente para si papéis
parte da Fundação Holandesa para as Artes, CaDanse
em Ceremony of Innocence de Kim Brandstrup,
Festival em Haia, Festival Holandês de Dança e NOS
Connectome de Alastair Marriot e Untouchable de
Television. Em 1998 Brandsen foi nomeado diretor
Hofesh Shechter.
artístico do West Australian Ballet, em Perth. Criou
Marcelino Sambé é, ainda, um acutilante coreógrafo
várias peças para esta companhia, nomeadamente
tendo sido selecionado como um dos emergentes
Carmen em 2000 e Pulcinella em 2001. Brandsen revela
no Reino Unido, pela Youth Dance England, em
grande aptidão no seu trabalho coreográfico.
2012. A sua criação M’ cã cré sabi foi distinguida
O estilo que adota contém traços de um passado
com o segundo lugar da edição 2011 dos Prémios
clássico que se desenvolve numa linguagem gestual
Coreográficos Ursula Morton e fez parte da
lírica e atual. Em janeiro de 2002, Brandsen volta
apresentação anual da Escola do Royal Ballet, desse
ao Ballet Nacional da Holanda, originalmente como
ano. Em 2014 coreografou Preparations for the Last TV
assistente de direção e coreógrafo residente.
Fake, para edição desse ano de Draft Works, iniciativa
O primeiro trabalho a ser criado após o seu regresso,
com que o Royal Ballet promove a criação, por
Light Journey, foi estreado em setembro de 2002.
bailarinos, de trabalhos experimentais. As distinções
No início da temporada 2003/04, Brandsen sucedeu
de Marcelino Sambé incluem a medalha de prata
a Wayne Eagling na direção artística, mantendo,
na Competição Internacional de Ballet em Moscovo,
contudo, a sua atividade como coreógrafo. Desde então
no ano de 2008, o primeiro lugar do Grande Prémio
criou Body e O Pássaro de Fogo em 2004 e Stealing
Americano para a Juventude, em 2009, e a medalha
Time em 2006. No ano seguinte criou Hallelujah
de ouro e prémio especial na Competição Internacional
Junction e em 2008 estreou a sua surpreendente
de Ballet dos Estados Unidos, em 2010.
versão de Coppelia. Ainda nesse ano coreografou
In Between, integrado no programa In Space, que
envolveu a colaboração de nove coreógrafos. No ano
de 2010 Brandsen criou Duet para a Gala do Festival
de Dança da Holanda. Para a Companhia Nacional de
Bailado, Ted Brandsen remontou, em 1997, Bach Move
e, um ano mais tarde, foi responsável pela versão
e coreografia adicional de A Bela Adormecida.
—
2016
13
14 JAN — 24 JAN
31 JAN
PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO
PORTRAIT SERIES: I MIGUEL
NO ESCURO DO CINEMA DESCALÇO
OS SAPATOS
ESTREIA MUNDIAL
Na missa, uma velhota a cantar a ladainha a
Nossa Senhora em vez de cantar stella matutina
cantava estrela na cortina. Acho isto lindo.
17/08/14
¯¯¯ Adília Lopes,
Estrelas, in Manhã, 2015.
FAUSTIN LINYEKULA
CLÁUDIA VAREJÃO
TEATRO CAMÕES,
LISBOA
JANEIRO
dias 14, 15, 16, 21, 22,
23 às 21h
dias 17 e 24 às 16h
ESCOLAS
20 de janeiro às 15h
TEATRO MUNICIPAL
DO PORTO, RIVOLI
JANEIRO
dia 31 às 17h
A realizadora Cláudia Varejão e a sua assistente de som Adriana Bolito
acompanharam-nos durante doze meses, recolhendo as imagens que
fazem parte do documentário sobre a CNB e que aqui se apresenta.
Agachadas, invisíveis num canto escuro do palco, dos estúdios ou dos
camarins, de certeza que nos apanharam a todos descalços, fosse no
nosso quotidiano simples e rotineiro dos ensaios ou no mais emocional
e frágil dos espetáculos.
Dançar, mais do que uma profissão, é um modo de vida e o título do
filme, um poema de Adília Lopes, remete-nos para a vulnerabilidade
dessas vidas. Será destas imagens, guiadas por artistas e por todos
que connosco trabalham que, seguramente, também rezará a história
das quase quatro décadas da Companhia.
PORTRAIT SERIES:
I MIGUEL
SOLO
Mas o início deste programa vem de Kinsangani e reflete sobre a
responsabilidade artística. Como ser artista é (ou deve ser), sobretudo,
uma questão de cidadania. Trata-se de um solo para o nosso bailarino
Miguel Ramalho, criado pelo coreógrafo congolês Faustin Linyekula –
Artista na Cidade, 2016.
Miguel Ramalho
Pedro Carneiro
interpretação
Cláudia Varejão, film director, and Adriana Bolito, her sound engineer,
have accompanied us for twelve months to capture images for the
documentary on CNB now here presented.
Crouched and invisible in a dark corner of the stage, studios or
dressing-rooms they will surely caught us all bare feet during our daily
rehearsal routine or in the more emotional or fragile of performances.
More than a profession, to dance is a way of life and the title of a film
– inspired on a poem by Adília Lopes –, remits us to the vulnerability of
those lives. These images, guided by artists and by those who work with
us, will surely tell us the story of almost four decades of our Company.
But the beginning of this program comes from Kinsagani and broods
over the artistic responsibility. To be an artist (or how one should be)
is, first and foremost, a matter of citizenship. Congolese choreographer
Faustin Linyekula (Artist of the City, Lisbon 2016) will create this solo
for our dancer Miguel Ramalho.
Faustin Linyekula
coreografia e direção
Pedro Carneiro
música
Thomas Walgrave
desenho de luz
NO ESCURO DO
CINEMA DESCALÇO
OS SAPATOS
um filme de
Cláudia Varejão
A Companhia Nacional de Bailado está
prestes a comemorar quatro décadas
de existência. Na sua génese está
a interpretação dos grandes clássicos
e o acolhimento permanente de criações
contemporâneas.
O quotidiano é rigoroso para bailarinos,
coreógrafos, músicos, ensaiadores,
costureiros, técnicos de luz, som e toda
uma vasta equipa que permite que a dança
percorra as salas de ensaio e se alongue
pelos corredores até chegar ao palco.
Este filme acompanha por um lado
as criações, estreias e digressões da
companhia de dança mais antiga do país e
por outro, o trabalho silencioso e estrutural
de cada bailarino.
Cláudia Varejão — abril 2015
Quem dança deve usar as pernas (curtas)
para alcançar o céu (alto).
¯¯¯ Gonçalo M. Tavares,
¯¯¯ in Livro da Dança, 2001.
Cláudia Varejão
fotografia e realização
Uma encomenda da
Companhia Nacional
de Bailado com
produção da Terratreme
CNB-Companhia Nacional de Bailado
is about to commemorate 40 years of
existence. Its mission is to perform the
great classics and to host a sustained flow
of contemporary creations. Daily life is
demanding for dancers, choreographers,
ballet masters, wardrobe staff, light and
sound technicians together with a vast
team that enables dancing to happen from
rehearsal rooms till it reaches the stage
itself. On one side, this film follows the
company’s creations, opening nights and
tours of the oldest dancing Portuguese
company and, on the other side, the silent
and structural work of each dancer.
No escuro/ do cinema/ descalço/
Cláudia Varejão — april 2015
Adriana Bolito
som
João Matos
produtor
Hugo Leitão
montagem e misturas
Paulo Américo
pós-produção de imagem
os sapatos – título do filme é um
poema de Adília Lopes, gentilmente
cedido pela autora.
Adília Lopes, in Versos verdes,
1999. Dobra – Poesia Reunida
1983-2014
15
PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO
Faustin Linyekula, bailarino e coreógrafo, vive
Miguel Ramalho, concluiu o curso de dança da Escola
Pedro Carneiro, considerado pela crítica internacional
e trabalha em Kisangani, no nordeste da República
de Dança do Conservatório Nacional, em julho de 2005.
um dos mais importantes percussionistas e dos mais
Democrática do Congo, antigo Zaire, antigo Congo
Em setembro do mesmo ano integra o elenco da
originais músicos da atualidade, toca, dirige, compõe
Belga, antigo estado independente do Congo…
Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo –
e leciona. Em 2013 foi solista com a Los Angeles
Após estudar literatura e drama em Kisangani, viajou
CPBC, sob a direção do coreógrafo Vasco Wellenkamp.
Philharmonic sob a direção de Gustavo Dudamel,
para Nairobi em 1993, tendo criado quatro anos
Na CPBC teve a oportunidade de trabalhar com os
professor convidado do Zeltzman Festival, dirigiu no
mais tarde a companhia Gàara, a primeira de dança
coreógrafos Vasco Wellenkamp, Barbara Grigi, Henri
Round Top Festival, no Texas, EUA e colaborou com
contemporânea no Quénia. De regresso ao Congo,
Oguike, Patrícia Henriques, Pedro Goucha, Liliana
o realizador João Viana.
em junho de 2001, fundou em Kinshasa os Estúdios
Mendonça e Rui Lopes Graça. Em setembro de 2008
Apresenta-se regularmente como solista convidado
Kabako, um espaço dedicado à dança e teatro
ingressa na Companhia Nacional de Bailado, como
de algumas das mais prestigiadas orquestras
visual, promovendo programas de treino e apoiando
bailarino corpo de baile, sob a direção de Vasco
internacionais: Los Angeles Philharmonic, BBC National
a pesquisa e a criação. Em 2007 o referido espaço
Wellenkamp. Na CNB dançou praticamente todo
Orchestra of Wales, Vienna Chamber Orchestra, sob
transferiu a sua sede para Kisangani.
o seu repertório tendo-se destacado como solista
a direção de maestros como Gustavo Dudamel, Oliver
Memória, esquecimento e a supressão da memória;
em bailados como O Quebra-Nozes de Armando Jorge,
Knussen, John Neschling e Christian Lindberg.
Faustin aborda nos seus trabalhos o legado de décadas
Copélia de John Auld, Romeu e Julieta de John Cranko,
É cofundador, diretor artístico e maestro titular da
de guerra, terror, medo e o colapso da economia para
La Sylphide de Frank Andersen, Giselle de Georges
Orquestra de Câmara Portuguesa (OCP), que dirigiu
si próprio, a sua família e os seus amigos. Faustin criou
Garcia, A Bela Adormecida de Ted Brandsen, Cinderela
no City of London Festival e da JOP (Jovem Orquestra
catorze obras com os Estúdios Kabako. Entre as suas
de Michael Corder, O Lago dos Cisnes, de Fernando
Portuguesa, membro da EFNYO). Apresenta-se
mais recentes criações incluem-se more more more…
Duarte e Quebra Nozes Quebra Nozes de Fernando
regularmente como solista/diretor em diversas
future, em 2009, com que realizou inúmeras digressões
Duarte e André e. Teodósio.
orquestras nacionais, como a Orquestra Gulbenkian,
pela Europa, Estados Unidos e África, Pour en finir
Paralelamente, trabalhou com os coreógrafos
Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra do Algarve
avec Bérénice, em 2010 e que constitui a sua versão
Marguerite Donlon, Marco Cantalupo e Katarzyna
e Fundação Orquestra Estúdio, e internacionais, como
pessoal da obra previamente criada por Jean Racine
Gdnaniec, Paulo Ribeiro, Clara Andermatt e Cayetano
a Orquestra Sinfónica da Estónia, sendo maestro
para La Comédie-Française, em Paris, na primavera
Soto. No reportório contemporâneo destaca-se
convidado no Round Top Festival, no Texas, EUA.
do ano anterior, Le Cargo, o seu primeiro solo, em 2011
em Fauno e Será que é uma Estrela? de Vasco
Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian na
e Drums and Digging, em 2013.
Wellenkamp, Four Reasons de Edward Clug, À Flor da
Guildhall School, em Londres, em percussão e direção
Entre as suas mais recentes colaborações destacam-se
Pele de Rui Lopes Graça, Noite de Ronda, A Sagração
de orquestra. Seguiu os cursos de direção de Emilio
um dueto com Raimung Hoghe – Sans-titre, em 2009,
da Primavera, Orfeu e Eurídice e Treze Gestos de um
Pomàrico, na Accademia Internazionale della Musica
e uma peça para vinte e cinco bailarinos – La Création
Corpo de Olga Roriz, Grosse Fuge, Noite transfigurada e
de Milão. Recebeu vários prémios, destacando-se o
du monde – para o Ballet de Lorraine, em Nancy.
Mozart Concert Arias de Anne Teresa De Keersmaeker
Prémio Gulbenkian Arte 2011. Em junho de 2014 e em
Como professor tem lecionado em África, na Europa,
e, mais recentemente, em Minus 16 de Ohad Naharin.
Abril/Maio de 2015, dirigiu a Orquestra de Câmara
em locais como Impulstanz, em Viena, PARTS,
Portuguesa, na produção Giselle da Companhia
em Bruxelas, ou CNDC, em Angers, e nos Estados
Nacional de Bailado.
Unidos, na Universidade da Florida, Gainesville, ou na
Universidade do Arizona, Tempe, Darmouth College.
Cláudia Varejão nasceu no Porto e estudou cinema
Em 2007 foi distinguido com o Prémio Principal do
no Programa de Criatividade e Criação Artística da
Prince Claus Fund for Culture and Development e foi
Fundação Calouste Gulbenkian em parceria com
artista associado do Koninkliijke Vlaamse Schouwburg,
a German Film und FernsehakademieBerlin, na
em Bruxelas. No ano de 2014, Faustin Linyekula e os
Academia Internacional de Cinema de São Paulo
Estúdios Kabako foram distinguidos com o primeiro
Brasil e fotografia na AR.CO, em Lisboa. É autora da
prémio da Fundação CurryStone, pelo trabalho
curta documental Falta-me/Wanting e, recentemente,
desenvolvido em Kisangani.
tem dedicado o seu trabalho à ficção, dando origem
à triologia de curtas metragens Fim de semana/
Weekend, Um dia Frio/Cold Day e Luz da Manhã/
Morning Light. Encontra-se em fase de pós-produção
da sua primeira longa metragem. Para além do seu
percurso como realizadora e fotógrafa, trabalha
regularmente com teatro e dança.
Faço crochet
29 JAN — 30 JAN
5 FEV — 20 FEV
o crochet faz-me
PROGRAMA REPORTÓRIO
SERENADE / GROSSE FUGE
HERMAN SCHMERMAN
5 TANGOS
e nisto me desato
¯¯¯ Adília Lopes,
in Os 5 livros de versos salvaram o tio, 1991.
Dobra – Poesia Reunida 1983-2014
BALANCHINE
KEERSMAEKER
FORSYTHE
VAN MANEN
TEATRO MUNICIPAL
DO PORTO, RIVOLI
TEATRO CAMÕES,
LISBOA
JANEIRO
dias 29 e 30 às 21h30
FEVEREIRO
dias 5, 6, 12, 13, 19
e 20 às 21h
dia 7 às 16h
PROJETOS DE
APROXIMAÇÃO
À DANÇA (PAD)
28 e 29 de janeiro
horas a confirmar
(Teatro Municipal do
Porto, Rivoli)
ESCOLAS
18 de fevereiro às 15h
ENSAIO GERAL
SOLIDÁRIO
4 de fevereiro às 21h
PROJETOS DE
APROXIMAÇÃO
À DANÇA (PAD)
20, 21 e 22 de janeiro
das 14h às 17h
(Teatro Camões)
17
SERENADE
GROSSE FUGE
George Balanchine
coreografia
Anne Teresa De
Keersmaeker
coreografia
Piotr Ilitch Tchaikovski
música
Nanette Glushak
assistente da Fundação
Balanchine
Artistas da Companhia
Nacional de Bailado
interpretação
Camerata Alma Mater
Ana Pereira
Romeu Madeira
David Ascensão
Vítor Vieira
violinos I
Ana Filipa Serrão
José Teixeira
Juan Maggiorani
José Pereira
violinos II
Joana Cipriano
Jorge Alves
Sandra Martins
violas d’arco
Marco Pereira
Paulo Gao Lima
violas d’arco
Margarida Afonso
contrabaixo
Ludwig van Beethoven
música
Jan Joris Lamers
cenografia e desenho
de luz
Nathalie Douxfils
figurinos
Georges-Elie Octors
análise musical
Nordine Benchorf
Bruce Campbelle
Vincent Dunoyer
Thomas Hauert
Cinthia Loemij
Oliver Koch
Eduardo Torroja
co-criação
Jakub Truszkowski
assistente da coreógrafa
Artistas da Companhia
Nacional de Bailado
Quarteto de Cordas
de Matosinhos
Victor Pereira
Juan Carlos
Maggioranni
Jorge Alves
Marco Pereira
interpretação
HERMAN SCHMERMAN
DUETO
William Forsythe
coreografia, espaço cénico
e desenho de luz
Thom Willems
música
Gianni Versace
e William Forsythe
figurinos
Maurice Causey
assistente do coreógrafo
Artistas da Companhia
Nacional de Bailado
interpretação
Estreia absoluta
Frankfurt, Opernhaus, Ballet
Frankfurt, 26 de setembro de 1992
5 TANGOS
Hans van Manen
coreografia
Astor Piazzolla
música
Jean-Paul Vroom
cenários e figurinos
Jan Hofstra
desenho de luz
Nathalie Caris
assistente do coreógrafo
Estreia absoluta
Nova Iorque, Adelphi Theatre,
American Ballet,
1 de março de 1935
Estreia na CNB
Lisboa, São Luiz Teatro Municipal,
14 de outubro de 1982
Estreia absoluta
Bruxelas, Hallen van Schaerbeek,
Rosas, 2 de fevereiro de 1992
Estreia na CNB
Artistas da Companhia
Nacional de Bailado
interpretação
Lisboa, Teatro Camões,
26 de outubro de 2012
Estreia absoluta
Amesterdão, Ballet Nacional da
Holanda, 3 de novembro de 1977
Estreia em Portugal
Lisboa, Grande Auditório
Gulbenkian, Ballet Gulbenkian,
23 de abril de 1982
Estreia na CNB
Lisboa, Teatro Camões,
16 de maio de 2003
Este é um programa de reportório onde se reúnem alguns
dos coreógrafos que mais marcaram a História da Dança.
A belíssima e feminina Serenade de Balanchine que
contrasta com a energia masculina de Grosse Fuge de Anne
Teresa De Keersmaeker, a abstração de William Forsythe
com um dueto virtuosístico e a inspiração latina de 5 Tangos
de Hans van Manen são uma janela aberta para o que de
melhor se produziu no séc. XX.
Ao Quarteto de Cordas de Matosinhos e à Camerata Alma
Mater foi entregue a interpretação musical, nesta que será
a primeira colaboração destes agrupamentos com a CNB.
A estreia do programa, prevista para o Teatro Municipal do
Porto, Rivoli, pretende valorizar a descentralização e retomar
uma prática que é, por tradição, da Companhia, desde 1977.
This is a repertoire programme that includes some
choreographers that most influenced the History of Dance.
The splendid and feminine Balanchine’s Serenade
which contrasts with the male energy of Anne Teresa
De Keersmaeker’s Grosse Fugue, the William Forsythe’s
abstraction with a virtuosistic duet and the Latin inspiration
of Hans van Manen’s 5 Tangos are a perfect sampling of
some of the best 20th Century Dance production.
The Matosinhos String Quartet and Camerata Alma Mater
will play for these performances in their first musical
collaboration with CNB.
The premiere of this program is scheduled for Teatro
Muncipal do Porto, Rivoli, and aims to value the
decentralization thus resuming a procedure traditionally
ensued by CNB since 1977.
Quarteto de Cordas de Matosinhos (QCM),
Camerata Alma Mater foi fundada recentemente
aclamado como um “caso singular de excelência no
e é constituída por jovens instrumentistas de cordas,
panorama musical português” (Diana Ferreira,
talentos portugueses já com grande distinção no
Público, 2010), foi criado pela Câmara Municipal
panorama musical nacional e internacional.
de Matosinhos, através de um concurso público.
Os elementos que integram este ensemble são
Desde 2008 é residente desta cidade, onde desenvolve
vencedores de várias edições do Prémio Jovens
uma temporada regular de concertos.
Músicos, assim como distinguidos com prémios em
Na temporada de 2014-15 o QCM foi escolhido como
concursos internacionais. Nos seus currículos contam-
um dos ECHO Rising Stars, realizando uma tournée de
-se lugares de destaque, entre os quais chefes de naipe
16 concertos em algumas das mais importantes salas
de orquestras profissionais, residências artísticas,
de concerto europeias, como o Barbican em Londres,
e atividade camarística regular e de grande relevo.
o Concertgebouw em Amesterdão e o Musikverein em
A Camerata Alma Mater conta ainda com os
Viena. O QCM apresenta-se também regularmente nas
prestigiados pedagogos destes jovens talentos, Aníbal
maiores salas de concerto portuguesas, como a Casa
Lima (violino) e Paulo Gaio Lima (violoncelo), que
da Música, Fundação Calouste Gulbenkian e Centro
mantêm ainda uma carreira artística inconfundível.
Cultural de Belém, e colabora com alguns dos mais
A camerata é dirigida por Pedro Neves, um dos
destacados músicos portugueses, tais como Pedro
mais promissores maestros portugueses, com uma
Burmester, António Rosado, Miguel Borges Coelho,
maturidade e veracidade interpretativa notáveis.
António Saiote, Paulo Gaio Lima e Pedro Carneiro.
Visível no panorama musical é ainda a sua experiência
Desde a sua criação, o QCM assumiu um forte
alargada como violoncelista, professor e maestro.
compromisso com o repertório português para
Tendo-se já apresentado em concerto na abertura
quarteto de cordas, interpretando muitas obras menos
do festival “Música nos Açores”, a Camerata Alma
conhecidas e abraçando novas obras de compositores
Mater conquistou por parte do público e da crítica uma
contemporâneos: o QCM estreou já mais de 20 novas
aceitação e elogio extremamente positivo.
obras. O outro principal objetivo artístico do QCM vem
A Alma Mater ambiciona a possibilidade de
sendo cumprido com a interpretação em Matosinhos
continuação deste projeto de grande profissionalismo,
do grande repertório para quarteto de cordas: as
podendo assim abordar repertório e sonoridades
obras completas de Mozart e Mendelssohn foram já
de uma formação ainda não existente no nosso país.
apresentadas, estando em curso as integrais de Haydn,
Beethoven e Shostakovich. O QCM e os seus membros
foram reconhecidos com prémios nos mais importantes
concursos musicais nacionais, como o Prémio Jovens
Músicos da RDP e o Concurso Internacional de Música
de Câmara “Cidade de Alcobaça”. Todos os membros
estudaram na Academia Nacional Superior de Orquestra
e aperfeiçoaram a sua arte em várias escolas de
prestígio, incluindo a Escuela Superior de Música Reina
Sofia, Madrid, a Northwestern University, Chicago e
Conservatório de Sion, Suíça. O QCM também realizou
formação especializada no Instituto Internacional de
Música de Cámara de Madrid, onde estudou com
Rainer Schmidt (violinista do Quarteto Hagen), além
de trabalhar em masterclasses com membros de
grandes quartetos de cordas, como Alban Berg, Lasalle,
Emerson, Melos, Vermeer, Kopelman e Talich.
19
29 ABR — 15 MAI
14 JUL — 23 JUL
ROMEU
E JULIETA
COPRODUÇÃO CNB E TEATRO NACIONAL D. MARIA II
ESTREIA MUNDIAL
RUI HORTA
BRUNO PERNADAS
TEATRO CAMÕES,
LISBOA
ABRIL
dias 29 (Dia Mundial da
Dança), e 30 às 21h
MAIO
dias 6, 7, 13 e 14 às 21h
dias 8 e 15 às 16h
ESCOLAS
5 de maio às 15h
ENSAIO GERAL
SOLIDÁRIO
28 de abril às 21h
PROJETOS DE
APROXIMAÇÃO
À DANÇA (PAD)
12, 14 e 15 de abril
das 14h às 17h
(Teatro Camões)
TEATRO NACIONAL
D. MARIA II,
LISBOA
GLORIOSO VERÃO
/ FESTIVAL
SHAKESPEARE
JULHO
dias 14, 15, 16, 20,
21, 22 e 23 às 21h
dia 17 às 16h
Com o fogo não se brinca
porque o fogo queima
com o fogo que arde sem se ver
ainda se deve brincar menos
do que com o fogo com fumo
porque o fogo que arde sem se ver
é um fogo que queima
muito
e como queima muito
custa mais
a apagar
do que o fogo com fumo
¯¯¯ Adília Lopes,
in Um jogo bastante perigoso, 1985.
Dobra – Poesia Reunida 1983-2014
Rui Horta
coreografia, direção,
espaço cénico e desenho
de luz
Já era tempo de vermos a Companhia Nacional de Bailado e o Teatro Nacional D. Maria II a trabalhar de novo em conjunto.
Escolhemos fazê-lo à volta de dois nomes intemporais que as tradições do teatro e da dança partilham, mas que queremos
ver com os olhos do nosso tempo, Romeu e Julieta. Para isso, convocámos um artista cujo percurso se centra na dança mas
tem também viajado pelo teatro, Rui Horta. Duas casas nacionais de duas artes que partilham o mesmo palco. Já era tempo.
Bruno Pernadas
música
Luísa Taveira e Tiago Rodrigues — maio 2015
Ricardo Preto
figurinos
Artistas da Companhia
Nacional de Bailado
e os atores Pedro Gil
e Carla Galvão
It was hight time for CNB – National Ballet of Portugal and D. Maria II National Theatre to join forces again. Our choice fell
on Romeo and Juliet, two timeless names shared together by Theatre and Dance but this time treated with a contemporary
look. We called for Rui Horta, an artist whose artistic path is centred in dance but with incursions in theatre as well. Two
national institutions sharing the same stage. It was indeed about time.
Luísa Taveira and Tiago Rodrigues — may 2015
Bruno Pernadas
e Ensemble
interpretação
CNB / Teatro Nacional
D. Maria II
coprodução
O “meu” Romeu e Julieta não será uma revisitação de um clássico da Dança ou do Teatro. Mesmo tendo como pano de
fundo o texto de Shakespeare, a obra será uma viagem sensorial fora da narrativa, mas fiel às duas grandes questões que
aborda – a irracionalidade e dependência do ser humano perante o amor (e a paixão) e perante a morte (e a violência).
Eros e Thanatos, literalmente de mãos dadas, como os dois jovens amantes. Um exercício multidisciplinar entre a dança,
o teatro, a música ao vivo, a arquitetura de cena e um tema, esse sim, imortal.
Rui Horta — maio 2015
“My” Romeo and Juliet will not be a revisiting of a Dance or Theatre classic. Although having as backdrop the Shakespeare’s
text, the work will be a sensorial voyage external to the narrative but faithful to the two great issues it approaches – the
unreasonableness and dependence before love (and passion) and before death (and violence). Eros and Thanatos literally
holding hands like two young lovers. A multidisciplinary exercise somewhere between dance, theatre, live music, stage
architecture and an immortal theme.
Rui Horta — may 2015
21
ROMEU E JULIETA
Rui Horta, nascido em Lisboa, começou a dançar aos
Bruno Jorge de Oliveira Pernadas nasceu em
17 anos nos cursos de bailado do Ballet Gulbenkian,
Lisboa, em 1982. É licenciado em Música pela Escola
tendo posteriormente vivido vários anos em Nova
Superior de Música de Lisboa (ESML), na variante de
Iorque, cidade onde completou a sua formação e
Jazz. Iniciou o seu percurso musical aos 13 anos com
desenvolveu o seu percurso de intérprete e professor.
o estudo de Guitarra Clássica. Completou o Curso de
Em 1984 regessa a Lisboa onde continua a sua
Jazz da Escola Luís Villas-Boas (Hot Clube de Portugal)
atividade pedagógica e artística, sendo um dos mais
(2003-2007). Paralelamente ao curso de jazz, estudou
importantes impulsionadores de uma nova geração
Análise e Técnicas de Composição com o compositor
de bailarinos e coreógrafos portugueses. Durante os
Vasco Mendonça. Representou a Escola do Hot Club
anos 90 viveu na Alemanha onde dirigiu o Soap Dance
na 5ª Festa do Jazz do São Luiz, e a ESML na 8ª Festa
Theatre Frankfurt, sendo o seu trabalho considerado
do Jazz do São Luiz. Estudou com vários compositores
uma referência da dança europeia e apresentado nos
/ instrumentistas portugueses e estrangeiros
mais importantes teatros e festivais em todo o Mundo,
nomeadamente Pedro Moreira, Lars Arens, Sérgio
tais como o Thêatre de la Ville em Paris que apresentou
Azevedo, San Francisco Jazz Collective, Lee Konitz,
e coproduziu as suas obras ao longo de uma década.
John Taylor, Pete Rende, entre outros. Foi compositor,
Em 2000 regressou a Portugal, tendo fundado em
diretor musical e músico executante em espetáculos
Montemor-o-Novo, o Espaço do Tempo, um centro
no âmbito das artes performativas, nomeadamente
multidisciplinar de experimentação artística. Para além
Ascensão (2006) – CCB / CCVF; Ferloscardo
do seu intenso trabalho de criador independente,
(2006/2007) CCB; Às vezes as luzes apagam-se (2008) –
Rui Horta criou, como artista convidado, um vasto
Festival Temps d’Image / CCB. Em abril de 2014 editou
repertório para companhias de renome tais como
o seu álbum de estreia How can we be joyful in a world
o Cullberg Ballet, o Ballet Gulbenkian, o Ballet du
full of knowledge pela Editora Pataca Discos, sendo
Grand Théâtre de Genéve, a Ópera de Marselha,
considerado pela crítica um dos melhores discos de
o Nederlands Dans Theater, a Ópera de Gotemburgo,
2014. Recentemente compôs a banda sonora original
a Companhia Nacional de Bailado, a Random Dance,
para a longa-metragem A Toca do Lobo de Catarina
entre outras. Ao longo da sua carreira recebeu
Mourão, com estreia no International Film Festival
importantes prémios e distinções tais como o Grand
Rotterdam. Participa regularmente como músico
Prix de Bagnolet, o Deutsche Produzent Preis, o Prémio
freelancer, compositor e arranjador na área do jazz,
Acarte, O Prémio Almada, o grau de Oficial da Ordem
música contemporânea e música improvisada.
do Infante, o grau de Chevalier de l’Ordre des Arts
Leciona Teoria Musical, Instrumento e Combo em
et des Lettres, pelo Ministério da Cultura Francês.
escolas de música de Lisboa, desde 2006.
A sua criação coreográfica foi, recentemente,
classificada como Herança da Dança Alemã.
Nas artes performativas o seu trabalho de encenador
estende-se ao teatro, à ópera e à música experimental,
sendo igualmente desenhador de luz e investigador
multimédia, universo que utiliza frequentemente nas
suas obras.
16 JUN — 26 JUN
1 JUL — 2 JUL
CARNAVAL
UMA FANTASIA A PARTIR DE O CARNAVAL DOS ANIMAIS
DE CAMILLE SAINT-SÄENS
ESTREIA MUNDIAL
VICTOR HUGO PONTES
TEATRO CAMÕES,
LISBOA
JUNHO
dias 16, 17, 18, 23, 24
e 25 às 21h
dias 19 e 26 às 16h
ESCOLAS
22 de junho às 15h
ENSAIO GERAL
SOLIDÁRIO
15 de junho às 21h
PROJETOS DE
APROXIMAÇÃO
À DANÇA (PAD)
18, 19 e 20 de maio
das 14h às 17h
(Teatro Camões)
TEATRO MUNICIPAL
DO PORTO, RIVOLI
JULHO
dias 1 e 2 às 21h30
PROJETOS DE
APROXIMAÇÃO
À DANÇA (PAD)
1 e 2 de julho
horas a confirmar
(Teatro Municipal do
Porto, Rivoli)
Uma raposa que tinha brincado com outra
no quintal da casa da mãe
às fábulas de La Fontaine antes de as ter lido
e que depois as leu e disse
as fábulas de La Fontaine tinham razão!
ficou com muita vontade de ir para a floresta
brincar a sério às fábulas de La Fontaine
à entrada da floresta estava uma raposa
a raposa perguntou isto é uma floresta
a sério ou a fingir?
a raposa da entrada da floresta
achou a pergunta tão ingénua
que achou que não valia a pena
estar a explicar à outra
que ali ou se come ou se é comido
e que para quem come como para quem é comido
saber se ali é uma floresta a sério ou a fingir
não é uma questão pertinente
isto aqui é uma casa particular
respondeu a raposa
e bocejou
¯¯¯ Adília Lopes,
in Os 5 livros de versos salvaram o tio, 1991.
Dobra – Poesia Reunida 1983-2014
23
CARNAVAL
Victor Hugo Pontes
coreografia e direção
Camille Saint-Saëns
Sérgio Azevedo
Carlos Caires
Eurico Carrapatoso
Andreia Pinto Correia
Nuno Corte-Real
Pedro Faria Gomes
Mário Laginha
João Madureira
Carlos Marecos
Daniel Schvetz
Luís Tinoco
António Pinho Vargas
música
F. Ribeiro
cenografia
Aleksandar Protic
figurinos
Wilma Moutinho
desenho de luz
Cesário Costa
consultor musical
Marco da Silva Ferreira
assistente do coreógrafo
Artistas da Companhia
Nacional de Bailado
Orquestra Sinfónica
Portuguesa
Cesário Costa
direção musical
Carnaval será construído a partir de Carnaval dos Animais, composto em 1886 por Camille Saint-Saëns (1835-1921).
Uma das peculiaridades desta obra é o facto de se apropriar de peças de outros compositores e de peças anteriores
do mesmo autor, as quais são revisitadas num tom parodístico e mascaradas com nomes de animais. Ora, apesar de
truncar o título original de Saint-Saëns, Carnaval recorrerá a uma técnica idêntica, ainda que inversa, de composição:
vários compositores contemporâneos, portugueses, irão compor um tema original associado aos catorze movimentos
musicais de Carnaval dos Animais. Para tal, serão desafiados a aplicar uma outra técnica artística, cujo apogeu e fama
datam do século XX europeu, e que foi prolífera em inspirar várias outras correntes artísticas: o cadavre-exquis.
Ou seja, em Carnaval, cada um dos compositores convidados iniciará a sua composição no final do tema anterior,
levando-a até ao tema seguinte.
À parte das questões mais especificamente técnicas – que dizem respeito à composição musical, à articulação de
conceitos dentro de e entre cada movimento, à sintonia e ao contraste entre cada compositor convidado –, há um
conjunto de outros tópicos que pretendemos trabalhar em Carnaval. Por um lado, coloca-se inevitavelmente a questão
do significado simbólico – quer cristão, quer pagão – do Carnaval, e todas as outras problemáticas culturais
e filosóficas que gravitam em torno do símbolo.
No Carnaval, enquanto manifestação burlesca, há uma clara aproximação às questões mais fundamentais colocadas
pelo teatro e pela dança, por exemplo – a máscara, a mentira, o fingimento, a peripécia, a cumplicidade da assistência
naquilo que todos sabem ser um jogo. A oscilação entre realidade e farsa é de resto o que sustenta quer um gesto
artístico quer um disfarce carnavalesco. Ou, por outro lado, a existência de uma personagem ou de um ser mitológico.
É também por isto que Carnaval será povoado por seres imaginários – sereias, unicórnios, a fénix, o fauno –, que no
palco terão a mesma dimensão ontológica que os animais da natureza.
O Carnaval cristão adquire todo um outro significado, e está profundamente enraizado na cultura ocidental, embora as
tradições tenham vindo a perder-se ao longo do tempo. Aqui, já estamos a falar de sacrifício, de abstinência, de jejum, de
rituais para celebração da vida terrena, mundana, numa progressiva aproximação à morte, evocada a partir da Quarta-Feira
de Cinzas e até ao Domingo da Ressurreição.
A ritualização da celebração da vida e da aceitação da morte acaba então por constituir um aspeto fascinante da cultura cristã.
Os animais, as máscaras e a morte – não necessariamente por esta ordem – serão assim os tópicos fundamentais
deste Carnaval, que não deixará de colher inspiração num poema de Adília Lopes.
Victor Hugo Pontes — maio 2015
Carnaval will be assembled after Camille Saint-Saëns’ (1835-1921) Carnival of the Animals, composed in
1886. One of the peculiarities of this work is the appropriation of works from other composers as well from
Saint-Saëns former works which are revisited in a parody-like tone and disguised under animal names.
Although Saint-Saëns’ original title is abridged, Carnaval will resort to a similar technique (even if reverse)
of composition. Several contemporary Portuguese composers will compose an original theme associated to
the Carnival of the Animals‘ fourteen movements. To achieve this, they will be challenged to use another
artistic technique whose fame and heyday date back to the European 20th century and that was prolific
in inspiring several other artistic currents: the cadavre-exquis. In other words, in Carnaval each guest
composer will begin his composition at the end of the previous theme, leading it to the following one.
Aside these more technically specific issues involving the musical composition, to the articulation
of the concepts inside/and between each movement, to the attunement and contrast between each
guest composer, there is a set of other subjects we wish to work up in Carnaval. On the one hand, it is
ineluctably called into question the symbolic significance – be it Christian or pagan – of Carnival and
of all other problematic cultural and philosophical matters that revolve around this symbol.
Victor Hugo Pontes nasceu em Guimarães, em
1978. É licenciado em Artes Plásticas – Pintura, pela
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.
Em 2001, frequentou a Norwich School of Art &
Design, Inglaterra. Concluiu os cursos profissionais de
Teatro do Balleteatro Escola Profissional e do Teatro
Universitário do Porto, bem como o curso de Pesquisa
e Criação Coreográfica do Forum Dança. Em 2004, fez
o curso de Encenação de Teatro na Fundação Calouste
Gulbenkian, dirigido pela companhia inglesa Third
Angel, e, em 2006, o curso do Projet Thierry Salmon
– La Nouvelle École des Maîtres, dirigido por Pippo
Delbono, na Bélgica e em Itália. Como criador, a sua
carreira começa a despontar a partir de 2003 com o
trabalho Puzzle. Desde então, vem consolidando a sua
marca coreográfica, tendo apresentado o seu trabalho
por todo o país, assim como em Espanha, França,
Itália, Alemanha, Rússia, Áustria, Brasil, entre outros.
Das suas mais recentes criações como encenador/
As a mock display, there is in Carnival an evident approach to the more cardinal issues put by, for
instance, theatre and dance – the mask, the lie, the simulation, the vicissitude, the audience’s complicity
in what all know it is a make-believe. The fluctuation between reality and farce is moreover what sustains
either an artistic gesture or a carnival-like disguise. Or, on the other side, the existence of a character or
of a mythological being. It is also for this reason that Carnaval will be indwelt by imaginary creatures –
sirens, unicorns, the phoenix, the faun –, which will acquire onstage the same ontological dimension as
the animals of Nature.
coreógrafo destaca: Fuga Sem Fim (2011), A Ballet
Story (2012), ZOO (2013), Ocidente, de Rémi de Vos
(2013), Fall (2014), COPPIA (2014) em co-criação com
Manuela Azevedo e Hélder Gonçalves, e Orlando
(2015) em co-criação com Sara Carinhas. Em março de
2007, venceu o 1º Prémio com o trabalho Ícones no 2nd
International Choreography Competition Ludwigshafen
07 – No ballet, em Ludwigshafen, Alemanha.
Com o espetáculo A Ballet Story, foi nomeado, em
Although traditions have been disappearing over time, the Christian Carnival gains a complete different
significance and is deeply rooted in western culture. We are referring here to sacrifice, abstinence, fasting,
rituals for the celebration of earthly and worldly life, in a gradual nearing to death evoked from Ash
Wednesday till Easter Sunday.
2013, para os Prémios SPA na categoria de Dança –
Melhor Coreografia.
The ritualizing of the celebration of life and of the acceptance of death, ends up then by becoming a
fascinating aspect of Christian culture.
Animals, masks and death – not necessarily by this order – will be the main subjects of this Carnaval
which, undoubtedly, seeks inspiration in an Adilia Lopes’ poem.
Victor Hugo Pontes — may 2015
25
PROJETOS
CNB
—
2015/2016
DIGRESSÃO
NACIONAL
LÍDIA
PEDRO E INÊS
TÁBUA RASA
Teatro Viriato, Viseu
30 e 31 de outubro às 21h30
Teatro Municipal Joaquim
Benite, Almada
29 e 30 de dezembro às 21h30
Coprodução CNB / Vo’Arte
António Cabrita, Henriett Ventura,
Paulo Ribeiro coreografia
São Castro e Xavier Carmo
Luís Tinoco música
co-criação e interpretação
José António Tenente figurinos
Nuno Meira desenho de luz
Música gravada pela Orquestra
Metropolitana de Lisboa sob a direção
PROGRAMA REPORTÓRIO
Teatro Municipal do
Porto, Rivoli
29 e 30 de janeiro às 21h30
Lisboa, Teatro Camões,
Companhia Nacional de Bailado,
7 de novembro de 2014
Nuno Nogueira figurinos
Vítor José desenho de luz
São Castro sonoplastia
Seleção Musical
de Pedro Neves
Estreia absoluta
Wilson Mestre Galvão cenografia
PROGRAMA DANÇA
E DOCUMENTÁRIO
Teatro Municipal do
Porto, Rivoli
31 de janeiro às 17h
Jóhann Jóhannsson
“Miracle, mystery and authority”
Set Fire to Flames
“This thing between us is a rickety bridge
of impossible crossing”
Machinefabriek
“Stillness #4 (Yalour Islands, Antarctica)”
CARNAVAL
Teatro Municipal do
Porto, Rivoli
1 e 2 de Julho às 21h30
Outras datas a confirmar
Peter Broderick & Machinefabriek
“In Session 05 10 09”
Oren Ambarchi
“Quixotism Part”
Machinefabriek
“Drijfzand”
Estreia absoluta
Lisboa, Teatro Camões
Companhia Nacional de Bailado,
21 de maio de 2015
Disponível para digressão
Favor contactar:
CNB – Bruno Silva
[email protected]
Vo’Arte
Mas porque será sempre Lídia
a pegar nas rosas
Dr. Ricardo Reis?
¯¯¯ Adília Lopes,
in Os 5 livros de versos salvaram o tio, 1991.
Dobra – Poesia Reunida 1983-2014
[email protected]
27
PROJETOS CNB 2015/2016
A escritora pobre remendada quase cega entrevada a sobreviver numa mansarda a alimentar-se
de cevada e rabanetes a coser para fora alegremente
a escrever romances à luz da lamparina não existe.
15/8/14
¯¯¯ Adília Lopes,
Mito, in Manhã, 2015.
DIGRESSÃO
INTERNACIONAL
FORA
DE PORTAS
ALEMANHA
ORFEU E EURÍDICE
Staatstheater Darmstadt
16 e 17 de março às 19h30
Olga Roriz coreografia
Christoph Willibald Gluck música
Nuno Carinhas cenário e figurinos
Cristina Piedade desenho de luz
Paulo Reis assistente para a dramaturgia
A BELA ADORMECIDA
ROMEU E JULIETA
Teatro Nacional de
São Carlos, Lisboa
Teatro Nacional
D. Maria II, Lisboa
Glorioso Verão/Festival
Shakespeare
Sílvia Rijmer assistente da coreógrafa
Forum am Schlosspark,
Ludwigsburg
20 de março às 20h
Theater der Bundesstadt, Bonn
23 e 24 de março às 19h30
Música gravada pelo Ecce Ensemble,
Coro da ESML e Divino Sospiro, sob
direção de Paulo Vassalo Lourenço
e Massimo Mazzeo, respetivamente
Estreia absoluta
Lisboa, Teatro Camões,
Companhia Nacional de Bailado,
3, 4, 5, 10, 11, 12, 17, 18
e 19 de dezembro às 21h
6, 13 e 20 de dezembro às 16h
Escolas
9 e 16 de dezembro às 15h
14, 15, 16, 20, 21, 22
e 23 de julho às 21h
17 de julho às 16h
Ensaio Geral Solidário
2 de dezembro às 21h
27 de fevereiro de 2014
Projetos de aproximação à dança
25, 26 e 27 de novembro
das 14h às 17h
FESTIVAL AO LARGO
PROGRAMA A ANUNCIAR
28, 29 e 30 de julho às 22h
PAD – PROJETOS DE
APROXIMAÇÃO À DANÇA
CONVIDADA – CATARINA CÂMARA
Os serviços educativos da Companhia Nacional de Bailado seguem
as premissas lançadas nos anos anteriores, onde através de pequenos
projetos idealizados por um convidado, estudantes entre os 9 e os 16
anos podem conviver com criadores e intérpretes, assistir a ensaios,
familiarizar-se com diferentes linguagens artísticas e experimentar
a dança nas suas diversas dimensões.
Cada workshop serve ainda de introdução aos espetáculos para
escolas a que os participantes são convidados a assistir gratuitamente.
Como na temporada anterior, estes projetos estarão igualmente
disponíveis nos teatros que a CNB visitar, em digressão nacional.
Uma floresta é um labirinto?
um deserto pode ser rocaille?
a vida é um romance?
o mundo é um palco?
um florete é uma flor?
uma serpentina é uma serpente?
¯¯¯ Adília Lopes,
Natura et ars, in Os 5 livros de
versos salvaram o tio, 1991.
Dobra – Poesia Reunida 1983-2014
PEDRO E INÊS
PROGRAMA REPORTÓRIO
Sede CNB
23, 24 e 25 de setembro
das 14h às 17h
Sede CNB
20, 21 e 22 de janeiro
das 14h às 17h
Espetáculo para Escolas
14 de outubro às 15h
Espetáculo para Escolas
18 de fevereiro às 15h
MORCEAU DE BRAVOURE
Teatro Municipal do Porto,
Rivoli
28 e 29 de janeiro
Teatro Camões
21, 27 e 28 de outubro
das 14h às 17h
Espetáculo para Escolas
18 de novembro às 15h
LÍDIA
Teatro Viriato, Viseu
30 e 31 de outubro
horas a confirmar
A BELA ADORMECIDA
Teatro Nacional de
São Carlos
25, 26 e 27 de novembro
das 14h às 17h
Espetáculo para Escolas
9 e 16 de dezembro às 15h
horas a confirmar
ROMEU E JULIETA
Teatro Camões
12, 14 e 15 de abril
das 14h às 17h
Espetáculo para Escolas
5 de maio às 15h
CARNAVAL
Teatro Camões
18, 19 e 20 de maio
das 14h às 17h
Espetáculo para Escolas
22 de junho às 15h
Para reservar um workshop ou lugares num
Teatro Municipal do Porto,
Rivoli
1 e 2 de julho
espetáculo para a sua escola, favor contactar:
horas a confirmar
Cristina de Jesus (coordenadora PAD)
Telf. 218 923 489 / [email protected]
Fora de Lisboa, favor contactar o respetivo teatro.
Catarina Câmara nasceu em Lisboa, em 1975. É licenciada em Direito pela Faculdade
de Direito de Lisboa e em Dança pela Escola Superior de Dança, do Instituto Politécnico
de Lisboa. Fez a sua formação complementar em artes performativas no Forum Dança,
Centro em Movimento e Centro Coreográfico de Bruxelas. Desde 2003 integra a Companhia
de Dança Contemporânea Olga Roriz, onde desenvolve o seu trabalho como intérprete e
cocriadora. Paralelamente criou o solo A Cabra Sou Eu (CCB-2009), Ninguém Sabia Contar
Aquela História (CCB-2012), criação coletiva com direção de Sara Anjo (CCB- 2011), Amora,
uma co-criação com Félix Lozano (Teatro do Naco-2011) e De Duas Uma, co-criação com
Maria Belo Costa (Casa dos dias D`água-2005). Tem colaborado em teatro com coreografia
e movimento, nomeadamente com Rogério de Carvalho (Tartufo, Teatro Municipal Joaquim
Benite, 2014). Rodrigo Francisco (Em Direcção aos Céus, Teatro Municipal Joaquim
Benite, 2013), Luca Aprea (Carnaval et La Folie, CCB, 2011), Maria João Rocha (Vinte
e Zinco, Teatro Nacional D.Maria II, 2007 ) e Claudio Hochman (Sonho de Uma Noite de
Verão, Teatro Nacional D. Maria II, 2008). Como docente, dá formações regulares para
estudantes e profissionais de dança e teatro (Escola Superior de Teatro e Cinema, Escola
Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa, Espaço Evoé, Espaço Sou, Companhia Nacional
de Dança de Lisboa, FOR- Formação Olga Roriz, Escola Secundária Anselmo de Andrade,
Teatro Municipal Joaquim Benite, Teatro Municipal de Aveiro, Escola António Verney,
entre outros). Atualmente está a frequentar o curso de Counsellor em Terapia Gestalt
pela Sociedade Luso-Espanhola de Terapia Gestalt em Lisboa, onde aprende a encurtar
o caminho que vai da cabeça aos pés.
29
PROJETOS CNB 2015/2016
CNB NAS ESCOLAS
A FADA ORIANA
O espetáculo A Fada Oriana, idealizado para estudantes do ensino
básico, é inspirado no conto homónimo de Sophia de Mello Breyner
Andresen, inserido nas obras recomendadas pelo Plano Nacional
de Leitura.
Indo ao encontro do imaginário de um leque de idades que une o final
da infância ao início da adolescência, A Fada Oriana é uma história
de beleza e magia sobre uma fada que promete cuidar da floresta pela
qual ficara responsável, preservando valores humanos e bens
da natureza.
Esta criação, produzida na temporada de 2014/15, é uma iniciativa de
um grupo de bailarinos da CNB que, empenhadamente, se dedicaram
à sua concretização.
Annabelle Barnes
Catarina Lourenço
Mário Franco
Mariana Paz
Paulina Santos
coreografia
Sara Carinhas
encenação
Mário Franco
sonoplastia
Jorge Sacadura Cabral
cenografia
Quando eu morrer
hei-de voltar
para buscar
os instantes
que não vivi
ao pé de ti
Milly
O modo como se cresce com a arte é na maior parte das vezes uma
escolha. Porém, é no primeiro ou nos encontros precoces com ela que
se descobre a potência que tem de raptar-nos ao quotidiano. Depois,
já se sabe, somos devolvidos ao mundo mais ricos. Só que há uma
condição para que a arte passe a complementar-nos a vida misturando-se com as nossas inquietações: sermos livres de fazer perguntas.
“De que é que tens medo?” é um ciclo de conferências em que
a palavra será dada aos jovens do segundo ciclo. O objetivo é que,
partindo dos temas dos espetáculos da programação 2015-2016 da
CNB, se abordem questões fundamentais da fase de desenvolvimento
em que se encontram. Amor, paixão, homossexualidade, machismo,
direitos das mulheres, coragem, inserção, racismo, violência,
submissão são alguns dos elementos que queremos trazer a debate,
o mais próximo possível do modo como são formulados pelos jovens.
A estrutura das quatro edições de “De que é que tens medo?” tem
por ponto de partida uma palestra dada por um convidado e duas
comunicações feitas por jovens, abrindo-se de seguida o debate
à audiência constituída por jovens.
À partida, só há uma certeza: nomear o medo é a melhor maneira
de esvaziá-lo.
Cristina Peres — maio 2015
¯¯¯ Adília Lopes,
in O regresso de Chamilly, 2000.
Dobra – Poesia Reunida 1983-2014
PEDRO E INÊS
14 de outubro
MORCEAU DE BRAVOURE
Henrique Andrade
figurinos
18 de novembro
Irina Oliveira
narração
PROGRAMA REPORTÓRIO
18 de fevereiro
Zeca Galamba
execução de cenários
ROMEU E JULIETA
5 de maio
Jorge Sacadura Cabral
Alexandra Sobral
pintura de cenários
As escolas interessadas
Artistas da Companhia
Nacional de Bailado
interpretação
DE QUE É QUE TENS
MEDO?
deverão contactar:
Cristina de Jesus
Telf. 218 923 489
[email protected]
11H – 13H CONFERÊNCIA/DEBATE
15H ESPECTÁCULO
ENSAIOS GERAIS
SOLIDÁRIOS
CURSO DE
HISTÓRIA DA DANÇA
Este projeto começou em março de 2011. Desde essa altura
realizámos 24 Ensaios Gerais Solidários, envolvendo 55 instituições
de solidariedade social que, por sua vez, usufruíram de donativos no
valor total de 220.837,44 €. A esses Ensaios Gerais assistiram 15.552
pessoas (números contabilizados até final de abril de 2015).
DA VIDA DA OBRA COREOGRÁFICA:
REPOR, RECONSTRUIR, RECRIAR
A ligação da cultura à solidariedade, a mobilização da sociedade civil
em torno de causas sociais e os resultados obtidos até agora são
razões mais que suficientes para dar continuidade a este projeto.
Luís Moreira, ex-bailarino da Companhia Nacional de Bailado,
é o coordenador do projeto e fá-lo em regime de voluntariado.
PEDRO E INÊS
ROMEU E JULIETA
Teatro Camões
7 de outubro às 21h
Teatro Camões
28 de abril às 21h
MORCEAU DE BRAVOURE
CARNAVAL
Teatro Camões
11 de novembro às 21h
Teatro Camões
15 de junho às 21h
A BELA ADORMECIDA
Teatro Nacional de
São Carlos
2 de dezembro às 21h
PROGRAMA REPORTÓRIO
Teatro Camões
4 de fevereiro às 21h
Professora Doutora Maria José Fazenda
A constância das obras coreográficas, como Giselle, O Quebra-Nozes,
A Sagração da Primavera ou A Pavana do Mouro, é assegurada por
um sistema dinâmico de transmissão, interpretação ou recriação, entre
diversos modos de proceder sobre os trabalhos criados.
Neste processo, em que participam bailarinos, coreógrafos, diretores
artísticos e espetadores, entre outros agentes, a obra é modificada,
transformada, em função de circunstâncias históricas, culturais
e políticas diversas. É sobre este conjunto de forças internas
e externas à própria dança que nos debruçaremos, dando conta,
em vários contextos, dos elementos que numa obra coreográfica
se perdem, preservam, ou transformam, reinvestindo-a de sentido.
Adotaremos uma cronologia, mas sobre a qual navegaremos, recuando
e avançando, conforme o movimento que uma determinada obra ou
as suas recriações suscitarem. Paralelamente às sessões teóricas,
em que apresentaremos e discutiremos casos concretos, teremos
a extraordinária oportunidade de ver os artistas da Companhia
Nacional de Bailado a trabalhar ao vivo, no estúdio e no palco, e assim
melhor compreender da vida, atividade e relevância da dança, não só
no passado, mas também no presente.
Maria José Fazenda — abril 2015
Os poemas que escrevo
são moinhos
que andam ao contrário
as águas que moem
os moinhos que andam ao contrário
são as águas passadas
¯¯¯ Adília Lopes,
¯¯¯ in Um jogo bastante perigoso, 1985.
¯¯¯ Dobra – Poesia Reunida 1983-2014
As Instituições interessadas deverão
contactar a CNB para escolha de data,
programa e acordo de condições.
Luís Moreira (coordenador EGS)
[email protected]
31
PROJETOS CNB 2015/2016
MÓDULO I – BARROCO
Sessões teóricas
11 e 18 de outubro de 2015,
das 11h às 13h
Sessão ensaio, visita a aula
ou ensaios da CNB
15 de outubro de 2015,
das 16h às 18h
Sessão espetáculo
Pedro e Inês de Olga Roriz
22 de outubro de 2015 às 21h
Teatro Camões
MÓDULO II – ROMÂNTICO
Sessões teóricas
8, 15, 22 e 29 de novembro
de 2015, das 11h às 13h
Sessão ensaio, visita a aula
ou ensaios da CNB
19 de novembro de 2015,
das 16h às 18h
Sessão espetáculo
A Bela Adormecida
4 de dezembro de 2015 às 21h
Teatro Nacional de São Carlos
MÓDULO III – BALLETS
RUSSES
Sessões teóricas
17, 24 e 31 de janeiro
e 7 de fevereiro de 2016,
das 11h às 13h
Sessão ensaio, visita a aula
ou ensaios da CNB
19 de janeiro de 2016,
das 16h às 18h
Sessão espetáculo
Programa Repertório
12 de fevereiro de 2016 às 21h
Teatro Camões
MÓDULO IV –
CONTEMPORÂNEO
Sessões teóricas
3, 10 e 17 de abril de 2016,
das 11h às 13h
Sessão ensaio, visita a aula
ou ensaios da CNB
13 de abril de 2016,
das 16h às 18h
Sessão espetáculo
Romeu e Julieta de Rui Horta
6 de maio de 2016 às 21h
Teatro Camões
Preçário e condições
Sessão teórica
5€ / por sessão
(13 sessões)
Curso Total
60€
(13 sessões teóricas +
4 sessões ensaios +
4 sessões espetáculo)
Sessão ensaio
grátis (exclusivo
para os inscritos no
respetivo Módulo)
Sessão espetáculo
1 bilhete grátis e outro
com 50% de desconto
(exclusivo para os
inscritos no respetivo
Módulo)
Diploma de frequência
para a totalidade dos
4 Módulos do Curso
Inscrições limitadas
ao número máximo de
30 pessoas
Inscrições
Pedro Mascarenhas
Telf. 218 923 488
[email protected]
Maria José Fazenda é professora na Escola
Superior de Dança (ESD) do Instituto Politécnico de
Lisboa (IPL). Investigadora do CRIA – Centro em Rede
de Investigação em Antropologia. É Presidente do
Conselho Técnico-Científico da ESD-IPL. É membro
da Comissão Científica do Doutoramento em Artes
(Artes Performativas e da Imagem em Movimento),
um curso oferecido pela Universidade de Lisboa com
a colaboração do IPL. Doutorada em Antropologia pelo
ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa. Fez o Curso
de Dança do Conservatório Nacional. Foi crítica de
dança do jornal Público, entre 1992 e 2001. Organizou
a antologia Movimentos Presentes: Aspectos da
Dança Independente em Portugal (Cotovia e Danças na
Cidade, 1997) e é autora, entre outras publicações, de
Dança Teatral: Ideias, Experiências, Ações - 2ª edição
revista e atualizada (Colibri, 2012 [Celta, 2007]).
A CNB E OS POETAS
Em 2014 recebemos, como presente,
a escrita de alguns poetas para
publicarmos. Numa temporada
em que, de novo, unimos a dança
e a poesia, renovaremos o convite,
desejavelmente mais alargado,
para que o quotidiano da CNB seja
inspiração de novas palavras, num
mover enleado de corpos e poemas.
Uma nova publicação fica prometida
para o segundo semestre de 2016.
Escrever um poema
é como apanhar um peixe
com as mãos
nunca pesquei assim um peixe
mas posso falar assim
sei que nem tudo o que vem às mãos
é peixe
o peixe debate-se
tenta escapar-se
escapa-se
eu persisto
luto corpo a corpo
com o peixe
ou morremos os dois
ou nos salvamos os dois
tenho de estar atenta
tenho medo de não chegar ao fim
é uma questão de vida ou de morte
quando chego ao fim
descubro que precisei de apanhar o peixe
para me livrar do peixe
livro-me do peixe com o alívio
que não sei dizer
¯¯¯ Adília Lopes,
Arte Poética, in Um jogo bastante perigoso, 1985.
Dobra – Poesia Reunida 1983-2014
33
PROJETOS CNB 2015/2016
A POESIA DE CADA
DIA NOS DAI HOJE
TARDE, ADÍLIA LOPES
Oito individualidades da sociedade portuguesa serão desafiadas
a selecionar poemas para serem lidos por eles próprios ou por
convidados a anunciar. Para finalizar algumas tardes de sábados,
e antecedendo espetáculos da CNB, a poesia marca presença em
oito sessões de leitura, entre as 19h e as 20h.
Para iniciar o mês em que a poetisa celebra o seu aniversário, realizaremos ao longo de três horas uma sessão das duas expressões artísticas
que movem a presente temporada da CNB: a dança e a poesia.
No dia 2 de abril, as duas artes percorrerão uma maratona de
improvisação e leituras. Em paralelo, num teatro que vem convocando
a união entre as duas linguagens, os corpos e as palavras homenagearão
aquela cuja poesia foi inspiração para a programação 2015/2016.
André e. Teodósio
curadoria
A poesia de cada dia
nos dai hoje
título da atividade é um
poema de Adília Lopes,
gentilmente cedido pela
autora.
Adília Lopes, in Apanhar
ar, 2010. Dobra – Poesia
Reunida 1983-2014
10 DE OUTUBRO
Teatro Camões
14 DE NOVEMBRO
Teatro Camões
5 DE DEZEMBRO
Teatro Nacional de
São Carlos
16 DE JANEIRO
Teatro Camões
13 DE FEVEREIRO
Teatro Camões
30 DE ABRIL
Teatro Camões
14 DE MAIO
Teatro Camões
18 DE JUNHO
Teatro Camões
Nicolau Santos
coordenador da poesia
Teatro Camões
2 de abril de 2016, das 16h às 19h
TERPSICORE
Parceria da Companhia Nacional de Bailado com a
Faculdade de Motricidade Humana e o apoio do Instituto de
Etnomusicologia – centro de estudos em música e dança
Terpsicore é um arquivo sediado na Faculdade de Motricidade Humana
da Universidade de Lisboa, dedicado à dança produzida em Portugal.
Na sua origem constituído por doações, este arquivo pretende ser hoje
um repositório que pode agregar acervos sobre o mesmo tema, com
proveniências diversas.
Terpsicore contou e conta com o apoio do Instituto de Etnomusicologia
– centro de estudos em música e dança. Este centro de investigação,
recentemente classificado pela FCT como “excelente”, possui uma
experiência acumulada no tratamento e arquivo de documentação
escrita e sonora em música e dança. Neste momento, para além
do apoio financeiro da FCT, o projeto aguarda resposta do concurso
promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Terpsicore assume o cruzamento entre o mundo universitário e as
comunidades artísticas como um dos seus principais propósitos.
Assim, o projeto está disponível e empenhado em acolher nomeadamente o conjunto documental da CNB, incorporando-o na Base de
Dados em linha. Posteriormente, pretende manter e aprofundar uma
atitude atrativa de forma a acolher outras coleções e testemunhos da
comunidade artística de dança.
Para além do trabalho de tratamento e arquivo de acervos existentes,
o projeto tenciona estimular uma reflexão aprofundada sobre as relações
entre arquivo enquanto organização de documentos físicos, e a salvaguarda
e valorização do património artístico português e dos seus repertórios.
Daniel Tércio — abril 2015
IMAGEM CNB
2015/2016
BRUNO SIMÃO
36 anos, natural de Lisboa. Conclui em 2006 a Licenciatura de Teatro
– Formação de Actores na Escola Superior de Teatro e Cinema, onde
trabalha com alguns dos mais prestigiados encenadores portugueses.
Conclui em 2010 o curso profissional de fotografia do Instituto
Português de Fotografia de Lisboa. Para além de alguns trabalhos
pontuais como ator, colabora presentemente como fotógrafo com
o Teatro Casa Conveniente, o Teatro de Pesquisa Comuna, com
a Companhia Maior (CCB), a Companhia Nacional de Bailado e outros
autores individuais.
OUTRAS
INFORMAÇÕES
—
As fotografias desta brochura, da autoria de Bruno Simão, foram
realizadas em sessão fotográfica com os bailarinos da CNB, Patricia
Keleher, Andreia Mota, Tiago Coelho e Joshua Earl.
35
BILHETES TEATRO CAMÕES
PROGRAMAS CNB
PROGRAMA DANÇA
E DOCUMENTÁRIO
CARRÉ D’OR
30€
12,5€
PLATEIA A1
25€
12,5€
PLATEIA A2
20€
12,5€
PLATEIA B
17.5€
12,5€
PLATEIA C
15€
12,5€
PLATEIA D
10€
12,5€
PLATEIA C1
5€
5€
BILHETES ESPETÁCULOS NO TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS
A BELA
ADORMECIDA
PLATEIA
35€
BALCÃO 3.ª ORDEM – A
25€
BALCÃO 3.ª ORDEM – B
15€
BALCÃO 4.ª ORDEM – A
17,5€
BALCÃO 4.ª ORDEM – B
15€
FRISA – 3 LUGARES
75€
FRISA – 5 LUGARES
175€
CAMAROTE 1.ª ORDEM – 3 LUGARES
75€
CAMAROTE 1.ª ORDEM – 4 LUGARES
140€
CAMAROTE 1.ª ORDEM – 5 LUGARES
175€
CAMAROTE 2.ª ORDEM – 2 LUGARES
35€
CAMAROTE 2.ª ORDEM – 4 LUGARES
120€
CAMAROTE 2.ª ORDEM – 5 LUGARES
150€
CAMAROTE 3.ª ORDEM – 2 LUGARES
30€
CAMAROTE 3.ª ORDEM – 3 LUGARES
60€
Desempregados 25%
CAMAROTE 3.ª ORDEM – 4 LUGARES
80€
CAMAROTE 4.ª ORDEM – 2 LUGARES
30€
CAMAROTE 4.ª ORDEM – 3 LUGARES
45€
Condições de reserva
As reservas serão garantidas
durante 48h a partir do
momento em que são
efe-tuadas e só aceites até
48h antes do dia de espetáculo.
DESCONTOS
PREÇOS ESPECIAIS
BILHETEIRAS
Menores de 25 e
maiores de 65 anos 50%
Espetáculos para escolas
Escolas 3€ / Professores* 0€
Grupos com mais de
15 elementos 25%
Tardes de Domingo
Adultos acompanhados com
menores de 18 anos 25%**
Teatro Camões
Quarta a domingo
das 13h às 18h (01 nov – 30 abr)
das 14h às 19h (01 mai – 31 out)
Dias de espetáculo até
meia-hora após o início do
espetáculo.
Telef. 218 923 477
Cartão Fnac 20%
Cartão Lisboa Viva 15%
Formas de pagamento
Numerário, Cheque, Multibanco
ou Cartão de crédito.
* 2 professores por turma
** Apenas válido para espetáculos no Teatro Camões
*** Só disponível na bilheteira do Teatro Camões (Plateia D)
**** Só disponível na bilheteira do Teatro Camões (Camarote 3 e 4)
Profissionais de
Espetáculo***
Preço único 5€
Mobilidade Reduzida ****
Preço único 15€
Festival ao Largo
Durante o Festival ao Largo,
de 3 a 25 de julho de 2015,
adquira os seus bilhetes
com 25% de redução
(não acumulável com outros
descontos). Disponível nas
bilheteiras do Teatro Nacional
de São Carlos e Teatro Camões.
Teatro Nacional
de São Carlos
Segunda a sexta
das 13h às 19h
Telef. 213 253 045
Ticketline
www.ticketline.pt
Telef. 707 234 234
Lojas Abreu, Fnac,
Worten, El Corte Inglés,
C.C. Dolce Vita
Programação sujeita
a alteração.
Poemas
© Adília Lopes, Assírio & Alvim /
Grupo Porto Editora
Retroversões
Rui Esteves
Fotografias CNB
Bruno Simão
Design gráfico
Estúdio João Campos
Guide – Artes Gráficas
Tiragem 15000 exemplares
Companhia Nacional
de Bailado
© junho 2015
CONTACTOS
Teatro Camões
Passeio do Neptuno, Parque
das Nações
1990 - 193 Lisboa
Telef. 218 923 470
COMO CHEGAR
Metro
Linha Vermelha > Oriente
Autocarro Carris
208, 210, 400, 705, 708, 725,
728, 744, 750, 759, 782, 794
Caminhos de Ferro CP
Gare do Oriente
Parques para Automóveis
Parque do Oceanário
Parque da Doca
www.cnb.pt
www.facebook.com/cnbportugal
www.youtube.com/cnbportugal

Documentos relacionados

direção artística luísa taveira

direção artística luísa taveira e bom som que já chega de “no future”; o que o país precisa é de more more more... future. Mas Faustin não seria Faustin se também não cantasse a beleza do país onde nasceu, a generosidade e a aleg...

Leia mais