Siddhatta Gotama, o Buda - Sociedade Budista do Brasil

Transcrição

Siddhatta Gotama, o Buda - Sociedade Budista do Brasil
“Por que a comunidade dos devas está tão desordenadamente exaltada?
Por que vocês estão segurando estandartes e acenando com eles ao redor?”
[Então os devas responderam:]
Módulo I - Siddhatta Gotama, o Buda
Sua História e Busca, conforme leituras do Cânone Pali
Esta é uma descrição da vida do Buda baseada em trechos de suttas (sermões) do
Cânone em Pali. Nesta breve antologia você irá encontrar material suficiente para
ter pelo menos uma idéia da extensão dos ensinamentos do Buda e da trajetória
envolvente da sua vida extraordinária.
Para relatos mais detalhados da vida do Buda, por favor veja estas duas
excelentes antologias: The Splendour of Enlightenment: A Life of the Buddha
(dois volumes), compilado por Phra Khantipalo (Bangkok: Mahamakut
Rajavidyalaya Press, 1976), e The Life of the Buddha por Bhikkhu Ñanamoli
(Kandy: Buddhist Publication Society, 1992).
"De fato, o Abençoado é um arahant, perfeitamente iluminado, consumado no verdadeiro
conhecimento e conduta, bem-aventurado, conhecedor dos mundos, um líder insuperável
de pessoas preparadas para serem treinadas, mestre de devas e humanos, desperto,
sublime." [Mahanama Sutta – Sermão Para Mahanama..AN XI.12]
“O Bodisatva, a jóia mais preciosa, inigualável, nasceu para o bem estar e felicidade no
mundo
humano
em
uma
cidade
na
região
dos
Sakyas,
Lumbini.
É por isso que estamos todos desordenadamente exaltados.Ele, o supremo de todos os
seres, a pessoa suprema, um touro entre os homens, o primeiro entre todas as pessoas,
colocará em movimento a Roda [do Dhamma] no bosque com o nome dos videntes, como
um leão forte, rugindo, o conquistador de bestas.”
Ouvindo essas palavras, Asita rapidamente descendeu [do paraíso] e se dirigiu à residência
de Suddhodana.Lá, tomando um assento, ele disse aos Sakyas:
“Onde está o príncipe? Eu, também, quero vê-lo.”
Os Sakyas então mostraram para o vidente chamado Asita o seu filho, o príncipe, como
ouro brilhante, polido pelo mais hábil ourives na boca da fornalha, resplandecendo em
glória, imaculado na cor. [...] E ao receber o touro dos Sakyas, saudosamente, o mestre dos
mantras e sinais exclamou com a mente confiante:
“Este é insuperável, o mais elevado da raça bípede.”
Então, prevendo a sua iminente partida, ele, deprimido, verteu lágrimas. Vendo-o chorar,
os Sakyas perguntaram:
“Mas com certeza não haverá perigo para o príncipe?”
Vendo a preocupação dos Sakyas ele respondeu:
1. O Bodhisatta (que será Buda)
Asita, o vidente, visita o príncipe recém nascido [Data: -80 EB]
Após o nascimento de Siddhatta Gotama, o eremita Asita visita os Sakyas.
“Asita, o vidente, na sua meditação do meio dia, viu os devas do Grupo dos Trinta exultantes, estáticos - vestidos com puro branco, honrando a Indra,
segurando estandartes, aplaudindo desordenadamente, e vendo os devas assim felizes e
contentes, ao saudá-los, ele disse:
Um presente no Dhamma, para distribuição gratuita.
“Eu prevejo para o príncipe nenhum dano. Nem haverá para ele qualquer perigo. Ele não é
inferior: tenham certeza. Este príncipe alcançará o máximo despertar por seu próprio
mérito. Ele, vendo a máxima pureza, colocará em movimento a Roda do Dhamma por
compaixão pelo bem estar de muitos. A sua vida santa se espalhará em muitas direções.
Mas quanto a mim minha vida aqui não tem mais resíduo; minha morte ocorrerá antes. Eu
não ouvirei o Dhamma deste aqui com a tarefa inigualável. Essa é a razão porque estou
golpeado, atormentado e triste.” [Nalaka Sutta - Sermão Para Nalaka. Snp III.11]
Compilação: Gabriel Nunes Laera
1
O jovem príncipe se desencanta com a sua vida luxuosa
uma concha polida. E se eu raspasse o meu cabelo e barba, vestisse os mantos de cor ocre e
seguisse a vida santa?'
O Buddha relata sua vida de luxos como príncipe, antes de Iluminar-se.
“ Bhikkhus, Eu vivi em refinamento, o maior refinamento, refinamento total. Meu pai
mandou construir no nosso palácio lagos com flores de lótus: um onde floresciam lótus
vermelhas, outro onde floresciam lótus brancas, outro onde floresciam lótus azuis, tudo
em meu beneficio. Eu não usava outro sândalo que não fosse de Benares. Meu turbante era
de Benares, como era minha túnica, minha roupa de baixo e minha capa. Uma sombrinha
branca era mantida sobre mim durante o dia e noite para proteger-me do frio, calor,
poeira, sujeira e orvalho.
“ Eu tinha três palácios: um para a estação fria, um para a estação quente e um para a
estação das chuvas. Durante os quatro meses da estação das chuvas eu era entretido no
palácio para a estação das chuvas por menestréis e não havia nenhum homem entre eles, e
eu não saia nunca do palácio.. Enquanto que os serviçais, trabalhadores e empregados nas
casas de outras pessoas eram alimentados com sopa de lentilhas e arroz quebrado, na casa
do meu pai os serviçais, trabalhadores e empregados eram alimentados com trigo, arroz e
carne.
“ Apesar de ter sido favorecido com essa boa sorte, com tal total refinamento, o
pensamento me ocorreu: ‘Quando uma pessoa sem instrução, uma pessoa comum, sujeita
ao envelhecimento, [enfermidade e morte], que não superou o envelhecimento,
envelhecimento, [enfermidade e morte,] vê um outro que está envelhecido, ela fica
envergonhada, repelida e desgostosa, sem se dar conta, de que ela também está sujeita ao
envelhecimento, que não superou o envelhecimento. Se eu – que estou sujeito ao
envelhecimento, [enfermidade e morte] que não superei o envelhecimento [enfermidade e
morte] – ficasse envergonhado, repelido e desgostoso vendo uma pessoa que é velha,
[doente, morta] isso não seria digno.’ Notando isso, a [típica] embriaguez de um jovem
com a juventude desapareceu completamente. [Sukhamala Sutta – Sermão sobre o
Refinamento AN III.39]
Aos 29 anos de idade, o jovem príncipe segue a vida santa [Data: -51 EB]
Siddhatta vê a necessidade de abandonar a vida em família:
"Antes do meu Despertar quando eu ainda era um Bodisatva não iluminado, eu pensei: 'A
vida em família é confinada, um caminho empoeirado. A vida santa é como o ar livre. Não
é fácil viver em casa e praticar a vida santa completamente perfeita, totalmente pura, como
Um presente no Dhamma, para distribuição gratuita.
"Mais tarde, ainda jovem, um homem jovem com o cabelo negro, dotado com as bênçãos da
juventude, na flor da juventude, embora minha mãe e meu pai desejassem outra coisa e
chorassem com o rosto coberto de lágrimas, eu raspei meu cabelo e barba, vesti o manto de
cor ocre e deixei a vida em família e segui a vida santa." [Mahasaccaka Sutta - O Grande
Discurso para Saccaka. MN 36]
O Bodisatva em pouco tempo supera seus mestres Alara e Uddaka
Siddhatta, agora um asceta supera seus dois mestres, Alara Kalama e Uddaka
Ramaputta, igualando-se a eles em seus ensinamentos e realizações.
"Tendo seguido a vida santa em busca do que é benéfico, buscando o insuperável estado de
paz sublime procurei por Alara Kalama, [e em seguida Uddaka Ramaputta] e lhes disse:
'Amigo, quero viver a vida santa neste Dhamma e Disciplina.' Alara Kalama [e em seguida
Uddaka Ramaputta] lhe responderam, ‘O Venerável pode ficar aqui, meu amigo. Este
Dhamma é tal que uma pessoa sábia pode em pouco tempo entrar e permanecer nele,
compreendendo por si mesmo através do conhecimento direto a doutrina do seu mestre.'
Em breve aprendi aquele Dhamma. No que diz respeito à mera recitação e repetição dos
seus ensinamentos, eu falava com conhecimento e segurança e reivindicava, ‘Eu sei e vejo’ –
e havia outros que assim também diziam.
"Eu pensei: 'Não é somente pela mera fé que Alara Kalama, [e Uddaka Ramaputta]
declaram, "Tendo compreendido por mim mesmo com o conhecimento direto, eu entro e
permaneço neste Dhamma.” Com certeza Alara Kalama, [e Uddaka Ramaputta]
permanecem conhecendo e vendo este Dhamma.'
Então fui até Alara Kalama, [e Uddaka Ramaputta], e lhes perguntei: ‘Amigo, de que
forma, tendo compreendido por você mesmo com conhecimento direto, você declara que
entra e permanece nesse Dhamma?' Em resposta, Alara Kalama declarou a esfera do nada.
E Uddaka Ramaputta declarou a esfera da nem percepção, nem não percepção.
"Eu pensei: 'Não somente Alara Kalama, [e Uddaka Ramaputta] têm fé, energia, atenção
plena, concentração e sabedoria. Eu, também, tenho fé, energia, atenção plena, concentração
e sabedoria. E se eu me esforçasse para realizar por mim mesmo o Dhamma no qual Alara
Kalama [e Uddaka Ramaputta] declaram entrar e permanecer, tendo compreendido por
eles mesmos através do conhecimento direto?'
Compilação: Gabriel Nunes Laera
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Mas ele reconhece, após entrar e permanecer nas esferas do nada da nem
percepção nem não percepção, que os Dhammas, ou ensinamentos, ensinados
pelos mestres Alara e Uddaka não conduziam efetivamente ao Nibbana:
Dessa forma Alara Kalama [e Uddaka Ramaputta] meus mestres, colocaram-me, seu
pupilo, no mesmo nível que eles e me concederam a maior honra possível. Porém, o
pensamento me ocorreu, ‘Este Dhamma não conduz ao desencantamento, ao desapego, à
cessação, à paz, ao conhecimento direto, à iluminação, a Nibbana, mas somente ao
reaparecimento na esfera do nada.’ Dessa forma, não estando satisfeito com esse Dhamma,
eu parti. [Ariyapariyesana Sutta – Sermão sobre A Nobre Busca. MN 26]
Após isto, Siddhatta o asceta, pratica austeridades extremas na floresta
No sermão do Grande Discurso para Saccaka, o Buddha relata ter praticado
formas extremas de subjugar a mente e o corpo:
"Eu pensei: 'E se eu, com os dentes cerrados e pressionando minha língua contra o céu da
boca, abatesse, forçasse e subjugasse minha mente com a minha mente.' Dessa forma, com
os dentes cerrados e pressionando minha língua contra o céu da boca, abati, forcei e
subjuguei minha mente com a minha mente. Enquanto eu fazia isso o suor emanava das
minhas axilas. Tal como um homem forte agarra um homem mais fraco pela cabeça ou
pelos ombros e o abate, o força e o subjuga, da mesma forma com os dentes cerrados e
pressionando minha língua contra o céu da boca, abati, forcei e subjuguei minha mente
com a minha mente e o suor emanava das minhas axilas. Mas embora uma energia
incansável houvesse sido estimulada em mim e uma persistente atenção plena houvesse se
estabelecido, meu corpo estava agitado e inquieto porque eu estava exausto devido ao
doloroso esforço. Porém, a sensação de dor que surgiu em mim não invadiu a minha
mente e permaneceu.
Então ele busca parar a respiração, até o extremo da quase morte:
"Eu pensei: 'E se eu praticasse mais a meditação sem respirar.' Assim eu parei a inspiração
e a expiração através do nariz, boca e ouvidos. Ao fazer isso, houve uma queimação
violenta no meu corpo. Tal como se dois homens fortes agarrassem um homem mais fraco
pelos braços o assassem sobre uma cova com brasas em chamas, da mesma forma, quando
parei a inspiração e a expiração através do nariz, boca e ouvidos, houve uma queimação
violenta no meu corpo. Mas embora uma energia incansável houvesse sido estimulada em
mim e uma persistente atenção plena houvesse se estabelecido, meu corpo estava agitado
Um presente no Dhamma, para distribuição gratuita.
e inquieto porque eu estava exausto devido ao doloroso esforço. Porém, a sensação de dor
que surgiu em mim não invadiu a minha mente e permaneceu.
E passa a não mais se alimentar:
"Eu pensei: 'E se eu praticasse cortando completamente a alimentação.' Então os devas
vieram até mim e disseram, 'Estimado senhor, por favor não utilize a prática do corte
completo da alimentação. Se você assim o fizer, nós infundiremos alimento divino através
dos seus poros e você sobreviverá com isso.' Eu pensei, 'Se eu afirmar estar em jejum
completo enquanto esses devas estiverem infundindo alimento divino através dos meus
poros, eu estarei mentindo.' Assim eu os dispensei, dizendo, 'Não é necessário.'
Seu corpo deixa de ser como o de um nobre Sakya:
"Eu pensei: 'E se eu comesse somente um pouco de comida de cada vez, uma mão cheia de
cada vez, seja de sopa de feijão ou de sopa de lentilha, ou de sopa de legumes, ou sopa de
ervilhas.' Assim, eu comia muito pouco, uma mão cheia de cada vez, seja de sopa de feijão
ou de sopa de lentilha, ou de sopa de legumes, ou de sopa de ervilhas. Enquanto eu fazia
isso meu corpo ficou extremamente emaciado. Por comer tão pouco, os meus membros
ficaram como os segmentos articulados de uma videira ou bambu, [...] minhas costas
ficaram como a corcova de um camelo, [...] as projeções da minha espinha pareciam contas
de um cordão, [...] as minhas costelas se projetavam para a frente tão frágeis como as traves
de um celeiro destelhado, [...] o brilho dos meus olhos se afundou dentro da cavidade do
olho, parecendo com o brilho d´água no fundo de um poço profundo[...] o meu escalpo
enrugou e encolheu como uma abóbora verde, amarga, enruga e encolhe com o vento e o
sol, [...] a pele da minha barriga se uniu à minha espinha; portanto se eu tocasse a minha
barriga encontrava a minha espinha e se tocasse a minha espinha encontrava a pele da
minha barriga,[...] se eu tentasse aliviar meu corpo esfregando meus membros com as
mãos, os pelos, com as raízes apodrecidas, caíam do corpo à medida que eu os esfregava.
Mas por fim ele reconhece que esta prática não conduzia à Iluminação, ao
Nibbana:
"Eu pensei: 'Todos os contemplativos ou brâmanes que no passado experimentaram
sensações dolorosas, torturantes e penetrantes devido ao esforço, isto é o máximo, não
existe nada além disso. Todos os contemplativos ou brâmanes que no futuro
experimentarão sensações dolorosas, torturantes e penetrantes devido ao esforço, isto é o
máximo, não existe nada além disso. E todos os contemplativos ou brâmanes que no
presente experimentam sensações dolorosas, torturantes e penetrantes devido ao esforço,
Compilação: Gabriel Nunes Laera
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isto é o máximo, não existe nada além disso. Mas, através desta prática de austeridades
atormentadoras eu não alcancei nenhum estado supra-humano, nenhuma distinção em
conhecimento e visão digna dos nobres. Poderia haver um outro caminho para a
iluminação?" [Mahasaccaka Sutta - O Grande Discurso para Saccaka. MN 36]
Por fim, Siddhatta o asceta abandona as suas austeridades
Após muitos perigos e refletir o extremos das práticas extremas de treinamento ,
Siddhatta, o Bodhisatta, recorda de ter desfrutado de uma absorção prazerosa da
mente, ou jhana, enquanto pequeno, reconhecendo na prática moderada e plena
de concentração da mente o caminho para a Iluminação:
"Eu refleti: 'Eu me recordo que quando meu pai, o Sakya, estava ocupado enquanto eu
estava sentado à sombra fresca de um jambo-rosa, afastado dos prazeres sensuais,
afastado das qualidades não hábeis, eu entrei e permaneci no primeiro jhana, que é
caracterizado pelo pensamento aplicado e sustentado, com o êxtase e felicidade nascidos
do afastamento. Poderia ser esse o caminho para a iluminação?' Então, seguindo essa
memória, cheguei à conclusão: ‘Esse é o caminho para a iluminação.’
"Eu pensei: 'Por que temo esse prazer que não tem nada que ver com a sensualidade, nem
com qualidades mentais prejudiciais?' Eu pensei: 'Eu não temo mais esse prazer já que ele
não tem nada que ver com a sensualidade nem com qualidades mentais prejudiciais.'
Mas o corpo castigado pelas práticas ascéticas não permitia à sua mente desfrutar
desta absorção da mente, pois não se sustentava uma concentração moderada e
plena da mente:
"Eu refleti: 'Não é fácil alcançar esse prazer com um corpo tão extremamente emaciado. E
se eu comesse alguma comida sólida - um pouco de arroz com leite.' E eu comi um pouco
de comida sólida: um pouco de arroz com leite.
Mas seus cinco amigos ascetas não compreenderam a sábia decisão do
Bodhisatta:
Agora os cinco monges que estavam comigo, pensaram: 'Se Gotama, nosso contemplativo,
alcançar algum estado mais elevado, ele nos dirá.’' Porém, quando eles me viram comendo
comida sólida – um pouco de arroz cozido e mingau de aveia – eles sentiram repulsa e me
deixaram, pensando: 'O contemplativo Gotama agora vive gratificado pelos sentidos. Ele
deixou de lado a sua busca e reverteu ao luxo.'
Um presente no Dhamma, para distribuição gratuita.
Recomposto, Siddhatta, o Bodhisatta desfruta das absorções da mente, com a
concentração moderada e plena, sem ser tomado pela sensação prazerosa
resultante:
"Agora, tendo comido comida sólida e recuperado as minhas forças, afastado dos prazeres
sensuais, afastado das qualidades não hábeis eu entrei e permaneci no primeiro jhana, que
é caracterizado pelo pensamento aplicado e sustentado, com o êxtase e felicidade nascidos
do afastamento. Mas essa sensação prazerosa que surgiu em mim não invadiu a minha
mente e permaneceu.
"Abandonando o pensamento aplicado e sustentado eu entrei e permaneci no segundo
jhana ... Abandonando o êxtase ... eu entrei e permaneci no terceiro jhana ... Com o
completo desaparecimento da felicidade ... eu entrei e permaneci no quarto jhana. Mas essa
sensação prazerosa que surgiu em mim não invadiu a minha mente e permaneceu."
[Mahasaccaka Sutta - O Grande Discurso para Saccaka. MN 36]
2. A iluminação – O bodhisatta revela o Caminho do Meio
É anunciado o Caminho do Meio, que conduz ao Nibbana [Data: -45 EB]
“ Bhikkhus, há esses dois extremos aos quais aquele que abandonou a vida em família e
seguiu a vida santa não deve se entregar. Quais dois? A busca da felicidade nos prazeres
sensuais, que são baixos, vulgares, grosseiros, ignóbeis e que não trazem benefício; e a
busca da mortificação, que é dolorosa, ignóbil e que não traz benefício. Evitando esses dois
extremos o Tathagata despertou para o Caminho do Meio, que faz surgir a visão, que faz
surgir a sabedoria, que conduz à paz, ao conhecimento direto, à iluminação, a Nibbana.
“ E qual, bhikkhus, é o caminho do meio para o qual o Tathagata despertou, que faz surgir
a visão ... que conduz a Nibbana? É este Nobre Caminho Óctuplo: entendimento correto,
pensamento correto, linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto,
atenção plena correta, concentração correta. Esse, bhikkhus, é o caminho do meio para o
qual o Tathagata despertou, que faz surgir a visão, que faz surgir a sabedoria, que conduz à
paz, ao conhecimento direto, à iluminação, a Nibbana. [Dhammacakkapavattana Sutta –
Colocando a roda do Dhamma em movimento SN LVI.11]
Compilação: Gabriel Nunes Laera
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O fruto da iluminação é penetrar os Três Conhecimentos
Siddhatta, agora o Buddha ou Iluminado, penetra em três conhecimentos :
"Eu recordei minhas muitas vidas passadas, isto é, um nascimento, dois...cinco,
dez...cinqüenta, cem, mil, cem mil, muitos ciclos cósmicos de contração, muitos ciclos
cósmicos de expansão, muitos ciclos cósmicos de contração e expansão"
"O Tathagata despertou completamente para o mundo. Do mundo, o Tathagata está
desunido. O Tathagata despertou completamente para a origem do mundo. A origem do
mundo foi abandonada pelo Tathagata. O Tathagata despertou completamente para a
cessação do mundo. A cessação do mundo foi realizada pelo Tathagata. O Tathagata
despertou completamente para o caminho para a cessação do mundo. O caminho para a
cessação do mundo foi desenvolvido pelo Tathagata.
" Eu vi – através do olho divino, purificado e que sobrepuja o humano – seres falecendo e
renascendo e eu compreendi como eles são inferiores e superiores, bonitos e feios,
afortunados e desafortunados de acordo com o seu kamma: 'Esses seres – que são dotados
de má conduta com o corpo, linguagem e mente [...] – na dissolução do corpo, após a
morte, renascem no plano da privação, numa destinação ruim, nos reinos inferiores, no
inferno. Porém, aqueles seres – que são dotados de boa conduta com o corpo, linguagem e
mente, [...] – com a dissolução do corpo, após a morte, renascem num destino feliz, no
paraíso.' Dessa forma – através do olho divino, purificado e que sobrepuja o humano – eu
vi seres falecendo e renascendo e eu compreendi como eles são inferiores e superiores,
bonitos e feios, afortunados e desafortunados de acordo com o seu kamma.
"Tudo aquilo no mundo, com os seus devas, maras e brahmas, esta população com seus
contemplativos e brâmanes, seus príncipes e o povo, tudo aquilo que é visto, ouvido,
sentido, conscientizado, buscado, procurado, ponderado pela mente: o Tathagata despertou
completamente para tudo isso. Por isso ele é chamado o Tathagata.
" Eu compreendi, da maneira como realmente é, que ‘Isto é sofrimento… Esta é a origem
do sofrimento… Esta é a cessação do sofrimento… Este é o caminho que conduz à
cessação do sofrimento... Estas são as impurezas...Esta é a origem das impurezas.... Esta é a
cessação das impurezas...Este é o caminho que conduz à cessação das impurezas.’
"Neste mundo, com os seus devas, maras e brahmas, esta população com seus
contemplativos e brâmanes, seus príncipes e o povo, o Tathagata é o Conquistador, o Nãoconquistado, Omnisciente, Todo Poderoso. Por isso ele é chamado o Tathagata." [Loka
Sutta – O semão sobre o Mundo It.112]
"Quando eu assim soube e vi, minha mente estava livre da impureza do desejo sensual, da
impureza de ser/existir, da impureza da ignorância. Quando ela se libertou, surgiu o
conhecimento, ‘Libertada.’ Eu compreendi que ‘O nascimento foi destruído, a vida santa
foi vivida, o que devia ser feito foi feito, não há mais vir a ser em nenhum estado.'
3. Após a iluminação ele se pergunta se deve ensinar o Dhamma
Esses foram os conhecimentos verdadeiros que Buddha obteve na noite
da Lua Cheia do mês de Maio, que marca a sua Iluminação.
Ele se torna e proclama um Tathagata
Buda passou referir a si mesmo como Tathagata, uma palavra em pali que pode
ser compreendida como, completamente imanente, compassivo, sintonizado em
todas as coisas, completamente atento e ao mesmo tempo transcendente, dotado
da sabedoria transcendente. Tendo vindo o nosso meio, após a sua iluminação,
trazer a mensagem do imortal, incondicional, para o qual ele “foi” através da sua
própria prática do caminho.
Um presente no Dhamma, para distribuição gratuita.
"Desde a noite em que o Tathagata despertou completamente para a insuperável perfeita
iluminação até a noite na qual ele realize o parinibbana, tudo aquilo que o Tathagata disse,
falou, explicou é assim (tatha) e não de outra forma. Por isso ele é chamado o Tathagata.
"O Tathagata é aquele que age de acordo com (tatha) o que ele ensina, aquele que ensina de
acordo com as suas ações. Por isso ele é chamado o Tathagata.
Após refletir o Dhamma que ele realizou, ou seja, o sofrimento e a cessão deste, ele
se pergunta se aqueles tomados pela sede/cobiça e pela raiva/ódio poderiam
compreendê-lo:
“Eu pensei: ‘Este Dhamma que eu alcancei é profundo, difícil de ver e difícil de
compreender, pacífico e sublime, que não pode ser alcançado através do mero raciocínio,
sutil, para ser experimentado pelos sábios. Porém esta população se delicia com a adesão,
está excitada com a adesão, desfruta da adesão. Para uma população que se delicia com a
adesão, excitada pela adesão, desfrutando da adesão, esta verdade, isto é, a
condicionalidade isto/aquilo e a origem dependente são difíceis de serem vistas. E
também, é difícil de ver esta verdade, isto é, o silenciar de todas as formações, o abandono
de todas aquisições, o fim do desejo, desapego, cessação, Nibbana. Se eu fosse ensinar o
Dhamma, os outros não me entenderiam, e isso seria fatigante, enervante.’
Compilação: Gabriel Nunes Laera
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Então, estes versos nunca antes ouvidos, me ocorreram: ‘Basta agora com o ensino do
Dhamma que até para mim foi difícil alcançar; pois ele nunca será entendido por aqueles
que vivem com a cobiça e o ódio. Aqueles tingidos pela cobiça, envoltos na escuridão
nunca irão discernir este Dhamma difícil de ser compreendido que vai contra a torrente do
mundo, sutil, profundo, e difícil de ser visto.’ Pensando dessa forma, minha mente tendia
à inação ao invés do ensino do Dhamma.
Mas Brahma Sahampati, o senhor dos deuses, intervém e lembra ao Buddha o
seu papel como tal, de trazer de volta ao mundo o Dhamma dos Iluminados:
Então, com a mesma rapidez com que um homem forte pode estender o seu braço
dobrado ou dobrar o seu braço estendido, Brahma Sahampati desapareceu do mundo de
Brahma e apareceu na minha frente. Ele arrumou o seu manto externo sobre o ombro e
juntou as mãos em uma reverenciosa saudação, dizendo: ‘ Venerável senhor, que o
Abençoado ensine o Dhamma, que o Iluminado ensine o Dhamma. Há seres com pouca
poeira sobre os olhos que estão decaindo por não ouvir o Dhamma. Há aqueles que
entenderão o Dhamma.’ Depois de dizer isso, Brahma Sahampati disse ainda mais:
‘Em Magadha surgiram até agora ensinamentos contaminados formulados por aqueles
que ainda estão poluídos. Abram as portas para o Imortal! Que eles ouçam o Dhamma que
o Imaculado encontrou. [...] Ensine o Dhamma, Oh Abençoado, existem aqueles que irão
compreender.’
Então tendo ouvido o pedido de Brahma, e por compaixão pelos seres, inspecionei o
mundo com o olho de um Buda. Inspecionando o mundo com o olho de um Buda, eu vi
seres com pouca poeira sobre os olhos e com muita poeira sobre os olhos, com faculdades
aguçadas e com faculdades embotadas, com boas qualidades e com más qualidades, fáceis
de serem ensinados e difíceis de serem ensinados, e alguns que permaneciam vendo medo
e culpa no outro mundo. Tal como em um lago com flores de lótus azuis ou vermelhas ou
brancas, algumas flores de lótus que nascem e crescem n’água florescem imersas na água
sem sair fora d’água, e algumas outras flores de lótus que nascem e crescem n’água
pousam sobre a superfície d’água, e algumas outras flores de lótus que nascem e crescem
n’água sobem acima do nível d’água e permanecem sem serem molhadas pela água; assim
também, inspecionando o mundo com o olho de um Buda, eu vi seres com pouca poeira
sobre os olhos e com muita poeira sobre os olhos, com faculdades aguçadas e com
faculdades embotadas, com boas qualidades e com más qualidades, fáceis de serem
ensinados e difíceis de serem ensinados, e alguns que permaneciam vendo medo e culpa
no outro mundo.
Um presente no Dhamma, para distribuição gratuita.
Então respondi ao Brahma Sahampati em versos:
Para eles estão abertas as portas para o Imortal,
que aqueles com ouvidos mostrem agora a sua fé.
Pensando que seria problemático, Oh Brahma,
eu não quis falar o Dhamma sutil e sublime.’
Então o Brahma Sahampati pensou: ‘Eu criei a oportunidade para que o Abençoado ensine
o Dhamma.’ E depois de me homenagear, mantendo-me à sua direita, ele então
desapareceu.
4. O Buddha nos ofereceu quarenta e cinco anos de ensinamentos
Após ouvir de Brahma Sahampati o apelo para que ensinasse o Dhamma, Buddha
viveu seus últimos 45 anos de vida como um verdadeiro Mestre, sempre dedicado
e pronto para ensinar, ele apresentou ao mundo o Ensinamento dos Iluminados:
Ele anunciou as Quatro Nobres Verdades e o Nobre Caminho Óctuplo
“Agora, bhikkhus, esta é a nobre verdade do sofrimento: nascimento é sofrimento,
envelhecimento é sofrimento, enfermidade é sofrimento, morte é sofrimento; tristeza,
lamentação, dor, angústia e desespero são sofrimento; a união com aquilo que é
desprazeroso é sofrimento; a separação daquilo que é prazeroso é sofrimento; não obter o
que queremos é sofrimento; em resumo, os cinco agregados influenciados pelo apego são
sofrimento.
“Agora, bhikkhus, esta é a nobre verdade da origem do sofrimento: é este desejo que
conduz a uma renovada existência, acompanhado pela cobiça e pelo prazer, buscando o
prazer aqui e ali; isto é, o desejo pelos prazeres sensuais, o desejo por ser/existir, o desejo
por não ser/existir.
“Agora, bhikkhus, esta é a nobre verdade da cessação do sofrimento: é o desaparecimento e
cessação sem deixar vestígios daquele mesmo desejo, o abandono e renúncia a ele, a
libertação dele, a independência dele.
“Agora, bhikkhus, esta é a nobre verdade do caminho que conduz à cessação do
sofrimento: é este Nobre Caminho Óctuplo: entendimento correto, pensamento correto,
linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção plena
correta, concentração correta.
“E qual, bhikkhus, é o caminho do meio para o qual o Tathagata despertou, que faz surgir a
visão ... que conduz a Nibbana? É este Nobre Caminho Óctuplo: entendimento correto,
6
Compilação: Gabriel Nunes Laera
pensamento correto, linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço
correto, atenção plena correta, concentração correta. Esse, bhikkhus, é o caminho do meio
para o qual o Tathagata despertou, que faz surgir a visão, que faz surgir a sabedoria, que
conduz à paz, ao conhecimento direto, à iluminação, a Nibbana..
Os seus ensinamentos, sempre práticos, incluem lições acerca de regras básicas
de boas maneiras, lições sobre como tratar os pais, lições acerca do valor da
generosidade, acerca do valor da virtude, dos frutos da conduta virtuosa, cerca
das desvantagens dos prazeres sensuais – mesmo os divinos, acerca do valor da
renúncia, e acerca das Quatro Nobres Verdades. Em resumo, o Buda ensina como
realizar a felicidade verdadeira e duradoura: Nibbana
A sua reputação se espalhou na Índia antiga, de 2550 anos atrás, viajou
extensamente, ensinando milhares de discípulos leigos, bhikkhus, pessoas de
todas as castas e de todos estilos de vida, incluindo leprosos, excomungados e
seres divinos. O Buda ensinou também a sua antiga família, incluindo seu filho
Rahula, sua madrasta, Mahapajapati Gotami, e guia o seu irmão, Nanda, ao
estado de arahant, ou iluminação.
5. Os últimos dias do Buddha e seus últimos ensinamentos
Aos 80 anos de idade, o Buddha anuncia o fim de sua vitalidade:
“Assim é como são as coisas, Ananda! Quando jovem, a pessoa está sujeita ao
envelhecimento; quando saudável, sujeita à enfermidade; quando viva, sujeita à morte. A
complexão já não é mais tão pura e luminosa, os membros flácidos e enrugados, as costas
recurvadas; é possível discernir uma mudança nas faculdades – a faculdade do olho, a
faculdade do ouvido, a faculdade do nariz, a faculdade da língua, a faculdade do corpo.”
[Jara Sutta – Sermão sobre a Velhice. SN XLVIII.41]
Reconhecendo que alguns de seus discípulos ainda não haviam completado o
Caminho e que os futuros praticantes de seus Ensinamentos precisariam de um
líder para seguir, o Buddha aponta quem seus discípulos deveriam buscar após a
Sua morte:
“Portanto, Ananda, sejam ilhas para vocês mesmos, refúgios para vocês mesmos,
buscando nenhum refúgio externo; com o Dhamma como a sua ilha, o Dhamma como o
seu refúgio, buscando nenhum outro refúgio. E como, Ananda, um bhikkhu é uma ilha
para ele mesmo, um refúgio para ele mesmo, buscando nenhum refúgio externo; com o
Dhamma como a sua ilha, o Dhamma como o seu refúgio, buscando nenhum outro
Um presente no Dhamma, para distribuição gratuita.
refúgio? Neste caso, Ananda, um bhikkhu permanece contemplando o corpo como um
corpo, ardente, plenamente consciente e com atenção plena, tendo colocado de lado a
cobiça e o desprazer pelo mundo. Ele permanece contemplando as sensações como
sensações ... mente como mente ... objetos mentais como objetos mentais, ardente,
plenamente consciente e com atenção plena, tendo colocado de lado a cobiça e o desprazer
pelo mundo. Esses bhikkhus, Ananda, que agora ou depois que eu me for, permanecerem
como uma ilha para eles mesmos, como um refúgio para eles mesmos, sem nada mais como
refúgio, com o Dhamma como uma ilha, o Dhamma como refúgio, sem nada mais como
refúgio, eles serão para mim os bhikkhus mais eminentes dentre aqueles que têm interesse
em aprender.”
Três meses antes de Sua morte, o Buddha faz uma advertência e apresenta os
principais pontos de seus ensinamentos, que devem ser compreendidos e
diretamente aprendidos:
“Bhikkhus, esses ensinamentos que compreendi através do conhecimento direto e que
tornei do seu conhecimento, vocês devem aprendê-los completamente, [...] para o bemestar e felicidade de muitos, com compaixão pelo mundo, pelo bem, pelo bem-estar e
felicidade de devas e humanos.
“E quais, bhikkhus, são esses ensinamentos? Eles são os quatro fundamentos da atenção
plena, os quatro esforços corretos, as quatro bases do poder, as cinco faculdades
dominantes, os cinco poderes, os sete fatores de iluminação, e o Nobre Caminho Óctuplo.
Esses, bhikkhus, são os ensinamentos que compreendi através do conhecimento direto e
que tornei do seu conhecimento, vocês devem aprende-los completamente [...] para o bemestar e felicidade de muitos, com compaixão pelo mundo, pelo bem, pelo bem-estar e
felicidade de devas e humanos.”
Então o Abençoado disse aos bhikkhus: “Dessa forma, bhikkhus, eu os encorajo: todas as
coisas condicionadas estão sujeitas à decadência. Esforcem-se com diligência. O momento
do parinibbana do Tathagata está próximo. Daqui a três meses o Tathagata realizará o
parinibbana.”
E em seu Grande Sermão do Parinibbana, antes de deixar o mundo, O Buda
recomenda quatro locais para peregrinação: onde Ele nasceu, Se iluminou,
Ensinou pela primeira vez e Realizou o Paranibbana, ou Libertação Suprema. E
também afirma que, enquanto o Nobre Caminho Óctuplo for completamente
praticado, haverão arahants, ou seres iluminados.
Compilação: Gabriel Nunes Laera
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Ficamos então, com as últimas palavras do Buddha, proferidas no ano 1 da Era
Budista, há 2550 anos, em Kusinagara, na Índia:
Então o Abençoado disse para os bhikkhus: “Dessa forma, bhikkhus, eu os encorajo: todas
as coisas condicionadas estão sujeitas à decadência. Esforçem-se pelo objetivo com
diligência”. Essas foram as últimas palavras do Tathagata.
Então o Abençoado entrou no primeiro jhana. Emergindo dele ele entrou no segundo
jhana ... no terceiro ... no quarto jhana … na esfera do espaço infinito ... na esfera da
consciência infinita ... na esfera do nada ... na esfera da nem percepção, nem não
percepção. Emergindo dela, ele entrou na cessação da percepção e sensação. ´[...]
Então o Abençoado, emergindo da cessação da percepção e sensação, entrou na esfera da
nem percepção, nem não percepção. Emergindo dela, ele entrou na esfera do nada … na
esfera da consciência infinita ... na esfera do espaço infinito ... no quarto jhana ... no
terceiro ... no segundo ... no primeiro jhana. Emergindo do primeiro jhana ele entrou no
segundo ... no terceiro ... no quarto jhana. No quarto jhana, ele faleceu. [Mahaparinibbana
Sutta - O Grande Discurso do Parinibbana. DN 16.6.8]
Sadhu! Sadhu! Sadhu!
Bem dito! Bem dito! Bem dito!
Fontes:
Beisert, Michael. “Uma Descrição da Vida do Buda. Leituras do Cânone em
Pali”.
http://www.acessoaoinsight.net/caminho_liberdade/buda.php
NAMO BUDDHAYA
NAMO DHAMMAYA
Agradecimentos:
NAMO SANGHAYA
Possam todos se beneficiar deste trabalho realizado no Dhamma. Que os méritos
sejam compartilhados com todos os seres. Possam todos os seres ser felizes!
Com metta,
Gabriel Laera
Um presente no Dhamma, para distribuição gratuita.
Compilação: Gabriel Nunes Laera
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