Eixo 5 – Melhoria das Condições da Rede Estadual de Ensino de

Transcrição

Eixo 5 – Melhoria das Condições da Rede Estadual de Ensino de
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DO ESPORTE
SEE/AL
GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS
PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA MEC-PNUD-SEE/AL
EIXO 5 – MELHORIA DAS CONDIÇÕES DA REDE ESTADUAL DE
ENSINO DE ALAGOAS
AÇÃO 2 – ADEQUAÇÃO E EXPANSÃO DA REDE ESTADUAL DE ENSINO
Teotônio Brandão Vilela Filho
GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS
José Wanderley Neto
VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS
Rogério Auto Teófilo
SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DO ESPORTE
Maria Cícera Pinheiro
SECRETÁRIA DE ESTADO ADJUNTO DA EDUCAÇÃO
Jorge VI Lamenha Lins
SECRETÁRIO DE ESTADO ADJUNTO DE ESPORTE
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DO ESPORTE
SEE/AL
PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA MEC-PNUD-SEE/AL
EIXO 5 – MELHORIA DAS CONDIÇÕES DA REDE ESTADUAL DE
ENSINO DE ALAGOAS
AÇÃO 2 – ADEQUAÇÃO E EXPANSÃO DA REDE ESTADUAL DE ENSINO
Alagoas, 2009
“Adequação e expansão escolar promoverão benfeitorias na infraestrutura das instalações físicas na rede pública estadual”
Maia, Luciana
Maria Cícera Pinheiro
COORDENAÇÃO TÉCNICA OPERACIONAL
José Fernando Santa Cruz
COORDENAÇÃO DE APOIO LOGÍSTICO
Djaci Magalhães Florêncio Neto
LÍDER DO EIXO
Luciana Fonseca Maia
EQUIPE DE ELABORAÇÃO
Laudo Bernardes – Coordenador Geral
Maria Edenise Galindo – Coordenadora Local
Liliane Marchiorato – Consultora Local
Manuel Orleilson Ferreira da Silva – Consultor Local
EQUIPE TÉCNICA MEC-PNUD
PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA MEC-PNUD-SEE/AL
O Projeto de Cooperação Técnica MEC-PNUD-SEE/AL, estabelecido entre o Ministério da
Educação (MEC), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Secretaria de
Estado da Educação e do Esporte de Alagoas (SEE/AL), caracteriza-se como um esforço conjunto
dessas instituições com o objetivo de elaborar e apresentar à sociedade alagoana uma proposta de
educação cujo foco é a melhoria da qualidade da aprendizagem dos alunos da educação básica e a
consequente reversão dos indicadores educacionais do estado.
Esta proposta foi elaborada por técnicos da SEE/AL, com o apoio de consultores do MECPNUD e passou a denominar-se PROGRAMA GERAÇÃO SABER, o qual pressupõe a implantação
de ações de universalização do acesso, de garantia de permanência e de aprimoramento das práticas
pedagógicas desenvolvidas pelas escolas públicas do estado, assim como a integração das redes
estadual e municipais de ensino, a adequação organizacional e do gerenciamento da SEE/AL em
todas as suas instâncias administrativas, sua qualificação no campo da Tecnologia da Informação e
da Comunicação e na melhoria das condições da rede estadual de ensino.
O trabalho de construção da proposta foi organizado em cinco eixos estruturantes, definidos a
partir das prioridades identificadas no diagnóstico da realidade local. Esses eixos contemplam ações
consideradas essenciais ao aprimoramento dos serviços educacionais prestados pela SEE/AL e a
promoção das condições básicas para a melhoria da qualidade da aprendizagem dos alunos da rede
pública do estado, de modo a mudar a realidade educacional de Alagoas, nos anos de 2009 e 2010,
conforme a relação a seguir apresentada.
EIXO 1 – POLÍTICA EDUCACIONAL PARA O ESTADO DE ALAGOAS
Ação 1 – Definição de Política Educacional para a Educação Básica
Ação 2 – Definição e implantação de Referencial Curricular para a Educação Básica.
Ação 3 – Programa Estadual de Alfabetização (Alagoas Alfabetizado).
Ação 4 – Programa Estadual de Desenvolvimento do Ensino Médio.
Ação 5 – Programa Estadual de Correção de Fluxo Escolar.
Ação 6 – Programa Estadual de Formação Continuada para os Profissionais da Educação.
Ação 7 – Implementação das Políticas Educacionais de Alagoas.
Ação 8 – Implementação do Uso Pedagógico da TIC Educacional.
Ação 9 – Expansão e implementação do Sistema de Avaliação Educacional de Alagoas – SAVEAL.
EIXO 2 – REGIME DE COLABORAÇÃO ENTRE ESTADO E MUNICÍPIOS
Ação 1 – Institucionalização do Regime de Colaboração entre Estado e Municípios Alagoanos.
EIXO 3 – ORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA E DO FUNCIONAMENTO DA SEE
Ação 1 – Definição e Implantação da Estrutura Organizacional da SEE: Administração Central e
Regional.
Ação 2 – Capacitação dos Profissionais da Administração Central e Regional na nova estrutura
organizacional da SEE.
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Ação 3 – Definição e implantação da Estrutura Organizacional das Escolas
Ação 4 – Padrões de funcionamento das Coordenadorias Regionais de Educação e escolas.
Ação 5 – Implantação de Sistema de Gestão Corporativa.
Ação 6 - Implantação de Sistema de Gestão da Rede Escolar.
Ação 7 – Implantação de Sistema de Gestão da Escola.
Ação 8 – Mobilização Interna da SEE/AL para o Compromisso de Todos pela Educação.
Ação 9 – Mobilização e Controle Social da Educação em Alagoas.
Ação 10 – Fortalecimento dos Órgãos Colegiados da SEE/AL.
EIXO 4 – TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO DE ALAGOAS
Ação 1 – Informatização e Modernização da SEE/AL
Ação 2 – Capacitação dos Profissionais da SEE/AL no uso das TIC.
EIXO 5 – MELHORIA DAS CONDIÇÕES DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DE ALAGOAS
Ação 1 – Especificações técnicas para a Construção de Unidade Escolar e seus Equipamentos e
Mobiliários.
Ação 2 – Adequação e Expansão da Rede Estadual de Ensino.
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APRESENTAÇÃO
A infraestrutura da rede pública estadual de Alagoas necessita de um trabalho de reforma e
recuperação sistemáticas, com o planejamento de uma manutenção contínua e expansão de acordo
com as necessidades educacionais.
As condições da infraestrutura interferem diretamente na qualidade do trabalho pedagógico
desenvolvido pela escola, pois é no ambiente escolar que se efetiva o processo de ensinoaprendizagem. Um ambiente escolar adequado e confortável é pré-requisito para a realização de um
trabalho mais eficiente.
A SEE/AL considera ser necessária uma melhor qualidade física e dos equipamentos da rede
pública estadual, a partir da sua reorganização, adequação e melhoria do ambiente escolar, das
unidades regionais e da administração central. Reafirma-se, assim, o compromisso com a
infraestrutura das escolas e com o planejamento de ações para reformas, ampliações e novas
construções e o planejamento de aquisições de mobiliários e equipamentos para as edificações.
Nesse sentido, são apresentados os requisitos técnicos e definidas as ações de melhoria das
edificações e dos equipamentos existentes na rede física estadual (prédios das unidades gestoras:
Administração Central, Coordenadorias Regionais de Educação (CRE),unidades de ensino e quadras
poliesportivas) e as opções para novas construções de unidades de ensino e quadras poliesportivas
em regiões que necessitem desses equipamentos.
Nesse contexto, o presente trabalho se propõe a sistematizar as atividades a serem
desenvolvidas pela Secretaria objetivando a eficiência dos meios e a eficácia nos resultados dos
projetos.
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SUMÁRIO
PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA MEC-PNUD-SEE/AL
APRESENTAÇÃO
SIGLAS UTILIZADAS___________________________________________________________9
1. JUSTIFICATIVA____________________________________________________________10
2. EXPANSÃO DA REDE EDUCACIONAL___________________________________________10
3. DIRETRIZES BÁSICAS DE PLANEJAMENTO DE ADEQUAÇÕES DE PRÉDIOS ESCOLARES E
DAS UNIDADES GESTORAS____________________________________________________16
4. PADRÕES TÉCNICOS PARA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO E ADEQUAÇÃO
FISICA ____________________________________________________________________18
5. PADRÕES TÉCNICOS PARA EXECUÇÃO DE NOVAS QUADRAS E ADEQUAÇÃO DAS
QUADRAS EXISTENTES_______________________________________________________54
6. METAS A SEREM CUMPRIDAS________________________________________________56
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ________________________________________________57
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SIGLAS UTILIZADAS
ART
BDI
CEE/AL
CEPA
CGEST
CRE
DIPRO
EPI
FNDE
IBGE
NTE
PAR
PEI
PNUD
SAVEAL
SEE/AL
SINAPI
TIC
UIA
ZEIS
Anotação de Responsabilidade Técnica
Benefícios e Despesas Indiretas
Conselho Estadual de Educação do estado de Alagoas
Programa Centro Educacional de Pesquisa Aplicada
Coordenadoria Geral de Infra-Estrutura
Coordenadoria Regional de Educação
Diretoria de Programação e Desenvolvimento da Gestão Regionalizada
Equipamentos de Proteção Individual
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Núcleos de Tecnologia Educacional
Plano de Ações Articuladas
Porcelain Enamel Institut (Instituto de Esmalte Porcelânico)
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Alagoas
Secretaria de Estado da Educação e do Esporte de Alagoas
Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil
Tecnologia de Informação e Comunicação
União Internacional de Arquitetos
Zona Especial de Interesses Social
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1. JUSTIFICATIVA
As exigências relativas às atividades de manutenção nas edificações sejam elas públicas ou
privadas, é cada vez mais evidente no mundo contemporâneo. A vida útil dos edifícios e
equipamentos está diretamente ligada à avaliação permanente, ou seja, manutenção preventiva do
estado físico dos prédios.
A rede educacional precisa de escolas que estejam de acordo com os padrões básicos de
infra-estrutura, os quais expressam a presença de um conjunto de insumos e condições necessários
para a realização das atividades escolares – instalações físicas, equipamentos, recursos
pedagógicos, recursos humanos, currículo e gerenciamento. As instalações físicas da escola
concorrem não somente a convivência social de educadores e educandos, mas, sobretudo, para a
concretização do processo pedagógico como um todo. O espaço físico deve contribuir para o alcance
dos objetivos educacionais.
A rede pública de ensino de Alagoas deve garantir que todos tenham acesso à educação, e
com isso, ofertar um ensino de qualidade. Daí, adequar à rede escolar se faz necessário para
modernizar para que se atenda às demandas atuais de TIC, esportes, número de alunos, níveis de
ensino, laboratórios, NTE, climatização, entre outros.
O projeto para construção de novas escolas pode ser o projeto padrão do MEC que é
disponibilizado para todos os estados e municípios, porém, para atender as características regionais
próprias do estado está em desenvolvimento um projeto padrão do estado para a região alagoana.
A adequação da rede não é suficiente para suprir a demanda existente de concluintes do
ensino fundamental e de pessoas fora da escola, daí vê-se a necessidade de ampliação da oferta de
ensino médio, que hoje atende a 92,16% dos municípios, a oferta se dará por meio de construção de
novas escolas, ampliação de escolas existentes e com a logística do transporte escolar. Os
municípios que não são atendidos pelo ensino médio atualmente são: Belo Monte, Carneiros, Jequiá
da Praia, Monteirópolis, Olho D’Água Grande, Pindoba, Roteiro e Senador Rui Palmeira. Assim
sendo, atender a esses municípios faz parte da meta a ser cumprida nas ações da infra-estrutura.
2. EXPANSÃO DA REDE EDUCACIONAL
O MEC por intermédio do FNDE financia construções de escolas de acordo com o Plano de
Ações Articuladas – PAR, que é um planejamento multidimensional da política da educação. A
expansão da rede educacional de Alagoas acontecerá com a construção de novas escolas e vai
depender do dimensionamento da demanda dos locais escolhidos. Além do estudo de demanda deve
ser comprovado também a dominialidade do terreno e as condições topográficas. A partir daí poderá
ser trabalhado o projeto, tanto na perspectiva do projeto padrão do MEC ou o projeto adotado pelo
estado.
Os projetos padrão do FNDE atendem às exigências do Ministério da Educação quanto ao
dimensionamento dos espaços educacionais, respeitando critérios elementares de ventilação,
iluminação e acessibilidade, em consonância com as Normas Técnicas Brasileiras. Estes projetos
obedecem aos conceitos dos Padrões Mínimos Construtivos, dotados de uma arquitetura condizente
com os anseios de uma clientela escolar cada vez mais exigente e carente de ambientes adaptados
às atividades de ensino-aprendizagem.
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Os projetos do estado atendem às exigências do Ministério da Educação em todos os
aspectos, em virtude do clima predominante e da grande incidência do sol e calor na maioria dos
meses, evita-se a utilização do vidro nas janelas, a utilização da cobertura de fibrocimento nos
telhados e procura-se a utilização de aberturas e tipos de esquadrias condizentes com a necessidade
local.
O espaço escolar é a interação das interfaces entre as atividades pedagógicas e as
instalações prediais (blocos, salas, quadras etc.) e não prediais (terrenos, jardins, pomares etc.) da
escola. Daí a compreensão da utilização do espaço, o planejamento da escola visa, sobretudo, a
atender a demanda por espaços exigidos pelas atividades educacionais com recursos naturais (sol,
chuva, ventos), construtivos (técnicas e materiais de construção – insumos locais e industrializados) e
financeiros.
Para que o órgão federado seja contemplado com uma construção de escola são necessários
documentos, que estão discriminados abaixo:
2.1. ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DO ESTUDO DE DEMANDA
Trata-se de uma comprovação de demanda de número de alunos que demonstra a
necessidade de construção de uma nova unidade escolar. Deverá ser apresentado em forma de texto
claro e sucinto, expondo os benefícios da implantação da nova escola, buscando assim garantir uma
infra-estrutura adequada. Deverá ser baseado em dados oficiais (Censo Escola, Censo do IBGE,
levantamento da Secretaria de Educação e Saúde, entre outros), abrangendo preferencialmente a
região a ser atendida e contemplando as seguintes informações: número de alunos, na faixa etária
pleiteada; número de crianças que estão matriculadas em cada escola; número de crianças, na faixa
etária pleiteada, que não recebem nenhum atendimento ou estudam em locais inadequados.
2.2. RELATÓRIO DE VISTORIA DO TERRENO
Trata-se de um documento que descreve a localidade a ser implantada a escola. O
documento está estruturado em itens a seguir relacionados: * o item 1 com os dados iniciais como: natureza e finalidade da edificação, - município; - órgão interessado no empreendimento; - autor da
indicação do terreno. * O item 2 descreve: Caracterização do terreno: - endereço; - possibilidade de
escoamento de águas pluviais; - possibilidade de alagamento; - ocorrência de poeiras, ruídos,
fumaças, emanações de gases, etc.; - ocorrência de passagem pelo de terreno de: fios de alta
tensão, adutoras, emissários, córregos, outros, existência de árvores, muros, benfeitorias a conservar
ou demolir. * O item 3 descreve: Existência de serviços públicos: - ruas de acesso, indicando a
principal e a mais conveniente; - a pavimentação, seu estado e natureza; - guias e passeios, seu
estado e natureza; - arborização e espécies existentes; - rede de água: informação sobre a rua de
entrada, regularidade de abastecimento e eventual necessidade de extensão ou por escavação de
poço; - rede de esgoto: informar a rua de saída e/ou eventual necessidade de extensão; verificar a
necessidade e condições de implantação de fossa séptica e sumidouro; - rede de eletricidade (tensão
de distribuição, rua de acesso de eventual necessidade de extensão ou rebaixamento de tensão); rede de gás; - rede telefônica. * O item 4 descreve os elementos para adequação do projeto: situação econômica e social da localidade e o padrão construtivo da vizinhança; - disponibilidade local
de materiais e mão-de-obra necessária à construção: a) material b) mão-de-obra. * O item 5 descreve
as providências a serem tomada previamente: - execução de movimento de terra; - pavimentação de
ruas; - remoção de obstáculos e demolições; - retirada de painéis de anúncios; - remoção de
eventuais ocupantes; - canalização de córregos. * O item 6 deverá ser composto de fotos que
mostrarão o terreno em todos os seus ângulos e o seu entorno.
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2.3. PROJETO DE IMPLANTAÇÃO
O conceito de projeto de implantação reúne um conjunto de elementos gráficos e descritivos
que determinam a localização da construção (num terreno qualquer), complementado pelo
detalhamento técnico necessário que envolve a adaptação do projeto padrão. É fundamental
demarcar a posição exata dos conjuntos funcionais que compõem o conjunto arquitetônico,
determinando-se os acessos, as áreas de recreação, áreas desportivas, áreas de carga e descarga,
pontos de localização das redes internas de água, esgoto e energia, sistemas de drenagem, entre
outros.
A implantação da escola está condicionada a três fatores principais:
• Programa arquitetônico: corresponde ao rol de necessidades funcionais e sociais do projeto da
escola que estabelecem as diretrizes do projeto e, por conseqüência, o tamanho do edifício;
• Viabilidade econômica e financeira: está relacionada ao custo de implantação do projeto-padrão
ao terreno selecionado. Muitas vezes os gastos com a adaptação do projeto pode viabilizar o
empreendimento, cabendo reavaliação do mesmo ou então a substituição do terreno escolhido;
• Características físicas do local: itens como dimensões do terreno, topografia, insolação,
ventilação, acessos, entre outros devem satisfazer a critérios mínimos, permitindo assim a
construção da unidade escolar.
Componentes do Projeto de Implantação: para efeito de aprovação, consideram-se como
elementos indispensáveis dos projetos de implantação os itens a seguir:
• Relatório técnico de vistoria do terreno;
• Planta de localização do terreno;
• Documentos de propriedade do terreno;
• Planta de locação da edificação;
• Projeto de adaptação das fundações, se necessário;
• Projeto de implantação (conexão com a rede pública de fornecimento de água, energia elétrica,
drenagem e esgotamento sanitário);
• Planilha orçamentária (planilha padrão com inclusão dos itens de implantação);
• Cronograma físico-financeiro;
• Memorial descritivo complementar (itens de implantação);
• Declaração formal (ofício) comprometendo-se a realizar os serviços de terraplanagem,
confirmação de endereço e garantir o abastecimento de água, energia elétrica e esgotamento
sanitário.
2.4. PLANTA DE LOCALIZAÇÃO (SITUAÇÃO)
A planta de localização, ou de situação, representa a posição do terreno dentro do contexto
territorial em que está situado (urbano, rural, indígena). Costumam-se indicar as vias de acesso ao
local, apontando, se possível, referências como prédios públicos, estradas, ferrovias, pontes, igrejas
ou pontos relevantes. É impreterível que esta planta forneça informações acerca dos terrenos, sendo
esta uma imagem das informações contidas no texto emitido pelo cartório de registro de imóveis. A
planta deve conter a indicação o norte, as dimensões do terreno.
2.5. DOCUMENTOS DE PROPRIEDADE DO TERRENO
Conforme estabelece a Instrução Normativa Nº 1 da Secretaria do Tesouro Nacional de 15 de
janeiro de 2007 (alterada pela Portaria Interministerial nº 127 de 27/05/2008), quando o convênio tiver
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por objeto a execução de obras, é requisito para a celebração deste a comprovação do exercício
pleno dos poderes inerentes à propriedade do terreno destinado à construção da escola, mediante
certidão emitida pelo cartório de registro de imóveis.
Por interesse público ou social, condicionado à garantia de uso pelo prazo mínimo de vinte
anos, consideram-se como comprovação do exercício pleno dos poderes inerentes à propriedade do
terreno:
• Posse do terreno:
- em área desapropriada ou em desapropriação por Estado, Município, pelo Distrito Federal ou
pela União;
- em área devoluta.
• Terreno recebido em doação:
- da união, do Estado, do município ou do Distrito Federal, já aprovada em lei, conforme o caso
e se necessária, inclusive quando o processo de registro de titularidade do imóvel ainda se
encontrar em trâmite;
- de pessoa física ou jurídica, inclusive quando o processo de registro de titularidade do imóvel
ainda se encontrar em trâmite, neste caso, com promessa formal de doação irretratável e
irrevogável.
• Terreno que, embora ainda não haja sido devidamente consignado no cartório de registro de
imóveis competente, pertence a Estado que se instalou em decorrência da transformação de
Território Federal, ou mesmo a qualquer de seus municípios, por força de mandamento
constitucional ou legal.
• Terreno pertencente a outro ente público que não o proponente, desde que a intervenção esteja
autorizada pelo proprietário. Por meio de ato do chefe do poder executivo ou titular do órgão
detentor de delegação para tanto.
• Contrato ou compromisso irretratável e irrevogável de constituição de direito real sobre o terreno,
na forma de cessão de uso, concessão de direito real de uso, concessão de uso especial para
fins de moradia, aforamento ou direito de superfície.
• Terreno ocupado que, independentemente da sua dominialidade, esteja inserido em Zona
Especial de Interesses Social (ZEIS), instituída na forma prevista da Lei nº 10.257, de 10 de julho
de 2001 (Estatuto da Cidade), devendo, neste caso serem apresentados os seguintes
documentos:
- cópia da publicação, em periódico da Imprensa Oficial, da lei estadual, municipal ou distrital
federal instituidora da ZEIS;
- demonstração de que o imóvel beneficiário do investimento encontra-se na ZEIS instituída
pela lei referida no item anterior;
- declaração firmada pelo chefe do poder executivo do ente federativo a que o convenente seja
vinculado de que os habitantes da ZEIS serão beneficiários de ações visando à regularização
fundiária da área habitada para salvaguardar seu direito à moradia.
2.6. PLANTA DE LOCAÇÃO DA EDIFICAÇÃO
A planta de locação mostra a posição do edifício escolar em relação às divisas do terreno,
focando os acessos, recuos, diferenças de nível, vegetação e/ou edificações já existentes no lote e
suas posições relativas à nova edificação. Recomenda-se a apresentação da mesma em planta baixa
ou planta de cobertura, nas escalas 01h20min ou 01h10min, dependendo das dimensões do
desenho.
Torna-se indispensável à indicação, na planta de locação, as seguintes informações básicas:
• Norte magnético;
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•
•
•
•
•
•
•
Direção predominante dos ventos;
Altura de muros, cercas ou outros elementos existentes nas divisas;
Indicação de acessos, incluindo escadas e rampas (se houver) com dimensões;
Passeios internos e externos (inclusive rebaixamentos);
Ruas limítrofes com os respectivos nomes;
Representação de taludes, árvores, postes, entre outros;
Indicação de cotas de soleira e afastamentos.
2.7. PROJETO DE ADAPTAÇÃO DAS FUNDAÇÕES
As fundações são as peças estruturais do edifício que tem por objetivo transmitir as cargas da
edificação para o terreno. Em síntese, o projeto de fundações serve para dimensionar de maneira
adequada as fundações de cada prédio escolar a ser construído, em compatibilidade com o solo
existente. Os projetos padronizados do FNDE disponibilizam um projeto de fundações de referência,
baseando-se num solo típico. Naturalmente, os solos diferem uns dos outros, apresentando
resistências distintas para uma mesma carga. Por razões técnicas e econômicas, recomenda-se
verificar sempre a utilidade do projeto proposto.
Existem dois tipos básicos de fundações:
• Fundações em superfícies ou rasas: aquelas em que a carga é transmitida ao terreno
predominantemente pela pressão distribuída sob a base da fundação. Compreende as sapatas,
os blocos, os radiers e as vigas de fundação (baldrames);
• Fundações profundas: aquelas em que o elemento de fundação transmite a carga ao terreno pela
base, por sua superfície lateral ou por combinação das duas. Consideram-se como fundação
profunda os elementos assentados em profundidade superior no mínimo ao dobro de sua menor
dimensão em planta. São elas: as estacas cravadas (ex: tipo Franki) e perfuradas (ex: tipo
Strauss), os tubulões, os caixões, entre outros.
Para definições a respeito do projeto de fundações, é necessário, primeiramente conhecer o
tipo de solo existente. Este estudo é realizado mediante sondagem de simples reconhecimento do
solo, cujo procedimento consiste na retirada de uma amostra deformada do solo, a cada metro. Ao
término do teste, emite-se um relatório de sondagem, definido pela norma NBR 6.484 – Sondagem de
simples reconhecimento que irá fornecer dados sobre a resistência do solo.
O relatório de sondagem serve para subsidiar o projeto de adaptação das fundações, não
sendo necessário sua inclusão no projeto de implantação.
Caso seja constatada a possibilidade de utilizar o projeto padrão das fundações, deverá ser
emitido um laudo assinado por um responsável técnico atestando a compatibilidade do projeto com o
solo existente.
Caso seja constatada a impossibilidade de utilização do projeto de fundação padronizado, o
proponente deverá apresentar projeto próprio com a respectiva Anotação de Responsabilidade
Técnica (ART).
Para efeito informativo, poderão ser indicadas na planta topográfica, as posições dos furos de
sondagem.
2.8. PLANILHA ORÇAMENTÁRIA
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A planilha orçamentária contém o orçamento global relativo aos custos dos serviços da
construção do prédio escolar. Ao trabalharmos com projetos padronizados, propõe-se a adaptação da
planilha orçamentária padrão com a inclusão dos serviços decorrentes da implantação do projetopadrão ao terreno selecionado. Caso não seja utilizado o projeto padrão deverá ser providenciada
planilha orçamentária juntamente com a memória de cálculo.
Para fins de programação, utilizam-se os valores unitários de mercado, com base,
preferencialmente numa fonte pública de consulta como o SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de
Custos e Índices da Construção Civil.
O BDI deverá estar incluso nos custos unitários dos serviços.
Projetos de engenharia, serviços de geologia ou outros serviços desta natureza, não são
considerados serviços financiáveis.
Não utilizar as unidades “verba”, “ponto” ou outra unidade que não caracterize com
objetividade os serviços pretendidos.
Não utilizar serviços como administração de obra, transporte de funcionários, EPI’s,
alimentação, taxas, emolumentos, aluguel de equipamentos, mobilização e desmobilização, etc.
Estes custos devem estar incluídos nos custos de cada serviço.
Não é necessária a separação dos custos de mão-de-obra e materiais nas composições dos
serviços.
2.9. MEMORIAL DESCRITIVO DOS SERVIÇOS DA IMPLANTAÇÃO
Compreende-se o memorial descritivo da implantação como o documento técnico que
descreve e justifica os serviços referentes à implantação do prédios escolar, complementando as
informações gráficas contidas nas pranchas e nas planilhas orçamentárias. No memorial deve conter
informações como:
• Descrição detalhada dos serviços e justificativas de utilização;
• Especificações técnicas dos materiais (modelo, forma, tamanho, cor, linha etc.);
• Método de execução dos serviços;
• Normas técnicas utilizadas.
2.10. CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO DA OBRA
O cronograma físico-financeiro da obra é o documento técnico que relaciona os serviços a
serem realizados referentes ao projeto, com seus respectivos prazos de execução, pautando o custo
proporcional de cada etapa. Os serviços são reunidos por grupos, cujos períodos de execução podem
ou não ser sobrepostos. O documento é apresentado em forma de tabela, contendo informações
como:
• Número de ordem sequencial do grupo de serviços;
• Linha do tempo contendo o período de execução dos serviços, divididos em: dias, semanas,
quinzenas ou meses, variando de acordo com o tipo de atividade;
• Custo parcial e total de cada serviço, bem como percentual de execução por unidade de tempo.
O prazo de execução do empreendimento deve ser compatível com o período de vigência do
convênio existente.
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2.11. GARANTIA DE INFRAESTRUTURA MÍNIMA
Com vistas a garantir a infra-estrutura mínima necessária a receber a escola pleiteada,
recomenda-se o encaminhamento por parte do interessado, de ofício em papel timbrado,
devidamente assinado, comprometendo-se a:
• Garantir o abastecimento de água, energia elétrica e esgotamento sanitário para o terreno onde
será edificada a escola. Os custos destas instalações não serão parte do objeto financiado.
• Garantir que os serviços de terraplenagem necessários a regularização do terreno (se necessário)
quando a inclinação deste for superior a 3%. Os custos deste serviço não será parte do objeto
financiado.
• Declarar explicitamente que o terreno ofertado se encontra realmente no endereço indicado e se
destina a construção de escola.
3. DIRETRIZES BÁSICAS DE PLANEJAMENTO DE ADEQUAÇÕES DE PRÉDIOS ESCOLARES E
DAS UNIDADES GESTORAS
Orientações das etapas de serviços a serem priorizadas para atingir as adequações dos
prédios escolares.
3.1. QUALIDADE
Obras de qualidade não são necessariamente luxuosas, caras e bonitas, mas aquelas que
atendam às expectativas do cliente e às necessidades do usuário. Na educação o cliente é o aluno e
os funcionários e tudo que se relaciona a eles torna-se prioridade.
Portanto, é recomendável que as intervenções tenham qualidade, para que se possa garantir
um fator de melhoria às obras das edificações.
3.2. SEGURANÇA
O aspecto da segurança, no contexto do prédio escolar, deverá ser considerado em toda a
extensão que o termo possa implicar:
• Segurança contra furtos, vandalismo etc.;
• Riscos para os usuários pela utilização de materiais inadequados (pisos derrapantes, degraus
desnecessários, quinas);
• Eliminação de reentrâncias e saliências em piso, paredes e esquadrias;
• Estabilidade do prédio e de seus componentes;
• Previsão de equipamentos de combate a incêndio.
3.3. SALUBRIDADE
A edificação e suas instalações devem oferecer condições ideais de salubridade, par que não
se comprometa a saúde de seus usuários.
3.4. CONFORTO TÉRMICO
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Por se tratar de prédios já existentes, eventualmente não será possível proporcionar-lhes
mudanças substantivas no conforto térmico. Contudo, a doção de alguns cuidados poderão minimizar
as condições desfavoráveis de conforto que existirem:
• Altura mínima de 2,60m, para o pé-direito. Recomenda-se nas regiões mais quentes, ou quando
for possível, o pé-direito de 3,00m;
• Isolamento térmico da cobertura;
• Execução de abertura para entrada e saída de ar, em alturas adequadas, que proporcione
renovação e movimentação do ar nos ambientes da escola;
• Arborização corretamente posicionada para proteção das fachadas;
• Utilização de quebra-sol, para proteção de aberturas, se a situação o recomendar;
• Renovação da camada de ar entre o telhado e o forro.
3.5. DURABILIDADE
Um objetivo importante a ser alcançado é obter a maior durabilidade nas instalações dos
prédios escolares.
Recomenda-se que sejam especificados materiais com certificados de qualidade para que
seja garantida a melhor relação custo-benefício.
3.6. CUSTOS
Convém ponderar a racionalidade dos investimentos, realizando análise dos custos em
função da maior durabilidade, facilidade de reposição e de manutenção dos materiais e componentes
das instalações escolares e, sempre que possível, considerar também, os aspectos estéticos.
Para fins de programação, utilizam-se os valores unitários de mercado, com base,
preferencialmente numa fonte pública de consulta como o SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de
Custos e Índices da Construção Civil.
O BDI deverá estar incluso nos custos unitários dos serviços e demonstrado em documento
próprio e devendo ser aberto.
3.7. MANUTENÇÃO
Deve-se procurar minimizar os custos de manutenção, aplicando materiais de boa qualidade
para que resistam à má utilização e à falta de conservação periódica ou sistemática.
As intervenções de limpeza, de proteção ou de reparação, em cada uma das suas atividades,
devem dar-se mediante a execução dos serviços previstos pelo planejamento e discriminados pela
programação.
Durante a execução dos serviços, devem ser consideradas todas as precauções de higiene e
de segurança, tendo em conta as características específicas da edificação escolar e a presença de
crianças ou de adolescentes.
3.8. ACESSIBILIDADE
Adequar os ambientes da edificação tornando-os acessíveis para o uso por portadores de
necessidades especiais, criar e sinalizar rotas acessíveis ligando os ambientes de uso pedagógico,
17
administrativo, recreativo, esportivo e de alimentação (salas de aula, laboratórios, bibliotecas, salas
de leitura, sanitários, recreio coberto, refeitório, secretaria, etc.). Para tal devem-se construir rampas,
colocar corrimão, adequar sanitários, entre outras soluções admissíveis.
4. PADRÕES TÉCNICOS
ADEQUAÇÃO FISICA
PARA
EXECUÇÃO
DOS
SERVIÇOS
DE
MANUTENÇÃO
E
4.1. ESTRUTURA
As estruturas usuais em edifícios escolares são as de concreto armado. Neste caso, as
paredes externas e internas não desempenham função estrutural e servem apenas como elemento
divisório. Existem casos, no entanto, onde as paredes podem ter função portante, substituindo pilares
e vigas. Na sequência, são citados três tipos de estruturas usualmente empregadas em edifícios
escolares.
4.1.1. Estruturas de Concreto Armado
É possível que ocorrências atípicas na estrutura envolvam riscos de colapso ou ruína do
edifício, exigindo atenção especial do responsável pela escola. O fato deve ser rigorosamente
avaliado por um técnico especializado. No caso de se observar fenômenos como trincas, ruídos,
rompimentos, alteração de forma dos componentes estruturais, afundamentos etc. deve-se
imediatamente interditar o local e aguardar a orientação do organismo responsável pela rede física da
escola.
Em paredes de alvenaria portante, o problema mais comum é o aparecimento de trincas,
oriundas de um possível afundamento das fundações (chamado recalque de apoio). É possível notar
ainda vigas fletidas (encurvadas) por excesso de carga, sendo que as reais causas de qualquer
acidente estrutural somente podem ser detectados por profissional especializado.
CUIDADOS ESPECIAIS COM O ELEMENTO CONSTRUTIVO:
• Trincas e rachaduras: indicam os esforços atuantes na estrutura conforme sua orientação
(horizontal, vertical, inclinada). A análise das características e aspecto das trincas permite
relacioná-las com as prováveis causas geradoras. Somente um parecer técnico será capaz de
determinar a solução para o problema, seja com esforço estrutural, selantes elásticos, rígidos ou
outro.
• Pontos de corrosão nas armaduras: a corrosão está diretamente relacionada à segurança da
estrutura. Infiltrações diversas nas peças de concreto armado e o pequeno recobrimento das
barras de ferro são motivos de enfraquecimento do componente construtivo. No caso da oxidação
(ferrugem) comprometer a armadura, deve-se:
- remover o concreto desagregado;
- limpar a armadura com escova de aço;
- recompor a parte danificada com argamassa epoxídica, ou seja, argamassa de alta
resistência e adesividade para reparos e regularização de buracos, juntas, trincas e
depressões.
• Deslocamentos excessivos: o deslocamento dos elementos estruturais (fundações, vigas, pilares)
fora dos padrões aceitáveis deverá ser observado com urgência por técnico responsável, de
modo a determinar a necessidade de instalação de instrumentos de medida e avaliação
estrutural.
18
4.1.2. Estruturas Metálicas
CUIDADOS ESPECIAIS COM O ELEMENTO CONSTRUTIVO:
Os elementos metálicos que compõem a estrutura do edifício escolar são sensíveis a
fenômenos passíveis de comprometer a estabilidade do conjunto. As tarefas de manutenção
preventiva devem dar especial atenção aos itens citados a seguir:
• Pontos de corrosão: as áreas afetadas devem ser limpas com escovas de aço, ou mecânicas,
com esmeril ou jateamento de areia. A pintura deve ser recomposta conforme recomendações do
fabricante;
• Parafusos frouxos: a existência de parafusos frouxos indica que a estrutura está em
movimentação atípica, não prevista no projeto. Inicialmente, os parafusos deverão ser novamente
apertados. O afrouxamento constante de um parafuso indica a necessidade de um provável
reforço estrutural;
• Deslocamentos excessivos: pequenos deslocamentos são naturais em estruturais (vigas e
pilares) sejam fora do normal, o acompanhamento de técnico especializado torna-se
imprescindível;
• Trincas em soldas e chapas de base: caso surjam trincas constantemente nas junções das peças
metálicas, isso é um sinal provável de que a estrutura deve ser reforçada. Tal avaliação também
deve ser realizada por um técnico;
• Falhas na pintura: as falhas ou manchas na pintura devem ser reparadas imediatamente, para
evitar futuros pontos de ferrugem.
4.1.3. Estruturas de madeira
Em prédios escolares encontram-se peças de madeira nas estruturas de cobertura.
CUIDADOS ESPECIAIS COM O ELEMENTO CONSTRUTIVO:
• Ataque de fungos e apodrecimento: os fungos ocorrem na conjunção de condições favoráveis de
umidade, ar e temperatura. As peças devem ser protegidas com produtos hidrófugos e as causas
de umidade, solucionadas (goteiras, acúmulo de condensação, água de chuva). Se o
apodrecimento atingir as peças da estrutura, aconselha-se remover o material danificado com
ferramentas adequadas e recuperar ou substituir a peça afetada (também é aconselhável solicitar
avaliação de técnico responsável).
• Ataque de cupins e brocas: a presença de cupins, brocas, carunchos e outros organismos nas
peças de madeira são passíveis de enfraquecer a estrutura. Os insetos deverão ser eliminados
por meio da imunização da madeira com produtos especiais.
• Elementos de ligação e deslocamentos excessivos: parafusos frouxos indicam uma
movimentação atípica da estrutura de madeira, não prevista inicialmente no projeto.
• Fendas e rachaduras: o aparecimento de fendas nos elementos estruturais pode evidenciar a
presença de cargas não previstas originalmente no projeto estrutural. É possível reforçar as peças
estruturais, para impedir esmagamentos e flambagens. Tal reforço deve ser orientado por
técnicos capacitados.
4.2. PAREDES E PAINÉIS
4.2.1. Alvenaria
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Elemento da edificação que tem a finalidade de vedar ou separar ambientes. Geralmente é
construído de tijolos ou blocos.
CUIDADOS ESPECIAIS COM O ELEMENTO CONSTRUTIVO:
Trincas e Rachaduras
Verificar a cada ano, ou em períodos inferiores (quando necessário), o estado de
conservação das paredes (de tijolos ou blocos) no que concerne ao aparecimento de trincas ou
rachaduras. É bom lembrar que as rachaduras inicialmente podem apresentar-se como trincas.
A diferença existe no momento em que a trinca, propriamente dita, não apresenta problemas
sérios, pois só envolve comprometimento na pintura ou no revestimento (reboco). No entanto, as
rachaduras devem ter atenção, pois, para esse caso, o problema já envolve a estrutura ou a alvenaria
da escola.
Para saber se o problema é sério, primeiramente, fique atento na evolução da trinca,
observando o seu aumento da espessura no sentido vertical ou horizontal. É importante ressaltar que
são mais alarmantes os casos de trincas que crescem na diagonal ou em profundidade, já que podem
significar que uma das paredes está cedendo. As trincas e rachaduras podem ser originadas de
recalques de apoio, ou seja, o deslocamento (afundamento) das fundações.
Existem três critérios básicos a serem seguidos que poderão ajudar na hora de observar o
comportamento das trincas ou rachaduras:
• Coloque uma fita de papel fino sobre a trinca ou rachadura, verificando se, após alguns dias,
houve rompimento da mesma;
• Faça medições da espessura da trinca ou rachadura em vários pontos, e verifique se houve
alteração das medidas no decorrer do monitoramento;
• Faça marcações nas extremidades da trinca ou rachadura com lápis e verifique se houve
alteração em seu comprimento.
Constando-se crescimento nas trincas/rachaduras ou se as mesmas estão em diagonal ou
têm profundidade, deverá ser emitido um laudo técnico verificando a gravidade do problema e deve
ser emitida ART – Anotação de Responsabilidade Técnica. Diante das evidências deve ser
providenciada a solução dos problemas.
Manchas de Umidade
Nas paredes de fachadas, durante as chuvas, é possível perceber os caminhos do fluxo de
água que geralmente coincidem com as juntas entre os componentes (fiadas entre tijolos). Para se
achar água ou manchas de umidade no interior da escola é necessária saber que a água da chuva
não pode penetrar se não forem reunidas as seguintes condições:
• Existir água sobre a superfície;
• Existirem aberturas que permitam a penetração de água;
• Haver forças (do vento, por exemplo) que empurrem a água pelas aberturas.
• Caso surjam manchas decorrentes da ascensão de água pelas paredes em toda sua extensão,
isso é sinal de que a impermeabilização entre os alicerces e a parede de alvenaria foi mal
executada. Diante deste fato deve ser providenciado novo serviço de impermeabilização.
4.2.2. Elementos vazados em geral (cobogós)
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Elementos construtivos tipo bloco em cerâmica, argamassa de cimento ou vidro com formas e
dimensões variadas, que podem ser aplicados em qualquer paramento que permita a passagem
permanente de iluminação e ventilação. Comercialmente, utiliza-se o termo “combogó” para identificar
o elemento vazado.
CUIDADOS ESPECIAIS COM O ELEMENTO CONSTRUTIVO:
Do mesmo modo que as paredes de alvenaria convencionais deve-se verificar anualmente o
estado de conservação dos elementos.
• No caso de elementos fabricados em argamassa de cimento, as peças deverão ser protegidas
com tinta acrílica ou verniz para concreto, para sua melhor manutenção.
• Identifique a presença de possíveis trincas no elemento construtivo e proceda ao mesmo
tratamento utilizado em paredes de alvenaria convencional.
• Verifique se os cobogós estão aderidos à argamassa de assentamento. Caso sejam constatadas
peça soltas, providencie massa no traço 1:3: 1 (cal, areia fina e cimento.
4.2.3. Divisórias
Elemento arquitetônico que serve para separar ou dividir determinado ambiente.
O uso de divisórias em edifícios escolares resume-se geralmente aos sanitários (separação
de boxes com placas de granito, mármore, granilite) e, eventualmente, divisórias leves tipo Eucatex
para separar ambientes no setor administrativo.
CUIDADOS ESPECIAIS COM O ELEMENTO CONSTRUTIVO – divisórias leves:
• Limpe as divisórias com pano úmido e sabão neutro para remover as manchas de óleo e graxas;
• Verifique a fixação de parafusos e perfis para evitar desprendimento das peças que compõem o
conjunto;
• Tampe o furo (se necessário) com massa epóxi.
CUIDADOS ESPECIAIS COM O ELEMENTO CONSTRUTIVO – divisória de mármore ou granito:
• Limpe os mármores e granitos com água e sabão neutro. O uso de detergentes, abrasivos, ácidos
ou soda cáustica pode ocasionar corrosão nos mesmos;
• Remova imediatamente manchas dos mármores e granitos, a fim de impedir sua penetração, o
que tornaria impossível a limpeza da mancha;
• Encere com cera incolor líquida ou em pasta a cada 06 (seis) meses;
• Tome cuidado também com cinza de cigarro, metais enferrujados e compostos oleosos, que
também mancham mármores e granitos.
4.2.4. Brises
Do francês “brise-soleil” – quebra-sol composto de peças de madeira, concreto, plástico ou
metal, instalado vertical ou horizontalmente diante de fachadas para atenuar ou mesmo impedir a
ação do sol, sem perder a ventilação.
CUIDADOS ESPECIAIS COM O ELEMENTO CONSTRUTIVO:
Brises Fixos
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• Evite raspar a superfície com ferramentas pontiagudas no momento da limpeza ou elementos
abrasivos. No caso de brises em concreto, uma perfuração profunda pode expor a ferragem à
corrosão ao longo do tempo, danificando a estabilidade do elemento;
• Quando os elementos forem executados em chapa ou perfil metálico, providencie pintura com
tinta específica de modo a evitar corrosão.
Brises Móveis
• Verifique permanentemente os encaixes pivotantes dos brises (geralmente metálicos),
lubrificando regularmente as peças deslizantes com pó de grafite ou óleo;
• Verifique se os parafusos de fixação estão firmes;
• Quando os elementos foram executados em chapa ou perfil metálico, providencie pintura com
tinta específica de modo a evitar a corrosão.
As tarefas de recuperação dos brises em escolas são muitas vezes complexas em função do
tamanho das peças, exigindo a presença de pessoas capacitadas para a execução do serviço.
4.3. ESQUADRIAS, FERRAGENS E PEITORIS
Esquadrias é qualquer tipo de porta ou janela que compõe a edificação, com a finalidade de
vedar, dar acesso, iluminar e ventilar os respectivos ambientes.
Ferragens são acessórios metálicos que compõem as esquadrias. Como exemplo:
fechaduras, ferrolhos, tarjetas, dobradiças, etc.
Peitoril é o elemento construtivo mais conhecido como parapeito, situado na parte inferior das
janelas, possuindo a característica de projetar-se além do plano do revestimento da parede.
4.3.1. Funções das esquadrias
São projetadas com a seguinte finalidade:
• Controlar a iluminação ambiente – as janelas com panos de vedação transparentes ou
translúcidos devem proporcionar ao ambiente uma iluminação adequada às atividades
desenvolvidas pelos ocupantes. Os vãos das janelas devem ser dimensionados na razão de 1/5
da área do piso, no caso de salas de aula;
• Promover ventilação adequada dos ambientes – de forma a permitir uma troca de ar que, no
mínimo, garanta condições de conforto e salubridade ao ambiente;
• Impedir a penetração de águas das chuvas e ventos indesejáveis – devem existir proteções na
fachada, tais como beirais, pingadeiras, ressaltos e outros detalhes construtivos que evitem o
excesso de água das chuvas que se acumulam na superfície das fachadas e se projetam sobre
as janelas;
• Isolar os ambientes de ruídos externos;
• Oferecer segurança contra a entrada de pessoas estranhas, animais, isentos e outros;
• Oferecer conforto e facilidades para sua utilização – o manuseio das folhas móveis deve oferecer
grande facilidade e requer o mínimo de esforço do operador. É necessário um ajuste perfeito
entre as peças e as folgas devem ser mínimas, apenas necessárias ao seu bom funcionamento.
4.3.2. Pintura sobre madeira pintada com esmalte ou verniz
22
Não havendo partes deterioradas, há necessidade apenas de preparação da superfície com
escovação e limpeza. Mas, havendo deterioração ou desgaste, deve ser feita raspagem e lixamento.
O momento ideal para a repintura é quando a película antiga começa a se apresentar gasta e
fina, com surgimento de superfície da base e com esfarelamento da pintura antiga. Para limpeza,
muitas vezes é necessária a aplicação de removedores de tinta adequados. Estes devem ser
aplicados somente em ambientes ventilados, pois suas emanações são tóxicas. Se a pintura anterior
for brilhante, a superfície deve ser preparada com lixamento ou aplicação de palha de aço, de modo a
tornar-se aderente.
4.3.3. Esquadrias de ferro
CUIDADOS ESPECIAIS COM O ELEMENTO CONSTRUTIVO:
• Tendo sido constatada a presença de ferrugem, limpe com escova de aço e lixa d’água as partes
atingidas;
• Em seguida, aplique uma demão de tinta antioxidante (zarcão);
• Deixe secar e retoque o pintura original;
• Se as janelas de folhas basculantes estiverem emperradas, limpe os pontos onde há poeira e
lubrifique as articulações com óleo fino de máquina;
• Há casos em que o emperramento é decorrência de deformação das alvenarias de fixação da
esquadria. Os reparos, então dependem de trabalho de pedreiro e de serralheiro.
Para que as pinturas das esquadrias metálicas durem o máximo possível, é indispensável
que sejam retocadas sistematicamente, ao surgimento de qualquer desgaste ou dano. Os pontos a
retocar podem ser limpos com palha de aço. Deve-se fazer, em seguida, aplicação de tinta de fundo e
de massa de regularização. A repintura deve ser do mesmo tipo que a antiga.
No caso em que as falhas estiverem distribuídas, com a presença de ferrugem,
descascamentos, bolhas, vesículas ou exposição da base, é necessária a retirada total da pintura
antiga para que a nova possa aderir. Neste caso, é preciso aplicar os removedores adequar os
removedores adequados que o comércio apresenta e raspar e lixar o metal, livrando-o
completamente das camadas estranhas a ele.
4.3.4. Esquadrias de alumínio
CUIDADOS ESPECIAIS COM O ELEMENTO CONSTRUTIVO:
• Não apóie escadas ou outro objeto na superfície das esquadrias e evite pancadas sobre as
mesmas;
• As janelas devem abrir suavemente, não devendo ser forçadas;
• As guias (corrediças) devem ser limpas periodicamente;
• Não se devem forçar os trincos: aplique pressão suave;
• Aumente a durabilidade de sua esquadria, limpando periodicamente e não se deve remover as
borrachas ou massas de vedação para evitar infiltrações indesejáveis.
4.3.5. Ferragens
Revise, a cada fim de período letivo, a integridade da fixação das esquadrias e peitoris,
deverá ser verificado também o estado de conservação das dobradiças, fechaduras e ferrolhos,
23
certificando-se se não existem dobradiças gastas (portas arrastando) ou ferragens com os
acionamentos danificados.
Para que a fechadura tenha uma longa vida útil, é recomendada a lubrificação do cilindro pelo
menos uma vez ao ano, com uma pequena quantidade de grafite em pó no rastro do canhão, onde
entre a chave. Não se deve utilizar óleo para lubrificar, pois este acumula as impurezas do ar,
prejudicando o bom funcionamento do mecanismo.
Uma fechadura pode ser “direita” ou “esquerda” de acordo com o sentido da abertura da porta
que irá equipar. Um modo seguro de evitar qualquer engano é: as portas que abrem no sentido dos
ponteiros do relógio são as “direitas”, as outras, são as “esquerdas”.
4.3.6. Peitoris (parapeitos)
CUIDADOS ESPECIAIS COM O ELEMENTO CONSTRUTIVO:
O peitoril compõe a parte inferior das janelas (servindo de apoio para quem nela se debruça)
e tem ainda a função de proteção e acabamento. O elemento pode ser em concreto, cerâmica,
granito, mármore, metálico ou madeira. Para sua correta preservação, deve-se:
• Permitir uma inclinação mínima de 1% para a parte externa da edificação (tanto na execução
como no conserto), evitado o acúmulo de água;
• Prever reentrância inferior no peitoril (pingadeira), evitando a chegada das águas pluviais na
parede;
• Externamente, não é recomendável encostar sobre os peitoris objetos como escadas ou
andaimes.
4.4. VIDROS E PLÁSTICOS
4.4.1. Vidro
Por estarem expostos a frequentes ataques com pedras ou outros objetos, os vidros das
janelas e das portas são especificados com dimensões razoavelmente pequenas. Outra razão é que
as esquadrias com divisões menores proporcionam maior segurança contra a intrusão de estranhos
nos ambientes da unidade escolar.
•
•
•
•
•
Como dicas de manutenção para vidros dos mais variados tipos, sugere-se:
Os vidros em geral devem ser limpos com pano umedecido em água e sabão neutro. Em seguida,
passar um pano seco e macio, ou flanela;
Os vidros muito expostos à poeira, antes que seja passado qualquer pano de limpeza, devem ser
molhados com jatos de água, para evitar arranhões;
Quando constatada a quebra de vidraças, imediatamente devem ser tomadas providências para a
sua substituição;
Os cacos de vidros que restarem devem ser logo retirados. Para isso, deve-se proteger os olhos e
as mãos e utilizar espátulas e ferramentas apropriadas. As partes quebradas devem ser
embrulhadas com jornais e colocadas diretamente no lixo, com todas as precauções de
segurança;
Para a substituição dos vidros, convocar fornecedores capacitados e não improvisar soluções
com pessoas inexperientes na manipulação do material;
24
• Em geral, para dimensões até 50 cm x 50 cm, a espessuras do vidro a se adquirir pode ser de 2
mm. Para vãos em que pelo menos uma das dimensões for maior que 50 cm, empregar 3 mm de
espessura.
4.4.2. Espelhos
No caso de troca de espelhos quebrados, velhos ou manchados em banheiros, o primeiro
procedimento consiste em verificar se o mesmo é colado ou fixado por parafusos na parede. Se o
espelho for colado, um procedimento simples pode ajudar:
• Se o espelho for colado, retire a peça com o auxílio de um fio de nylon embebido em aguarrás;
• Deslize por detrás do espelho a linha de nylon (descolando aos poucos) e derrame aguarrás com
uma bisnaga na parte posterior do espelho;
• Retire o espelho com cuidado e cole a nova peça com cola de sapateiro.
4.4.3. Plásticos (acrílico e PVC)
Da mesma forma que os vidros, os elementos plásticos usados em clarabóias, toldos, forros,
portas, janelas e divisórias devem ser protegidos dos ataques de pedras e riscos. Do mesmo modo,
procure tomar alguns cuidados quanto à aplicação de alguns produtos químicos de limpeza. Para a
manutenção desses componentes sugere-se:
• Para sua limpeza use somente água e sabão neutro; em seguida, enxágue bem e seque com
pano macio e úmido. Evite o uso de produtos agressivos como ácidos detergente e álcool;
• Não raspe a superfície com ferramentas pontiagudas ou elementos abrasivos, nem utilize
qualquer produto para efetuar a limpeza.
4.5. COBERTURAS E PROTEÇÕES
4.5.1. Coberturas
Elemento da edificação de proteção a intempéries, formado pelo conjunto de madeiramentos
(terças, caibros e ripas) e telhas.
4.5.1.1. Estruturas para telhado
Estrutura de madeira:
CUIDADOS ESPECIAIS COM O ELEMENTO CONSTRUTIVO:
Deve ser verificado a cada semestre, ou em períodos inferiores quando necessário, o estado
de conservação dos elementos constitutivos do madeiramento no que concerne a deformações ou ao
aparecimento de focos de cupins.
4.5.1.2. Chapas de fibrocimento
CUIDADOS ESPECIAIS COM O ELEMENTO CONSTRUTIVO:
Caso ocorram problemas de infiltração de água pelos furos de passagem dos parafusos de
fixação das telhas, os mesmos devem ser retirados e recolocados com massa plástica especial para
vedações com as respectivas arruelas e porcas. No caso de quebra das chapas de fibrocimento, a
melhor solução é sua substituição, o mesmo ocorrendo com cumeeiras e espigões.
25
4.5.1.3. Telhas cerâmicas
São peças com estrutura frágil que não tolera impactos e sobrecargas. Caso sejam notadas
goteiras e manchas de umidade no forro, é provável que alguma telha apresente quebra ou tenha
sido deslocada pelo vento.
A fixação das telhas de barro é feita por sobreposição, já que o próprio peso mantém a
estabilidade do telhado, deve-se iniciar a fixação das peças a partir da cumeeira. Na instalação da
cumeeira, a seção maior da telha deve estar preferencialmente voltada para o sentido contrário da
direção do vento.
4.5.1.4. Telhas plásticas
Para fazer reparos em telhas com infiltração em pontos de fixação retire os parafusos e as
arruelas. Em seguida, aplique massa plástica de vedação no orifício da telha. Para finalizar, recoloque
as arruelas e parafusos.
4.5.1.5. Calhas e condutores
As calhas são canais que recolhem as águas dos telhados, terraços e outros, encaminhandoas a um condutor (tubo de descida). Condutores são tubulações destinadas a recolher as águas de
calhas, coberturas, terraços e conduzi-las até a parte inferior dos edifícios.
Tanto as calhas como os condutores têm que permanecer sempre limpos e desobstruídos, a
fim de coletar as águas da chuva (pluviais).
4.5.1.6. Impermeabilizações de telhado
Toda vez que um componente construtivo estiver em contato com o ambiente externo, é de
suma importância impedir a entrada da água para o interior do ambiente construído. Os telhados
(assim como as esquadrias e as paredes) são susceptíveis à penetração da água da chuva se não
estiverem devidamente vedados e protegidos.
Devido à má execução, é comum notar uma série de infiltrações em lajes impermeabilizadas
empregadas, sobretudo, em terraços, sacadas ou jardineiras.
CUIDADOS COM A IMPERMEABILIZAÇÃO:
• Ao proceder a qualquer modificação como a troca de revestimentos, tenha o máximo cuidado
para não criar pontos de infiltração;
• As jardineiras também são impermeabilizadas. Evite plantas que possuam raízes muito
agressivas que possam danificar a impermeabilização ou obstruir ou drenos de escoamentos das
águas;
• Se a camada de impermeabilização for perfurada, terá de ser totalmente recomposta.
4.6. REVESTIMENTOS, FORROS E ELEMENTOS DECORATIVOS, MARCENARIA E
SERRALHERIA, TRATAMENTOS ESPECIAIS.
4.6.1. Revestimento (interno e externo)
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As superfícies das paredes são em geral tratadas com revestimentos e acabamentos
variados destinados a protegê-las contra a ação dos agentes de degradação (umidade, ação de
produtos químicos, ventos, etc.). Esses fenômenos agem muitas vezes de maneira não aparente, por
trás do revestimento. É fundamental, portanto, implementar atividades de conservação e manutenção
permanentes, evitando a substituição total dos revestimentos, tidos como o item mais oneroso da
obra.
4.6.1.1. Reboco
A camada de reboco que reveste as paredes externas e internas do edifício escolar por três
itens: primeiramente o chapisco, de aspecto rugoso, jogado contra a alvenaria para fornecer
aderência às camadas seguintes. Em seguida, aplica-se o emboço, destinado à regularização da
superfície e depois o reboco propriamente dito, com a função de fornecer acabamento liso. Veja, a
seguir, diferentes problemas e soluções relacionadas ao reboco.
Trincas no reboco:
Caso uma trinca seja encontrada em uma só face da parede, é provável que o problema
tenha relação com o revestimento. Nesse caso:
• Repicar a argamassa em torno da trinca com ponteiro e marreta, deixando a fenda preparada
mais larga no fundo para aderência da argamassa;
• Escovar e molhar em abundância o local;
• Fechar a fenda com argamassa na proporção 1:3 (em volume) de cal e areia. A massa deve ser
pastosa;
• Aguardar secagem e repintar o local.
Deslocamento do reboco:
•
•
•
•
Se o reboco estiver se destacando, deve-se:
Bater levemente com um pedaço de madeira para identificar os locais cujo som resultante é oco;
Demolir toda a superfície de revestimento afetado com ponteiro e marreta;
Chapiscar a superfície a ser revestida com argamassa traço (1:3) de cimento e areia grossa e
pouca água;
Após o endurecimento do chapisco, proceder como no caso anterior.
4.6.1.2. Azulejos e ladrilhos hidráulicos cerâmicos
No edifício escolar, são geralmente utilizados para revestimento de paredes em sanitários,
cozinhas, áreas de serviço, laboratórios e no barrado de salas de aula e circulações. Quando o som
dos ladrilhos e azulejos for oco ou cavo, os reparos devem ser providenciados imediatamente. A
causa desses fenômenos pode estar ligada a possíveis infiltrações na parede ou assentamentos com
argamassa mal preparada. Azulejos assentados com juntas de dilatação menores do que as
recomendadas pelo fabricante são susceptíveis ao descolamento.
Para proceder ao reparo, deve-se:
• Retirar os componentes soltos, um a um, com cuidado para que não se quebrem;
• Limpar a superfície com escova;
• Preparar argamassa de assentamento na proporção de uma parte de cal hidratada, uma parte de
cimento e seis partes de areia em volume (traço 1:1: 6;
27
• Assentar os azulejos depois de molhar abundantemente a parede;
• Interditar o local e rejuntar com massa de rejunte.
DICAS PARA COMPRAR O REVESTIMENTO CERÂMICO DA ESCOLA:
• Verificar se o revestimento cerâmico para piso ou parede é adequado ao uso em escolas. A
cerâmica indicada para áreas externas deverá ter, entre outras características, resistência à
abrasão (desgaste da superfície causado pelo movimento das pessoas), ser antiderrapante, fácil
de limpar e resistente à flexão. Para os casos de uso interno, a cerâmica deverá ter resistência à
flexão, ao ataque químico, à abrasão, a manchas e deve também ser de fácil limpeza e higiene.
• Verificar se a resistência à abrasão da cerâmica está adequada ao fluxo de pessoas no ambiente.
Para isso existe uma classificação que varia de “PEI 1” a “PEI 5”. Quanto maior o PEI, maior a
resistência à abrasão. Assim, por exemplo, cerâmicas de PEI 5 são indicadas para zonas de alto
tráfego (shopping-centers, áreas públicas, escolas, etc.) Na própria loja de materiais de
construção você deve ser informado a que PEI pertence à cerâmica em questão e para que uso
ela seja indicada. É bom lembrar que, nos casos em que o revestimento cerâmico é usado em
paredes, a característica de resistência à abrasão não é necessária.
• Procurar adquirir cerâmicas de boa qualidade. A cerâmica tipo “A” de preferência.
• Verificar se a mão-de-obra que irá realizar os serviços de assentamento é composta de bons
profissionais. A qualidade do revestimento cerâmico só está garantida quando for feito um bom
trabalho de assentamento. Caso contrário, estará comprometida não só a eficiência do material,
como também a sua estética.
• É aconselhável a compra de até 10% a mais do que o necessário para eventuais perdas.
OBSERVAÇÕES:
• PEI significa “Porcelain Enamel Institut”, o nome do instituto de pesquisas de esmalte nos EUA,
onde o aparelho de testes de abrasão foi desenvolvido.
• O PEI é utilizado exclusivamente para placas cerâmicas esmaltadas, indicando a resistência da
camada de esmalte ao desgaste provocado pelo movimento de pessoas, objetos,
equipamentos rodados (macas, cadeiras de roda, carrinhos de bagagem e de compras) e
veículos. Esmaltes escuros e brilhosos deixam mais evidente o desgaste.
4.6.1.3. Mármores, granitos e arenitos
CUIDADOS ESPECIAIS COM O ELEMENTO CONSTRUTIVO:
• Limpe os mármores e granitos com água e sabão neutro. O uso de detergentes, abrasivos, ácidos
ou soda cáustica pode ocasionar corrosão nestes materiais;
• Remova imediatamente as manchas dos mármores e granitos, a fim de impedir sua penetração, o
que tornaria a limpeza da mancha impossível;
• Entre com cera incolor ou em pasta a cada 06 (seis) meses;
• Tome cuidado, também, com cinza de cigarro, metais enferrujados e compostos oleosos que
também mancham mármores e granitos.
4.6.2. Forros e elementos decorativos
4.6.2.1. Forro de PVC
Extremamente prático e durável e com um desenho harmonioso, o forro de PVC permite uma
montagem simples e econômica. Apresenta resistência ao fogo, sol, umidade e substâncias químicas;
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não é atacado por cupins, não mofa, nem apodrece. Fácil de limpar basta um pano úmido com sabão
neutro.
Caso o forro de PVC apresente abaulamento, a causa estará provavelmente relacionada à
má fixação do gradeamento que sustenta as peças de PVC. Aconselha-se retirar o forro
(parcialmente ou totalmente) e revisar as peças de sustentação. As placas de PVC danificadas
devem ser trocadas.
4.6.2.2. Forro de gesso
É possível encontrar no mercado dois tipos básicos de forro de gesso:
• Sistema convencional, com placas em formato reduzido, unidas por argamassa artesanal
contendo estopa ou lã de vidro e suspensas por arames metálicos;
• Gesso acartonado, onde o gesso é prensado num sanduíche de papelão formando placas
aparafusadas em perfis metálicos suspensos no telhado ou na laje.
As trincas, furos e quebras que aparecerem em forros de gesso devem ser consertados com
a introdução de gesso em pasta com espátula e retocando-a posteriormente.
4.6.2.3. Forro de madeira
Os forros de madeira, assim como as esquadrias e pisos, podem ser atacados por carunchos
e cupins. Detecta-se facilmente este tipo de agressor pela existência de pó característico depositado
no piso ou sobre os móveis. A solução do problema está primeiramente na identificação correta dos
danos causados pelos cupins. Em alguns casos, os pequenos túneis terrosos e as galerias cavadas
pelo inseto podem comprometer a estrutura do forro, causando risco de desabamento.
4.6.2.4. Forro de laje de concreto pré-moldado
É possível notar o surgimento de pequenas trincas em lajes de concreto pré-moldado.
Nesses casos, deve-se:
• Remover o revestimento existente 5 cm para cada lado ao longo das trincas;
• Escovar a abertura para remover o pó;
• Umedecer e argamassar em toda a extensão com massa de cimento e areia na proporção 1:3 ou
argamassa pronta, refazendo o revestimento original.
Manchas de umidade podem aparecer nos forros de laje, denunciando a presença de água
oriunda provavelmente da cobertura ou das calhas.
4.6.3. Serralheria (portões e grades)
Serralheria é a arte de trabalhar, fabricar ou consertar objetos em ferro. Na construção
escolar, diversos elementos construtivos podem ser executados em ferro como, por exemplo, janelas,
portas, portões e gradis. É importante levar em consideração algumas dicas básicas para
preservação e manutenção de componentes metálicos na escola:
• As junções das peças metálicas podem ser feitas por meio de parafusos, rebites ou soldas.
Verifique permanentemente se estão frouxos ou soltos. Em peças estruturais (pilares e vigas
metálicas) a atenção deve ser redobrada;
29
• Ambientes próximos do mar são geralmente agressivos aos componentes metálicos. A luta contra
a ferrugem deve começar por uma pintura protetora regular. Nos primeiros sinais de oxidação,
procure retirá-la, escovando-a e lixando-a. depois, pinte com tinta esmalte;
• Dobradiças necessitam receber óleos e pó de grafite para não emperrarem. Deve ser verificado
semestralmente os estados de conservação dessas peças.
4.6.4. Marcenaria e carpintaria
Diversas são as madeiras utilizadas na construção de uma escola, seja para a confecção de
fôrmas para estruturas de concreto armado como para a estrutura do telhado, janelas, portas,
rodapés, pisos, forros, bancadas e móveis em geral.
O cuidado com os elementos de marcenaria é indispensável para uma vida útil prolongada. A
proteção da madeira contra a chuva e a insolação direta é a base para uma manutenção duradoura.
Portas e janelas são elementos que tem muito uso no edifício escolar e acabam se desgastando com
facilidade.
4.7. PAVIMENTAÇÕES E ACABAMENTOS
4.7.1. Pavimentações
As causas mais comuns dos desprendimentos de componentes de piso, bem como das
rachaduras e dos afundamentos são devidas à má aplicação ou má escolha dos materiais. Em todos
os casos, evitar as pancadas ou choques com qualquer instrumento ou objeto pontiagudo.
4.7.1.1. Tacos, frisos, pisos especiais de madeira
É comum notar em pisos de madeira (tabuão) problemas como empenamento,
apodrecimento e diminuição da resistência à flexão. Muitas vezes, a causa decorre do uso de água
para limpeza. Para esses tipos de piso devem-se utilizar solventes ou produtos derivados de petróleo.
Aconselha-se, para proteção do piso, encerar e lustrar semanalmente a madeira.
E em relação aos tacos, as peças podem soltar com freqüência em função do tráfego de
pessoas e objetos pesados. Os problemas podem ter origem no uso de madeira verde e falta de
pregos no assentamento. Para pequenos reparos de tacos soltos, seguir o roteiro abaixo:
• Retirar o taco solto e limpar a superfície base removendo totalmente a poeira;
• Colar novamente a peça (ou substituir por peça nova) com cola específica encontrada no
comércio;
• Proteger a região do tráfego de pessoas por 48 horas.
4.7.1.2. Mármore, marmorite, granito, granilite
Para o conserto de pisos trincados, esburacados ou rebaixados, siga as etapas seguintes:
• Remova com talhadeira a lateral danificada ou quadro;
• Limpe com escova de aço toda a superfície, tirando o pó e obedeça à superfície;
• Preencha o espaço com argamassa traço 1:3 (cimento e areia) ou argamassa industrializada e pó
de mármore ou granito;
• Passe desempenadeira de aço com movimentos circulares;
• Espalhe uma camada de 2 a 3 mm de pó de cimento;
• Alise a superfície com colher de pedreiro e respingue água com brocha;
30
• Isole a área e deixe secar. Por fim, limpe a superfície com água.
4.7.1.3. Ladrilhos hidráulicos, ladrilhos cerâmicos, pastilhas cerâmicas
Pelo som oco ou cavo dos ladrilhos é possível a necessidade de reparos. Em geral, o
descolamento desses componentes está relacionado com o deslocamento da laje de base do piso ou
ainda do assentamento inadequado, com argamassa mal preparada. Para o reassentamento dos
componentes soltos, siga o seguinte roteiro:
• Retire a argamassa antiga e limpe a superfície da base de concreto;
• Deixe os ladrilhos previamente imersos na água por 15 minutos, no mínimo;
• Molhe abundantemente a base e assente os ladrilhos com argamassa de cimento e areia no traço
1:3 (ou argamassa industrializada);
• Após o endurecimento, rejunte as frestas que devem coincidir com as juntas anteriores.
Para áreas internas como cozinhas, áreas de serviço e sanitários, deve-se prever um
caimento mínimo em direção aos ralos ou à porta de saída de 1% a 1,50%. Proteja o local do tráfego
por 30 dias (se possível).
4.7.1.4. Cimentado
As patologias mais comuns encontradas nos cimentados são o esfarelamento, afundamentos
e rachaduras decorrentes de dilatação térmica, fundações mal executadas e preparação incorreta do
contrapiso. Antes de qualquer reparo, é conveniente aguardar por ao menos um ano antes que as
rachaduras se estabilizem. Para os reparos, seguir o seguinte roteiro:
• Alargar as trincas e rachaduras ou os buracos com talhadeira e marreta até a base do concreto;
• Limpar e lavar a área para eliminar a poeira e quaisquer pedaços de argamassa;
• Aplicar, em seguida, uma camada de cola PVA e deixar secar. Esta deve servir como ligante
entre a argamassa antiga e a nova (preparada com traço 1:3 de cimento e areia média lavada) ou
argamassa industrializada;
• Acrescente um pouco de cola PVA e água (suficiente para manter a argamassa umedecida);
• Passe mais uma demão de cola PVA no local e lance à argamassa prensada e batida;
• Alise a superfície com desempenadeira de aço (fazendo movimentos circulares) e proteja o local
com lona plástica.
No caso de rachaduras ou depressões muito grandes deve-se remover totalmente a camada
cimentada e apiloar o terreno antes de executar o contrapiso.
As depressões que geralmente acumulam água são causadas por afundamento parcial do
solo. Pequenos reparos são aceitos, desde que a camada de argamassa não ultrapasse 1,5cm de
espessura (traço 1:3 de cimento e areia média lavada). Em caso contrário, deve-se remover
totalmente a camada danificada e refazer o cimentado.
4.7.1.5. Pisos de borracha ou vinílico (tipo paviflex)
Os reparos nas placas de borracha ou vinílico soltas consiste na limpeza da superfície, em
primeiro lugar. As peças devem ser recoladas com cola industrial especial para tal fim, colocando-se
pesos e interditando o local para o tráfego.
4.7.1.6. Calçadas externas pavimentadas (pedra)
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Em calçadas externas onde as pedras estiverem se soltando, deve-se adotar o seguinte
procedimento para conserto do piso:
• Retire a argamassa antiga e limpe a superfície de fixação;
• Molhe abundantemente o local e as pedras;
• Recoloque as pedras com argamassa de cimento e areia 1:3 ou argamassa pronta.
No caso da argamassa de rejuntamento estar trincada, deve-se retirá-la com ponteiro de
marreta e molhar abundantemente o piso antes de refazer a junta.
4.7.2. Soleiras e rodapés
4.7.2.1. Soleiras
A parte inferior do vão da porta, que está rasante com o piso. Nas partes externas, a soleira
concorda com o piso interno, formando degrau pela parte de fora.
4.7.2.2. Rodapés
Base contínua, rente ao chão, que serve de base ou assento a outros elementos de
composição arquitetônica. Faixa de proteção ao longo das bases das paredes, junto aos pisos,
podendo ser madeira, pedra, mármore, cerâmica ou outros materiais.
No caso de haver um rodapé de madeira danificado, existindo a necessidade de trocá-lo,
sugere-se proceder da seguinte maneira:
• Medir a peça danificada a ser trocada;
• Verificar a altura e modelo do rodapé e procurar outro igual;
• Em paredes de blocos furados (tijolos), o rodapé de madeira não pode ser pregado. Caso não
seja possível identificar o material usado na construção da parede, usar buchas e parafusos para
fixação a cada 70 cm de distância;
• Aplicar pintura específica para madeira do rodapé.
•
•
•
•
•
•
•
Para rodapé cerâmico, adotar a seguinte técnica:
Providenciar peça cerâmica do mesmo modelo daquela utilizada no rodapé original;
Recortar a peça nova nas mesmas dimensões do rodapé a ser removido;
Remover o rodapé danificado com marreta e ponteiro, e remover a argamassa de assentamento
velha;
Submergir a(s) peça(s) cerâmica(s) de reposição por 15 minutos na água;
Preparar argamassa de assentamento na proporção 1:1: 6 (cal hidratada, cimento e areia);
Assentar as pelas de reposição após molhar abundantemente a parede;
Rejuntar com massa pronta de rejunte.
4.8. PINTURA
Arte e técnica de aplicar tintas sobre uma superfície plana, tendo a cor como elemento
básico.
4.8.1. Preparo da superfície
Uma boa pintura depende diretamente do preparo correto da superfície, que deve estar limpa,
seca, raspada e lixada. Se a parede for nova, deve-se aguardar pelo menos 28 dias para a “cura” do
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reboco, para evitar o mofo. As paredes antigas devem estar livres de infiltrações, mofo, fissuras,
rachaduras, restos de pintura, etc. Caso tais deteriorações ocorram, devem ser tratadas antes da
aplicação da nova pintura. As imperfeições devem ser corrigidas usando argamassas ou massa
corrida, conforme as características da área a ser tratada. Nos casos de descascamentos, aplicar um
“selante” após a raspagem e lixamento de toda a superfície afetada.
4.8.2. Problemas que ocorrem com a pintura em alvenaria
Os materiais da alvenaria podem conter uma grande quantidade de água (mesmo que
imperceptível), apresentar porosidade excessiva ou irregularmente distribuída, bem como sais
minerais, estando sujeitos à degradação progressiva que terminará por reduzir ou destruir a firmeza
dessas paredes bem como o sistema de pintura empregado. As principais deformações existentes
são:
4.8.2.1. Saponificação das tintas
Provocada pela alcalinidade das paredes, forma manchas, com posterior amolecimento ou
descascamento do filme de tinta.
4.8.2.2. Bolhas
A presença de água pode promover o aparecimento de bolhas na pintura e impedir a
aderência das películas de tinta, favorecendo ainda o surgimento de mofo.
4.8.2.3. Porosidade irregular
A porosidade irregular pode causar variações de brilho, na cor ou prejudicar a aderência da
tinta.
4.8.2.4. Depósitos cristalinos
A presença de sais minerais na parede pode causar a formação de depósitos cristalinos,
descascamento e empolamento da tinta.
4.8.2.5. Mofo
O mofo é uma ocorrência comum em paredes expostas à umidade. Para solucionar o
problema, deve-se:
• Lavar muito bem a área mofada com água e deixar secar;
• Esperar algumas semanas, e, se o mofo voltar, repetir a operação;
• Se houver infiltrações ou vazamentos, é preciso eliminar o problema;
• Depois, passar seladora e pintar.
Para pintar as superfícies mofadas, é importante garantir que as colônias de mofo sejam
totalmente destruídas. Para tanto, deve-se escovar a superfície e, na sequência, lavá-la com solução
de água potável e água sanitária (1:1), deixando agir por 30 minutos. Após esse prazo, a superfície
deve ser lavada novamente com água potável, e deve-se aguardar a completa secagem da parede
antes de iniciar a pintura.
4.8.3. Aplicação e tipos de tinta
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As recomendações de cada fabricante devem ser seguidas rigorosamente. Para pintura de
alvenarias, existem basicamente dois tipos de látex: PVA e acrílico. O látex PVA é um produto
indicado para áreas internas e sua durabilidade média é de 2 a 4 anos. O látex acrílico é mais
resistente e tem um custo superior ao PVA. Pode-se aplicá-lo em paredes externas ou internas.
Para pintura de ferro ou madeiras, existem também dois tipos: óleo e esmalte sintético. O
segundo é mais indicado por oferecer grande qualidade de acabamento, alto rendimento e
durabilidade. Em todos os casos a pintura não deve ser feita em dias chuvosos e deve-se aguardar
um tempo aproximado de 4 horas entre a aplicação das “demãos”. Conheça, a seguir, os tipos de
tintas mais utilizados em edifícios escolares.
4.8.3.1. Pintura a cal
A pintura a cal (caiação) é uma pintura natural que proporciona um efeito manchado às
paredes. É econômica e fácil de executar, porém, deve ser refeita a cada seis meses. Esse tipo de
acabamento não é aconselhado para pintar as paredes da escola. Seu uso é aconselhado no máximo
para a pintura de muros externos da escola.
Para preparar a superfície, aplica-se, no sentido horizontal, uma mistura de 1 kg de cal
industrializada com 3 litros de água. Depois, no sentido vertical, aplicar um compostos mais denso,
formado por 1 kg de cal e 1,5 litros de água, utilizando broxa.
É possível colorir a superfície por meio de um acabamento, feito em duas demãos, com
trincha: para cada 10litros de uma mistura de cal com água, deve-se adicionar 1 litro de cola branca,
1 copo de óleo de linhaça, ½ copo de sal de cozinha e pigmento, na quantidade e na cor desejada.
4.8.3.2. Tinta a óleo
Tinta usada para a pintura de madeira, ferro e paredes. Possui acabamento fosco ou
brilhante, fornecendo excelente acabamento e serve tanto para interiores como exteriores. Para a
primeira pintura em peças metálicas, certifique-se de que foi aplicado anteriormente um fundo ou
zarcão.
4.8.3.3. Verniz
O verniz é comumente aplicado em peças de madeira, sendo um protetor fosco ou com
brilho, podendo ser transparente ou com várias cores. A ação do sol e da chuva pode danificar a
película de verniz. Recomenda-se, assim, uma repintura a cada dois anos ou menos.
4.8.3.4. Tinta látex PVA
É uma tinta aquosa, à base de acetato de polivinila (PVA). Fornece acabamento fosco
aveludado recomendado para pinturas externas e internas de alvenaria, concreto e reboco, entre
outros.
4.8.3.5. Tinta acrílica
É também uma tinta aquosa, à base de emulsões acrílicas, que conferem à tinta maior
resistência às intempéries. Este fato faz com que as tintas acrílicas sejam recomendadas,
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preferencialmente, para superfície externas. As tintas acrílicas são mais resistentes que as tintas
PVA.
4.8.3.6. Silicone
As bases de silicone são utilizadas para impermeabilizar exatamente as paredes de tijolo
aparente. A aplicação deve ser feita com um pulverizador similar aos utilizados na agricultura ou
dedetização, atingindo os rejuntamentos profundos.
Aplique duas demãos de base de silicone sobre a superfície limpa e seca, aguardando um
intervalo mínimo de 8 horas.
4.8.4. Rendimento
O rendimento das tintas é variável conforme o tipo da tinta e da superfície a ser pintada.
Procure comprar somente a quantidade de tinta a ser utilizada na pintura. O cálculo da quantidade de
tinta a ser utilizada dependerá das recomendações do fabricante. Veja o rendimento do produto
(m²/galão/demão) e calcule da seguinte forma:
• Metragem quadrada a ser pintada dividida pelo rendimento do produto (m²/galão/demão) =
quantidade de galões necessários para efetuar a pintura com uma demão.
O quadro mostra os rendimentos das tintas para aplicação de uma demão:
TINTA
SUPERFÍCIE
RENDIMENTO
Acrílica
Paredes com reboco liso
35 a 55 m²
Látex PVA
Paredes com reboco liso
35 a 50 m²
Esmalte
Madeira
40 a 50 m²
Selador
Madeira nova
30 a 40 m²
Verniz
Madeira nova ou repintura
30 a 40 m²
Tinta a óleo
Madeira nova
40 a 50 m²
Esmalte
Metais
40 a 50 m²
Pisos
Cimentado não queimado ou fraco
25 a 35 m²
Pisos
Cimentado novo queimado
25 a 40 m²
EMBALAGEM
Galão 3,60 l
Galão 3,60 l
Galão 3,60 l
Galão 3,60 l
Galão 3,60 l
Galão 3,60 l
Galão 3,60 l
Galão 3,60 l
Galão 3,60 l
4.8.5. Repintura
• Recomenda-se a repintura a cada 5 anos. Pra que a pintura fique ótima, recomendamos atentar
aos seguintes itens ao contratar serviços especializados:
- se a pintura estiver em bom estado (sem trincas e lascas), basta escovar a superfície,
eliminando a gordura e repintar as superfícies com tinta látex PVA ou acrílica;
- se a pintura não estiver em bom estado, deve ser removida com escova de aço. Aplicada
massa corrida em camadas finas e depois lixada, a tinta deverá ser aplicada em 2 ou 3
demãos.
• Tintas látex acrílicas possuem maior resistência quanto à sujeira, principalmente por permitir
limpeza em caso de pequenas sujeiras. Neste caso, deve-se limpar com pano macio levemente
umedecido.
4.9. INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS E GÁS
O sistema de encanamento é formado pelas redes de distribuição de água potável, rede de
coleta de águas servidas, sistema de ventilação cloacal, rede de coleta de águas pluviais e rede de
abastecimento e armazenamento de água.
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Os serviços de manutenção de instalações hidro-sanitárias deverão ser executados
preferencialmente por profissional especializado.
4.9.1. Evitando problemas na instalação hidráulica da escola
Na escola, é importante adquirir a cultura da prevenção. O improviso muitas vezes pode
resultar num custo maior do que a implementação de uma manutenção periódica. Referindo-se às
instalações hidro-sanitárias, a manutenção é ainda mais importante, pois está diretamente
relacionada à saúde dos usuários.
Por intermédio de alguns testes simples, é possível detectar possíveis vazamentos nas
instalações hidráulicas e providenciar, em seguida, os reparos necessários.
4.9.1.1. Teste do relógio
• Mantenha aberto o registro situado na entrada d’água que vem da rede pública;
• Feche completamente as torneiras da escola e não utilize os sanitários;
• Feche completamente as torneiras de bóia das caixas, de modo a não possibilitar a passagem da
água;
• Efetue a leitura inicial; após uma hora, veja se houve a alteração dos valores apresentados
inicialmente. Caso tenha ocorrido alguma alteração, é sinal que existe vazamento em alguma
tubulação da instalação.
4.9.1.2. Teste da torneira
Este teste poderá ser usado quando o fornecimento de água para a Escola não passa pela
caixa d’água:
• Feche o registro situado na entrada d’água que vem da rede pública;
• Abra uma torneira alimentada diretamente na rede (a do jardim ou a do tanque, por exemplo), e
espere a água parar de correr;
• Coloque um copo cheio de água na boca da torneira;
• Se no copo houver sucção da água pela torneira, é sinal de que existe vazamento na tubulação
de alimentação.
4.9.1.3. Teste da caixa d’água
• Feche as torneiras e não use os aparelhos sanitários;
• Feche, também, a torneira de bóia de alimentação do reservatório;
• Faça uma marcação (dentro do reservatório) do nível da água, e verifique após, no mínimo, 1h, se
houve modificação no nível. Se houver diferença de nível, é sinal que existe vazamento na
tubulação ou nos sanitários alimentados pela caixa d’água.
4.9.1.4. Teste da cinza
• Jogue cinza de cigarro no vaso sanitário. Se a cinza ficar depositada no fundo do vaso é sinal que
está tudo bem; do contrário, existe vazamento na válvula ou na caixa de descarga.
4.9.2. Rede de água potável
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É constituída por dutos, conexões e válvulas que viabilizam a chegada da água potável a um
determinado ponto (sanitários, cozinha, área de serviço, etc). O sistema é geralmente embutido em
pisos e paredes do edifício. Na parte externa, os componentes são subterrâneos.
4.9.2.1. Reparos na rede de água potável
• Furos na tubulação
- Os reparos a serem executados na rede de água potável envolvem geralmente problemas de
vedação de vazamentos e de substituição de componentes defeituosos.
- No caso de perfurações pequenas, deve-se recobrir o furo com uma tira de borracha e
apertar com uma braçadeira. Outra possibilidade seria o uso de massa epóxi para obstrução
dos buracos. Se as perfurações forem muitas, aconselha-se substituir completamente o
ramal danificado.
• Vazamentos em registros e torneiras
- O primeiro passo consiste em fechar o registro correspondente ao ramal, girando-o no
sentido dos ponteiros do relógio;
- Corte o tubo em parte não afetada;
- Retire a parte danificada, girando-a de modo a soltá-la da conexão (joelho, curva, tê ou
registro);
- Providencie outro tubo na mesma dimensão da peça antiga e com diâmetro correspondente;
- Encaixe a nova peça, cobrindo a rosca macho com fita de teflon (tipo “veda-rosca”;
- Gire o novo pedaço de tubo no sentido horário.
• Perda de água nas conexões
- Caso a fuga de água seja pequena, os furos podem ser tampados com resina epóxi. Em
fugas de água mais intensas, o ideal é a substituição da conexão conforme descrição no item
anterior.
• Ruídos na tubulação
- A presença de ruídos nas tubulações pode significar uma interrupção repentina do fluxo de
água. O excesso de pressão nas tubulações e o mau funcionamento das válvulas de
descarga podem estar na origem do problema. Esse fenômeno é conhecido como “golpes de
aríete”.
- O problema deverá ser consertado por equipe especializada, procedendo da seguinte
maneira:
a) verifique a existência de pressão excessiva nas tubulações por meio de manômetro;
b) descartada a existência de pressão excessiva, revise de maneira visual e auditiva as
válvulas e acessórios do sistema com a finalidade de localizar especificamente a origem
dos ruídos;
c) se após esse procedimento o ruído não for localizado, é provável que a causa esteja
ligada a defeitos no projeto ou execução, sendo necessário um estudo específico para
solução do problema.
4.9.3. Instalações de esgotos sanitários
É o conjunto de instalações para coleta, tratamento e disposição de esgotos e águas
servidas. As instalações de esgotos sanitários são constituídas por tubulações de águas servidas,
sumidouros e outros dispositivos de tratamento.
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As tubulações que formam a rede de águas servidas podem ser feitas em ferro fundido,
plástico (PVC), concreto ou argila (manilhas). Para uma correta evacuação dos resíduos, as
tubulações devem ser instaladas com uma inclinação mínima de 1%.
4.9.3.1. Reparos nas tubulações de esgoto
• Obstrução na tubulação
- A obstrução no encanamento da rede de esgoto é um problema comum em escolas. O
depósito de papéis nos vasos sanitários dificulta o transporte pela água. O acúmulo desses
materiais impede o fluxo livre da água, gerando entupimentos. Na rede externa, o
crescimento de raízes de plantas pode obstruir os tubos (principalmente tubos em PVC e
cerâmicos), impedindo a passagem do esgoto.
- Como solução, deve-se utilizar uma guia de arame flexível especial para essa função:
a) introduza a guia de arame na extremidade da tubulação que possa estar obstruída até o
momento em que a guia não avançar mais;
b) gire o arame no sentido horário;
c) retire com a guia flexível o material que estava obstruindo a tubulação;
d) repita o processo até desobstrução total do tubo.
- No caso de quebra da tubulação, o reparo mais eficiente é a substituição da peça defeituosa.
• Ruptura da tubulação
- Está geralmente relacionada com a má qualidade do material empregado ou a má instalação
ou movimentação do solo. Deve ser evitada a instalação desses tubos em locais de tráfego
pesado. Assim, aconselha-se que:
a) todos os problemas de ruptura nas tubulações externas de esgoto devem ser executados
por profissional especializado;
b) no caso de tubulações instaladas superficialmente, utilizar uma malha de ferro para que
fique protegida.
4.9.4. Fossa séptica e sumidouros
No caso da escola não ser atendida por uma rede pública de esgoto, é necessária a
execução de um sistema local de tratamento constituído, normalmente, por fossa séptica e
sumidouros. O objetivo desses elementos é fornecer um tratamento prévio ao esgoto sanitário
proveniente de banheiros, cozinhas e áreas de serviço.
4.9.4.1. Fossa séptica
Trata-se de um recipiente impermeável que recebe as águas servidas provenientes do
edifício escolar. No seu interior ocorre a decomposição da matéria orgânica e a sedimentação dos
sais que se formam. O esgoto já tratado (efluente) é encaminhado para o sumidouro ou curso d’água.
As fossas sépticas são utilizadas quando a edificação não é provida de rede de esgotos. As
fossas não devem ser abertas por pessoas não qualificadas, pois há sempre o risco de infecção. A
época de limpeza das fossas sépticas é sentida quando há retorno das águas escoadas e/ou mau
cheiro. Deve-se remover o lodo digerido pelo menos uma vez por ano. Essa remoção é feita por meio
de bombas, com serviços prestados normalmente pelas prefeituras municipais.
4.9.4.2. Sumidouros
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Sumidouro é uma cava revestida, destinada a receber o efluente líquido vindo da fossa
séptica para posterior infiltração do solo. Os sumidouros devem ter as paredes revestidas de
alvenaria de tijolos com juntas livres e com o fundo de cascalho, pedra ou brita. As lajes (tampas) do
sumidouro devem ser de concreto armado, estando no nível do terreno para facilitar a inspeção.
Com o decorrer do tempo e do uso, ocorre um processo natural de impermeabilização do
sumidouro, que assim perde sua capacidade de absorção. É fácil perceber esse tipo de problema,
pois existe transbordamento. Nesses casos, deve-se impedir impreterivelmente o tráfego de pessoas
pelos locais atingidos.
Não existe manutenção preventiva para sumidouros. Quando tal problema ocorrer, a melhor
solução é a construção de um novo sumidouro a alguns metros do sumidouro antigo, devendo este
ser aterrado e abandonado.
4.9.5. Ventilação cloacal
A ventilação cloacal tem por objetivo conduzir os gases para a atmosfera, evitando seu
acesso ao interior do prédio escolar. O sistema é constituído por tubos que se comunicam com a
instalação interna (tubos de queda e águas servidas) com o exterior.
4.9.5.1. Reparos nos tubos de ventilação cloacal
É importante uma revisão permanente dos tubos (geralmente em PVC) que compõem o
sistema de ventilação cloacal da escola. Toda e qualquer ruptura nos canos pode propiciar mau
cheiro dentro da escola. Um dimensionamento correto desse sistema é importante, sobretudo em
edificações maiores, devendo ser calculado por um técnico especializado.
Caso seja detectada uma perfuração nos tubos, o reparo deverá ser providenciado
imediatamente. Pequenos furos podem ser tampados com massa epóxi. Em situações onde a
tubulação estiver muito danificada, sugere-se proceder à troca parcial dos tubos.
4.9.6. Rede de coleta de águas pluviais
Possui as mesmas características da rede de águas servidas, diferenciando-se na origem e
quantidade e qualidade da água servida. A rede de águas pluviais coleta água da chuva e deve ser
completamente separada da rede de esgoto sanitário.
Algumas municipalidades proíbem o despejo de águas dos telhados diretamente nas
calçadas ou nos terrenos vizinhos. Daí a necessidade de calhas nos telhados para conduzir as águas
da chuva para caixas coletoras que, por sua vez, a encaminham para os coletores públicos ou
sarjetas.
As caixas coletoras de água pluvial possuem uma grelha metálica ou de concreto armado que
impede a entrada de folhas, galhos de árvores e lixo, permitindo, porém, a evacuação da água.
Contudo, alguns cuidados devem ser tomados:
• Verifique o encaixe da grelha com a boca da caixa, evitando possíveis acidentes;
• Providencie limpeza regular da caixa para que não haja o acúmulo de folhas e galhos que viriam
a entupir a tubulação;
• Evite jogar lixo (principalmente latas e garrafas plásticas) para não entupir a tubulação;
• Manchas de umidade em áreas do terreno onde passa a tubulação de águas pluviais podem
indicar vazamentos. Nesse caso, providenciar o reparo ou troca dos canos.
39
4.9.7. Reservatórios (caixas d’água)
O abastecimento principal provém da rede pública de água, sendo direcionado diretamente
para o reservatório da escola. Algumas edificações possuem dois reservatórios de água, um inferior e
outro superior, nos casos onde a pressão da água fornecida pela rede pública não é suficiente para a
alimentação direta do reservatório superior. Nesses casos, é necessário bombear a água do
reservatório inferior (pode ser um poço) para o superior (sistema de recalque).
4.9.7.1. Limpeza da caixa d’água
As caixas d’água devem ser limpas semestralmente, verificando-se periodicamente se estão
tampadas. Para uma correta desinfecção, o procedimento abaixo deve ser adotado:
• Feche o registro, impedindo a entrada de água na caixa (caso necessário, amarrar a bóia);
• Esvazie a caixa d’água, abrindo as torneiras e dando descargas;
• Quando a caixa estiver quase vazia, tampar a saída para que a água que restou seja usada na
limpeza, evitando que a sujeira desça pelo cano;
• Nunca utilize sabão, detergente ou outros produtos;
• Retire a água e o material que restou da limpeza com auxílio da pá, baldes e panos, deixando a
caixa totalmente limpa;
• Encha a caixa e acrescente 1 litro de água sanitária para cada 1000 litros de água. Esta água não
pode ser utilizada para outros fins! Deixar a água agir por duas horas, pois esta servirá para
limpar e desinfetar a tubulação.
• Esvazie novamente a caixa d’água, abrindo as torneiras. A água sanitária descerá limpando e
desinfetando os canos. Essa água não poderá ser usada para consumo!
• Tampe a caixa para impedir a entrada de pequenos animais ou insetos;
• Anote de lado de fora da caixa d’água à data da limpeza;
• Abra novamente os registros para uso da água.
4.9.7.2. Torneira de bóia
Percebendo-se vazamento pela torneira de bóia (ou vazamento pelo ladrão) na caixa d’água,
as seguintes providências devem ser tomadas:
• Verifique se a bóia está alta;
• Em caso positivo, ajuste a haste, fazendo com que a bóia fique com o nível mais baixo,
possibilitando assim o fechamento da torneira;
• Se continuar vazando, feche totalmente o registro;
• Troque a vedação da torneira de bóia ou a própria bóia;
• Abra totalmente o registro e deixe o reservatório encher;
• Verifique o bom funcionamento da bóia.
4.9.7.3. Recalque
Trata-se da instalação que serve para elevar a água do reservatório inferior para o superior,
constituída por duas eletrobombas. Junto às eletrobombas encontram-se as válvulas de retenção que
impedem o retorno da água já recalcada.
4.9.8. Equipamentos de banheiros, cozinhas e áreas de serviço
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As peças sanitárias são equipamentos que estão em contato permanente com os usuários,
como: Lavatórios, mictórios, vasos sanitários e até bebedouros são fundamentalmente fabricados em
cerâmica esmaltada, sendo apoiados no piso ou suspensos na parede. Assim sendo, deve-se orientar
os usuários a não utilizar os equipamentos como apoio nem utilizar produtos de ação abrasiva que
viriam a danificar as peça.
4.9.8.1. Vaso sanitário
Entupimento
• Muitas vezes um volume excessivo de papel jogado dentro do vaso sanitário pode entupi-lo. Para
solucionar o problema, deve-se primeiramente utilizar um desentupidor comum para privadas e
dar sucessivas descargas. Caso o procedimento não solucione o problema, aconselha-se a seguir
o seguinte roteiro:
- remova o rejunte do vaso com um objeto pontiagudo;
- retire os dois parafusos que prendem o vaso no chão;
- desconecte o tubo de ligação (que fica fixo na parede) do vaso;
- retire cuidadosamente o vaso sanitário de sua base;
- com um arame rígido ou barra de ferro fina, efetue o desentupimento, empurrando o material
que estiver obstruindo a passagem pelo encanamento.
- efetue a operação inversa para colocação do vaso.
- deve-se rejuntar a base do vaso com massa de rejunte para evitar o mau-cheiro.
4.9.8.2. Pias de cozinha e lavatórios
As pias de cozinha são geralmente confeccionadas em inox e os lavatórios de banheiro, em
cerâmica. Seguem-se alguns problemas que ocorrem e as soluções possíveis.
• Entupimento
- Utilize desentupidor de borracha repetidamente para desobstruir o ralo;
- Utilize algum produto para desentupir a tubulação. O resultado pode ser imediato; porém, o
uso repetido pode danificar alguns componentes plásticos da tubulação.
• Afrouxamento e quebra das peças
- Aconselha-se fixar novamente a peça na sua base, seja na parede ou no piso. Em caso de
quebra do lavatório, o melhor é a substituição total do equipamento, evitando acidentes com
a peça danificada. Pequenos reparos temporários podem ser efetuados com massa epóxi.
4.9.8.3. Mictórios
Bem como alguns lavatórios, os mictórios em louça são fixados na parede. Em caso de
entupimento, proceda ao mesmo reparo citado no item anterior. Verifique permanentemente a fixação
dos parafusos na parede tanto para exemplares, tipo “calha” como para modelos individuais.
4.9.8.4. Tanques
Os tanques utilizados em áreas de serviço podem ser em louça, concreto pré-moldado, inox
ou plástico. As peças são geralmente fixadas na parede com parafusos. É importante tomar alguns
cuidados para a boa preservação do equipamento:
• Evite apoiar sobre o tanque para não afrouxar os parafusos e causar acidentes;
• Verifique constantemente o estado dos parafusos, apertando-os quando necessário;
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• Não lave panelas, pratos e outros utensílios de cozinha no tanque destinado à lavagem de
roupas. O depósito de alimentos no ralo pode entupir o tanque.
Caso seja constatado entupimento do tanque, utilize o mesmo procedimento para desentupir
as pias e lavatórios de banheiros, ou seja:
• Use o desentupidor de borracha repetidamente para desobstruir o ralo;
• Use algum produto para desentupir a tubulação. O resultado pode ser imediato, mas o uso
repetido pode danificar alguns componentes plásticos da tubulação.
4.9.9. Metais sanitários, complementos e acessórios
4.9.9.1. Válvulas de descarga
A válvula de descarga serve para o esgotamento e limpeza da bacia sanitária e o seu
acionamento é efetuado por um botão. Se a válvula for muito antiga, chame um encanador para
providenciar o reparo. Os modelos mais recentes de válvulas possuem, atrás da manopla, uma peça
que gira para os dois lados, aumentando ou reduzindo a vazão de água. Para fazer o reparo siga as
instruções:
• Retire ou levante a manopla (tampa) e gire a peça, dando descarga algumas vezes, até regular a
descarga;
• A válvula poderá também apresentar vazamentos. Nesse caso, é preciso trocar o reparo (peça
redonda que possui uma mola). Para isso, feche o registro de água;
• Retire a manopla e o reparo, soltado o parafuso;
• Troque por uma peça nova disponível no mercado, seguindo as especificações técnicas do
fabricante;
• Faça a operação inversa para remontagem.
4.9.9.2. Torneiras
As torneiras são componentes que controlam o fluxo de água para lavatórios e tanques em
geral. O gotejamento de uma torneira deve-se ao uso excessivo ou ao tempo decorrido de sua
instalação. O velho problema da torneira pingando tem solução. Na verdade, a peça que mais se
desgasta é o vedante ou “courinho”. Para substituir deve seguir os passos abaixo:
• Feche o registro da água dos banheiros e solte o parafuso da manopla (lugar onde você abre a
torneira);
• Solte o comando central e levante. Você perceberá que o vedante está provavelmente gasto;
• Retire o vedante e troque por um novo;
• Depois de colocado o courinho, faça a operação inversa para remontar a torneira.
4.9.9.3. Registros
Os registros servem para controlar a vazão da água, podendo ser do tipo gaveta ou pressão.
Os registros de gaveta são utilizados no cavalete de entrada de água do abastecimento público, nas
instalações de recalque (bombeamento de água) e nos ramais principais. Os registros de pressão são
usados em chuveiros, lavatórios e mictórios.
É comum ocorrer vazamento nos registros, geralmente em função do desgaste do vedante.
Para registros de pressão, a melhor solução é a sua troca. Para tanto, é necessário fechar o registro
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geral da rede de água fria. Ele está geralmente situado dentro do forro do edifício. Siga os seguintes
passos após fechar o registro geral:
• Solte o parafuso sobre a manopla;
• Solte o comando central. Assim que for retirado, é possível ver as peças internas do registro. No
registro de pressão, encontraremos o mesmo “vedante” ou “courinho” citado no conserto de
torneiras. No registro de gaveta, teremos a “gaxeta”;
• Troque as peças danificadas por peças novas encontradas em lojas de materiais de construção;
• Monte o registro, fazendo a operação inversa.
Alguns vazamentos costumam acontecer também pela porca de aperto da haste (onde está
preso o volante) ou na junção do castelo (parte de cima). Para solucionar o problema, caso não seja
possível a substituição da gaxeta ou da junta de vedação:
• Desmonte o registro, desatarraxando-o;
• Vede a rosca com fita “veda-rosca”;
• Atarraxe novamente, mas sem apertar demais.
4.9.9.4. Caixa de descarga alta
Para caixa de descarga com vazamento, retire da caixa, verificando se a torneira (local onde
entre a água) não está quebrada ou se a bóia que regula o nível da água não está danificada ou sem
ajuste. Nesse caso, feche o registro de água da caixa de descarga e providencie a compra de nova
peça, igual à existente.
Para problemas de acionamento na caixa de descarga alta, destampe a caixa e prenda a bóia
para que não entre água na caixa. A corrente danificada que prende o obturador deve ser então
trocada e a caixa tampada novamente.
4.9.9.5. Caixa acoplada
Em vasos sanitários com caixa acoplada, é comum acontecer problemas com o enchimento
da própria caixa e com a bóia. É possível que ocorram problemas como o não enchimento da caixa
d’água devido a pouca pressão. Do mesmo modo, a bóia localizada no interior da caixa pode travar.
Pequenos movimentos para cima e para baixo podem solucionar. No entanto, se for detectado um
problema mais grave chame um técnico especializado.
4.9.9.6. Sifões
O sifão é um elemento plástico destinado a receber os efluentes da instalação de esgoto
sanitário. Por se tratar de um dispositivo provido de fecho hídrico (desconector), o sifão é capaz de
vedar a passagem dos gases. Os modelos mais antigos de sifão possuem uma peça chamada
“copo”, acoplada ao sifão com uma rosca. Quando o copo for mal encaixado, é possível que existam
vazamentos.
•
•
•
•
Para evitar esse problema, é necessário tomar algumas precauções:
Apertar o copo para evitar vazamentos;
Verificar as peças do encanamento que possuem “rosca”. Em caso de suspeita de vazamento nos
encaixes, devem-se retirar as conexões e utilizar a “fita veda-rosca”;
Envolver a rosca com a “fita veda-rosca”, dando poucas voltas e tendo cuidado para não embolar;
Enroscar cuidadosamente as duas peças;
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• Verificar o desgaste da borracha de vedação que fica entre o tubo do sifão e o buraco da parede
e providenciar a troca por uma borracha nova.
4.9.9.7. Ralos
Existem dois tipos de ralos usados em edificações escolares: os ralos sifonados e os ralos
secos. Os ralos sifonados (também conhecidos como caixas sifonadas) são dispositivos destinados a
receber o esgoto primário (proveniente de vasos sanitários, pias, mictórios, etc) com a finalidade de
impedir o retorno de gases que causam mau cheiro. Estes, quando estão entupidos não permitem o
funcionamento dos outros ralos. Como ação preventiva, verifique:
Se todos os ralos do banheiro estão limpos;
• Para limpá-los, retirar a grelha que recobre o bocal e retirar a sujeira e os detritos, lembrando de
utilizar luvas de borracha;
• Para resolver entupimento, basta localizar o ralo sifonado dentre do ambiente (banheiro, cozinha,
área de serviço) e retirar a grelha de proteção. Dentro dela existe uma peça inclinada, tipo rosca
aparente, que esconde o sifão;
• Retirar a rosca e desobstruir o encanamento, empurrando os resíduos com um arame rígido ou
introduzindo uma mangueira com jato de água em alta pressão;
• Efetuar a operação inversa para montagem do ralo.
Os chamados ralos secos são geralmente posicionados em áreas externas para receber
águas da chuva e de lavagem de piso onde não existem gases. Para limpeza dos ralos secos:
• Retire a grelha que recobre o bocal;
• Remova manualmente os resíduos sólidos (folhas, sujeiras acumuladas, pedriscos, terra, etc)
utilizando luva de borracha;
• Em caso de entupimento, desobstrua com auxílio de arame rígido ou jato d’água sob pressão.
4.9.9.8. Caixa de gordura
Trata-se do depósito para onde se dirige a água das pias de cozinha. Ela é instalada
externamente para proteger a tubulação do acúmulo de gordura e detritos da cozinha, e, apesar de
periodicamente limpa, pode gerar mau cheiro.
• Para verificar se a caixa de gordura está cheia, retire a tampa plástica ou de concreto e veja se
está transbordando;
• O contorno da caixa de gordura pode ser vedado com impermeabilizante para evitar odores
desagradáveis;
• Ao colocar o impermeabilizante, verifique antes a posição dos tubos de ventilação (estes não
podem ser vedados);
• Por se tratar de um local que atrai baratas, ratos e outros animais que transmitem doenças aos
seres humanos, é fundamental, portanto, uma limpeza regular da caixa de gordura.
4.9.9.9. Caixa de inspeção
As caixas de inspeção servem para permitir o acesso à limpeza e o eventual desentupimento
da tubulação. Bem como as caixas de gordura, estas são instaladas externamente. Quando há
exalação de odores desagradáveis, vede a tampa com impermeabilizante ou então utilize um pedaço
de plástico sob a tampa, recobrindo o bocal de entrada da caixa.
4.9.10. Instalação de gás
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4.9.10.1. Gás
As instalações de gás liquefeito de petróleo (GLP), em geral, podem apresentar como
principal problema a ser reparado, o vazamento, que significa riscos de incêndio e de explosão. As
instalações podem ser centralizadas, caso em que uma canalização de distribuição liga o conjunto de
bujões (botijões, cilindros) aos vários pontos de alimentação. São individuais quando cada aparelho
de utilização é abastecido por um bujão.
Os bujões, em geral, devem permanecer em abrigo de alvenaria, disposto no exterior da
edificação e ventilado permanentemente, não devendo possibilitar o acesso de águas pluviais. O
abrigo deve estar absolutamente desimpedido para o acesso dos fornecedores e possuir portas que
impeçam o acesso de crianças ou de adolescentes.
Os testes na tubulação devem ser realizados apenas por pessoas capacitadas, já que
necessitam da aplicação de pressão alta. Entretanto, em caso de dúvida sobre vazamentos, pincelar
as juntas ou locais sob suspeita com sabão dissolvido em água. Havendo vazamento, este pode ser
denunciado pela aparição de bolhas. Jamais empregar fósforos ou isqueiros para teste.
O calafeto das juntas rosqueadas da tubulação deve ser sempre de material ou pastoso,
podendo-se usar fitas de teflon. Os pontos de utilização como os queimadores do fogão, por exemplo,
devem ser regulados a cada dois anos por pessoa que conheça os detalhes de sua fabricação, pois
dependem de proporção correta na mistura do gás com o ar.
Os aparelhos que apresentam grande potência em calor devem ter a sua instalação
complementada por coifas ou exaustores para a condução dos produtos da combustão diretamente
para o exterior da edificação escolar.
4.10. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E MECÂNICAS
Entende-se por instalações elétricas o conjunto de elementos e dispositivos destinados a
conduzir a energia elétrica aos pontos de consumo, facilitando a vida dos usuários. Geralmente, as
instalações desse tipo incluem também os sistema de comunicação como instalações telefônicas,
rede lógica, sistemas de sonorização, etc.
Podemos definir Instalações mecânicas como o conjunto de equipamentos passíveis de
substituir tarefas pesadas, anteriormente realizadas de madeira braçal. Trata-se aqui das bombas de
recalque, por exemplo, que transferem a água de um reservatório para outro ou ainda dos elevadores
destinados a transportar os usuários do edifício.
4.10.1. Sistema Elétrico
O sistema elétrico propriamente dito é constituído por todos os elementos e dispositivos
destinados a conduzir a eletricidade em circuitos fechados, de modo a suprir a demanda de energia
elétrica necessária para o funcionamento de equipamentos específicos.
A instalação de energia elétrica é perigosa quando não é bem conservada. Os riscos de
descarga elétrica representados por curtos-circuitos, choques elétricos e explosões podem levar à
morte se ações preventivas não forem tomadas no momento de efetuada nas instalações elétricas da
escola, desligue impreterivelmente a chave geral instalada no Quadro Geral de Luz e Força.
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4.10.1.1. Medidas de segurança
Algumas regras básicas são fundamentais para a segurança do indivíduo que irá realizar as
atividades de manutenção das instalações elétricas. Como regra geral, siga as instruções:
• Utilize sapatos com solas isolantes (borracha);
• Use apenas ferramentas com cabos isolados;
• Não utilize álcool como agente de limpeza;
• Desligue completamente o circuito correspondente ao local em que estiver trabalhando (na
dúvida, desligue a chave geral do prédio);
• Não use as mãos desprotegidas no interior do quadro geral de luz e força;
• Utilize somente os extintores de gás carbônico (CO2), dirigindo o jato para a base da chama;
• Para desligar os aparelhos, jamais puxe-os pelo fio.
4.10.1.2. Voltagens
O suprimento de energia elétrica da edificação escolar pode ser feito pela rede pública ou por
um grupo gerador especialmente instalado. A escola deve funcionar apenas com baixa tensão, que
no caso do estado é de 220 v. Antes de ligar qualquer equipamento na tomada, verifique se a sua
voltagem (indicada pelo fabricante no aparelho) está de acordo com a da tomada. Caso a voltagem
do equipamento não seja a mesma da tomada, troque o aparelho por outro com voltagem compatível
ou utilize um transformador.
4.10.2. Componentes da instalação: dicas de reparo
Os reparos a serem feitos na instalação de energia elétrica são representado em geral pela
substituição dos componentes defeituosos.
Muitas vezes, a luminosidade produzida por uma lâmpada é prejudicada pelo acúmulo de
poeira, reduzindo assim a luz produzida. A iluminação original pode ser recuperada com a limpeza
anual das lâmpadas e luminárias.
4.10.2.1. Lâmpadas incandescentes
São as mais comuns e constituídas de filamento protegido por um bulbo de vidro, no interior
do qual há vácuo. A luminosidade é especificada em Watt. Se a lâmpada queimar com a explosão do
bulbo, verifique a probabilidade de ter ocorrido gotejamento de água sobre esta. Outra possibilidade é
o superaquecimento.
Para efetuar a troca de uma lâmpada, verifique a voltagem, o tipo de soquete, o tipo de
lâmpada e o tamanho. Para proceder à troca de uma lâmpada com o soquete quebrado, desligue o
disjuntor referente ao local onde você está trabalhando. Com o auxílio, desligue o disjuntor referente
ao local onde você está trabalhando. Com o auxílio de um pano, desenrosque o soquete quebrado e
troque a lâmpada por uma similar.
4.10.2.2. Lâmpadas fluorescentes e luminárias
As lâmpadas fluorescentes são tubulares e dependem de equipamentos auxiliares para sua
operação, tais como “starters” e reatores de partida rápida.
• Reator: dispositivo anexo à luminária que serve para regular a tensão elétrica, tendo em vista que
as lâmpadas fluorescentes são sensíveis às variações de tensão comuns em qualquer rede. Para
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reatores danificados, libere os fios e examine as suas extremidades. Se as suas pontas estiverem
amassadas ou oxidadas, corte-as e desencape-as em cerca de 1,5cm para fazer novas ligações.
O superaquecimento é a principal causa da destruição do reator.
• Starter: pequeno dispositivo em forma de cilindro, anexo à luminária, destinado a aquecer os
eletrodos dos pólos elétricos existentes nas extremidades das lâmpadas, de modo a produzir a
descarga elétrica que acende a lâmpada. O starter defeituoso faz com que a lâmpada pisque
muitas vezes antes de acender. Para fazer a troca, retire o starter do soquete de fixação,
torcendo-o ligeiramente, e coloque um novo.
Para reparar uma lâmpada queimada:
• Lâmpadas piscando e com baixa luminosidade são consideradas queimadas;
• Para troca de reatores, desligue a chave geral de energia (disjuntor) do ambiente ou chave geral
e troque por um componente novo;
• Se os soquetes da lâmpada forem de pressão, encaixe a lâmpada, pressionando-os de forma
simultânea para as laterais;
• Se os soquetes forem giratórios, encaixe a lâmpada nas fendas e gire ¼ de volta.
4.10.2.3. Interruptores
São componentes cuja função é comandar as lâmpadas. Dependendo do número de
interruptores interligados para o comando de uma lâmpada ou mais, o sistema pode ser simples (um
interruptor), paralelo (par de interruptores colocados em locais diferentes) e intermediário (colocado
em conjunto com os paralelos comandados a partir de mais de dois locais diferentes).
4.10.2.4. Tomadas de corrente
As tomadas são os componentes cuja função é permitir a ligação de aparelhos elétricos à
rede. Quando os aparelhos são ligados à tomada e não funcionam ou funcionam de modo
intermitente, existe indício de sobrecarga elétrica ou fadiga das tomadas.
4.10.2.5. Quadros de luz
O quadro de luz é o local onde se encontram os disjuntores. O quadro deve estar posicionado
em local visível e sinalizado. Nunca esconda o quadro de luz com painéis ou murais, pois ele deve
ser facilmente acessado em casos de emergência! Siga as seguintes recomendações:
• Edifícios escolares maiores possuem dois ou mais quadros de luz. Procure saber onde se
localizam os quadros na sua escola;
• Procure chamar um eletricista periodicamente (pelo menos uma vez por ano) para verificar o
estado geral da fiação e dos disjuntores;
• No caso de queda de um dos disjuntores ou da chave geral, verifique se não existe nenhum
aparelho ligado de maneira inadequada;
• Identifique sempre as chaves do quadro de energia com uma etiqueta adesiva. Isso evita dúvidas
na hora de desligar a energia no ambiente com problema.
4.10.2.6. Fios e cabos elétricos
Através dos fios e cabos da instalação, a energia elétrica é levada para os pontos de
consumo e comandos da instalação. Estes fios e cabos passam por tubos plásticos denominados
eletrodutos.
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Curtos-circuitos frequentes, choques-elétricos, queima de disjuntores e aquecimento
excessivo do eletroduto são indícios de problemas com a fiação elétrica. Nesse caso, desligue todos
os aparelhos e lâmpadas e chame um eletricista.
As causas do problema podem estar ligadas a uma sobrecarga no circuito, combinada com a
inoperância do dispositivo de proteção. O reparo consiste na substituição dos condutores (fios e
cabos) no trecho com problema.
4.10.2.7. Pára-raios
Dispositivos utilizados para a proteção da edificação contra as descargas atmosféricas.
Independentemente do seu tipo (Franklin ou Gaiola de Faraday), são compostos de captores,
cordoalha de descida a terra, protetores e eletrodos de terra.
Os pára-raios são componentes que devem estar instalados de modo a permitir vistorias
anuais obrigatórias.
4.10.3. Telefonia
Os serviços telefônicos são regulamentados pelas companhias concessionárias (de cada
estado) encarregadas da instalação e manutenção.
4.10.4. Instalações mecânicas
As instalações mecânicas têm a função de substituir tarefas tidas como pesadas para os
usuários dentro do edifício escolar. Em razão da rara existência de equipamentos como elevadores e
ar-condicionado central em prédios escolares, trataremos apenas das eletrobombas.
4.10.4.1. Eletrobombas de recalque
A eletrobomba é um equipamento elétrico que aspira a água por meio de uma boca de
aspiração e o expulsa por meio de outra bomba, permitindo o transporte do reservatório de água
inferior para o reservatório superior.
Caso o conjunto da eletrobomba funcione, mas não esteja recalcando água, verificar se a
tubulação de sucção está vazia. Esta deve estar sempre cheia d’água, isto é, escorvada. Se a bomba
está colocada abaixo do nível de água a ser recalcada, este problema não existe. Entretanto, se a
bomba está acima do nível da água a ser recalcada, encher a tubulação de sucção através de válvula
de escorva nela existente. Se ainda assim não funcionar, verificar se os registros nas canalizações de
sucção e recalque não estão fechados.
4.11. SISTEMA DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO
As instalações de prevenção e combate a incêndio numa escola serve para atender as
exigências mínimas de segurança estabelecidas pela norma técnica e pelo Corpo de Bombeiros de
cada município. Em resumo, servem para garantir a segurança dos usuários caso surja alguma
emergência devida ao fogo.
O sistema pode ser constituído por diversos hidrantes ligados ao reservatório superior da
escola ou simplesmente por extintores manuais. A escolha do tipo de sistema dependerá do tamanho
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do edifício escolar e do público por ele atendido. Podemos incluir no sistema elementos fundamentais
para os momentos nos quais é necessária uma evacuação rápida do edifício como escadas e saídas
de emergência, sinalização, detectores de fumaça, etc.
4.11.1. Rotas de fuga
As rotas de fuga (ou evacuação) são aqueles caminhos que devem ser seguidos em caos de
incêndio ou qualquer outro tipo de sinistro até que seja alcançado um local seguro como uma saída
para o exterior da escola ou uma escada de emergência.
A sinalização e a iluminação das rotas têm papel fundamental, devendo para tanto receber
atenção especial nas práticas de manutenção escolar. Além disso, as saídas de emergência devem
estar livres de obstáculos.
4.11.1.1. Saídas de emergência
São portas de saída para acesso a escadas e corredores de emergência. Certas
características são indispensáveis em portas de emergência:
• Todas as portas de emergência devem abrir no sentido do fluxo de saída;
• As portas de emergência devem ser feitas em material resistente ao fogo;
• Devem possuir mola hidráulica para que permaneçam sempre fechadas;
• As portas contra incêndio em escada de emergência devem possuir barras anti-pânico.
4.11.1.2. Escadas de emergência
São utilizadas em edifícios em altura e deve-se garantir as seguintes características:
• Devem ser estanques à fumaça, seja por meios mecânicos ou naturais;
• Devem ser construídas com material resistente ao fogo;
• Devem possuir corrimão em ambos os lados (resistentes ao fogo) e o piso deve ser
antiderrapante.
4.11.2. Sistemas de detecção de fumaça e alarme de incêndio
Esses equipamentos são encontrados em edifícios escolares de grande porte, geralmente em
zonas urbanas. Caso a sua escola possua algum dispositivo de combate a incêndio listado abaixo,
aconselha-se conhecer algumas dicas de manutenção.
4.11.2.1. Detectores de fumaça
Os sistemas de detecção de fumaça são equipamentos elétricos que servem para detectar a
fumaça (visível ou invisível) resultante de combustão de plásticos, madeiras, etc. Os aparelhos devem
ser desmontados anualmente e limpos com jato de ar comprimido para eliminar poeira e insetos. Se
houver falhas, providenciar a troca dos detectores.
4.11.2.2. Botoeira sonora para alarme de incêndio
Caixa de pequeno formato que permite o disparo automático do alarme quando da quebra do
vidro, enviando um sinal para a central. A sirene incorporada é acionada pela central. É geralmente
montada em caixa anti-chama vermelha e tem o painel frontal removível para troca de vidro, posição
de fixação em caixa 4x4.
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As práticas de manutenção do sistema recomendam uma avaliação anual da botoeira e sua
proteção contra degradação, vandalismo e mau uso.
• Em caso de quebra, troque o vidro frontal (geralmente removível).
• Não pinte o vidro nem utilize produtos químicos agressivos na limpeza. A botoeira deve ser
facilmente visualizada em caso de incêndio.
4.11.3. Lâmpada de emergência
Quando da falta ou desligamento de energia elétrica, uma central de iluminação de
emergência aciona um sistema de iluminação de emergência. Este serve para iluminar basicamente
as rotas de fuga e outros ambientes importantes dentro do edifício.
As práticas de manutenção para a lâmpada de emergência recomendam:
• Ligar mensalmente o interruptor da lâmpada para testar sua eficiência;
• Verificar periodicamente o funcionamento da bateria e a intensidade da lâmpada;
• Em caso de falha, solicitar auxílio de eletricista especializado, tendo cuidado para evitar choques.
4.11.4. Sinalização de incêndio
A sinalização de incêndio obedece a normas específicas para indicações de saídas de
emergência e equipamentos de combate a incêndio. Busque orientar os usuários a não danificarem
as placas de sinalização.
4.11.5. Hidrantes e extintores
Conforme abordado anteriormente, o tamanho da escola e o número de usuários determinará
o sistema de combate a incêndio a ser empregado. Os dois tipos mais encontrados em edifícios
escolares são:
4.11.5.1. Hidrantes
A instalação por hidrantes deve ser verificada semestralmente, sendo que as mangueiras são
objetos frequentes de brincadeiras e mau uso. Três dicas básicas são importantes para a
preservação das mangueiras:
• Jamais utilize as mangueiras para lavar pisos e calçadas, pois estas não resistem a manobras
típicas e constantes;
• Substitua imediatamente as mangueiras assim que apresentarem qualquer defeito. Eventuais
furos nas mangueiras podem danificar o equipamento, impedindo seu uso correto num momento
de pânico;
• Para verificar o estado de conservação das mangueiras, estenda-se sobre o solo e abra a
torneira.
4.11.5.2. Extintores
A instalação de extintores portáteis (de espuma, gás carbônico ou pó químico) deve ter cada
uma de suas unidades verificada e recarregada anualmente por firma especializada.
50
Para extintores de pó químico, aconselha-se uma vistoria a cada 5 anos. Nos modelos onde
existe a presença de manômetro, assim que o ponteiro acusar “recarregar”, o extintor deve ser levado
a um posto de serviço.
Em nenhuma hipótese os extintores devem ser guardados em locais fechados. Do mesmo
modo, as pinturas e sinalizações devem ser revistas periodicamente (evite retirar as placas de
sinalização do local). O conteúdo do extintor deve ser sinalizado (CO2, pó químico, água, etc).
4.12. COMPLEMENTAÇÃO DA OBRA
4.12.1. Limpeza
As atividades de limpeza a serem desenvolvidas nas áreas internas e externas do edifício
escolar devem garantir às exigências de higiene, mediante o emprego de técnicas correntes
coordenadas por pessoa experiente.
Essas tarefas devem incluir a limpeza de coberturas, de calhas e de chaminés, o
desentupimento de ralos e canalizações, desinfecção de aparelhos sanitários, a eliminação de mofo,
fungos e poeira, a poda de galhos, a descontaminação de aparelhos telefônicos e utensílios de uso
diário. Etc.
4.12.1.1. Limpeza diária nas escolas
• Varrer os pisos de todos os ambientes e áreas externas;
• Esvaziar as lixeiras;
• Limpar o pó das mesas, arquivos, armários, cadeiras e carteiras das salas de aula, secretaria,
diretoria, biblioteca e sala de informática;
• Limpar os apagadores e quadros negros;
• Limpar os bebedouros;
• Limpar os pisos dos sanitários e da cantina;
• Desinfetar vasos, mictórios e lavatórios dos banheiros;
• Desinfetar pia da cantina;
• Limpar os espelhos;
• Substituir toalhas e sabão (se preciso) nos banheiros;
• Limpar fogão da cantina.
4.12.1.2. Limpeza semanal das escolas
•
•
•
•
•
Limpar portas, alisares, marcos e contra-marcos das esquadrias;
Limpar os vidros das esquadrias;
Limpar divisórias e paredes dos sanitários e da cantina;
Limpar os depósitos de lixo;
Limpar com pano úmido ou produtos específicos as mesas, arquivos, armários, cadeiras e
carteiras das salas de aula, secretaria, diretoria, biblioteca e sala de informática;
• Limpar geladeira e freezer da cantina;
• Limpar com pano úmido paredes e cantos, principalmente no encontro com o forro;
• Limpar ventiladores.
4.12.1.3. Limpeza mensal das escolas
51
• Limpar lâmpadas e luminárias
4.12.2. Manual para limpeza dos ambientes
4.12.2.1. Paredes e painéis
• Revestimento cerâmico (azulejos e pastilhas);
• Na limpeza dos revestimentos cerâmicos, evite o uso de detergentes agressivos, ácidos ou soda
cáustica, bem como escovas e produtos concentrados de amoníaco que atacam o esmalte das
peças e seu rejuntamento;
• A limpeza e lavagem desses revestimentos devem ser feitas com sabão em pó neutro, utilizando
um pano úmido ou esponjas. Tomar cuidado com encontros de paredes com tetos em gesso.
Semestralmente, deve ser feita a revisão do rejuntamento, principalmente na área do chuveiro,
pois a água quente com sabão ataca o material e pode provocar, no futuro, infiltração no andar de
baixo, apesar da impermeabilização efetuada;
• Para refazer o rejuntamento, utilizar materiais apropriados existentes no mercado e mão-de-obra
especializada.
4.12.2.2. Pisos
Cerâmica
• Mesmos cuidados dos revestimentos cerâmicos;
• Aspirar ou varrer toda a área do ambiente antes da lavagem;
• Lavar com pano úmido e sabão em pó neutro;
• Nos banheiros e cozinha, deve-se passar pano úmido com desinfetante após a lavagem com
água e sabão.
Pisos vinílicos
• Para a limpeza de pisos vinílicos, não se deve utilizar água em abundância.
• Para limpeza diária:
- varrer ou aspirar à sujeira existente sobre o piso;
- passar um pano úmido com detergente neutro e remover os resíduos do detergente com um
pano úmido.
• Para limpeza periódica:
- espalhar aos poucos, com um pano, solução de água e detergente neutro;
- para remoção de manchas difíceis, utilizar um saponáceo líquido e esfregar com escova de
cerdas macias;
- remover totalmente resíduos do detergente ou saponáceo líquido com pano úmido e aplicar
cera acrílica incolar.
Cimentados
Para a limpeza de cimentados rústicos, aconselha-se jogar água em abundância antes da
varrição no caso de haver muita terra e pó nos corredores e áreas externas. Para cimentados lisos,
deve-se limpar com um pano molhado e torcido numa solução de água, sabão e desinfetante.
4.12.2.3. Esquadrias e portas
Alumínio
52
• Na limpeza das esquadrias, portas e portões de alumínio, passar primeiramente pano úmido nos
trilhos, marcos, contramarcos e alisares;
• Passar pano úmido nos vidros para retirar o pó;
• Limpar os vidros com álcool ou “limpa-vidros” comercial;
• Passar vaselina líquida, graxa ou grafite em pó nos trilhos e dobradiças.
Madeira
• Na limpeza das esquadrias, portas e portões de madeira, passar primeiramente pano úmido nas
folhas, alisares e trilhos;
• Passar “lustra-móveis” nas folhas, alisares e estruturas de madeira;
• Passar pano úmido nos vidros para retirar o pó;
• Limpar os vidros com álcool ou “limp-vidros”;
• Passar graxa ou grafite em pó nos trilhos e dobradiças.
Ferro
• Na limpeza das esquadrias, portas, portões de ferro, passar pano úmido nas folhas e trilhos;
• Passar pano úmido nos vidros para retirar o pó;
• Limpar os vidros com álcool ou “limpa-vidros”;
• Passar graxa ou grafite em pó nos trilhos e dobradiças.
4.12.2.4. Equipamentos
Vaso sanitário
• Esfregar detergente neutro ou saponáceo com esponja nas papeleiras, nos assentos plásticos e
em toda a parte externa e borda da louça, logo após lavar com água;
• Colocar água sanitária no interior do vaso e esguichar germicida nas laterais internas do vaso,
esfregar com a vassourinha até desencardir. Deixar um pouco de molho e dar descarga;
• Colocar desinfetante no vaso e deixar.
Mictórios
• Esfregar detergente neutro ou saponáceo com esponja em toda a parte externa e bordas do
mictório, logo após lavar com água;
• Colocar água sanitária no interior do mictório e esguichar germicida nas laterais internas, esfregar
com a vassourinha até desencardir. Deixar um pouco de molho e dar descarga;
• Colocar desinfetante no mictório e deixar.
Lavatórios
• Esfregar detergente neutro ou saponáceo com esponja no lavatório e saboneteiras. Lavar com
água e enxugar com pano limpo;
• Recomenda-se separar a esponja para uso nos vasos sanitários da esponja para limpeza dos
lavatórios.
Espelhos
• Passar detergente neutro com esponja em toda a área do espelho e limpar com pano úmido;
• Limpar os espelhos com álcool ou “limpa-vidros”.
Bebedouros
53
• Esfregar saponáceo com uma esponja para remoção de encardidos em bebedouros metálicos e
nos azulejos. O uso de esponja de aço pode comprometer o aspecto geral do equipamento
(arranhões e ferrugem em função dos fiapos da esponja).
Mesas, cadeiras e carteiras
• Passar pano úmido para a retirada do pó em toda a estrutura, tampos e assentos. Em seguida,
passar pano seco;
• Passar desengordurante nos tampos de fórmica.
Quadros negros e apagadores
• Passar pano úmido em todo o quadro e no suporte para giz para a retirada de todo o pó. Logo
após passar pano seco;
• Bater o apagador em área externa para retirada do pó e passar pano úmido na sua haste de
madeira.
Armários, arquivos e estantes
• Passar pano úmido para a retirada do pó nas portas, prateleiras, gavetas e em toda a área
externa. Em seguida passar pano seco.
Luminárias e lâmpadas
• Desligue os interruptores;
• Retirar as lâmpadas das luminárias e passar pano úmido com cuidado só na área do vidro;
• Depois passar pano seco. Verificar se a lâmpada secou completamente antes de reinstalá-la;
• Retirar o pó das luminárias com pano úmido. Em seguida, passar pano seco.
Ventiladores
• Retirar a grade de proteção e limpar com um pano úmido;
• Limpar as hélices com um pano úmido;
• Recolocar as grades de proteção.
Depósito de lixo
• Esfregar detergente com esponja e lavar com água;
• Passar pano úmido com desinfetante no interior do depósito. Enxugar ou deixar secar.
5. PADRÕES TÉCNICOS PARA EXECUÇÃO DE NOVAS QUADRAS E ADEQUAÇÃO DAS
QUADRAS EXISTENTES
5.1. ORIENTAÇÃO SOBRE
POLIESPORTIVAS
A
CONSTRUÇÃO
E
MANUTENÇÃO
DE
QUADRAS
As quadras poliesportivas requerem medidas mínimas, ter o piso adequado ao esporte
praticado e dispor de boa iluminação. Recomenda-se sempre o acompanhamento de um técnico da
área de engenharia para o assessoramento, já que aspectos como localização do terreno, piso ideal,
sistemas de drenagem e iluminação são decisivos.
Para a implantação de quadras descobertas, deve-se posicioná-las no eixo Norte Sul (ou o
mais próximo dele), em função do ofuscamento provocado pelo sol.
54
O piso da quadra e a textura do acabamento são muito importantes, podendo interferir
bastante no desempenho dos jogadores. Os principais são:
• Saibro – ideal para tênis, sua execução requer muitos cuidados. A construção deve ser feita em
terrenos planos, bem compactados e, de preferência, de composição argilosa. O primeiro passo é
fazer uma moldura com blocos de cimento e cinta de concreto na medida da quadra. Ela deverá
ter 30 cm de altura e ficar parcialmente enterrada. No fundo dessa moldura é espelhada uma
camada de 20 cm de cacos de tijolo, que deve ser muito bem compactada com a ajuda de água.
Em seguida, cobre-se o espaço com uma camada de 20 cm de saibro misturado com argila e
terra vermelha. Depois de compactada com um rolo pesado, deve-se abrir pequenas valas e fazer
sapatas de concreto nos locais onde serão fixados os postes de sustentação da rede. Por fim,
espalha-se o pó de telha, o que facilita a movimentação dos jogadores. Deve-se prever o
caimento de 0,5% nas laterais. A autodrenagem demora cerca de 8 horas. As obras duram
aproximadamente 6 semanas.
Se a quadra for construída em terrenos irregulares, aterrados, de pouca firmeza ou sobre
lençol freático, deve-se prever o contrapiso, o que acarreta a necessidade de um sistema de
drenagem.
A manutenção do saibro é bastante trabalhosa. São necessárias frequentes reposições o pó
te telha da superfície, é preciso molhá-la para mantê-la sempre úmida, garantindo a maciez do piso, a
firmeza do solo e evitando que o vente levante nuvens de pó. O ideal é varrer e molhar a quadra duas
vezes ao dia.
• Cimentado – sua execução é simples: sarrafos de madeira, de 10 cm de altura x 2,5cm de
largura, são dispostos na forma de quadrados de 2x2cm sobre um lastro de pedra nº2 com 5 cm
de altura. Esses quadrados devem ser preenchidos diagonalmente por uma camada de concreto
de 8 cm de altura. Após a cura de 24 horas, os sarrafos são retirados e o espaço vazio é
preenchido por concreto ou asfalto. O acabamento tem, em média, 2 cm de espessura e pode ser
feito com argamassa de cimento e areia quando se tratar de quadras descobertas, ou por pó de
pó de cimento, se a quadra for fechada, a demarcação é feita com tinta acrílica resistente à
abrasão. Deve-se considerar que o cimentado não absorve o impacto dos movimentos dos
jogadores.
• Asfáltico – difícil construção pode ser usado para quadras de quase todos os esportes. Sobre
uma base de pó de pedra é colocada uma camada de 5 cm de pedra nº 1. Em seguida, uma
camada de emulsão asfáltica e outra de pedriscos com altura de 3 a 5 cm. Por fim, uma nova
camada de emulsão asfáltica e de 2 a 5 cm demãos de resina sintética. No caso de quadras de
tênis o acabamento da última demão deve ser áspero, para que o pique da bola seja mais lento. A
construção demora de 2 a 3 semanas. Como manutenção, a resina sintética deve ser substituída
a cada 5anos nas quadras abertas e a cada 8 anos nas fechadas. O escoamento da água demora
de 15 a 20 minutos.
• Areia- própria para futebol society, deve ser construída sobre um contrapiso. Um dreno “espinha
de peixe” de 4 polegadas deve ser previsto. Serão aplicadas uma camada de 15 cm de espessura
de pedra nº 2, uma camada de 10 cm de pedra nº1 e, finalmente, 10 cm de areia no mínimo. A
manutenção consiste em analisar a camada de areia com uma rede velha.
• Emborrachado – existem dois tipos: fundido no próprio local ou industrializado. O primeiro
consiste numa camada de borracha espalhada sobre o asfalto ou cimento com a ajuda de uma
espátula. Nas quadras fechadas, sua espessura é de 6 mm; nas abertas, varia entre 5 a 12 mm.
Requer manutenção a cada 5 anos, em média. O industrializado é encontrado em rolo e é fixado
sobre uma base de asfalto ou cimento com cola de poliuretano. A manutenção demora 20 anos.
Encontradas em várias cores, são próprias para tênis e quadras poliesportivas.
55
Se a quadra tiver apenas finalidade recreativa, não é preciso seguir as medidas oficiais,
bastando manter a proporcionalidade. Já a demarcação do piso não deve ser alterada. Ela deve ser
pintada sobre um piso de cor neutra, como verde, amarelo ou cinza. De acordo com as normas
internacionais, cada esporte tem cores determinadas para marcação das medidas: o branco usado
para tênis, vôlei, badminton, squash e paddle, o amarelo, para handebol e o azul, para basquete. No
caso das quadras de saibro ou areia, a demarcação pode ser feita usando fitas especiais, vendidas
em lojas de artigos esportivos, que são fixadas com a ajuda de pregos de 10 cm de comprimento.
Outra possibilidade é abrir pequenas valetas no lugar das linhas de demarcação e preenchê-las com
uma tira de concreto de 5 cm de largura. Depois é só pintar com tinta acrílica especial para
cimentado. As quadras de areia também podem ser demarcadas com uma simples pintura.
Quanto à iluminação, recomenda-se que profissionais especializados façam o cálculo. Um
projeto simples e mínimo para uma quadra poliesportiva consiste em 8 luminárias dispostas em 4
postes, com altura variando de 6 a 8 metros, e lâmpadas de mercúrio de alta pressão de 400 w.
O fechamento com alambrado deve estar situado a uma distância mínima de 2 metros da
quadra.
6. METAS A SEREM CUMPRIDAS
As escolas da rede estadual que tiverem a dominialidade comprovada e necessitarem de
adequações deverão ser priorizados para receberem as adequações sejam elas de reforma ou
ampliação.
Cada caso será devidamente analisado, primeiramente com o estudo do LSE – Levantamento
da Situação de Escolar, que demonstra a condição da estrutura física da escola. Posteriormente, a
escola deverá ser vistoriada por um técnico capacitado e que estudará quais os serviços
imprescindíveis a serem executados para garantir uma adequação das instalações física da escola.
No caso de ampliação de salas de aula, o foco será desenvolvido a partir de um estudo de demanda
que comprove qual é a real necessidade de ampliação e a partir daí deverá iniciar a elaboração do
projeto. As quadras e ginásios deverão ser reformados de acordo com a precisão de cada um.
Serão implantadas novas escolas em locais onde existirem necessidade que necessitem de
atendimento para a expansão do ensino médio e detectados como prioritários e com capacidade para
absorção de uma escola do porte selecionado.
6.1. DETALHAMENTO DE IMPLEMENTAÇÃO DA PROPOSTA
6.1.1. Objetivo
Proporcionar melhores condições de infraestrutura nas unidades escolares existentes e das
unidades gestoras e construir novas escolhas da rede em regiões de maior demanda.
6.1.2. Metas
Adequar e expandir a rede escolar com o propósito de promover benfeitorias na infraestrutura das escolas para garantir a melhoria da qualidade de ensino.
6.1.3. Ações de Implantação
56
•
•
•
•
•
•
Elaboração dos projetos arquitetônicos e complementares das novas escolas.
Elaboração dos projetos de adequação das instalações escolares e das unidades gestoras.
Encaminhamento do processo de licitação das obras.
Construção das novas unidades escolares.
Reforma das unidades escolares e das unidades gestoras.
Reforma das quadras e ginásios poliesportivos das unidades escolares.
6.1.4. Metas Físicas e Financeiras
ORDEM
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
DESCRIÇÃO
QUANT.
UNIDADE
Reforma do CEPA
1
Complexo
Reforma Escolas CEPA
5
Escola
Planetário CEPA
1
Prédio
Cenfor CEPA
1
Prédio
Conectividade e Reforma
1
Prédio
do Prédio sede da SEE
Reforma do Prédio sede da
1
Prédio
SEE
Energização das Escolas
340
Escola
Reforma das CES
12
Coordenadoria
Equipamentos para a SEE
1
Conjunto
Mobiliário para Escolas do
4
Conjunto
CEPA
Construções de Escolas
8
Escola
com 12 salas
Construções de Escolas
4
Escola
com 10 salas
Construções de Escolas
4
Escola
com 06 salas
Reforma de Escolas
100
Escola
Construções de Quadras
18
Quadra
Reforma de Quadras
12
Quadra
VALOR TOTAL
VALOR
UNITÁRIO
R$ 2.500.000,00
R$ 300.000,00
R$ 100.000,00
R$ 200.000,00
R$ 2.500.000,00
R$ 1.500.000,00
R$ 100.000,00
R$ 200.000,00
R$ 960.000,00
R$ 960.000,00
R$ 1.850.000,00
R$ 1.850.000,00
VALOR TOTAL
R$ 9.000,00
R$ 3.060.000,00
R$ 300.000,00
R$ 3.600.000,00
ver com armando
R$ 200.000,00
R$ 800.000,00
R$ 2.700.000,00
R$ 21.600.000,00
R$ 2.500.000,00
R$ 10.000.000,00
R$ 1.200.000,00
R$ 4.800.000,00
R$ 250.000,00
R$ 400.000,00
R$ 200.000,00
R$ 25.000.000,00
R$ 7.200.000,00
R$ 2.400.000,00
R$ 85.570.000,00
6.1.5. Cronograma de Implantação
O cronograma depende de recursos a serem liberados para execução das obras, e cada obra
seja construção ou adequação tem seu tempo hábil para o serviço dependendo do porte da obra.
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
GUIA DE CONSULTA – Padrões Mínimos de Funcionamento da Escola – Ambiente Físico Escolar
Ministério de Educação, Fundo de Fortalecimento da Escola – Fundescola, Brasília 2002.
ESPAÇOS EDUCATIVOS. Ensino Fundamental. Subsídios para elaboração de projetos e Adequação
de edificações escolares. Brasília: Fundescola/MEC, 2002.
CARTILHA TÉCNICA. Instruções e procedimento para elaboração de projetos de implantação
referentes à construção de escolas que utilizam os projetos padrão do FNDE. Ministério da Educação
– MEC, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, Diretoria de Programas e
Projetos Educacionais – DIRPE, Coordenadoria Geral de Infra-Estrutura – CGEST. Outubro-2008.
57
RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS DE EDIFICAÇÕES. Manutenção Preventiva. Execução. Ministério
de Educação. FUNDESCOLA. Coordenação de Projetos e Instalações Escolares. Brasília/2002.
MANUAL
PARA
ADEQUAÇÕES
Fundescola/DIPRO/FNDE/MEC, 2005.
MANUAL DE DICAS TÉCNICAS,
Fundescola/DIPRO/FNDE/MEC, 2006.
DE
PRÉDIOS
Práticas
para
ESCOLARES.
manutenção
5ª
do
Ed.
prédio
Brasília:
escolar.
58

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