Baixar - Fepese

Transcrição

Baixar - Fepese
Programa Catarinense de Desenvolvimento Regional e Setorial
•
PCDRS
Desenvolvimento Tecnológico Regional
•
DTR
Revisão 04 – Abril/2005
Região da Associação dos Municípios da Região Carbonífera
•
AMREC
Florianópolis, 2005
DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO REGIONAL
DIRETORIA
Presidente
José Fernando Xavier Faraco
Diretoria Executiva
Diretor Superintendente
Jaime Oltramari
Diretor Técnico
Jaime Oltramari
Diretor Administrativo e Financeiro
Carlos Henrique Ramos Fonseca
DIRETORIA
Presidente do Conselho Deliberativo
Armando César Hess de Souza
Diretoria Executiva
Diretor Superintendente
Carlos Guilherme Zigelli
Diretor Técnico
Anacleto Angelo Ortigara
Diretor Administrativo Financeiro
José Alaor Bernardes
EQUIPE TÉCNICA
Gerência de Projetos Regionais e Setoriais do SEBRAE/SC
Marcondes da Silva Cândido
Coordenador da Unidade de Desenvolvimento Regional e Setorial do IEL/SC
Osny Taborda Ribas Junior
Gestor da ADR/DTR – SEBRAE/SC
Wilson Sanches Rodrigues
Agente de Articulação do SEBRAE/SC
Murilo Emanuel Gelosa – Criciúma
Colaboradores do IEL/SC
Adriano de Medeiros Caldas
Ana Rúbia Dela Justina Becker
André Arthur Dutra
Daniel Bloemer
Everaldo Irineu Levartoski de Araújo
Fabio Miguel de Souza
Fátima Maria Franz Hermes
Fausto Ricardo Keske Cassemiro
Jorge Alberto Saldanha
Nasser Younes
Rafael Ernesto Kieckbusch
Ronaldo Cimetta
Sandra Grellmann
Sandro Wojcikiewicz da Silveira
Estagiários do IEL/SC
Carolina Pereira Laurindo
Fernando Machado Pereira
Rodrigo Nicola Sehbe
ÍÍnnddiiccee
APRESENTAÇÃO .......................................................................................................XV
CAPÍTULO 1 – CARACTERIZAÇÃO REGIONAL ..................................................... 01
1.1 Introdução ............................................................................................................ 03
1.2 Raízes históricas .................................................................................................. 05
1.3 População Residente ........................................................................................... 13
1.4 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal ................................................ 19
1.5 Instituições de Cultura ......................................................................................... 25
1.6 Infra-Estrutura....................................................................................................... 27
1.6.1 Transporte Rodoviário ......................................................................................... 30
1.6.2 Transporte Ferroviário ......................................................................................... 33
1.6.3 Transporte Hidroviário ......................................................................................... 36
1.6.4 Transporte Aeroviário .......................................................................................... 40
1.6.5 Energia Elétrica ................................................................................................... 42
1.6.6 Gás Natural.......................................................................................................... 46
1.6.7 Telecomunicações............................................................................................... 47
1.6.8 Água e Saneamento ............................................................................................ 48
1.7 Atividade Econômica ........................................................................................... 51
1.7.1 Produto Interno Bruto – PIB ................................................................................ 53
1.7.2 Valor Adicionado.................................................................................................. 55
1.7.3 Recolhimento do ICMS........................................................................................ 59
1.7.4 Recolhimento de Impostos Municipais ................................................................ 60
1.7.5 Empregados e Estabelecimentos ........................................................................ 61
1.8 Segmentos Econômicos Estratégicos ............................................................... 69
1.8.1 Metodologia de Identificação de Segmentos Econômicos Estratégicos ............. 70
1.8.2 Metalurgia Básica, Fabricação de Produtos de Metal, Máquinas e Equip. ......... 74
1.8.3 Extração e Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos ......................... 86
1.8.4 Fabricação de Produtos Têxteis e Confecção de Artigos do Vestuário .............. 94
1.8.5 Extração de Carvão Mineral, Fabricação de Produtos Químicos, Material Plástico e
Coquerias ................................................................................................................... 102
1.8.6 Fabricação de Produtos Alimentícios e Bebidas................................................113
1.8 Mapa de Oferta Tecnológica .............................................................................119
1.8.1 Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC – Campus Criciúma .......120
1.8.2 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI de Criciúma.................122
1.8.3 Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio – SENAC de Criciúma .........123
1.8.4 Cursos Técnicos na Região de Criciúma e Cocal do Sul...................................124
CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO ........................................125
2.1 Introdução ...........................................................................................................127
2.2 Capacitações .......................................................................................................128
2.2.1 Liderança & Motivação para o Desenvolvimento Regional................................128
2.2.2 Técnicas e Instrumentos de Planejamento, Monitoria e Avaliação de Projetos.129
2.3 Painel Temático.....................................................................................................131
2.3.1 Painel Temático da Indústria Química ...............................................................131
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA ..................135
3.1 Seção 1 - Introdução ..........................................................................................137
3.2 Seção 2 – Metodologia Utilizada........................................................................138
3.2.1 Fatores Críticos de Sucesso ..............................................................................139
3.2.2 Diamante de Competitividade de Porter ............................................................141
3.3 Seção 3 – Resultados Obtidos...........................................................................144
3.3.1 Fatores Críticos de Sucesso ..............................................................................144
3.3.2 Diamante de Competitividade de Porter ............................................................157
3.4 Seção 4 – Conclusões e Recomendações........................................................167
3.5 Seção 5 – Encaminhamentos das Ações Sugeridas .......................................168
3.5.1 IEL Pesquisa – Pesquisa de Mercado ...............................................................169
3.5.2 Produção + Limpa ..............................................................................................172
3.5.3 Compre Fácil ......................................................................................................176
3.5.4 Projeto Design Catarina .....................................................................................177
3.6 Bibliografia...........................................................................................................180
3.7 Anexos .................................................................................................................181
Apresentação
Nos últimos anos ocorreram importantes mudanças no cenário mundial, principalmente
em países em desenvolvimento como o Brasil. Isto requer novas
diretrizes
metodológicas e técnicas que sejam capazes de responder efetivamente às questões
relacionadas ao desenvolvimento em âmbito regional. O processo de crescimento
econômico deve ser promovido além do contexto puramente econômico, atentando para
os inevitáveis reflexos sociais, ambientais e políticos, para que se obtenha, efetivamente,
um desenvolvimento integrado na região. Para alcançá-lo, sustentavelmente, faz-se
necessário à existência de empresas bem sucedidas e comprometidas com a qualidade
de
vida
da
população
local.
Entretanto,
essas
organizações
devem
buscar
constantemente a inovação e as maneiras de aumentar sua competitividade. Dessa
forma, é necessária uma nova forma de entender o desenvolvimento regional.
Através da aplicação da metodologia do Desenvolvimento Tecnológico Regional – DTR
criou-se a Agência de Desenvolvimento Regional da AMREC com abrangência em onze
municípios. Os trabalhos tiveram início em dezembro de 2003 sob a coordenação do
Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina – IEL/SC. A figura 1 apresenta um mapa
temático com o território de abrangência da agência.
Com o intuito de intervir no foco do desenvolvimento regional, o Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina – SEBRAE/SC, em conjunto
com o Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina – IEL/SC, desenvolvem o Programa
Catarinense de Desenvolvimento Regional e Setorial – PCDRS. Deste programa, fazem
parte algumas metodologias, entre as quais, o Desenvolvimento Tecnológico Regional –
DTR e a Estruturação de Agência de Desenvolvimento Regional – ADR.
IX
APRESENTAÇÃO • ADRC
Orleans
Lauro Muller
Treviso
Urussanga
Siderópolis Cocal do Sul
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Forquilhinha
Figura 1
Içara
Mapa indicando a região da ADRC no território catarinense
Fonte: Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, 2004.
X
APRESENTAÇÃO • ADRC
CAPÍTULO 1
•
CARACTERIZAÇÃO REGIONAL
1.1 Introdução
A AMREC é originária da AMSESC, que compreendia Lauro Muller, Urussanga, Morro
da Fumaça, Içara, até Praia Grande, Passo de Torres e São João do Sul. Em 1983 foi
desmembrada em duas Associações AMREC e AMESC. A AMREC foi fundada em 25
de abril de 1983 com 07 municípios, integrada por Criciúma (sede), Içara, Lauro
Muller, Morro da Fumaça, Nova Veneza, Siderópolis e Urussanga. Posteriormente veio
Forquilhinha, Cocal do Sul e Treviso.
O território que compõe a Associação dos Municípios da Região Carbonífera - AMREC
compreende uma área total de 2.686 km², correspondente a 2,23% do total do Estado,
espalhados por 11 municípios, totalizando 344.778 habitantes e está situada entre os
paralelos 29° 05’, (latitude sul) e 29° 40’ (latitude norte) e meridianos 49° 45’ (longitude
oeste) e 49° 05’ (longitude leste). Limita-se ao norte com a Associação dos Municípios
da Região de Laguna - AMUREL, ao leste com AMUREL e o Oceano Atlântico, ao Sul
com a Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense - AMESC e a oeste
com a Associação dos Municípios da Região Serrana - AMURES.
Convém observar que, devido ao grande crescimento no número de municípios e à
expansão dos perímetros urbanos, estima-se que existam habitantes classificados
como urbanos que vivem da exploração agropecuária, isto porque suas propriedades
estão localizadas dentro dos perímetros urbanos. A tabela 1 apresenta os dados
gerais da região.
Os municípios que são filiados a AMREC são:
ƒ
Cocal do Sul
ƒ
Nova Veneza
ƒ
Criciúma
ƒ
Orleans
ƒ
Forquilhinha
ƒ
Siderópolis
ƒ
Içara
ƒ
Treviso
ƒ
Lauro Müller
ƒ
Urussanga
ƒ
Morro da Fumaça
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 2005 • ADRC
3
Postos de empregos
(2003)
Número de Empresas
(2003)
0,823 7.506 132.592.739,00
3.066
588
Criciúma
210
182.785 89,81% 10,19%
7,11
0,822 6.877 795.277.120,00
41.097
10.484
Forquilhinha
184
20.549
79,33% 20,67%
13,92
0,797 6.342 121.705.446,00
3.905
784
Içara
316
54.041
81,36% 18,64%
15,53
0,780 2.663 156.677.449,00
7.872
1.752
Lauro Müller
267
13.434
72,94% 27,06%
1,86
0,800 4.587
49.958.196,00
1.418
409
Morro da
Fumaça
83
15.668
76,65% 23,35%
8,68
0,804 6.539
77.315.092,00
3.974
780
Nova Veneza
290
12.339
62,54% 37,46%
15,48
0,813 5.487
86.689.818,00
4.935
609
Orleans
600
20.026
63,97% 36,03%
-5,94
0,814 5.879
60.883.268,00
4.460
1.132
Siderópolis
262
12.776
75,34% 24,66%
10,93
0,817 5.625
84.282.555,00
2.418
409
Treviso
157
3.393
49,65% 50,35%
16,53
0,806 9.674
57.789.175,00
901
66
Urussanga
237
19.110
56,87% 43,13%
3,44
0,845 5.456 108.660.243,00
4.039
822
Valor adicionado
R$ (2002)
9,93
PIB per capita (2000)
83,11% 16,89%
IDH-M
14.662
Crescimento %
populacional
1996/2000
78,5
% População Rural
(2000)
Cocal do Sul
Municípios
% População urbano
(2000)
População Estimada
(2004)
Dados gerais sobre os municípios da região da ADRC
Área (km2)
Tabela 1 -
Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2002.
4
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 2005 • ADRC
1.2 Raízes Históricas
Bem antes de sua efetiva ocupação, o território que hoje compõe a microrregião da
AMREC fora visitado por exploradores diversos, inclusive bandeirantes notadamente na
primeira metade do Século XIX.
Figura 2 - Desmembramentos municipais da AMREC
Fonte: AMREC. Internet: http://www.amrec.com.br/ Acesso em: 06/07/2004.
A fundação efetiva desses núcleos, contudo, somente se concretizou nas três últimas
décadas do referido século, em três pontos distintos: (a) fundação de Urussanga em
1878, por 76 famílias de imigrantes italianos, oriundos do norte da Itália (províncias de
Beluno, Treviso, Vicenza, Udine, Pádua, Mântua e Verona) e que faziam parte de uma
companhia colonizadora. Esse núcleo inicial, logo transformado em vila, emancipou-se de
Tubarão, em 1900 e, do seu território, originaram-se três vilas, futuros municípios:
Siderópolis (nascida como Nova Bellumo), colonizada em 1891, Morro da Fumaça,
ocupada em 1910 e Cocal do Sul, fundada em 1895, os três colonizados, também, por
descendentes de imigrantes do norte da península italiana; (b) fundação e efetiva
ocupação de Criciúma (batizada como São José de Cresciuma), em 06.01.1880, por 22
5
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2005 • ADRC
famílias italianas, das regiões de Veneza, Beluno e Treviso. Essa leva de colonizadores
seria seguida, pouco depois, por poloneses (189I), fixados em Linha Batista e Linha Anta.
Em 1908, diversas famílias oriundas do Vale do Braço do Norte fundaram a colônia São
Bento Baixo, mais tarde, em 1912, Forquilhinha foi colonizada por famílias alemãs vindas
de Vargem Grande e Braço do Norte. Três Vilas de Criciúma tiveram rápido progresso,
foram elevadas à condição de distrito e bem mais tarde municípios: Nova Veneza
(emancipada em 1958), Içara (1961) o Forquilhinha (1989); (c) o município de Lauro
Müller teve sua origem ligada ao carvão. Antes de sua fundação, a região era trilhada por
tropeiros do planalto serrano, em direção ao litoral. Um desses tropeiros teria descoberto,
por acaso, em 1827, as pedras que ardiam ao fogo, mas tarde confirmadas como carvão
mineral. A vila foi efetivamente fundada em 1885, data em que teve início a exploração
do carvão, naquele município. A antiga Estação das Minas cresceu com a atividade
carbonífera, foi elevada a categoria de distrito, em 1921 e emancipada de Orleans, em
1956. Seu nome deve-se ao Governador Lauro Severiano Muller que, quando Ministro da
Aviação e Obras Públicas, do governo Federal, muito fez em prol das atividades
carboníferas da região Sul.
À exceção de Lauro Müller, oriunda do carvão, todos os outros municípios da
microrregião foram fundados e colonizados por agricultores procedentes da Europa ou
descendentes de europeus, sobretudo italianos. Por diversos anos, a atividade
predominante foi a agricultura e pequena pecuária de subsistência. Como a região era
isolada de centros maiores, a agropecuária praticada não obteve muito progresso, os
poucos excedentes econômicos eram comercializados na própria vizinhança. Com a
descoberta do carvão em Criciúma, em 1913, a região passa a dedicar-se à exploração
desse minério, principalmente a partir de 1919, com a chegada do ramal da estrada de
ferro. A atividade carbonífera, então iniciada, haveria de marcar profundamente não só a
região carbonífera, como grande parte do Sul do Estado, até os dias de hoje, pela
exploração de atividades paralelas e complementares, que deram suporte à economia do
carvão. Assim, as atividades de extração do minério concentraram-se nos municípios de
Lauro Müller, Urussanga, Siderópolis e Criciúma. A estrada de ferro, com sede em
Tubarão, conduzia o produto das minas até o porto de Imbituba, com escala em Capivari
(Tubarão), onde o carvão era lavado, com separação das frações metalúrgica e vapor.
Nessa localidade é construída, na década de 60, a Usina Termelétrica Jorge Lacerda, da
SOTELCA (Sociedade termelétrica de Capivari), mais tarde passando a integrar o
6
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2005 • ADRC
complexo da ELETROSUL. Com o interesse do governo Federal pelo minério da região
Sul, a atividade carbonífera começa a alternar ciclos de progresso e recessão, situação
que persiste até os dias de hoje, como será abordado mais adiante, no capítulo sobre
indústria carbonífera.
Figura 3 - Colonização da região carbonífera da AMREC
Fonte: AMREC. Internet: http://www.amrec.com.br/ Acesso em: 06/07/2004.
Com as constantes crises geradas pela instabilidade da economia carbonífera, a região
compreendida por Criciúma e municípios vizinhos iniciou um processo de diversificação
industrial, nas décadas de 60/70. Alguns ramos tiveram muita prosperidade, como a
indústria cerâmica e a do vestuário. Isto, contudo, não foi suficiente para deflagrar na
região um processo de desenvolvimento seguro e auto-sustentável, tanto assim que, até
hoje, o Sul carrega o incômodo epíteto de região menos desenvolvida do Estado.
As raízes históricas dos onze municípios da região de abrangência da Agência de
Desenvolvimento da Região Carbonífera - ADRC são descritos nos tópicos a seguir.
7
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2005 • ADRC
A colonização do município de Cocal do Sul começou em 1880, com a instalação das
primeiras famílias de imigrantes italianos – Cechinel, Possani e Smânia – vindas da
região do Vêneto. O inspetor de terras do Governo Federal em 1884, Accioly de
Vasconcellos, é considerado o principal responsável pela criação de Cocal do Sul. A
partir de 1890, junto com novas famílias de italianos, chegaram grupos de poloneses que
fugiam da Polônia ocupada. No início, os
colonos
praticavam
a
agricultura
de
subsistência, com destaque para o fumo, café,
feijão, cevada, milho, arroz e cana-de-açúcar,
mas a maioria dessas culturas foi abandonada,
restando hoje apenas o cultivo do fumo como
fonte econômica de expressão. A primeira
Cocal do Sul
indústria de Cocal do Sul foi um moinho
construído por Pauli Cechinel. Mais tarde
surgiram os alambiques de cachaça, as serrarias e os engenhos de açúcar. O nome vem
dos coqueirais às margens do rio por onde chegaram os primeiros colonizadores. A
fundação do município ocorreu em 20 de setembro de 1991. Em setembro comemora-se
o aniversário da cidade, a Festa da Padroeira Nossa Senhora da Natividade e as
Olimpíadas Interbairros, em outubro ocorre a
Festa das Flores.
A fundação de Criciúma deu-se no ciclo da
imigração européia do século XIX, com a chegada
das primeiras famílias de imigrantes - 139
pessoas, procedentes das regiões de Veneza e
Treviso, na Itália. Esses imigrantes desbravaram
a região. Construíram casas, estradas, escolas e
tiveram a agricultura como principal atividade
Criciúma
econômica. A partir de 1890 chegaram as
primeiras famílias de poloneses, seguidas de imigrantes alemães e dos descendentes de
portugueses vindos da região de Laguna. A fundação do município se deu em 06 de
janeiro de 1880.
A chegada dos colonizadores ao município de Forquilhinha data de 1911. Eram
descendentes de imigrantes alemães. O nome Forquilhinha surgiu devido à junção dos
8
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2005 • ADRC
rios Mãe Luzia e São Bento. A primeira tentativa
de emancipação aconteceu em 1975, mas a
maioria da população preferiu que a localidade
continuasse como distrito. Somente em 1987,
com
um
plebiscito,
ficou
decidida
a
emancipação, que foi concretizada em 26 de
abril de 1989. Em 26 de abril comemora-se o
Forquilhinha
aniversário da cidade, em julho ocorre a Festa
Municipal do Colono e em dezembro a Semana
de Eventos Culturais.
Assim como grande parte das cidades da região,
Içara tem sua História ligada à construção da
estrada-de-ferro Dona Thereza Christina. Com o
início das obras, muitas famílias de origem italiana
deslocaram-se da sede do município para instalar-se
ao longo da ferrovia, fundando povoados e distritos.
Içara desmembrou-se de Criciúma em 1961. O
município de Içara dedica-se especialmente à
Içara
apicultura – é a maior produtora de mel do Brasil – e
ao cultivo do fumo, principal produto do município. Também são importantes a indústria e
o comércio, além do turismo. É o maior produtor de descartáveis plásticos da América
Latina.
Colonizada por imigrantes italianos, Lauro Müller
é também conhecida como o Berço Histórico do
Carvão Nacional. Surgiu aproximadamente em
1827, em função da exploração do carvão
mineral, quando os tropeiros que passavam pela
Serra do Rio do Rastro, em intercâmbio comercial
entre os campos de Lages e Laguna, descobriram
Lauro Müller
que as pedras pretas com que acendiam as
fogueiras eram incandescentes. A exploração
efetiva do carvão só começou em 1874, com a construção da estrada-de-ferro Dona
Thereza Christina, que ligava o porto de Imbituba à cidade. Em 1922, com a
9
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2005 • ADRC
emancipação política de Orleans, Lauro Müller tornou-se vila, passando a município em
20 de janeiro de 1957. Sua fundação se deu em 06 de dezembro de 1956. No dia 04 de
dezembro comemora-se o Dia de Santa Bárbara.
Antes da chegada dos colonizadores europeus, em 1900, a região de Morro da Fumaça
era habitada pelos índios carijós. Os primeiros colonos foram imigrantes adventistas da
Bielo-Rússia. Em 1910 chegaram os italianos. Eles eram originários de Urussanga e das
cidades de Treviso, Belluno e Padova, na Itália. O primeiro casal italiano a se instalar no
município foi José e Hermínia Sóligo Cechinel, considerados os fundadores de Morro da
Fumaça. Há duas versões para explicar a origem
do nome da cidade. Uma delas diz que, quando
o
Rio
Urussanga
subia,
interrompendo
o
transporte de mercadorias da região, uma
neblina se formava em torno do morro onde hoje
se localiza o Hospital de Caridade São Roque. A
outra versão é uma extensão da primeira e
garante que, devido à neblina, quem se instalava
Morro da Fumaça
por ali era obrigado a acender uma fogueira no
acampamento, o que provocava fumaça. No dia 06 de setembro de 1931 foi instalado o
distrito de Morro da Fumaça, pertencente a Urussanga. A emancipação aconteceu em 20
de maio de 1962
Os primeiros imigrantes italianos chegaram às terras de Nova Veneza em junho de 1891,
trazidos pela empresa norte-americana Angelo Fiorita & Cia. Miguel Napoli, italiano
original da Sicília, veio antes, em janeiro, e comandou a abertura de estradas, a
demarcação das terras e a construção de uma
serraria para receber os colonizadores, num total
de 400 famílias. Em outubro, chegaram mais 500
famílias de italianos, oriundas das regiões de
Veneza e de Bergamo, e fundaram a Colônia
Nova Veneza. Os colonos construíram casas
com pedras encontradas na região e as
edificações eram tão sólidas que muitas estão
de
pé
até
hoje.
Em
1991,
durante
Nova Veneza
as
comemorações do centenário de colonização, os historiadores Zulmar e Newton
10
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2005 • ADRC
Bortolotto, descendentes dos imigrantes, lançaram um livro com a História da cidade. A
fundação do município se deu em 21 de junho de 1958. A base da economia é a
agricultura, com destaque para a produção de milho, soja, arroz, trigo, feijão e fumo. São
igualmente importantes a extração da madeira e a criação de suínos, aves e bovinos. O
turismo cultural e histórico também tem grande participação na renda do município.
O casamento da princesa Isabel com o Conde D’Eu deu início ao que, bem mais tarde,
seria o município de Orleans. O casal recebeu
de presente do imperador Dom Pedro II e da
imperatriz Teresa Cristina um lote de terra de
98 léguas, que poderiam ser escolhidas em
Santa Catarina e no Recife (PE). Os noivos
decidiram-se por uma área no vale do Rio
Tubarão, por causa da descoberta de carvão
mineral no lugar. A demarcação abrangia os
Orleans
municípios de Orleans, parte de São Ludgero,
Grão-Pará, Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima,
parte de Anitápolis, Armazém, São Martinho e São Bonifácio. Foi decidida a implantação
de uma estrada-de-ferro para atender à região carbonífera e em sua construção
trabalharam imigrantes de diversas procedências: italianos, alemães, letões e poloneses.
O nome Orleans e o local exato onde está a
cidade foram escolhidos pelo próprio Conde
D’Eu, em 26 de dezembro de 1884, quando
viajava pela estrada-de-ferro. Trata-se de uma
homenagem à família do Conde, de nobres
franceses.
Os
italianos
que
colonizaram
Siderópolis
chegaram em 1891, oriundos de Veneza,
Treviso, Ferrara e Bergamo, na Itália. No início,
Siderópolis
quando a localidade se chamava Nova Belluno,
os colonos cultivavam a terra apenas para consumo próprio. Mais tarde, descobriram que
a região era rica em carvão mineral e surgiram as primeiras mineradoras. A partir da
instalação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), de propriedade do Governo
Federal, o povoado passou a se chamar Siderópolis. As mineradoras trouxeram
11
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2005 • ADRC
prosperidade e expandiram o povoado, mas a crise do carvão, especialmente na década
de 1980, provocou a retomada da agricultura como base econômica do município. O
Seminário Dom Orioni faz parte da história do lugar. Fundado pelo padre Pattarello, no
início da década de 1960, foi considerado um dos melhores colégios do Estado até 1985,
quando sofreu uma grave crise financeira. Em 1913, Siderópolis foi elevado a distrito de
Urussanga, em 19 de dezembro de 1958 conquistou a emancipação políticoadministrativa.
A colonização da região onde hoje se encontra o município de Treviso começou em
1891, com a chegada de imigrantes italianos. Eram famílias vindas das cidades de
Veneza, Ferrara, Bergamo e de Treviso, que
inspirou o nome do município. Nos primeiros
anos, as terras eram cultivadas apenas para
subsistência,
mas
a
riqueza
mineral
foi
descoberta e durante décadas a extração do
carvão foi a principal fonte de renda na região. A
fundação
do
município
Treviso
se
deu
no dia 08 de julho de 1995
Fundada em 1878, Urussanga foi o principal
núcleo de imigração italiana da antiga Colônia
Azambuja, hoje Pedras Grandes, fundada em
1877.
Recebeu
imigrantes
de
Longarone,
Urussanga
Lombardia, Friuli e Trentino Alto Adige. Era
habitada por índios botocudos até a sua colonização. A fundação do município se deu em
26 de maio de 1878. no dia 08 de dezembro comemora-se o Dia de Nossa Senhora da
Conceição.
12
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2005 • ADRC
1.3 População Residente
A região da AMREC apresentou um crescimento populacional de (7,91%) de 1996 a
2000, atingindo um total de 344.778 habitantes. Desta população, 280.985 (81,50%)
encontram-se na área urbana e 63.793 (18,50%) no meio rural em 2000. Destaca-se a
população de Criciúma com 170.420 habitantes, o que representa (49,43%) da população
da AMREC.
Figura 4 - Gráfico da população total da AMREC em 1996 e 2000.
180.000
160.000
140.000
120.000
100.000
1996
80.000
2000
60.000
40.000
20.000
a
sa
ng
o
U
ru
s
Tr
ev
is
er
óp
ol
is
s
an
Si
d
O
rl e
Ve
n
ez
a
aç
a
N
ov
a
r
le
Fu
m
M
ül
da
ur
o
M
or
ro
in
il h
Iç
ar
a
La
ha
a
m
qu
C
ric
iú
Fo
r
C
oc
al
do
Su
l
0
Fonte: Adaptado de IBGE – Contagem Populacional de 1996, IBGE - Censo Demográfico de 2000.
A figura 4 apresenta um gráfico comparativo da população total de 1996 e 2000 da região
da AMREC.
13
CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2005 • ADRC
Tabela 2 -
Populações Residentes Total, Urbanas, Rurais e Participação Relativa
em 1996 e 2000.
População 1996
Municípios
Urbana
Total
População 2000
Rural
Hab
% s/
total
Hab
Urbana
% s/
total
Total
Rural
Hab
% s/
total
Hab
% s/
total
Cocal do Sul
12.486
9.816
78,62
2.670
21,38
13.726
11.407
83,11%
2.319
16,89%
Criciúma
159.101
143.229
90,02
15.872
9,98
170.420
153.049
89,81%
17.371
10,19%
Forquilhinha
16.106
5.421
33,66
10.685
66,34
18.348
14.556
79,33%
3.792
20,67%
Içara
42.096
30.569
72,62
11.527
27,38
48.634
39.570
81,36%
9.064
18,64%
Lauro Müller
13.355
9.586
71,78
3.769
28,22
13.604
9.923
72,94%
3.681
27,06%
Morro da
Fumaça
13.389
9.079
67,81
4.310
32,19
14.551
11.154
76,65%
3.397
23,35%
Nova Veneza
9.968
5.110
51,26
4.858
48,74
11.511
7.199
62,54%
4.312
37,46%
Orleans
21.296
9.983
46,88
11.313
53,12
20.031
12.813
63,97%
7.218
36,03%
Siderópolis
10.892
8.291
76,12
2.601
23,88
12.082
9.103
75,34%
2.979
24,66%
Treviso
2.698
1.058
39,21
1.640
60,79
3.144
1.561
49,65%
1.583
50,35%
Urussanga
18.104
10.389
57,39
7.715
42,61
18.727
10.650
56,87%
8.077
43,13%
Total
AMREC
319.491
242.531
75,91%
76.960
24,09%
344.778
280.985
81,50%
63.793
18,50%
73,13
1.310.267
26,87
5.356.360
Total SC
% AMREC
sobre SC
4.875.244 3.565.130
6,55%
6,80%
5,87%
6,44%
4.217.931 78,75% 1.138.429 21,25%
6,66%
5,60%
Fonte: Adaptado de IBGE – Contagem Populacional de 1996 e IBGE - Censo Demográfico de 2000.
A tabela 2 apresenta a população residente total e a participação relativa da população
rural e urbana sobre a total da região da AMREC de 1996 e 2000. Os municípios mais
populosos em 2000 são Criciúma (170.420) e Içara (48.634), os menos populosos são
Treviso (3.144) e Nova Veneza (11.511). Os municípios que apresentaram maior
concentração urbana em 2000 foram Criciúma (89,81%), e Cocal do Sul (83.11%), em
contrapartida, os municípios que apresentam as maiores porcentagens no meio rural são
Treviso (50.35%) e Urussanga (43.13%).
14
CAPÍTULO 1– POPULAÇÃO RESIDENTE 2005 • ADRC
Dinâmica populacional da AMREC de 1996 e 2000.
Tabela 3 -
Dinâmica Populacional
Município
Total
Urbano
Rural
Cocal do Sul
9,93
83,11%
16,89%
Criciúma
7,11
89,81%
10,19%
Forquilhinha
13,92
79,33%
20,67%
Içara
15,53
81,36%
18,64%
Lauro Müller
1,86
72,94%
27,06%
Morro da Fumaça
8,68
76,65%
23,35%
Nova Veneza
15,48
62,54%
37,46%
Orleans
-5,94
63,97%
36,03%
Siderópolis
10,93
75,34%
24,66%
Treviso
16,53
49,65%
50,35%
Urussanga
3,44
56,87%
43,13%
Total AMREC
8,86
71,96%
28,04%
Total SC
9,86%
18,31%
-13.11%
Fonte: Adaptado de IBGE – Contagem Populacional de 1996 e IBGE - Censo Demográfico de 2000.
A tabela 3 apresenta a dinâmica populacional da região da AMREC, ou seja, apresenta a
evolução da população residente total, urbana e rural de 2000 em relação a 1996. Os
municípios que apresentaram os maiores crescimentos da população residente total são
Içara (15,53%), seguido de Nova Veneza (15,48%). O maior crescimento urbano se
verificou em Criciúma.
15
CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2005 • ADRC
A figura 5 apresenta a participação relativa da população residente total dos municípios
da região da AMREC em 2000. Destacam-se os municípios de Criciúma e Içara, que
representam, aproximadamente, (50%) e (13%), respectivamente, da população de total
da região.
5,8%
3,3%
4,2%
0,9% 5,4%
3,5%
4,0%
3,9%
49,4%
14,1%
5,3%
Cocal do Sul
Criciúma
Forquilhinha
Içara
Lauro Müller
Morro da Fumaça
Nova Veneza
Orleans
Siderópolis
Treviso
Urussanga
Figura 5 - Gráfico da participação relativa da população residente total dos
municípios da região da AMREC em 2000.
Fonte: IBGE – Contagem Populacional de 1996, IBGE - Censo Demográfico de 2000 e dados primários.
A tabela 4 apresenta a população residente total e por sexo para os municípios da região
da AMREC em 2000. Comparando-se a porcentagem da participação masculina e
feminina da região com o Estado de Santa Catarina, percebe-se que há um relativo
equilíbrio entre o número de homens e de mulheres na região.
16
CAPÍTULO 1– POPULAÇÃO RESIDENTE 2005 • ADRC
População Residente Total e por Sexo para os municípios da região
AMREC em 2000.
Tabela 4 -
Municípios
Total
Homens % Homens Mulheres % Mulheres
Cocal do Sul
13.726
6.853
49,93%
6.873
50,07%
Criciúma
170.420
83.971
49,27%
86.449
50,73%
Forquilhinha
18.348
9.290
50,63%
9.058
49,37%
Içara
48.634
24.487
50,35%
24.147
49,65%
Lauro Müller
13.604
6.862
50,44%
6.742
49,56%
Morro da Fumaça
14.551
7.340
50,44%
7.211
49,56%
Nova Veneza
11.511
5.823
50,59%
5.688
49,41%
Orleans
20.031
10.088
50,36%
9.943
49,64%
Siderópolis
12.082
6.033
49,93%
6.049
50,07%
Treviso
3.144
1.589
50,54%
1.555
49,46%
Urussanga
18.727
9.214
49,20%
9.513
50,80%
344.778
171.550
49,76%
173.228
50,24
49,83%
2. 687. 049
50,17%
Total AMREC
Total SC
5.356.360 2. 669. 311
% AMREC sobre SC
6,44%
6,43%
6,45%
Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2000.
A tabela 5 apresenta a população residente por grupos de idade dos municípios da região
da AMREC em 2000. O maior número de habitantes da região tem entre 10 e 19 anos,
constituindo na maior participação relativa (38,42%), por intervalo de idade, em relação à
região. A faixa de 50 a 59 anos possui a menor participação, apresentando (15,04%) da
população da região.
17
CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2005 • ADRC
Tabela 5 -
População Residente, por grupos de idade, segundo os municípios da
região da AMREC em 2000.
População residente
Grupos de Idade
Municípios
Total
0a4
anos
5a9
anos
10 a 19
anos
20 a 29
anos
30 a 39
anos
40 a 49
anos
50 a 59
anos
60 anos ou
mais
Cocal do Sul
13.726
1.115
1.336
2.938
2.316
2.480
1.867
882
792
Criciúma
170.420
14.618
15.965
35.835
27.567
29.731
23.100
12.253
11.351
Forquilhinha
18.348
1.831
1.923
3.890
3.272
3.224
2.090
1.106
1.012
Içara
48.634
4.522
4.924
10.394
7.805
8.371
6.039
3.328
3.251
Lauro Müller
13.604
1.090
1.280
2.833
2.097
2.261
1.635
1.144
1.264
Morro da
Fumaça
14.551
1.335
1.494
3.128
2.565
2.462
1.753
949
865
Nova Veneza
11.511
989
1.159
2.265
1.865
1.982
1.345
881
1.025
Orleans
20.031
1.729
1.869
3.954
3.475
3.351
2.385
1.526
1.742
Siderópolis
12.082
1.006
1.087
2.452
1.903
1.998
1.665
915
1.056
Treviso
3.144
227
254
631
509
541
396
256
330
Urussanga
18.727
1.329
1.501
3.696
2.861
3.164
2.651
1.551
1.974
344.778
Total AMREC
Total SC
% Grupos /
ADR
53. 390
57. 707
132. 448
118. 435
113. 001
89. 451
51. 847
52. 466
5.356.360 475. 622
507. 600
1 .062. 038
919. 881
883. 511
667. 822
409. 453
430. 433
15,49%
16,74%
38,42%
34,35%
32,78%
25,94%
15,04%
15,22%
Fonte: IBGE – Censo Demográfico, 2000.
18
CAPÍTULO 1– POPULAÇÃO RESIDENTE 2005 • ADRC
1.4 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
A educação e a qualificação não são apenas necessidades econômicas, constituem-se
em direitos fundamentais e inalienáveis do ser humano. Este direito pode ser garantido
pela educação formal e informal, em todos os níveis de ensino, com base nos princípios
éticos de liberdade, igualdade, diversidade, participação, tolerância e solidariedade. Para
isso é necessário formar e capacitar professores, ter escolas em boas condições
ambientais para todos, criar uma didática de alta qualidade, ter materiais adequados para
os alunos, construir uma abordagem contemporânea para a educação na visão de
sustentabilidade, ter um currículo conectado aos desafios dos novos tempos, estabelecer
uma conexão adequada entre escola e vida e garantir um processo que assegure o
acesso das pessoas5.
São apresentados a seguir os Índices de Desenvolvimento Humano Municipal – IDH-M6,
Índice de Longevidade – IDHM-L7, Índice de Educação – IDHM-E8 e Índice de Renda –
IDHM-R, além da Esperança de Vida ao Nascer9, Taxa de Alfabetização de Adultos10,
Taxa Bruta de Freqüência Escolar11 e a Renda per capita12 para os anos de 1991 e 2000.
Esses
índices
foram
preparados
pelo
Programa
das
Nações
Unidas
para
13
Desenvolvimento – PNUD , e retratam, em parte, a realidade da educação para a região
dos municípios da AMREC.
O Brasil melhorou sua posição no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M)
nos últimos nove anos, passando de 0,709, em 1991, para 0,764, em 2000. A mudança
demonstra avanços brasileiros nas três variáveis que compõe o IDH-M: renda,
5
Agenda 21 Catarinense, Documento Preliminar, Outubro de 2002.
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M): É obtido pela média aritmética simples de três índices,
referentes às dimensões Longevidade (IDHM-Longevidade), Educação (IDHM-Educação) e Renda (IDHM-Renda).
7
Índice do IDHM relativo à dimensão Longevidade: É obtida a partir do indicador esperança de vida ao nascer, através
da fórmula: (valor observado do indicador - limite inferior) / (limite superior - limite inferior), onde os limites inferiores e
superior são.
8
Índice do IDHM relativo à Educação: Obtido a partir da taxa de alfabetização e da taxa bruta de freqüência à escola,
convertidas em índices por: (valor observado - limite inferior) / (limite superior - limite inferior), com limites inferior e
superior.
9
Esperança de vida ao nascer (em anos): Número médio de anos que as pessoas viveriam a partir do nascimento.
10
Taxa de alfabetização de adultos (%): Percentual de pessoas acima de 15 anos de idade que sabem ler e escrever.
11
Taxa bruta de freqüência escolar (%): Proporção entre o número total de pessoas em todas as faixas etárias que
freqüentam os cursos fundamentais, segundo grau ou superior em relação ao total de pessoas na faixa etária de 7 a 22
anos.
12
Renda per capitã (em R$ de 2000): Razão entre o somatório da renda de todos os indivíduos (incluindo aqueles com
renda nula) e a população total.
13
Para maiores informações, acesse http://www.pnud.org.br/ e/ou http://www.undp.org
6
19
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC
longevidade e educação. Em comparação com 1991, o índice aumentou em todos os
estados e em quase todos os municípios brasileiros. No ano 2000, do total de 5.507
municípios, 23 foram classificados de baixo desenvolvimento, 4.910, de médio e 574, de
alto desenvolvimento humano. Na classificação internacional, o Brasil continua sendo um
país de médio desenvolvimento humano14.
O Índice de Desenvolvimento Humano foi criado originalmente para medir o nível de
desenvolvimento humano dos países a partir de indicadores de educação (alfabetização
e taxa de matrícula), longevidade (esperança de vida ao nascer) e renda (PIB per capita).
O índice varia de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano
total). Países com IDH até 0,499 têm desenvolvimento humano considerado baixo; os
países com índices entre 0,500 e 0,799 são considerados de médio desenvolvimento
humano; países com IDH maior que 0,800 têm desenvolvimento humano considerado
alto. Para aferir o nível de desenvolvimento humano de municípios as dimensões são as
mesmas – educação, longevidade e renda -, mas alguns dos indicadores usados são
diferentes. Embora meçam os mesmos fenômenos, os indicadores levados em conta no
IDH municipal (IDHM) são mais adequados para avaliar as condições de núcleos sociais
menores15.
A tabela 6 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) em 1991 e
2000 para a região da AMREC. Em 1991 todos os municípios são considerados, de
acordo com o PNUD, como sendo de médio desenvolvimento humano. A região num
todo obteve melhorias comparando o ano de 1991 a 2000. Os municípios de Urussanga
(0,845) e Cocal do Sul (0,823) apresentam os maiores índices da região. Um aspecto
importante é que nenhum município apresentou queda em seus índices de IDH.
14
Novo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, disponível em http://www.undp.org.br, acesso em 27/06/2003.
Novo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, Entenda o cálculo do IDH Municipal, disponível em
http://www.undp.org.br, acesso em 27/06/2003.
15
20
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC
Tabela 6 -
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) em 1991 e 2000
dos municípios da região da AMREC.
IDH-M
Classificação UF
Classificação
AMREC
Variações
Classificação
AMREC
2000
Classificação UF
1991
IDH-M
Cocal do Sul
12
1
0,772
48
2
0,823
6,61%
-1
Criciúma
18
2
0,765
49
3
0,822
7,45%
-1
Forquilhinha
83
8
0,729
136
10
0,797
9,33%
-2
Içara
126
9
0,716
191
11
0,780
8,94%
-2
Lauro Müller
168
10
0,704
121
9
0,800
13,64%
1
Morro da Fumaça
67
7
0,735
108
8
0,804
9,39%
-1
Nova Veneza
47
5
0,743
73
6
0,813
9,42%
-1
Orleans
63
6
0,736
71
5
0,814
10,60%
1
Siderópolis
43
4
0,746
63
4
0,817
9,52%
0
Treviso
170
11
0,703
102
7
0,806
14,65%
4
Urussanga
22
3
0,762
16
1
0,845
10,89%
2
Municípios
% 91/00
IDH-M
Posições
Total AMREC
0,737
0,811
10,00%
SC
0,748
0,822
9,89%
Região Sul
0.737
0.808
9,63%
Brasil
0,696
0,766
10,05%
Fonte: Novo Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.
Os municípios de Treviso e Urussanga foram os que mais ganharam posições, quatro e
duas respectivamente e o município de Içara perdeu duas posições de 2000 em relação a
1991.
21
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC
A figura 6 apresenta o crescimento percentual dos municípios da região da AMREC no
IDH-M de 2000 em relação a 1991. Destaque para Treviso e Lauro Müller que obtiveram
crescimento de 14,65% e 13,64% respectivamente.
16,00%
14,00%
12,00%
10,00%
8,00%
6,00%
4,00%
2,00%
ró
p
ol
is
Tr
ev
is
U
o
ru
ss
an
ga
s
an
de
Si
O
rl e
ez
a
Ve
n
aç
a
N
ov
a
r
Fu
m
da
M
ül
le
a
ur
o
M
or
ro
in
ilh
Iç
ar
La
ha
a
m
ric
iú
C
Fo
rq
u
C
oc
al
do
Su
l
0,00%
Figura 6 - Gráfico do crescimento percentual do IDH-M de 2000 em relação a
1991 dos municípios da região da AMREC.
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.
A tabela 7 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – Longevidade
(IDHM-L) em 1991 e 2000 para os municípios da região da AMREC. O município de
Urussanga (0,866) apresentou o maior índice em 2000. Todos os municípios da região
melhoraram o IDHM-L, sendo Lauro Müller o que teve o maior crescimento percentual
com (10,63%), ganhando quatro posições. O município de Treviso subiu cinco posições
de 2000 em relação a 1991
22
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – Longevidade (IDHM-L)
em 1991 e 2000 dos municípios da região da AMREC.
Tabela 7 -
Esperança de
vida ao nascer
(em anos)
Classificação
AMREC
Índice de
longevidade
(IDHM-L)
Esperança de
vida ao nascer
(em anos)
% 91/00
Posições
Variações
Índice de
longevidade
(IDHM-L)
2000
Classificação
AMREC
1991
Cocal do Sul
1
0,801
73,06
2
0,839
75,32
4,74
-1
Criciúma
10
0,738
69,26
11
0,769
71,17
4,20
-1
Forquilhinha
8
0,745
69,68
9
0,782
71,93
4,97
-1
Içara
7
0,747
69,80
10
0,772
71,30
3,35
-3
Lauro Müller
9
0,743
69,60
5
0,822
74,31
10,63
4
Morro da Fumaça
6
0,756
70,34
4
0,832
74,94
10,05
2
Nova Veneza
5
0,761
70,69
6
0,812
73,73
6,70
-1
Orleans
3
0,795
72,68
3
0,836
75,17
5,16
0
Siderópolis
4
0,763
70,81
6
0,812
73,73
6,42
-2
Treviso
11
0,739
69,31
6
0,812
73,73
9,88
5
Urussanga
2
0,800
73,00
1
0,866
76,93
8,25
1
AMREC
0,762
70,74
0,814
73,84
6,75
SC
0,753
70,15
0,811
73,68 7,70%
Região SUL
0,72
68,2
0,781
71,88 8,47%
BRASIL
0,662
64,73
0,727
68,61 9,81%
Municípios
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.
23
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC
A tabela 8 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano – Educação (IDHM-E) em
1991 e 2000 para os municípios da região da AMREC. Comparando-se o IDHM-E de
1991 da região com o Estado de Santa Catarina, os municípios de Orleans, Içara e Morro
da Fumaça obtiveram maiores aumentos em seus índices.
Tabela 8 -
Índice de Desenvolvimento Humano – Educação (IDHM-E) em 1991 e
2000 dos municípios da região da AMREC.
Taxa de
alfabetização de
adultos (%)
Classificação
AMREC
Índice de educação
(IDHM-E)
% 91/00
Posições
Cocal do Sul
1
0,846
67,24
93,22
3
0,911
82,19
95,5
7,68%
-2
Criciúma
2
0,844
67,21
92,98
1
0,921
85,61 95,31
9,12%
1
Forquilhinha
7
0,789
56,17
90,27
10
0,882
78,04 93,33 11,79%
-3
Içara
10
0,773
54,30
88,79
9
0,887
78,95 93,51 14,75%
1
Lauro Müller
7
0,789
59,89
88,35
6
0,897
84,20 92,45 13,69%
1
Morro da Fumaça
11
0,753
49,77
88,11
11
0,865
74,42 92,59 14,87%
0
Nova Veneza
5
0,798
56,05
91,67
7
0,891
77,35 94,98 11,65%
-2
Orleans
9
0,774
55,05
88,51
8
0,888
79,27 93,63 14,73%
1
Siderópolis
3
0,843
67,22
92,91
4
0,902
81,53 94,48
7,00%
-1
Treviso
6
0,790
55,00
91,06
5
0,900
80,32 94,86 13,92%
1
Urussanga
4
0,830
64,65
92,13
1
0,921
86,68 94,88 10,96%
3
AMREC
0,802
59,32
90,72
0,896
80,77 94,13
SC
0,722
62.16
90.09
0,906
84.36 93.67 12.12%
Região SUL
0.804
64.49
83.94
0,896
88.37 92.49 11.43%
BRASIL
0,745
63,62
79,93
0,849
81,89 86,37 13,95%
Municípios
Taxa bruta de
freqüência escolar
(%)
Taxa de
alfabetização de
adultos (%)
Taxa bruta de
freqüência escolar
(%)
Variações
Índice de educação
(IDHM-E)
2000
Classificação
AMREC
1991
11,73
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.
A tabela 9 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano – Renda (IDHM-R) em 1991
e 2000 dos municípios da região da AMREC. Os municípios de Criciúma (0,776) e
Urussanga (0,747) possuem os melhores índices em 2000. O município de Treviso teve o
maior crescimento percentual (21,55%).
24
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC
Índice de Desenvolvimento Humano – Renda (IDHM-R) em 1991 e 2000
dos municípios da região da AMREC.
Tabela 9 -
Renda per capita
(em R$ de 1991)
Classificação
AMREC
Índice de renda
(IDHM-R)
Renda per capita
(em R$ de 2000)
% 91/00
Posições
Variações
Índice de renda
(IDHM-R)
2000
Classificação
AMREC
1991
Cocal do Sul
4
0,670
216,39
6
0,718
288,55
7,16%
-2
Criciúma
1
0,712
277,57
1
0,776
407,95
8,99%
0
Forquilhinha
6
0,654
196,16
5
0,727
304,43
11,16%
1
Içara
9
0,627
167,14
10
0,680
228,93
8,45%
-1
Lauro Müller
10
0,580
126,03
9
0,681
230,67
17,41%
1
Morro da Fumaça
2
0,696
251,61
8
0,716
284,98
2,87%
-6
Nova Veneza
3
0,671
217,43
3
0,736
320,52
9,69%
0
Orleans
7
0,638
178,46
7
0,717
286,13
12,38%
0
Siderópolis
8
0,632
172,33
3
0,736
320,98
16,46%
5
Treviso
10
0,580
126,23
11
0,705
266,25
21,55%
-1
Urussanga
5
0,657
199,59
2
0,747
342,75
13,70%
3
AMREC
0,647
193,54
0,721
298,37
11,44%
SC
0,682
232,26
0,750
348,72
9,97%
Região SUL
0,687
239,95
0,746
342,61
8,58%
BRASIL
0,681
230,30
0,723
297,23
6,16%
Municípios
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.
1.5 Instituições de Cultura
Para a cultura, a premissa básica é a de inserir - através do diálogo entre os saberes
populares, os saberes tradicionais e os saberes científicos - os movimentos, atividades e
ações da cultura popular, num contexto mais amplo, onde possa obter apoio da
sociedade organizada para a sua valorização como postura identificatória de grupos
tradicionais. O maior obstáculo é a falta de investimento e de reconhecimento do valor de
suas manifestações para ajudar na solução de problemas sociais16. A tabela 10
apresenta as instituições ligadas à cultura segundo os municípios da região da AMREC
16
Agenda 21 Catarinense, Documento Preliminar, Outubro de 2002.
25
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC
em 1999. Os municípios de Criciúma e Orleans são os que apresentam maior número de
instituições ligadas à cultura com uma grande vantagem por parte do município de
Criciúma que possui quatro cinemas, duas bibliotecas públicas, dois museus e uma casa
de espetáculo.
Instituições ligadas à cultura, por tipo de instituições, segundo os
municípios da região da AMREC em 1999.
Tabela 10 -
Municípios
Total
Bibliotecas
Museus
Teatros
Cinemas
Criciúma
9
2
2
1
4
Forquilhinha
2
1
1
-
-
Içara
2
1
1
-
-
Lauro Müller
1
-
1
-
-
Morro da Fumaça
1
1
-
-
-
Nova Veneza
2
1
1
-
-
Orleans
3
1
2
-
-
Siderópolis
1
1
-
-
-
2
1
1
-
-
Total AMREC
23
9
9
1
4
Total SC
540
345
109
37
49
%ADR sobre SC
4,26%
2,61%
8,26%
2,70%
8,16%
Cocal do Sul
Treviso
Urussanga
Fonte: Anuário Estatístico de Santa Catarina, 2000.
26
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC
1.6 Infra-Estrutura
Um dos fatores externos que influenciam a competitividade das empresas é a infraestrutura pública. A deterioração da base física e da qualidade dessa infra-estrutura no
Brasil, após mais de uma década de instabilidade macroeconômica, colapso do
financiamento e do investimento públicos, constitui um grande entrave ao esforço de
reestruturação competitiva da indústria3.
Figura 7 - Mapa de Santa Catarina com as principais rodovias, aeroportos e portos.
Fonte: Ministério dos Transportes. Acesso em 18 de junho de 2003. http://www.transportes.gov.br
São apresentadas a seguir informações sobre o sistema rodoviário, ferroviário, hidroviário
e aeroviário da região dos municípios da AMREC. A Figura 13 mostra o Estado de Santa
Catarina e as principais rodovias federais e estaduais, aeroportos e portos. O território da
AMREC fica também localizado entre o mar e a Serra do Rio do Rastro, com acesso a
esta pela SC-438, na direção noroeste de Lauro Müller. Criciúma é a cidade-sede e pólo
da microrregião, o principal centro comercial e industrial de todo o Sul de Santa Catarina
27
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
e, também, o maior centro urbano, no litoral, entre as cidades de Porto Alegre e
Florianópolis. O Balneário de Praia do Rincão, no município de Içara, é o único da região,
com grande afluxo de veranistas, na alta temporada, sobretudo de moradores da bacia
carbonífera, quando chega a abrigar, em fins de semana, população superior a 60 mil
habitantes.
Figura 8 - Mapa das Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico
e Estratégico de Santa Catarina.
Fonte: ONDEE-SC. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa
Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.
A figura 8 apresenta o mapa com as Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento
Econômico e Estratégico de Santa Catarina – ONDEE-SC, elaborado com suporte
técnico e a co-supervisão foram da Federação das Indústrias do Estado de Santa
Catarina (FIESC), por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL). O ONDEE-SC foi preparado
pela ADTP – Agência de Desenvolvimento Tietê Paraná. Vale ressaltar que o conteúdo
do ONDEE-SC não representa, necessariamente, a visão do governo do Estado de Santa
3
COUTINHO, Luciano; FERRAZ, João Carlos. Estudo da Competitividade da Indústria Brasileira. Campinas, SP:
Papirus, 1994. P. 145.
28
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
Catarina, da FIESC, do IEL ou dos patrocinadores. É uma visão integrada e orientada,
representando o contexto atual e os projetos de infra-estrutura para o mercado de uma
determinada região.
Trata-se de um processo de identificação de oportunidades para investimento em
projetos estruturantes de infra-estrutura, aqueles empreendimentos-chave que permitam
promover ou estimular o desenvolvimento, particularmente nos setores em que Santa
Catarina goza de vantagens naturais. Busca oferecer visão prospectiva e dentro dela
levantar os projetos essenciais para sua efetiva realização. Entre os projetos âncoras
são:
ƒ
Gasoduto TransCatarinense: construção de um gasoduto com aproximadamente
650 quilômetros, 32 polegadas, capacidade para transportar 30 milhões de m3/dia,
que, entrando pela região Oeste do Estado conecta-se com a região de Joinville. Com
intuito de formar um importante elo estratégico na emergente rede brasileira de
gasodutos. Entre os benefícios para o Estado está um forte estímulo ao
desenvolvimento
econômico
e
social
no
interior
do
Estado;
aumento
de
competitividade para segmentos industriais importantes; aumento da segurança
energética no Estado inteiro. O valor aproximado é de R$ 1,25 bilhão.
ƒ
Ferrovia TransCatarinense: ligação ferroviária do interior até o litoral de Santa
Catarina. A Ferrovia TransCatarinense será, potencialmente, trecho integrante da
Ferrovia Bioceânica.
ƒ
Complexo Portuário de Babitonga: ampliação do complexo do porto de São
Francisco do Sul.
ƒ
Reflorestamento em Escala Comercial: proposta ousada, que visa transformar o
Estado de Santa Catarina em um dos principais pólos nacionais que fornecem
matéria-prima florestal, com possibilidade para atender todos os integrantes da cadeia
produtiva do setor madeireiro. Estima-se reflorestar um milhão de hectares com
espécies do gênero pinus em regiões apropriadas do território catarinense.
Eliminando o déficit de madeira para uso industrial, além de contribuir para elevação
da renda rural e para preservação do meio ambiente no Estado. Ampliação da renda,
dos empregos e da arrecadação de impostos para o governo estadual e municipal;
fixação do proprietário rural e sua família no campo; uso de terras inaptas à
agricultura; segurança no fornecimento de matéria-prima, garantindo a ampliação da
cadeia produtiva do setor madeireiro. Valor aproximado de R$ 1,5 bilhão ao longo de
20 anos.
29
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
1.6.1 Transporte Rodoviário
A região da AMREC é servida pela rodovia federal BR-101, que a percorre no sentido
norte-sul, numa extensão de 36 Km, cortando os municípios de Içara e Criciúma.
Servem-na, também, importantes rodovias estaduais, como a SC-438, 444, 445, 446 e
447. Na direção ao Norte, a região é cortada pelas rodovias SC-446, que facilita o acesso
para a BR-101, entrando, assim, na Rota do Mercosul, facilitando a logística de acesso
aos portos.
Tabela 11 -
Principais distâncias (em km)
Município
Florianópolis
Curitiba
Porto Alegre
Criciúma
200
496
284
Fonte: www.amrec.org.br.
De acordo com a FIESC4 e, com intuito de atender a demanda do importante pólo
cerâmico, carvoeira e desenvolver a sustentabilidade o setor turístico rico em praias, os
seguintes projetos rodoviários estão em desenvolvimento:
ƒ
Anel de contorno viário de Criciúma e Região;
ƒ
Ampliação do Aeroporto Diomício Freitas – Forquilhinha – SC;
ƒ
BR 475 – Grão Pará / Urubici – SC.
Além disso, está em andamento a duplicação o trecho sul da BR-101, de Palhoça (SC) a
Osório (RS) representando 288,9 quilômetros. Com o objetivo de solucionar o gargalo
rodoviário do sul do país. O trecho foi projetado para um fluxo de 4,6 mil veículos/dia
quando atualmente, o fluxo é de 18.000 veículos/dia. Este trecho representa um
importante eixo de ligação do sul do Brasil e dos países do MERCOSUL com o restante
do país e vice e versa, além de ser a ligação da região sul com os principais portos e
aeroportos do país. O seu custo é estimado em US$ 800 milhões. A figura 9 apresenta o
mapa com os pontos mais perigosos do trecho sul da BR-101, de Palhoça/SC até
Osório/RS.
4
Projetos de Infra-Estrutura Estratégicos para a Indústria de Santa Catarina. Federação das Indústrias do Estado de Santa
Catarina – FIESC, maio de 2004.
30
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
Figura 9 - Pontos mais perigosos da BR-101 Sul – Palhoça/SC a Osório/RS.
Fonte: ClicRBS. Especial 101. Internet: http://www.clicrbs.com.br/br101
A figura 10 a seguir apresenta o mapa rodoviário completo da região da AMREC.
31
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
32
Figura 10 -
Mapa rodoviário da região da AMREC
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
Fonte: Departamento Estadual de Infra-Estrutura do Governo do Estado de Santa Catarina. Internet: http://www.deinfra.sc.gov.br Acesso em: 15/out/2003
1.6.2 Transporte Ferroviário
O transporte ferroviário do Estado de Santa Catarina é operado através da empresa
concessionária América Latina Logística – ALL. A ALL foi fundada em março de 1997,
quando a Ferrovia Sul Atlântico venceu o processo de privatização da malha sul da Rede
Ferroviária Federal, passando a operar a malha nos estados do Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul. A figura 11 apresenta o mapa das linhas férreas que a empresa
América Latina Logística tem concessão, o qual duas de suas linhas cortam o Estado de
Santa Catarina não passam pela região da AMREC. São as ferrovias Mafra-Lages a
leste, e Porto União-União da Vitória-Uruguai a oeste.
Figura 11 -
Mapa Geral das linhas férreas da América Latina Logística – ALL
Fonte: Ministério dos Transportes – Internet: http://www.transportes.gov.br/bit/ferro/all/mapa-all.jpg acesso
em 30/06/03
O mapa da Ferrovia TransCatarinense, figura 12, apresenta a construção e operação de
uma ferrovia destinada ao transporte de carga, principalmente entre o centro e oeste do
Estado e os portos. Uma nova ferrovia que, certamente, vai oferecer condições
interessantes de operação. Pode ser construída como projeto privado, público ou misto,
dependendo do resultado de um estudo de viabilidade econômica. Grande potencial para
promover o crescimento econômico e a melhoria das condições sociais no interior do
33
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
Estado, com impacto significativo nos setores de aves, suínos, madeira reflorestada e
seus derivados. O valor aproximado é de R$ 1 bilhão.
Figura 12 -
Mapa da Ferrovia TransCatarinense.
Fonte: ONDEE-SC. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa
Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.
A figura 13 apresenta o mapa com o projeto da ferrovia litorânea, com o objetivo da
construção e/ou operação de uma ferrovia de carga, com 235,6km, percorrendo o litoral
catarinense e interligando os principais portos às grandes cidades da faixa litorânea.
Inclui conexões com a rede ferroviária existente. Com grande potencial para promover o
desenvolvimento, não somente na faixa litorânea, mas também em regiões produtoras do
interior. Potencial para aumentar as cargas de outros Estados, exportadas ou importadas
por meio dos portos catarinenses, aumentando, desta forma, a receita fiscal do Estado.
Com valor aproximado de R$ 415 milhões. A figura 14 apresenta o mapa com o projeto
em estado embrionário visando a construção e a operação de uma ferrovia que cruza o
continente sul-americano, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico. Poderá aproveitar os
trechos
ferroviários
existentes,
conforme
for
apropriado.
Deve
ser
analisado
conjuntamente com o projeto Ferrovia TransCatarinense. Pode ser construída como
projeto privado, público ou misto, dependendo do resultado de estudo de viabilidade
econômica.
34
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
Figura 13 -
Mapa da Ferrovia Litorânea.
Fonte: ONDEE-SC. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa
Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.
Embora não se trate de um projeto catarinense, em termos geográficos, a Ferrovia
Bioceânica teria, potencialmente, enorme impacto para a economia do Estado e para as
regiões Sul e Sudeste do Brasil. Estimularia o crescimento econômico e melhoraria as
condições sociais no interior de Santa Catarina, com impacto, principalmente, nos setores
de aves, suínos, madeira reflorestada e seus derivados. Poderia melhorar também a
competitividade dos setores de manufaturados do leste catarinense, principalmente
cerâmica e metal-mecânico, nos mercados asiáticos.
Figura 14 -
Mapa da Ferrovia Bioceânica.
Fonte: ONDEE-SC. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa
Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.
35
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
1.6.3 Transporte Hidroviário
Figura 15 -
Portos Catarinenses
Fonte: SANTUR. Internet: http://www.santur.sc.gov.br Acesso em: 04/set/2003.
A região dos municípios da AMREC tem a sua disposição três portos no Estado de Santa
Catarina:
Porto de Imbituba
As principais atividades desempenhadas pelo porto são: Desembarque de fertilizante e
soda cáustica e embarque de açúcar. As instalações de acostagem estão distribuídas em
quatro trechos distintos de cais, totalizando 582m de extensão:
ƒ
Cais velho ou cais de carvão, com 160m de comprimento e 9,5m de profundidade,
compreendendo um berço, servido por um pátio descoberto, para coque, com
1.600m2 e capacidade de 5.000t, e dois berços para carga geral.
ƒ
Cais novo, com 250m de comprimento, contendo três berços e 10m de profundidade.
É atendido por um pátio descoberto, para contêineres e carvão, com área de
25.000m2, permitindo a estocagem de 90.000t.
ƒ
Cais roro, de 24m, com profundidade de 7,5m, servido por um pátio descoberto, de
retaguarda, de 5.000m2.
O porto possui, ainda, dois tanques para soda cáustica, com capacidade de 8.760t. Os
armazéns junto à Indústria Carboquímica Catarinense S.A. (ICC), com 19 módulos, estão
arrendados a Biogran Produtos Agrícolas e Naturais Ltda. e são utilizados para salitre.
36
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
Figura 16 -
Porto de Imbituba
Fonte: www.santur.sc.gov.br
Porto de São Francisco do Sul
Essencialmente exportador tem como principais produtos movimentados em seu cais a
soja (grãos, farelo e óleo), azulejos, madeira serrada, milho, frangos congelados, papel
Kraft, motores elétricos, móveis de madeira, motocompressores, auto-peças e têxteis,
entre outros. O porto está situado a 40 Km de Joinville, a maior cidade do Estado. A
malha ferroviária conecta o porto com várias regiões economicamente importantes
através da estrada de ferro 485, na cidade de Mafra. Podendo deste ponto ser acessada
com São Paulo, Porto Alegre e o oeste do Paraná, bem como todo o Mercosul,
interligando os oceanos Pacíficos e Atlântico. Sua infra-estrutura de armazenagem conta
com três armazéns internos com capacidade de 76.500 m3, numa área total de 13.500m2.
Existem na retaguarda os armazéns de granel sólido da Companhia Integrada de
Desenvolvimento Agrícola (CIDASC), que tem capacidade estática total de 120 mil
toneladas, e tanque para óleo vegetal com capacidade nominal para 9 mil m³. 5
5
SANTA CATARINA. Administração do Porto de São Francisco do Sul. Acesso em 20 de junho de 2003.
http://www.apsfs.sc.gov.br/
37
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
Figura 17 -
Foto do Porto São Francisco do Sul
Fonte: http://www1.apsfs.sc.gov.br
Porto de Itajaí
Os principais produtos movimentados são têxteis, motores elétricos, madeiras, móveis,
frangos congelados, azulejos e pisos, açúcar e derivados de petróleo, papel, entre outros.
Suas instalações têm mais de 15.000 m² de área coberta para estocagem de produtos e
38.000 m² de área descoberta para armazenagem de contêineres. Os usuários do Porto
de Itajaí têm a sua disposição mais de 70 equipamentos, com capacidade de 1 a 37
toneladas para auxílio na carga e descarga de suas mercadorias. As unidades
operacionais do Porto de Itajaí são totalmente informatizadas. O Porto de Itajaí conta
ainda com uma Estação Aduaneira de Interior (porto seco), totalmente alfandegada e
sincronizada com o Porto, com 31.500 m² para armazenagem coberta e pátios de
armazenagem de contêineres com mais de 120.000 m² de área. Esse porto chega a
movimentar uma média de 10 contêineres por hora, igualando-se aos principais portos do
mundo.6
6
PORTO DE ITAJAÍ. Instalações e Maquinários. Capturado em 13 de outubro. 2000. On-line. Disponível na Internet
http://www.portoitajai.com.br/instal.htm
PORTO DE ITAJAÍ. Sobre o Porto. Capturado em 20 de junho. 2003. On-line. Disponível na Internet
http://www.portoitajai.com.br/institucional/sobre.php
38
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
Figura 18 -
Foto do Porto de Itajaí
Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/portos/itajai/poitajai.htm
Tabela 12 - Distância Rodoviária em Km, dos municípios da região da AMREC, aos
municípios onde estão localizados os portos de Imbituba, Itajaí e São Francisco do
Sul.
Município
Imbituba
Itajaí
São Francisco do Sul
Criciúma
114
290
389
Fonte: SANTA CATARINA. Departamento de Infra-Estrutura. Distâncias entre as cidades.
39
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
1.6.4 Transporte Aeroviário
O estado de Santa Catarina dispõe de 32 aeroportos. Dentre os públicos, 16 têm pistas
pavimentadas, sendo que seis estão capacitados para operações de pousos e
decolagens por instrumento e noturna.
Figura 19 -
Aeroportos Catarinenses
Fonte: SANTUR. Internet: http://www.santur.sc.gov.br Acesso em: 04/set/2003.
A região da AMREC tem a sua disposição os aeroportos polarizadores de Joinville,
Navegantes e Florianópolis, principalmente o de Chapecó.
Aeroporto Serafin Ernesto Bertaso – localizado no município de Chapecó, distante 10
km do centro da cidade, o Aeroporto possui pista asfaltada com 2.060 metros de
comprimento, oferecendo vôos diários para diversas partes do país. Dispõe de sala vip,
lanchonete, box para check-in, 02 guichês (Rio Sul e Transbrasil), estacionamento,
equipamentos de segurança VOR, DME e balizamento noturno.
Aeroporto Afonso Pena – localizado no município de Joinville, este aeroporto possui
pistas asfaltadas, dimensões de 1.640m x 45m e uma altitude de 4 metros. Atende a
grandes pólos regionais, como a região de Joinville, Blumenau e à própria região de
Jaraguá do Sul.
Aeroporto de Navegantes – Localiza-se no município de Navegantes. O aeroporto
possui pistas asfaltadas, dimensões de 1.700m x 45m e altitude de 5 metros. O aeroporto
de Navegantes foi inaugurado em 19/10/1978. Atende principalmente, as cidades
40
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
situadas no vale do Itajaí, como Blumenau, Brusque, Gaspar, Porto Belo, Tijucas,
Pomerode, Penha e Piçarras e as cidades turísticas litorâneas, como Balneário
Camboriu, Itajaí e o parque do Beto Carrero World em Penha. O acesso ao aeroporto
pela cidade de Blumenau é por meio da BR 101 e BR 470; por Itajaí o acesso deverá ser
feito pelo ferry boat, na travessia do rio Itajaí-Açú, que separa as duas cidades.
Aeroporto Internacional Hercílio Luz – Localiza-se no município de Florianópolis. É um
aeroporto internacional compartilhado, com dimensões de 2.300m x 45m e 1.500m x 45m
e altitude de 6 metros. Atende principalmente à demanda do turismo, em especial no
verão, de pessoas vindas da Argentina.
Além disso, tem a disposição o seguinte aeroporto:
ƒ
Forquilhinha: dimensões (metros): 1.491 x 30, natureza da pista: asfalto e altitude
(metros): 28.
Segundo a FIESC7, a construção de um aeroporto na cidade de Jaguaruna visa atender
a região sul do Estado e os municípios de Tubarão, Criciúma, Imbituba, Araranguá entre
outros. Com objetivo disponibilizar uma melhor infra-estrutura aeroviária para o
importante pólo mineral (extração e de produtos minerais não metálicos) com
investimento previsto de R$ 20,5 milhões.
Tabela 13 -
Distância Rodoviária em Km, dos municípios da região da AMREC, aos
municípios onde estão localizados os aeroportos.
Município
Joinville
Navegantes
Florianópolis
Criciúma
345
281,8
200
Fonte: SANTA CATARINA. Departamento de Estradas e Rodagens. Distâncias entre as cidades.
7
Projetos de Infra-Estrutura Estratégicos para a Indústria de Santa Catarina. Federação das Indústrias do Estado de Santa
Catarina – FIESC, maio de 2004.
41
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
1.6.5 Energia Elétrica
Conforme indica a figura 20 os maiores consumos de energia elétrica encontram-se no
setor industrial com (45%) e o rural com (35%).
12,88%
35,24%
44,55%
7,33%
Residencial
Figura 20 -
Industrial
Comercial
Rural
Consumo Anual de Energia Elétrica (mercado CELESC), por classe de
consumidores, da região da AMREC em 2001.
Fonte: CELESC, 2001 apud Anuário Estatístico de Santa Catarina, 2001.
A tabela 14 apresenta o consumo de energia elétrica por classes de consumidores e
municípios da região da AMREC em 2001. Os municípios de Criciúma e Içara são os
maiores consumidores de energia elétrica da região da AMREC.
42
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
Tabela 14 -
Consumo de Energia Elétrica por municípios da região e classe de
consumidores da AMREC em 2001
Municípios
Total
Classes de consumidores (kwh)
Residencial
Industrial
Comercial
Rural
Cocal do Sul
42.772.392
-
31.227.992
-
11.544.400
Criciúma
378.893.169
94.207.390
203.602.604
56.704.325
64.275
Forquilhinha
106.472.500
72.821
47.994.172
29.577
58.206.380
Içara
108.999.032
909.830
11.802.379
87.371
95.819.229
Lauro Müller
23.419.365
5.740.649
7.978.323
1.349.118
6.972.264
Morro da Fumaça
71.793.830
-
9.970.127
-
61.823.703
Nova Veneza
38.512.972
1.758.007
11.441.181
1.096.281
23.795.864
Orleans
61.355.612
7.566.320
39.370.020
3.672.426
9.016.484
Siderópolis
41.110.394
971.256
8.960.590
318.468
10.302.063
Treviso
14.998.812
-
10.401.772
-
4.597.040
Urussanga
72.434.975
-
1.974.716
-
22.212.400
960.763.053
111.226.273
384.723.876
63.257.566
304.354.102
Total AMREC
Total Sc
% AMREC sobre SC
12.633.300.853 2.976.195.291 5.652.084.908 1.652.457.119 1.288.636.687
7,61%
3,74%
6,81%
3,83%
23,62%
Fonte: CELESC – Centrais Elétricas de Santa Catarina.
A tabela 15 apresenta o consumo de energia elétrica por municípios da classe industrial
da AMREC de 1999 a 2001. Os municípios de Criciúma e Içara são os principais
consumidores da região. O crescimento ficou abaixo do esperado em relação aos anos
2000 e 2001, obtendo o índice negativo de – (3,42%).O município de Urussanga teve
enorme queda de (49,04%), em contrapartida Lauro Muller cresceu positivamente em
36,66% no consumo.
43
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
Tabela 15 -
Consumo de Energia Elétrica por municípios da região da classe
industrial da AMREC em 1999 a 2001
Industrial (Kwh)
Municípios
1999
2000
Variação 99/00
2001
Variação
00/01
Cocal do Sul
40.961.487
36.376.257
-11,19%
31.227.992
-14,15%
Criciúma
211.227.737
210.463.744
-0,36%
203.602.604
-3,26%
Forquilhinha
44.261.046
50.272.141
13,58%
47.994.172
-4,53%
Içara
13.332.265
14.149.395
6,13%
11.802.379
-16,59%
Lauro Müller
2.580.941
5.838.262
126,21%
7.978.323
36,66%
Morro da Fumaça
9.177.204
9.939.089
8,30%
9.970.127
0,31%
Nova Veneza
7.805.206
10.381.926
33,01%
11.441.181
10,20%
Orleans
32.142.531
36.802.802
14,50%
39.370.020
6,98%
Siderópolis
12.145.810
10.608.779
-12,65%
8.960.590
-15,54%
Treviso
7.902.124
9.642.139
22,02%
10.401.772
7,88%
Urussanga
2.840.542
3.874.933
36,42%
1.974.716
-49,04%
Total AMREC
384.376.893
398.349.467
3,64%
384.723.876
-3,42%
Total Sc
4.974.569.138
5.405.468.541
8,66%
5.652.084.908
4,56%
% AMREC
sobre SC
7,73%
7,37%
6,81%
Fonte: CELESC – Centrais Elétricas de Santa Catarina.
A tabela 16 apresenta o consumo de energia elétrica por municípios da região da classe
rural da AMREC de 1999 a 2001. A média ficou positiva de 2001 em relação a 2000 com
resultado de 6,35%. Os municípios de Içara
e Morro da Fumaça são os maiores
consumidores da região.
44
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
Tabela 16 -
Consumo de Energia Elétrica por municípios da região da classe rural
da AMREC em 1999 a 2001
Rural (Kwh)
Municípios
1999
2000
Variação 99/00
2001
Variação
00/01
24.928.400
26.658.800
6,94%
11.544.400
-56,70%
49.149
53.509
8,87%
64.275
20,12%
Forquilhinha
65.963.762
71.330.051
8,14%
58.206.380
-18,40%
Içara
88.137.000
90.840.148
3,07%
95.819.229
5,48%
Lauro Müller
3.141.624
5.417.603
72,45%
6.972.264
28,70%
Morro da Fumaça
52.180.800
59.640.000
14,29%
61.823.703
3,66%
231.571
3.943.052
1602,74%
23.795.864
503,49%
Orleans
7.851.607
8.529.336
8,63%
9.016.484
5,71%
Siderópolis
7.822.840
8.943.679
14,33%
10.302.063
15,19%
Treviso
3.235.120
4.199.440
29,81%
4.597.040
9,47%
Urussanga
6.969.200
6.619.200
-5,02%
22.212.400
235,58%
Total AMREC
260.511.073
286.174.818
9,85%
304.354.102
6,35%
Total SC
1.152.294.307
1.241.001.426
7,69%
1.288.636.687
% AMREC
sobre SC
22,61%
23,06%
Cocal do Sul
Criciúma
Nova Veneza
23,62%
Fonte: CELESC – Centrais Elétricas de Santa Catarina.
45
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
1.6.6 Gás Natural
O Gasoduto Bolívia-Brasil transporta para o Brasil o gás natural proveniente da Bolívia.
Em Santa Catarina o gasoduto cruza o Estado a partir de Guaruva, divisa com o Paraná,
até a cidade de Timbó do Sul, na divisa com o Rio Grande do Sul, passando a leste de
Blumenau.
Figura 21 -
Mapa da rede de distribuição da SCGás.
Fonte: SCGás. Internet: http://www.scgas.com.br Acesso em: 11/jul/2003.
O gás natural deve contribuir para o aumento da produtividade, competitividade e
modernização da indústria local, substituindo o carvão, a lenha e o óleo combustível.
Entre as principais vantagens do gás natural estão:
ƒ
Menor custo de manutenção;
ƒ
Maior vida útil dos equipamentos;
ƒ
Inexistência de custo de estocagem;
ƒ
Melhoria dos padrões ambientais, pois a combustão completa evita impurezas e
resíduos poluentes, além disso, não necessita de frete rodoviário.
A figura 22 apresenta o mapa do Gasoduto da Integração – GASIN com
aproximadamente 5.250 quilômetros em seu traçado total — ver detalhamento abaixo —
e capacidade para transportar cerca de 60 milhões de m3/dia de gás natural, ligando os
46
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
campos produtores da Argentina e Bolívia com os mercados consumidores das Regiões
Sul, Sudoeste e Centro-Oeste do Brasil, constituindo-se em mais um elo da emergente
rede brasileira gasodutos — conhecer também o projeto Gasoduto TransCatarinense no
ONDEE-SC. Viabilizando o desenvolvimento de usinas termelétricas próximas a centros
consumidores e em locais estratégicos do sistema de transmissão; diversificar as
potencialidades da matriz energética do Estado; promover o desenvolvimento econômico
e social nos municípios da área de influência do traçado do gasoduto; incrementar a
receita fiscal. Com valor aproximado de US$ 5 bilhões.
Figura 22 -
Mapa do Gasoduto da Integração – GASIN
Fonte: ONDEE-SC. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa
Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.
1.6.7 Telecomunicações
O Estado de Santa Catarina dispõe de um sistema de comunicações relativamente
eficiente, que permite contatos com qualquer localidade do país e do exterior por meio de
som e imagem, texto, dados e voz. Além disso, o estado está interligado ao serviço móvel
marítimo, permitindo contato por telefone ou envio de mensagem para qualquer ponto do
planeta.
47
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
Tabela 17 -
Linhas telefônicas instaladas na região da AMREC em 2000.
Municípios
Domicílios Linhas telefônicas Part.% no total de
Total
instaladas
domicílios
Cocal do Sul
3.752
1.494
39,80
Criciúma
48.034
24.027
50,00
Forquilhinha
4.935
1.343
27,20
Içara
13.337
5.190
38,90
Lauro Müller
2.817
1.082
28,30
Morro da Fumaça
3.927
1.384
35,20
Nova Veneza
3.011
920
30,80
3.286
1.754
53,40
832
29
3,50
5.194
2.260
43,50
Total AMREC
89.125
39.483
31,87
Total SC
1.498.742
656.351
43,80%
AMREC
sobre SC %
5,95%
6,02%
Orleans
Siderópolis
Treviso
Urussanga
Fonte: SDE – Anuários Estatística de Santa Catarina – 2001.
A principal concessionária dos serviços de telecomunicações de SC, TELESC Brasil
Telecom S.A., atende aos 293 municípios do estado. No âmbito nacional, o atendimento
é feito através da Embratel – Empresa Brasileira de Telecomunicações S.A., da Intelig
Telecomunicações Ltda. e da GVT – Global Village Telecom.
A tabela 17 apresenta o número de linhas telefônicas instaladas em 2000. A média da
participação percentual de residências com linhas telefônicas é de (31,87 %) em 2000.
1.6.8 Água e Saneamento
Em Santa Catarina os Sistemas de Abastecimento de Água, operados pela Casan,
beneficiam 322 localidades e um Município do Estado do Paraná. Além do abastecimento
de água, os 27 sistemas de Esgotos Sanitários operados pela Casan, atendem a 16
Municípios e 2 Distritos.8
8
SANTA CATARINA. Companhia Catarinense de Águas e Saneamento. Capturado em 18 de junho de 2003. On-line.
Disponível na Internet http://www.casan.com.br
48
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social, Urbano e Meio Ambiente de
Santa Catarina, “com relação ao abastecimento de água o Estado possui uma cobertura
de aproximadamente 90% da população urbana em água tratada, não se podendo
garantir, no entanto, que a quantidade de água oferecida à população possua um
controle da qualidade adequado”. Em termos de esgotamento sanitário no estado,
apenas 6,85% da população urbana possui coleta de esgoto e apenas parte desse
volume coletado consegue ter tratamento satisfatório. De acordo com estudos realizados,
Santa Catarina, a fim de resgatar o déficit sanitário em coleta e tratamento de esgoto
sanitário, necessitaria investir em média 0,37% de seu PIB por ano para atingir uma meta
de atendimento de 41% da população urbana do estado em 10 anos.9
De acordo com dados da Secretaria do Desenvolvimento Municipal – SDM, referente ao
lançamento de esgotos industriais, tem-se que:
ƒ
27,47% lançam na rede pública com tratamento e 72,53% sem tratamento; e.
ƒ
26,08% lançam diretamente em cursos d’água com tratamento e 73,92% sem
tratamento.
ƒ
Em nível estadual, são disponibilizadas pela SDM as seguintes informações:
aproximadamente 50% dos municípios utilizam o sistema individual de tratamento;
ƒ
28,11% dos municípios utilizam o sistema de coleta de águas pluviais com um
sistema unitário de coleta;
ƒ
25,91% utilizam vala negra10 para dispor os dejetos; e.
ƒ
22,72% lança diretamente nos cursos d’água a carga orgânica proveniente do
esgotamento sanitário doméstico.
A população atendida na região da AMREC por serviços de coleta de resíduos sólidos é
de 224.843 habitantes, correspondendo a (68,87%) da população da região, conforme
indica a tabela 18, ficando sem atendimento um grande percentual de (31,13%).
9
SANTA CATARINA. Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social, Urbano e Meio Ambiente. Capturado em 18 de
junho de 2003. On-line. Disponível na Internet: http://www.sds.sc.gov.br/
10
A vala negra é uma solução sanitária condenável para a disposição de dejetos.
49
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
Tabela 18 -
Resíduos sólidos por municípios da AMREC em 1999
Qtidade Percapita
(Kg/habxdia)
Gerado Pop Total
Ton/dia
Gerado Pop
Urbana Ton/dia
70,17
0,44
6,03
5,01
170.420 153.049 17.371 13.7660
90,00
0,66
112,4 100,95 Ad.Indireta Não Possui
Forquilhinha
18.348 14.556 3.792
11.820
81,20
0,57
10,45
8,29
Ad.Direta Não Possui
Içara
48.634 39.570 9.064
33.602
85,00
Lauro Müller
13.604
3.681
7.071
71,27
0,8
10,86
7,92
Ad.Direta Não Possui
Morro da Fumaça 14.551 11.154 3.397
8.261
74,07
0,5
7,28
5,58
Ad.Direta Não Possui
Nova Veneza
11.511
3.690
51,26
1,18
Ad.Direta Não Possui
Orleans
20.031 12.813 7.218
Siderópolis
12.082
9.103
2.979
6.785
74,64
0,99
Ad.Direta Não Possui
Treviso
3.144
1.561
1.583
1.560
100,00
Urussanga
18.727 10.650 8.077
6.392
60,00
Total
Urbano Rural
Cocal do Sul
13.726 11.407 2.319
Criciúma
Total
9.923
7.199
4.312
344.778 280.985 63.793 224.843
68,87
1,42
26,61
15,14
Coletas Seletivas
% Atendimento
8.003
Municípios
Tipo Adm
População com
coleta
População Censo 2000
Ad.Direta Não Possui
Ad.Direta Não Possui
173,6
Fonte: Diagnóstico do levantamento de dados dos resíduos sólidos nos municípios do Estado, com revisão
das diretrizes para a formulação da política estadual dos resíduos sólidos. Secretaria de Estado do
Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente – SDM, Florianópolis, Outubro de 2001.
50
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
1.7 Atividade Econômica
O perfil da estrutura industrial de Santa Catarina é marcado pela forte presença de
setores tradicionais têxtil-vestuário e alimentos, mas com um setor eletro-metalmecânico ganhando importância e, em grande parte, sustentando o crescimento do
produto industrial do Estado nos anos recentes.
Os principais setores industriais do estado encontram-se concentrados em regiões
específicas, registrando-se evidentes especializações regionais, resultado de um
processo histórico e descentralizado de formação industrial. Essa diversidade regional
alia-se, em cada indústria, a uma estrutura constituída por algumas grandes
empresas, muitas delas líderes nacionais, e por uma infinidade de empresas de
pequeno e médio porte, de origem tipicamente familiar1.
É apresentado a seguir, informações sobre o PIB dos municípios da região da
AMREC, bem como dados sobre o valor adicionado na região, características dos
vínculos empregatícios e dos estabelecimentos, bem como as contribuições do ICMS.
Este capítulo apresenta ainda os Segmentos Econômicos Estratégicos da região da
AMREC. A identificação e análise dos segmentos serão realizadas através de uma
metodologia específica, identificando as principais vocações econômicas existentes na
região.
A execução desta metodologia ocorre em várias etapas, observando-se a relevância
de duas variáveis (número de empregados e o número de estabelecimentos) em
comparação à média encontrada no Estado de Santa Catarina. Em seguida, verificarse-á a abrangência desses segmentos na região, levando-se em consideração os
segmentos integrantes e correlatos. Isto é, agrupam-se os segmentos econômicos de
maneira a formarem possíveis cadeias produtivas ou aglomerações econômicas,
baseadas nos elos principais das mesmas. A próxima etapa, diz respeito, aos
possíveis elos das cadeias produtivas, com enfoque em outras variáveis (número de
1
CAMPOS, Renato Ramos; NICOLAU, José Antônio; CÁRIO, Silvio Antônio Ferraz. Sistemas Locais de Inovação:
um estudo preliminar de casos selecionados no Estado de Santa Catarina. Rio de Janeiro: Instituto de Economia
da Universidade Federal do Rio de Janeiro: [s.n.], 1998. 39 p. Faz parte do “Projeto de Pesquisa Globalização e
Inovação Localizada: Experiências de Sistemas Locais no Âmbito do Mercosul e Proposições Políticas de C&T”.
Coordenação Geral do Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil, patrocínio da Organização dos Estados
Americanos.
51
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
empregados, número de estabelecimentos, média salarial, valor adicionado e tamanho
dos estabelecimentos).
Através da aplicação da metodologia verificou-se uma predominância econômica na
região da AMREC para as atividades ligadas à extração e fabricação de produtos de
minerais não-metálicos, considerando o valor adicionado gerado por essa atividade,
outro setor de importância para a região é o de extração de carvão mineral, fabricação
de produtos químicos, material plástico e coquerias. Essas e outras atividades serão
detalhadas no decorrer deste capitulo.
52
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
1.7.1 Produto Interno Bruto – PIB
O PIB per capita municipal é o valor aproximado do produto interno bruto, originado do
valor adicionado. Compreende o valor global que as unidades econômicas de
produção da agropecuária, da indústria, do comércio e dos serviços agregam aos seus
produtos, a medidas que esses passam adiante, desde o setor primário até os
consumidores finais.
18.000
16.000
14.000
12.000
10.000
1996
8.000
2000
6.000
4.000
2.000
Figura 23 -
ró
p
ol
is
Tr
ev
is
o
U
ru
ss
an
ga
s
an
de
Si
O
rl e
Ve
n
ez
a
aç
a
N
ov
a
r
Fu
m
da
M
ül
le
a
M
or
ro
in
Iç
ar
ur
o
La
ha
a
il h
Fo
rq
u
ric
iú
C
do
C
oc
al
m
Su
l
0
Gráfico comparativo do PIB per capita de 1996 em relação a 2000.
Fonte: DURB/SDM – SC
A tabela 19 apresenta o PIB per capita para a região da AMREC, ela se encontra
classificada em ordem crescente do PIB per capita para o ano 2000. A região
apresenta um PIB per capita de R$ 6.057,00 capita, inferior à média do Estado de
Santa Catarina, que possui R$ 7.406,60 (no período compreendido entre os anos de
1996 a 2000). O Estado de Santa Catarina apresentou uma queda de (2,10%) neste
indicador no período analisado contra um decréscimo de (–20,22%) da região. Dos
onze municípios, segundo a figura 23, apenas quatro apresentaram crescimento do
PIB per capita no período analisado. O município de Lauro Müller (127,81%)
apresentou o maior crescimento e Cocal do Sul (-48,51%) foi o destaque negativo.
53
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Tabela 19 -
Estimativa do PIB per Capita, Segundo Valor Adicionado Fiscal a
Preços de 1999 (IGP/DI FGV) - 1996-2000.
PIB PER CAPITA (R$ 1,00/hab)
1996
1997
1998
1999
2000
Crescimento
do PIB
Cocal do Sul
14.577
13.561
12.169
13.467
7.506
-48,51%
Criciúma
5.931
6.272
6.558
6.179
6.877
15,95%
Forquilhinha
8.583
12.020
11.313
10.245
6.342
-26,11%
Içara
4.970
4.688
4.262
4.448
2.663
-46,43%
Lauro Müller
2.013
3.107
3.798
3.156
4.587
127,81%
Morro da Fumaça
5.743
7.663
7.398
6.959
6.539
13,86%
Nova Veneza
5.384
9.166
10.369
8.443
5.487
1,92%
Orleans
6.103
4.730
4.143
4.994
5.879
-3,67%
Siderópolis
5.800
6.476
6.657
6.415
5.625
-3,02%
Treviso
16.864
23.244
25.192
22.130
9.674
-42,64%
Urussanga
7.552
8.634
7.328
7.980
5.456
-27,76%
Média AMREC
7.592
9.501
9.017
8.583
6.057
-20,22%
Média SC
7.540
7.378
7.364
7.370
7.381
-2,10%
Município
Fonte: Elaboração: DURB/SDM – SC
OBS: O PIB de 1996 a 1998 foi calculado a partir do valor adicionado; O PIB de 1999 foi calculado
levando-se em consideração a média aritmética do Valor Adicionado dos anos de 1996 a 1998. (PIP PER
CAPITA = VALOR ADICIONADO MUNICIPAL X PIB SC / VALOR ADICIONADO SC / POPULAÇÃO DO
MUNICÍPIO).
54
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
1.7.2 Valor Adicionado
A tabela 20 apresenta o valor adicionado2 por municípios da região da AMREC de
2000 a 2002. Os municípios de Criciúma (45,92%), Içara (9,05%) e Cocal do Sul
(7,66%) são os principais arrecadadores do valor adicionado da região em 2002. A
região obteve um crescimento de (14,08%) de 2001 para 2000, e de (20,33%) de
2001 a 2002, inferior à média de crescimento estadual, que foi de (46,82%) no mesmo
período.
Tabela 20 -
Municípios
Valor Adicionado por municípios da região da AMREC de 2000 a
2002.
2000
2001
2002
Total R$
%
Total R$
%
%01/00
Total R$
%
%02/01
Cocal do Sul
83.664.234,00
6,63
96.182.449,00
6,68
14,96
132.592.739,00
7,66
37,86
Criciúma
541.632.545,00
42,93
602.834.788,00
41,88
11,3
795.277.120,00
45,92
31,92
Forquilhinha
126.660.625,00
10,04
186.957.245,00
12,99
47,6
121.705.446,00
7,03
-34,9
Içara
119.809.613,00
9,5
112.434.412,00
7,81
-6,16
156.677.449,00
9,05
39,35
Lauro Müller
31.298.178,00
2,48
40.059.516,00
2,78
27,99
49.958.196,00
2,88
24,71
Morro da
Fumaça
58.861.743,00
4,67
68.128.384,00
4,73
15,74
77.315.092,00
4,46
13,48
Nova Veneza
64.008.699,00
5,07
90.023.018,00
6,25
40,64
86.689.818,00
5,01
-3,7
Orleans
31.264.201,00
2,48
42.245.269,00
2,94
35,12
60.883.268,00
3,52
44,12
Siderópolis
83.876.081,00
6,65
72.949.783,00
5,07
-13,03
84.282.555,00
4,87
15,54
Treviso
41.749.998,00
3,31
43.771.236,00
3,04
4,84
57.789.175,00
3,34
32,03
Urussanga
78.783.773,00
6,24
83.685.477,00
5,81
6,22
108.660.243,00
6,27
29,84
Total
AMREC
1.261.609.690
1.439.271.577
14,08
1.731.831.101
20,33
Total SC
18.287.574.230
21.644.699.496
18,36
31.778.541.671
46,82
% AMREC
sobre SC
6,90%
6,65%
5,45%
Fonte: Valor Adicionado (DIEF) 1999 a 2001.
2
Valor Adicionado corresponde, para cada Município, ao valor das mercadorias saídas
acrescido do valor das prestações de serviços (da incidência do ICMS), no seu território,
deduzido o valor das mercadorias entradas, em cada ano civil, computando-se, inclusive:
a) as operações e prestações que constituam fato gerador do imposto, mesmo quando o
pagamento for antecipado ou diferido, ou quando o crédito tributário for diferido, reduzido ou
excluído em virtude de isenção ou outros benefícios, incentivos ou favores fiscais;
b) as operações imunes do imposto.
55
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Figura 24 -
Gráfico da participação relativa do Valor Adicionado dos
municípios da região da AMREC em 2002.
4%
5%
5%
6%
3%
8%
4%
3%
46%
9%
7%
Cocal do Sul
Criciúma
Forquilinha
Içara
Lauro Müller
Morro da Fumaça
Nova Veneza
Orleans
Siderópolis
Treviso
Urussanga
Fonte: RAIS 2002.
A figura 24 apresenta o gráfico da participação referente à contribuição de valor
adicionado dos municípios pertencentes à AMREC. Observa-se a importante posição
do município de Criciúma para a região, em relação aos outros municípios.
A tabela 21 a seguir apresenta o montante de valor adicionado gerado por cada
atividades específica dos diversos setores econômicos presentes na região, onde
notamos a relevância das atividades ligadas à Indústrias de Transformação, que
geraram (R$ 1.017.172.711,00) na ano de 2002.
Tabela 21 -
Valor Adicionado da região da AMREC por setores econômicos em
2002.
Agricultura, pecuária, silvicultura e Exploração Florestal
Agricultura, pecuária e serviços relacionados
5.118.594,00
Silvicultura, exploração florestal e serviços relacionados
460.826,00
Total
5.579.420,00
Alojamento e alimentação
Alojamento e alimentação
6.520.601,00
Atividades Imobiliárias, Aluguéis e Serviços Prestados às Empresas
Atividades de informática e serviços relacionados
27.670,00
Atividades imobiliárias
341.711,00
Pesquisa e desenvolvimento
17.686,00
Serviços prestados principalmente às empresas
5.918.262,00
56
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Total
6.305.330,00
Comércio; Reparação de Veículos Automotores, Objetos Pessoais e Domésticos
Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas; e comércio a varejo de
combustíveis
75.438.402,00
Comércio por atacado e representantes comerciais e agentes do comércio
89.318.251,00
Comércio varejista e reparação de objetos pessoais e domésticos
125.120.264,00
Total
289.876.917,00
Construção
Construção
1.597.484,00
Indústrias de Transformação
Confecção de artigos do vestuário e acessórios
76.376.258,00
Edição, impressão e reprodução de gravações
2.991.397,00
Fabricação de artigos de borracha e de material plástico
129.268.465,00
Fabricação de celulose, papel e produtos de papel
6.632.928,00
Fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis nucleares e
produção de álcool
41.971.243,00
Fabricação de equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, instrumentos de
precisão e ópticos, equipamentos para automação industrial, cronômetros e relógios
Fabricação de máquinas e equipamentos
618.677,00
28.260.539,00
Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática
Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos
Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicações
731.674,00
2.522.712,00
68.954,00
Fabricação de móveis e indústrias diversas
18.532.849,00
Fabricação de produtos alimentícios e bebidas
126.252.184,00
Fabricação de produtos de madeira
13.608.470,00
Fabricação de produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos
23.325.979,00
Fabricação de produtos de minerais não-metálicos
411.083.852,00
Fabricação de produtos do fumo
1.391.019,00
Fabricação de produtos químicos
99.943.066,00
Fabricação de produtos têxteis
9.228.763,00
Fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias
7.216.786,00
Metalurgia básica
14.069.644,00
Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem e
calçados
Reciclagem
719.466,00
2.357.786,00
Total
1.017.172.711,00
Indústrias extrativas
Extração de carvão mineral
Extração de minerais metálicos
Extração de minerais não-metálicos
188.508.060,00
547.113,00
10.179.536,00
57
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Total
199.234.709,00
Intermediação financeira
Intermediação financeira
622
Outros serviços coletivos
Atividades associativas
4.704.623,00
Atividades recreativas, culturais e desportivas
7.514.613,00
Serviços pessoais
2.754.672,00
Total
14.973.908,00
Produção e Distribuição de eletricidade, Gás e Água
Eletricidade, gás e água quente
35.026.472,00
Saúde e Serviços Sociais
Saúde e serviços sociais
27.915,00
Sem Classificação
Sem classificação
5.145.920,00
Transporte, Armazenagem e Comunicações
Atividades anexas e auxiliares dos transportes e agências de viagem
408.041,00
Correio e telecomunicações
40.089,00
Transporte aéreo
146.351,00
Transporte terrestre
88.891.343,00
Total
89.485.824,00
Fonte: Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina, Valor Adicionado, 2002.
58
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
1.7.3 Recolhimento do ICMS
A arrecadação de ICMS está relacionada ao nível de desenvolvimento alcançado
pelos setores produtivos da economia, à medida que incide sobre a produção de bens
e serviços, constituindo o principal item orçamentário da receita estadual.
Tabela 22 Município
Contribuição do ICMS - 1998 a 2002
1998
1999
2000
2001
2002
Cocal do Sul
3.405.884
1.870.365
3.098.585
4.823.722
4.073.480
Criciúma
47.421.592
54.316.023
63.353.707
70.347.649
73.271.703
981.765
1.379.411
1.978.635
1.944.371
2.222.750
11.778.839
12.554.366
18.592.446
18.622.355
25.139.177
215.627
232.090
391.238
517.239
567.446
Morro da Fumaça
6.378.589
7.372.902
9.319.935
8.863.332
8.953.366
Nova Veneza
2.020.746
1.749.409
2.257.533
2.972.817
6.093.831
Orleans
2.363.791
2.947.990
4.548.086
4.744.679
3.503.971
Siderópolis
1.156.719
1.705.381
2.041.049
2.738.077
3.300.626
85.881
141.705
181.993
207.465
444.796
6.070.638
4.770.644
6.544.038
5.817.328
6.395.905
81.880.071
89.040.286
112.307.245
121.599.034
133.967.051
Forquilhinha
Içara
Lauro Müller
Treviso
Urussanga
Total AMREC
Total SC
% AMREC sobre Sc
1.607.844.324 1.850.502.989 2.213.992.978 2.616.521.022 3.217.492.130
5,09%
4,81%
5,07%
4,65%
4,16%
Fonte: Secretaria do Estado da Fazenda de SC. Internet: (http://www.sef.sc.gov.br. Acesso em
16/04/2004)
Embora o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) seja
considerado na determinação do valor adicionado, demonstrado anteriormente, ele
constitui-se num importante instrumento para a observação do volume da atividade
econômica desenvolvida.
Na tabela 22 consta o valor da contribuição sobre as mercadorias e serviços dos
municípios da região da AMREC. A participação da AMREC na arrecadação de ICMS
catarinense foi de 4,16%, somando um total de R$ 133.967.051. Os municípios que
mais se destacaram no ano de 2002 foram Criciúma e Içara, como se observa na
presente tabela.
59
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
1.7.4 Recolhimento de Impostos Municipais
A tabela 23 apresenta o somatório dos impostos municipais "Imposto sobre a
Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU", "Imposto sobre Serviços de Qualquer
Natureza- ISS" e “Outros Tributos”. Os valores são de 1997 a 2001 com valores
deflacionados para o ano 2001.
Tabela 23 Municípios
Recolhimento de Impostos Municipais da região da AMREC
1997
Cocal do Sul
1998
1999
2000
171.758,93
Criciúma
2001
% 97/01
349.850,39
103,69%
5.563.868,66 6.145.065,49 4.127.068,81 4.668.284,96 5.204.935,53
258.013,78
385.629,89
436.557,17
433.312,05
-6,45%
Forquilhinha
178.435,55
Içara
861.881,35
Lauro Müller
119.167,83
110.413,05
102.720,78
146.666,95
Morro da Fumaça
124.860,57
145.577,91
174.235,14
321.581,33
240.900,04
92,9%
Nova Veneza
109.274,90
254.817,37
220.819,82
354.444,46
279.382,67
155,66%
Orleans
456.823,36
501.635,80
482.108,06
Siderópolis
80.468,86
110.715,57
111.541,31
140.194,06
527.009,13
554,92%
Treviso
35.154,21
47.504,73
46.679,16
45.448,44
72.887,48
107,33%
Urussanga
602.458,14
511.402,91
581.827,95
-3,42
1.135.792,69 1.357.328,01 1.427.646,28 1.613.379,09
1,65%
1,79%
1,89%
87,19%
23,08%
5,53%
Total SC (R$ 1.000,00) 227.023,59 247.257,00 268.378,91 307.330,85 334.937,39
% AMREC sobre SC
142,84%
2,04%
47,53%
1,93%
Fonte: Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional – STN.
60
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
1.7.5 Empregados e Estabelecimentos
Esse tópico apresenta informações sobre número de empregados, número de
estabelecimento, grau de instrução e o tamanho dos estabelecimentos dos municípios
que compõem a região da AMREC. Essas informações foram extraídas da RAIS3 e
são baseadas apenas em dados formais. Isto é, não estão computados profissionais
que trabalham em setores informais. Conforme indica a tabela 24 a seguir, o número
de empregados registrados na região aumentou em (1,55%) no período de 2001 a
2002, apresentando em 2003 um crescimento de (3,09%), abaixo, entretanto, do
índice registrado no Estado como um todo, que foi de (4,60%).
Tabela 24 -
Número de Empregados por municípios da região da
AMREC - 2000-2002
Municípios
2001
2002
%01/02
2003
%02/03
Cocal do Sul
2.314
2.413
4,28
3.066
27,06
Criciúma
41.815
41.798
-0,04
41.097
-1,68
Forquilhinha
3.136
3.278
4,53
3.905
19,13
Içara
6.788
7.653
12,74
7.872
2,86
Lauro Muller
1.292
1.408
8,98
1.418
0,71
Morro da Fumaça
3.728
3.826
2,63
3.974
3,87
Nova Veneza
3.970
4.560
14,86
4.935
8,22
Orleans
4.043
4.253
5,19
4.460
4,87
Siderópolis
2.473
2.488
0,61
2.418
-2,81
305
325
6,56
901
177,23
3.432
3.744
9,09
4.039
7,88
73.296
75.746
3,34
78.085
3,09
3,34
1.292.407
4,60
Treviso
Urussanga
Total AMREC
Total SC
AMREC sobre SC
1.155.712 1.235.612
9,38%
8,91%
6,04
Fonte: RAIS 2000, 2001 e 2002.
3
RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) - tem por objetivo o suprimento às
necessidades de controle da atividade trabalhista no País, e ainda, o provimento de dados para
a elaboração de estatísticas do trabalho e a disponibilização de informações do mercado de
trabalho às entidades governamentais. As informações são repassadas pelas empresas para o
Ministério do Trabalho e Emprego. Internet: http://www.mte.gov.br Acesso em: 01/07/03.
61
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
A figura 25 expressa o gráfico da participação de trabalhadores de cada município na
região. O município de Criciúma apresenta a maior participação no número de
empregos formais da região da AMREC (53%).
Figura 25 -
Gráfico da participação relativa do número de empregados dos
municípios da região da AMREC em 2003..
6%
5%
3% 1%
4%
6%
5%
2%
53%
10%
5%
Cocal do Sul
Criciúma
Forquilhinha
Içara
Lauro Muller
Morro da Fumaça
Nova Veneza
Orleans
Siderópolis
Treviso
Urussanga
Fonte: RAIS 2003.
A tabela 25 a seguir apresenta o número de empregados por setores de atividade
econômica presentes na região da AMREC no ano de 2003. O município de Criciúma
possui o maior número de empregados registrados em todos os setores da economia.
A maioria dos trabalhadores da região encontram-se no setor de comércio que
apresenta quase o dobro do número de trabalhadores industriais. No Estado como um
todo a situação é inversa, o número de trabalhadores industriais é praticamente o
dobro do número de trabalhadores empregados no comércio.
62
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Construção
Civil
Comércio
Servicos
Agropecuaria
Total
Número de Empregados por setores econômicos e municípios da
região da AMREC em 2003.
Indústria
Tabela 25 -
142
8
234
197
7
588
1.850
286
4.598
3710
40
10484
Forquilhinha
122
16
382
252
12
784
Icara
390
53
809
488
12
1752
Lauro Muller
62
7
188
150
2
409
Morro da Fumaca
297
15
293
171
4
780
Nova Veneza
197
28
199
172
13
609
Orleans
184
42
458
425
23
1132
Sideropolis
120
11
163
112
3
409
9
2
25
29
1
66
198
25
279
301
19
822
3.571
493
7.628
6.007
136
17.835
Municípios
Cocal do Sul
Criciuma
Treviso
Urussanga
Total
Total SC
AMREC sobre SC
435.385 42.779 214.045 507.298 36.105 1.235.612
0,82
1,15
3,56
1,18
0,38
1,44
Fonte: RAIS 2003.
É apresentado a seguir, na tabela 26, o número de estabelecimentos por setores da
atividade econômica na região da AMREC, onde observamos que a exemplo do que
ocorre com o número de trabalhadores, o município de Criciúma também apresenta o
maior número de estabelecimentos em todos os setores analisados. Na região, assim
como no Estado de Santa Catarina como um todo, o número de estabelecimentos
ligados ao comércio excedem aos referentes ao setor industrial.
63
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Constr civil
Comercio
Servicos
Agropecuaria
Total
Número de Estabelecimentos por setores econômicos e
municípios da região da AMREC em 2003.
Industria
Tabela 26 -
142
8
234
197
7
588
1.850
286
4.598
3.710
40
10.484
Forquilhinha
122
16
382
252
12
784
Içara
390
53
809
488
12
1.752
Lauro Muller
62
7
188
150
2
409
Morro da Fumaça
297
15
293
171
4
780
Nova Veneza
197
28
199
172
13
609
Orleans
184
42
458
425
23
1.132
Siderópolis
120
11
163
112
3
409
9
2
25
29
1
66
198
25
279
301
19
822
3.571
493
7.628
6.007
136
17.835
Município
Cocal do Sul
Criciúma
Treviso
Urussanga
Total AMREC
Total SC
Total AMREC sobre SC
23.200 5.104 49.348 45.115 6.336 129.103
15,29
10,65
15,11
12,78
2,05
13,51
Fonte: RAIS 2003
A tabela 27 apresenta o número de estabelecimentos por municípios da região da
AMREC de 2001 a 2003. Os municípios de Criciúma, Içara e Orleans possuem o
maior número de estabelecimentos registrados na região. Podemos observar um
aumento bem mais expressivo do número de estabelecimentos no ano de 2001 para
2002 (6,63%), do que em 2003, ano em que esse crescimento foi de (2,23%).
64
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Tabela 27 -
Número de Estabelecimentos por municípios da região da AMREC
2001/2003.
Municípios
2001
2002
%01/02
2003
%02/03
613
607
-0,98%
588
-3,13
9.474
10.133
6,96%
10.484
3,46
706
785
11,19%
784
-0,13
1.702
1.808
6,23%
1.752
-3,10
Lauro Muller
408
424
3,92%
409
-3,54
Morro da Fumaça
716
766
6,98%
780
1,83
Nova Veneza
561
581
3,57%
609
4,82
1.029
1.095
6,41%
1.132
3,38
Siderópolis
368
390
5,98%
409
4,87
Treviso
53
71
33,96%
66
-7,04
Urussanga
732
786
7,38%
822
4,58
16.362
17.446
6,63%
17.835
2,23
284.228 299.295
5,30%
310.980
3,90
Cocal do Sul
Criciúma
Forquilhinha
Içara
Orleans
Total AMREC
Total SC
Total AMREC sobre SC
5,75
5,82
5,74
Fonte: RAIS 2001, 2002 e 2003.
O gráfico expresso na figura 26 abaixo apresenta a participação relativa do número de
estabelecimentos dos municípios da região da AMREC. O município de Criciúma
apresenta aproximadamente 60% dos estabelecimentos da região. Içara e Orleans
apresentam, respectivamente (11%) e (6%).
65
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Figura 26 -
Gráfico da participação relativa do número de estabelecimentos
dos municípios da região da AMREC em 2002.
4%
2%
3%
6%
2%0% 5%
3%
11%
60%
4%
Cocal do Sul
Criciúma
Forquilhinha
Içara
Lauro Muller
Morro da Fumaça
Nova Veneza
Orleans
Siderópolis
Treviso
Urussanga
Fonte: RAIS 2003
A tabela 28 apresenta a média salarial (em R$) de 2001 a 2003 por municípios da
região da AMREC. Os municípios de Cocal do Sul (R$ 940,06) e Treviso (R$ 892,68)
possuem as melhores médias salariais em 2003. A região obteve de 2002 para 2003
um crescimento de (12,68%), inferior ao verificado no ano anterior (43,16%).
A figura 27 apresenta um gráfico comparativo da média salarial do período de 2001 a
2003. Em todos os municípios da região observa-se um crescimento nas médias
salariais, entretanto, no município de Treviso observou-se um crescimento mais
acentuado em relação aos demais municípios.
66
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Tabela 28 -
Média Salarial de 2001 a 2003 por municípios da região da AMREC
em R$.
Município
2001
2002
%01/02
2003
%03/02
Cocal do Sul
550,31 843,84
53,34
940,06
11,40
Criciúma
462,16 677,96
46,69
756,39
11,57
Forquilhinha
582,59 632,01
8,48
687,22
8,74
Içara
379,67 587,93
54,85
674,82
14,78
Lauro Muller
390,36 524,21
34,29
659,62
25,83
Morro da Fumaça 370,67 537,43
44,99
617,28
14,86
Nova Veneza
332,92 487,72
46,50
569,93
16,86
Orleans
350,14 493,88
41,05
576,45
16,72
Siderópolis
481,73 640,05
32,86
664,64
3,84
Treviso
448,75 571,98
27,46
892,68
56,07
Urussanga
488,67 647,63
32,53
722,34
11,54
Média AMREC
445,11 637,22
43,16
717,99
12,68
Média SC
661,57 725,77
9,70
799,96
10,22
‘ Fonte: RAIS 2001, 2002 e 2003..
Figura 27 -
Gráfico comparativo da média salarial de 2001 e 2002 da região da
AMREC
1000
900
800
700
600
500
400
300
an
ga
o
Ur
us
s
Tr
ev
is
a
O
rle
an
s
Si
de
ró
po
l is
Ve
ne
z
aç
a
No
va
Fu
m
ul
le
r
M
or
ro
da
M
Iç
ar
a
La
ur
o
lh
in
ha
a
iú
m
Fo
rq
ui
Cr
ic
Co
ca
ld
o
Su
l
200
100
0
2001
2002
2003
F
Fonte: RAIS 2001 e 2002.
67
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
A tabela 29 apresenta o grau de instrução por municípios da região da AMREC em
2003. Os municípios de Cocal do Sul (11,8%) e Criciúma (11,1%) possuem a maior
participação relativa de empregados com nível superior completo ou em andamento. O
maior índice de analfabetismo verificou-se também em Criciúma e a maior parte da
população da região como um todo apresenta o segundo grau completo (25,7%).
% 4.serie
incompleta
% 4.serie
completo
% 8.serie
incompleto
% 8.serie
completo
% 2.grau
incompleto
% 2.grau
completo
% superior
incompleto
% superior
completo
Total
Grau de instrução por municípios da região da AMREC em 2003.
% Analfabeto
Tabela 29 -
Cocal do Sul
0,1
1,44
6,72
8,74
17,3
19,3
28,1
6,52
11,8
3.066
Criciúma
0,5
2,64
8,21
15,3
19,7
10,8
27,7
4,16
11,1
41.097
Forquilhinha
0,3
3,05
15
20,6
18,3
11,5
23,6
2,69
4,97
3.905
Içara
0,7
2,29
9,29
24,5
24,8
9,21
21,2
2,5
5,5
7.872
Lauro Muller
0,3
4,8
20,4
14,5
17,8
7,48
27,4
2,19
5,22
1.418
Morro da
Fumaça
0,4
9,41
22,5
21,9
14,3
7,85
14,6
3,32
5,64
3.974
Nova Veneza
0,3
1,56
13,2
21
23,9
16,8
17,6
2,13
3,4
4.935
Orleans
0,4
4,87
14,7
14,2
13,3
8,03
33,7
3,74
7,04
4.460
Siderópolis
0,2
2,73
8,89
17
22,1
17
21,4
2,44
8,23
2.418
Treviso
0,1
3,77
16,8
18,2
25,6
7,99
21,3
2,11
4,11
901
Urussanga
0,1
3,86
11,1
15,9
16,9
11,7
29,1
4,38
6,91
4.039
Total
0,4
3,1
10,5
17
19,7
11,2
25,7
3,72
8,76
78.085
Município
Fonte: RAIS 2003.
68
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
1.8 Segmentos Econômicos Estratégicos Identificados
A partir da metodologia utilizada, identificaram-se os segmentos econômicos
estratégicos para a região da AMREC. Os segmentos econômicos de maior relevância
foram agrupados em cinco setores. Isto não significa que a totalidade dos segmentos
econômicos da região da AMREC foi identificada e analisada. Cabe ressaltar que este
capítulo faz parte da metodologia de Desenvolvimento Tecnológico Regional – DTR,
com objetivo de contribuir como fonte de informações para a realização de painéis
temáticos e na análise tecnológica da cadeia produtiva estratégica.
Os segmentos econômicos estratégicos identificados são apresentados a seguir:
Tabela 30 -
Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos dos
Segmentos Econômicos da AMREC em 2001.
Atividades Econômicas
Valor Adicionado
(R$)
Empregados Estabelecimentos
Metalurgia Básica, Fabricação de Produtos de
Metal, Máquinas e Equipamentos.
13.576.988,00
3.862
576
Extração e Fabricação de Produtos de Minerais
não-Metálicos
401.664.382,00
6.310
418
Fabricação de Produtos Têxteis e Confecção de
Artigos do Vestuário.
82.428.108,00
7.523
1046
Extração de Carvão Mineral, Fabricação de
Produtos Químicos, Material Plástico e
Coquerias.
380.679.366,00
8.303
283
Fabricação de Produtos Alimentícios e Bebidas
79.711.278,00
2.209
269
Fonte: elaborado a partir do próprio documento.
Com base nos dados formais de emprego, estabelecimentos e valor adicionado, podese considerar o setor de Extração e Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos
o mais significativo na região, pelo montante de valor adicionado gerado, embora não
seja o que apresenta maior número de empregados da região. As atividades
relacionadas à
Extração de Carvão Mineral, Fabricação de Produtos Químicos,
Material Plástico e Coquerias também destacam-se em relação aos outros setores.
Informações mais detalhadas sobre cada um deste setores serão expostas no
decorrer deste trabalho.
69
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
1.8.1 Metodologia
de
Identificação
de
Segmentos
Econômicos
Estratégicos
A metodologia de Identificação de Segmentos Econômicos Estratégicos4 utiliza-se do
Quociente Locacional para identificar os segmentos econômicos mais relevantes na
região em comparação ao Estado de Santa Catarina e, do Gini Locacional para
apresentar a distribuição espacial das mesmas na região de aplicação da metodologia.
Primeiramente será apresentada uma breve classificação dos cinco segmentos
analisados, considerando, com base em dados secundários, os setores que mais
contribuem com o Valor Adicionado para a região, bem como o número de
empregados e de estabelecimentos, caracterizando, dessa forma a relevância de cada
um deles na região da AMREC.
Na etapa seguinte, calcula-se o Quociente Locacional – QL para as variáveis número
de empregados e número de estabelecimentos para três séries históricas da região de
aplicação em comparação ao Estado de Santa Catarina. Neste caso, utilizou-se a
base de informações da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) fornecida pelo
Ministério de Trabalho e Emprego para os anos de 1999 a 2001 no terceiro nível do
CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). Como resultado têm-se os
segmentos econômicos que apresentam maior relevância em comparação ao Estado
de Santa Catarina.
O Quociente Locacional compara a participação percentual de uma região em um
setor particular com a participação percentual da mesma região no total da variávelbase da economia nacional (HADDAD, 1989, p. 232).
4
A metodologia utilizada é uma variação da proposta na dissertação de mestrado “Metodologia
de Identificação de Atividades Econômicas Potenciais” Florianópolis: PPGEP/UFSC, 2004, de
Rafael Ernesto Kieckbusch. Maiores informações sobre o Quociente Locacional e Gini
Locacional ver a referida dissertação.
70
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Quociente locacional do setor i na região j é dada pela seguinte fórmula:
Eij
Ei.
E. j
QLij =
E..
Onde:
Eij
Variável-base do setor i da região j.
Ei.
Somatório da variável-base dos setores da região j.
E. j
Somatório da variável-base dos setores i da economia nacional.
E..
Somatório da variável-base dos setores da economia nacional.
Se o valor do quociente locacional for maior do que 1 isto significa que a região é
relativamente mais importante, no contexto nacional, em termos de setor, do que em
termos gerais de todos os setores.
Em seguida, será apresentado o cálculo do Gini Locacional – GL para a variável
número de empregados na região de aplicação em uma série de três anos. Neste
caso, utilizou-se a base da RAIS como mencionado no QL.
Além do método gráfico, outra alternativa de se calcular o Gini Locacional é através de
uma fórmula, conforme (Traistaru & Iara, 2002, p. 7-8), é dada por::
⎤
2 ⎡m
GINI = 2 ⎢∑ D j C j − C ⎥
m C ⎣ j =1
⎦
C
i
71
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Onde:
sijC
Cj =
sj
1 m
C = ∑C j
m j =1
Além disso, entende-se:
j
Região de aplicação da fórmula.
m
Número de sub-regiões da região de aplicação da
fórmula.
Indica a posição da região em ordem decrescente de
Dj
Cj , Calculado a partir da participação relativa de Cj
no total de Cj .
S ijC =
Sj =
Eij
=
Ei
Ej
E
=
Eij
∑ j Eij
∑ Eij
∑ ∑ Eij
i
i
j
Como a distribuição da variável-base do setor i na
região j no total da variável-base do setor i.
Como a distribuição do total da variável-base da
região j no total da variável base.
A partir da equação do coeficiente de concentração industrial a partir do Gini é
possível calcular o Gini Locacional sem a necessidade do uso do gráfico. Isto é, esta
equação calcula o α. Desta forma, a aplicação da fórmula torna-se mais prática e
rápida, ou seja, basta multiplicar por dois o valor do α que se tem o Gini Locacional.
Os valores variam entre zero e um. Estando mais próximo de zero, menos
concentrado é aquele setor no território e, mais próximo de um, mais concentrado esta
atividade será. Após o calculo do Gini Locacional, fez-se o agrupamento dos
segmentos econômicos em setores, de forma a se ter uma análise por possível
aglomeração ou cadeia produtiva, utilizando-se um conjunto de variáveis (número de
empregados, número de estabelecimentos, valor adicionado e tamanho dos
estabelecimentos) em tabelas para os segmentos econômicos.
72
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Na última etapa, fez-se uma análise das informações obtidas de dados secundários e,
em alguns casos, utilizaram-se outras bases de dados para complementar as
informações identificadas.
Na tabela de tamanho dos estabelecimentos, adotou-se a seguinte divisão:
ƒ
Micro: até quatro empregados;
ƒ
Pequeno: de cinco a quarenta e nove empregados;
ƒ
Médio: de cinqüenta e quatrocentos e noventa e nove empregados;
ƒ
Grande: mais de quinhentos empregados.
73
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
1.8.2 Metalurgia Básica, Fabricação de Produtos de Metal, Máquinas e
Equipamentos.
Dos cinco setores selecionados este é o que apresenta o menor valor adicionado no
ano de 2001, o que não ofusca sua significância para a região. A tabela 31 a seguir
apresenta os índices de Quociente Locacional
de empregados, por atividades
econômicas da região da AMREC. As atividades relacionadas à Siderurgia, à
Fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada e à Fabricação de
máquinas e equipamentos de uso na extração mineral e construção se apresentam
duas vezes mais concentradas na região do que no restante do Estado de Santa
Catarina no decorrer dos anos analisados.
Tabela 31 -
Quociente Locacional de Empregados, por atividades econômicas,
na região da AMREC.
Atividades Econômicas
Quociente Locacional de Empregados
1998
1999
2000
2001
2002
Siderurgia
1,9108
2,1144
2,3119
2,4321
2,0096
Metalurgia de metais não-ferrosos
0,8599
0,7334
0,4538
0,7334
0,7931
Fundição
2,0168
0,5353
0,9261
0,9886
1,0324
Fabricação de estruturas metálicas e obras de
caldeiraria pesada
1,7210
1,9608
1,9668
1,7817
2,3248
Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e serviços de
tratamento de metais
2,1192
1,7136
1,2970
1,2307
1,3732
Fabricação de artigos de cutelaria, de serralheria e
ferramentas manuais
1,9549
1,2859
2,0909
1,3653
1,4921
Fabricação de produtos diversos de metal
0,6760
0,5944
0,4628
0,7514
0,8470
Fabricação de motores, bombas, compressores e
equipamentos de transmissão
0,1013
0,1873
0,1911
0,4689
0,4997
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral
0,8708
0,9231
1,0355
0,9792
0,8610
Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos
para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos
animais
1,4206
1,3549
1,6666
1,1432
1,0790
Fabricação de máquinas-ferramentas
1,3854
2,0138
1,1328
0,8836
0,8989
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso na
extração mineral e construção
2,1466
4,8137
12,5406
2,5518
2,7867
Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso
específico
1,2145
1,3745
0,9876
1,0371
1,0477
Fabricação de eletrodomésticos
0,2596
0,3945
0,4942
0,5019
0,5969
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
74
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Tabela 32 -
Quociente Locacional de Estabelecimentos, por atividades
econômicas, na região da AMREC.
Quociente Locacional de
Estabelecimentos
Atividades Econômicas
1998
1999
2000
2001
2002
Siderurgia
2,5155
2,3090
0,9715
2,0437
1,8058
Metalurgia de metais não-ferrosos
1,6770
1,5775
1,3751
1,1817
1,4577
Fundição
2,3216
2,0964
2,5774
2,7971
2,9900
Fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria
pesada
0,8975
0,8503
0,9547
0,9845
1,1126
Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e serviços de
tratamento de metais
1,1772
1,3466
1,4128
1,6159
1,7785
Fabricação de artigos de cutelaria, de serralheria e
ferramentas manuais
1,2900
1,2291
1,3898
1,4085
1,6324
Fabricação de produtos diversos de metal
1,6162
1,7238
1,7612
1,8035
1,7345
Fabricação de motores, bombas, compressores e
equipamentos de transmissão
1,7701
1,8770
1,4367
1,4650
2,1444
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral
1,2656
1,6464
1,8166
1,9603
1,8483
Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos
para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos
animais
1,2530
1,1989
1,3533
1,1280
0,8962
Fabricação de máquinas-ferramentas
0,6927
1,8472
0,6939
0,5604
0,6216
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso na
extração mineral e construção
4,2484
4,1562
8,5005
6,7974
6,1270
Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso
específico
0,8961
1,4192
1,3567
1,1980
1,3145
Fabricação de eletrodomésticos
0,6373
0,4055
0,3778
0,7721
0,4085
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
Na tabela 32 estão expostos os índices de Quociente Locacinal de estabelecimentos
por setores econômicos da região, onde destaca-se a fabricação de máquinas e
equipamentos de uso na extração mineral e construção, que se encontram seis vezes
mais concentradas que o índice do Estado como um todo.
75
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
A tabela 33 apresenta os índices de Gini Locacional por atividades econômicas na
região da AMREC. Como foi definido na metodologia, quanto mais próximo de zero for
o índice, menos concentrado na território em questão é o setor. Nota-se, observando a
tabela, que apenas as atividades ligadas à fabricação de máquinas e equipamentos de
uso na extração mineral e construção se apresenta concentrado no território. A maioria
das atividades apresentaram baixa concentração do índice de Gini Locacional.
Tabela 33 -
Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Gini Locacional
Atividades Econômicas
1998
1999
2000
2001
2002
Distribuição
Espacial
Siderurgia
0,9944
0,9941
-
-
-
-
Metalurgia de metais não-ferrosos
0,1963
0,2145
0,5546
0,3687
0,1337
Baixa
Concentração
Fundição
0,1568
0,0952
0,1504
0,1470
0,1887
Baixa
Concentração
Fabricação de estruturas metálicas e
obras de caldeiraria pesada
0,0569
0,0671
0,0471
0,0347
0,0418
Regular
Forjaria, estamparia, metalurgia do pó
e serviços de tratamento de metais
0,1991
0,1044
0,0887
0,1690
0,1808
Baixa
Concentração
Fabricação de artigos de cutelaria, de
serralheria e ferramentas manuais
0,2528
0,2423
0,2991
0,2480
0,0865
Baixa
Concentração
Fabricação de produtos diversos de
metal
0,0583
0,1033
0,0964
0,0575
0,0832
Baixa
Concentração
Fabricação de motores, bombas,
compressores e equipamentos de
transmissão
0,8215
0,7361
0,9066
0,6558
0,6169
Baixa
Concentração
Fabricação de máquinas e
equipamentos de uso geral
0,1232
0,1266
0,0659
0,0462
0,0576
Baixa
Concentração
Fabricação de tratores e de máquinas
e equipamentos para a agricultura,
avicultura e obtenção de produtos
animais
0,6128
0,4834
0,5218
0,2302
0,1821
Baixa
Concentração
Fabricação de máquinas-ferramentas
0,5490
0,3509
0,7428
0,5501
0,5035
Super
Concentrado
Fabricação de máquinas e
equipamentos de uso na extração
mineral e construção
0,7665
0,8981
0,8750
0,4203
0,3803
Concentrado
Fabricação de outras máquinas e
equipamentos de uso específico
0,2571
0,2145
0,3568
0,1697
0,1636
Baixa
Concentração
-
-
-
-
-
-
Fabricação de eletrodomésticos
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
76
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
A figura 28 apresenta o Mapa temático, por atividades econômicas, das atividade
pertencentes à Cadeia Produtiva de Metalurgia Básica, Fabricação de Produtos de
Metal, Máquinas e Equipamentos.
Observando a figura percebemos que as maiores participações de empregados na
região foi observado nas atividades ligadas à fundição, que apresenta alto índice de
participação de trabalhadores, ou seja, 5% a 10% dos trabalhadores de Nova Veneza
estão ocupados nessa atividade. O município de Forquilhinha apresenta índice médio
de participação de trabalhadores (2,5% à 5%) nas atividades de forjaria, estamparia,
metalurgia do pó e serviços de tratamento de metais. As demais atividades analisadas
pertencentes à essa Cadeia Produtiva apresentam participação baixa e muito baixa
nos municípios da AMREC.
A faixas seguem o seguinte princípio:
ƒ
Zero: nenhum emprego registro;
ƒ
Super baixo: até 1% de empregados do município;
ƒ
Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;
ƒ
Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;
ƒ
Alto: de 5% a 10% de empregados do município
ƒ
Super alto: acima de 10% de empregados do município.
77
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Orleans
(4)
(0)
(0)
(0)
(0)
Super Baixo
Baixo
Médio
Alto
Super Alto
78
Forquilhinha
Içara
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso Urussanga
Siderópolis Cocal do Sul
(7)
Nulo
Participação Empregados
Metalurgia de metais não-ferrosos
Forquilhinha
(0)
(1)
Super Alto (0)
Médio
Alto
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Içara
(5)
Super Baixo (4)
Baixo
(1)
Nulo
Participação Empregados
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso Urussanga
Siderópolis Cocal do Sul
Lauro Muller
Orleans
Fundição
Mapa temático, por atividades econômicas, de Metalurgia Básica, Fabricação de Produtos de Metal, Máquinas e
Equipamentos.
Lauro Muller
Figura 28 -
Içara
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Forquilhinha
(3)
(7)
(1)
(0)
Alto
(0)
Super Alto (0)
Nulo
Super Baixo
Baixo
Médio
Participação Empregados
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso Urussanga
Siderópolis Cocal do Sul
Lauro Muller
Orleans
Forquilhinha
Içara
(4)
(6)
(0)
(1)
Alto
(0)
Super Alto (0)
Nulo
Super Baixo
Baixo
Médio
79
Participação Empregados
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso Urussanga
Siderópolis Cocal do Sul
Lauro Muller
Orleans
Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e serviços de tratamento de metais
Mapa temático, por atividades econômicas, de Metalurgia Básica, Fabricação de Produtos de Metal, Máquinas e
Equipamentos.
Fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada
Figura 28 -
80
Forquilhinha
Içara
(4)
(7)
(0)
(0)
Alto
(0)
Super Alto (0)
Nulo
Super Baixo
Baixo
Médio
Participação Empregados
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso Urussanga
Siderópolis Cocal do Sul
Lauro Muller
Orleans
Forquilhinha
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Içara
(4)
(5)
(1)
(1)
Alto
(0)
Super Alto (0)
Nulo
Super Baixo
Baixo
Médio
Participação Empregados
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso Urussanga
Siderópolis Cocal do Sul
Lauro Muller
Orleans
Fabricação de produtos diversos de metal
Mapa temático, por atividades econômicas, de Metalurgia Básica, Fabricação de Produtos de Metal, Máquinas e
Equipamentos.
Fabricação de artigos de cutelaria, de serralheria e ferramentas manuais
Figura 28 -
Içara
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Forquilhinha
(3)
(5)
(3)
(0)
Alto
(0)
Super Alto (0)
Nulo
Super Baixo
Baixo
Médio
Participação Empregados
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso Urussanga
Siderópolis Cocal do Sul
Lauro Muller
Orleans
Forquilhinha
Içara
(7)
(2)
(2)
(0)
Alto
(0)
Super Alto (0)
Nulo
Super Baixo
Baixo
Médio
81
Participação Empregados
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso Urussanga
Siderópolis Cocal do Sul
Lauro Muller
Orleans
Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura,
avicultura e obtenção de produtos animais
Mapa temático, por atividades econômicas, de Metalurgia Básica, Fabricação de Produtos de Metal, Máquinas e
Equipamentos.
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral
Figura 28 -
82
Forquilhinha
Içara
(6)
(4)
(1)
(0)
Alto
(0)
Super Alto (0)
Nulo
Super Baixo
Baixo
Médio
Participação Empregados
Forquilhinha
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Içara
(7)
(2)
(2)
(0)
Alto
(0)
Super Alto (0)
Nulo
Super Baixo
Baixo
Médio
Participação Empregados
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso Urussanga
Siderópolis Cocal do Sul
Lauro Muller
Orleans
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 2002.
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso Urussanga
Siderópolis Cocal do Sul
Lauro Muller
Orleans
Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico
Mapa temático, por atividades econômicas, de Metalurgia Básica, Fabricação de Produtos de Metal, Máquinas e
Equipamentos.
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso na extração mineral e construção
Figura 28 -
Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades
econômicas, na região da AMREC.
% da Região
% 99/02
2002
% da região
% 00/02
Empregados
2002
(R$ 1,00)
Valor Adicionado
Estabelecimentos
Tabela 34 -
Siderurgia
250.039,00
0,02%
-17,63%
145
0,19%
68,60%
2
Metalurgia de metais não-ferrosos
440.640,00
0,03%
-96,09%
44
0,06%
51,72%
13
7.615.597,00
0,54%
85,50%
698
0,92%
67,39%
61
-
-
-
595
0,79%
85,36%
74
358.708,00
0,03%
-84,27%
364
0,48%
21,74%
48
2.465.683,00
0,17%
67,75%
133
0,18%
54,65%
55
93.814,00
0,01%
440,12%
370
0,49%
50,41%
110
Fabricação de motores, bombas,
compressores e equipamentos de
transmissão
-
-
-
236
0,31%
218,92%
12
Fabricação de máquinas e equipamentos de
uso geral
-
-
-
294
0,39%
36,11%
71
Fabricação de tratores e de máquinas e
equipamentos para a agricultura, avicultura e
obtenção de produtos animais
-
-
-
136
0,18%
7,09%
14
Fabricação de máquinas-ferramentas
-
-
-
54
0,07%
-20,59%
5
Fabricação de máquinas e equipamentos de
uso na extração mineral e construção
-
-
-
294
0,39%
36,11%
71
Fabricação de outras máquinas e
equipamentos de uso específico
-
-
-
326
0,43%
3,82%
39
2.352.507,00
0,17%
39,47%
173
0,23%
67,96%
1
Atividades Econômicas
Fundição
Fabricação de estruturas metálicas e obras
de caldeiraria pesada
Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e
serviços de tratamento de metais
Fabricação de artigos de cutelaria, de
serralheria e ferramentas manuais
Fabricação de produtos diversos de metal
Fabricação de eletrodomésticos
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de
Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.
Como evidencia a tabela 34, as atividades ligadas à fundição apresentam o maior
valor adicionado frente às demais atividades selecionadas, apresentando também o
maior número de trabalhadores em 2001. As atividades relacionadas à fabricação de
produtos diversos de metal apresentaram um crescimento na geração de valor
adicionado de (440%) de 1999 à 2002. Essa atividade apresenta também o maior
número de estabelecimentos em 2001 na área da AMREC.
83
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Tabela 35 -
Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades
econômicas, na região da AMREC em 2002.
Valor
Adicionado per
capita (R$ 1,00)
Média Salarial
-
R$ 444,18
160.397,93
R$ 286,81
9.946,92
R$ 437,54
Fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada
313,18
R$ 493,05
Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e serviços de tratamento de
metais
14.433,64
R$ 512,13
Fabricação de artigos de cutelaria, de serralheria e ferramentas
manuais
10.352,67
R$ 463,00
80,39
R$ 453,67
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral
-
R$ 537,32
Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a
agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais
-
R$ 657,89
Fabricação de máquinas-ferramentas
-
R$ 629,06
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso na extração
mineral e construção
-
R$ 598,52
Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico
-
R$ 768,02
10.427,27
R$ 350,12
Atividades Econômicas
Siderurgia
Metalurgia de metais não-ferrosos
Fundição
Fabricação de produtos diversos de metal
Fabricação de motores, bombas, compressores e equipamentos
de transmissão
Fabricação de eletrodomésticos
Fonte: elaborado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002 e Secretaria de
Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1998 a 2002.
A tabela 35 apresenta a valor adicionado per capita e a média salarial das atividades
analisadas da Cadeia Produtiva em questão. Observando os dados, podemos notar o
expressivo valor adicionado per capita das atividades ligadas à metalurgia de metais
não-ferrosos (R$ 160.397,93). O menor valor foi observado nas atividades de
fabricação de produtos diversos do metal (R$ 80,39). A maior média salarial das
atividades que compõem essa cadeia verificam-se na fabricação de outras máquinas e
equipamentos de uso específico (R$ 768,02).
A tabela 36 apresenta o tamanho dos estabelecimentos por empregados e por
municípios, ou seja, mostra a porcentagem dos empregados presentes nos grupos de
empresas (micro, pequena, média, grande). Mostra também a participação dos
diferentes
tamanhos
de
estabelecimentos
sobre
o
total
dos
números
de
estabelecimentos na região. Nota-se a partir dos dados a inexistência de grandes
estabelecimentos em todos os setores. As atividades de siderurgia concentram-se em
84
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
médias empresas. As demais atividades variam entre micro, pequeno e médio
estabelecimentos.
Tabela 36 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e
Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.
Pequeno
Médio
Grande
Micro
Pequeno
Médio
Grande
Estabelecimentos (%)
Micro
Empregados (%)
Siderurgia
0,00
0,00
100,00
0,00
0,00
0,00
100,00
0,00
Metalurgia de metais não-ferrosos
19,23
80,77
0,00
0,00
84,62
15,38
0,00
0,00
Fundição
6,75
57,67
35,58
0,00
57,38
37,70
4,92
0,00
Fabricação de estruturas metálicas e
obras de caldeiraria pesada
11,38
26,11
62,51
0,00
72,97
24,32
2,70
0,00
Forjaria, estamparia, metalurgia do pó
e serviços de tratamento de metais
11,55
45,77
42,68
0,00
72,92
22,92
4,17
0,00
Fabricação de artigos de cutelaria, de
serralheria e ferramentas manuais
32,04
67,96
0,00
0,00
89,09
10,91
0,00
0,00
Fabricação de produtos diversos de
metal
16,28
83,72
0,00
0,00
73,64
26,36
0,00
0,00
Fabricação de motores, bombas,
compressores e equipamentos de
transmissão
2,13
42,55
55,32
0,00
66,67
16,67
16,67
0,00
Fabricação de máquinas e
equipamentos de uso geral
18,50
57,14
24,36
0,00
78,87
19,72
1,41
0,00
Fabricação de tratores e de máquinas e
equipamentos para a agricultura,
avicultura e obtenção de produtos
animais
5,03
38,19
56,78
0,00
71,43
21,43
7,14
0,00
Fabricação de máquinas-ferramentas
19,72
80,28
0,00
0,00
60,00
40,00
0,00
0,00
Fabricação de máquinas e
equipamentos de uso na extração
mineral e construção
23,68
76,32
0,00
0,00
60,00
40,00
0,00
0,00
Fabricação de outras máquinas e
equipamentos de uso específico
6,34
60,00
33,66
0,00
66,67
30,77
2,56
0,00
Fabricação de eletrodomésticos
0,00
0,00
100,00
0,00%
0,00
0,00
100,00
0,00
Atividades Econômicas
Fonte: elaborado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2002.
85
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
1.8.3 Extração e Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos
O conjunto das atividades que formam essa Cadeia Produtiva geram o maior valor
adicionado das cadeias selecionadas (R$ 401.664.382,00), o que retrata a importância
dessa Cadeia Produtiva para a região da AMREC.
A tabela 37 a seguir apresenta o Quociente Locacional de empregados por atividades
econômicas da região. Nota-se que em todas as atividades há uma concentração
maior que a observada no restante do Estado como um todo, em especial a extração
de outros minerais não-metálicos e a fabricação de produtos cerâmicos, que
apresentam essa concentração quatro vezes maior que em Santa Catarina.
Tabela 37 -
Quociente Locacional de Empregados, por atividades econômicas,
na região da AMREC.
Atividades Econômicas
Quociente Locacional de Empregados
1998
1999
2000
2001
2002
Extração de pedra, areia e argila
1,4261
1,6263
2,6098
2,2942
2,3642
Extração de outros minerais não-metálicos
5,1458
5,5722
5,1062
4,3875
4,8507
Fabricação de artefatos de concreto, cimento,
fibrocimento, gesso e estuque
3,3281
2,7756
2,9369
2,7395
3,0476
Fabricação de produtos cerâmicos
4,9900
4,9402
5,0842
4,6452
4,8083
Aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros
produtos de minerais não-metálicos
2,5631
2,9386
3,7273
3,0878
2,9820
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
O Quociente Locacional de estabelecimentos por atividade econômica está expresso
na tabela 38 onde destaca-se a concentração das atividades ligadas à fabricação de
produtos cerâmicos, que se mostra três vezes mais concentrados que no restante do
Estado de Santa Catarina.
86
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Tabela 38 -
Quociente Locacional de Estabelecimentos, por atividades
econômicas, na região da AMREC.
Quociente Locacional de Estabelecimentos
Atividades Econômicas
1998
1999
2000
2001
2002
-
-
-
-
-
Extração de outros minerais não-metálicos
3,7485
3,2936
3,7283
3,5891
2,8330
Fabricação de artefatos de concreto, cimento,
fibrocimento, gesso e estuque
1,2255
1,3778
1,4390
1,2674
1,3364
Fabricação de produtos cerâmicos
3,7601
3,4936
3,3371
3,4712
3,5120
Aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros
produtos de minerais não-metálicos
1,5931
1,5166
1,6777
1,5328
1,5639
Extração de pedra, areia e argila
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
A tabela 39 apresenta os índices de Gini Locacional por atividades econômicas na
região da ADR–AMREC. Nota-se, através da observação dos dados que as atividades
ligadas à fabricação de produtos cerâmicos, ao aparelhamento de pedras e fabricação
de cal e de outros produtos de minerais não-metálicos encontram-se super
concentradas, segundo a metodologia utilizada, indicando que essas atividades estão
super concentradas no território em questão.
Tabela 39 -
Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Gini Locacional
Atividades Econômicas
1998
1999
2000
2001
2002
Distribuição
Espacial
Extração de pedra, areia e argila
0,0458
0,1325
0,2235
0,2251
0,2073
Baixa
Concentração
Extração de outros minerais nãometálicos
0,5263
0,4319
0,4692
0,6934
0,8360
Baixa
Concentração
-
-
-
-
-
-
Fabricação de produtos cerâmicos
3,7601
3,4936
3,3371
3,4712
3,5120
Super
Concentrado
Aparelhamento de pedras e fabricação
de cal e de outros produtos de
minerais não-metálicos
1,5931
1,5166
1,6777
1,5328
1,5639
Super
Concentrado
Fabricação de artefatos de concreto,
cimento, fibrocimento, gesso e
estuque
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
87
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
A figura 29 apresenta o mapa temático das atividades pertencentes à Cadéia
Produtiva de Extração e Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos, por
municípios da região, onde nota-se a presença mais atuantes de tais atividades. A
extração de pedra, areia e argila apresenta índice médio de participação de
trabalhadores em Içara, indicando que de 2,5% a 5% dos trabalhadores desse
município dedicam-se a essa atividade. No município de Morro da Fumaça observouse o mesmo índice para as atividades ligadas à extração de outros minerais nãometálico.
A fabricação de produtos cerâmicos está presente na maioria dos municípios da
região, apresentando índice de participação de trabalhadores super alto (mais de 10%)
em Cocal do Sul e Morro da Fumaça, Alto em Urussanga e
Içara e médio em
Criciúma e Lauro Muller.
O aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros produtos de minerais nãometálicos apresentam índice médio de participação de trabalhadores em Nova
Veneza, os demais municípios apresentam índice de participação de trabalhadores
baixo e muito baixo para várias das atividades mencionadas (vide figura 29 para mais
detalhes).
A faixas seguem o seguinte princípio:
ƒ
Zero: nenhum emprego registro;
ƒ
Super baixo: até 1% de empregados do município;
ƒ
Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;
ƒ
Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;
ƒ
Alto: de 5% a 10% de empregados do município
ƒ
Super alto: acima de 10% de empregados do município.
88
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Orleans
Urussanga
Içara
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Forquilhinha
Siderópolis Cocal do Sul
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso
Nulo
(6)
Super Baixo (3)
Baixo
(1)
Médio
(1)
Alto
(0)
Super Alto (0)
Participação Empregados
Extração de pedra, areia e argila
Urussanga
Nulo
(8)
Super Baixo (2)
Baixo
(0)
Médio
(1)
Alto
(0)
Super Alto (0)
Participação Empregados
Forquilhinha
Içara
Siderópolis Cocal do Sul
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso
Lauro Muller
Orleans
Extração de outros minerais não-metálicos
Mapa temático, por atividades econômicas, de Extração e Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos
Lauro Muller
Figura 29 -
89
Urussanga
Nulo
(4)
Super Baixo (3)
Baixo
(4)
Médio
(0)
Alto
(0)
Super Alto (0)
Participação Empregados
90
Forquilhinha
Içara
Siderópolis Cocal do Sul
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso
Lauro Muller
Orleans
Urussanga
Nulo
(2)
Super Baixo (3)
Baixo
(0)
Médio
(2)
Alto
(2)
Super Alto (2)
Participação Empregados
Forquilhinha
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Içara
Siderópolis Cocal do Sul
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso
Lauro Muller
Orleans
Fabricação de produtos cerâmicos
Mapa temático, por atividades econômicas, de Extração e Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos
Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque
Figura 29 -
Urussanga
Nulo
(5)
Super Baixo (4)
Baixo
(1)
Médio
(1)
Alto
(0)
Super Alto (0)
Participação Empregados
Içara
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 2002.
Forquilhinha
Siderópolis Cocal do Sul
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso
Lauro Muller
Orleans
Aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros produtos de minerais não-metálicos
Mapa temático, por atividades econômicas, de Extração e Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Figura 29 -
91
Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades
econômicas, na região da AMREC.
% da Região
% 99/02
2002
% da região
% 00/02
Empregados
2002
(R$ 1,00)
Valor Adicionado
Estabelecimentos
Tabela 40 -
Extração de pedra, areia e
argila
3.569.745,00
0,25%
-67,04%
319
0,42%
99,38%
38
Extração de outros minerais
não-metálicos
3.601.047,00
0,25%
2006,61%
135
0,18%
-8,78%
18
Fabricação de artefatos de
concreto, cimento,
fibrocimento, gesso e estuque
43.654.776,00
3,08%
184,83%
834
1,10%
29,70%
86
Fabricação de produtos
cerâmicos
350.741.125,00
24,74%
40,37%
4735
6,25%
0,98%
243
97.689,00
0,01%
-77,29%
287
0,38%
36,67%
33
Atividades Econômicas
Aparelhamento de pedras e
fabricação de cal e de outros
produtos de minerais nãometálicos
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de
Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.
A tabela 40 apresenta o valor adicionado de 2002 bem como informações sobre
empregados e estabelecimentos das atividades que compõem essa Cadeia Produtiva
em 2001. A fabricação de produtos cerâmicos gera (R$ 350.741.125,00) de valor
adicionado.
Estas
atividades
também
apresentam
o
maior
número
de
estabelecimentos em relação às demais relacionadas.
A tabela 41 a seguir apresenta o valor adicionado per capita e a média salarial, por
atividades econômicas da região da AMREC em 2002. As atividades ligadas ao
aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros produtos de minerais nãometálicos apresentam o maior valor adicionado per capita (R$ 387,30). A maior média
salarial verifica-se nas atividades de extração de outros minerais não-metálicos.
92
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Tabela 41 -
Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades
econômicas, na região da AMREC em 2002.
Valor Adicionado per
capita (R$ 1,00)
Média
Salarial
Extração de pedra, areia e argila
R$ 24.730,63
R$ 848,92
Extração de outros minerais não-metálicos
R$ 20.097,36
R$ 1.124,50
Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento,
gesso e estuque
R$ 33.307,38
R$ 632,71
Fabricação de produtos cerâmicos
R$ 59.711,06
R$ 653,29
R$ 387,30
R$ 479,09
Atividades Econômicas
Aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros
produtos de minerais não-metálicos
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002 e Secretaria de
Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1998 a 2002.
Com a exceção da fabricação de produtos cerâmicos que apresenta aproximadamente
(17%) dos empregados trabalhando em grandes estabelecimentos, que representam
(0,41%) do total dos estabelecimentos da região, as demais atividades distribuem-se
entre os estabelecimentos micro, pequeno e médios, como demonstra a tabela 42.
Tabela 42 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e
Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.
Pequeno
Médio
Grande
Micro
Pequeno
Médio
Grande
Estabelecimentos (%)
Micro
Empregados (%)
Extração de pedra, areia e argila
4,92
12,30
82,77
0,00
86,84
10,53
2,63
0,00
Extração de outros minerais não-metálicos
3,45
53,79
42,76
0,00
72,22
22,22
5,56
0,00
Fabricação de artefatos de concreto,
cimento, fibrocimento, gesso e estuque
5,06
37,20
57,73
0,00
67,44
29,07
3,49
0,00
Fabricação de produtos cerâmicos
4,73
35,15
42,98
17,14
52,67
41,15
5,76
0,41
Aparelhamento de pedras e fabricação de
cal e de outros produtos de minerais nãometálicos
7,36
32,18
60,46
0,00
72,73
21,21
6,06
0,00
Atividades Econômicas
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2002.
93
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
1.8.4 Fabricação de Produtos Têxteis e Confecção de Artigos do
Vestuário.
A Cadeia Produtiva das atividades de Fabricação de Produtos Têxteis e Confecção de
Artigos do Vestuário apresenta o maior número de empregados e estabelecimentos
dentre as selecionadas neste documento, caracterizando a predominância de
pequenas propriedades.
A tabela 43 a seguir apresenta os índices de Quociente Locacional de empregados,
por atividades econômicas de região de AMREC, onde observamos que as atividades
de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, por terceiros e a confecção de
artigos do vestuário apresentam concentração superior à observada no Estado de
Santa Catarina como um todo.
Tabela 43 -
Quociente Locacional de Empregados, por atividades econômicas,
na região da AMREC.
Quociente Locacional de Empregados
Atividades Econômicas
1998
1999
2000
2001
2002
Acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, por
terceiros
1,3083
1,2853
0,8490
1,3437
1,3772
Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exceto
vestuário - e de outros artigos têxteis
1,1266
0,9033
0,6254
0,3906
0,4709
Fabricação de tecidos e artigos de malha
0,3313
0,3261
0,4284
0,2871
0,3650
Confecção de artigos do vestuário
1,7042
1,7461
1,7610
1,6154
1,7311
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
A tabela 44 expressa o índice de Quociente Locacional dos estabelecimentos, por
setores de atividades e assim como o índice de empregados, as atividades de
acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, por terceiros e a confecção de artigos
do vestuário apresentam concentração superior à média estadual.
94
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Tabela 44 -
Quociente Locacional de Estabelecimentos, por atividades
econômicas, na região da AMREC.
Quociente Locacional de
Estabelecimentos
Atividades Econômicas
1998
1999
2000
2001
2002
Acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, por
terceiros
1,4382
0,9003
1,1148
1,3193
1,5460
Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos exceto vestuário - e de outros artigos têxteis
0,5494
0,3918
0,3291
0,3504
0,2012
Fabricação de tecidos e artigos de malha
0,7022
0,8299
0,8680
0,7410
0,7849
Confecção de artigos do vestuário
1,6174
1,7304
1,7215
1,7077
1,7113
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
A tabela 45 apresenta os índice de Gini Locacional das atividades pertencentes à essa
cadeia, onde observa-se uma distribuição super concentrada para atividades de
Fabricação de tecidos e artigos de malha e concentrada na confecção de artigos do
vestuário.
Tabela 45 -
Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Gini Locacional
Atividades Econômicas
1998
1999
2000
2001
2002
Distribuição
Espacial
Acabamento em fios, tecidos e
artigos têxteis, por terceiros
0,7353
0,7454
0,5524
0,2495
0,2443
Baixa
Concentração
Fabricação de tecidos e artigos de
malha
0,0914
0,0778
0,2506
0,3574
0,5474
Super
Concentrado
Confecção de artigos do vestuário
0,0614
0,0697
0,0402
0,0397
0,0346
Concentrado
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
A figura 30 a seguir apresenta um esboço das atividades pertencentes à Cadeia
Produtiva genérica do Têxtil e Vestuário, identificando as atividades e componentes
dos insumos, a infra-estrutura e outros serviços relacionados, o setor de
transformação e os aspectos mercadológicos, interno e externo dos produtos.
95
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
96
Cadeia Produtiva Genérica do Têxtil e Vestuário.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Fonte: Fonte: adaptado do SEBRAE pelo Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina.
Figura 30 -
A faixas seguem o seguinte princípio:
ƒ
Zero: nenhum emprego registro;
ƒ
Super baixo: até 1% de empregados do município;
ƒ
Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;
ƒ
Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;
ƒ
Alto: de 5% a 10% de empregados do município
ƒ
Super alto: acima de 10% de empregados do município.
97
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
98
Urussanga
Nulo
(8)
Super Baixo (1)
Baixo
(0)
Médio
(2)
Alto
(0)
Super Alto (0)
Participação Empregados
Forquilhinha
Içara
Siderópolis Cocal do Sul
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso
Lauro Muller
Orleans
Urussanga
Nulo
(10)
Super Baixo (1)
Baixo
(0)
Médio
(0)
Alto
(0)
Super Alto (0)
Participação Empregados
Forquilhinha
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Içara
Siderópolis Cocal do Sul
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso
Lauro Muller
Orleans
Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exceto vestuário - e de
outros artigos têxteis
Mapa temático, por atividades econômicas, de Fabricação de Produtos Têxteis e Confecções.
Acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, por terceiros
Figura 31 -
Urussanga
Nulo
(9)
Super Baixo (2)
Baixo
(0)
Médio
(0)
Alto
(0)
Super Alto (0)
Participação Empregados
Içara
Urussanga
Nulo
(1)
Super Baixo (0)
Baixo
(2)
Médio
(3)
Alto
(2)
Super Alto (3)
Participação Empregados
Forquilhinha
Içara
Siderópolis Cocal do Sul
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso
Lauro Muller
Orleans
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 2002.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Forquilhinha
Siderópolis Cocal do Sul
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso
Lauro Muller
Orleans
Confecção de artigos do vestuário
Mapa temático, por atividades econômicas, de Fabricação de Produtos Têxteis e Confecções.
Fabricação de tecidos e artigos de malha
Figura 31 -
99
Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades
econômicas, na região da AMREC.
% da Região
% 99/02
2002
% da região
% 99/02
Empregados
2002
(R$ 1,00)
Valor Adicionado
Estabelecimentos
Tabela 46 -
464.085,00
0,03%
-81,00%
361
0,48%
46,15%
31
Fabricação de artefatos têxteis a
partir de tecidos - exceto
vestuário - e de outros artigos
têxteis
3.785.623,00
0,27%
316,16%
292
0,39%
-1,68%
53
Fabricação de tecidos e artigos
de malha
1.932.699,00
0,14%
-67,43%
235
0,31%
8,29%
28
Confecção de artigos do vestuário
76.245.701,00
5,38%
72,72%
6635
8,76%
29,89%
934
Atividades Econômicas
Acabamento em fios, tecidos e
artigos têxteis, por terceiros
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de
Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.
Dentre as atividades pertencentes à essa Cadeia Produtiva, as de confecção de
artigos do vestuário são as que apresentam maior valor adicionado, valor este que
corresponde a (5,38%) do valor adicionado da AMREC, são também as que
apresentam maior valor adicionado, bem como o maior número de estabelecimentos.
O valor adicionado das atividades de fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos
- exceto vestuário - e de outros artigos têxteis cresceu (316,16%) no período que
compreende os anos de 1999 à 2002.
Tabela 47 -
Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades
econômicas, na região da AMREC em 2002.
Valor Adicionado per
capita (R$ 1,00)
Média
Salarial
Acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, por terceiros
R$ 10.692,78
R$ 263,29
Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exceto
vestuário - e de outros artigos têxteis
R$ 6.083,26
R$ 311,55
Fabricação de tecidos e artigos de malha
R$ 10.591,96
R$ 324,00
Atividades Econômicas
Confecção de artigos do vestuário
R$ 246,57
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002 e Secretaria de
Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1998 a 2002.
A tabela 47 apresenta o valor adicionado per capita e a média salarial das atividades
dessa cadeia, entretanto não foi possível identificar o valor adicionado per capita das
100
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
atividades relacionadas à confecção de artigos do vestuário, o que deixa prejudicada a
análise comparativa das atividades. A maior média salarial verificou-se nas atividades
de fabricação de tecidos e artigos de malha.
Tabela 48 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e
Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.
Pequeno
Médio
Grande
Micro
Pequeno
Médio
Grande
Estabelecimentos (%)
Micro
Empregados (%)
Acabamento em fios, tecidos e artigos
têxteis, por terceiros
13,09
56,31
30,60
0,00
61,29
35,48
3,23
0,00
Fabricação de artefatos têxteis a partir
de tecidos - exceto vestuário - e de
outros artigos têxteis
0,00
100,00
0,00
0,00
50,00
50,00
0,00
0,00
Fabricação de tecidos e artigos de
malha
2,65
15,88
81,47
0,00
67,86
21,43
10,71
0,00
Confecção de artigos do vestuário
6,63
42,67
39,03
11,68
79,23
17,67
3,00
0,11
Atividades Econômicas
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2002.
Como mostra a tabela 48, apenas as atividades de confecção de artigos do vestuário
apresentam grandes estabelecimentos, embora seja apenas (0,11%) dos mesmos. A
maioria dos empregados envolvidos na fabricação de tecidos e artigos de malha e na
confecção de artigos do vestuário trabalham em estabelecimentos de porte médio.
101
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
1.8.5 Extração de Carvão Mineral, Fabricação de Produtos Químicos,
Material Plástico e Coquerias.
As atividades dessa Cadeia Produtiva somam juntas o segundo maior valor adicionado
da região da AMREC e possuem também o maior número de trabalhadores
envolvidos.
O Quociente Locacional de empregados, por setor econômico da região estão
expostos na tabela 49 a seguir, onde destaca-se as atividades relacionadas
à extração de carvão mineral e as de coquerias, que apresentam concentração
superior à 15 e 16 vezes, rerspectivamente, à observada no Estado de Santa Catarina
como um todo.
A fabricação de resinas e elastômeros e de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e
produtos afins também apresentam destaque, a medida que apresentam o índice
superior a seis. A fabricação de produtos e preparados químicos diversos também
apresentam concentração superior a quatro vezes à obsrevada em Santa Catarina.
Tabela 49 -
Quociente Locacional de Empregados, por atividades econômicas,
na região da AMREC.
Atividades Econômicas
Quociente Locacional de Empregados
1998
1999
2000
2001
2002
Extração de carvão mineral
16,6185
16,6605
16,9812
15,4798
16,0543
Fabricação de produtos químicos inorgânicos
1,5407
1,1117
1,4484
0,1261
0,4049
Fabricação de produtos químicos orgânicos
2,2710
4,2716
Fabricação de resinas e elastômeros
6,0561
4,5796
16,2155
6,4926
6,5250
Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e
produtos afins
9,4918
8,9038
5,8838
6,6012
6,7018
Fabricação de produtos e preparados químicos
diversos
4,9900
4,8521
5,7687
5,0245
4,2611
Fabricação de artigos de borracha
0,6023
0,7256
0,3556
0,6157
0,7289
Fabricação de produtos de material plástico
3,4789
3,4954
3,2530
3,2454
3,2436
Coquerias
16,6543
16,7919
16,0937
15,7677
15,6999
0,2399
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
102
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Tabela 50 -
Quociente Locacional de Estabelecimentos, por atividades
econômicas, na região da AMREC.
Atividades Econômicas
Quociente Locacional de Estabelecimentos
1998
1999
2000
2001
2002
15,1143
14,6689
13,7455
13,5775
13,5736
Fabricação de produtos químicos inorgânicos
-
-
-
-
-
Fabricação de produtos químicos orgânicos
-
-
-
-
-
Fabricação de resinas e elastômeros
3,9828
2,7708
4,6366
3,1584
2,8593
Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e
produtos afins
3,7050
3,2812
2,9249
3,6480
3,6290
Fabricação de produtos e preparados químicos
diversos
3,5217
3,4557
3,5930
3,4913
3,4311
Fabricação de artigos de borracha
1,2041
1,4041
1,0948
1,2408
1,2072
Fabricação de produtos de material plástico
1,9189
1,9514
1,8056
1,9155
1,9084
Coquerias
15,9313
15,7498
15,3009
15,5427
14,8161
Extração de carvão mineral
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
Os índices de Quociente Locacional de estabelecimentos expressos na tabela 50
também evidenciam a alta concentração das atividades de extração de carvão mineral
e coquerias em relação ao Estado catarinense.
O índice de Gini Locacional expresso na tabela 51 mostra a distribuição das atividades
dentro da região, onde o índice próximo a 1 (um) reflete uma alta concentração em
algum, ou alguns municípios da região. Dentre as atividade selecionadas para essa
Cadeia Produtiva, a que apresenta maior concentração são as relacionadas à
fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins que apresentam a
distribuição espacial super concentrada. A fabricação de produtos químicos
inorgânicos e as atividades ligadas à coquerias apresentam-se concentradas na
região. As demais atividades apresentam baixa concentração.
103
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Tabela 51 -
Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Gini Locacional
Atividades Econômicas
1998
1999
2000
2001
2002
Distribuição
Espacial
Extração de carvão mineral
0,1929
0,1073
0,0569
0,0701
0,0633
Baixa
Concentração
Fabricação de produtos químicos
inorgânicos
0,9312
0,9638
1,0000
-
0,2622
Concentrado
Fabricação de produtos químicos
orgânicos
-
-
-
-
-
-
Fabricação de resinas e elastômeros
-
-
0,9887
-
-
-
Fabricação de tintas, vernizes,
esmaltes, lacas e produtos afins
0,3310
0,2966
0,5811
0,5977
0,6714
Super
Concentrado
Fabricação de produtos e
preparados químicos diversos
0,1324
0,3152
0,1959
0,1520
0,1482
Baixa
Concentração
Fabricação de artigos de borracha
0,2393
0,2494
0,1891
0,0739
0,2295
Baixa
Concentração
Fabricação de produtos de material
plástico
0,0787
0,0855
0,0860
0,0835
0,0847
Baixa
Concentração
Coquerias
0,4393
0,8471
0,2232
0,3061
0,2503
Concentrado
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
A figura 32 apresenta o mapa temático, por setores, das atividades que pertencem a
Cadeia Produtiva em questão, onde observa-se que a extração de carvão mineral
apresenta índice de participação de empregados super alto em Lauro Muller
Siderópolis e Forquilhinha, o que significa que mais de (10%) dos trabalhadores
desses municípios dedicam-se a essas atividades. Em Treviso o índice de participação
é alto (5% a 10% dos trabalhadores do município).
Em Siderópolis o índice de participação de trabalhadores envolvidos na fabricação de
tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins é alto. As fabricação de produtos e
preparados químicos diversos apresenta, no município de Morro da Fumaça índice
médio de participação de empregados, (2,5% a 5% dos mesmos).
A fabricação de produtos de material plástico apresenta índice super alto de
participação de trabalhadores em Orleans, Urussanga e Içara, ou seja, mais de (10%)
dos trabalhadores destes municípios dedicam à fabricação de material plástico.
104
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
A faixas seguem o seguinte princípio:
ƒ
Zero: nenhum emprego registro;
ƒ
Super baixo: até 1% de empregados do município;
ƒ
Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;
ƒ
Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;
ƒ
Alto: de 5% a 10% de empregados do município
ƒ
Super alto: acima de 10% de empregados do município.
105
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Orleans
Urussanga
106
Forquilhinha
Içara
(1)
(3)
(0)
Médio
Alto
Super Alto
(2)
Baixo
Siderópolis Cocal do Sul
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso
(3)
Super Baixo (2)
Nulo
Participação Empregados
Extração de carvão mineral
Urussanga
Forquilhinha
(1)
(0)
(0)
(0)
Baixo
Médio
Alto
Super Alto
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Içara
(7)
Super Baixo (3)
Nulo
Participação Empregados
Siderópolis Cocal do Sul
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso
Lauro Muller
Orleans
Coquerias
Mapa temático, por atividades econômicas, de Fabricação de Produtos Químicos e de Material Plástico, e Coquerias.
Lauro Muller
Figura 32 -
Orleans
Urussanga
Alto
Super Alto
Içara
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Forquilhinha
Siderópolis Cocal do Sul
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso
Nulo
Super Baixo
Baixo
Médio
(0)
(0)
(8)
(3)
(0)
(0)
Participação Empregados
Fabricação de produtos químicos inorgânicos
Urussanga
Alto
Super Alto
Forquilhinha
Içara
(0)
(0)
Nulo
(10)
Super Baixo (1)
Baixo
(0)
Médio
(0)
107
Participação Empregados
Siderópolis Cocal do Sul
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso
Lauro Muller
Orleans
Fabricação de resinas e elastômeros
Mapa temático, por atividades econômicas, de Fabricação de Produtos Químicos e de Material Plástico, e Coquerias.
Lauro Muller
Figura 32 -
Urussanga
Alto
Super Alto
Nulo
Super Baixo
Baixo
Médio
108
Forquilhinha
Içara
(1)
(0)
(8)
(2)
(0)
(0)
Participação Empregados
Siderópolis Cocal do Sul
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso
Lauro Muller
Orleans
Urussanga
Alto
Super Alto
Nulo
Super Baixo
Baixo
Médio
Forquilhinha
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Içara
(0)
(0)
(5)
(4)
(1)
(1)
Participação Empregados
Siderópolis Cocal do Sul
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso
Lauro Muller
Orleans
Fabricação de produtos e preparados químicos diversos
Mapa temático, por atividades econômicas, de Fabricação de Produtos Químicos e de Material Plástico, e Coquerias.
Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins
Figura 32 -
Orleans
Urussanga
Alto
Super Alto
Içara
(0)
(0)
(7)
(4)
(0)
(0)
Urussanga
Alto
Super Alto
Nulo
Super Baixo
Baixo
Médio
Forquilhinha
Içara
(0)
(3)
(4)
(1)
(1)
(2)
109
Participação Empregados
Siderópolis Cocal do Sul
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso
Lauro Muller
Orleans
Fabricação de produtos de material plástico
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 2002.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Forquilhinha
Siderópolis Cocal do Sul
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso
Nulo
Super Baixo
Baixo
Médio
Participação Empregados
Fabricação de artigos de borracha
Mapa temático, por atividades econômicas, de Fabricação de Produtos Químicos e de Material Plástico, e Coquerias.
Lauro Muller
Figura 32 -
Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades
econômicas, na região da AMREC.
% da Região
% 99/02
2002
% da região
% 99/02
Empregados
2002
(R$ 1,00)
Valor Adicionado
Estabelecimentos
Tabela 52 -
188.357.258,00
13,29%
36,75%
2362
3,12%
-19,03%
72
Fabricação de produtos
químicos inorgânicos
1.314.015,00
0,09%
90,36%
7
0,01%
-63,16%
7
Fabricação de produtos
químicos orgânicos
-
-
-
1
0,00%
-96,55%
2
Fabricação de resinas e
elastômeros
-
-
-
10
0,01%
233,33%
2
Fabricação de tintas, vernizes,
esmaltes, lacas e produtos
afins
31.862.630,00
2,25%
22,78%
470
0,62%
-16,22%
22
Fabricação de produtos e
preparados químicos diversos
-
-
-
553
0,73%
44,76%
43
Fabricação de artigos de
borracha
-
-
-
129
0,17%
53,57%
19
159.145.463,00
11,23%
50,82%
4566
6,03%
29,09%
97
-
-
-
205
0,27%
7,33%
19
Atividades Econômicas
Extração de carvão mineral
Fabricação de produtos de
material plástico
Coquerias
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de
Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.
A tabela 52 apresenta o valor adicionado das atividades pertencentes à essa Cadeia
Produtiva no ano de 2001, bem como o número de empregados e de
estabelecimentos. A coleta de alguns dados do valor adicionado estavam
indisponíveis, o que prejudicou a análise, entretanto, observando os dados disponíveis
notamos que o maior valor adicionado verificou-se na extração de carvão mineral,
seguido das atividades de fabricação de produtos de material plástico, atividade esta
que comporta também o maior número de estabelecimentos desta cadeia.
O valor adicionado per capita das atividades de fabricação de produtos químicos e
inorgânicos é o maior, sendo registrado (R$ 3.221.926,00) A maior média salarial
verificou-se também nas atividade relacionadas à extração de carvão, mineral (R$
797,84), conforme indica a tabela 53.
110
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Tabela 53 -
Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades
econômicas, na região da AMREC em 2002.
Atividades Econômicas
Extração de carvão mineral
Fabricação de produtos químicos inorgânicos
Fabricação de produtos químicos orgânicos
Fabricação de resinas e elastômeros
Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e
produtos afins
Fabricação de produtos e preparados químicos
diversos
Fabricação de artigos de borracha
Fabricação de produtos de material plástico
Coquerias
Valor Adicionado per capita (R$
1,00)
Média
Salarial
R$ 84.354,97
R$ 797,84
R$ 3.221.926,00
R$ 180,05
R$ 144.822,00
R$ 400,00
-
R$ 162,79
R$ 101.622,63
R$ 842,18
R$ 6.589,14
R$ 134,71
R$ 386,30
R$ 498,62
R$ 29.906,27
R$ 572,76
-
R$ 626,57
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002 e Secretaria de
Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1998 a 2002.
As atividades ligadas à fabricação de produtos químicos inorgânicos e à fabricação de
produtos químicos orgânicos apresentam (100%) dos trabalhadores em micro
empresas. A extração de carvão mineral apresenta(1,39%) de estabelecimentos de
grande porte e (11,11%) dos estabelecimentos classificados como de médio porte, que
incorporam a maior participação de trabalhadores (53,13%) dos mesmos. A fabricação
de produtos de material plástico também apresenta um pequeno número de grandes
estabelecimentos (1,03%). As demais atividades distribuem-se em estabelecimentos
de micro, pequeno e médio porte, como pode-se observar na tabela 54.
111
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Tabela 54 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e
Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.
Pequeno
Médio
Grande
Micro
Pequeno
Médio
Grande
Estabelecimentos (%)
Micro
Empregados (%)
0,75
18,53
53,13
27,59
59,72
27,78
11,11
1,39
Fabricação de produtos químicos
inorgânicos
100,00
0,00
0,00
0,00
100,00
0,00
0,00
0,00
Fabricação de produtos químicos
orgânicos
100,00
0,00
0,00
0,00
100,00
0,00
0,00
0,00
Fabricação de resinas e elastômeros
0,00
100,00
0,00
0,00
50,00
50,00
0,00
0,00
Fabricação de tintas, vernizes,
esmaltes, lacas e produtos afins
1,84
18,86
79,30
0,00
63,64
22,73
13,64
0,00
Fabricação de produtos e
preparados químicos diversos
5,14
23,19
71,67
0,00
69,77
18,60
11,63
0,00
Fabricação de artigos de borracha
13,14
86,86
0,00
0,00
63,16
36,84
0,00
0,00
Fabricação de produtos de material
plástico
0,66
12,63
73,82
12,88
50,52
27,84
20,62
1,03
Coquerias
8,47
52,42
39,11
0,00
73,68
21,05
5,26
0,00
Atividades Econômicas
Extração de carvão mineral
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2002.
112
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
1.8.6 Fabricação de Produtos Alimentícios e Bebidas.
A tabela 55 a seguir apresenta os índices de Quociente Locacional de empregados,
por atividades econômicas da região da AMREC no período que compreende os anos
de 1998 à 2002. Foram selecionadas três atividades relacionadas à essa cadeia,
sendo que a moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas
para animais são as que apresentam índice mais elevado.
Tabela 55 -
Quociente Locacional de Empregados, por atividades econômicas,
na região da AMREC.
Atividades Econômicas
Quociente Locacional de Empregados
1998
1999
2000
2001
2002
Abate e preparação de produtos de carne e de pescado
0,8156
0,0425
0,0599
0,0427
0,4544
Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações
balanceadas para animais
1,2857
1,2331
1,4001
1,3296
1,3345
Fabricação de outros produtos alimentícios
1,0232
1,0563
0,9409
0,8388
0,8513
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
O Quociente Locacional de estabelecimentos expresso na tabela 56 evidencia que as
atividades de moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas
para animais e a fabricação de outros produtos alimentícios apresentam concentração
pouco superior à observada no Estado de Santa Catarina como um todo.
Tabela 56 -
Quociente Locacional de Estabelecimentos, por atividades
econômicas, na região da AMREC.
Quociente Locacional de
Estabelecimentos
Atividades Econômicas
1998
1999
2000
2001
2002
Abate e preparação de produtos de carne e de pescado
0,6779
0,6016
0,6348
0,5094
0,5694
Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações
balanceadas para animais
1,1701
1,0534
1,0409
1,0798
1,1753
Fabricação de outros produtos alimentícios
1,1008
1,1459
1,0759
1,0511
1,1869
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
O índice de Gini Locacional mostra a distribuição das atividades dentro da região da
AMREC. A tabela 57 mostra uma distribuição espacial concentrada para as atividades
relacionadas ao abate e preparação de produtos de carne e de pescado, baixa para a
moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas para animais e
regular para a fabricação de outros produtos alimentícios.
113
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Tabela 57 -
Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Gini Locacional
Atividades Econômicas
1998
1999
2000
2001
2002
Distribuição
Espacial
Abate e preparação de produtos de
carne e de pescado
0,5889
0,0567
0,1323
0,0508
0,4152
Concentrado
Moagem, fabricação de produtos
amiláceos e de rações balanceadas
para animais
0,1631
0,1398
0,1451
0,1471
0,1344
Baixa
Concentração
Fabricação de outros produtos
alimentícios
0,0409
0,0466
0,0417
0,0472
0,0342
Regular
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
A figura 33 a seguir apresenta o mapa temático das atividades pertencentes à Cadeia
Produtiva de Fabricação de Produtos Alimentícios e Bebidas. O abate e preparação de
produtos de carne e de pescado apresenta índice de participação de empregados
super alto em Forquilhinha, ou seja, mais de (10%) dos trabalhadores do município
dedicam-se a essas atividades. A moagem, fabricação de produtos amiláceos e de
rações balanceadas para animais apresenta-se, em Morro da Fumaça com índice alto
(5% a 10%) de participação e médio em Forquilhinha (2,5% a 5%). A fabricação de
outros produtos alimentícios está presente na maioria dos municípios da região,
entretanto, apresentando índices de participação baixo e super baixo.
A faixas seguem o seguinte princípio:
ƒ
Zero: nenhum emprego registro;
ƒ
Super baixo: até 1% de empregados do município;
ƒ
Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;
ƒ
Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;
ƒ
Alto: de 5% a 10% de empregados do município
ƒ
Super alto: acima de 10% de empregados do município.
114
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Urussanga
Nulo
Super Baixo
Baixo
Médio
Alto
Super Alto
Içara
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Forquilhinha
(4)
(5)
(1)
(0)
(0)
(1)
Participação Empregados
Siderópolis Cocal do Sul
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso
Lauro Muller
Orleans
Urussanga
Nulo
Super Baixo
Baixo
Médio
Alto
Super Alto
Forquilhinha
Içara
(4)
(3)
(2)
(1)
(1)
(0)
115
Participação Empregados
Siderópolis Cocal do Sul
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso
Lauro Muller
Orleans
Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas para
animais
Mapa temático, por atividades econômicas, de Fabricação de Produtos Alimentícios e Bebidas.
Abate e preparação de produtos de carne e de pescado
Figura 33 -
116
Figura 33 -
Urussanga
Nulo
Super Baixo
Baixo
Médio
Alto
Super Alto
Içara
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 2002.
Forquilhinha
(2)
(8)
(1)
(0)
(0)
(0)
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
Participação Empregados
Siderópolis Cocal do Sul
Morro da Fumaça
Nova Veneza Criciúma
Treviso
Lauro Muller
Orleans
Fabricação de outros produtos alimentícios
Mapa temático, por atividades econômicas, de Fabricação de Produtos Alimentícios e Bebidas.
Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades
econômicas, na região da AMREC.
% da região
% 99/02
Fabricação de outros
produtos alimentícios
2002
Moagem, fabricação de
produtos amiláceos e de
rações balanceadas para
animais
% 99/02
Abate e preparação de
produtos de carne e de
pescado
% da Região
Atividades Econômicas
Empregados
2002
(R$ 1,00)
Valor Adicionado
Estabelecimentos
Tabela 58 -
74.853.225,00
5,28%
61,60%
1114
1,47%
1258,54%
23
609.646,00
0,04%
15,92%
523
0,69%
17,79%
52
4.248.407,00
0,30%
48,58%
572
0,76%
-5,45%
194
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado
da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.
A tabela 58 apresenta os valores adicionados gerado pelas três atividades selecionadas
para essa cadeia, onde evidencia-se a predominância das atividades relacionadas ao
abate e preparação de produtos de carne e de pescado, que gerou (R$ 74.853.225,00)
em 2002.
Estas atividades são também as que possuem o maior número de
trabalhadores. As atividades ligadas à fabricação de outros produtos alimentícios
possuem o maior número de estabelecimentos dentre as atividades listadas.
Tabela 59 -
Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades
econômicas, na região da AMREC em 2002.
Valor Adicionado per capita
(R$ 1,00)
Média
Salarial
Abate e preparação de produtos de carne e de pescado
R$ 146.577,05
R$ 554,77
Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações
balanceadas para animais
R$ 82.530,28
R$ 527,90
Fabricação de outros produtos alimentícios
R$ 5.567,85
R$ 217,21
Atividades Econômicas
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002 e Secretaria de Estado
da Fazenda de Santa Catarina de 1998 a 2002.
O abate e preparação de produtos de carne e de pescado são as atividades que
apresentam o maior valor adicionado per capita e também a maior média salarial,
117
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
conforme indica a tabela 59, dentre as atividades componentes da Cadeia Produtiva de
Produtos Alimentícios e Bebidas.
Com base na tabela 60, pode-se notar a predominância dos trabalhadores em micro e
pequenos estabelecimentos nas atividades de moagem, fabricação de produtos
amiláceos e de rações balanceadas para animais e fabricação de outros produtos
alimentícios. A maioria dos funcionários empregados no abate e preparação de produtos
de carne e de pescado encontram-se em grandes estabelecimentos. Contudo, nas três
atividades há um predomínio de micro estabelecimentos.
Tabela 60 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e
Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.
Pequeno
Médio
Grande
Micro
Pequeno
Médio
Grande
Estabelecimentos (%)
Micro
Empregados (%)
Abate e preparação de
produtos de carne e de
pescado
0,78%
12,54%
0,00%
86,68%
65,22%
30,43%
0,00%
4,35%
Moagem, fabricação de
produtos amiláceos e de
rações balanceadas para
animais
6,91%
59,81%
33,28%
0,00%
61,54%
34,62%
3,85%
0,00%
Fabricação de outros
produtos alimentícios
23,07%
66,60%
10,33%
0,00%
85,05%
14,43%
0,52%
0,00%
Atividades Econômicas
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2002.
118
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
1.8 Mapa de Oferta Tecnológica
A eficiência da aprendizagem tecnológica depende do nível de inteligência social
resultante do esforço educacional e da formação profissional dos trabalhadores.
Assim sendo, o sistema precisa formar profissionais polivalentes, com capacidade de
aprender continuamente. Não basta apenas o mero domínio da leitura e da escrita, “a
capacidade de entendimento de informações mais complexas e de comunicação é
essencial. No processo de apropriação de tecnologia, são necessários profissionais,
em todos os níveis, com capacidade de aprender e de tomar decisões”. 1
A análise da quantidade de estabelecimentos de ensino, de cursos técnicos,
profissionalizantes e de universidades em cada região, revela o cenário de possíveis
potencialidades e deficiências em relação ao desenvolvimento tecnológico, quando
analisado juntamente com outros dados, como índice de desenvolvimento humano,
número de empresas que essa mão-de-obra qualificada tem que atender, etc. Outro
ponto fundamental para avaliação deste item é a percepção que as lideranças
empresariais locais têm sobre a qualidade desta mão-de-obra.
1
SEBRAE; CNPq; IEL; EMBRAPA. Agropolo: uma proposta metodológica. Brasília: ABIPTI, 1999. 364 p. P. 36.
119
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2005 • ADRC
1.8.1 Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC – Campus
Criciúma
Inicialmente denominada FUCRI foi criada pela lei n. 697, de 22 de junho de 1968,
com cursos voltados para o Magistério e, com o crescimento do Sul do Estado, foram
criados outros, visando satisfazer a demanda empresarial. A FUCRI sofreu alteração
estatutária em 1973 e em 1988, e foi reconhecida de utilidade pública pelo Decreto
Federal n. 72454/73, pelo Decreto Estadual n. 4336/69 e pelo Decreto Municipal n.
723/69. A FUCRI iniciou suas atividades nas dependências do Colégio Madre Tereza
Michel, com o curso pré-vestibular. Em 1971 passou a funcionar na Escola Técnica
General Oswaldo Pinto da Veiga - SATC - e em junho de 1974 mudou para o atual
Campus Universitário, localizado no Bairro Universitário em Criciúma.
A FUCRI é a mantenedora da primeira escola de nível superior criada no Sul de Santa
Catarina. A entidade emergiu de um movimento comunitário regional que culminou
com a realização de um seminário de estudos pró-implantação do ensino superior no
Sul Catarinense. O evento contou com a participação de educadores, intelectuais,
políticos, magistrados, lideranças comunitárias da sociedade civil organizada e
imprensa.
Até setembro/91 a FUCRI, mantinha quatro Unidades de Ensino: A FACIECRI, a
ESEDE, a ESTEC e a ESCCA. Com o desencadeamento do Processo de
Universidade, algumas ações foram executadas. Entre elas, a unificação regimental e
a criação da UNIFACRI, União das Faculdades de Criciúma, resultante da integração
das quatro escolas.
Em novembro de 1991, foi protocolado na SENESU/MEC a Carta-Consulta com vistas
à transformação da FUCRI em Universidade: UNESC - Universidade do Extremo Sul
Catarinense. Também a aprovação pelo Conselho Estadual de Educação para
extensão, em Araranguá, dos cursos de Ciências Contábeis e Pedagogia a partir de
1992. Em 19 de fevereiro de 1993, o Conselho Estadual da Educação constituía a
Comissão de Acompanhamento, para efetivamente acompanhar o processo de
transformação em UNIVERSIDADE.
Em 03 de Junho de 1997 o Conselho Estadual da Educação aprova por
UNANIMIDADE o parecer do Conselheiro Relator e em sessão plenária dia 17 de
120
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2005 • ADRC
Junho de 1997, também por UNANIMIDADE aprova definitivamente a transformação
da FUCRI em UNESC, que definiu como missão "promover o desenvolvimento
regional para melhorar a qualidade do ambiente de vida".
Já no dia 11 de agosto daquele ano a Universidade recebeu sua homologação, que
equivale à "certidão de nascimento", assinada pelo secretário de Educação, João
Mattos, com a presença do vice-governador José Augusto Hülse. E no dia 18 de
novembro ocorreu a instalação oficial da Unesc, no Teatro Elias Angeloni, com a
participação de autoridades, empresários, professores, alunos e funcionários da
instituição.
Cursos de Graduação:
ƒ
Administração Comércio Exterior
ƒ
Fisioterapia
ƒ
Administração de Empresas
ƒ
Geografia
ƒ
Arquitetura e Urbanismo
ƒ
História
ƒ
Artes Cênicas
ƒ
Letras - Português e Espanhol
ƒ
Ciências da Computação
ƒ
Letras - Português e Inglês
ƒ
Ciências Biológicas
ƒ
Matemática
ƒ
Ciências Contábeis
ƒ
Medicina
ƒ
Direito
ƒ
Pedagogia
ƒ
Economia
ƒ
Psicologia
ƒ
Educação Física
ƒ
Secretariado Executivo
ƒ
Enfermagem
ƒ
Tecnologia em Cerâmica
ƒ
Engenharia Ambiental
ƒ
Tecnologia em Moda
ƒ
Engenharia Civil
ƒ
Tecnólogo em Automação
ƒ
Engenharia de Materiais
ƒ
Tecnólogo em Eletrônica
ƒ
Engenharia de Agrimensura
ƒ
Tecnólogo em Polímeros
ƒ
Farmácia
ƒ
Tecnólogo em Telecomunicações
121
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2005 • ADRC
1.8.2 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI de
Criciúma
O Centro de Educação e Tecnologia de Criciúma iniciou suas atividades em 10 de
abril de 1963. Suas atividades eram voltadas inteiramente ao ensino profissionalizante.
Mais tarde, em virtude do desenvolvimento industrial, foi implantado o ensino técnico
de segundo grau. Atualmente vem atuando em convênio com a Sociedade de
Assistência aos Trabalhadores do Carvão (SATC) promovendo e ampliando sua
assistência educacional e profissional, no sentido de melhorar os padrões sócioeconômicos das famílias dos empregados das empresas carboníferas e comunidade
catarinense. Atende também o segmento industrial realizando atividades de
assistência técnica e tecnológica .
Há outra atividade do Senai em Criciúma denominada Centro de Tecnologia em
Materiais, Instalado em Criciúma – SC, o maior pólo cerâmico do sul do país, o
CTCmat é um centro de pesquisa e de formação de recursos humanos. Iniciou suas
atividades em junho de 1995 com a missão de contribuir para a otimização e
modernização
dos
processos
industriais
e
organizacionais.
Sua instalação foi viabilizada por uma parceria inovadora envolvendo a FIESC
(Federação das Indústrias de Santa Catarina), através do SENAI (Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial); A UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina),
representada pelo LABMAT (Laboratório de Materiais); o Governo do Estado de Santa
Catarina e as indústrias cerâmicas, lideradas pelo SINDICERAM (Sindicato das
Indústrias Cerâmicas e Olarias de Criciúma).
O investimento já realizado em infra-estrutura física e de equipamentos é da ordem de
R$ 6 milhões. Uma planta piloto de fabricação de revestimentos cerâmicos faz parte
de suas dependências, e foi viabilizada a partir da aprovação de um projeto PADCTCEMAT.
Também conta com a estrutura de uma incubadora de empresas de base tecnológica,
viabilizada através do Projeto Pégaso, que envolveu o SENAI/SC, SEBRAE e o BID.
O CTCmat, a princípio chamado CTC, devido sua atuação somente no setor cerâmico,
teve sua origem no LABMAT do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC,
122
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2005 • ADRC
com a implantação em 1993 do LPCA (Laboratório de Produtos Cerâmicos Acabados).
O LPCA foi criado com a missão de viabilizar um sistema de certificação de qualidade
de produtos cerâmicos, iniciado em março de 1994, a nível nacional, com o Programa
de Certificação de Qualidade de Produtos, sob a coordenação do CCB (Centro
Cerâmico do Brasil), o qual fornece o Certificado de Qualidade NBR 13818 e ISO
13006.
Em 2000, com a reestruturação dos núcleos de negócio todos os laboratórios foram
incorporados
em
um
único,
o
LDCM
(Laboratório
de
Desenvolvimento
e
Caracterização de Materiais). Em abril de 1997, o LDCM – CPCA recebeu o
credenciamento do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial)
como laboratório pertencente a RBLE (Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio)
para a prestação de serviços laboratoriais.
Em 2002, devido as exigências do mercado nas áreas de polímeros e metais, o então
Centro de Tecnologia em Cerâmica teve sua atuação ampliada para as demais áreas
de materiais, por solicitação da comunidade empresarial da região, sendo renomeado
como Centro de Tecnologia em Materiais.
Neste ano, formalmente transformado em Centro de Tecnologia em Materiais, iniciou o
processo de transformação e adequação da estrutura, objetivando atender as demais
áreas de materiais, com a mesma qualidade e competência que vem atuando na área
cerâmica.
1.8.3 Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio – SENAC de
Criciúma.
São oferecidos atualmente no SENAC de Criciúma os seguintes cursos:
•
Momento de Decisão - Ser ou não ser Empresário
•
Montando seu Próprio Negócio
•
Como ter Uma Empresa Legal
•
Crédito e Fontes De Recursos Financeiros Gestão e Estratégias Financeiras - Ind.
Com.
•
Negociações Eficazes
123
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2005 • ADRC
•
Preparando A Empresa Para Vender Mais E Melhor - Ind. E Serviços
No setor de comércio é oferecido o curso de :
•
Vendas
1.8.4 Cursos Técnicos na Região de Criciúma e Cocal do Sul
O Colégio Maximiliano Gaidzinski faz parte do Projeto de Educação da Eliane, que tem
uma vocação natural para o ensino e o domínio tecnológico, cuja razão de ser é
voltada para a elevação do nível técnico das unidades cerâmicas através da
qualificação e especialização de mão-de-obra.
Numa visão geral, o CMG tem conquistado resultados extremamente satisfatórios. Já
são mais de 250 técnicos formados com a principal função de desempenhar técnicas
relacionadas com transformações físicas e químicas das matérias-primas e
acompanhar o processo de fabricação dos produtos cerâmicos. Estes técnicos atuam
em indústrias de revestimentos cerâmicos, indústrias de transformação de matériasprimas cerâmicas, representações comerciais de matérias-primas, instituições de
pesquisa, indústrias de cerâmica vermelha, indústrias de produtos refratários e outros,
onde já conquistaram os mais diversos cargos como: superintendentes, gerentes,
chefes de fábricas, técnicos especialistas, laboratoristas, programadores de produção,
assistentes comerciais, vendedores técnicos, assistentes de exportação, assistentes
de logística, assistentes de marketing, etc.
124
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2005 • ADRC
CAPÍTULO 2
•
CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO
125
CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC
2.1 Introdução
Este capítulo aborda as capacitações e o painel temático realizado pela equipe técnica
do IEL/SC na região da ADRC. Verifica-se que essas ações fazem parte das
metodologias de Estruturação de Agências de Desenvolvimento Regional (ADR) e
Desenvolvimento Tecnológico Regional (DTR).
São oferecidas, de acordo com a metodologia da ADR, as capacitações em Liderança
& Motivação para o Desenvolvimento Regional, Técnicas e Instrumentos de
Planejamento, Monitoria e Avaliação de Projetos (que aborda a elaboração e gestão).
O painel temático tem como objetivo subsidiar o processo como um todo através da
análise parcial de determinados segmentos da economia que não foram contemplados
no estudo principal da cadeia produtiva estratégica, mas que são de interesse da
região.
A seqüência metodológica consiste na identificação, análise da situação atual e
propostas de projetos para determinados segmentos da economia regional, onde as
escolhas dos segmentos se dão através da indicação dos próprios atores regionais,
baseado na análise dos segmentos econômicos estratégicos.
127
CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC
2.2 Capacitações
O objetivo das capacitações é instrumentalizar o grupo técnico da ADRC na liderança
e motivação regionais, na elaboração e na gestão de projetos. A metodologia é
composta por três capacitações vinculadas à estruturação da Agência, são elas:
Liderança & Motivação, Técnicas e Instrumentos de Planejamento e Monitoria e
Avaliação de Projetos. Essas capacitações visam preparar seus participantes para
identificar necessidades, estruturar, executar e acompanhar projetos em seus
ambientes de trabalho. Entre os objetivos específicos estão:
ƒ
Dominar técnicas de moderação de processos participativos no contexto de
programas e projetos;
ƒ
Desenvolver habilidades para a análise de situações e o desenho de alternativas
de intervenção junto a pontos carentes de ação;
ƒ
Dominar processos de estruturação de projetos – estratégico, operacional e
orçamentário;
ƒ
Deter conhecimentos sobre os métodos e instrumentos adaptados para a monitoria
e avaliação dos impactos de programas e projetos.
2.2.1 Liderança & Motivação para o Desenvolvimento Regional
A oficina de Liderança e Motivação para o Desenvolvimento Regional apresentou ao
corpo técnico da ADRC os principais conceitos, instrumentos e informações sobre
liderança e a motivação, com foco no desenvolvimento do relacionamento interpessoal
para aprimorar as competências adquiridas. Estiveram presente vinte e duas pessoas,
que representaram as instituições parceiras da ADRC. A capacitação ocorreu nos dias
19 e 20 de abril de 2004 com uma carga horária de 16 horas no auditório da CIDASC
em Criciúma. Ainda, no mesmo período, foram apresentados os conceitos e resultados
alcançados por algumas ADRs no Estado de Santa Catarina.
128
CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC
Foram abordados os seguintes temas:
ƒ
Conceitos de liderança e características de um líder;
ƒ
Liderança no contexto do desenvolvimento regional;
ƒ
Administrando pessoas, abordando instituições, organizações e grupos;
ƒ
Desafios dos líderes nas localidades;
ƒ
Instrumentos para viabilizar a cooperação regional.
2.2.2 Técnicas e Instrumentos de Planejamento, Monitoria e
Avaliação de Projetos
A capacitação em Técnicas e Instrumentos de Planejamento, Monitoria e Avaliação de
Projetos foi oferecida em duas etapas. A primeira compreendeu o período de 26 a 30
de julho de 2004 e a segunda foi entre os dias 23 a 27 de agosto de 2004 com uma
carga de 80 horas. Teve a participação de vinte integrantes da ADRC. O curso foi
ministrado pelo consultor Sr. Sérgio Cordioli, no município de Criciúma.
Esta oficina foi concebida visando instrumentalizar consultores que atuam no contexto
das Agências de Desenvolvimento Regional de Santa Catarina, buscando capacitá-los
no domínio de metodologias e instrumentos de planejamento, elaboração e gestão de
projetos. Assim, ao longo da oficina, procurou-se abordar princípios e instrumentos
que poderão ser utilizados na análise de situação – problemas e objetivos, desenho de
alternativas, elaboração do plano de ações, estruturação e gerenciamento de projetos.
Esta abordou os seguintes temas:
•
Enfoque participativo;
•
Visualização móvel;
•
Problematização;
•
Coleta e estruturação de idéias;
•
Visão sistêmica da gestão de um projeto;
129
CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC
•
Planejamento participativo – princípios e elementos (Ciclo de Planejamento e de
Execução de um Projeto);
•
Técnicas e instrumentos de planejamento participativo;
•
Análise de situação (Problemas, Potenciais, Ameaças e Oportunidades);
•
Definição de objetivos;
•
Desenho e análise de estratégias;
•
Elaboração de um planejamento operacional;
•
Estruturação e Avaliação de projetos de planejamento;
•
Análise de viabilidade de projetos;
•
Métodos e Instrumentos de Monitoria e Avaliação voltados aos impactos;
•
Elementos da gestão de um projeto.
Durante a capacitação os participantes se dividiram em três grupos e elaboraram os
seguintes projetos:
1. Desenvolvimento Turístico no Entorno da Barragem do Rio São Bento;
2. Aprenda a Planejar;
3. Observatório Econômico da Região Carbonífera Catarinense – OERC.
130
CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC
2.3 Painel Temático
Na região da ADRC foi realizado um painel temático com o tema da Indústria Química.
O Painel Temático é uma oportunidade para discutir pontos importantes sobre cada
segmento. A partir daí as partes interessadas passam a visualizar sua situação atual e
o que é possível fazer para o melhorar o desempenho do segmento. As ações de
continuidade identificadas e levantadas no painel temático ficam a cargo da ADRC.
2.3.1 Painel Temático da Indústria Química
O painel temático da indústria química ocorreu em 10 de novembro de 2004 dás 9 às
12 horas, com a participação de 13 integrantes (IEL/SC, ADRC, SEBRAE/SC e
empresários) e do moderador Ronaldo Cimetta do IEL/SC.
Considerações preliminares
Antes de levar adiante novos projetos de desenvolvimento é importante considerar o
cenário em que está inserido o ramo químico catarinense. Os esforços das
organizações envolvidas no desenvolvimento regional da AMREC precisam ser
analisados e alinhados, dentro das possibilidades existentes.
A partir da necessidade de complementaridade das ações de identificação da cadeia
produtiva prioritária e do elo principal, a atividade do Painel Temático da Indústria
Química é uma oportunidade para os interessados discutirem as questões
importantes do seu segmento. A partir dessas discussões, os interessados têm uma
visão sobre sua situação atual e do que é possível realizar para um melhor
desempenho.
Os fatores críticos que foram identificados, muitas vezes podem expressar apenas
sensações individuais, que não necessariamente serão questionadas quanto à sua
validade. Na verdade, podem demonstrar os ânimos e as tendências comportamentais
do grupo. Essas manifestações devem ser consideradas e analisadas futuramente.
Portanto, o resultado é fruto de conhecimento e experiências individuais dos
participantes deste painel e refletem uma versão da realidade expressa por eles.
Durante a identificação desses fatores críticos, foram agregados, na medida do
131
CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC
possível, conhecimentos técnicos e acadêmicos sobre o segmento para contribuir
com o processo de análise e elaboração positiva de objetivos e ações futuras.
Espera-se que as informações colhidas sejam úteis aos envolvidos e que possam
contribuir com a adequação e o desenvolvimento de novos projetos.
Fatores críticos do desenvolvimento da indústria química
Quais são os principais fatores que impulsionam e que restringem o desenvolvimento
da indústria química na região da AMREC?
Fatores restritivos:
ƒ
Ausência de recurso financeiro a custos acessíveis;
ƒ
Ausência de um destino aos resíduos industriais;
ƒ
Parque fabril da indústria cerâmica desatualizado;
ƒ
Carga tributária excessiva;
ƒ
Alto custo de frete;
ƒ
Inadimplência da indústria cerâmica;
ƒ
Obrigatoriedade do pagamento antecipado de impostos;
ƒ
Dificuldade de aquisição de matéria-prima importada;
ƒ
Distância geográfica do mercado consumidor e fornecedor;
ƒ
Ausência de fornecedor local de embalagens;
ƒ
Fabricação de produtos de baixo valor agregado;
ƒ
Dificuldade de mão-de-obra qualificada de tinteiros;
ƒ
Oscilação de cotas de produtos controlados;
ƒ
O segmento de coloríficos é dependente da indústria cerâmica;
ƒ
Ausência de cursos técnicos e de gestão voltados ao segmento;
132
CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC
ƒ
Ausência de vôos para São Paulo saindo da região;
ƒ
Informalidade dos compradores;
ƒ
Ausência de empresas qualificadas no tratamento de resíduos;
ƒ
A não duplicação da BR 101.
Fatores Impulsionadores:
ƒ
A indústria química possui fornecedores nacionais de matérias-primas;
ƒ
A região de AMREC dispõe de transportadoras rodoviárias;
ƒ
A região da AMREC é considerada Pólo Químico;
ƒ
A região de AMREC é considerada empreendedora;
ƒ
A mão-de-obra é comprometida;
ƒ
Baixa rotatividade do setor
ƒ
O inter-relacionamento das empresas;
ƒ
Custo baixo da mão-de-obra operacional;
ƒ
Imagem positiva das empresas do Sul;
ƒ
Boa qualidade de vida da região.
133
CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC
Tabela 61 -
Quadro com os objetivos e primeiras ações para os próximos 5 anos
Objetivos
Primeiras Ações
Obter Recursos Financeiros
Viabilizar uma instituição que favoreça os
recursos financeiros
Baixar Impostos
Criação de cesta básica da construção civil com a
redução de alíquota
Aumentar Prazo para Pagamento de
Impostos
Cobrança de impostos em prazo diferenciado e
de acordo com o pagamento
Qualificação de Mão-de-Obra
Buscar entidades e fornecedores para viabilizar
treinamentos
Preservação Meio Ambiente e Reutilização
de Resíduos Industriais
Desenvolver as empresas que possam viabilizar
este objetivo
Baixar Custo do Frete
Negociação conjunta com transportadora
Importar matérias-primas com custos
competitivos
Negociação conjunta das matérias-primas
Reduzir Custos com Embalagens
Viabilizar montadora de embalagens na região
Facilitar o Acesso à Região
Mobilização política
Melhorar Performance Tecnológica e
Liquidez do Setor Cerâmico
Realizar fórum para discussão desse tema
134
CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC
CAPÍTULO 3
•
ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA
135
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
3.1 Seção 1 - Introdução
O sucesso da implantação do processo de desenvolvimento regional exige mudanças de
comportamentos e atitudes das comunidades locais, que devem cooperar na busca de
objetivos comuns visando o desenvolvimento do território em função das suas
competências, habilidades e culturas existentes, objetivando o desenvolvimento através
da potencialização das vantagens competitivas e comparativas, bem como do ato de
eliminar ou, ao menos, amenizar as desvantagens existentes.
O intuito deste Diagnóstico Tecnológico Regional - DTR, fruto da união de esforços entre
o IEL/SC, SEBRAE/SC e demais parceiros locais, é identificar as vantagens e
desvantagens competitivas das empresas ligadas à de transformadoras de Plástico
localizadas na região da AMREC – Associação dos Municípios da Região Carbonífera.
Em função do resultado alcançado com este diagnóstico, pretende-se priorizar projetos
para o desenvolvimento de ações que visem o aumento da competitividade das
empresas do referido segmento.
Ao final do processo de diagnosticar e priorizar os projetos de desenvolvimento por parte
dos empresários, fazendo-os em conjunto com as lideranças da região, ficará a cargo da
Agência de Desenvolvimento – em parceria com outros atores locais, como por exemplo,
a Agência Regional de Articulação do Sebrae/SC, a Secretaria de Desenvolvimento
Regional - SDR, as prefeituras municipais que formam a AMREC, as Associações
Comerciais e Industriais da região, a SATC, o SENAI dentre outros – a concepção, o
planejamento e a elaboração dos projetos priorizados, bem como a possível gestão dos
mesmos.
A definição do segmento das Transformadoras do Plástico como sendo o segmento a ser
estudado mais profundamente, foi feita com base na metodologia do Desenvolvimento
Tecnológico Regional – DTR, exposta anteriormente e validada por parte de lideranças
da região.
Na seção 2, é descrita a metodologia utilizada para a realização das entrevistas e
avaliação do nível de competitividade das empresas entrevistadas.
A seção 3 apresenta os resultados obtidos com as entrevistas, bem como a estruturação
dos resultados de forma gráfica.
137
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
E finalmente, na seção 4, se apresentam as considerações finais e os indicativos de
projetos com potencial de serem desenvolvidos pela região, visando o aumento da
competitividade das empresas do segmento eleito.
3.2 Seção 2 - Metodologia Utilizada
Após a determinação do segmento considerado estratégico – Empresas Transformadoras
de Plástico, delimitou-se uma amostra significativa de empresas fabricantes, nas quais
foram realizadas entrevistas técnicas com os empreendedores com o intuito de
diagnosticar tecnologicamente o segmento.
Nestes encontros, com duração média de uma hora, foi aplicado um questionário que
avalia a situação da empresa e, conseqüentemente, a do segmento em quatro Fatores
Críticos de Sucesso e nas quatro faces do Diamante de Competitividade de Porter. O
questionário, ferramenta utilizada para coletar a informação na empresa, possui dois tipos
de indicadores, o quantitativo e o qualitativo.
O indicador quantitativo foi mensurado através do questionário cujo modelo é explicado
abaixo e foi formatado segundo um sistema de pontuação que varia de 1 a 5, conforme
mostra a Figura 34. A escala descreve três situações correspondentes às práticas
implantadas ou ao desempenho obtido pelas empresas. A nota 1 irá equivaler a 20% do
nível de prática implantada ou desempenho alcançado, a nota 3 irá equivaler a 60% do
nível de prática implantada ou desempenho alcançado e a nota 5 equivalerá a 100% do
nível de prática implantada ou desempenho alcançado. As notas 2 e 4 correspondem a
situações intermediárias entre as descritas e deverão ser escolhidas quando a empresa
apresentar características em ambas as colunas.
Para facilitar a análise dos resultados e torná-la didática são utilizados dois gráficos do
tipo Radar, sobre os quais estão expostos os resultados relativos aos Fatores Críticos de
Sucesso - FCS, bem como, os resultados da análise do Diamante de Competitividade de
Porter.
Assim, ambos os gráficos apresentam uma visão dos indicadores pontuados no
questionário, dispostos numa escala que varia de 0 a 100%. Esta variação é relativa à
pontuação destes indicadores no questionário, cuja escala está baseada em intervalos
que estão dispostos entre os números inteiros de 1 a 5, sendo, posteriormente,
transformada em porcentagem mediante a multiplicação por um fator igual a vinte. Desta
forma, a pontuação obtida pela empresa no questionário é multiplicada por vinte e estes
138
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
valores geram os percentuais possíveis nos gráficos, ilustrando os resultados da empresa
analisada.
1
Código
Nome do
indicador
2
Descrição 1
3
4
Descrição 2
5
Descrição 3
Pontos
3
Descrição 2 é a mais
apropriada para a
empresa. Logo, a
pontuação é 3.
Figura 34 -
Sistema de pontuação do questionário
3.2.1 Fatores Críticos de Sucesso
Matéria-prima
A matéria-prima, principalmente para o setor de plásticos, apresenta-se como fator
fundamental
para
atingir
uma
condição
desejada
que
possibilite
contribuir
consideravelmente para a competitividade das empresas do segmento. Para ponderar
sobre este fator, foram consideradas as questões apresentadas abaixo:
ƒ
Quais as principais matérias-primas que a empresa utiliza?
ƒ
Qual a principal procedência destas matérias-primas?
ƒ
Para a finalidade de uso na empresa, como é considerada a matéria-prima adquirida?
ƒ
Quais os principais defeitos das matérias-primas?
ƒ
Como é considerada a qualidade das matérias-primas disponíveis?
139
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Tecnologia – Máquinas
Como em todos os setores da atividade produtiva, a tecnologia disponível em termos de
equipamentos a preços razoáveis para a produção dos bens de consumo, representa um
Fator Crítico de Sucesso. Logo, nas entrevistas realizadas foram tratados os seguintes
aspectos:
ƒ
Como está a Organização no “Chão de Fábrica”?
ƒ
Qual o Grau de Mecanização do processo produtivo?
ƒ
Sobre os equipamentos, qual a idade média deles na empresa?
ƒ
Há necessidade de investimento em equipamentos? Estimativa de valor, quando for o
caso.
ƒ
Sobre o Sistema de Informação, quais os que são utilizados.
ƒ
Como e quando são efetuados os Serviços de Manutenção dos equipamentos e
máquinas, bem como nas instalações elétricas e hidráulicas?
Capacitação da Mão-de-obra
Este fator apresenta-se como decisivo para a competitividade do segmento, pois a
qualidade do produto depende, basicamente, do treinamento e qualidade da mão-de-obra
existente e por ser este o fator de uso mais intensivo na produção. Portanto, por ocasião
das entrevistas, foram abordadas as seguintes questões:
ƒ
Informações sobre os aspectos de Treinamento e Educação?
ƒ
Qual é o nível médio de Escolaridade dos empregados?
ƒ
Qual o tipo específico de profissional que as empresas mais precisam?
ƒ
Qual o treinamento adequado para os empresários, neste momento?
140
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Design – Desenvolvimento de Produtos – Inovação
Este fator é um dos que mais influencia o consumidor na hora de decidir pela compra de
um produto, decorrendo daí, uma parcela importante na formação do preço de mercado
auferido pelo produto. Logo, o ato de trabalhar a melhoria do design se mostra
indispensável para a evolução da competitividade e lucratividade do segmento:
ƒ
Quais as características relevantes do Investimento em P&D?
ƒ
Quais as características relevantes aplicadas no Desenvolvimento de Novos
Produtos?
ƒ
Quais são as fontes usuais de informação da empresa?
ƒ
Quais as Estratégias Tecnológicas que a empresa utiliza?
3.2.2 Diamante de Competitividade de Porter
Segundo Michael Porter (1993), o desenvolvimento sócio-econômico está diretamente
relacionado à competitividade territorial, a qual o autor denominou de Diamante de
Competitividade. Ainda segundo ele, a resposta reside em quatro atributos que,
individualmente ou como um sistema, definem o campo de ação que cada nação
estabelece e opera para suas indústrias:
Estratégia, Estrutura e Rivalidade entre as Empresas
É o contexto no qual as empresas são criadas, organizadas e dirigidas, e também como a
natureza da rivalidade interna da indústria se processa no ambiente competitivo.
ƒ
Qual o Conhecimento sobre a Concorrência?
ƒ
Como se efetiva a Estruturação dos Canais de Venda?
ƒ
Quais as principais ações em Planejamento de Marketing?
ƒ
O ambiente empresarial no qual a empresa opera tem mudado significativamente ao
longo dos últimos anos?
ƒ
Qual o Grau de Cooperação Atual entre as empresas do mesmo setor, com atuação
em âmbito local ou regional?
ƒ
Qual a principal dificuldade para melhorar a cooperação entre a sua empresa e as
demais do mesmo setor da região?
Condições dos Fatores
141
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
São os elementos necessários para se alcançar competitividade em qualquer ramo
industrial: terra cultivável, mão-de-obra, trabalhos, recurso naturais, capitais e infraestrutura.
ƒ
Como considera o relacionamento com as instituições existentes no território?
Condições de Demanda
Ela determina o rumo e o caráter da melhoria e inovação pelas empresas do território.
Três atributos gerais da demanda interna são significativos: a composição (natureza das
necessidades do comprador), o tamanho e padrão de crescimento e os mecanismos
pelos quais a preferência interna é transmitida aos mercados estrangeiros.
ƒ
Para quais regiões a empresa vende seus produtos diretamente?
ƒ
Especifique, em Reais, o quanto é vendido para cada região?
ƒ
Para quais clientes você vende a maior parte de sua produção?
ƒ
Quanto representa percentualmente sobre o total das vendas?
ƒ
A empresa elabora Estimativa de Demanda para o próximo ano?
ƒ
Como a empresa efetua a Pesquisa das Necessidades dos Clientes?
ƒ
Em relação ao volume das vendas mensais, qual é o seu comportamento durante o
decorrer do ano?
142
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Indústrias Correlatas e de Apoio
É a presença, no país, de empresas especializadas e indústrias que possam abastecer
com insumos e serviços a produção industrial e, dar suporte administrativo aos serviços,
dentro de uma cadeia de valor.
ƒ
Em relação aos Fornecedores de Materiais e Serviços, bem como sobre as empresas
Subcontratadas, como se comporta o mercado regional?
ƒ
Quais as informações relevantes sobre o Planejamento Logístico de recebimento de
insumos e a entrega de produtos acabados, na local da montagem?
ƒ
Quantos são seus principais fornecedores? (os que representam 80% dos custos /
volume de compra)
ƒ
Geograficamente, onde se localizam os principais fornecedores?
ƒ
Quanto representa em cada região?
143
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
3.3 Seção 3 - Resultados Obtidos
É apresentado a seguir o resultado alcançado com a aplicação da metodologia nas
empresas da indústria plástica.
3.3.1 Fatores Críticos de Sucesso
Matéria-prima
O fato da região da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC)
apresentar uma diversidade de atividades econômicas, não diminui a importância do
segmento de transformadoras de plástico no contexto da economia global do território.
Este segmento serve, em algumas ocasiões, de suporte horizontal aos outros segmentos,
como por exemplo, o segmento das agroindústrias de derivados de leite, doces e mel.
Além do farmacêutico, cosméticos, perfumes, produtos de limpeza, dentre muitos outros.
A metodologia do DTR - Desenvolvimento Tecnológico Regional constatou a relevância
regional deste segmento e as lideranças regionais decidiram por estudá-lo. O estudo
iniciou-se pela avaliação do rol das principais matérias-primas oriundas dos pólos
petroquímicos, que, por conseguinte, abastecem as empresas que realizam o
beneficiamento, agregando-lhe valor e facilitando as etapas posteriores, operadas pelo
segmento de transformadores de plástico.
As principais matérias primas utilizadas pelas empresas do segmento transformador de
plástico são conhecidas como PEBD – polietileno de baixa densidade; PS – poliestireno;
PP – polipropileno; PVC – policloreto de vinila e o PELBD – polietileno linear de baixa
densidade, cuja procedência está dividida entre os pólos petroquímicos de Camaçari/BA,
Triunfo/RS e São José dos Campos/SP. A matéria-prima de origem nacional compete
com a de origem estrangeira em igualdade de condições – preço e qualidade –
dependendo da maior ou menor cotação do dólar americano e quando ocorre a
importação deste importante insumo, a maior quantidade é originária da Argentina.
Em relação aos aspectos da qualidade dos insumos recebidos, as avaliações das
entrevistas apresentaram o conceito ótimo. Principalmente, em função da característica e
do grande porte de alguns dos beneficiadores da matéria-prima produzida nos pólos
petroquímicos, que, por questão de competitividade nos mercados interno e externo, não
comercializam produtos com defeito.
144
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Infelizmente, os entrevistados foram unânimes em afirmar que não entendem o porquê
da atual política de exploração do petróleo implementada pelo Governo Federal, pois em
decorrência de decisão estratégica, o preço dos seus derivados cresceu até 80% (oitenta
por cento) no ano de 2004, devido à possibilidade de carência desta matéria-prima no
mercado mundial. Informaram ainda, que parte deste acréscimo se deve à expansão
econômica dos países asiáticos, inclusive a China, que, em última análise, vem
competindo cada vez mais com a nossa indústria de manufaturados.
Como sugestão de iniciativa a ser desenvolvida pelo segmento é a organização de uma
ação para a compra conjunta. Para tanto, será necessária uma articulação entre as
diversas entidades públicas e privadas (SEBRAE, SATC, SENAI, Bancos de
Desenvolvimento) que possuam interesse no segmento transformador de plástico,
objetivando identificar e provar que, aproveitando os avanços tecnológicos alcançados na
execução de propostas cooperativas, as pequenas empresas podem se beneficiar dos
recursos existentes (consultorias, financeiros, organizacionais, dentre outros).
Dentro da necessidade de conhecer a problemática do setor, foi obtida a informação de
que o conceito sobre a qualidade da matéria-prima recebida pelas empresas do
segmento é ótimo, com nota média de 4,10 pontos.
Conceito
Qualidade das matériasprimas
1
As matériasprimas chegam as
suas empresa em
más condições.
Índice de
aceitação menor
que 70%.
3
As matérias-primas
chegam na empresa em
condições regulares.
Índice de aceitação em
torno de 90%.
5
Índice de aceitação
maior que 95%. Os
critérios de aceitação
previamente definidos
são sempre
cumpridos. O índice é
medido e avaliado.
Nota Média obtida pelas empresas = 4,10
145
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
90.00%
80.00%
70.00%
60.00%
50.00%
40.00%
30.00%
20.00%
10.00%
0.00%
de boa qualidade
Figura 35 -
de qualidade
aceitável
de qualidade ruim
Qualidade da Matéria-Prima
Tecnologia - Máquinas
O segmento transformador do plástico da região da AMREC aproxima-se, no aspecto
tecnológico de máquinas e equipamentos, dos conceitos que regem o desenvolvimento
da mecanização do trabalho, do que aqueles que se relacionam com outros elos desta
mesma cadeia produtiva. Portanto, estas organizações se diferenciam dos grandes
fornecedores, caracterizados pelo uso intenso de tecnologia avançada, equipamentos e
máquinas de última geração, com o intuito de obterem ganhos de escala.
Isto é, a importância da consideração tecnológica no processo de fabricação está ligada
aos processos de novos produtos, criativos em reduzir custos de fabricação, utilizando
diferentes formas de produzir, consignando à aparência estética um valor relevante de
dessemelhança e competitividade. Estas ações inovadoras são idealizadas pelos
próprios empresários ou por profissionais especializados em fabricação de copos, pratos,
embalagens rígidas e flexíveis, como por exemplo, os ex-funcionários das grandes
indústrias ou
representantes
comerciais
que
trabalham
diariamente
junto
aos
consumidores.
146
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
As máquinas, equipamentos e procedimentos industriais utilizados por este segmento,
variam bastante em relação ao porte das empresas. As maiores adquirem, inclusive no
exterior, boa parte das máquinas e equipamentos contendo alta tecnologia de fabricação,
exigindo mão-de-obra e organização do “chão de fábrica” especializado para operá-las.
Portanto, para se manterem competitivos, estão sempre investindo em novas máquinas e
equipamentos, reduzindo significativamente a idade média do parque fabril.
Entretanto, na medida em que o porte das organizações deste segmento diminui, os
problemas vão se alterando e intensificando, principalmente, na maior importância da
qualificação operadora do colaborador. Pois os instrumentos de trabalho que utiliza não
são constituídos de expressivos conceitos tecnológicos. A maioria das fábricas é
constituída de máquinas simples, resistentes, de pequeno porte, cujo avanço tecnológico
tem ocorrido na linha da redução da espessura do produto. Possibilitando que o estado
de Santa Catarina tenha muitas indústrias semelhantes, comercializando os produtos a
preços tão baixos que a produção regional atende a 80% do mercado brasileiro.
É compreensível que o padrão tecnológico das empresas do setor transformador de
plástico também seja muito diverso, influenciando a organização do denominado “chão
de fábrica” – expressão que envolve a racionalidade do espaço e do arranjo físico das
máquinas, a quantidade de tempo improdutivo no processo, a posição do almoxarifado na
fábrica, considerando-se, inclusive, a limpeza e a guarda das ferramentas e utensílios
manuais. Verifica-se que uma das características relevantes encontradas na maioria
expressiva das empresas está na satisfatória
Organização do “Chão de Fábrica”
(avaliação média obteve pontuação de 3,40), considerando-se a disposição física dos
equipamentos. Pois a movimentação não racional da matéria-prima e insumos acarreta
aumento de custos – mão-de-obra, tempo, risco de defeito, circulação de pessoas,
higiene, limpeza, etc.
Os itens como arranjo físico, ergonomia, arrumação do instrumental nos locais de
trabalho e guarda das máquinas foram aqui consideradas para avaliação, conforme
quadro abaixo:
147
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Conceito
Organização
do “Chão de
Fábrica”
1
3
Materiais e
equipamentos
organizados de maneira
descontínua; excesso
de movimentação entre
os postos de trabalho;
materiais obsoletos na
fábrica.
Materiais organizados e
identificados; uma pessoa é
responsável pela limpeza;
Equipamentos dispostos de
forma lógica, de acordo
com fluxo dos produtos.
5
Empresa limpa e
conservada, sempre
“pronta para inspeção”;
a disposição das
máquinas e
equipamentos permite a
flexibilidade na
produção.
Nota Média obtida pelas empresas = 3,40
Mecanização
Em seqüência, serão avaliados os aspectos referentes à mecanização das fábricas,
através da introdução de processos mecânicos de produção, guiados por sistemas
eletrônicos e nos quais a participação do homem é reduzida. O objetivo é a substituição
da mão-de-obra por equipamentos e máquinas com propósito de aumentar a
produtividade da empresa e melhorar a performance da qualidade no processo.
Respondida a questão sobre a conveniência tecnológica de trabalhar os aspectos
práticos da automação, registra-se que a idade média dos equipamentos que compõem a
linha de fabricação das empresas deste segmento é de pouco mais de nove anos. Isto é,
são máquinas relativamente novas que ainda possibilitam trabalhos com a qualidade
desejada pelo mercado, desde que os colaboradores possuam a capacitação adequada
para operá-las com perícia e destreza. Assim mesmo, a grande maioria dos entrevistados
afirmou que necessita realizar investimentos em máquinas ou equipamentos para
aumentar a produção, ou fabricar novos produtos, ou melhorar a qualidade dos produtos
existentes, cujo montante ascende a R$ 20 milhões de reais.
Portanto, avaliando o setor, principalmente sob ponto de vista econômico, deduz-se,
seguindo diretriz traçada na caracterização da operação manual do processo de
fabricação, que a automação do controle dos processos produtivos é compatível em
estágios mais simples com esta atividade no que concerne às empresas de pequeno e
médio porte, apesar da importância que ela possui para o monitoramento mais eficaz das
etapas de produção.
148
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
A avaliação constou dos aspectos citados no quadro abaixo:
Conceito
Mecanização
1
3
Alguma
mecanização;
intenso trabalho
manual.
5
Automação em algumas
etapas do processo;
computadores são
utilizados para o controle
e planejamento da
produção.
Automação integrando
etapas do processo
produtivo;
computadores
conectados às
máquinas gerenciam a
qualidade dos produtos;
computadores utilizados
para facilitar o
desenvolvimento de
produtos e prever
falhas.
Nota Média obtida pelas empresas = 3,40
Sistemas de Informação
Outro ponto muito importante na definição do estágio de utilização da tecnologia
disponível no mercado por parte das empresas do segmento transformador de plástico,
está na informatização dos processos produtivos e gerenciais, sistematizando a coleta de
dados e a geração de informações sobre a gestão da empresa. Estes sistemas podem
ser operados automaticamente por softwares adequados ou através do preenchimento de
fichas de acompanhamento dos processos.
A gestão deste sistema de informações disponível e confiável deve proporcionar as
informações de como as tarefas estão sendo trabalhadas, auxiliando no gerenciamento
dos principais processos e no alcance das metas estabelecidas. Neste aspecto, como
característica
principal,
as
empresas
de
maior
porte
tratam
a
informação
sistematicamente, elevando a média, como se pode ver no quadro abaixo, onde a
avaliação média recebeu nota 3,90.
Entretanto, na razão em que a empresa reduz o porte, a informação migra para a forma
manual, iniciando pela fábrica e mantendo a informatização na área administrativa;
seguindo esta tendência natural, quanto menor a empresa, a execução manual dos
processos aumenta, até atingir, inclusive o setor administrativo.
149
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Conceito
Sistemas de
Informação
1
3
O tratamento da
informação é manual
e não sistematizado.
O tratamento da
informação é
sistematizado e
eletrônico; existem
algumas funções
integradas, porém
restringindo-se aos
controles operacionais.
5
O sistema de
informação é eletrônico
e amplamente utilizado;
a comunicação é
integrada em toda
empresa, com os
clientes e fornecedores;
o sistema de produção
permite otimizar a
utilização de recursos,
sistematizando e
rastreando a produção
Nota Média obtida pelas empresas = 3,90
Manutenção de Máquinas e Equipamentos
Por último, foi avaliado se a empresa cria medidas práticas para permitir aos
colaboradores realizarem tarefas de manutenção de rotina, sem necessitar recorrer ao
pessoal especializado, terceirizado, através de manutenção planejada para evitar
paradas inesperadas. Na organização das tarefas de manutenção preventiva, as causas
de paradas dos equipamentos devem ser registradas, bem como os mecanismos de
execução da manutenção corretiva, dando-se ênfase para a situação real e não para
intenções ou procedimentos escritos.
Conceito
Manutenção de
equipamento
1
3
Manutenção
corretiva
(equipamentos são
concertados quando
apresentam
problemas)
As paradas para
manutenção são
realizadas em períodos
planejados
5
Há um programa de
manutenção preventiva
que é cumprido e cada
operário participa nas
operações básicas de
manutenção
Nota Média obtida pelas empresas = 3,60
Capacitação da Mão-de-Obra ou Treinamento e Educação
É fato que a mão-de-obra é de crucial importância para o aumento da competitividade de
todo o segmento transformador de plástico, partindo da micro até a grande empresa e,
assim podemos entendê-la e considerá-la como um importante e insubstituível
componente no processo de inovação tecnológica.
No entanto, é verdade que somente após a abertura do mercado nacional para o acesso
das empresas de classe mundial, no início da década de 90, a continuidade do processo
150
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
de capacitação e treinamento de colaboradores assumiu importância decisiva para a
execução da inovação tecnológica e, desde então, a sua importância vem sendo
difundida com maior ênfase no meio empresarial. Ainda mais quando a informação obtida
das entrevistas com os empresários do setor assinala que a maioria – setenta por cento
(70%) – dos operadores dos processos industriais possui nível escolar de 2° grau.
Entretanto, a existência de capacitação regular e permanente dos operadores resulta,
principalmente, no hábito de atender somente o mercado interno, tradicional comprador
de produto previamente definido e com a aplicação da política do preço mínimo
conhecida por ele. Mas para crescer, o empreendedor deste segmento precisa
implementar a cultura de estar sempre desenvolvendo produtos novos, criativos,
procurando seguir a tendência mundial do setor que é de oferecer ao mercado produtos
com valor agregado cada vez maior. Logo, é possível concluir que a estratégia da
capacitação apresenta-se como uma excelente oportunidade de melhoria tecnológica,
resultando em aumento de competitividade da indústria local.
Complementando o entendimento sobre o item capacitação e treinamento, o questionário
aborda a questão da falta de algum tipo de profissional específico para as empresas,
resultando na conclusão de que também existe ausência de profissionais tecnólogos e de
nível superior, como engenheiros em polímeros e de produção na formação de 3° grau.
Na formação intermediária (2° grau) – nível técnico – as necessidades apontam para
capacitações profissionalizantes em polímeros, impressão e extrusão nas diversas
modalidades, mecânica e eletrônica prática, bem como operadores e auxiliares em para
ocuparem cargos próximos ao engenheiro e/ou gerente de produção.
Portanto, treinamento e educação são as tarefas de capacitar e desenvolver as
habilidades dos colaboradores. A capacitação da mão-de-obra é algo importante e
necessário na era da gestão do conhecimento, onde a atuação do colaborador deve
ocorrer de forma participativa e pró-ativa.
Então as perguntas “Existe algum planejamento de capacitação e treinamento para os
funcionários?” e “Na decisão tomada para programar as capacitações e treinamentos
anualmente, em que medida a empresa compara os atuais conhecimentos e habilidades
de seus empregados com aqueles que precisariam possuir para desempenhar bem suas
tarefas?” A pontuação dependerá do tipo, importância e abrangência dos programas de
treinamento e educação realizados através da própria empresa. A avaliação média de
2,40 obtida para o indicador treinamento e educação foi considerada média/baixa e
151
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
traduz a realidade do comportamento em relação a esta política pela maioria das
organizações do segmento, representado pela média e pequena empresa.
Apesar de todos os empreendedores considerarem a falta de qualificação da mão-deobra um dos grandes entraves para o crescimento da sua empresa, poucos tem se
preocupado
em
planejar
ou
promover
os
treinamentos
necessários
para
o
aperfeiçoamento da mão-de-obra. Geralmente eles acontecem quando há oferta de
cursos na cidade ou região, seja por parte de alguma entidade profissionalizante, a
exemplo do SATC - SENAI/SC, ou quando é oferecido por alguma grande empresa
fornecedora de matéria-prima ou insumo, o que nem sempre atende às necessidades
mais relevantes da empresa demandante.
Em contrapartida, na razão em que aumenta o porte da empresa, cresce
significativamente o investimento em capacitação e treinamento no colaborador realizado
internamente ou com auxílio de outras entidades especializadas.
No nível gerencial, os principais problemas apontados foram: na área comportamental, no
conhecimento da computação, na falta de treinamento em ferramentas financeiras, no
desconhecimento de técnicas de vendas, no insipiente planejamento estratégico das
empresas e conseqüente ausência de transparência nas metas, no desconhecimento e
controle inadequado dos custos de produção, bem como no treinamento para os
sucessores dos atuais proprietários das grandes empresas.
Conceito
Treinamento e
educação
1
3
Não há planejamento.
É realizado somente
quando há oferta de
cursos.
Algum treinamento e
qualificação para
todos, realizados de
acordo com
planejamento,
subsidiados
parcialmente pela
empresa.
5
Mais de 60 horas de treinamento
por funcionário por ano, com forte
ênfase em qualidade. O número
de horas vem crescendo nos
últimos anos. É feito um
acompanhamento dos resultados
após os treinamentos.
Nota Média obtida pelas empresas = 2,40
152
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Desenvolvimento de Produtos – Inovação
Para que a empresa obtenha uma melhor pontuação neste indicador é imprescindível ter
um plano formal de investimento em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, buscando
atualização tecnológica em termos de máquinas, processo, embalagem e capacitação
dos colaboradores.
Somente as grandes e médias empresas do setor costumam investir em desenvolvimento
de novos produtos por conhecerem os reais benefícios, sobretudo, por entenderem que é
um investimento adicional e necessário para o crescimento da empresa e que o retorno
financeiro pode ser mais demorado em alguns casos, mas é certo e acumulativo.
O desenvolvimento de novos produtos é um fator de extrema relevância para a
competitividade de uma empresa, não só pelo fato da novidade representar um
diferencial, mas também pela possibilidade permitir a valorização das funções do produto,
potencializando a otimização dos processos produtivos, aprimorando desempenhos,
adequando a aparência às expectativas dos consumidores, aumentando o nível de
segurança e higiene, economizando insumos, reduzindo matéria-prima e racionalizando
mão-de-obra.
A empresa que valoriza e investe em pesquisa e desenvolvimento e utiliza a inovação
como vantagem competitiva, pode alcançar vários benefícios, como por exemplo, a
imagem da empresa, pois esta passa a ser vista como uma organização inovadora e
atualizada com as tendências mundiais.
As pequenas empresas do segmento têm que passar por mudanças profundas para
crescerem e consolidarem-se, seguindo na direção da inovação e do desenvolvimento
tecnológico, sobretudo em função do novo perfil do consumidor e da concorrência
mundial num mercado globalizado. Ora, em função do número de organizações menores
ser maior, a nota que avaliou o conjunto de empresas neste quesito foi de apenas 1,60,
considerada baixa para um tema tão relevante.
Para obter as mudanças necessárias, as atitudes pró-ativas estão relacionadas à
capacitação e treinamento dos gestores e colaboradores, devendo ser implementadas, se
possível, dentro do menor tempo. O Governo Federal está, em parte, procurando fazer o
seu papel, criando instrumentos legais e financeiros de incentivo às pesquisas aplicadas
nas empresas em parceria com as universidades. Cabe aos gestores interessados em se
desenvolver, tomarem a atitude de elaborar projetos para captar estes recursos
financeiros disponíveis no mercado e começar uma nova fase na sua existência.
153
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Conceito
Investimento em
pesquisa &
desenvolvimento
1
3
Não há um
orçamento
planejado para
P&D.
Planejamento limitado
e eventual dos
recursos, que são
reservados para
atividades críticas.
5
Há planejamento dos
investimentos em P&D,
com percentuais prédefinidos dos recursos.
Nota Média obtida pelas empresas = 1,60
Desenvolvimento de Produtos
O conjunto das empresas pesquisadas pontuou a nota média de 2,30 neste indicador,
retratando o grau de importância razoável que os empresários das médias e grandes
empresas do segmento dão a questão da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e,
conseqüentemente, refletindo o montante dos recursos financeiros do investimento que
lhe é destinado.
Entretanto, muitas vezes o objetivo principal do estudo foi reduzir a espessura da lâmina
que formata o copo, o prato e os outros utensílios, buscando diminuir custos para
competir. Infelizmente esta estratégia resultou em competição desenfreada entre as
empresas, que hoje elas fabricam um produto de baixa qualidade. A sociedade teve que
intervir no processo através de ação do Ministério Público, exigindo a adoção de padrão
mínimo de espessura.
Portanto, o desenvolvimento de produto compreende a etapa da concepção da idéia,
transformando-a em amostra de produto real. Para tanto, é necessária interação entre as
pessoas, formando grupos de trabalho que utilizam os conhecimentos e as experiências
individuais, formais e informais, em conhecimento organizacional. Igualmente, é preciso
responder as perguntas “Quem participa no desenvolvimento de novos produtos?”;
“Como áreas diferentes da empresa participam dos processos?”; “Até que ponto existe
trabalho em equipe, em vez de somente consultas entre os colaboradores?”.
A nota obtida pelo segmento neste indicador faz acreditar que insistir numa iniciativa
nesta direção é uma excelente oportunidade de melhoria para todas as organizações,
pois o desenvolvimento de produto, com padrão de qualidade, é tido, por parte dos
entrevistados, como fator de diferenciação regional.
Para tanto, as empresas procuram responder à demanda dos clientes e dos
representantes de venda, desenvolvendo produtos baseados em outros produtos
154
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
lançados pelas grandes empresas nacionais e internacionais vistos em feiras ou revistas
especializadas. Portanto, as diversas fontes de informação das empresas podem ser
descritas da seguinte forma:
•
SATC, SENAI/SC, SEBRAE, Centros Tecnológicos Públicos ou Privados e
Universidades, dentre outras;
•
Feiras e Eventos;
•
Mercados líderes;
•
Representantes Comerciais, clientes, vendedores independentes;
•
Vivência adquirida nos anos de atuação no mercado nacional.
Conceito
1
3
5
Desenvolvimento de
produtos
Responsabilidade
exclusiva de um
grupo ou de uma
única pessoa; falta de
integração entre as
etapas de
desenvolvimento de
produtos e produção.
Baseado em grupos
de trabalho, com
participação da área
de produção.
Novos produtos
lançados
freqüentemente,
orientados pela política
de marketing e/ou
necessidades dos
clientes; o
desenvolvimento de
novos produtos é feito
com a participação de
clientes e fornecedores.
Nota Média obtida pelas empresas = 2,30
Introdução de Novos Produtos
Este índice avalia o grau de inventividade da empresa, medindo o número de novos
produtos lançados, suas características diferenciais e o valor agregado.
A pontuação média do indicador foi de 1,90 caracterizando que o segmento apresenta
grau de inovação médio-baixo e que necessita de uma estratégia para potencializar mais
a competitividade no que se refere à introdução de novos produtos. Apesar de
desenvolver produtos com alguma diferença, atendem, exclusivamente, as aspirações
dos consumidores, pois o novo se limita a seguir uma tendência bastante comum e
semelhante a atual, o que não caracteriza inovação. Por senso comum, existe a
pretensão de que a inovação irá se caracterizar pela utilização de diferentes processos
produtivos, resultando em formas e aspectos diferenciados e arrojados.
155
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Conceito
1
Introdução de
novos produtos
(últimos 2 anos)
Nos últimos 2 anos a
empresa tem
conservado os mesmos
produtos; segue
tendência da
concorrência.
3
5
Colocou no mercado
dois ou mais
produtos, alguns
com características
diferenciais em
relação aos produtos
concorrentes.
A empresa tem
estabelecido tendências
no setor? tem
introduzido mudanças
radicais na(s) linha(s) de
produto(s), nos
processos industriais e
serviços aos clientes.
Nota Média obtida pelas empresas = 1,90
Estratégia de Tecnologia
Este indicador avalia a estratégia da empresa em relação à tecnologia dos seus produtos.
De que forma a empresa investe em tecnologia? É uma estratégia pró-ativa, com
políticas bem definidas de pesquisa e investimentos, ou a empresa assume uma posição
de reação, procurando resolver problemas ou limitações tecnológicas atuais?
As empresas do segmento pontuaram 1,70 neste indicador refletindo a estratégia atual
das empresas, onde o investimento em tecnologia é feito parcialmente (somente nas
grandes e médias empresas), pois a preocupação da maioria dos empreendedores das
pequenas empresas está centrada em atender a demanda atual, mantendo uma posição
de imobilidade em relação às tendências nacionais e internacionais, no que se refere à
tecnologia de novos produtos. É comum praticar a cópia de projetos de novos produtos
que estejam expostos em catálogos ou os que são vistos em feiras especializadas.
Conceito
Estratégia de
tecnologia
1
3
As necessidades de
novas tecnologias são
orientadas por
necessidades
funcionais atuais; há
limitações e problemas
devido às limitações
tecnológicas.
Análise das
necessidades de
novas tecnologias a
cada novo projeto,
com processos
sistemáticos para sua
obtenção.
5
Possui uma política
explícita de investimento
em novas tecnologias,
com monitoramento do
nível tecnológico da
concorrência.
Nota Média obtida pelas empresas = 1,70
Na figura a seguir, está apresentado um gráfico radar dos fatores críticos de sucesso
para o segmento dos Transformadores de Plástico da AMREC. Em cada eixo do gráfico
consta a média dos indicadores de cada fator, bem como um comparativo com os
cenários de estado satisfatório, soluções equacionadas e cuidado necessário.
156
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Fatores Críticos de Sucesso
(%) Matéria-prima
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
(%) Inovação
0
(%)Tecnologia - Máquinas
(%) Capacitação da Mão-de-obra
Média Empresas Transformadoras de Plástico AMREC
Cuidado Necessário
Soluções equacionadas
Estado Satisfatório
Figura 36 -
Gráfico Radar dos Fatores Críticos de Sucesso
3.3.2 Diamante de Competitividade de Porter
Estratégia, Estrutura e Rivalidade das Empresas.
Com a função de compor o Diamante de Competitividade de Porter, alguns indicadores
são apresentados a seguir.
Conhecimento da Concorrência
Avalia de que forma a empresa observa seus concorrentes. Uma análise sistemática da
concorrência mostra-se importante para todas as empresas, uma vez que a comparação
do preço, da forma de pagamento, do design, da qualidade, da garantia, da durabilidade,
do atendimento pós-venda e da estratégia de promoção entre as empresas concorrentes
é realizada a todo o momento pelos clientes. A empresa deve conhecer a concorrência
tal qual conhece os seus clientes, pois dessa forma pode enfatizar seus pontos fortes e
atacar os pontos fracos dos concorrentes nas negociações.
As empresas entrevistadas da AMREC obtiveram uma avaliação média de 3,30 estando
no terceiro cenário evolutivo, como pode ser observado na tabela abaixo, pois mantém
registro atualizado com os dados principais da atuação dos concorrentes (preço,
157
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
garantias, qualidade) que são analisados e utilizados para as melhorias internas;
possuem vendedores treinados para enfatizar os pontos fracos dos concorrentes
diretamente. Outro ponto que é explorado pelas empresas é o fato dos concorrentes
serem importantes fontes de informações e podem dar início ao processo de
desenvolvimento de novos produtos, ou mesmo, a adoção de estratégias de marketing.
É o contexto no qual as empresas são criadas, organizadas e dirigidas, e também de
como a natureza da rivalidade interna da indústria se processa no ambiente competitivo.
A região sul de Santa Catarina é considerada o maior pólo estadual de fabricação de
produtos de plástico, pela presença de empresas de classe nacional (Plazom e Cangurú),
fato que eleva o nível de competitividade de todo o segmento da região da AMREC,
dentro da qual se encontram todas as empresas visitadas.
As grandes e médias empresas adotam, basicamente, a estratégia de diferenciação,
industrializando produtos de alto valor agregado e os comercializando em todo Brasil.
Deste fato surge uma lacuna para as pequenas organizações atuarem - a
comercialização de produtos de menor valor agregado no mercado regional e
estadual - adotando a estratégia de competir pela liderança de custo.
Conceito
1
3
5
Conhecimento da
concorrência
Os concorrentes não
são conhecidos nem
pesquisados.
A empresa estuda e
pesquisa apenas o
preço e as
campanhas
publicitárias dos
concorrentes.
A empresa conhece
seus concorrentes; há
um registro atualizado
dos seus dados (preço,
garantias, qualidade)
que são analisados e
utilizados para
melhorias; vendedores
treinados a enfatizar os
pontos fracos da
concorrência.
Nota Média obtida pelas empresas = 3.30
Estruturação dos Canais de Venda
Canais de venda são o conjunto de organizações interdependentes envolvidas no
processo de tornar o bem ou serviço disponível para consumo. Diversas configurações
de canais de venda podem ser estruturadas conforme a necessidade dos clientes quanto
ao tamanho do lote, tempo de espera, conveniência espacial, variedade de produtos
desejada e retaguarda de serviços. Quanto melhor o planejamento do canal, maior será a
eficiência dos recursos investidos em marketing para todos os envolvidos.
158
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
A nota média alcançada 3,30 pelo segmento transformador de plástico da região AMREC
oferece a certeza de que as administrações das empresas atribuem caráter estratégico à
estruturação do canal de vendas, proporcionando agregação de valor aos produtos e
serviços, bem como esta integração promove a sinergia com os esforços despendidos
em marketing.
Portanto, as empresas estão num bom nível no quesito estruturação dos canais de
venda, adotando critérios de atuação próprios e focados no bom atendimento dos
clientes. Estas organizações trabalham com um rol de vendedores nas áreas de
comercialização dos produtos e estes são considerados estratégicos para os negócios.
Conceito
Estruturação dos
canais de venda
1
Formado em
decorrência do processo
de vendas da empresa;
enfoque somente na
diminuição dos custos
de distribuição, não é
considerado estratégico.
3
5
Focado no
atendimento, a
quantidade,
variedade, suporte,
deslocamento e
tempo de espera
desejado pelos
consumidores;
canais adotam
critérios de atuação
próprios.
A administração do
canal possui caráter
estratégico;
a estruturação do canal
agrega valor adicional
aos produtos e serviços,
e sua integração
promove sinergia nos
esforços de marketing
Nota Média obtida pelas empresas = 3,30
Planejamento de Marketing
O planejamento de marketing é o processo de transformar as estratégias de marketing
em programas, através da tomada de decisões básicas quanto aos investimentos e nas
quatro áreas: produto, preço, praça e promoção. Um bom planejamento maximiza as
chances de sucesso da campanha de marketing da organização.
Durante as entrevistas, foi observado que as empresas não se preocupam com o
planejamento de marketing, tomando decisões baseadas na experiência dos gestores ou
dos vendedores. Esta prática pode elevar a susceptibilidade das empresas aos altos e
baixos do mercado onde atuam, fato ressaltado pelos empresários que relataram o
acirramento da concorrência e o dinamismo do mercado no qual estão inseridos.
159
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Conceito
1
3
5
Planejamento de
Marketing
Não existe um
planejamento de
marketing formal;
decisões são
tomadas com base na
percepção e
experiência do
gestor.
Existe um
planejamento formal
que se restringe aos
programas de
promoção.
Existe um programa
formal, que orientado
pelas metas da
empresa, define uma
estratégia com
orçamento de gastos,
composto de marketing
(produto, praça, preço e
promoção), programa
de ação e resultados
esperados.
Nota Média obtida pelas empresas = 1,60
Condições dos Fatores
São os insumos necessários para competir em qualquer indústria como:
1) Recursos Humanos - implica na capacidade, quantidade e custo da mão-de-obra
presentes no território;
2) Recursos Físicos - o posicionamento geográfico do território em questão é
extremamente importante para esta análise, pois se considera a qualidade, acesso,
abundância e custo dos recursos físicos;
3) Recursos de Conhecimento - relaciona-se diretamente à capacidade intelectual
disponível no território, ou seja, as capacitações da mão-de-obra presente na região;
4) Recursos de Capital - resume-se na capacidade econômica e na definição das
garantias que o território dispõe para o financiamento de investimentos tecnológicos;
5) Infra-Estrutura - tipo, qualidade e valor de uso da infra-estrutura disponível que afeta
a
competição,
inclusive
os
sistemas
de
transportes,
os
sistemas
de
telecomunicações, pagamentos ou transferências de fundos.
As condições dos fatores foram mensuradas através da análise do relacionamento entre
as empresas com as instituições de suporte da região, pois são mecanismos importantes
que podem aumentar a competitividade do segmento através do fornecimento de
serviços dentro das suas respectivas competências.
Foi possível observar que apesar da inexistência de cooperação entre as empresas, há
um relacionamento de regular a bom com instituições de suporte como o SATC, SENAI,
SEBRAE, EPAGRI, FIESC (SESI e IEL), ACI, AMPE, Bancos de Desenvolvimento,
160
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Universidade, Governo Municipal e Estadual, podendo ser intensificado caso a demanda
pelos serviços prestados por estas instituições seja melhor estruturada.
Outro ponto avaliado, durante as entrevistas, foi o crédito e onde ele é captado. A maior
parte das empresas analisadas encontram-se em dificuldades financeiras, usam cheque
especial e possuem dívidas vencidas. No entanto, foi possível verificar que os Bancos de
Desenvolvimento (BADESC e BRDE) chegaram até estas empresas em outras
oportunidades, mas atualmente estão concedendo crédito com muita parcimônia,
restando aos empresários captarem recursos para investimento nos bancos comerciais.
Condições de Demanda
Determina o rumo e o caráter da melhoria e inovação pelas empresas do território. Três
atributos gerais da demanda interna são significativos: a composição (natureza da
necessidade do comprador), o tamanho e padrão de crescimento e o mecanismo pelo
qual a preferência interna é transmitida aos demais mercados.
Como dito anteriormente, a maioria das empresas do segmento vende os seus produtos
no mercado nacional como pode ser comprovado no gráfico apresentado a seguir. Este
mercado apresenta como principal característica a demanda por produtos de menor
preço, relegando a qualidade, pelo fato do consumidor estar acostumado com produtos
de qualidade sofrível.
Regiões onde a empresa vende seus produtos diretamente (%)
100.00
90.00
80.00
70.00
60.00
50.00
40.00
30.00
20.00
10.00
0.00
No Município
Figura 37 -
Na Região
No Estado
No País
No Exterior
Regiões onde vende diretamente seus produtos (%)
161
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Estimativa de Demanda
A Estimativa de Demanda desempenha um papel essencial, uma vez que é utilizada pelo
empreendedor para prever o volume dos recursos financeiros necessários para a
operação como um todo: a manufatura propriamente dita, o estabelecimento da
capacidade de produção, o volume de compras para suprir-se dos materiais e a atitude
de contratar as pessoas necessárias para atingir as metas de produção. Se a previsão for
distante da realidade, a empresa poderá ter problemas de liquidez financeira devido ao
estoque excessivo; ou se o estoque for insuficiente, terá que repô-lo a custo elevado,
diminuindo a lucratividade de qualquer forma.
A nota da avaliação de 3,60 é boa, demonstrando que as empresas planejam os
próximos meses.
Conceito
Estimativa de
demanda
1
A demanda não é
estimada formalmente.
3
5
Demanda estimada
com base no
histórico de vendas.
Além do histórico de
vendas, a demanda é
estimada com base em
fontes de informação
como contato com
canais de vendas e
distribuidores,
informações sócioeconômicas, entre
outras.
Nota Média obtida pelas empresas = 3,60
Pesquisa das Necessidades dos Clientes
A pesquisa das necessidades dos clientes consiste numa das práticas mais importantes
para a orientação das empresas. O levantamento destas informações é fundamental para
diversas áreas da empresa, como desenvolvimento de produtos, distribuição, transporte e
marketing, fazendo com que todas atendam às expectativas dos consumidores. A
empresa não deve somente reagir às reclamações, mas identificar antes do consumidor,
os possíveis pontos que não atendem as necessidades e expectativas dos mesmos.
O canal de venda utilizado é o vendedor que tem papel fundamental, pois traz as
informações referentes às necessidades dos clientes. Entretanto, estas organizações não
formalizam estas informações nem as disseminam para todos os colaboradores. Os
clientes devem ser as principais fontes de informações da empresa, tanto para o
162
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
aprimoramento dos produtos existentes, bem como para a identificação de oportunidades
para o desenvolvimento de novos produtos.
Conceito
Pesquisa das
necessidades dos
clientes
1
Não são feitas
pesquisas sobre as
necessidades dos
clientes; a empresa
baseia-se em
informações
isoladas de
relacionamento com
poucos
consumidores.
3
Pesquisas
esporádicas para
conhecer as
necessidades e
expectativas dos
clientes; existe um
canal disponível para
reclamações ou
críticas.
5
Possui uma verba
destinada à pesquisa de
mercado e as realiza
constantemente.
Nota Média obtida pelas empresas = 2,80
Variação nas Vendas
O conceito para a Variação nas Vendas é utilizado como medida ativa do desempenho
da empresa e é avaliado mediante a razão calculada entre as vendas do período atual e
do período anterior. Este indicador é medido com base na variação do volume e valores
das vendas dos últimos anos.
Como pode ser observado pelo indicador, as empresas entrevistadas apresentam
crescimento nas vendas e bons resultados, em decorrência do sucesso da sua estratégia
básica (liderança de custo) e da entrada em novos mercados.
Conceito
Variação nas
vendas
1
Em declínio
3
Estável
5
Em crescimento
Nota Média obtida pelas empresas = 4,10
Indústrias Correlatas e de Apoio
É a presença no território de organizações que possam abastecer a produção industrial e
dar suporte aos serviços necessários para realizar as operações normais. Como já
comentado no presente trabalho, a região Sul de Santa Catarina é o maior pólo estadual
na industrialização de produtos de plástico, portanto, tanto os fornecedores quanto os
prestadores de serviços suprem as necessidades das empresas.
Fornecedores e Subcontratados
A maioria das empresas compra alguns itens importantes baseados somente no preço,
mas reconhecem outros fatores que afetam o sucesso comercial, como, por exemplo, o
163
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
prazo de entrega e a flexibilidade de adaptação na fase da montagem e acabamento
final.
Um processo com método formal e sistêmico é importante para garantir e avaliar a
confiabilidade do fornecedor. Manter parcerias abertas com os fornecedores, baseadas
em confiança mútua e no interesse maior de todas as partes envolvidas é importante
para conquistar uma posição competitiva, visto que, fornecedores devem estar
ativamente encorajados a contribuir para o desenvolvimento e melhoria do processo e do
produto.
A empresa participa de programas de qualidade em parceria com os fornecedores? A
empresa utiliza política de incentivos com os fornecedores sub contratados, motivando-os
a melhorar a qualidade dos serviços? Quais outros fatores são levados em consideração
no momento da compra?
A maioria das empresas realiza a compra baseando-se em dois critérios principais –
preço e qualidade - possuindo alguns fornecedores preferenciais e têm buscado
desenvolver parcerias. Como industrializam produtos de plástico, a formação de
parcerias com os produtores de matéria-prima é fundamental para garantir a qualidade
dos produtos.
Conceito
Fornecedores e
subcontratados
1
3
Muitos fornecedores;
compra baseada
somente no preço.
Alguns fornecedores
preferenciais; além do
fator preço alguns
outros fatores são
levados em
consideração;
a empresa tem
buscado desenvolver
parcerias.
5
Fornecedores
cadastrados e avaliados
periodicamente;
parcerias com
fornecedores no
desenvolvimento de
novos produtos e na
programação da
produção.
Nota Média obtida pelas empresas = 2,60
Planejamento Logístico
Neste segmento, cujos materiais se caracterizam por ter baixo peso específico, a
logística adquire importância significativa, seja na aquisição dos insumos ou na
distribuição dos produtos acabados. As questões como quantidade, qualidade, prazo e
local, tornam-se essenciais no planejamento logístico a médio e longo prazo. Muitas
vezes a definição incorreta de fornecedor e cliente alvo acaba prejudicando o
desempenho da empresa, incorrendo em problemas com a compra e distribuição de
materiais/produtos.
164
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
O bom planejamento define prioridades e necessidades que devem nortear a logística da
empresa. Apesar do planejamento logístico estar a cargo de algumas pessoas e não
haver planejamento sistemático de médio ou longo prazo, os gestores relataram que não
têm enfrentado dificuldades neste tópico, pois a maioria possui frota própria de
caminhões, dimensionada para cumprir a função, independente de empresas
especializadas.
Conceito
1
3
5
Planejamento
logístico
Não há planejamento
com relação à
logística; imprevistos
freqüentes nas
compras ou
distribuição.
Algumas pessoas
(chefia) responsáveis
pelas decisões
referentes à
aquisição e
distribuição; elas
definem
fornecedores e
clientes baseados na
experiência,
contatos,
localização.
Há um planejamento de
médio ou longo prazo
onde são definidas as
necessidades
relacionadas ao
material, quantidade e
transporte; são definidas
as prioridades
(qualidade, prazo e
preço) e segmentação
do mercado.
Nota Média obtida pelas empresas = 3,30
Enfim, como pode ser observado na figura a seguir, o segmento do plástico encontra-se
muito próximo do cenário Soluções Equacionadas, nas quatro áreas do Diamante de
Competitividade de Porter. Especificamente, na área Estratégia, Estrutura e Rivalidade
das Empresas, a média das pontuações obtida pelas empresas foi próxima a 68, em
uma escala de 0 a 100, como maior deficiência no indicador de Planejamento de
Marketing.
A situação diagnosticada na área Condições dos Fatores demonstra uma evolução –
média dos indicadores próxima a 60 – mister a indesejável condição financeira de
algumas das organizações e uma aproximação entre a referida classe empresarial e as
instituições que podem dar suporte para um futuro aumento de competitividade.
A média obtida dos indicadores: Estimativa de Demanda, Pesquisa das Necessidades
dos Clientes e Variação nas Vendas, que compõem a área Condições de Demanda foi
75, expressando uma situação intermediária.
A última área do diamante – Indústrias Correlatas e de Apoio – com uma média de
60% nos indicadores: Fornecedores e Subcontratados e Planejamento Logístico, segue a
tendência dos demais, estando numa situação intermediária. Portanto, é relevante a
165
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
adoção das ações propostas no presente relatório, para que haja aumento de
competitividade das empresas do segmento.
Diamante de Competitividade de Porter
Rivalidade das empresas
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
Indústrias Correlatas e de Apoio
0
Condições dos Fatores
Condições de Demanda
Média Empresas Transformadoras de Plástico da AMREC
Cuidado Necessário
Soluções equacionadas
Estado Satisfatório
Figura 38 -
Gráfico Radar do Diamante de Competitividade de Porter
166
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
3.4 Seção 4 - Conclusões e Recomendações
Entre as recomendações e conclusões a respeito do trabalho, listam-se:
ƒ
Melhorar o design dos produtos plásticos, por meio de projetos de pesquisa,
desenvolvimento e inovação;
ƒ
Estabelecer padrão mínimo de resistência funcional para os produtos fabricados pelo
setor;
ƒ
Diversificar as vendas no mercado interno, aproveitando novos nichos de clientes;
ƒ
Curso e palestras sobre metodologias de processos associativos;
ƒ
Desenvolver Central de Compra Conjunta para as pequenas e médias empresas do
setor;
ƒ
Desenvolver mecanismos cooperativos (empresas e instituições de suporte) para
capacitação da mão-de-obra;
ƒ
Cursos e palestras orientando sobre as diversas linhas de crédito, principalmente as
que possibilitam a captação de recursos não reembolsáveis para serem aplicados em
projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica;
ƒ
Aumentar a produtividade e a qualidade em geral das empresas, para reduzir
desperdícios;
ƒ
Desenvolver parcerias com as empresas do segundo elo da cadeia produtiva para o
desenvolvimento de novas composições químicas das resinas.
167
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
3.5 Seção 5 – Encaminhamento das Ações Sugeridas
A última fase da metodologia é a realização de um Seminário Tecnológico Regional,
ocorrido no mês de dezembro de 2004, durante o qual foram apresentados os principais
pontos identificados pelo diagnóstico, bem como as sugestões e recomendações. Neste
evento, os empresários e representantes de instituições de suporte presentes validaram o
quê foi apresentado pela equipe do IEL/SC, solicitando um encaminhamento das ações
sugeridas. Para tal, os técnicos da Unidade de Desenvolvimento Regional e Setorial
buscaram parceiros que pudessem suprir as deficiências identificadas nas empresas do
Segmento Plástico.
A tabela exposta a seguir apresenta o projeto sugerido, as ações que serão
desenvolvidas e os respectivos responsáveis.
Tabela 40 -
Projeto, ações e contatos para as recomendações e sugestões
Projeto
Ações
Contato
Melhorar o design dos
produtos plásticos, por
meio de projetos de
pesquisa,
desenvolvimento e
inovação;
Articular com as entidades
participantes do Projeto
Design Catarina, a inserção
do segmento do Plástico da
região da AMREC no referido
projeto.
Paulo de Tarso Mendes Luna –
Coordenador do Centro de Inovação
e Design – Projeto Design Catarina
www.designcatarina.com.br
Estabelecer padrão
mínimo de resistência
funcional para os
produtos fabricados pelo
setor;
Realizar testes de resistência
nos principais produtos do
segmento.
Antônio Pedro Novaes de Oliveira –
CTCMAT / Senai de Criciúma
www.ctc.org.br
Diversificar as vendas no
mercado interno,
aproveitando novos
nichos de clientes;
Elaborar projeto para a
realização de pesquisas de
mercado para os produtos das
empresas, com a aplicação da
ferramenta IEL / Pesquisa.
Nilson Neves Motta – Instituto
Euvaldo Lodi de Santa Catarina – IEL
/ Pesquisa.
www.iel-sc.com.br
Curso e palestras sobre
metodologias de
processos associativos;
Encaminhar projeto para o
Edital conjunto Finep e
Sebrae (e outros parceiros)
para projetos cooperativos
ICT’s (Instituições de Ciência
e Tecnologia) e empresas
inseridas em APLs.
Newton Barata – ADRC (Agência de
Desenvolvimento da Região
Carbonífera).
Desenvolver Central de
Compra Conjunta para as
pequenas e médias
empresas do setor;
Elaborar plano de ação para a
realização de compra
conjunta, utilizando a
ferramenta Compre Fácil.
José Maurício Coelho –
Superintendente do CIESC
www.comprefacil.ind.br
Desenvolver mecanismos
Articular a realização de
Newton Barata – ADRC (Agência de
168
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Projeto
cooperativos (empresas e
instituições de suporte)
para capacitação da mãode-obra;
Ações
capacitações para os
colaboradores das empresas
com o SENAI, a UNESC e
demais parceiros.
Contato
Desenvolvimento da Região
Carbonífera).
Aumentar a produtividade
e a qualidade em geral
das empresas, para
reduzir desperdícios.
Elaborar plano de ação para a
aplicação das metodologias –
Produção Mais Limpa e
Benchmarking – nas
empresas do segmento.
Janete Moro – Instituto Euvaldo Lodi
de Santa Catarina – IEL / Produção
Mais Limpa.
www.iel-sc.com.br
Após a identificação dos projetos citados acima, foi organizada uma reunião na cidade de
Criciúma, no dia 17 de março de 2005, para a exposição dos projetos pelos provedores
de solução, com o intuito de firmar parcerias entre a Agência de Desenvolvimento da
Região Carbonífera (ADRC), empresários do segmento e instituições de suporte. No final
da reunião, o Superintendente da ADRC relatou que articulará empresas e provedores de
solução, visando o desenvolvimento do Segmento do Plástico.
Para ilustrar os projetos apresentados estes serão descritos sucintamente na forma de
resumo executivo.
3.5.1 IEL Pesquisa – Pesquisa de Mercado
Introdução
Elabora e executa projetos de Pesquisa de Mercado e Opinião.
Tipos de Pesquisa:
Produto: Satisfação e expectativas, Teste de conceito e de produto, Hábitos e atitudes,
Imagem de produto e de marca;
Preço: Avaliação de preço para produtos/ serviços, Teste de sensibilidade a preços,
Avaliação de custo x benefícios;
Comunicação: Pré-teste de propaganda, Pós-teste de propaganda, Avaliação de
conceitos para campanhas;
Distribuição: Satisfação e expectativas dos canais, Avaliação/ aceitação para novos
canais;
Mercado Alvo: Segmentação psicográfica, Potencial para produtos/ serviços.
169
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Tabela 41 -
Tipos de Segmentação de Mercado
Tipos
Características Gerais
Demográfica
Idade, sexo, educação, renda, raça, família, altura
Geográfica
Localização regional, densidade demográfica, cidade e número de
habitantes, clima
Psicográfica
Estilo de vida, personalidade, interesses, valores e atitudes
Benefício
Benefícios proporcionados pelo produto ou serviço
Volume
Montante de uso
O papel da Pesquisa de Mercado durante o desenvolvimento de produtos
Auxiliar a tarefa de desenvolver produtos, servindo como mecanismo de captação das
necessidades dos clientes, monitoramento de seus hábitos e atitudes e de avaliação de
conceitos, protótipos e produtos.
Tabela 42 -
Pesquisa de Mercado no gerenciamento do portfólio de produtos
Fases
Dados Necessários
Resultados Obtidos
Buscar informações de
mercado
Histórico de demanda do
produto
Resultados de demanda
futura
Taxa de crescimento do
mercado
Buscar informações sobre
concorrentes
Número de concorrentes
Produtos Faturamento
Consumo de cada marca
existente
Síntese e visualização das
informações
Tabela 43 -
A pesquisa de mercado para identificação de oportunidades
Fases
Geração e Seleção de Idéias
Dados necessários
Resultados obtidos
Pesquisa qualitativa com
consumidores (entrevistas
individuais ou grupos focais)
Necessidades, hábitos,
atitudes, valores e
percepções dos
consumidores
Pesquisa quantitativa com
consumidores para avaliação
dos atributos dos produtos,
preferência ou similaridade
entre produtos
Mapa de percepção dos
produtos
Segmentação do mercado
Dados dos concorrentes
Visualização de estratégias
dos concorrentes
170
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Tabela 44 -
A pesquisa de mercado para definição e teste de conceito
Fases
Dados Necessários
Resultados obtidos
Definição de conceitos
Pesquisa da preferência ou
intenção de compra com
relação a vários conceitos
Identificação de atributos que
mais afetam a preferência
Seleção do melhor conceito
Teste de Conceitos
Avaliação da percepção dos
conceitos
Mapa de percepção
Pontos fortes e fracos dos
conceitos
Atividades da Pesquisa de Mercado
ƒ
Definir o problema de pesquisa;
ƒ
Especificar as informações necessárias;
ƒ
Determinar o método para coletar os dados necessários;
ƒ
Tomar decisões sobre população e amostra;
ƒ
Elaborar o instrumento de coleta de dados;
ƒ
Planejar e implementar a coleta de dados;
ƒ
Tabular, analisar e interpretar os resultados;
ƒ
Comunicar as descobertas e suas implicações.
Possibilidades de Contratação:
1. Pesquisa Completa
2. Projeto de Pesquisa
3. Análise de Dados
171
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
3.5.2 PRODUÇÃO + LIMPA
Introdução
Este documento foi elaborado para fornecer informações adicionais sobre a Produção +
Limpa, incluindo seus benefícios, processo de implementação e resultados obtidos, além
de depoimentos de executivos de empresas que já passaram pelo processo.
O que é a Produção + Limpa?
O desenvolvimento da Produção + Limpa significa a aplicação contínua de uma
estratégia econômica, ambiental e tecnológica integrada aos processos e produtos, a fim
de aumentar a eficiência no uso de matérias primas, água e energia, através da nãogeração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados em todos os setores
produtivos.
O método utilizado é originário da UNIDO (Organização das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Social) e da UNEP (Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente), e vem sendo aplicado pelo IEL/SC desde 1998, com significativos benefícios
ambientais e econômicos para as empresas.
Por que adotar a Produção + Limpa?
Partindo da premissa que todos os resíduos que a empresa gera custam-lhe dinheiro, já
que foram comprados a preço de matéria-prima e consumiram insumos como água e
energia, o princípio básico da Produção + Limpas é a redução do desperdício e a
diminuição da geração de resíduos durante o processo de produção. Além do que, estes
resíduos consomem mais recursos, seja sob a forma de tratamento e armazenamento ou
sob a forma de multas pela falta desses cuidados, causando ainda, danos à imagem e à
reputação da empresa. Desta forma, a Produção + Limpa ajuda e empresa a repensar a
geração de resíduos e a ganhar dinheiro com isso, contribuindo para a economia dos
recursos naturais, a melhoria da imagem e o aumento da competitividade.
O que a Produção + Limpa pode fazer por uma empresa?
As empresas que adotam a Produção + Limpa reduzem significativamente a utilização de
matéria-prima, insumos, água e energia, reduzindo assim seus custos de produção e
aumentando sua produtividade. A intensa avaliação no processo de produção resultantes
do método de Produção + Limpa induz um processo de inovação dentro da empresa.
172
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Os números são o maior indicativo de eficácia da Produção + Limpa nas empresas. Nas
26 empresas que já adotaram o método com a ajuda do IEL/SC, os resultados
econômicos anuais superaram em cinco vezes o investimento inicial. Foram identificadas
ao todo 225 oportunidades de melhoria, com o objetivo de racionalizar a produção e o
uso de matéria-prima e insumos no processo. Para pôr as ações em prática, as empresas
investiram R$ 2,2 milhões e obtiveram resultados anuais da ordem de R$11 milhões.
Ainda como resultados, o grupo obteve uma economia de 1 milhão de quilowatts anuais
em energia elétrica e o consumo de água diminuiu em 230 milhões de litros por ano. A
geração de efluentes foi reduzida em 100 milhões de litros por ano e a produção de
resíduos perigosos teve uma queda de 50 mil quilos anuais.
Os resultados das empresas mostram que a Produção + Limpa, além de gerar lucros
para as empresas pela melhor utilização da matéria-prima, água e energia e pela redução
ou reciclagem de resíduos gerados no processo produtivo, também facilita a
implementação da ISO14001 e alavanca a competitividade da empresa, na medida que
reduz os custos de produção.
Como funciona a implementação da Produção + Limpa na empresa?
O processo de implementação da Produção + Limpa na empresa segue as seguintes
etapas:
Etapa 1
–
Comprometimento da direção da empresa;
Etapa 2
–
Sensibilização dos funcionários e formação e treinamento do
Etapa 3
–
Pré-avaliação, elaboração dos fluxogramas e tabelas quantitativas;
Etapa 4
–
Definição dos indicadores e avaliação dos dados coletados;
Etapa 5
–
Balanço de Massa e de Energia;
Etapa 6
–
Análise das informações obtidas e identificação das oportunidades
Ecotime;
de Produção + Limpa;
Etapa 7
–
Avaliação técnica ambiental e econômica;
Etapa 8
–
Implementação e plano de monitoramento e continuidade.
173
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Benefícios
ƒ
Obter ganhos financeiros pela otimização dos processos produtivos através da melhor
utilização da matéria-prima, água, energia e da não-geração de resíduos;
ƒ
Aumentar a competitividade através da redução de custos de produção;
ƒ
Utilizar o marketing ambiental para consolidar uma imagem positiva no mercado;
ƒ
Adequar-se à legislação ambiental e colaborar para o bem-estar das comunidades
local e global;
ƒ
Reduzir o impacto ambiental pela reciclagem dos efluentes e resíduos;
ƒ
Fornecer subsídios para a formulação de políticas de desenvolvimento industrial,
apoiadas na inovação científica e tecnológica.
Empresas catarinenses que já adotaram a Produção + Limpa
ƒ
Afonso da Silva – Ind. Com. De Arroz Ltda
ƒ
Alimentos Nardelli Ltd
ƒ
Brametal – Brandão Metalúrgica Ltda
ƒ
Cooperativa Agrícola Mista Juriti Ltda
ƒ
Cooperativa Central Oeste Catarinense – Aurora
ƒ
Cooperativa Regional Agropecuária Vale do Itajaí - Cravil
ƒ
Dalfovo Irmãos e Cia Ltda – Beneficiamento de arroz
ƒ
Metalúrgica Mecril
ƒ
Rudolph Usinados de Precisão
ƒ
Electro Aço Altona
ƒ
Caracol Geologia e Mineração Ltda. - Cerâmica Bosse
ƒ
Papenborg Comércio de Laticínios Ltda.- Laticínios Holandês
ƒ
Marisol S.A Ind do Vestuário
ƒ
Marmoraria Florianópolis Ltda.
ƒ
Megaturbo Retífica de Turbos Ltda. - Turbosul
ƒ
Pesqueira Oceânica Ltda.
174
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
ƒ
Stylo – Indústria, Comércio e Prestação de Serviços em Alumínio Ltda.
ƒ
Fares Engenharia
ƒ
DVA Automóveis
ƒ
Cooperativa Agrícola de Jacinto Machado – COOPERJA
ƒ
Cooperativa Agrícola de Turvo – COOPERSULCA
ƒ
Cerâmica CEUSA
ƒ
Metalúrgica Riosulense
ƒ
H.Effting – Grupo Moldurarte
ƒ
Eliane Revestimentos Cerâmicos
ƒ
Cerâmica Portinari
Depoimentos de algumas empresas
“Os benefícios ambientais e econômicos alcançados pela implantação desta metodologia
superaram nossas expectativas. Vale ressaltar também que o trabalho de Produção +
Limpa foi de suma importância, pois permitirá que a Eliane consolide a imagem na
sociedade de empresa preocupada com a melhoria ambiental”.
Leandro Medeiros – Diretor Industrial – Eliane Revestimentos Cerâmicos
“A Metalúrgica Riosulense decidiu implantar, em 2002, a metodologia de Produção +
Limpa do Instituto Euvaldo Lodi, procurando melhorar a qualidade ambiental da empresa,
através da redução do desperdício de matérias-primas, água e energia.
O ponto mais importante a ser destacado no trabalho foi que, produzir de forma mais
limpa, ajudou a Riosulense a contribuir para a melhora do meio ambiente e,
conseqüentemente, da relação da empresa com a sociedade.”
João Stramosk – Diretor Presidente – Metalúrgica Riosulense
“As empresas Moldurarte, preocupadas com a melhoria ambiental em seus processos
produtivos e também com a qualidade de vida da comunidade, identificaram a
metodologia de Produção + Limpa, do Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, como
uma oportunidade para atender a estes anseios em uma de suas unidades, a indústria de
molduras H.Effting. Os resultados foram custos menores para a empresa e benefícios
ambientais para a comunidade. No âmbito interno da empresa, além do retorno
econômico, os maiores benefícios observados referem-se à mudança na cultura
175
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
organizacional e ao desenvolvimento de uma consciência ambiental entre os
funcionários.”
Gilberto Zanetti – Diretor Presidente – H.Effting
3.5.3 Compre Fácil
Comprefacil.ind.br é uma ferramenta digital disponível na Internet, baseada na integração
comercial entre empresas compradoras e empresas fornecedoras na aquisição de
insumos e serviços, diminuindo a distância entre as empresas surgem vantagens para
todos os lados. É através dessa ferramenta que empresários poderão otimizar negócios,
ganhar maior agilidade em processos internos e proporcionar maior organização das
informações.
O Comprefacil.ind.br foi criado com o intuito de fomentar negócios promovendo redução
de custos.
Tem como objetivo potencializar o setor de compras das empresas e promover junto aos
fornecedores uma significativa ampliação em sua atuação no mercado reduzindo também
o custo operacional de vendas.
A iniciativa do Portal é do CIESC (Centro das Indústrias do Estado de Santa Catarina) em
parceria com a Outplan.com.
Modalidades de Participação
ƒ
Compra
Essa solução é ideal para comprar qualquer produto. Escolha o item desejado, defina a
forma de pagamento, prazo de entrega, quantidade e outras características de sua
preferência. Após a análise das ofertas comerciais enviadas, o Portal indica o melhor
negócio e basta você autorizar a ordem de compra, tudo em tempo real.
ƒ
Compra Conjunta
A solução de Compra Conjunta é voltada para o comprador que não tem urgência em
adquirir um produto. Funciona como uma compra programada, ou seja, é estabelecida
uma data para a aquisição dos itens e os interessados inserem os pedidos. Com o
grande volume de pedidos, o Portal ganhará poder para negociar, conseguindo assim
preços mais competitivos.
176
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
ƒ
Leilão Reverso
O Leilão Reverso facilita seu poder de negociação. Sua empresa informa o produto que
deseja adquirir e o valor máximo a pagar. No decorrer do processo, os fornecedores
apresentam os lances sempre abaixo da proposta inicial. Vence quem oferecer a melhor
proposta, incluindo preços, condições de pagamento e prazos de entrega.
ƒ
Oferta
Se sua empresa tem uma oferta especial, esse é o melhor espaço para divulgá-la.
Através de um contrato de divulgação de oferta, todos os fornecedores podem publicar os
melhores preços dos seus produtos e serviços em geral.
3.5.4 Projeto Design Catarina
Objetivos
Disseminar a cultura do design, divulgar a competência estadual na área, estimular o
desenvolvimento de um sistema de pesquisas relacionadas ao design, análise e difusão
de tendências, promover a capacitação e o aperfeiçoamento de recursos humanos,
integrar diversas entidades que promovem o design, estimular programas regionais e
setoriais, bem como a oferta e demanda de serviço no Estado.
Missão
Disseminar a cultura do design, valorizar o "Design Catarina", estimular e articular o
estabelecimento de uma rede de relações, parcerias e informações, criar uma sinergia
entre seus participantes, contribuir para a "excelência em design" e aumentar a
competitividade e capacidade de inovação em diversos setores e ramos de atividade da
economia catarinense, de forma a contribuir para o desenvolvimento econômico e social
sustentável.
Visão
Até 2007 consolidar a Rede Catarinense de Design como uma referência nacional,
fundamentada nos princípios da cooperação e participação, reconhecida pelo seu
contínuo e sólido crescimento e capacidade de responder com efetividade aos desafios
propostos pela sociedade catarinense, em especial pelo setor produtivo.
Área de Atuação
Articulação institucional, informação, capacitação e serviços relacionados à área de
design para diversos setores e ramos de atividade da economia catarinense.
177
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Participantes
ƒ
Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina - SEBRAE/SC
Função na Rede: Entidade de Fomento
Programa SEBRAE Design: Luciana Sayuri Oda - Consultora
Home Page: www.sebrae-sc.com.br
Email: [email protected]
Fone: (48) 221 0876
Endereço: Av. Rio Branco, 611, Centro 88015-203, Florianópolis – SC
ƒ
Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina - IEL/SC
Função na Rede: Coordenação do Centro de Inovação e Design
Coordenador do Centro: Paulo de Tarso Mendes Luna
Home Page: www.designcatarina.com.br
Email: [email protected]
Fone: (48) 334 9857
Endereço: Rodovia Sc 401, Km 01, Parque Tec Alfa, Bairro João Paulo 88030-000,
Florianópolis – SC
ƒ
Fundação Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
Função na Rede: Gerir o Núcleo de Inovação e Design - Cadeia Têxtil
Coordenadora do Núcleo: Bianka Cappucci Frisoni
Home Page: www.univali.br
Email: [email protected]
Fone: (47) 261-1235
Endereço: Rua Uruguai, 458, Centro 88302-202, Balneário Camboriú – SC
ƒ
Fundação Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC
Função na Rede: Gerir o Núcleo de Inovação e Design - Embalagem
Coordenador do Núcleo: Luiz Cláudio Mazolla Vieira
178
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Home Page: http://www.unoesc.com.br
Email: [email protected]
Fone: (49) 441-7000
Endereço: Rua Dirceu Giordani, 696, Bairro Jardim Tarumã, 89820-000, Xanxerê - SC
ƒ
Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC
Fundação de Arte e Tecnologia - FUNDARTEC
Função na Rede: Gerir o Núcleo de Inovação e Design - Artesanato
Coordenadora do Núcleo: Silvana Bernardes Rosa
Home Page: www.udesc.br
Email: [email protected]
Fone: (48) 231-1637
Endereço: Av. Madre Benvenuta, 1907, Bairro Itacorubi 88035-001, Florianópolis - SC
ƒ
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina - FEESC
Função na Rede: Gerir o Núcleo de Inovação e Design - Cerâmica
Coordenadora do Núcleo: Orestes Alarcon
Home Page: www.ufsc.br
Email: [email protected]
Fone: (48) 331-7605
Endereço: Campus Universitário, CP 5040, Trindade 88040-900, Florianópolis – SC
ƒ
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI-DR/SC
Função na Rede: Gerir o Núcleo de Inovação e Design - Moveleiro
Coordenadora do Núcleo: José Luiz de Oliveira
Email: [email protected]
Fone: (47) 631-1600
Endereço: Centro de Tecnologia do Mobiliário de São Bento do Sul. Rua Hans Dieter
Schmidt, 879, Bairro Centenário, 89290-000, São Bento do Sul - SC
179
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
3.6 Bibliografia
CASAROTTO FLHO, N. PIRES, L. H. Redes de pequenas e médias empresas e
Desenvolvimento Local – Estratégia para conquista da competitividade Global com base
na experiência Italiana. São Paulo: Atlas, 1999.
FERRAZ, João Carlos. Made in Brazil: desafios competitivos para indústria. Tradução,
João Carlos Ferraz, David Kupfer, Lia Haguenauer. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
Fundação Economia de Campinas – Fecamp. Estudo da Competitividade da Indústria
Brasileira: Plásticos. Coordenador do Estudo: Coutinho, Luciano G. Campinas, 2002.
MAZO, Evandro Minuce. Benchstar – Metodologia de Benchmarking para Análise da
Gestão da Produção nas Micro e Pequenas Empresas, 2003. Dissertação (Mestrado em
Engenharia de Produção) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção,
UFSC, Florianópolis.
__________, Metodologia Radargest, Manual Operacional, Florianópolis, IEL/FIESC,
2001.
__________, Metodologia MADE IN BRAZIL, Manual Operacional, Florianópolis,
IEL/FIESC, 2001.
PORTER, M.E. Competitive Strategy. New York: The Free Press, 1980.
PORTER, M.E. The competitive advantage of nations. New York: The Free Press, 1990.
180
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
3.7 Anexos
Questionário Utilizado
Perfil Empresarial
Nome da Empresa _______________________________________________________
Marca da Empresa _______________________________________________________
Endereço ______________________________________________________________
Nome dos Sócios ________________________________________________________
Data de Fundação _______________________________________________________
Telefone _______________________________
e-mail _________________________________
Número de Funcionários __________________________________________________
Número de Familiares que trabalham na empresa ______________________________
Data da Entrevista _______________________________________________________
Matéria-Prima
Quais as principais matérias-primas que a empresa utiliza?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________
Procedência da matéria-prima:
______________________________________________________________________________
______________________________________________________
Para a finalidade de uso na empresa, a matéria-prima adquirida é considerada:
de boa qualidade
de qualidade aceitável
de qualidade ruim
Quais os principais defeitos das matérias-primas?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________
Qualidade das matérias-primas
Qualidade dos insumos é aplicada como atributo de produtos que satisfazem a quem se destinam
(cliente). O termo qualidade se refere aos produtos que estejam em condições perfeitas de uso e
no momento necessário. Por isso, o termo qualidade, além de características do próprio produto,
também avalia a questão de confiabilidade, ou seja, a quantidade e o prazo de entrega devem
estar em conformidade com condições pré-definidas.
181
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Qualidade
das
matériasprimas
As
matérias-primas
chegam a sua empresa
em más condições.
As
matérias-primas
chegam a sua empresa
em condições regulares.
Índice de aceitação menor
que 70%.
Índice de aceitação em
torno de 90%.
Índice de aceitação maior
que 95%. Os critérios de
aceitação
previamente
definidos
são
sempre
cumpridos. O índice é
medido e avaliado.
Tecnologia – Máquinas
Organização no chão de fábrica
Qual é a disposição física do equipamento? A empresa deve necessariamente avaliar a
movimentação de materiais com objetivo de definir um fluxo mais racional e econômico da
produção e de circulação de objetos e pessoas, minimizando o transporte entre os postos de
trabalho. Neste indicador são avaliados os itens: lay-out, 5´s, ergonomia.
Organização
no chão de
fábrica
Materiais
e
equipamentos
organizados de maneira
descontínua;
excesso
de movimentação depara postos de trabalho;
materiais obsoletos na
fábrica
Materiais organizados e
identificados. Uma pessoa
é responsável pela limpeza.
Equipamentos dispostos de
forma lógica de acordo com
fluxo dos produtos.
Empresa limpa; automantida; sempre “pronta
para
inspeção”.
A
disposição
das
máquinas
e
equipamentos permite
flexibilidade
na
produção
Por quê?___________________________________________________________
__________________________________________________________________
Mecanização
Introdução de processo mecânicos de produção guiados por sistemas eletrônicos e nos quais a
participação do homem é mínima. O objetivo é a substituição da mão-de-obra por
equipamentos/máquinas com propósito de aumentar a produtividade da empresa e melhorar a
performance da qualidade no processo. A automação ou automatização do controle dos processos
produtivos é importante para um monitoramento mais eficaz das etapas de produção.
Automação
Alguma
mecanização,
intenso
trabalho
manual
Automação em algumas
etapas
do
processo;
computadores
são
utilizados para o controle
e
planejamento
da
produção
Automação integrando
etapas do processo
produtivo.
Computadores
conectados
às
máquinas gerenciam a
qualidade dos produtos.
Computadores
utilizados para facilitar o
desenvolvimento
de
produtos e prever falhas
Idade média dos equipamentos = Em média, quantos anos têm os equipamentos da
empresa? ______________________________________
182
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Há necessidade de investimento em equipamentos? Estimativa de valor.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________
Sistema de informação
É uma forma sistemática de coleta, avaliação de dados e de geração de informações sobre a
gestão da empresa. Os sistemas de informação, preferencialmente, podem ser geridos
automaticamente por software adequados, ou através de fichas de acompanhamento. A gestão de
um sistema de informação deve proporcionar informações que serão utilizadas no gerenciamento
dos principais processos e metas da empresa. A informação deve estar sempre disponível e ser
confiável.
Sistemas
Informação
de
O tratamento da
informação é manual
e não sistematizado.
O
tratamento
da
informação
é
sistematizado
e
eletrônico.
Existem
algumas
funções
integradas, porem se
restringindo a controles
operacionais.
O
sistema
de
informação é eletrônico
e amplamente utilizado.
A
comunicação
é
integrada
em
toda
empresa,
com
os
clientes e fornecedores.
O sistema de produção
permite
otimizar
a
utilização de recursos,
seqüenciar e rastrear a
produção.
Como?_____________________________________________________________
_______________________________________________________________
Manutenção
A empresa deve criar medidas práticas para permitir aos funcionários realizarem tarefas de
manutenção de rotina, sem recorrer a pessoal especializado. A manutenção deve ser planejada
para evitar paradas inesperadas. Na manutenção preventiva as causas de parada dos
equipamentos devem ser registradas e mecanismos devem ser criados para reduzir o tempo
perdido no trabalho de manutenção. A ênfase deve ser para a situação real, não para intenções ou
procedimentos escritos.
Manutenção de
equipamentos
Manutenção
corretiva
(equipamentos são
concertados quando
apresentam
problemas)
As
paradas
para
manutenção
são
realizadas em períodos
planejados
Há um programa de
manutenção preventiva
que é cumprido e cada
operário participa nas
operações básicas de
manutenção
Como?_____________________________________________________________
__________________________________________________________________
Capacitação da mão-de-obra
Treinamento e Educação
É a capacitação e o desenvolvimento das habilidades dos empregados. A capacitação da mão-deobra é algo importante e necessário, na era da gestão do conhecimento, onde a participação do
funcionário deve ocorrer de forma participativa e pró-ativa, o maior diferencial competitivo de
qualquer empresa é a capacitação de seus recursos humanos. Existe algum planejamento de
treinamento para os empregados? A pontuação dependerá do tipo, importância e abrangência dos
183
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
programas de treinamento e educação através de toda a organização. Nas decisões de
treinamento, em que medida a empresa compara os conhecimentos e habilidades de seus
empregados com aqueles que precisariam possuir para desempenhar bem suas tarefas.
Treinamento
educação
e
Não há planejamento.
É realizado somente
quando há oferta de
cursos.
Algum treinamento e
qualificação
para
todos, realizados de
acordo
com
planejamento,
subsidiados
parcialmente
pela
empresa.
Mais de 60 horas de
treinamento
por
funcionário por ano,
com forte ênfase em
qualidade. O número de
horas vem crescendo
nos últimos anos. É feito
um
acompanhamento
dos resultados após os
treinamentos.
Qual é o nível médio de escolaridade dos empregados?
__________________________________________________________________________
Há falta de algum tipo de profissional específico para as empresas?
______________________________________________________________________________
________________________________________________
Há falta de algum tipo de treinamento para os empresários?
______________________________________________________________________________
________________________________________________
Design – Desenvolvimento de produtos – Inovação
Investimento em P&D
Refere-se aos recursos destinados às atividades de Pesquisa & Desenvolvimento. De que forma a
empresa investe em pesquisa (tendências do setor, tecnologia de produto e processo) e em
desenvolvimento (novos produtos ou aperfeiçoamento dos atuais)? Este processo é formalizado e
previsto no orçamento ou somente atividades críticas são atacadas?
Investimentos
em pesquisa &
desenvolvimen
to
Não há um orçamento
planejado para P&D.
Planejamento limitado
e
eventual
dos
recursos, que são
reservados
para
atividades críticas.
Há planejamento dos
investimentos em P&D,
com percentuais prédefinidos dos recursos.
Indique o percentual do faturamento líquido: ______________________________
Desenvolvimento de produtos
São as etapas do desenvolvimento de uma idéia ou amostra em produto. Interação entre pessoas,
formação de grupos de trabalho é uma forma de transformar conhecimento individual, informal,
experiência individuais em conhecimento organizacional. Quem participa no desenvolvimento de
novos produtos? Como diferentes áreas da empresa participam dos processos? Até que ponto
existe trabalho em equipe, em vez de somente consultas?
184
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Responsabilidade
exclusiva de um grupo
ou de uma única
pessoa.
Falta
de
integração entre as
etapas
de
desenvolvimento
de
produtos e produção.
Desenv. de
de produtos
Baseado em grupos
de trabalho, com
participação da área
de produção.
Novos
produtos
lançados
freqüentemente,
orientados pela política
de
marketing
e/ou
necessidades
dos
clientes.
O
desenvolvimento
de
novos produto é feito
com a participação de
clientes e fornecedores.
Como?_____________________________________________________________
__________________________________________________________________
Quais são as fontes de informação da empresa?
______________________________________________________________________________
________________________________________________
Introdução de novos produtos
Este índice avalia o grau de inovatividade da empresa. Mede o número de novos produtos
lançados, as características diferenciais e o valor agregado adicionado.
Introdução de
novos produtos
(últimos 2 anos)
Nos últimos 2 anos sua
empresa
tem
conservado os mesmos
produtos;
segue
tendência
da
concorrência.
Colocou no mercado
dois
ou
mais
produtos,
alguns
com características
diferenciais
em
relação aos produtos
concorrentes.
A
empresa
tem
estabelecido tendências
no
setor;
tem
introduzido mudanças
radicais na(s) linha(s) de
produto(s),
nos
processos industriais e
serviços aos clientes.
Por quê?___________________________________________________________
__________________________________________________________________
Estratégia de Tecnologia
Este indicador avalia a estratégia da empresa com relação à tecnologia dos seus produtos. De que
forma a empresa investe em tecnologia? É uma estratégia pró-ativa, com políticas bem definidas
de pesquisa e investimentos, ou a empresa assume uma posição de reação, procurando resolver
problemas ou limitações tecnológicas atuais?
Estratégia
tecnologia
de
As necessidades de
novas tecnologias são
orientadas
por
necessidades
funcionais atuais. Há
limitações e problemas
devido à limitações
tecnológicas.
Análise
das
necessidades
de
novas tecnologias a
cada novo projeto,
com
processos
sistemáticos para sua
obtenção.
Possui uma política
explícita de investimento
em novas tecnologias,
com monitoramento do
nível tecnológico da
concorrência.
Por quê?__________________________________________________________
__________________________________________________________________
185
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Estratégia, Estrutura e Rivalidade das Empresas
É o contexto no qual as empresas são criadas, organizadas e dirigidas, bem como a natureza da
rivalidade interna.
Conhecimento da Concorrência
Avalia de que forma a empresa observa seus concorrentes. Uma análise sistemática da
concorrência mostra-se importante para toda empresa, uma vez que comparações de preço,
qualidade, garantias, estratégias de promoção, desempenho de produtos entre empresas
concorrentes são realizadas a todo momento pelos clientes. A empresa deve conhecer a
concorrência melhor do que seus clientes, pois dessa forma pode enfatizar seus próprios pontos
fortes e os pontos fracos dos concorrentes nas negociações.
Conhecimento
da concorrência
Os concorrentes não
são conhecidos nem
pesquisados.
A empresa estuda e
pesquisa apenas o
preço
e
as
campanhas
publicitárias
dos
concorrentes.
A empresa conhece
seus concorrentes. Há
um registro atualizado
dos seus dados (preço,
garantias,
qualidade)
que são analisados e
utilizados
para
melhorias. Vendedores
treinados a enfatizar os
pontos
fracos
da
concorrência.
Como?_____________________________________________________________
__________________________________________________________________
Estruturação dos Canais de venda
Canais de venda são o conjunto de organizações interdependentes envolvidas no processo de
tornar o produto ou serviço disponível para consumo. Diversas configurações de canais de venda
podem ser estruturadas conforme a necessidade dos clientes quanto ao tamanho do lote, tempo
de espera, conveniência espacial, variedade de produtos desejada e retaguarda de serviços.
Quanto melhor o planejamento do canal, maior será a eficiência dos recursos investidos em
marketing para todos os envolvidos.
Estruturação
dos canais de
venda
Formado
em
decorrência do processo
de vendas da empresa.
Enfoque somente na
diminuição dos custos
de distribuição. Não é
considerado estratégico.
Focado
no
atendimento
a
quantidade,
variedade, suporte,
deslocamento
e
tempo de espera
desejados
pelos
consumidores.
Canais
adotam
critérios de atuação
próprios.
A administração do
canal possui caráter
estratégico.
A estruturação do canal
agrega valor adicional
aos produtos e serviços,
e
sua
integração
promove sinergia nos
esforços de marketing
Por quê?___________________________________________________________
__________________________________________________________________
Planejamento de Marketing
O planejamento de marketing é o processo de transformar as estratégias de marketing em
programas através da tomada de decisões básicas quanto aos investimentos e mix de marketing
186
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
nas quatro áreas: produto, preço, praça e promoção. Um bom planejamento de marketing
maximiza as chances de sucesso da campanha de marketing da organização.
Planejamento de
Marketing
Não
existe
um
planejamento
de
marketing
formal.
Decisões são tomadas
com base na percepção
e experiência do gestor.
Existe
um
planejamento formal
que se restringe aos
programas
de
promoção.
Existe um programa
formal, que orientado
pelas
metas
da
empresa, define uma
estratégia
com
orçamento de gastos,
composto
de
marketing(produto,
praça,
preço
e
promoção),
programa
de ação e resultados
esperados.
O ambiente empresarial no qual a empresa opera tem mudado significativamente ao longo
dos últimos anos?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________
Grau de Cooperação Atual:
1 – Péssimo
2 – Ruim
3 – Regular
4 – Bom
5 – Ótimo
Aquisição de MP
Treinamento
Desenvolvimento Tecnológico
Vendas em conjunto
Exportação em conjunto
Publicidade
Participação em feiras e missões
empresariais
187
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Qual a principal dificuldade para melhorar a cooperação entre a sua empresa e as demais
do mesmo setor da região?
Falta de articulador que fomente a
cooperação
Desconfiança entre empresas
Disputa pelos mesmos mercados
Não reconhecer c/ forma
aumento da competitividade
do
Outra:
Condições dos Fatores
São os insumos necessários para competir em qualquer indústria como terra cultivável, trabalho,
recursos naturais, capital e infra-estrutura. Os fatores são dotados de:
1) Recursos Humanos - implica na capacidade, quantidade e custo da mão-de-obra,
considerando-se a carga horária semanal e a ética de trabalho.
2) Recursos Físicos - o posicionamento geográfico é extremamente importante para esta análise,
considera-se a qualidade, acesso, abundância e custo de itens como terra, água, minérios, fontes
de energia etc.
3) Recursos de Conhecimento - relaciona-se diretamente à capacidade intelectual disponível no
país.
4) Recursos de Capital - resume-se na capacidade econômica e garantias que o país dispõe para
o financiamento de investimentos tecnológicos.
5) Infra-Estrutura - tipo, qualidade e valor de uso da infra-estrutura disponível que afeta a
competição, inclusive os sistemas de transportes, os sistemas de telecomunicações, pagamentos
ou transferências de fundos, assistência médica etc.
Como considera o relacionamento com as seguintes instituições:
1 – Péssimo
2 – Ruim
3 – Regular
4 – Bom
5 – Ótimo
Sebrae
SENAI/SENAC
Epagri
Inst. de tecn./design
Sindicato/Fiesc
Inst. de Capacitação
ACI
Governo municipal
AMPE
Governo estadual
Bancos de Desenvolvimento
Universidade
188
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Condições de Demanda
Ela determina o rumo e o caráter da melhoria e inovação pelas empresas do país. Três atributos
gerais da demanda interna são significativos: a composição (natureza das necessidades do
comprador), o tamanho e padrão de crescimento e os mecanismos pelos quais a preferência
interna é transmitida aos mercados estrangeiros.
Para quais regiões a empresa vende seus produtos diretamente? Especifique, em Reais, o
quanto é vendido para cada região?
No Município
Na Região
No Estado
No País
No Exterior
Para quais clientes você vende a maior parte de sua produção? Quanto representa sobre o
total das vendas?
Para o comércio (%)
Direto p/ o cliente final (%)
Para distribuidores (%)
Indústria (%)
Outros (%)
Estimativa de Demanda
A previsão de demanda desempenha um papel essencial uma vez que é utilizada pelos
departamentos financeiros para levantar dinheiro para as operações, manufatura, para estabelecer
a capacidade e níveis de produção, de compras adquirir materiais e RH contratar pessoas. Se as
previsões forem distantes a empresa terá problemas de liquidez, perderá dinheiro com estoques e
níveis baixos de produção.
Estimativa
demanda
de
A demanda
estimada.
não
é
Demanda estimada
com
base
no
histórico de vendas.
Além do histórico de
vendas, a demanda é
estimada com base em
fontes de informação
como
contato
com
canais de vendas e
distribuidores,
informações
sócioeconômicas,
entre
outras.
Como?_____________________________________________________________
__________________________________________________________________
189
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Pesquisa das Necessidades dos Clientes
A pesquisa das necessidades dos clientes consiste numa das práticas mais importantes para a
orientação das empresas. O levantamento destas informações é fundamental para diversas áreas
da empresa, como desenvolvimento de produtos, distribuição e marketing, todas atendendo às
expectativas dos consumidores. A empresa não deve somente reagir às reclamações, mas sim,
identificar antes do consumidor os possíveis pontos que não atendem as necessidades e
expectativas dos mesmos.
Pesquisa das
necessidades
dos clientes
Não
são
feitas
pesquisas sobre as
necessidades
dos
clientes. A empresa
baseia-se
em
informações isoladas
de
relacionamento
com
poucos
consumidores.
Pesquisas
esporádicas
para
conhecer
as
necessidades
e
expectativas
dos
clientes. Existe um
canal disponível para
reclamação/críticas.
Possui
uma
verba
destinada à pesquisa de
mercado e as realiza
constantemente.
Como?_____________________________________________________________
__________________________________________________________________
Variação nas vendas
A variação nas vendas é usada como medida ativa do desempenho da empresa, é avaliada
mediante razão entre as vendas do período atual e do período anterior. Este indicador é medido
com base na variação do volume e valores das vendas dos últimos anos.
Variação
vendas
nas
Em declínio
Estável
Em crescimento
Por quê?___________________________________________________________
__________________________________________________________________
Indústrias Correlatas e de Apoio
É a presença no país de indústrias que possam abastecer a produção industrial e dar suporte
administrativo aos serviços, dentro de uma cadeia de valor.
Fornecedores e Subcontratados
A maioria das empresas compra alguns itens baseados somente no preço, mas são reconhecidos
outros fatores que afetam o sucesso comercial, como por exemplo, o prazo e a flexibilidade na
entrega. Um processo de avaliação formal e sistêmico dos fornecedores é importante para garantir
e avaliar a confiabilidade do fornecedor. Manter parcerias abertas com fornecedores, baseadas
em confiança mútua e trabalhando no melhor interesse de todas as partes é importante para
conquistar uma posição competitiva, visto que, fornecedores devem estar ativamente encorajados
a contribuir para o desenvolvimento e melhoria do processo e do produto. A empresa participa de
programas de qualidade em parceria com os fornecedores? A empresa utiliza política de
incentivos com os fornecedores/subcontratados, motivando-os a melhorar a qualidade dos
serviços? Quais outros fatores são levados em consideração no momento da compra?
190
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Fornecedores e
subcontratados
Muitos fornecedores;
compra
baseada
somente no preço.
Alguns fornecedores
preferenciais. Além do
fator preço alguns
outros fatores são
levados
em
consideração.
Fornecedores cadastrados e
avaliados
periodicamente.
Parcerias com fornecedores
no desenvolvimento de novos
produtos e na programação
da produção.
A
empresa
tem
buscado desenvolver
parcerias.
Como?_____________________________________________________________
__________________________________________________________________
Planejamento Logístico
Dada a importância, seja na logística de aquisição ou de distribuição, de questões como
quantidade, qualidade, prazo e local, torna-se essencial um planejamento logístico a médio e
longo prazo. Muitas vezes a definição incorreta de fornecedores e clientes alvo acaba
prejudicando o desempenho da empresa, incorrendo em problemas com a compra e distribuição
de materiais/produtos. Um bom planejamento define prioridades e necessidades que devem
nortear a logística da empresa.
Planejamento
logístico
Não há planejamento
com relação à logística.
Imprevistos freqüentes
nas
compras
ou
distribuição.
Algumas
pessoas
(chefia) responsáveis
pelas
decisões
referentes
à
aquisição
e
distribuição.
Elas
definem
fornecedores
e
clientes baseados na
experiência,
contatos,
localização.
Há um planejamento a
médio ou longo prazo
onde são definidas as
necessidades
relacionadas
ao
material, quantidade e
transporte.
São
definidas as prioridades
(qualidade, prazo e
preço) e segmentação
do mercado.
Como?_____________________________________________________________
__________________________________________________________________
Quantos são seus principais fornecedores? (os que representam 80% dos custos / volume
de compra)______________________________________
191
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
Geograficamente, onde se localizam os principais fornecedores? Quanto representa em
cada região?
M. P. (%)
Equipamentos (%) Embalagens (%) Outros Especificar
No Munic.
Na Região
No Estado
No País
No Exterior
192
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

Documentos relacionados