Guia WEB estilo redação CE - Etice

Transcrição

Guia WEB estilo redação CE - Etice
----------------------------------------------------------------Secretário da Administração (em exercício)
MARCUS AUGUSTO VASCONCELOS COELHO
Diretor-Presidente da Empresa de Tecnologia da Informação
do Estado do Ceará - ETICE, e Coordenador de Gestão Estratégica da
Tecnologia da Informação - CGETI
PAULO ALCÂNTARA SARAIVA LEÃO
Coordenador do Ambiente de Governo Eletrônico
LÍCIA MARIA VIANA BEZERRA DIAS
Núcleo de Governo Eletrônico
ANA PAULA ALCÂNTARA GONÇALVES
NINA ROSA GUANABARA DE AGUIAR E DUARTE
--------------------------------------COLABORAÇÃO:
Assessoria de Imprensa da Secretaria do Governo
KELLY CRISTINA CAIXETA DE CASTRO
Coordenadoria da Gestão da Tecnologia da Informação - Cgeti
JOSÉ AURIÇO OLIVEIRA
(Orientador de Célula)
VERA LÚCIA CARNEIRO DE SOUSA
(Orientador de Célula)
-------------------------------------Elaborado por
Nina Rosa Guanabara de Aguiar e Duarte
(Assistente Técnico da Coordenadoria do Ambiente de Governo Eletrônico)
-------------------------------------
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
1. ESTILÍSTICA ...................................................
5
1.1. Noções de Estilística ......................................
5
1.2. Figuras de Linguagem ....................................
6
1.2.1. Figuras de Palavras.....................................
7
1.2.2. Figuras de Som ou de Harmonia.....................
12
1.2.3. Figuras de Pensamento.................................
13
1.2.4. Figuras de Construção ou de Sintaxe..............
15
1.3. Vícios de Linguagem ......................................
21
2. REDAÇÃO WEB ................................................
30
2.1. Objetividade..................................................
31
2.2. Visibilidade...................................................
33
3. COMUNICAÇÃO E COMUNICAÇÃO VISUAL ...........
35
3.1. O que é Comunicação......................................
35
3.1.1.Elementos fundamentais da Comunicação..........
37
3.2. O que é a Comunicação Visual..........................
38
3.3. Imagens nas páginas eletrônicas e seus textos
(proposituras) .....................................................
40
4. DICAS TÉCNICAS PARA PADRÃO WEB ................
42
4.1. Requisitos e conteúdos mínimos para as páginas
institucionais do Governo do Estado do Ceará ..........
44
5. DICAS ORTOGRÁFICAS ....................................
46
APRESENTAÇÃO
Este guia não pretende ser rígido, mas apenas exercer um
papel de colaborador oferecendo informações para garantir a
coerência
de
estilo
e
de
redação
nas
páginas
WEB
dos
órgãos/entidades do Governo do Estado do Ceará. As indicações
e proposições aqui presentes refletem a visão atual do conteúdo
e da linguagem escrita dos sites que norteiam o Governo do
Estado e se destinam a todas as instituições estaduais que
produzem informações e serviços que serão disponibilizadas
para a WEB .
O
presente
trabalho
surge
da
necessidade
de
adaptar
essas harmonizações à realidade da World Wide Web como
direcionamento
à
utilização
das
normas
atuais
de
estilo,
redação, e comunicação visual, tendo como fim específico o de
que
todas
as
informações
e
serviços
contidos
nas
páginas
eletrônicas do Governo sejam os mais claros e trabalhados
possíveis, em respeito aos nossos tão importantes clientes: o
cidadão (no caso de conteúdo público), e o agente público (no
caso de conteúdo interno de Governo).
Os próximos volumes, lançados posteriormente e de forma
gradativa,
aspectos
tratarão
de
de
conteúdo
orientações
WEB,
com
direcionadas
o
mesmo
fim
aos
outros
específico
supracitado.
Paulo Alcântara Saraiva Leão
Coordenador de Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação – Cgeti e
Diretor-Presidente da Empresa da Tecnologia da Informação do Estado do
Ceará – Etice.
INTRODUÇÃO
A linguagem escrita contém diversas complexidades
dentro da sua concepção de comunicação e expressão,
daí a necessidade de termos alguns conceitos básicos
neste volume I do Guia de Governo Eletrônico, todavia
importantes, de noções de estilo antes de mergulharmos
inteiramente no campo da redação para a WEB.
Alertamos que os aspectos lingüísticos são deveras
importantes para que uma página na Internet esteja bem
delineada e bem estruturada. Necessária se fez, portanto,
uma
pequena
apresentando
explanação
as
figuras
sobre
de
estilística
linguagem
e
estilo,
utilizadas
na
comunicação. Os tipos de vícios de linguagem, os quais
devemos
refutar,
são
também
importantes
para
o
delineamento dos estudos.
Com isto,
tenta-se alinhar uma língua-padrão nas
páginas eletrônicas do Governo. O modelo de línguapadrão é decorrência de uma imitação, do modelo de uma
linguagem comum a um grupo, no caso, o grupo dos
mantenedores
das
páginas
na
Administração
Pública
Estadual.
No
que
concerne
à
redação
para
Internet,
os
desenvolvedores de páginas eletrônicas (programadores e
webwriters) e quaisquer outros colaboradores que estejam
neste processo, se tornam cada vez mais importantes no
encadeamento dos trabalhos de comunicação escrita e/ou
visual.
É vasto o campo que estuda os pontos do conteúdo,
hipertextos e todas as aplicações que são implementadas
hoje
no
empecilho
como
mundo
para
tratar
as
da
Internet.
expor
alguns
páginas
Mas
esse
fato
não
foi
acerca
de
compõem
o
norteamentos
eletrônicas
que
Governo Eletrônico do Estado do Ceará no que tange aos
aspectos
de
estilo,
redação,
e
comunicação
expressa
visual.
Por fim, são expostas dicas técnicas e de ortografia
básica e pontual tentando dirimir alguns dos mais comuns
atropelos no ato de escrever na Língua Portuguesa.
5
1. ESTILÍSTICA
1.1. NOÇÕES DE ESTILÍSTICA
A
Estilística
é
a
disciplina
que
estuda
a
expressividade de uma língua (oral ou escrita), e a sua
capacidade
de
sugestionar
e
emocionar
mediante
determinados processos e efeitos de estilo.
Os
conceitos
estudos
para
o
estilísticos
termo
apresentam
“estilo”.
Há
dois
vários
conceitos
básicos que poderíamos adequar ao ambiente de textos
para a WEB nas referências de estudo. O primeiro: o
estilo é o tratamento dispensado à língua portuguesa
como meio da expressão; o segundo: o estilo é o modo
de expressar-se de um escritor, ou de um grupo ou
período literário.
Porém, o estilo não se delimita apenas a estes
conceitos.
Englobam-se
a
ele
três
aspectos
fundamentais para que o mesmo resulte em um bom
processo de comunicação: a clareza; a concisão e a
originalidade.
Entendamos
por
clareza
a
expressão
de
um
pensamento. Para que ela se efetue com uma boa
qualidade se faz necessária uma pontuação correta e
evitar construção de frases em sua ordem inversa e
períodos longos.
A concisão é a exposição das idéias em poucas
palavras. A brevidade, a precisão e a exatidão são as
6
características principais para que ocorra a concisão,
além de que é preciso evitar um número excessivo de
adjetivos,
principalmente
sinônimos,
para
cada
substantivo; evitar palavras inúteis ou redundantes; e
evitar, sempre que possível, o emprego de dois ou mais
verbos juntos.
à
Quanto
originalidade
é
tudo
aquilo
que
tem
caráter próprio; que não procura imitar nem seguir
ninguém
e
que
possui
seus
caracteres
peculiares,
singulares.
Para
empreguem
ser
os
conseguida,
tão
é
conhecidos
preciso
que
chavões,
não
evitando
se
a
repetição de frases vulgares, usadas constantemente
pela linguagem inculta.
Convém aqui lembrar a diferença entre a língua
culta e a língua inculta. A língua culta é aquela que
segue os padrões das normas de sua gramática oficial.
A inculta, ou popular, não se preocupa com os aspectos
gramaticais, com o refinamento da escrita ou da fala; a
mesma
deve
ser
evitada
nas
páginas
eletrônicas
institucionais governamentais.
1.2. FIGURAS DE LINGUAGEM
Figuras de Linguagem são as figuras utilizadas
para enriquecer e valorizar o texto, tornando-o mais
expressivo. Trata-se de recursos lingüísticos utilizados
nas
expressões
conferindo-lhes
emotividade ou poeticidade nos discursos.
originalidade,
7
É
importante
dizer
que
essas
figuras
revelam
muito da sensibilidade de quem as produz, traduzindo
particularidades
estilísticas
do
autor.
A
palavra
empregada em sentido figurado (conotativo), passa a
pertencer a outro campo de significação, mais amplo e
criativo.
As
figuras
de
linguagem
classificam-se
em:
Figuras de Palavras; Figuras de Som ou de Harmonia;
Figuras de Pensamento; e Figuras de Construção ou
Sintaxe.
1.2.1.
As
figuras
de
palavras
consistem
no
emprego de um termo com sentido diferente daquele
convencionalmente empregado, a fim de se conseguir
um
efeito
mais
divididas
em
Metonímia;
expressivo
oito
classes:
Sinédoque;
na
comunicação,
Comparação;
Catacrese;
e
são
Metáfora;
Sinestesia;
Antonomásia, e Alegoria.
• COMPARAÇÃO
• Caracterização:
Ocorre
comparação
quando
se quer estabelecer uma aproximação entre
dois elementos que se identificam, ligados
por conectivos comparativos explícitos
(feito,
assim como, tal, como, tal qual, tal como,
qual, que nem), e alguns verbos (parecer,
assemelhar-se, e outros).
• Casos / Exemplos: “Beijou sua mulher como
se fosse lógico” (Chico Buarque) / “Amou
8
daquela vez como se fosse máquina” (Chico
Buarque)
• METÁFORA
• Caracterização:
A
metáfora
ocorre
quando
uma palavra foge ao seu significado natural.
O
sentido
Ocorre
se
quanto
transforma
em
um
substitui
termo
conotativo.
outro
resultante da subjetividade de quem a cria.
• Casos
/
Exemplos:
"Supondo
o
espírito
humano uma vasta concha, o meu fim, Sr.
Soares, é ver se posso extrair pérolas, que é
a razão." (Machado de Assis).
• METONÍMIA
• Caracterização: Ocorre metonímia quando há
substituição
havendo
de
entre
uma
palavra
ambas
por
algum
outra,
grau
de
semelhança, relação, proximidade de sentido
ou
implicação
mútua.
Tal
substituição
fundamenta-se numa relação objetiva, real,
realizando-se de inúmeros modos.
• Casos / Exemplos:
Ø O continente pelo conteúdo: “Tomei um
cálice de vinho.”
Ø A
causa
pelo
efeito
e
vice-versa:"E
assim, o operário ia / Com suor e com
cimento [trabalho]/ Erguendo uma casa
9
aqui
/
Adiante
um
apartamento."
(Vinicius de Moraes)
Ø O autor pela obra : o lugar de origem ou
de
produção
pelo
produto:
“Comprei
uma garrafa do legítimo porto. [o vinho
da cidade do Porto]”
Ø O abstrato pelo concreto e vice-versa:
“Não
podemos
contar
com
o
seu
coração”. [sentimento e sensibilidade].
Ø O símbolo pela coisa simbolizada: “A
coroa
[o
poder]
foi
disputada
pelos
revolucionários.”
Ø A
matéria
pelo
produto
e
vice-versa:
“Lento, o bronze [sino] soa.”
Ø O
inventor
pelo
invento:
“Edson
[a
energia elétrica] iluminou o mundo.”
Ø A coisa pelo lugar: “Vou à Prefeitura [ao
edifício da Prefeitura].”
Ø O instrumento pela pessoa que o utiliza:
“Ele é um bom garfo [guloso]”.
• SINÉDOQUE
• Caracterização: Ocorre sinédoque quando há
substituição de um termo por outro, havendo
ampliação ou redução do sentido usual da
palavra numa relação quantitativa.
10
• Casos / Exemplos:
Ø O
todo
pela
parte
e
vice-versa:
"A
cidade inteira [o povo] viu assombrada,
de queixo caído, o pistoleiro sumir de
ladrão, fugindo nos cascos [parte das
patas] de seu cavalo." (J. Cândido de
Carvalho).
Ø O singular pelo plural e vice-versa: “O
paulista [todos os paulistas]
é tímido; o
carioca [todos os cariocas], atrevido.”
Ø o indivíduo pela espécie (nome próprio
pelo nome comum): “Para os artistas ele
foi um mecenas [protetor].”
• CATACRESE
• Caracterização: A catacrese é um tipo de
especial
de
metáfora;
uma
espécie
de
metáfora desgastada, em que já não se sente
nenhum
vestígio
de
inovação,
de
criação
individual e pitoresca. É a metáfora que se
tornou hábito lingüístico comum, já fora do
âmbito estilístico.
• Casos / Exemplos:
Folhas de alho , Pele de
tomate , Dente de alho.
• SINESTESIA
• Caracterização:
A
sinestesia
consiste
na
fusão de sensações diferentes numa mesma
expressão.
Essas
sensações
podem
ser
11
físicas
(gustação,
audição,
visão,
olfato
e
tato) ou psicológicas (subjetivas).
• Casos
/
Exemplos:
“A
minha
primeira
recordação é um muro velho, no quintal de
uma casa indefinível. Tinha várias feridas no
reboco e veludo de musgo. Milagrosa aquela
mancha
macia
verde
[sensação
[sensações
visual]
táteis],
e
quase
úmida,
irreal."
(Augusto Meyer)
• ANTONOMÁSIA
• Caracterização:
Ocorre antonomásia quando
designamos uma pessoa por uma qualidade,
característica ou fato que a distingue. Na
linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo
que
apelido,
alcunha
ou
cognome,
cuja
origem é um aposto (descritivo, especificativo
etc.) do nome próprio.
• Casos / Exemplos: Pelé (Edson Arantes); Rei
das
selvas
(Leão);
O
Corso
(Napoleão
Bonaparte); O Dante Negro (Cruz e Souza).
• ALEGORIA
• Caracterização: A alegoria é uma acumulação
de metáforas referindo-se ao mesmo objeto; é
uma figura poética que consiste em expressar
uma situação global por meio de outra que a
evoque e intensifique o seu significado. Na
alegoria, todas as palavras estão transferidas
12
para
um
plano
que
não
lhes
é
comum
e
oferecem dois sentidos completos e perfeitos
- um referencial e outro metafórico.
• Casos / Exemplos: “A vida é uma ópera, é
uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam
pelo soprano, em presença do baixo e dos
comprimários, quando não são o soprano e o
contralto que lutam pelo tenor, em presença
do mesmo baixo e dos mesmos comprimários.
Há coros numerosos, muitos bailados, e a
orquestra é excelente..." (Machado de Assis)
1.2.2.
As
figuras
de
som
ou
de
harmonia
transmitem efeitos produzidos na linguagem quando há
repetição de sons ou, ainda, quando se procura "imitar"
sons produzidos por coisas ou seres.
harmonia
ou
de
som
são:
aliteração,
As figuras de
paronomásia,
assonância e onomatopéia.
• ALITERAÇÃO
• Caracterização: Ocorre aliteração quando há
repetição
da
mesma
consoante
ou
de
consoantes similares, geralmente em posição
inicial da palavra.
• Casos / Exemplos: “Toda gente homenageia
Januária na janela.” (Chico Buarque)
13
• ASSONÂNCIA
• Caracterização: Ocorre assonância quando há
repetição da mesma vogal ao longo de um
verso ou poema.
• Casos / Exemplos: “Sou Ana, da cama, da
cana,
fulana,
bacana.
Sou
Ana
de
Amsterdam.”(Chico Buarque)
• PARANOMÁSIA
• Caracterização: A paranomásia ocorre quando
há
repetição
de
sons
semelhantes
em
palavras de significados diferentes.
• Casos / Exemplos: “Toda gente homenageia
Januária na janela.” (Chico Buarque)
• ONOMATOPÉIA
• Caracterização: Ocorre quando uma palavra
ou conjunto de palavras imita um ruído ou
som.
• Casos / Exemplos:
“Ó rodas, ó engrenagens,
r-r-r-r-r-r-r eterno." (Fernando Pessoa)
1.2.3. As figuras de pensamento são recursos de
linguagem que se referem ao significado das palavras,
ao seu aspecto semântico. São figuras de pensamento:
antítese,
eufemismo,
ironia,
apóstrofe,
prosopopéia, paradoxo, hipérbole e perífase.
gradação,
14
• ANTÍTESE
• Caracterização:
Ocorre
antítese
quando
há
aproximação de palavras ou expressões de
sentidos opostos.
• Casos
/
Exemplos:
"Amigos
ou
inimigos
estão, amiúde, em posições trocadas. Uns
nos querem mal, e fazem-nos bem. Outros
nos almejam o bem, e nos trazem o mal."
(Rui Barbosa)
• APÓSTROFE
• Caracterização: Ocorre apóstrofe quando há
invocação de uma pessoa ou algo, real ou
imaginário,
que
pode
estar
presente
ou
ausente. Corresponde ao vocativo na análise
sintática
e
é
utilizada
para
dar
ênfase
à
expressão.
• Casos / Exemplos: - "Deus! ó Deus! Onde
estás, que não respondes?" (Castro Alves)
• PARADOXO
• Caracterização: Ocorre paradoxo não apenas
na
aproximação
de
palavras
de
sentido
oposto, mas também na de idéias que se
contradizem referindo-se ao mesmo termo. É
uma
verdade
enunciada
com
aparência
de
mentira.
• Casos / Exemplos: "Amor é fogo que arde
sem se ver; É ferida que dói e não se sente;
15
É um contentamento descontente;
É dor
que desatina sem doer;" (Camões)
• EUFEMISMO
• Caracterização:
Ocorre
eufemismo
quando
uma palavra ou expressão é empregada para
atenuar
uma
verdade
tida
como
penosa,
desagradável ou chocante.
• Casos / Exemplos: “E pela paz derradeira
[morte] que enfim vai nos redimir, Deus lhe
pague". (Chico Buarque)
1.2.4. As figuras de construção ou de sintaxe
dizem respeito a desvios em relação à concordância
entre
os
termos
da
oração,
sua
ordem,
possíveis
repetições ou omissões. Elas podem ser construídas
por: omissão (assíndeto, elipse e zeugma); repetição
(anáfora,
pleonasmo
(anástrofe,
hipérbato,
e
polissíndeto);
sínquise
e
inversão
hipálage);
ruptura
(anacoluto) e concordância ideológica (silepse).
• ASSÍNDETO
• Caracterização:
Ocorre
assíndeto
quando
orações ou palavras deveriam vir ligadas por
conjunções
coordenativas,
aparecem
justapostas ou separadas por vírgulas. Elas
Exigem do leitor atenção maior no exame de
cada fato, por exigência das pausas rítmicas
(vírgulas).
16
• Casos / Exemplos: "Não nos movemos, as
mãos é que se estenderam pouco a pouco,
todas
quatro,
pegando-se,
apertando-se,
fundindo-se." (Machado de Assis)
• ELIPSE
• Caracterização:
Ocorre
elipse
quando
omitimos um termo ou oração que facilmente
podemos
identificar
contexto.
Pode
pronomes,
ou
ocorrer
conjunções,
subentender
na
supressão
preposições
no
de
ou
verbos. É um poderoso recurso de concisão e
dinamismo.
• Casos / Exemplos: "Não nos movemos, as
mãos é que se estenderam pouco a pouco,
todas
quatro,
pegando-se,
apertando-se,
fundindo-se." (Machado de Assis)
• ZEUGMA
• Caracterização:
termo
já
Ocorre
expresso
na
zeugma
frase
quando
é
um
suprimido,
ficando subentendida sua repetição.
• Casos / Exemplos: "Foi saqueada a vida, e
assassinados
os
partidários
dos
Felipes."
(Camilo Castelo Branco) -[Zeugma do verbo:
"e foram assassinados...]
17
• ANÁFORA
• Caracterização:
Ocorre
anáfora
quando
há
repetição intencional de palavras no início de
um período, frase ou verso.
• Casos / Exemplos: "Depois o areal extenso /
Depois o oceano de pó / Depois no horizonte
imenso
desertos
/
Desertos
só."
(Castro
Alves)
• PLEONASMO
• Caracterização: Ocorre pleonasmo quando há
repetição da mesma idéia, isto é, redundância
de significado. Há dois tipos de pleonasmo: o
literário (é o uso de palavras redundantes
para reforçar uma idéia, tanto do ponto de
vista
semântico
quanto
do
ponto
de
vista
sintático. Usado como um recurso estilístico,
enriquece
a
expressão,
dando
ênfase
à
mensagem); e o vicioso (desdobramento de
idéias que já estavam implícitas em palavras
anteriormente
expressas.
Pleonasmos
viciosos devem ser evitados, pois não têm
valor de reforço de uma idéia, sendo apenas
fruto do descobrimento do sentido real das
palavras.
• Casos / Exemplos:
Ø Pleonasmo literário: "Morrerás morte vil
na mão de um forte."
(Gonçalves
Dias) - "Ó mar salgado, quando do teu
18
sal são lágrimas de Portugal" (Fernando
Pessoa)
Ø Pleonasmo vicioso: subir para cima
entrar para dentro /
ouvir
com
sangue /
os
/
repetir de novo /
ouvidos
hemorragia
monopólio exclusivo /
de
breve
alocução / principal protagonista.
• POLISSÍNDETO
• Caracterização:
há
repetição
coordenativa
Ocorre
polissíndeto
enfática
mais
de
vezes
uma
do
quando
conjunção
que
exige
a
norma gramatical - geralmente a conjunção e
-
É
um
recurso
que
sugere
movimentos
ininterruptos ou vertiginosos.
• Casos
/
Exemplos:
burguesinhas
pobres,
lavadeiras
e
as
chegando
as
criadas
das
e as mulheres do povo, e
burguesinhas ricas
as
"Vão
da
redondeza."
(Manuel
Bandeira)
• ANÁSTROFE
• Caracterização: Ocorre anástrofe quando há
uma
simples
inversão
de
palavras
vizinhas(determinante/determinado).
• Casos / Exemplos: "Tão leve estou [Estou tão
leve]
que
Quintana).
nem
sombra
tenho."
(Mário
19
• HIPÉRBATO
• Caracterização: Ocorre hipérbato quando há
uma inversão completa de membros da frase.
• Casos / Exemplos: "Passeiam à tarde, as
belas na Avenida." [As belas passeiam na
avenida
à
tarde]
-
(Carlos
Drummond
de
Andrade)
• SÍNQUISE
• Caracterização: Ocorre sínquise quando há
uma inversão violenta de distantes partes da
frase. É um hipérbato exagerado.
• Casos / Exemplos: "A grita se alevanta ao
Céu, da gente.“ [A grita da gente se alevanta
ao Céu.]
- (Camões)
• HIPÁLAGE
• Caracterização: Ocorre hipálage quando há
inversão
qualidade
da
que
posição
do
pertence
adjetivo:
a
um
uma
objeto
é
atribuída a outro, na mesma frase.
• Casos / Exemplos:
barbeiros."
[.as
"... as lojas loquazes dos
lojas
dos
barbeiros
loquazes] – (Eça de Queiroz)
• ANACOLUTO
• Caracterização: Ocorre anacoluto quando há
interrupção do plano sintático com que se
20
inicia
a
frase,
alterando-lhe
a
seqüência
lógica. A construção do período deixa um ou
mais termos - que não apresentam função
sintática definida - desprendidos dos demais,
geralmente depois de uma pausa sensível.
• Casos
/
Exemplos:
"Essas
empregadas
hoje, não se pode confiar nelas."
de
(Alcântara
Machado)
• SILEPSE
• Caracterização:
Ocorre
silepse
quando
a
concordância não é feita com as palavras,
mas com a idéia a elas associada. Há três
tipos de silepse: gênero (ocorre quando há
discordância entre os gêneros
feminino
ou
masculino;
gramaticais:
número
(ocorre
quando há discordância envolvendo o número
gramatical - singular ou plural), e pessoa
(ocorre
quando
há
discordância
entre
o
sujeito expresso e a pessoa verbal: o sujeito
que
fala
ou
escreve
se
inclui
no
sujeito
enunciado).
• Casos / Exemplos:
Ø Silepse de gênero: "Quando a gente é
novo,
gosta
de
fazer
número:
“Corria
bonito."
(Guimarães Rosa)
Ø Silepse
todos
de
lados,
Barreto)
e
gritavam."
gente
de
(Mário
21
Ø Silepse de pessoa: “Na noite seguinte
estávamos reunidas algumas pessoas."
(Machado de Assis)
1.3. VÍCIOS DE LINGUAGEM
São alterações defeituosas que sofre a língua em
sua
pronúncia
e
escrita.
O
fato
ocorre
devido
à
ignorância do povo ou ao descaso de alguns escritores.
Os vícios de linguagem são: barbarismo, anfibologia,
cacofonia, eco, arcaísmo, vulgarismo, estrangeirismo,
solecismo,
obscuridade,
hiato,
colisão,
neologismo,
preciosismo, pleonasmo.
Todos os vícios de linguagem devem ser evitados
tanto na comunicação oral quanto na escrita (textos
científicos). Para melhor conceituar e exemplificar os
vícios de linguagem, veja os tipos em seguida.
• BARBARISMO
• Caracterização: Uso de uma palavra errada
quanto
à
grafia,
pronúncia,
significação,
flexão ou formação. Assim sendo, divide-se
em: gráfico, ortoépico, prosódico, semântico,
morfológico e mórfico.
• Casos / Exemplos:
Ø Gráficos:
hontem,
proesa,
conssessiva,
aza, por: ontem, proeza, concessiva e asa.
22
Ø Ortoépicos
subcistir,
interésse,
:
por:
carramanchão,
interesse,
caramanchão,
subsistir.
rúbrica,
Ø Prosódicos:
filântropo,
por:
rubrica, filantropo.
Ø Semânticos: Tráfico (por tráfego) indígena
(como
sinônimo
de
índio,
em
vez
de
autóctone).
cidadões,
Ø Morfológicos:
uma
telefonema,
proporam, reavi, deteu, por: cidadãos, um
telefonema, propuseram, reouve, deteve.
antidiluviano,
Ø Mórficos:
monolinear, por:
filmeteca,
antediluviano, filmoteca,
unlinear.
• AMBIGÜIDADE OU ANFIBIOLOGIA
• Caracterização: É o vício de linguagem que
consiste em usar diversas palavras na frase
de maneira a causar duplo sentido na sua
interpretação.
• Casos / Exemplos:
enfim,
o
pai,
o
Ex.: Não se convence,
filho,
amado.
/
O
chefe
discutiu com o empregado e estragou seu dia.
(nos dois casos, não se sabe qual dos dois é
autor, ou paciente).
• CACOFONIA
• Caracterização:
Vício
caracterizado
pelo
encontro ou repetição de fonemas ou sílabas
23
que produzem efeito desagradável ao ouvido.
Constituem cacofonias: colisão; eco; hiato e
o cacófato.
• Casos / Exemplos:
Ø colisão - Meu Deus não seja já.
Ø eco - Vicente mente constantemente.
Ela iria à aula hoje, se não
Ø hiato chovesse.
Ø cacófato
-
Tem
uma
mão
[umamão]
machucada / Pede o Papa paz ao povo. /
Vou-me já para casa. / Vi ela no carnaval.
• ECO
• Caracterização:
consiste
na
Espécie
seqüência
de
de
cacofonia
sons
que
vocálicos,
idênticos, ou na proximidade de palavras que
têm a mesma terminação. Também se chama
assonância.
• Casos / Exemplos: É possível a aprovação da
transação sem concisão e sem associação.
§ ARCAÍSMO
§ Caracterização:
construções
Palavras,
ou
maneira
expressões,
de
dizer
que
deixaram de ser usadas ou passaram a ter
emprego diverso.
§ Casos
/
assi
(por
vosmecê
Exemplos:
assim);
(por
asinha
(por
entonces
você);
geolho
depressa);
(por
então);
(por
joelho);
24
arreio (o qual perdeu a significação antiga de
enfeite); catar (perdeu a significação antiga
de olhar); faria-te um favor (não se coloca
mais
o
pronome
pessoal
átono
depois
de
forma verbal do futuro do indicativo).
§ VULGARISMO
§ Caracterização: É o uso lingüístico popular
em contraposição às doutrinas da linguagem
culta da mesma região.O vulgarismo pode ser
fonético, morfológico e sintático.
§ Casos / Exemplos:
Ø Fonéticos:
Ø A queda dos erres finais: anda, comê,
etc.
A
vocalização
do
"L"
final
nas
sílabas. Ex.: mel = meu , sal = saú etc. A
monotongação
dos
ditongos.
Ex.:
estoura = estóra, roubar=rôbá
Ø A
intercalação
desfazer
um
de
uma
grupo
vogal
consonantal.
para
Ex.:
advogado = adevogado; rítmo = rítimo;
psicologia = pissicologia.
Ø Morfológico e sintático:
Ø Temos
a
simplificação
das
flexões
nominais e verbais. Exs.: Os aluno /
dois quilo / os homê brigou.
Ø Também
pessoais
o
emprego
do
caso
reto
dos
em
oblíquo. Ex.: Vi ela / olha eu.
pronomes
lugar
do
25
• ESTRANGERISMO
• Caracterização: Todo e qualquer emprego de
palavras,
expressões
estrangeiras
em
e
nosso
construções
idioma
recebe
denominação de estrangeirismo. Classificamse
em:
francesismo,
espanholismo,
germanismo
polaço),
anglicismo
(alemão),
arabismo,
latinismo,
italianismo,
(inglês),
eslavismo
hebraísmo,
tupinismo
americanismo
(línguas
da
estrangeirismo
pode
ser
(russo,
grecismo,
(tupi-guarani),
América)
etc.
morfológico
O
ou
sintático.
• Casos / Exemplos:
Ø Estrangeirismos morfológicos:
-
Francesismos:
abajur,
chefe,
carnê, matinê.
-
Italianismos:
ravioli,
pizza,
cicerone, minestra, madona.
-
Espanholismos:
camarilha,
guitarra, quadrilha.
-
Anglicanismos:
futebol,
telex,
bofe, ringue, sanduíche, breque.
-
Germanismos:
chope,
cerveja,
gás, touca.
-
Eslavismos: gravata, estepe.
-
Arabismos:
alface,
tarimba,
açougue, bazar.
-
Hebraísmos: amém, sábado.
26
-
Grecismos: batismo, farmácia, o
limpo, bispo.
-
Latinismos:
index,
bis,
memorandum, quo vadis.
-
Tupinismos:
mirim,
pipoca,
peteca, caipira.
-
Americanismos:
canoa,
chocolate, mate, mandioca.
-
Orientalismos:
chá,
xícara,
pagode, kamikaze.
-
Africanismos: macumba, fuxicar,
cochilar, samba.
Ø Estrangeirismos Sintáticos: Exs.: Saltar
aos olhos (francesismo) - Pedro é mais
velho de mim. (italianismo); - O jogo
resultou
ótimo.
(espanholismo);
Porcentagem (anglicanismo); guerra fria
(anglicanismo).
• SOLECISMO
• Caracterização:
contra
regência
as
ou
São
os
normas
de
de
erros
que
atentam
concordância,
colocação.
Podem
ser
de
de
regência,/ concordância e colocação
• Casos / Exemplos:
Ø Solecismos
assistimos
de
o
regência:
filme
(por:
Ontem
Ontem
assistimos ao filme). / Cheguei no Brasil
27
em 1923 (por: Cheguei ao Brasil em
1923).
Ø Solecismo
de
concordância:
Haviam
muitas pessoas na festa (correto: Havia
muitas pessoas na
festa). / O pessoal
já saíram? (correto: O pessoal já saiu?).
• OBSCURIDADE
• Caracterização:
Vício
de
linguagem
que
consiste em construir a frase de tal modo que
o
sentido
se
ininteligível.
causas
da
torne
Em
obscuro,
um
texto,
obscuridade
embaraçado,
as
são:
principais
o
abuso
do
arcaísmo e o neologismo, o provincianismo, o
estrangeirismo,
a
elipse,
a
sínquise
(hipérbato vicioso), o parêntese extenso, o
acúmulo
incidentes)
de
orações
as
intercaladas
circunlocuções,
a
(ou
extensão
exagerada da frase, as palavras rebuscadas,
as construções intrincadas e a má pontuação.
• Casos / Exemplos: Foi evitada uma efusão de
sangue inútil (Em vez de efusão inútil de
sangue).
• NEOLOGISMO
• Caracterização:
construção
Palavra,
recentemente
introduzidas na língua.
• Casos / Exemplos:
expressão
ou
criadas
ou
28
Ø Extrínsecos:
Compreendem
estrangeirismos.
Ex.:
os
escanear
(de
“scanner”).
Ø Intrínsecos(ou
com
os
vernáculos):
recursos
da
Formados
própria
língua.
Podem ser de origem culta ou popular.
• Os neologismos de origem culta subdividemse em:
Ø Científicos
ou
penicilina,
(redução:
técnicos:
aeromoça,
telespectador,
taxímetro
táxi),
fonemática,
televisão,
comunista.
Ø Literários
ou
artísticos:
sesquiorelhal,
importante,
olhicerúleo,
paredro
prócer),
(=
pessoa
vesperal,
festival,
recital, concretismo, modernismo.
Ø Obs.:
Os
neologismos
constituídos
pelos
populares
termos
de
são
gíria.
"Manjar" (entender, saber do assunto) /
"a pampa" / legal (excelente) / biruta /
transa / psicodélico.
• PRECIOSISMO
• Caracterização: Expressão rebuscada. Usa-se
com prejuízo da naturalidade do estilo. É o
que o povo chama de "falar difícil".
• Casos / Exemplos:
celeste
derramará
esplendores
da
sua
O fulvo e voluptoso Rajá
além
os
magnificência
fugitivos
astral
e
29
rendilhara d’alto e de leve as nuvens da
delicadeza,
arquitetural,
decorativa,
dos
estilos manuelinos."
• PLEONASMO
• Caracterização:
voluntário
de
involuntárias,
Emprego
palavras
inconsciente
ou
desnecessárias,
ou
expressões
por
já
estar
sua significação contida em outras da mesma
frase. O pleonasmo, como vício de linguagem,
contém uma repetição inútil e desnecessária
dos elementos.
• Casos
/
Exemplos:
Voltou
a
estudar
novamente. / Ele reincidiu na mesma falta
de novo. / Primeiro subiu para cima, depois
em seguida entrou nas nuvens. / O navio
naufragou e foi ao fundo.
30
2. REDAÇÃO WEB
A produção de conteúdo na WEB é um fato e já
possui extensa bibliografia publicada por estudiosos.
Isto porque o conteúdo é a alma de qualquer projeto; o
que motiva o acesso às informações,
e o gerador das
experiências positivas adquiridas com um determinado
site.
Sabemos
que
todo
conteúdo
tem
de
ser
estratégico, planejado e integrado. Os cidadãos buscam
e esperam obter serviços e informações de valor; valor,
neste caso, é quando há o respeito pelo público e a
entrega de informações interessantes, consistentes
e
confiáveis. Estas informações consistentes e confiáveis
são essenciais no processo de produção de conteúdo
como um todo. É através delas que se gera o chamado
“círculo
virtuoso”
conseqüentemente,
,
um
a
“revisita”
novo
às
páginas
relacionamento,
um
e,
elo
entre o Governo e o cidadão. De nada adianta todo um
brilho e movimento de animações ou outros efeitos
visuais quando os cidadãos buscam por informações
específicas nas páginas que visitam.
Redigir para a WEB é um pouco diferente dos
métodos convencionais de comunicação escrita. Tornase um desafio saber interagir com o cidadão e, ao
mesmo
tempo,
passar-lhe
informações
úteis.
Outro
desafio, seria o de prender a sua atenção; mantê-lo
bem orientado e proporcionar uma navegação rápida,
31
clara e precisa. A leitura na Internet não é um tipo de
leitura convencional, pois não se trata de uma leitura
totalmente
linear.
São
utilizados
hipertextos
que
designam um conjunto de documentos organizados de
forma não-linear e que estabelecem entre si uma rede
complexa de relações associativas. A sua organização é
não-seqüencial, não hierárquica e sem raiz. Quando
lemos um romance, seguimos uma linha de tempo e de
construção das idéias. Os hipertextos espalhados numa
página
WEB
não
obedecem
essa
linearidade
de
pensamento e construção de idéias. O usuário tem, a
sua frente, vários hipertextos, informando sobre vários
assuntos e temas, de certa forma, espalhados na tela e
que não acompanham um raciocínio linear. Finalizando
esta linha de pensamento, reforça-se o fato de que um
texto
escrito
(no
caso,
para
a
Internet)
pode
ser
rascunhado, revisto e planejado, diferentemente de um
texto
conversacional,
planejamento
requintado,
o
qual
o
que
não
gera
apresenta
a
não
complexidade e uma certa despreocupação no decorrer
da conversação com os aspectos normativos da língua.
2.1. A objetividade está embutida no estilo da
redação, o qual deve estar relacionado com a imagem
que o Governo quer transmitir ao seu público-alvo.
Segundo Bruno Rodrigues “é absolutamente falsa a
idéia de que a Internet foi feita para textos curtos”
(Webwriting – Pensando o texto para a mídia digital).
32
Cada
tema
abordado
em
uma
página
tem
suas
características peculiares.
Observe algumas dicas básicas:
Ø Seja simples, mantenha um texto fácil e de
clara compreensão;
Ø Faça
destaque
de
palavras
importantes;
coloque em cores diferentes ou em negrito;
Ø Utilize
a
técnica
de
raciocínio
lógico
invertido; as conclusões vêm primeiro;
Ø Utilize uma idéia por parágrafo;
Ø Fique
atento
simplicidade
à
ortografia
não
e
note
que
erro
de
capacitado
para
significa
vocabulário;
Ø Solicite
um
profissional
fazer a revisão de todos os textos expostos;
Ø Mantenha seus textos no tamanho exato. Não
se prenda a textos muito curtos. O principal
é
passar
a
informação
completa
objetivamente.
Ø Tente não ultrapassar mais de 13 palavras
por linha nos textos. Evite sempre as linhas
longas;
isto
afeta
a
percepção
visual
do
leitor.
Ø Evite textos/períodos longos, quebre-os em
parágrafos menores;
Ø Procure usar uma linguagem coloquial e mais
direta possível, podendo assim, criar uma
relação
cidadão;
de
amizade
e
fidelidade
com
o
33
Ø Não
abrevie
palavras,
isso
demonstrará
amadorismo e preguiça;
Ø Procure acentuar corretamente;
Ø Evite usar as cores-padrão de links em texto.
2.2. A visibilidade é um fator importante para
conquistar o internauta. Geralmente a visibilidade é
vista logo no primeiro contato com o site, ou seja, na
sua home page. Nesse primeiro momento, o cidadão
observa,
numa
visão
rápida,
o
que
vai
encontrar
naquele endereço. Daí, todo o conteúdo deve estar
muito bem distribuído. Seria como um índice de um livro
ou de um trabalho. Imaginemos que uma home page (ou
main page, ou página principal)
seja um sumário de um
trabalho,
por
de
uma
monografia,
exemplo.
Todo
conteúdo está definido e muito bem estruturado
no
início
do
trabalho
imediatamente,
uma
encontrar
um
–
é
para
visão
cartão
que
o
completa
de
visitas;
leitor
do
o
logo
tenha,
que
irá
uma
primeira
obra
literária
imagem do produto.
Tentemos
com
um
imaginar,
conteúdo
mal
também,
uma
distribuído;
capítulos
mal
elaborados; falta de linearidade das idéias; falta de
coesão
e
coerência
textuais.
Essa
obra
ninguém
comprará.
Assim, as main pages acompanham esse mesmo
processo: um sumário muito bem distribuído e muito
bem organizado; não somente no aspecto do conteúdo
em si, mas também no aspecto design. É claro que a
34
visibilidade de uma página eletrônica é diferente da
visibilidade
de
um
livro
no
aspecto
da
forma.
A
importância de uma página “leve”, despoluída é fator
principal
para
iniciais
prender
poluídas,
o
usuário-cidadão.
desorganizadas,
Páginas
repletas
de
informações soltas afastam o público.
Informações
importantes
e
de
destaque
maior
podem ser expostas na página principal através de
banners, mesmo que esteja já indexada em uma página
interna.
Ressalte-se, enfim, a importância das subpáginas.
São páginas que vêm logo após a principal e que,
algumas vezes, tomam suas características. Possuem
sessões e módulos diferenciados. As subpáginas são
bem-vindas no aspecto da distribuição da informação; é
como
se
importância
fosse
do
um
subcapítulo
conteúdo
com
divulgado
semelhante
no
capítulo
principal. Estas páginas, dependem, essencialmente, do
grau de relevância do conteúdo que divulgarão. Como
exemplo, ver: http://www.sefaz.ce.gov.br/nae .
35
3. COMUNICAÇÃO E COMUNICAÇÃO VISUAL
3.1. O QUE É COMUNICAÇÃO
O termo comunicação é usado não somente para
focalizar
o
relacionamento
pessoa-pessoa,
pessoa-
grupo, grupo-pessoa e grupo-grupo, mas também para
indicar o fluxo de informação no processo decisório da
organização e o relacionamento entre a organização e
seus membros, bem como o seu ambiente externo. A
comunicação significa, também, informação.
A comunicação tem por objetivo a transmissão de
mensagens. É através dela que o homem se torna e se
mantém um ser social. Sem comunicação, o homem não
poderia trabalhar em conjunto, produzir em cooperação,
pois as invenções e descobertas são quase sempre
dependentes do acúmulo de informações, sem as quais
o
gradual
transmitem
desenvolvimento
de
uma
de
geração
conceitos
para
outra
que
não
se
seria
alcançado.
A partir do momento em que duas pessoas se
deparam, elas se comunicam forçosamente. Ainda que
fiquem em silêncio: a ausência de qualquer gesto ou
palavra é em si mesma uma forma de comunicação.
Portanto,
não
nos
comunicamos
unicamente
através da fala: o silêncio, olhares, gestos, expressões
faciais,
as
vestimentas,
nossa
comportamentos comunicativos.
postura
etc,
são
36
A comunicação ocorre nas situações em que há
uma
interação,
isto
é,
um
efeito
perceptível
do
comportamento de um dos participantes sobre o outro.
Vivemos
indubitavelmente,
mergulhados
num
universo de comunicações. Pesquisas realizadas por
cientistas revelam que o homem urbano gasta cerca de
70% do seu tempo ativo falando, ouvindo, escrevendo
ou lendo. Isso representa 10 a 12 horas diárias de
atividades relacionadas com a comunicação.
Para um observador, o fato de a comunicação ser
ou não intencional não muda nada, como também não é
fácil ver se um
comportamento resulta efetivamente
numa
outro.
reação
do
Algumas
expressões
faciais
(levantar as sobrancelhas, por exemplo, quando se tem
uma surpresa) podem ser voluntárias ou involuntárias.
Se,
enquanto
alguém
nos
fala,
estivermos,
intencionalmente ou não, batendo com o lápis na mesa,
tal comportamento pode fornecer informações sobre o
nosso estado de surpresa, impaciência, desinteresse ou
atenção
em
Havendo
(tendo
relação
então
alterações
percebido
impaciência),
expressão
àquilo
talvez
tem-se
alcançou
a
seu
que
em
diz
seu
nosso
prova
o
interlocutor.
comportamento
desinteresse
manifesta
objetivo
e,
de
que
portanto,
ou
a
houve
comunicação.
Logo, a comunicação não se restringe somente à
língua falada ou à escrita, mas abrange também outras
linguagens,
tais
como:
gestos,
sinais
de
símbolos, artes plásticas, música, sonhos etc.
trânsito,
37
O mundo moderno está impregnado de símbolos,
sejam
matemáticos,
lógicos
ou
químicos;
símbolos
materiais, sejam religiosos, oníricos ou subjetivos; e
símbolos
imateriais.
Tais
símbolos,
ao
transmitirem
informações e/ou conhecimentos, comunicam.
Por conseguirem ultrapassar a barreira da língua e
serem
prontamente
compreendidos
por
diferentes
povos, independentemente de seu idioma, os símbolos
são
amplamente
cotidiano.
utilizados,
Exemplos
universalmente
fazendo
disso
utilizados
são
e
os
parte
do
nosso
semáforos,
amplamente
que
aceitos,
também comunicam algo às pessoas.
3.1.1.
Os
elementos
fundamentais
da
Comunicação estão inseridos nos textos. São estes
textos que dispõem a relação um emissor (que fala ou
escreve)
e
um
receptor
(ouvinte
ou
emissor
e
leitor),
em
condições que consideram:
Ø A
situação
(próximos
do
ou
afastados,
do
receptor
conhecidos
ou
desconhecidos um do outro etc.);
Ø Os meios de que se utilizam para comunicar;
Ø O conhecimento e domínio que têm desses
meios e do assunto tratado.
Os
elementos
do
processo
de
comunicação
compreendem:
Ø Emissor:
Emite
a
individual ou coletivo.
mensagem.
Pode
ser
38
Ø Receptor:
Recebe
a
mensagem.Pode
ser
individual ou coletivo, ouvinte ou leitor.
Ø Mensagem:
O
conteúdo
das
informações
transmitidas (visual, auditivo, olfativo...).
Ø Canal:
É
o
meio
que
possibilita
a
transmissão da mensagem: voz, foto, texto,
pintura etc.
Ø Código: A linguagem verbal ou não-verbal
utilizada.
Ø Referente:
O
contexto,
a
situação
e
os
objetos aos quais a mensagem remete.
3.2. O QUE É A COMUNICACAO VISUAL
O
sucesso
harmonização
do
público
interno.
falando
a
processo
em
qualquer
conceito
É
mesma
colaboradores
Pública
de
fundamental
língua,
questão;
que
Estadual.
na
projeto
comunicação
colocar
todos
todos
fazem
Somente
começa
em
pela
entre
o
sintonia,
os
envolvidos
no
os
servidores
e
parte
da
assim,
Administração
se
consegue
o
engajamento e o compromisso de todos com objetivos
estabelecidos.
A
comunicação
visual
é
o
principal
meio
de
transmissão de uma idéia. Através de apenas alguns
recursos gráficos é possível expressar a idéia de um
produto ou ação. Por exemplo, para transmitir a sinopse
de um filme de guerra os designers utilizam a cor preta
ou vermelha, imagens de armas, de sangue.
39
Uma
página
forma.Ela
deve
na
Internet
transmitir
o
funciona
conceito
da
da
mesma
instituição,
comunicando ao usuário, logo na primeira impressão, o
que será encontrado ali. Por exemplo, ao acessar a
página da Secretaria da Fazenda Estadual, o cidadão
deve perceber no primeiro momento que o conteúdo é
sobre informações financeiras, receita e despesa do
Estado,
e
não
um
site
de
recursos
humanos,
administração. Embora estes itens tenham algum ponto
em comum os assuntos são bastante opostos. O que faz
distinção entre as páginas é o público-alvo e o conceito
que a instituição quer transmitir. Tendo isso definido,
basta usar a criatividade e originalidade para criar um
projeto visual e de conteúdo de informação que se
encaixe
nas
expectativas
dessas
instituições
e
conquistar a confiança dos cidadãos.
A
visual,
harmonização
também
Eletrônico.
É
do
integra
conceito
na
a
estratégia
extremamente
importante
comunicação
do
Governo
colocá-la
em
linha com a idéia original. A identidade governamental
é
um
grande
patrimônio
e
precisa
estar
viva
e
valorizada na cabeça dos cidadãos. Esta identidade
deve sempre estar em harmonia com o conceito criado.
A comunicação que se dá via Internet acompanha o
mesmo processo de elementos supracitados no item
anterior, ou seja, há um emissor (Governo); receptor
(cidadão); mensagem (conteúdo visual, auditivo); canal
(Internet); código (a linguagem verbal ou não utilizada),
40
e
o
referente
(o
contexto
geral
interagido:
texto,
imagens, sons).
3.3.
IMAGENS
NAS
PÁGINAS
ELETRÔNICAS
E
SEUS TEXTOS (PROPOSITURAS)
Sabemos que numa página eletrônica além dos
textos, nos deparamos com várias imagens. O padrão
do tamanho utilizado oficialmente pela página oficial do
Governo,
o
qual
deve
ser
seguido,
é
o
seguinte:
banners de 160x64 pixels (extensão JPG); ou banners
menores, com tamanho de 60x60 pixels (extensão JPG).
As
imagens
devem
acompanhar
um
estilo
de
redação próprio. Uma chamada, por exemplo, sobre um
evento de meio ambiente, deverá acompanhar, é claro,
além das imagens, um pequeno texto informando o
nome do evento. No caso, deve-se informar o período
da realização do referido no próprio banner. e as cores
devem estar de acordo com os critérios de design e com
o
contexto
geral
da
mensagem
a
ser
transmitida.
Exemplificando: um banner cujo teor de conteúdo seja
um convite a um evento sobre meio ambiente, relativo à
semana da árvore. Supõe-se que a cor predominante
seja a verde, já que simboliza matas,
árvores. Ver em seguida os modelos:
meio ambiente e
41
(mod. 1) Banner 160x64 pixels (jpg)
Note que no modelo 1 estão explícitos na chamada
o nome do evento, o seu
período de realização, além
da cor verde (predominante) a qual simboliza o tema
destacado.
Para
as
chamadas
de
menor
tamanho
(60x60)
sugere-se que a imagem “fale mais alto”, isto por ser de
tamanho mais resumido. O texto explicativo poderá vir
acompanhado ao lado da imagem para mais detalhes da
informação que se quer transmitir.
Produtos cearenses da melhor
qualidade e com ótimos preços.
(mod. 2) Banner 60x60 pixels (jpg)
42
4. DICAS TÉCNICAS PARA PADRÃO WEB
Ø No
caso
downloads,
de
é
recomendável
informar o tamanho do arquivo e previsão
média do tempo para descarregá-lo.
Ø Salvar arquivos de texto para download com
extensão .rtf ou .pdf, nunca em .doc.
Ø Antes
de
publicar
funcionamento
(Internet
a
página,
verificar
browsers
em
Explorer
o
diferentes
Netscape),
e
principalmente no que se refere a tabelas,
fontes e tamanhos de letras.
Ø Seguir
em
todas
as
páginas
uma
padronização e proporcionalidade de fontes
de letras, de tamanhos de letras, de tamanho
de imagens e de cores. Recomendações para
fontes
das
letras:
Verdana,
Times
New
somente
para
Roman, Arial.
Ø Utilizar
negritos
e
itálicos
realçar, quando devidamente necessário.
Ø Evitar
palavras
grifadas/sublinhadas,
pois
confundem-se com o formato de links.
Ø Evitar caixa alta, pois chama muita atenção.
Ø Nunca colocar
o caractere
“&“ nas url’s
criadas; isto devido à incompatibilidade do
mesmo com o sistema de gestão de conteúdo
atualmente utilizado pelo Portal do Governo.
43
Ø Alinhar
os
parágrafos
centralizados,
à
conforme
esquerda
a
ou
necessidade.
Evitar parágrafos justificados.
Ø Nos textos redigidos tentar não ultrapassar
15 palavras por linha. Isso facilita a leitura.
Ø Usar imagens com tamanho razoável
para
não demorar no carregamento da página.
Ø Para
melhor
respeitar
o
visualização
limite
de
780
da
página,
pixels
(padrão
800x600).
Ø Não colocar o aviso de “melhor visualização”
na página inicial. Essa informação não é
mais necessária.
Ø Fazer testes de impressão nas páginas que
precisem ser impressas.
Ø Recomendável
utilizar
fundo
de
página
(background) branco.
Ø Na main page (home) deve ser identificado o
nome por extenso do órgão responsável pelo
site; a referência eletrônica de suas relações
hierárquicas
inferiores,
imediatas
devendo
superiores
também
contemplar
e
os
itens de maior importância dentro do site.
Os títulos dos itens devem ser concisos, mas
significativos.
Ø Para sites de órgãos da estrutura do Governo
Estadual, é obrigatório o uso da logomarca
oficial
do
Governo
do
Estado
na
página
inicial, no alto, à direita, direcionando para o
44
endereço http://www.ceara.gov.br (Portal de
Serviços e Informações).
Governo
do
Estado
A logomarca do
está
disponível
em
http://www.ceara.gov.br/guia/arquivos_downl
oads.asp
Ø Incluir
nome
do
órgão
responsável
pelo
conteúdo e atualização do site e data da
última atualização.
Ø Incluir o endereço completo do órgão (rua,
número,
complemento,
telefone,
fax,
CEP,
cidade e estado).
4.1. Requisitos e conteúdos mínimos para as
páginas
eletrônicas
institucionais
do
Governo
do
Estado do Ceará
Ø Informações
órgão,
Institucionais
missão,
visão,
(histórico
valores,
do
endereço
completo, telefones, e-mail, fax);
Ø Mapa do site;
Ø Menu de Navegabilidade;
Ø Ter
instrumento
de
comunicação
com
a
sociedade (Fale Conosco), direcionando para
[email protected] ;
Ø Canais de informação e comunicação para
permitir a orientação e esclarecimento de
Dúvidas
por
dificuldades;
aqueles
que
encontrarem
45
Ø Ter
equipe
de
pronta-resposta
para
as
demandas dos cidadãos;
Ø Deixar
sempre
transparente
quem
é
o
responsável pelo conteúdo publicado no site;
Ø Disponibilizar ferramenta de “Busca” no site;
Ø Evitar imagens animadas;
Ø Ter dados sobre os programas e projetos
com fácil localização;
Ø Possuir módulo “Notícias” sempre atualizado;
Ø Estar indexado no Guia de Informações do
Portal
do
relativas
forma
Governo,
com
palavras-chave
órgão
suas
atividades,
ao
a
e
garantir
a
recuperação
de
da
informação;
Ø Ter
serviços
on-line
que
devem
estar
cadastrados no Guia de Serviços;
Ø Disponibilizar
site,
página
contendo
a
informativa
sobre
identificação
responsáveis por cada módulo;
o
dos
46
5.DICAS ORTOGRÁFICAS
DIAS DA SEMANA
>> Use no texto, de preferência, a forma completa:
segunda-feira, quarta-feira. Nos títulos, se necessário,
recorra à abreviada: segunda, quarta. No plural, variam
os
dois
elementos:
segundas-feiras,
terças-feiras,
quartas-feiras, quintas-feiras, sextas-feiras.
>> Use sempre o dia da semana, e não o do mês, se o
fato
estiver
previsto
para
os
sete
dias
seguintes.
Assim, se a edição for a do dia 2, e houver uma reunião
marcada para o dia 7, refira-se à terça ou à quinta, e
não ao dia 7.
>> Quando usar o dia da semana com a data do mês,
coloque “quarta-feira (3)”, por exemplo.
DIAS DO MÊS
>> Não use o nome do mês se a data a que você se
refere
estiver
compreendida
nos
30
dias
seguintes.
Supondo-se a edição de 20 de setembro, notícias sobre
o dia 30 de setembro, ou 16 de outubro sairiam desta
forma:
O
informática
estádio
começa
reabre-se
(no)
dia
(no)
16
dia
(e
30.
não
Feira
dia
16
de
de
outubro).
>> Se a data superar os 30 dias seguintes, torna-se
obrigatório citar o nome do mês: O estádio reabre-se
em 30 de outubro (ou dia 30 de outubro). Feira de
47
informática começa em 5 de novembro (ou dia 5 de
novembro).
>> O dia 1º deverá ser escrito sempre desta forma, em
ordinal: Trabalhadores decretam greve para o dia 1º (e
não
para
o
dia
1).
O
governo
fixa
a
data
do
recenseamento: 1º de fevereiro.
>> Escreva os dias do mês, em algarismos, e não por
extenso: 1º de agosto (e não primeiro de agosto), 16 de
novembro (e nunca dezesseis de novembro), dia 1º etc.
A única exceção admitida são as datas históricas, e
assim mesmo quando se quiser dar realce a elas: o
Sete de Setembro, o Nove de Julho.
>> Use esta forma, tanto no noticiário como nos títulos:
12 de agosto de 1987, 10 de setembro de 1947, 4 de
março.
Apenas
enumerações
em
quadros,
casos
etc.)
especiais
recorra
(tabelas,
à
notação
abreviada: 3/9/54, 8/11/1987.
>> Em nenhuma hipótese use o dígito 0(zero) antes do
número referente o dia ou mês: Dia 5 de novembro (e
nunca dia 05 de novembro); 8/4/95 (e nunca 08/04/95).
MESES
>> Não use a palavra mês antes do nome do próprio
mês: volta ao Brasil em dezembro (e não no mês de
dezembro).
>> Próximo e passado podem ser usados livremente
para designar o mês, assim como a expressão que vem:
João volta ao Brasil no próximo mês (no mês que vem).
João viajou para a Europa no mês passado.
48
ANOS
>>
Da mesma forma, use apenas o número designativo
do ano, sem a palavra ano antes dele: João volta ao
Brasil em 1997 (e não no ano de 1997). Exceção: ano
2000, anos 30, anos 80.
>>
O número referente ao ano não tem ponto: 1996,
1957, 2000 (e nunca 1.996, 1.957, 2.000).
HORAS
>>
À exceção dos títulos e tabelas, evite abreviar as
horas redondas: às 15 horas, às 8 horas.
>>
Considere genericamente: a madrugada vai da zero
às 6 horas; a manhã, das 6 ao meio-dia; a tarde, do
meio-dia às 18 e a noite, das 18 às 24 horas. Se
necessário, nos horários de transição, faça ressalvas
como: no começo da manhã, no início da noite, aos
primeiros minutos de hoje etc.
>> Nas horas quebradas, use h, min e s para as horas,
minutos e segundos (sem o s), sem dar espaço entre os
números: 5h15, 18h05 (o min só é necessário se a
indicação especificar a hora até o número de segundos:
20h15min13s. Em casos especiais, minutos, segundos e
décimos poderão ser expressos desta forma: 1'25"5
(especialmente em competições esportivas, lançamento
de foguetes etc.).
>> Use artigo antes de horas: das 12 às 14 horas, às 8
horas, das 16 às 21 horas, às 15 para as 9.
>> “Meia-noite” e “zero hora” se equivalem, mas a
primeira
pertence
ao
dia
anterior;
a
segunda,
ao
49
posterior. Assim, um aumento, por exemplo, entra em
vigor à meia-noite da sexta-feira ou à zero hora do
sábado (prefira zero hora, neste caso).
ABREVIATURAS
>>
Nenhuma
das
abreviaturas
do
sistema
métrico
decimal tem ponto ou plural: 1 km, 6 km (e nunca 6
kms.), 1 h, 5 h (e nunca 5 hs.), 2m, 6 kg, 16 l (e não
ls.), 25 ha, 30 t, 40 g, 57 min, 18 s, 18h16min14s (só
neste
caso,
sem
espaço
entre
os
números
e
a
abreviatura).
>> Têm plural com “s” as abreviaturas constituídas pela
redução de palavras e as que representam títulos ou
formas de tratamento: sécs. 15 e 16, págs. 54, 55 e 56
e segs., srs., sras., drs., dras., S. Sas. (repare que o
S. de Sua fica invariável), V. Exas. (o mesmo ocorre
com o V. de Vossa) etc. Exceção: d. (para dons e
donas).
>>
As
abreviaturas
dos
nomes
dos
Estados
são
constituídas sempre de duas letras, ambas maiúsculas
e sem ponto: SP, AM, BA, GO, PE.
MAIÚSCULAS
>> Nos conceitos políticos ou filosóficos relevantes:
País
Igreja,
(o
Brasil),
Justiça,
Estado
(significando
República,
Império,
uma
nação),
Constituição
(e
seus sinônimos, como Carta Magna, Carta, Lei Magna),
Congresso, Parlamento, Constituinte.
50
>> Nos títulos de livros, jornais, revistas, artigos e
produções artísticas, literárias e científicas em geral
(filmes, peças, músicas, telas, teses etc.).
>> Nos pontos cardeais, quando indicam as grandes
regiões do Brasil ou do mundo: Sul, Nordeste, Sudeste,
Oriente
Médio,
Leste
Europeu,
Ocidente,
Sudeste
Asiático).
>> A inicial é minúscula, no entanto, se o ponto cardeal
define
direção
ou
limite
geográfico:
o
nordeste
de
Goiás, o sudeste da Europa, o norte do Irã, o sudoeste
dos EUA, o leste da Espanha.
>> Nos nomes das festas religiosas: Páscoa, Natal,
Quaresma,
Confraternização
Universal,
Ressurreição,
Reis, Finados, Semana Santa, Corpus Christi.
>> Nos nomes de vias e lugares públicos: Avenida
Santos Dumont, Rua João Cordeiro, Largo da Carioca,
Praça do Ferreira, Morro de Santa Terezinha, Travessa
da Piedade, Parque das Crianças, Beco do Cotovelo,
Praia do Futuro, Parque do Cocó.
>> Nos títulos e formas cerimoniosas de tratamento e
suas abreviaturas: Vossa Excelência, Vossa Eminência,
Sua
Senhoria,
Vossa
Santidade,
Nossa
Senhora,
V.
Exa., V. Ema., S. Sa., V. S., N. Sa. Não vão em
maiúsculas as formas de tratamento comuns e suas
abreviaturas: doutor, doutora, senhor, senhora, dom,
dona, sir, mister, dr., dra., sr., sra., d., mr. (a norma
oficial, no entanto, manda escrevê-las em maiúsculas).
>> Nos nomes comuns, quando personificados: o Estado
(Ceará), o País (Brasil), a Nação (Brasil).
51
>> Nos nomes próprios compostos (unidos por hífen),
todos os seus elementos vão em maiúsculas: Acordo
Luso-Franco-Brasileiro,
Grossense,
Grupo
Sensorial,
Grã-Bretanha,
Anti-Seqüestro,
Todo-Poderoso,
Pantanal
Mato-
Associação
Extra-
Decreto-Lei
nº
5,
Procuradoria-Geral, Vice-Presidência, Instituto MédicoLegal, Inquérito Policial-Militar.
MINÚSCULAS
>> Para designar as estações do ano, os meses e os
dias da semana: primavera, verão, janeiro, dezembro,
segunda-feira, sábado. Quando os meses fazem parte
de datas históricas ou dos nomes de lugares públicos,
escrevem-se
com
inicial
maiúscula:
Largo
7
de
Setembro, Avenida 9 de Julho, Rua 13 de Maio, o 7 de
Setembro, o 15 de Novembro.
>> Na designação das profissões e dos ocupantes de
cargos,
como
presidente,
ministro,
governador,
secretário, prefeito, papa, quando o nome da pessoa
vier em seguida: O governador Lúcio Alcântara.
>> Usar as designações dos cargos em maiúsculas
quando
o
nome
não
estiver
em
seguida.
Ex.:
O
Governador disse que...
>>
As
instituições,
Presidência
República,
da
entretanto,
República,
Ministério
da
vão
em
maiúsculas:
Vice-Presidência
Justiça,
Secretaria
da
da
Fazenda, Chefia de Gabinete, Diretoria de Trânsito,
Inspetoria
de
Ensino,
Comissão
de
Finanças,
52
Superintendência do Abastecimento, Câmara Municipal,
Justiça Federal, Senado.
NEGRITO
>> Use negrito sempre quando referir-se ao Portal do
Governo
>> Nas perguntas das entrevistas tipo pingue-pongue:
Portal - Por que o senhor renunciou ao cargo?
João de Almeida - Achei que não havia mais condições
para ficar no Governo.
>> Nos intertítulos (matérias jornalísticas)
ITÁLICO
>> No nome dos demais jornais, revistas ou outras
publicações.
>> No nome de obras artísticas em geral (músicas,
filmes,
vídeos,
peças
de
teatro,
painéis,
quadros,
esculturas, livros, programas de rádio e TV etc.)
>>
Nome
de
conferências,
simpósios,
cursos,
congressos etc. que, de qualquer forma, deverá ser
escrito com iniciais maiúsculas: A América Latina e os
Países do Primeiro Mundo; A Influência da Televisão na
Formação da Personalidade da Criança; O Século 21.
>> Para destacar alguma palavra da frase.
>> Para palavras estrangeiras
>> Nos nomes científicos de animais, insetos e plantas:
Aedes aegypti.
53
PALAVRAS ESTRANGEIRAS
>> Não empregue no idioma original palavra que já
esteja
aportuguesada.
Assim, uísque e não whisky;
conhaque, e não cognac; recorde, e não record; chique
(ou elegante), e não chic; caratê, e não karatê; cachê,
e não cachet; tarô, e não tarot; videopôquer, e não
videopoker; estande, e não stand etc. Evite sempre
estrangeirismos; palavras em outras línguas.
SIGLAS
>> Com até três letras, todas em caixa alta, sem
exceções: BID - CPF – PIS – ECT –CEF
>> Com mais de três letras, sem formar uma palavra,
todas em maiúscula: BNDES - FGTS
>> Com mais de três letras, formando uma palavra,
somente
a
primeira
letra
em
caixa
alta:
Codece
–
Cagece - Detran- Dert – Sead – Ematerce – Ettusa
>>
As
siglas
dos
órgãos/entidades
também
devem
seguir a mesma regra: Sejuv, Seduc, SSPDS, SAS,
DPG, Ipece.
>> Apenas em casos de extrema necessidade, deve-se
colocar
toda
a
sigla
em
maiúsculas
chamadas, de propagandas, por exemplo).
(os
casos
de

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