Retornados de Angola

Transcrição

Retornados de Angola
•
ANO I
NUMERO 11
25
DE MAR~O
1976
THE PORTUGUESE COMMUNITY NEWSPAPER
TEL,
535-8616
PRE~O. AVULSO
25c
~
TRUDEAU E. A INTRIGA
DOS JUIZES
SALARIO MINIMO
E EXPLORACAO
,
o
•
..
,
salario minimo no Ontario subiu no
dia 15 de Mar~o de $2.40 para $2.65 por
hora.
o Toronto Star do dia 17 de Mar~o publicou um artigo em que mostra como imensas pessoas nao unionizadas, a trabalhar
em restaurantes, bares, lojas de retalho,
padarias e companhias de industrias ligeiras est~o a ser exploradas. Adeniji, autor de uma pesquiza sobre industrias que
pagam 0 salario minimo disse que as evidencias provam que muitos "patroes pagam
salarios baixos, porque a tabela de salario minimo provincial e irrealisticamente
baixa" - nao porque eles na'o pos sam pagar
mais.
o resultado, diz ele, e que os trabaIhadores explorados subsidiam os patroes,
e ~sses trabalhadores por sua vez estao a
ser subsidiados por contribuintes atraves
de programas'de assistencia social.
JEAN CHRETIEN
MARC LALONDE
C. M. (BUD) DRURY
Alem disso, pessoas que trabalham nos
Gerou-se nas iiltimas semanas uma contro- sumo e dos Assuntos Corporativos, admitindobares receberao apenas $2.50 por hora, e
versia no Parlamento Federal entre.os par- que tinha pedido ao Ministro das Obras pU- estarao sujei tos as gorgetas para melhotidos da Oposi~ao e 0 governo de Trudeau
blicas, C. M. Drury, para consultar com 0
rarem 0 salario. 0 autor da 0 exemplo qe
devido a revela~ao de um juiz de Montreal
inquerito do juiz 0 se~_caso de desrespeide que alguns ministros tentaram interfeContinua na pagina 5
to ao tribunal.
rir em casos judiciais pendentes.
Ed Broadbent lider do N.D.P. e Joe
Clark, Ilder do partido conservador~ sugeriram que 0 primeiro ministro esta a tentar esconder qualquer coisa sobre 0 caso
dos juizes, e que para aclarar a verdade
depositados em cofres de aluguer nas insdevia mandar fazer urn inquerito sobre a
titui~oes
de credito) e linicamente para
conduta dos ministros.
deposito
em
conta ja aberta ou a abrir
Considerando as dificuldades que os
Tudo come~ou quando 0 Juiz Kenneth C.
nas
institui~oes
de credi~o;
MacKay enviou urna carta ao Ministro da Jus- trabalhadores portugueses emigrados'
•
0
deposito
dos valores em
teriam em proceder ao deposito, dentro do
ti~a, Ron Basford, no dia 20 de Fevereiro,
causa
dentro
do
prazo
estabelecido,
nrazo~stabeJecido nelo Decreto-Lei
alegando interven~oes junto de juizes do
indispensavel
para
0
efeito
de atribuievereiro, de certifitribunal supremo do Quebec, de tres mini
~ao
de
beneflcios
e
indemniza~oes
devidas
's de participa~.ao em
tros, Marc Lalonde, Jean Chretien e Char
aos
titulares
de
tais
valores.
to no Pals (FIDES E
M. Drury.
'autelas de sociedades
0 que irritou mais os partidos da opos
Secretaria de Estado da Emigra~ao, 8 de
izadas, a Secretaria
~ao foi a atitude de Trudeau em nao acei
Mar~o
de 1976.
ao elaborou urn proo pedido de demissao do Ministro Charles
, propondo que esse
Drury e ao mesmo tempo a sua recusa de
do por mais de 60
mandar fazer um inquerito segundo a Cons
trabalhadores portutui~ao do Canada, (The British North AIDe
ca Act) 0 poder judicial esta separado d
poder executivo, e portanto, as interve
o Conselho de MinisRepresentantes do Doctors Hospital,
~oes dos ministros sac vistas como um se5/3/976, foi aprovado
avistaram-se
com 0 Primeiro Ministro, Wilrio atentado contra a independencia dos
de decreto~lei, vem a
liam
Davis,
no
dia 17 de Mar~o, para Ihe
tribunais.
_ conhecimento da deciapr~sentarem urn plana que preve
a mudanDepois de algurna pressao, Andre Ouellet
uito beneficiara 0
~a
deste
hospital
nurn
centro
de
saude
e
abedicou da sua posi~ao de Ministro de Co
de servi~os sociais da comunidade.
,...,
SECRETARIA DA EMIGRACAO
COMUNICADO
"
e
•
DOCTOR'S HOSPITAL
•
•
Retornados
de Angola
o "Portuguese Refugee Aid Committee" realizou na sexta-feira uma conferencia de
imprensa na City Hall, e no domingo seguinte uma reuniaQ sobre a situarao dos
angolanos em Toronto, cuja situa~ao nao se
encontra regularizada. Esta reuniao, rea(Continua na pagina 5)
o dos valores referip numa institui~ao de
credito, em conta que 0 emigrante ja
tenha aberto ou a abrir, ate ao dia
7/5/976, inclusive.
Relembra-se tambem que a este respeito
foi ja transmitido em Comunicado da
Secretaria de Estado da Emigra~ao, de
11/2/976:
. os trabalhadores portugueses
emigrados devem promover dentro do prazo
(ate 7/5/76, inclusive) 0 levantamento
dos mesmos valores ( se estes estiverem
(Continua na pagina 5)
2
COMUNIDADE,
Mar<SQ 25/76
4rafi'lue "seu JnOles
TONIN: Entao, coma passouos dJas em London
Experimente a ler e veja se percebe tudo.
Se nao perceber pe<sa ajuda ao seu professor
sempre benvindo. 0
ou ami go .
Sr . ZE: 0 descanso
pior
e
que
quando
nao se trabalha, nao
(Tirado do Newcomer News, Feb. 1, 19(6)
se ganha, e nos tempo~ que passam nem
ja corn os nos sos ganhos nos aguentamos
Canada is three months. Visare changes in the Immigrabern, quanto mais sem ganhar nada. 1\1as
itors who want to say longer
tion laws. You cannot always
para dizer a verdade, sa~e bem ficar
must get an extension from the
rely on your own or your
uns dias em casa com este frio de ma'Immigration Department.
friends' experience.
tar. 0 trabalho na constru~ao eum in-~
Th.ey must be sure to make the
People cannot come to
ferno nos dias mais frios. Nem as caappli~ation for extension be. Canada as visitors and then
misas e casacos grossos nos ~alem. Esfore their time expires.
apply for landed immigrant:
tas a ver,os meus dedos ficam enrestatus. They must apply in
gelados e tesos como chouri<s0s., As 0You may have other questheir own countries.
relhas e 0 nariz, entao, nem se fala!
tions or concerns in this·area.
Also, no orie other than a
Before you do anything, talk
Canadian citizen or a landed
rONIN: Nao acha que deviam parar 0 trab~lhc
to someone who really knows.
immigrant may take a job or
na constru<sao quando esta muito frio?
You can get information or '
go to school without written
permission from the Immigraadvice from a Legal Assis- 3r. ZE: Isso acontece, mas e raro. Os patance Clinic, Immigrant Aid
tion Department.
troes aqui querem ever 0 trabalho feiThe maximum' length of
Society or an Information
to quanto mais depressa melhor, e portime that a visitor may stay in
Centre in your community.
tanto nao importa que fa<sa frio ou caltz.
muito diferente da nossa vida em Portugal. Quando 0 tempo estava ruim, eu
nunca ia trabalhar para 0 campo.
Sabemos que mui tos dos nossos .lei tares
estao a aprender Ingles e por isso vamos
dar em cada edi<sao um xexto de Ingles, que
ao mesmo tempo contem informa<sao uti~ .
Laws and customs in
Canada may be different from
other countries. This often
causes confusion and creates
problems for people.
Lawyers at Legal Assistance Clinics, people in government agencies and those
who work at Immigrant Aid
Societies say that the followinK are some problem areas.
Immigration
You may want to bring
someone from your home
country to Canada. But there
.
OS DESABAFOS
DO SENHOR ZE
e
E
a-mulher-e OS filhos
rONIN: A diferen<sa e que 0 Sr. Ze la trabalhava por sua conta.
Nas mulheres, a idade reprodutiva situa- '.lm dos quais ff 0 mongolismo. Os defeitos
JU anomalidades nao cromossomais diflcil-se entre os 15 e os 44 anos. Se
certo
Sr. ZE: La isso e verdade! Tinha umas 20
que a capacidade reprodutiva da mulher se nente tem rela~ao com a idade da mulher.
cabe<sas de gado e cultivava uns bocadof
Muitos deles sac devidos ao baixo peso'
deteriora com os. anos, f{sicamente nao ha
de terra--quase todos de renda-- e era
da crianGa ao nascer 0 que acontece mais
idade ideal para ter 0 bebe visto ~ue mae
assim que fazia a minha vida, para a
frequen,temente em maes muito jovens e mal
e filho nao seguem a mesma trajectoria de
verdade dizer, com pouca folega ...
alimentadas.
riscos.
o mongolismo, que consiste em ter 47
o risco maternal mais baixo dos 20
rONIN: Pelo que diz, 0 Sr. Ze nao tinha excromossomas em muitas celulas em vez 'de
aos 30 anos,sobe a partir dos trinta, auperiencia de trabalhar na constru<sao
46, 0 que seria normal~ e que se manifesmentando consideravelmente a partir dos
antes de vir para 0 Canada ...
ta na retarda~ao mental e noutros sinto40. Por outro lado , a mortalidade inmas como deficiencia visual, deformafantil
mais baixa nas maes de 25 a 30
Sr. ZE: Eu ••• apenas via os pedreiros e car
~oes na cabe~a,etc, e muito mais freanos. 0 risco para 0 bebe e maior nas
pinteiros la da terra fazer urna casita
quente nas mulheres mais idosas,aumenmaes com mais de 35 anos, aumentando tamaqui ou acola. No Canada, eu nao conhe
tando consideravelmente a partir dos'40.
bem a partir dos 40.
cia nada, nem tinha pratica'disto, e
o tempo mais perigoso para ter um filho, Esses defeitos cromossomais podem ser de~
por isso agarrei-me 3.r~ qU6 me deram.
tectados atraves dum teste chamado "Aem termos de maio~ risco para mae e bebe,
Quando cheguei, em 1953, vim logo no
mniocentesis" e que consiste na analise
situa-se imediatamente depois da primeira
primeiro magote, a imigra<sao'mandou-me
do liquido uterino, entre a l2s e a l6~
menstrua~ao porque 0 sistema reprodutivo
da mulher nao esta ainda completamente de- semana de gravidez.
Em termos muito genericos e tendo so
senvolvido. Sera por isso que nos paises
o patrao deu-me "layoff" e eu mio tive
pobres onde se casa mais cedo a mortalida- em conta a idade, 0 melhor tempo para
outro remedio senao m~rchar para "-ion·a mulher ter filhos situa-se entre os
de maternal e infantil
mais elevada do
treal a'procura de trabalho. Ai enconque nos pa{ses igualmente pobres em que se 25 e 35 anos.
trei uns ami:;os portugueses, que tamComo conclusa6 podemos dizer que devem
casa mais tarde.
bem vinham corridos como caes de outros
Os filhos das maes muito jovens tern igu- ser criadas condi~oes para que cada uma
farms, e come<samos a procurar trabalho
almente maiores problemas de saude e a mais possa ter os filhos no tempo que enpara ver se nao morriamos de fome~ Foi
tender ser ideal e, em vez da sociedade
alta per~entagem de morte entre os 1 e 4
entao que encontramos urn amigo portugues
anos. As maes antes dos 20 e mesmo ate aos se preocupar
que andava'a trabalhar nas linhas de fer
:5 anos produzem mais bebes com peso dema- demasiado corn a
ro e nos levou consigo. Digo-te que se
siadamente baixo 0 que pode originar divernao nos encostassemos uns aos outros nos
idade da mulher,
sos problemas de sa~de para os filhos.
primeiros
anos, morriamos como 0 pinto.
,Tudo 0 que fica dito, parece'contradizer deve preocupar-se
na
cas
ca.
Dal
para ca tenho passado por
sim em dar melhor
o que se ouve acerca de bebes mongoloides
mui tos traba,lhos, mas geralmente em conE
assistencia medica
ou mal formados que nascem de maes mais
tru<sao. 0 trabalho era duro e de sol a
e social so bretudo
~elhas.
Tem de admitir-se, porem, que as
sol, alem de pagarem uma cascarrilha.
estatisticas dos defeitos de nascimento sac as mulheres muito
A
c:nida era mesmo uma miseria. Pouco
de analise extremamente dificil. Por exem- j ovens ou mui to
faltou
para alguns de nos morrerem de
plo: a surdez so pode ser diagnosticada no pobres.
fome!
segundo ana de vida e a dislexia (impossi(Abreviado bilidade de ler) so se detecta na idade esdo artigo
rONIN: Que faz agora na constru<sao?
colar. Tais carencias, nao podendo ser con
"How Long
tadas entre os defeitos de nascimento,nao
Can You Wait
ZE: Fa<s0 de tudo. Mas vou-te dlzer, no
=ntram nas estatlsticas.
to Have a
princlpio ~em urn pregc sabia pregar diOs defeitos de nascimento podem assim
Baby"
rei to. A necessidade obriga a fazer e ~
issociar-se a uma serie de causas.· Nas
por Barbara Sea
experiencia ensina!
nulheres mais idosas ocorrem mais frequenman, Revista MS
temente os chamados defeitos cromossomais,
Janeiro, 19(6).
e
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~::ab~s~f:r:~on~p~~::e~~!on~~::::~r~
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II ~, INCOME TAX II
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803 Dundas St. W. - Toronto, Ontario. I
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IViagens para todo 0 Mundo. Pre<s0s espe- I
Iciais de Excursao. Documentos oficiais·1
IServi<so de Notario Publico. Tradu<soes.
Ipassaportes. Fretes ae~eos ou maritimos!
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FranceliDa
Beauly Salon
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':n.'TAS, PFRI:A Pft:':FE,
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Arerto no 193 AUGt.'STA AVE.,
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1591 OUNOAS St. WEST
•
TORONTO
------~-------------------~
Mar~o
• Ca..las ao Co
-n
u'
I•
d
a
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~
~
Caro editor:
AQui vai urn cheque de $30. para despe-.
zas do vosso jornal (parte dele para renovar a~ossa assinatura). N6s nao temos
muito dinheiro, mas pensamos que e importante apoiar os esfor~os que estais a fazer para levar informa~ao correcta a aten~ao da comunidade portuguesa.
Boa sorte
.nos vossos esfor~os. Sidney Pratt e
Brenda Duncombe
PORTUClUESE COMMUNITY NEWSPAPER
931 COLLEClE ST.
TORONTO
PUBLICACAO DE
Movimento
Comunitar.io
Portugues
EDITOR
Domingos Marques
REDA 9AO
COMPOSITORES
Abel Guerra
Maria Jose Marques
Artur Viegas
Antonio
Varatojo
ILUSTRACAO
Gilberto Prioste
FOTOGRAFIA
""'
DISTRIBUICAO
Gualter Torres
PUBLI CIDADE
Ricardo Penas
DACTILOGRAFIA
Carlos Ferreira
PROM09AO
Joao Medeiros
I
Henriques Matos
I
l\JUDA PARA A MAQUINA
Continuamos a receber mais algumas ofertas de' amigos leitores para ajudar a pagar
a maquina de escrever Selectric 11,. que
custou ao jornal a quantia de $809.29
Anonimo
Aurelia Ca~oilo
Benilde Belem
Diamantino de Freitas
Ecumenical Work Group
F/Geraldes
Joao Silverio
J08.0 Teixeira
Jose DeMedeiros
Julio Moreira
M/Carrabau
Manuel Alamo
Portuguese Canadian Centre of
Culture and Recreation
Portuguese Italian Food Store
Vitorino Mendes
$20.00
5.00'
5.00
20.00
30.00
5.00
6.00
5;00
. 5.00
10.00
10.00
10.00
j\. luta continua
Comemorou-se. em 8 de
l\1ar~o passado. mais um Dia Internacional da M ulhcr. .tcndo-se. entre outras. destacado
cm Portugal, a iniciativa do Movimcnto Democnitico das MuIhcres e de outras organiza~6es
slmilarcs dei escjuerda, como 0
M RPI'. <.fue promoveu um<l festa na "Voz do Operario». Com
ini.cio no dia 8 c prolongando-se ate amanhii. 0 MDM
lan~ou uma shie de comicios.
festas. representa~6es teatrais e
.culturais em geraJ. para alem
'":::I
<QI
01'
"
• '"
C
V
o salario minimo·no Ontario $ubiu 25
centimos no dia 15 deste mes, passando
de $2.40 para $2.65, de modo geral. As
estatfsticas dizem-nos que h~ cerca de
275 mil pessoas. a trabalharno Ontario,
ganhando salario minimo. Dizem-nos
...
tamb(m que a maiar parte dos que ganham
o salEirio minimo sac mulheres, geralmen
te empregadas em restaurantes, bares,
cantinas, lojas, hoteis, -lavandarias,
companhias. de limpeza, casas de cinema,
fabricas de ca19ado, companhias de texteis de vestuario.
Um estudo recente da Federa9ao do
Trabalho do Ontario concluiu que existe
urna "enorme explora9ao legal e ilegal"
nas industrias onde prevalece 0 salario
minimo. No ana passado queixaram-se ao
Employment Standards Branch'l,OOO trabalhadores contra urn total de 350 patroes que infringiram a lei do saltrrio
minimo.
Ate aqui falam os numeros. Mas na
. do que nurneros a conrealldade ha"malS
siderar. Por que [ que milhares e milhares de trabalhadores nao poderao receber urn salario decente? Por que
que 0 Governo os mantem a merce de patroes sem escrupulos, que lhes exigem
urn trabalho
,.. arduo e apenas lhes pagam
urn salarlO mlseravel, por vezes mesmo
inferior aoque 0 Governo paga as pessoas no "welfare"?
Nos tempos que correm, tudo subiu
descontroladamente, e $2~65 por hora,
ja mo
urn salario minimo, ma,s sim
uma miseria de salario.
Vivemos nurna sociedade ~ que sO-os
politicos, profissionais e, em certa
medida, algumas sec~oes de operarios
organizados conseguem obter bons salarios e boas condi~oes de trabalho, sem
mui to regaleio. No Canada, cerca de
70 por cento dos trabalhadores nao estaG organizados e, portanto, pouca defesa tem-' para exigir salarios decentes.
Neste nurnero estao altamente representadas as mulheres e os imigrantes.
Pela falta de organiza9ao dos trabalh
dores gera-se a inseguransa e 0 medo de
perder 0 trabalho, e consequentemente a
explora~ao por parte de muitos patroes,
atraves do salario minimo e do trabalho
duro.
As desigualdades de salarios nesta so
ciedade sao gritantes, ao passo que os
pre90s no mercado sao iguais para todos.
Esta nas nos sas maos organizar-mo-nos
e exigirmos s~larios de acordo com as
necessidades da vida de hoje.
.
(
.
".
e
~
Cantintto dos j\rtistas
de debates e intei'ven~6es ao internacionalmente
coma
longo de todo 0 Pais. Com efei- • simbolo da lula da mulher pela
to. logo no pri meiro dia. reali- sua emancipa<;iio. Com .efeito.
zou-se urn comicio-festa na aql.lclas trabalhadoras mOrlTFIL. que contou com a particiram queimad;Js reil) fogo alead"
pa~ao de uma delega~iio da 01'na f,ibrica pclo patrilO. depoisganiza~a.o das mulheres angolade tcrem reir.vindicad" aUlllcnnas, afeta ao MPLA, proposita- los de salilriu..; e.diminui~i!o no
damente no nosso pais para esse
horilri" lahol'al e de tercm. desk
efe ito.
modo.. dado provas da sua coragem e forc,:a colectivas.
Depois da morte das 129 traEm Portugal. apesar de debalhatloras tie uma fabrica de
Nova lorque em 8 de Mar~o pois do 25 de Abril se terem
consegu ido varias conqu istas.
de 185'7, esta data:' foi esclhida
IV/ £L£I7/4 A -#1.55 cLt/6
PO£Tt/Gt/E5
3
e
Agora que comecei a ser assinante co
vosso magnifico jornal, assim por mim
classificado, nao s6 pelo empenho em favor da ideologia que professa, mas sobretudo pela rectidao que sempre tem demonstrado, nos temas abordados, tratando a
Justi~a pelo seu verdadeiro nome, tomei a
liberdade de escrever algurnas linhas, e
desde ja agrade~o a aten~ao que nelas me
.1t for dispensada.
partindo da logica que as cronicas des50.00
portivas sac importantlssimas no conteudo
20.00
de urn jornal, vinha mui respeitosamente
5.00
sugerir a V. Ex.a se dignasse dispensar
urn espa~o no vosso bimensal, em que houTotal
$206.00
vesse possibilidades de relatar-nos os
factos desportivos e seus resultados, resDonativos ofere cidos e publicados no nupeitantes as equipes da nossa comunidade,
mere
anterior
$119.00
o qual seria uma grande fonte de informa~ao para a mesma.
Total recebido ate a data
$385.00
Nuno Medeiros
~
COMUNIDADE
EDITORIAL
e
Ex.mo Sr. Editor:
Recebi a sua carta que agrade~o, e pe~o-lhe des culpa de nao atender ao seu pedido para a maquina de escrever. Mas ...
e 0 seguinte. Sou pobre e doente,
ha 8
,
anos que me encontro no Canada e nao me
foi posslvel trabalhar por falta de saude.
~Tenho muito pesar de nao poder dar uma
ajuda porque gosto de ler 0 jornal Comunidade.
Liduina Machado
25/76
nomeada mente 0 reconheci mento de "salario igual para trabaIho iguaJ" e dos tres meses de
licen~a paga por ocasiao da maternidade e 0 facto e QU~ ainda
Illllilas d if<:rcn~as ~lIb,i'I<:Ill. podendo mesmo dizer-se que ~m
nenhum pais do mundo. a muIher usufrui .efectivamente. dos
mesmos direiios do homem.
apesar das lutas desenvolvidas
nesse sentido.
De "0 Jornal"
JA
rol<A# .EI-EI/AS AS
;1{I5SC=:S L>£ ro£)05 OS
eLt/BC'S .PE roo~ AS
CIl>AtJE5 ewt'E #-4
P"...e Tt/bt/EScS .
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TORONTO. ONTARIO
!l36-4!l~!5
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A Mt/IIIE~ !'tJRTt/6t/£5,4
AI/lt>"'1 /VAC; rol C(/L77J/~A
E JA BrA A 5~
l/e;1/J)/t?A.
•
4
COMUNIDADE,
Mar<;o 25/76
[![iJ) ~lliQ)~l1Q) .LIt.
CENTRO
PARA IDOSOS
•
Em colaboragao com 0 Centro de Ajuda aos
Idosos, Comunidade vai pUblicar daqui em
diante algumas informagoes uteis para que
os portugueses idosos e suas fam{lias aproveitem melhor os servigos sociais oferecidos pelas respectivas instituigoes
dos
governos do Canada, de Ontario e de
A Creche dos Pais do West End e um Centro da ao YMCA). Temos licenga de cuidar ate
Toronto.
de caracter comunitario e nao lucrativo
35 crian~as e actualmente metade destas
Os princ1pais servigos que mais interes- ~
para crian~as com idades entre 2 e 5 anos. sac canadianas e metade sac imigrantes,
sarn directamente a cada pessoa idosa, sac
incluindo crian~as das Cara{bas, Portugueos seguintes:
sas, Italianas, Sul-Americanas e da Asia.
a) Nlimero de seguro social (Social InsuTemos sete pessoas a trabalhar na creche,
rance Number).Para todos os idosos.
3 homens e 4 senhoras, que fazem todo 0
servigo e falam varias linguas. Nao ha
b) Desconto no transporte pUblico (Reduced
um director, e as decisoes sac feitas pelo fares on Toronto Transit). Para·as pessopessoal em grupo.
as de 65 anos e mais, residentes em ToronI
Algumas das criangas atendem as classes to.
infantis durna escola proxima mas vamos
busca-las para tomarem 0 lanche na creche, c) Benef{tio de remedios (Drug Benefit
Plan). Para as pessoas de 65 anos e mais,
tornando a leva-las para a escola.
que
tenham morado no Ontario pelo menos
A atmosfera da creche e bastante livre,
~
ha
12
meses.
dando as criangas a possibilidade de se
moverem livremente em todas as areas.
d) Rendimento anual garantido (Guaranteed
As criangas mais novas dormem duas horas annual income system - GAINS). Para as
pessoas de 65 anos ~ mais, que tenham modepois do almo~o. Actividades para as
rado no Canada por 5 anos e durante os
criangas constam de teatro de fantoches,
ultimos
12 meses na Provincia do Ontario.
natagao, filmes e passeios.
CRECHE '-DAY CARE CENTRE
~~11~
'!
~I~~
o
Os pais assistem a reunioes periodicas
e de vez em quando juntam-se nurn sabado
para uma festa de trabalho em que fazem
limpeza, pintam e fazem arranjos.
Temos algumas vagas para criangas subsldiadas.
Morada:
Esta situada no segundo andar do West End
YMCA (embora nao esteja directamente liga-
West End YMCA,
931 College St. (e Dovercourt)
Tel. 534-6761
e) Pens~o de velhice (Old Age Se~urity).
Para as pessoas de b5 a..'10S e me,is, que
tenham morado 10 anos no Canada.
f) Suplemento de Rendimento (Guaranteed
Income Supplement). Para os que ganhem
"".
pensao de velhice e nao tenham nenhum outro rendimen to.
.;'
•
g) Subs{dio para esposos (Spouse's Allowance). Para 0 esposo ou a esposa dos que
ganhem pensao de velhice e recebam 0 suplemento do rendimento garantido.
AS MULHERES DE LIMPEZA
h) Plano de pensoes do Canada (Canada Pension Plan). Paga pens~o aos que se refor~
mam e benef{cios em dinheiro aoS que ficmn
Uma companhia que despediu os seus empre- obter 'certificados de sindicato.
invalidos e aos esposos ou esposas e figados no Outono passado, depois de eles nao
Os empregados receberam $2.40 a hora des· lhos menores dos que morrem depois de te~ceitarem a oferta de salario da companhia, de 1 de Maio de 1975, quanto este salario
rem contribuido, como trabalhadores, para
informou ontem que pagara um total de 6,00C minimo foi imposto pela lei provincial.
o financiamento deste plano. Tambem recedolares a cerca de 55 dos empregados que
0 director disse ainda que a companhia
bem agora pensao deste plana as pessoas
foram despedidos.
tem inten~ao'de pagar a diferen~a entre
que completem 65 anos de idade e estejam
o Director de Modern Building Cleaning, $2.40 por hora e $2.50 por hora, a contar a receber 0 seguro de desemprego (unemdisse ontem que 0 pagamento foi feito volun desde Maio ~o ana passado, e a diferen~a
ployment insurance).
tariamente, porque a companhia achou que
entre $2.25 por hora e $2.50 por,hora do
tinha responsabilidades para com os seus
mes de Abril. 0 total e de cerea de $6,000 i) Benef{cios para fam{lias (Family BeneemRregados.
,
_
.'
. ,dolares..
_
fits). Para pessoas""de 65 anos e mais,'
, Toda esta Sl tua~ao fOl mUlto aborreClda
Os :mp::egados de l:mpeza pezad~,. que ~ao que nao recebam pensao de velhice; para
dlsse 0 Sr. Paul. Os empregados, que na
na malorla homens, sac pagos salarlo malS
mulheres sos cam 60 anos ou mais e cas amaiori~, sac mulheres portuguesas, foram
alto: nao recebe::ao pagamento r,e!ro-activo das quando 0 marido recebe pensao de vedespedldos dos seus trabalhos, em Outubro
0 dlrector tenclona passar os cheques e
lhice ou esta invalido ou internado nurna
pedir a um jornalista do Globe and Mail
institui~ao.
do ana passado, quando a companhja avisou
o Governo de Ontario, que terminava 0 seu
para os por no correio, verificando assim
contracto de limpeza nos escritorios dos
que eles foram enviados.
j) Assistencia de beneficencia (Welfare
ediflcios do Governo localizado na Bay e E l
Assistance). Para pessoas de qualquer iWellesley Sts.
dade que precisem de ajuda financeira nuPor insistencia do Governo de Ontario 0
ma emergencia. Nao podem ter este servi~o
novo contractor - Consolidated Maintenance
por um, periodo de 5 anos, os imigrantes
Services, Ltd., empregou todos os 97 emprepatrocl~ados (spo~sores).
gados despedidos pela Modern Building CleaA Dlrec~ao Escolar de Toronto, aprovou
ning.
no dia l6 de Mar~o qe 1976, a redac~'ao fi- k) Seguro medico e de hos ital (Ontario
Health Insurance Plan. As pessoas de 65
Corn 0 novo contracto as mulheres acaba- nal do seu novo prograrna multicultural,
,
(
f'
d
"
t
l'
,
1
d
anos e mais, depois de estar urn ano neste
ram por ganhar menos durante 0 perlodo de corn 0 lm e se ac ua lzarem ao nlve
0
seguro,
podem receber gratuitamente seus
dois anos, do que g~hariam com a oferta
resto da ci~ade", se~do d~sse Gordon
beneflcios,
fazendo 0 pedido necessario.
final feita por Modern Building Cleaning.
Cressy presldente da Dlrec~ao Escolar.
Modern Building Cleaning ofereceu $3.46
"A cidade mudou mais rapidamente do que
Os anteriores sac os servigos que requehora para Janeiro de 1977 comparado com
as escolas", acrescentou dizendo que cerca rem pedido individual, escrito, em forma
$3.25 por hora que a Consolidated vai pade 50% de todos os estudantes de Toronto
impresso. Mas ha outros servigos dos
'
l'lngua " - em
f a 1 am em casa urna "Tercelra
gar em Abril de 1977.
governos e de institui~5es particulares,
o director disse que Modern Builaing
ingles ou frances - ~ tern problemas em ca- naG destinados somente a idosos, e que
Cleaning tinha inten~ao de aurnentar 0 sala· mun~care~ em qualque:: das linguas oficiais. estes podem aproveitar, segundo cada caso:
rio dos empregados de limpeza de trabalhos A dlrec~ao gastou -d01S anos no prograrna
informa~ao e conselho, advogados, creditos
mais leves que sao feitos na maioria por .
designado pa::a ajudar "alu:;os ~m~grante~" de impostos, planos de Blue Cross, ambumulheres de $2.25 por hora, para $2.50 por para consegulr urna adapta~ao raplda e fa- lancia enfermeiras cadeiras de rodas,
hora, a ser efectivo em 1 de Abril do ana
cil a escola, sem que eles percam a iden- moradi~, biblioteca;, clubes e centros,
passado.
tidade cultural.
etc. alguns de gra~a e outros pagando 0
Os empregados pediram cartoes de sindica·
0 programa tera 13 pessoas no Departacust;.
_
to "Uniao" em Mar~o passado; no entanto,
mento de Rela~oes Escola-Comunidade (SchaRecorra ao Centro de Ajuda aos
leis de Trabalho. im~dem a companhia,de
01 Community Relations Department) para
Idosos (Help Seniors Centre) no 931 Colleaumentar salarios depois de ter sido infor· trabalhar na zona do West, com as escolas
ge Street, Telefone 535-1473, e sera encamada de que os seus empregados estao a
e pais imigrantes.
minhado para 0 servigo conveniente.
....
•
A seo a
e a Comunl-d a d e
,N'
a
•
Mart;o 25/76
S l\ L .1\. RIO r~
lel'vlcos
. Socials
•
.
£
SERVIeOS LEGAIS
.D r, co· ~ [I NI n {'), D. E
DE PAR!<Df.\LE
f NI M0
da pagina 1
f"abrica de casacos de cabedal
Os servi~os legais da comunidade de
Parkdale estao a oferecer conferencias
sobre a lei da imigrat;ao para todas as
pessoas interessadas em aprofundar os seus
conhecimentos neste assunto. Alem disso,
havera uma conferencia sobre 0 Seguro d~
~esemprego e Voce (Un~mployment Insurance
and You) no dia 29 de Mart;o as 7:30 da
noite. Lugar~ 1267 Queen St. West,
Telefone: 531-2411
DOr,TOqS HOSPITAL
duas empregadas de cozinha com mais de
20 anos de servit;o, ganhando apenas $2.75
por hora. Cita ainda 0 caso de os patr~es
pedirem a muitos empregados para trabalhar depois da hora legal, sem salario
extra, 0 que e contra'a lei provincial.
(UNISEX) e todos os artigos
para homem e senhora.·
PHONE (416)
t 173 DUNOAS ST. w.
TORONTO, ONT. M6J tX3
534_1315
(Toronto Star, 17 de Margo de 1976)
RUBY JEWELLERY
TI\BEL,~
Ofel'eee ama Vlagem a
~
DES AL ARIO MI NI M0
-
Em vigor a partir do dia 15 de Mar~o:
Minimo geral, por hora
$2.65
Geral
para
aprendiz
{durante
0
Dan Heap disse que esperava que. 0 goverprimeiro mes)
$2.55
no desse mais 18 meses para se curnprir a
Construt;ao
$2.90
trans it; ao e fazer do hospi tal "0 foco de
Estudantes.
(abaixo
de
18
anos)
.•
$2.15
urn verdadeiro centro de saude comunitario".
Empregado
de
bar
--# Com 0 novo sistema,o hospital continua- Isentos de sala~io minimo alem dos$2.50
proria a ter camas para emergencias, tais
fissionais,
sac
camponeses,
e
empregacomo ataques de Corat;~o e Apendicite, mas
das domesticas em casas particulares.
o maior enfase seria posto em ~andar os
doentes para casa 0 mais cedo posslvel,
RETOR:'JADOS
DE ANGOLA (Co~ti~Uat;a:~
~a )
disse 0 administrador Stanley Johnston.
.
prlmelra paglna
Alem disso, seria dada mais aten~ao a melizada no McCormick Centre teve a presendicina preventiva, oferecendo aulas de
ca
de cerca de 300 pessoas portuguesas e
nutri~ao, higiene dental e educa~ao fiside
varios
politicos municipais e_do Goverca.
no
Federal,
nomeadamente, Andre Brewin
No pIano preve-se a construt;ao de escri(NDP)
e
os
Aldermen
Anthony O'Donhue e
torios, lojas ou boutiques, cujas rendas
George
Ben.
Estes
politicos
prometeram
ajudariam a suportar a componente do serfalar
em
favor
dos
angolanos
.
junto do Go.vit;o social do hospital.
Continua~~o
da pagina 1
4lIW
Concu·Jlso de Redaccao:
•
VENCEDORA: MARGARET DIAS
PORTUGAL
o~ eJt..ta a .6 O!I.te.aJc. POIt tod0.6 0.6 cUeYl.:tuque M-zelt·eJI
M· !luM c.ompltM Yl.e!lta oultive!la/fJ.a.
SoJtteio a ltea.Li..zaJt em 'l7 de. Vezemblto de R.976 YI.Q
RacUo "CHIN", Toltonto.
MANAGING DIRECTOR F. VAZ
CONS£RTO~ EM
OURO
E RELOGIOS·
Al'l.tA..qo geJtente da. Oultive!la/fJ.a
RUBV em P. Ve1.gada.
.
670 COLLEGE STREET
BUS.
5.37-5390
(Between Beatrice &Grace) RES.
223-1975
verno.
Segundo 0 Star, Jose Pimentel,do Portuguese Refugee Aid Committee,afi~ou que os
que fugiram para Portugal de Angola e Moyambique nao sac bem recebidos em Portugal~
"Eles sac acusados pela crise econ6mica de
Portugal, e nao ha trabalhos para eles".
pesca no
gelo
A menina Margaret Dias,
11 anos, aluna da escola
Oficial do First Portuguese Canadian Club, foi
a vencedora do concurso
promovido por este jornal com a redac9ao que ~
seguir pUblicamos.
...
"~
A vencedor~, os nos sos
parabens. Para a segunda
classificada, Maria de
F~tima Silva, urna men9~0
honrosa. A todos os outros, tun muito obrigado
por terem participado.
-
Leve
o
tio Joao adora a pesca no gelo. 0
Inverno para ele e uma bengao.
o frio e a neve chegam. 0 tio Joao s~­
be que e a altura de abalar para 0 lago
"Simcoe". Leva cons igo a tenda, a pua, 0
balde e os apetrechos de pesca.
Ei-lo na sua azafama, a fazer 0 buraco
Agencia Portuguesa de Viagens
'\''1;/ /
•
5
MENDES FASHIONS
~
EXPL()R~C8,0
Continua~ao
COMUNIDADE
~
~) :~rCARSlt .
_
.P3?rt~·~;~.=:::._
;)@.=""='
' :!l
~~~~H
1130 Queen St. W.
(Perto da Lisgiolr)
ToroDto
Telefone: 33Z·38'~
COMUNIDADE
com·a pua; a acarretar a tenda; a par,
junto do buraco, 0 balde'para guardar os
peixes que apanhar •••
o fogao estaaceso dentro da tenda. A
temperatura
agradavel. 0 tio Joao senta-se no seu banquinho, junto ao buraco.
Tudo a postos. 0 anzol e langado. Minutos
depois ca esta 0 primeiro peixe. 0 tio
Joao, todo ufano, ergue-o. Os outros seguir-se-ao.
o' tio Joao e urn homem feliz.
ao seu amigo
O.C4RT;to be CRE~i70 LJI'f M/lIIN;!1 ,Af(/UlE~
e
Margaret Dias (11 anos)
CALDENSE ROOFING
Para qualquer trabalho de teIhados
e calhas(canos) (novo ou velho)
Tel: Res. 535-3677
Chame: Sr. Francisco
Bus. 536-9746
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'Fat" teOUt;3I"1DO
FE/'TO ME'if()S C.oMP.R.4s
GUE ELl'! FA 2.. i A I •••
•.....
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"'. l'1
CC!.
.-
I
1\111
-
no
...cT>-1'1'i
6 ,COMUNIDADE,
Marc;o 25/76
A[ORES:
ARTES,
E
[OSTumES
•
res embrulhadas em capas de pane grosso
azul escuro, com os altos capelos na cabec;a, reforc;ados com barbas de baleia e entretela, que quase se por complete Ihes
ocultava os rostos, excepto quando uma
mac branca abria a boca do capelo para
que a dona satisfizesse a curiosidade.
Este capote e capelo foi tambem usado
em Santa Maria, Pico e Faial com variantes
de aberturas. Deles se ocupou 0 Dr. Jose
Lei
te de Vasconcelos no seu ttMes de Sonho".
Nas mulheres, 0 xaile e 0 lenc;o tornouNa
rua, escreveu Raul Brandao ao chegar
-se comum a todas as ilhas.
Em S. Jorge,
a
Terceira,
quando por ca esteve em 1924,
a saia era, em geral, de la azul barrada
andam
mulheres
de capote negro, apertado
de vermelho. No Pico, a saia azul escura
na
cintura
e
formando
concha sobre a cabede fazenda pesada de la, guarnecida de
c;a.
Raparigas
do
povo
com 0 lenc;o atado
vermelho; blusa do mesmo tecido chegando
so
com
um
no
e
deixando
ver as madeixas:
ate ao fundo da cintura, com muitas costusac
as
solteiras;
as
casadas
escondem toras nas costas, debruada de vermelho; lendo
0
cabelo
e
atam
duas
vezes
0 lenc;o no
c;o vermelho de algodaa para a cabec;a, sopescoc;o.
bre 0 qual usam um chapeu de paTha de ho-,
Este trajo de mulheres era 0 manto, que
mem, enfeitado na orla com fita vermelha
se
compoe de uma saia de merino,preto,
de algodao.
muito
rodada e chegando ate aos pes, amarMas 0 trajo mais generalizado e que s6
rada
na
cintura, de capelo da mesma fazenha muito pouco tempo comec;ou a desaparecer
da
cobrindo
a cabec;a e 0 tronco, endurecifoi 0 "capote e capelo". Por'isso nao
do
por
urn
papelao
que se aconchegava com
deixou ele de destacar nas ruas as mulheSerie continuada de costumes e artes das'
Ilhas dos A90res, pUblicada pelo escritor
micaelense Armando Cortes-Rodrigues em
A Arte Popular em Portugal, Ilhas Adjacentes e Ultramar, Editorial Verqo, sob
a direccao
de Fernando de Castro Pires de
,
Lima.
'$
as maos para emoldurar 0 rosto 'escondido
dentro dele.
o manto generalizou-se 'em S.- Jorge e na
Graciosa.
Um barrete peculiar da Terceira e 0 de
meia de la, cingindo a cabec;a como um grande solideu e terminando no alto com uma
'pE!quena' borla, segura por um cordao. E
barrete dos pastores, que costumam usar
sobre 0 colete uma camisola branca de estopa ate meia coxa.
0t.
Aduzo agora estas palavras de Vitorino
Nemesio, quando, na rota do Corsario das
iThas, andou por estas paragens, e que
resumem 0 essencial: 0 Faial e discreto
e feminino. As mulheres do campo deixam
o s acho ou a forq ui Th a para pe garem n a
agulha de crivo ou na farpa do croche! Ali
dobra-se a fio de palha detrigo! De maneira que uma mantilha ou blusa parecem 'f:.
ter lume aceso. Os chapeus de palha dos
Cedros sac magnificos. E fazem-se flores
de escama, prendas de miolo de figueira,
toalhas de papel recortado, que parecem
de espuma! ...
0' Governo
Avisa
OS Medicos • • •
SOB REO S EFElT 0 S SEC UNDARInS DA
~
Oficiais de saude do Governo Federal es- a nao tomarem pllulas na eventualidade de
tao a avisar Op medicos acerca de pesquiestarem gravidas, e nao devem conceber
sas recentes que relacionam as pilulas usa- depbis de deixarem de tomar a pllula, endas para 0 controls da natalidade com efei- quanto nao recomec; arem "os ciclos de OVll, .
.
1 ac;ao
'"' norma1" .
tos secundarlos
perlgosos.
'
0 Dr. Robert Kinch, chefe duma comissao
A reparti~ao federal de protecc;ao sanitaria esta a trabalhar para estabelecer novas especial, que escreveu 0 boletim, disse
instruc;oes para as brochuras, que os faque as anormalidades causam abortos esponbricantes da Pllula enviam aos medicos para taneos dentro de tres meses e, portanto,
os avisar de posslveis efeitos secundarios. nao ha um aumento de risco no nascimento
Mulberes que tomam a pllula, especialde crianc;as defeituosas por causa da pllumente a partir dos 40 ,anos, correm 0 risco , l a . '
de ter ataques de cora.c;ao, tumores no flga- Muitas pessoas pensam que os medicos nao
do, crianc;as defeituosas, coagulac;ao (clot- se- esfor9am ~ suficiente para educar as
ting) , e outras complicac;oes.
clientes acerca do control de nascimento
Depois de uma mae ter parado de tomar a e que a cliente devia ter a sua propria
pllula, parecem correr um risco maior de
fonte de informac;ao: "Nao compreendo por
anormalidades, as crianc;as concebidas nos que e que os medicos nao discutem cam as
6 meses posteriores, segundo um boletim
mulheres por que estao a tomar a pllula",
distribuido aos medicos no ano passado da disse uma representante de Planned Parentparte da repartic;a:'o de protecc;ao sanitahood de Toronto.
ria. As brochuras aconselham as mulheres
Os medicos, entrevistados pelo Toronto
(Telefone535-8616 das 7 as 9 da
noite se gosta deste romance,para
que ele possa continuar.)
PEDRAS
-·romance
NEGRAS
por
DIAS de MELO
CONTINUAGAO: IV Parte
Tinham acabado de jantar e descansayam os dois recolhidos numa furna. Diante dos oThos de Francisco Marroco ondulava a .cha costeira das vinhas, que
os riscos negros dos muros baixos dos
abrigos de pedra solta retaThavam no
xadrez dos currais pequeninos e das canadas estreitas e compridas. Elevavam-se depois as encostas, ora'em arrebatamentos vertiginosos, ora em pendores,
suaves ate ao rebordo da planura do al~
to, onde se espraiam os vales, repousam
as lagoas e se firmam os montes e montanhas do interior da Ilha.
Todos aqueles campos eram um corpo
atormentado. Neles, 0 mais que os
oThos deparavam - eram pedra. Pedraremoi da e es.'P6J,ha:.da nap-;rraga do' burgaIhau pelas vinhas da beira-mar! Pedra -
pelas encostas acima, amontoada em moroic;os e paredbes que oprimiam e abafayam as pobres te,rras de milho! - Pedra a erguer-se, cascao disforme de ferida
que jamais sara, em rochedos macic;os de
carranca d~~orosa! Pedra - estirada em
lajes enormes, no abandono de quem se
atirasse para ali, far to de sofrimento
que nao podia mais aguentar! Pedra nos cerros, alcantis e arrifes que atravessam a ITha de costa a costa!Pedrapor cima da terra, por baixo da terra,
a transbordar da terra nos abismos do
oceano!
- A terra-nao tem culpa - repetia Jo~o
Peixe-Rei. - Teu avo'nao te falava do
Ano do Fogo?
Hii' poucos meses assistira Francisco
Marroco aos ultimos momentos do AVQ e
trazia ainda na alma a chaga da saudade e 0 pavor que The viera daquele primeiro contacto com 0 misterio e a surpresa da morte. Habituara-se aver 0
Avo, sempre velhinho, e nunca supusera
que ele morreria.
- Meu avo, nao. - E no jeito de pessoa crescida, chupava com forc;a a ponta
do cigarro, a esconder os oThos no fumoo - J' ouvi qualquer coisa, muito por
al to, mas a outras pes soas.
,
PILULl\
Star foram quase linanimes em afirmar que "
osbeneficios da pllula ainda pesam mais
do que os seus riscos conhecidos, e que a
maior parte das mulheres nao tem razao para estarem amedrontadas.
o Dr. Alexander disse, "Se pensassemos
que 0 produto nao era seguro, tira-lo-iamos do mercado.
"Eu nao aconselho uma debandada macissa
da pilula. Nao estamos nesse estado. Mas
estas (pilulas) precisam de uma vigilancia
cuidada nos proximos 10 anos"pois s~o
muito usadas e mui to potentes.", acrescen-.
tou 0 Dr. Alexander Morrison, director de
protecc;ao sanitaria.
As pilulas de controlo da natalidade contem hormonas sexuais que evitam a gravidez
fazendo que 0 ovo nao saia do ovario da
mulher. Sao usadas na pilula hormonas de
estrogenio e progesterona, as quais podem
ser usadas sQzinhas ou em combinac;ao.
Continua na pagina 8
Acabava 0 descanso e jl alguns trabaIhadores recomec;avam a cavar a luz cin~
zenta da tarde de Inverno. A sudoeste,
enovelavam-se montanhas de nuv:ens de
ma catadura. Alastravam no ceu, ene~
greciam a terra e 0 mar. Caiu a chuva,
primeiro em gotas gradas e ralas, a
seguir miudinha e apertada, finalmente
em batega violenta, chicoteada pelo
vento mareiro. De novo os trabalhadores se abrigaram. Joao Peixe-Rei, no
concavo da furna, aconchegava Francisco
Marroco no cantinho melhor. E tirava
dos ombros a suera, e eobria com ela 0
rapaz: as costas, 0 peito, 0 pescoc;o:
I.
- AgasaTha-te - recomendava. E falava
do Ano do Fogo: - 0 padre Velho, nao
te podes lembrar dele,
que contava.
- E noutra inflex~o: - Ja foste ao cabeqo do Silvado, ao cabo de riba, a
caldeira?
Sim. Francisco Marroco ja subira ao
cimo do cabeqo do Silvado e vira a
caldeira.
Joao Peixe-Rei explicava:
- Em quase todos os cabeqos da Ilha se
abria a bocarra duma caldeira: cada
cabec;o fora um volc~o e cada caldeira
••
uma cratera!
.
,
e
rc.on.t.<:nua
no pJtoJeimo nUmeJlo)
iT
~I
Mar<;o 25/76
• PAlA~~~e d~~~~OAS IEsc~las
CCMUNIDADE
7
portuguesas
PROBLEMA No.2
ENTREVISTA:
fSolu~ao na proxima edir;1io)
,
•
...
HORIZONTAIS
I-A minima particula da neve,Querida;
2-Achara gra<;a,Rezam; 3-Nome feminino,Tom,
Jornada; 4-Esta,Popular,Flores,Grito de
dor; 5-Gira em volta da terra, RUldo; 6Agradavel,Compreendida; 7-Ditongo,Parte
do corpo; 8-Liquidos,Extraldos da Fruta,
Pao doce; 9-Ninho,Pelos de certos animais,
Parte do ana; 10-Nome de ave,Produto alimenticio; ll-Pusera asas,Curas;
VERTICAlS
l-Carga,Odio; 2-Capital do Peru,Irmas da
mae; 3-Agora,Cantiga,Interjei<;ao; 4-Aqui,
Caminhos,Qy em Ingles; 5-Filtra,Ponte cardial; 6-Isolados,Ruins; 7-Batraquios,Pedras de mOlnho; 8-Pedra do lagar,Cabedais,
Nota musical; 9-Nome masculino,Forma de
verbo,Oceano; 10-Oferecida,Carrega; 11Adorais,Bonitas mas tem espinhos;
PROBLEMA No. 1
Solu<;ao
HORIZONTAIS,
I-Portugal; 2-Faunos; 3-L~, Saia, Le; 4Ema, cam; 5-Comunidade; 6-Ra, Ra; 7-Mas,
Ra, Asa; 8-Is, ousa, or; 9-Aviara; 10Amarrara;
VERTICAlS
l-Alec, Mia; 2-Amoras; 3-0f, Amas, Am; 4Ras, Ova; 5-Tua, Ruir; 6-Uni, Asar; 7-Goa,
Ara; 8-As, cara, Ar; 9-Lodoso; 10-Reme,
~------------------~------,
PORTUGUESE GIft STORE
&
. ~C IlUlCIfCll
ELECTRONICS
Carros
novas e
usados
CAMARA$ * RADIOS * GRAVADORES * PORCELANAS
Ara;
AQora, corn venda e repara~oe's de re 16gi os e
VENDE-SE
•
Segue-se 0 resultado de uma conversa
Maria Joao Ti~oteo da Costa, 11 anos,
cam alguns aluno& que frequent am escolas
esta na segunda classe e gostaria de
portuguesas e seus respectivos pais. As
ser professora. Estuda Aritmetica, Re~
perguntas incidiram sabre 0 motivo que
dac<;ao, Gramatica~ C{encias Naturais e
os levou a entrar na escola de Portugues, Leitura. Nao se sente sobrecarregada~
a coordena<;aodos trabalhos nas duas es- pais I!muitas vezes nao tem tr'abalhos da
colas e 0 pre<;o da inst!U<;ao.
escola canadiana para fazer em casa e
faz os exerclcios da es cola portuguesa".
Joaquim Luis Martins, 12, anos. Esta na - Achas que' e bom para ti aprender porquarta classe. Esta a tirar 5 discipli- tugues aqui no Canada?
- Sim, porque ha pessoas portuguesas que
nas: Portugues, Matematica, Hist6ria e
Ciencias.
nao sabem falar ingles. As vezes a minha escola vem pessoas portuguesas que
Vai a escola portuguesa para aprender
portugues. Nao acha demasiado dificil ir precisam da minha ajuda pais nao falam
a duas escolas par dia e nao se sente
ingles.
o Sr. Joao Costa, pai da Maria Joao
sobrecarregado cam os trabalhos escolares.
acha a necessidade de estar em contacto
o Joaquim gostaria de urn intervalo encam a filha caso ele volte para Portugal'e ela fique neste pais.
tre as duas horas na escola. Acredita
o Sr. Joao Costa nao acha muito difitambem que aprender portugues the seria util no futuro . "E alem disso se
cil pagar pela escola portuguesa, mas
"pode ser no entanto dispendioso para
os meus pais pensarem ir para Portugal,
sempre sera bom saber ler e escrever
quem tenha mais que urn filho na escola.
portugues. "
Acho que to dos os pais deveriam ter intere~se em mandar os filhos para as eso Sr. Martins, pai do Joaquim: "Mando
colas portuguesas. Se houvesse urn maior
o meu filho a escola portuguesa porque
nlimero
de alunos os pre<;os poderiam ser
nos somas portugueses e gostamos que os
mai
s
baixos."
nossos filhos falem portugues. Se nao
for assim qualquer dia ja nao os perceElio da Silva Antunes, 13 anos, esta
bemos!"
na
terceira classe. Quer ser advogado.
- E se 0 seu filho nao mostrasse inteAcha
que a lingua portuguesa 0 pode aresse?
judar
na sua profissao .
- Gosto que ele aprenda, mas se nao gosComa
preparas as li<;oes da escola catasse nao sei 0 que faria? Sabe que eles
nadiana
e da escola portuguesa ao mesmo
nao querendo e urn problema', mas 0 meu
tempo?
filho gosta.
- A noite quando acabo a escola portuguesa, fa<;o 0 trabalho da escola canaJose Rodrigues esta na terceira 'clasdiana. No dia seguinte quando acaba a
se. Acha que 0 conhecimento de llnguas
escola canadiana fa<;o 0 trabalho da ese 'importante. Mas gos tari a que ,des:enho cola portugues~.
e arte fosse incluido no.programa.
o Sr. Ant6nio Antunes, pai do Elio:
A Sra. Rodrigues, mae do Jorge gosta
- Mandei 0 meu filho para a escola porque os seus filhos aprendam portugues.
tuguesa porque gosto que ele aprenda
"E a nossa llngua". Aquilo que tem de
portugues e porque acho que lhe faz falpagar para 0 filho andar na escola nao
ta falar varias linguas~ Quero tambem,
acha caro nem barato. "Mas se 0 governo
que os meus filhos compreendam que fiz
pudesse ajudar sempre seria mais leve".
tudo 0 que pude para os educar.
artigos de prata e ouro.
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KEN PSILLAS
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COMUNIDADE,
Mar<$ 0 25/76
COISAS
DA
VIDA
o que val• po.. esle mundo ...
A
SITUACAO
,
N~
RODESI.~
As conversa~Oes politicas entre Joshua
Nkomo, representante do Concelho Nacional
Africano da Rodesia, e 0 Primeiro Ministro
ran Smith, sobre a negocia~ao para a passagem do poder da minoria branca para a
maioria africana, terminaram no dia 18 de
Mar~o sem qualquer resultado.
o governo Rodesiano refor~ou 0 seu aparate policial e repressivo a volta de
Salisburea onde predomina a popula~ao negra com 0 receio que estes protestem contra a quebra das negocia~oes.
A minoria branca de 274,000 habitantes
dominou os 6 milhoes da popula~ao negra
desde que se tornaram independentes unilateralmente em 1965.
Desde entao a ONU condenou 0 governo minoritario racista da Rodesia, exigindo
san~oes economicas de todos os paises, as
quais, nunca foram cumpridas porque Portugal deixou uti,li zar os portos e os caminhos
de ferro de Mo~ambique para 0 transporte
de mercadorias da Rodesia. 0 novo governo
mo~ambicano, liderado por Samora Machel,
devido a ataques e in,cursoes de fac~oes
Rodesianas, decidiu fechar no dia 3 de
Mar~o a fronteira e os Portos da Beira.
Esta atitude, que trara prejuizos para a
economia Mo~ambicana, foi apoiada pelas
Na~oes Unidas e pelo Commonwealth, os
quais se prontificaram a compensar Mo~am­
bique.
Sem outra alternativa 0 governo rodesiana tera de ceder por negocia~5es ou por
for~a 0 poder a maioria negra.
Nkomo, urn preto moderado, esta disposto
a negociar uma transi~ao gradual do poder
por urn periodo de 2 anos, mas a nova fac~ao chefiada pelo Bispo Abel Muzorewa nao
aceitou a proposta e apela para a -queda
imediata do poder da minoria branca.
CAATA· DE POI\T UC.j\L
o Meu
Recado
Anuncia-se ja,o periodo eUforico e azafamado da campanha eleitoral.
Gastam-se rios de saliva, resmas de papel, toneladas de energia ... a bater
palmas, atordoa-se os ares com vivas!
(ou mortes ~.) aos pa.rti dos.
E, para remate, 0 solene acto de introduzir emocionantemente um papelinho pela frincha de urn caixote - a Urna.
Terminou a ca~a ao c-oelho e a pE;rdi z.
Abriu a ca~a ao pate - digo, Voto.
Alias, a maneira como os partidos fizeram, em 75, a "ca~ada" e, este ano, estaG ja a fazer, traz-nos a lembran~a a
maneira como continuamos a ser levados
pelo feirante da banha de cobra.
A percentagem de analfabetismo neste
torraopatrio e fertil campo de diversao
politica para'os arautos das novas (ca)
ide ologias.
A op~~o partidaria, consciente, e
dificil.
Exige a leitura meditada dos programas
politicos e a analise fria da pratica
dos partidos.
o nosso povo estava cansado dos 48 anos
salazarentos.
o nosso povo esta a ficar cans ado de
dois anos "azarentos".
A torrente de vas promessas e novas ilusoes nunca satisfeitas lan~adas pelos
grupos politicos ja nos cansaram dema-
o GOVERNO
~\VISA
ca p'lo melro
Ora bem meus senhores, vamos par as
coisas em branco, ou em preto se nao
forem racistas. 0 Comunidade foi reorganizado. E verdade !! quem'o ve e
quem 0 viu !! nao se nota muita diferen~a, mas a transforma~ao foi radical.
Estavamos a precisar de gente. Convocamos uma quantidade de indivlduos que
quisessem trabalhar ( ninguem queria
mas 0 editor obrigou-os ). Eels-nos
com urna nova equipe. Pr'a ja a composi~ao passou a ser feita por uma
mulher. lsto e tanto mais impressionante quanto nos pensavamos que as
mulheres nao sabiam compor nada. Mas
os tempos vao mudando, e nestas datas
de igualdade, elas tem direitos iguais
... enfim. Ca 0 melro da as boas
vindas 'a nova compositora. So tenho
pena dos tempos em que 0 jornal era
todo feito por homens e ate se podia
falar mal na sala da redac~ao.
Gostaria de saber 0 que e que aconteceu ao Senhor que escreve " a lei que
nos governa " que nao apareceu no
ultimo jornal. Sera que a lei 0
apanhou ?
Ouvi dizer que os bilhetes do electrico aumentaram para 50t !? (esses
tipos qualquer dia sac capazes de
levar dinheiro aos melros para poisarem nos fios dos ditos cujos). Mas
nao se preocupem caros portugueses, os
indivlduos que fazem essas decisoes
v~o de carro com ",chauffeur" para 0
trabalho, portanto nao vao faltar deci
soes, semelhantes no futuro proximo.
lncidentalmente, caro leitor, pode ver
se consegue que 0 seu vizinho assine
o Co~unidade ? ~ que n~s estamos mesmo
a.precisar de assinantes. Ca 0 melro
promete que a t6dos os novos assinantes sera enviado alem do jornal, que
so por si vale a pena, um mapa da
cidade de Toronto com todas as rotas
aereas onde e permitida a passagem dos
melros. Quem tiver asas pode assim
evitar pagar os 50i do electrico. E
quem nao tiver tambem pode:CAMlNHANDO
Ah, Ah, Ah ... (caro leitor se esta a
pensar usar urna espingarda de pressao
para abater 0 melro, esque~a-se disso.
Eu tenho penas a prova de churnbo.)
Boa tarde, dia ou noite,
conforme a hora a que me ler,
e ate ao proximo jornal,
se 0 resto da historia quiser saber.
o melro poeta.
~
o S MEn I C8 S
SOB REO S EFElT 0 S
SEC LI ND A'R I 0 S nAP
f L IJ
L f\
ContinuaGao da pagina 6
Segundo Skye, a pilula e usada por cerca
de urn milhao de mulheres canadianas, representando um ter~o de todas as mulheres em
idade de maternidade. Vinte por cento das
mulheres praticam 0 controlo da natalida7
de atraves de "condoms" usados pelo homem,
dez por cento usam espurna, crenies, geleias, diafragmas ou aparelhos intra-uterinos
e as outras trinta por cento usam 0 ritmo
natural ou nada.
o mais respeitado estudo a longo prazo
de mulheres saudaveis a tomar a pilula
come~ou em i968 no Colegio Real de Medicos
de Cllnica Geral na lnglaterra e compara
23 mil mulheres que usam a pilula com 0
mesmo nlimero de mulheres que nao tomam
a pilula.
No relatorio provisorio em 1974 0 cole'gio di z que ate agora nao ha evid,encia
certa de que a pilula causa efeitos secundarios perigosos, exceptuando a coagul~ao
do sangue nas veias. Disse que ha mesmo
indica~6es de que a pilula protege as
mulheres contra os turnores benignos do
peito, anemia e desordens menstruais.
Todavia, oficiais de saude do Canada e
dos Bstados Unidos ficaram muito impressionados com relatorios que relacionam 0 estrogenio com cancro do utero e coagula~ao
do sangue, e no mes passado mandaram retirar do mercado algurnas marcas de pllulas
que se tomam sem interrup~ao. Este tipo
de pilulas era usado por cerca de 50 mil
mulheres canadianas.
(Abreviado do Toronto Star 10 e 11 de
artigos por Susan Bittermann)
Mar~o,
siado.
A linha de rurno certa, deste pais, ainda nao foi encontrada.
Urge que todos nos nos debrucemos profundamente sobre os projectos politicos
que nos sac propostos para optarmos pe10 mais correcto.
o emigrante vai contribuir notavelmente
e para essa op~ao.
o seu voto nao sera dado porque 0 "Conselho de Ministros Ihe fez a vont'ade",
como por ca se leu nalguma imprensa.
o seu voto sera expresso por diteito
proprio.
E tempo, mais que tempo, que a voz do
e~igrante seja escutada e, nao somente,
o tilintar das divisas que para ca en-via.
Se importante a consciencia de classe,
importante; tambem, a consciencia nacional.
E, se esta fal ta a tantos dos nossos,
nao e, por certo aos imigrantes a quem
mais falta.
No momento da op~ao do voto, de certeza
que todos vos, emigrantes, eXpressareis
o desejo de nao mais verdes 0 vosso torrao natal sem electricidade, sem caminhos transitaveis, sem escolas, sem
postos medicos, sem 'saneamento, sem meios de comunica~ao e transportee
Em vas havera a firmeza de expressar 0
voto para urna Vida duradoira, melhor.
A Urna nao mais fara 0 enterro das nossas justas ambi~oes!
po~
"
LUIS FERNANVfS
OS TRABALHADORES CANADIANOS
CmnRf1, 0 GOVEIlliD
No dia 22 de Mar90 os llderes do Congresso do Trabalho Canadiano (Canadian L2bour
Congress) apresentaram 0 seu documento
anual ao governo de Trude-au, na qual fortemente condenam a polltica de controlos
de salarios, seguida pelo governo liberal.
Para mostrarem a forte oposi9ao a tal ~
pol{tica por parte dos sindicatos, este
encontro foi marcado com uma das maiores
manifesta90es de sempre dos trabalhadores
canadianos.
Segundo.um organizador da marcha para
Ottawa, havia para cima de 32.000 membros
de sindicatos de todo 0 Canada. Uma das
maiores crlticas dos sindicatos refere-se
interven~ao do governo nas negocia~oes
dos contratos de trabalho, estabelecendo
uma percentagem maxima a que os sindicatos tem de sugeitar-se.
Devido a manifesta~ao, algumas fabrica~
tiveram de fechar por ausencia de grande
ntimero detrabalhadores.
a

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