MEGA MAN X CHRONICLES:

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MEGA MAN X CHRONICLES:
MEGA MAN X
CHRONICLES:
PROJECT
Golden Dragon – 2009
α
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PROLOGUE
Ano de 21XX. A tecnologia encontra-se extremamente desenvolvida e a humanidade respira
avanços tecnológicos. Uma das áreas que recebe grande atenção é a robótica, em que suas
criações facilitam muito a vida dos seres humanos com robôs humanóides chamados de
reploids. Estes reploids são dotados da capacidade de pensar e sentir semelhante aos
humanos, por isso estão em todas as áreas ajudando como podem seus criadores, seja como
criados, assessores, funcionários, operários, enfim, praticamente todas as áreas desde as que
precisam de força física até as que necessitam de atividade mental. Uma área em que se
encontra poucos humanos e esmagadora parte de reploids é de trabalhos braçais como
construção, indústrias, transportadoras, entre outras, pois poupa os homens do risco de
perderem a vida, já que se trata de um trabalho perigoso. E com as expansões urbanas,
criações de novas cidades e crescimentos industriais a procura por este tipo de reploid tornase grande, gerando demanda considerável nessa área. Para suprir esse nicho de mercado surge
a Hypertech Reploid Research and Development Enterprises, que é a gigante em criação de
reploids operários.
Já é tarde da noite. A maioria dos pesquisadores, incluindo humanos e reploids, da Hypertech
já tinham ido embora e os que ainda restavam nos laboratórios estavam somente terminando
seus relatórios sobre as atividades do dia. Porém, em um laboratório no ponto mais alto da
torre de pesquisa do complexo da Hypertech ainda havia luz. Um homem aparentando entre
50 e 60 anos ainda permanecia acordado, trabalhando intensamente em um projeto pessoal
que se dedicou durante os últimos anos incansavelmente. Sua posição de prestígio dentro da
empresa lhe dava a regalia de poder trabalhar em projetos pessoais utilizando os recursos da
mesma, pois ocupa o tão importante cargo no conselho da empresa e diretor geral de pesquisa
e foi um dos fundadores da Hypertech, trabalhando na área de tecnologia como cientista
chefe.
Ele já fora casado um dia, e teve uma filha. Porém em um incidente sua esposa fora morta
ficando somente a filha para ser criada, porém esta desaparecera há alguns anos. Buscas
foram feitas, mas nada fora encontrado, e o caso arquivado. Depois desses incidentes o
cientista nunca mais fora o mesmo.
Ele estava em seu computador, na ampla sala de pesquisa de seu laboratório pessoal,
programando códigos extremamente complexos para reploids, quando ouve, vindo do centro
do laboratório, um murmúrio de gemido, como quem está começando a acordar. Ele pára o
que estava fazendo e olha para o centro. Pondera por um instante e sorri largamente, falando
bem baixo, para si mesmo, mais um pensamento falado:
– Minha obra prima!
Ele se levanta de sua cadeira e se dirige ao centro. Lá está uma mesa com um reploid de
aparência feminina deitado, com vários cabos conectados em várias partes de seu corpo. Ao
chegar perto a reploid começa a abrir os olhos e fala bem baixo:
– Onde... Onde eu estou...? Minha cabeça... Está doendo... Não me lembro de nada...
– Você está em um lugar seguro, não se preocupe. – diz o cientista.
– Seguro... – ela fala ainda insegura, com a visão ainda embaçada, mas começando a tomar
foco. Não me lembro de você... Quem é você?
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– Sou alguém que se importa muito com você. Acredite nisso. – disse o cientista.
Enquanto isso ela olhava ao redor e depois para suas mãos e seu corpo. Uma expressão
sombria, misto de susto e desespero tomou conta da reploid de repente. O cientista
percebendo essa mudança no humor dela tentou acalmá-la:
– Não fique triste, agora você está perfeita minha querida.
Ela olhou rapidamente para o cientista, já com a visão normalizada. Ao olhá-lo percebeu o
homem velho, humano porém com algumas partes mecânicas, um braço e uma perna inteiras,
parte da cabeça e do torso também eram mecânicas. Nisso sua já assustada expressão agravou
mais ainda, e um sentimento de terror, medo e mais desespero tomou conta dela. Ao perceber
mais essa mudança o cientista se apressou e estendeu o braço na direção dela falando alto:
– NÃO! Não é isso que você está pensan...
Enquanto ele tomava sua ação e falava ela colocou as mãos na cabeça e gritou muito alto, no
maior de todos os horrores! Ao grito seguiu-se o estrondo forte de uma explosão, e podia-se
perceber de fora da torre um clarão vindo do laboratório do cientista.
Na sala de segurança, os três reploids vigias ouviram o barulho e na mesma hora olharam para
o monitor que acusava irregularidade no laboratório do cientista. Rapidamente
intercomunicaram para os outros vigias avisando da irregularidade e dando ordem para todos
subirem para dar assistência. Imediatamente os três subiram para averiguarem o que estava
ocorrendo com armas em punho. Com a pressa toda nem tiveram tempo para pegar algum
mechaniloid para auxiliar na averiguação.
Foram em direção ao elevador de uso restrito e inseriram a senha emergencial de segurança
para casos sérios como o que acabou de ocorrer. O elevador abre e os três entram mais que
depressa. Chegaram no último andar, porém era uma circulação que fazia ligação com mais
outras salas importantes para a torre de pesquisa, entre elas a sala do banco de dados onde
tudo o que ocorre nas pesquisas da torre é registrado, a sala de reuniões para encontros de
cúpula, algumas salas de projeto, e bem no final estava o objetivo deles, o laboratório pessoal
do diretor.
Eles prepararam suas armas e foram andando rapidamente. Ao chegarem na porta o que
parece ser o comandante faz sinal para pararem e silenciarem. Ele encosta a cabeça na porta
para tentar ouvir alguma coisa e nada. Percebe que ao lado da porta tem um dispositivo para
entrada de senhas e digita a senha de emergência, porém é indeferida. Tenta mais uma vez e é
novamente indeferida. Faz alguns sinais para os outros dois vigias e se afasta da porta.
Imediatamente um deles retira um dispositivo da pasta e afixa na porta, aperta um botão e se
afasta também para se juntar aos outros dois que estão a uma boa distância da porta. O
dispositivo começa a contagem regressiva de 10 segundos.
Ao fim dos 10 segundos, a porta é explodida e mais que depressa os três vigias correm para
dentro. Os dois subordinados entram primeiro e cada um com a arma apontada gira para um
lado, um para a direita e outro para a esquerda para ver se há alguém no laboratório. O
comandante chega com a arma também apontada e observa o centro. Todos percebem que há
ainda poeira suspensa e começam a entender como está organizado o laboratório, pois esta é
a primeira vez que entram nele. À esquerda está um supercomputador, à direita vêem várias
mesas com peças mecânicas, armários e incubadoras cheias de líquido e outras peças
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mecânicas. Por todo o laboratório pode-se ver que há muitos cabos e tubos de todos os
tamanhos e espessuras, e a maioria deles vão em direção ao centro que, com a poeira
abaixando, podem ver uma mesa grande o suficiente para uma pessoa ou reploid ficar deitado.
Mas está vazia e também quebrada com vários cabos desconectados, quebrados, soltando
faíscas de eletricidade. O comandante percebe que alguns cabos e tubos sobem e os
acompanha e ao chegar o olhar no teto fica espantado e toma uma expressão de grande
horror. Os outros dois vigias também observam e ficam igualmente espantados.
– Professor... – murmura o comandante.
O cientista, chamado comumente de professor na torre, estava preso no teto que apresentava
uma concavidade que não existia e pode ser percebido que o teto afundou para criar tal
concavidade. Os cabos estavam alguns enrolados no professor e outros perfurando ele, nos
braços, nas pernas, no tórax. O sangue escorria pelos cabos. Nesse momento os outros vigias
que tinham sido chamados chegaram fazendo barulho de passos. Todos pararam e soltaram
expressões de espanto ao verem o emérito cientista naquelas condições. Seu rosto estava com
a boca aberta e seus olhos totalmente abertos, totalmente arregalados.
– Comandante, venha ver isto. – chamou um dos vigias apontando para a parede que tinha
algumas plantas e projetos afixados.
– Então era nisto que o professor estava trabalhando incessantemente. – Disse o comandante.
– Esse reploid deve ter se revoltado por algum motivo e feito isto.
Virando-se para os vigias ordena:
– Ninguém mexa em nada, deixem o laboratório como está. Dois vigias deverão ficar na porta
de guarda, troquem em turnos de duas em duas horas. Ninguém entra nem sai desse
laboratório sem eu ficar sabendo, entendido?
– Sim, senhor! – gritaram os vigias que já estavam saindo enquanto dois já ficaram a postos na
porta.
– Fiquem de armas em punho. Permissão concedida para atirar se for necessário. – ordenou o
comandante.
Virando-se, dirigiu-se para o elevador junto com os outros vigias, ordenando:
– Investiguem as gravações de segurança e identifiquem qualquer indício do que pode ter
ocorrido em toda a torre durante todo o dia e toda a noite. O restante fique a postos em alerta
nível 2.
E mais dois reploids saíram para investigarem as gravações enquanto o restante dos vigias foi
para as suas posições. Um clima tenso tomou conta de todos os reploids da segurança já que
pelos próximos dias um regime marcial tomará conta do dia-a-dia da torre de pesquisas.
Ao ser deixado pelos seus subordinados, o comandante foi para a sala de segurança. Chegando
lá entrou em linha de comunicação direta com o presidente da empresa, pensando consigo
mesmo:
– Essa será uma noite daquelas...
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