Estereótipo
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Estereótipo
Extra Classe Estereótipo Autor de Os tempos hipermodernos, Crepúsculo do dever e A era do vazio, entre outras obras, o filósofo e sociólogo francês Gilles Lipovetsky é uma das principais atrações da 11a Jornada Nacional de Literatura. Estará presente amanhã, no painel A indústria cultural: homogeneização, diversidade, resistências, a partir das 14h, no Palco de Debates, ao lado do jornalista Alberto Dines (Observatório da Imprensa), do professor da Universidade de Coimbra e ex-diretor da Biblioteca Nacional de Portugal, Carlos Reis, e do psiquiatra e escritor italiano, Mauro Maldonado. Em contraponto à idéia da pósmodernidade, Lipovetsky interpreta a sociedade contemporânea à luz de um conceito que ele próprio criou: a hipermodernidade. “Não estamos em uma sociedade pós-moderna, mas em uma outra modernidade, ou mais exatamente em uma hipermodernidade. Os princípios fundamentais da modernidade – a valorização do indivíduo, da democracia, do mercado e da tecnociência – não foram substituídos, apenas radicalizados”, afirmou Lipovetsky, em entrevista ao Extra Classe, em agosto de 2004. Na semana passada, em Porto Alegre, ele concedeu nova entrevista exclusiva, quando falou sobre o papel da literatura na sociedade hipermoderna. Paulo César Teixeira Extra Classe – A literatura esteve sempre presente anunciando as principais características que marcam cada período histórico. O senhor identifica poetas ou escritores ligados ao conceito da hipermodernidade? Gilles Lipovetsky – Essa é uma questão que eu ainda não havia pensado. Existe um escritor francês contemporâneo, Michel Houellebecq (autor de Extensão do Domínio da Luta, Partículas Elementares e Plataforma), que é hipermoderno. A literatura não é mais simplesmente uma ficção, também não é um olhar puro, e sim um tipo de mistura que reflete um mundo ansioso e difícil, no qual estamos. Houellebecq consegue fazer perguntas eternas, recolocadas de uma forma contemporânea ao extremo, abordando temas como a felicidade, a busca da felicidade, a infelicidade. Me parece uma coisa tipicamente hipermoderna. Por outro lado, tem uma visão pessimista da hipermodernidade, com um estilo que não é de vanguarda, não é de desconstrução da escrita, pelo contrário, é um trabalho simples. Ele deu à literatura uma potência extraordinária. Tão extraordinária que mesmo aqueles que não são pessimistas, e eu não sou pessimista, acham formidável. EC– De que maneira a literatura e a arte em geral podem contribuir para que os indivíduos se tornem mais críticos, não aceitando como “esponjas” (segundo termo utilizado pelo senhor) slogans bombardeados pela mídia? Lipovetsky – Eu penso que hoje a literatura é ameaçada por muitas coisas. Antigamente, ela permitia satisfação e prazer a uma sociedade em que não havia muitos motivos de distração. As garotas estavam fechadas em casa, então, liam os livros. Hoje, temos walkman, música em todos os lugares, internet, viagens, então, a literatura tem muita concorrência. Por outro lado, as pessoas passam mais tempo em frente à televisão do que no trabalho. A literatura hoje tem um papel muito existencial. Ela não tem a temporalidade da mídia, que é zap, zap (troca de canais). Um livro habita em você durante muito tempo. É o que nos faz viver um outro universo. Sem dúvida, a literatura atende a uma necessidade poética, alimenta a imaginação, porque as mídias produzem pouco imaginário. EC – Quais são os fundamentos éticos da sociedade hipermoderna? Lipovetsky – Muito simples: é um fundamento humanístico. Passamos de uma sociedade religiosa, bíblica, para uma sociedade em que o homem é o fundamento da ética. É verdade que a hiperindividualização traz muitos problemas, como a corrupção, por exemplo, mas ao mesmo tempo ela reforça a base humanista. Não devemos ser pessimistas sobre a evolução de nossa sociedade, porque há muitos problemas, mas há também meios de corrigí-los. Maioria dos autores despreza o leitor mé Clarinha Glock E m seus livros, o escritor Nelson de Oliveira, autor de Naquela época tínhamos um gato, Treze, Subsolo Infinito, Anseios Crípticos e Sólidos e gozosos & solidões geométricas, se propõe um desafio: evitar os estereótipos étnicos e sociais presentes nos temas pitorescos quase sempre relacionados ao Brasil, como carnaval, mulata, jagunço, futebol, índio, favela, que tanto seduzem o mercado editorial estrangeiro. Ele quer mostrar que, para simplificar as coisas, se convencionou chamar de “nação” e de “povo” no Brasil o imenso agrupamento de pessoas. Mas esse agrupamento é composto de um sem-número de camadas e características diferentes, muitas das quais acabam se perdendo totalmente quando reunidas sob etiquetas reducionistas. “Penso que muitos escritores, ao tentar representar o que julgam ser as características principais do povo brasileiro, acabam criando apenas estereótipos”, observa. A variedade de raças, credos e culturas sociais existentes no Brasil é tão grande que, para o escritor, a dificuldade é como colocar em xeque a idéia totalizante e simplória de “nação” ou “povo”. Diferente do trabalho dos autores mais antigos, Oliveira constatou, por PALCO DE DEBATES - HOJE, 14 lares na ficção narrativa, com Cecília Co Nelson de Oliveira, Clara Ferreira Alv PROGRAMAÇÃO HOJE 9h - Abertura da 3a Jornadinha Nacional de Literatura Lona Principal: Abertura do Encontro Nacional da Academia Brasileira de Letras: revisitando os clássicos – Auditório da Faculdade de Odontologia 8h30min - Abertura do 4o Seminário Internacional de Pesquisa em Leitura e Patrimônio - Auditório da Biblioteca Extra Classe os em xeque A literatura como pátria Foto: JR Duran/Divulgação Muito longe dos brasileiros no mapa e na vida cotidiana, argelinos e marroquinos têm na literatura um testemunho de sua história de colonização que a antropóloga nascida na Argélia, Tassadit Yacine, ajuda a desvendar. Desde 1992, Yacine é professora na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris. Especialista em sociedades berberes na Argélia, no Marrocos e na França (com populações de imigrantes), ela cita escritores como Ban Jelloun Assia Djebar, Driss Chraibi e até Salman Rushdie, responsáveis por difundir essa cultura na França e na Europa em geral. Outros, como Azzoug Beggag, Nacer Kettane, Nina Bouraoui, são considerados produtos do exílio. Clarinha Glock O dio, observa o escritor Nelson de Oliveira exemplo, que a prosa dos escritores da geração 90 é bem diversificada. Ele reuniu recentemente em duas antologias os textos desses autores: Geração 90: manuscritos de computador e Geração 90: os transgressores. A principal característica comum a quase todos eles, explica, é o apego ao universo das megacidades. E a atmosfera comum a essa prosa exclusivamente urbana é a do bizarro, mesmo que, do ponto de vista formal, apareça das mais diversas formas – seja fragmentada, em ziguezague, em linha reta, pulverizada ou misturada. Segundo Oliveira, “a propensão para o nefasto, para o sinistro e para o agourento” afasta desses autores o dilema sofrido pela maioria dos artistas no mercado editorial: produzir para as massas ou para a elite? Vender 300 mil exemplares ou só 300? Escrever para o leitor médio (mal alfabetizado), ingênuo e de gosto pouco apurado, acredita, está fora de cogitação para esses escritores. “Todos eles, consciente ou inconscientemente, escrevem para a pequena elite intelectual (não estou falando da elite econômica!) à qual pertencem os leitores mais sofisticados”, observa. O autor refere-se aos que receberam educação formal e consomem, entre outras coisas, literatura brasileira contemporânea. 4h – O nacional e as manifestações popuosta, João Ubaldo Ribeiro, Marisa Lajolo, ves, Tassadit Yacine, Silviano Santiago. 9h45min - Diversidade Cultural Lona azul - José Pinheiro Machado, Daniel Munduruk Lona amarela - J. Borges, Zé das Folhas e Estátuas de gesso (vivas) Lona verde - Viola de cocho – uma melodia histórica – Abel Santos, Estátuas de gesso (vivas) Lona vermelha - Origami – Alice Haga, Homem do serrote - José Orihuela s aspectos nacionais e as manifestações populares na ficção narrativa, tema de que vai falar Yacine durante a Jornada, aparecem de formas distintas na produção literária feita dentro da Argélia e do Marrocos, e na produção que vem de fora, da França, Holanda e Bélgica. Ela explica que os escritores argelinos, principalmente durante a colonização francesa, tiveram que dar a seu povo uma forma de existir como grupo através das tradições populares. Embora fosse diferente para o Marrocos, já que a dominação política era distinta, a reação foi a mesma. Os norte-africanos tiveram que defender sua imagem frente a uma dominação colonial feroz, pois os temas de identidade, de cultura própria, se sobressaíam na narrativa. E essa narrativa serviu mais tarde de referência cultural para a juventude fazer suas reivindicações. A antropóloga lembra que a imigração norteafricana não foi como as outras, porque procede do colonialismo. Os primeiros argelinos que pisaram no solo francês o fizeram depois da Primeira Guerra Mundial. E desde esta data houve ondas sucessivas de imigração argelina, tunisiana e marroquina. Portanto, a narrativa que emergiu tem a ver com todos estes acontecimentos. Uma forma de autonomia do campo literário surgiu muito depois, quando os imigrantes começaram a se ver como seres autônomos da pátria-mãe e passaram a descrever sua vida como algo específico deles na Europa, sobretudo na França. “As tradições e a cultura que passam a relatar, mesmo que ainda tenham a ver com o país de origem, se apresentam como algo relacionado Tassadit Yacine 14h - Palco de debates O nacional e as manifestações populares na ficção narrativa 19h - Apresentação do Grupo de percussão da Faculdade de Artes e Comunicação/UPF 19h30min - Grande conferência Jostein Gaarder com a sua existência como imigrantes”, analisa Yacine. Mas, se existem registros na literatura das manifestações culturais dos imigrantes, é também possível dizer que essa população marginalizada produz cultura, ainda que, na verdade, quase não tenha espaço na era da globalização. Com a ascensão do islamismo radical, lembra Yacine, havia uma forma de “tampão” sobre tudo o que se relacionava com os imigrantes que viviam nesse mundo, em geral, estigmatizado e encerrado na periferia, fora de todas as decisões importantes e de uma existência normal. A chegada ao poder da esquerda foi um passo muito importante, mas não foi seguida de todas as promessas que os políticos fizeram, como o direito de eleição. Esta marginalização fez com que não tivessem apoio do governo francês e visibilidade para sua criação cultural. “A globalização acentua, para uma grande parte da população, essa forma de discriminação, já que esta geração só fala o idioma francês e se encontra totalmente estrangeira na terra dos pais – principalmente os jovens, que são as primeiras vítimas da crise econômica: franceses nos papéis, e estrangeiros quando se trata de ascender no campo do trabalho. Para que sejam ouvidos e lidos, diz Yacine, é importante criar uma forma de organização sul/sul entre comunidades que compartilhem o mesmo sofrimento. A pobreza, a dominação cultural e a política geram comportamentos e uma criação estética específica. Por isso, a antropóloga acredita que promover intercâmbios, através de festivais de cinema, teatro e literatura, pode ajudar muito aos que não têm meios para chegar a um público sensível a este tipo de problemática. QUARTA-FEIRA 24/08 8h30min Abertura do Seminário Nacional de Jornalismo Cultural 14h - Palco de debates A indústria cultural: homogeneização, diversidade, resistências Alberto Dines, Carlos Reis (Portugal), Gilles Lipovetsky (França), Mauro Maldonato (Itália) 19h - Bando Andarengo - CIOFF/RS 19h30min - Palco de debates A sublimação do homem pela estética e espiritualidade Alcione Araújo, Frei Betto, Leonardo Boff 21h - Show Lobão Coordenadores dos Debates Alcione Araújo, Ignácio de Loyola Brandão e Julio Diniz Obs: Programação sujeita a alteração Extra Classe Os imortais estão na cidade Clarinha Glock P ela primeira vez, os membros da Academia Brasileira de Letras (ABL) vão se reunir em Passo Fundo e discutir com os leitores da Jornada a importância dos clássicos. A expectativa é grande porque, como a Academia tem sede no Rio de Janeiro, as experiências de descentralização e regionalização têm sido raras, diz o escritor Moacyr Scliar. A aproximação dos imortais com seus leitores favorece a divulgação do trabalho da ABL. Pouca gente sabe que a Academia promove seminários, congressos e encontros, edita livros e uma revista muito respeitada no meio literário. “A ABL tem um papel importante na vida cultural do país - e muito prestígio: houve uma enquete da Datafolha, há pouco tempo, em que se perguntou para as pessoas qual era a entidade cultural mais importante do Brasil e 80% responderam que era a ABL”, lembra Scliar. A escritora Ana Maria Machado, que ocupa a cadeira 1, acredita que esse encontro vai reforçar também a relação da Academia com a universidade. Como a ABL tem um programa de bolsas de estudos de pós-graduação para universitários que estudem a obra de imortais, passados ou atuais, será uma ótima oportunidade de chamar a atenção dos estudantes. CLÁSSICOS - A presença dos imortais na Jornada chama a atenção para a importância dos clássicos na literatura brasileira. Ao comentar as obras de sua preferência, a intenção é motivar os jovens a penetrarem nessa leitura nem sempre muito fácil. Scliar vai falar sobre O Alienista, de Machado de Assis. A escolha não foi por acaso. Além de ser uma “história muito boa”, explica Scliar, “é a história de um médico meio maluco e, como sou médico, ela sempre me despertou curiosidade”. Além disso, a obra fala do poder. E no momento em que se discute tanto a questão do poder no Brasil, hoje, o texto está mais do que atual. A escritora Ana Maria Machado, autora, entre outros livros, de Como e por que ler os clássicos universais desde cedo, lembra que, quando se aprende a ler e deixa de ser analfabeto, a gente recebe uma chave para um tesouro, que é tudo o que já foi escrito antes e todas as maravilhas literárias que a humanidade vem criando há séculos. “Não usar essa chave para abrir esse tesouro é um desperdício. Ler os clássicos é ter acesso a esse tesouro”, diz. Ela considera válido que, para ficar à altura das crianças e dos jovens, se use adaptações, dando aos pequenos leitores a chance de primeiro “tomar conta” com textos mais simples e depois passar para a obra integral. Ana Maria vai além. Ressalta que é um privilégio poder ler A Ilíada, Odisséia, Dom Quixote ou assistir a uma peça de Shakespeare. Saber ler e nunca fazer isso, na sua opinião, é como se contentar apenas com o chiclete e nunca comer um alimento delicioso. O Encontro Nacional da Academia Brasileira de Letras (ABL) – Revisitando os Clássicos – acontece hoje, amanhã e quinta-feira, das 9h às 12h, no auditório da Faculdade de Odontologia. No encontro de hoje estarão presentes Antônio Augusto Meireles Duarte, Ivan Junqueira, Moacyr Scliar e Sérgio Paulo Rouanet. Os debates serão coordenados por Regina Zilberman. Amanhã, Elvo Clemente vai coordenar os trabalhos com Ana Maria Machado, Antônio Carlos Secchin e João Ubaldo Ribeiro. E, na quinta-feira, será a vez de Alberto da Costa e Silva, Carlos Heitor Cony e Cícero Sandroni, sob a coordenação de debates de Márcia Barbosa. Extrato SÉRIE JORNADAS LITERÁRIAS Questões de Escrita, Questões de Leitura para Jovens e Questões de Intertextualidade são os três títulos da série Jornadas Literárias, que a UPF Editora está lançando durante a 11ª Jornada Nacional de Literatura. Questões de Escrita (200p.), tem organização de Carme Regina Schons e da coordenadora das Jornadas, Tania Rösing. A obra reúne artigos de diversos autores em uma reflexão sobre múltiplas abordagens proporcionadas pela escrita. Com organização de Tânia Rösing e Daniel Rettenmaier, Questões de Leitura para Jovens (223 p.) lança um olhar menos pessimista sobre o ato da leitura e propõe textos menos padronizados, com ênfase às percepções individuais. O livro é dividido em Literatura para jovens: o gênero e seus leitores e Leituras de jovens: autores, textos, contextos. Já Questões de Intertextualidade (188 p. – organização de Graciela Ormezzano e Márcia Helena Barbosa), aborda as inovações da construção literária e o novo pensamento artístico que os autores vêem como “modelo artístico do mundo”. A proposta é identificar a criação intertextual, que subverte a linearidade e as seqüências formais na literatura. O MUNDO DE SOFIA Jostein Gaarder - (Cia. das Letras, 560p.) Uma incursão na história da filosofia ocidental – dos pré-socráticos aos pósmodernos – na história de Sofia Amundsen que, na véspera de seu aniversário de quinze anos, começa a receber estranhos bilhetes e cartões postais com questionamentos sobre a sua origem e o mundo à sua volta. Lançado há dez anos, o livro do norueguês Jostein Gaarder, segue conquistando milhões de leitores em todos os países em que foi lançado. Presente em Passo Fundo, Gaarder é uma das estrelas da programação de hoje da 11ª Jornada Nacional de Literatura. ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA De José Saramago - (Cia. das Letras) Uma “treva branca” vai cegando, um a um, os habitantes de uma cidade. Com essa fantasia aterradora, Saramago nos obriga a fechar os olhos e ver. Recuperar a lucidez, resgatar o afeto, são as tarefas do escritor e de cada leitor diante da pressão dos tempos e do que se perdeu. 312p. PARA SABER MAIS: No site www.academia.org.br, é possível fazer um passeio virtual pelo Petit Trianon, sede da Academia Brasileira de Letras desde 1923, além de obter mais informações sobre as atividades da ABL. Especial 11a Jornada Nacional de Literatura Extra Classe é uma publicação mensal do Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul - SINPRO/RS, filiado à CUT e CONTEE Av. João Pessoa, 919 - CEP 90040-000 Bairro Farroupilha - Porto Alegre - RS - BRASIL Fone (51) 3211.1900 - Fax (51)3211.2628 www.sinprors.org.br / [email protected] REDAÇÃO: [email protected] Coordenação Geral: Valéria Ochôa ([email protected]) Edição Executiva: Gilson Camargo ([email protected]) Estágio Jornalismo Luís Gustavo Van Ondheusden ([email protected]) Reportagem: Clarinha Glock e Paulo César Teixeira CARTAS PERTO DO CORAÇÃO De Fernando Sabino e Clarice Lispector (Record) A longa e profunda amizade entre dois dos mais importantes escritores brasileiros reflete-se nas cartas trocadas por eles entre 1946 e 1969. O livro traz a correspondência entre Fernando Sabino e Clarice Lispector e permite ao leitor descobrir o mundo interno desses dois escritores quando jovens. 222p. Edição Gráfica: Claudete Sieber (D3 Comunicação) e Cauê Somensi/UPF Editora. Editoração Eletrônica: Rodrigo Vizzotto (D3 Comunicação) e Daniel da Silva/Design Gráfico/UPF Fotografia: Tânia Meinerz e René Cabrales Colaboração: Alessandra Bedin Toniazzo, Ana Fabrícia de Lima do Carmo, Ana Paula Koenemann e Fernanda Schena (Agência Experimental de Jornalismo / FAC – UPF). Impressão: Gráfica UPF Tiragem desta edição: 5.500 exemplares