N° 02 - Cardiovascular Sciences Forum

Transcrição

N° 02 - Cardiovascular Sciences Forum
Cardiovasc Sci Forum 2014; 9(2):
CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
1
CARDIOVASCULAR
SCIENCES FORUM
Vol 9 / Number 2 - APRIL / JUNE- 2014
EDITORIAL COORDINATION
Henrique Cesar de Almeida Maia, Alexandre Ciappina Hueb,
João Batista V. Carvalho, Melchior Luiz Lima, Osvaldo Sampaio Netto
ASSOCIATED EDITORS
Alfredo I. Fiorelli, Carlos Henrique Marques Santos, Marco Antônio Rodrigues Torres,
Elias Kallás, José Carlos Dorsa V. Pontes, Sérgio Nunes Pereira
EDITORIAL SECRETARY:
Otoni Moreira Gomes
Sponsored by:
FUNDAÇÃO CARDIOVASCULAR SÃO FRANCISCO DE ASSIS VERDADE É JESUS
SÃO FRANCISCO DE ASSIS TRUTH IS JESUS CARDIOVASCULAR FOUNDATION
FUNDACIÓN CARDIOVASCULAR SAN FRANCISCO DE ASSIS JESUS ES LA VERDAD
Coordination: Elaine Maria Gomes Freitas (OAB)
Events Administration: Elton Silva Gomes
Scientific Coordination: Otoni M. Gomes
Clinic Director: Eros Silva Gomes
International Scientific Board
Alberto J. Crottogini (Argentina)
Celina Morales (Argentina)
Daniel Bia (Uruguay)
Calogerino Diego B. Cuzumano (Venezuela)
Diego A. Borzelino (Venezuela)
Domingos S. R. Souza (Sweden)
Eduardo Armentano (Uruguay)
Eduardo R. Migliaro (Uruguay)
Pierluca Lombardi (EE.UU)
Michael Dashwood (England)
Pascal Dohmen (Germany)
Patrícia M. Laguens (Argentina)
Pawan K. Singal (Canadá)
Ricardo Gelpi (Argentina)
Ruben P. Laguens (Argentina)
Sylvain Chauvaud (França)
Tofy Mussivand (Canadá)
Tomas A. Salerno (EE.UU)
Scientific Co-sponsorship by: International College of Cardiovascular Sciences, South American Section of
the International Academy of Cardiovascular Sciences (IACS - SAS), Department of Experimental Research
of the Brazilian Society of Cardiovascular Surgery (DEPEX - SBCCV), SBCCV Department of Extracorporeal
Circulation and Mechanical Assisted Circulation (DECAM - SBCCV), SBCCV Department of Clinical Cardiology, Brazilian Association of Intensive Cardiology, Brazilian Academy of Cardiology for the Family, SBCEC Brazilian Society of Extracorporeal Circulation
CARDIOVASCULAR
SCIENCES FORUM
Cardiovasc Sci Forum - Vol 9 / Number 2 - APRIL / JUNE- 2014
International College of Cardiovascular Sciences
SCIENTIFIC BOARD - BRAZIL
Aguinaldo Coelho Silva (MG)
Alcino Lázaro da Silva (MG)
Alexandre Ciappina Hueb (SP)
Alexandre Kallás (MG)
Antônio Alves Coelho (DF)
Antônio A. Ramalho Motta (MG)
Antônio de Pádua Jazbik (RJ)
Antônio S. Martins (SP)
Bruno Botelho Pinheiro (GO)
Carlos Henrique M. Santos (MS)
Carlos Henrique V. Andrade (MG)
Cláudio Pitanga M. Silva (RJ)
Cristina Kallás Hueb (MG)
Domingos J. Moraes (RJ)
Edmo Atique Gabriel (SP)
Eduardo Augusto Victor Rocha (MG)
Eduardo Keller Saadi (RS)
Elmiro Santos Resende (MG)
Eduardo Sérgio Bastos (RJ)
Eros Silva Gomes (MG)
Evandro César V. Osterne (DF)
Fábio B. Jatene (SP)
Francisco Diniz Affonso Costa (PR)
Francisco Gregori Jr. (PR)
Geraldo Martins Ramalho (RJ)
Geraldo Paulino S. Filho (GO)
Gilberto V. Barbosa (RS)
Jandir Ferreira Gomes Junior (MS)
João Bosco Dupin (MG)
João Carlos Ferreira Leal (SP)
João Jackson Duarte (MS)
Jorge Ilha Guimarães (RS)
José Dondici Filho (MG)
José Ernesto Succi (SP)
José Francisco Biscegli (SP)
José Teles de Mendonça (SE)
Juan Alberto C. Mejia (CE)
Leonardo Andrade Mulinari (PR)
Liberato S. Siqueira Souza (MG)
Luiz Antonio Brasil (GO)
Luiz Boro Puig (SP)
Luis Carlos Vieira Matos (DF)
Luiz Fernando Kubrusly (PR)
Luiz Paulo Rangel Gomes Silva (PA)
Mário Ricardo Amar (RJ)
Marcelo Sávio Martins (RJ)
Marcio Vinicius L. Barros (MG)
Marcílio Faraj (MG)
Mario Oswaldo V. Peredo (MG)
Maria José Campagnole (MG)
Mario Coli J. de Moraes (RJ)
Melchior Luiz Lima (ES)
EDICOR Ltda.
“Truth is Jes u s the Word of God”
John 1.1; 14.6; 17.17
Miguel Angel Maluf (SP)
Neimar Gardenal (MS)
Noedir A. G. Stolf (SP)
Paulo de Lara Lavítola (SP)
Paulo Rodrigues da Silva (RJ)
Pedro Rocha Paniagua (DF)
Osvaldo Sampaio Netto (DF)
Pablo Maria A. Pomerantzeff (SP)
Paulo Antônio M. Motta (DF)
Rafael Haddad (GO)
Rodrigo Mussi Milani (PR)
Ronald Sousa Peixoto (RJ)
Rika Kakuda Costa (SE)
Roberto Hugo Costa Lins (RJ)
Ronaldo D. Fontes (SP)
Ronaldo M. Bueno (SP)
Rubio Bombonato (SC)
Rui Manuel S. A. Almeida (PR)
Sérgio Luis da Silva (RJ)
Sérgio Nunes Pereira (RS)
Sinara Silva Cotrim (MG)
Tânia Maria A. Rodrigues (SE)
Victor Murad (ES)
Walter José Gomes (SP)
Walter Labanca Arantes (RJ)
Wanewman Lins G. Andrade (BA)
CARDIOVASCULAR
SCIENCES FORUM
ISSN 1809-3744 (Publicação Online)
ISSN 1809-3736 (Publicação Impressa)
EDITORIAL SECRETARY
Fundação Cardiovascular São Francisco de Assis Verdade é Jesus
R. José do Patrocínio, 522 - Santa Mônica,
Belo Horizonte / MG - Brazil
CEP: 31.525-160 - Tel./ Fax: (55) 31 3439.3004
e-mail: [email protected]
Site: www.servcor.com
DATA PROCESSING CENTER
Coordination:
Elton Silva Gomes
Lay-out/Editoring:
Victor Hugo de Souza Araujo
Webmaster:
Bruno Sapore
ADVERTISING
Advertising inquiries should be addressed to
ServCor - Division of Events,
R. José do Patrocínio, 522 - Santa Mônica
Belo Horizonte / MG - Brazil - CEP: 31.525-160
Tel./ Fax: (55) 31 3439.3004
[email protected]
Copyrights:
EDICOR Ltda.
“Truth is Jesus the Word of God”
John 1.1; 14.6; 17.17
Home Page: www.servcor.com
Cardiovasc Sci Forum 2014; 9(2):
CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
5
ISSN 1809-3744 (Publicação Online)
ISSN 1809-3736 (Publicação Impressa)
Cardiovasc Sci Forum 2014; 9(2):
CARDIOVASC SCI FORUM - April / June - 2014; 9 (2):
CONTENTS
EDITORIAL
The Initial results of the treatment of chronic atrial fibrillation with biatrial approach
optimized with the technique of Gomes during mitral valve surgery. (Portuguese).
7
*Flavio Donizete Gonçalves, Valdir Gonçalves Leite Junior, Vanusa Gonçalves Leite
ORIGINAL ARTICLE
ARTIGO ORIGINAL
Endocardial pacemaker implant compatible with resonance - Initial Experience. (Portuguese)
*Flavio Donizete Gonçalves, *Valdir Gonçalves Leite Junior,
*Vanusa Gonçalves Leite, **Otoni Moreira Gomes
10
UPDATING ARTICLE
ARTIGO DE ATUALIZAÇÃO
Técnicas “no-touch” no preparo da veia safena a ser utilizada na revascularização
Miocárdica: uma revisão da literatura
Bruna Gomes de Castro ,Rafaela Sales, Dr. Francisco Siosney,
José Kleberth, Mônica Farias, José Wanderley Neto
15
UPCOMING EVENTS
EVENTOS
18
INSTRUCTIONS
TO AUTHORS
21
6
CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
Cardiovasc Sci Forum 2014; 9(2):
EDITORIAL
Resultados iniciais do tratamento da fibrilação atrial crônica com abordagem
biatrial otimizada pela técnica de Gomes, durante cirurgia valvar mitral.
*Flavio Donizete Gonçalves, Valdir Gonçalves Leite Junior, Vanusa Gonçalves Leite, **Otoni M. Gomes
* Serviço de Cirurgia Cardíaca da Santa Casa de Montes Claros - MG
**Fundação Cardiovascular São Francisco de Assis - SERVCOR- Belo Horizonte - MG
A fibrilação atrial representa um importante problema clínico; é o mais freqüente distúrbio do ritmo cardíaco
que requer intervenção terapêutica, pode gerar sintomas incapacitantes, é uma causa freqüente de internações
hospitalares, agrava clínica e hemodinamicamente a insuficiência cardíaca, está associada com aumento de mortalidade e, de maneira consistente, está implicada em acidentes tromboembólicos sistêmico 1-5. O tratamento
clínico medicamentoso da FA consome muito tempo e alto custo financeiro 6 e a morbi-mortalidade relacionada
justifica o interesse para que se encontre alguma técnica cirúrgica que possa reverter a FA, principalmente nos
casos de FA permanente que não reverte com antiarrítmicos ou cardioversão elétrica 7, 8. A associação entre a
FA e cardiopatias estruturais é freqüente, entre os portadores de valvopatia mitral com indicação de tratamento
cirúrgico de 40% a 60% apresentam FA no momento da operação 9. O perfeito esclarecimento das bases eletrofisiológicas desta arritmia é fundamental para o entendimento de suas manifestações clínicas e para o estabelecimento da terapêutica adequada.
Contribuição especial trazem os estudos de FRAME et al. 10, em 1987, definindo acuradamente a anatomia
eletrofisiológica de quatro circuitos principais de reentrada no átrio direito, quais sejam: dois paraostiais, ao
nível das desembocaduras das veias cavas superior e inferior no átrio direito, um médio-atrial, circundando a
porção média da parede livre dos átrios e septo interatrial, e um circuito paratricuspídeo, próximo da junção do
átrio direito com o anel valvar tricuspídeo No intuito de eliminar a FA ou de reduzir os riscos de complicações
relacionados à arritmia, várias técnicas cirúrgicas foram propostas 11-.12-16. O resultado da ablação operatória
da FA permanece controverso, apesar de trabalhos prospectivos e randomizados terem demonstrado diferença
significante no retorno ao ritmo sinusal, em pacientes tratados com ablação versus grupo controle, porém, serão
necessários outros estudos para confirmar o impacto nos resultados clínicos e na qualidade de vida desses pacientes 17-19, Sendo assim, com o intuito de buscar uma solução mais definitiva no controle da FA em pacientes
valvopatas mitrais, apresentamos resultados iniciais com o tratamento cirúrgico da valva mitral, em um grupo
específico de pacientes.
Cinco pacientes com idade media de 58,2 anos; sendo 3 sexo feminino portadores de estenose de valva mitral
e FA crônica foram submetidos a troca de valva e correção da fibrilação atrial com técnica proposta por Gomes
20 utilizando o acesso da valva mitral por incisão bi-atrial com retorno do ritmo sinusal em todos os pacientes.
CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
7
Cardiovasc Sci Forum 2014; 9(2):
REFERENCIAS:
1. Werkö L. Atrial fibrillation: introduction. In: Olsson SB, Allessie MA, Campbell RWF. Atrial fibrillation: mechanisms and
therapeutic strategies. Armonk [NY]: Futura. 1994:1-13.
2. Lake FR, Cullen KJ, de Klerk NH, McCall MG, Rosman DL. Atrial fibrillation and mortality in an elderly population. Australian and New Zealand journal of medicine. 1989;19(4):321-6.
3. Pozzoli M, Cioffi G, Traversi E, Pinna GD, Cobelli F, Tavazzi L. Predictors of primary atrial fibrillation and concomitant
clinical and hemodynamic changes in patients with chronic heart failure: a prospective study in 344 patients with baseline
sinus rhythm. Journal of the American College of Cardiology. 1998;32(1):197-204.
4. Wolf PA, Abbott RD, Kannel WB. Atrial fibrillation as an independent risk factor for stroke: the Framingham Study. Stroke.
1991;22:983-8.
5. Tanaka H, Hayashi M, Date C, Imai K, Asada M, Shoji H, Okazaki K, Yamamoto H, Yoshikawa K, Shimada T, et al. Epidemiologic studies of stroke in Shibata, a Japanese provincial city: preliminary report on risk factors for cerebral infarction.
Stroke. 1985;16(5):773-80.
6. Wierup P, Liden H, Johansson B, Nilsson M, Edvardsson N, Berglin EW. Health care consumption due to atrial fibrillation
is markedly reduced by Maze III surgery. The Annals of thoracic surgery. 2007;83(5):1713-6.
7. Fuster V, Ryden LE, Cannom DS, Crijns HJ, Curtis AB, Ellenbogen KA, Halperin JL, Le Heuzey JY, Kay GN, Lowe JE, Olsson
SB, Prystowsky EN, Tamargo JL, Wann S, Smith SC, Jr., Jacobs AK, Adams CD, Anderson JL, Antman EM, Halperin JL, Hunt SA,
Nishimura R, Ornato JP, Page RL, Riegel B, Priori SG, Blanc JJ, Budaj A, Camm AJ, Dean V, Deckers JW, Despres C, Dickstein
K, Lekakis J, McGregor K, Metra M, Morais J, Osterspey A, Tamargo JL, Zamorano JL, American College of C, American Heart
Association Task F, European Society of Cardiology Committee for Practice G, European Heart Rhythm A, Heart Rhythm S.
ACC/AHA/ESC 2006 guidelines for the management of patients with atrial fibrillation: full text: a report of the American
College of Cardiology/American Heart Association Task Force on practice guidelines and the European Society of Cardiology Committee for Practice Guidelines (Writing Committee to Revise the 2001 guidelines for the management of patients
with atrial fibrillation) developed in collaboration with the European Heart Rhythm Association and the Heart Rhythm
Society. Europace : European pacing, arrhythmias, and cardiac electrophysiology : journal of the working groups on cardiac
pacing, arrhythmias, and cardiac cellular electrophysiology of the European Society of Cardiology. 2006;8(9):651-745.
8. Jahangiri M, Weir G, Mandal K, Savelieva I, Camm J. Current strategies in the management of atrial fibrillation. The Annals of thoracic surgery. 2006;82(1):357-64.
9. Cox JL. Atrial fibrillation I: a new classification system. The Journal of thoracic and cardiovascular surgery. 2003;126(6):168692.
10. Frame LH, Page RL, Boyden PA, Fenoglio JJ, Jr., Hoffman BF. Circus movement in the canine atrium around the tricuspid
ring during experimental atrial flutter and during reentry in vitro. Circulation. 1987;76(5):1155-75.
11. Cox JL. The surgical treatment of atrial fibrillation. IV. Surgical technique. The Journal of thoracic and cardiovascular
surgery. 1991;101(4):584-92.
12. Martinelli F, M., Moreira DA, Lorga AM, Sosa E, Atié J, Pimenta J. Diretriz de fibrilação atrial. . Arq Bras Cardiol. 2003;81:124.
13. Williams MR, Stewart JR, Bolling SF, Freeman S, Anderson JT, Argenziano M, Smith CR, Oz MC. Surgical treatment of
atrial fibrillation using radiofrequency energy. The Annals of thoracic surgery. 2001;71(6):1939-43; discussion 43-4.
8
CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
Cardiovasc Sci Forum 2014; 9(2):
14. Gillinov AM, Bhavani S, Blackstone EH, Rajeswaran J, Svensson LG, Navia JL, Pettersson BG, Sabik JF, 3rd, Smedira NG,
Mihaljevic T, McCarthy PM, Shewchik J, Natale A. Surgery for permanent atrial fibrillation: impact of patient factors and
lesion set. The Annals of thoracic surgery. 2006;82(2):502-13; discussion 13-4.
15. Chen MC, Chang JP, Chang HW, Chen CJ, Yang CH, Chen YH, Fu M. Clinical determinants of sinus conversion by radiofrequency maze procedure for persistent atrial fibrillation in patients undergoing concomitant mitral valvular surgery. The
American journal of cardiology. 2005;96(11):1553-7.
16. Romano MA, Bach DS, Pagani FD, Prager RL, Deeb GM, Bolling SF. Atrial reduction plasty Cox maze procedure: extended
indications for atrial fibrillation surgery. The Annals of thoracic surgery. 2004;77(4):1282-7;
discussion 7.
17. Kalman JM, Munawar M, Howes LG, Louis WJ, Buxton BF, Gutteridge G, Tonkin AM. Atrial fibrillation after coronary
artery bypass grafting is associated with sympathetic activation. The Annals of thoracic surgery. 1995;60(6):1709-15.
18. Calkins H, Brugada J, Packer DL, Cappato R, Chen SA, Crijns HJ, Damiano RJ, Jr., Davies DW, Haines DE, Haissaguerre
M, Iesaka Y, Jackman W, Jais P, Kottkamp H, Kuck KH, Lindsay BD, Marchlinski FE, McCarthy PM, Mont JL, Morady F, Nademanee K, Natale A, Pappone C, Prystowsky E, Raviele A, Ruskin JN, Shemin RJ, Heart Rhythm S, European Heart Rhythm
A, European Cardiac Arrhythmia S, American College of C, American Heart A, Society of Thoracic S. HRS/EHRA/ECAS expert consensus statement on catheter and surgical ablation of atrial fibrillation: recommendations for personnel, policy,
procedures and follow-up. A report of the Heart Rhythm Society (HRS) Task Force on Catheter and Surgical Ablation of
Atrial Fibrillation developed in partnership with the European Heart Rhythm Association (EHRA) and the European Cardiac
Arrhythmia Society (ECAS); in collaboration with the American College of Cardiology (ACC), American Heart Association
(AHA), and the Society of Thoracic Surgeons (STS). Endorsed and approved by the governing bodies of the American College of Cardiology, the American Heart Association, the European Cardiac Arrhythmia Society, the European Heart Rhythm
Association, the Society of Thoracic Surgeons, and the Heart Rhythm Society. Europace : European pacing, arrhythmias,
and cardiac electrophysiology : journal of the working groups on cardiac pacing, arrhythmias, and cardiac cellular
electrophysiology of the European Society of Cardiology. 2007;9(6):335-79.
19. Blomstrom-Lundqvist C, Johansson B, Berglin E, Nilsson L, Jensen SM, Thelin S, Holmgren A, Edvardsson N, Kallner
G, Blomstrom P. A randomized double-blind study of epicardial left atrial cryoablation for permanent atrial fibrillation in
patients undergoing mitral valve surgery: the SWEDish Multicentre Atrial Fibrillation study (SWEDMAF). European heart
journal. 2007;28(23):2902-8.
20. Gomes OM, Gomes ES. Nova abordagem técnica e eletrofisiológica para tratamento da fibrilação atrial
Braz J Cardiovas Surg. 2004; 19(2):120-5.
Address for correspondence: flaviodonizetegonç[email protected]
Sem conflito de interesse / No conflic of interest
Fontes de Financiamento / Funding: O presente estudo não teve fontes de financiamento externo
The present study had no external funding source
Vinculação Acadêmica: Este artigo é parte da Tese de Doutorado de Flavio Donizete Gonçalves pela
Fundação Cardiovascular São Francisco de Assis - Verdade é Jesus - Belo Horizonte - MG
CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
9
Cardiovasc Sci Forum 2014; 9(2):
ORIGINAL ARTICLE
ARTIGO ORIGINAL
Implante de marcapasso endocardico compatível com
ressonância nuclear – Experiência Inicial
*Flavio Donizete Gonçalves, *Valdir Gonçalves Leite Junior,
*Vanusa Gonçalves Leite, **Otoni Moreira Gomes
* Serviço de Cirurgia Cardíaca da Santa Casa de Montes Claros-MG
**Fundação Cardiovascular São Francisco de Assis - SERVCOR - Belo Horizonte MG
ABSTRACT
Background: About half of patients with pacemakers may require an MRI, but are advised not to undergo this
test because of the risk of adverse effects of the magnet and radio frequency signal generated by the MRI system
on the pacemaker.
Objective: To report the Evia ProMRI® Biotronik pacemaker implantation compatible with MRI study in 2
patients with complete atrioventricular block.
Method: With the study project approved by the Ethics Committee of the Cardiovascular Foundation Saint
Francis of Assisi / ServCor, 2 symptomatic patients with syncope of repetition, patients with atrioventricular
block 3º degrees of Chagas etiology employing the generator Evia ProMRI® Biotronik compatible ProMRI were
treated with simultaneous study by nuclear magnetic resonance.
Results: At the time of hospital discharge were all with restoration of atrioventricular synchrony and stability of
pacing thresholds.
Conclusion: The generator Evia ProMRI ® and the electrodes Meditronic ® enabled successful treatment in 2
patients with complete atrioventricular block with simultaneous use of MRI Key words: Pacemaker, Chagas’
disease, magnetic resonance.
RESUMO
Fundamentos: Cerca da metade dos pacientes com marca-passo pode exigir uma ressonância magnética, mas
são aconselhados a não se submeterem a este exame devido aos riscos de efeitos adversos do magneto e do
sinal de radiofreqüência gerado pelo sistema da RM sobre o marcapasso. Objetivo: Relatar o implante do marca-
10
CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
Cardiovasc Sci Forum 2014; 9(2):
passo Evia ProMRI® Biotronik, compatível com estudo de ressonância magnética em 2 pacientes portadores de
bloqueio atrioventricular total; Método: Com projeto de estudo aprovado pelo Conselho de Ética da Fundação
Cardiovascular São Francisco de Assis / ServCor, foram tratados 2 pacientes sintomáticos com sincopes de
repetição , portadores de bloqueio atrioventricular de 30 grau de etiologia Chagásica empregando-se o gerador
Evia ProMRI® Biotronik compatível com estudo simultâneo por ressonância magnética nuclear Resultado: No
momento da alta hospitalar todos estavam com restauração do sincronismo atrioventricular e com estabilidade
dos limiares de comando. Conclusão: O gerador Evia ProMRI® e eletrodos da Meditronic® possibilitaram o tratamento com sucesso em 2 pacientes portadores de bloqueio atrioventricular total com emprego simultâneo de
ressonância magnética.
Palavras chaves: Marcapasso, cardiopatia chagásica, ressonância magnética
INTRODUÇÃO: A ressonância magnética (RM) é um método diagnóstico não invasivo que fornece imagens de
alta definição anatômica, sendo utilizada amplamente no campo da neurologia.
Marca-passos (MP) são dispositivos médicos implantados cirurgicamente que geram impulsos elétricos para
tratar batimentos cardíacos irregulares.
Cerca da metade dos pacientes com marca-passo pode exigir uma ressonância magnética, mas são aconselhados a não se submeterem a este exame devido aos riscos de efeitos adversos do magneto e do sinal de radiofreqüência gerado pelo sistema da RM sobre o marcapasso, é considerada atualmente contra-indicação absoluta
a realização deste exame em pacientes portadores desta prótese1, 2. As interações adversas potenciais entre
marcapasso e RM incluem a inibição de saída do marcapasso, aquecimento, vibração, estimulação assincrônica,
indução de fibrilação atrial, indução de fibrilação ventricular, mau-funcionamento do modo switch, estimulação
atrial rápida, estimulação ventricular rápida e alteração da programação com potencial dano ao circuito do marcapasso ou deslocamento do sistema3-5.
Devido a estes fatos, a realização de RM em pacientes portadores de MP está formalmente contra-indicada. A
segurança e viabilidade da RM em pacientes com MP é um assunto que está ganhando importância. Existem
situações na prática clínica nas quais a RM é necessária para prover valiosas informações. Negar a estes pacientes a realização deste procedimento pode ter significativo impacto na sua conduta 6 . A realização de uma RM
em pacientes não-dependentes de marcapasso eliminaria as complicações potenciais, caso a estimulação fosse
inibida durante o exame1, todavia esta não é a realidade na maioria dos pacientes com miocardiopatia chagásica
como indicação do implante do marcapasso.
O objetivo deste estudo é relatar o implante em 2 pacientes portadores de bloqueio atrioventricular total; do
marcapasso Meditronik , compatível com estudo de ressonância magnética.
MÉTODO: Com projeto de estudo aprovado pelo Conselho de Ética da Fundação Cardiovascular São Francisco
de Assis/ ServCor, foram tratados 2 pacientes sintomáticos com sincopes de repetição ,portadores de bloqueio
atrioventricular de 30 grau de etiologia Chagásica.
CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
11
Cardiovasc Sci Forum 2014; 9(2):
Os pacientes foram submetidos ao implante do marcapasso utilizando anestesia local, acesso venoso por dissecção de veia cefálica para o eletrodo ventricular e de punção de veia subclávia para passar o eletrodo atrial;
sendo ambas à esquerda como é a rotina deste serviço.
Os eletrodos foram guiados até o coração através de fluoroscopia pelo equipamento da Shimatsu, sendo fixados
no ventrículo e átrio direito por fixação ativa. A analise pér-operatoria evidenciou:
Numero
Amplitude de onda Limiar de comando Resistencia
1
2
2.0A 1.5A 0.9A 0.8A
900 A 750V 880A 700V
A – átrio V – ventrículo
20V
15 V
0.5V
0.3V
Os eletrodos foram conectados ao gerador e o mesmo implantado em bolsa subcutânea infraclavicular esquerda. Revisão da hemostasia e síntese por planos.
A profilaxia da endocardite foi feita com Cefalotina 1,0 g intravenosa em dose única.
Controle pós-operatório foi feito através de raios x e eletrocardiograma.
RESULTADO: No momento da alta hospitalar todos estavam com restauração do sincronismo atrioventricular e
com estabilidade dos limiares de comando. Figura 1 e 2
DISCUSSÂO: A RM também oferece a possibilidade exclusiva de obter imagens virtualmente em qualquer orientação, sem necessidade do reposicionar o paciente. As imagens de RM fornecem informações químicas que não
podem ser medidas com modalidades de imagens convencionais. As possibilidades exclusivas acima mencionadas aceleraram a aceitação da RM na prática clínica atual 6.
Acredita-se que a RM seja inofensiva para o paciente, pois utiliza fortes campos magnéticos e radiação não
ionizante na faixa de radiofrequência, o que a torna adequada para o acompanhamento de doenças crônicas,
quando é necessária a obtenção de imagens frequentes. Outros métodos diagnósticos, como a tomografia computadorizada (TC) e o Raio-X convencional, envolvem doses moderadas de radiação ionizante com um risco
aumentado de malignidade/câncer.
A realização da RM está formalmente contra-indicada em portadores de marcapasso (MP); isto significa que
pacientes portadores destas próteses que têm uma outra patologia associada e que necessitam deste exame,
estão privados de realizá-lo, devido às complicações e riscos que pode provocar.
Aproximadamente 75 milhões de exames de RM são realizados anualmente e o número de exames efetuados
vem aumentando dramaticamente ao longo dos últimos anos7, 8. A tecnologia de RM é uma das ferramentas
diagnósticas mais importantes na prática clínica atual, com uma expectativa de crescimento de 10% ao ano no
mundo ocidental9.
Pesquisadores acreditam que de 50 a 75% dos pacientes com implantes ativos receberão uma indicação para realizar um exame de ressonância magnética no decorrer da vida útil de seus dispositivos10. O número crescente
12
CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
Cardiovasc Sci Forum 2014; 9(2):
de implantes de marcapassos e desfibriladores e a probabilidade estimada acima de 50% de que um portador
possa ser um candidato a um exame de RM falam em favor da necessidade de um procedimento seguro de ressonância magnética para esses pacientes 6, 11.
A Biotronik disponibiliza o gerador Evia ProMRI®10, desenvolvido para rejeitar interferência eletromagnética
(IEM) entre 16 Hz e 3000 Hz, de acordo com os campos de radiofrequência usados na RM.. Adicionalmente, para
proteger o sistema contra a estimulação assíncrona, a inibição da estimulação, as alterações de programação ou
a perda de função, foi desenvolvido um parâmetro de programação especial para RM chamado MRI. Os eletrodos foram projetados para minimizar o aquecimento da ponta distal durante um exame de RM., eles combinam
o revestimento fractal, a eluição de esteróide, a fixação ativa e o diâmetro de 6,6 F, compatível com introdutor
de 7 F, e está disponível nos comprimentos de 53 e 60 cm10,
A Medtronic, através do sistema de estimulação cardíaca compatível com RM da segunda geração SureScan®:
geradores Advisa MRI™ e Ensura MRI™ e eletrodos CapSure Fix MRI™, permite que os pacientes possam ser
submetidos com segurança à RM do corpo todo em aparelhos de 1,5 tesla12. Após 13 anos de investigação, o
sistema evoluiu para um desenho apropriado, com uma menor quantidade de componentes ferromagnéticos
(Safe by Design®) e no modo de estimulação próprio para o procedimento SureScan® recebeu aprovação do CE
Mark e FDA13. Os eletrodos passaram por um redesenho da geometria da bobina interior para reduzir a transferência de energia induzida e foram recobertos por nitrito de titânio. São de fixação ativa com eluição de esteroide, diâmetro de corpo de 7 F, e estão disponíveis nos comprimentos 45, 52e 58 cm14. A utilização de novas
tecnologias faz-se necessário para todos os pacientes que necessitam de submeterem a tratamentos cirúrgicos
de implante de marcapasso para que os mesmos possam receber o que a medicina tem de mais atual para melhorar a qualidade e quantidade de vida dos pacientes.
Neste trabalho utilizamos o gerador e eletrodos da Meditronic que foram disponibilizados para uso no sistema
único de saúde possibilitando um alcance maior para os pacientes que necessitam desta terapia .
CONCLUSÃO: O gerador Evia ProMRI® e eletrodos da Meditronic possibilitaram o tratamento com sucesso em
2 pacientes portadores de bloqueio atrioventricular total com emprego simultâneo de ressonância magnética.
Sem conflito de interesse / No conflic of tnterest
Fontes de Financiamento / Funding: O presente estudo não teve fontes de financiamento externo
The present study had no external funding source
CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
13
Cardiovasc Sci Forum 2014; 9(2):
REFERENCIAS:
1. Martin ET, Coman JA, Shellock FG, Pulling CC, Fair R, Jenkins K. Magnetic resonance imaging and cardiac pacemaker safety at 1.5-Tesla. Journal of the American College of Cardiology. 2004;43(7):1315-24.
2. Hayes DL, Holmes DR, Jr., Gray JE. Effect of 1.5 tesla nuclear magnetic resonance imaging scanner on implanted permanent pacemakers. Journal of the American College of Cardiology. 1987;10(4):782-6.
3. Erlebacher JA, Cahill PT, Pannizzo F, Knowles RJ. Effect of magnetic resonance imaging on DDD pacemakers.
The American journal of cardiology. 1986;57(6):437-40.
4. Achenbach S, Moshage W, Diem B, Bieberle T, Schibgilla V, Bachmann K. Effects of magnetic resonance imaging
on cardiac pacemakers and electrodes. American heart journal. 1997;134(3):467-73.
5. Lauck G, von Smekal A, Wolke S, Seelos KC, Jung W, Manz M, Luderitz B. Effects of nuclear magnetic resonance
imaging on cardiac pacemakers. Pacing and clinical electrophysiology : PACE. 1995;18(8):1549-55.
6. Duru F, Luechinger R, Scheidegger MB, Luscher TF, Boesiger P, Candinas R. Pacing in magnetic resonance imaging environment: clinical and technical considerations on compatibility. European heart journal. 2001;22(2):11324.
7. Marcu CB, Beek AM, van Rossum AC. Clinical applications of cardiovascular magnetic resonance imaging.
CMAJ : Canadian Medical Association journal = journal de l’Association medicale canadienne. 2006;175(8):911-7.
8. Schwitter J, Nanz D, Kneifel S, Bertschinger K, Buchi M, Knusel PR, Marincek B, Luscher TF, von Schulthess GK.
Assessment of myocardial perfusion in coronary artery disease by magnetic resonance: a comparison with
positron emission tomography and coronary angiography. Circulation. 2001;103(18):2230-5.
9. Niehaus M, Tebbenjohanns J. Electromagnetic interference in patients with implanted pacemakers or cardioverter-defibrillators. Heart. 2001;86(3):246-8.
10. ProMRI® B. Espaço Publicitário BIOTRONIK Ressonância magnética em pacientes portadores de
marcapasso - Relampa 2011;24(3):239-44.
11. Martin A, Benbow LJ, Butrous GS, Leach C, Camm AJ. Five-year follow-up of 101 elderly subjects by means of
long-term ambulatory cardiac monitoring. European heart journal. 1984;5(7):592-6.
Address for correspondence: gomes @servcor.com | flaviodonizetegonç[email protected]
14
CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
Cardiovasc Sci Forum 2014; 9(2):
UPDATING ARTICLE
ARTIGO DE ATUALIZAÇÃO
TÉCNICAS “NO-TOUCH” NO PREPARO DA VEIA SAFENA
A SER UTILIZADA NA REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA:
UMA REVISÃO DA LITERATURA
Bruna Gomes de Castro , José Wanderley Neto, Rafaela Sales, Francisco Siosney,
José Kleberth, Mônica Farias.
Faculade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas
Instituto de Doenças do Coração de Alagoas / Santa Casa de Maceió
E-mail: [email protected]
OBJETIVO: Realizar um levantamento da produção cientifica que abarca informações referentes à técnica
“no touch” para o preparo da veia safena (VS) a ser utilizada em cirurgias de revascularização do miocárdio.
MÉTODOS: Pesquisa de revisão seletiva de literatura dos últimos 10 anos (2003-2013) de produção cientifica
utilizando como referências as publicações disponibilizadas na Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e no
Arquivo Brasileiro de Cardiologia ambos do banco de dados SCIELO; e do The Journal of Thoracic and Cardiovascular Surgery, disponibilizado pelo PubMed.
Os descritores utilizados foram: veia safena, revascularização do miocárdio, ponte e endotélio vascular.
DISCUSSÃO: No fim da década de 1960 a veia safena (figura1) foi introduzida por Favaloro como enxerto na
cirurgia de revascularização do miocárdio¹, sendo hoje amplamente utilizada². Mesmo diante das vantagens
encontradas na utilização de enxertos arteriais³.
Visando uma melhor preservação da estrutura e, consequentemente, da função do enxerto, entra em cena a
técnica ‘no touch” de preparo da VS a ser utilizada na revascularização do miocário, a qual busca a diminuição de
traumas mecânicos e a manutenção da integridade endotelial e funcional através da conservação de um pedículo de tecido adiposo com cerca de 1 cm ao seu redor após a dissecção4 (figura2).
A VS possui características que, à exposição das pressões de distensão, podem ser afetadas; seja no preparo,
manipulação ou alto fluxo pulsátil que recebe após sua implantação. Esse estresse ao qual é submetida pode
ser responsável, em parte. Experimentos in vitro demonstram que ao se realizar o seu estiramento longitudinal,
Figura 1. VS
Figura 2. VS Retirada pela Técnica “no touch”
CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
15
Cardiovasc Sci Forum 2014; 9(2):
há um aumento da expressão de metalproteinases, as quais degradam a matriz extracelular, bem como de seus
receptores; há ainda um estímulo à proliferação da adventícia; evidenciando a disfunção endotelial decorrente
da traçao 5.
Se os traumatismos sofridos pelo enxerto levam á alteração de sua integridade estrutura, á lesão endotelial, á
disposição de plaquetas e á indução e aceleração do processo aterosclerótico; deve-se, então haver um esforço
a fim de se evitar a lesão da parede da veia durante seu preparo; visando a melhoria dos resultados de sua conservação 4.
Para esse fim, a técnica “ no touch” visa um aperfeiçoamento da técnica convencional, buscando uma mínima
manipulação e uma não necessidade de dilatação da mesma4. Em estudo prospectivo randomizado² (2007)
houve uma comparação das alterações ocorridas em enxertos preparados por três métodos diferentes, o convencional, o intermediário, e a “ no touch”. Observou-se em avaliação morfológica uma maior integridade endotelial, maior perviabilidade sob a angiografia, e maior presença da eNOS nas paredes da veia em estudo histoquímco, nos indivíduos do grupo submetidos à técnica “ no touch”.
Estudo longitudinal randomizado6 (2006) comparou a perviabilidade dos enxertos preparados pela técnica “no
touch” (Imagens 3A e 3B) e pela técnica convencional (Imagem 4), observando melhor patência da veia tratada
pelo método “no touch”. Tanto curto em prazo 18 meses, 89% convencional VS 95% no-touch: p<0.0025) quanto em longo prazo (8,5 anos 76% convencional vs. 90% no-touch: p<0,01): demonstrando-se comparável à da
artéria torácica interna esquerda.
Figura 3A. VS Por técnica “no touch”
Figura 4. VS por Técnica Convencional
16
Figura 3B. Ponte Ao.-Da com VS preparada
com técnica “no touch”
CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
Cardiovasc Sci Forum 2014; 9(2):
Gomes et al8, realizaram com sucesso a retirada videoendoscopica da veia safena com técnica “No Touch”
(Fig. 5).
Fig 5 - Proteção otimizada da cicatrização da pele com retirada videoendoscopica.
Uma avaliação microscópica e ultraestrutural do endotélio da VS preparada pela técnica “no touch” (2008) evidenciou que a não remoção do tecido perivascular, somada à menor manipulação pressórica e manual oferece
maior preservação estrutural, e manutenção de fatores hormonais.
A Técnica “no touch” permite, portanto, melhor integridade endotelial do enxerto, além de possibilitar proteção
contra espasmos e isquemia, maior disponibilidae de óxido nítrico, maior patência, e a proteção contra torções
dos enxertos longos, devido ao tecido circundante².
CONCLUSÃO: As conseqüências apresentadas a partir de estudos randomizados nas publicações revisadas
apontam melhor integridade endotelial, melhor atividade da enzima precursora de óxido nítrico, melhor taxa
de perviabilidade, redução de vasoespasmos, menor desenvolvimento de torções dos enxertos longos e maior
proteção contra isquemia. Esses Resultados demonstram que a utilização da técnica “no touch” na retirada da
VS, em comparação à técnica convencional, traz maiores benefícios à manutenção estrutural e fisiológica desses
enxertos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
1.Albuquerque MG, Farran JÁ, Pereira CAP, Romano ER, Brotto INM, Romano MLP, Aneurisma giante de ponte de safena para coronária
direita após angioplastia Arq Bras Cardiol. 2012;99 (2)125-127.
2.Rueda F, Souza D, Lima RC, Menezes A, Johansson B, Dashwood M, ET al. Nova Técnica cirúrgica de preparo da veia safena para revascularização do miocárdio sem manipulação direta – no touch, Arq Bras Cardiol. 2008; 90(6); 388-395.
3.Viaro F. Carlotti CG, Rodrigues AJ, Vicente WVA, Basseto S. Reis GS, ET al. Disfunção endotelial causada pela pressão aguda de distensão em veias safenas humanas utilizadas para revascularização do miocárdio Ver Bras Cir Cardiovasc. 2007;22(2); 169-175.
4.Souza DSR, Gomes WJ. O futuro da veia safena como conduto na cirurgia de revascularização miocárdica. Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular 2008;23(3), III-IV.
5.Tineli RA, Viaro F, Dalio MB, Reis GS, Basseto S, Vicente WVA, ET al. Forças mecânicas e veias safenas humanas, implicação na revascularização do miocárdio. Rev Bras Cardiovasc. 2007;22(1);87-95.
6.Souza DS. Johansson B, Bojõ L, Karlsoon R, Geijer H, Filbey D, et al. Harvesting the saphenous vein with surrounding tissue for CABG
provides long-term graft patency comparable to the left internal thoraric artery: results of randomized longitudinal trial, J. Thorac
Cardiovasc Surg. 2006; 132(2); 373-8.
7.Silva VS, Ishigai MMS, Freymuller E, Branco JNR, Gaia DF. Gabriel EA. et al. Avaliação microscópica e ultra estrutural do endotélio de
veia safena preparada pela técnica “no touch”. Rev Bras Cir Cardiovasc 2008;23(3);323-329.
8. Gomes O M, Lima ML, Batista EFN, Dashwood MR, Souza DSR, - Vídeo-assisted “No touch” Saphenous Vein Harvesting. Cardiovasc
Sci Forum 2010; 5(1): 19-22
CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
17
Cardiovasc Sci Forum 2014; 9(2):
UPCOMING EVENTS
EVENTOS
18
CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
Cardiovasc Sci Forum 2014; 9(2):
CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
19
Cardiovasc Sci Forum 2014; 9(2):
20
CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
Cardiovasc Sci Forum 2014; 9(2):
INSTRUCTIONS
TO AUTHORS
1 - Objectives: The Cardiovascular Sciences Forum aims
to serve all the Cardiovascular Sciences fields of investigation to hold together multiprofessional experience
to optimize the generation of new ideas, improving
mankind resources in the prevention and treatment of
cardiovascular diseases.
2 - Advertising: Cardiovascular Sciences Forum does not
hold itself responsible for statements made by any authors. Statements or opinions expressed in Cardiovascular Sciences Forum of the authors(s) and do not
represent official policy of the Sponsor Institutions
unless so especified.
No responsability is assumed by the Cardiovascular
Sciences Forum Sponsor Institutions any neither by
it’s Publising Enterprises, for any injury and/or damage to persons or propertty as a matter of products
liability, negligence or from any use or operation of
any methods, products, instructions or ideas contained
in the material herein. No suggest test or procedure
should be carried out unless, in the reader’s judgment,
its risk is justified. Because of rapid advances in the
medical sciences we recommend that the independent
verification of diagnosis and drug dosages should be
made. Discussions, views and recommendations as to
medical procedure, choice of drugs and drug dosages
are the responsability of the authors.
Although all advertising material published in Cardiovascular Sciences Forum is expected to conform to
ethical (medical) standards, inclusion in this publication does not constitute a guarantee or endorsement by
it’s Sponsor Institutions or the Publisher of the quality
or value of such product or of the claim made by its
manufacture.
3 - Papers sent for publication in Cardiovascular Sciences
Forum (Editorials, original articles, conferences, case
reports, actualizations brief communications) should
be related to cardiovascular sciences and unpublished.
4 - Although the stem language of the Archives, happens to be English, articles may also be published in
spanish or portuguese. When published in spanish or
portuguese for original reports an abstract version in
english must be included.
5 - They should be typed in double spacing on foolscap
paper, with 3 cm margins all around and in 3.5” diskettes, Word 6.0 or superior. Illustrations do not need to
be printed in diskettes.
6 - Manuscripts should be arranged as follow: a) title page
consisting of concise and informative title, full name of
authors, b) The Service or Institution name should be
displayed in the bottom of the first page. Folowing that,
the name of the corresponding author, together with the
address, phone, fax and e-mail. c) abstract not exceeding
250 words and three key words that can be called in www.
decsbvs.br and/or www.nlmnih.gov/mesh, d) Introduction, e) material and methods, f) results, g) comments, h)
conclusions, i) bibliographic references, j) name of the
Service or Institution where the study was performed, k)
address for correspondence.
7 - All articles should be sent together with a Submission Letter, mentioning the Section in wich the article is to be
part of (see list above), statement from the author and
co-authors to the fact that all are in agreement with the
contents mentioned in the material, making it clear presence or not of conflict of interest and the absence of
ethical problem related. That letter must by all means be
sent by fax (55 - 31.3452.6514) or by mail.
8 - Illustrations and Tables should be printed in separated
pages, with their numbers and legends.
9 - The Cardiovascular Sciences Forum adopt the Vancouver Norms (www.icmje.org).
10 - Bibliographic references: listed in the order in which
they are first mentioned in the text. Identify references
in text in arabic numerals within parenthesis marks. Titles of journals are abbreviated according to the Index
Medicus / Medline. References should be numbered
sequentially, as per appearance in the text, References
cannot have indented paragraphs, but lined up on the
left. Personal communications and data that have not
been published, should not be included in the list of
references, but just mentioned in the text and in the
footnotes on the page where mentioned.
10.1
1 - Journals: Author (s) name (s) based on rule explained in item 10.1) - Article title. Journal title (see item
10.1). year; Volume: first page - last page.
10.2
2 - Books: Authors (s) name (s) - Title. Edition (if not
the first). City: Publisher, Year: Number of pages (or
that specific for reference).
10.3
3 - Chapter in a book: Author (s) name (s) of the chapter. Title of the chapter. In: Author (s) name (s) of the
book, eds. Title of the book. Edition (if not the first).
City: Publisher, Year: first and last pages of the referred
chapter.
10.4
4 - Thesis: Autor’s Name, Title (Thesis degree), City,
University, Year.
10.5
5 - Annals of Congress: Name of the author (s) - Title of
the paper published. In: Annals of the... name of the Congress. City: Promoter Society of Institution, Year: page.
11 - “Unpublished observations” and “personnal communications” should not be used as references. They are
included in the text, within parenthesis marks, or, if extensive, appear as footnotes. Include among references:
papers accepted but not yet published, designating
the journal and adding “In press” (within parenthesis
marks).
CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
21

Documentos relacionados

N° 02 - Cardiovascular Sciences Forum

N° 02 - Cardiovascular Sciences Forum José Francisco Biscegli (SP) José Teles de Mendonça (SE) Juan Alberto C. Mejia (CE) Leonardo Andrade Mulinari (PR) Liberato S. Siqueira Souza (MG) Luiz Antonio Brasil (GO) Luiz Boro Puig (SP) Luis ...

Leia mais

N° 01 - Cardiovascular Sciences Forum

N° 01 - Cardiovascular Sciences Forum Juan Alberto C. Mejia (CE) Kleber Hirose (SP) Leonardo Andrade Mulinari (PR) Liberato S. Siqueira Souza (MG) Luiz Antonio Brasil (GO) Luiz Boro Puig (SP) Luis Carlos Vieira Matos (DF) Luiz Fernando...

Leia mais

N° 01 - Cardiovascular Sciences Forum

N° 01 - Cardiovascular Sciences Forum João Bosco Dupin (MG) João Carlos Ferreira Leal (SP) João Jackson Duarte (MS) Jorge Ilha Guimarães (RS) José Dondici Filho (MG) José Ernesto Succi (SP) José Francisco Biscegli (SP) José Teles de Me...

Leia mais