MS Clipping - Moore Stephens
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23 de julho de 2013 MS Clipping Moore Stephens PRECISE. PROVEN. PERFORMANCE. Edição Diária ÍNDICE LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA .....................................................................................................................................................................2 Isenção de ICMS (Valor Econômico) ......................................................................................................................................................2 Desonerações e ganho menor com renda fixa reduzem arrecadação de tributos em junho (Valor Econômico) ...........................2 Multa sobre imposto devido na venda de imóvel pode ter mudança de regra (Agência Senado) ....................................................2 Dilma veta prorrogação do Reintegra (Notícias Fiscais) ......................................................................................................................3 Confaz isenta importações para Jogos Olímpicos (Valor Econômico) ...............................................................................................3 RECURSOS HUMANOS / TRABALHISTA ...............................................................................................................................................3 Lei nº 12.844/2013 traz novas regras sobre desoneração da folha de pagamento (Editorial IOB) ....................................................3 Buscar talento internamente é tendência no Brasil, diz LinkedIn (Valor Econômico) .......................................................................5 CONTABILIDADE / AUDITORIA ...............................................................................................................................................................5 Contabilista: a profissão do presente e do futuro (Portal de Contabilidade) .....................................................................................5 Desaquecimento reduz o lucro de grandes empresas (Valor Econômico) .........................................................................................6 OUTROS ASSUNTOS ...............................................................................................................................................................................7 Setor de serviços fará PIB de 2012 e 2013 ser revisto (Folha de S. Paulo) .........................................................................................7 O que não é lavagem de dinheiro? (Valor Econômico).........................................................................................................................7 Alemanha está cada vez mais só na defesa da austeridade (The Wall Street Journal) .....................................................................8 Agricultura: boa perspectiva (Valor Econômico) ..................................................................................................................................9 Sobre a Moore Stephens Auditores e Consultores A Moore Stephens é uma das maiores redes de auditoria, consultoria e outsourcing contábil do mundo. A empresa é formada por aproximadamente 630 escritórios e está presente em mais de 100 países. Está entre as 12 maiores posições no ranking mundial, com faturamento anual de mais de US$ 2 bilhões. A Moore Stephens Auditores e Consultores presta serviços em auditoria, consultoria tributária e empresarial, tecnologia de informação, outsourcing de serviços contábeis, tributários e administrativos, e corporate finance. Há ainda determinadas divisões, com estruturas próprias, criadas para atendimento de interesses específicos, como a Divisão de Auditoria Interna e a Divisão de Small Business, entre outras. Fale com a Moore Stephens: [email protected] Siga-nos na internet e nas redes sociais: Homepage: www.msbrasil.com.br Facebook: http://www.facebook.com/moorestephensbr Twitter: http://twitter.com/#!/moorestephensbr Linkedin: http://www.linkedin.com/companies/moore-stephens-brasil Blog: http://msbrasil.com.br/blog/ SlideShare: http://www.slideshare.net/moorestephensbr Youtube: http://www.youtube.com/moorestephensbr (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 23/07/2013 Moore Stephens LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA Isenção de ICMS O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) firmou dois convênios ICMS para incentivar a realização dos Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil. Os Estados e o Distrito Federal já estão autorizados pelo órgão a importar materiais esportivos e barcos à vela para uso nas competições com isenção do imposto. Os convênios nº 54 e nº 55 foram publicados ontem no Diário Oficial da União. O de nº 54 estabelece que a isenção para embarcação à vela só vale para operações que estejam contempladas com isenção ou com alíquota reduzida a zero de Imposto de Importação e de IPI, o que depende do governo federal. Além disso, o uso do barco no Brasil deve ser exclusivamente para os jogos olímpicos e paraolímpicos. Já o Convênio ICMS nº 55 determina a isenção na importação de materiais esportivos para uso nos jogos, assim como nacionais destinados ao treinamento e à preparação de atletas e equipes brasileiras. Serão beneficiadas as operações realizadas por órgãos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios e suas respectivas autarquias e fundações, por atletas das modalidades olímpicas e paraolímpicas, pelos comitês Olímpico (COB) e Paraolímpico Brasileiro (CPB) e entidades nacionais de administração do desporto filiadas ao COB. Fonte: Valor Econômico (23/07/2013). Desonerações e ganho menor com renda fixa reduzem arrecadação de tributos em junho A queda de R$ 2,3 bilhões na arrecadação de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)-Rendimento de Capital, associada com as desonerações tributárias concedidas pelo governo, fez com que a arrecadação em junho registrasse queda real de 0,99% ante mesmo mês de 2012, ao somar R$ 85,68 bilhões. No semestre, o recolhimento de tributos totalizou R$ 543,98 bilhões, o que representa um ligeiro aumento real de 0,49%. Segundo o coordenador de previsão e análise da Receita Federal, Raimundo Elói de Carvalho, a forte queda na arrecadação de IRRF-Rendimento de Capital está diretamente relacionada à diminuição do rendimento de, principalmente, fundos de renda fixa. O rendimento caiu, conforme Elói, devido à baixa da taxa de juros no período de dezembro de 2012 a maio de 2013. Como o recolhimento do tributo é semestral, o impacto apareceu em junho. "Essa arrecadação tem um peso significativo. E teve no mês redução de IRRF sobre rendimentos de capital", frisou. Em junho, a receita de IRRF-Rendimento de Capital foi de R$ 4,368 bilhões, o que representa diminuição real de 35,15% ou o equivalente a R$ 2,368 bilhões a menos do MS News - Abril de 2012 que foi apurado no mesmo mês de 2012. No semestre, esse tributo contribuiu com R$ 16,242 bilhões para o recolhimento de tributos, uma baixa real 13,19% na comparação com os seis primeiros meses do ano passado. Como já vinha ocorrendo, a redução de tributos para estimular alguns setores da economia também contribuiu para a queda da arrecadação. A Receita Federal deixou de arrecadar R$ 6,369 bilhões no mês passado. A desoneração da folha de pagamento foi responsável por arrecadação R$ 1,634 bilhão menor do que a apurada em junho de 2012. No primeiro semestre, a Receita Federal abriu mão de R$ 35,1 bilhões. Apesar da queda da arrecadação de tributos também refletir um crescimento econômico aquém do desejável pelo governo, o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, insistiu que ao recolhimento de tributos deve ter uma expansão real entre 3% e 3,5% neste ano. A declaração foi dada horas antes de o governo anunciar um corte adicional do Orçamento deste ano e admitir um crescimento menor. A projeção de expansão do PIB recuou de 3,5% para 3%, o que deve influenciar diretamente no comportamento do recolhimento de tributos. Barreto acredita que a lucratividade das empresas deve crescer, o que, segundo ele, pode ser constatado no comportamento das receitas de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ). No semestre, a arrecadação de CSLL e IRPJ teve uma alta real de 2,97% ante mesmo período de 2012, ao somar R$ 100,188 bilhões. Somente em junho, o avanço foi de 3,53% ante mês de 2012. "Essa é a expectativa que temos. Temos que aguardar o comportamento dos indicadores. Hoje a expectativa é de aumento da rentabilidade", disse o secretário. Fonte: Valor Econômico (23/07/2013). Multa sobre imposto devido na venda de imóvel pode ter mudança de regra A lei que concede isenção do Imposto de Renda sobre o ganho de capital em transações envolvendo imóveis residenciais (Lei 11.196/2005) poderá ganhar um aprimoramento que ampliará o prazo de não incidência de juros e multa sobre valores que não forem aplicados em outros imóveis. É o que prevê o PLS 285/2013, do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), apresentado neste mês. Pela lei, o proprietário que vender um imóvel residencial e comprar outro no prazo de 180 dias fica dispensado do pagamento do IR sobre o ganho de capital da transação. No entanto, conforme observa Ferraço, o texto apresenta uma "incoerência", pois os juros e multa sobre o imposto devido passam a incidir a partir do segundo mês após o recebimento dos valores relativos à venda: (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 2 MS Clipping Moore Stephens 23/07/2013 Moore Stephens "Se ao proprietário foi outorgado o prazo de 180 dias para realizar a aplicação dos resultados da venda do imóvel em outra transação imobiliária, porque a multa deveria incidir já a partir do segundo mês?", indaga Ferraço na justificação de seu projeto. O parlamentar propõe que, caso o contribuinte decida não aplicar o produto da venda na aquisição de novo imóvel no prazo estabelecido, o imposto devido deverá ser calculado a partir do 181º dia do recebimento do valor da venda. O PLS 285/2013 tramita na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), em caráter terminativo, e teve o prazo para recebimento de emendas encerrado nesta sexta-feira (19). Fonte: Agência Senado (23/07/2013). Dilma veta prorrogação do Reintegra A presidente Dilma Rousseff vetou a prorrogação até o final de 2014 do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), o que pode onerar o setor produtivo em pelo menos R$ 2 bilhões ao ano, segundo cálculos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e prejudicar a competitividade das já cambaleadas exportações manufatureiras do País. Agora, o regime especial deve se encerrar já no final deste ano. A extensão do regime constava da Medida Provisória 610, a MP da Seca, que originalmente tratava da concessão de crédito para agricultores do semiárido atingidos pela estiagem e que foi sancionada com vetos pela Presidência. Embora advoguem em defesa do aumento do prazo do Reintegra, parlamentares avaliaram ainda ser cedo para dizer se suas bancadas vão trabalhar ou não pela derrubada do veto. Pelas novas regras do Congresso, vetos presidenciais devem ser apreciado em 30 dias. “Quanto mais o Brasil exportar produto com valor agregado, melhor. Na China, quem exporta é beneficiado com reposição”, avaliou o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), que relatou a matéria no Congresso. O Reintegra devolve às empresas exportadoras 3% do faturamento com vendas externas de manufaturados. Fonte: Notícias Fiscais (23/07/2013). Confaz isenta importações para Jogos Olímpicos O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) firmou dois convênios de incentivo à realização dos Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil. Os Estados e o Distrito Federal já estão autorizados pelo órgão a importar materiais esportivos e barcos à vela para uso nas competições com isenção do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Nesta segunda-feira, foram publicados no Diário Oficial da União os Convênios ICMS nº 54 e 55 a respeito da benesse. 3 MS News - Abril de 2012 De acordo com o convênio 54, a isenção para a embarcação à vela somente se aplica às operações que estejam contempladas com isenção ou com alíquota reduzida a zero de Imposto de Importação (II) e de Imposto sobre produtos Industrializados (IPI), o que depende do governo federal. Além disso, o uso do barco no Brasil deve ser exclusivamente para os jogos olímpicos e paraolímpicos. Já o convênio 55 determina a isenção na importação de materiais esportivos para uso nos jogos, assim como nacionais destinados ao treinamento e à preparação de atletas e equipes brasileiras. Serão beneficiadas as operações realizadas por órgãos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios e suas respectivas autarquias e fundações, por atletas das modalidades olímpicas e paraolímpicas, pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) e entidades nacionais de administração do desporto filiadas ao COB. Fonte: Valor Econômico (23/07/2013). RECURSOS HUMANOS / TRABALHISTA Lei nº 12.844/2013 traz novas desoneração da folha de pagamento regras sobre A Lei nº 12.844/2013, objeto de conversão com emendas da Medida Provisória nº 610/2013, incorporou algumas disposições constantes da Medida Provisória nº 612/2013, que dispunha sobre a desoneração da folha de pagamento. Observa-se que essas novas regras já haviam sido estabelecidas na Medida Provisória nº 601/2012, que tratava da inclusão, na desoneração da folha de pagamento, de alguns setores da economia, tais como construção civil e comércio varejista, a qual teve seu prazo de vigência encerrado em 03.06.2013. Dentre as novas disposições, destacamos que: a) até 31.12.2014, contribuirão sobre o valor da receita bruta, excluídos as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212/1991 (cota patronal), à alíquota de 2%: I - as empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0 - vigência a partir de novembro/2013; II - as empresas de transporte ferroviário de passageiros, enquadradas nas subclasses 4912-4/01 e 4912-4/02 da CNAE 2.0 - vigência a partir de janeiro/2014; III - as empresas de transporte metroferroviário de passageiros, enquadradas na subclasse 4912-4/03 da CNAE 2.0 - vigência a partir de janeiro/2014; (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 23/07/2013 Moore Stephens IV - as empresas de construção de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE 2.0 - vigência a partir de janeiro/2014. As empresas relacionadas no inciso I poderão antecipar para 04.06.2013 sua inclusão na tributação substitutiva, observando-se que a antecipação será exercida de forma irretratável mediante o recolhimento, até o prazo de vencimento, da contribuição substitutiva, relativa a junho/2013. Serão aplicadas às empresas referidas no inciso I as seguintes regras: a) para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS (CEI) até o dia 31.03.2013, o recolhimento da contribuição previdenciária deverá ocorrer na forma dos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, até o seu término; b) para as obras matriculadas no CEI no período compreendido entre 1º.04 e 31.05.2013, a contribuição previdenciária será de 2% sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, até o seu término; c) para as obras matriculadas no CEI no período compreendido entre 1º.06.2013 até o último dia do 3º mês subsequente ao da publicação da lei em fundamento, o recolhimento da contribuição previdenciária poderá ocorrer tanto 2% sobre a receita bruta como na forma dos incisos I e III do caput, do art. 22 da Lei nº 8.212/1991; MS News - Abril de 2012 III - que realizam operações de carga, descarga e armazenagem de contêineres em portos organizados, enquadradas nas classes 5212-5 e 5231-1 da CNAE 2.0 vigência a partir de janeiro/2014; IV - de transporte rodoviário de cargas, enquadradas na classe 4930-2 da CNAE 2.0 - vigência a partir de janeiro/2014; V - de transporte ferroviário de cargas, enquadradas na classe 4911-6 da CNAE 2.0 - vigência a partir de janeiro/2014; e VI - jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens de que trata a Lei nº 10.610/2002, enquadradas nas classes 1811-3, 5811-5, 5812-3, 5813-1, 5822-1, 5823-9, 6010-1, 6021-7 e 6319-4 da CNAE 2.0 - vigência a partir de janeiro/2014. As empresas relacionadas nos incisos I e II da letra "b" poderão antecipar para 04.06.2013 sua inclusão na tributação substitutiva. A antecipação será exercida de forma irretratável mediante o recolhimento, até o prazo de vencimento, da contribuição substitutiva relativa a junho/2013. c) para a execução dos serviços a seguir relacionados, mediante cessão de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei nº 8.212/1991, a empresa contratante deverá reter 3,5% do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços: d) para as obras matriculadas no CEI após o 1º dia do 4º mês subsequente ao da publicação da lei em fundamento, o recolhimento da contribuição previdenciária será de 2% sobre a receita bruta, até o seu término; I - de manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos; e) no cálculo da contribuição incidente sobre a receita bruta, serão excluídas da base de cálculo, observado o disposto no art. 9º, as receitas provenientes das obras cujo recolhimento da contribuição tenha ocorrido na forma dos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212/1991. III - de transporte aéreo de passageiros regular; A opção a que se refere a letra "c" será exercida de forma irretratável mediante o recolhimento, até o prazo de vencimento, da contribuição previdenciária na sistemática escolhida, relativa a junho/2013 e será aplicada até o término da obra. b) até 31.12.2014, contribuirão sobre o valor da receita bruta, excluídos as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, à alíquota de 1%, em substituição às contribuições previdenciária - cota patronal, dentre outros, as empresas: I - de manutenção e reparação de embarcações - vigência a partir de novembro/2013; II - de varejo que exercem as atividades listadas no Anexo II da lei em fundamento - vigência a partir de novembro/2013; II - de transporte aéreo de carga; IV - de transporte marítimo de carga na navegação de cabotagem; V - de transporte marítimo de passageiros na navegação de cabotagem; VI - de transporte marítimo de carga na navegação de longo curso; VII - de transporte marítimo de passageiros na navegação de longo curso; VIII - de transporte por navegação interior de carga; IX - de transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares; e X - de navegação de apoio marítimo e de apoio portuário; XI - de manutenção e reparação de embarcações; (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 4 MS Clipping Moore Stephens 23/07/2013 Moore Stephens XII - de varejo que exercem as atividades listadas no Anexo II da lei em fundamento; XIII - que realizam operações de carga, descarga e armazenagem de contêineres em portos organizados, enquadradas nas classes 5212-5 e 5231-1 da CNAE 2.0; XIV - de transporte rodoviário de cargas, enquadradas na classe 4930-2 da CNAE 2.0; XV - de transporte ferroviário de cargas, enquadradas na classe 4911-6 da CNAE 2.0; e XVI - jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens de que trata a Lei nº 10.610/2002, enquadradas nas classes 1811-3, 5811-5, 5812-3, 5813-1, 5822-1, 5823-9, 6010-1, 6021-7 e 6319-4 da CNAE 2.0. As empresas relacionadas no inciso XI poderão antecipar para 04.06.2013 a retenção previdenciária com alíquota de 3,5%. Entretanto, antecipação será exercida de forma irretratável mediante o recolhimento, até o prazo de vencimento, da contribuição de 3,5% do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativa a junho de 2013. (Lei nº 12.844/2013 - DOU 1 de 19.07.2013 - Edição Extra) Fonte: Editorial IOB (23/07/2013). Buscar talento internamente é tendência no Brasil, diz LinkedIn Recrutar internamente, investir na marca da empresa para atrair candidatos e lidar com um orçamento mais apertado. Essas são as principais tendências da área de recrutamento e seleção no Brasil atualmente, segundo pesquisa feita pelo LinkedIn. O levantamento incluiu três mil profissionais de recursos humanos de 19 países. No Brasil, 90% das empresas estão investindo na contratação interna como forma de retenção de talentos. A maioria, 62%, tem expectativa de aumentar o número de pessoas sendo transferidas internamente em comparação com 2012. Nos demais países, esse volume é menor e chega a 46%. As razões enumeradas pelas empresas para preferir a “prata da casa” envolvem, além da retenção de profissionais-chave, o desenvolvimento de talentos, maior produtividade – uma vez que a mudança exige um tempo menor de adaptação do que no caso de uma contratação externa – e economia de custos. A necessidade de fazer mais com menos é uma tendência forte no Brasil neste ano. Embora 56% das empresas ainda prevejam aumento no número de contratações, apenas 34% têm perspectiva de o mesmo acontecer com o orçamento voltado para a área de recrutamento. Nos dois últimos anos, essa diferença era menor. 5 MS News - Abril de 2012 Investir na “marca do empregador”, ou seja, reforçar o nome da empresa como uma organização de preferência junto aos candidatos é uma estratégia cada vez mais usada no Brasil. A grande maioria das empresas do país (84%) acham que a marca tem impacto significativo na hora da contratação, sendo que investimentos nessa área foram considerados a segunda maior ameaça vinda de um concorrente, logo atrás de melhorias na retenção de funcionários. Mais da metade das empresas brasileiras medem regularmente a marca do empregador de modo quantitativo e comparam seu impacto em relação aos concorrentes, enquanto na média global cerca de um terço faz o mesmo. Também no Brasil é maior o número de empresas que entrevistam funcionários recém-contratados regularmente para entender melhor o posicionamento da marca da empresa no mercado. Fonte: Valor Econômico (23/07/2013). CONTABILIDADE / AUDITORIA Contabilista: a profissão do presente e do futuro Uma das profissões que mais cresce no mundo, e também no Brasil, a contabilidade contribui significativamente para o sucesso das empresas. É impensável um empreendimento sem este profissional, legalmente também impossível. Para o desenvolvimento econômico mundial são necessários muitos profissionais, e estes devem trabalhar de forma sincronizada. É impossível afirmar que determinada profissão é mais ou menos importante do que outra. Neste sentido sugiro uma rápida reflexão sobre a possibilidade de vivermos sem os préstimos de qualquer dos profissionais listados abaixo: trabalhador doméstico, babá, médico, mecânico, advogado, professor, garçom, policial, servidor público, esportista, escritor, ator, cantor, contador, administrador, cientista, pedreiro, operário etc. É possível descartar algum desses? Diante da imensa gama de profissões devemos nos atentar para a “lei da oferta e procura” a fim de escolher aquela que, dentro das habilidades que possuímos, seja capaz de ampliar o horizonte do nosso sucesso, ou sirva para orientar nossos filhos quanto à carreira a seguir. Resumindo: qual é a profissão que mais me atrai, tem futuro e remunera melhor? Muitas vezes temos a percepção de que a profissão dos outros é menos estressante, tem melhor rentabilidade e exige menos esforço, o que não passa de ilusão. Todo oficio requer muito e dependendo da forma como encaramos o trabalho é possível atingir altos níveis de desgaste e entrar em depressão. Devemos estar preparados para as cobranças e sempre receber críticas e cobranças como estímulo para fazermos melhor. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 23/07/2013 Moore Stephens O jovem tem a difícil tarefa de escolher a profissão que deseja seguir, decisão que tem início na definição do curso e pode ser facilitada com o auxílio dos já experientes, especialmente dos pais. Analisar o mercado, as tendências das profissões no futuro e investir firmemente em você. Este diagnóstico me permitiu observar que há ao menos uma profissão com vasto campo de atuação, inclusive com grandes possibilidades para atuar como empresário em qualquer ramo de atividade. Refiro-me ao curso de Ciências Contábeis. Um jovem que investe firmemente na profissão de contador desenvolverá as seguintes características: *organização; *foco no trabalho; *facilidade para se concentrar; *bom hábito de leitura; *facilidade para interpretar números; *confiabilidade; MS News - Abril de 2012 Desaquecimento reduz o lucro de grandes empresas O desaquecimento da economia brasileira afetou diretamente o lucro das mil maiores companhias que compõem o ranking do anuário Valor 1000. Elas registraram em 2012 uma lucratividade 32,4% menor. Em valor absoluto, o lucro líquido despencou R$ 54 bilhões, de R$ 171 bilhões para R$ 117 bilhões. É o segundo ano consecutivo de queda. Em 2011, as empresas já tinham perdido outros R$ 14 bilhões de lucro, comparado a 2010. A acentuada retração dos ganhos ocorreu mesmo com o crescimento, pelo terceiro ano consecutivo, da receita líquida do grupo para um valor consolidado de R$ 2,54 trilhões em 2012, alta de 14,3%, em termos nominais. Esse crescimento contrasta com a evolução decepcionante do Produto Interno Bruto (PIB), de apenas 0,9% no ano passado. Mas a acomodação do mercado interno se refletiu na intensidade do ritmo de expansão das vendas: o índice foi maior nos anos anteriores, de 18,8% em 2010 e de 15,5% em 2011. Mesmo assim, a receita líquida das mil maiores empresas do país representa participação recorde de 57,9% no Produto Interno Bruto (PIB) do país, analisado o período dos últimos doze anos. É uma recuperação expressiva se comparada com o ano de 2009, quando a participação das mil maiores foi de 46,2%. *tendência para desenvolver trabalhos em equipe; *preocupação com a qualidade do trabalho; *dons para identificar o resultado de um empreendimento. O bacharel em Ciências Contábeis está habilitado para exercer plenamente a profissão de contador e tantas outras, tais como de auditor fiscal da Fazenda Pública, auditor independente, consultoria empresarial, empresário contábil, professor, perito contábil, investigador de fraudes e escritor. Não tenho dúvidas de que a grande profissão do presente e do futuro é a de contador. Certamente há contadores que desvalorizam a classe e isto acontece em qualquer profissão, mas a grande maioria é de profissionais sérios e bem focados para dar o melhor de si para desenvolver serviços de qualidade. Acredito que o ofício de contador evoluiu muito nos últimos anos e tem ainda mais a crescer e conquistar maior espaço no cenário econômico. Vale a pena ser contador e lutar em prol da classe! Fonte: Portal de Contabilidade (23/07/2013). A alta da receita líquida foi apurada em 25 dos 26 setores analisados pela publicação. Os destaques ficam por conta dos segmentos de telecomunicações, 33,6% maior em relação ao ano anterior, de alimentos (+26,4%) e de açúcar e álcool (20%). Devido ao cenário de retração do mercado internacional, com estoques elevados e desaceleração da atividade econômica, os setores de metalurgia e siderurgia e de veículos e peças registraram menor expansão de receita líquida: 5,4% e 2,1% respectivamente. O setor de mineração teve queda nominal na receita líquida, comparativamente a 2011, de 6,9%. Além de fatores como câmbio depreciado e mão de obra mais cara, dificuldades específicas de cada setor ajudam a explicar a queda da lucratividade na média das empresas no ano passado. Dos 26 setores analisados pelo ranking Valor 1000, 14 registraram crescimento no lucro líquido e outros 12 setores observaram redução. Entre os destaques negativos está o segmento de metalurgia e siderurgia, cujo lucro líquido despencou 94,5% em 2012 e contribuiu para arrastar o índice geral para baixo. Outros setores com desempenho negativo foram o de açúcar e álcool (redução de 77,1% no lucro líquido), por conta majoritariamente de endividamentos e captações para fusões e aquisições, e o de química e petroquímica (redução de 74,4%), uma queda que está ligada à desvalorização do real diante do dólar, ocorrida em 2012, que elevou o nível endividamento das companhias, fazendo com que as despesas financeiras disparassem. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 6 MS Clipping Moore Stephens 23/07/2013 Moore Stephens Na outra ponta, os segmentos que contribuíram para que a média de lucratividade das empresas não fosse ainda menor foram Tecnologia da Informação (alta de 94,5%, de R$ 439,8 milhões para R$ 855,5 milhões), Alimentos (acréscimo de 70,5%, de R$ 2,18 bilhões para R$ 3,72 bilhões) e Água e Saneamento, (evolução de 61,9%, passando de um lucro de R$ 2,33 bilhões, em 2011, para R$ 3,78 bilhões, no ano passado). Em um ano marcado pela desaceleração da atividade econômica, com crescente endividamento das empresas, a estratégia de crescer utilizando os próprios recursos ficou em segundo plano. Um dos indicadores do Valor 1000 reflete com precisão esse cenário em 2012. O conceito de crescimento sustentável é medido dividindo-se a variação do crescimento da receita líquida pelo crescimento do patrimônio líquido ajustado. Quanto mais próximo de um, o resultado é melhor e, na prática, significa que a empresa tem boa capacidade de crescer aproveitando os recursos próprios. O ponto de corte apurado no conjunto dos setores no ano passado foi de 1,0642 - pior, portanto, se comparado ao índice de 1,0160 verificado em 2011. O crescimento sustentável é um dos sete critérios utilizados para elencar as dez melhores de cada setor e escolher sua campeã. Receita líquida, geração de valor, rentabilidade, margem da atividade, liquidez corrente e giro do ativo são os outros critérios de avaliação. Questões como governança corporativa, envolvimento social e respeito ao consumidor e ao meio ambiente são pontos levados em consideração para a escolha da campeã das campeãs, a Empresa de Valor. Fonte: Valor Econômico (23/07/2013). OUTROS ASSUNTOS Setor de serviços fará PIB de 2012 e 2013 ser revisto A nova Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) será incorporada nas contas nacionais e deve gerar revisões nos resultados do PIB (Produto Interno Bruto) dos anos de 2012 e de 2013, informou ontem o coordenador de contas nacionais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Roberto Olinto. A previsão é que a alteração ocorra em dezembro, quando será divulgado o PIB do terceiro trimestre deste ano. Os resultados do segundo trimestre serão divulgados no dia 30 de agosto, ainda sem a incorporação da nova pesquisa. As revisões serão referentes aos quatro trimestres de 2012 e a três trimestres neste ano. O novo levantamento do IBGE começa a ser divulgado em agosto, com dados referentes a junho. A publicação trará dados do setor, mas ficam de fora os segmentos financeiros, educação e saúde. 7 MS News - Abril de 2012 Atualmente, o cálculo do setor de serviços no PIB utiliza outras fontes de dados, como o Banco Central e Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). A PMS será mais uma fonte, sendo que o IBGE analisa se alguma fonte sairá da análise do setor de serviços nas contas nacionais. "Sempre que há uma nova pesquisa conjuntural, ela é incorporada. Vamos aprimorar o cálculo", afirmou o coordenador de contas nacionais do IBGE. Fonte: Folha de S. Paulo (23/07/2013). O que não é lavagem de dinheiro? Por Víctor Gabriel Rodríguez Um dos grandes juristas brasileiros disse que só existe um método para se conceituar a Justiça, e ele começa pelo negativo. Ou seja, seu conceito é tão aberto, tão amplo, que fica muito mais simples reconhecer, até por um sentimento intuitivo, o que não seja justo. E talvez isso ocorra para além do puro método, porque na verdade o justo é a regra, portanto o injusto é exceção, e esta é sempre mais facilmente identificável. Ao menos, assim deveria ser. Sei que a comparação não é exata, mas ao delito de lavagem de dinheiro se pode aplicar raciocínio muito semelhante. O conceito foi, pelo uso comum, tão ampliado, que hoje fica mais simples, a fim de explicá-lo, enunciar o que não é lavar ativos. Tentarei aqui construir algo dessa definição negativa, mas antes disso há que fixar uma premissa: a de que não foram as alterações recentes da lei de lavagem que deram causa a essa equivocada fermentação do conceito, mas apenas uma compreensão pouco técnica de o que seja realmente a conduta proibida. Porque a ampliação do tipo penal (pela Lei nº 12.683, de 2012, que modificou a norma original da lavagem de dinheiro, a Lei nº 9.613, de 1998) não tem relação com o que aqui cuidamos. A lei nova, em resumo, fez apenas com que qualquer espécie de infração penal se possa considerar delito antecedente da lavagem, à diferença da regulação anterior, na qual apenas se criminalizava o branqueamento dos valores advindos de alguns delitos específicos, considerados mais graves. A errônea interpretação a que me refiro, porém, independe desse câmbio legislativo, o que implica reconhecer que se tem concedido ao tipo penal uma interpretação que a lei não deseja e, pior, não permite. A origem dessa interpretação equivocada é o esquecimento de que a essência da lavagem de dinheiro é a introdução, na economia regular, de dinheiro oriundo de crime. Mesmo quando se entende que essa introdução possa ser meramente tentada, ela tem de mostrar-se como finalidade, caso contrário estamos diante de algo que não traz em si o mal que a lei pretende constranger. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 23/07/2013 Moore Stephens Tanto assim é que muitos estudiosos consideram expressamente que o delito de branqueamento traz em sua raiz a ofensa ao equilíbrio concorrencial: o proprietário de um restaurante que paga seus impostos e faz cálculos apertados de investimento não pode concorrer livremente com o restaurante de seu vizinho, quem montou uma empresa para injetar valores provenientes, por exemplo, do narcotráfico. O narcotraficante está, em nossa hipótese, a introduzir na economia dinheiro corrosivo, porque destrói o concorrente honesto. Ainda que soe estranho, então, aquele que utiliza seu lucro no delito para alimentar sua própria atividade criminosa pode ser um grande delinquente, mas não é um autor de lavagem. A retroalimentação da criminalidade é problema social diverso do branqueamento, e talvez muito mais usual que ele, porque - para nos mantermos na ilustração - o marginal que pretenda reinvestir seu lucro de narcotráfico em compra de novos entorpecentes não desejará jamais ver seu dinheiro inserto na economia regular; de modo análogo, o político corrupto financiará sua campanha eleitoral com os dólares de sua maleta, e estes sempre passarão longe dos olhos das autoridades fiscais. Sem ao menos a intenção do disfarce, para introdução do valor financeiro como lícito, o delito não se caracteriza. E esse disfarce há que ser, ainda, independente. Apenas ocultar o produto de um delito anterior implica exaurimento desse tal crime, nada mais. Caso contrário, ao ladrão de banco seria imputada lavagem sempre que ele deixasse de apresentar em sua declaração de renda os lucros obtidos em seu último assalto. Soa sarcástico, mas não de todo. Tanto é assim que algumas respeitáveis legislações estrangeiras são expressas em descriminalizar a autolavagem, ou seja, a conduta do branqueamento quando executada pelo próprio autor do crime antecedente. A interpretação alargada a que nos referimos não é uma mera questão pontual na aplicação da lei, porque importa em consequências de sistema, identificáveis por qualquer jurista. Ou seja, se de imediato surge a vantagem de agravar as reprimendas a delitos antecedentes repugnantes - por somar à pena a eles devida os anos de reclusão concernentes ao tal crime autônomo de branqueamento -, a longo prazo nota-se esterilidade de resultados, porque se sabe que a banalização do remédio reduz sua eficácia. Sem se nominar o mal reconhecível da condenação injusta, ou a perda de credibilidade das instituições, em virtude de processos-crime que ao fim serão mero arquivo, não é difícil concluir que a apontada incompreensão da essência desse tipo penal levará à futura impunidade dos verdadeiros atores dessa espiral tão nociva à economia, que a Lei nº 9.613, de 1998, intenta estancar. MS News - Abril de 2012 Víctor Gabriel Rodríguez é professor doutor de direito penal da Universidade de São Paulo - FDRP e membro da União Brasileira de Escritores Fonte: Valor Econômico (23/07/2013). Alemanha está cada vez mais só na defesa da austeridade "A ideia de que os alemães seriam apoiados por outros europeus era de fato extravagante, e a ideia de que os americanos aceitariam as metas era igualmente improvável", disse Simon Tilford, do Centro para a Reforma Europeia, um centro de estudos sediado em Londres e dedicado a aprimorar a União Europeia. A França e outros países-membros, principalmente os do sul da Europa, há muito vêm criticando a insistência da Alemanha em reduzir dívidas em detrimento do crescimento econômico. Um conjunto cada vez maior de estudos econômicos indica que os efeitos negativos do aperto fiscal sobre o crescimento vêm sendo subestimados, especialmente em tempos de crise. A posição pró-austeridade da Alemanha foi contestada ainda mais por dados oficiais divulgados ontem, que mostram um aumento considerável da dívida da zona do euro no primeiro trimestre. Portugal e outros países do sul da Europa que cortaram gastos e elevaram impostos para atender exigências da Alemanha apresentaram um crescimento particularmente acentuado. "Como um todo, a pressa pela consolidação fiscal foi um erro da Europa", disse Zsolt Darvas, um acadêmico do centro de estudos Bruegel, de Bruxelas. A maioria dos economistas e formuladores de políticas concorda que, no longo prazo, um baixo nível de endividamento é bom para a economia. Mantém as taxas de juros baixas e faz o dinheiro chegar ao setor privado, de onde ele pode ser direcionado para investimentos produtivos. A questão que diferencia a Europa do resto do mundo é o que fazer no curto prazo, enquanto as economias ainda estão debilitadas. Os EUA responderam à severa recessão de 2008 e 2009 cortando juros e aumentando os gastos do governo. O resultado foi um déficit de mais de US$ 1 trilhão, cerca de 10% do Produto Interno Bruto. A economia americana se recuperou, ainda que modestamente, e neste ano o país aumentou impostos e permitiu que cortes automáticos de gastos começassem a vigorar. Com isso, o déficit caiu substancialmente. As autoridades europeias fizeram o oposto com a Grécia, a Irlanda e outros países atingidos pela crise. Elas (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 8 MS Clipping Moore Stephens 23/07/2013 Moore Stephens insistiram nos aumentos de impostos e cortes de gastos como condição para os pacotes de resgate, exacerbando recessões que já eram severas. A esperança era que o aumento da demanda dos EUA e outros mercados emergentes ajudaria a tirar as economias da recessão através de exportações. Mas as autoridades subestimaram a escala dos problemas que afligiam os setores bancário e imobiliário em grande parte do sul da Europa, dizem analistas, e confiaram demais no crescimento da demanda estrangeira. Economias geralmente precisam de um pouco de inflação e um crescimento robusto para gerar os recursos financeiros necessários para pagar suas dívidas. O crescimento também aumenta o emprego, aliviando a pressão sobre os gastos sociais. Em suma, aperto fiscal só funciona se houver crescimento. A dívida pública total da zona do euro subiu em 150 bilhões de euros no primeiro trimestre, para 8,75 trilhões de euros, ou 92,2% do PIB do bloco, ante 90,6% no primeiro trimestre. Cinco dos 17 países da UE — Bélgica, Grécia, Irlanda, Itália e Portugal — têm dívidas maiores que suas economias. A dívida da França já passou dos 90% de seu PIB e a da Espanha, que era só de 40% em 2008, também está perto dos 90%. MS News - Abril de 2012 Agricultura: boa perspectiva Por Antonio Delfim Netto Diante de tanta confusão e pessimismo produzidos por uma radical desconfiança entre o setor privado (que acha que o governo "ignora a realidade") e o governo (que acha o setor privado "excessivamente egoísta"), mesmo alguns progressos da política econômica e social são ignorados. É o caso, por exemplo, do avanço representado pelo excelente Plano Agrícola e Pecuário para 2013/2014, que ataca alguns dos pontos críticos do agronegócio. Esse não se restringe apenas ao processo de produção e distribuição do setor agropecuário. Envolve toda a cadeia de serviços (pesquisa, transporte, armazenamento, produção de sementes, de insumos etc.), que hoje adiciona valor da ordem de 20% a 25% do PIB e emprega cerca de 30 milhões de pessoas, num espectro que vai do mais humilde trabalhador ao mais extraordinário cientista. A safra 2012/2013 de cereais, leguminosas e oleaginosas deverá atingir 186 milhões de toneladas. Para efeito de comparação, a safra 2002/2003 foi de 123 milhões, o que significa aumento de 51% nos últimos dez anos (uma taxa formidável de 4,2% ao ano) que nos mantém na liderança do aumento da produtividade total dos fatores de produção na agricultura mundial no período. Na ausência de crédito, esses países precisam primeiro reduzir seus déficits para depois voltar a pensar em política fiscal como motor do crescimento, diz ele. O gráfico vale mais do que mil palavras: enquanto a produção cresceu entre 1975 e 2011 quase quatro vezes, o indicador ponderado dos insumos usados cresceu menos do que 10%. Esse aumento liberou mão de obra no período (18%), manteve estável a área plantada (mais 3%), com um aumento da relação capital/homem da ordem de 57% (1,3% ao ano). O progresso se deu, basicamente, pelo aumento da produtividade física da mão de obra da ordem de 4,7% ao ano, o que se refletiu nos salários. A Comissão Europeia deu aos membros do bloco mais tempo para atingir suas metas de déficit. Mas a política fiscal continuará pesando sobre o PIB este ano e no próximo, ainda que um pouco menos que antes, diz Greg Fuzesi, economista do J.P. Morgan. Isso é explicado pelo Índice de Desenvolvimento Rural (IDR) produzido pela FGV-CNA, uma sofisticada tentativa de medir os impactos econômicos, sociais, demográficos e ambientais que acompanham o desenvolvimento da agricultura no nível dos 5.489 municípios do país. Além disso, a Alemanha ainda tem a chave do cofre da Europa e não deve mudar de atitude apesar da reprimenda do G-20. Seu orçamento está quase em equilíbrio e sua dívida como proporção do PIB caiu no primeiro trimestre, contrabalançando a tendência do bloco. E com o desemprego em níveis próximos a baixas históricas, o governo hesitará em mudar de estratégia antes das eleições nacionais de agosto. O ranking foi dividido em quatro grupos, contendo cada um 25% dos municípios (1.372) da seguinte forma: 1) IDR baixo - menor ou igual a 0,339; 2) IDR regular - maior que 0,339 e menor ou igual a 0,538; 3) IDR médio - maior do que 0,538 e menor ou igual a 0,655; e 4) IDR alto - maior do que 0,655. Ainda assim, a Alemanha e o resto da zona do euro não tiveram muita escolha no caso da Grécia, Irlanda e Portugal, que perderam acesso aos mercados de crédito, diz Daniel Gros, chefe do Centro de Estudos de Políticas Europeias, em Bruxelas. "A dura retórica da austeridade ainda soa bem na Alemanha", disse Tilford. Fonte: The Wall Street Journal (23/07/2013). 9 A tabela abaixo traz resultados interessantes. No primeiro quartil temos os municípios menos urbanizados (12,4 milhões de habitantes com 41,6% de população rural), com taxa média de alfabetização (dez anos ou mais) de 74,2% e 35,3% da população rural em extrema pobreza (rendimento abaixo de R$ 70). No último, temos municípios mais urbanizados (4 milhões, com 13,4% de população rural), com taxa de alfabetização de 93,1% e com 1,8% de pessoas de extrema pobreza rural. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 23/07/2013 Moore Stephens A diferença é gigantesca: no primeiro quartil, para cada 100 pessoas residentes na zona rural, mais de 35 estavam em extrema pobreza; no último, menos de 2! São claros os efeitos da urbanização e da educação. Como em todos trabalhos estatísticos, as "conclusões sobre as causalidades" precisam ser discutidas com maior cuidado. MS News - Abril de 2012 O Plano Agrícola de 2013/2014, o melhor em muitos anos, está atento à necessidade de acelerar o desenvolvimento do setor com um substancial aumento dos limites do crédito de investimento e custeio: aumento de prazos e redução da taxa de juros real; ataque ao trágico problema da capacidade estática de armazenamento da safra, que não permite ao produtor aproveitar as melhores "janelas" para a venda de sua produção; suporte à inovação e tecnologia; aumento da atenção à irrigação; aumento do seguro da safra, que um dia amenizará os riscos climáticos e das pragas sobre a renda da agricultura; apoio à formação de estoques, que reduzem os efeitos dos "choques de oferta" que tanto comprometem a taxa de inflação; ampliação da assistência técnica e a recuperação da extensão rural e, por fim, o apoio à ação cooperativista na agricultura. A resposta da agroindústria será um estímulo importante para a disseminação do aumento da sua participação no crescimento do PIB. Antonio Delfim Netto é professor emérito da FEA-USP, exministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento. Escreve às terças-feiras Fonte: Valor Econômico (23/07/2013). **************************************************** (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 10
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