Comunidade da Construção

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Comunidade da Construção
CUB ABRIL
0,122%
REVISTA
REVISTA MENSAL
MENSAL DO
DO
SINDICATO
SINDICATO DA
DA INDÚSTRIA
INDÚSTRIA DA
DA
CONSTRUÇÃO
CONSTRUÇÃO NO
NO ESTADO
ESTADO
DE
DE GOIÁS
GOIÁS -- SINDUSCON-GO
SINDUSCON-GO
ANO I1, Nº 23
JUNHO/2012
Sinduscon-GO e Ademi-GO
realizam campanha para
valorizar o recurso mais
importante para o setor
Pág. 18
Entrevista com A SENADORA Lúcia Vânia
Pág. 6
E
DITORIAL
Valorizar o
trabalhador
é investir no crescimento
sustentado da atividade
O Brasil está se desenvolvendo a passos largos e para sustentar este crescimento a atividade econômica precisa continuar em expansão. A indústria da construção vive um ciclo virtuoso importante para o País, pois ela é um dos setores que mais
promovem a geração de emprego, renda, tributos, atuando
como ferramenta para a distribuição da renda e melhoria da
qualidade de vida da população. Felizmente, esse ciclo não
será momentâneo, temos condições de crescer muito mais, por
muito tempo. Mas, para que isso ocorra, é preciso planejar, trabalhar sanando os problemas, eliminando os gargalos e, ainda,
mais do que isso, pensar no futuro e agir preventivamente.
Com este pensamento, elencamos quais os principais entraves que continham o desenvolvimento do setor em Goiás.
Dentre os itens levantados, como burocracia, necessidade de
inovação tecnológica e falta de infraestrutura, o déficit de
mão de obra se apresentou como algo de grande relevância.
Buscamos atuar em todas as frentes, mas sentimos a necessidade de dar atenção especial a este item, do qual depende a
qualidade e a produtividade de nossas edificações: nossos trabalhadores. Para desenvolver este projeto, convidamos no início do ano passado, o empresário Bruno Alvarenga de Menezes para coordenar o Projeto de Valorização da Mão de Obra
do nosso Planejamento Estratégico. Hesitante no princípio,
por não sentir ainda esta falta em sua empresa, ele aceitou
nosso convite, usando de visão estratégica e com pensamento no futuro. A ajuda dele e de tantas outras pessoas, foi fundamental para o êxito da campanha que orgulhosamente lançamos no dia 03 de maio. Uma campanha publicitária inédita
no Brasil, que desenvolvemos em parceria com a Associação
das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO) e
apoio do Senai, além de diversos parceiros.
Com o slogan “Construção Civil – Aqui tem trabalho, aqui
tem futuro”,a iniciativa está focada na valorização do trabalhador do segmento e objetiva chamar a atenção da popu-
lação para as vantagens e os benefícios de buscar colocação
neste mercado de trabalho em expansão, enaltecendo a importância e o valor que os trabalhadores da indústria da construção possuem neste segmento econômico. Outra finalidade
é a de reter os atuais talentos nas empresas e aprimorar a
qualificação dos profissionais do setor. As peças de divulgação da campanha incluem três VT’s, quatro jingles, anúncios
para jornal, outdoors, busdoors e materiais impressos. Quero
destacar as ações de endomarketing nos canteiros de obras,
como encenações teatrais, e outras atividades que considero
de grande importância. Este assunto é o tema da nossa Matéria de Capa.
Além desta grande inciativa, que será duradoura, realizamos também no último mês o nosso terceiro Encontro
Empresarial, desta vez abordando o tema “Pensando a Infraestrutura das Cidades”, enfocado em nossa coluna Registro
de Eventos. Contamos com a honrosa presença do prefeito
da cidade de Maringá (PR), Silvio Magalhães Barros, convidado especial que expos sobre o planejamento realizado no
município paranaense, enquanto que o secretário Estadual de
Cidades, Igor Montenegro, apresentou o Programa Cidades
Sustentáveis, seguindo-se exposições e debates sobre mobilidade urbana e trânsito, além de saneamento básico e gestão
de resíduos sólidos, a cargo de representantes da Secidades;
todos temas de extrema relevância e que influem diretamente
sobre nossa atividade econômica e nossa vida como cidadãos.
A infraestrutura do País também foi abordada em entrevista
exclusiva com a Senadora Lúcia Vânia.
Portanto, convido você a conferir as matérias preparadas
para esta edição da revista Construir Mais, pois, sem dúvida,lhe
fornecerão muitas informações importantes.
JUSTO OLIVEIRA D´ABREU CORDEIRO
Presidente do Sinduscon-GO
DIRETORIA EXECUTIVA DO SINDUSCON-GO (2010/2013)
PRESIDENTE: Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro - 1º Vice-Presidente: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior - 2º Vice-Presidente: Eduardo Bilemjian Filho - Diretor Administrativo: Manoel
Garcia Filho - Diretor Adjunto Administrativo: Daniel Jean Laperche - Diretor Financeiro e Patrimonial: José Rodrigues Peixoto Neto - Diretor Adjunto Financeiro e Patrimonial: Rodrigo
Campos Ferreira - Diretor da Comissão de Economia e Estatística: Ibsen Rosa - Diretor Adjunto da Comissão de Economia e Estatística: Dinésio Pereira Rocha - Diretor da Comissão
da Indústria Imobiliária: Roberto Elias de Lima Fernandes - Diretor Adjunto da Comissão da Indústria Imobiliária: Mário Andrade Valois - Diretora da Subcomissão de Habitação:
Maria Amélia Alves e Silva - Diretor da Subcomissão de Legislação Municipal: Ilézio Inácio Ferreira - Diretor de Materiais e Tecnologia: Sarkis Nabi Curi - Diretor Adjunto de Materiais
e Tecnologia: Renato de Sousa Correia - Diretor da Comissão de Concessão, Privatização e Obras Públicas: Valdivino Dias de Oliveira - Diretor Adjunto da Comissão de Concessão,
Privatização e Obras Públicas: José Carlos Gilberti - Diretor de Qualidade e Produtividade: Humberto Vasconcellos França - Diretor Adjunto de Qualidade e Produtividade: Marcelo Alves
Ferreira - Diretor de Construção Pesada: Carmerindo Rodrigues Rabelo - Diretor Adjunto de Construção Pesada: Jadir Matsui - Diretor da Construção Metálica: Cezar Valmor Mortari
- Diretor Adjunto da Construção Metálica: Joaquim Amazay Gomes Júnior - Diretor de Assuntos Jurídicos: Ricardo José Roriz Pontes - Diretora Adjunta de Assuntos Jurídicos: Patrícia
Garrote Carvalho - Diretor da Subcomissão de Política e Relações Trabalhistas e Sindicais: Jorge Tadeu Abrão - Diretor de Saúde e Meio Ambiente: Moacyr Soares Moreira - Diretor
Adjunto de Saúde e Meio Ambiente: José Augusto Florenzano - Diretor de Setor Elétrico e Telefonia: Carlos Vicente Mendez Rodriguez - Diretor Adjunto de Setor Elétrico e Telefonia:
Osney Valadão Marques Júnior - Diretor Social e de Comunicação: Darci Moreira de Lima - Diretora Adjunta Social e de Comunicação: Eliane Carvalho Lima - CONSELHO CONSULTIVO:
José Alves Fernandes Filho, Paulo Afonso Ferreira, Mário Andrade Valois, Joviano Teixeira Jardim, Sarkis Nabi Curi, José Rodrigues Peixoto Neto, Roberto Elias de Lima Fernandes, Alan Alvarenga Menezes,
Marcos Alberto Luiz de Campos e Álvaro Castro Morais. SUPLENTES: Élbio Braz Moreira, Marco Antônio de Castro Miranda e João Arthur Rassi. CONSELHO FISCAL: Amós Vieira, Wilson Luiz
da Costa e André Luiz Baptista Lins Rocha. SUPLENTES: Doriel Natalício da Fonseca, Célio Eustáquio de Moura e Naldo Alves Mundim. REPRESENTANTES
JUNTO À FIEG: Roberto Elias de Lima Fernandes e Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro. SUPLENTES: Marcos Alberto Luiz de Campos e Guilherme Pinheiro de
Lima. REPRESENTANTE JUNTO À CBIC: Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro. SUPLENTES: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior e Mário Andrade Valois.
JUNHO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO
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S UMÁRIO
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8
Entrevista
A senadora Lúcia Vânia, presidente da
Comissão de Serviços de Infraestrutura do
Senado Federal, aborda os principais desafios
e gargalos dos cenários nacional e local na
área de infraestrutura.
Passado & Presente
Caminho Engenharia apresenta sua história
de superação de desafios e crescimento com
sustentabilidade.
Registro de Eventos
Realizado o terceiro Encontro Empresarial do
Sinduscon-GO: “Pensando a Infraestrutura
das Cidades”.
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Viva com Saúde
No mês de junho comemora-se o
Dia Mundial do Doador de Sangue.
Uma doação pode salvar várias vidas.
Construção Sustentável
Projeto de pesquisa para reutilização de sacos de
cimento como fibras na produção de argamassas
é o destaque desta seção.
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Espaço Jurídico
Contratação de profissional autônomo, como
fazer? Acompanhe a orientação da Assessoria
Jurídica do Sinduscon-GO, que explica a diferença
entre um empregado e um autônomo.
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Mão de obra: Sinduscon-GO e Ademi-GO
realizam campanha para valorizar o
recurso mais importante para o setor.
Artigo
Confira os três pontos relevantes para que
a construção sustentável se torne realidade,
indicados pela engenheira civil, mestre em Gestão
Ambiental e consultora da Câmara Brasileira da
Indústria da Construção, Lilian Sarrouf.
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18 Matéria de Capa
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RH & Você
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Indicadores Econômicos
Avaliação de Desempenho. Veja orientações
para colocar o processo em prática.
Confira o valor do Custo Unitário Básico
(CUB) referente ao mês de abril/2012.
REVISTA CONSTRUIR MAIS - Revista mensal do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO)Sinduscon-GO -
Filiado à CBIC e FIEG. Rua João de Abreu, n° 427, Setor Oeste, Goiânia-Goiás - CEP 74120-110.Telefone: (62) 3095-5155 / Fax: (62) 3095-5177 - Portal: www.
sinduscongoias.com.br | Presidente: Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro | Diretor Social e de Comunicação: Darci Moreira de Lima Gerente
Executiva: Sebastiana Santos | Edição: Joelma Pinheiro | Reportagem: Aymés Beatriz B. Gonçalves ([email protected]), Joelma
Pinheiro ([email protected]) e Valdevane Rosa ([email protected]) | Fotografia: Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-GO e Sílvio
Simões | Projeto Gráfico e Diagramação: Duart Studio | Publicidade: Sinduscon-GO - Telefone: (62) 3095-5155 | Impressão: Gráfica Art3 | Tiragem:
6.000 exemplares | Publicação dirigida e distribuição gratuita. *As opiniões contidas em artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.
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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • JUNHO 2012
N
OT Í C I A S D O S PA R C E I RO S
Incorporadora promove Dinner in The Sky
pela primeira vez em Goiânia
Foto:valéria fleury
A Toctao Rossi lançou, no dia 17 de maio, o empreendimento Parque Flamboyant 56,
o último na orla do parque, no Jardim Goiás. Para o lançamento, a joint-venture trouxe
à Goiânia pela primeira vez o Dinner in The Sky, ação que proporcionou uma experiência
gastronômica única e inusitada nas alturas. A estrutura, que é elevada a uma altura de até 50
metros, comporta 22 pessoas sentadas e mais de cinco pessoas no corredor central, sendo
um chef, assistente, garçons e um responsável técnico. A estrutura esteve em Goiânia até
3 de junho. Ao todo foram 52 subidas, que ofereceram vista privilegiada a 1.144 pessoas.
84º ENIc : mais importante encontro da Indústria da Construção Nacional em BH
O 84º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic) será realizado em Belo Horizonte de 27 a 29 deste mês de junho, no Expominas,
paralelamente ao Minascon/Construir Minas 2012. Promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e organizado pelo
Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado de Minas Gerais (Sicepot-MG) e pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no
Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), o Enic é o maior evento empresarial do setor no País e reunirá em três dias, cerca de 1.500 empresários
representantes de diferentes órgãos do Poder Público e outros atores relevantes para o segmento.
Serão discutidos temas estratégicos como inovação, sustentabilidade, qualificação profissional, relações de trabalho, saúde e segurança do
trabalho, qualidade, produtividade, parcerias público-privadas, responsabilidade social, obras públicas, financiamento imobiliário e questões
relacionadas às cidades, como mobilidade urbana, dentre outras. Pela terceira vez em Belo Horizonte, a organização do evento deste ano inovou e
abriu a pauta para sugestões dos temas da programação técnica aos representantes das entidades e principais empresas do setor de todas as regiões
do Brasil. O objetivo, segundo André de Sousa Lima Campos, vice-presidente do Sinduscon-MG e presidente da Comissão Organizadora do evento,é
atender as demandas específicas prospectadas em cada localidade, captando assim, suas particularidades. O site do evento (www.enicmg.com.br) está
no ar com informações e inscrições para o encontro. A abertura será no dia 27, no Palácio das Artes, às 20h. A festa de encerramento, no dia 29,
no Domus XX, terá a apresentação do cantor Diogo Nogueira, com a participação de músicos mineiros.
Construtora Gilberti recebe
homenagem do Poder Judiciário
Foto: Arquivo TRT
No último dia 10 de abril, durante a inauguração do prédio do Tribunal Regional do Trabalho
(TRT 18ª Região), a Construtora Gilberti foi homenageada com placa de reconhecimento pelo
“excelente trabalho e respeito à vida” e cumprimento das normas de segurança na edificação
da sede do TRT em Goiânia, o que lhe possibilitou atingir a meta de acidente zero. A obra foi
realizada em parceria com a Caminho Engenharia. A empresa também foi aplaudida durante
a Reunião de Diretoria do Sinduscon-GO, realizada no dia 08 de maio, com a presença do
Superintendente Regional do Trabalho e Emprego, Heberson Alcântara.
Diretor da Construtora Gilberti, José Carlos Gilberti, recebe homenagem do
presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro João Oreste Dalazen
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JUNHO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO
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E
N T R E V I S TA
Lúcia Vânia
Brasil Paralisado:
Não há progresso sem investimento em infraestrutura
Lúcia Vânia é natural de Cumari (GO), graduada em jornaQue projetos de lei de sua autoria estão
lismo pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e senadora da
em tramitação no Senado Federal?
República em 2° mandato (2011-2018). Após ser primeira-daTenho cerca de uma centena e meia de proposições em
ma de Anápolis (1973) e de Goiás (1974-1978) ela conquistou
tramitação no Senado, envolvendo Projetos de Lei, Requeseu primeiro cargo público eletivo em 1988, já como Deputada
rimentos, Relatorias e Emendas. Sugiro que o detalhamenFederal, função para a qual foi reeleita na eleição seguinte. Em
to seja visto em meu site: senado.gov.br/luciavania. No parla1994 empreendeu campanha para governadora de Goiás, mas
mento consegui encaminhar e aprovar vários projetos. Por
de 1995 a 1998 atuou, com status de Ministra, na Secretária
exemplo, posso citar a relatoria da chamada Lei Maria da
Nacional de Assistência Social – durante o primeiro governo
Penha, que é considerada a Lei mais perfeita sancionada
Fernando Henrique Cardoso. De 1999 a 2003 exerceu o seu 3º
pelo então Presidente Lula; o projeto de emenda constitumandato como Deputada Federal; ainda em 2003 conquistou
cional, PEC, que cria a Lei de Responsabilidade Social, em
seu primeiro mandato como Senadora da República. Feliz, ela
contraponto à Lei de Responsabilidade Fiscal (em tramitarelata que as conquistas em sua trajetória como senadora são
ção na Câmara dos Deputados); o projeto que resultou na
inúmeras. Preside a Comissão de Infraestrutura que, de acordo
criação do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil; o
com suas palavras, é a mais importante Comissão Permanente
projeto que resultou na criação do Dia Nacional de Compresidida pela oposição no Senado Federal. Seu foco para o
bate ao Câncer de Mama, pelo qual fui homenageada pelo
futuro na vida pública é o trabalho no Senado. “Esse mandato
Conselho Brasileiro de Radiologia; a relatoria do projeto de
significa o reconhecimento do meu trabalho, por isso, quero
desvinculação das verbas da união referentes à educação,
continuar trabalhando para o deo que proporciona um aporte,
senvolvimento de Goiás e do nosso
a mais, de cerca de 12 bilhões
País”, declarou a Senadora. Acomde reais/ano.
O Brasil vive uma
panhe, a seguir, a entrevista que ela
época de desenvolvimento Que obras de
concedeu à revista Construir Mais:
infraestrutura
econômico. Com economia
Como presidente
para Goiás estão
aquecida, é possível
da Comissão de
contempladas
investir em setores
Infraestrutura do
no orçamento da
estratégicos, como
Senado Federal, quais
União para 2012?
são as suas principais
Quais são os valores
a indústria nacional.
atribuições?
destinados a cada
E não há progresso
Tenho o dever regimental de
uma das obras?
sem investimento
organizar e pautar as reuniões
As principais obras prograem infraestrutura”
colegiadas da Comissão, mantendo
madas para o nosso Estado esum ritmo de trabalhos propositivos e
tão na logística de transporte,
uma agenda alinhada aos interesses
ou seja, rodovias e ferrovias.
do País e da sociedade brasileira, desde o cidadão comum
Além dos recursos orçamentários para essas obras, posso
até os grandes grupos empresariais que atuam no setor de
destacar emenda de autoria ao PPA 2012-2015, com o obinfraestrutura nacional. À Comissão de Serviços de Infraestrutura
jetivo de adequar a BR-452, trecho Rio Verde a Xapetuda,
cabe a análise das proposições legislativas que versem sobre
na BR-365, em Minas Gerais. É uma importante via de escotransportes de terra, mar e ar, obras públicas em geral, minas,
amento de produção e ligação entre o Centro-Oeste, Sul e
recursos geológicos, serviços de telecomunicações, parcerias
Sudeste, no valor de R$ 1,2 bilhão, do qual já consegui para
público-privadas e agências reguladoras pertinentes. Também
o orçamento de 2012 uma emenda de R$ 13,4 milhões para
cabe à Comissão apreciar as mensagens de indicação de nomes
dar início ao projeto. Tenho também uma emenda de bancaque deverão ocupar altos cargos da Administração Pública
da, na qual eu sou a madrinha, para canalização do córrego
Federal, como diretores de Agências reguladoras e autarquias
Cascavel, no valor de R$ 30,6 milhões. As dotações de recurpúblicas federais. Em tempos de crescimento econômico, PAC,
sos federais para o trecho Ouro Verde de Goiás a São Simão,
Copa e Olimpíadas, a Comissão ganha uma notoriedade cada
da Ferrovia Norte-Sul, são de R$ 717 milhões 146 mil e 861
vez maior, pois, necessariamente, deverá apreciar as matérias
reais. A dotação para o trecho de Anápolis-Uruaçu é da
que dão formatação às políticas públicas que cuidam desses
ordem de R$ 22,7 milhões. Para maiores detalhes de todas
assuntos no Governo Federal.
as obras propostas o meu site pode ser examinado.
“
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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • JUNHO 2012
controles de tráfego aéreo, pelas ferrovias, pelas estradas, pelos portos, pelas vias urbanas, pelos metrôs, pela comunicação, pelas redes hoteleira, hospitalar e de restaurantes, além
dos estádios, se pensarmos na Copa 2014.
Senadora Lúcia Vânia
Recentemente, a senhora fez uma
exposição sobre o tema Infraestrutura
na sede do Sinduscon-GO. Na ocasião, a
senadora ressaltou que falta uma gestão
integrada (governos e empresários)
visando à realização de mais obras de
infraestrutura que possam beneficiar o
Estado de Goiás. Na sua visão, o que falta
para que esta articulação ocorra?
O Brasil vive uma época de desenvolvimento econômico. Com economia aquecida, é possível investir em setores
estratégicos, como a indústria nacional. E não há progresso
sem investimento em infraestrutura. Ocorre que os recursos
orçamentários são limitados e o Estado deve olhar também
para todas as demais áreas, como a saúde, educação, segurança pública. Nesse sentido, políticas públicas de desenvolvimento requerem planejamento de ações e de alocação
prioritária de recursos. O maior exemplo disso é o PAC. Mas,
como uma obra pública pode ser contemplada por recursos
do PAC? Essa é, sem dúvida, uma decisão política, complexa, que depende de uma série de fatores. Por isso, Goiás
precisa unir-se em torno de um único propósito, através
do alinhamento de interesses entre empresários e políticos,
para que, juntos, possamos pleitear e, efetivamente, conseguir que parte dessas políticas públicas do Governo Federal
contemple nosso Estado. É o ditado popular que dita essa
regra: “a união faz a força”.
Que visão a senhora tem a respeito dos
cenários nacional e estadual na área de
Infraestrutura? Onde estão os principais
desafios e gargalos?
Para que haja crescimento econômico e ganhos sustentados de competitividade, são necessários investimentos em
infraestrutura por longos períodos. O horizonte desejável
para o Brasil na próxima década é de investimentos estimados em R$ 2 trilhões até 2022, que poderão mudar o perfil
dos transportes, da energia e das telecomunicações. Os investimentos, relativamente ao PIB, devem dobrar nos próximos
anos, alcançando pelo menos 5%. Com essas pré-condições
atendidas, poderemos ter uma revolução na modernização
e ampliação da infraestrutura: isso passa pelos aeroportos e
A senhora acredita que a burocracia que
impera em todas as esferas de governo
seja um dos principais entraves para o
crescimento do País?
Não tenho a menor dúvida disso. O Brasil não sofre, hoje,
de falta de dinheiro. O orçamento federal está aí para demonstrar que sobram recursos. O que não há é execução. Se
fizermos uma análise imparcial da execução orçamentária dos
últimos dois anos, vamos constatar que o País paralisou. Boa
parte das obras públicas, muito embora contempladas no orçamento aprovado pelo Congresso, não são levadas adiante
por problemas que vão desde a gestão de contratos e licitações até os chamados “malfeitos”, ou seja, a corrupção. Este
é, aliás, um problema endêmico: a cada escândalo político, o
Governo promove a troca de dirigentes e gestores. Isso, muito
embora necessário, atrasa o planejamento das obras. É preciso
encontrar uma solução para esses problemas: seja o investimento em pessoal técnico, capacitação de servidores públicos,
melhorias na infraestrutura organizacional dos órgãos públicos responsáveis pela gestão dessas obras e investimentos, seja
em maior rigor na escolha de dirigentes políticos. O Brasil não
precisa de dinheiro: precisa é de gente competente e honesta.
Como senadora da República, o que
a senhora tem feito para combater a
corrupção que assola a economia do
nosso País?
A corrupção traz sérias consequências para o Brasil, produz pobreza e tem efeito devastador sobre o desenvolvimento
do País, e precisa ser combatida por todos, políticos e cidadãos. Pesquisas do Banco Mundial através de um banco de
dados, envolvendo 160 países, resultaram em indicadores de
boa governança, incluindo a corrupção. Por esse indicador, o
Brasil ocupa a 70ª posição. O professor Marcos da Silva, da
USP e da FGV, doutor em economia, especialista em relações
entre política e economia, faz complexos cálculos de econometria para nos dar uma visão no mínimo chocante. Os seus
estudos concluem que o custo médio da corrupção no Brasil
é estimado entre 1,38% a 2,3% do PIB, isto é, de R$ 41,5
bilhões a R$ 69,1 bilhões (em valores de 2008). Ora, R$ 41,5
bilhões representam 60,2% dos investimentos públicos em
2008 (excluídos os investimentos das estatais federais) e 7,4%
dos investimentos totais. Esse montante da corrupção equivalia a 27% dos gastos com educação no período e 40% dos
gastos com saúde. Na segurança pública, o valor ultrapassou
os gastos totais de estados e União no período, que foram de
R$ 39,52 bilhões. O total de R$ 41,5 bilhões significa 2,3% do
consumo das famílias brasileiras. Se o dinheiro desviado para
a corrupção fosse aplicado na educação, somente os recursos
do ensino fundamental poderiam ser aumentados em 48%,
ou 16,4 milhões de alunos a mais. No SUS, com dados de
2007, os recursos da corrupção permitiriam a manutenção de
mais 367 mil e 400 leitos. Tenho escrito, falado e me manifestado sobre a questão. Sou ética e me coloco no Senado como
representante do povo de Goiás, com dignidade.
JUNHO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO
7
A
RT I G O
Construção sustentável
construindo conhecimentos para o mercado
Antes pouco conhecida, a Construção Sustentável agora passa a ser pauta não somente no setor da construção, mas do governo e
da sociedade. Interessante notar que o tema
tem sido explorado em reportagens em revistas técnicas do setor, revistas de decoração,
reportagens em diversos canais de televisão e
nos rádios. Ou seja, o que antes ficava restrito
aos meios acadêmicos e empresas inovadoras,
hoje é amplamente divulgado à sociedade e
aos clientes. Outro aspecto interessante é que
antes vista como uma grande “vilã” quando
relacionada às questões ambientais, quer pela
ocupação de áreas e consequente alteração das
características locais, pela geração de resíduos,
pela extração de recursos naturais para aplicação direta nas construções ou para a fabricação
dos insumos utilizados, atualmente a construção civil é “protagonista” quando se buscam
soluções para mitigação dos efeitos do clima,
como as enchentes, e também são reconhecidos os rápidos avanços do setor voltados ao
desenvolvimento sustentável.
Um novo desafio está criado: se a sociedade
e clientes começam a enxergar a importância da
construção sustentável, como as empresas devem atuar neste novo cenário? Antes de tudo, bom senso! Bom senso na
concepção dos empreendimentos públicos e privados. O que é
melhor, ter um único empreendimento “totalmente sustentável”, ou adotar boas práticas de sustentabilidade em todos os
empreendimentos? Questões como estas devem ser consideradas nas estratégias das empresas.
As empresas devem enxergar no desenvolvimento sustentável maneiras de aumentar a sua competitividade. Uma nova
forma de atuação que vise o melhor desempenho sócio ambiental de produtos e das obras, que promova o desenvolvimento tecnológico e de gestão, o aumento da produtividade,
a geração de renda, a redução de custos, a melhoria do relacionamento com clientes e com o mercado e um significativo
valor agregado à sua imagem. Sabemos das deficiências estruturantes do setor e para elas devemos atuar diretamente.
É preciso melhorar as condições de trabalho e a qualificação
profissional, a diminuição dos índices de informalidade, aumentar a produtividade, investir em inovação, além de garantir
a qualidade e desempenho dos produtos dos materiais fabricados e das obras.
Além do bom senso, é preciso conhecimento! Políticas
públicas vêm sendo elaboradas e implantadas, entre elas o
Programa Procel Edifica, criado em 2003 pela Eletrobrás, cujo
objetivo é o de incentivar ações que reduzam o desperdício de
energia elétrica, difundindo o conceito de Eficiência Energética
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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • JUNHO 2012
em Edificações (EEE) entre os profissionais envolvidos em projeto e construção. O Programa Procel Edifica lançou, em 2009,
a etiqueta para edifícios comerciais, de serviços e públicos, e
em 2010, a etiqueta para edifícios residenciais. O programa de
etiquetagem, atualmente voluntário, passará a ser obrigatório
a partir do ano de 2020, iniciando-se pelos edifícios comerciais,
de serviços e públicos, de acordo com o Plano Nacional de
Eficiência Energética aprovado pelo governo em 2011. Outra
diretriz governamental que considera a construção civil como
protagonista é a Política Nacional de Resíduos Sólidos aprovada
em 2010 que, em sua regulamentação, dá um destaque especial para a gestão dos resíduos de construção, uma vez que o
seu gerenciamento deve ocorrer de forma diferenciada, não se
aplicando as mesmas regras usadas para os resíduos industriais.
O Plano Nacional de Resíduos, instrumento de implementação da Política Nacional que se encontra em elaboração,
prevê metas para a eliminação da disposição irregular dos resíduos até 2014, o que beneficiará as cidades reduzindo o
descarte irregular, evitando desta forma enchentes e a proliferação de vetores. O plano prevê também a implantação de
metas para a redução da geração de resíduos nas obras e a
reciclagem dos mesmos.
A resolução 307/2002 do Conama foi recém alterada pela
resolução 448 de 2012, que atualiza as diretrizes à luz da Política Nacional de Resíduos e estipula prazos para que os municípios definam as regras para a gestão dos resíduos por parte dos
pequenos e grandes geradores; os planos municipais deverão
ser elaborados até janeiro e implantados até agosto de 2013.
Além das políticas públicas, o mercado é um fator indutor importante. A procura pela certificação das edificações tem despertado interesse nos empresários do setor. O maior volume
de certificações ocorre em empreendimentos comerciais de alto
padrão. Iniciaram como uma forma de atender às exigências de
investidores e empresas internacionais que, voltados às práticas
sustentáveis, buscam imóveis que apresentem melhor qualidade ambiental para a instalação de seus escritórios.
Interessante é que a adoção de boas práticas de sustentabilidade por parte das construtoras e incorporadoras tem ocorrido de forma espontânea, o mercado entende que é um diferencial que agrega valor ao seu produto. Os custos decorrentes
podem ser absorvidos no caso dos empreendimentos de médio
e alto padrão, há também a percepção de que o apelo de ser
um empreendimento sustentável aumenta o interesse do comprador e influencia na tomada de decisão, e isso tem acelerado
a velocidade das vendas dos empreendimentos.
Além do bom senso e conhecimento, é preciso agir! O setor
da construção civil está vivenciando o momento “sustentabilidade”, encontra-se em fase de aprendizado e conscientização,
mas já desponta um fator sinalizador, o de que as questões
ambientais estão cada vez mais inseridas nos projetos e obras.
Questões como edifícios sustentáveis, consumo sustentável
de recursos naturais, desenvolvimento de tecnologias e produtos que agridam menos o meio ambiente, gestão ambiental
de resíduos dos canteiros de obras, educação ambiental, estão
internalizadas. Temas mais complexos precisam ser explorados,
como o desempenho sócio ambiental, análise do ciclo de vida
dos produtos e das obras, adaptação aos efeitos do clima. A
construção sustentável cada vez mais abre as portas para novas
oportunidades de negócios, além de novos produtos e tecnologias. As soluções para melhorar a qualidade de vida das cidades
passam por obras de saneamento, transporte, comunicação e
habitação, obras cada vez mais urgentes.
Para tornar a construção sustentável realidade, basta bom
senso, conhecimento e ação.
“
Outra diretriz
governamental que
considera a Construção
Civil como protagonista
é a Política Nacional
de Resíduos Sólidos
aprovada em 2010 que,
em sua regulamentação,
dá um destaque especial
para a gestão dos
resíduos de construção”
LILIAN SARROUF
é mestre em Gestão Ambiental, engenheira civil, consultora
em Gestão Empresarial, coordenadora técnica do Comitê de
Meio Ambiente do SindusCon-SP e consultora da Câmara Brasileira da Indústria da Construção
JUNHO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO
9
E
S PA Ç O J U R Í D I C O
A ASSESSORIA JURÍDICA DO SINDUSCON-GO RESPONDE:
Contratação de
profissional
autônomo,
como fazer?
É comum vermos as empresas optando por contratar a
prestação de serviços de profissionais autônomos em virtude da natureza da atividade exercida pelo profissional autônomo ou, às vezes, por não justificar a manutenção de
empregados efetivos. Entretanto, quando não observados
alguns critérios, poderá haver a caracterização de vínculo
empregatício.
Assim, para responder a essa pergunta, primeiramente é necessário estabelecer uma diferenciação sobre o que
vem a ser um empregado e um autônomo. Para tanto, observe o quadro:
Características Empregado
Autônomo
Pessoalidade
Pode se fazer
substituir por outro
Tem autonomia na
execução das tarefas,
importando em atender
ao trabalho encomendado
Trabalha eventualmente
e não tem aspecto de
continuidade de trabalho
Assume os riscos de seu
negócio, bem como as
despesas para prestação
de serviços
Pode ser pessoa física
ou jurídica
Subordinação
Habitualidade
Dependência
Econômica
Personalidade
Não pode ser
substituído por outro
Tem interferência na
direção e execução
dos trabalhos
Trabalha em dias
determinados, com
continuidade
Não assume os riscos
de sua atividade, que
correm por conta
do empregador
Só pode ser
pessoa física
Pelo o que se observa do quadro, em regra, a única característica comum entre o trabalhador empregado e o trabalhador autônomo é a onerosidade, pois ambos recebem
pela prestação de serviços. O primeiro recebe salário e o
segundo, honorários. No caso de honorários, apenas a título de sugestão, orientamos que este seja fixado com base
horária a fim de evitar pagamentos de valores fixos mensais.
Portanto, para se contratar um profissional autônomo,
o trabalho desenvolvido por ele deverá obedecer aos requisitos elencados no quadro acima. Além disso, é importante
formalizar um contrato escrito com o autônomo, exigindo-lhe a comprovação de que está inscrito no Cadastro de
Contribuintes do Município e de que está em dia com os
recolhimentos do INSS e do ISS.
10
SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • JUNHO 2012
O pagamento pela prestação de serviços do autônomo
será formalizado em Recibo de Pagamento de Autônomo RPA e, neste caso, cabe à empresa realizar o recolhimento
do INSS - Empresa, referente a 20% (vinte por cento) do
valor dos serviços prestados. O autônomo também estará
sujeito ao recolhimento do Imposto de Renda.
No entanto, a contratação de autônomo na construção
civil é temerária, tendo em vista, que o tipo de trabalho
nesta área pode ser descaracterizado pela sua continuidade
e subordinação.
O que costumeiramente ocorre é que no decorrer da
prestação do serviço, o contratante acaba por solicitar ao
profissional que desenvolva alguma atividade estranha
àquelas previstas no contrato. Isso é o suficiente para descaracterizar o ajuste e deixar indícios de que, na realidade,
estamos diante de um trabalhador com vínculo empregatício, o que, uma vez comprovado, pode trazer ao empregador sérios aborrecimentos junto à Justiça do Trabalho.
Portanto, é de suma importância observar e respeitar
os requisitos da contratação de profissional autônomo e
sempre fazer valer aquilo que está previsto no contrato,
evitando descaracterizar a natureza jurídica da contratação.
“
É importante formalizar
um contrato escrito com o
autônomo, exigindo-lhe a
comprovação de que está
inscrito no Cadastro de
Contribuintes do Município
e de que está em dia com os
recolhimentos do INSS e do ISS”
A relevância social da
redução
do ISTI
Recentemente foi aprovada pela Câmara de Vereadores de Goiânia a redução da alíquota do ISTI de 3,5% para
2%. Entretanto, a mesma foi vetada pelo Prefeito, sob o
argumento de proibição pela legislação eleitoral. A redução seria muito bem vinda, pois combateria um problema
social – a insegurança jurídica decorrente do alto número
de transações imobiliárias não levadas ao registro público
competente.
O ISTI (ou ITBI) é, em síntese, um imposto de competência municipal, incidente sobre a alienação onerosa
de imóveis. Seu fato gerador é o registro da transação no
Registro de Imóveis. O mesmo é calculado sobre o valor
venal do bem. Representa, portanto, cifra relevante, especialmente agora que passamos por considerável valorização imobiliária.
Seu alto valor, juntamente com a falta de corretas informações jurídicas, faz com que inúmeros compradores
optem por não registrar suas escrituras de compra e venda,
ou, até mesmo, se contentem em firmar meros compromissos de compra e venda.
Ocorre que tal situação gera inúmeros riscos, tanto ao
comprador quanto ao vendedor. Isso porque, no direito pátrio, a transmissão da propriedade somente se dá com o registro do título no Registro de Imóveis. O simples pagamento do preço estipulado não torna o comprador proprietário.
Quem não registra não é dono!
Por continuar proprietário, o vendedor fica sujeito a sofrer cobranças de IPTU e de rateio de despesas condominiais. No mínimo, arcará com os custos para se defender
das mesmas.
O comprador, por sua vez, é, sem dúvida, o que corre
maiores riscos. O imóvel, por continuar na propriedade do
vendedor, fica sujeito a responder por dívidas contraídas
pelo mesmo. Caso o credor insista em expropriar o bem, o
comprador, também na melhor das hipóteses, arcará com
os custos para se defender judicialmente e os prejuízos decorrentes da morosidade do Judiciário.
O vendedor de má-fé pode vender o imóvel novamente.
Nada o impede a tanto. Caso o novo comprador registre
seu título, o mesmo será, para todos os efeitos legais, o
proprietário do imóvel. Provavelmente, restará ao primitivo comprador só o direito a ser indenizado pelo alienante.
Ocorre que pessoas de má índole dificilmente possuem patrimônio em nome próprio. Logo, o comprador prejudicado
pode nem receber de volta o valor pago pelo bem.
Pode ocorrer, ainda, que o vendedor não possua certidões negativas no momento em que o comprador pretende
transferir a propriedade. Algumas são pressupostos para a
“
A segurança jurídica
nas transações
imobiliárias é
pressuposto para a
efetivação de um dos
mais salutares direitos
fundamentais do
cidadão, o da moradia”
lavratura de escrituras públicas. Já o registrador pode entender que as apresentadas quando da escritura devem ser
renovadas. Instala-se aí outro imbróglio.
A segurança jurídica nas transações imobiliárias é pressuposto para a efetivação de um dos mais salutares direitos
fundamentais do cidadão, o da moradia. Nesse sentido, a
problemática decorrente da falta de registro das alienações
de imóveis é de enorme relevância social.
Por outro lado, em termos de política fiscal, o ISTI é criticável, pois, ao incidir sobre a transferência da propriedade,
serve de entrave à fluidez do mercado imobiliário, gerando
efeitos econômicos negativos.
A redução da alíquota do ISTI seria, portanto, aplaudida
por diferentes razões. Fica a esperança da derrubada do
veto pela Câmara de Vereadores. Todavia, para que a medida possa contribuir efetivamente com a redução do número
de transações imobiliárias não levadas ao registro, deve ser
promovido, em paralelo, trabalho de conscientização da
população sobre a sua relevância.
Arthur Rios Júnior
é advogado do segmento imobiliário, sócio da Advocacia Arthur
Rios, especialista em Direito Civil e Processual Civil pela Universidade
Cândido Mendes e em Direito Corporativo (LL.M.) pelo Ibmec
JUNHO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO
11
C
O O P E R AT I V I S M O
Construtoras
elogiam sistema de
compra conjunta
Para o diretor técnico da Gecon - Engenharia e Construconsideramos que a atuação neste processo foi compensatóção, Geraldo Ferreira Alves da Costa, a principal vantagem de
ria; temos a convicção de participar de novos processos para
utilizar o sistema de compra conjunta disponibilizado pela
aquisição de outros equipamentos”.
Coopercon-GO está na aquisição de produtos e equipamentos com preços e condições melhores, justamente em função
Informação acessível e preço melhor
das compras serem feitas em maior quantidade, possibilitanA participação no pacote de compras de elevadores de
do assim uma margem também maior de negociação com os
cremalheira via Coopercon-GO trouxe economia significativa
fornecedores dos insumos. Recentemente, a Gecon e diversas
para os participantes do grupo. “Conseguimos preços ótimos.
empresas do setor integraram o grupo para aquisição de eleA redução para mim, foi de 31% em relação ao preço que
vadores de cremalheira, assim como a Construtora Canadá,
havia pago um ano antes”, relata Cláudio Augusto Perillo
representada pelo gerente de Engenharia, Isidro Rocha.
Daher, da Enec Engenharia, para quem o resultado da compra
Segundo o engenheiro, sua empresa teve mais de um beconjunta superou os objetivos da construtora. “A atuação da
nefício na compra cooperativada. “Porém, a principal vantaCooperativa foi ótima, tanto que sugeri que fossem montados
gem que apontaríamos seria em relação ao poder de barganovos grupos para aquisição de outros equipamentos”. No
nha que conseguimos na negociação coletiva”. Ele afirma que
caso específico da Pontal Engenharia, seu representante, eng.
o processo de compra, como um todo, foi enriquecedor para
Ivo Corrêa Faria, conta que realizou duas compras do mesos participantes, “principalmente quanto a questões técnicas
mo produto praticamente na mesma época, sendo a primeira
referentes ao produto e também
individualmente;
posteriormente
conhecimentos quanto a diferena segunda compra foi realizada
ciar vantagens e desvantagens enjuntamente com a Coopercon-GO,
a principal vantagem
tre os fabricantes e modelos dos
“quando obtive uma economia
de utilizar o sistema
equipamentos”. Além do aspecto
significativa de 23% sobre o valor
de compra conjunta
tecnológico, o representante da
final do produto”.
disponibilizado pela
Gecon, Geraldo Costa, ressalta que
Como principais vantagens
foram repassadas “informações
da compra em grupo os particiCoopercon-GO está na
conceituais sobre fornecedores em
pantes destacaram as orientações
aquisição de produtos e
relação ao bom atendimento assisrepassadas sobre fornecedores e
equipamentos com preços
tencial e garantias”, proporcionanseus respectivos produtos, sobre
e condições melhores”
do segurança aos compradores.
as tendências de mercado e as esConsenso e transparência fopecificações exigidas pelas normas
ram pontos positivos apontados
técnicas em vigor. O representante
pelos participantes nas reuniões realizadas para efetivar a
da Pontal conta que durante o processo de compra obteve informações que definitivamente foram decisivas para a escolha
aquisição conjunta dos equipamentos, predominando a preferência, neste caso, para os equipamentos fabricados no
do produto, implicando principalmente na escolha do equiBrasil devido às condições de assistência técnica e pós-venda.
pamento que melhor se adequava à necessidade da empresa.
Além disso, “a compra foi realizada com antecedência, o que
“Atingimos os objetivos propostos”, avaliou Isidro Rocha, despermitiu um tempo hábil para adquirirmos informações técnitacando que a Construtora Canadá já tinha uma proposta
encaminhada pelo fabricante, “e com o processo da compra
cas necessárias e também para realizar a negociação. Diante
disso, creio que a atuação da Coopercon Goiás é de extrema
em grupo, conseguimos melhorar a proposta em aproximaimportância para o meio, principalmente no que se diz resdamente 12%”.
Ambos os profissionais mostram-se satisfeitos, por isso
peito a planejamento de compras e quebra de cartéis pré-estabelecidos entre fornecedores de um mesmo segmento”.
afirmam que recomendariam a compra conjunta aos parceiA Coopercon-GO informa que a partir deste mês reros do setor da construção. Geraldo Costa enaltece a atuação
ceberá a adesão de interessados em participar dos novos
do gestor da Coopercon-GO, eng. Paulo Marcelo Torres, pois
grupos a serem formados para a compra conjunta de eleva“quando precisei fazer algumas exigências quanto ao cumpridores de cremalheira e outros equipamentos. As empresas
mento de prazos por parte da Montarte, o mesmo nos deu
já podem entrar em contato pelos telefones (62) 3095-5166
ajuda significativa”. Por sua vez, Isidro Rocha comentou que
ou 3095-5181.
“essa foi nossa primeira participação na Coopercon Goiás e
“
12
SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • JUNHO 2012
A
RT I G O
Novos
negócios
advindos da função
social da propriedade
O Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001) trouxe instrumentos que permitem a modificação de índices e características de parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo, assim
como a alteração das normas edilícias, considerando o impacto
ambiental delas decorrentes e a regularização de construções,
reformas ou ampliações executadas em desacordo com a legislação vigente.
Um instrumento interessante previsto no Estatuto da Cidade,
que sem réstia de dúvidas fomentará a realização de novos e
grandes negócios imobiliários em observância à função social da
propriedade, é a operação urbana consorciada. Ela tem como
objetivo recuperar ambientes degradados ou abandonados e
adequar à infraestrutura urbana, serviços e edificações a novas
funções e novas tecnologias, visando adaptar as cidades aos novos processos de transformações econômicas, social e cultural.
A implementação da operação urbana consorciada deverá
ser coordenada pelo Poder Público Municipal, com a participação
de proprietários, moradores, usuários permanentes, empresas de
construção civil e investidores privados, com o objetivo de realizar
transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental e econômica em uma área que antes estava
totalmente descuidada e desvalorizada.
Este instrumento poderá levar à modificação ou ampliação
do sistema viário, criação ou ampliação de espaços públicos,
recuperação e modernização da infraestrutura urbana de sane-
“
Este instrumento poderá levar
à modificação ou ampliação
do sistema viário, criação ou
ampliação de espaços públicos,
recuperação e modernização
da infraestrutura urbana
de saneamento básico da
área de sua realização, a
construção de habitações de
interesse social, a criação ou a
revitalização de áreas centrais
de bairros, a reurbanização e
a regularização fundiária de
áreas ocupadas por população
de baixa renda”
amento básico da área de sua realização, a construção de habitações de interesse social, a criação ou a revitalização de áreas
centrais de bairros, a reurbanização e a regularização fundiária
de áreas ocupadas por população de baixa renda.
A sua realização deverá ser precedida de lei municipal específica, em observância ao Plano Diretor do Município e ao Estatuto
da Cidade. Caberá à lei municipal mencionada definir as áreas e
detalhar as ações que serão realizadas, sendo que a sua delimitação especificará quais os participantes da operação e qual o
objetivo de sua adoção pelo Município.
Em Curitiba, está sendo implementada a operação urbana consorciada da Linha Verde, por meio da Lei Municipal
13.909/2011. A operação urbana consorciada prevê intervenções no eixo da Linha Verde daquele Município, desde o contorno sul até o Atuba, que irão mudar o perfil urbano daquela região. A área envolve 22 bairros ao longo da Linha Verde,
sendo uma obra de grande impacto naquele Município. A sua
implementação está sendo objeto de debates, por meio de audiência pública, envolvendo lideranças e associados de entidades
de classe, entre elas o Sindicato da Indústria da Construção Civil
(Sinduscon-PR), o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia do Paraná (Crea-PR), o Sindicato da Habitação e
condomínios do Paraná (Secovi-PR), o Instituto de Engenharia do
Paraná (IEP), a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea) e o Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado
do Paraná (SindArq-PR). Os recursos para as obras serão provenientes da emissão de títulos de potencial construtivo a
ser comercializados em leilão público na Bolsa de Valores.
Para Goiânia, foi veiculado na imprensa que está em
estudo a implementação de operações urbanas consorciadas, sendo que cada operação será objeto de lei específica,
conforme informou o secretário municipal de Planejamento e Urbanismo do Município de Goiânia.
Portanto, uma vez criadas as diretrizes para a implementação e realização das operações urbanas consorciadas no Município de Goiânia, temos a convicção que será
uma grande oportunidade de trabalho a ser realizado
pelas empresas de construção civil locais, que, além de terem a oportunidade de participarem de novos negócios,
irão contribuir para o desenvolvimento sustentável e ordenado de nosso Município, trazendo ótimos benefícios
para toda a população.
MAURÍCIO ALVES DE LIMA
é mestre em Direito pela PUC/SP,
advogado e autor do livro Perfil Atual da Propriedade
Imobiliária, sócio da Skaf e Lima Advogados
JUNHO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO
13
C
ONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL
Reutilização de
sacos de cimento
como fibras na produção de argamassas
Segundo pesquisas recentes, os resíduos das atividades de
construção e demolição (RCD) são responsáveis por uma média de 50% a 70% do volume gerado nos principais centros
urbanos do Brasil. Visando contribuir com soluções para este
gargalo a Escola de Engenharia Civil (EEC) da UFG, sob coordenação da Profa. Helena Carasek, vem desenvolvendo pesquisas
visando à reutilização de sacos de cimento na produção de argamassas. As pesquisas iniciaram com o Eng. Cláudio Cintra,
aluno do Curso de Especialização CEGT-EEC-UFG, que teve uma
ideia simples, mas revolucionária: reutilizar os sacos de papel do
cimento e da cal como fibras para a fabricação de argamassa, a
ser usada na própria construção.
Os testes preliminares realizados em obra foram bem sucedidos e geraram a monografia de especialização do Eng.
Cláudio, sob a orientação da professora Helena Carasek. Mas
existia a necessidade de se aprofundar a pesquisa, realizando
uma etapa de laboratório. Neste momento, as alunas de graduação da EEC/UFG, Patrícia E. F. de Carvalho e Lorena R. dos
Santos, foram incorporadas ao projeto. A ampla pesquisa laboratorial realizada revelou que as fibras de celulose, oriundas da
transformação dos sacos de cimento, podem ser incorporadas à
argamassa, obtendo resultados iguais ou superiores aos das ar-
As alunas de graduação premiadas (Patrícia e Lorena)
junto com a orientadora, Profa. Helena Carasek, e o
reitor da UFG, Prof. Edward Madureira Brasil, recebendo
o prêmio na cerimônia realizada no Espaço Tom Jobim
– Cultura e Meio Ambiente, no Jardim Botânico, Rio de
Janeiro, em março de 2012
14
SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • JUNHO 2012
gamassas convencionais. Este trabalho foi premiado no último
mês de março, com o primeiro lugar do Prêmio Odebrecht para
o Desenvolvimento Sustentável – Brasil 2011.
A justificativa para a pesquisa baseia-se no fato de que atualmente a construção civil faz parte do grupo das atividades
mais importantes para o desenvolvimento econômico e social
do País. Por outro lado, é também considerada uma das grandes geradoras de impactos ambientais, tanto pelo alto consumo de recursos naturais como pela geração de resíduos.
A legislação ambiental está avançando no Brasil e, com
isso, levando a construção civil a se preocupar cada vez mais
com a sustentabilidade. A Lei 12.305, publicada em 2010 e
que entrará em vigor em 2014, prevê a extinção de lixões a céu
aberto e proibição de deposição de materiais recicláveis nos
aterros sanitários.
Dentre os resíduos gerados pela construção civil destacam-se as embalagens de cimento e cal – sacos de papel kraft –,
uma vez que elas estão presentes em quase todos os tipos de
obra de edificações, e em grande volume. Os sacos de cimento
e cal são resíduos da construção classificados segundo o CONAMA, como Classe B – reciclável fora da construção civil. No
entanto, na prática, tem sido muito difícil para as construtoras
destinarem estas embalagens para a reciclagem, seja pela dificuldade de armazenamento, organização e manutenção em condições
adequadas destes resíduos na obra, seja pelo
inexpressivo número de comerciantes de aparas para reciclagem, como papel.
Estima-se que em Goiás, apenas cerca de
10% desse papel é reciclado, e ainda fora do
Estado, levando ao consumo de combustível
no seu transporte e poluição atmosférica. O
restante destas embalagens está indo para o
aterro sanitário, misturado com o entulho de
obra na caçamba. Assim, o aproveitamento
dos sacos de cimento e cal na própria obra resolveria este sério problema. Neste sentido, a
pesquisa realizada teve como objetivo avaliar
a adição de fibras celulósicas de papel kraft
provenientes das embalagens em argamassas
para assentamento de alvenaria. Tratou-se de
uma pesquisa experimental, com ensaios de
laboratório da argamassa no estado fresco e
endurecido, bem como avaliação do desempenho dela aplicada como junta de assentamento de alvenaria
de vedação. Também foram realizadas avaliações da argamassa
em canteiro de obras de edificações, para testar a viabilidade
prática. A polpação dos sacos de cimento para permitir o emprego nas argamassas foi obtida mediante a agitação dos sacos
Aspecto da fibra obtida pela
polpação dos sacos de cimento
juntamente com água potável, até a dispersão total das fibras.
Para promover a agitação, foi utilizado um misturador semelhante aos empregados em fábricas de tintas, o qual apresenta
um eixo central acoplado em uma extremidade à polia de um
motor e, na outra, uma hélice. Por meio de testes, constatou-se que não há necessidade de imersão prévia dos sacos em
água, tampouco da adição de produtos químicos para auxiliar
o processo de polpação. Como principais resultados tem-se que
a argamassa proposta, de traço 1:2:8 (cimento, cal e areia, em
volume) com substituição de areia, na quantidade equivalente
à 10% da massa de aglomerantes,por fibra de celulose, proveniente do papel kraft dos sacos de cimento e cal, mostrou-se
totalmente viável.
A primeira e mais importante vantagem para o mercado
está ligada à sustentabilidade, dando uma destinação nobre
a um resíduo da obra, que atualmente é um problema. Não
bastasse isso, a adição de fibra na argamassa garantiu uma redução de 27% do custo com materiais em relação à argamassa
de referência. Isto porque a introdução da fibra na mistura aumenta o volume de material produzido sem implicar maiores
consumos de aglomerante ou agregado, portanto, a adição da
fibra reduz o custo da argamassa.
Além disso, esta argamassa (com presença das fibras) mostrou vantagens técnicas em comparação com a argamassa convencional (de referência – sem fibra). Dentre esses resultados,
podem ser salientados a menor densidade e o aumento da coesão da argamassa no estado fresco, levando a um aumento da
produtividade e redução do desperdício. Outra vantagem técnica foi o aumento da resistência à tração na flexão de prismas
de alvenaria em 17%, que reflete o ganho de aderência, propriedade fundamental das argamassas. No caso da resistência
à compressão de prismas de alvenaria,o resultado obtido com
a argamassa com fibra foi igual ao da argamassa de referência.
Esta pesquisa terá prosseguimento visando à melhoria no
processo de produção da polpa de papel, com ajustes no equipamento, bem como avaliação da durabilidade da fibra na presença da matriz cimentícia. Uma vez alcançados esses passos, a
próxima etapa será a implementação dessa ideia nas obras de
Goiânia por meio da Comunidade da Construção. Mais informações, Comunidade da Construção de Goiânia: (62) 3095-5178.
Realização do ensaio de tração
na flexão de corpo de prova de
argamassa com fibra de celulose
JUNHO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO
15
S
EGURANÇA DO TRABALHO
Exposição a
substâncias
potencialmente prejudiciais
à saúde ou perigosas
Consideram-se como substâncias
potencialmente prejudiciais à saúde
ou perigosas, os agentes químicos,
compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via
respiratória, nas formas de poeiras,
fumos, névoas, neblinas, gases ou
vapores, ou que, pela natureza da
atividade de exposição, possam ter
contato ou ser absorvidos pelo orBERTILHA
ganismo pela pele ou por ingestão,
RODRIGUES
e geralmente são ignoradas porque
DE MELO
seus efeitos não são observados imediatamente, podendo levar anos para
manifestar suas características maléficas no organismo. Se a
exposição a uma substância for súbita e acidental ou constante, o resultado será sempre o mesmo: dor, sofrimento,
custos, perda de trabalho, etc.
São riscos causados pelas substâncias químicas presentes
no ambiente de trabalho, na condição de matéria-prima, produto intermediário, produto final ou como material auxiliar, os
quais, em função das condições de utilização, poderão entrar
em contato com o corpo humano, interagindo em ação localizada, como no caso de queimadura ou irritação da pele, ou em
ação generalizada, quando forem levados pelos fluidos internos, chegando aos diferentes órgãos e tecidos do organismo.
O conceito geral para limite de tolerância “é a intensidade/concentração máxima relacionada com a natureza e o
tempo de exposição ao agente físico/químico, que não causará danos à saúde da maioria dos trabalhadores expostos,
durante a sua vida laboral”.
Exposição – Os agentes químicos podem ser absorvidos por
via cutânea (pele). Isso ocorre de modo mais lento e, portanto,
exige na sua manipulação o uso de luvas adequadas, além do
EPI necessário à eventual proteção de outras partes de corpo.
Através da boca, ingerindo alimentos contaminados, contendo agrotóxicos, ou aqueles que foram preparados por mãos
sujas com algum contaminante; pela respiração, em forma de
gases, fumaças, vapores e poeiras, podendo causar problemas
respiratórios; e para que isso seja minimizado ou extinto, se
faz necessário o uso correto de respiradores (máscaras).
Controle – Os equipamentos de proteção respiratória (EPR),
quando necessários, são para complementar as medidas de
16
SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • JUNHO 2012
proteção eletivas implementadas ou com a finalidade de garantir uma completa proteção ao trabalhador contra os riscos
existentes nos ambientes de trabalho. Implantar medidas de
controle específicas por acompanhamento médico, indicação correta de respiradores por trabalhador, treinamento e
uso correto de EPI pelo Programa de Proteção Respiratória
(PPR), reduz a ineficiência de equipamentos adquiridos e utilizados sem critérios, substituição frequentes de EPI’s, ocorrências de intoxicação por contaminante não identificado e
doenças ocupacionais.
Dicas de Segurança – Mantenha o local de trabalho
sempre limpo e isento de poeiras, incluindo as entradas de
serviço; certifique-se de que haja boa ventilação ou ventiladores de exaustão no lugar onde está sendo feito trabalho
de soldagem ou quando motores a gasolina estiverem ligados; evite contato da pele com o concreto úmido, o cimento contém produtos que irritam a pele. Ao fazer contatos
com solventes e desengraxantes, procure orientação sobre o
equipamento de proteção individual a ser usado; use corretamente o EPI. O perigo, muitas vezes, é invisível e inodoro,
a atenção deverá ser redobrada visando à segurança, a prevenção da saúde e qualidade de vida do trabalhador.
BERTILHA RODRIGUES DE MELO
é técnica em Saúde e Segurança do Trabalho e
graduanda em Gestão de Recursos Humanos
“
Limite de tolerância é a
intensidade/concentração
máxima relacionada com
a natureza e o tempo
de exposição ao agente
físico/químico, que não
causará danos à saúde da
maioria dos trabalhadores
expostos, durante a sua
vida laboral”
I
N OVA R É P R E C I S O
imagem de um dos
empreendimentos
da incorporadora
Inteligência
construtiva
inspira empreendimentos
da Opus
O diretor geral da Opus Incorporadora, engenheiro Dener
Justino, explica que o conceito de inteligência construtiva aplicado nos empreendimentos da empresa contempla três conjuntos de benefícios para seus clientes – conforto, segurança
e sustentabilidade. No quesito conforto, os imóveis entregues
pela Opus estão preparados para receber o sistema de ar condicionado tipo multisplit em todas as suítes e na sala; sistemas
de áudio e vídeo; sistema de água quente independente para
cada apartamento; esquadrias especiais entre sala, cozinha e
terraço, com projeto de arquitetura pensado para facilitar a
personalização da planta.
Segundo ele, a empresa também investe nas mais avançadas tecnologias em segurança condominial, que garantem
a tranquilidade do morador, desde o seu acesso ao condomínio até a total privacidade de seu apartamento, com circuito
interno de TV (com gravação digital e colorida de imagens);
segurança perimetral com cerca pulsátil monitorada; botões
de pânico e controle de guarda; pulmão de acesso de pedestres na entrada social e de serviço; duplo monitoramento
da central de alarme via telefone, celular ou rádio; controle
de acesso de visitantes e elevadores codificados, com acionamento biométrico ou por cartão.
Para cuidar do meio ambiente e oferecer alternativas de
economia ao morador, a incorporadora prepara seus empreendimentos com tecnologias que visam a sustentabilidade.
“Nossos projetos têm grandes aberturas para permitir melhor
iluminação e ventilação natural dos ambientes; sistema de
gestão de resíduos da obra visando à reciclagem e adequada
destinação do resíduo; lâmpadas frias na área comum; sensores de presença nos halls dos pavimentos de apartamentos;
piscinas adulto e infantil aquecidas com trocador de calor;
torneiras da área comum com acionamento automático para
menor consumo de água; medidores individuais de água e
gás por apartamento; irrigação automatizada dos jardins no
térreo e vasos sanitários com duplo sistema de descarga, para
redução do consumo de água”.
Arquitetura e automatização
Conforme o executivo, com apenas cinco anos de atuação
a Opus Incorporadora trabalha com o desafio permanente de
superar-se, para transformar e surpreender o mercado imobiliário a cada novo projeto, em plena sintonia com o desenvolvimento de Goiânia e com os conceitos mundiais de
sustentabilidade e inovação. Com empreendimentos localizados nas mais valorizadas áreas da cidade, seus projetos têm
espaços integrados, que proporcionam ao morador a mesma
sensação de uma casa, inspirando-se nas últimas tendências
da arquitetura, que surpreendem do conceito da fachada às
soluções de espaços e conveniências para o morador.
“Em nosso lançamento mais recente, inovamos com o
primeiro empreendimento de Goiânia a ser entregue com
o apartamento automatizado por um sistema de última geração”, comenta o engenheiro, explicando que este sistema
permite que o morador, com um simples toque em uma interface interativa (painel de controle no apartamento ou controle à distância por dispositivos móveis), programe cenários
individuais em seu apartamento controlando iluminação, áudio e vídeo, persianas, climatização e acesso por fechadura
eletrônica.
“Entendemos que os benefícios e vantagens proporcionados pela Opus não encarecem o imóvel e sim, valorizam
a relação custo-benefício para o cliente, tornando-a muito
mais interessante em comparação com outras ofertas do
mercado”, salienta Dener Justino. O portfólio da Opus conta hoje com 19 lançamentos - sendo 14 residenciais e cinco
comerciais - dentre os quais oito empreendimentos já foram
entregues. Parceira da Casa Cor Goiás 2012, após o encerramento do evento – e unida à Sousa Andrade – a Opus deve
apresentar no local um lançamento que promete surpreender
novamente o mercado de Goiânia, antecipa o seu diretor.
JUNHO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO
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M
AT É R I A D E C A PA
Construção Civil
Aqui tem trabalho, aqui tem futuro:
Entidades em campanha pela valorização do trabalhador
O déficit de mão de obra tem sido assunto rotineiro
nos veículos de comunicação e também tema de debates
e discussões empresariais, pois atinge diversos setores
da economia brasileira. No segmento da indústria da
construção o problema se mostra mais acentuado, por
conta do aquecimento do mercado imobiliário e da
demanda crescente nos últimos anos, em um País onde 11
milhões de famílias têm planos de investir em reforma ou
na aquisição de imóvel próprio. Segundo dados da Pesquisa
Mercado Imobiliário, realizada mensalmente pelo Grupom
– Consultoria e Pesquisas para a Ademi-GO, a média mensal
de vendas subiu de 582 unidades em 2008 para 1.180
unidades/mês em 2011. No acumulado dos últimos 12
meses (fevereiro/11 a fevereiro/12) foram lançadas 9.457
habitações, de um total de 56 empreendimentos.
Os dados mostram que a média de vendas superou a
de lançamentos, a exemplo de fevereiro último, quando
foram lançadas 265 unidades e vendidas 710. E há
mercado para crescer mais, portanto receptivo a absorver
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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • JUNHO 2012
mais mão de obra e gerar milhares de novos empregos,
como já vem ocorrendo conforme dados do Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados (Caged), com Goiás na
liderança do Centro-Oeste, gerando mais 2.753 empregos
na construção civil só no mês de março. Para garantir
o atendimento à crescente demanda por moradias e
infraestrutura, a indústria da construção goiana se organizou
para desenvolver uma campanha publicitária inédita no
Brasil, lançada oficialmente no dia 03 de maio pelo Sindicato
da Indústria da Construção no Estado de Goiás (SindusconGO) e Associação das Empresas do Mercado Imobiliário
de Goiás (Ademi-GO). O lançamento ocorreu na sede do
Sindicato e foi direcionado aos empresários da indústria da
construção, representantes das áreas de Desenvolvimento
Humano e Marketing das construtoras, fornecedores e
dirigentes de entidades de classe. A veiculação na mídia
local teve início no dia 14 de maio. Tendo como mote o
slogan “Construção Civil – Aqui tem trabalho, aqui tem
futuro”, as peças de divulgação da campanha incluem
três VT’s, quatro jingles, anúncios para jornal, outdoors,
busdoors e materiais impressos. Também estão sendo
realizadas ações de endomarketing nos canteiros de obras,
como encenações teatrais semelhantes à apresentada no
final do evento de lançamento da campanha.
A iniciativa está focada na valorização do trabalhador
do segmento e objetiva chamar a atenção da população
para as vantagens e os benefícios de buscar colocação
neste mercado de trabalho em expansão, enaltecendo a
importância e o valor que os trabalhadores da indústria da
construção possuem neste segmento econômico. Outra
finalidade é a de reter os atuais talentos nas empresas e
aprimorar a qualificação dos profissionais do setor.
Justo d’Abreu Cordeiro,
presidente do Sinduscon-GO
Exemplo para o País
Abrindo a solenidade de lançamento da campanha
publicitária, o presidente do Sinduscon-GO, Justo d’Abreu
Cordeiro, afirmou tratar-se de uma iniciativa que será
realmente um marco para o desenvolvimento da indústria
da construção no Estado e referência como exemplo para
todo o País. “A campanha publicitária lançada hoje é
direcionada a quem já está trabalhando no setor e também
visa estimular a mão de obra informal do setor, que almeja
qualificar-se e crescer no mercado de trabalho formal,
usufruindo dos benefícios e da segurança proporcionados
pela carteira de trabalho assinada. Além disso, objetivamos
motivar as mulheres que desejam ingressar neste segmento,
pois não faltam vagas, há lugar para todos que desejam
crescer com a indústria da construção”, salientou Cordeiro.
Em sua fala, o presidente da Ademi-GO, Ilézio Inácio
Ferreira, disse da preocupação do setor em prestigiar o
trabalhador da construção, “o maior patrimônio de nossas
empresas”. Também enalteceu o papel do Sistema Fieg e do
Senai em apoio à indústria da construção, possibilitando
o aprimoramento da qualificação de seus colaboradores:
“estamos avançando, e hoje Goiânia está entre as capitais
brasileiras com menor índice de atraso na entrega das
obras”. Lembrou que as mulheres estão conquistando
lugar na construção, citando como exemplo a cidade de
Rio Verde, onde a presença da mão de obra feminina
tem crescido muito. “A indústria da construção oferece
oportunidade de sustento para milhares de famílias que,
Ilézio Inácio Ferreira,
presidente da Ademi-GO
com emprego formal e acesso a atendimento gratuito na
área de saúde - como oferecemos através do Seconci-GO,
encontram sustento digno, exercendo seu direito a uma
cidadania plena”, concluiu.
Por sua vez, o presidente da Fieg, Pedro Alves de Oliveira,
falou de seu contentamento em constatar a proatividade
das lideranças empresariais, cumpridoras de seu papel
social ao gerar emprego e renda. No ano passado, citou o
dirigente, 83.677 pessoas ocuparam postos de trabalho na
construção em Goiás, enquanto que o Senai-GO registrou
40 mil matrículas nos cursos dirigidos ao setor em 2011.
Em seguida, Bruno Alvarenga de Menezes, coordenador
do item Valorização da Mão de Obra do Planejamento
Estratégico do Sinduscon-GO, abordou a trajetória de
trabalho que levou as instituições a estruturarem essa
campanha publicitária ao longo de um ano. Um dos
primeiros passos, segundo ele, foi encomendar uma
pesquisa ao Instituto Euvaldo Lodi (IEL), que em agosto
de 2011 ouviu trabalhadores em canteiros de obras na
Grande Goiânia. A amostragem revelou que apesar de
muitos afirmarem ter abraçado esta atividade por falta
de opções (67% não fizeram qualquer curso específico
na área da construção), a vida melhorou para 85% dos
pesquisados, em termos salariais, permitindo a compra
do primeiro imóvel e a aquisição de veículo particular. E,
ainda, que 31% dos consultados exercem a profissão há
mais de 10 anos.
Pedro Alves de Oliveira,
presidente da Fieg
JUNHO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO
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Porém, a mesma enquete apontou que a maioria dos
entrevistados não incentivaria os filhos (os que não tinham
filhos afirmaram que não incentivariam mesmo que os
tivesse) a ingressar no segmento. O motivo seria por se
tratar de um serviço pesado e que não apresenta o retorno
financeiro esperado. Uma aparente contradição, já que
a grande maioria (85%) dos trabalhadores participantes
informou ter melhorado de vida trabalhando na construção,
revelando uma visão equivocada da própria sociedade, que
não estaria consciente da importância desta mão de obra
e seu real valor na edificação do sonho da casa própria.
Daí a necessidade de colocar em prática um projeto como
este da campanha, um divisor de águas, que se torna
um importante instrumento para mudar concepções
ultrapassadas e sensibilizar o público sobre a nova realidade
da construção civil em Goiás. Conforme Bruno Menezes,
hoje o mercado produz uma média mensal de lançamentos
imobiliários equivalente à média anual de novos projetos
lançados que se registrava até poucos anos atrás. “Frente
a esse quadro, é preciso motivar, capacitar/qualificar e
fidelizar o trabalhador da construção”, resumiu.
O diretor de Operações da Cannes Publicidade, Zander
Campos da Silva Júnior, apresentou as peças publicitárias
discorrendo sobre o foco central da temática, desenvolvido
para diversos tipos de mídia, com veiculação de VTs nas
emissoras locais de tevê, jingles em rádios, peças para jornais
impressos e outdoors, na internet (web-banners) e backbus,
durante um período previsto de 180 dias. Embasada sempre
nos atributos e vantagens oferecidas para quem trabalha
ou quer trabalhar na indústria da construção, a iniciativa
também compreende ações de endomarketing junto aos
Esquete Teatral apresentado pelo grupo Arte e Eventos Produções
20
SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • JUNHO 2012
Bruno Alvarenga de Menezes, coordenador
do item Valorização da Mão de Obra do
Planejamento Estratégico do Sinduscon-GO
empresários, com kits de materiais direcionados a seus
funcionários. Para captar o retorno da campanha para o
setor, no dia 14 de maio também começou a funcionar um
call center para atendimento ao público. O serviço funciona
na sede do Sinduscon-Goiás, de segundas às sextas-feiras,
das 8h às 18h, atendendo pelo número 0800-604 5199.
Apoio à iniciativa
O empresariado do setor apoiou a iniciativa, que já
começou com a participação de 20 parceiros e ainda está
agregando a contribuição de outros interessados. O gerente
nacional de Produtos da Belmetal, Sergio Freitas, ilustra
essa colocação. A empresa, de São Paulo, está montando
filial em Goiânia, que deve começar a operar a partir deste
mês, mas já se engajou no projeto de Valorização da
Mão de Obra. Segundo ele, toda a cadeia da construção
é beneficiada com esta iniciativa, por isso todos devem se
unir. Em sua opinião, ações desta natureza também atuam
prevenindo a falta de profissionais capacitados no futuro.
O diretor do Sinduscon-GO e presidente do Seconci-GO,
Moacyr Soares Moreira, também enalteceu a iniciativa de
valorização da mão de obra, julgando o momento muito
oportuno, para acompanhar o bom período econômico que
o País vive, e acrescentou que a indústria da construção tem
grande importância neste contexto de desenvolvimento.
Para o empresário Lúcio Girundi (Locagyn), essa
campanha representa a maior revolução no mercado dos
últimos anos. “Tivemos diversos talentos que nasceram na
construção civil e se tornaram expoentes no segmento, mas
o setor não recebia este retorno. A indústria promove o
desenvolvimento, dá oportunidade e o profissional obtém
sucesso, mas às vezes não retorna e informa seu êxito, com
isso não se formava a cadeia do sonho de crescimento
no setor nos outros profissionais. Agora, a campanha vai
promover na classe trabalhadora o sonho de prosseguir e
crescer, pois ela vai trazer à tona os cases de sucesso, que já
existiam, mas eram desconhecidos”, declarou.
Zander Júnior, diretor de
Operações da Cannes Publicidade
Processo criativo
e estratégia de mídia
O Sinduscon-GO realizou concorrência para escolher
a empresa que seria parceira na criação e divulgação da
campanha. Quatro agências de publicidade participaram.
Pela apresentação do conceito mais adequado à expectativa
da entidade, a Cannes Publicidade foi a vencedora. O
diretor de Operações da Agência, Zander Júnior, explicou
que como o objetivo macro da campanha é incentivar
mais trabalhadores a optarem pelo ingresso na indústria
da construção, a proposta abordou aspectos diversos da
profissão, tais como estabilidade no emprego, carteira
assinada, bons salários, boas possibilidades de ascensão
profissional e social, oportunidades de qualificação, etc.
Tendo em vista que o mercado da construção civil está
aquecido e aponta para uma realidade efervescente nos
autoridades e empresários presentes no evento
próximos 15 a 20 anos, no mínimo, e que atualmente a falta
de mão de obra especializada atrapalha este crescimento,
buscou-se também valorizar o papel da mulher na profissão
(quebrando velhos estigmas e amplificando o raio de ação
para um público-alvo importante), além de ressaltar as
inúmeras vantagens que o profissional tem ao aderir à
indústria da construção. “Sendo assim, foi criado o conceito
‘Construção Civil. Aqui tem trabalho, aqui tem futuro’,
com uma linguagem simples, direta, de fácil assimilação,
que enfoca o momento atual do mercado, com oferta de
trabalho, segurança e solução dos problemas em um plano
imediatista. E no futuro, estabilidade, ascensão social,
crescimento profissional e uma vida melhor”, destacou
Zander Júnior.
Foram contemplados os meios de mídia eletrônica,
digital, impressa e mídia exterior. Neste esforço de
comunicação foram criados três VTs. O primeiro deles
explora a estabilidade no emprego, mostrando um senhor,
mestre de obras, que já trabalha num canteiro de obras há
muitos anos e ali construiu a estabilidade da sua família,
indicando o mesmo ramo ao seu filho e já prevendo o
futuro da neta. Com esta mensagem, foi abordada uma
questão identificada através de pesquisas, que é a pouca
“
foi criado o conceito
‘Construção Civil. Aqui tem
trabalho, aqui tem futuro’,
com uma linguagem simples,
direta, de fácil assimilação,
que enfoca o momento atual
do mercado, com oferta
de trabalho, segurança
e solução dos problemas”
JUNHO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO
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M
AT É R I A D E C A PA
incidência de pais indicando filhos para a construção civil,
combatendo uma visão estereotipada. O segundo VT foca
a questão da mulher. Com uma mensagem direcionada,
moderna e atual, reafirma que a construção civil é, sim,
um amplo mercado de trabalho a ser explorado pelas
mulheres, que nele podem encontrar bons salários, boas
condições de trabalho, respeito profissional, assistência
médica e odontológica e perspectivas de crescimento, em
uma proporção muito maior do que em outros segmentos.
O terceiro VT foca a questão da informalidade, mostrando
o lado seguro da indústria da construção formal, a
estabilidade no emprego, a possibilidade de planejar toda
uma vida, se qualificar, crescer profissionalmente.
Para cada uma destas vertentes, foram desenvolvidas
peças específicas de anúncio de jornal e outdoor, cartazes,
fullbanners e backbus, sustentando a mensagem e
buscando atingir o maior número possível do públicoalvo. Foram criados também quatro jingles de rádio, com
quatro opções distintas de uma mesma música, em versões
pagode, sertanejo universitário, samba e forró. “Os ritmos
foram escolhidos, sobretudo em função da identidade
cultural de nosso público e da migração de pessoas do
Norte e do Nordeste do País para o Estado”, informou o
diretor de Operações da Cannes Publicidade.
Segundo Zander Júnior, mais do que atrair novos
profissionais, era preciso valorizar e manter os atuais
quadros dos canteiros de obras. Sendo assim, a campanha
idealizada pela Ademi-GO e Sinduscon-GO tem como um
de seus principais públicos, o interno. Uma grande ação
de endomarketing foi pensada para ressaltar a este público
a sua importância para o crescimento do segmento da,
da construtora em que ele trabalha e do desenvolvimento
do País como um todo. Foi criado um Kit Endomarketing
com peças referenciais (bonés, bottons, squezes, cartazes e
cartilhas com dicas e informações de como as construtoras
estão trabalhando para oferecer melhores condições de
vida, saúde, lazer e segurança no trabalho para todos os
profissionais e seus familiares).
22
SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • JUNHO 2012
“
Com uma mensagem
direcionada, moderna e
atual, reafirma que a
construção civil é, sim, um
amplo mercado de trabalho a
ser explorado pelas mulheres,
que nele podem encontrar
boas condições de trabalho”
Além disso, há ações de teatralização com atores, nos
canteiros de obras, mediante agendamento. O diretor de
Operações explicou que em face do briefing apresentado, da
argumentação necessária para a campanha, era necessário
adequar/otimizar o investimento no período proposto de
maio a setembro de 2012. Foram contemplados os meios
de maior cobertura disponível, dentro do valor definido,
diluídos em frequências concentradas, e deduzindo parte
dos recursos alocados para a produção das peças.
“Para o objetivo de mídia buscamos maximizar a
cobertura no período com uma programação de alto
alcance que atinja até 90% do público-alvo, frequência
média com até sete impactos e continuidade de veiculação
concentrada em um período principal (maio para
lançamento, com sustentação no restante do período)”,
informou Zander Júnior. Ele complementou destacando
outros esforços relevantes da área de no-mídia, como a
utilização dos canais e veículos próprios do Sinduscon-GO
e Ademi-GO; a utilização de um call center para a recepção
das chamadas; a personalização das esperas telefônicas no
PABX; a instalação de front-light com lona alusiva, na sede
do Sinduscon-GO; além dos esforços de Relações Públicas
com entidades parceiras, fornecedores e o trade do setor.
algumas das peças
desenvolvidas
para a campanha
JUNHO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO
23
P
ASSADO & PRESENTE
Caminho Engenharia
Superando desafios e crescendo
com sustentabilidade
A Caminho Engenharia nasceu em janeiro de 1994. O nome
resultou da intenção dos sócios
- Carlos Alberto Moura, José Ilídio
Barbosa Fidalgo, Fernando Cicci
Ferreira e Carlos Roberto Moreira
Martins - em buscar um “caminho” para vencer o período de dificuldades que o País enfrentava,
à época com troca de governo e
Carlos
alta taxa de desemprego. Com essa
Alberto Moura
ideia, eles se associaram à Morar Bem, uma loja de materiais de
construção que pertencia a Carlos Roberto Moreira Martins.
Carlos Alberto de Paula Moura Júnior, atual presidente
da empresa, conta que desejava vencer novos desafios. Graduado em Engenharia Civil pela Universidade de Uberaba
(Uniub), em 1988, e com larga experiência como engenheiro
na iniciativa privada, começou na Warre Engenharia e, após
trabalhar na Irecil, atuou por 12 anos na Construtora CentroOeste (CCO), de Uberlândia-MG, onde trabalhou inicialmente
como colaborador da área comercial e atuou como Diretor.
Algum tempo depois da fundação da Caminho Engenharia, dois sócios deixaram a sociedade, e Carlos Alberto Moura
continuou gerindo a empresa com Carlos Martins. Mas, em
setembro de 2007, Moura adquiriu a parte correspondente
à participação do sócio e hoje comemora o sucesso da empresa. A sede, que começou na Rua 4, no setor Central de
Goiânia, foi transferida para modernas instalações, em uma
localização privilegiada - Rua C-231, no Setor Bueno -, e hoje
já emprega cerca de 400 trabalhadores diretos e indiretos.
construção da concessionária volvo
24
SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • JUNHO 2012
A Caminho Engenharia atua nas áreas de construção civil,
obras industriais e empresariais, incorporação, restauração de
patrimônio histórico e pavimentação. Já realizou obras em várias cidades localizadas nos Estados de Goiás, Pará e Tocantins.
Atualmente suas obras estão concentradas em Goiânia e em
Belém, onde iniciou recentemente a construção da sede da
Infraero. Já em Goiás, em parceria com a Construtora Gilbert,
entregou a construção de uma obra de 4 mil m² para a empresa Real Moto Peças, em Goiânia, e a sede do Tribunal Regional
do Trabalho (TRT) com 27 mil m². A Caminho também executou as obras das concessionárias Volvo e Cevel. Além destas, já
estão em fase de aprovação na Caixa, dois projetos de incorporação imobiliária para o município de Senador Canedo: os
residenciais Verona e Flor de Ipê, empreendimentos incluídos
no Programa Minha Casa Minha Vida, e mais dois lançamentos
no Parque Amazonas, em parceria com a Construtora Gilberti.
Dentre as conquistas, está a abertura da nova empresa do
grupo, a Construtora Moura Martins,focada nas áreas de incorporação, habitação popular (Programa Minha Casa Minha
Vida) e atendimento ao segmento privado, como com a construção de concessionárias. Fundada há cerca de três anos, a
construtora visa ser referência em qualidade, buscando atender a Norma de Desempenho de Edificações (NBR 15.575).
Carlos Alberto Moura relata que, no histórico da empresa,
o momento mais difícil foi o início da sociedade, por causa
de dois fatores: as dificuldades de acesso ao crédito e a falta
de conhecimento de gestão empresarial. Mas, com ousadia
e determinação, a primeira obra executada pela construtora,
foi a Classe G para Telegoiás, que consistiu na colocação de
tubos para cabos de fibra ótica no ambiente urbano, em mais
de 20 cidades nos Estados de Goiás e Tocantins. “Foi uma
obra de grande porte, demoramos cerca de dois anos para fechar outro contrato de proporções semelhantes”, comentou.
Como uma das obras mais desafiadoras, o presidente
da Caminho Engenharia destacou a restauração do muro
do Lago das Rosas em Goiânia, realizada em 2009. “Foi necessário fazer um reforço abaixo da fundação existente para
conferir mais estabilidade ao terreno frágil caracterizado pela
grande concentração de água no local. Além disso, as ondas propagadas pela movimentação dos veículos na via de
fluxo intenso do Eixo-Anhanguera, aliadas à movimentação
do solo, provocavam trincas nas paredes do muro. Para resolver esta questão foi preciso criar uma barreira para que
as ondas se dissipassem e, assim, o impacto na mureta foi
reduzido”, relatou Moura. Outro ponto relevante foi a parte
de revestimento, pois a obra é patrimônio histórico, construída na década de 40, caracterizado pelo estilo arquitetônico
Art Déco e devia ser preservado. Para conseguir alcançar re-
construção da concessionária Cevel
vestimento equivalente ao original, tanto em cor quanto textura, foram investidos mais de 90 dias em pesquisa, ensaios
e testes, com apoio da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Valores e metas
Pautada por valores como transparência, ética, valorização
do ser humano, trabalho em equipe e compromisso sócioambiental, a Caminho Engenharia visa atender às expectativas de
seus clientes observando sempre o rigoroso cumprimento dos
prazos estabelecidos e o desenvolvimento, com segurança e responsabilidade do que foi proposto. Com o objetivo de garantir o
padrão de qualidade; evitar retrabalhos; manter a memória das
ações, que possibilita transmitir o conhecimento; a Caminho
investe em Sistemas de Gestão da Qualidade, sendo certificada
pela conformidade com a NBR ISO 9001:2008 e PBQP-H/SIAC
nível “A’’. “Também estamos em fase de implantação do BSC
(Balanced Scorecard), sistema de gestão para mensuração de
índices de produtividade, o que nos permite remunerar os colaboradores de acordo com o desempenho”, informou Moura.
Com base nestes princípios, a Caminho Engenharia desenvolve uma série de ações planejadas para execução gradativa
e contínua. Uma das mais relevantes é o PPR (Programa de
Participação nos Resultados), que está em fase de implantação. “Mantemos diálogo aberto com nossa equipe para conhecer as suas necessidades e garantir o bom desempenho
da função”, destacou Moura. Os colaboradores da empresa também contam com plano de cargos e salários e incentivo financeiro para a realização de cursos de qualificação.
Uma das metas da empresa para os próximos anos é expandir a área de atuação para Brasília e Minas Gerais, executando obras públicas de grande porte. Para Carlos Alberto
Moura, o crescimento deve ser construído dia a dia e com
sustentabilidade. “Nos últimos três anos tivemos um avanço
significativo no nosso faturamento, na preparação de nossa
equipe técnica e na gestão. Estamos preparados para novos desafios, mas buscamos a expansão de forma cautelosa
e pragmática”, afirmou o executivo. Em sua visão, o planejamento é a estratégia fundamental para o desenvolvimento, tanto de organizações privadas quanto nas públicas.
Por fim, o engenheiro ressaltou sua preocupação em colaborar para que o setor cresça cada vez mais. “Procuramos
apoiar e divulgar as boas ideias, participar das discussões de
temas relevantes que podem contribuir com o mercado e a
sociedade”, finalizou.
JUNHO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO
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A DCCO É SEU NOVO
DISTRIBUIDOR TEREX
Venda e locação
Goiânia:
62
3269-1010
61
3233-0990
63
3028-4003
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Brasília:
Palmas:
SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • JUNHO 2012
Distribuidor Autorizado
www.dcco.com.br
R
E G I S T RO D E E V E N TO S
Foto: Mirelle Irene
Empresários visitam
deputado Heuler Cruvinel
para solicitar
revisão do
PL nº 178/11
No dia 14 de maio, lideranças da indústria da construção
tiveram audiência com o deputado Federal Heuler Cruvinel, em
seu escritório político, em Goiânia, para solicitar revisão do Projeto de Lei nº 178/11, que trata sobre o prazo de entrega de
imóveis. A matéria está sendo relatada por Heuler na Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara Federal. Estiveram
presentes na reunião, os presidentes do Sinduscon-GO, Justo
Cordeiro; da FIEG, Pedro Alves de Oliveira; da Ademi-GO, Ilezio
Inácio Ferreira; do Seconci-GO, Moacyr Soares Moreira; da Comat/CBIC, Sarkis Nabi Curi; e os empresários Geraldo Magela da
Silva (Toctao Engenharia), Dejair José Borges (Borges Landeiro),
Mário Andrade Valois (Dinâmica Engenharia) e Antônio Carlos
Costa (Tropical Imóveis).
De acordo com a Lei atual, as construtoras têm mais seis meses de carência para entregar a obra para o adquirente, após o
término do prazo estipulado em contrato. A partir deste período
estão sujeitas a sanções, como multas e reembolso de gastos aos
consumidores. Contudo, o deputado propôs no Projeto reduzir
este prazo de carência para 90 dias, o que, segundo as entidades é injusto, tendo em vista que muitas vezes o atraso ocorre,
não por culpa das construtoras, mas pela falta de infraestrutura
e burocracia do setor público. Eles informaram também ao deputado sobre ocasionais dificuldades com insumos e também
sobre o déficit de mão de obra capacitada para trabalhar no
segmento, ressaltando o esforço conjunto que a classe tem feito
para solucionar este gargalo, lançando, inclusive, uma campanha publicitária para valorização dos trabalhadores do setor.
O presidente do Sinduscon-GO, Justo Cordeiro destacou a
disposição do deputado Heuler Crunvinel em abrir o diálogo
sobre um tema nacional tão importante. Segundo ele, a maior
preocupação do setor é com uma redução drástica do prazo
de entrega dos imóveis, hoje fixado em seis meses. “Isso pode
atrapalhar o ritmo das obras que já estão em andamento e também as próximas”, observou. Sarkis Nabi Curi lembrou que as
empresas também enfrentam muitos obstáculos que oneram
custos ou refletem no tempo de entrega dos imóveis e que,
por causa disso, não só as empresas devem ser responsabilizadas pelos atrasos. “Na administração pública ainda há muita
burocracia, ela também precisa cumprir prazos. Hoje, para liberar um loteamento, por exemplo, leva-se cinco, seis e até dez
anos”, reclamou.
Heuler Cruvinel destacou que os argumentos apresentados
pelos empresários vão ajudar muito na redação do relatório final do projeto. “É uma contribuição muito importante. Por isso
estamos conversando com todos os setores envolvidos, para
que possamos oferecer a melhor legislação, um aperfeiçoamento do que já vigora, a todo o País. No projeto, nós pretendemos
manter o prazo de entrega em 180 dias, mas buscaremos alternativas para que o consumidor possa ter este prazo minorado”,
disse Heuler. Dentre elas, segundo o deputado, penalidades
mais rígidas contra empresas que não cumprirem os contratos.
Ele destacou que a sua intenção também é diminuir a burocracia, que contribui para esticar o tempo de entrega das chaves e
prejudica o direito de quem compra imóveis.
Indústria da construção
apoia valorização da mão de obra
e a Saúde e Segurança no Trabalho
A valorização do trabalhador foi destaque na Reunião de Diretoria do Sinduscon-GO, realizada em 08 de maio. O coordenador do Projeto, Bruno Alvarenga, apresentou novamente a
campanha publicitária aos empresários e autoridades presentes, convidando-os a registrar sua
marca como patrocinadores desta iniciativa. Na oportunidade, o superintendente Regional
do Trabalho e Emprego, Heberson Alcântara, elogiou a inciativa, destacando que ações como
essa contribuem para melhorar a autoestima do trabalhador. Ele enalteceu o empenho das construtoras associadas ao Sindicato quanto à prevenção de acidentes, mas enfatizou que ainda falta
mais divulgação à sociedade sobre a mudança do perfil da indústria da construção, que se tornou um ambiente mais
seguro nos últimos anos e tem melhorado constantemente. Sugeriu também que o segmento deve se organizar para
apoiar as pequenas e médias empresas que ainda não conseguem realizar investimentos expressivos nesta área.
JUNHO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO
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E G I S T RO D E E V E N TO S
Projeto do novo Centro Cívico de Maringá
Encontro discute
infraestrutura urbana e gestão pública participativa
O Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás
(Sinduscon-GO) promoveu no dia 22 de maio, em sua sede, o
Encontro Empresarial “Pensando a Infraestrutura das Cidades”.
O evento contou com apoio do Fórum da Engenharia Goiana e
da Secretaria Estadual de Cidades (Secidades) e registrou presença de público significativa, entre autoridades, empresários e lideranças do setor. O presidente do Sinduscon-GO, Justo Cordeiro,
ressaltou em sua fala a importância do evento. Para ele, “ao discutirmos essas questões fundamentais, que afetam o acelerado
ritmo de crescimento de nossas cidades, estamos contribuindo
para ampliar o conhecimento dos responsáveis pela elaboração dos conceitos da gestão pública contemporânea e, assim,
melhorar a infraestrutura dos espaços urbanos, influenciando a
qualidade de vida das pessoas”.
O prefeito da cidade de Maringá (PR), Silvio Magalhães Barros, posicionou o município do norte paranaense como destaque no ranking de qualidade de vida (IDH), o qual conta com
intensa participação de um conselho de desenvolvimento comunitário, que propõe as ações de planejamento urbano almejadas
pela sociedade civil a serem implementadas pela administração
pública. A cidade tem 65 anos de fundação, 365 mil habitantes
e o 2° maior IDH do Paraná: 0,84%. Os méritos do suprimento
à população de 100% de água tratada; 90% de rede de esgoto;
95% de vias pavimentadas, com meio fio e drenagem; o Prefeito
confere à gestão participativa e ao conceito de sustentabilidade
adotado no Município.
Dentro da visão sustentável que engloba os quesitos econômico, social, ambiental e emocional, os investimentos públicos
em Maringá são direcionados a projetos inovadores, como, por
exemplo, a deliberação de que todas as escolas públicas sejam
projetadas com sistemas de reaproveitamento da água de chuva. Outra inciativa positiva para o desenvolvimento sustentável é
a obrigatoriedade de que o loteador faça o sistema de coleta de
esgoto em sua área e doe para o Município, que faz o ligamento
28
SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • JUNHO 2012
e integra à rede pública; somente assim os empreendimentos
podem receber a aprovação. O novo Centro Cívico do Maringá
também reflete o espírito inovador da atual gestão, um projeto
desafiador, realizado por meio de Parceria Público-Privada.
Desenvolvimento sustentável
Abrindo os trabalhos, o secretário Estadual de Cidades, Igor
Montenegro, destacou que a palavra da nova ordem social no
mundo é sustentabilidade, com tal grau de importância que, na
sua avaliação, os próximos candidatos às eleições municipais de
2012 deveriam se compromissar com uma futura gestão pública
planejada com base em ações sustentáveis e de inclusão social,
como por exemplo, a implantação de ciclovias e transporte coletivo eficaz. Citou que atores globais estão se engajando voluntariamente em uma campanha na mídia para difundir o slogan
‘eu voto sustentável’, provocando no eleitor a necessidade de
votar conscientemente. “A prática de ações sustentáveis implica
em pensar globalmente e agir localmente. Daí que Goiás tornou-se o primeiro no País a assinar o termo de adesão ao Programa
Cidades Sustentáveis, iniciativa originária da Europa e que agora
chega ao Estado objetivando promover mais qualidade de vida
nos 246 municípios goianos”.
Partindo do princípio que 85% da população brasileira vivem
nas cidades, a plataforma de trabalho do Programa estabelece
uma agenda concentrada em 12 eixos, incluindo, entre outros,
governança, ações locais para melhoria da saúde pública, da
mobilidade urbana e consumo consciente dos recursos naturais.
Uma das referências, no caso de Goiás, parte da urgência de
medidas para a redução do índice de acidentalidade no trânsito,
perseguindo-se a meta de diminuir em 50% o número de acidentes até o ano de 2020, conforme prevê a ONU (Organização
das Nações Unidas) ao estabelecer a Década da Segurança Viária
para todos os países. O Secretário comentou que Porangatu é um
exemplo de como as ruas pertencem às pessoas e não aos carros,
e que, como nessa cidade, as ciclo faixas (vias cicláveis e bicicletários) devem ser adotadas em 50 municípios goianos.
De acordo com Igor Montenegro, o saneamento também
constitui ação emergente, tendo em vista que 400 mil goianos
não contam com água tratada em suas casas e três milhões de
pessoas ainda não têm acesso ao serviço de esgotamento sanitário, sem contar a necessidade de aterros sanitários com tecnologia capaz de transformar lixo em energia, como já existe em
países da Ásia e Europa. A gestão eficiente dos resíduos sólidos e
o acesso à moradia popular de qualidade também estão na lista
das prioridades, tendo em vista que atualmente 170 mil famílias
compõem o déficit habitacional em Goiás.
Por sua vez, o superintendente de Trânsito e Mobilidade Urbana da Secidades, Antenor Pinheiro, discorreu sobre mobilidade
urbana e trânsito, no painel “Observatório de Mobilidade e Saúde
Humanas” - ação conjunta das Secretarias de Estado das Cidades
e da Saúde - iniciado por 22 municípios goianos, com intervenções que visam contribuir para uma efetiva redução dos acidentes
de trânsito em Goiás. “A morte no trânsito hoje é algo banalizado”, lamentou o superintendente, ao informar que diariamente
3.561 pessoas no mundo morrem vitimadas por acidente de trânsito, que é a terceira causa de mortalidade no Planeta.
“É uma verdadeira epidemia”, enfatizou Antenor Pinheiro,
lembrando que a OMS (Organização Mundial de Saúde) registra
103,2 mortes/dia no trânsito brasileiro. Em Goiás, 1.593 pessoas são mortas por ano em acidentes de trânsito, enquanto que
Goiânia registra 598 mortes/ano, ou 51,9 mortes a cada 100 mil
habitantes. O Observatório objetiva implantar ações mitigadoras
da mortalidade no trânsito a partir da investigação dos acidentes, suas causas e as circunstâncias envolvidas visando identificar
as intervenções necessárias para uma efetiva política pública de
mobilidade urbana a ser desenvolvida nos primeiros municípios
goianos envolvidos, que comporá com a política nacional a ser
implementada no País até o ano de 2015.
Preservação do meio ambiente
Já a engenheira civil, Mariza Sant’Anna, superintendente de
Políticas de Saneamento e Projetos Especiais da Secidades, abordou a importância do saneamento básico, da gestão adequada
dos resíduos sólidos, e os impactos que a falta de investimento
e planejamento nestas áreas acarretam à cidade, como assoreamento de rios, enchentes, etc. Ela informou que, segundo
levantamento da ONU, a cada R$ 1,00 investido em políticas
Secretário Igor Montenegro
de saneamento, economiza-se cerca de R$ 5,00 com serviços
médicos/hospitalares. Além dos benefícios para a saúde pública;
saneamento, esgotamento sanitário e gestão de resíduos são
ações que contribuem para a preservação do meio ambiente.
Há muito trabalho a ser feito nestas áreas. De acordo com
informações da Secidades, 91% da população recebem água
tratada e somente 41% contam com serviço de coleta e tratamento de esgoto, compreendendo os 225 municípios atendidos
pela Saneago em Goiás. Mariza Sant’Anna apresentou as metas e o planejamento do governo dentro do Plano Nacional de
Saneamento Básico (Plansab) e também o planejamento estratégico da Secretaria que possui uma Agenda Mínima para universalizar os serviços de saneamento no Estado, gradativamente.
Já em relação à disposição dos resíduos, em geral, 96% vão
parar em lixões e somente 4% em aterros sanitários adequados
às exigências da legislação. Diante deste fato, a superintendente, que afirmou acompanhar o trabalho do Sinduscon-GO e do
Fórum da Engenharia Goiana no sentido de resolver este gargalo
no Estado, implantando usinas de reciclagem; propôs uma parceria entre o órgão e as entidades para encaminhar, de forma
urgente e pragmática, uma solução para a correta destinação
e reciclagem dos Resíduos Sólidos da Construção e Demolição
(RCD). “Dessa forma uniríamos o conhecimento técnico e a força
política”, enfatizou Sant’Anna.
Sua ideia foi bem aceita e mereceu o reforço do secretário
Igor Montenegro, que aproveitou o momento para lembrar que
resíduo não é lixo, é matéria-prima que pode ser transformada
em riqueza. Ele sugeriu a formação de consórcios para viabilizar
recursos federais, e convidou os empresários para uma reunião
específica, a ser realizada o quanto antes na Secidades, a fim de
formalizar a proposta de parceria.
JUNHO
AGENDA DE EVENTOS
EVENTO
DATA HORÁRIO
LOCAL
INFORMAÇÕES
Programa de Desenvolvimento
de Construtoras
19 e 26/06
16h
Sinduscon-GO
Mais informações: (62) 3095-5178
Lançamento do Manual para
Pequenas Obras
21/06
08h
Sinduscon-GO
Mais informações: (62) 3095-5158
Palestra Reflexos da Norma de
Desempenho na Indústria da
Construção, no âmbito do
Arranjo Produtivo Local (APL)
22/06
09h
Auditório do
CREA-GO
Informações e confirmações de presença até o dia
20/06 pelo e-mail: [email protected]
ou pelos telefones: (62) 3224-0456 / 8458-9648
ENDEREÇOS: Sinduscon-GO: Rua João de Abreu, nº 427, Setor Oeste, Goiânia-GO. Auditório do CREA-GO: Rua 239, 585, Setor Universitário, Goiânia-GO.
*Datas sujeitas a alterações
JUNHO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO
29
C
OMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO
residencial Bem Viver
Resultados qualitativos na Bilenge Construtora
Tendo como missão a integração da cadeia construtiva e a
busca constante por melhorias de desempenho nos processos
construtivos à base de cimento, a Comunidade da Construção de
Goiânia em seu 10º ano de atuação no mercado goiano lança o
canal Minha Experiência, em que as empresas participantes do
programa apresentam as boas práticas por elas adotadas enfatizando produtividade, qualidade e tecnologia, fortalecendo, consequentemente, técnica e gerencialmente os sistemas construtivos
abordados pela Comunidade da Construção em nível nacional.
Participante do 6º Ciclo de Ações, a Bilenge Construtora
atua no mercado goiano desde 1985 com empreendimentos de
diferentes categorias, do edifício à infraestrutura urbana. Certificada segundo as normas NBR ISO 9001:2008 e nível A no
PBQP-H, a empresa utiliza um sistema de gestão integrado, garantindo controle gerencial de todos os seus empreendimentos,
hoje focados na área de incorporação imobiliária.
Dessa forma, a Bilenge Construtora apresenta o Residencial
Bem Viver, localizado no Jardim Novo Mundo, em Goiânia. O
empreendimento residencial conta com 11 blocos em alvenaria estrutural com blocos de concreto dispostos em térreo, mais
dois pavimentos. Como o sistema construtivo adotado possui
muita repetição de serviços e o empreendimento se caracteriza
por produção em larga escala, foram adotados métodos para
simplificar os processos, proporcionando maior rapidez de execução e menor desperdício de materiais e mão de obra. Sendo
assim, a estratégia concebida para a execução da obra foi a padronização dos processos operacionais, com a pré-fabricação e
montagem de componentes da obra associada à definição de
processos construtivos racionalizados. Foram desenvolvidos proFabricação de kits hidrosanitários.
Embaixo: Montagem de pré-moldados
cessos como a fabricação de kits hidráulicos e de esgoto, fabricação de peças pré-moldadas e a racionalização da montagem
das formas das vigas baldrames.
No desenvolvimento dos kits hidráulicos e de esgoto foram
elaborados protótipos em tamanho real, utilizando uma placa
de madeirite como “fundo de laje” para estudo e definição do
plano de corte das peças hidrosanitárias. Tendo as dimensões
necessárias, partiu-se, então, para a instalação de centrais de
corte e montagem em série.
Para a fabricação de peças pré-moldadas a construtora reservou um espaço do canteiro para instalação da Central de Pré-Moldados, em que fabricam treliças para lajes, degraus e viga
“jacaré” para montagem das escadas fixadas com parabolts.
Em relação à montagem das vigas baldrames, o processo
adotado elimina a utilização de pregos. “Após ter os painéis
‘batidos’, estes são posicionados com utilização de cantoneira
metálica que ‘abraça’ os encontros dos painéis que, por sua
vez, depois de alinhados e corretamente posicionados, são escorados com pontaletes e fincados no chão. A desforma se dá
com o arrancamento dos pontaletes e afastamento dos painéis
das vigas já concretadas”, explica o engenheiro responsável
pela obra, Eduardo Bilemjian Neto.
Tais procedimentos resultaram qualitativamente em maior
rastreabilidade, otimização dos processos, capacitação de mão
de obra, dinamicidade aos processos executivos, economia e diminuição de desperdícios, bem como em melhoria na qualidade final dos processos que envolvem repetição de serviços. No
que tange aos resultados quantitativos, as etapas de instalação
de esgoto e instalações hidráulicas somam 40% de economia
(20% cada processo), e a etapa de montagem e desmontagem
de formas das vigas baldrames totalizam 35% de ganho de produtividade neste processo.
Mais informações sobre a Comunidade da Construção de Goiânia com a arquiteta Carolina Chendes, telefone (62) 3095-5178 ou
[email protected].
Ficha Técnica
Empresa: Bilenge Construtora Ltda.
Obra: Residencial Bem Viver – Goiânia
Categoria: Obra vertical
Sistema construtivo: Alvenaria estrutural com
blocos de concreto
Tipologia: 11 blocos com térreo + 2 pavimentos tipo
Período de produção: Janeiro a dezembro de 2011
Data de implementação dos serviços: Fevereiro de 2011
Equipe responsável pela obra: Engenheiros Guilherme
Ribeiro de Castro e Eduardo Bilemjian Neto
Supervisão: Engenheiro Eduardo Bilemjian Filho
Contato: (62) 3224-6644 | [email protected]
30
SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • JUNHO 2012
V
I VA C O M S A Ú D E
RH
& VOCÊ
Avaliando
desempenho
Doação
de sangue:
permita que alguém
nasça de novo
Dia 14 de junho comemora-se o Dia Mundial do Doador
de Sangue. Sendo assim, reservamos esse espaço para lembrar a importância desse ato.
O sangue coletado através das doações, após ser examinado, é distribuído para hospitais, podendo uma coleta ser
destinada a mais de um paciente, beneficiando pessoas que
passaram por cirurgias, sofreram acidente, além de pessoas
com leucemia, linfoma ou anemias graves.
Quem deseja doar sangue precisa, entre outros requisitos, estar em boa condição de saúde; ter entre 16 e 68 anos,
sendo que os menores de idade precisam ir acompanhados
do representante legal; pesar mais de 50 quilos; estar descansado e alimentado (evitando alimentos gordurosos nas
quatro horas que antecedem a doação).
Em Goiânia, o Hemocentro é um dos locais de coleta de
sangue, localizado na Avenida Anhanguera, n° 5.195, Setor
Coimbra (situado no mesmo quarteirão do Hospital Materno
Infantil). O sangue doado neste local é distribuído para os
hospitais da rede pública.
Os interessados em doar sangue devem comparecer ao
Hemocentro, munidos de documento com foto. Caso você
queira mais informações ligue no
telefone (62) 3201-4574 (Hemocentro) e tire as suas dúvidas.
Uma doação pode salvar várias
vidas. Pense e doe!
“
Quem deseja doar sangue
precisa, entre outros
requisitos, estar em boa
condição de saúde, ter
entre 16 e 68 anos, pesar
mais de 50 quilos, estar
descansado e alimentado”
Após uma série de ações como sensibilização da organização para o uso da ferramenta de avaliação, planejamento das etapas para implantação do processo, preparação
dos gestores para a execução do procedimento, estruturação do formulário de avaliação, chega o momento da
utilização deste procedimento sistematizado de avaliar o
desempenho dos colaboradores.
É muito importante que os períodos em que a avaliação
ocorrer – semestral ou anualmente, já estejam previamente programados com toda a organização, para que todos
possam participar do processo, lembrando que o objetivo
principal desta ferramenta é o de conhecer, reconhecer e
dar valor ao desempenho individual do colaborador.
Para que este momento ocorra de maneira eficaz, é
extremamente importante que os avaliadores (gestores)
contribuam por meio de uma postura amistosa, de respeito e seriedade para com o avaliado e em relação a todo
o processo.
Para que o ciclo do processo de avaliação seja iniciado,
prestamos algumas orientações que merecem consideração:
1. Fixação de Objetivos – Corresponde à base do ciclo da
gestão por desempenho. É nesse momento que se estabelece o que se deve alcançar durante o ano ou semestre,
negociando-se prioridades e expectativas. Esse processo
consiste em deixar claro, para cada colaborador, o que é
esperado dele durante um determinado período, como
será avaliado e como os seus resultados contribuirão para
os objetivos estratégicos da organização.
2. Documento de Desempenho – Refere-se ao formulário
de avaliação no qual se deve registrar todas as informações negociadas com o colaborador, que será solicitado a
revisá-lo e assiná-lo para que, em seguida, seja avaliado na
etapa final.
3. Avaliação do Colaborador – Esta é uma das principais
etapas do ciclo, o momento no qual líder e liderado, geralmente acompanhado de um profissional da área de Gestão
de Pessoas, se reúnem para conhecer, reconhecer, atribuir
valor e analisar resultados.
4. Compromisso de Desempenho (CMD) – Documento que
registra as necessidades de mudanças do colaborador com
desempenho aquém das expectativas.
5. Devolutiva dos Resultados – Oferece feedback acerca do
desempenho individual de cada colaborador.
Avaliar desempenho é uma difícil tarefa, que requer
sensibilidade para perceber quais são as competências
técnicas e comportamentais dos colaboradores e se estão
alinhadas com as competências que a empresa e, mais especificamente, a função do avaliado precisa.
Fabiano Santiago Costa,
coordenador de Desenvolvimento Humano da
Comissão de Qualidade e Produtividade do Sinduscon-GO
[email protected]
JUNHO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO
31
E
U RECOMENDO
Vincenzo
Michele
Durante
Gestão da Qualidade:
Crescimento organizado e
alicerçado em bases sólidas
Fundada em 14 de março de 2001, a Átila Engenharia é uma
empresa goianiense, com atuação no mercado da construção
civil. Iniciou seus trabalhos em condomínios residenciais horizontais e atualmente trabalha em incorporação de obras verticais residenciais, atuando com ênfase em apartamentos de 1 e 2 quartos no setor Leste Universitário. Resultado da sociedade entre os
engenheiros civis Vincenzo Michele Durante e Adalberto Teixeira
França, ambos com mais de 20 anos de experiência, hoje, a solidez, segurança e capacidade técnica fazem com que a Átila
Engenharia seja um sinônimo de bom investimento tanto para
os investidores quanto para os futuros moradores de suas obras.
Com o intuito de aprimorar e garantir a qualidade dos serviços e produtos, a Átila Engenharia implementou e mantém um
Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) segundo os requisitos
da norma NBR ISO 9001:2008, assim como do SiAC – Sistema
de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras
da Construção Civil, nível A, do PBQP-H – Programa Brasileiro
de Qualidade e Produtividade no Habitat. Este sistema estará
em contínuo desenvolvimento e melhoria, como forma de conquistar a satisfação dos clientes e o comprometimento de todos os colaboradores com os objetivos da empresa, obtendo,
consequentemente, uma maior competitividade e destaque no
seu meio de atuação. A empresa implementou o SGQ com a
colaboração do Sinduscon-GO e consultoria do Grupo Destra.
Foi desenvolvida uma parametrização dos métodos de trabalho
realizados no escritório central e nas obras, tanto na parte burocrática quanto na execução dos serviços em campo. Essa transição está sendo bem aceita por nossos colaboradores, que estão
dando continuidade e implementando melhorias.
Como resultados e vantagens, podemos elencar: maior
controle e organização da documentação; controle de todas as
etapas da obra; padronização dos processos; aumento da qualidade na execução dos serviços; diminuição de retrabalho nas
obras; otimização do tempo de serviço; medição e controle do
índice de satisfação dos clientes junto aos produtos; maior segurança para os clientes; criação de dados históricos.
O processo de certificação conforme a NBR ISO 9001:2008
e o SiAC/PBQP-H trouxe muitos benefícios para nossa empresa,
melhorando substancialmente o controle de toda documentação, mapeando todos os processos construtivos, trazendo maior
rapidez na detecção e correção de pequenas falhas, e a inserção
de todos os colaboradores nos processos, resultando assim em
um maior padrão de qualidade dos nossos produtos. Estamos
satisfeitos e entusiasmados com o novo plano de qualidade que
a empresa adotou, portanto recomendo a todas as empresas
que estão em busca de um crescimento organizado, alicerçado
em bases sólidas.
Vincenzo Michele Durante
sócio proprietário da Átila Engenharia Ltda.
NOVOS ASSOCIADOS
CONSTRUTORA SURYA LTDA.
Fundada em 07/12/2007, a empresa é
dirigida por Bento Odilon Moreira Filho e
Carlos José Fernandes Martins. Tem como
atividade principal a construção de edifícios e atua também
com administração de obras. Está localizada na Avenida 136,
n° 960, Qd. F-47, Lt. 19-21-23, andar 15, Edifício Executive
Tower, Setor Marista, em Goiânia (GO).
32
SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • JUNHO 2012
SUPERA CONSTRUTORA
E SANEAMENTO LTDA.
Atua nos ramos de reformas, ampliações e edificações residenciais
e não residenciais, gerenciamento de obras, projetos hidráulicos,
hidrossanitários, arquitetônicos, estrutural, fundações, etc. Foi
constituída em 29/12/2010 pelos sócios Leonardo Divino da Silva
Neves e Rejean Moreira de Souza. Sua sede atual fica na Avenida
Castelo Branco, n° 604, Qd. R-25, Lt. 09, Setor Oeste, em Goiânia (GO).
BANCO DE EMPREGOS DA CONSTRUÇÃO
Está precisando contratar colaboradores para sua empresa?
Por meio do Banco de Empregos da Construção, o Sinduscon-GO disponibiliza para as empresas associadas e filiadas, a
preços abaixo dos praticados pelo mercado, cadastros de profissionais de várias categorias. Confira, a seguir, algumas opções
de profissionais que poderão integrar a sua equipe de trabalho.
ENGENHEIRO CIVIL
COMPRADOR
M. L. G. S.
Formação: Universidade Luterana do Brasil – Ulbra (2007).
Experiência: Execução de projetos de pavimentos asfálticos,
assistência técnica e acompanhamento em obras, fiscalização e
gerenciamento de fábrica e montagem de equipe de produção,
elaboração de relatórios, medições, planejamento e compras.
G. C. S.
Formação: Superior incompleto (conclusão 12/2012).
Experiência: Cotação de preços, negociação e prospecção de novos
fornecedores, emissão de ordens de compras, cadastro de insumos e
fornecedores, elaboração de contratos e contratação de serviços.
S. B. R.
Formação: Universidade Católica de Goiás – UCG (2003).
Experiência: Ampliação e reforma de obras civis, execução de
fundação, visitas técnicas em obras, gerenciamento da rede de
vendas, planejamento e manuseio do software UAU.
M. J. S. P.
Formação: Escola Politécnica – UFBA (1994).
Experiência: Elaboração e gerenciamento de projetos, execução
de obras industriais e de saneamento, planejamento, terraplanagem,
cronograma e coordenação de equipes.
W. F. F. G.
Formação: Universidade de Uberaba – Uniube (2010).
Experiência: Administração de empresas pública e privada,
execução de obras civis e industriais, gerenciamento de equipes
e assistência técnica em residências de alvenaria industrial.
C. P.
Formação: Superior incompleto (conclusão 12/2012).
Experiência: Compras, cotação, diligenciamento, julgamento de
propostas de compras, reajuste, negociação, previsão de consumo e
controle de estoque, ressuprimento e fixação de estoque de segurança.
J. R. A.
Formação: Superior incompleto (trancado).
Experiência: Negociação com fornecedor, compras, logística,
controle patrimonial, locação de equipamentos e cadastro de
produtos no sistema.
T. A. R. N.
Formação: Ensino Médio profissionalizante (1985).
Experiência: Captação de novos fornecedores, contração de serviços,
elaboração de planilhas, compras, negociação, cálculo de impostos e
conferência de nota fiscal e de materiais.
TECNóLOGO EM CONSTRUÇÃO CIVIL
ASSISTENTE CONTÁBIL
A. C. B. P.
Formação: Edifícios – Faculdade de Tecnologia – Fatec (1999).
Experiência: Orçamento e planejamento de obras civis, coordenação e
realização de projetos arquitetônicos, instalações elétricas e hidráulicas,
coordenação de imagens e execução de obras de terraplanagem.
A. S.
Formação: Superior incompleto (conclusão/2014).
Experiência: Conciliação bancária e contábil, emissão de nota fiscal,
elaboração de planilhas, contas a pagar e a receber, controle do fluxo
de caixa, pagamento de colaboradores, análise de documentos e
organização de arquivos e protocolo.
A. A. M.
Formação: Edifícios – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial –
Senai (2007).
Experiência: Acompanhamento e execução de obras, orçamento,
compras, elaboração de projetos arquitetônicos, medição e implantação
do Sistema de Gestão da Qualidade.
R. A. S.
Formação: Edifícios – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial –
Senai (2009).
Experiência: Leitura e interpretação de projetos, acompanhamento de
auditorias, elaboração de croquis para medição, execução de obras civis
e contratação de empreiteiros.
R. S. M.
Formação: Edifícios – Escola Técnica Federal de Goiás – Cefet (1997).
Experiência: Orçamentos, manutenção e construções de postos de
gasolina, coordenação e execução de obras, medições de serviços,
compras e elaboração de projetos.
A. P. S. M.
Formação: Superior completo (2010).
Experiência: Lançamento contábil, controle de ativo fixo, conciliação
bancária e contábil, fechamento de balancete, aquisições, controle de
depreciações e transferências do centro de custo.
A. D. P.
Formação: Superior completo (2012).
Experiência: Escrita contábil e fiscal, IRPI, IRPF, logística, conciliação
bancária, elaboração de balanço patrimonial e DRE, gerenciamento de
tributos e realização de perícias judiciais.
D. A. S.
Formação: Superior completo (1990).
Experiência: Análise e classificação de documentos contábeis,
fechamento de balancete, apuração de IRPJ, CSLL e DRE, contas a pagar
e a receber, declarações federais e encerramento de exercício.
OBSERVAÇÃO:
Também dispomos no Banco de Empregos cadastros de profissionais formados pelo Senai-GO em áreas operacionais. Para mais informações procure
a Comissão de Qualidade e Produtividade/Desenvolvimento Humano do Sinduscon-GO, telefone (62) 3095-5170 (Juliana Maciel ou Fabiano Santiago).
JUNHO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO
33
CUB
CUSTOS UNITÁRIOS
BÁSICOS DE CONSTRUÇÃO
NBR 12.721:2006 – CUB 2006
PADRÃO RESIDENCIAL
PROJETOS
ANO 2012
ABRIL
0,122%
PADRÃO BAIXO
PADRÃO NORMAL
PADRÃO ALTO
R-1
846,10
R-1
1.038,48
R-1
1.251,42
PP-4
768,30
PP-4
978,77
R-8
1.008,24
R-8
730,60
R-8
850,96
R-16
1.080,63
PIS
560,66
R-16
821,20
PADRÃO COMERCIAL*
PROJETOS
PADRÃO NORMAL
PADRÃO ALTO
CAL-8
972,19
CAL-8
1.037,94
CSL-8
849,87
CSL-8
933,09
CSL-16
CSL-16
1.132,97
PROJETOS
1.241,55
PADRÃO
RESIDÊNCIA POPULAR (RP1Q)
871,12
PADRÃO
GALPÃO INDUSTRIAL (G1)
468,46
*CAL: Comercial Andares Livres - CSL: Comercial Salas e Lojas
VALOR REFERENCIAL (R$/m²) R-16A
VARIAÇÃO MÊS %
VARIAÇÃO ANO %
VARIAÇÃO 12 MESES %
1.080,63
0,122
0,473
6,730
MATERIAIS
MÃO DE OBRA
EQUIPAMENTO
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
TOTAL
509,88
528,66
5,75
36,34
1.080,63
MÃO DE OBRA*
PEDREIRO DE MASSA
*Custo médio R$/hora
h
5,15900
SERVENTE
h
3,76200
ENGENHEIRO
h
41,3600
PROJETOS-PADRÃO QUE COMPÕEM A NORMA NBR 12.721:2006
Padrão Baixo:
Residência Unifamiliar (RI)
Prédio Popular (PP)
Residência Multifamiliar (R8)
Projeto de Interesse Social (PIS)
Padrão Normal:
Residência Unifamiliar (RI)
Prédio Popular (PP)
Residência Multifamiliar (R8)
Residência Multifamiliar (R16)
Padrão Alto:
Residência Unifamiliar (RI)
Residência Multifamiliar (R8)
Residência Multifamiliar (R16)
Comercial Normal:
Comercial Andar Livre (CAL-8)
Comercial Salas e Lojas (CSL-8)
Comercial Salas e Lojas (CSL-16)
Comercial Alto:
Comercial Andar Livre (CAL-8)
Comercial Salas e Lojas (CSL-8)
Comercial Salas e Lojas (CSL-16)
Residência Popular (RP1Q)
Galpão IndustriaL (GI)
Os valores acima referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e são correspondentes ao mês de ABRIL DE 2012. “Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos
projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2006”.
“Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o
estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços
complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III);
impostos, taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador”.
INDICADORES ECONÔMICOS
ÍNDICES ECONÔMICOS
VARIAÇÃO
MÊS
ANO
INCC (FGV) / ABRIL
499,791
0,748
2,469
INPC (IBGE) / ABRIL
3.558,81
0,64
1,73
IGP-M (FGV) / ABRIL
480,229
0,853
1,474
12 MESES
7,768
4,88
3,651
INFORMAÇÕES: (62) 3095-5162 | www.sinduscongoias.com.br | e-mail: [email protected] (Comissão de Economia e Estatística)
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