Ano 07 Ed 81 Jan 2007

Transcrição

Ano 07 Ed 81 Jan 2007
Jornal de Umbanda Sagrada
Ano VI
nº 81
Distribuição Gratuita
São Paulo,
Janeiro de 2007
FÉLIX
NASCENTE
PINTO
Félix viveu uma vida em prol da
Umbanda; ao desencarne, completava 50 anos de estudos e prática
de Umbanda e Candomblé (embora
só praticasse a Umbanda). Fez sua
“grande viagem” no dia 20 de
Setembro de 1975, deixando uma
lacuna jamais preenchida dentro dos
corações de quem com ele
conviveu. Seus ensinamentos estão
vivos nas mentes em que foram
semeados.
Numa lição de amor, humildade,
caridade e abnegação (pois nem na
doença ele se afastou de seus
“filhos”), ensinou a todos os umbandistas de verdade o quanto é difícil
permanecer fiel ao sentimento
nobre e puro de servir aos irmãos
necessitados sem se envaidecer ou
endeusar. Na verdade, muitos são
os que pretendem subir a íngreme
montanha da Umbanda pura, porém
são raros os que não desanimam no
meio da escalada, ou não optam por
caminhos mais fáceis. “Muitos são
os chamados, porém poucos os
escolhidos.”
“Todo aquele que se propuser
a continuar a espinhosa tarefa de
orientador ou médium, e não se
acercar de humildade e uma forte
dose de autocrítica, jamais
conseguirá atingir o lugar de ´ILUMINADO’.”
Texto extraído do livro “Os Decanos –
Os Fundadores, Mestres e Pioneiros da
Umbanda” – Coordenadores Rubens Saraceni
e Mestre Xaman – Editora Madras.
Cláudio Gianfardoni -  direitos reservados
- www.gianfardoni.com
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São Paulo, Janeiro de 2007
Jornal de Umbanda Sagrada
Jornal de Umbanda Sagrada
Muito mais que um jornal - A sua religião em fascículos...
EDITORIAL
Mais um ano que começa, mais esperanças que se renovam em nossas
vidas e em nossa religião.
Conforme observamos no texto de nossa irmã e astróloga Patrícia Ungareli,
este ano é regido por Júpiter e promete crescimento, expansão e exposição
para as religiões de forma geral. Assim esperamos boas notícias para a Umbanda
neste ano e, de forma particular, vemos um grande movimento que aos
poucos vem envolvendo todos os umbandistas no sentido de assumir nossa
religião. E também, porque não reforçarmos o que sempre falamos, assumir o
ORGULHO DE SER UMBANDISTA!!!
Acreditamos que vencendo os dogmas e tabus, bem como o preconceito,
nossa amada Umbanda tem chance de se firmar como uma das religiões mais
atuais e abertas, que nos permitirá falar sempre em linguagem franca e atual, o
que depende apenas de nós médiuns.
Assim toda a equipe do Jornal de Umbanda Sagrada espera colaborar
com esta transição que estamos vivendo, pois cremos que com o tempo
passaremos de religião discriminada a religião de destaque, no futuro, pois
poucas religiões oferecem tanta liberdade a seus adeptos quanto à Umbanda.
E liberdade é algo que cada vez mais a humanidade vem buscando, já não
aceitamos mais andar de cabresto por aí.
É isso, o futuro é agora, o amanhã depende do hoje, não será um ou dois
que vão projetar a Umbanda e sim nossos Guias e Orixás que vêm passando
para toda a coletividade o que esperam de nós. E sendo assim parafraseando
Pai Ronaldo Linares: “Que, mais do que eu, possam os Orixás falar em nossos
corações” Feliz 2007 a todos!!!
As belas imagens que o JUS
vem reproduzindo em suas
capas, são de
autoria de nosso irmão
Cláudio Gianfardoni,
que através de seu trabalho
retrata a profundidade
do Humano e o que o
transcende. Para conhecer
a trajetória e a versatilidade
dos trabalhos desse
excepcional artista
visite o site:
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comercial. Este jornal não tem fins lucrativos e aqueles que aqui se
encontram são colaboradores para a divulgação da cultura umbandista.
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É uma obra filantrópica, cuja missão é contribuir para o
engrandecimento da religião, divulgando material teológico
e unificando a comunidade Umbandista.
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Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Janeiro de 2007
LIÇÕES DE VIDA
A visita da verdade
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
PELO ESPÍRITO NÉIO LÚCIO
Numa caverna escura, onde a
claridade nunca surgira, vivia um
homem muito simples que implorava o
socorro divino.
Declarava-se o mais infeliz dos
homens, não obstante, em sua
cegueira moral, sentia-se o melhor de
todos. Reclamava do ambiente fétido
em que se encontrava. O ar pestilento o sufocava. Pedia a Deus uma
porta libertadora que o conduzisse ao
convívio do dia claro. Afirmava-se
robusto, apto, capaz. Por que motivo
era conservado ali, naquele insulamento doloroso, em atmosfera tão
insuportável?
Suas súplicas, entre a revolta e a
amargura, foram percebidas por Deus
que, profundamente compadecido,
enviou-lhe a fé. A sublime virtude
exortou-o a confiar no futuro e a
persistir na oração.
O infeliz consolou-se mas, logo em
seguida, voltou a lamuriar-se. Queria
fugir, desistir, abandonar a vida, e
como suas lágrimas aumentavam,
Deus mandou-lhe a esperança.
A emissária divina afagou-lhe a
fronte e falou-lhe da eternidade da
vida, buscando secar-lhe o pranto desesperado. Rogou-lhe calma, resignação e fortaleza.
O pobre homem pareceu melhorar, mas, decorrido algum tempo,
voltou à lamentação. Comovido, o
Senhor da Vida determinou que a
caridade o procurasse.
A nova mensageira acariciou-o e
alimentou-o. Endereçou-lhe palavras
de carinho e amparou-o, como se
fosse abnegada mãe. Todavia, o
infeliz persistia gritando, revoltado.
Foi então que Deus enviou-lhe a verdade.
Quando a portadora do esclarecimento se fez sentir na forma de uma
grande luz, o infortunado, pela
primeira vez na vida, viu-se tal qual
era e apavorou-se. Seu corpo estava
coberto de chagas, da cabeça aos
pés.
Agora, somente agora, ele percebia, espantado, que ele mesmo era o
responsável pela atmosfera intolerável em que vivia. Tremeu cambaleante e horrorizou-se de si mesmo.
Sem coragem de encarar a sublime visitante que lhe abria a porta
da libertação, fugiu apavorado, em
busca de outra furna onde conseguisse esconder a própria miséria que
só então reconhecia.
Assim ocorre com a maioria das
pessoas perante a realidade. Sentemse com direito a receber todas as bênçãos do pai eterno e gritam fortemente, implorando a ajuda celestial.
Enquanto amparados pela fé, pela
esperança ou pela caridade, consolam-se e desesperam-se, crêem e
descrêem, tímidos, irritadiços e hesitantes. Quando a verdade, porém,
brilha diante deles, revelando-lhes a
real condição em que se encontram,
costumam fugir apressados, em
Pedras e Ciladas
Não mais com a mente, mas ouvindo
e vivenciando o coração.
FERNANDO SEPE
A mediunidade, assim como
qualquer outro caminho espiritual, é
um caminho que deve ser trilhado com
passos firmes, discernimento e esforço, para que ele realmente possa
ser aproveitado e contribua para o
engrandecimento do espírito.
Muitas dificuldades assolarão o
médium, desde seu desenvolvimento,
até o fim de seu mandato mediúnico.
Mas não esqueça, que são essas
pedras e ciladas, verdadeiros professores da escola física.
A pedra da descrença, que
testará sua fé e seu amor dentro do
mediunismo. Que te ensinará a não
esperar por milagres e fenômenos,
mas sim, buscar o desenvolvimento
interno, a evolução e melhoramento
da consciência dentro dos trabalhos
mediúnicos.
Essa pedra que muitos atirarão
sobre você, e que fará você desenvolver o sorriso e a paciência verdadeira.
Mais do que isso, fará você desenvolver confiança em si mesmo e no
seu trabalho, passo primordial para o
despertar da fé viva. Apenas com a
descrença, aprendemos a confiar.
“Acredite em seu coração!
Nesse congá interno;
Jacutá lindo e belo,
As flores dos
Orixás desabrocharão...”
A cilada da vaidade, que desmascarará o tolo ego, expondo-o ao
ridículo do individualismo.
Mediunidade é um trabalho coletivo, uma ação universal, que visa o
Todo, nunca o eu. É
vencendo a vaidade
que o médium dá
provas de maturidade dentro das
lidas de intercâmbio
espiritual. É atravessando esse pântano
do orgulho humano,
que desenvolvemos
a simplicidade, qualidade tão negligenciada em dias de
materialismo tão
ferrenho, onde mais
vale o que se vê e o
que se tem, do quê,
o que se sente e o que se é
.
“Ego, ego, que quer dominar,
Ego bobo, que a realidade
gosta de enfeitar.
Nego véio senta no toco,
Pra simplicidade ensinar.”
A pedra da crítica maldosa, que
lhe mostrará como nossos olhos
devem ser bondosos em relação ao
semelhante e como palavras duras,
impulsionadas pela imaturidade dos
sentimentos, podem gerar grandes
tristezas. São as pedradas críticas que
lhes farão compreender o valor do
respeito em relação ao semelhante.
Tranqüilo, vença essas críticas, não
com força bruta, mas com a
serenidade de Oxalá. Lembre-se, elas
estão aí para te ensinar.
“Limpa os olhos meu filho,
Pra verdade você ver.
Limpa a boca menino,
Pra maldade perecer.”
A cilada do conhecimento, que
se é muito bom e pode acabar com a
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COLÉGIO DE UMBANDA SAGRADA
PAI BENEDITO DE ARUANDA
Dirigido por Rubens Saraceni
MAGIA DAS 7 ERVAS SAGRADAS
FORMANDO TURMAS
PARA SÁBADOS DE MANHÃ
INÍCIO: 20 DE JANEIRO/2007
Ministrado por:
RUBENS SARACENI.
CUSTO TOTALDE R$ 120,00
Duração 4 meses
CURSO PARA INICIANTES
PARA FAZER ESTE CURSO
NÃO É NECESSÁRIO QUE TENHA FEITO NENHUM OUTRO
Aos sábados das 10h00 às 12h00 - Duração de 4 a 5 meses.
Sete Iniciações, Sete Mistérios do Mistério Maior que são as Sete Ervas:
• 7 Raízes; • 7 Caules; • 7 Cascas; • 7 Folhas; • 7 Flores; • 7 Frutas;
• 7 Sementes. Consagração final com o Cajado Mágico Vegetal.
MAGIA DAS 7 ÁGUAS
FORMANDO
TURMAS:
CURSO DESTINADO SOMENTE PARA ALUNOS QUE JÁ CURSARAM A
MAGIA DO FOGO OU A MAGIA DAS ERVAS
TURMAS PARA INÍCIO NOS DIAS 19, 20, 21 E 22/01/2007
Rua Serra da Bocaina, 427 - Belém - SP
Informe-se pelos telefones: (11)
6606-8488 / 6606-8988 / 9784-2668
busca de esconderijos, nos quais
possam cultivar a ilusão.
Pense nisso!
Em uma ocasião Jesus disse que
somente a verdade fará livre o homem. Acostumemo-nos, pois, à
sublime luz da verdade, reconhecendo em nós mesmos as causas de
nossas desditas e buscando, corajosamente, meios de alcançar, de
modo definitivo, nossa libertação.
ignorância, não santifica ninguém.
Conhecimento não é um fim em si
mesmo, mas um pequeno passo para
a escola da sabedoria.
Quando o conhecimento nos
mostra que nada sabemos, faz com
que sejamos mais tolerantes com a
ignorância alheia e, muito além de
ser material teórico, ganha forma
prática em nossa vida. Mas, quando
a arrogância faz morada nas palavras e a soberba nas posturas diárias, então o conhecimento será um
grande empecilho para a realização
espiritual.
A cilada do lobo, disfarçado em
pele de cordeiro. A negação da sombra
psicológica, com posturas superficiais.
O falso pregar, o agir hipócrita e
doentio. Lembrem-se: Toda palavra
que sair da sua boca, deve ganhar
forma em sua vida. Caso contrário
ela não tem razão de ser. É uma pérola
jogada fora.
“Aprender, estudar e conhecer,
Trilhar o caminho com valentia...
Mas afinal,
que livro poderá conter,
A divina
e verdadeira sabedoria?”
Muitas outras pedras serão atiradas, ou vocês mesmos atirarão no
semelhante. Mas são dessas ações
imaturas que nascerá a reflexão séria
que leva a maturidade. Não se julgue
mal e perdoe seu irmão de jornada. A
mão que atira a pedra é a mesma que
lhe ensina. Já quando for a sua mão
a criminosa, pense por mil vezes a
respeito disso. Nesse caso, é o alvo
que lhe ensina.
Ciladas, também serão constantes. Algumas tentadoras, outras
misteriosas, mas todas perecíveis à
luz do coração. Ele é seu guia. Acenda-o e guia-te pelos caminhos tortuoso da Terra. No amparo espiritual
estará sua maior força. Confie, ore,
vigie e acredite!
A pedra da ingratidão, que nos
ensina o serviço desinteressado em
recompensas, o agir pelo bem, puro
e simples. A mediunidade é um milagre,
uma dádiva amorosa dos Orixás, mas
que não premia ninguém.
O trabalho mediúnico é abnegação, desprendimento, altruísmo,
caridade, mas não é uma cruz a ser
carregada, ou uma missão sofrida. O
mediunato deve ser cumprido com um
sorriso alegre e uma expressão de
felicidade no rosto. Ele é uma dádiva.
Nada se ganha com ele, mas ele faz
um bem danado!
Trabalhar, trabalhar e trabalhar...
Sorrir, sorrir e sorrir...
O que mais você quer?
O que mais a mediunidade
pode lhe dar?
Extraído e adaptado do capítulo 25 do
livro Jesus no lar, Francisco Cândido
Xavier, pelo Espírito Néio Lúcio. Texto
extraído do site: www.momento.com.br
“Palavras e palavras...
Todas jogadas ao vento.
Mais vale as ações concretas,
Tomadas no meio do silêncio.”
Pedras e ciladas não faltarão!
Mas é na dificuldade,
Que aprendemos a
ouvir o coração...”
Pai Antônio de Aruanda –
Mensagem recebida em 22 de
novembro de 2006
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São Paulo, Janeiro de 2007
Jornal de Umbanda Sagrada
Félix Nascente Pinto
recebeu “alforria” – o
“axé do Santo”, a ordem
para montá-la , a qual
até hoje funciona
dentro dos princípios e
ensinamentos deixados
por Ele.
Em 1952, apesar
das perseguições e
outras perturbações,
resolveu levar a Umbanda para a rua, fazer
uma grande festa pública. Com muito sacrifício, essa festa foi feita
no SENAC, na Rua
Galvão Bueno, no bairro da Liberdade. Era
Restauração da
em homenagem a
foto original por
Cláudio Gianfardoni Oxossi.
Foram convidadas
11 Tendas do Rio de
Janeiro e algumas de São Paulo. A
* 01/04/1900 - 20/09/1975
delegação carioca era comandada
pela pessoa que guiou seus primeiros
passos, Benjamim Gonçalves
Félix Nascente Pinto nasceu em 1º
Figueiredo, Félix foi convidado a criar
de Abril de 1900, em Macaé, no Estado
em São Paulo, uma Delegacia do
do Rio de Janeiro. Em 1911, mudouPrimado do Rio. Assim, reuniu várias
se para o então Distrito Federal. Aos
tendas em São Paulo, registrando-as
25 anos, sentiu sua primeira
no Distrito Federal. O crescimento da
manifestação mediúnica, procurou
Delegacia, entretanto, fez com que
então o senhor Benjamim Gonçalves
logo depois, em 1960, ele fundasse o
Figueiredo, que possuía uma tenda
Primado de Umbanda do Estado de
de Umbanda na Rua São Paulo.
São Paulo. Já havia, então, 70 tendas
Começou ali, na Tenda Espírita Mirim,
filiadas. Hoje já passaram cerca de 2
seu desenvolvimento como médium e
mil tendas pelo primado, que continua
umbandista. Assim amparado, e com
com a mesma finalidade: congregar,
muita vontade de trabalhar e
defender e promover a Umbanda. Daí
pesquisar, começou seu estágio. Em
para a frente, Félix aprimorou-se
virtude da grande perseguição que
dentro da Umbanda, na preparação
naquela época sofria a Umbanda no
de médiuns, pois, segundos suas
Distrito Federal, achou Benjamim que
próprias palavras: “Trata-se de algo
o noviço Félix deveria ir para a Bahia.
muito complicado e profundo, mexer
Foi então para Salvador, ficando com
com a cabeça de quem tem ´santo´
José da Silva Costa, da “Nação
de modo errado, causa grande dano”.
Angola”, e que também era conhecido
Preparou em sua vida cerca de 400
como José do Mocotó, em virtude de
médiuns “confirmados” e muitos estão
morar na Rua do Mocotó, no bairro
com as suas tendas abertas,
de Praia Grande. Félix confessa:
praticando a Umbanda e transmitindo
“Onde José da Solva Costa põe o pé,
os ensinamentos aprendidos.
eu coloco a mão. Gostaria de ser um
Entre as muitas alegrias que teve
José do Mocotó. A ele rendo minhas
no transcorrer de sua vida, a que
homenagens e respeito.”
marcou profundamente este homem
Durante quase um ano, Félix ficou
foi relatada por ele a uma revista
ali, até sua “feitura de cabeça”. Após
chamada Umbanda, da Editora Alves
a revolução de 1930, transferiu-se
Ltda., em 1973: “Já tive várias alepara São Paulo, aí encontrando tamgrias, mas, modéstia à parte, o que
bém bastante dificuldade e acirradas
mais me alegrou aconteceu em uma
perseguições aos umbandistas, mas
festa de aniversário da Tenda Mirim:
a sua fé era inabalável, e continuou
participavam dessa festa todas as
seu trabalho graças à proteção dos
filiais dessa tenda, umas 50, todas
Guias. Félix queria saber mais sobre
feitas por Benjamim, e cada qual com
Umbanda e, voltando para o Rio de
sua sede própria. Eu, na qualidade
Janeiro, cursou com aproveitamento
de dirigente de tenda aqui em São
a Escola de Formação de Chefe de
Paulo, chamando-o de pai como o
Terreiro (CCT), na Tenda Espírita
chamo até hoje, tive a primazia, coisa
Mirim, no período de 1937 a 1940
que me comove até hoje, quando o
(conforme certificado exposto na seCaboclo Mirim, que é o guia chefe
de do Primado de Umbanda). Voltandaquela organização, passou para
do para São Paulo, encontrou, no
mim o comando da festividade. Essa
bairro de Vila Anastácio, um casal que
foi uma das maiores emoções que já
muito às escondidas praticava a
tive na Umbanda, porque, francaUmbanda, e aí Félix juntou-se a eles,
mente, eu não merecia receber tancontinuando a praticar o culto.
tas honrarias como recebi diante do
Passaram-se os anos, Félix percebeu
chefe. Outras alegrias e emoções
que já estava na hora do Culto
vieram através de manifestações de
Umbandista impor-se. Em 1950,
espíritos em forma de caboclos,
fundou sua própria Tenda, a Tupã Oca
pretos-velhos, exus, etc., que em um
do Caboclo Arranca Toco, só quando
ato de magia têm realizado coisas
tros de dirigentes, seminários, debates nós somos irmãos em Oxalá, que tem
maravilhosas. Eu me sinto felicíssimo
na televisão, fundou órgãos de defesa como representação a imagem de
nesses 47 anos de Umbanda.”
da Umbanda, jamais escondeu sua Jesus Cristo. O verdadeiro UmbanParticipou em sua vida de vários
condição de Líder Umbandista.
dista deve tratar a todos e aceitar a
momentos em prol da Umbanda:
A Tupã Oca do Caboclo Arranca todos sem nenhum preconceito de
• Em 1953, realizou a primeira festa
Toco, é uma escola para médiuns, que raça, cor ou posição social.
em homenagem a Iemanjá na Praia
trabalha, pesquisa, procura esclareFélix viveu uma vida em prol da
Grande, com um grande número de
cer. Por meio de catecismos, livros, Umbanda; ao desencarne, completendas e médiuns.
palestras, todos aprendem o que são tava 50 anos de estudos e prática de
• No dia 8 de fevereiro de 1969,
as Linhas de Vibração Espiritual, as Umbanda e Candomblé (embora só
na Rua Maria Marcolina, nº 495, em
Falanges, a expressão de cada Orixá, praticasse a Umbanda). Fez sua “granSão Paulo, “sede do Primado de Umsincretismo, recebem orientação sobre de viagem” no dia 20 de Setembro de
banda” e sede provisória do Souesp,
como se apresentar para uma 1975, deixando uma lacuna jamais
foram aprovados os estatutos em
incorporação perfeita, bem como cum- preenchida dentro dos corações de
assembléia geral do Souesp. Posteprir os deveres e as obrigações da quem com ele conviveu. Seus ensinariormente em 27 de
nossa Umbanda.
mentos estão vivos nas mentes em
junho do mesmo ano, a
Palavras usadas que foram semeados.
entidade foi registrada
por Félix Nascente
Numa lição de amor, humildade,
no livro A-19, no cartório
Pinto, ouvidas de seu caridade e abnegação (pois nem na
do Primeiro Ofício de
Pai Benjamim: “Um- doença ele se afastou de seus
Registro de Títulos e
banda é coisa séria “filhos”), ensinou a todos os umbanDocumentos, sob o nº
para gente séria” e distas de verdade o quanto é difícil
19.571, sendo este órainda, com suas pa- permanecer fiel ao sentimento nobre
gão fundado como I
lavras: “Umbanda e puro de servir aos irmãos necessitaCongresso Umbandista
prega amor e carida- dos sem se envaidecer ou endeusar.
do Estado de São Paulo,
de sem ter covardia. Na verdade, muitos são os que
posteriormente, ComisSe formos atacados, pretendem subir a íngreme montanha
são Executiva Permanós nos defendemos da Umbanda pura, porém são raros
nente dói Congresso
através dos Orixás, os que não desanimam no meio da
Umbandista do Estado
Caboclos, Pretos-Ve- escalada, ou não optam por caminhos
de São Paulo. O Primado
lhos e assim por dian- mais fáceis. “Muitos são os chamados,
de Umbanda foi uma das
te. Todos os Umban- porém poucos os escolhidos.”
entidades que organizadistas moram no meu
“Todo aquele que se propuser a
ram este congresso, no
coração e merecem o continuar a espinhosa tarefa de
qual, o Sr. Félix foi nomeu respeito; assim, orientador ou médium, e não se
meado tesoureiro, tendo
faço com que eu acercar de humildade e uma forte dose
como presidente o
também more em de autocrítica, jamais conseguirá
Felix Nascente Pinto - Foto extraída
coronel Nelson Braga.
seus corações. Não atingir o lugar de - ´ILUMINADO’.”
da galeria ex-presidentes do site
• Em março de 1968,
considero ninguém
www.primadodeumbanda.com. br
representou o Souesp
mau; alguns agem
Texto pesquisado por
no Almoço de Confraternização da
erradamente por ignorância ou falta
Márcio Licastro Citro
Família Umbandista do Vale do Paraíba.
de conhecimento, sem falar nos
• Deu nome ao bairro Vila Mirim do
aventureiros, que infelizmente estão
Texto extraído do livro “Os Decanos –
município de Praia Grande, em
infestando nosso meio. Eles se
Os Fundadores, Mestres e Pioneiros
homenagem ao Caboclo Mirim,
aproveitam do rótulo de Umbanda
da Umbanda” – Coordenadores
entidade de seu Pai Benjamim.
para fazer uma série de patifarias. Os
Rubens Saraceni e Mestre
Xaman – Editora Madras.
• Foi um dos primeiros umbancatólicos se dizem irmãos em Cristo, e
distas a realizar festas em Ginásio, em
que se reuniam um número muito
grande de umbandistas. Inclusive, a
revista Acontecimentos de Umbanda,
em 11/1965, o chamou de “o realizaDALAI LAMA
dor”, em referência à festa em homenagem a Oxossi realizada no dia 19
1. Leve em consideração que grandes amores e conquistas envolvem grande risco.
de Setembro de 1965, em comemo2. Quando você perde, não perca a lição.
ração ao 5º aniversário do Primado.
3. Siga os três R’s:
• Em 12/1976, “seu” Félix já fale* Respeito a si mesmo * Respeito aos outros * Responsabilidade por todas suas ações
cido, ganhou uma rua com seu nome.
4. Lembre-se que não conseguir o que você quer é algumas vezes um grande lance de
Foi o primeiro umbandista a receber
sorte.
esta homenagem. No dia 06 de
5. Aprenda as regras de maneira a saber quebrá-las da maneira mais apropriada.
novembro de 1976, o Diário Oficial do
6. Não deixe uma disputa por questões menores ferir um grande amigo.
Município publicou o Decreto 13.871,
7. Quando você perceber que cometeu um erro, tome providências imediatas para
assinado pelo prefeito Olavo Egídio
corrigi-lo.
Setúbal, cujo artigo 1º diz:
8. Passe algum tempo sozinho todos os dias.
“Fica denominada Félix Nascente
9. Abra seus braços para mudanças, sem abrir mão de seus valores.
Pinto a avenida Quatro, no Jardim He10. Lembre-se que o silêncio é algumas vezes a melhor resposta.
lena, em São Miguel Paulista (começa
11. Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e pensar no
na Rua Dr. José Artur da Nova, entre
passado, poderá obter prazer uma segunda vez.
as Ruas Cinco e Oito)”.
12. Uma atmosfera de amor em sua casa é o fundamento para sua vida.
No artigo 2º, diz: “deverá constar
na placa: “UMBANDISTA – 1975”.
13. Em discordâncias com entes queridos, trate apenas da situação corrente.Não
levante questões passadas.
• Em 1970, dentro das depen14. Compartilhe o seu conhecimento. Esta é uma maneira de alcançar a imortalidade.
dências do Primado de Umbanda foi
criado o Hino da Umbanda, de autoria
15. Seja gentil com a terra.
de J. M. Alves, o qual era freqüentador
16. Uma vez por ano, vá a algum lugar que você nunca esteve antes.
da casa, e o Hino foi gravado pela
17. Lembre-se que o melhor relacionamento é aquele em que o amor mútuo excede o
curimba da tenda do Sr. Félix, que
amor que cada um precisa do outro.
gravou outro disco em 1973.
18. Julgue o seu sucesso por aquilo que você teve que abrir mão para consegui-lo.
Enfim, participou de vários encon19. Entregue-se total e irrestritamente ao amor ...
Instruções para toda a vida
Baluartes da Umbanda na TV Espiritualista
alexandre cumino
Rubens Saraceni dá início a um
novo programa na TV Espiritualista, o
Programa Baluartes da Umbanda. Um
dos objetivos deste programa é apre­
sentar ao público aqueles que muito
trabalham pela causa umban­d ista.
Rubens espera com este pro­gra­ma
apresentar algumas das perso­nalidades
que se destacaram por seu trabalho
em prol da religião, bem como outros
que muito trabalham mas não tem o
hábito ou a oportunidade de mostrar
seu trabalho.
A TV Espiritualista vai ao ar pelo
site www.tvespiritualista.com.br e o
programa Baluartes da Umbanda é
transmitido às segundas e quartas às
11h00 e às 19h00; e nas sextas às 9h30
e às 17h30. Também é possível assistir
aos programas gravados na “videoteca”
do site.
Nesta edição do JUS, trazemos a
entrevista com o Sr. Nelson Ferreira
Dias Rodrigues, presidente da Casa de
Velas Santa Rita e da Casa de Imagens
Bahia.
Rubens Saraceni: Descobrimos
que o senhor é uma pessoa importan­
tíssima e queremos mostrar o por quê
para os nossos espectadores. Vamos
iniciar dizendo que se trata de um
registro de alguém que vivenciou fases
marcantes da Umbanda nestes
últimos 50 anos. Falemos um
pouco de como surgiu a Casa
de Velas Santa Rita.
Nelson F. D. Rodrigues:
A Casa de Velas Santa Rita
começou como casa de velas
e leiteria. Por volta de 1934 a
Liberdade era um bairro resi­dencial,
e nessa época, vendíamos leite por
medidas fracionadas. Como não haviam
geladeiras, as pessoas compravam
só leite que consumiam, então era
comum vender um ou dois quartos de
litro de leite.
Eu me formei em 1943 para ser
político, mas o campo rentável que
poderia trilhar para ajudar meus pais,
foi a casa de artigos religiosos que já
tinha como freguesia certa as pessoas
que vinham visitar a Igreja dos Enfor­
cados (Igreja das Almas).
No princípio fui de um tudo:
pedrei­ro, encanador, eletricista, até os
mó­veis e prateleiras foram todos feitos
por mim. Com o tempo, a loja foi evo­
luindo, e em 1956 resolvemos montar
a fábrica de Imagens Bahia. Até en­tão,
nós íamos ao Rio de Janeiro buscar as
imagens de Umbanda. Naquele tem­po
o Rio era bem mais evoluído com rela­
ção à fabricação de imagens. Quando
começamos a fabricá-las, ino­va­mos,
fazendo com que as imagens saíssem
com os nomes dos guias. Antes disso
as imagens não tinham nomes e eram
usadas para muitos guias.
R.S.: Falemos um pouco de como
era o consumo de velas há 70 anos
atrás e de como é hoje.
N.F.D.R.: Originalmente as velas
eram, e ainda são em muitos lugares,
artigos de iluminação. Energia elétrica
praticamente não existia. Usava-se
muito a lamparina, que era uma cortiça
que se punha na parte de cima de uma
latinha. Acrescentava-se uma parte de
óleo de cozinha e, na outra, água. Ali
o pavio ficava flutuando. Esse foi um
dos primeiros passos da iluminação.
Aí surgiu o óleo de baleia que passou
a ser usado na fabricação de velas.
Também passou a se usar o sebo de
carne bovina, que eram comprados no
açougue. Quando acesas exalavam um
cheiro muito ruim... após a Segunda
Guerra, por volta de 1940, surgiram
os derivados do petróleo, entre eles
a parafina, que não produzia cheiro e
tinha dura­bili­dade maior.
R.S.: Como a Umbanda passou a
fazer parte desse comércio? Quando
isso começou a acontecer aqui em
São Paulo?
N.F.D.R.: A Umbanda passou a
fazer parte desse comércio porque a
chama da vela simboliza a luz nos le­
vam aos guias, que nos levam a Deus
e a Oxalá. Ainda não existiam velas
em cores, somente as brancas ou de
cera. Uma grande transformação no
co­mércio de velas foi quando surgiram
as cores e cada entidade pôde ser
homenageada com velas de sua cor
características. Fomos um dos pionei­
ros na fabricação de velas coloridas
em São Paulo. E hoje quase todas as
fábricas produzem velas coloridas.
R.S.: Como surgiu a fabricação
das velas coloridas aqui em São Paulo?
N.F.D.R.: Nós fomos um dos
pioneiros a fazer com que a vela fosse
colorida. Inovamos ao acrescentar
alguns ingredientes que produziam
cores. Hoje quase todas as fábricas de
velas produzem velas coloridas.
R.S.: Qual foi o impacto com a
chegada das velas coloridas?
N.F.D.R.: Foi muito grande entre
os religiosos de Umbanda, Candom­blé,
Nagô... Foi um empreen­dimento mui­to
bem recebido, e causou uma evolução
na prática da fé. Foi um dife­rencial
para com os demais que se man­ti­
veram fazendo uso das velas bran­cas
exclusivamente para ilumi­na­ção.
R.S.:Comecei em 1999 a ministrar
a Magia das Velas fundamentada nas
cores, onde cada vela com sua cor
pro­jeta a mesma energia numa fre­
qüência vibratória diferente, como na
cromoterapia. Eu não tinha infor­ma­
ções de quando apareceram as velas
coloridas. Em que ano mais ou menos
elas apareceram?
N.F.D.R.: Acredito que por volta
de 1960.
R.S.: O consumo de velas pelos
praticantes da Magia das Sete Chamas
Sagradas apelidada de Magia das
Velas é grande, pois é trata-se de um
ele­mento magisticamente poderoso,
o elemento fogo. A vela simboliza a
luz superior, luz divina, que na Magia
rea­liza um trabalho energético muito
gran­de com uma chamazinha de nada.
Um trabalho maravilhoso de limpeza
ener­gética e purificação.
O Senhor fabrica velas que podem
ser usadas em fes­t as e
ambientes? Aquelas que
denomi­namos artesanais?
N.F.D.R.: Sim. Fabri­
camos cente­nas de tipos
diferentes de velas arte­
sa­nais e decorativas. Nos­
sos funcionários criam e
reproduzem modelos.
R.S.: De 1934 a 2007
temos 74 anos de amor e
dedicação num único ramo
de atividade. Podemos
dizer que a Casa de Velas
Santa Rita e a Imagens
Bahia preservam esse amor que o
senhor dedicou a elas?
N.F.D.R.: Sim, sem dú­vida. Nós
começamos praticamente do zero, e
ho­je podemos ver que toda a dedi­cação
valeu a pena, quando observa­mos até
o ponto em que chegamos.
R.S.: Nós falamos até agora da
história das velas e das imagens. Ago­ra
falaremos sobre o tema do nosso pro­
grama que é dedicado aos Baluar­tes da
Umbanda. Como dissemos no começo,
o senhor tem uma história mara­vilhosa.
Em princípio lhe pergun­to: O senhor
é médium?
N.F.D.R.: Não médium. Não
pro­curei evoluir por falta de tem­po.
Tive que me dedicar a outros
setores.
R.S.: Nós sabemos que o
senhor teve uma participação
importante na Umbanda no
momento em que ela começou
a crescer em São Paulo. Co­mo a
Umbanda começou esse cresci­mento?
Para nós esse é um registro importante.
N.F.D.R.: Em princípio, o que ha­
via mais em São Paulo era o kardecis­
mo, a mesa branca onde se fazia o
espiritismo. Não sou médium, mas
sou um grande crente e eu acho que
tenho procurado colaborar com todos
para a evolução nesse sentido religioso
do nosso povo.
R.S.: Como o homem que tinha
que atender aos pedidos dos prati­can­
tes de Umbanda, o que o senhor diria
sobre o início do crescimento dela em
São Paulo?
N.F.D.R.: Nós tivemos muita
gente de fibra, que ajudou muito no
cresci­mento da Umbanda. Não vou
citar no momento para não esquecer
ninguém, mas tivemos vários nomes
que traba­lharam com afinco para o
crescimento da Umbanda.
R.S.: Como fabricante de velas,
quando o senhor percebeu o cresci­
mento do uso delas com finalidade
reli­giosa?
N.F.D.R.: Desde o início da Casa
de Velas Santa Rita. Naquela época
já havia muita gente que ia a Igreja
dos Enforcados (Igreja das Almas)
acen­der velas. Mas houve um divisor
de águas quando as velas passaram a
ser coloridas.
R.S.: Como era praticada a Um­
banda em São Paulo nas décadas de
30, 40 e 50?
N.F.D.R.: Os terreiros de Um­
banda começaram pequenos. Foram
evoluindo, os médiuns se multiplicando
e a religião foi se desenvolvendo. Por
volta de 1945 surgiram várias fede­
rações, cada uma cuidava de um setor.
Entre os espíritas e a Umbanda acabou
por se predominar aqui em São Paulo
e também no sul do Brasil.
R.S.: Por volta de 1950 começou
o crescimento contínuo da Umbanda.
Parece que já tinha uma base cons­
truída, no entanto meio oculta. Houve
uma expansão acelerada nessa épo­ca.
Que espécie de movimentação foi to­
mada pelas lideranças no sentido criar
alguma coisa? O senhor conheceu de
perto essas lideranças?
N.F.D.R.: Tivemos vários líderes.
Eu fiz parte de um grupo que procurou
unir-se para fazer uma Confederação
de Umbanda que abrangesse todas as
federações.
R.S.: Ali foi o embrião do Superior
Órgão de Umbanda no Estado de São
Paulo?
N.F.D.R.: Foi a fundação do tipo
de organização que criaria o SOUESP.
R.S.: Já havia então uma preocu­
pação com a religião e não com o
movi­mento de expansão desordenada?
N.F.D.R.: Exatamente. Procura­
mos nos unir para a evolução da
religião e vários líderes tomaram parte
do movimento. Hoje os que estão em
maior evidência são o Pai Jamil, Pai
Ronaldo, Pai Demétrio... mas nós tive­
mos vários líderes, como Pai Ismael e
o Pai Jaú, que foi um dos mais conhe­
cidos não só em São Paulo, no Brasil
e provavelmente no mundo como Um­
bandista. Ele foi um grande mé­di­um,
um grande Pai de Santo que seguia à
risca os ensinamentos de Oxalá.
R.S.: Há cerca de 50 anos atrás,
quando o senhor começou a fabricar
as imagens aqui, acredito já havia uma
procura. Então podemos deduzir que
por volta de 1950/1955 a Umbanda
já estava ramificada, ainda que não
tivesse a expressão que ela passou a
ter 20, 30 anos depois. O senhor se
lembra de quando surgiu a imagem de
Iemanjá em São Paulo?
N.F.D.R.: Ela já estava no Rio.
Antes, o meu conhecimento disso
começou na Bahia. Por que você acha
que a empresa se chama Imagens
Bahia? O que se falava em Umbanda
e Candomblé não era divulgado no sul,
então tudo era feito na Bahia. Existiam
grandes pais de santo. A evolução da
religião lá era muito grande, então nós
quisemos homenagear a terra onde
tudo começou. Sou paulistano, mas sou
um baiano honorário. Para fazer tudo
da forma mais honrada, mais sincera
possível, fizemos com que os médiuns
confirmassem junto a seus cambones,
ou quando não fosse de conhecimento
deles a imagem, que fossem aprovados
os modelos.
Nós temos em média uma con­
fecção mensal de 40 unidades diferen­
tes de entidades que não existem. Que
não podem ser comercializadas por­que
não existe campo para uma indústria
desse tipo. Então procura­mos fazer
aquelas mais utilizadas já com o nome
gravado.
R.S.: Explicando a dificuldade
que o Sr. Nelson nos fala em relação
às imagens, podemos dizer que a
Umban­da está fundamentada em cor­
rentes espirituais que incorporam em
seus médiuns e se apresentam com o
mesmo nome.
Na Umbanda temos vários nomes
simbó­licos que simbolizam uma corren­
te (Cobra Coral, Ventania...) as mais
difundidas, são as que mais médiuns
manifestam. São muitos espíritos
perten­centes a uma mesma corrente,
e a apresentação desses espíritos para
o clarividente é idêntica em todos os
templos. São várias entidades, vá­
rios espíritos, mas a sua forma de
apresentação e trabalho é a mesma.
Assim quando compramos a imagem
determinada entidade, sabemos que
ela já se tornou um ícone religioso
den­tro da Umbanda pela distribuição
horizontal da linha de trabalho da
corrente espiritual gigantesca que vem
socorrendo as pessoas.
N.F.D.R.: Temos vários escultores
que à partir de desenhos enviados
por médiuns e clarividente. Primeiro é
desenvolvido um molde em cerâmica
para aprovação. Fazemos imagens de 5
cm até 4 metros de altura. Aqui em São
Paulo há duas que são muito conheci­
das: A de São Jorge com 1,60 metro
de altura no estádio do Corin­thians, e
a de Santa Edwirges que tem 4 metros
e fica em seu santuário no Sacomã.
R.S.: É realmente um trabalho
maravilhoso. Estamos encerrando o
programa e gostaria que o senhor
fizesse suas colocações finais.
N.F.D.R.: Só tenho a agradecer
mais esse trabalho que eu considero
como mais uma evolução para a reli­
gião de Umbanda. Desejo sucesso a
todos os umbandistas que trabalham
em prol da nossa causa, sempre preser­
vando nosso bom nome.
Página -6
São Paulo, Janeiro de 2007
Trabalho e Ócio
Notícias do
Planeta Terra
LENI SAVISCKI
Ano de 2007. Século XXI.
Pasmem todos vós, espíritos
luzeiros que residem nas paragens
do além túmulo, numa das tantas
moradas de meu Pai, diante da notícia
que lhes envio daqui da crosta
terrestre:
- Os homens, intitulados de criaturas “racionais” e dentro da cadeia
evolutiva, classificados
como “os mais evoluídos”, pseudo sábios,
ainda brigam em nome
de Deus; ainda discriminam credos, raças e
sexo; ainda acreditam
em milagres; ainda
vendem o que de graça receberam; matam
e comem o irmão menos evoluído; ainda
morrem e não desencarnam quando deveria se dar o contrário,
ou seja, desencarnar e não morrer.
Com certeza, depois dos céus
terem enviado à terra tantos avatares, deduzis que o paraíso de Adão e
Eva deixou de ser lenda e virou realidade. Infelizmente tenho que lhes
notificar que os dois se deixaram corromper sob a tutela de propina e fingem-se de cegos e surdos. Entregaram seu reinado para a serpente e
hoje se satisfazem comendo a maçã.
O pecado virou moda, senão lei e
nele nos afogamos todos os dias.
Ah, mas acreditais que o surgimento de novas revelações em forma
de mensagens como boas sementes
lançadas ao solo, devem ter extirpado as ervas daninhas, senão o pró-
prio joio e que o trigo certamente
floresce exibindo espigas douradas
ao sol. Sinto informar que nasceram
muitas sementes sim, mas poucas
resistiram ao solo arenoso, as intempéries ou ao descuido do camponês.
Porém posso lhes contar que sobrevivemos apesar de tudo, por graça e bondade do Supremo Criador
que incansavelmente aposta em
nossa evolução fazendo descer até
aqui o Seu amor em forma de protetores e guias espirituais; anjos, tantas vezes confundidos
com demônios pela vaidade e orgulho dos homens apegados a rótulos ilusórios.
Portanto meus irmãos mais evoluídos,
apesar de tudo, a Terra tenta se reerguer
em cima dos pilares da
fé racional e não mais
de sonhos dourados,
por isso neste pedaço
de mundo chamado
Brasil, os homens
diversificam os credos mas crêem...
e fazem disso o alimento que os
sustenta nas adversidades que se
somam.
Terra Brasil. Terra do índio, do
negro, do branco. Terra do caboclo.
Terra de fé. Terra de homens. Berço
da Umbanda.
Em breve, espero lhes mandar
melhores notícias...afinal, acredito
piamente que herdamos a centelha
divina e com tanta oportunidade,
com tanta ajuda, o homem há de
melhorar!
(Inspirado por Negro Ambrósio
espírito amigo, falangeiro da nossa
Sagrada Umbanda)
Programa Falando
de Umbanda
COM ALEXANDRE CUMINO E JORGE
SCRITORI
Sexta-feira das 17h00 às 17h30
Jornal de Umbanda Sagrada
RODRIGO QUEIRÓZ
Paz em Cristo, Maria e José!
Abnegados irmãos da boa hora,
eis que é chegado o momento
diariamente de despertar necessário
de todos aqueles envolvidos sinceramente pelos sentimentos de evolução
e participação ativa para um mundo
melhor ao seu redor.
Independe de sua fé, de sua
crença, de sua religião e ainda menos
da forma diferente das outras como
você pratica a sua fé. Orar não é ler
algo programado; orar não é uma obrigação; orar não é uma dificuldade;
orar é simplesmente uma necessidade
que a alma tem em se elevar vibratoriamente e uma tentativa excelsa de
se colocar mais próxima do Criador.
Orar é mais do que juntar as mãos
e ajoelhar proferindo palavras muitas
vezes fora de seu vocabulário para
impressionar o Alto. Se faça assistido
através da obra, de atitude e trabalho
palpável. Fácil é apontar o cisco no
olho do próximo e difícil é enxergar o
porto de areia á sua frente.
Para aqueles que pensam que
estão “vendo” mais longe, ou que são
muito “espertos e vivos” e tentam o
tempo todo apontar supostas falhas
no trabalho do próximo, retrata assim,
a ociosidade mental e física perante a
evolução verdadeira.
Enquanto você está preocupado
em apontar, bisbilhotar ou encontrar
erros no próximo, você está perdendo
um tempo precioso de olhar para si
próprio. Porque enquanto você se
preocupa em olhar o próximo na busca
de “motivos” de erros, você está deixando de olhar por si mesmo e tampouco estará acrescendo algo ao meio
que se encontra.
Para quem está trabalhando e fazendo sua obra, ou ainda, contribuindo para a obra do meio que se faz
parte, se dedicando e fazendo o que
pode, jamais terá tempo ocioso suficiente para apontar algo aqui ou ali.
Naturalmente, o trabalhador da boa
hora, quando se deparar com alguém
em dificuldade para seu trabalho, se tiver possibilidade
irá se curvar para o auxílio
descomprometido e amoroso.
A maledicência é uma
doença que acomete a todos
que se encontram na
ociosidade espiritual. Pois não
faz nada de aproveitável a si
e a ninguém, mas sempre crê
ser superior, um exemplo de
trabalho.
Á você que está lendo
esta
mensagem,
seja
sincero, você está encontrando ou
buscando muitas falhas no próximo?
Se a resposta é positiva, então seja
ainda mais sincero o que tem feito para
melhorar? Você já se aproximou
daquele em dificuldade e fraternalmente o auxiliou, ou o apontou covardemente?
Se a resposta for negativa á tentativa de auxilio, então aceite. Você está
doente, tomado pela ociosidade, pois
praticas a maledicência. Deixe de se
“preocupar” com o que está ao lado e
se ajude, melhor ainda é pedir ajuda.
Mais uma vez alerto, estas são
dicas para você se entender. Quem
muito fala, é porque nada está fazendo.
Faça, construa, edifique sua obra
e seu espírito naquilo que acredita e
somente depois, perceberá que não
tiveste tempo para ver “erros” onde
não existiam, até porque quando se
está trabalhando você erra e tem que
consertar o erro, sendo assim, mais
trabalho lhe envolverá.
Se você está sendo alvo de maledicência ou “apontamentos”, não se
importe sua construção já está sendo
vista de longe e fatalmente incomoda
aqueles que não se atinaram a lhe
acompanhar ou mais preocupados com
o seu nada a fazer estiveram. Não dê
ouvido, continue trabalhando, pois
muitos são aqueles que a sua volta se
encontra ansiosos para compartilhar
da sua edificação.
Toda edificação e trabalho ex-
pansivo e imponente incomoda á quem
na incompetência de fazê-lo, prefere
nada fazer. Você trabalhador verdadeiro, que por algum motivo se encontra desanimado ou incompreendido,
saiba, o Criador lhe compreende e diz:
- Amado filho meu, continue, pois
em ti deposito minhas forças, seus
braços materializam o meu desejo, sua
mente capta o que penso e seu espírito manifesta o que eu sou!
Assim queridos encarnados, reflitam, reflitam e reflitam, depois procurem refletir novamente e com
sinceridade.
NÃO FALE, FAÇA.
NÃO APONTE, CONTRIBUA.
NÃO ZOMBE, ESCLAREÇA.
Qual a sua obra, o que tem
feito que possa ser mostrado
e reconhecido?
Deixo a você trabalhador da boa
hora, a certeza de que as bênçãos
recaem sobre seus ombros. A você
ocioso de toda hora, deixo a certeza
da insatisfação do Criador. E a todos
deixo a certeza de que esperançosos
nós do Astral, caminhamos e trabalhamos para que tudo mude.
Recebam meu sincero abraço em
espírito! Paz e trabalho a todos! Tenham um bom dia.
(mensagem ditada por Vô Benedito
ao médium Rodrigo Queiroz,
em 22/12/06 ás 5h30)
A TVUS - TV Umbanda Sagrada, nasce do
desejo de transmitir ao máximo de pessoas a
Cultura, a Doutrina, Filosofia, Ciência, Magia
e Mistérios da religião de Umbanda.
www.tvus.com.br
Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Janeiro de 2007
Página -7
Liderança religiosa no ano de Júpiter
PATRÍCIA UNGARELLI
Meus caros amigos e irmãos de
fé! Em continuação aos estudos no
qual eu e meu amigo e irmão Alexandre
Cumino há um tempo desenvolvemos,
dedicando-nos ao inter-relacionamento da Ciência da Astrologia com nossa
amada religião de Umbanda; tenho a
felicidade agora de poder falar sobre
esse ano que entra, com a regência
de Júpiter. Creio que 2007 guarda
ensinamentos preciosos para todos
que exercem de alguma forma lideranças, de todos os tipos, mas faço
uma ressalva a um assunto controverso que é a liderança religiosa. Para
entendermos melhor essa regência:
estamos saindo de um ano difícil, de
duras lições, de fortes emoções, de
dolorido aprendizado, Saturno, regente de 2006 nosso mestre e amado
ensinou de forma implacável!
Júpiter, nosso mestre e amado regente de
2007 entra chegando!
Chega entrando! Assim
mesmo, orgulhoso,
grandioso, brilhante! O
Abençoado, aquele que
traz bênçãos e prosperidade, abundância e
crescimento! A figura do
Sacerdote é bastante
exaltada no arquétipo
jupteriano, pois de certa forma ele simboliza a
“religiosidade, a fé, o otimismo, as
crenças”. Portanto nós todos teremos
um papel “sacerdotal” em nossas vidas
em
2007:
a
promessa
de
transformarmos nossa vida em algo
sagrado, nossos corpos em templos,
nosso trabalho em missão, nosso
crescimento em evolução, nosso
conhecimento em sabedoria. Júpiter
é aquele que enxerga além, que vê o
DIVINO em toda a Criação, que traz a
generosidade em si, e por isso é
símbolo de abundância, riqueza e
prosperidade. É o grande legislador,
o Deus dos Deuses, afinal, é o rei do
Olimpo! Júpiter rege o signo de sagitário, um signo naturalmente associado
às questões filosóficas da vida, religiosas e culturais. Sagitário tem o símbolo do centauro, metade homem,
metade cavalo, que carrega nas mãos
um arco e uma flecha. Apontando o
arco para o céu, ele nos mostra que
apesar de possuir seu lado material,
com as patas bem firmes no chão,
apesar de saber que possui necessidades instintivas, selvagens, e ser
em sua base um cavalo selvagem, ele
já superou essa fase e tornou-se humano, e nasce com a consciência de
que a Criação é infinita em todos os
seus aspectos, e uma ânsia o incomoda, ele quer sempre mais, ele quer
respostas sobre a vida, sobre a criação, ele quer saber de onde viemos e
para onde vamos, ele aponta com sua
flecha para buscar metas, objetivos,
mas deixa claro que as metas são
divinas, os objetivos se sobrepõe aos
instintos materiais. É por esse motivo
que ele sempre se expande, procurando o conhecimento que vai além, e
nessa busca interminável ele sempre
encontra o DIVINO, ele então percebe
que
deve
com
certeza haver uma
força maior que nós,
que tudo cria e
mantêm, ele entende
aí sua parcela divina
na criação, e como
atingiu essa sabedoria, ele se torna
o incrível professor, o
mestre, o sacerdote,
aquele que passa
esses conhecimentos
para seus discípulos,
que um dia também
serão mestres de si
próprio! Júpiter é a energia que anima
essa figura arquetípica sagitariana,
cedendo ao signo essa qualidade
sacerdotal.
Na Astrologia temos três signos
fortes que nos remete à idéia de liderança: Áries, Leão e Sagitário. Entendam que isso não significa que aqueles
que não são desse signo não são líderes. A idéia de signo é bastante ampla e para definir essa questão da liderança é necessário estudar o mapa
inteiro como um todo. Para exemplificar e todos entenderem, vamos usar
como objeto de estudo o próprio mapa
da Umbanda, matéria que fiz alguns
anos atrás no JUS. No mapa da Umbanda o planeta Júpiter está localizado no signo de Virgem, na área da
casa 6. Ótimo! Agora vocês me perguntam: e daí? O que isso significa?
Vamos lá, de forma bem objetiva e
simples, toda a questão da liderança
religiosa dentro da
religião da Umbanda
é vista como forma
de “trabalho do diaa-dia”, como rotina
prática. Ou seja, os
nossos líderes religiosos trabalham,
nossa religião é muito prática, concreta,
simples, assim como
a casa 6 e o signo de
virgem. Através das
incorporações e canalizações de mensagens vindas do campo espiritual, o
trabalho acontece. Sempre em parceria com o plano espiritual, através de
nossos guias e mentores. Nossos sacerdotes trabalham como todos da
corrente. A figura sacerdotal portanto não é uma figura de “realeza”, de
autoridade burocrática ou intelectual
apenas, e nossos líderes materiais se
confundem inúmeras vezes com os líderes espirituais que estão no outro
plano. Isso é bastante interessante
já que realmente tudo começa com o
desenvolvimento da mediunidade e do
“templo individual” que é o corpo físico
do médium certo?
Voltando à Astrologia, esses três
signos são do elemento fogo. O fogo
traz uma relação bastante estreita
com a espiritualidade, e temos na simples chama de uma vela uma simbologia
muito forte com o mundo espiritual.
Todas as religiões praticamente utilizaram o elemento fogo para essa finalidade, façam um estudo das religiões
e verão essa analogia. Mas temos no
signo de Àries a “liderança humana”,
o guerreiro, o homem que vai à frente,
aquele que abre os caminhos, que vai
primeiro, o conquistador. Temos em
leão a “liderança real”, lembrando que
“real” é de realeza. O rei, aquele que
simboliza o poder, que simboliza a liderança, muitas vezes nem sempre a
executando de fato, o homem que recebeu o título de líder, o dirigente, a
imagem da liderança. E temos no sig-
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no de sagitário (e aí entra a regência
de Júpiter), a “liderança sacerdotal”,
o intermediário, o médium, o profeta,
aquele que leva a palavra de Deus,
aquele que traz esperanças, otimismo,
o que promove o crescimento pessoal,
que traz conhecimentos superiores,
que ensina e doutrina. Portanto esses
três signos nos
mostram e falam
sobre as lideranças de forma diferente. E quando
falamos em ser
líder é importante
ressaltar que muitas vezes “estamos líderes” e não
somos líderes.
Tem uma incrível
diferença entre
“ser e estar”.
Quantos de
nós já não nos encontramos nessas
situações? Quantos de nós não
tivemos que assumir centros, terreiros
de uma hora para outra? Quantos de
nós de repente não nos vimos
envolvidos com pessoas, orientando
e ensinando? Inclusive nós magos.
Quantos de nós, começando com a
magia, não nos vimos abrindo casas,
terreiros e começando um trabalho
espiritual? E de repente nos vimos
como líderes? Pessoas nos procurando, pedindo nosso auxílio, nos
“vendo” como dirigentes, nos outorgando essa missão? Reflitam em vossas vidas como essa questão é importante dentro de nossa religião. Reflitam o quanto seria importante, todos
nós nos conscientizarmos dessas lideranças que estamos exercendo? Vamos analisar como estamos trabalhando essa questão em nossas vidas, começando por analisar como estamos
sendo “líderes de nós mesmos”? E mais
forte ainda agora em 2007, quando o
próprio planeta Júpiter estará no céu
observando e nos JULGANDO. Júpiter
traz a Justiça Divina, a balança do
equilíbrio, o senso de ética e respeito,
o conhecimento superior, e principalmente o autodesenvolvimento constante. Nós que de alguma forma exercemos funções de liderança temos o
DEVER de aprender constantemente.
Temos o DEVER de estarmos sempre
em autodesenvolvimento nessa vida,
pois quando achamos que nada temos
mais para aprender e portanto já
somos MESTRES, é aí que a balança
de Júpiter pesa toda para um lado só
e desequilibra nossas vidas, trazendo
os aspectos negativos de Júpiter
como: prepotência, arrogância, orgulho, vaidade intelectual, presunção,
excesso de confiança, abuso de poder,
intolerância, fanatismo, fingimentos,
falsidade, excessos de todo tipo, irresponsabilidade, imaturidade, etc.
A Liderança religiosa no ano de
Júpiter, após ter vindo de um ano Saturnino, um ano de cobranças, de auditoria, de execução, onde a foice de
Saturno ceifou de maneira implacável
e muito dolorida, vai agora se confrontar com as questões éticas, com
as questões reais da liderança, com
as questões de doutrina, com a VERDADE acima de tudo. Júpiter é um bus-
cador da verdade, e anuncia ela de
maneira franca e direta. Não esperem dele rodeios, assim como um juiz
que decreta uma sentença assim é
Júpiter na ação. Esse ano é para os
corajosos, os covardes não terão vez.
Esse ano é para aqueles que não
TEMEM A VERDADE! Júpiter estará
nos julgando de certa forma, e esperará de nós uma postura RETA E ÉTICA
acima de tudo. Vamos analisar nossas
atitudes perante nosso público,
vamos nos analisar em nossas
questões pessoais, antes de qualquer
coisa vamos ser mais verdadeiros
conosco. Somos humanos, Júpiter nos
ensina, temos falhas e pecados, pois
apesar de ansiarmos pela divindade,
ainda assim estamos aqui na matéria.
Nossas quatro patas estão na terra,
devemos respeitar nossa MÃE TERRA,
devemos entender que somos
materiais, e não devemos ter receio
de mostrar isso às pessoas. A
liderança religiosa teme isso, como se
essa atitude fosse diminuir o respeito
que temos por eles enquanto líderes.
Lembrem-se: o verdadeiro LÍDER
é amado e não temido. O verdadeiro
LÍDER É, não fica LÍDER. O verdadeiro
LÍDER não necessariamente é um sacerdote, e um sacerdote não necessariamente é um verdadeiro LÍDER. O
verdadeiro LÍDER não precisa buscar
força ou poder e impô-los sobre os
outros, pois o poder e a força fazem
parte de sua natureza e naturalmente
são sentidos pelos outros. O verdadeiro LÍDER não obriga os outros a
respeitá-lo, pois as pessoas fazem isso
naturalmente. O verdadeiro LÍDER
aprende com seus liderados muito
mais do que ensina, e por isso forma
mestres e não apenas seguidores. O
verdadeiro LÍDER nunca para de
aprender, pois sua busca por respostas nunca termina. O verdadeiro
LÍDER reconhece o potencial das
pessoas e trabalha no sentido de
fazê-las manifestar esse potencial,
não fica tentando abafar e conter
essas riquezas interiores. O verdadeiro LÍDER reconhece a diversidade,
a diferença e sabe que cada um é um,
e não tenta unificar e massificar seus
liderados, isso é ser um ditador,
diferente de ser um LÍDER. Enfim,
inúmeros itens eu poderia discriminar,
mas deixo minha mensagem a todos
nós, que antes de liderarmos alguém
temos que nos liderar primeiramente.
Temos que ser “líderes de nós
mesmos”, afinal a caminhada é
individual. Que Júpiter nos ilumine e
nos abençoe nesse novo ano que
entra!
Que a Justiça Divina nos ampare
em 2007! Que os ventos de Iansã
movimente nossos objetivos, e
nossas vidas! Que a flecha do arqueiro
aponte para metas retas e éticas! Que
a busca pela VERDADE seja o divisor
de águas, eliminando as ilusões que
foram auditadas e mostradas no ano
anterior por Saturno!
E que a Astrologia possa cada vez
mais auxiliar as pessoas na busca por
elas mesmas!
Patrícia Ungarelli – (11) 6161-5957
e-mail: [email protected]
Página -8
São Paulo, Janeiro de 2007
Jornal de Umbanda Sagrada
Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Janeiro de 2007
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O Nascimento da Umbanda e a Numerologia
REYNÁLDO FÉR
15/11/1908
Esta data não aconteceu por
acaso. Se analisarmos numerologicamente a data de nascimento da
Umbanda, ou a primeira manifestação
do Caboclo Sete Encruzilhadas, feita
através do médium Zélio de Morais,
poderemos ver que a data foi escolhida com sabedoria pelo plano Astral. A energia contida nesta data
mostra realmente toda a força da
Umbanda e mostra realmente que ela
um dos grandes mistérios de Deus. E
que realmente ela é a religião dos
mistérios e um verdadeiro hino de
amor à vida, por tudo isso é que a
nossa Umbanda é sagrada. Se pegarmos a data de nascimento da
Umbanda e somarmos iremos achar
seu Caminho de Origem.
15/11/1908;
1 + 5 + 1 + 1 + 1 + 9 + 0 + 8= 26
Teremos um total 26 que reduzindo
teremos um 8.
Se analisarmos o número 26
primeiramente teremos:
26 é o número de JEOVÁ =
I.H.V.H = 10 + 5 + 6 + 5= 26.
É desta soma que temos a
energia dos mistérios de Deus dentro
da Umbanda e sua força como uma
revelação divina.
Se analisarmos o número 26 como
uma carta do tarô, teremos a princesa de paus (Crowley e Cosmic).
Simboliza a parte térrea, a mais sólida,
do fogo, isto é, o combustível, as
brasas e as cinzas. Também podemos
relaciona-la com o processo de desintegração do átomo. Como o combustível é para o fogo o que o alimenta é
para o ser humano, podemos dizer
que ela nos da uma idéia de nutrição:
“Nutrição da Alma”. Se analisarmos
os símbolos contidos na carta, veremos que a princesa está saltando numa chama cuja a forma lembra a letra
Yod que representa o impulso ativo
primordial. E realmente a Umbanda é
um impulso ativo e primordial para
todos nós.
Se reduzirmos o número 26 teremos o número 8, que numerologicamente significa poder, justiça. É o
primeiro cubo de energia, os gregos
o consideravam um número todo
poderoso conhecido também como
harmonia universal. O número 8 representa o equilíbrio entre o material
e o espiritual.
Se analisarmos pelo tarô é a carta
da justiça (o ajustamento). É a lei do
karma. Mostra as forças que ajustam
e equilibram o universo, mostra um
reajuste de atitudes que leva a equilibrar-se com o mundo, representa “o
caminho do meio”, que foge de radicalismos e atitudes auto-destrutivas,
procurando chegar a acordos nas
áreas da vida. Aqui a pessoa toma
consciência de seu próprio karma e
trabalha para transformá-lo. E a Umbanda nos mostra através de sua força que podemos nos transformar e
nos equilibrar.
Podemos ainda fazer uma analise
em separado desta data 15/11/
1908, e veremos que a energia
é altamente forte, analisaremos
o dia, o mês, e o ano em
separado.
Dia 15
15 é o número de IAH que é
um dos nomes de Deus. Se
reduzirmos o número 15 teremos
o número 6, que numerologicamente significa o número do
amor, da harmonia. O filósofo
Nicômaco o chamava de “a forma
da forma, o único número adaptado à alma, a distinta união das
partes do universo, o que fabrica
a alma, e também a harmonia” e
é na verdade a própria “Vênus”,
“Oxum”.
“Oxum
Divindade
da
Umbanda, é o trono feminino do amor,
irradia o amor o tempo todo de forma
passiva não forçando ninguém a
vivenciá-lo, mas sustentando a todos
que tem amor. Fator agregador e
conceptivo, traz a energia e
magnetismo, de amor, que agrega e
une desde os átomos e planetas até
as pessoas. Também atua nas
concepções através dessas uniões
que se estabelecem a partir de suas
qualidades”.*
Significa também a responsabilidade social, o senso do coletivo, a
compreensão, o serviço, a devoção
e a justiça. E tudo isso está enraizado
dentro da nossa Umbanda. Podemos
ver que a Umbanda nasceu com uma
forte força agregadora e conceptiva.
Mês 11:
O número Onze na África está
relacionado com os mistérios da
fecundidade, se o Dez representa a
Movimento Chega!!!
NA
MOVIMENTO CHEGA!
O convite foi feito pelo Cerimonial
do Palácio do Planalto e do Senado,
ao Movimento Chega!, encaminhado
aos sacerdotes Mestre Rubens Saraceni e Pai Guimarães de Ogum, para
representar a Umbanda, bem como
a Yalorixá Ada D’omulu e o Babalorixá
Toninho D’Xangô para representar o
Candomblé.
Infelizmente compromissos particulares impediram que o MESTRE
RUBENS SARACENI e O Babalorixá
Toninho de Xangô estivessem presentes a esta data importante.
A pedidos do Presidente do Movimento Chega!, Rubens Saraceni, Pai
Guimarães e Ya Ada D’omulu representaram o MOVIMENTO CHEGA como
Sacerdotes da Umbanda e do Candomblé.
Durante a cerimônia de posse,
POSSE DO
PRESIDENTE LULA
ocorrida no Senado, somente Pai Guimarães D’Ogum, pôde estar presente. Lá, concedeu várias entrevistas
e em nenhum momento perdeu a
oportunidade de promover o MOVIMENTO CHEGA e a luta contra a intolerância religiosa e a exclusão social.
Várias lideranças políticas e religiosas
estavam curiosas em conhecer
melhor essa mobilização.
Durante a cerimônia ocorrida no
palácio do Planalto, a Yalorixá Ada
D’Omulu, acompanhada pela Diretora
da ABRATU, Sra. Roseli Romam, se
destacaram, pois apenas elas representavam a Umbanda e o Candomblé.
No momento em que o Presidente
veio até a áreas reservadas aos
convidados para receber os cumprimentos, Pai Guimarães ofereceu ao
Presidente LULA, o seu Braja como
presente, que não só o aceitou, como
abaixou a sua cabeça e pediu para
que pai Guimarães o colocasse. Foi
um momento especial. Tal fato despertou ainda mais a atenção da imprensa, que ficou curiosa para saber
o que representava tal colar.
Pai Guimarães disse ao Presidente: “Este colar é um cordão religioso,
que representa o Orixá Ogum, a
energia da Força Divina, que na forma de guerreiro, luta contra as injustiças e em defesa dos mais fracos.
Que o nosso Pai Ogum lhe proteja e
lhe dê muita força e coragem para
lutar contras as injustiças e os direitos
do povo brasileiro”.
Ao que, o presidente Lula respondeu: “Axé”.
VISITE O SITE:
WWW.MOVIMENTOCHEGA.COM.BR
totalidade, o Onze indicará
transbordamento desmedido, um
novo impulso para outro ciclo, uma
nova polarização. Para a tradição
Chinesa, o Onze é o número pelo qual
se constitui na sua totalidade o
caminho do Céu e da Terra. O Onze é
o número da espiritualidade, do conhecimento secreto que deve ser
revelado. E a Umbanda veio para um
novo ciclo para mostrar o conhecimento e revelar os mistérios de Deus.
Ano 1908
1 + 9 + 0 + 8= 18 / 1+8= 9. O
número 18 era considerado como
proteção contra energias negativas.
Pelo tarô é a carta da Lua seus titulos
esotéricos são “ o regulador do fluxo
e do refluxo” e “ a criança dos filhos
do poder”. A porta da ressureição
porque peixes (o signo a ela atribuido)
é, no hemisfério norte, o último signo
do inverno que dá seqüência ao renas-
cimento da vida, com a primavera que
traz Áries. A lua leva tradicionalmente
o número 18. Duas vezes nove, e
por redução também nove.
O nove é a manifestação dos três
números do espirito, nos três planos
cabalísticos da existência. O nove em
sua raiz latina significa Novo, e é matematicamente um zero em um nível
seguinte ao da espiral. Sendo 3 x 3,
é a manifestação do espírito e dos
três planos da existência. Para algumas tradições existem nove celas e
em todas elas este número se refere
ao elevado. Como 5 + 4 representa
o ser humano, 5, sobre a matéria, 4,
representando assim o aspecto mais
espiritual e elevado do ser humano.
Podemos ver que a vibração emitida pela data de nascimento da Umbanda. Traz a ela toda uma energia
especial com feições divinas aberta a
todos. Por isso ela vem a ser uma
religião nova, espiritualista e
magística. Os grandes filósofos diziam
que “Deus geometriza”, ou seja, que
o mundo foi criado com base nos
números. Os números aparecem em
outras ciências ocultas. No Tarot, sem
origem definida, eles aparecem nas
cartas e na seqüência dos baralhos.
Já na Astrologia, aparecem no
significado e na relação dos aspectos
planetários. Os magos, alquimistas,
rosacruzes, metafísicos, todos
usavam os números em seus
significados símbolos e explícitos. E
como disse o caboclo das Sete
Encruzilhadas a Umbanda é uma
Revelação Divina.
Salve a Umbanda.
contatos: [email protected]
*(fonte: Deus, “Deuses”
e Divindades. Alexandre Cumino).
Agora você já pode conferir
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A TV Espiritualista tem uma programação que fica
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Página -10
São Paulo, Janeiro de 2007
Jornal de Umbanda Sagrada
Deusa Ceuci e Jurupari
ROSANE VOLPATO
Ceuci é a “Virgem Maria” da teogonia Tupi, pois também ela teve um
filho de uma concepção miraculosa.
Segundo a lenda, Ceuci descansava à sombra da árvore do bem e do
mal, quando avistou seus frutos grandes e maduros. Não resistindo, apanhou e comeu uma de suas frutas e o
seu caldo escorrendo pelo seu corpo
nu alcançou o meio de suas coxas.
Meses após, revelou-se uma gravidez que encheu de indignação toda
a comunidade de sua aldeia. O Conselho de Velhos, achou por bem, punila com o desterro.
Ceuci teve seu filho muito longe
da aldeia de deu-lhe o nome de Jurupari, futuro legislador, que veio mandado pelo sol para reformar os costumes da terra e também encontrar
nela uma mulher perfeita com quem o
sol pudesse casar.
À medida que o menino cresceu
foi afastando-se da mãe e muito
jovem já era considerado o “Moisés”
dos tupis. Para que os homens aprendessem a viver independentes das
mulheres, Jurupari instituiu grandes
festas que só eles podiam tomar parte.
“Morreste mãe, porque desobedeceste à lei de Tupã. É a lei que eu
vivo a ensinar. Não vou te ressuscitar,
mas te recomendo: sobe, bela, radiante e pura para um mundo melhor.
Cumpriste a verdadeira missão de
mãe, que sempre é cheia de amor,
renúncia, desenganos e sofrimento.
Meu pai vai recebê-la de braços abertos lá no céu”. O corpo da deusa,
então, cheio de luminosidade, começou a subir.
Atravessou o espaço e transformou-se na estrela mais resplandecente da constelação das Plêiades
(constelação que indica a época certa
da colheita das frutas maduras, da
caça e da pesca). Ali está, até hoje,
para lembrar aos selvagens o respeito
às leis de Juru pari, o Filho do Sol.
Os mitos da procriação, do nascimento e da vida de grandes figuras
da história refletem o que há de extraordinário nestas crianças divinas e
além disso, nos falam da correspondência destas conexões que se dão
tanto com a ordem cósmica como com
a alma humana.
As relações “homem-Deus” e “homem-mulher” são os temas do ser
humano desde que ele existe, justamente por que nestas ligações entrelaçam-se decisões de vida ou morte. De todas as ligações a de mãefilho é a mais estreita, é algo transcendente, que une duas pessoas em um
segredo fascinante, que dá prazer e
dor, mas que no fundo é sempre indecifrável. Assim, não é de se estranhar
que nos primórdios dos tempos se
acreditasse que a maternidade não
dependia do homem, mas sim da influência ou interferência dos astros,
animais e até do sumo de alguns
frutos, como é o caso de nossa lenda.
No início da humanidade, tal estado das coisas acabou por gerar choques e tensões sociais e o homem sentindo-se mais forte, tratou de dominar
a situação e inverter os papéis. Esta
mudança em alguns casos foi extremamente dramática, pois em algumas
tribos, o homem figurava como uma
espécie de escravo da mulher, executando os serviços mais baixos e sem
que os filhos o considerassem pais.
O mito do Jurupari, juntamente
com a existência das Icamiabas, nos
deixa bem claro, que as mulheres foram destituídas de todo o poder, nada
restando-lhes, nem mesmo era reconhecida a maternidade. Como o desmoronamento do direito materno, o
homem apoderou-se também da direção da casa, a mulher viu-se então
degradada, convertida em servidora,
em escrava da luxúria do homem, ou
simples instrumento de reprodução.
É óbvio que as mulheres não poderiam concordar com tal estado das
coisas. E muitas são as lendas em que
as mulheres matam os homens, seus
maridos, os velhos e as crianças do
sexo masculino, antes de abandonarem suas aldeias.
QUEM É JURUPARI?
Jurupari ou Izí é um Grande Espírito, que servia de guia e protegia os
índios, particularmente aos homens.
As leis do Jurupari, que significa “boca
fechada” (iurú=oca e pari=pume), impunham silêncio total sobre todos os
segredos do oculto. O pai deveria
matar o filho, se este descobrisse qualquer segredo das festas sagradas antes de iniciado, tão rígidas eram tais
regras.
Nas cerimônias de iniciação, destacam-se os seguintes versos, ilustrando o conceito de “boca fechada”:
“Sol, faz valentes seus corações!
Lua adoça suas falas!
Ceuci ensina-os a fugir
De um dia tudo contar!”
A cantiga pede pois, que mantenham suas bocas fechadas, de acordo com as leis e não esquece de invocar a proteção das Sete Estrelas ou
Ceuci, a mãe do Jurupari, que correspondem ao aglomerado estelar aberto
das Plêiades, na constelação do Touro, próximo às “Três Marias”, o cinturão da constelação do Órion. Este grupo é visível alto no céu pela madrugada
no inverno e primavera e verão no
meio da noite. É também pedido a proteção da Lua para “adoçar suas falas”,
isto é, impedi-los de contar os segredos às mulheres.
O Jurupari foi portanto, o responsável pela instituição da “Casa dos
Homens” e também pelo invento dos
instrumentos sagrados, máscaras e
das festividades exclusivamente masculinas, o que servia para manter o
caráter de dominação patriarcal no
seio das tribos.
MENSAGEM DEIXADA
A Deusa Ceuci e Jurupari chegam
até nós para curar os conflitos entre
homens e mulheres. Ceuci é a DeusaMãe Divina e Jurupari a Criança Solar
que recebeu sua energia amorosa.
Sem a mãe, não existiria o filho, sem o
filho não existiria a mãe e, sem os dois,
não poderíamos viver a dimensão da
vida.
Nossas vidas sempre continuarão
sendo um grande mistério, onde a razão só quer saber das causas e conseqüências e, com certeza, jamais admitirá ou acreditará no nascimento proveniente de uma mulher virgem. Entretanto, toda a mulher que encontra-se
conectada com a Grande Mãe, sabe
que não depende nem do pai, nem da
mãe quando se forma a vida, mas isso
cabe a um poder superior, ao poder
da própria vida.
Ceuci vem dizer ainda, que é urgente o aprofundamento das mulheres dentro de si mesmas, para que se
realizem os valores básicos femininos
que o mundo patriarcal negou e que a
mulher também alienou de si mesma,
perdendo a sua linguagem própria de
signos e símbolos em busca do reconhecimento.
O mundo hoje já não impede o
desenvolvimento da mulher, mas ela
ainda se encontra muito confusa em
relação a própria identidade e do seu
verdadeiro papel na vida. Se sente
presa e vacilante aos preconceitos que
a marcaram como sexo frágil, incapaz
e inferior. Sua liberdade dependerá
de um grande esforço, pois lhe exigirá
uma fidelidade consigo mesma e o
abandono de desculpas que ocasionem entraves para o seu crescimento.
Não podemos nos esquecer, que estes antigos valores ainda estão no inconsciente dos homens, entretanto,
o terreno é fértil para o despertar de
uma nova consciência!
É resgatando Ceuci, a Deusa-Mãe
das Estrelas, que nós mulheres deixaremos de lado os vícios e comportamentos que a sociedade patriarcal nos
impingiu e entraremos em contato
direto com o divino feminino.
Se você puder realizar este ritual
ao ar livre, tanto melhor. Caso more
em um apartamento, posicione sua
mesa perto de uma janela onde possa
ver a Lua e as estrelas.
Primeiro você deve estender uma
toalha azul no chão e desenhar ou
colar 7 estrelas nela. Acenda três velas cor de prata em triângulo, um incenso de eucalipto e encha uma taça
com vinho tinto.
Passe a fumaça do incenso de
eucalipto em torno de você, mentalizando a energia da cura. Depois
respingue um pouco do vinho sobre
seu rosto e entre em estado de receptividade com as energias de Ceuci,
dizendo:
Deusa das Sete Estrelas,
Encontro-me aqui para te encontrar,
E para pedir para tudo mudar,
Seja minha companheira,
Guia-me nos caminhos da
vida e da luz,
Pois és Mãe Cósmica que reluz!
Atenda meus pedidos e
se faça presente.
Feche os olhos e respire e inspire
profundamente por três vezes. Depois
visualize a luz brilhante das estrelas e
tente localizar as Plêiades e chame por
Ceuci. Uma luz tomará aos poucos a
forma de uma mulher, que muito devagar descerá até seu jardim iluminandoo com uma forte luz prateada. Em uma
de suas mãos terá um fruto vermelho
que oferecerá a você. Tome-o e agradeça! Neste mesmo instante pegue
sua taça de vinho, beba você o primeiro gole e depois levante a taça em
direção à ela, brindando este encontro
mágico.
Sinta então as estrelas que derramam sobre você raios de luz e deixe
que esta energia percorra todos os
seus corpos: físico, mental e espiritual.
Aqueça-se nesta luz, preenchendo todos os espaços vazios de seu ser.
Sinta-se então repleta, livre e
feliz! Peça a Deusa das Plêiades que
abençoe a nossa Terra e nos faça
todos irmãos.
Agradeça os momentos maravilhosos que lhe foram permitidos estar
com ela.
Apague as velas e encerre o ritual.
Bibliografia:
Lendas Brasileiras - Afonso
Schmidt; Livraria Pluma;
Porto Alegre; RS
As Amazonas Fernando G. Sampaio; Editora e
Distribuidora de Livros Ltda; SP
Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Janeiro de 2007
A Geração de
Oxóssi e Omolu
RUBENS SARACENI
Oxóssi foi gerado por Olorun na
sua matriz geradora da fartura e, como ele não ficou muito tempo dentro
dela, sua aparência é a de um jovem
ágil e expedito, tanto no raciocínio
quanto nos movimentos.
Ele, por gerar os fatores supridor
e fornecedor, entre muitos outros,
ainda na morada interior de Olorun,
sempre supria as realidades dos demais Orixás com o que nelas faltava.
É ágil e expedito, pois vagareza
e acomodação não o agradam nem
um pouco.
Oxalá, sabendo como ele era,
nomeou-o Orixá responsável pela
identificação e exploração das novas
realidades que eram geradas por
Olorun, que não pára de gerá-las.
Oxóssi é um genuíno “batedor”,
aquele que vai na frente fazendo o
levantamento de todo campo a ser
atravessado e apontando o melhor
caminho, os perigos possíveis, etc.
Por ser ágil e expedito, conquistou rapidamente a simpatia de todos
os outros Orixás, especialmente a de
Yemanjá, que vivia (e ainda vive)
recorrendo a ele para quase tudo o
que precisa em sua realidade.
Tanto isso é verdade, que ele é o
único Orixá que pode entrar a hora
que quiser na realidade regida por
ela e nunca sai molhado, pois aprendeu com ela como entrar nas águas
sem se molhar e como caminhar dentro delas sem afundar.
Dentro das águas todos nadam,
enquanto Oxóssi anda!
Inclusive, segundo o mais bem
informado dos Orixás, Exu, Oxóssi
leva para Yemanjá uma planta
aquática toda vez que entra em sua
realidade, deixando-a cada vez mais
verdejante.
Mas, isso ele faz sempre que
entra em alguma realidade e,
segundo Exu, o hábito dos humanos
de presentearem a quem visitam foi
herdado de Oxóssi, que jamais
chegou diante de uma mãe Orixá sem
uma flor, um fruto ou uma planta
ornamental.
Também revelou esse informadíssimo Orixá que existem algumas realidades vegetais que, de tão densas,
só mesmo Oxóssi não se perde dentro
delas, pois é dotado de um sentido
de direção ímpar, e jamais se perde,
tanto em vegetações ralas quanto
em matas fechadíssimas.
Inclusive, e aí creia quem quiser,
ele revelou-nos que Oxóssi recolhese no centro das matas virgens porque, no âmago gerador delas vivem
as Ninfas dos vegetais, que são mais
belas que as mais belas flores, e que
se abrem, ou melhor, abrem os braços esfuziantes quando ele as visita,
envolvem-no com seus encantos e só
o soltam quando ele conta para elas
como tudo está indo e o que há de
novo na morada exterior de Olorun.
Não sabemos se essa informação
procede ou não, pois ninguém consegue acompanhar ou seguir os rastros
de Oxóssi, de tão ágil que ele é em
seus deslocamentos. Mas, que há alguma coisa que o agrada no meio das
“matas virgens”, disso ninguém duvida.
Mensageiros Animais
JOSEPH CAMPBELL
“Os mensageiros animais, enviados pelo Poder Invisível, já não
servem mais, como nos tempos primevos, para ensinar e guiar a
humanidade.
Ursos, leões, elefantes, lobos e
gazelas estão nas jaulas de nossos
zoológicos. O homem não é mais o
recém-chegado a um mundo de planícies e florestas inexploradas, e nossos vizinhos mais próximos não são
as bestas selvagens, mas outros seres
humanos, lutando por bens e espaço,
num planeta que gira sem cessar ao
redor da bola de fogo de uma estrela.
Nem em corpo nem em alma habitamos
o mundo daquelas raças caçadoras
do milênio paleolítico, a cujas vidas e
caminhos de vida, no entanto devemos a própria forma dos nossos corpos
e a estrutura das nossas mentes.
Lembranças de suas mensagens
animais devem estar adormecidas, de
algum modo, em nós, pois ameaçam
despertar e se agitam quando nos
aventuramos em regiões inexploradas.
Elas despertam com o terror do
trovão. E voltam a despertar, com
uma sensação de reconhecimento,
quando entramos numa daquelas
grandes cavernas pintadas. Qualquer
que tenha sido a escuridão interior em
que os xamãs daquelas cavernas
mergulharam, em seus transes, algo
semelhante deve estar adormecido em
nós, e nos visita à noite, no sono.”
Página -11
Alce Negro e o Cachimbo
Sagrado da Paz
XAMÃ HEHAKA SAPA
(ALCE NEGRO)- OGLALA SIOUX
Há uma história de como o
cachimbo primeiro veio a nós. Faz muito
tempo atrás, dizem,
dois caçadores estavam fora procurando
por bisões; e quando
chegaram ao topo de
uma alta colina e
olharam para o norte,
viram algo surgindo a
uma grande distância
e quando chegou mais
perto gritaram: “É uma
mulher!”, e era. Então
um dos caçadores,
sendo estúpido, teve
maus pensamentos e
os falou, mas o outro
disse: “Esta é uma
mulher sagrada. Jogue fora todos os
maus pensamentos”.
Quando chegou ainda mais perto,
eles viram que ela usava um fino
vestido de pele de gamo, que seu
cabelo era muito longo e que ela era
jovem e muito bela.
Ela sabia seus pensamentos e
disse em uma voz que era como um
canto: “Vós não me conheceis, mas
se quereis fazer como pensais,
podeis vir”. E o estúpido foi; mas
assim que parou diante dela, fez-se
uma nuvem branca que veio e os
cobriu. E a bela e jovem mulher saiu
da nuvem, que quando se dissipou o
homem estúpido era um esqueleto
coberto de vermes.
Então a mulher falou ao que não
era estúpido: “Tu deves ir para casa e
dizer a teu povo que eu estou
chegando e que uma grande tenda
deve ser construída para mim no centro
da nação”.
E o homem, que estava bastante
amedrontado, foi rápido e disse ao
povo, que fez logo o que foi mandado;
e lá ao redor da grande tenda
esperaram pela mulher sagrada.
Depois de um tempo, ela finalmente veio, muito bela e cantando, e
enquanto entrava na tenda eis o que
cantava:
“Com respiração
visível
estou andando.
Uma voz estou
mandando
enquanto ando.
De maneira
sagrada
estou andando.
Com pegadas
visíveis
estou andando.
De maneira
sagrada eu
ando.”
E conforme cantava, vinha de sua
boca uma nuvem branca que era boa
de cheirar. Então deu algo ao chefe,
e era um cachimbo com um vitelo de
bisão entalhado de um lado para
significar a terra que nos sustenta e
alimenta, e com doze penas de águia
pendurados na haste para representar
o céu e as doze luas, e estavam
amarrados com uma erva que nunca
rompe. “Olhai!” ela disse. “Com isto
vós podeis multiplicar-vos e serdes
uma boa nação. Nada além do bem
poderá vir dele. Apenas as mãos dos
bons devem cuidar dele e os maus não
devem sequer vê-lo”. Então ela cantou
novamente e saiu da tenda; e
enquanto o povo assistia a sua partida
repentinamente era um bisão branco
galopando e bufando, e breve partiu.
Isto eles dizem, e se aconteceu
assim ou não eu não sei; mas se
pensares sobre isto, poderás ver que
é verdade.
Agora eu acendo o cachimbo, e
depois que eu o ofereça aos poderes
que são Um Poder, e mande minha
voz para eles, poderemos fumar
juntos. Oferecendo a pitada antes de
tudo para o Um sobre nós — então —
mando minha voz:
He he! He he! He he! He he!
Avô, Grande Espírito, vós exististe
sempre, e antes de vós ninguém
existiu. Não há nenhum outro para
louvar que vós. Vós próprio, tudo o
que vedes, tudo o que foi feito por
vós. As nações das estrelas por todo
o universo vós as terminastes. Os
quatro quadrantes da terra vós
terminastes. O dia, e nesse dia, tudo
o que há, vós terminastes. Avô,
Grande Espírito, inclinai-vos perto da
terra para ouvir a voz que mando.
Vós para onde o sol se põe, olhai-me;
Seres do Trovão, olhai-me! Vós onde
o Gigante Branco vive em poder, olhaime! Vós onde o sol brilha continuamente, de onde vêm a estrela da
alvorada e o dia, olhai-me! Vós nas
profundezas dos céus, uma águia de
poder, olhai! E vós, Mãe Terra, a única
Mãe, vós que mostrastes mercê por
vossas crianças!
Ouvi-me, quatro quadrantes do
mundo — um parente sou! Dai-me a
força para caminhar sobre a terra
macia, um parente de tudo o que
existe! Dai-me os olhos para ver e a
força para entender, que eu possa
ser como vós. Unicamente com vosso
poder posso encarar os ventos.
Grande Espírito, Grande Espírito,
meu Avô, por sobre toda a terra as
faces dos seres viventes são todas
semelhantes. Com carinho surgiram do
solo. Olhai sobre estas faces de
crianças sem número e com crianças
em seus braços, e que possam encarar
os ventos e trilhar o bom caminho e o
dia da tranqüilidade.
Esta é a minha reza; ouvi-me! A
voz que mandei é fraca, mas com
seriedade mandei. Ouvi-me! E é assim.
Hetchetu yelo!
Agora, meu amigo. Fumemos
juntos o cachimbo para que haja
somente o bem entre nós.
PRECE INDÍGENA
AUTOR DESCONHECIDO
Diz uma prece indígena: “Deixem-me seguir as pegadas do
meu inimigo por três semanas, carregar o mesmo fardo e passar
pelas mesmas provações que ele, antes de dizer uma só palavra
de desaprovação à sua conduta”.
São palavras que encerram uma profunda sabedoria. Julgar
o procedimento alheio, sem antes procurarmos entender os
motivos que o levaram a agir assim, é o caminho mais fácil,
porém é também o que mais nos leva a cometer injustiças.
Sempre esperamos que os outros entendam nossas
motivações e quando não o fazem nos sentimos injustiçados.
Mas será que nós procuramos sempre entender as razões
alheias? Será que, ao menos por um instante, seríamos capazes de tentar imaginar como agiríamos se estivéssemos
no lugar da outra pessoa?
Poucos de nós ao menos tentam.
Mas, a maioria de nós não hesita em desaprovar tudo que esteja contrariando aquilo que considera “certo”.
Experimente, ao menos uma vez, carregar o fardo de seu inimigo.
Página -12
São Paulo, Janeiro de 2007
A derrota
CASSIO RIBEIRO
O terreiro ia bem vários médiuns,
entusiasmados e apaixonados pela
Umbanda.
A assistência acorria para aquela
casa na esperança de encontrar
soluções para seus problemas. As
giras eram bonitas. Tanto a linha da
esquerda quanto à da direita,
encontravam campos propícios para
trabalhar.
Com força e firmeza, os Kiumbas
e Eguns eram afastados da casa, nada
parecia abater o ritimo dos trabalhos.
A Mãe de Santo era amável com
todos. Ouvia tanto aos médiuns
quanto à assistência, com carinho e
amor. Sempre emitia opiniões
sensatas, sábios conselhos.
Definitivamente a harmonia
morava no terreiro. Sempre havia
pessoas na assistência dispostas a
entrar na gira.
O terreiro crescia... Por isso não
podíamos permitir que a casa
continuasse assim.
Era meia noite quando instalamos
nossa assembléia.
Vários reclamavam terem perdido
seus eguns / escravos naquele
terreiro. Dois dos nossos também
haviam sido aprisionados pelos Exús
daquela casa. Sabíamos que não
voltaríamos a vê-los. Necessitávamos
de um plano urgente.
Foi no meio da Assembléia que tive
uma idéia: Já que não era possível
atingir à dirigente sem magias, nem
tampouco os médiuns, o melhor seria
descobrirmos alguém encarnado que
tivesse inveja do terreiro e através
dele atacaríamos e quiçá destruiríamos
o terreiro que tantas baixas nos
proporcionava.
Alguém se lembrou de uma médium
expulsa da casa por má conduta.
Outro se lembrou de um falso Pai de
santo que dava passagem para nossa
Sacolinhas de Natal
CELSO DE ARAÚJO
A Associação “CRIAR” de
Projetos Sociais, Culturais,
Educacionais
e
Profissionalizantes, realizou no
dia 16/12/06 no CEU Curuçá, a
festa do Projeto “CRIAR” Uma
Vida Melhor, na Campanha
“Sacolinhas de Natal” 2006, onde 600
crianças carentes da região do Itaim
Paulista foram beneficiadas.
Estiveram presentes 1000
pessoas, dentre elas, autoridades
locais. A entrega das sacolinhas,
as atividades recreativas e a
distribuição de lanches e doces
para as crianças, se fez através
do corpo de 80 voluntários
indicados pelas instituições
responsáveis pelos cadastros e
amigos que acreditam e apoiam
nosso trabalho. As instituições
beneficiadas que estiveram
presentes:
• Assoc. Com. e Benef. do
Conj. Itajuibe (Pres. Maria
Germano Gaspar)
• Assoc. Sempre Amigos do
linha e via seus clientes sumirem a cada
dia. O resto foi fácil.
Agimos no mental dos dois, os
aproximamos e assim passaram a
difamar o terreiro.
Ela por ódio de ter
sido expulsa, ele por
estar impedido de aplicar
golpes enquanto a casa
de caridade existisse.
Juntos sob nossa
orientação escreveram
uma carta apócrifa com
denúncias
falsas
acusando a mãe de
santo de corrupção de
menores, desvio de
dinheiro e tudo o mais
que imaginamos.
A tal carta circulou
pela cidade. A dirigente
sentiu o golpe, chorava,
triste e revoltada em ver seu nome
sendo arrastado para a lama.
Nós estávamos exultantes.
Finalmente após tantos anos conseguiríamos derrotar as forças da
Umbanda. Pelo menos, assim
achávamos.
Naquela noite, ela não participou
da gira. Assim que a cortina se fechou,
se recolheu. Os filhos de fé sabiam o
motivo da tristeza, mas preferiram não
• CEI Vila Nova Curuçá (Dir.
Silmara Regina Belucco).
Também
estiveram
presentes, alguns dos muitos
padrinhos, que fazem parte do
Colégio Tradição de Magia
Divina, aos quais deixamos
aqui nossos mais sinceros
agradecimentos e, especialmente, ao Mestre Rubens
Saraceni e Família por
acreditar, incentivar e apoiar
nosso
trabalho.
Muito
obrigado a todos que de forma
direta ou indireta, nos ajudaram a viabilizar este projeto.
comentar. Todos acreditavam na
idoneidade da dirigente, reconheciam
o trabalho dela para defender e
divulgar a Umbanda. Não seria uma
carta anônima que abalaria o amor e
a consideração que nutriam por ela.
Em sonho, Exú veio conversar,
mostrou quem eram os autores da tal
carta. Ainda por cima mostrou que nós
estávamos por trás de tudo.
Prometeu ajuda.
Logo em seguida, a Cabocla
chegou, acalmou a Babá.
Exortou-a para que seguisse em
frente, amparando, guiando,
elevando o nome Sagrado de Oxalá.
Fez a dirigente se lembrar que é da
natureza humana o ódio, o despeito,
as lutas pelo poder... E todos os
Caboclos da casa estavam agora no
sonho. Ela, sabiamente deduziu que
não estava tendo um simples sonho.
Quando percebemos, as legiões
de Exús estavam invadindo nosso
reino. Lutamos desesperadamente.
Muitos tombaram, alguns foram
capturados, uns poucos como eu,
conseguiram fugir. Fomos obrigados
a desistir de acabar com aquele centro.
Abandonamos nossos dois aliados
terrenos à própria sorte. O falso Pai
de Santo foi preso em flagrante
quando seduzia uma menor. A médium
despeitada enlouqueceu e foi
internada num hospício.
Sexta feira, a gira já vai começar.
Velas, defumadores, pontos riscados,
tudo pronto. A Mãe de Santo de frente
para o congá prepara-se para receber
sua entidade. Ela está exultante. Feliz
em poder servir a luz da Umbanda. Lá
fora na cafua ouvem-se gargalhadas.
Exú também está feliz...
A Umbanda triunfara novamente.
E nós Kiumbas chorávamos de ódio...
[email protected]
Oferendas a cobra de pedra fornecem
evidência mais antiga de religião
Práticas rituais africanas de
70 mil anos são associadas à
mitologia dos botsuanos
modernos
Jardim Nazaré (Pres. Sandra Soares)
• Assoc. “CRIAR” - Núcleo Itaim
Ptª (Coord. Luciana Almeida Amélio)
• CEI Criança Esperança (Dir.
Ionice Bispo dos Santos)
Jornal de Umbanda Sagrada
A descoberta de entalhes em uma
pedra em forma de cobra, além de
pontas de lança nas suas
proximidades, constitui evidência de
que o comportamento ritual - e
provavelmente a religião - é muito mais
antigo do que se imaginava. O achado
vem de uma caverna escondida nas
Colinas Tsodilo, em Botsuana, uma
espécie de Meca para os habitantes
locais, que as chamam de Montanhas
dos Deuses.
“É uma notícia muito importante”,
diz Sheila Coulson, arqueóloga da
Universidade de Oslo, na Noruega, e
líder do estudo. Antes da descoberta,
pesquisadores haviam identificado
sinais de prática ritual com no máximo
40 mil anos em sítios da Europa.
Pesquisadores acreditam que os
humanos anatomicamente modernos
tenham surgido no leste da África há
talvez 120 mil anos. “A dificuldade
sempre foi esse incrível intervalo de
tempo entre esse acontecimento e
qualquer aspecto mais complexo da
cultura além da sobrevivência básica”,
afirma Coulson. Embora alguns
ornamentos entalhados e marcas nas
paredes de outro sítio africano sejam
tão antigos quanto o novo achado,
eles parecem não ter nenhum
significado ritual óbvio.
Um líder do povo local San
convidou Coulson e seus colegas para
analisar a caverna nas Colinas Tsodilo.
Eles não estavam preparados para o
que encontraram ao entrar: uma
pedra de seis metros de
comprimento com uma aparência
impressionante de cobra, incluindo
um talho em forma de boca no final.
“Nunca tinha visto algo como
aquilo”, afirma Coulson.
Centenas de pequenos
entalhes, com espaços grandes
entre si em alguns locais e mais
próximos em outros, cobrem a
pedra. As pessoas que entravam
na caverna aparentemente fizeram
essas marcas para aumentar a COBRA DE PEDRA: Uma pedra comprida,
ilusão de cobra, criando a entalhada para aumentar a semelhança com
impressão de escamas e uma cobra, oferece evidência de comportamovimento. “Quando é iluminada mento ritualístico ou religioso há 70 mil anos na
África. Crédito: SHEILA COULSON
por uma luz tremeluzente, ela
parece muito uma cobra se mexendo”, parecem ter sido queimadas ou
diz Coulson. As cobras têm destaque quebradas no que pode ter sido um
nas tradições e mitologia do povo San, tipo de sacrifício. Das 22 pontas feitas
a partir de pedras vermelhas, todas
também chamado de Bosquímano.
Embora muitos entalhes pareçam apresentavam rachaduras e falhas
antigos, marcadores mais confiáveis consistentes com exposição a calor
da longevidade do sítio estão intenso, diz Coulson. Outras pontas
enterrados em pedra meio metro de lança exibem lascas e marcas que
abaixo do chão da caverna. Em uma sugerem que alguém as tenha batido
escavação de um metro de largura e de forma precisa, algo que
dois metros de profundidade bem pesquisadores tinham observado em
perto da cobra, os pesquisadores sítios na Sibéria, ressalta ela.
”Quando se considera tudo isso
descobriram mais de 100 pontas de
lança multicoloridas num total de 13 em conjunto, fica claro que algo o
caráter extraordinário desse achado”,
mil artefatos manufaturados.
As pontas se parecem muito com diz o arqueólogo e especialista em
as encontradas em outro local na religião pré-histórica Neil Price,
África datadas pelos pesquisadores também da Universidade de Oslo, que
em até 77 mil anos, afirma Coulson. A não fez parte da escavação. “Há
julgar pelas cores raras das pontas coisas ocorridas ao longo de um longo
de pedra e o padrão dos fragmentos, período de tempo que não têm uma
pessoas de lugares distantes as explicação funcional. Deve haver todo
trouxeram à caverna parcialmente um complexo de pensamentos por trás
prontas e acabaram de fazê-las ali, dessas ações, e isso por si só é emocionante.”
explica ela.
Algumas das pontas de pedra
Fonte: Scientific American Brasil
Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Janeiro de 2007
Página -13
Página -14
São Paulo, Janeiro de 2007
JÁ ESTÁ NAS BANCAS A EDIÇÃO NÚMERO 13
DA REVISTA ESPIRITUAL DE UMBANDA
ADQUIRA A SUA!
• vídeos • reportagens • aulas
• eventos • história • religião
Jornal de Umbanda Sagrada
Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Janeiro de 2007
Página -15
Doutrina e Cultura Umbandista
MONICA BEREZUTCHI
Irmãos leitores, recomeçamos o
ano e sempre estamos na expectativa
de que este ano seja melhor do que
foi o anterior. Muitas vezes essa
melhora ou mesmo mudança que
queremos, está relacionada diretamente com nosso íntimo, com nossas
atitudes, decisões, objetivos, determinações, busca por ideais, etc.
E podemos pedir e ser beneficiados segundo o nosso merecimento
pelos nossos Pais e Mães Orixás.
Pois os orixás atuam em nossas
vidas de dentro para fora, através de
sentidos ou sentimentos.
Então se você quer a sua mudança
para este ano, não fique esperando
ou sendo um umbandista omisso, ou
mesmo preguiçoso com sua reforma
íntima: aproveite os 365 dias e comece
a sua auto análise íntima, e saiba que
não é fácil esta reforma, pois tudo
precisa ser revisado, assim como uma
reforma de uma “casa”.
Você precisa tirar tudo do lugar,
olhar gaveta por gaveta, jogar coisas
fora, reordenar, limpar, tirar traças,
pó, mofo que te fazem mal.
Tirar coisas “do passado” que
atravancam e que você não usa mais
e doar... deixar ir. Saber que mágoas,
desilusões, medos, rancores, ofensas,
cria um limbo negro nos seus chacras,
obstruindo e te impedindo de crescer
ou evoluir física e espiritualmente.
Que às vezes sua infância não foi
como você queria, mas foi o máximo e
o melhor que seus pais, também
espíritos imperfeitos, tentaram te dar.
Sua ansiedade leva ao abismo de
nunca conseguir ficar feliz ou satisfeito
com sua vida.
A inveja e o desejo de ser o que
não é, ou mesmo querer ter o que o
outro tem, degenera sua alma,
dilacerando seu mental e abrindo um
buraco negro embaixo de você.
Que ficar chorando, fazendo-se
de coitado ou melindrando-se com o
outro é porque o que incomoda
mesmo é você!
Olhar bem dentro dos seus olhos
e dizer: “Sou imperfeito, preciso
melhorar por mim mesmo!”
Querer corrigir, arrumar e saber
de cor o que o outro precisa, sendo
que não enxerga nada de si, pois
aquele que se vê, não se preocupa
com o outro.
Que este ano espiritual, você seja
motivo de orgulho perante aos olhos
dos guias espirituais que fazem tudo
para sua evolução, que são verdadeiros conselheiros e melhores amigos
que alguém poderia ter.
E muitos perdem, jogando fora
esta benção de poder estar dentro
de um Congá Sagrado, um Solo Divino
onde os representantes dos Orixás
que são os guias espirituais, estão
presentes para não só te aconselhar,
mas te dar aquele verdadeiro abraço
de “eu te compreendo, mas não apoio
suas atitudes erradas”.
Abra este ano seus ouvidos e não
ouça só o que você quer ouvir, ouça
além do seu orgulho. Assim você vai
conseguir arrumar seu templo vivo.
Confie mais em você, acredite que
seus caminhos e até sua prosperidade
depende mais da sua fé do que
qualquer outra coisa.
Não pense que está tudo fechado
no externo, mas que poderá abrir
algumas portas interiores que estão a
sua espera para serem abertas.
Olorum lhe criou e te deu generosamente as chaves da evolução,
não as perca e nem queira que o outro
abra a sua porta, pois a chave dele
não cabe na sua fechadura.
Não se envaideça de sua mediunidade pois este dom só será transformado e irradiado em vibração e luz,
se você conseguir se amar primeiro,
ser simples, ter bom humor, ser feliz
hoje, agora e saber satisfazer-se com
o que tem, pois se não consegue ser
feliz com um pouco quem dirá com
muito. Não tenha medo de ser, de
existir, de brilhar de transformar seu
íntimo em fonte viva. Pois você é divino, é um ser único, foi gerado em um
momento especial da criação. És muito
amado, não estás sozinho nunca.
Sua existência é especial e os
guias tem paciência e sabem que sua
evolução poderá demorar, mas que
chegará. Aproveite bem este ano
para que acelere seu crescimento.
Peça ao Poder dos Guias espirituais a
ajuda e o amparo que necessitas e
eles com certeza, são os mais indicados
para que consigas reformar tudo
dentro de você.
JANEIRO
MISTÉRIO CABOCLO
Regido pelo Trono do Conhecimento: Pai Oxóssi e Mãe Obá.
Pai Oxóssi: buscar, expandir,
prosperar, elevar, etc. Mãe Obá: concentrar, fixar, manter, possuir, etc.
Os Caboclos e Caboclas são doutrinadores por excelência, são aguerridos, vibrantes, transmitem a força
divina, nos enche de esperança e
recoloca tudo no seu devido lugar.
Suas palavras são diretas, sábias e
verdadeiras.
São fonte de verdades absolutas
e seus olhares são fraternos. Seus
abraços acalantam todo o nosso sofrimento. Nos consolam quando estamos
aflitos. Nos surpreendem com sua
simplicidade na resolução de problemas que as vezes achamos tão difíceis
de resolver. Com seus passes energomagnéticos tem em suas mãos encantadas a cura da alma.
Pense
WAGNER BORGES
Pense nas grandes massas, ainda sem o acesso ao esclarecimento
espiritual. Pense em quantas pessoas
estão urdindo, agora mesmo, planos
maquiavélicos na intenção
de outras pessoas. Pense
naqueles que acalentam o
ódio no coração e vertem o
fel emocional pelo olhar
ensandecido de ego.
Pense em quantos
estudantes espirituais você
já viu se afastarem do caminho por causa de questões ridículas, que nada mais
eram do que arroubos de
personalismo dos envolvidos. Pense em quantas vezes você viu pessoas com
excelente potencial espiritual desistirem por causa da
falta de empenho e dedicação em seu próprio desenvolvimento.
Pense em quantas vezes você
viu companheiros emanando farpas
psíquicas contra outros colegas de
senda espiritual, muitas vezes por
questões tolas, que os levaram a projetar formas-pensamento doentias,
filhas de seus egos feridos.
Pense em quantas vezes você viu
colegas encarnados projetando emoções e energias pesadas na direção
de alguém, e agindo piores do que
muitos espíritos desencarnados
obsessores.
Pense em quantas vezes você viu
colegas doutrinando espíritos e pedindo-os para perdoar os adversários,
sem que eles mesmos praticassem o
perdão que tentavam exigir dos outros. Pense em quantas vezes você
viu estudantes espirituais chorando no
cemitério por uma perda que nunca
existiu, pois eles sabem que ninguém
Semeiam o conhecimento, irradiam fé, amor, justiça, lei, evolução e
geração. Por isso temos caboclos e
caboclas de todos os Pais e Mães
Orixás. Sua cor vibratória é o verde.
Oferenda-se Frutas, Vinho Tinto,
Samambaia Paulistinha e flores do
campo. Erva: Guiné São manifestadores da essência vegetal e nas matas
estão concentrados o seu maior
magnetismo, por isso levamos a sua
oferenda em seu ponto de força: bosques e matas.
Você poderá fazer uma firmeza de
Caboclo (a) em sua casa para prosperidade:
•1 prato ou cesta de vime; • cortar
ao meio um mamão formosa; • derramar um pouco de mel entre as partes
do mamão; • 1 laranja partida ao meio;
acender em forma de triângulo 3 velas
verdes; • 1 copo de vinho tinto; flores
do campo em um vaso; • 1 muda plan-
tada de guiné (para que o poder da
terra e da erva esteja presente); • 1
espiga de milho com a palha aberta e
não separada; • amarrar fitas de cetim
verde e branca na palha do milho.
• Evocar a Deus Pai Todo
Poderoso. Evocar ao Divino Trono do
Conhecimento. Aos poderes da Lei
Maior e Justiça Divina. Ao Mistério
Caboclo. E pedir saúde, paz e
prosperidade física e espiritual. Ajuda
e amparo na sua reforma íntima.”
Após a queima das velas:
• Derramar o vinho tinto em água
corrente; • O Guiné poderá ser usado
em um banho ou plantado; • As frutas
poderão ser ingeridas; • A espiga de
milho, pendurar atrás da porta de
entrada para proteção.
Esta firmeza você poderá fazer 1
vez por ano bem no começo de janeiro
e de ano em ano trocar a espiga devolvendo a natureza o que ela generosamente lhe deu.
Irmãos um Ano Novo com muita
saúde, prosperidade e mudança!
Um forte abraço!
contatos:[email protected]
TEMPLO DA LUZ DOURADA
Convida
Convidamos a todos os amigos leitores do JUS a estarem presentes no
coquetel de LANÇAMENTO DO CD LOUVAÇÃO AOS ORIXÁS que será
realizado em março de 2007.
Confirmar presença no fone 6102-4087
Mãe Monica Berezutchi
morre.
Pense em quantas vezes você viu
médiuns com medo de espíritos. Pense
em quantas vezes você viu componentes de grupos espirituais faltarem
levianamente às reuniões que participavam.
Finalmente, pense em quantas
oportunidades foram perdidas ao longo da vida, e quantas chances de crescimento espiritual foram deixadas de
lado. Pense nas pessoas que se arrastam pela vida apenas sobrevivendo,
sem pensar, sem sentir, sem poder
levantar o véu das coisas espirituais e
sem conseguir sair do atoleiro material
ou emocional em que se enfiaram.
Pense nisso tudo, e erga os pensamentos ao Alto, que lhe deu a chance de perceber que há
algo a mais do que
apenas comer, beber,
dormir e copular cegamente pela vida, e
agradeça por todas as
oportunidades
de
aprendizado, mesmo
aquelas que lhe foram
provas difíceis na jornada.
Pense que a vida
está passando e a
morte não tem hora
para chegar... Não sabe quanto tempo lhe
resta... Pense... E
agradeça!
P.S.: Logo após eu digitar essas
linhas, surgiu um dos espíritos da Cia.
do Amor e me ditou espiritualmente o
seguinte:
“Quem martela demais a mente,
amarrota os pensamentos.
Quem pisa demais nos sentimentos, deixa pegadas de dor por
onde vai.
Quem pisa na bola espiritualmente, perde a jogada, e faz gol
contra.
Quem pensa e agradece ao Papai
do Céu pelo trabalho espiritual
que abraçou com amor e coração,
não faz bobagens, pelo contrário,
só faz golaços e joga bem nos
campos da vida.
Os seus ‘passes’ são luminosos, é
craque da vida, e a toda hora
dribla o mau humor e enfia a bola
por entre as pernas do ego.
Quem não corre do jogo
espiritual, nem nega fogo no
serviço pelo qual é responsável, é
craque de Deus.
E a bola das experiências continua
rolando pelos campos da vida...
O craque não pisa nela, e ela
gosta dele, pois os seus passes
são luminosos.”
(Esses escritos são dedicados aos
trabalhadores e estudantes espirituais, de todas as linhas, que batalham
sem esmorecer por climas melhores
na existência, e que não fogem da
senda espiritual por motivo algum, pois sabem que sem isso todo o resto
ficaria muito pobre e sem viço).
Paz e Luz.
Contatos: www.ippb.org.br
Erveiro da Jurema
Curso de ervas:
Vivência de manipulação ritualística
Ministrado por Adriano Camargo
Módulo I (Básico): Curso Prático e Apostilado
O tradicional encontro com o vegetal. Um fantástica viagem
pelo história, botânica e uso das ervas dentro das religiões
em todas as épocas. As ervas e os Orixás. Desmitificando o
uso das ervas.
Módulo II ÁGUAS E ERVAS
A prática da magia natural, o uso dos elementos líquidos
(águas, álcool, azeite, etc), preparo prático dos banhos e das
águas de cabeça (amacis) Venha para esse fantástico encontro
com as águas e seu uso com as ervas.
(Somente para quem já fez o Módulo Básico).
Cursos em São Paulo (capital),
ABC e Interior
Informações e Inscrições:
(11) 4177-1178 - 9128-4172
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Sextas feiras- Inscrições  6193-6962
Espaço Lua Branca
Rua Lopes Chaves, 114 - Metrô Marechal Deodoro
Sextas feiras- Inscrições  3663-3368
Centro Holístico Rayo Dourado
Rua França Pinto, 421 - Vila Mariana- Próx. ao Metrô Ana Rosa
Domingos - Inscrições 5081-7878 / 5904-2124
Shopping Plaza Chic
Rua Antonio de Barros, 400 - Tatuapé
Domingos - Inscrições  6192-8845 / 6101-1165
Mais informações pelo tel. (11) 6105-6348
Site: www.ofa.portais.com.br
E-mail: [email protected]
E ainda à sua disposição:
• Cabalas e Mandalas • Reflexologia • Reiki • Massagem Energética
• Geoterapia • Ofurô • Cromoterapia • Búzios • Cartomancia
Rua França Pinto, 421 - Vila Mariana
Entre o metrô Ana Rosa e Vila Mariana
 5081-7878 / 5904-2124
COLÉGIO DE UMBANDA SAGRADA
DE JUNDIAÍ
• Teologia de Umbanda Sagrada; • Mandala, a Geometria Sagrada; •
Curso das Ervas (Adriano Camargo) I e II; • Formação Mediunica Iniciações; • Magia Divina - (todas as terças);
Rua João Kroiss, 79A - Vila Viloto - Jundiaí SP
(11) 9685 1005/[email protected]
WWW.UMBANDASAGRADA.COM.BR
Templo de Doutrina Umbandista
“Pai Oxalá e Pai Ogum”
cursos de formação de médiuns umbandistas
TEOLOGIA DE UMBANDA
Segundas-Feiras das 20h00 às 22h00 com Pai David
Sacerdócio de Umbanda Sagrada
Terças feiras das 20h00 às 22h00 com Mãe Mercedes Soares
CURSO DE ATABAQUE - formando turmas
Aos Sábados das 12h30 às 14h30
ou aos Domingos das 14h00 às 16h00 com Pai Gabriel
FORMAÇÃO MEDIÚNICA
Aos Sábados das 15h00 às 17h00 com Mãe Mercedes Soares
Rua Tietê, 600 - Vila Vivaldi
Rudge Ramos - S.B. do Campo
( (11) 4365-1108 à partir das 13h00
Ouça o programas:
A Magia da Vida
com
DOUTRINA E CULTURA UMBANDISTA
Turmas para 23/01/2007 - Terça-feira
PORTAL DE LUZ DO PAI OBALUAIÊ
Turmas para 06/02/2007 - Terça-feira
Turmas para 10/02/2007 – Sábado
ERVAS SAGRADAS NA UMBANDA
Turmas em formação
SACERDÓCIO DE UMBANDA SAGRADA
Turmas em formação para 2007
TEOLOGIA DE UMBANDA SAGRADA
Turmas para 06/11/2006
NÚCLEO DE CURIMBA TAMBOR DE ORIXÁ
Turmas em formação
DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO
Turmas para quarta-feira e sábado
A Federação oferece cursos em outros locais:
NOVA TÉCNICA BARALHO CIGANO
Ministrado por Augusto Henriques
• Curso de Yoga • NUMEROLOGIA CIGANA
• QUIROMANCIA (Leitura de Mãos)
• CONCHITA Roupas Ciganas: Saias, Xales e Camisas.
mÃE mÔNICA bEREZUTCHI
• Butantã  3813-0695 • Itaquera  6646-5574 • Jabaquara  5588-2690
• Vl Diva  6105-3745 • Jd. Três Marias  6146-6793
Inscrições abertas para os cursos:
• DANÇA CIGANA • DANÇA DO VENTRE
• FLAMENCO • BARALHO CIGANO
• Numerologia e tarô com Mariane Ambrósio
Federação Umbandista
Luz Dourada
Rubens Saraceni
Terça-feira das 13h00 às 13h30
• Grajaú  9273-8440
• Vl Gustavo  6201-5014
• Vila Ema  6107-5842
• VIla Formosa  6785-7800
Av. Vila Ema, 3593  6102-4087
Visite nosso site: www.luzdourada.org.br
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Núcleo Umbandista
Cacique Tupy
FORMANDO TURMAS:
Teologia de Umbanda Sagrada
Aos Sábados das 10h00 às 12h00
Desenvolvimento Mediúnico
Quartas Feiras das 20h00 às 22h00
Rua da Proclamação, 210
Vila Tiradentes - Diadema
Tels. (11) 6164-9326 / 9930-3586
E-Mail: [email protected]
Senzala do Amor
INSCRIÇÕES ABERTAS PARA:
• Curso de Catimbó - 04 e 08 de março de 2007
• Tarot Cigano Intuitivo (Baralho Cigano)
Formando turmas para o dia 28 de janeiro de 2007
• Dançando para os Orixás - 3ª feira – 20h00
• Curimba - 24 de fevereiro – 13h00 às 15h00
• Desenvolvimento Mediúnico e Dout. Umband.
Turmas para 5ª feira - 20h30
• Teologia de Umbanda - Sábado – 16h00 - Janeiro 2007
• Florais de Saint Germain - 04 de fevereiro – 9h00 às 18h00
• Domingo Místico – Oráculos, Palestras, Vinho Cigano.
21 de janeiro – 14h30
Temos a seu dispor: Mandalas, Jogo de Búzios,
Baralho Cigano, Florais de Saint Germain.
Informações e Esclarecimentos:
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5851-2915 / 5851-2845 / 9136-4880
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Falando de Umbanda
com Alexandre
Cumino e Jorge Scritori
Sexta-feira das 17h00 às 17h30
Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Janeiro de 2007
FUNDAÇÃO CACIQUE
COBRA CORAL
COLÉGIO DE UMBANDA
SAGRADA PENA BRANCA
Luz que ilumina os fracos e confunde os poderosos
“ETERNOS APRENDIZES DA UMBANDA”
CURSO DESENVOLVIMENTO MEDIUNICO
Com Jorge Scritori
Formando turma para março de 2007
Domingo das 19h00 às 21h00
Teórico e prático apostilado - Duração 18 meses
Desenvolvimento em horário especial para as pessoas que
trabalham e estudam durante a semana. Não percam!!!
CURSO DE TEOLOGIA DE UMBANDA
Com Fernando Sepe
Formando turma - Duração 9 meses
INÍCIO 30 DE JANEIRO
Terça feira das 20h30 às 22h30
CULTO EXÚ DO OURO - Março de 2007
Apenas para quem colocar o nome na lista!
Av. Tiradentes, 1290
Ao lado do Metrô Armênia (Esq. c/ Av. do Estado)
(11) 3313-6751 e-mail:[email protected]
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20/01 - Sábado - REIKI III - com Maria Emilia Caldeira
1 aula - Apostilado – das 9:30 às 18 hs.
21/01- Domingo- LIMPEZA E PROTEÇÃO COM CRISTAIS
com Angélica Lisanty - 1 aula - Apostilado – das 9h30 às 17h30
22/01 - Segunda - FENG SHUI INTENSIVO - com Teresa Kam
Apostila e Certificado 5 aulas contínuas de 22 a 26/01
EM 2 HORÁRIOS: das 14h00 às 17h00 ou das 19h00 às 22h00
24/01 - Quarta - LEITURA DE DADOS E DOMINÓS CIGANOS
com Cigano Ruano De La Calle - Apostilado – das 19h00 às 22h00
04/02 - Domingo - Ervas Modulo II – Ervas e Águas
com Adriano Camargo - Apostilado – das 9h30 às 18h00
06/02 - Terça FLORAIS DE BACH com Geysa Bosso
Apostila e Certificado - 5 meses de duração
Em 2 horários: das 14h00 às 17h00 ou das 19h00 às 22h00
07/02 - Quarta LEITURA DO FOGO CIGANO
com Cigano Ruano De La Calle - Apostilado – das 19h00 às 22h00
11 e 18/02 - Domingo OLIGOTERAPIA
TERAPIA ORTOMOLECULAR Curso completo em 2 domingos
Das 9h30 às 17h30 com Sergio Eduardo Caltabiano
FORMANDO TURMAS
VAGAS LIMITADAS - GARANTA JÁ A SUA!!!
LITOTERAPIA
TEOLOGIA DE UMBANDA SAGRADA
Ministrado por Alexandre Cumino
Turma às Quartas-Feiras - das 20h30 às 22h30
Turma aos Sábados - das 10h00 às 12h00
CABALA E PROSPERIDADE:
As leis ocultas que regem o dinheiro e a sorte
Ministrado por Edmundo Pelizzari.
DURAÇÃO : oito aulas.
• O destino revelado pela Cabala. • Os mistérios da sorte e do azar
pessoal. • A sorte explicada pela Astrologia Judaica. • As Sete Leis
Ocultas da Prosperidade. • Talismãs e Orações para a sorte e
prosperidade. • Ensinamentos do Rei Salomão sobre a prosperidade.
• Como encontrar o caminho da prosperidade e da sorte
SACERDÓCIO DE UMBANDA
FORMAND
OTURMAS
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Curso dirigido a médiuns desenvolvidos que já trabalham na Umbanda e
que já tenham concluído Teologia de Umbanda e Magia do Fogo.
EM VÁRIOS HORÁRIOS:
22/02 – Quinta – das 14h00 às 17h00 / 24/02 – Sábado - das 14h00 às 17h00
28/02 - Quarta – das 9h30 às 12h30 / 28/02 – Quarta – das 19h00 às 22h00
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(11) 5182-2122
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Caçapava-SP- Palestra Umbanda Sagrada
Dia 21/01 - Informações: (12) 3652-6613
Porto Alegre-RS - Magia das Oferendas
Dia 28/01 - Informações: (51) 9191-4988
Bauru-SP - Curso: Exú o Mistério Revelado
Início: 01/02 - Informações: (14) 3011-1499
Vila Velha-ES - Teologia de Umbanda Sagrada
Inicio: 25/02 - Informações: (14) 3011-1499
Informe-se pelos telefones:
(14) 3011-1499 / 8114-8184
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TAMBOR DE ORIXÁ
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NOVAS TURMAS! HOMENS E MULHERES!!!
Esta é a sua oportunidade de aprender canto e toque na
Umbanda, para guias e Orixás!!!
SEM TAXA DE MATRÍCULA
Toques: Nagô, Ijexá, Angola, Congo e Barra Vento
QUARTAS-FEIRAS, DAS 19H20 ÀS 22H30
CEIE - CENTRO DE EST. INIC. EVOLUÇÃO
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SÁBADOS, DAS 9H00 ÀS 12H00 - FORMANDO TURMAS
TEMPLO DA LUZ DOURADA
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SÁBADOS, À PARTIR DAS 14H00
COLÉGIO ETERNOS APRENDIZES DA UMBANDA
Rua Paracatu, 220 - Metrô Saúde
PREPARANDO LÍDERES (LANÇAMENTO)
DOMINGOS, DAS 9H00 ÀS 12H00
ESCOLA DE CURIMBA OGUM BEIRAMAR
Rua Santa Romana, 472 - Piqueri - SP
Você sabe a diferença entre “ser líder” e “estar líder”? De repente você
se vê à frente dos trabalhos religiosos....e agora? Você sacerdote, está
se preparando para ter sua casa? Ou você médium está desenvolvendo sua mediunidade e busca sua autonomia? Esse curso foi pensado
em todas essas questões e tem como objetivo trazer o assunto
“liderança” sob vários aspectos, não somente no campo religioso,para
nossa vida prática. É dirigido a todos aqueles que buscam sua liderança
e atuam de forma ativa em suas vidas!
Venha fazer parte dessa experiência e descubra que “ser líder não é
estar à frente das pessoas, é saber liderá-las”!
Curso Apostilado - Duração de 4 meses
Aos Domingos das 14h30 às 16h30
Rua Paracatu, 220
Estação Saúde do Metrô (11) 5072-2112
Horário de atendimento telefônico: Segunda à Sexta das 9h00 às 17h30
CASA DA ORAÇÃO
CURSO DE BENZIMENTO
TEÓRICO, PRÁTICO E APOSTILADO
FORMANDO TURMAS PARA SEXTAS-FEIRAS ÀS 19H00
ao lado do Metrô Armênia (esq. com Av. do Estado)
Av. Tiradentes, 1290
ADQUIRA O CD “A Umbanda canta para as
Yabás Obá, Oyá e Egunitá”
Informações pelo tel: 3984-0181/9622-7909
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ESPAÇO LUZ AMETRINO
FORMANDO TURMAS!!!
Workshop de Astrologia - Módulo I “Conhecendo o
Seu Mapa Astral” - Ministrado por: Patrícia Ungarelli.
Workshop Feng-Shui e Harmonização Ambiental
Módulo I Aprenda a fazer você mesmo seu feng-shui e
harmonize sua casa, sua vida - Ministrado por Patrícia Ungarelli.
04/03 - Domingo - das 14h00 às 17h00
Local: Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca
Rua Paracatu, 220 - Prox. ao Metrô Saúde - Tel. 5072-2112
Curso de Radiestesia Básica Módulo I
Duração: 2 Meses - Segundas-Feiras das 20:30h às 22:30h.
Ministrado por: José Augusto.
25/03 - Domingo - das 14h00 às 17h00
Local: Fundação Cacique Cobra Coral
Av. Tiradentes, 1290 - Próx. ao Metrô Armenia - Tel. 3313-6751
TEOLOGIA DE UMBANDA - Ministrado por Eduardo Gabriel
Duração: 9 Meses
Quartas das 20h30 às 22h30 / Sextas das 14h30 às 16h30
Notificamos que a partir de 2007 o Benzimento será ministrado somente
na Fundação Cacique Cobra Coral e no Colégio de Umbanda Sagrada
Pena Branca. Para agendar o seu curso ligue 3313-6751 ou 5072-2112.
Rua Silva Bueno, 1042 cj. 01 e 02.
(est. próprio) - Ipiranga. Tel: (11) 6161-5957
Colégio Tradição de Magia Divina
Rua Conselheiro Cotegipe, 815 - Belezinho - Tel. 6096-9059
E-Mail: [email protected]
RELAÇÃO DE NÚCLEOS QUE ESTARÃO MINISTRANDO O CURSO MAGIA DO FOGO
Colégio de Umbanda Sagrada
em Bauru
CURSOS COM RODRIGO QUEIROZ:
CURSO DE ATABAQUE
(CURIMBA) TOQUE E CANTO
Ministrado por Alexandre Cumino
MINISTRADO POR JORGE SCRITORI
Terapia com Cristais
Página -17
Núcleo de Magia 7 Encruzilhadas
Ministrante: Alexandre Cumino (01)
Savério Spina (130)
Rua Paracatu 220 – Metrô Saúde
Tel: (11) 5072-2112
Núcleo de Magia Divina
Senzala do Amor
Ministrante: Julio Novo (164)
Av. Maria Coelho Aguiar 1441
Jd. São Luís - Tel: (11) 5851-2915
Eternos Aprendizes do Amor e da Fé
Ministrantes: Deborah A. B. Pastor
Oliveira (23) Leandro R. B. Oliveira (30)
Av. João Barreto de Menezes 709B
Vila Santa Catarina - Tel: (11) 5565-6175
ou 3477-0259
Espaço Luz Ametrino
Ministrante: José Augusto (190)
Rua Silva Bueno, 1042 Conj. 01 e 02 Ipiranga - Tel. (11) 6161- 5957
Rayo Dourado - Ministrantes:
Ya Moraes (193) Clotilde Manoel (88)
Rua França Pinto 421 - Vila Mariana
Tel: (11) 5081-7878 / 5904-2124
Fundação Cacique Cobra Coral
Ministrante: Jorge Scritori (221)
Av. Tiradentes, 1290 - Mt. Armênia
Tel. 3313-6751
Sabedoria Mística
Ministrante: André Moura de Souza (77)
Rua Ezequiel Freire 563 - Sobreloja Santana - Tel: (11) 6950-0445
Templo da Luz Dourada
Ministrante:
Allan Caratti Maucel (108)
Av. Vila Ema 3595 – Vila Ema
Tel: (11) 6102-4087
Templo UFFAD
Ministrante: Ricardo L. A. Cunha (13)
Rua Mohamed Ibkahim Saled s/n Cidade Nova – São Miguel Tel: (11) 6956-4881
BAURU
Colégio Tradição Iniciática
Ministrante: Daniel Sossi (154)
Rua Albuquerque Lins, 6-24, Vl. Falcão
Tel: (14) 3011-1499
JUNDIAÍ
Colégio de Umbanda Sagrada de Jundiaí
Ministrante: Daniel Augusto Sossi (154)
Rua João Kross 79 – Vila Viotto – Jundiaí
Tel: (11) 9685-1005
SÃO BERNARDO DO CAMPO
Templo de Doutrina Umbandista
Pai Oxalá - Pai Ogum
Ministrante: Mercedes Soares (39)
Rua Tietê, 600 - Vila Vivaldi
Tel: (11) 4365-1108
INFORMAMOS SOMENTE CONSTARÃO
NESSA PUBLICAÇÃO , AQUELES QUE
ENTRAREM EM CONTATO COM O
COLÉGIO TRADIÇÃO DE MAGIA DIVINA,
NA PESSOA DA DRA. MIRIAM SOARES,
SOLICITANDO DIVULGAÇÃO.
Página -18
São Paulo, Janeiro de 2007
Jornal de Umbanda Sagrada
Ligação com Deus
Espaço do Erveiro
ADRIANO CAMARGO
Salve turminha das ervas. Salve
irmãos e irmãs em Mamãe Natureza.
Começamos mais um ano, e
estamos aqui firmes e fortes, continuando nosso trabalho de formiguinha, disseminando o conhecimento
sobre as ervas, de uma forma simples,
objetiva, sem rodeios nem mistérios.
Por falar em mistérios, quero começar esse ano alertando sobre os
donos dos mistérios. Isso mesmo, os
que se auto intitulam donos de determinadas forças da natureza. Prestem
bastante atenção: não se quebra um
dogma criando outros.
Uma folha é uma enciclopédia em
si mesma. Numa folha está todo o código de uma raça elemental inteira. Reconhecer a energia numa folha, não
estamos falando da energia física,
como aprendemos no colégio, mas a
energia etérica, espiritual mesmo,
enfim reconhecer essa energia é um
dom, que pode ser desenvolvido sim.
Existem pessoas que nascem com um
dom para a música, com uma invejável
voz afinada ou com uma habilidade
nata para tocar determinado instrumento. Da mesma forma existem pessoas que tem uma sensibilidade natural
para os elementos. Sentem as pedras,
a água ou as ervas.
Esta sensibilidade não é um benefício que Deus dá de presente àquela
pessoa em especial, mas sim conquista dela em sua caminhada de aprendizado e conhecimento.
Negar seu dom seria a mesma coisa que vendar um dos olhos e se negar
a enxergar com ele. Ou mesmo tapar
uma das narinas, ou um dos ouvidos,
ou mesmo os dois para não ouvir
nada. Muitas pessoas gostariam de
nascer com esses dons, mas tem a
oportunidade de aqui, nessa jornada
carnal, desenvolver pelo menos em
parte, uma dessas capacidades.
A mediunidade, ou sexto sentido,
ou como chamei aqui simplesmente de
sensibilidade, pode ser desenvolvida
dentro das suas condições e mere-
cimento. E isso não está diretamente
ligado ao plano espiritual humano. O
dom de entender e reconhecer as reações das plantas é muito mais comum
do que imaginamos. E sempre há quem
afirme: acho que não tenho mão boa
para plantas... Digo o contrário: pratique!
Tenha alguns instantes diários de
contato com suas ervas e plantas
ornamentais. Lave as mãos em água
fria, com seu sabão ou sabonete preferido, enxágüe com bastante água e
sem tocar em nada espalme suas mãos
sobre as folhas de uma planta... relaxe... solte os ombros, os braços...
afrouxe os músculos... respire fundo
pelo menos umas três vezes... feche
os olhos e sinta a erva... sinta sua
aura, sua vibração. Não desista se
não sentir nada na primeira vez... a
persistência fará com que dia a dia
sua sensibilidade aumente. Quando
menos esperar, estará em contato com
um mundo fantástico, disposto a lhe
ensinar, dentro também daquilo que
você puder aprender, todo o conteúdo
armazenado por milhares de anos de
existência.
Os elementos vem participando da
evolução humana a incontáveis eras.
Uma das formas de entrarmos em
contato com essas vibrações é o meio
religioso. A
Umbanda como religião da
natureza, proporciona um desses
meios. Os guias espirituais, caboclos,
pretos-velhos, crianças, exus, etc, são
manipuladores, senão naturais, preparados para tal. Conhecedores de
como ativar os elementos, mesmo sem
muita ritualística, sem folclore, estão
ali, com uma folha, uma flor, semente,
pedra, enfim, com um elemento natural ativo para o benefício de seu
semelhante.
Quando oferendamos um Orixá,
seja em seu ponto de forças ou mesmo
dentro de nossos terreiros, os elementos ali colocados são manipulados de
forma que proporcionem ligação, irradiação ou absorvência de vibrações
também.
Não há conhecedores absolutos
desses elementos, porque se alguém
assim se intitula, se intitula de próprio
Criador da Natureza. Somos instrumentos de mais alto, aprendizes do
amor pela Mãe Terra, e por todas as
Mães que compõem esse magnífico
quadro natural.
Nesse mês de Janeiro, a maioria
dos terreiros fará sua homenagem ao
Orixá Oxóssi. Esse amado Pai, personificado na figura do caboclo, é o Pai
das matas, da caça, da fartura.
Ao oferendá-lo, não esqueçam de
uma boa cesta de frutas, enfeitadas
com ervas de todo tipo. Um ótimo banho e defumação para Oxóssi podemos fazer com: samambaia, cipó
caboclo, abre caminho, alecrim, hortelã, capim cidreira, guiné e jurema
preta.
Levem suas frutas em quantidade
suficiente para deixar, pelo menos uma
de cada em número de sete, e após
consagrar a oferenda, traga de volta
para sua casa as frutas restantes, que
com certeza estará trazendo vibrações fantásticas de cura e bem estar.
É isso turminha, mandem suas
duvidas e sugestões para nosso email, participem conosco da semeadura desse espaço.
Saúde, sucesso e muita magia
realizadora a todos.
ENVIADO POR SANDIA SOUSA
Adriano Camargo / Erveiro da Jurema
adriano @ervasdajurema.com.br
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Costuma-se dizer que algumas pessoas procuram a UMBANDA como
quem procura um pronto socorro.
São pessoas que querem resolver
seus problemas ou fazer pedidos, sendo
que, ao conseguirem o que buscam,
se afastam, às vezes, sem nem mesmo
agradecer, voltando somente quando
necessitarem novamente.
Alguns médiuns agem de forma
equivalente. Procuram os “Centros”
porque precisam trabalhar, mas não se
envolvem além disso.
Não se importam com os problemas
ou com o desenvolvimento da casa, e
não se envolvem com nada. Não estão
ligados ao local ou as pessoas, mas somente aos seus interesses pessoais. Não
participam do que é proposto, nem
muito menos propõem alguma coisa.
Quando se encontram diante de
alguma cobrança se transferem para
outro lugar.
Os médiuns mais participativos, e
que geralmente “levam a casa nas
costas”, se ressentem, tornando-se
restritivos à mudanças, pois, sem a
colaboração dos demais, se sentem
sozinhos.
A origem destes e de outros problemas, em qualquer lugar, principalmente numa religião como a UMBANDA,
em pleno desenvolvimento, que exige
a participação e dedicação de TODOS,
é sem dúvida a falta ou o pouco
ENTUSIAMO.
O entusiasmo é a força que movimenta tudo. É a fé que move e remove
montanhas. O entusiasmo existe a partir
da crença em si mesmo e nos outros, e
acima de tudo no poder de DEUS. É a
capacidade de transformar as coisas e
fazer dar certo.
O entusiasmo gera abundância de
idéias, de atitudes, de bons sentimentos
e, principalmente, de AMOR.
Entusiasmo não é oba-oba, fogo de
palha ou euforia, nem somente
otimismo, que é pensar positivamente
sobre as coisas.
Entusiasmo é fazer, portanto é ação.
É a motivação certa pra tudo. É alegria
simplesmente pelo fato de ser, sem preocupações ou a condição de que vamos
ter algum lucro ou recompensa.
Para provocar o entusiasmo é preciso saber APRECIAR. Apreciar é olhar
o lado bom que tudo e todos têm.
Afinal, se tudo provém de DEUS, então
tudo tem seu lado bom! Todos temos
contatos:[email protected]
Ouça o programa:
CASA 7 LINHAS
Artigos Religiosos,
Velas,
Defumadores,
Imagens, etc ...
pensamentos críticos sobre nós mesmos
e sobre os outros.
Apreciar não significa negar nossas
falhas e defeitos, nem dos outros. Mas
sim, identificarmos os pontos positivos,
nos fixarmos por alguns instantes neles
e os considerarmos em nossos julgamentos. A tendência é sempre o olhar
depreciativo, negativo, por isso, é tão
difícil APRECIAR, e conseqüentemente,
provocar o entusiasmo. Estamos sempre
jogando água gelada em nós mesmos e
nos outros.
Um provérbio Budista diz: “É muito
importante amar sabendo reconhecer
os defeitos, porém o mais importante é
saber odiar reconhecendo as qualidades
do outro”.
A vaidade também bloqueia o
entusiasmo. Muitas pessoas que se
consideram tímidas e inseguras, são na
verdade vaidosas. São pessoas que não
participam, não mostram seus pontos
de vista, não se expõem por não
aceitarem a possibilidade de errar ou
de correr riscos.
Por isso, não compartilham o que
sabem, por só conseguirem lidar com a
ilusão da perfeição, sendo geralmente
muito críticas consigo e com os outros.
A palavra ENTUSIASMO vem do
Grego – “En Teos” – Estar com DEUS
ou com a Divindade; exaltação ou arrebatamento extraordinário daqueles que
estão sob inspiração divina; transe; LIGAÇÃO COM DEUS.
Para os Gregos qualquer realização
era provocada pelo fato de se estar
entusiasmado. Portanto, o entusiasmo
é a ligação possível e imprescindível do
Humano com o Divino.
As crianças são naturalmente entusiasmadas. Por isso, Jesus disse que é
delas o reino dos Céus, porque se
encontram mais perto Dele.
Com o tempo, mergulhamos no
mundo e vamos perdendo nossa naturalidade e nosso entusiasmo.
Assim surgem as inúmeras barreiras
e obstáculos para a realização das coisas.
Não fazemos muito que é para não
corrermos riscos, e quando fazemos,
somente mediante “seguro” e/ou
“garantias”. Se entusiasmar é estar com
DEUS dentro de nós; é AMAR parecido
com Ele. Para os “Antigos” o
entusiasmo vem de Ágape.
Ágape é o amor que Deus tem por
nós. A única forma de alcançarmos a
“santidade” e nos aproximarmos de
Ágape é pelo ENTUSIASMO.
A Magia da Vida
COM
RUBENS SARACENI
Terça-feira das 13h00 às 13h30
Assista ao
PROGRAMA FALANDO DE UMBANDA
Fone (14) 3232-3876
Rua Gerson França, 2-28, Centro,
CEP 17010-260, Bauru - SP
Agora às Segundas Quartas e Sextas às 15h00
Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Janeiro de 2007
Página -19
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São Paulo, Janeiro de 2007
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