Clipping Nacional

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Clipping Nacional
Brasília, 20 de julho de 2016 às 10h10
Seleção de Notícias
CNI
NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS
Clipping Nacional
cni.empauta.com
Valor Econômico | BR
CNI
A inserção do Brasil nas cadeias globais de valor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
OPINIÃO
4
Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional
Braskem é dada em garantia a bancos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
EMPRESAS
5
Temas de Interesse | Comércio Internacional
Commodities agricolas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
AGRONEGÓCIOS
6
Temas de Interesse | Comércio Internacional
Projeção da AEB para saldo comercial do ano sobe 60 % . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
BRASIL
7
Temas de Interesse | Comércio Internacional
Brexit afeta especialmente as economias desenvolvidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ESPECIAL
8
Temas de Interesse | Competitividade
Planalto pode adiar anúncio de contingenciamento de gastos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
BRASIL
9
O Estado de S. Paulo | BR
CNI | Presidente | Robson Braga de Andrade
Temer afirma que vai enfrentar resistências para aprovar reformas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ECONOMIA
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Temas de Interesse | Colunas e Editoriais
Dora Kramer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
DORA KRAMER
12
Temas de Interesse | Colunas e Editoriais
Editorial econômico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
EDITORIAL ECONÔMICO
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Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional
UE aplica multa recorde a montadoras de caminhões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ECONOMIA
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Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional
FMI melhora projeções para o Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ECONOMIA
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Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional
Irlandês Lyle Watters volta ao Brasil e será presidente da Ford . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ECONOMIA
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Federações | FIESP
A Fiesp erra o alvo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
NOTAS & INFORMAÇÕES
20
Federações | FIESP
Travados pela ineficiência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
NOTAS & INFORMAÇÕES
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Folha de S. Paulo | BR
Temas de Interesse | Colunas e Editoriais
Mercado Aberto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
MERCADO ABERTO
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Temas de Interesse | Artigos
Elio Gaspari . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ELIO GASPARI | ELIO GASPARI
27
Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional
Temer quer parceiro privado nos Correios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
MERCADO
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Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional
FMI vê PIB melhor, mas ainda aponta incertezas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
MERCADO
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O Globo | BR
Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional
Rumor de mudança na lei afeta repatriação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ECONOMIA
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Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional
FMI já vê crescimento no Brasil em 2017 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ECONOMIA
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Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional
Temer pede a ministros pressa em ações para a economia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ECONOMIA
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CNI
Valor Econômico
A inserção do Brasil nas cadeias globais de valor
OPINIÃO
País impõe barreiras relevantes à importação de conhecimento e serviços. Por
José Augusto Fernandes
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20 de julho de 2016
Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional
Valor Econômico
Braskem é dada em garantia a bancos
EMPRESAS
A Odebrecht ofereceu o controle da
Braskem, considerada o principal ativo do
grupo, em garantia aos bancos para finalizar a reestruturação de R$ 11 bilhões
em dívidas da Odebrecht Agroindustrial.
Foram usadas no acordo todas as ações que
o grupo detém na petroquímica.
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pg.5
20 de julho de 2016
Temas de Interesse | Comércio Internacional
Valor Econômico
Commodities agricolas
AGRONEGÓCIOS
Num pregão em que os preços demoraram
a encontrar um direcionamento, os contratos futuros de segunda posição de entrega (dezembro) do algodão fecharam em
baixa de 68 pontos ontem na bolsa de Nova
York, a 73.27 centavos de dólar por libra-peso.
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20 de julho de 2016
Temas de Interesse | Comércio Internacional
Valor Econômico
Projeção da AEB para saldo comercial do ano sobe
60 %
BRASIL
Com a queda nas importações mais acentuada que a prevista no fim do ano passado,
a nova projeção da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) para o superávit da balança comercial neste ano
cresceu 60,5%, de US$ 29,228 bilhões para US$ 46,934 bilhões.
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20 de julho de 2016
Temas de Interesse | Comércio Internacional
Valor Econômico
Brexit afeta especialmente as economias
desenvolvidas
ESPECIAL
A saída do Reino Unido da União Européia
(UE) levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a rebaixar em 0,1 ponto
percentual a perspectiva de crescimento
global. A estimativa feita no relatório Panorama Econômico Mundial (WEO, na sigla em inglês) é a de que o crescimento
global fique em 3,1%, um pouco menor do
que os 3,2% registrados na última edição
do documento, em abril.
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pg.8
20 de julho de 2016
Temas de Interesse | Competitividade
Valor Econômico
Planalto pode adiar anúncio de contingenciamento de
gastos
BRASIL
O núcleo político do governo acredita ser
possíveladiar o anúncio deumcorte dedespesas federais, que seria divulgado ainda
nesta semana pela equipe econômica.
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20 de julho de 2016
CNI | Presidente | Robson Braga de Andrade
O Estado de S. Paulo
Temer afirma que vai enfrentar resistências para
aprovar reformas
ECONOMIA
acrescentou que o intuito de Temer é "deixar o país
com o rumo mais correto, independente se isso vai
conseguir para prazo curto ou prazo médio."
Em encontros com empresários e ministros, presidente defendeu as reformas da Previdência e Trabalhista
Tânia Monteiro Carla Araújo
Em duas reuniões na manhã de ontem, uma com empresários que integram o Conselho Nacional do Sesi
e outra com ministros da área econômica, o presidente em exercício Michel Temer afirmou que vai
"enfrentar todas as resistências" para aprovar as reformas da Previdência e Trabalhista. "Mesmo se tiver manifestações contra, que são da democracia,
vamos enfrentar", disse.
As duas reformas foram pedidas pelos empresários,
que sugeriram medidas para superar a crise e ouviram
de Temer um compromisso de atacar as questões estruturais do baixo crescimento econômico. "É necessário que haja convencimento das diversas forças
e atores da sociedade e que inclusive seja discutido
com o Congresso Nacional", comentou o presidente
da Confederação Nacional da Indústria, Robson
Andrade. "Como ele é alguém que veio do Congresso, ele tem um respeito muito grande pelos congressistas e capacidade de interlocução." Ele
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O governo prepara propostas para as duas reformas.
O presidente em exercício aguarda o desfecho do
processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff para, eventualmente, encaminhá-las ao
Congresso. A reforma da Previdência está mais
avançada, após uma série de debates com sindicalistas e empresários. A trabalhista ainda está numa fase de discussão técnica. Os empresários
pediram atenção a um ponto delicado: a regulamentação do trabalho terceirizado. O
presidente em exercício se mostrou disposto a discutir o tema.
Ao reunir os ministros da área econômica, Temer esperava ter alguma medida para anunciar e estabelecer
uma agenda positiva. Porém, nenhuma delas estava
madura. O presidente em exercício quer um pacote de
medidas para "animar a economia e o ambiente de negócios". Ele pediu aos ministros presentes que, em
15 dias, apresentem medidas para "buscar ativos" em
cada pasta para que se possa fazer parcerias, concessões ou privatizações que possam representar recursos para o governo fazer investimentos.
É o caso, por exemplo, dos Correios. A empresa está
com sérios problemas de caixa e, em 2015 amargou
um prejuízo de R$ 2,1 bilhões. Este ano, até maio, o
rombo nas contas já chegava a R$ 900 milhões. No
Fundo de pensão da empresa, o Postalis, o rombo é de
R$ 7 bilhões. A orientação foi buscar parcerias com o
setor privado e fazer a gestão compartilhada de áreas
da empresa. Uma das ideias é criar uma subsidiária
para gerir, por exemplo, a área de logística da empresa, uma das mais cruciais para a estatal.
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CNI | Presidente | Robson Braga de Andrade
O Estado de S. Paulo
Continuação: Temer afirma que vai enfrentar resistências para aprovar reformas
Em 22 de junho, quando fez a primeira reunião do núcleo econômico, Temer já havia pedido uma "agenda
de trabalho concreta" para "animar a economia". Ontem, passado quase um mês, o presidente estendeu o
prazo em mais 15 dias.
O governo comemorou ainda a notícia que o Fundo
Monetário Internacional (FMI) melhorou a previsão
em relação à economia brasileira, pela primeira vez,
depois de cinco revisões para baixo. A expectativa
agora é que o Produto Interno Bruto (PIB) do país este ano "encolha" 3,3%, ante uma queda de 3,8% estimada em abril. Para 2017, o FMI agora prevê que a
economia brasileira voltará a crescer. O órgão estima
um avanço de 0,5% no PIB, contra uma projeção de
crescimento nulo feita nos dois últimos levantamentos do órgão.
Apesar de o encontro não ter discutido especificamente os cortes no Orçamento, que estão previstos para serem anunciados até sexta-feira, a
questão de venda de créditos inscritos na dívida ati-
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vas da União no mercado, que poderiam ajudar a
evitar o novo corte, entrou na discussão. O ministro
das Relações Exteriores, José Serra, falou sobre inúmeros projetos que tramitam no Congresso sobre esse tema. Ele próprio é autor de um deles, em
apreciação no Senado.
Participaram da reunião da equipe econômica com o
presidente em exercício, para discutir medidas voltadas a animar a economia, 10 integrantes do governo, além do líder do governo na Câmara, André
Moura. / COLABOROU LU AIKO OTTA
3 , 3 % de queda foi a nova estimativa do FMI para o
PIB do Brasil neste ano, uma revisão para melhor, já
que antes a queda era de 3,8%.
0 , 5 % de alta é a previsão para 2017.
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20 de julho de 2016
Temas de Interesse | Colunas e Editoriais
O Estado de S. Paulo
Dora Kramer
DORA KRAMER
Dora Kramer
seria acima de 400 presentes.
-
Convenhamos, trata-se de uma tarefa difícil levar
tantos deputados a Brasília em plena realização dos
Jogos Olímpicos. Menos pela corrida de deputados
ao Rio para acompanhar tudo de perto e mais pelo natural afrouxamento da vigilância da população no período em que se imagina que os olhos, as torcidas e a
atenção da maioria estejam voltados para o desempenho dos atletas e da capacidade do Brasil de
sediar acontecimento dessa magnitude com sucesso.
Em todos os aspectos, notadamente à recepção dos
visitantes nas questões de conforto urbano, com destaque para a segurança.
Pedra no caminho
Semestre 'morto' pode fazer cassação de Cunha entrar em modo de espera
Tida como questão de dias, semanas, no máximo, a
cassação de Eduardo Cunha já não é a mesma fava
contada de antes do início do recesso parlamentar, na
última sexta-feira. À primeira vista não se trata de
conspiração, acordo, manobra ou jogada combinada
para impedir que o ex-presidente da Câmara perca o
foro privilegiado de Justiça até quando for possível.
Embora seja prudente confiar desconfiando, salvo
segunda ordem ou até que surjam sinais objetivos do
contrário, a possibilidade de novos adiamentos que
na prática o favoreçam decorre de uma conjugação
de fatores: Olimpíada, eleição de um novo presidente
da Câmara, campanha eleitoral e o consequente arrefecimentodo interesse desuas excelênciasem atender as demandas da opinião pública depois que seus
candidatos e prefeitos e vereadores tenham passado
pelo julgamento das urnas.
Segundo o presidente da Casa, deputado Rodrigo
Maia, a ideia é levar o assunto ao plenário na segunda
semana de agosto. Isso, em princípio. Porque, de
acordo com ele, manda o bom senso que o julgamento de Cunha só entre na pauta de votação se, e
quando, houver uma quantidade significativa de parlamentares na sessão.
Do contrário, o ex-presidente da Câmara pode até
reunir quantidade de votos "contra" superior aos favoráveis a ele, mas ainda assim escapar da cassação
por falta de quórum. São necessários 257 votos para
retirar-lhe o mandato. Para isso, um número seguro
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Terminados os jogos, Brasília volta a tratar do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
Aqui também o quórum é exigido. Mas, de senadores. Em menor número (ao todo 81 contra 513 na
Câmara) e com empenho mais distante das disputas
locais por prefeituras e vagas nas câmaras municipais. Já os deputados têm as respectivas sobrevivências políticas diretamente ligadas à eleição
de prefeitos e vereadores.
Portanto, setembro tem tudo para ser um mês perdido
em matéria de obtenção do quórum alto na Câmara. A
eleição acontece no iníciodeoutubro,masnem por isso os deputados estarão totalmente liberados devido
às disputas que forem ao segundo turno nas cidades
com mais de 200 mil habitantes.
Sobram o mês de novembro e os primeiros 15 dias de
dezembro. Período ideal, não fosse a queda do interesse dos deputados nos ditames da opinião do público depois das eleições. O Brasil estará discutindo
os resultados, avaliando as repercussões para o pleito
de 2018 e nada assegura que Eduardo Cunha será tema prioritário.
Ao governo interessava ajustar a situação da prepg.12
20 de julho de 2016
Temas de Interesse | Colunas e Editoriais
O Estado de S. Paulo
Continuação: Dora Kramer
sidência da Câmara; aos deputados, uma satisfação
externa a fim de aliviar a tensão. De onde não se pode
conferir inocência de propósito nem atribuir isenção
de interesse ao adiamento da cassação para depois do
recesso.
ma crônica da vaia anunciada".
Não é um desconforto? "Mais desconfortável seria
não ir."
-
Vaias contadas. O presidente em exercício irá à cerimônia de abertura da Olimpíada no Maracanã sabendo que a recepção do público será, nas palavras de
um ministro com assento no Palácio do Planalto, "u-
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DORA KRAMER ESCREVE ÀS
TAS-FEIRAS E AOS DOMINGOS
QUAR-
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Temas de Interesse | Colunas e Editoriais
O Estado de S. Paulo
Editorial econômico
EDITORIAL ECONÔMICO
Indústria e serviços em ritmo semelhante
As atividades do setor terciário da economia - os serviços - ficaram praticamente estagnadas entre abril e
maio, com variação negativa de 0,1%, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O
indicador é comparável ao da indústria, com variação
zero, enfatizou o responsável pela PMS, Roberto Saldanha. Com o novo resultado, parece adiada a recuperação mais expressiva do setor que estava sendo
esperada para este semestre.
O setor de serviços pesa mais de dois terços no Produto Interno Bruto (PIB). Embora abranja centenas
de atividades, o levantamento do IBGE não inclui
serviços financeiros nem públicos. A comparação
com abril indica alguma reativação dos serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias, além de
serviços técnico-profissionais e de transporte aéreo e
aquaviário.
O frio ajudou as atividades turísticas, que cresceram
0,4% no mês, favorecendo, em especial, o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Mas as comparações entre maio de 2015 e maio de
2016 ainda são muito desfavoráveis. Na média, a queda do volume de serviços foi de 6,1%, puxada pelos
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transportes (-9,1%), turismo (-8,9%), serviços profissionais, administrativos e complementares
(-7,8%) e serviços prestados às famílias (-7%). O
item serviços de informação e comunicação está sensivelmente pior em 2016 do que estava em 2015,
quando apresentou variações mensais positivas na
maior parte do ano,segundo o Instituto deEstudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).
O setor de serviços não pode ser visto isoladamente,
pois depende do comportamento da indústria, do comércio, do agronegócio e das atividades da área pública. É um "setor vulnerável" ao comportamento do
conjunto da economia, segundo Saldanha.
Com a queda do nível de emprego e da renda, as famílias demandaram nos últimos 12 meses menos serviços artísticos, esportivos, recreação e lazer,
lavanderias, cabeleireiros, clínicas de estética ou higiene e adestramento de animais.
Na visão mais otimista, os dados disponíveis indicam retomada lenta. Como disse o economista Rafael Bacciotti, da Tendências Consultoria ao
Broadcast da Agência Estado: "Parece ter ligeira melhora no dado ajustado sazonalmente, mas vem
mostrando alguma volatilidade. A tendência para a
atividade de serviços ainda é de queda". Expectativas
mais promissoras foram adiadas.
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20 de julho de 2016
Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional
O Estado de S. Paulo
UE aplica multa recorde a montadoras de caminhões
ECONOMIA
ruim para a Volkswagen, mergulhada em uma crise
depois de ter fraudado testes antipoluição em seus automóveis a diesel em todo o mundo.
Sanções. A maior pena será aplicada contra a Daimler que, sozinha, terá de arcar com mais de ⬠1 bilhão
- uma punição recorde do bloco econômico recorde
para apenas uma empresa. Juntas, as cinco montadoras produzem aproximadamente 90% dos veículos pesados do mercado europeu.
MAN, DAF, Daimler,Iveco, Fiat eVolvo terão depagar, juntas, EUR 2,9 bilhões por formação de cartel
Jamil Chade
A União Europeia decidiu aplicar uma multa recorde
de EUR 2,9 bilhões contra cinco montadoras de caminhões, como parte de uma tendência mais ampla
de punir violações à livre concorrência no bloco econômico de 28 países. As empresas MAN, DAF,
Daimler, Iveco e Volvo-Renault foram condenadas
por fixar preços e por operar um sistema secreto para
adiar a instalação de novas tecnologias para reduzir a
poluição emitida por seus motores.
A MAN, que é controlada pela alemã Volkswagen,
não está entre as empresas multadas, ainda que tenha
feito parte dos acordos secretos com as demais empresas. A UE decidiu que, como a companhia delatou
o sistema e cooperou com as investigações, a multa
de EUR 1,2 bilhão seria suspensa.
Ainda assim, o envolvimento é mais uma notícia
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"Estabelecemos hoje um marco ao impor multas em
valores recorde para uma violação séria", disse Margrethe Vestager, a comissária da ünião Europeia para
a Concorrência. "Por 14 anos, (essas companhias) fixaram preços e passaram os custos de atender aos padrões ambientais aos consumidores. Isso é também
uma clara mensagem para as empresas de que cartéis
não são aceitos", completou.
Em resposta à multa, a alemã Daimler afirmou que
"lamentava" o ocorrido e que já vinha adotando "medidas apropriadas há algum tempo" para a correção
do problema. De acordo com a empresa, a multa faz
parte de um acordo com a Comissão Europeia e que,
desde então, seus controles internos foram fortalecidos.
Segundo a investigação, o cartel operou entre 1997 e
2011. Entre os aspectos acordados entre as empresas
de forma sigilosa estava a implementação de novas
tecnologias de emissões. Houve também um acordo
para repassar o custo dos novos padrões ambientais
aos consumidores.
Além da Daimler, a holandesa DAF terá de pagar
EUR 753 milhões, a sueca Volvo terá de arcar com
EUR 670 milhões e a Iveco (do grupo italiano Fiat)
terá de desembolsar mais EUR 500 milhões. "Reuniões eram realizadas entre altos executivos, as vezes
às margens de exposições e outros eventos", depg.15
20 de julho de 2016
Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional
O Estado de S. Paulo
Continuação: UE aplica multa recorde a montadoras de caminhões
clarou a UE. "Isso era complementado por conversas
telefônicas."
-Punições
Regras. As multas foram anunciadas menos de uma
semana depois que a Comissão Europeia tomou novas medidas contra o gigante da internet Google. Pelas novas regras, a UE pode impor sanções de até 10%
das vendas mundiais de uma empresa.
O recorde, até ontem, era a multa imposta em 2012
para as empresas de produtos eletrônicos Philips e
LG, também por formação de um cartel de preços. A
pena, neste caso, foi de EUR 1,4 bilhão.
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EUR 1 bilhão foi o valor da multa aplicada à alemã
Daimler
EUR 753 milhões será a sanção à DAF
EUR 670 milhões será a multa da Volvo
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20 de julho de 2016
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O Estado de S. Paulo
FMI melhora projeções para o Brasil
ECONOMIA
o que deve ajudar o País a sair da recessão. A melhora
da percepção sobre o Brasil, disse ela, também foi
vista no mercado financeiro, principalmente com a
forte valorização do real.
É a primeira vez, desde 2012, que o Fundo vê avanços
na economia do País; relatório destaca os resultados
dos índices de confiança
Altamiro Silva Júnior
O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou
as previsões para a economia brasileira e agora prevê
uma recessão menos severa este ano e a volta do crescimento em 2017. A projeção é que o Produto Interno
Bruto (PIB) do País tenha contração de 3,3% em
2016, menos do que o previsto quando o Fundo fez
sua reunião em abril em Washington e esperava queda de 3,8%. Para o ano que vem, a aposta é de expansão de 0,5%, ante crescimento zero projetado
anteriormente, segundo o Panorama Econômico
Mundial, relatório de atualização de projeções divulgado ontem.
É a primeira vez que o FMI melhora as previsões para
o PIB do Brasil desde julho de 2012. Daquele ano para cá, a cada novo relatório, os economistas da instituição vinham cortando as estimativas de
crescimento do País, que sempre figurava na lista dos
piores desempenhos econômicos entre as principais
economias do mundo.
Para a chefe da divisão de estudos econômicos mundiais do FMI, Oya Celasun, os múltiplos choques que
pesavam negativamente na economia brasileira, incluindo a incerteza política, estão se dissipando de
forma gradual. Em entrevista a jornalistas, a economista destacou que desde março os índices de confiança da economia brasileira dão sinais de melhora,
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Na mesma entrevista, o vicediretor do departamento
de pesquisa do FMI, Gian Maria Milesi Ferretti, disse
que a economia brasileira estava encolhendo muito
rápido em 2015. A recessão do ano passado contaminou os números de 2016, disse ele, destacando
que o fato de a economia parar de piorar, mas em patamarbaixo, indicaqueavirada precisa ser grande para que se possa voltar a alcançar crescimento
positivo.
A América Latina, por conta da revisão para cima das
previsões do Brasil, também teve as projeções do
PIB melhoradas.
Em 2016, a contração deve ficar em 0,4%, ante queda de 0,5% prevista no relatório de abril. Em 2017, a
região deve voltar a crescer, expandindo 1,6%, ante
alta de 1,5% do documento anterior. O FMI alerta que
entre os fatores de risco para a América Latina está a
epidemia do vírus zika.
Economia global. Os ajustes para a expansão do PIB
global foram modestos, em apenas 0,1 ponto porcentual nos dois anos: de 3,2% para 3,1% em 2016 e
de 3,5% para 3,4% em 2017. O fator Brexit, referendo que decidiu pela saída do Reino Unido da
União Europeia (UE), teve uma contribuição importante para as ligeiras revisões, mas a instituição
enfatizou que o evento amplia substancialmente as
incertezas econômicas, políticas e institucionais, de
modo que em um pior cenário os impactos serão mais
intensos.
Segundo a instituição, não fosse o Brexit, a estimativa de 2016 permaneceria inalterada, com a piora da visão para os Estados Unidos (de 2,4% para
pg.17
20 de julho de 2016
Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional
O Estado de S. Paulo
Continuação: FMI melhora projeções para o Brasil
2,2%) sendo compensada pelo início de um ano mais
promissor na zona do euro. Para 2017, também na ausência desse elemento novo, a projeção teria sido elevada em 0,1 ponto, diante das perspectivas melhores
para Brasil e Rússia no período.
Europa, especialmente em Itália e Portugal, também
foram citados.
Análises
Assim, embora reconheça as incertezas inerentes ao
processo, o FMI revisou para baixo as projeções para
o Reino Unido em 2016 (de 2,0% para 1,7%) e, principalmente em 2017 (de 2,1% para 1,3%), sendo que
para o próximo ano considerou uma maior disseminação dos impactos em toda a zona do euro (de
1,6% para 1,4%).
Além disso, manteve o alerta para outros potenciais
riscos globais de curto e médio prazos, como problemas geopolíticos (refugiados, terrorismo, instabilidades locais), um possível pouso forçado na
China e a ocorrência de um quadro de estagnação ou
deflação, bem como assimetrias nos ajustes internacionais. Os temores com o setor financeiro na
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"Com muito do Brexit ainda se desenvolvendo, o aumento da incerteza complica a já difícil tarefa de fazer previsões macroeconômicas." Maurice Obstfeld
ECONOMISTA-CHEFE DO FMI
"Estamos prevendo normalização da economia brasileira."
Oya Celasun
CHEFE DA DIVISÃO DE ESTUDOS ECONÔMICOS DO FMI
pg.18
20 de julho de 2016
Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional
O Estado de S. Paulo
Irlandês Lyle Watters volta ao Brasil e será
presidente da Ford
ECONOMIA
Ex-diretor financeiro no País entre 2008 e 2012, executivo substituirá Steven Armstrong, que segue para
Ford Europa
A Ford do Brasil e América do Sul terá novo presidente a partir de 1.- de agosto. O irlandês
Lyle Watters, de 51 anos, vai assumir o posto hoje
ocupado por Steven Armstrong, de 52 anos. Watters
já teve passagem pela companhia no Brasil como diretor financeiro entre outubro de 2008 e março de
2012.
Armstrong foi nomeado vice-presidente da Ford Europa, cargo que assumirá em 1.- de setembro. Na nova função, vai se reportar a Jim Farley,
vice-presidente executivo e presidente da Ford Europa, Oriente Médio e África. O executivo está no
comando da filial brasileira há quatro anos e substituirá Barb Samardzich, que vai se aposentar.
Watters, que ingressou na Ford em 1987, será responsável por conduzir todas as operações da companhia na América do Sul e se reportará a Joe
Hinrichs, vice-presidente executivo e presidente das
Américas.
Atualmente, Watters é vicepresidente de Finanças e
Planejamento Estratégico da Ford Europa.
Depressão. Ele volta ao País num momento de mercado em depressão, com o resultado das vendas totais
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retrocedendo uma década.
Por muitos anos a quarta maior montadora em vendas
no País, a americana Ford atualmente ocupa a sexta
posição no ranking nacional, tendo sido ultrapassada
pela coreana Hyundai e pela japonesa Toyota.
A Ford vendeu no primeiro semestre 80,7 mil veículos, 40% a menos em relação a igual período do ano
passado. A participação da marca caiu de 10,5% para
8,5% nesse mesmo intervalo.
O mercado brasileiro atualmente é liderado pela americana General Motors, com 16,5% de participação
nas vendas de automóveis e comerciais leves, seguida pela italiana Fiat, com 15,1%. A alemã
Volkswagen detém 13,3% das vendas, enquanto
Hyundai e Toyota têm, respectivamente 10% e 9%.
De janeiro a junho, as vendas totais de automóveis e
comerciais leves no Brasil somaram 952,2 mil unidades, volume 25,1% inferior ao de igual período de
2015 e o mais baixo para um primeiro semestre desde
2006./ C.S.
Em baixa
40% foi a queda nas vendas da Ford no primeiro semestre; em um ano, a fatia de mercado da empresa
caiu de 10,5% para 8,5%
pg.19
20 de julho de 2016
Federações | FIESP
O Estado de S. Paulo
A Fiesp erra o alvo
NOTAS & INFORMAÇÕES
O empreendedorismo é condição imprescindível para a criação e distribuição de riqueza numa sociedade
livre. A iniciativa privada, sujeita às disposições legais democraticamente estabelecidas para preservar
o bem comum, é o vetor principal do crescimento
econômico e, consequentemente, da prosperidade
social. Cabe, portanto, às entidades representativas
do mundo corporativo a responsabilidade de zelar pela idoneidade dos negócios que têm a missão de
apoiar, estimular e defender. Isso implica, no mínimo, assumir uma atitude crítica aos eventuais desvios de comportamento de associados no que diz
respeito aos negócios que empreendem, quando mais
não seja para preservar a imagem e, consequentemente, os interesses da coletividade que representam.
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp )perdeu uma excelente oportunidade de fazer a coisa certa ao reagir negativamente à notícia
publicada pelo Estado de que um de seus diretores é o
maior devedor da União entre as pessoas físicas, por
ter deixado de pagar tributos num total de R$ 6,9 bilhões, crime pelo qual está sendo julgado em segunda
instância, depois de ter sido condenado na primeira.
Em vez de vir a público para prestar, a todos os seus
associados e ao País, o bom serviço de condenar práticas que comprometem a imagem da iniciativa privada, a Fiesp optou por sair pela tangente e afirmar,
em nota oficial, que "não tem qualquer vínculo ou
responsabilidade sobre questões pessoais, profissionais ou empresariais de seus diretores e conselheiros", muito embora se trate de uma entidade
que "trabalha visando o bem do Brasil, seu crescimento, a geração de empregos e a formação dos
trabalhadores e de suas famílias".
Curiosa essa atitude da maior e mais importante federação da indústria no País, que, ao mesmo tempo
que investe pesadamente numa meritória campanha
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contra os altos impostos que são - ou, como se vê, deveriam ser - pagos no País, procura ignorar o fato de
que um de seus diretores - não importa que sejam "aproximadamente 2 mil", conforme a nota - dá o péssimo exemplo de ser o campeão entre os maus
pagadores que, entre pessoas jurídicas e físicas, devem ao Fisco mais de R$ 1 trilhão, o que contribui
para onerar ainda mais os contribuintes honestos que
assumem a responsabilidade de "pagar o pato".
Faltou à Fiesp, mais do que dizer que "não tem qualquer vínculo ou responsabilidade" com o malfeito de
um de seus diretores, ter repudiado veementemente a
prática da sonegação fiscal em geral. Isso afastaria
claramente a entidade daqueles grupos que, a pretexto de apoiar a informalidade, que veem como uma
maneira legítima de sobreviver, consideram irrelevante ou até mesmo uma aceitável prática a corriqueira sonegação de impostos cometida por
empresas e homens de negócios. Ao contrário, as mal
traçadas linhas do curto documento com o qual a federação paulista das indústrias alega que a mencionada sonegação de R$ 6,9 bilhões não é da sua
conta podem levar pessoas mal informadas à suposição de que a mensagem que a milionária
campanha do pato amarelo pretende transmitir além de promover politicamente a imagem de seus
organizadores - é a de que a melhor maneira de resolver o grave problema dos impostos é simplesmente não pagá-los.
As grandes empreiteiras de obras públicas, que durante anos agiram à margem da lei para garantir enormes
margens
de
lucro
generosamente
compartilhadas com seus cúmplices no governo, estão prestando aos ideólogos do estatismo - os
sinceros e os oportunistas - o enorme favor de demonstrar que a iniciativa privada "não é confiável".
No Brasil de hoje, a corrupção domina as primeiras
páginas dos jornais e seus óbvios efeitos sobre a desastrada gestão lulopetista de mais de 13 anos a transpg.20
20 de julho de 2016
Federações | FIESP
O Estado de S. Paulo
Continuação: A Fiesp erra o alvo
formaram em preocupação prioritária do cidadão
médio, segundo todas as pesquisas de opinião. Tudo
isso, queiramos ou não, prejudica a imagem da economia de mercado e do capitalismo.
responsabilidade política que tem a Fiesp ficar nas
meias-tintas. Melhor faria se se dispusesse a combater a corrupção - da qual a sonegação de impostos é
uma sórdida faceta - dentro de casa.
Não é hora, portanto, de uma entidade com a enorme
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pg.21
20 de julho de 2016
Federações | FIESP
O Estado de S. Paulo
Travados pela ineficiência
NOTAS & INFORMAÇÕES
Brasil poderá sair do buraco depois de dois anos de recessão, de muitas quebras e muito desemprego, mas
precisará de muito mais que uma fase de recuperação
para crescer como outros países emergentes. É a diferença entre deixar a UTI ou mesmo sair do hospital
- e ganhar vigor e agilidade para entrar numa corrida.
São necessários quatro brasileiros para produzir tanto quanto um americano. O País fica em desvantagem, no quesito produtividade, também
quando comparado com muitas outras economias.
Com baixa capacidade produtiva, a economia brasileira compete com muita dificuldade no mercado
internacional e tem baixo potencial de crescimento.
Pelos padrões internacionais, a produtividade do Brasil é a pior desde os anos 50, como informou reportagem do Estado publicada no domingo, e mudar
esse quadro é o maior desafio para a administração federal nos próximos anos.
A eficiência produtiva do País cresceu de 1950 a
1980, numa fase de intensa industrialização e modernização tecnológica. Declinou nos 10 anos seguintes, marcados por uma sequência de crises.
Voltou a avançar nos anos 90 e continuou em alta nos
primeiros anos do novo século, até começar uma nova etapa de estagnação. A indústria foi o setor mais
afetado pela perda de dinamismo. Entre 2004 e 2012,
a produtividade industrial dos 15 principais parceiros
comerciais do País cresceu em média 2,6% ao ano.
No Brasil, o avanço anual ficou em 0,1%, segundo
números compilados pelo departamento econômico
da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp ).
As causas principais da baixa eficiência brasileira
são conhecidas há muito tempo e pouco se tem feito
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para eliminá-las. Pior: alguns desses problemas se
têm agravado, tanto por omissão quanto por ação do
governo. O baixo nível de investimento é uma das explicações. A parcela de recursos destinada à formação bruta de capital fixo - máquinas,
equipamentos - tem oscilado entre cerca de 17% e
cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB). Em
muitos outros países emergentes a taxa supera 25% e,
no caso dos asiáticos, até 30%.
Investe-se pouco tanto no setor empresarial quanto
na infraestrutura. As consequências são facilmente
visíveis, por exemplo, nas deficiências do setor de
transportes e no alto custo da logística. O agronegócio, eficiente no interior das unidades produtivas, perde parte de seu poder de competição
quando tem de levar seus produtos aos portos. No caso da indústria, geralmente menos competitiva, os
efeitos são especialmente desastrosos. Mas a
competitividade é prejudicada por outros fatores.
A tributação irracional encarece o investimento, a
produção e a comercialização de todos os tipos de
bens, especialmente dos industriais. A complexidade dos impostos impõe custos enormes para o
cumprimento das obrigações fiscais. Procedimentos
para exportar e para importar são mais complicados
que em muitos outros países. A insegurança jurídica
trava negócios.
Além disso, a baixa qualidade da educação limita a
oferta de mão de obra qualificada ou em condições de
ser treinada nas empresas. Pelos dados oficiais, há
cerca de 18% de analfabetos funcionais - pessoas
com idade a partir de 15 anos capazes ler, mas não de
entender um texto de instruções simples.
pg.22
20 de julho de 2016
Federações | FIESP
O Estado de S. Paulo
Continuação: Travados pela ineficiência
Empresários queixam-se muito dos juros elevados,
um obstáculo ao investimento. Mas os juros são altos
porque o buraco das contas públicas é grande e o governo tem de pagar caro para rolar sua dívida. Além
disso, o desajuste fiscal mantém elevada a inflação e
isso limita a capacidade do Banco Central de cortar
os juros.
é simplesmente perdida, porque obras são superfaturadas (veja-se, por exemplo, a Operação Lava
Jato), prazos se alongam e a qualidade do investimento é baixa, como comprova, por exemplo, o
despreparo de quem sai das escolas. Cada dólar de investimento no Brasil nem sempre rende tanto quanto
o dólar investido em outro país.
A tudo isso é preciso somar um componente nem
sempre mencionado: boa parte do dinheiro investido
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pg.23
20 de julho de 2016
Temas de Interesse | Colunas e Editoriais
Folha de S. Paulo
Mercado Aberto
MERCADO ABERTO
MARIA CRISTINA FRIAS
Setor de gás natural quer flexibilizar regras estaduais para o mercado livre
Comercializadores de energia e gás natural querem
mudanças nas regras estaduais que permitem que os
consumidores migrem para o mercado livre - aquele
no qual poderíam escolher seus fornecedores.
A Abraceel, a associação dos comercializadores, se
reuniu com o Ministério de Minas e Energia nesta terça-feira (19), para apresentar demandas, diz Reginaldo Medeiros, presidente da entidade.
São dez pedidos, no total, como poder comprar parte
do gás de partilha (a parcela da produção que vai para
a União) e mudar os tributos.
O ministério concorda com a maioria delas, segundo
a assessoria de imprensa.
O entendimento ê que algumas adaptações, como a
de um modelo de transporte em que as empresas do
setor de gás pagam tarifas por ponto de acesso, atrairíam interessados em ativos da Petrobras, como gasodutos.
Um dos pleitos êaunificação dos limites mínimos para que os clientes entrem no mercado livre em todos
os Estados. Hoje, cada unidade federal determina
quanto o cliente deve consumir para poder escolher o
fornecedor.
Em São Paulo e Minas, as linhas são as menores, de
10 mil metros cúbicos. Em Mato Grosso, é preciso
consumir 1 milhão de metros cúbicos para aderir ao
mercado.
Medeiros quer que a ANP (agência do petróleo e gás
natural) e o ministério auxiliem na padronização.
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pg.24
20 de julho de 2016
Temas de Interesse | Colunas e Editoriais
Folha de S. Paulo
Continuação: Mercado Aberto
O executivo compara a atuação desejada à da Saúde:
"A atribuição da política ê dos municípios, mas a
União harmoniza. Ao passar recursos, o governo induz à práticas."
CARRO DA FIRMA
Três em cada dez empresas estenderam o tempo de
uso de seus veículos corporativos no último ano,
aponta levantamento feito pela CSA para a Arval,
companhia do setor.
Entre as que detêm grandes frotas, a taxa sobe para
40%.
A tendência, que mostra uma busca maior por economia, se intensificou com a crise, diz o diretor da
Arval Brasil Ricardo De Bolle. "Há dois anos, a substituição era feita em um prazo de 24 a 36 meses, mas
isso tem mudado." Na empresa, houve um aumento
gradativo do intervalo, que hoje chega a quatro ou
cinco anos.
O envelhecimento da frota se repete na União Européia em menor grau. Lá, o índice de empresas que
estenderam os prazos é de 20%.
"Ê um mercado mais maduro, a média de tempo já é
de cerca de quatro anos."
REPÚBLICA DA VILA OLYMPIA
Os 33 alunos bolsistas do Insper, de São Paulo, que
hoje moram em apartamentos alugados pela instituição, mudarão de endereço no ano que vem.
A Fundação Brava doou um prédio para o alojamento para 55 estudantes de fora da cidade. O espaço, de 400 m 2 e valor de R$ 8,5 milhões, fica a
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pg.25
20 de julho de 2016
Temas de Interesse | Colunas e Editoriais
Folha de S. Paulo
Continuação: Mercado Aberto
poucos metros do campus. O Insper vai reformar o
prédio cedido em comodato.
"Ê importante para os alunos com 100% de bolsa não
restituível. E envolve os demais estudantes no projeto", diz Marcos Lisboa, presidente do Insper.
"A demanda para o vestibular cresceu muito, de bolsistas e não bolsistas. Cria aquele clima de campus
americano, todos participam, desenham soluções para o prédio, para o entorno dele."
O fundo de bolsas recebeu R$ 2,36 milhões neste ano
- em 2015 foram quase R$ 3 milhões.
Sete... Em dez anos, a população de gatos deve ultrapassar a de cães no Brasil. É o que prevê um levantamento da Abinpet (associação do setor).
...vidas Dos 65 milhões de domicílios do país, 17,7%
têm ao menos um gato, o que representa 22 milhões
de felinos no Brasil, segundo o IBGE.
Alisamento A Acqua Coco, de produtos capilares, investe R$ 5 milhões em sua fábrica e passará a exportar para Marrocos, Chile e Angola.
facilitar a entrada de novos clientes no setor.
O papel das empresas será representar os consumidores perante o órgão e cuidar de burocracias,
como encargos e contratos.
Hoje, as comercializadoras do mercado livre apenas
vendem energia elétrica aos clientes, que também podem comprá-la diretamente de geradores.
"Principalmente os de menor porte não têm experiência para lidar com o setor elétrico. As varejistas
serão facilitadoras", diz Rui Altieri, presidente da
CCEE.
Com a aprovação da câmara, a Comerc projeta um aumento de 10% na base de clientes e de 2,5% no consumo de energia em um prazo de um ano, afirma o
presidente, Cristopher Vlavianos.
Hoje, o mercado tem 2.516 consumidores. Até o fim
deste ano, deverão ser 4.000.
Pé direito... Os preços dos imóveis na União Européia
subiram 3% no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual período de 2015, segundo a agência Eurostat.
VAREJO LIBERADO
A CCEE (câmara de energia elétrica) aprovou os primeiros comercializadores varejistas do mercado livre: a Comerc, a CPFL e a Elektro. A medida deverá
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...alto Os maiores aumentos foram observados na
Hungria (15,2%), Áustria (13,4%) e Suécia (12,5%),
enquanto as casas na Itália e em Chipre ficaram 1,2%
mais baratas.
pg.26
20 de julho de 2016
Temas de Interesse | Artigos
Folha de S. Paulo
Elio Gaspari
ELIO GASPARI
Elio Gaspari
redores do governo pela mais vulgar das privatarias.)
Michel Temer equilibrou-se
Como calma, serenidade e experiência parlamentar
não bastam, José Sarney fez um governo ruinoso.
Abençoado pelas mesma virtudes, Itamar Franco
queimou três ministros da Fazenda em seis meses e ia
pelo mesmo caminho até que foi salvo pelo gongo ao
terceirizar a gestão, entregando-a a Fernando Henrique Cardoso. Em 1993, FHC entrou numa sala onde havia um tigre, a inflação. Matando-o, conseguiu
enfrentar as jaguatiricas, os lobos guarás e as cascavéis da desordem econômica. Meirelles entrou
numa sala onde não há o tigi e, mas os bichos menores
mandam no pedaço. Na ponta lápis, calculando-se
gastos e economias, é um ministro gastador que promete os rios de mel da austeridade.
ANTES MESMO de completar cem dias, Michel Temer conseguiu dar estabilidade ao seu governo. Começou da pior maneira possível, com um ministério
pífio e contaminado, cercado de suspeitas e de ligações inconvenientes. A mágica tem um nome:
calma, sangue frio ou mesmo serenidade.
Temer chegou ao Planalto com duas décadas de vida
parlamentar, uma experiência que faltou a Dilma
Rousseff. Essa parece ser uma característica trivial,
mas o bom parlamentar ouve, contém as emoções e,
sobretudo, respeita o contraditório, mesmo quando
ele carrega tolices a serviço da desonestidade. Temer
não move os músculos do rosto, parece falar por meio
de um sintetizador calibrado para um só tom e, apesar
de gesticular com alguma teatralidade, é suave até
quando bate com a mão na mesa. Convivendo com a
rotina do Congresso e longos discursos inúteis, o
bom parlamentar não tem pressa.
Por não ter pressa, Temer deixou que Eduardo Cunha
fosse f ito na própria gordura. Talvez não devesse
tê-lo recebido no Jaburu, mas daqui a mais um mês
ninguém se lembrará disso. A estabilidadetrazida pela mágica da calma foi ajudada pela esperança que a
blindagem de Henrique Meirelles levou para o Ministério da Fazenda. Por enquanto, na panela da ekipekonomica há muito pirão e pouca carne.
Felizmente, o mercado compra esperança e o novo
governo mostrou que com o afastamento dos pedalantes,pior, a coisa não fica. (Isso admitindo-se
que será intenompida a ocupação de alguns cor-
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Com calma e experiência parlamentar, Temer equilibrou o barco, mas é improvável que venha a aprovar
as reformas que vagamente promete. A da Previdência, nem FHC conseguiu da maneira como queria. Vale lembrar que ele se elegeu em 1994
prometendo essa reforma e, portanto, tinha mandato
popular para fazê-la. Na narrativa entristecida de FHC, Temer ajudou a aprovar o que era possível.
Temer também teve sorte. O PT ainda não acordou da
pancada do início do processo de impedimento e Dilma Rousseff percone platéias amigas cada vez menores, com falas cada vez mais desconexas. Na
última, comparou o seu infortúnio aos acontecimentos da Turquia. A voz das ruas pedindo seu
retorno mostrou-se um sonho. Num toque inesquecível, artistas e intelectuais prometem dois
grandes espetáculos, um no Rio. O outro, se possível,
em Nova York.
pg.27
20 de julho de 2016
Temas de Interesse | Artigos
Folha de S. Paulo
Continuação: Elio Gaspari
Em clima de Jogos Olímpicos, o melhor que se pode
fazer é torcer. Com uma vantagem: o Brasil não tem
(ainda) um Donald Tmmp.
A velha característica de FHC voltou a Brasília: agora a crise entra no Palácio e, quando sai, está menor
-
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pg.28
20 de julho de 2016
Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional
Folha de S. Paulo
Temer quer parceiro privado nos Correios
MERCADO
O peemedebista ponderou, no entanto, que não quer a
privatização da companhia por considerá-la emblemática para o país e desempenhar uma função social. Citou, por exemplo, a entrega física de cartas e
documentos, o que é visto como um serviço essencial
em cidades mais afastadas dos centros urbanos.
A ideia é copiar o modelo de negócios adotado na
abertura de capital da área de seguros do Banco do
Brasil. Seria criada uma holding dos Correios, sob
controle majoritário da União, e subsidiárias ligadas
a ela seriam vendidas para o setor privado.
Nessas unidades, que tocariam, por exemplo, o setor
de logística ou de entregas expressas da estatal, o sócio privado ficaria com a gestão e poderia ter também o controle acionário, com os Correios ficando
minoritário.
No modelo estudado, a estatal, que deve ter novo prejuízo neste ano, venderia parte do controle de subsidiárias
Presidente interino quer que em até 20 dias ministros
apresentem pacote de medidas de estímulo da economia
VALDO CRUZ GUSTAVO URIBE
DE BRASÍLIA
A fim de tirar os Correios da crise financeira, o presidente interino, Michel Temer, pediu à sua equipe
estudar a criação de um modelo de gestão compartilhada com o setor privado de algumas áreas da
empresa.
A orientação foi dada em reunião com o núcleo econômico nesta terça-feira (19), quando defendeu que é
preciso avançar em parcerias com o setor privado para recuperar a estatal.
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É o mesmo modelo que deve ser adotado na venda de
parte da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.
Os Correios registraram em 2015 um prejuízo de R$
2,1 bilhões e caminha para contabilizar novo rombo
neste ano.
O fundo de pensão dos servidores, o Postalis, registrou um rombo de R$ 7 bilhões no ano passado, valor que vai aumentar neste ano e precisa ser
equacionado.
BLOQUEIO
Durante a reunião, Temer apoiou a aprovação da proposta de venda de dívidas ativas da União para o mercado, a chamada securitização da dívida pública, que
pode antecipar recursos para os cofres públicos e reduzir o bloqueio de gastos que deve ser anunciado
nesta semana.
Em alguns cenários, a União poderia arrecadar até R$
pg.29
20 de julho de 2016
Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional
Folha de S. Paulo
Continuação: Temer quer parceiro privado nos Correios
15 bilhões, caso o governo inclua nas operações as dívidas mais atrativas a serem negociadas com o mercado, como aquelas que estão no Refis (sistema de
refinanciamento de débitos de empresas com o governo federal).
O presidente decidiu ainda dar mais um prazo de 15 a
20 dias para seus ministros fecharem um pacote de
medidas de estímulo da economia, que ele pretende
agora lançar em agosto, o mês da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
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Entre elas estão a liberação de venda de terras brasileiras a estrangeiros e a concessão de mais crédito
para micro e pequenos empresários.
Na reunião, a equipe econômica apresentou números
mostrando a reversão negativa das expectativas sobre a economia brasileira. A avaliação ê que no final
deste ano a recessão será interrompida.
pg.30
20 de julho de 2016
Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional
Folha de S. Paulo
FMI vê PIB melhor, mas ainda aponta incertezas
MERCADO
FMI vê PIB melhor, mas ainda aponta incertezas
Fundo estima alta de 0,5% no Brasil em 2017
Economistas consultados pelo Banco Central para a
pesquisa Focus preveem um cenário melhor, especialmente para 2017: retração de 3,25% neste ano e
crescimento de 1,1% no próximo.
DAREUTERS
O FMI (Fundo Monetário Internacional) melhorou
as suas previsões para a economia brasileira em 2016
e 2017, mas prevê ainda um cenário sujeito a incertezas.
Para o Fundo, o PIB brasileiro vai encolher 3,5% neste ano, e não 3,8%, como estimara em abril. Para o
ano que vem, a previsão ê de crescimento de 0,5% três meses antes, o organismo disse que o país ficaria
estagnado.
cni.empauta.com
Parte da melhora do cenário, segundo o FMI, deve-se
à contração menor do que a esperada do PIB brasileiro nos três primeiros meses deste ano, de 0,3%
ante o quarto trimestre. Além disso, "a confiança do
consumidor e das empresas parece ter saído do nível
mais baixo", destacou o organismo em relatório.
Só em junho, por exemplo, a confiança da indústria e
a do consumidor mostraram importante impulso,
diante da melhora nas expectativas, segundo dados
da Fundação Getulio Vargas.
pg.31
20 de julho de 2016
Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional
O Globo
Rumor de mudança na lei afeta repatriação
ECONOMIA
Entraram apenas R$ 8 bi dos R$ 25 bi previstos. Saída seria elevar impostos
Martha Beck
Brasília- A equipe econômica está preocupada com
os rumores de que o programa de repatriação pode sofrer alterações no Congresso. Integrantes do governo
afirmaram ao GLOBO que isso já tem provocado
uma redução do número de adesões à repatriação e
pode acabar prejudicando a arrecadação esperada para o ano, de R$ 25 bilhões, considerada essencial para
o fechamento das contas de 2016. Até agora, ingressaram somente R$ 8 bilhões nos cofres públicos
por esse programa.
- Quando o contribuinte acredita que vai haver uma
mudança de regras, ele decide esperar para ver se vai
encontrar uma situação mais vantajosa. Já estamos
observamos isso em relação à repatriação - disse um
técnico da área econômica.
ATÉ PARLAMENTARES SE MOVEM
Segundo esse interlocutor, se a expectativa com as receitas da repatriação forem frustradas, o governo pode acabar tendo de aumentar impostos já no segundo
semestre deste ano. Entre os tributos na mira para
uma ação emergencial está o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), um dos poucos que podem
ser elevados sem necessidade de noventena, regra pela qual uma alíquota mais alta só entra em vigor passados três meses (90 dias).
- Nossa expectativa era que ingressassem, pelo menos, R$ 25 bilhões com a repatriação. O número poderia ser ainda maior, mas colocamos uma estimativa
conservadora nas projeções. Agora, com essa movimentação de que o programa pode mudar, o
número pode não chegar nem a isso - explicou o técnico.
cni.empauta.com
Depois de uma ampla negociação entre governo e
Congresso, a lei da repatriação foi aprovada definindo que os contribuintes que enviaram dinheiro
ao exterior sem declarar à Receita poderiam regularizar esses recursos até 31 de outubro deste ano,
pagando uma alíquota de Imposto de Renda (IR) de
15%, mais uma multa de 15%. Com isso, essas pessoas ficam perdoadas dos crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e
falsificação de dados. A lei, contudo, criou algumas
travas.
Ela não se aplica a detentores de cargos públicos de
direção ou eletivos, nem aos cônjuges ou parentes
consanguíneos até o segundo grau ou por adoção.
Também não podem aderir ao programa pessoas que
tenham sofrido alguma condenação penal, mesmo
que em primeira instância. Mas o governo vê surgir
um movimento de alguns escritórios de advocacia, e
até de parlamentares, para tentar mudar a lei. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, alertou o presidente interino, Michel Temer, e aconselhou o
Palácio do Planalto a não fazer qualquer modificação, trabalhando com o Congresso para não
haver alterações. Segundo interlocutores, Temer foi
convencido por Meirelles.
PRAZO MAIOR ABRIRIA BRECHA
Alegando dúvidas com relação às regras da repatriação, os defensores de mudanças pedem mais
tempo de adesão ao programa. Mas, para isso, seria
preciso apresentar um novo projeto de lei alterando
os prazos, o que abriria espaço para outras modificações. Uma delas poderia ser exatamente retirar
do programa o artigo que bloqueia o benefício para
políticos. Isso favoreceria, por exemplo, parlamentares como o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e sua família, que têm trusts no exterior.
Também poderia ser retirado o impedimento de que
pessoas com alguma condenação penal possam lepg.32
20 de julho de 2016
Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional
O Globo
Continuação: Rumor de mudança na lei afeta repatriação
galizar os recursos, beneficiando envolvidos na Operação Lava-Jato.
A incerteza em relação à repatriação é um dos fatores
que a equipe econômica está analisando para definir
o contingenciamento do Orçamento de 2016, que deve ser anunciado até o fim da semana. Como as receitas estão em queda por causa da recessão e é
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preciso liberar alguns gastos emergenciais, os técnicos não querem correr o risco de descumprir a meta
fiscal do ano, de déficit primário de R$ 170,5 bilhões.
Por isso, avalia-se fazer um corte de gastos de até R$
20 bilhões.
pg.33
20 de julho de 2016
Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional
O Globo
FMI já vê crescimento no Brasil em 2017
ECONOMIA
Organismo projeta retração menor este ano, mas alerta que Brexit terá impacto na economia global
Henrique Gomes Batista - Correspondente - henrique. [email protected]
-WASHINGTON- O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou ontem suas projeções
econômicas revisadas, que mostram mais otimismo
para com o Brasil. Em vez de recessão de 3,8% neste
ano, conforme perspectivas divulgadas em abril, agora o Fundo espera uma queda de atividade de 3,3%.
Para 2017, a nova previsão constante do Panorama
Econômico Mundial é de crescimento de 0,5%, contra expectativa anterior de um ano estável. Isso contrasta com a projeção para a economia global, que
recuou de uma alta de 3,2% para 3,1% este ano.
"A confiança dos consumidores e das empresas parece estar melhorando, e a contração do PIB no primeiro trimestre foi mais branda que o previsto.
Assim, a recessão projetada para 2016 é menos severa, com a volta ao crescimento em 2017. As
incertezas políticas, no entanto, permanecem obscurecendo nossa visão" afirmou o documento.
O Brasil foi citado como exemplo positivo de melhoria das perspectivas econômicas juntamente com
a Rússia - os dois principais países que tinham resultados negativos nas projeções do FMI. O Fundo
também melhorou um pouco o crescimento para a
China neste ano, indicando que as medidas de incentivo do país têm apresentado resultado.
EMERGENTES SEM ALTERAÇÃOOya Celasun,
chefe da Divisão de Estudos Econômicos do FMI,
afirmou em entrevista coletiva na sede do órgão, em
Washington, que, além da melhora da confiança de
empresários e consumidores, outros indicadores
apontam uma situação melhor na economia brasileira:
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Continuação: FMI já vê crescimento no Brasil em 2017
- Também vimos essa melhora no mercado financeiro, com o fortalecimento significativo do real.
Esse fortalecimento em parte da economia nos levou
a acreditar que a mudança para o crescimento pode
vir mais cedo do que prevíamos em abril - disse ela.
Oya lembrou que os três fatores que levaram o Brasil
à recessão - as incertezas econômicas, a queda nos
preços das commodities vendidas pelo país e atrasos
no ajuste da política monetária, com impacto na confiança do país - estão ficando para trás. Ela ressaltou,
contudo, que uma retração de 3,3% do PIB brasileiro
não é algo normal.
Enquanto isso, as estimativas para o crescimento médiodaeconomia global pioraram.Paraeste ano,aprojeção passou dos 3,2% de abril para 3,1% agora. Já a
expectativa para 2017 caiu de 3,5% para 3,4%. Com
relação aos países gentes, contudo, não houve alterações entre os levantamentos do FMI: expectativa
de crescimento de 4,1% neste ano e de 4,6% em 2017.
A maior redução do crescimento esperada, nos dois
anos, nos países ricos, que vão sofrer os efeitos da decisão do Reino Unido de deixar a União Européia, o
chamado Brexit. O conjunto das nações avançadas
deve crescer 1,8% neste ano e em 2017, contra projeções de 1,9% e 2%, respectivamente, em abril.
O Brexit foi um dos pontos destacados no Panorama
Econômico Mundial, que recebeu o título "Incertezas resultantes do referendo no Reino Unido."
O documento aponta que o país sofrerá uma forte redução em seu crescimento por causa da decisão de se
afastar do bloco europeu.
A projeção para a economia britânica recuou de 1,9%
para 1,7% este ano, e de 2,2% para 1,3% em 2017. "O
resultado da votação do Reino Unido, que surpreendeu os mercados financeiros globais, implica a
materialização de um importante risco de queda para
a economia mundial. Como resultado, a perspectiva
global para 2016-17 piorou, apesar de um decni.empauta.com
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Continuação: FMI já vê crescimento no Brasil em 2017
sempenho melhor que o esperado no início de 2016."
O documento afirma ainda que, além do próprio Reino Unido e da Europa, o Brexit terá fortes imapctos
nos Estados Unidos e na China. O FMI ressaltou, no
entanto, que é difícil mensurar adequadamente esses
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impactos porque há muita incerteza sobre como se dará a saída do Reino Unido do bloco europeu. O organismo ressaltou também que a redução nas
projeções de crescimento global deste ano se deve,
em grande parte, ao Brexit.
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Temer pede a ministros pressa em ações para a
economia
ECONOMIA
nisterial, Temer também pediu prioridade para o
ajuste fiscal e um esforço do governo para aprovar,
no Congresso, a proposta de emenda constitucional
(PEC) que fixa um teto para os gastos públicos. O
presidente cobrou ainda ações para incrementar as
exportações e para reforçar a arrecadação, como a
venda de ativos.
Presidente quer apresentar medidas daqui a duas semanas
CATARINA ALENCASTRO, CRISTIANE JUNGBLUT, JÚNIA GAMA E MARTHA BECK
-Brasília- O presidente interino, Michel Temer/pediu
ontem a seus ministros que façam, o mais brevemente possível, um levantamento de medidas para
estimular a economia. Uma das linhas de frente é reunir projetos que possam ser incluídos nos pacotes de
concessões e privatizações que o governo planeja
lançar. A intenção de Temer é anunciar as primeiras
ações dentro de duas semanas, prazo dado aos ministros do chamado núcleo econômico para elaborarem os projetos.
A equipe econômica deve apresentar, até o fim desta
semana, um novo contingenciamento no Orçamento
de 2016, que deve girar em tomo de R$ 20 bilhões,
diante da queda de receitas verificada nos últimos
meses. A ideia, com a reunião de hoje, é apresentar
uma perspectiva de que, mais à frente, poderá haver
geração de novas receitas que possibilitem o descontingenciamento. Apesar disso, o governo quer ter
uma visão realista, já que muitos dos projetos para
reaquecer a economia dependem de aprovação no
Congresso.
A pasta comandada por Moreira marcou para a primeira semana de agosto a primeira reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos. A
intenção é anunciar, já na semana seguinte, a primeira carteira de investimentos, que deverá ser
focada em aeroportos, rodovias e portos.
A despeito do pedido de pressa, na reunião, o secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República, Moreira
Franco, voltou a alertar Temer de que há uma resistência, entre os investidores, ao lançamento de um
pacote de concessões antes da conclusão do processo
de impeachment.
- O presidente Michel (Temer) pediu celeridade na
elaboração dessas medidas, porque ele quer anunciar
parte delas daqui a duas semanas. Não será o conjunto de todas elas, até porque a parte de concessão
deve ficar somente para depois do impeachment afirmou o líder do governo na Câmara, André Moura
(PSC-SE), que participou da reunião.
- Não adianta lançar um pacote agora se não se sabe
com quem os contratos serão assinados - disse um interlocutor de Moreira.
MINISTROS VEEM MELHORANAECONOMIA
Os ministros Dyogo Oliveira (Planejamento) e Henrique Meirelles (Fazenda) fizeram uma exposição
Segundo relatos de participantes da reunião micni.empauta.com
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Continuação: Temer pede a ministros pressa em ações para a economia
sobre o cenário econômico, ressaltando que há sinais
claros de que houve uma reversão no ritmo da economia, com melhoras nas expectativas sobre inflação, trajetória dos juros, índice de confiança do
consumidor, percepção de risco no país e reação do
Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com relatos,
Meirelles afirmou que boa parte de sua agenda tem sido para atender investidores interessados em aplicar
recursos no país.
Também participaram do encontro os ministros Blairo Maggi (Agricultura), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), Eliseu Padilha (Casa Civil),
José Serra (Relações Exteriores), Marcos Pereira
(Desenvolvimento) e Alberto Alves (interino do Turismo).
Temer está fechando a chamada Agenda Positiva,
sob coordenação do Planejamento. Apesar de haver
resistências dentro do governo, a lista de prioridades
inclui a legalização dos jogos. Outra proposta é a utilização de recursos do FIFGTS para aumentar o crédito. Segundo um participante do encontro, a ideia é
liberar esses recursos para os bancos aumentarem o
crédito para projetos de infraestrutura a juros mais
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baixos. O Planalto quer lançar essa agenda o mais rapidamente possível. O presidente interino ainda deverá sancionar até 2 de agosto o projeto que estimula
investimentos em saneamento com créditos de
PIS/Cofins.
Também está em discussão a expansão do crédito para micro e pequenas empresas aumentarem o capital
de giro, contou o presidente do Sebrae, Guilherme
Afif Domingos.
Durante a reunião, o ministro Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia) levantou dois temas que preocupam sua pasta: a situação da Oi, que está em
recuperação judicial, e os Correios, cujo rombo está
em tomo de R$ 2 bilhões, sem contar o fundo de pensão da empresa, o Postalis, que registra déficit de R$
12 bilhões. A conclusão foi que os Correios precisam
de um processo de reestruturação que será apresentado em breve por Kassab. Temer destacou a importância do papel social da empresa e disse aguardar
as propostas.
Colaborou Eliane Oliveira
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Índice remissivo de assuntos
Temas de Interesse | Colunas e Editoriais
4, 12, 14, 20, 22, 24
CNI
4, 10
Temas de Interesse | Competitividade
4, 9, 22
Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional
5, 10, 15, 17, 19, 29, 31, 32, 34, 37
Temas de Interesse | Comércio Internacional
6, 7, 8, 34
Temas de Interesse
9, 10, 12, 27, 29
10
SESI
10
SESI | Conselho Nacional do SESI
10
Temas de Interesse | Questões Trabalhistas
10
Federações | FIESP
20, 22
Temas de Interesse | Infraestrutura
24, 37
Temas de Interesse | Artigos
27
CNI | Presidente | Robson Braga de Andrade
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