Tríduos e Novenas em Salvador: um estudo comparativo
Transcrição
Tríduos e Novenas em Salvador: um estudo comparativo
1 Tríduos e Novenas em Salvador: Aspectos diacrônicos nessa prática religiosa e musical Pablo Sotuyo Blanco1 [email protected] Introdução Falando em novenas, freqüentemente pensa-se numa seqüência de rezas e cânticos realizados durante os nove dias prévios à comemorações do calendário católico. Segundo a Catholic Encyclopedia, novena é: Uma devoção pública ou privada de nove dias, na Igreja Católica, para obter graças especiais. [...] A novena é permitida e mesmo recomendada pela autoridade eclesiástica, porém ainda não possui um lugar próprio e definido na liturgia da Igreja. Tem sido, no entanto, mais e mais valorizada e utilizada pelos fieis.2 (HILGERS, 2003). A Igreja também permite tríduos, qüinquos, setenários, oitavas e trezenas, mesmo sem prescrições litúrgicas. Os poucos estudos disponíveis focaram a pesquisa nos registros históricos, não modificando o status quo de simplificações conceituais como de que possuem uma estrutura cerimonial diária única, própria do local, que se repete no período preestabelecido ou que devem ser tratadas independentemente umas das outras pela sua tradição. Para pesquisar o devir dessas práticas devocionais em Salvador, em Agosto de 2003 teve inicio um recorte do projeto “O Patrimônio Musical na Bahia”,3 apoiado pelo PIBICUFBA.4 Articulação da pesquisa Aproveitaram-se metodologias de natureza musicológica histórica (com levantamentos documentais pertinentes), e etnomusicológica (com registro áudio-visual das devoções), procurando eventuais contatos sincrônicos no devir diacrônico. Assim, fez-se o levantamento das festas religiosas católicas na Bahia, com a triagem daquelas que integram o alvo deste trabalho. 1 Doutor em Música pela Universidade Federal da Bahia e Professor Pesquisador PRODOC-CAPES no PPGMUS-UFBA. 2 “A nine days' private or public devotion in the Catholic Church to obtain special graces. […] The novena is permitted and even recommended by ecclesiastical authority, but still has no proper and fully set place in the liturgy of the Church. It has, however, more and more been prized and utilized by the faithful.” 3 Projeto Institucional de Pesquisa do PPGMUS-UFBA financiado pela CAPES na modalidade PRODOC. 4 O projeto inicial “A Música das Novenas em Salvador” se encontra hoje na sua segunda etapa, estendendo a investigação ao Recôncavo Baiano. 2 Anualmente em Salvador, segundo a Bahiatursa5, acontecem doze novenas (incluindo a “semana”6 de N. Sra. da Guia), nove tríduos, e uma trezena. Essas 22 referências parecem poucas quando comparadas com as mais de 50 informadas pela Arquidiocese de São Salvador, devido a que várias das datas são celebradas em mais de uma paróquia. Finalmente, foram registradas dezesseis (8 tríduos, 7 novenas e 1 trezena grifadas na Tabela 1), complementadas com entrevistas aos protagonistas. Períodos mutáveis Segundo o artigo “Novena para o Snr. Bom Jezuz dos Navegantes”: mais uma obra de Barbosa de Araújo (BLANCO, 2002), nem sempre os tríduos foram tríduos ou as novenas, novenas, podendo mudar por motivos econômicos. Silva Campos relata que a imagem do Bom Jesus dos Navegantes saía “depois do tríduo, ou da novena, conforme as possibilidades financeiras da Devoção” (CAMPOS, 1941, p.130). Mas de acordo com a Devoção responsável, “nos últimos 50 anos não se realizaram Novenas, tendo optado pelo Tríduo”. (BLANCO, 2002). Outras confrarias poderiam assim reduzir em 66% o ônus de uma novena. Em trabalho apresentado no V ECSIM forneceram-se dados que confirmam o caráter local dessas escolhas (Cf. BLANCO, 2004). A Tabela 2 inclui as mudanças detectadas nas devoções soteropolitanas. Segundo o Almanach Civil, Político, e Commercial da Cidade da Bahia para o anno de 1845, em 1º de junho “começão os dias de s. Antonio em sua Freguezia” (ALMANACH, 1844, p.26), e em 7 de julho “começa a Novena de N. Senhora do Carmo no seu Conv.[ento] e no de s. Thereza” (ALMANACH, 1844, p.29), dados coincidentes com os da Tabela 1. Embora Barbosa informa que em 1862 o Arcebispo Manoel Joaquim da Silveira “concede verbalmente a graça de fazer-se a festa de Nossa Senhora, desde que suas novenas sejam até o dia da festa, com o S.S. Sacramento exposto” (BARBOSA, 1970, p.92), permitindo suspeitar das novenas acontecendo depois da festa, o Almanach... informa que em 29 de novembro “começa a Novena de N. Senhora da Conceição.” (ALMANACH, 1844, p.42). 5 Órgão oficial de divulgação turística do Estado da Bahia. Embora a partitura utilizada durante a celebração indica o termo “novena” (e velhos participantes da comunidade indicaram que assim era no passado), o termo “semana” é o que figura na programação disponibilizada pela Devoção do Senhor Bom Jesus do Bomfim, pois a Festa de N. Sra. da Guia é atualmente precedida por apenas seis dias de exercícios devocionais. 6 3 Tabela 1 – Calendário de Tríduos, Novenas e Trezenas Mês Ago Set Out Nov Dez Jan Mar Mai Jun Jul Data Local Evento Categoria Tipo 05-14 Igreja de N.Sra da Assunção N. Sra. da Assunção 06-15 Igreja de N.Sra da Glória – Saúde N. Sra. da Saúde e Glória 08;14-15 Igreja de S.Domingos São Domingos 28-30 Igreja de S.Raimundo São Raimundo 05-07 Igreja matriz de N.Sra de Brotas N. Sra. de Brotas 28-30 Igreja de S.Teresinha Santa Terezinha 03-12 Igreja de N.Sra da Conceição Aparecida Nossa Senhora Aparecida 29-30 Igreja de N.Sra da Conceição da Praia N. Sra. da Conceição da Praia 01-07 10-13 Igreja de N.Sra do Pilar Santa Luzia 21-25 Igreja Matriz Deus Menino Deus Menino 28-31 Igreja de N.Sra da Boa Viagem N. S. Bom Jesus dos Navegantes 08-17 Igreja Basílica do Bonfim N. S. Bom Jesus do Bonfim 19-24 Igreja Basílica do Bonfim N. Sra. da Guia 22-24 Igreja de S.Lázaro da Federação7 São Lázaro 29-31 Igreja Basílica do Bonfim São Gonzalo do Amarante 10-19 Capela de S.José de Amaralina São José 11-22 Igreja de S.Rita Santa Rita 26-30 Igreja de N.Sra da Saúde e Glória Sagrado Coração de Jesus 01-04 01-12 Igreja de S.Antonio além do Carmo Santo Antonio 07-16 Convento do Carmo Nossa Senhora do Carmo 17-26 Igreja de Santana Santa Ana Novena Novena Tríduo Tríduo Tríduo Tríduo Novena DM DF DM DF DF DF DF Novena DF Tríduo Tríduo Tríduo Novena Semana Tríduo Tríduo Novena Novena DF DF DF DM DM DM DM DF DM Novena DM Trezena Novena Novena DF DF DF DF - Data Fixa; DM - Data Móvel. Tabela 2 – Mudanças no número de dias de Novenas e Tríduos Evento No Séc. XIX... Em 2003 e 2004... N.Sra Aparecida N.Sra da Conceição da Praia N.S. Bom Jesus dos Navegantes N.Sra da Guia Não acontecia Tríduo8 Novena9 Novena Novena Novena Tríduo Semana10 Estruturas concomitantes Detectaram-se planos estruturais inter-relacionados que, partindo das estruturas devocionais, chegam à estrutura do texto e à prática musical. a) Estruturas devocionais (Para-liturgia vs. Liturgia) Consideradas unidades cerimoniais (CASTAGNA, 2000, p.35), detectaram-se tipos de estruturas devocionais, envolvendo aspectos para-litúrgicos e litúrgicos, definindo – numa 7 A Congregação dos Redentoristas, que toma conta desse templo e da organização desse tríduo, divulga na sua página web <http://www.ressurreicaodosenhor.com.br/> uma série numerosa de eventos, todos precedidos de tríduos (entre eles o de São Roque), superpondo-se aos outros eventos da Tabela 1. Em função dessa superposição, foram escolhidos os eventos realizados nos locais com maior história e tradição em Salvador. 8 A bolsista de Iniciação Científica Bárbara Brazil Nunes conseguiu identificar tal mudança, em trabalho apresentado neste mesmo II Encontro da ABET. Cf. Bárbara Brasil Nunes e Pablo Sotuyo Blanco, A Novena de Nossa Senhora da Conceição da Praia: Estudo contextualizado da prática musical-religiosa, Anais do II Encontro da Associação Brasileira de Etnomusicologia (Salvador, 2004, no prelo). 9 Segundo consta nos manuscritos da partitura localizados na Biblioteca Pública do Estado da Bahia e no Acervo Eduardo Vieira de Melo, na cidade de Maragogipe. 10 Ver nota de rodapé 4. 4 ampliação dos conceitos de Castagna – unidades devocionais de natureza mista, seqüencial ou exclusiva de partes para-litúrgicas e/ou litúrgicas. Tal distinção condicionará o grau de incidência das prescrições eclesiásticas relativas à prática musical e dos Modelos PréComposicionais dogmáticos (MPCd) ou pragmáticos (MPCp) reconhecíveis (BLANCO, 2003a, p.167). Segundo Röwer, liturgia é: o conjunto das formas externas do culto divino, oferecido pelo sacerdote em beneficio do povo cristão e em união com ele. Em sentido amplo, portanto, a palavra Liturgia se refere a tudo o que pertence ao culto: Missa, Ofício, Sacramentos, tempo, lugar, objectos do culto, etc. Em sentido estrito e primário significa somente o Santo Sacrifico da Missa”. (RÖWER, 1928, 133). Mas para a Conferencia Episcopal do Chile, para-liturgia é uma celebração não litúrgica, porém estruturada de maneira semelhante à liturgia, normalmente centrada na Palavra, também denominada como Celebração da Palavra (GLOSÁRIO, 2002). Mas tal definição não é comumente aceita no mundo católico. A Comissão Litúrgica da Arquidocese de Brisbane (Austrália) afirma: As celebrações que caem dentro desta definição [de liturgia] são: todos os sacramentos, funerais, Liturgia da Palavra (com ou sem comunhão), Liturgia das Horas (comumente celebrada como oração matutina ou vespertina) e as bênçãos. Falando nisso, não há nada que seja uma “para-liturgia” até onde eu sei, de qualquer forma. Algo é liturgia ou não é. Penso que o termo para-liturgia foi utilizado no passado para se referir à liturgia que acontecia quando não se tinha a Missa. Mas como indica a lista acima, a liturgia inclui muito mais do que apenas a eucaristia.11 (BRISBANE, 2004). Infelizmente não localizamos definição deste termo pela CNBB.12 Em Salvador, uma definição dos limites entre para-liturgia e liturgia é a do Mons. Andrade, quem, exemplificando, disse: a novena do Bomfim, por exemplo, ela é para-liturgia até o momento da benção do Santíssimo [Sacramento]. Daí em diante é liturgia. Isso você aplica às novenas, aos tríduos, trezenas... [...] Se ela terminar com a benção do Santíssimo Sacramento ela terá sempre uma parte litúrgica [...]. O que você não pode fazer é [...] um casamento entre Missa e a paraliturgia. [...] é expressamente proibido, se você celebra a Missa você não pode dar imediatamente a benção.13 11 “Celebrations that fall under this definition are: all the sacraments, funerals, Liturgy of the Word (with or without communion), Liturgy of the Hours (usually celebrated as morning or evening prayer), and benediction. By the way, there is no such thing as a ‘paralitugy’, as far as I know, anyway. Something is either liturgy or it is not. I think the term paraliturgy was used in the past to refer to the liturgy you were having when you weren’t having Mass. But as the list above indicates, liturgy encompasses far more than only the eucharist.” 12 Embora a definição do termo liturgia possa ter sofrido modificações decorrentes da própria história eclesiástica, o seu histórico pode ser traçado e as tais mudanças e adequações aos diversos momentos e concepções dominantes na Igreja Católica reconhecidos. Por sua vez o termo para-liturgia ainda sofre pelo vazio oficial de definições sejam atuais ou históricas. Uma discussão mais aprofundada em busca de uma definição musicológica operacionalmente válida se impõe para o futuro próximo. 13 Mons. Walter Jorge Pinto de Andrade (Reitor da Basílica e Capelão da Devoção do Senhor do Bomfim, Salvador Bahia), em entrevista concedida ao autor em 21 de Janeiro de 2004 no consistório da citada Basílica. 5 Contrariamente, o Pe. Muniz manifestou: Durante muito tempo se celebrou um rito próprio para a novena. Creio que a modificação venha a partir do [Concílio] Vaticano II, quando se tentou dar uma centralidade maior na pessoa de Jesus. [...] Antigamente as novenas terminavam também com a benção do Santíssimo, para marcar que tudo acontecia por causa de Jesus. Porém aquela benção do Santíssimo no final entrava quase que como um apêndice, [...] quando tudo estava quase resolvido. Hoje, até as novenas que celebram desse mesmo modo antigo, [...] colocam com um pouco mais de antecedência, fazem um pouco mais de oração para marcar essa centralidade. E em muitos lugares se celebra a Eucaristia porque justamente aí toda a celebração é voltada para a pessoa de Jesus. E aí se fazem as adaptações. Se coloca o Hino ao padroeiro, se coloca a Ladainha daquele Santo e se faz alguma outra referência, algum tipo de devoção ao Santo.14 Esclarecendo, Frei Magalhães explicou que as práticas devocionais “podem ter a distribuição da comunhão sem infringir, por isso, nenhum cânone estabelecido”.15 Considerando tais opiniões na prática registrada, observaram-se quatro vertentes de estrutura devocional: a) para-liturgia com liturgia no final (descrita pelo Mons. Andrade) PLL; b) liturgia misturada com para-liturgia (descrita pelo Pe. Muniz) LPL; c) liturgia exclusiva (celebrações eucarísticas sem adaptações) L; d) para-liturgia exclusiva (sem benção do SS Sacramento nem Eucaristia) PL. A Tabela 3 apresenta a distribuição percentual dessas estruturas em Salvador. Tabela 3 – Distribuição percentual das estruturas devocionais observadas Evento São Domingos São Raimundo Santa Terezinha Santa Luzia Deus Menino São Lázaro N.Sra Aparecida São José Santa Rita N.S. Bom Jesus dos Navegantes São Gonzalo do Amarante N.Sra. da Guia N.Sra. da Conceição da Praia N.S. do Bonfim Santo Antonio N.Sra do Carmo Categoria Tipo Tríduo Tríduo Tríduo Tríduo Tríduo Tríduo Novena Novena Novena Tríduo Tríduo Semana Novena Novena Trezena Novena % L 6,25 PL 6,25 LPL LPL LPL LPL 43,75 LPL LPL LPL PL-L PL-L PL-L PL-L 43,75 PL-L PL-L PL-L Esses dados confirmam que a prática soteropolitana equilibra tradições pré e pós Concilio Vaticano II. 14 Pe. Lázaro Silva Muniz (pároco da Igreja de São José de Amaralina, Salvador, Bahia) em entrevista concedida ao autor em 13 de Março de 2004 na sacristia daquele templo. 15 Fr. Ronaldo Marques Magalhães (Ordem dos Pregadores Dominicanos e pároco de Santo Antônio além do Carmo, Salvador, Bahia) em entrevista concedida ao autor em 10 de Junho de 2004 na sacristia desse templo. 6 b) Estruturas relativas ao texto Na monografia “Para além das barras duplas: uma reflexão preliminar sobre as práticas musicais nas novenas dos séculos XVIII e XIX”, Guerra Cotta mostra que a estrutura básica destas unidades cerimoniais no repertório mineiro vai além da proposta por Neves em 1997, quem não a definiu completamente16 (COTTA, 2001, passim). Por sua vez o Novenario de Marianna17 fornece um panorama das estruturas textuais utilizadas em 1888 nas dioceses de Mariana e de São Paulo. Iniciando pelas “Orações, Antífonas, versículos, etc., para o principio de cada novena”, inclui a seqüência: Aperi, Domine... V. Deus in adjutorium... R. Domine ad adjuvandum... Gloria Patri... Sicut erat... ANTIPHONA. Veni, Sancte Spiritus... V. Emitte Spiritum tuum... R. Et renovabis... OREMUS. Deus, qui corda fidelium... (NOVENARIO, 1888, p.5). Incluindo 46 novenas particulares, duas gerais, um setenário e uma trezena, reconhecem-se partes de texto comum e seqüências variadas, sugerindo a categorização dos elementos constitutivos em fixos, móveis, variáveis e/ou opcionais, apresentando certas tendências estruturais (Tabelas 4a, b, c, d). A Tabela 4a (74% do total) apresenta uma estrutura homogênea. A variação está ligada ao tipo de Ladainha utilizada e/ou à inclusão (ou não) da Oração ao Santo. As outras treze novenas (26% restante), foram agrupadas em três Tabelas (4b, 4c e 4d), variando a seqüência dos textos. Em geral as devoções do Novenario apresentam duas partes. Todas iniciam com uma seqüência de Preparação (podendo incluir fórmulas de auto-purificação, invocação e/ou louvor), completando-se com uma alternância de seqüências de Louvor e pedidos de Intercessão. Essa segunda parte apresenta três tendências estruturais. Na tendência da Tabela 4a, Louvor e Intercessão alternam duas vezes, enquanto que nas restantes alternam mais vezes, acrescentando oferendas, agradecimentos, orações e benção final. Sem publicação semelhante na Bahia, tentar-se-á estabelecer paralelos entre este Novenario e as devoções em Salvador. 16 “A estrutura básica da novena constitui-se de: Veni Sancte Spiritus, Domine ad adjuvandum, Ave Maria e Gloria Patri (a primeira parte destas orações são cantadas por coro-orquestra e a resposta é feita por todo o povo), Antífona (na hora da incensação da imagem e do altar), Ladainha, Jaculatória e Hino.” (NEVES, 1997, p. 94). 17 Agradece-se ao Prof. Ms. André Guerra Cotta por ter facilitado o acesso a dita publicação. 7 Tabela 4a – 37 das 50 práticas devocionais do Novenário de Marianna (1888)18 Estrutura Ordem Tipo Preparação Pf–Tf Pf–Tv 1º Louvor Pf–Tf 1ª Intercessão Pf–Tv Po-Tf Pf-Tv 2º Louvor Po–Tf Po–Tv 2ª Intercessão 18 Pf–Tv Seção/Texto Aperi, Domine,... V. Deus in adjutorium... R. Domine ad adjuvandum... Gloria Patri,... Veni, Ste. Spiritus,... V. Emitte... R. Et renovabis... OREMUS. Deus, qui... Oração Preparatória Pai nosso [3x] Ave Maria Gloria Patri 1ª Jaculatoria Meditação [p. c/dia] Ave Maria [7x] Ladainha de... Oração de N. Sra. Oração do(a)... Responso do Santo OREMUS/OREMOS 1ª Jaculatória 2ª Jaculatória 3ª Jaculatória Siglas e símbolos: Práticas Devocionais (por ordem de inclusão)19 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + § § § § § § § § § § § § § § § § § § § § § § § § § § § § § § § § § § § § § o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + Pf – Parte fixa; Po – Parte opcional; Pm – Parte móvel; Tf – Texto fixo; Tv – Texto variável. = Parte e Texto comum para todas as novenas todos os dias; + Parte comum para todas as novenas com texto único para cada novena todos os dias; § Parte comum para todas as novenas com texto variável de novena a novena e a cada dia; o Parte eventualmente comum a mais de uma novena com texto próprio comum a todos os dias da novena em questão. 19 01 – Novena de Sto Amaro; 02 – dos Santos Anjos da guarda; 03 – da Gloriosa Santa Anna; 04 – Trezena de Sto. Antonio de Lisboa; 05 – Novena de Santa Apolônia; 06 – de Sta. Bárbara; 07 – do Senhor Bom Jesus de Matosinhos e da Santa Cruz; 08 – de S. Caetano; 09 – de Nossa Senhora do Carmo; 10 – de Santa Catharina; 11 – da Imaculada Conceição; 12 – Setenário de Nossa Senhora das Dores; 13 – Novena de S. Domingos; 14 – do Divino Espírito Santo; 15 – de Sto. Elias; 16 – de Sta. Filomena; 17 – de S. Francisco de Paula; 18 – S. Francisco de Salles; 19 – S. Francisco de Assis; 20 – do Menino Deus; 21 – de S. Januário; 22 – de S. João Batista; 23 – S. João Evangelista; 24 – de S. João Nepomuceno; 25 – de S. Joaquim; 26 – de São José; 27 – de Sta. Isabel; 28 – de Sta. Maria Madalena; 29 – de Sta. Rita de Cássia; 30 – de S. Pedro e S. Paulo; 31 – de Sta. Luzia; 32 – de N. Sra. das Mercês; 33 – de S. Roque; 34 – de S. Sebastião; 35 – de Sta. Quitéria; 36 – de N. Sra. do Rosário; 37 – de S. Luiz Gonzaga. 8 Tabela 4b – 8 novenas das 50 incluídas no Novenário... (1888)20 Ordem Tipo Pf–Tf Preparação Pf–Tf Po–Tf Pf–Tv 1º Louvor Po–Tv 1ª Intercessão Pf–Tv Oferenda 2º Louvor Pf–Tv Po–Tv 2ª Intercessão Po–Tv 3º Louvor Pm–Tf Agradecimento e Oração Po–Tv 3º Louvor Pm–Tf Estrutura Seção/Texto Aperi, Domine,... V. Deus in adjutorium... R. Domine ad adjuvandum... Gloria Patri,... ANTIPHONA. Veni,... V. Emitte... R. Et renovabis... OREMUS. Deus, qui... Vinde, ó Espírito Santo,... V. Mandae o vosso Espírito,... R. E renovareis... OREMOS. Oração Preparatória Cântico em Louvor do... ANTIPHONA. Jaculatórias 9x Ave Maria (Refrão) Oferecimento Hino Oração Orações Jaculatorias Oração e Jaculatórias Ladainha de N. Sra. Versículo e Resposta OREMUS/OREMOS Ladainha de N. Sra. Novenas (por ordem de inclusão)21 40 = = = = = = = = = = = = + 41 = = = = = = = = = = = = + 42 = = = = = = = = = = = 43 = = = = = = = = = = = 44 = = = = = = = = = = = 45 = = = = = = = = = = = 46 = = = = = = = = = = = 47 = = = = = = = = = = = + + + + + + + + + = + + + = + + + = + + + = + + + = + + + + + = + + + + + = + + + + o o + o + + o + + o + + o + o + + o Tabela 4c – 2 novenas das 50 incluídas no Novenário... (1888)22 Estrutura Ordem Tipo Preparação Pf–Tf Pf–Tv Pf–Tv 1ª Intercessão (com Agradecimento) Oferenda 1º Louvor Po–Tf Pf–Tv Po–Tv Pf–Tv Po-Tv 20 Seção/Texto V. Deus vinde... R. Senhor, apressae-vos... V. Gloria ao Padre... R. Assim como era... Oração Preparatória Jaculatórias Padre-Nosso Ave Maria 9x Gloria-Patri (Refrão) Offerecimento Ladainha de... Oração de... Padre-Nosso – Ave Maria – Gloria-Patri [5x] Novenas (por ordem de inclusão)23 38 = = = = + + = + + o o 50 = = = = + + = = + o o = Para as indicações de Tipo de Estrutura e outras características, vide Tabela 2a. 40 – Novena da Purificação de Maria Santíssima; 41 – da Anunciação de N. Sra.; 42 – de N. Sra. dos Prazeres; 43 – da Pureza de N. Sra.; 44 – da Assunção de N. Sra.; 45 – do Puríssimo Coração de Maria Santíssima; 46 – do Santíssimo Coração de Maria; 47 – Geral para todas as festas e invocações de Maria Santíssima. 22 Para as indicações de Tipo de Estrutura e outras características, vide Tabela 2a. 23 38 – Novena para o Adorável Mistério da Ascensão do Senhor; 50 – da Sagrada Paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. 21 9 Tabela 4d – 3 novenas das 50 incluídas no Novenário... (1888)24 Estrutura Ordem Tipo Pf–Tf Preparação Pf–Tf Pf–Tv Pf–Tv 1ª Intercessão Pf–Tf Po–Tv Oferenda Louvor 2ª Intercessão Louvor Agradecimento e Oração Pf–Tv Po–Tv Po–Tv Pf–Tf Final Po-Tv Po-Tv Seção / Texto Aperi, Domine,... V. Deus in adjutorium... R. Domine ad adjuvandum... Gloria Patri,... Veni,... V. Emitte... R. Et renovabis... OREMUS. Deus, qui... V. Deus vinde... R. Senhor, apressae-vos... V. Gloria ao Padre... R. Assim como era... Oração Preparatória Jaculatórias Padre-Nosso 9x Ave Maria Gloria-Patri (Refrão) Oferecimento Salmo Orações Jaculatorias Ladainha de... Versículo e Resposta OREMUS/OREMOS Benção Adoração à Trindade [3x] Novenas (por ordem de inclusão)25 39 = = = = = = = = = = = = + + = = = + + + o + + § 48 = = = = = = = = = = = = + + = = 49 = = = = = = = = = = = = + + = = + + = + o + + o + No XIV Congresso da ANPPOM informou-se da existência de partituras de novenas com estruturas semelhantes pelo texto ou função das seções (Cf. BLANCO, 2003b). Comparando a “Novena do Senhor do Bomfim” e a “Novena de Nossa Senhora d’Ajuda” (ambas de João Manuel Dantas), com a “Novena para o Senhor Bom Jesus dos Navegantes” de Damião Barbosa de Araújo, percebem-se diferenças significativas (Tabela 5). Nestas três novenas, nota-se que a ordem de tempos rituais é ainda mais simplificado que na tendência majoritária do Novenário. Tais estruturas, segundo a tradição, eram repetidas cada dia, podendo ou não ser antecipadas e encerradas por algum hino relativo à devoção. Mas, semelhantemente ao Novenario, as novenas baianas apresentam elementos variáveis ou opcionais, segundo o caso. Entre os mais destacáveis está o Ave Maria que antecede o Pregador. Caso utilize-se uma unidade devocional do tipo PL-L definido, com certeza mudarão as músicas da parte litúrgica. Da mesma forma, tem-se observado a existência de um repertório circulante de Ave Marias, Tantum Ergos e músicas instrumentais para executar nos momentos referidos, procurando não repetir a mesma música. O mesmo acontece nas do tipo LPL, pois os responsáveis mantém 24 25 Para as indicações de Tipo de Estrutura e outras características, vide Tabela 2a. 39 – Novena do Santíssimo Coração de Jesus; 48 – de Todos os Santos; 49 – Geral para qualquer Santo. 10 um alto grau de variedade musical, mesmo aproveitando-se do repertório pastoral pósconciliar disponível. Tabela 5 – Estruturas de três novenas comparadas Ordem [Entrada] Seções Novena Bomfim (atual) Seções Novena d’Ajuda (histórica) Seções Novena Navegantes (histórica) [Hino Oficial] [Deus in adjutorium] [Domine ad adjuvandum] Preparação 1ª Intercessão Regem Confessorem Veni S. Spiritus Padre Nosso Ave Maria Gloria Patri [Jaculatória] Ladainha - Kyrie Pater de coelis Sancta Maria - Festivitatem Veni S. Spiritus Ave Maria Gloria Patri Kyrie Pater de coelis Fili Redemptor Spiritus Sancte Deus - Cantochão Sancta Maria - Cantochão 1o Ramo 1o Ramo - - Cantochão 2o Ramo 2o Ramo - - Cantochão 3 Ramo 3o Ramo 4o Ramo Consolatrix Regina 1o Agnus Dei 2o Agnus Dei - Cantochão 4o Ramo - Cantochão Consolatrix - Cantochão Regina 1o Agnus Dei 2o Agnus Dei Sub tuum praesidium 1a Jaculatória 2a Jaculatória 3a Jaculatória Spiritus Sancte Deus Louvor [Ladainha] o Agradecimento 2ª Intercessão [Final] Christus factus 1a Jaculatória 2a Jaculatória 3a Jaculatória -------------------[EXPOSIÇÃO E BENÇÃO DO SS SACRAMENTO] [Hino popular do Bonfim] Christum Veni S. Spiritus Padre Nosso Ave Maria Gloria Patri Jaculatória Ladainha – Kyrie Pater de coelis Seções Novena Conceição da Praia (atual) [Cântico do Brasil...] [Deus in adjutorium] Domine ad adjuvandum Veni S. Spiritus Ave Maria Gloria Patri Jaculatória Ladainha – Kyrie Pater de coelis Spiritus Sancte Deus Sancta Maria Sancta Maria 1o Vº – Sancta Virgo 1o Vº – Sancta Virgo 2o Vº – Vas Insigne 2o Vº – Vas Insigne 3o Vº – Consolatrix 3o Vº – Consolatrix 1o Agnus Dei 2o Agnus Dei Sub tuum praesidium 1a Jaculatória 2a Jaculatória 3a Jaculatória Regina Agnus Dei [EXPOSIÇÃO E BENÇÃO DO SS SACRAMENTO] Hino em louvor à NSCP 11 Observando as minorias... A Tabela 6 inclui as estruturas dos casos com uso exclusivo de liturgia (L) ou paraliturgia (PL). Tabela 6 – Estruturas dos Tríduos de São Domingos e São Raimundo Tríduo de São Domingos (tipo L) Hino a São Domingos [com música] MISSA [com músicas para as seções do ordinário] Hino a São Domingos [com música] Tríduo de São Raimundo (tipo PL) Em nome do Pai [com música] Vem Espírito Santo [com música] Ave Maria [rezado] Raimundo glorioso [com música] Ave Maria [rezado] Raimundo glorioso [com música] Ave Maria [rezado] Raimundo glorioso [com música] História de São Raimundo... [falado] Eu sou como a estrela... [com música] [só no último dia] São Raimundo rogai por nós [jaculatórias, etc.] [com música] Enquanto a Venerável Ordem 3a de São Domingos optou fazer do Hino a São Domingos uma moldura de inicio e fim de cada dia (sem interferir na estrutura litúrgica da missa), a Congregação de N.Sra dos Humildes26, articulou a devoção independente da Missa e sem Exposição do SS. Sacramento, incluindo seções de apelo tradicional. Conclusões preliminares Cruzando os dados recolhidos, pode-se concluir que: a) A prática devocional realizada nas paróquias soteropolitanas, se concentra majoritariamente nas modalidades de Tríduos e Novenas mantendo a tendência histórica;27 b) Dita prática se distribui eqüitativamente entre costumes e estruturas pré e pósconciliares, cada uma ligada a tradições mais ou menos antigas na história da Bahia; c) As estruturas incluem partes ou seções relativamente comuns à maioria das manifestações pesquisadas, cuja ordem funcional permite vislumbrar a eventual definição de tendências nos usos e costumes de outros aspectos relacionados; 26 Congregação vinda a Salvador em 1933 desde Santo Amaro (BA) para ocupar o Convento e tomar conta da Igreja de São Raimundo (originariamente pertencente à ordem mercedária como o era o santo), segundo informou a irmã Iolanda em entrevista gentilmente concedida ao autor e à sua bolsista em Agosto de 2003. 27 Estes valores estão sendo atualmente questionados devido à estratégia pastoral Redentorista recentemente detectada. Um visita realizada em 16 de março de 2003 ao sitio virtual da Igreja de São Lazaro <http://www.ressureicaodosenhor.com.br> a cargo dos Redentoristas, mostra a grande preferência da modalidade Tríduo do tipo LPL (de natureza eucarística) nas atividades que essa paróquia desenvolve. No entanto, o pároco não concedeu entrevistas ao nosso projeto de pesquisa até agora. 12 d) mostrou-se a variação e a permanência estrutural, textual e musical dessas práticas em Salvador, ao tempo que, as comparações com outras dioceses abrem novas fronteiras. Bibliografia ALMANACH Civil, Político, e Commercial da Cidade da Bahia para o anno de 1845. Bahia: M. Antonio da Silva Serva, 1844. Edição Fac-similar. Salvador: Fundação Cultural do Estado da Bahia, 1998. BAHIATURSA. Festas Populares. Agenda da alegria. Outubro de 2002. Disponível em: <http://www.bahiatursa.ba.gov.br/>. Acessado em: 07 de Maio de 2003. BARBOSA, Mons. Manoel Aquino. Efemérides da Freguesia de Nª Senhora da Conceição da Praia. Col. Conceição da Praia v. I. Salvador: Editora Beneditina, 1970. BLANCO, Pablo Sotuyo. Ver SOTUYO BLANCO, Pablo. BRISBANE, Archdiocese of. What is Liturgy? The Liturgical Commission: Liturgy Lines. 18 de Julho de 2004. Disponível em: <http://www.litcom.net.au/liturgy_lines/ displayarticle.php?llid=321>. Acessado em 20 de setembro de 2004. CAMPOS, João da Silva. Procissões Tradicionais da Bahia. Publicações do Museu da Bahia. Nº1. Salvador: Secretaria de Educação e Saúde, 1941. CASTAGNA, Paulo Augusto. “O estilo antigo na prática musical religiosa paulista e mineira dos séculos XVIII e XIX”. Tese de doutorado, 3 vols., Universidade de São Paulo, 2000. COTTA, André Guerra. “Para além das barras duplas: uma reflexão preliminar sobre as práticas musicais nas novenas dos séculos XVIII e XIX”. Monografia de Especialização em Musicologia. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2001. GLOSARIO de términos religiosos y eclesiásticos. Documento para periodistas, s.v. Paraliturgia. CECH - Conferencia Episcopal de Chile. Oficina de Comunicaciones y Prensa, Jul. 2002. Disponível em: <http://www.iglesia.cl/iglesiachile/prensa /glosario.htm>. Acessado em 10 de Setembro de 2004. HILGERS, Joseph. “Novena” In The Catholic Encyclopedia, Volume XI. New York: Robert Appleton Company, 1911. Online Edition 2003 by Kevin Knight. Transcribed by Herman F. Holbrook. Disponível em: <http://www.newadvent.org/cathen/ 11141b.htm>. Acessado em: 30 de Setembro de 2003. NEVES, José Maria. Catálogo de Obras. Música Sacra Mineira. Rio de Janeiro: FUNARTE, 1997. NOVENARIO de Marianna ou Collecção das novenas mais usadas nas Dioceses de Marianna e S. Paulo. Nova Edição cuidadosamente revista e augmentada. S. Paulo: Teixeira e Irmão, 1888. 13 RÖWER, Basílio. Dicionário litúrgico para o uso do Revmo. Clero e dos fieis. Petrópolis: Vozes, 1928. SOTUYO BLANCO, Pablo. “Novena para o Snr. Bom Jezuz dos Navegantes”: mais uma obra de Barbosa de Araújo, Revista Eletrônica de Musicologia, v.7, 2002. Disponível em: <http://www.humanas.ufpr.br/rem/REMv7/Blanco/blanco.html>. Acessado em: 30 de Setembro de 2003. . “Modelos Pré-Composicionais nas Lamentações de Jeremias no Brasil” Tese de doutorado. 2 vols. Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2003a. . “Questionando a Tradição do N. S. do Bonfim”. In Anais XIV Congresso da ANPPOM. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2003b [CDRom]. . “Tríduos e Novenas na Bahia: aspectos estruturais comparados”. In Anais do V Encuentro Científico Simpósio Internacional de Musicologia. Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, 28-29 de Abril de 2004 [no prelo].