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quefe^o^V erendo Cahids
Cantara Je(^oÍm*
bra d ^ inha SanSia^ em ac^am degrataos pelU
¿lorioß reñatíra^am de Evora em o
outro dia dafua Oitava^
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P. M. F M O A M DE DEOS
Qualificador do Sanño Officio, Examinador das
Ordens M ilitares, L en te de Prima, &
Guardiam do C onvento de S.
Francifco da Ponte.
Com todas as licen^as neceßarias,
E M GOIMBRA,
Na^Officitia de T h om e Carvalho ímpreflordaVnivcrfidade: Anno do Senhor 1 6 7 a,
AcuSia de lono Antunes mercndor de Ihros, t
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<I(edemifti nos Deo in [attuine tuo ex emù trihu ,
linguay^ populo y ^ m t m e x ^.feóTli nos Vep
nojlroreffìum, ^ j^acerdotes ■:^^regnaH^‘'
t€*?
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m s J ü p e rte rra m ,^ A ^ à c ,í¡.
À M víeuthem araalsaprepofítopara ap rezcn tcocafia», para efta acgacn degradas, coró
qac eftc^oriantòs.tifulos iliüftíe Gabido, c5
(|ue efte nobre Señado da noÜa Coiinbra fetri-'
prc fíei aÌeus R«ys naturacs, fempre zelofade
iua patria, dondejcomo de cora 5am fe ihe ad*
fntniilraiao fsmpreos mayores fpiritus os me? ;ìboceÌ5 alcntos : agradcce,m a D«os hojc neilc
concurfu-autorizado, nefte geral tam devoto áCOBioínagcfloío con ciirÌb a glorioia reilaura^am da tnuy nobre ^ & s t i g l i a Cidade de
E v o ra , que as palavrasdo thcm a; Nem vilu gat mais aprepofico
para erte agradecimento do que efte T e m p io , ¿c cafa da nofla SaataRainhafitnquedefcanfafeucoipo^ a cifcunjlancìadodia,acrecenta os da fuafefta, corcando comfam gca ve^ Se honrofa aiTiAen^
eia OS do feu oìtarario. Nam vi digOjihémaiDaisproprjoj porque
fendo o aiTumpto de{lademonAra.$am^ & defte agradecimento a
reftaura^am de huma eidade,em quefe.arrifcavalium Rcyno,v.en*
d o fe liv r c ,& redimida de ta5 exceiiìvo poder de tanto tribù , de
tanta Ungoa,detanro povo, & detanta na^aip^ fiidetam d militar
apparato, & fen àoque mais tribus,que oiàÌ5Ìjngoas, •qut mais pò»*
vo, & que mais na^oens, qiie mais exceiTivo poder que o com quo
o in im ig o fa h io a o sy , de May®de Badajos, inuadindo aquella par­
te do R ey no, & ganhando a noiTa Cidade, que he do R ey no a m eIhor parte : fendo pois a leftaura^am de Evora , Bara sò alTeguran^à,
& firmeza do noffo Reyno., & bua grande:.ey.idfincia, de que Deos
no lo conferva pj3i: R ey no ièu^ para Monarchia,do W uodorinas
fambem hqma refticuij^^m do credito das noíTás artnas,que poderiiio
fermai reputadasdaslingoa£,& na^oens eftrangeiras; bem d»go,que
naó vi palavras mais aprepoCtoque as palavras doth^m a: ftaie'miiii nos Deoin ¡Anguinefuo 4x omm triùu, & Utìguii, & populo. ^ n a ù 9Wf
& feciihnosO e»noihs.regm m , & (Àfrdetes^
re^Akmtís Jup(r
A
He
A ñ íl.
H e ver^Jade, que de fipais altaredemp^am fafUvatn os qiie n o C e o o
caritJvani ^ioriofospor novo cantico c a n tk u m novurn ao abrir da*
quelfóliVro cheo'de myfterìosi chea de parfecìas, mas pafcce quc
nofentido-triorafjf®y;!proie'cia da re^empijam, & da. .vióìoria, que
hoje cantamos ^ iu 5
o divino com p profano» que
tudofaóagradecih'fentos^beos, & divinò Foytaaibem o poder»
que no5 redimió^ os Sanchos fàllam como S a n to s agradecendoo
melliQrj.nós CQtn9 'homerH. Nem vi lugar mais proprio para efta
demoaftra^am dj>que efte C onvento Real, 8c cafa SanéU da San<Sa
RainÜaj n'áhifó pór Rainha de Portugal: íiew/porque pianto a E ftreR)ozem<^eacabouavtdayfe<gantiouantais importante batalha,de
que refuícou.toda noíla victoria, donde aquellas memorias, & cin¿
zas friá«, paseceque aceaderain era os noflbs Toldados fogpfos alen£os;paraobracetneiiren)os.poF;iua.patcia: ma&porque defta victoria,
Scd^í^^irciÍauTa^am eíperamosliumabclia p az, que h e o fra ito d a
guerrn>
& dapazj cHahe poranthonom afíaam edianeira,& a interceílbra.
Nani he o agradecimenío, & a prezente ac^am p c lb cruento
da fanguinolcnta batalla, de tantos rnil inortos> de tantos feridos:
pello illuftre de tam grande viAoria de tantos rail prifioneiros, de
tantos deípojos, qúe inda que a lingoa Caftilhana como maisdeftra
em cnrtaTj-perteftda deroinuir: as partidas, partidas faó tantas, que
as nam pode deixar de fomar, & mais entrando tantas pefloasde
conta,& am efm afaIta em Caftellaas viráa m ultiplicar: nam pelh
rotura de feus íoldados,fémpre rotos>& nunca foldadoj das elpadas
dos noflbs íoldados ,o u foésdados ao mundo para laftrarem em no­
va esfera d i fama: Nara Me com odigoy aprezente demonftra^atn
pellos muitos defpojos, que nos ficaram, pello m ultofangue, que
íederramou que namfaó as batalhas por mais fanguinolentas, mais
gloriofas, entre Cacholicos principalmente , nem tilo entre fíeisíe
deve mais feílejar, ainda que fe acipada de David nam cortara tanto
por feus inimigos, nam fe civera aC oroa ,n ero fe aíTegurara tanto o
Ceptro deSalam aó: o que agradecemos^ a Déos he reftituirnos
ao Tioiro, &: reftituirnos o noílb > livrajiíos do aperto em que.
noí viraos, & a v e r lido a reftauraíjamda noíTa Cidade tam gloriofa com multiplicadas vi<5totias , que o mefmo aperto j
& a mefma p erd a, fe nos bol veo em triu n fo . Sempre agra­
decido David a Deos^ no illuftre dc íuaí viítorias, ñas villorías
coacra
ii
co n tra feus In lm ígo s, mas num qua irais cjue no P falino q iiin z e : aqu í
p o 2 hum a infcrip^am co m o em a rc o irii3nfa}5qije e íla h e -a in fcrip ^ am , que tero © P faln io corno a d v iitio L y r a , & a In te rlin e a l: T/r«- X jr. iúL
l i in faip íio ipß David,ßcHt in m u tú u m fhaii: a q » ; cham a a D éo s fea par­
te , aqui parte de leus trab aih o s, (en cen d am o lo sííi jiteja lm e n tC j ai n da qu e n o nielho'r fentinfalava en>peíI'oa,ou figura d e .C h r ifto ) Dq~
mtnuspars hareditatts
& caltcismei. E qu e av ia re ceb id o m ais D a ­
v id para n efta occafiam íer o ag rad ecim en to m ayor? naro av ia al­
canzad o illu fír e í,& íangu ín oientas v icto ria s de íeus co n trario s? n a 5
avia ganhado em outras o ccazio cn s tanta h o n ra, & ta n to sd eip o jcí«
íó n cila m ayores re c o iih c c im e n to sa D e o S ja q u i d iz q u e t e v e a D e o s
d e fuá p arte, ou qu e te v e parte ro m D éo s, tfta fo icm por triu n fo ?íi,
& a rezara fe colhe aletrado que elle diz, tU€sqúreñ'UH\shd.reditatem
pieñtn nñh't,funes cecideruntm ihi inp racU tis, aviao Déos renituidoafua
luran^a, aviaihe reftituidoa fuá herdade,& os mclraoí apettos Ihe
aviam rcíulcado em gloria, & a mefma hsrdade, ou berarjija ihe avia
licado depois de refticuida mais gloriola , eterna hctredìUs m e*
r« fi? »liÄi: nam agardece David tanto a Deos as vidorias por (anguinolentas, nem por mais ricas de deipejos de feus contrario*,
quanto pello aver a Tua heran^a reftituido, tu es cjui re iìitis hareäiTAtem m e^m núb't: efte íó Ihe parece o triunfo tu u ii m jn'iptto fiíu t inarcu
trium phali: entam Ihe parecia mais que devia levantar hum padrarri,
hum trofeo, quando ferefiituya a o proprio -, q quandi» conquiftava o alheo: entam Ihe pareceo ter mais aD eo sd eíiiap ^ -te, ou
parte com D eos, Dom im s pats h&reditdtts mea > & Deos parte cm
feus trabaihos, & c a lic is tn e i, quando Deos o reí^ituyo a fuá heran^a, ou Ihe reftituyo a íua Iwrdade, xu es qui ießuues kársditutem m eaíti
%néi: quando os spertosem quefe vira fe ihe bolveram era glorias
fumes cecideruntm thi in p r A c U w , ^ Ihe íicou a heran^« por reílituida»
mais gioriofa, Se mais preclara, c tm m hareditas mea pretcUra e ñ m i­
h i. Ifto h eo qucogradeceoraaisDav^ííj ifto he o que agradecemos
-, mais, Redemißt ms.
•V io D e o s a aiH i^am d efte R e y n o p aíticu ísrm en te {iu e r it m iH
regnum ,.com o in im ig o & n h o r da C am panha» & a C am panha gaftad a d o in im iso 5 & com E v o ra em íe u pod er, com burea p o rta a b erta a c o n q u iñ a do m aisj vio a p ro m e fla q u e av ia feito ao n o ir o p iim eiro R e y no C am p o d e O u riq u e d e eftab aiecet o Im p erio n elle,
¿c em íeus defcendenies, & perpetu arefteK eyao; vendonósao
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parecer,
parecer, querudbfeliía acabando, eftando erapcnhada amlfericordia, 5ca palavrade D sos:a mifericordia, porque eílivsamos na tniiyor alHi^am^apalavra, porque nos aviafeico a promeíFa, v o lo rn tC i
& m jemme tuo haHlerCi&c. Acudió pois Déos por ambos osticulos,
mas eu cuido, que pritnejro toy aci^dir pello crpdil^o de fuá paUvra
naAia prom eílá,doque peliograndedefua mifericoi^dia em ndlfa
aiñi^am. Pordous títulos diz a Sccjpturafagrada q reíiicuyo Oeos
pello bra^o de leroboacn os termos, ou os limites de Ifrael d^fde a
Cidadede Em ath,acéom ar de deferto, tanto poraíTimpaver pro^‘^■•^^¿‘•^■^•tJieddoporloaasíeuíervo , quanto por-ver aftli^am em queeftavam os Ifraelicas, cortados, 6c como encarcerados, rfiduzLdos g hús
exEfema neceflidade, fem que ouveíTe alguem, que íocorrer os pu^
deíTe, ipfe reñitrnt íe m m s ifrael ab 'tntmta ^mathvfque ad m^refoitíuperdidos deviam fer pois, o ganhaíos fay reílitui^am ) tuxu
fem onem DmúmVn ifrael) quem hcutus eñj fe t [ei^mi fuum lonamfilmm
Anuth... P^tdtt enimDomims affii^ m em ifrael Amaram nimit t & quod
m }fum fñe^ení,vfquea d cUufostncarcere, &extremos ( nocem apaiavra porque he muico pera notar ) & mnejfetj qui auxtUaretur ifraclt.
De forte,.que obrou Déos, tanto por ver aaffligam dos líraelitas,
vtd 'u e n m Dóminus affli^lionem j quanto porque tinha a fuá palavra etnpenhada iuxta¡ermonem Dammi pei ifrael, quem hcutuseñ. Aqui fe avia
cmpenhado a fuá palavra, aÜiíe avia empcnhado a fuá mifericordia,
poremprimeiroque foíTco defcmpenho de fuá mifericordia,parece
que foy o deferapenho da fuá palavra: porque prjmeiro diz, que foy
a reftiCLii^am do que avia perdido Ifrael ecn dcfempenhode (ua pa­
lavra luxtA fermmem Dmini D ei, do que foíTe por ver a grande aííii^am deífrael, q u e era odsfem penhode íuamifericordia
¿lionem'y porque íendo Déos igualmente vetdadeiro, & mifericordiofo, primeiro parece que eftá o credito defua verdade, do que
cftáagrandeza da fuá mifericordia, mais parece que deve Déos
(digamplo aílim) a fuá palavra, do que deve a (lia mifericordia, por­
que bem podera Déos falrarcom orem edioa eli:3>ou aquella necef/idade, fem que falte a fuá mifericordia; porem nunqua pode faltar
emcafoalguma fuá palavra, femque falte aquella fuma verdade,a
que nam pódí faltar, a rezara he, porque o adto-da mifericordia, he
HíSto li vre, & voluntario em Déos, & voluntariamente fe pode ter­
minar a efte, ou aquelle neceííitadb a e fta , ou aquella neceílidadfi
¿Kod.-^^. com oom efrao Sentiordiírea Moyfcs :
,cui.poluero y &cle^
mem
metis
in q u m m
h i porem à paIaAr,ra nam pòde faltar, porq
entam fora falcar aomefmo fer da verdade :
aíH aquella pode ter
tempos, por^ podeávec tempo, em que fe veja mais a mifericordia
de D s o S itm fu s m ife re n ä te iu s y .p o T c m c iia npnqua tem tempos, por^ e nam ha tempo, era qufiíenam veja a verdade de Deos: V fñ ttu
Vomimmamt in dterm m . Podía calumniarfe a promeíla xie Deos> ou
ao menos a verdade da Profecía de lonas, vendofe perdida tam
grande pórgam de lÈcàclddHea Gidade de Ematfa ate o mar do de­
ferto, pois acuda Deos, nam ¿ó por ver aifli^am de li/ael, mas pello
credito de. fuá palavta,. ou pella honra do íeu Profeta: ßcfeiaareftÍEui^am; (fendo por ambosos títulos,) primeiro em ordcm ao comprím entoda fuápalavra, doque em oidem aoeinpcnhodaíuam i- p j'a ifji,
tricordia» Ipfe reßituit términos ifrael AÚtatroitu Eniatbufque ad mare
folaudims M xufeitm nem pom m D eììfYaely 'quem locutus est per fetvunt
Qtfim ¡onaín
y 'täit enm Dominus uffitätonemifrael amararn nimis ^ &
quod íífífampñ e fe a t ufque 4Í claufos in c* rce*e , & extremos : & non eßet,
^iauxiliaretur -ifiaelt. E m p en hada eflava a miiericordia de Deos pe­
ra com nofco,com o para cornos Hebreos vendo a noilà grande afcoroatom ada de Eyora, a.Campanha tomada pello inimigo^Sc uós quali desfeitosy & a¿urraiados, v/qu^adclaufis m cam re¡^
«xtr.tmosj S ;p z ìa \ti quer,què diga Eflrémóz, fem ^ue ouveB^e quem,
n ò s p iìà Q k y A k r i& non eßetyquiduxiftaretw: aviatambem Deos da­
d o palavraaonolTo primeiio R ey deconfcrvar efte Reyno: podia
calum oiaifccom ìm pìcdada j oiì promeiTa em D eos,ou a profecía
Do Rey,coin&algúBspreteB¿ei;amicalumDÍar: acode Deos namsi6
péUa graadeza da fuá mifericordía ao noHa apeno, mas tambera,ou
^íedíi mais pellocrcdíco dafuapalaVra em afuaprGmeííá,& pelo do
oofío R ey . E daqui tíroeu , que quando Déos nos natn acudir^ por
fuarmifaticordíaem anolTa oppreíTam, que por credito de fuá pala­
vi^ «flava abrigado a acudimos : &}que. para os maíi.Rey nos do
M ijadíí^ podetá Deas acudir- pella grandezza 4a fuá mjièrKprdia,
was!para®«oíró, petio cmpenho da fuá palavr^^para ®s rti«í;pod<táfeltat afniícricordiadom oáo,qBe paijaicomos.honiens podefaltif.S pftrempara.com Portugal nam faltará nu«qu9, porqw nam.
pQdftfeltar a palavia deÍ)cQ3; o C eo, & a terra b ep po^eav íajtar,
*nas;naín podjsinialcar, corno eilcmefro©difl?> 3 priS^mtrfáy^^ípalaVTí-deiehtjílos C i^ H m y :& u ru H ra n fih íim .y y e r¡fa 4 títm m t4 ^ n ^ * í^ í~ M ^ f^ -2 4 <
iu n ti CMBec^pòis, poi Evoragänliada a rcftiiui^w do per(iido> aíli
como
como a reftauraqafn do que a vìa perdido Ifrael cofne^ou por Emath,
iffe re ñ itu a términos ifrA elA b ìn tro itu E iìm h , Poisoeltafe vioaimaó poderofadeDeos , &
tnaaifeilouem aiiiaredifutEan), p o ique Eawch he o melalo que E¡4iphania: Lrmahy q iu nm c r.pphanìA
' íctíu rió ,\zR .9 b3ín0^& S .^iphA nÍ4A ¡>p^itt0ifeU :i^m áni[eftaít9y iü jaeitco
l^ahm , principio ; Se o que foy protscia, venha a fer evidencia.. Redemifli
nos.
Ha vinte Se eres annos, q u en o sred em ìo D co s, Se fenwn foy
coni o feubra^odefpregado na Cruz em o dia'da ac!ama^am > que
Bam approro) asm reprovo miiagccsj em qiiantoos nam approva,
ou reprova a Igreja, ao menos com feu podsr tirándonos da fogeÌ<<
9301, ou efcravidam ds CaÌlelU, dándonos R e y natura!, qae os.quQ
o
nao iào, na5.faó Reys, nam he ter R ey , os que nam rém oíeu
natural, he praga, 6c caftigo y & por praga, . 6c caíligo oamea^avai
Deos por Ofeas ; Sedebmtpite P ñ m p e , eftaram os Hebreos feni Rey^,
Oje^,
queosgovcrne,e(laram fem Principe, que w deftcnda fendoj qu^
aodepois, tiem fempreeftiveraraíem Principe j ^ ife.nemfcmpre
eílivetam fem Rey, como diz, que efti veram ftm Principe, fedebunt
P4r/tplf, fine P rim ipe l O Paraphrafte Ghaldeo explica: Stdebum fm e Fm cipe de
dsm9DAV¡d, com o os-Reys qua avisó de tei?, «am aviam defer d»Ü!a.
na^am, dacafadcDavi‘d,ou dafu aram iliaj nam aviam de-íernatu-»
raes3por liFo dizy cjus elés-ri'ara fem-PrínGípes fedebunt fin e Principe, H *
vinte & tees annos, digOj que tios deii Deos R e y , porque nos dett
Principe naturalda^afa dos n o f e Reysj-6c que temos hum R ey d e
cafa,& dan3ííii na9acn:: 6 c iu canrór^qae nos redsraio da fogei^ad
Caftelhana'jConfePvàndamòs acè q«tftià-m5o podbr®fá com .evi*^
dentes raiJagres^pórem núqua íe viomáís-a ma5 pt>deroía deDatísi'
que nos apertosda prerenteocaíiam; pouco importaría efcapar d o í
prim tiros,feouveflem 3sd« vír a perecer nosfegundos ; &dafquir
infiroeüiquenaofoyitteTlas-iíftaíegandaredemp'^ap do' que foy:áí
ptìmtìi*à,& a raáam h^ipoíq^e aili fez Deos o
obrot^,^St
veioa(<SÍTiftrvar, '■pqrfelezi& hum betagrande.j .h íim a íib ^ a d íí
mifteridfa, ra3ÍS'p»fece,qüe coníííle na'fegiindaao^atírcbínqtófe
confèrva, do qae ftaprinjeira-comque fe taz, dinda;:.x|u$d'Confcrvaqam ejftDios'h^a r^ermraccam oom^cohtinuada. de feu’-poder.
SebemàceiitarffòSflatrfceìebroU’MoyXescatito a:fahida; do po^ad«
'• '^gypí'O ','qaantd CftkbriS^i a fahida,; oiiapafa’gern¿<foí‘híarVst^'
ra«lho { aquí id ra ta os c^ n ticó s-d sM o y fes^ a q iis a k g ¡ [ h :4 i^ \ ¡ o ie o i
Tune
Xintí^eemit U o y J 'e S y & fñ j. ifra e l carm en Tsomtno, aqüi rcconhc^o mais ¿ x o d .i^ ,
agrandeza,& -a?Tíagnificencia¿obra^ á tO ^ o s ig lm io fe em iüm agnifcatus eíly & como agradece tanto a palíagem do msr j 6c nao agra<áece tanto a faiiida 3 o íEgypto^ verdade he c|uea paiTágcm¿o mar
V«rra«lho foy prodigiofa por maresnde agos, & TÍói de fongue,-q vif- ■
ca de m ayorperdadcíeus iniínigDSt mas tittíjbam na fahida do ^ g y *
ptonacn falcaram .prod igios, o caftigo dás ptagas, a morce dos
ptim ogenicos, a co lu n m a, oii nuvem refplandwrcntc d efo g oj 8c
em refolucam hunw Uber-dade do ca'tivciio, Iium /aíiir do jugo,
Scpezoda tirania, tudxx obrado, p o r'ü eo sj-co m o logo ¿gradees
Moyfes mais a Déos a paífagem doíhai^j. d o ^qüeí efta fainda, alít
os CAìitico$-^ -iuriù.£tcimt ìdo^(ts , ■alii foíuente a-sigcandezas d e 0 e o 5
g lm o f im n f m ttgHtfiuíXS.esÍ? Ii, .& la 5 HKiiras as rezoem , fejaapi'í-'
meira, porque pouco aproveitana aos Hebreos íahir do ¿gypco^
•fe ouveferoa o depois de perecer as maós dos ^ g y p c io s , pouc©
aproveitariaaXahtdado jugo, & .-tiraoia, T«' no apcíto rriayor nani
achafle (ahida : Qiiando os Hebreos confpiradc^'na liberdade íe
vieram afahir do iEgypto, ficaratn.Sgypcíos'pera Hve'poderem no
cam inhofeguit o alcance, como com efteicoíeguiram, com tantas
carrosas,com tantosxabos com cantos exercitos: Sexceirtos currus eU.ílo s ¡& q m d q u id .in J E g y fto .c u rrm n ifu it, & duces to m scxe rá tu s, osíbU
dados ro^s eícolhidosj a pobreza mayor: porem rjiiando íoy na paffagem d om ar, tal derrota levaram os JE g y p cio s, qye narn viriaoi
mais-a íéguir tai derrota ,
enim^-quij m tic v id ifiis , fiequaquuTK
M tY4 videbitis i aili» eftava entam .Pharaó a cavalo., mas aqui o
cavalo, & cav’aleiro.deu conligo por ierra ^ oü deu cooíigo
J io m a r , equum ','-. & afcenfarerh dejeía'' in mare : no primeiro faiiií
do iEgypto, ag o fto , & alentó daüberdade os fízera atodos-defprczar o perigo, porem aqui a donde o peíigo dei^otrííou cauto os co­
bardes, quechegaraS a dizer qoe- fora meihor-fervtr aos JEgypcios,
que morrer na^tampanha (queosgencrofosm aisquerem nK>rrer,4
fervir, porque val mais morrer com honra, que viver com afronta )
}hultum £nim .m eltus e r * i, fervtre /fg y p tijs , quam inori
pois
aquí piAUquepor.íüayor a grandeza de Dco5,aqui fejam os agradecimenros VRsy^x^SyC&cm it.M Ayfetj^oiXoferm m iim gHtfcatus^ji; AiJi thes
avia dado a liberdad«: do c a p tiv e iro tirá n d o o s despezado jugo
d©Pharaó,&laquilhe conl^vou a-^iibéedaífc tjué 'Ihes avia dadoi
ÍÍA^randoos da a p crto m a y o i,e m que cíTít liberdadepodiaacabar:
íB
alii
aliì obroú cotn o bra^o do feu poder, & aqui confetvou d que com o
poder do ieubra^o a via obrado: & ,mais llie pareceos ^ o y fes que
fe devia aD eps por aver confcrvado o qu e tez , do qu efeIh e.d evia* por aver feito ,o queobrou;entaiBltìe.pataceobra,que he obra
de grandeza de b eo s. Deosnam.abra acafoSj^djgaraolo aííimi tudo
faóptepofitos pera com Deos j ‘.5c porrnaisque fejara os deiàcertos.
dos hotnens, porfegue Deos fuas obras: porem huas coufas obia co ­
mò caufa pritneiracom ascatufasfegundas, & outras com providen­
cia efpecial: as primeiras ,. podem falcar a os iuceflbs> porque ta m bem dependem das caufasimas as feguadas, nani podem faltar, por*
que meramente iào obras de Deosi para/abermo& qj^es-meramentc
iao obras de Deos, & de fuaefpecial providencia, .avernos dé ver os
fuceíToSj&conferva^am. Notai bem os íüceflbs de Portugal ha vin­
te 8c tres annoS) peiios defacertos d en o flb governo , niodios.bem
com 8 ju i« o ,& logo veréis, que foy obra de Deos: porem minqua{è vio mais, que foy obra de Déos, que no preíente fuccíío : na reftaura^amda noíiáCidade aquí parece, quequalifícou D m s fua^
ob ra, aquí parece, que totalmente nos redemio> "Redemiñi nos,
Nam he perder, ou.ganhar a huma Gidadc, perder, ou ganhar a
hura Reyno>porque hum Reyno abfolutamente nao fe ^anha, ou
perde por húa Cidadej mas ha Cidadcs de tanta importancia, 8c taes
confequencias, que perdidas, ou g^nhadas, faó peídas, ou ganancias
deR eynos. Grande feftá íefezem todo o Ifrael pella conferva^am
lu d ith .iG de BethuUa,todo o p o v o depois da viatoria , veyoalerufalem era
ac^am de grabas a Deos : a d ia e m que íe alcan^ou , íe pós de fafto
entre os Hebreos, 8c fe rubricou de guarda nos Calendarios, omnis
fo p u lu sp Q ñ v i^o m m , venit lerufalem , adorare' D om 'm m d k s m tem
hums fe fim ta tis ,a ^ Habréis innúm erodierum Stinátorum accipuur. E:tanta£eña, 8c tanto faftopor huaCídáde? fíi porque vencida BethtrLa,tinhace acabado com toda o lírael, tinha todo oIíraet acabado.. <Nam
era a perda de Evora tam grande por fuá grandeza^ fendó.na gran­
deza a (égunda Cidade do R eyno: nam pello gríandioío dcfeus edifficios, pello num erolodeíeus Cidadoés, emfim Cidade metrópoli
daquelía Provincia, 8c búa das mayores, fe n a m do mBndo,de Hefpanha: pella fenilidade defua Campanh^.,: pello abundante de fuá
C om arcaí mas p e lio ’fftio , pellas co n fequencras>.pcIUTOputa^ao,ma¡s
queconíideravehGidade jíoftana methoriFhargade Portugal,cuja
perda, era perder amelhor ilharga do R eyno ; cuja pcúpa^axn fcna
hum
hum caacfo n a peko^ búa fenda no coM;çgm: ,& pofiíl'o grande fe-,
rìda: cm outra qualquer parte > que (lera o golpe, fizera menos ro­
tura , mas golpe na ühar^a parte tam vezinhá aoxoraçam, nam po,diaílei.3car.de.fa;zer ;mui.gr3ndeierida.: Mnitas «ezes confiderei eu,
.0 gr^n^e.ínyXleripcpEn que.oEvàngçiiftanos defcrcve aqiieUa lan­
zada,^oe.fe^eU'áChrií^o na Cruz ^4izendojqu¿ ii.um foldadolhe
abriraopeito com hñalan^a, aque correo logooíanguC} & a g o a ,
.vnus mUitumlancea Utus e m apem ti Conttnm exivit frngutSy ^ nqui, nao
iioto ) que nam iaça tanto cafo das feridas, dos Cravos.dos pés » 5s
das máoSf porque asferidas dasni^ps iSc.dos pés,jcomo íaóferidasde
partes^extremas, ou dei^xtremidades» nao faó ram nota veis,como as
feridas do peito,pormaisinotaveis que(ejatñi icomhutrta feridaem
hum pe, ou em húcinaó por grande que íeja«;& ain d ak m hum pé.
Se ícm huma rnaó^benf] fe póde paílar^cnas com hüa heridaJunco a o
coraçam, por mais, quefeja pequeña, nam fe p^óde viver: OíQuenoto
he, que hum fercode.Jança fizeíTe tam grandeabertura, .que digaS,
loam quelhe^ brio ailharga; lancea
¿tus jip e ru it , h u m plegue óq
lança,-puhûalariçade.,pique,. Jiança. de.hum íaldadp abertura tam
grande?,era feridafobreíeridas,-fobrebúaC rüzy& hum tormentó
fobre tormentos, hum pique fobre aiïïiçoens, por pequeño quefej^j
faz grande iançada;Boaxazamjtn:3s o ,porque amim me parece, q fo y
grande a abertura ds lança: he porq foy à fetida ferida no peito,foy
golpe naiiharga mais vezinha do coraçam, poriiTograndeierida,
grande abertura, latns eiusaperuit. Bem ’digoeu logo» que .fendo a
perda de Evora ,stam veíinha ao coraçam, na jlh arg ad o Reyn©,que
por forçaiTScpelIa^ircunÎlanciaeragrande^ferida: poriílbaelia cor-*
ria a agoa do povo, & o fangue.de Portugal com tam gloriofo fuceífo , que.tappu a abertura , que fe curou a ferida com tam grande
victoria: fera que ficafìè fígnal, mais quecos da guerra, .que laó m e­
morias honradas, pera ferém-íígnaes a.nolïà advertencia, .&^a noíla
.cauteUa.
■
'
Nada atequi perdeo Portugal, >que.nam Foflé por noíTbs difcuidos ,ou poc noiTas emulaçoensjOu dduniam: que ifio de defcuidos,
defuníam ,& emulaçoensha m uitoentre nos : p arece, quea inveja,
& emulaçam, he propriedadeydos ,mayores cípiritos, & aífimhe,
porquea ninguem querem.reconíiccer por m ayor, Ó cporjíToohe
tanto dos-Powuguezes: nos.melhoreíi e/piritos íe vio p rim ejiono
.Ceo, ñas cóntendas dos Anjos, & depois fe vip també nos melhores
B z
da terra
datei'M, quiipHiyis w iio r e ñ iH tegno, & c . porem’tàrabem nçftes.iere-i^.
G couoperigo,ôc cmaqueilcs fe experimento« a. ru iiij, porqaem ulaçam, & defaniam he Tempre irriícida^ fe as partes mandantes nao
forem conformes, & entre íí, 8c os mimbres Rao eftiverem vnidas:
grande,& mofcalicrà a^nfermidadü dos corpós: Se fe ià niais; que
certaa ruina do-todo:.Sc nanvaíFim fe tiverem vfììamj & iîonfbrmidadpj as tres çabcças v.aidas iios'Gerioîtjs, ihcs fazfao corpo nrreníÍvel: búa vara p^r íí facilmente fe rom pe,& nani áííi hum móihx)dfr
varaí,com od«u a entender© outro R ey a feus filhos: íeus natiiraes.
vnidos, & armados diíTe Agefîlaii,que eram muros de Sparta; o-def»:cutdo nos que governarnt-imbem he mais qiieafrifcada;^^-Se os fu*
CQírosoraoftrimj qaefe o-Principe, otudqufrgovecna dotme^ oiifédrfcui'da,logoha deaver pengo n o'R aynoj por ifiboleam quaii-;
do dorme dizemque nam dorme com os olhos fechados j porque
huma vc 2,q u ca natureza o fc 2 R ey dos mais animais, logo Ihe aviade encargar o repoufo com os olbosabertos y pera-que fe chcgafle-at’
dorm ir, velace dorm indo. N am fc alcançaram nunqua dormin**.
do vÍ<ítorias : 'perdas iÍ j foram fenipre as q^ie fe ÿlcan^aà^
iílo dcivencerinim lgos no dcfcanco, 6C'deícuido> foyiinvsnça^
com que avcncura de Thim otheo fe encareceos pinrandolhe quan­
do dormía, a feus inimigos vencidos. Grandé rifco he para a R epublic<i, que durcna o fenlior, que governa : maseuainda-otenhopor mayor, que durma o-miniftro : que cheguem a dormir o5 mi-;
n iliros, iftotenhoporraais arrifcado, que dormir o fenhor: por­
que a fenhor berñ podera defcançar-no; m iniftro, porem o minift r o , nam ha de deicançsr no fenhor, os P rincipes, 6c os fenhor e s , iivram ofeufom no, Ócdefcuido, no cuidado, 6c na vigilancia
de fens míniftros : o R e y n a m hade fer o que ha de deípertar a a
míniílro^ o miniftro deve f e r o q u e ha*de defpcrcar ao fenhor^
& poriíTo naá deve domir, pera o poderdefpercar, quando a ocalÍam opedir. O Principe, 8c o fenhor bem pode dormir como h omem,dandoaonanirar,aocem po, 8c a idhdeo que hefeu,- m asenCAUt, J . tamdsveni ter mayor vigilancia os m íniftros, Sabio R ey foy Sala*
m am,8comais fabio dos R ey s, & com tudodormia-, dava-repjDUío ao cuidado as íuas horas: ináí no maisalto fom npo vigiavaó os*
mais fortes de todo o Ifrael, cam mayores cuidados* en Ifü u lu m
Sdlomonis fexaginttt fo n ts am biant ex fo rtifs im U ifr a e l ^ cntam
aguarda mais fo r te , cntam mayor vigilancia , que R«y> <5^^
dortQd
dorme he com o m orro 3 ha mifíer vigiado, ha mìfìerbem guar­
dado, porque nam dorme íeguro 5 mas fe Salamam deícan^avano
iomno , nam defcangavam os que Ihe &íf;rtiam com perpetua vigiaj
fe xa gtntafo rte sa m b iU n ti naófó pera guardarem nosrifcosdo fomno,
nnas>paraque o dcfpertafseni, quando a ocsfism, ou a neceílidadco
pediflc. Os ReyS) & os Principes primeiro faó hom ens, do que fe}am Reys, porque o íer R e y , & Principe he nome de officio, & o
fer homens, he o fer do feufer, o fer homem he a fuá fubílancia,por­
que as C oroas, & Ceptros faó accidentes : & aíTi primeiro pagam
as penfoens à fragilidade da natureza^ con. que faó homens, do que
fatisfa^am as obrigagcens dooíficiocom que faó Rcys^o que impor­
ta he,terem bons miriiftros, qucosdefendam, 6c queosdefperten),
& erta hoje he toda a noíla importancia.
OufoíTe por defuniam iioííá,como dczia, ou Fofie por defcuido, Scpor dormirmosj como hia dizendo, perdemos algumas pra­
vas de Portugal; & ou porque nam ouve, quem derpertaíle do foni­
no, ou porque foíTe a dor ero partes menos íenfives, fazendo/e fentir m e n o se fta m aínda hoje em poder de noílos contrarios: porem
na de E v o ra , ou porque tocafle na parje mais magoada , & mais
niíigoavel, ou porque ouvelTe, quem mais defperiailè, logo fe vio
recuperár,& vencer: ò quanto importam muitas vezes os golpes, q
mais magoani, pera mais delpertar ? ó quanto a vigilancia dos que
aíiiñeni aos Principes pera que os dsfpertem . Sempre tive hum „
grande reparo no modo, que o Anjo teve pera defpertar a S. Pedro ^
no carcere. Pofto eftava ofagrado Apofìolo na ptizam porH ero*
des, que efperava ocalíam pera com fuá morte dar hum bom diaaos
lúdeos, que nem os Reys devcm obrar nuncua íem ocaíiam , ncm
deixaó muitas vezes de fazer muitas coufas mal Feiras', tó por con*»
veniencia, fen d o , que a conveniencia mj»yor he o obrarbem ,
& a que fe ajtifla mais com os pereeirosde D eo s, com eftas con^
ferva Deos mais os eftados: Dormía Pedro ño carcere y que tambem ao fom dascadeas fe dorm e, porque tambem fe dorme ao íbm
dascorrentes. Equerendo Deos livralo do aperto, & da mort^,ou
pellas continuas ora^oens que por elle fem intermifìàm faziam os
fiéis, om'to a u te m fié U t fm e in te rttiifs m e ab ix cle fiA ad D e u m p ro ca :
ou porque o guardava pera emprego m ayor, pera o fundamento,
& pera o imperio fobrc a terra de íua Ig reja, Juper ham V e irm a d ific a h Ecclefiam
mandou hú Anjo qué deípeuace,& otiráfl'edo
carcere,
12
T im
•
carcc'i-e.que c o .iih im to q u î n aîlh irg ao d ifp îrto u , ôc m andoule' xiiwut^percufoque Utere PetíiexcitAVit eamdicens furge velocitar. D or­
mir Pedro na aîfliçam,no trabalhoera muico para n otar, m asjafei
que os fanô1:os dotmeni nas aiHiçoei)s,nos traballlos defcançamaicrn
hcmuito,< 3ueoniandaiTelivrar pçUo A n jo , que ijatn ialtaD eosa
quem por elle padece oos Qiayores apertos:' no modo pom § o Anjo
defpertou he gminhaduvida, ôc.p {neu reparo: co m hutngolpe na
ìW uTgìpercuJfoqitektere, & q u e tpifterio tem, baterlhe ,o Anjo pella
ilharga, & nam pellos pès,ou pellas maos, pois he certo , que nam
deyiaieriem myfterio? vejam ,eraPrincipePedro^Princeps Apoífoh^
peltasilhargasifechigaín adorm ir, fedeipertara os Princi­
pes : ó quanto importa cerem os Principes-boasilhargas, queps defpertemlgraçasa Deos, que temos R e y ,& . Principe com boas ilhargas. Bem poderá o Anjo deípercar a S . Pedro pellos pés, ou pellas
maós, comgolpes óu toques que nellas Ihe deíTe,porem nam ^epsrtaria cpm tanca prelFa, ou com tanta t’acilídadc:mas ilio que foy gol­
pe deilharga cam veziníiado coraçam nam podía deixarde efpertar, dorera de iíharga,queriam?'via dedeixallo dormir, Percaffoquc
Intere Petn excuavit eim . Agora ao intento, as mais Praças pérdidas,
polpesfpram nos pe«; óc ñas maos, ñas extremidades/entiraófe me­
nos, Oani defpertam tafito; mas húa vez, que foy o golpe na ilharga,
deípertaram asilhargasjíoy mais a dor,6í fe vniram os pipiritos: acu­
dió lo g oáferid ao Íangtie, que ñas autras o fangue, ou por en con ­
trado,ou por pafmado na5acudió as feridas: correo o mais nobrç
de Portugal, & pellofangus de notTos contrarios, abrió caminho a
noflareftauraçam :'Æ reftauraçam da noiTa Cidade com repetidas vi­
so ria s : & cahip com ruinas multiplicadas aeftatua foberba do inímigocomfeus defígnios.
Nam^deupeos tampouco a Caftella,que neceifice do noilo:amplo Imperipdeu o Catholicp R ey pera dom inar, .fem que venha a
neceiîÎcar do alheo: mais valera governar melhor, o quexcm, que
defejar availalar,o que nam he feu, & mais tendo tanto, que poder
governar ; que ja Augufto fe efpancou de Alexandre., nam terpor
mais'governar bem , o que ciuha ganhado , do que afpirar ao Im­
perio do Mundo : ^ene^i4^erntrep4rtum IiHperium , quant am pU m P rovïntiAme m p i ì mas elta he a ambiçam da foberiia, & da arrogan*
cia, nam fî contîncat com lograro que tem : nam conhecendo, ou
nam fabendogovernar bem ,oque logra. Senhor era omefmo A le­
xandre
xandre do Miintio tocio: defde o pequeño Reyno de Macedonia,
palTou ao grande Imperio de Ailitia, atè o Gangey, Indo fé cftendeo feu Imperio, & com fer fenhor de tanto do Mundo,6cde tantas
PfoviiKÌas,Os mundos fonhadosde AnaxagoraSjOdeivelavam,quercndoos, fenhorear : O quanto mal fazem remelhames fbnhos nos
Reys: oquanto m alfazem fem elhantesfonhosfoberbos, quefem-,
pre paramem ruinas,Tempre acabamemdefgra^as! Sonha Nabuco
aqu ellaeilatua,queeraaeilatua,defeu poder, & dafua ambi^am
formada nos fonhos : a méfma foberba a forjou de varios metáis,porem c o r n o era eftatuadeTonho, grandeza Ìbnhada : a poucoefpa^o
a-vio desfeira, & por terra ;envo!t© tudoem laftim oiaj feb€rri meceddaruina,a prata com o curo: omeral corno fierro: & ierednzìo
ludo a huaexbala^am, que leva o v en to , nam deixandoiìgni.1 do
que foy, cotìtrUU fu n ip a rite r fe rrum , teSìat /ì, argentum) & aum n^ & red u ó la q u a Jiin fA V illa m a fiiva ateay qux.rapt4fur,i àrentO y eraeftatuade
iòberba fonhada: era imperio de fonho : & como lenam avia de ver
ludodesfeiroem hum pó, em hum vento: o ourocom oferro,a prata com o co b ic} que tudo iguala a ruina. O co m o f& v io n a eilacua
da foberba do ìnimigo y de feu imperio fonhado,. a prata igualada
coti} a terra, o ouro com o ferro, & com o tnetal, tudò arruina por
terra: o grande com o pequeño: o illuftre com oplebeo:o titulo cora
o p e a m :o cricd o co m o íenhor^ que hüa ruina grande Hecoinoa
morie, que a todos igualarse eíTe pouco,que fe eftapou, eíTas reli­
quias do que fícou, & tam pcueas-como reliquias, fiigir co m o exhala^am no eftio, arrebatada do vepto ; quafi tn fa v illa m dsltv¿t area,
qutf^apta fu m k vento: & fugir mais, que os proprios ventos ,fem dei-p
xaríignal do que foy, mais que os cadáveres, 6¿ deípojos que na
Campanha deixou por Íignaí: O coD'ío aínda ha de ver,que a peque*
na pedia, que fez oeftrago, fe faz grande monte, cheo de imperios,
coroado de glorias, 6¿ que ocupa o Imperio do M u n á o , faóius mons
W AgfiH$i{mple^it v n iv e rfa rn te rra m R e g n a b 'tm u s {uperterram , guardefe
C afteliadeo experim entar, fenam qu er, que cre^a tanto, deíuas
ruinas.
Em quanto Kefpanha, ou Cartella fe contentou com o feu, fempre os Caftellos eftiveram firmes: fempre osLeoens fizeram prezaí’,
D acova dé Covadonga fahiono principio o Leam , e;ftendendo as
gnarras, glorioíamente vi¿iorioío contra a infolencia dos Barbaros,
contraosinim igosda/ee: & d etam liraiu d o rin can i; eftendeoo
R eyno,
2.
ile y íio ,& o Im p e r io a mayor parte de Httfpaíiha; porem depeís,
qii 2 o poder Ihe creou a fabsrba : 6c a fobsrba Ihe augmcnrou a ambi^ani, pera Í3 querer fazer abíoUito Monarcha do mundo, asmaís
das vezes experimentou inforcunios: muicas iheifoy íorcjadoarmaríe pera a deffenía, qua-nJoíe. armou pera offendec aos outras com
percexrosinjíifl:os,que ñas invazoens injirftas, & ambicioías, tais
eoftumam fer os fucelTos, que ha de tratar logo de deíFender o que;
tcm jo quefe difpoz a querer tomar o que tem íeus vefínhos. Cora
grande myn:eiio,&: nam psqusno reparo traca a Scripcura de háa
cxped¡§ani, quefezoraef(no M abuco, ou foíle outro., oufoíTeo
ju d t t h i- mefmo, contra o povodeD^os, Scdagrande rota qiie ceve na pri* .
íBeira Cidade de porte, que pretende© o cu p ar. ( Figura bem clara
do íuceflb »queteve o iiiimigo nainva^emdo R ey n o , & da noíTa
Cidade.) Viofe Nabuconofor feiíhordo Imperio d,’ Aíriria>&iníoleniemente vidoriofo, quereadofe sftender mais a coda á Echiopia; mandón a todas aquellas Provincias, que o conhecem por R ey ,
lem mais titulojou dií'eito aIgum,que o da fuá (bberba, Scambigam.'
de diUtar-íea Imperio: Sc vendo que repugnavam codos a fuá arro­
gancia, 5c ao íeu.dominio, ou como de Rey fem.titulojXDU porcorir
íervarenio ciculode fiusR.eys;dÍ 2 o texto fagrado, que fe indig­
nan (obre modo,&; que ajuncando gcandes excr-citos,tratou de con^ '
quiftara todos portor^^'a, entre os quais tarrabem eftavarra os He­
b r e o s , & d ¡lo com grande myfterio,
e ñ ìJxùucodonofor ad­
verfus omnem terrAm illam ^ & iu ra vit per. tb ro m m , & regnum f w m , qu9d
defenderetfe(^K\QX<¿m ^^¿\AVu')d 2 m m b iis re gion ibiísh ijs. Mas fe ifto
era ajunrar gente, pera conquiftar, como diz , que )urou de í'c
h n á t r , qm ddefeiideretfe^ quefoffe arefolugam d eN a b u co , perafcnliorear aos mais, o ap reíio , que fez o declara : 5c comummante
o declarara os Interpretes : Jurapít... quoddefendíre fe td e jl, u.íifív^de’n omnes regiones ü U s , diz L y ra jm a síe jü ro u j& fe re ío iv e o , cm fe—
nhorear, & em canquiflarcodas aqiitlias. Provi-acias, ^omodiz,
qí^e }urou de fe defender ? ju ra v it, quod defenderst f e , id e fi invadere^. ■
Vejamliuraa v ez , "^ue tracava da ofíenía dosoucros, logo devia
tratar da propria defenfi: quera con tratod osfe difpoz a mover as
armas injuftas, haife de difpor logo, pera fe defender das armas de
todosjinvazoens injuftas configó mefmo levam o perigo : nunqua'.
tiveramoacroitm,raais, que ru inas, 8c perdi^oens : tai fo y o fim
delta in vazam de N«buco na priraeira Cidade, que quis ocupar aos
Hebreos,
Hebreos, em que foy tal a ruina, 8c aperdîçam, que tudo veyoa
ficar na Carapanha : ^ a algiins, que fe eícaparaó fügindo os foram
fegLiindo os Hebreos, com as efpadas na roaô atè fuas tzyasypeifecuti
funt eos, tn ore gladijsj quouf^uepervenirení a d extremítatem fimum fu m m :
deixando ricos aos Payzanos da mçfma prefa, que hiain largando,
pera fugiretn mais leves: Pradam, quam fugientes Afsirij teliquemit, abiìaleruntj bplvendo osque bolvcram à Cidade cheosdedeipojos, &
fenhores de cudoo quetinhaò os Ailirios^ fendo os defpojos fem nu­
mero de gados, & movéis, fícando ricos da preza defde o mayor ate
o menor, Ht vero, q ú vidtores, reverfi ftwt in Bethultam, m n ia, qua trant
illorum a m lm n t fecuW} ttautnon eßanumerus inpecoriiiUf¡ & iutm uis,&
vniverfis mobiltbus eoíum ; & a mínimo ufque ad maximum, omnes divites
ßereni depiáditiombus eorum : E apenas em trinta dias fe puderaó acabar derecoiheros defpojos, per dies AUtem írigmta , vix colleffa fimt
fpolia Afsiriorum. Nam vi coufa mais propria pera o fuceflo prezen-
te, &tanto-queme livrava da accomodaçarr» porque vem tudo
de molde ; fenielhantes ruinas experimentou íempre Cüftella todas
asvezes, quemoveo contra os mais, asarmas injuf):as; eftcs ex­
perimentou fempre em Portugal, com que foy fenipre coro a Cabeça quebrada: porem nutíqua mais, que neila ocifiao, em que tan­
to exetcito de canto tribu, & da Canta jingoa de lingoas diverfas,
de tanto povo de tantos povos: de tanta naçam de tam varias naçoens, ex Omni í¥ÍbHi&lingua, & populo, «4ííí7«í em pouco efpaço fe vio
todo desfeito,com miferavel ruina: íícando os mais deiles mortos,
& prizioneiros : & efles poucos, que pretenderam efcaparfe
fugindo: perleguidos , & feguidos dos noflbs até fuas rayas,
per ¡equuti funt eos in ore gUdtj , quoufque pervemrení ad extremitatem finium fuorum . Deixanxlo riquos aos naturaes, como*
que deixavam, quando hiam fugindo, pera mais deprefla
fugirem , pradam , quam fugiemes Afstrij Ÿeitquerunt, abßuIerMU'y
deixando no campo tanto müitar aparato, tancas bagagens, can­
tos defpojos, porque clkIo deixaram : cancos movéis, ßc beííiamens,
que nam tem numero, com que os nolÍbs Toldados vjdoriofos bolyeram a Evora, ciieos dc/de o mayor ace o menor, como grande de
preza tam gravide, hi Pero ÿ qui viìtores reverf funi in Betfìuliam omnia,
qua erant illorum, attulerunt fecum : ita ut non eßet vurnems in pecoribus, vniverßs uiobilibus eormn ( bem faJIa aletta)
& a ’míni­
mo ufque ad maxinrnm , omnes divites ßererit de pr^diumibus eorum^
C
apenas
Gen,
apenas bartándo hum m ez, pera fe poder recolher-o que nos fí>
co u , per dies ÁHíemtrtgtittAVix-fufttcollejafpoliA Afmorum i & como
Te avía de poder recolherem menos oqu e em tantos mezes , & e m
tantos tempos, com tantas preparaçoens, de tam longe fe avia
ajuntado : Oeixandonos nam so livres da oppreíTam em que nos vi>
tn os, & oppreiTam da noífa C idade, mastambem livres nareputaçam , que podia fer mal julgada ñas üngoas, & na^oenseñrangciras: porque até deílas nos redemto O eos, mais com o feu (an­
g u e , & com o feu braço, do que com o Tangue, ¿c braço dos
n o íío s, ledemindonos de tanto tribu , de tanta hngoa, de tanto
p o v o , de tanca naç^m, Redemifts ños Deomfanguine tu o e x m m tr íh )
& lm gaa, & populo, &>ìuitme , reâaiirandonos anoifa Cidade, fazendonos remo,pera i l , & facerdocio pera teinarmos no mundo,
& f e a f t i ms De$miiwregnum & ¡Aceydotes ^ & tegnabimus [uper urram
£omo reino que he a patrimonio de Dcos. ^
Sempre Cailella encontrou a Portugal Ter R e y n o j a D , Garcia a quetn o deixou feu pay com titulode R e y n o , on am fofrco
feuirm aó, & ainda ochoram hoje asnoiTas fontes deA goa^ìeM ayasj A Dora Affbnfo H enriquezaquein C hriftoo fe z p e r a fj, eñf
mihiregmtrif^ o nara podia levar , maslevaràÓno muito mai em que
Ihe pez : em Valdevez a primeira vez, quis provar a mao, mfs toy
de valde efta vez, porque foy com as maôs na cabeça, con.o foy ro­
das as v ezes, qu eoin tencou : q u eo n o flo R ey n o íoy como Her­
cules, que logo no berçoafogouas íerpsnres: & fe o f.eam , & a
Aguia defde o principio civeraó v n h a s, Portugal deíds minino
começou logo a andar com aefpada namao : com eíla abrió o caminho ao (eu Imperio, ate dentro no R eyno, chegande ao Algar­
ve, em quanto alera nam palïà va, aA frica, aA ííia, a Armenia, ao
Imperio do mundo ,p or nam a ver mais mundo adonde pudetíe paífar,que fe cou vera, ainda paiTamàlemjCom huma maô fe defendeo
de Caítella, & juntamente cora outra avaílalou tantos barbaros: em
mais lenra idade, & com forças m enores, fe defendeo ja deífe mef­
mo poder com iiluftres vi<Sorias como fe vio naquella famofa der­
rota de Aljubarrota, onde Caflella ro ta, em muitos annos nam cobrou os alemos: H e R eyno de Deos, confervou o Deos como feu,
erit mil» rtgmtm : & o h a d e íu ft:n ta r fempre, porque tamhem Por­
tugal fuftentou a Deos, fuftentando,& coníervando a fuá fé pellos
mais remotos climas do Vniverfo. Naquella efcada ce.lebre d e ía cob-
Cob, diz o fagraá texto , que eftava D ees no fimo da cicada, ( He^
bem repetida a hiftoria ) : vio lacobhum aefcadaporfonhos, que
chegavaao CeO} por quem Anjos fobiaó, 6c deciam : que eíla he
a variedade do mundo, que pellos roefmos graos, ou degraos» pel­
los quaes h 'u n sfo b em o u tro s verna decer ainda, que fejam Anjos:
como cm profecía a vio lacob em íonhos,porqos íonlios dos juftos,
fa5 profecías, 8c as profeciasdos que o nam Ía 6 , faó íónhos: & v io
que eí^ava Déos fuílentando na efcada , aílim o diz a palavra com
propriedade inixurn fc h a la , eftribado naefcada. Iftofupofíopregunto agora , reaeícadaeraaqueñiileiicava a D^os inixurn fckaU ,
quem vinhaafer , oque íuílencavaa e/cáda, porque querem muítos, que a efcada fe iufìentaiTe no ar, oil pello menos, tinham »] pouco de cerra: DeosAifticntando na efcada nece^Tita a eícad;<, de que
alguem a fuñencef vejam, a voto de todos, Déos eraom efm oque
fuHencava aricada : de tai forte fe aviam a eícada 6¿ Déos, que a ef*
cada íiiítentava a Déos mixum[chale,
Déos era cam.bem o que fuf*
tentava a efcada: fußenta Déos a efcada, porque a efcada íuñenta a
Déos: 6 c porque a efcada fuílenta a Déos, per
Déos fuftenta eíla
efcada: qtiequem fuñeata aDeostam bem Déos o fußent'a. Nam
digo eu logo mal, em dizer, que porque Portugal íuftentou a Déos,
& aruafé,nasm aisrem otas partes do M undo, que por iíTo Déos
fuftcficou Portugal, & qu eba íempredeíuftentar Portugal, pera
que Portugal ahy o íuftem cj Donde venhoa inferir que fuftentar
Déos a Portugal, tambera he ( deixeme dizer afli) conveniencia de
Déos, pera que Portugal o fuftente: & que he conveniencia de
Déos ter Porcugalfobre a teira o im p erio d o M u n d o , pera que fe
fuftente Déos no Imperio do Mundo fobre a terra com Portugal, &
regnahmus fuper terram.
Etnapettoíev-io Portugal neftaocaílam, que alguns outros era
que fe ve, faáapertos de caía, que nam pode deixar de os aver em
huma guerratconrtnuada, de vinte tres annos^ mas aínda sdì em que
apéreos fe vio? mayores os tem padecido, & padece Caílellacom
aver mais por onde delàfogarj aperto foy sò o da prefente ocaHam,
porque era ocaiìam apercada,^om o inimigo tam de dentro no R e y no, com a ocupa^am da noiTa Cidade ; duvido eu muito, que o poífamos ver iemelhante, porque nam foy Caftella tamben) hoipedada:
8 c OH morreiTe, ou naó morrelfe a Grifa no Cano,no Cana!,Ihe corcaramasazas, donde correram tantos canos de fangue; mas quando
C z
osa]?}
03 aji, ferà pera ter femelhante fuceflo, & nòs pera termos lémelhante viatoria: que corno Portugal, ou nòs mefmos Tomos reino de
Dcos, fsctSìi nos Deo miìroregnum-j os apertos, que Deos nos permi­
te fao apéreos de Dsi05,quero dizer, no aperto, o temos mais perto,
pera favorecernos: tratuiios Deos como feus: tratanos Deos como
, amigos,aosqaais^nece tal vez em hiim aperto, pera dar hum favor.
Em oLicraocaÍjam aparaceoDeos ao mefmo lacob, & lè poz ahitar
co clic, & apertalo entre feus bracos, eccevtr lu^iabatur cueoySíáQ tal
{erte, que o ferio, ou emanqueceo: das lutas, & dos bra^'os dos poderofos, ninguem pòde deixar de fìcar coxeanndoj tetigttnervum fe~
moùs eiw íÍAtimenuTicúX\ porem quando lacob mais terido, & mais
nos apertos, dos bracos de Deos: encam Ihe deu o mefmo Senhor
hi\àhtnQan-)^benedixiteum'tneodemloco: Se Ihe roandou que dahyem
diance fs chamatle U'tacl, nequacjuam lacob appellabitur nomentuum,fed ■
ifrael, que he o mefmo, que
mandara Deos, domi^gne i z
° Senhor: oufegundo ou trosreéìus cum D eo,ttéìo com Deos,if' foqucrdi:¿erffraei. Pois fe Deos quer dar a ben§am ajacob, & o
nome: entaó os apertos, entam a ferida? Í?, porque quer,que lacob
ande a bracos com Deos: o s bracos de Deos com apertos perafeus
amrgos, he querer chegalosaocoraiam>fa5 abramos: querdarhum
aperto, pera dap hum abrado, quer dar hum golpe, pera dar huma
benyam; quando lacob nos mayores aperfos nos bracos de Deos, cn­
tam eftá mais entre os bracos. & nos abramos de Deos: eceevirlu^a^
baturcumeo: quando lacob do golpe, ouda ferida mais laftiniado
ñaúm em m m tt entuma ben^am benedixitemi ineodemloco, & ahy
niefrao adonde o meteo em apertos, 6c deu a íerida ahy ss bra­
cos, & ahy aben^am, ahy a .honra
/eío : ahy a íéguran^a
deaíTiftir femprecom elle, & de ter com elle o Imperio, neqatqMmlacob appelUbmr nomen tunm, fed ifrMl, ideñdominabitur Df«s, .reStUi
cum Dítf.Em apertofe vioPortugal,teridas ceve, & naocaíiam pre­
fente,aperdadeEvora, era aterida mayor: mas como a ferida, Se
o aperto era emordenfja mais noschegarmos a Deos> ou a Deos^nos
chegar mais pera íí, a donde reve o ap^^to > ahy teve a honra : a
donde teve a ferida, ahy teve a belam i' <|y$,p?r;i dar os bracos,
ou os^bra(^os permitió o aperto : p^ra dar a ben^am, quis dar a Ge­
lida, benedixittum m f
/««, & fe ainda os tivermos ( o que nam'
creo) fera pera mais apertos com Deos, pera mayores vidtor/as,
pera benjóes mayores ; feguraiidonos, & redemindonos nam fódo
apetco)
‘ aperto, Seda fen d a, mas dándonos à profecía, i8c a promeÌIàde
coinnofcoreinar, onde reinarmoscom elle, dom m bìtur Deas, re , gHAbimus fu p e r te m tn . Eu nam creo em profecías v«’Igar€S> nem
cm n iais, que nasaprovadas pella Ig reja , quc ja diifey que as mais
daquellasfaófonhos, & a tèo Bandarra, fonhavaquandoasdezia,
porq-uevia, & dezìa a que eftavafonhando: mas creo bem , que
R ty n o feìto por D e o s, confervado por Dcos ha-vinte & rres an­
nos , fenam com mìUgreSjCom tantos fuceilbs, que o parecem, &
tam dignos de pondera 9am, cóm taisciicunftancias, qucna-m pare- •
cem de forjas humanas: que o ha de confervar Deos fempre pera Ter
a Monarchia do Mundo, pera q o Mundo ieja Monarchia de Deos,
; regnabimus fuper t e t r m : & que ha de reinar Deos com oconi llrael
tiomiuAbìtur Deus,
^
O que importa he , que andemos direifos, & reélos coni
T ito s reñus cumDeo y pera que Deos nos nsm folte, q u etam b em ’
Deos fez o R ey no de Ifraelpera fi, & efcolheo a Saul, & a odepoisporfuas culpasreprovou aSauljSc porfeusdelitosotirou alfrael.
, Nam nos afleguremos, tanto nos favores «io C e o , que tamben? os
^ favores d o C «o ,p o r noiTa ingratidamfe-podem perder:. Nam deir xcmos tudo a D eo s, que Deos nam ie obrigou > todos os dìas an­
dar com milagres . D eftavezpori)òspele)aram aseitrel!asdoC eo,
corno da vitìoria de Debora diz a Scriptura, Se corno de Evora ìndie, y.
fep ód ed izer: JiclU deC shm anentespugnaverunt ( deEvora a D ejbora vay pouca differenza em o n om e) mas tambem as ditas, & as
eftrellas do Ceo, podem vìr a faltar, poique podem v ir a c a h ir :&
entam vem a cahir & a faltar, quando as nam fegurara virtude:
C hriilo, parece que o
: iìe iU deCalo catlent, cahiram as eftrcllas do Ceo, & d eu logoarezam , n a m i& vìnutesC alorum movebuntur,
“ feas virtudes do Geo faltam ,faltam as cflrcilas, porque às eftrellas
2 do Geo fuflentam as virtudes,Se fe eiTas virtudes fakareni podem vìr
^ acahiraselìreilas. Nam n o sfa^a defcuidara rotura, &. ap^rdadc
¡P nofl’os contrarios: nenj nosdeixe adormecer a gloria, Se a lizonja do
no0btriunfo;porqueonobrc^ & p od crofoofend id o, nunquaefìÀ
mais pera r e c e ir, porque ii u n q i ^ f l à mais eitimulado pera ofen*der, quando mais b a t id o . Là fez 0 Evangelifta huma advertencià
no ApocalypfTe, que porque foy nelle pode fer profecía: Va t e r r a , .
[ & m a ri qfiiA defcenditdiabolus
habensiram tnagnam , ò là te ite n 10 no m ar, ter tento na terra, que cah in d ood iabou as ^w nde.irs;
& pois
& pois o diabo cahînd», cahMo» & roto das armas dos A njos, por
mais ira que tenlu em que pode empecer! ainda tem ira eahidol óc
M o a l i . grande ArféwííMWííMgíW/Wj antes porque cahio por iírotem grande
'
* ira,que efta hea condiçam dos Oemonios,que por mais que cahiáó,
oudefcahiam , ievantatfe a Ibberba ; fu p e rb u eorum afcendit femper-.
Guardar do diabo cabido, V d te rr d ,& m 4 % que o que foy Dragam
n a p e le ja , ecce M ich a eip ra lia U turcu ni Droff9»ey rey o a fer diabona
queda, ¿ p o d e r á fe r , ou ha d i querer fer na vingança Demonio.
Comasarraasdos Anjos.fevenceo © D em on io , eftas faó as armas
dos Manoes: líTacio A ngelo, foy o prim eiro, que as coraou em refpcitodos Anjosu com o Dragara de Caftelía pelejou a Serpe de Por­
tugal., como na fefta de corpus,:( nem foy mui longe d eícu oitavario).& deua Serpe com o Dragao pellas efcadas do Hofpical - ( ja o
veriam em Lisboa ) >porem nem por darmos com elle em o Hofpital, nem aííim fíar do Dragam, guardar a cerra,guardar o mar^ Com
vergonhofa fúgida, o lançamos de dencro de caía, porem nem aíTim
fíard oD eraon io: vigiar, que nam boí va com novos poderes, que
as fegundas acometidas eni o Demonio depois delançado de cala,
Luc. i8 . íaóas peores, & mais arriícadas. Chrifto mefmo o diile daquelic
D em om o,que lançoufora do corpo do iïirdo, & mudo, que quan­
do o lança vam, que entam , bolvia com dobrados el'pìricos : Tutte
v a d ity & ajium it feptem alias fp iritu s n c ^ u i v e s & fiu n t novifsima peora
fñ m b u s y 8c nao fe avia larjçado efte Deujoniocom confulaô? fi, mas
he o Demonio efpirito generofo,
iòberbo: & a foberba &
rolìdade Ihe ajunca oserpiriros: com m ayores, quando venha, nam
poderà vir,com peores íí,y^/rw«j' «eftf<ííw .■ nam ha coufa mais pera
acautelar, do quede hura poderofa afrontado, ou deíefperado.
Nunqua Sanfaò intefìtou, nem fez mayores eftragos em feus inimigos,que quando fé vio prezo, & afrontado na delefperaçam, entaó
deu com tudo por terra.
Huacoufa fé tem incroduzidoem P ortugal, que nostem reito
algum datTi4io, & iie defprezarmos ao ìnim igo, que todos receyaô#
& tanto fe tem iftointroduzido encre nos, que oque m aisodefpreza, 8c 0 que mais falla nefte p a rtic u la r& às vezes com menos confideraçTm, otemos por mais Port(4gez, 5c eutiverpa efteporm ais
Caftelhano: por mais Porcuguez tenho eu oque mais obra em defenia da Patria, cada hu^n no feu canto: o r i q u o com a fazenda , o-'
pobre com o que pòde, ofoldado co m o b raço , « fabio com o
confe-
ai
I
I
I
.
■I
i
confelhojoR eligioíb com a d ifcip Iin a& 'oraçain j& todos quando
importar com a vida, & Com o Tangue: ifìo he 1er Poituguez, qu t
iifo de fallar, fein obrar he niais proprio dos Caílelhanos. Confidc-^
rara o iiiim ig o , pera intimidii;, fera cobardía : porem conâderalto
pera prevenir, fobre fer valentia^ he difcrii^m.: & difcriçaiD que
a}uda muito a valentia, porque os rifcos previHos nám ferem tanto,
ü cula.qu d pAVidtntuXi
Nafnha de fervira coniideraçaim p e ra d e t
con 6 ança, que acobardeo valor: porem ha deíervir o rleCeyo pera
a cauteÜa, que cíefprezeo perigo:N a de Aijubarrota interpretafam
os Ruílicos o l't r íu m í a r ó j^ tít í t deu por iignal da bataiha, que Uies
avia de cuíiar caro:
a coníldera^am, & aprehençam tam fora eíleve de acobíirdalos, que antes Ihe fez alentar os eÎpiicito^ » & obrar
Valentías. Ninguem com bom juizo podera negar op od erd eC aífeiia,.fe njm quem o nao íabe: pera-quá dos P yrineos, com beliicoías nijçoens Eftrem enhosj A ndulezes, Caílelhaiios, Aragonezes,
Catheiaens, Leonefes, N avarros, & Biícaynhos : em Italia , o
bello R eyno de Ñ apóles, o fértil eftado de Miiam , as famoías
ilhas de Cecilia,, & Sardenha , as chaves da Etruria nos portos do
mar, 6c ¿a ilha de Elba, pello de Senna^ o Marquezado de Final no
mar «le Geiiova,ou de Liguria: as ilhas de Malhorca , £c l^enorca
coravaidadede R e y n o , & outras adjacentes de H eípanhaj Na
Africa, OraójO Penhon, a Mamora, Larache , freos da Mauritania;
no mar Atlantico as Canarias : ero Alemanhaabaxa, as Provincias
Bélgicas, os ertados de Flandres,com alianças do Imperio,. & outros Principes confederados : na A m erica, hum Mundo inteiro:
Na A f í a o M aluco, & as-Phelipinas j porerr. tambem nao nega­
ra ninguem , que efta mefma grandeza a faz menos forte, & menos
tem ida: eftes membros tam apartados do corpo Ihe diminuem as
forfas: elTes bracos agigantados deíporporíionadosao corpo, pois
faô braços gigantes em corpo pequeño, Ihe fervem de pezo, & taz
cora que as forças pezadas, fe Ihe acbem menos, como jaach o u o
PohticQj que comoíitras^a pos em balança . Grande era o Imperio Soca/ig.
de Balthaíar^ formidaveis pareciamas forças, mas huma v ez , que
fe Ihechegaramflpczar,.acharamfemenos, appenfus ts i n f i a t t r a , & Dan, 5'.
tnvenítís es mífíus haiensy & logoíé Ihe achou dividido o Imperio, &
todo arruinado, d ivifu m e ñ regm m tuum y & d n u m efl hiedis, & Perp . Graudes Îàôà primeira vifta asforças de Helpanha, {enospo»
tnos a concarlhe os R ey n o s; mas fe nos chegamos a Ihas pezar,
acharemos
^acharemos qae^tcfìi m enos. Inventas es m m s hahens, Sc acharemos
Í8U Imperio arruinado, & dividido, & dado, ou occupado de mui­
to s, divifu m e jl regm tn t m m , & datum t i i Médis , & Perfis y dos
'Francçfes, dos Olandezes, & dos Ingrezes, & acoiado de tanros,Sc
que ha miller muito pera fe ftiftentar. Â meima Hefpanha fe dei,povooo p«Ilas Indias : o cavallodefenfreado dé Ñapóles > neceiTica
Îem predeferida j M illa5,niil hàm de fer os OîiÎhoens perafe defen­
der do Gallo, qucafpira às ferpes, 5c de cancar a donde cantaratn
os Galeaços, aièm de feus vezinhos,ÔC confinantes Griioens, & Sin­
ceros: Cecilia naufraga ehtre aScy!a,8c Caribdes de feus mares:Sardenha, iiam faz pouco em fe^ defender de Piratas, defçndendofe
4T13ÍS com a peftilencia dos ares, (lo que com a valentia dos feus mo­
radores; os Portos da Ecraria, fe iaô chaves nam nos tazem em Por­
tu gal, que tetii outras guardas: o Final, f«nam forao pr.efidio conti­
nuo, arrezoara a final : Malhorca, & Menorca cm huma barcada fe
Je v a o R e y n o : n em p ó Jed e nada fervir, nem ainda por arte mayor
doieu Raymundo, nem fazer a pedra PhilofohaÎ: as forças de Afri­
c a , fe faô freos, mal podem fer acicates, nam hàm mifter pouco pe­
ra fefuftentarem, nem C eita, que là nosteai, Ihcs val hum ceicihns
Canarias, nam entram emdança; oseftadoàdaBaxa Alemanh«,certî
dado gram baxa
nam eilamem eftado, 6c Flandres em tal eftado, que nam ha mais Flandres: as Phelipinas, 6c Maluco eftam lon­
ge, fe hc,que ainda eilam, ondeeflavam: O novo mundo, he outro
mundo, os braços Auftriacos multo iàngrados, 8c tremem multo
com afalta de fangue:a fee dos Principes confederados, com oíe
funda em encerelÍé, faltando efte, pouco fegura, 6c íó crida por fee.
D e fo rte , que ainda que feja dilatado o Imperio, nam v e m a fe ro
poder tam grande, como vem a vultar na primeira aprehenfam.
lf(ñ 16
D eM oabdiíTelíayas, ou Ifayas por D e o s, queouvira íua fo' berba, porem que era mais a fobeiba, & îndignaçaô, d o q u eerao
poder, audiPi^usfuperbiAtn Mo.tb ifuperúus e íiv a ld e : ¡u pe rlfij^e m s, (x
m o g m ü d eiuS y & in d ig h 'itio eïuSyplufqUamfortnudo eius, Cíi foberba
deCaftella muitoouvimos, por<juefaóos Caftelhanos naturalmen­
te foberbos, porem he mais a foberba, 6c arrogancia*, 6c a indignaçam , do que fam os poderes: elfes poderes, -que tem bem os
Gsn. 1(5. ha raifler pera'contraíhr com quantos con trafta. Là fediíTede
Ifmael,que tinha maó pera todos, porem que todos tinham maós
pera Ilinael , mAnils eius contru omnesj m am s ornim m contrd eunt:
aííifn
aífit» C aftella, fetem maSs pera to d o í, tambem todps, tem bra­
cos , Se maos , contra Cartella : mAms ems comra o m m , mams
m n iu m c o n tra eam y & nera, fempre tem tanta força ñasroaós, nei-ta ocaíÍam peHo «nenos bem rooftíou^ que ainda astcv e m&^yorcsnos p e s,
d elop g ea eixperjencia nos rem moftiadd, qu®
nunqua:tiveram boam aó pera dos: que ccmr a«fuas eípadas», era
fo lh as, ficcñés que temos as foihas das noíTagefpadas : quefazemos
lingoasdasnoíTaserpadas» & «Ules,, que fa?em efpadas, das fuas
Ííngoas: que as fuaS;>i<^uç-fabenriiieJhori.iafgâr^ porem as npílas
m eih grferir; que fereih.muitamaisnos-ter/çosdas noíTas, doquo
todos os cerços dos feus efquad¿oens;t ¡que pelejamos na parria, que
coftuma dar a os fílhos mayores alentos , ifto quiferam molhar
os Antigos na luta de Hercules corii A ntheo, que em chegandoa
te r r a ,cobr^V^lpgopoyos, eípiriras: qu« peiai^aios ^jer ne^defender,6caguerrad^f^níÍV3^e jgfti^c;^da,|)orq;íie p afu ralj dt^enfa: b
na ocaíiámV íbtnos cómo o fangue¡"que por mais encentrado, que
cfteja n o co rp o , em venda a rotura , acode a ferida: que 9
fangue da noíia nobre^ahe como o triangulo^ cujas iinhas^ou
diraenfofins porm ais encontradas , que (ejam , {e ajuntam nos
p o n to s, & «íl«sf?p osdehonfa^ gu defenfa do jR eyno: final­
mente q u e ç ô s fe ? Deos Reyjio'pera
& pçra feu patrimonio
g r itm h tr e g tñ iíH t Oc
como a feejMíd iíu tem pre flos redemio,
com o redemio de prefante, pera ecern.amejite rcinarm os, RedemifÙ m s D c 9 in f d n ^ n e t m t n m m t ú h ü ^ f^ c . it^ regm hintui fuper terim .
V o z S e n h o r, quenc^,redemífies, com nos redemír a ncíTa
C id ad e, fázeicom que os.noíÍos Eypre.jífes Toldados pella íagacidade, íejam todos Sertorios , pello fem pavor , fejam todos
G irald os: amanee S. M anfosfeuPriaieíro'Biípo, & tutelar, a fu riada guerra, que nam fe derrame tanto ¿n g u e Catholico; fazeí
co ai que deíTes cadaverésdos leoens mprtps nafça o foííégo, como
o enacame, S c o m e ld o leamde Samfam . E vos Iris bella da paz
Izabel Tanta, que em vida pacifiç^es as differenças mais encontra­
das entre os mais chegados Par#nces;, ag ora, que eftais aviftad e
Deos^alcançaî concordar vpíTbs néttps ) vofios nettos íaó ambos,
ambos faó voí^fangu e : voflbs to d os, porem nòs mais vonò 5,quc
tambem vòs fois mais noiîà, porque fortes nofì'aRainha, fszei com
QUC os Auftros Auftrìacos* foprem favonios : & que todas as temD
peftades,
peftades ,d c h u n s , Sioutros- vnidos, Te bolvam juntas contra osînimîgos da Fê :.como ja bolverarn volîo filho, & feu genro, quarjüj»
do mais encontrados na do Salado: íazeinconi-quflS^i'DScart^ojdé"’
P ortugal, íejani :campos\de
ham campahNs deiMáfíteí^
çue Jfíoflafe vinhas. ¿janiLCopas d f fiaxho, & 'n afti -.palanqués-’í^
de Pallas : qu«-iToflos.mares,. fejaratodíM P a c í f i c o s : ‘nofíbs portos, fe|amtbdos'Sfegurxos^qtwiioí&sv : 2:
B arras, fejam tp d a fd a p ra t^ z -q u e n o fía o n
, ^ •. ’j¡ ii
Paôfejatodode.açucàr,alca 4i « :‘;i íS 3L'p .
. . ,
já n d o n o s ¡ijsfta ¿vid aiví -..up ■; íh a i io ;ih
,t:;jp ,
graçai,.-]ôdc.n;-<''- •'-..jh
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