preto no br anc o

Transcrição

preto no br anc o
– Jornal de Notícias, 23/08/2004
“Faculdade do Porto é referência. (…) a
FCNAUP continua a ser a única instituição
pública nacional responsável pela formação
de licenciados em Ciências da Nutrição (…)”
– A Capital, 07/09/2004
“Poluição bate recorde no rio Douro. (…) Um
estudo do ICBAS mostra que nos últimos
quatro anos o nível médio de coliformes
fecais duplicou (…)” – Expresso, 11/09/2004
“Universidade do Porto é a mais procurada
pelos candidatos ao ensino superior. A
universidade que disponibilizou mais vagas
foi líder nas colocações da primeira fase.”
– Público, 14/09/2004
13 E 19 DE OUTUBRO
DESPERTAR PARA A CIÊNCIA - PORTO
A partir das 15 horas no auditório da Reitoria da Universidade
do Porto.
13 de Outubro
Comunicações Móveis: “Passado, Presente e Futuro”,
Carlos Salema, Instituto de Telecomunicações, Universidade
Técnica de Lisboa
19 de Outubro
Cartografar, Imaginar: O Papel dos Mapas na Construção de uma
Nova Geografia para a Europa, João Ferrão, Instituto de Ciências
Sociais, Universidade de Lisboa
INICIATIVA DE: Universidade do Porto + Fundação para a Ciência
e Tecnologia
INFORMAÇÕES: Lina Santos (Serviço de Apoio ao Reitor)
T. 22 6073572 + [email protected]
14 E 15 DE OUTUBRO
CONFERÊNCIAS “PSICANÁLISE GERAL” E “O FUTURO DO
GÉNERO, OU O FIM DE UMA BRILHANTE CARREIRA”
Por Henrietta Moore (Professor of Social Anthropology, Department of Anthropology, London School of Economics)
Anfiteatro Nobre da FLUP, às 18 horas.
ORGANIZAÇÃO: Departamento de Ciências e Técnicas do
Património da FLUP
19 DE OUTUBRO
POESIA DO SÉCULO XX COM ANTÓNIO RAMOS ROSA
AO FUNDO
Anfiteatro Nobre da FLUP, a partir das 14h30m.
INFORMAÇÕES: www.letras.up.pt/deper
21 E 22 DE OUTUBRO
CONFERÊNCIAS “AS VIDAS E OS TEMPOS DOS MONUMENTOS PRÉ- HISTÓRICOS” E
“ARQUEOLOGIA E MODERNIDADE”
Por Julian Thomas (University of Manchester, the School of Art
History and Archaeology)
Anfiteatro Nobre da FLUP, às 18 horas.
ORGANIZAÇÃO: Departamento de Ciências e Técnicas
do Património da FLUP
22 A 23 DE OUTUBRO
“PAISAGEM E LITERATURA”
Jardim Botânico/Departamento de Botânica da Universidade
do Porto
ORGANIZAÇÃO: Associação Portuguesa de Ecologia da Paisagem,
FCUP
INFORMAÇÕES: T. 226 002 153 + [email protected]
© RUI MENDONÇA
PRETO NO
BRANCO
DISCUTIR COMO PROMOVER A CULTURA CIENTÍFICA
27/07/2004
“Infertilidade masculina tem solução. Criar
espermatozóides é o objectivo da equipa de
genética médica da Faculdade de Medicina
do Porto.” – Diário de Notícias, 02/08/2004
“Um fórum para relançar o valor da cultura
científica. Professores de Engenharia do
Porto querem pôr o país a repensar o futuro.”
8 DE OUTUBRO
GENÉTICA E REPRODUÇÃO – SEMINÁRIOS DA COMISSÃO DE ÉTICA DO IBMC
INFORMAÇÕES: Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC)
Rua do Campo Alegre, 823 - Porto
T.22 607 49 12 + F. 22 609 91 57 [email protected]
NÚMERO 5 . SETEMBRO DE 2004
“O Porto está na vanguarda da investigação científica. O IBMC e o IPATIMUP são
dois exemplos do dinamismo do sector da
ciência na cidade invicta, com investigação
reconhecida internacionalmente nas áreas
da genética e do cancro.” – Diário Económico,
7 DE OUTUBRO A 9 DE DEZEMBRO
CIÊNCIAS NA CIDADE
Biblioteca Almeida Garrett, 21h30
ORGANIZAÇÃO: FCUP
INFORMAÇÕES: Gabinete de Imagem e Relações com o Exterior
T. 223 401 445 + [email protected]
18 A 19 DE OUTUBRO
FÓRUM CIÊNCIA – “POR UMA CULTURA CIENTÍFICA
EM PORTUGAL”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
OBJECTIVO: reflexão sobre o estado da cultura científica em
Portugal
TEMAS:
I - A Cultura Científica no Ensino Básico e Secundário
II - O Conhecimento Científico e Outros Conhecimentos
III - Reflexos duma Cultura Não Científica na Comunicação Social
IV - Cultura Científica. Estado e Sociedade
INSCRIÇÃO: 10 Euros
INFORMAÇÕES: Sara Ponte – Divisão de Comunicação
e Imagem, FEUP
T. 225081524 + [email protected]
U.PORTO PRETO NO BRANCO . DIRECTOR JOSÉ NOVAIS BARBOSA . EDIÇÃO E PROPRIEDADE UNIVERSIDADE DO PORTO; RUA D . MANUEL II . 4050345 PORTO . T. 226073565 + F. 226098736.
Porto, 15/07/2004
8 DE OUTUBRO
SEMINÁRIOS DO CENTRO INTERUNIVERSITÁRIO DE
HISTÓRIA DA ESPIRITUALIDADE
TEMÁTICA: Espiritualidade e púlpito - gestos, palavras e devoções, “Sermones de amor”, por Maria Isabel Toro Pascua
Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP)
INFORMAÇÕES: T. 226097161 + F. (p.f) 226098271
E-mail: [email protected]
15 e 29 DE OUTUBRO
“ÉTICA E POLÍTICA NO PENSAMENTO MEDIEVAL”
Seminário informal de Filosofia Medieval
Sala do Departamento de Filosofia (Torre B, piso 1) da FLUP
ORGANIZAÇÃO: Gabinete de Filosofia Medieval
INFORMAÇÕES: T. 226077100 - ext. 119
http://www.letras.up.pt/df/if/gfm/gfm.html
SUPERVISÃO EDITORIAL RAUL SANTOS, JOÃO CORREIA. REDACÇÃO ISABEL PACHECO, ANABELA SANTOS, JOÃO CORREIA, RAUL SANTOS . SECRETARIADO PAULA FERREIRA .
“Alunos testam fluidos e gases em gravidade
zero. Dois grupos de alunos [de Física] do
Porto participam esta semana em voo da
ESA.” – Diário de Notícias, 28/06/2004
“Economia do Porto e ISEG com maior sucesso. (…) têm a maior taxa de sucesso escolar
de todos os estabelecimentos de ensino
superior públicos que leccionam esta área
[Economia]” – Diário Económico, 01/07/2004
“Pai do tratamento da úlcera fala de uma vida
de pesquisas. (…) Prémio Nobel da Medicina
de 1988, Sir James Black, inaugurou a 4ª
edição da Reunião das Sociedades de Farmacologia Europeia, que decorre até à próxima
segunda-feira na Faculdade de Engenharia
da Universidade do Porto.” – O Comércio do
CONGRESSOS, CONFERÊNCIAS E SEMINÁRIOS
DESIGN © RUI MENDONÇA. EXECUÇÃO GRÁFICA DIGIPRESS . TIRAGEM 3500 EXEMPLARES . PERIODICIDADE MENSAL
– Vida Económica, 25/06/2004
> AGENDA SETEMBRO 2004
> U.PORTO
NA IMPRENSA
“Universidade do Porto quer fomentar espírito comercial. Novais Barbosa fala na criação
de cadeiras ligadas ao empreendedorismo”
Para debater a cultura científica e formas de a promover, quatro professores da Faculdade de
Engenharia decidiram organizar um Fórum que decorrerá nos dias 18 e 19 de Outubro deste
ano, naquela faculdade. A comissão organizadora desta iniciativa designada “Fórum Ciência” é
composta por Joaquim Marques de Sá, José Cavalheiro, João Carvalho e Joaquim Góis.
Por cultura científica, a comissão organizadora entende não só a assimilação de conceitos científicos, mas, muito mais do que isso, condutas norteadas por valores que se relacionam com a
actividade científica como o rigor, exigência e responsabilização, ou seja, valores que atravessam
transversalmente toda a sociedade e devem ser caros a todas as áreas e actividades.
A iniciativa é aberta, portanto, a outros profissionais que não apenas cientistas. Para já, entre os
oradores convidados estão também historiadores, jornalistas e juristas. Outras contribuições
poderão surgir, dependendo das propostas e do critério da Comissão Consultiva, composta
por personalidades destacadas do meio científico nacional. O Fórum desdobra-se em quatro
temas: “A Cultura Científica no Ensino Básico e Secundário”, cujo orador convidado é Gabriel
Mithá Ribeiro, docente de História do Ensino Secundário; “O Conhecimento Científico e Outros
Conhecimentos”, para o qual foi convidado António Manuel Baptista, professor jubilado de
Física do ensino universitário; “Reflexos de uma Cultura não Científica na Comunicação Social”,
em que o convidado é António Granado, jornalista de ciência e docente universitário, e “Cultura
Científica, Estado e Sociedade”, tema a lançar por um juiz de Direito, João Pedro Maldonado.
Mais informações em http://www.fe.up.pt/forumciencia.
+ NEW SCIENTIST
REFERE ESTUDO LIDERADO
POR MÁRIO SOUSA
> O ANO DA JUBILAÇÃO
DE NUNO PORTAS
Um curso de técnicas de ilustração científica
a preto e branco vai decorrer em Novembro,
no Centro Integrado de Investigação Marinha
e Ambiental (CIIMAR), e será dividido em duas
edições, uma de 5 a 7 e outra de 19 a 21 (dois
fins-de- -semana). O curso será leccionado
por dois dos mais conhecidos ilustradores
científicos do país, consagrados pelo Guil
of Natural Science Ilustrators (EUA) e com
trabalhos publicados na National Geographic,
Fernando Correia e Nuno Farinha. O curso
destina-se a qualquer pessoa interessada em
melhorar a sua formação base na preparação
e comunicação da informação científica visual,
não sendo necessária qualquer formação
científica ou artística prévia. Estão abertas as
inscrições, que têm número limitado de vagas.
Para mais informações podem ser contactados
os docentes da Faculdade de Ciências que,
com Francisca Cavaleiro, são organizadores
da iniciativa: Maria João Santos (mjsantos@fc.
up.pt), T: 223 401 490 e António Paulo Carvalho
([email protected]) T: 223 401 486.
O ANO DA JUBILAÇÃO DE NUNO PORTAS
© N.FARINHA E F.CORREIA
+
APRENDER A DESENHAR COM RIGOR CIENTÍFICO
A U.Porto, a Universidade do Minho, a Universidade Federal do Ceará (Brasil), o Instituto
do Câncer do Ceará e o Instituto Português
de Oncologia do Porto fundaram uma nova
rede internacional de intercâmbio académico e científico na área das Ciências da Saúde.
O protocolo de colaboração estabelecido entre as cinco instituições tem por objectivo o
desenvolvimento de relações de cooperação,
com base no estabelecimento de contactos
e entendimentos mútuos, nas formas de
educação e pesquisa.
O acordo visa muito particularmente o intercâmbio de docentes e investigadores entre
as diversas partes em condições privilegiadas,
nomeadamente no que respeita à libertação
dos mesmos pelas instituições de origem.
No entanto, a parceria estabelecida por este
protocolo estende-se ainda à criação de programas de pós-graduação especialmente pensados para o pessoal das instituições envolvidas
e à realização de eventos e projectos científicos
de interesse comum a todas as partes.
+
O Prémio Científico da Associação Portuguesa
de Doutoramentos em França foi atribuído,
este ano, a um projecto luso-francês liderado,
na parte portuguesa, por uma investigadora
do Laboratório de Bioquímica da Faculdade de
Farmácia da U.Porto, Anabela Cordeiro da Silva.
Com o projecto “Imunologia da Leishmaniose em Portugal e da Doença de Chagas”, o
grupo de cientistas luso-franceses conseguiu
identificar e manipular a proteína específica
responsável pela infecção provocada pela
Doença das Chagas e pela Leishmaniose.
Uma descoberta que, combinada com
outros projectos de investigação nesta área,
pode conduzir ao desenvolvimento de uma
vacina a médio prazo.
Transmitindo-se pela picada de insectos, ambas
as patologias atacam o sistema imunológico
que, não conseguindo reagir a tempo, abre caminho a infecções que, em certas e determinadas condições, poderão mesmo levar à morte.
Ora, se o tratamento actual consegue ser eficaz
quando as patologias são detectadas a tempo,
a verdade é que ainda não existe qualquer
fármaco que actue na prevenção.
No dia 18 de Outubro, pelas 16h00, na Faculdade de Arquitectura, irá realizar-se a última
aula do professor catedrático. Nascido em
1934, Nuno Portas é uma referência incontornável na área da Arquitectura e Urbanismo
quer em Portugal quer no estrangeiro. Já
participou em vários programas de pós-graduação em universidades europeias, africanas
e latino-americanas e é autor de projectos de
habitação social em Lisboa (Olivais e Restelo)
e em Cabo Verde. De 1962 a 1974 foi fundador
e investigador do Núcleo de Arquitectura e
Urbanismo do LNEC, Laboratório Nacional
de Engenharia Civil, e foi secretário de Estado
da Habitação e Urbanismo nos três primeiros
governos do pós 25 de Abril. Foi vereador e
responsável pelo Plano Director na Câmara
Municipal de Gaia entre 1990 e 1994 e dirige o
Centro de Estudos da FAUP desde 1984. Esteve,
desde o início, ligado à criação e coordenação
do Mestrado em Planeamento e Projecto do
Ambiente Urbano, que vai já na sua oitava edição. No ano em que se jubila, Nuno Portas será
ainda homenageado pela Cooperativa Árvore
e pela Fundação Dr. Luís de Araújo, no âmbito
das comemorações dos 30 anos do 25 de Abril
e dos 150 anos da morte de Almeida Garrett.
+
NEW SCIENTIST REFERE ESTUDO LIDERADO POR MÁRIO SOUSA
Miguel Sousa da Costa, docente da FCUP, foi
um dos distinguidos com o Prémio Gulbenkian de Ciência 2004. Atribuído pela primeira
vez em 1976, para esta edição, dedicada às
ciências básicas, o prémio contabilizou 63
candidaturas. No total, foram premiados ex-aequo três trabalhos de cinco autores. Time-dependent Orbifolds and String Cosmology é o
nome do trabalho de Miguel Sousa da Costa
em parceria com Lorenzo Cornalba, investigador no Instituto de Física Teórica da Universidade de Amsterdão e “desenvolve a teoria
de cordas na presença de singularidades
cosmológicas, iniciando a aprendizagem da
física do big-bang”. Os restantes premiados
foram Serguey Dorogovtsev e José Fernando
Ferreira Mendes da Universidade de Aveiro,
pelo trabalho sobre “A evolução das redes. Das
Redes Biológicas à Internet e ao www” e José
Francisco Rodrigues, da Universidade de Lisboa,
com “Inequações variacionais hiperbólicas de
primeira ordem e algumas aplicações”. O júri
deste ano foi composto por elementos das
universidades do Porto e de Coimbra. O valor
do prémio atribuído foi de 25 mil euros.
DOUTORANDA DE FARMÁCIA RECEBE PRÉMIO LUSOFRANCÊS
CRIADA REDE DE COOPERAÇÃO LUSOBRASILEIRA
É o primeiro engenheiro português a receber
o mais importante prémio internacional de
Engenharia de Estruturas da International Association for Bridge and Structural Engineering
(IABSE). O OSTRA – Outstanding Structures
Award foi atribuído a António Sagadães Tavares pelo projecto de ampliação da pista do
Aeroporto Internacional da Madeira, ex-aequo
com o Museu de Arte de Milwaukee, nos
Estados Unidos da América, um projecto de
Santiago Calatrava. Licenciado em Engenharia Civil pela Universidade do Porto, Sagadães
Tavares terminou o curso com 16 valores, o
que lhe valeu o título de melhor aluno do
curso e o prémio da Fundação Engenheiro
António de Almeida. Nascido em Angola em
1944, acaba por vir para Portugal com 16
anos e opta pela Universidade do Porto por
considerar que entre as duas (Porto e Lisboa)
era a melhor. Inicia a actividade profissional
no Laboratório Nacional de Engenharia Civil,
foi director do departamento de Estudos e
Projectos da construtora Teixeira Duarte e,
actualmente, é director e responsável principal do gabinete de estudos e projectos que
fundou em 1986, o STA – Segadães Tavares
& Associados, Engenheiros e Arquitectos
Consultores. Entre outros projectos, tem no
curriculum o Teatro Camões, o Centro Cultural
de Belém e a chamada “pala do Siza”, que
cobre a praça do Pavilhão de Portugal, no
recinto da Expo’98, também é sua. Siza Vieira
fez o traço, Segadães Tavares concretizou.
Criado em 2000, o galardão que já distinguiu
projectos como o do Museu Guggenheim de
Bilbau e a Biblioteca de Alexandria, pretende
reconhecer as estruturas mundiais mais
notáveis, inovadoras e criativas.
PRÉMIO GULBENKIAN PARA DOCENTE DA FACULDADE DE CIÊNCIAS
PRÉMIO INTERNACIONAL DE ENGENHARIA ATRIBUÍDO A ANTIGO ALUNO DA U.PORTO
© CLÁUDIA PINHEIRO
MELHOR MÉDIA DE ENTRADA É DA UNIVERSIDADE DO PORTO
A Universidade do Porto foi, na primeira fase
do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino
Superior, a universidade pública portuguesa
com a maior classificação média ponderada
do último colocado (143,5 valores), superior
à de 2003. Esta instituição está entre as três
universidades públicas portuguesas com
uma diferença positiva mais expressiva entre
a classificação média ponderada do último
colocado deste ano e a do ano passado. A
média das universidades públicas é 131,9
valores e tinha sido no ano anterior de 133,3.
Este indicador representa a classificação
média que se obteria se todos os alunos
admitidos em cada curso tivessem nota de
candidatura igual à do último colocado e
tem como factor de ponderação o nº de
colocados em cada curso.
A U.Porto é ainda a maior universidade
portuguesa, com uma oferta de 15,1% (3870)
das vagas a concurso na 1ª fase do Concurso
Nacional de Acesso e a mais procurada, com
16,7% (3623) dos estudantes colocados,
alcançando uma taxa de preenchimento de vagas de 93,6%, superior à do ano anterior (91,5%)
e à média das universidades públicas (84,4%).
Dos cursos da U.Porto com classificação do
último colocado (pelo contingente geral)
superior a 140 valores, os que tiveram média
mais elevada comparativamente com os
cursos congéneres das outras universidades
públicas foram os seguintes: Medicina (185 valores), Arquitectura (178,5), Medicina Veterinária
(171,3), Psicologia (170,5), Design de Comunicação (Arte Gráfica) (168), Ciências Farmacêuticas
(164), Gestão e Engenharia Industrial (161,5),
Bioquímica (157,3), Ciências da Educação (156),
Ciências do Meio Aquático (155), Direito (148,8),
Economia (147,3), Sociologia (143,6), Línguas
e Literaturas Modernas, variante de Estudos
Portugueses e Ingleses (140,4).
+ DOUTORANDA DE FARMÁCIA
RECEBE PRÉMIO LUSOFRANCÊS
> APRENDER A DESENHAR COM
RIGOR CIENTÍFICO
+ PRÉMIO GULBENKIAN
PARA DOCENTE
DA FACULDADE DE CIÊNCIAS
> CRIADA REDE
DE COOPERAÇÃO
LUSOBRASILEIRA
> PRÉMIO INTERNACIONAL
DE ENGENHARIA ATRIBUÍDO
A ANTIGO ALUNO DA U.PORTO
> MELHOR MÉDIA DE ENTRADA
É DA UNIVERSIDADE DO PORTO
> HONORIS CAUSA PARA
ALFREDO DE FARIA JÚNIOR
HONORIS CAUSA PARA ALFREDO DE FARIA JÚNIOR
A Faculdade de Ciências do Desporto e
Educação Física e a Universidade do Porto
atribuíram o Doutoramento Honoris Causa
a Alfredo Gomes de Faria Júnior, Professor
Titular da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro e impulsionador da cooperação entre
Portugal e Brasil em Ciências do Desporto e
Educação Física.
Alfredo de Faria Júnior é duplamente licenciado em Educação Física (pela Universidade
do Brasil) e em Pedagogia (pela Universidade
Gama Filho), obteve o Doctorat en Éducation
Physique pela Université Libre de Bruxelles.
Tem um pós-doutoramento em Educação
para a Saúde e Bem-Estar pela University of
London - Institute of Education. Deve-se
a si o início da abordagem da problemática da terceira idade no espaço lusófono,
temática a que se tem dedicado a ponto de
dirigir e suportar financeiramente com o seu
património pessoal o Instituto de Educação
Gerontológica (IMMA), uma organização não
governamental.
O Congresso de Educação Física dos
Países de Língua Portuguesa, que se realiza
desde 1989 e cuja edição de 2004 terminou
recentemente na Faculdade de Ciências do
Desporto e Educação Física (FCEDF) da Universidade do Porto, surgiu por iniciativa deste
professor que nasceu a 22 de Agosto de
1937 no Rio de Janeiro, neto de emigrantes
portugueses.
O Doutoramento Honoris Causa decorreu a
27 de Setembro na Faculdade de Engenharia.
O padrinho foi Mário Assis Ferreira, presidente da Estoril Sol e o mestre-de-cerimónias
foi Joaquim Armando Ferreira, director de
serviços da FCDEF. O elogio do doutorando
foi proferido por António Teixeira Marques,
presidente do Conselho Científico da FCDEF.
Um estudo que associa a maior probabilidade de erros genéticos a uma menor quantidade de esperma produzido pelo homem,
desenvolvido por uma equipa coordenada
por Mário Sousa, professor do Instituto de
Ciências Biomédicas Abel Salazar, mereceu
uma notícia na edição de Maio da revista de
divulgação científica New Scientist.
O estudo baseou-se na observação do gene
H19 em amostras de esperma de 100 homens.
Em quase 30 por cento dos homens que
produziam muito pouco esperma foi detectado um erro de silenciamento no gene H19,
provocado por insuficiente adição de grupos
de metil ao DNA, designado imprinting error.
Mário Sousa, citado na notícia da New Scientist, afirmava que não existem provas de que
aquele tipo de erro cause aborto prematuro
espontâneo ou anomalias nas crianças, no
entanto, poderão ocorrer erros de silenciamento noutros genes em homens com
problemas de fertilidade.
“INDICADORES DE QUALIDADE” NO FINANCIAMENTO DAS UNIVERSIDADES:
ILUSÃO OU FALÁCIA ?
JOSÉ NOVAIS BARBOSA
REITOR DA UNIVERSIDADE
DO PORTO
A Lei de Bases de Financiamento do Ensino Superior1
estabelece, no seu artigo 4.º, que o financiamento
das instituições «… é indexado a um orçamento
de referência, com dotações calculadas de acordo
com uma fórmula baseada em critérios objectivos
de qualidade e excelência, valores padrão e indicadores de desempenho equitativamente definidos
para o universo de todas as instituições…»
A minuta de Portaria dos Ministérios das Finanças e
da Ciência, Inovação e do Ensino Superior relativa
às dotações de 2005 estabelece: «…O orçamento
de referência (OR) é, assim, o resultado do cálculo
da seguinte expressão:
OR = { 80% OPFI + 80% OPPDFA +
+10% OPPDFIFA (I1 + I2 )} * fc ...»2
Numa análise da expressão do orçamento de
referência e ainda no plano dos conceitos, deverá
salientar-se que ela pretende tratar em conjunto
três tipos de financiamento que são manifestamente distintos:
_ O orçamento base, destinado a financiar as despesas de funcionamento de acordo com uma estrutura de despesas padrão, que será absolutamente
indispensável assegurar, e que corresponde às duas
primeiras parcelas, { 80% OPFI + 80% OPPDFA};
_ Uma dotação destinada a financiar o prémio de
qualidade, de acordo com uma fórmula, correspondente à terceira parcela {10% OPPDFIFA (I1 + I2 )},
que, por se tratar de um incentivo, seria conveniente
assegurar e ter alguma expressão;
_ Um elemento de coesão, que deveria revestir
também um carácter de convergência para uma
situação de estabilidade, e está representado na
fórmula por fc .
1. Lei n.º 37/2003, de 22 de Agosto
2. «… em que:
OR = orçamento de referência;
OPFI = orçamento padrão de formação inicial;
OPPDFA = orçamento padrão de pessoal docente de formação
avançada;
OPPDFIFA = orçamento padrão de pessoal docente de formação
inicial e avançada;
I1= 1,02 (doutores/DocETI) + 1,00 (mestres/DocETI)
I2 = ∑ fi (c,d) em que:
fi = número de unidades de investigação
c = classificação de mérito
d = dimensão;
fc = factor de coesão com a correspondente verba do ano
anterior, de forma a garantir que, para cada instituição, a taxa
de variação do montante transferido pelo Estado é não inferior a
uma variação negativa de -4% e não superior a uma taxa máxima
de aumento de 1,20% para as universidades…»
3. 10% OPPDFIFA (I1 + I2 )
Então, o tecto orçamental global a distribuir pelas
universidades deveria, antes de mais, comportar,
bem individualizadas, as três componentes referidas. O financiamento das despesas de funcionamento, dos prémios de qualidade e das acções
de coesão, por serem de natureza distinta, não
podem ou não devem ser calculados como se de
coisas iguais se tratasse, isto é, não pode ou não
deve haver uma única fórmula a tentar contemplar,
simultaneamente, estes três aspectos.
Ora, o que acontece é que o referido tecto global,
considerado disponível pelo MCIES, só numa visão
algo optimista será suficiente para a cobertura da
primeira componente, a das despesas de funcionamento calculadas para as universidades, já que as
duas primeiras parcelas da fórmula, que representariam essas despesas, aparecem limitadas a 80%
dos valores padrão.
O algoritmo de financiamento deverá constituir um
paradigma que consubstancie, por um lado, o que
poderá designar-se por “boa” gestão e, por outro, as
metas para que devem apontar as estratégias de
valorização no âmbito do ensino e aprendizagem e
da investigação. Tomado, então, como paradigma,
não pode ser alterado de ano para ano como vem
acontecendo ultimamente, pelo que se impõe
a sua estabilização. De outro modo, perde-se a
objectividade do referido algoritmo, não só porque
procura sintetizar numa única fórmula objectivos
bem distintos, mas também porque multiplica a
expressão que os pretende representar por um factor fc, eminentemente arbitrário e sem assumir as
características de factor de convergência, pois não
está definido qualquer enquadramento objectivo
para onde essa convergência se possa verificar. De
facto, a fixação do “factor de coesão” depende de
critérios que praticamente nada têm a ver com a
fórmula em apreciação, pois não se relaciona directamente com os «valores padrão e indicadores de
desempenho» a definir para o corrente ano, estando afinal exclusivamente ligado à preservação de
um critério histórico de evolução dos orçamentos.
A aplicação do referido factor destrói também a
equidade da nova equação idealizada (pois abrange
os indicadores de desempenho que deixam de
ser equitativamente tomados em conta «para o
universo de todas as instituições»); e, cumulativa e
consequentemente, faz com que o quantitativo a
transferir deixe de ser «indexado a um orçamento
de referência».
Na ausência de uma dotação orçamental específica
para as despesas de funcionamento, a presença da
parcela representativa do “prémio de qualidade”3
acaba por ser, na metodologia desenvolvida,
meramente ilusória, pois não é tida em conta no
resultado final. Para mais, como não existe também
uma dotação específica para financiar o denominado “prémio de qualidade”, o seu financiamento
é feito à custa de uma redução na componente
das despesas de funcionamento, o que transforma
em mera ficção este “prémio de qualidade”, facto
manifestamente desmotivador para as instituições
em que assumiria os quantitativos mais elevados, as
quais viram as suas dotações orçamentais sujeitas
a cortes que dissiparam inteiramente o eventual
efeito da aplicação deste incentivo. O anunciado
“prémio” às universidades credoras de dotações
mais elevadas (de acordo com a grelha proposta)
veio, afinal, a transformar-se em “castigo” para
muitas delas.
Mas a fixação dos valores dos parâmetros de qualidade do pessoal docente e de classificação de mérito das unidades de investigação também obedece
a critérios, no mínimo, muito discutíveis.
Assim, relativamente ao parâmetro de qualidade
do pessoal docente ( I1 ), poderá dizer-se que destrinça inacreditavelmente pouco entre doutores e
mestres _ factor 1,02 em confronto com factor 1,00
para cada um dos graus, uma diferença irrisória _
e normaliza os valores a adoptar pelo total de docentes ETI, o que se considera também incorrecto.
De facto, a este total deveriam ser deduzidos os
docentes convidados, cuja presença nas instituições de ensino superior é generalizadamente
considerada desejável _ nomeadamente, as ordens
e associações profissionais têm reiteradamente
afirmado o interesse e considerado elemento de
valorização a participação de docentes convidados
na leccionação de programas com uma perspectiva
mais próxima da prática profissional _ e constitui
mesmo objectivo estratégico de algumas escolas
ou áreas do saber. Os professores convidados, se
não for encontrado um parâmetro que valorize a
sua presença em muitas áreas, deverão pelo menos
4. Ver tabela abaixo (*)
5. D = OPP2005 = A + B + C, sendo
A = orçamento padrão de pessoal docente de formação
avançada
B = orçamento padrão de pessoal de formação inicial
C = 0,02 x B = valor atribuído a outras despesas de pessoal
6. E = (B+C) x 15/85 = outras despesas de funcionamento
7. PQ = 10% OPPDFIFA (I1 + I2 )
8. Veja-se a primeira parte do artigo:
OR = { 80% OPFI + 80% OPPDFA + 10% OPPDFIFA (I1 + I2 )} * fc,
sendo:
fc = factor de coesão com a correspondente verba do ano
anterior, de forma a garantir que, para cada instituição, a taxa
de variação do montante transferido pelo Estado é não inferior a
uma variação negativa de -4% e não superior a uma taxa máxima
de aumento de 1,20% para as universidades…» e, então, resulta
a seguinte correspondência:
80% OPFI + 80% OPPDFA = 0,8(D+E)
ser deduzidos ao total de docentes ETI que figura
na expressão de I1, para que não se convertam,
contrariamente ao desejado, num factor negativo
no cálculo deste parâmetro.
O parâmetro de classificação de mérito das unidades
de investigação científicas certificadas (I2 ), por seu
turno, resulta de uma acumulação de percentagens
atribuídas às diferentes unidades de investigação de
cada universidade, em função da sua dimensão e
da classificação obtida na avaliação efectuada sob
a égide da Fundação para a Ciência e a Tecnologia
de acordo com tabela especificamente elaborada 4.
A simples apresentação de dois exemplos concretos
de aplicação da tabela ajudarão a ilustrar os aspectos, quase se diria caricatos, que podem resultar da
aplicação deste critério. Assim, um grande centro de
investigação, por exemplo, com 200 investigadores
e classificação de Excelente é pontuado com 2,00%;
se, hipoteticamente, se dividisse em 10, cada um
dos quais com 20 elementos mas mantendo cada
grupo parcelar a mesma classificação de Excelente, a
percentagem correspondente passaria para 18,50%;
e, aumentando esta pulverização, poderia ainda
subir mais! O mesmo centro de 200 investigadores,
classificado como Excelente, manteria a mesma
contribuição se fosse dividido em 4, cada um dos
quais com 50 investigadores, mas reduzindo a sua
qualidade para o escalão de “Fair”!...
São considerações como esta que levam a concluir
que a inclusão na fórmula de financiamento destes
“indicadores de qualidade”, ou resultou de uma
ilusão impossível de concretizar perante a dura
realidade dos números, ou é inteiramente falaciosa.
No entanto, esta apreciação é ainda incompleta
para avaliação do modo como foi feita a aplicação
prática dos princípios descritos.
Dotações orçamentais para 2005
Na análise do novo algoritmo de financiamento
das universidades, foi apreciado o modo como a
intenção de premiar a qualidade das instituições de
ensino superior sai totalmente defraudada pela inadequada tradução matemática dos princípios que
o algoritmo pretenderia representar, quando a dotação orçamental global disponível é notoriamente
insuficiente para satisfazer todos os objectivos
precipitadamente divulgados. Nas considerações
seguintes, com a apresentação de três quadros de
valores, procura ilustrar-se o modo como a consideração dos “indicadores de qualidade” acabou por
não condicionar, de todo, a distribuição dos tectos
orçamentais para 2005, antes de mais pela exiguidade das disponibilidades, mas, cumulativamente, pela
introdução de um factor de coesão perfeitamente
incompatível com os critérios de valorização que o
referido algoritmo de financiamento pretenderia
fazer salientar, dando origem à atribuição de dotações orçamentais completamente desajustadas
à qualidade das estruturas e dos desempenhos de
um significativo grupo de universidades.
O orçamento de referência (OR) é fixado por uma
fórmula que pode também tomar o aspecto:
OR = { 0,8 (D+E) + PQ }* fc
*
CLASSIFICAÇÃO
EXCELLENT
Nº DE INVESTIGADORES
PONTUAÇÃO (%)
VERY GOOD
GOOD
FAIR
POOR
> 100
50 - 100
25 - 50
< 25
> 100
50 - 100
25 - 50
< 25
> 100
50 - 100
25 - 50
< 25
> 50
< 50
2.00
1.95
1.90
1.85
1.80
1.75
1.70
1.65
1.25
1.20
1.15
1.10
0.50
0.00
0.00
QUADRO Nº 1 _ Orçamento de referência “verdadeiro”
INSTITUIÇÕES
OPP 2005
D
OUTRAS DESPESAS
PRIMEIRA PARCELA DA
DE FUNCIONAMENTO FÓRMULA 0.8 (D + E)
E
ORÇAMENTO DE REFERÊNCIA
“VERDADEIRO” (OR)
PARCELA “DE QUALIDADE” RELATIVA AO ORÇAMENTO DE REFERÊNCIA “VERDADEIRO”
VALOR OR - 0.8 (D + E)
EM % DE OR
EM % DO TOTAL DAS PARCELAS
(1)
(2)
(3)
(5)
(6) = (5) - (4)
(7) = (6)/(5)
(8)
(4)= (0.8) x [(2)+(3)]
UNIVERSIDADE DO ALGARVE
35 768 104
6 026 888
33 435 994
35 729 765
2 293 771
6,42%
2,98%
UNIVERSIDADE DE AVEIRO
43 444 380
7 300 711
40 596 073
43 988 547
3 392 474
7,71%
4,41%
UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR
21 418 232
3 652 223
20 056 364
21 458 891
1 402 527
6,54%
1,82%
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
87 099 591
14 283 185
81 106 221
91 222 327
10 116 106
11,09%
13,16%
UNIVERSIDADE DE ÉVORA
32 761 920
5 561 481
30 658 721
33 114 930
2 456 209
7,42%
3,20%
UNIVERSIDADE DE LISBOA
83 987 655
13 631 333
78 095 190
89 472 398
11 377 208
12,72%
14,80%
UNIVERSIDADE DO MINHO
59 233 290
9 898 180
55 305 176
61 189 070
5 883 894
9,62%
7,66%
UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA
63 270 576
10 197 383
58 774 367
65 572 763
6 798 396
10,37%
8,84%
96 421 041
15 425 307
89 477 078
102 802 679
13 325 601
12,96%
17,34%
120 894 751
19 317 235
112 169 589
127 959 643
15 790 054
12,34%
20,54%
UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA
UNIVERSIDADE DO PORTO
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO
27 272 034
4 724 110
25 596 915
27 621 580
2 024 665
7,33%
2,63%
I.S.C.T.E.
17 149 799
2 664 160
15 851 167
16 574 133
722 966
4,36%
0,94%
UNIVERSIDADE DOS AÇORES
12 238 805
2 112 370
11 480 940
12 176 196
695 256
5,71%
0,90%
UNIVERSIDADE DA MADEIRA
10 030 599
1 758 653
9 431 402
10 015 246
583 844
5,83%
0,76%
710 990 777
116 553 219
662 035 197
738 898 168
76 862 971
10,40%
100,00%
TOTAIS OU MÉDIAS
representando D (= OPP2005) o orçamento padrão
de pessoal5, E, o valor atribuído a outras despesas
de funcionamento6, PQ , a parcela representativa da
incidência da qualidade7 e fc, o factor de coesão 8.
No quadro n.º 1, relativo à aplicação da fórmula
ao orçamento de 2005, estão indicados, para cada
universidade, os valores de D _ coluna (2) _ e E _
coluna (3) _, transcritos do quadro apresentado pelo
Ministério da Ciência, Inovação e do Ensino Superior
(MCIES), e calculados _ coluna (4) _ os valores de
0,8(D+E), ou seja, das parcelas correspondentes ao
orçamento base, que deveria destinar-se a financiar
as despesas de funcionamento de acordo com uma
estrutura de despesas padrão. Na coluna (5) surgem
os valores dos orçamentos de referência (OR), que
aqui se qualificam de “verdadeiros” por serem os que
resultam da aplicação da fórmula considerando o
coeficiente fc igual a 1. Como resulta da equação
acima apresentada, as diferenças entre os valores
de OR e de 0,8(D+E), para este valor do factor de
coesão, quantificam as parcelas representativas
da incidência da qualidade (PQ ), indicadas, em
valor absoluto, na coluna (6), em percentagem do
orçamento de cada instituição, na coluna (7) e, em
percentagem da dotação total que “deveria” ficar
afecta à valorização da qualidade, na coluna (8).
uma percentagem sensivelmente igual à média, de
10,4% _ enquanto que as mais baixas se mantêm
entre 4,5% e 6%, sensivelmente.
Em percentagem da dotação global necessária
para garantir o financiamento desta “parcela de
qualidade” _ coluna (8) _ ressalta naturalmente
o peso dos maiores orçamentos, com cerca de
20,5% a atribuir à Universidade do Porto, 17,3% à
Universidade Técnica de Lisboa e 14,8% à Universidade de Lisboa, enquanto que às universidades da
Madeira, dos Açores e ao ISCTE corresponderiam,
respectivamente, 0,76%, 0,90% e 0,94%.
No entanto, a dotação global dita disponível não
atingia os indispensáveis 738,90 M€, situando-se na
ordem de 711,45 M€, e a solução foi, como se refere
na primeira parte do artigo, accionar o coeficiente
de coesão, fc, dar preferência ao critério histórico e
distribuir os “plafonds” que constam da coluna (9)
do quadro n.º2. Os valores indicados nas colunas
(10), (11) e (12) substituem, então, respectivamente, os das colunas homólogas _ (6), (7) e (8) _ do
quadro anterior.
“Qualidade” deturpada
Quando analisadas em percentagem dos tectos
orçamentais correspondentes, verifica-se que a
grandeza relativa das “parcelas de qualidade” resultou
completamente alterada. A Universidade dos Açores
saltou para o primeiro lugar com um valor significativamente acima das restantes (30,5%), seguida da
UTAD (13,5%) e da Universidade de Lisboa, a única
Da observação dos valores constantes do quadro,
ressalta, relativamente à coluna (7), que as percentagens mais elevadas correspondem às universidades
Técnica de Lisboa, de Lisboa e do Porto _ na casa
dos 12% _ a que se seguem proximamente as universidades de Coimbra e Nova de Lisboa _ esta com
que se manteve na ordem de grandeza de 12%. As
universidades Técnica de Lisboa e do Porto baixaram,
respectivamente, para 8% e 4,8%, enquanto que a
Universidade Nova de Lisboa caiu praticamente para
zero (!), o mesmo sucedendo à da Beira Interior, com
o ISCTE a registar um valor negativo.
As participações relativas no quantitativo global
agora hipoteticamente adstrito à valorização da
qualidade apresentam, como é natural, uma evolução de idênticas tendências relativamente às anteriores. A Universidade de Lisboa apresenta-se como
a detentora da maior percentagem (da ordem de
grandeza da do quadro anterior), baixando as universidades anteriormente com maiores participações, mas a descida da Universidade do Porto para
quase metade e da Universidade Nova de Lisboa
para praticamente um valor nulo chamam mais a
atenção. A subida mais significativa é, obviamente,
a da Universidade dos Açores.
No quadro n.º 2 figuram também os cortes no orçamento transferido relativamente ao orçamento de
referência, em valor absoluto _ colunas(13) _ e em
percentagem _ colunas (14). O corte proporcionalmente mais significativo é o da Universidade Nova
de Lisboa (11,4%) , seguido dos do ISCTE (9,1%), da
Universidade do Porto (8,6%) e da Universidade da
Beira Interior (6,9%), sendo a média geral de 3,9%.
À Universidade de Lisboa não resulta atribuído
corte significativo (apenas 0,6%), enquanto que
as universidades de Aveiro, Trás-os-Montes e Alto
Douro e Açores, pelo contrário, terão acréscimos de
0,1%, 6,7% e 26,3%, respectivamente. Em termos de
QUADRO Nº 2 _ Orçamento a transferir
INSTITUIÇÕES
(1)
“PLAFOND”
DO OE 2005 A
TRANSFERIR N
PARCELA “DE QUALIDADE” RELATIVA AO ORÇAMENTO DE REFERÊNCIA “VERDADEIRO” CORTES DO “PLAFOND” A TRANFERIR RELATIVAMENTE AO DE REFERÊNCIA
VALOR OR - 0.8 (D + E)
EM % DE OR
(9)
(10) = (9) - (4)
(11) = (10)/(9)
UNIVERSIDADE DO ALGARVE
34929973
1493979
UNIVERSIDADE DE AVEIRO
44027431
3431358
7,79%
UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR
20070570
14206
0,07%
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
86415942
5309721
6,14%
UNIVERSIDADE DE ÉVORA
32695939
2037218
6,23%
UNIVERSIDADE DE LISBOA
88909547
10814357
12,16%
UNIVERSIDADE DO MINHO
59230199
3925023
6,63%
UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA
58871289
96922
UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA
4,28%
EM % DO TOTAL DAS PARCELAS
EM VALOR ABSOLUTO (OR-N)
EM % DO “PLAFOND” EM % DO CORTE GLOBAL
VALOR DO
COEFICIENTE
fc APLICADO
(12)
(13)
(14) = (13)/(9)
(16) = (9)/(5)
3,02%
(15) = (9)/(5)
799792
2,29%
2,91%
0,978
6,94%
-38884
-0,09%
-0,14%
1,001
0,03%
1388321
6,92%
5,06%
0,935
10,74%
4806385
5,56%
17,51%
0,947
4,12%
418991
1,28%
1,53%
0,987
21,88%
562851
0,63%
2,05%
0,994
7,94%
1958871
3,31%
7,14%
0,968
0,16%
0,20%
6701474
11,38%
24,42%
0,898
97317099
7840021
8,06%
15,86%
5485580
5,64%
19,99%
0,947
117859609
5690020
4,83%
11,51%
10100034
8,57%
36,80%
0,921
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO
29588460
3991545
13,49%
8,08%
-1966880
-6,65%
-7,17%
1,071
I.S.C.T.E.
15186128
-665039
-4,38%
-1,35%
1388005
9,14%
5,06%
0,916
UNIVERSIDADE DOS AÇORES
16515115
5034175
30,48%
10,19%
-4338919
-26,27%
-15,81%
1,356
UNIVERSIDADE DA MADEIRA
9835789
404387
4,11%
0,82%
179457
1,82%
0,65%
0,982
711453090
49417893
6,95%
100,00%
27445078
3,86%
100,00%
0,963
UNIVERSIDADE DO PORTO
TOTAIS OU MÉDIAS
percentagem relativamente ao corte global aplicado, o valor máximo corresponderá à Universidade
do Porto (36,8%), seguida da Universidade Nova
de Lisboa (24,4%), com a Universidade dos Açores
a apresentar novamente a maior percentagem de
acréscimo (15,8%).
Finalmente, a última coluna (16) contém os valores
dos coeficientes de coesão, fc, obtidos pelo cociente do orçamento a transferir _ coluna (9) _ pelo
orçamento de referência _ coluna (5) do quadro
n.º 1. Ressalta bem aqui a arbitrariedade introduzida
ao abandonar-se, pura e simplesmente, todo um
trabalho de cálculo realizado com bases nos dados
e parâmetros a adoptar para 2005 para tomar a
decisão final com base nos orçamentos transferidos
do ano anterior. Repare-se que fc evolui desde um
valor de 0,898 para a Universidade Nova de Lisboa,
passa por valores como 0,916 para o ISCTE e como
0,921 para a Universidade do Porto, tem um valor
próximo da unidade para as universidades de Évora
(0,987), Lisboa (0,994) e Aveiro (1,001) e cresce até ao
patamar de 1,356 (Universidade dos Açores), significativamente afastado dos valores correspondentes
aos cortes mais drásticos.
aos cortes, mas mantendo a tendência inicial, e a
constância da percentagem dos cortes na (dispensável) coluna (21), como não poderia deixar de ser
pela forma proporcional como foi construída.
O quadro n.º 3, com que se encerra a análise da
aplicação do algoritmo, introduz o “orçamento de
distribuição proporcional” (ODP) a que em anos anteriores se recorreu para distribuir equitativamente
pelas universidades os défices globais disponíveis
para definição dos orçamentos a transferir. Para
obtenção deste “orçamento”, o procedimento
adoptado consiste em distribuir o corte orçamental
global proporcionalmente às dotações calculadas
por aplicação da fórmula para cada instituição.
Os comentários a apresentar relativamente ao
quadro em causa resumem-se a assinalar, neste
último critério, a distribuição muito mais equitativa
dos valores correspondentes à parcela de qualidade, com percentagens na coluna (19) atenuadas
relativamente às homólogas da coluna (7), devido
Conclusão
Poderá concluir-se que o modo de invocar a
“coesão” destruiu completamente a equidade na
aplicação do algoritmo de financiamento e retirou
qualquer base de credibilidade à consideração de
“indicadores de qualidade”, levados pela voragem
de um orçamento global manifestamente insuficiente para os contemplar.
Terá sido uma simples ilusão que ingenuamente se
esfumou perante a crueza das condições reais, ou poder-se-á considerar uma falácia que oculta o incumprimento de uma lei que prevê o estabelecimento
de uma fórmula de aplicação objectiva, equitativa e
indexada a um orçamento de referência?
QUADRO Nº 3 _ Orçamento de distribuição proporcional
INSTITUIÇÕES
VALORES RELATIVOS A UM “PLAFOND” DE DISTRIBUIÇÃO PROPORCIONAL (ODP)
“PLAFOND” QUE SERIA
TRANSFERIDO (ODP)
(1)
(17)
PARCELA “DE QUALIDADE” CORRESPONDENTE A ODP
VALOR ODP-0.8 (D+E)
EM % DE ODP
(18) = (17) - (4)
(19) = (18)/(17)
CORTES CORRESPONDENTES A ODP
EM % DO TOTAL
(20)
VALOR (OR-ODP)
EM % DE ODP
(20) = (5) - (17)
(21) = (20)/(17)
EM % DO TOTAL
(22)
UNIVERSIDADE DO ALGARVE
34 402 645
966 652
2,81%
1,96%
1 327 120
3,86%
4,84%
UNIVERSIDADE DE AVEIRO
42 354 669
1 758 597
4,15%
3,56%
1 633 878
3,86%
5,95%
UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR
20 661 838
605 474
2,93%
1,23%
797 053
3,86%
2,90%
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
87 834 033
6 727 813
7,66%
13,61%
3 388 294
3,86%
12,35%
UNIVERSIDADE DE ÉVORA
31 884 934
1 226 213
3,85%
2,48%
1 229 996
3,86%
4,48%
UNIVERSIDADE DE LISBOA
86 149 103
8 053 912
9,35%
16,30%
3 323 295
3,86%
12,11%
UNIVERSIDADE DO MINHO
58 916 309
3 611 133
6,13%
7,31%
2 272 761
3,86%
8,28%
UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA
63 137 178
4 362 810
6,91%
8,83%
2 435 585
3,86%
8,87%
98 984 254
9 507 175
9,60%
19,24%
3 818 425
3,86%
13,91%
123 206 806
11 037 217
8,96%
22,33%
4 752 837
3,86%
17,32%
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO
26 595 625
998 710
3,76%
2,02%
1 025 955
3,86%
3,74%
I.S.C.T.E.
15 958 516
107 349
0,67%
0,22%
615 617
3,86%
2,24%
UNIVERSIDADE DOS AÇORES
11 723 933
242 993
2,07%
0,49%
452 263
3,86%
1,65%
UNIVERSIDADE DA MADEIRA
9 643 247
211 846
2,20%
0,43%
371 999
3,86%
1,36%
711 453 090
49 417 893
6,95%
100,00%
27 445 078
3,86%
100,00%
UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA
UNIVERSIDADE DO PORTO
TOTAIS OU MÉDIAS
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REFERE ESTUDO LIDERADO
POR MÁRIO SOUSA
> O ANO DA JUBILAÇÃO
DE NUNO PORTAS
Um curso de técnicas de ilustração científica
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e Ambiental (CIIMAR), e será dividido em duas
edições, uma de 5 a 7 e outra de 19 a 21 (dois
fins-de- -semana). O curso será leccionado
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científicos do país, consagrados pelo Guil
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destina-se a qualquer pessoa interessada em
melhorar a sua formação base na preparação
e comunicação da informação científica visual,
não sendo necessária qualquer formação
científica ou artística prévia. Estão abertas as
inscrições, que têm número limitado de vagas.
Para mais informações podem ser contactados
os docentes da Faculdade de Ciências que,
com Francisca Cavaleiro, são organizadores
da iniciativa: Maria João Santos (mjsantos@fc.
up.pt), T: 223 401 490 e António Paulo Carvalho
([email protected]) T: 223 401 486.
O ANO DA JUBILAÇÃO DE NUNO PORTAS
© N.FARINHA E F.CORREIA
+
APRENDER A DESENHAR COM RIGOR CIENTÍFICO
A U.Porto, a Universidade do Minho, a Universidade Federal do Ceará (Brasil), o Instituto
do Câncer do Ceará e o Instituto Português
de Oncologia do Porto fundaram uma nova
rede internacional de intercâmbio académico e científico na área das Ciências da Saúde.
O protocolo de colaboração estabelecido entre as cinco instituições tem por objectivo o
desenvolvimento de relações de cooperação,
com base no estabelecimento de contactos
e entendimentos mútuos, nas formas de
educação e pesquisa.
O acordo visa muito particularmente o intercâmbio de docentes e investigadores entre
as diversas partes em condições privilegiadas,
nomeadamente no que respeita à libertação
dos mesmos pelas instituições de origem.
No entanto, a parceria estabelecida por este
protocolo estende-se ainda à criação de programas de pós-graduação especialmente pensados para o pessoal das instituições envolvidas
e à realização de eventos e projectos científicos
de interesse comum a todas as partes.
+
O Prémio Científico da Associação Portuguesa
de Doutoramentos em França foi atribuído,
este ano, a um projecto luso-francês liderado,
na parte portuguesa, por uma investigadora
do Laboratório de Bioquímica da Faculdade de
Farmácia da U.Porto, Anabela Cordeiro da Silva.
Com o projecto “Imunologia da Leishmaniose em Portugal e da Doença de Chagas”, o
grupo de cientistas luso-franceses conseguiu
identificar e manipular a proteína específica
responsável pela infecção provocada pela
Doença das Chagas e pela Leishmaniose.
Uma descoberta que, combinada com
outros projectos de investigação nesta área,
pode conduzir ao desenvolvimento de uma
vacina a médio prazo.
Transmitindo-se pela picada de insectos, ambas
as patologias atacam o sistema imunológico
que, não conseguindo reagir a tempo, abre caminho a infecções que, em certas e determinadas condições, poderão mesmo levar à morte.
Ora, se o tratamento actual consegue ser eficaz
quando as patologias são detectadas a tempo,
a verdade é que ainda não existe qualquer
fármaco que actue na prevenção.
No dia 18 de Outubro, pelas 16h00, na Faculdade de Arquitectura, irá realizar-se a última
aula do professor catedrático. Nascido em
1934, Nuno Portas é uma referência incontornável na área da Arquitectura e Urbanismo
quer em Portugal quer no estrangeiro. Já
participou em vários programas de pós-graduação em universidades europeias, africanas
e latino-americanas e é autor de projectos de
habitação social em Lisboa (Olivais e Restelo)
e em Cabo Verde. De 1962 a 1974 foi fundador
e investigador do Núcleo de Arquitectura e
Urbanismo do LNEC, Laboratório Nacional
de Engenharia Civil, e foi secretário de Estado
da Habitação e Urbanismo nos três primeiros
governos do pós 25 de Abril. Foi vereador e
responsável pelo Plano Director na Câmara
Municipal de Gaia entre 1990 e 1994 e dirige o
Centro de Estudos da FAUP desde 1984. Esteve,
desde o início, ligado à criação e coordenação
do Mestrado em Planeamento e Projecto do
Ambiente Urbano, que vai já na sua oitava edição. No ano em que se jubila, Nuno Portas será
ainda homenageado pela Cooperativa Árvore
e pela Fundação Dr. Luís de Araújo, no âmbito
das comemorações dos 30 anos do 25 de Abril
e dos 150 anos da morte de Almeida Garrett.
+
NEW SCIENTIST REFERE ESTUDO LIDERADO POR MÁRIO SOUSA
Miguel Sousa da Costa, docente da FCUP, foi
um dos distinguidos com o Prémio Gulbenkian de Ciência 2004. Atribuído pela primeira
vez em 1976, para esta edição, dedicada às
ciências básicas, o prémio contabilizou 63
candidaturas. No total, foram premiados ex-aequo três trabalhos de cinco autores. Time-dependent Orbifolds and String Cosmology é o
nome do trabalho de Miguel Sousa da Costa
em parceria com Lorenzo Cornalba, investigador no Instituto de Física Teórica da Universidade de Amsterdão e “desenvolve a teoria
de cordas na presença de singularidades
cosmológicas, iniciando a aprendizagem da
física do big-bang”. Os restantes premiados
foram Serguey Dorogovtsev e José Fernando
Ferreira Mendes da Universidade de Aveiro,
pelo trabalho sobre “A evolução das redes. Das
Redes Biológicas à Internet e ao www” e José
Francisco Rodrigues, da Universidade de Lisboa,
com “Inequações variacionais hiperbólicas de
primeira ordem e algumas aplicações”. O júri
deste ano foi composto por elementos das
universidades do Porto e de Coimbra. O valor
do prémio atribuído foi de 25 mil euros.
DOUTORANDA DE FARMÁCIA RECEBE PRÉMIO LUSOFRANCÊS
CRIADA REDE DE COOPERAÇÃO LUSOBRASILEIRA
É o primeiro engenheiro português a receber
o mais importante prémio internacional de
Engenharia de Estruturas da International Association for Bridge and Structural Engineering
(IABSE). O OSTRA – Outstanding Structures
Award foi atribuído a António Sagadães Tavares pelo projecto de ampliação da pista do
Aeroporto Internacional da Madeira, ex-aequo
com o Museu de Arte de Milwaukee, nos
Estados Unidos da América, um projecto de
Santiago Calatrava. Licenciado em Engenharia Civil pela Universidade do Porto, Sagadães
Tavares terminou o curso com 16 valores, o
que lhe valeu o título de melhor aluno do
curso e o prémio da Fundação Engenheiro
António de Almeida. Nascido em Angola em
1944, acaba por vir para Portugal com 16
anos e opta pela Universidade do Porto por
considerar que entre as duas (Porto e Lisboa)
era a melhor. Inicia a actividade profissional
no Laboratório Nacional de Engenharia Civil,
foi director do departamento de Estudos e
Projectos da construtora Teixeira Duarte e,
actualmente, é director e responsável principal do gabinete de estudos e projectos que
fundou em 1986, o STA – Segadães Tavares
& Associados, Engenheiros e Arquitectos
Consultores. Entre outros projectos, tem no
curriculum o Teatro Camões, o Centro Cultural
de Belém e a chamada “pala do Siza”, que
cobre a praça do Pavilhão de Portugal, no
recinto da Expo’98, também é sua. Siza Vieira
fez o traço, Segadães Tavares concretizou.
Criado em 2000, o galardão que já distinguiu
projectos como o do Museu Guggenheim de
Bilbau e a Biblioteca de Alexandria, pretende
reconhecer as estruturas mundiais mais
notáveis, inovadoras e criativas.
PRÉMIO GULBENKIAN PARA DOCENTE DA FACULDADE DE CIÊNCIAS
PRÉMIO INTERNACIONAL DE ENGENHARIA ATRIBUÍDO A ANTIGO ALUNO DA U.PORTO
© CLÁUDIA PINHEIRO
MELHOR MÉDIA DE ENTRADA É DA UNIVERSIDADE DO PORTO
A Universidade do Porto foi, na primeira fase
do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino
Superior, a universidade pública portuguesa
com a maior classificação média ponderada
do último colocado (143,5 valores), superior
à de 2003. Esta instituição está entre as três
universidades públicas portuguesas com
uma diferença positiva mais expressiva entre
a classificação média ponderada do último
colocado deste ano e a do ano passado. A
média das universidades públicas é 131,9
valores e tinha sido no ano anterior de 133,3.
Este indicador representa a classificação
média que se obteria se todos os alunos
admitidos em cada curso tivessem nota de
candidatura igual à do último colocado e
tem como factor de ponderação o nº de
colocados em cada curso.
A U.Porto é ainda a maior universidade
portuguesa, com uma oferta de 15,1% (3870)
das vagas a concurso na 1ª fase do Concurso
Nacional de Acesso e a mais procurada, com
16,7% (3623) dos estudantes colocados,
alcançando uma taxa de preenchimento de vagas de 93,6%, superior à do ano anterior (91,5%)
e à média das universidades públicas (84,4%).
Dos cursos da U.Porto com classificação do
último colocado (pelo contingente geral)
superior a 140 valores, os que tiveram média
mais elevada comparativamente com os
cursos congéneres das outras universidades
públicas foram os seguintes: Medicina (185 valores), Arquitectura (178,5), Medicina Veterinária
(171,3), Psicologia (170,5), Design de Comunicação (Arte Gráfica) (168), Ciências Farmacêuticas
(164), Gestão e Engenharia Industrial (161,5),
Bioquímica (157,3), Ciências da Educação (156),
Ciências do Meio Aquático (155), Direito (148,8),
Economia (147,3), Sociologia (143,6), Línguas
e Literaturas Modernas, variante de Estudos
Portugueses e Ingleses (140,4).
+ DOUTORANDA DE FARMÁCIA
RECEBE PRÉMIO LUSOFRANCÊS
> APRENDER A DESENHAR COM
RIGOR CIENTÍFICO
+ PRÉMIO GULBENKIAN
PARA DOCENTE
DA FACULDADE DE CIÊNCIAS
> CRIADA REDE
DE COOPERAÇÃO
LUSOBRASILEIRA
> PRÉMIO INTERNACIONAL
DE ENGENHARIA ATRIBUÍDO
A ANTIGO ALUNO DA U.PORTO
> MELHOR MÉDIA DE ENTRADA
É DA UNIVERSIDADE DO PORTO
> HONORIS CAUSA PARA
ALFREDO DE FARIA JÚNIOR
HONORIS CAUSA PARA ALFREDO DE FARIA JÚNIOR
A Faculdade de Ciências do Desporto e
Educação Física e a Universidade do Porto
atribuíram o Doutoramento Honoris Causa
a Alfredo Gomes de Faria Júnior, Professor
Titular da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro e impulsionador da cooperação entre
Portugal e Brasil em Ciências do Desporto e
Educação Física.
Alfredo de Faria Júnior é duplamente licenciado em Educação Física (pela Universidade
do Brasil) e em Pedagogia (pela Universidade
Gama Filho), obteve o Doctorat en Éducation
Physique pela Université Libre de Bruxelles.
Tem um pós-doutoramento em Educação
para a Saúde e Bem-Estar pela University of
London - Institute of Education. Deve-se
a si o início da abordagem da problemática da terceira idade no espaço lusófono,
temática a que se tem dedicado a ponto de
dirigir e suportar financeiramente com o seu
património pessoal o Instituto de Educação
Gerontológica (IMMA), uma organização não
governamental.
O Congresso de Educação Física dos
Países de Língua Portuguesa, que se realiza
desde 1989 e cuja edição de 2004 terminou
recentemente na Faculdade de Ciências do
Desporto e Educação Física (FCEDF) da Universidade do Porto, surgiu por iniciativa deste
professor que nasceu a 22 de Agosto de
1937 no Rio de Janeiro, neto de emigrantes
portugueses.
O Doutoramento Honoris Causa decorreu a
27 de Setembro na Faculdade de Engenharia.
O padrinho foi Mário Assis Ferreira, presidente da Estoril Sol e o mestre-de-cerimónias
foi Joaquim Armando Ferreira, director de
serviços da FCDEF. O elogio do doutorando
foi proferido por António Teixeira Marques,
presidente do Conselho Científico da FCDEF.
Um estudo que associa a maior probabilidade de erros genéticos a uma menor quantidade de esperma produzido pelo homem,
desenvolvido por uma equipa coordenada
por Mário Sousa, professor do Instituto de
Ciências Biomédicas Abel Salazar, mereceu
uma notícia na edição de Maio da revista de
divulgação científica New Scientist.
O estudo baseou-se na observação do gene
H19 em amostras de esperma de 100 homens.
Em quase 30 por cento dos homens que
produziam muito pouco esperma foi detectado um erro de silenciamento no gene H19,
provocado por insuficiente adição de grupos
de metil ao DNA, designado imprinting error.
Mário Sousa, citado na notícia da New Scientist, afirmava que não existem provas de que
aquele tipo de erro cause aborto prematuro
espontâneo ou anomalias nas crianças, no
entanto, poderão ocorrer erros de silenciamento noutros genes em homens com
problemas de fertilidade.
– Jornal de Notícias, 23/08/2004
“Faculdade do Porto é referência. (…) a
FCNAUP continua a ser a única instituição
pública nacional responsável pela formação
de licenciados em Ciências da Nutrição (…)”
– A Capital, 07/09/2004
“Poluição bate recorde no rio Douro. (…) Um
estudo do ICBAS mostra que nos últimos
quatro anos o nível médio de coliformes
fecais duplicou (…)” – Expresso, 11/09/2004
“Universidade do Porto é a mais procurada
pelos candidatos ao ensino superior. A
universidade que disponibilizou mais vagas
foi líder nas colocações da primeira fase.”
– Público, 14/09/2004
13 E 19 DE OUTUBRO
DESPERTAR PARA A CIÊNCIA - PORTO
A partir das 15 horas no auditório da Reitoria da Universidade
do Porto.
13 de Outubro
Comunicações Móveis: “Passado, Presente e Futuro”,
Carlos Salema, Instituto de Telecomunicações, Universidade
Técnica de Lisboa
19 de Outubro
Cartografar, Imaginar: O Papel dos Mapas na Construção de uma
Nova Geografia para a Europa, João Ferrão, Instituto de Ciências
Sociais, Universidade de Lisboa
INICIATIVA DE: Universidade do Porto + Fundação para a Ciência
e Tecnologia
INFORMAÇÕES: Lina Santos (Serviço de Apoio ao Reitor)
T. 22 6073572 + [email protected]
14 E 15 DE OUTUBRO
CONFERÊNCIAS “PSICANÁLISE GERAL” E “O FUTURO DO
GÉNERO, OU O FIM DE UMA BRILHANTE CARREIRA”
Por Henrietta Moore (Professor of Social Anthropology, Department of Anthropology, London School of Economics)
Anfiteatro Nobre da FLUP, às 18 horas.
ORGANIZAÇÃO: Departamento de Ciências e Técnicas do
Património da FLUP
19 DE OUTUBRO
POESIA DO SÉCULO XX COM ANTÓNIO RAMOS ROSA
AO FUNDO
Anfiteatro Nobre da FLUP, a partir das 14h30m.
INFORMAÇÕES: www.letras.up.pt/deper
21 E 22 DE OUTUBRO
CONFERÊNCIAS “AS VIDAS E OS TEMPOS DOS MONUMENTOS PRÉ- HISTÓRICOS” E
“ARQUEOLOGIA E MODERNIDADE”
Por Julian Thomas (University of Manchester, the School of Art
History and Archaeology)
Anfiteatro Nobre da FLUP, às 18 horas.
ORGANIZAÇÃO: Departamento de Ciências e Técnicas
do Património da FLUP
22 A 23 DE OUTUBRO
“PAISAGEM E LITERATURA”
Jardim Botânico/Departamento de Botânica da Universidade
do Porto
ORGANIZAÇÃO: Associação Portuguesa de Ecologia da Paisagem,
FCUP
INFORMAÇÕES: T. 226 002 153 + [email protected]
© RUI MENDONÇA
PRETO NO
BRANCO
DISCUTIR COMO PROMOVER A CULTURA CIENTÍFICA
27/07/2004
“Infertilidade masculina tem solução. Criar
espermatozóides é o objectivo da equipa de
genética médica da Faculdade de Medicina
do Porto.” – Diário de Notícias, 02/08/2004
“Um fórum para relançar o valor da cultura
científica. Professores de Engenharia do
Porto querem pôr o país a repensar o futuro.”
8 DE OUTUBRO
GENÉTICA E REPRODUÇÃO – SEMINÁRIOS DA COMISSÃO DE ÉTICA DO IBMC
INFORMAÇÕES: Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC)
Rua do Campo Alegre, 823 - Porto
T.22 607 49 12 + F. 22 609 91 57 [email protected]
NÚMERO 5 . SETEMBRO DE 2004
“O Porto está na vanguarda da investigação científica. O IBMC e o IPATIMUP são
dois exemplos do dinamismo do sector da
ciência na cidade invicta, com investigação
reconhecida internacionalmente nas áreas
da genética e do cancro.” – Diário Económico,
7 DE OUTUBRO A 9 DE DEZEMBRO
CIÊNCIAS NA CIDADE
Biblioteca Almeida Garrett, 21h30
ORGANIZAÇÃO: FCUP
INFORMAÇÕES: Gabinete de Imagem e Relações com o Exterior
T. 223 401 445 + [email protected]
18 A 19 DE OUTUBRO
FÓRUM CIÊNCIA – “POR UMA CULTURA CIENTÍFICA
EM PORTUGAL”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
OBJECTIVO: reflexão sobre o estado da cultura científica em
Portugal
TEMAS:
I - A Cultura Científica no Ensino Básico e Secundário
II - O Conhecimento Científico e Outros Conhecimentos
III - Reflexos duma Cultura Não Científica na Comunicação Social
IV - Cultura Científica. Estado e Sociedade
INSCRIÇÃO: 10 Euros
INFORMAÇÕES: Sara Ponte – Divisão de Comunicação
e Imagem, FEUP
T. 225081524 + [email protected]
U.PORTO PRETO NO BRANCO . DIRECTOR JOSÉ NOVAIS BARBOSA . EDIÇÃO E PROPRIEDADE UNIVERSIDADE DO PORTO; RUA D . MANUEL II . 4050345 PORTO . T. 226073565 + F. 226098736.
Porto, 15/07/2004
8 DE OUTUBRO
SEMINÁRIOS DO CENTRO INTERUNIVERSITÁRIO DE
HISTÓRIA DA ESPIRITUALIDADE
TEMÁTICA: Espiritualidade e púlpito - gestos, palavras e devoções, “Sermones de amor”, por Maria Isabel Toro Pascua
Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP)
INFORMAÇÕES: T. 226097161 + F. (p.f) 226098271
E-mail: [email protected]
15 e 29 DE OUTUBRO
“ÉTICA E POLÍTICA NO PENSAMENTO MEDIEVAL”
Seminário informal de Filosofia Medieval
Sala do Departamento de Filosofia (Torre B, piso 1) da FLUP
ORGANIZAÇÃO: Gabinete de Filosofia Medieval
INFORMAÇÕES: T. 226077100 - ext. 119
http://www.letras.up.pt/df/if/gfm/gfm.html
SUPERVISÃO EDITORIAL RAUL SANTOS, JOÃO CORREIA. REDACÇÃO ISABEL PACHECO, ANABELA SANTOS, JOÃO CORREIA, RAUL SANTOS . SECRETARIADO PAULA FERREIRA .
“Alunos testam fluidos e gases em gravidade
zero. Dois grupos de alunos [de Física] do
Porto participam esta semana em voo da
ESA.” – Diário de Notícias, 28/06/2004
“Economia do Porto e ISEG com maior sucesso. (…) têm a maior taxa de sucesso escolar
de todos os estabelecimentos de ensino
superior públicos que leccionam esta área
[Economia]” – Diário Económico, 01/07/2004
“Pai do tratamento da úlcera fala de uma vida
de pesquisas. (…) Prémio Nobel da Medicina
de 1988, Sir James Black, inaugurou a 4ª
edição da Reunião das Sociedades de Farmacologia Europeia, que decorre até à próxima
segunda-feira na Faculdade de Engenharia
da Universidade do Porto.” – O Comércio do
CONGRESSOS, CONFERÊNCIAS E SEMINÁRIOS
DESIGN © RUI MENDONÇA. EXECUÇÃO GRÁFICA DIGIPRESS . TIRAGEM 3500 EXEMPLARES . PERIODICIDADE MENSAL
– Vida Económica, 25/06/2004
> AGENDA SETEMBRO 2004
> U.PORTO
NA IMPRENSA
“Universidade do Porto quer fomentar espírito comercial. Novais Barbosa fala na criação
de cadeiras ligadas ao empreendedorismo”
Para debater a cultura científica e formas de a promover, quatro professores da Faculdade de
Engenharia decidiram organizar um Fórum que decorrerá nos dias 18 e 19 de Outubro deste
ano, naquela faculdade. A comissão organizadora desta iniciativa designada “Fórum Ciência” é
composta por Joaquim Marques de Sá, José Cavalheiro, João Carvalho e Joaquim Góis.
Por cultura científica, a comissão organizadora entende não só a assimilação de conceitos científicos, mas, muito mais do que isso, condutas norteadas por valores que se relacionam com a
actividade científica como o rigor, exigência e responsabilização, ou seja, valores que atravessam
transversalmente toda a sociedade e devem ser caros a todas as áreas e actividades.
A iniciativa é aberta, portanto, a outros profissionais que não apenas cientistas. Para já, entre os
oradores convidados estão também historiadores, jornalistas e juristas. Outras contribuições
poderão surgir, dependendo das propostas e do critério da Comissão Consultiva, composta
por personalidades destacadas do meio científico nacional. O Fórum desdobra-se em quatro
temas: “A Cultura Científica no Ensino Básico e Secundário”, cujo orador convidado é Gabriel
Mithá Ribeiro, docente de História do Ensino Secundário; “O Conhecimento Científico e Outros
Conhecimentos”, para o qual foi convidado António Manuel Baptista, professor jubilado de
Física do ensino universitário; “Reflexos de uma Cultura não Científica na Comunicação Social”,
em que o convidado é António Granado, jornalista de ciência e docente universitário, e “Cultura
Científica, Estado e Sociedade”, tema a lançar por um juiz de Direito, João Pedro Maldonado.
Mais informações em http://www.fe.up.pt/forumciencia.