Perfil Nautico - Azimut Yachts

REVISÃO: ANTES DE COLOCAR O BARCO NA ÁGUA, CUIDADO COM A MANUTENÇÃO
R$ 14,00 · Ano 07 · nº 37 · 2012 · www.perfilnautico.com.br
BARCOS DE VERÃO
É TEMPO
DE LAZER
COM OU SEM EMOÇÃO: JETS, JET BOATS
E LANCHAS PARA LAZER E ESPORTES
PERFIL FIBRAFORT
ESTALEIRO CATARINENSE
APOSTA DA PRODUTIVIDADE
SALÃO DE GÊNOVA
ENTRE AS ONDAS E O ROCHEDO
E MAIS! NA SEÇÃO PERFIL:
TRITON i275
CORAL 43
SWIFT TRAWLER 52
SESSA C54
MUNDO NÁUTICO
SALÃO DE GENOVA
Naútica italiana
Entre as ondas e o rochedo
26 26
PERFILNÁUTICO
PERFILNÁUTICO
Por Guilherme Aquino
G
ênova revive o esplendor da época em
que era uma forte república marinaia.
Durante o salão naútico a cidade dá as
costas para as colinas e se concentra nas
marinas da feira à beira-mar. Minutos
após a abertura oficial – discreta, sem
fanfarras, pelo efeito da crise europeia
– o navio-escola da marinha italiana,
o famoso veleiro de madeira Amerigo
Vespucci, com 81 anos de bons serviços prestados,
singrou diante dos iates mais modernos do mundo, com
a elegância de outros tempos soprada pela brisa fresca da
manhã de outono. Poucos instantes depois, na direção
oposta, zarpava um transatlântico silencioso do alto de
sua imponência e classe de uma categoria colocada à
dura prova com o naufrágio trágico do Costa Concordia
neste ano. A passagem contrastante e emblemática destes
navios diante do salão abriu a semana dos amantes dos j
27 27 PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO MUNDO NÁUTICO
SALÃO DE GENOVA
Naútica italiana
Entre as ondas e o rochedo
26 26
PERFILNÁUTICO
PERFILNÁUTICO
Por Guilherme Aquino
G
ênova revive o esplendor da época em
que era uma forte república marinaia.
Durante o salão naútico a cidade dá as
costas para as colinas e se concentra nas
marinas da feira à beira-mar. Minutos
após a abertura oficial – discreta, sem
fanfarras, pelo efeito da crise europeia
– o navio-escola da marinha italiana,
o famoso veleiro de madeira Amerigo
Vespucci, com 81 anos de bons serviços prestados,
singrou diante dos iates mais modernos do mundo, com
a elegância de outros tempos soprada pela brisa fresca da
manhã de outono. Poucos instantes depois, na direção
oposta, zarpava um transatlântico silencioso do alto de
sua imponência e classe de uma categoria colocada à
dura prova com o naufrágio trágico do Costa Concordia
neste ano. A passagem contrastante e emblemática destes
navios diante do salão abriu a semana dos amantes dos j
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SALÃO DE GENOVA
intransponíveis. E dependendo da versão do Magellano
43 a distância entre a linha d’água e o ponto mais alto
pode ser de apenas 3,5 metros. Já o Magellano 76 é uma
evolução natural do antecessor de 74 pés. Ele representa
um pequeno passo a mais no casco, mas um grande salto
na renovação do design interior. Somente para ter uma
ideia do espaço disponível a bordo, basta saber que a
zona noite e dia da tripulação está num compartimento
estanque, completamente isolado e com conforto e
sofisticação dignos de um iate normal, com duas cabines,
sala e cozinha para a turma de serviço.
Exportação é a rosa
dos ventos para evitar
a deriva do setor
náutico italiano
O novo Atlantis 34
O sócio da YachtBrasil, importador exclusivo das linhas
grandes do grupo italiano, Marcelo Scremin, afirma que
estes barcos maiores chegam ao cliente completamente
customizados. “O tempo de entrega varia de um a dois
anos”, diz Scremin. “Este período depende muito das
mudanças que o cliente vai propor. Se ele optar por
um barco que já está com as madeiras prontas e com as
tintas escolhidas, a entrega vai ser mais rápida, mas estes
itens não poderão mais ser alterados. Normalmente se
podem escolher as cores, os materiais internos e a planta.
Ele pode redesenhar a sala, tudo que vai a bordo deve
passar pela sua aprovação ou indicação. A cor e o tipo da
madeira, do mármore, dos tecidos... Por isso, o início do
processo de construção é muito importante.” Scremin e
Aderbal Coelho Júnior, da YachtBrasil,estão negociando
a representação de outras três marcas de iates apostando
no mercado nacional, mesmo enfrentando obstáculos
alfandegários e fiscais.
Para alguns potenciais clientes, por enquanto, o
jeitinho é ir no rastro de menos impostos, aqueles
38 PERFILNÁUTICO
cobrados dos donos de barcos menores. Uma opção
é a nova Atlantis 34 pés, uma das quatro anteprimas
mundiais do grupo Azimut, que já nasceu sob o símbolo
da inovação ao aplicar no projeto as soluções e funções
usadas nos barcos maiores da série. Por exemplo, a cabine
do armador está separada do resto do interior do barco.
Já o “open space” de proa é mais luminoso e versátil.
Difícil também não notar os últimos recém-chegados da
linha Magellano. O de 43 pés, o primeiro sem flybridge,
mas equipado com hardtop, estacionado no seco, estava
a poucos metros do Magellano 76, ancorado na marina. A
altura reduzida do primeiro permite ao armador navegar
em mar aberto e também em rios e canais nos quais
algumas pontes poderiam se transformar em obstáculos
A concorrência responde com uma outra alta gama
de embarcações sofisticadas e eficientes. O estaleiro
Ferretti Yachts, histórico fabricante italiano, apresenta
o novo Ferretti 690. O esportivo, reapresentado em
Gênova depois do debut na Croisette francesa, traz um
novo flybridge prolongado sobre o espaço vazio, além
de uma maior área envidraçada para aumentar o grau
de luminosidade no interior do iate. A plataforma de
popa, a “praia móvel”, pode ser parcialmente submersa
integrando completamente esta zona de relax com o mar
ao redor. Assim, é possível ficar em pé, dentro d’água. O
iate chega ao mercado em duas versões de três ou quatro
camarotes para casais. Bem ali perto está o novo Ferretti
Custom Line 100, um sinônimo de leveza e sofisticação,
geometria arrojada com linhas esportivas exploradas ao
máximo. As vidraças triangulares proporcionam uma
silhueta única e criam uma grande harmonia visual com
as outras janelas e escotilhas. O projeto foi pensado para
interpretar e “interceptar os armadores com o desejo de
um design mais esportivo, sem renunciar à funcionalidade
e aos volumes internos ampliados através da tipologia
wide body”, afirmaria Karin Paggi, gerente da marca.
Ela se orgulha ainda de o iate ter estabelecido um novo
parâmetro para ruídos sonoros a bordo em sua categoria.
Navegando a 22 nós, a emissão de rumores é de 62 dBA na
sala de comando e de 66 dBA na cabine do armador.
Da sua marina, pode-se observar dois competidores de
peso: os poderosos iates Mangusta, do Grupo Overmarine.
Se fossem um carro, certamente, seriam um Maserati,
robusto, sofisticado ao extremo e com um acabamento
impecável. As versões 92 e 108 incorporam uma j
Magellano 43, entre os últimos recém-chegados
Salão do Azimut Magellano 76
PERFILNÁUTICO 39 MUNDO NÁUTICO
SALÃO DE GENOVA
intransponíveis. E dependendo da versão do Magellano
43 a distância entre a linha d’água e o ponto mais alto
pode ser de apenas 3,5 metros. Já o Magellano 76 é uma
evolução natural do antecessor de 74 pés. Ele representa
um pequeno passo a mais no casco, mas um grande salto
na renovação do design interior. Somente para ter uma
ideia do espaço disponível a bordo, basta saber que a
zona noite e dia da tripulação está num compartimento
estanque, completamente isolado e com conforto e
sofisticação dignos de um iate normal, com duas cabines,
sala e cozinha para a turma de serviço.
Exportação é a rosa
dos ventos para evitar
a deriva do setor
náutico italiano
O novo Atlantis 34
O sócio da YachtBrasil, importador exclusivo das linhas
grandes do grupo italiano, Marcelo Scremin, afirma que
estes barcos maiores chegam ao cliente completamente
customizados. “O tempo de entrega varia de um a dois
anos”, diz Scremin. “Este período depende muito das
mudanças que o cliente vai propor. Se ele optar por
um barco que já está com as madeiras prontas e com as
tintas escolhidas, a entrega vai ser mais rápida, mas estes
itens não poderão mais ser alterados. Normalmente se
podem escolher as cores, os materiais internos e a planta.
Ele pode redesenhar a sala, tudo que vai a bordo deve
passar pela sua aprovação ou indicação. A cor e o tipo da
madeira, do mármore, dos tecidos... Por isso, o início do
processo de construção é muito importante.” Scremin e
Aderbal Coelho Júnior, da YachtBrasil,estão negociando
a representação de outras três marcas de iates apostando
no mercado nacional, mesmo enfrentando obstáculos
alfandegários e fiscais.
Para alguns potenciais clientes, por enquanto, o
jeitinho é ir no rastro de menos impostos, aqueles
38 PERFILNÁUTICO
cobrados dos donos de barcos menores. Uma opção
é a nova Atlantis 34 pés, uma das quatro anteprimas
mundiais do grupo Azimut, que já nasceu sob o símbolo
da inovação ao aplicar no projeto as soluções e funções
usadas nos barcos maiores da série. Por exemplo, a cabine
do armador está separada do resto do interior do barco.
Já o “open space” de proa é mais luminoso e versátil.
Difícil também não notar os últimos recém-chegados da
linha Magellano. O de 43 pés, o primeiro sem flybridge,
mas equipado com hardtop, estacionado no seco, estava
a poucos metros do Magellano 76, ancorado na marina. A
altura reduzida do primeiro permite ao armador navegar
em mar aberto e também em rios e canais nos quais
algumas pontes poderiam se transformar em obstáculos
A concorrência responde com uma outra alta gama
de embarcações sofisticadas e eficientes. O estaleiro
Ferretti Yachts, histórico fabricante italiano, apresenta
o novo Ferretti 690. O esportivo, reapresentado em
Gênova depois do debut na Croisette francesa, traz um
novo flybridge prolongado sobre o espaço vazio, além
de uma maior área envidraçada para aumentar o grau
de luminosidade no interior do iate. A plataforma de
popa, a “praia móvel”, pode ser parcialmente submersa
integrando completamente esta zona de relax com o mar
ao redor. Assim, é possível ficar em pé, dentro d’água. O
iate chega ao mercado em duas versões de três ou quatro
camarotes para casais. Bem ali perto está o novo Ferretti
Custom Line 100, um sinônimo de leveza e sofisticação,
geometria arrojada com linhas esportivas exploradas ao
máximo. As vidraças triangulares proporcionam uma
silhueta única e criam uma grande harmonia visual com
as outras janelas e escotilhas. O projeto foi pensado para
interpretar e “interceptar os armadores com o desejo de
um design mais esportivo, sem renunciar à funcionalidade
e aos volumes internos ampliados através da tipologia
wide body”, afirmaria Karin Paggi, gerente da marca.
Ela se orgulha ainda de o iate ter estabelecido um novo
parâmetro para ruídos sonoros a bordo em sua categoria.
Navegando a 22 nós, a emissão de rumores é de 62 dBA na
sala de comando e de 66 dBA na cabine do armador.
Da sua marina, pode-se observar dois competidores de
peso: os poderosos iates Mangusta, do Grupo Overmarine.
Se fossem um carro, certamente, seriam um Maserati,
robusto, sofisticado ao extremo e com um acabamento
impecável. As versões 92 e 108 incorporam uma j
Magellano 43, entre os últimos recém-chegados
Salão do Azimut Magellano 76
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