o capitão do golpe - Portal Novos Rumos

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o capitão do golpe - Portal Novos Rumos
COM POSIÇÃO
FIRME, CIRO MARCA
PONTOS PARA 2018
DUVIVIER: QUAL
SENTIDO DE TROCAR
DILMA PELO LADRÃO?
Ano 01 nº 07 Dezembro 2015
www.portalnovosrumos.com.br
O CAPITÃO DO GOLPE
ELE NEM DISFARÇA MAIS, MONTOU O
QG DO GOLPE E DIZ A ALIADOS QUE
DILMA NUNCA CONFIOU NELE
Michel Temer se negou a prometer lealdade à presidente Dilma
Rousseff e se colocou numa posição de ‘neutralidade’, uma
vez que o PMDB se divide sobre o impeachment
ÍNDICE
03
CIRO DISPARA: ‘TEMER É O CAPITÃO DO GOLPE’
05
ELE NEM DISFARÇA MAIS: MICHEL TEMER ESTEVE NO
ESTADÃO PARA FALAR DO “GOLPE PAULISTA”
06
CIRO DIZ QUE TEMER É TAMBÉM ‘SÓCIO ÍNTIMO’ DE
CUNHA
07
TEMER NEGA DESLEALDADE, MAS FALA EM NOVO
GOVERNO
08
GLOBO CONFIRMA: TEMER JÁ MONTOU QG DO
GOLPE
09
TEMER DIZ A ALIADOS QUE DILMA NUNCA CONFIOU
NELE
10
UTC PAGOU R$ 1,6 MI A PAULINHO DA FORÇA PARA
EVITAR GREVE
11
SERRA: FAREI O POSSÍVEL PARA AJUDAR ‘GOVERNO
TEMER’
12
PSDB AGORA É 100% TEMER
13
DUVIVIER: QUAL SENTIDO DE TROCAR DILMA PELO
LADRÃO?
14
ESQUEÇAM, MICHEL TEMER NÃO VAI APOIAR DILMA
COM POSIÇÃO
FIRME, CIRO MARCA
PONTOS PARA 2018
DUVIVIER: QUAL
SENTIDO DE TROCAR
DILMA PELO LADRÃO?
Ano 01 nº 07 Dezembro 2015
www.portalnovosrumos.com.br
O CAPITÃO DO GOLPE
ELE NEM DISFARÇA MAIS, MONTOU O
QG DO GOLPE E DIZ A ALIADOS QUE
DILMA NUNCA CONFIOU NELE
Michel Temer se negou a prometer lealdade à presidente Dilma
Rousseff e se colocou numa posição de ‘neutralidade’, uma
vez que o PMDB se divide sobre o impeachment
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
editora
02
15
DILMA: ‘ESPERO CONFIANÇA TOTAL DE MICHEL
TEMER’
16
SÓ 1 DOS 27 GOVERNADORES DEFENDE O GOLPE
17
COM POSIÇÃO FIRME, CIRO MARCA PONTOS PARA
2018
18
PARA JUSTIFICAR O GOLPE, AÉCIO EVOCA A
INSTABILIDADE QUE ELE MESMO CRIA
20
A LIÇÃO DE DEMOCRACIA DE MADURO PARA AÉCIO
E FHC
22
‘NÃO CONTINUAREI TOLERANDO OS ATAQUES
PESSOAIS E PÚBLICOS EM SILÊNCIO’
23
RÚSSIA CONQUISTA MAIS UMA VITÓRIA NO
CONFLITO COM A TURQUIA E DAESH
Vilson Teixeira
Jornalista/Editor - Reg. 11795
Presidente da Editora Novos Rumos Ltda
Editoração/Artes: WDNR
Redação: (51) 3501.2047
A revista é publicada mensalmente pela
Editora Novos Rumos Ltda, e não se
responsabiliza por conceitos
emitidos em artigos assinados.
CIRO DISPARA: ‘TEMER É O
CAPITÃO DO GOLPE’
Ao participar de um evento político em Belo Horizonte,
o presidenciável Ciro Gomes não mediu as palavras para
se referir ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que pode alçar o vice Michel Temer à
presidência; “Temer é o capitão do golpe”, disse ele; neste
domingo, Ciro estará em São Luís, no Maranhão, onde, ao
lado do governador Flavio Dino, convocará a resistência
de todos os governadores e movimentos sociais para
conter o golpe; potencial candidato à presidência da
República pelo PDT, Ciro pretende consolidar seu nome
como alternativa de esquerda, caso o ex-presidente Lula
não concorra em 2018; até agora, ele tem sido a voz mais
contundente contra o impeachment
Por Leonardo Lucena
E
nquanto aliados da presidente Dilma Rousseff (PT)
e os políticos a favor do
impeachment contra a petista saia
do papel acirram suas disputas políticas, o ex-ministro da Integração
Nacional Ciro Gomes (PDT-CE) vê
na tentativa de golpe contra a presidente Dilma Rousseff, estimulado
por tucanos e por aliados do vice-presidente Michel Temer, uma real
possibilidade de firmar como uma
alternativa à polarização PT-PSDB.
Na tarde deste sábado, sem meias
palavras, ele afirmou que ‘Temer é
o capitão do golpe’.
Em referência ao presidente da
Câmara Federal, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), prestes a ser cassa-
do por contas secretas na Suíça e
suspeita de prestar favores o BTG
Pactual, de André Esteves, preso na
Operação Lava Jato, Ciro bateu duro
no peemedebista. “Não aceitaremos
que um chefe de quadrilha processado na justiça por corrupção leve
o País à ruptura democrática! Não
aceitaremos o golpe”, afirmou, na
semana passada, via rede social.
Disparando críticas contra Cunha,
Ciro chamou o deputado de “ladrão”,
acusou o vice-presidente Michel Temer de estar conspirando a favor do
impeachment da presidente Dilma.
À jornalista Mariana Godoy, o pedetista disse, nesta sexta-feira (4), que
Temer é “sócio em tudo” de Cunha.
Ciro não aliviou para o vice-presidente e afirmou que o peemedebista está sendo hipócrita com o
discurso das “pedaladas fiscais”. De
acordo com o ex-ministro, há separados decretos assinados por Temer,
nos seus períodos de interinidade,
onde ele também praticaria “pedaladas” orçamentárias.
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
03
Ex-ministro do governo Lula
e ex-deputado federal, Ciro que
também foi governador do Ceará
e prefeito de Fortaleza, inicia suas
movimentações diante do conturbado contexto político-econômico
para ser o candidato da esquerda
à presidência da República, caso
o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva não tente o seu terceiro
mandato.
Um fator que pesa a favor do
pedetista, ex-candidato à presidência da República, em 1998
(ficou em terceiro lugar) e em 2002
(em quarto), é o aumento da rejeição das principais lideranças políticas nacionais. Pesquisa divulgada
pelo Ibope, no dia 26 de outubro,
o percentual dos que dizem que
não votariam de jeito nenhum Lula
saltou de 33% em maio de 2014
para 55% agora.
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
A rejeição também aumentou
para outros possíveis presidenciáveis. A o senador Aécio Neves
(PSDB-MG) subiu de 42% para 47%
em um ano, a da ex-ministra Marina Silva (Rede), de 31% para 50%;
a do senador e ex-governador de
São Paulo, José Serra (PSDB), de
47% para 54% em dois anos.
04
No caso do atual chefe do executivo paulista, Geraldo Alckmin
(PSDB), não há comparativo, mas
a rejeição é de 52%, assim como
de Ciro.
Apesar de uma rejeição se superior a 50%, Ciro Gomes tem a
seu favor a divisão o racha entre o
PSDB de São Paulo e o de Minas.
De um lado, o governador Geraldo Alckmin (SP) articula uma
operação para firmar seu nome em
nível nacional. No entanto, a crise
hídrica no estado e a recente truculência da polícia paulista contra
os estudantes que protesta contra
o fechamento de escolas, que o
governo diz ser uma reorganização
escolar (o projeto foi suspenso)
pesam contra o tucano.
Um reflexo de que uma eventual
candidatura de Alckmin à presidência terá de ser árdua é a sua popularidade, que, segundo pesquisa
Datafolha realizada nos dias 25 e
26 de novembro, atingiu a sua pior
marca: 28% do eleitorado paulista
qualifica o desempenho do tucano
como ótimo ou bom, a menor taxa
de aprovação na série do instituto
ao longo dos quatro mandatos
dele, desde 2001. De acordo com
o levantamento, a reprovação também é recorde, pois 30% dos paulistas classificam o desempenho do
governador como ruim ou péssimo.
Por sua vez, o senador Aécio
Neves (MG) aproveita a onda pró-impeachment e continua a desferir
fortes críticas à presidente Dilma
para tirá-la do poder. Mas vale ressaltar que, apesar de a última eleição presidencial ter sido bastante
apertada (51% para Dilma contra
48% do tucano), o parlamentar
mineiro perdeu em seu próprio
reduto eleitoral (Minas Gerais),
onde governou por oito anos tanto
no primeiro quanto no segundo
turno do pleito. Um dos principais
políticos a favor do impeachment,
o congressista também não conseguiu deixar claro à população quais
seriam suas propostas para retomar
o crescimento econômico do País.
Fator Lula
No PT, mesmo com uma presidente cuja popularidade gira em
torno de 10%, Ciro precisa ponderar
suas estratégias tendo em vista a
possibilidade de Lula ser candidato
nas próximas eleições. Próximo ao
ex-presidente, o pedetista ajudou
o governo do petista, no final do
seu primeiro mandato, a driblar
o bombardeio sofrido por conta
do ‘mensalão’. O ex-governador
manteve o apoio a Lula em 2010
e a Dilma em 2014, mas sonha em
ser presidente, assim como outras
personalidades políticas nacionais.
Apesar dos escândalos da Operação Lava Jato e das dificuldades
de governabilidade da presidente
da República, a pesquisa feita pelo
Ibope apontou que o ex-presidente
ainda é o nome mais forte para a
disputa presidencial de 2018 - a
taxa de eleitores que dizem que
com certeza votariam no petista
ainda é maior do que a de todos os
seus rivais: 23%.
Outra pesquisa, do Datafolha,
divulgada no final do novembro,
apontou que o ex-presidente é
considerado o melhor da história
por 39% dos brasileiros, mais um
fator que fará Ciro ter de suar ainda
mais para conquistar o eleitorado
(saiba mais aqui).
Já circula nas redes sociais (Twitter e Facebook) páginas a favor da
candidatura de Ciro, um reflexo
das suas movimentações rumo ao
Palácio do Planalto. Mas não será
uma tarefa muito simples para o
pedetista costurar apoios políticos
disparando críticas contra PMDB e
PSDB, além de almejar ser alternativa ao governo Dilma. E passar por
cima do ex-presidente Lula, com
quem tem uma relação amistosa,
será o maior desafio de Ciro.
Fonte: Brasil 247
ELE NEM DISFARÇA MAIS: MICHEL
TEMER ESTEVE NO ESTADÃO PARA
FALAR DO “GOLPE PAULISTA”
Por Kiko Nogueira
N
o dia 23 de novembro,
Michel Temer esteve na
sede do Estadão para
uma reunião com, entre outros,
o diretor de conteúdo Ricardo
Gandour. Jornalistas da empresa
contaram para o repórter Pedro
Zambarda o teor do encontro.
De acordo com o relato, Temer e
Gandour falaram, principalmente,
sobre o impeachment. O vice presidente e seus anfitriões batizaram
carinhosamente a iniciativa de
“golpe paulista”.
Temer conversou com Dilma
Rousseff na quarta-feira (25), segundo noticiou o jornal. Foi uma
“ressaca”, afirma o texto, após a
prisão de Delcídio Amaral.
Cunha aceitou o pedido de
impeachment no dia 2 de dezembro, mas Temer está conspirando
abertamente há muito tempo. Em
setembro, numa espécie de debate
com Rosangela Lyra, ex-sogra de
Kaká, ex-vendedora da Dior no Brasil, falou sobre Dilma: “Se continuar
com 7% ou 8% de popularidade,
de fato, fica difícil passar 3 anos e
meio assim’’.
Eventualmente, defende uma
“absoluta pacificação nacional”.
“Todas as mentalidades partidárias
deveriam se unir. Seja agora, sob o
império da presidente, ou sob qual-
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
05
quer outro império, tem que haver
uma coalizão nacional”, afirma.
Temer tem sido cortejado pelo
PSDB. Esteve com Alckmin num
evento de João Doria Jr. e participou de um encontro reservado
com o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, aliado de Aécio.
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
O governo federal estaria “monitorando” o vice para medir sua
“lealdade”. É de se perguntar o
que falta o sujeito fazer. Temer está
sendo sistematicamente flagrado
na cama com outras pessoas. Que
prova falta de que está traindo?
06
Ele se entrega não apenas na
dubiedade de suas declarações —
que podem ser resumidas assim:
“Precisamos de uma coalização
nacional, mas será comigo”. Se
alguém não quer ser visto como
golpista, basta não andar com
golpistas. Simples assim.
“Espero integral confiança do
Michel Temer e tenho certeza que
ele a dará. Conheço o Temer como
político, como pessoa e como grande constitucionalista”, disse Dilma.
É uma espécie de puxão de orelha. Michel Temer está articulando.
Ponto.
Sem voto, numa função decorativa, chamado de maneira
definitiva por José Simão como
“mordomo de filme de terror”,
Temer havia sido retirado do anonimato, antes da crise, por causa
da mulher, Marcela.
Aos 75 anos, surfando na possibilidade do impeachment, volta
a ser acionado pelos ex-sócios. O
maestro do “golpe paulista” não
disfarça mais. O problema, agora,
é o que fazer com ele.
Fonte: Diário do Centro do Mundo
CIRO DIZ QUE TEMER É TAMBÉM
‘SÓCIO ÍNTIMO’ DE CUNHA
Em entrevista à jornalista Mariana Godoy, o presidenciável Ciro Gomes afirmou que
o vice-presidente Michel Temer é “sócio íntimo” de Eduardo Cunha “em tudo que se
possa imaginar”; ele lembrou ainda que Cunha indicou Temer como testemunha num
processo contra ele; em outro trecho, ele pediu que o senador Aécio Neves tenha mais
respeito pelo povo brasileiro e disse que FHC rasgou sua biografia ao costear o alambrado do golpe
E
m entrevista à jornalista
Mariana Godoy, o presidenciável Ciro Gomes
afirmou que o vice-presidente
Michel Temer é “sócio íntimo” de
Eduardo Cunha.
Ele lembrou ainda que Cunha
indicou Temer como testemunha
num processo contra ele.
Ciro Gomes: “Michel Temer é
sócio íntimo de Eduardo Cunha em
tudo o que você possa imaginar”
Fonte: Brasil 247
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
07
TEMER NEGA DESLEALDADE, MAS FALA
EM NOVO GOVERNO
Em entrevista ao jornalista Josias de Souza, o vice-presidente Michel Temer se negou
a prometer lealdade à presidente Dilma Rousseff e se colocou numa posição de ‘neutralidade’, uma vez que o PMDB se divide sobre o impeachment; “Nesta situação tensa
que existe no momento, não quero praticar deslealdade institucional. Isso eu jamais
praticaria”, afirmou; Temer também falou sobre a possibilidade de mudança no comando
do país e voltou a repetir seu mantra da reunificação; “Seja sob o império da presidente
Dilma ou de qualquer um que chegue ao poder, é preciso reunificar o país”, afirmou
E
m entrevista ao jornalista
Josias de Souza, o vice-presidente Michel Temer
tentou encontrar uma forma de
responder à presidente Dilma Rousseff, que, disse depositar nele “total
confiança”.
Temer defendeu uma posição
de equilíbrio diante da questão
do impeachment, uma vez que
o PMDB se divide sobre o tema.
“Nesta situação tensa que existe
no momento, não quero praticar
deslealdade institucional. Isso eu
jamais praticaria”, afirmou.
Pela primeira vez, ele falou abertamente na possibilidade de um
novo governo. “Seja sob o império
da presidente Dilma ou de qualquer
um que chegue ao poder, é preciso
reunificar o país”, afirmou. “Precisamos de uma aboluta pacificação
nacional. Todas as mentalidades
partidárias deveriam se unir. Seja
agora, sob o império da presidente,
ou sob qualquer outro império, tem
que haver uma coalizão nacional.
Até acho que, se a presidente Dilma
fizesse essa coalizão nacional, com
todos os partidos, o país sairia desse embaraço em que se encontra.”
Ele lembrou, ainda, que o impeachment não é a única possibilidade de ruptura. “Tem também
os processos do TSE, que podem
cassar a chapa”, afirma. Pode ter
sido uma mensagem aos peemedebistas de que há o risco de
perder tudo, caso o TSE decida
convocar novas eleições.
Fonte: Brasil 247
GLOBO CONFIRMA: TEMER JÁ MONTOU QG
DO GOLPE
De acordo com o jornal da família Marinho, que também sinaliza apoio ao impeachment, os quatro principais generais da tropa do vice-presidente seriam Eliseu Padilha,
Moreira Franco, Geddel Vieira Lima e Romero Jucá; para Geddel, classificado como o
“homem-bomba” do grupo, Temer não precisa se mover agora; “Tem que deixar as ondas baterem nas pedras para ver a espuma que fará, como as ruas vão se manifestar,
como as forças no Congresso vão se aglutinar”, afirmou; no entanto, o vice de Dilma
Rousseff Temer já selou acordos com as principais lideranças do PSDB, como José Serra,
Aécio Neves e Geraldo Alckmin; ontem, Dilma disse ter “total confiança” no vice, mas
Temer tem se negado a oferecer lealdade e tem falado em novo governo; a seu favor,
Dilma tem contado por apoio de líderes do PMDB do Rio, como Luiz Fernando Pezão,
Eduardo Paes e Leonardo Picciani
R
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
eportagem de capa do
jornal O Globo deste domingo, 6, confirma que
o vice-presidente Michel Temer já
montou sua equipe para trabalhar
em prol da aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff
no Congresso Nacional.
08
O QG do golpe é formado pelo
presidente da Fundação Ulysses
Guimarães e ex-ministro de Dilma,
Moreira Franco; pelo recém saído
da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, pelo senador Romero
Jucá (RR) e pelo ex-ministro de
Integração Nacional do governo
Lula Gedel Vieira Lima (BA).
Perguntado se Temer vai segurar o grupo para não trabalhar pelo
impeachment, Geddel disse que
Temer não tem como segurar o
movimento em torno dele. “Temer
não precisa se mover agora. Tem
que deixar as ondas baterem nas
pedras para ver a espuma que fará,
como as ruas vão se manifestar,
como as forças no Congresso vão
se aglutinar”, afirmou.
Já Eliseu Padilha, expert em
planilha e controle de votos desde
a Constituinte, começa a trabalhar
a partir de amanhã no gabinete da
presidência do PMDB, que fica na
Câmara dos Deputados.
Outro membro atuante do
grupo do vice-presidente é o ex-governador e ex-ministro Moreira Franco, autor do documento
intitulado “Ponte para o Futuro”, o
plano de governo de uma eventual
gestão Temer. “O impeachment
está posto e certamente será uma
grande contribuição para que
possamos recuperar 2015, um ano
que se perdeu na queda de braço
entre a presidente Dilma e Eduardo
Cunha, e de retomarmos o esforço
de criar condições para que possamos sair da maior crise econômica
da História”, afirmou Moreira.
Apesar das articulações golpistas autorizadas pelo vice-presidente, a presidente Dilma Rousseff
também se articula para aglutinar
forças políticas suficientes para
arquivar o processo de impeachment. Para isso conta com uma ala
importante do PMDB, a do Rio de
Janeiro, que tem o maior número
de membros da bancada do partido na Câmara.
Fonte: Brasil 247
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
09
TEMER DIZ A ALIADOS QUE
DILMA NUNCA CONFIOU NELE
Em conversa com interlocutores, vice Michel Temer (PMDB) teria dito que não cabe a
ele fazer oposição a presidente Dilma nem liderar movimentos para tirá-la do Planalto,
mas também não demonstrou nenhuma disposição em responder a seus apelos; “Por
que agora ela quer minha confiança?”, indagou; nesta segunda-feira, ele será recebido
pelo jurista Ives Gandra Martins, voz importante no meio jurídico a favor do impeachment, na Associação Comercial de São Paulo
E
m reação às declarações
da presidente Dilma Rousseff de que espera “integral confiança” do vice durante
a tramitação do impeachment
contra ela, Michel Temer teria dito,
em conversa com amigos neste
domingo (6): “Ela nunca confiou
em mim.”
Cruz e Gustavo Uribe, na conversa
com interlocutores, Temer disse
que não cabe a ele fazer oposição
à presidente nem liderar movimentos para tirá-la do Planalto,
mas também não demonstrou nenhuma disposição em responder
a seus apelos. “Por que agora ela
quer minha confiança?”, indagou.
Segundo reportagem de Valdo
Nesta segunda-feira (7), Temer
será recebido pelo jurista Ives
Gandra Martins, voz importante
no meio jurídico a favor do impeachment de Dilma, na Associação
Comercial de São Paulo, segundo
o Painel.
Fonte: Brasil 247
UTC PAGOU R$ 1,6 MI A
PAULINHO DA FORÇA PARA
EVITAR GREVE
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
Em delação premiada, Ricardo Pessoa, dono da UTC, afirmou que doou R$ 1,6 milhão
para o deputado Paulinho da Força e seu partido, o Solidariedade, entre 2010 e 2015,
para esvaziar movimentos sindicais e evitar greves; disse ainda que ligou pessoalmente
para o aliado de Eduardo Cunha para pedir interferência numa ameaça de paralisação
na construção da hidrelétrica São Manoel, no Rio Teles Pires; Paulinho, que tenta impedir
o processo de cassação de Cunha e é um dos principais articuladores do golpe contra
Dilma no Congresso, chegou a pedir a quebra do sigilo bancário do PGR, Rodrigo Janot,
no início da CPI da Petrobras
10
E
m delação premiada na
Lava Jato, Ricardo Pessoa,
dono da UTC, afirmou que
doou R$ 1,6 milhão para o deputado Paulinho da Força e seu partido,
o Solidariedade, entre 2010 e 2015,
para esvaziar movimentos sindicais
e evitar greves.
“Que em razão dessas doações
a Paulinho, o declarante tinha a
liberdade para poder pedir a ele, a
qualquer momento, que intercedesse em movimentos sindicais liderados por ele que estivessem ou
pudessem vir a causar problemas
em seus negócios”, disse Pessoa
na delação.
Manoel, no Rio Teles Pires; Paulinho, que tenta impedir o processo
de cassação de Cunha, chegou a
pedir a quebra do sigilo bancário
do PGR, Rodrigo Janot, no início da
CPI da Petrobras.
Fonte: Brasil 247
Disse ainda que ligou pessoalmente para o aliado de Eduardo
Cunha para pedir interferência
numa ameaça de paralisação na
construção da hidrelétrica São
11
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
SERRA: FAREI O POSSÍVEL
PARA AJUDAR ‘GOVERNO
TEMER’
Senador tucano José Serra voltou a defender um eventual governo Michel Temer
(PMDB), após o afastamento da presidente Dilma Rousseff: “Creio que se o destino exigir
dele a tarefa de presidir o Brasil, ele estará à altura. Vai dar tudo de si”, afirma; “Vou fazer
o possível para ajudar”, completou; ele se diz contra protelar a votação do impeachment
após o recesso para ampliar o desgaste do governo: “Temos que ter a responsabilidade
de concluir esse processo o mais rápido possível. Começou, agora precisa ter fim”
O
senador tucano José
Serra voltou a defender
um eventual governo
Michel Temer (PMDB), após o afastamento da presidente Dilma
Rousseff:
“Creio que se o destino exigir
dele a tarefa de presidir o Brasil, ele
estará à altura. Vai dar tudo de si”,
afirma. “Vou fazer o possível para
ajudar”, completou, em entrevista
à ‘Folha de S. Paulo’.
Ele, no entanto, contradiz a
corrente majoritária da oposição que defende protelar após
o recesso a votação do impeachment para ampliar o desgaste
do governo. “Temos que ter a responsabilidade de concluir esse
processo o mais rápido possível”,
afirmou. “Começou, agora precisa
ter fim”.
Serra diz ainda que não vê
possibilidade de trauma para o
país e que, se derrotar a tese do
impeachment, a petista pode até
sair maior desse processo. “O Brasil
já viveu um impeachment, o do
[Fernando] Collor. E qual foi o trauma?”, indagou. “Olhando para trás,
entre Collor e o Real, o que você
escolheria?”.
Fonte: Brasil 247
mento visto no Planalto como
“conspiração”. Com o mote da
“pacificação nacional”, porém,
Temer esteve reunido reservadamente com Alckmin e estará
novamente com o tucano nesta
segunda-feira, 7, na cerimônia de
premiação do grupo de líderes
empresariais Lide, presidido por
João Doria Jr.
PSDB AGORA É 100% TEMER
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
Depois de passar todo o ano de 2015 tumultuando o
País, sem aceitar o resultado das eleições presidenciais
do ano passado, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) fecha
acordo com os paulistas José Serra (PSDB-SP) e Geraldo
Alckmin para tentar entregar todo o poder a Michel Temer;
aliança dos tucanos a um governo do peemedebista teria
a garantia de que Temer não irá disputar a eleição de 2018;
embora os tucanos inicialmente defendam a não ocupação de cargos, a conspiração Temer-PSDB para derrubar
a presidente Dilma Rousseff reacende a esperança de
José Serra em assumir o Ministério da Fazenda, para ser o
operador da política econômica liberal do PMDB descrita
na “Ponte para o Futuro”
12
A
o mesmo tempo em
que pede a cassação
de Dilma Rousseff e
Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral, por abuso de
poder político e econômico, o
PSDB já aderiu à articulação do
vice -presidente de trabalhar
pelo impeachment de Dilma no
Congresso.
A estratégia Temer já conseguiu reunir o apoio improvável
dos três principais tucanos que
querem disputar a presidência
em 2018: José Serra, Aécio Neves
e o governador Geraldo Alckmin.
Até meses atrás, apenas Serra era
um entusiasta da ideia de ver o
peemedebista no Planalto. Aécio
jogava para tirar Temer e Dilma
de uma só tacada e disputar uma
nova eleição. Alckmin queria
manter a presidente no cargo até
2018, quando também termina
o mandato dele no Palácio dos
Bandeirantes.
O vice tem conversado há
tempos com os tucanos, movi-
No Palácio dos Bandeirantes,
auxiliares do governador de São
Paulo dizem que, dependendo
do pêndulo do PMDB e das vozes
das ruas, o impeachment pode
evoluir rapidamente. Temer vai
se encontrar publicamente com
Alckmin amanhã,
Na quarta-feira, por exemplo,
horas antes de Cunha aceitar o
pedido de impeachment, Temer,
que é presidente do PMDB, foi
anfitrião de um almoço com
sete senadores de oposição, no
Palácio do Jaburu.
Na prática, par te do PSDB
aceita apoiar um eventual governo de transição comandado por
Temer, caso Dilma caia, desde
que o vice garanta não disputar
a eleição de 2018.
Embora os tucanos inicialmente defendam a não ocupação
de cargos, a conspiração Temer-PSDB para derrubar a presidente
Dilma Rousseff reacende a esperança de José Serra em assumir
o Ministério da Fazenda, para ser
o operador da política econômica liberal do PMDB descrita na
“Ponte para o Futuro”. O “namoro”
de Serra com Temer vem pelo
menos desde agosto.
Fonte: Brasil 247
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
13
DUVIVIER: QUAL SENTIDO DE
TROCAR DILMA PELO LADRÃO?
Humorista Gregório Duvivier chama o PMDB de Al Qaeda e questiona o golpe contra
Dilma: ‘Um impeachment orquestrado por Eduardo Cunha que beneficia Michel Temer
é como um pênalti marcado pelo Eurico Miranda a favor do Vasco. Se não é certo, certamente não é justo, e menos ainda sensato. Se o pecado de Dilma foi ser conivente com
roubo, qual é o sentido de trocá-la pelo ladrão?’; “O país hoje é um avião governado
por uma pilota obtusa e despreparada, mas vale lembrar que o copiloto é da Al Qaeda”,
completa
O
humorista Gregório
Duvivier questiona o
golpe contra Dilma.
Segundo ele, tirar a presidente
por uma pedalada do seu secretário é, por si só, uma espécie de
pedalada.
E completa: ‘Um impeachment
orquestrado por Eduardo Cunha
que beneficia Michel Temer é
como um pênalti marcado pelo
Eurico Miranda a favor do Vasco.
Se não é certo, certamente não
é justo, e menos ainda sensato.
Se o pecado de Dilma foi ser
conivente com roubo, qual é o
sentido de trocá-la pelo ladrão?’.
O colunista ainda chama o
PMDB de Al Qaeda: “O país hoje
é um avião governado por uma
pilota obtusa e despreparada,
mas vale lembrar que o copiloto
é da Al Qaeda”.
Fonte: Brasil 247
ESQUEÇAM, MICHEL TEMER NÃO VAI
APOIAR DILMA
Por Alex Solnik
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
S
14
omente os mal informados, os ingênuos e os cangurus da Austrália ainda
acham que o vice Michel Temer
vai apoiar a presidente Dilma na
questão do impeachment.
Agora é o Fla-Flu, é o nós contra
eles, é o presidente contra o vice.
Somente um dos dois ficará vivo
depois da batalha.
Imaginar que Temer poderá
apoiar a presidente em vez de
“apoiar a si próprio” é uma bobagem descomunal. Seria como dizer
aos jogadores do Flamengo não ganharem do Fluminense para serem
os campeões.
Se ele disser aos seus correligionários “votem contra o impeachment” será o mesmo que dizer
“votem contra mim”. Não só contra
ele, mas contra o PMDB, do qual é
o presidente, diga-se.
Imaginem a reação dos insatisfeitos do PMDB, que não couberam
no governo Dilma, à possibilidade
de poderem assumir dezenas de
milhares de cargos de vários escalões.
“Ah, mas se fizer isso Temer
vai trair a Dilma”. Mas ele não tem
opção. A alternativa seria trair
o PMDB. E, se trair o PMDB, ele
será derrubado da presidência do
partido.
Pois vejam: o grande objetivo
de qualquer partido político é a
conquista do poder e agora que o
poder está a uma esquina ele vai
recuar? Se recuar, sua cabeça rola.
Além do mais, o que Temer
perde com isso? Absolutamente
nada. Se o impeachment não
vingar tudo bem, Dilma continua
no governo e ele também. Ela não
pode demiti-lo. Ficarão de caras
amarradas, não se falarão e fim
de papo.
O primeiro sinal foi a demissão
voluntária de Eliseu Padilha do Ministério da Aviação Civil. Se ele era
o articulador político do governo
até há pouco, dono, portanto de
uma agenda poderosa e deixa o
governo o motivo é somente um:
articular contra o governo.
Ele não entende nada de aviões,
mas tem o mapa da mina da Câmara com os nomes, telefones, datas
de nascimento e nomes das secretárias dos deputados suscetíveis a
um convite indecente para alguns,
honroso para outros. “Vote em
Temer e venha governar conosco”.
Ele sai do governo para ir atrás
dos votos pró-impeachment ou
pró-Temer, o que é a mesma coisa.
Ele sai do governo para tentar
entrar na história, não importa se
pela porta dos fundos.
Enquanto o Planalto se lamenta
ou se diz perplexo o outro lado já
está em campo suando a camisa.
E se os homens do Planalto não
fizerem o mesmo, ba-bau. Ou bye,
bye Dilma.
O problema é que Padilha tem a
oferecer um governo novinho em
folha. E o Planalto apenas sangue,
suor e lágrimas.
Fonte: Brasil 247
DILMA: ‘ESPERO CONFIANÇA TOTAL
DE MICHEL TEMER’
A presidente Dilma Rousseff (PT) disse esperar “integral confiança” do vice-presidente
da República, Michel Temer (PMDB), contra os pedidos de impeachment acolhidos pelo
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha; “Eu espero integral confiança
do Michel Temer. E tenho certeza que ele dará... ao longo desse tempo eu desenvolvi a
minha relação com ele e conheço o Temer como pessoa, como político e como grande
constitucionalista”, afirmou a presidente, em visita ao Recife, onde lançou um plano
nacional de combate ao mosquito Aedes aegypti
A
presidente Dilma Rousseff (PT) disse, esperar
“integral confiança” do
vice-presidente da República,
Michel Temer (PMDB), contra os
pedidos de impeachment acolhidos pelo presidente da Câmara
dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ).
“Eu espero integral confiança do
Michel Temer. E tenho certeza que
ele dará... ao longo desse tempo eu
desenvolvi a minha relação com ele
e conheço o Temer como pessoa,
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
15
como político e como grande constitucionalista”, afirmou a presidente,
em visita ao Recife, onde lançou
um plano nacional de combate ao
mosquito Aedes aegypti.
Prestes a ser cassado por suas
contas secretas na Suíça e também
acusado de prestar favores ao BTG,
Eduardo Cunha aceitou nesta semana o pedido de impeachment contra a presidente Dilma feito pelos
juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale,
pela advogada Janaína Paschoal, e
abraçado pela oposição.
De acordo com os bastidores,
o Palácio do Planalto tem cobrado
uma posição firme do vice, Michel
Temer, contra a abertura do processo de impeachment. Na última
sexta-feira (4), por exemplo, o minis-
tro da Aviação Civil, Eliseu Padilha
(PMDB), um dos aliados mais próximos de Temer, entregou o cargo.
Dilma elogiou ao trabalho do peemedebista. “No caso ministro Padilha, eu me esforcei bastante para
mantê-lo na reforma ministerial. Por
quê? Por que acho que o ministro
Padilha, na direção do Ministério
dos aeroportos (Aviação Civil), está
fazendo um trabalho importante.
Eu não recebi nenhuma comunicação oficial do ministro Padilha
e ainda conto com a participação
dele no governo”, disse.
Em um discurso afinado com a
da presidente Dilma, o ministro da
Secretaria de Comunicação Social
da Presidência, Edinho Silva, afirmou à Folha, que o vice-presidente,
“até o momento, tem se mostrado
extremamente leal e comprometido com a governabilidade”. “Temer
tem adotado uma postura colaborativa, teve papel importante nas
vitórias que tivemos no Congresso
e tem ajudado muito no diálogo
com as forças política”, disse.
De acordo com informações da
colunista do jornal paulistano Mônica Bergamo, Temer pode se encontrar com o governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin (PMDB),
neste fim de semana, em São Paulo,
para reforçar que, em caso de impeachment, buscará um governo de
“união nacional”. O peemedebista
não seria candidato à reeleição em
2018, deixando o caminho livre
para postulantes como o tucano.
Fonte: Brasil 247
SÓ 1 DOS 27 GOVERNADORES
DEFENDE O GOLPE
D
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
iante da ameaça de
golpe do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
contra a presidente Dilma Rousseff,
a maioria dos governadores manifestou apoio ao governo.
16
Segundo levantamento realizado pela ‘Folha’, entre os 27
governadores, ao menos 15 são
contrários à abertura do processo,
nove preferem não se manifestar
de modo incisivo e apenas um é
favorável ao afastamento da presidente: Pedro Taques (PSDB), do
Mato Grosso. Outros dois (de RO e
RR) não responderam à sondagem.
O maior apoio a Dilma vem do
nordeste: oito dos nove chefes
do Executivo da região assinaram
uma carta em repúdio à abertura
do processo.
“Vamos criar uma mobilização
que abranja lideranças políticas e
também entidades da sociedade
para proteger o que construímos”,
afirmou o maranhense Flávio Dino
(PC do B).
Até os tucanos tem tratado do
assunto com cautela. Beto Richa
(PSDB), do Paraná, disse que, hoje,
“ninguém é a favor ou tem o prazer
de defender o afastamento” de Dilma. “Até porque somos democráticos e respeitamos os resultados
das urnas” .
Fonte: Brasil 247
COM POSIÇÃO FIRME, CIRO MARCA
PONTOS PARA 2018
Dos quatro presidenciáveis, à exceção de Lula, que já estão no jogo de 2018, o cearense Ciro Gomes foi quem assumiu a defesa mais enfática da legalidade, condenando
o impeachment e prometendo resistência ao golpe; dois de seus concorrentes, Marina
Silva e Joaquim Barbosa, assumiram posições mais ambíguas, enquanto o tucano Aécio
Neves permitiu que sua imagem fosse associada para sempre a Eduardo Cunha e ao
golpismo; para o escritor Fernando Morais, Ciro é hoje “uma das figuras mais importantes na cena política”
M
omentos decisivos da
história são aqueles
que revelam a natureza das lideranças políticas. Hoje,
quando a democracia brasileira se
vê ameaçada por um impeachment
sem crime de responsabilidade, ou
seja, por um golpe, é importante
notar as posições assumidas por
aqueles que sonham com a presidência da República.
Não há dúvida de que ninguém
se posicionou tão bem quanto o
ex-ministro e ex-governador Ciro
Gomes, que, ontem, ao lado do
governador Flávio Dino, do Maranhão, lançou a nova campanha da
legalidade.”Há um valor que está
acima de tudo, e que deve ser sempre respeitado: é a própria liberdade”, disse Ciro. Numa entrevista
recente, ele também apontou, de
forma didática, porque a tentativa
de deposição de Dilma representa
um golpe.
Enquanto isso, no campo oposto, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que desde a derrota nas
eleições presidenciais, tem feito
de tudo para contestar o resultado
das urnas e para criar instabilidade,
permitiu qua imagem fosse asso-
ciada para sempre ao golpismo e
ao presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ). Aliado de primeira hora dos tucanos, Cunha só
perdeu o apoio do PSDB quando
ameaçou não abrir o processo de
impeachment – agora, voltou a
contar com a tolerância do PSDB, a
despeito das acusações que pesam
contra si.
No meio do caminho, Marina
Silva, da Rede Sustentabilidade,
e Joaquim Barbosa adotaram posições ambíguas. Marina afirmou
que não há razões para impeachment, mas defendeu a cassação via
TSE – ou seja, o que interessa a ela
não é a tranquilidade política, mas
a possibilidade de novas eleições.
O ex-ministro do STF, por sua vez,
também disse não haver motivos
para impeachment, mas disse
que “a crise está na presidência”,
embora ele próprio saiba que a
crise é o modelo político atual, de
presidencialismo de coalizão, que
impõe a chantagem do Legislativo
sobre o Executivo.
Ciro foi o único que, de forma
inequívoca, colocou a democracia
e o respeito às urnas à frente de
qualquer conveniência. Com essa
postura, ele se qualifica para disputar as eleições presidenciais de
2018 – e, eventualmente, até com
o apoio do ex-presidente Lula e dos
partidos de esquerda.
“Ciro é hoje uma das figuras
mais importantes da cena política”,
diz o escritor Fernando Morais.
“Sua pré-candidatura faz muito
bem ao Brasil no contexto atual”,
reforça Flávio Dino, governador do
Maranhão.
Fonte: Brasil 247
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
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O SABOTADOR DA DEMOCRACIA
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
PARA JUSTIFICAR O GOLPE, AÉCIO EVOCA A
INSTABILIDADE QUE ELE MESMO CRIA
18
Por Paulo Nogueira
Aécio é uma pândega.
Ele fala coisas que nada têm a ver
com o que ele próprio faz.
Na campanha, como um papagaio passou a usar a palavra
“meritocracia”. Ora, Aécio jamais
praticou a meritocracia. Encheu
o governo de Minas de parentes,
amigos e assemelhados. A emi-
nência parda de suas gestões foi,
meritocraticamente, sua Andrea,
aquela que dava dinheiro público
de publicidade oficial para a mídia
amiga e sufocava à míngua a mídia
independente.
Sua própria trajetória é a negação da meritocracia: Aécio ganhou
tudo de bandeja – de empregos a
votos – por ser integrante de uma
oligarquia mineira.
Bem, fiel a sua tradição de falar
coisas absurdas, ele agora declarou,
em tom acusatório e olhando para
Dilma, que há muita instabilidade
no Brasil.
Ora, ora, ora.
O nome da instabilidade é Aécio.
Ele vem promovendo acintosamente instabilidade no país desde que
saíram os resultados da eleição em
que ele foi derrotado.
Aécio esteve à frente de todas as
manobras sujas para contestar o desejo do povo expresso nas urnas. Ele
já começou renegando os números
e exigindo recontagem.
Quer dizer: os votos que elegeram Alckmin eram limpos, mas os
que deram um segundo mandato
a Dilma eram sujos.
amargor de ver o colapso de seus
planos sórdidos. Passou para a
história como um corvo, como um
conspirador impenitente, como um
inimigo do povo e de suas escolhas.
Getúlio Vargas, para cujo suicídio ele tanto contribuiu, é uma
figura de extraordinário relevo na
história nacional. É merecidamente
reconhecido como o presidente
que construiu um Brasil novo, no
qual greves, sindicatos e questões
sociais já não eram mais “caso de
polícia”, para usar a infame expressão de um antecessor de GV.
Daí para a frente, Aécio não parou mais de estimular instabilidade
pelo país. O terceiro turno se tornou uma obsessão sua, uma coisa
mesquinha, patológica, alimentada
pelos coronéis da mídia e abençoada por FHC.
Aécio receberá da história a justa
resposta. Será lembrado como um
golpista, um demagogo que fala
em democracia ao mesmo tempo
que a sabota de todas as maneiras
possíveis.
Se Aécio fizer um exercício reflexivo sobre quais foram suas
atividades no ano que se encerra,
uma linha será suficiente. Ele fez um
terceiro turno.
Aécio usar a palavra instabilidade para promover sua causa suja é
o mesmo que Nero apontar para as
chamas de Roma e bradar contra o
incêndio.
Nem a direita venezuelana, um
exemplo mundial de predação e
exclusão, chegou aos extremos de
Aécio, FHC e cúmplices.
Como Lacerda, e como Nero, o
lugar de Aécio – e de seus comparsas como FHC – já está garantido
no panteão dos inimigos da democracia.
Aécio e FHC, somados e misturados, viraram um Frankstein
que você pode batizar de Carlos
Lacerda.
Lacerda passou a vida destruindo
democracias e votos dos brasileiros.
Recebeu a merecida resposta do
destino depois do golpe militar pelo
qual ele tanto se bateu. Ele queria que
os militares derrubassem Jango e lhe
dessem de bandeja a presidência.
Terminou cassado, e morreu do
Estivéssemos em 1964, ele estaria rastejando de quartel em quartel — as vivandeiras dos bivaques
como celebrememente se referiu
o general Castelo Branco aos civis
que pediam aos generais que depusessem Jango.
Aécio não é mais nem menos
que isso: uma vivandeira modelo
2015.
Fonte: Diário do Centro do Mundo
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
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A LIÇÃO DE DEMOCRACIA DE MADURO
PARA AÉCIO E FHC
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
Mais digno e mais honesto que os golpistas brasileiros: Maduro
20
M
aduro reconheceu imediatamente a derrota
na Venezuela e afirmou
que era uma vitória da democracia.
Clap, clap, clap.
De pé.
Os chavistas perderam o controle na Assembleia Legislativa, mas
não perderam a compostura.
Maduro fez o oposto, o exato
oposto, que Aécio e seu mentor
FHC vem fazendo desde outubro
de 2014.
Eles jamais aceitaram a derrota.
Não respeitaram em nenhum momento os 54 milhões de brasileiros
que votaram em Dilma. Despreza-
ram e tentaram anular o que existe
de mais belo e mais puro nas democracias: as urnas. Uniram-se ao que
há de mais corrupto e mais podre na
política brasileira, Eduardo Cunha.
Para tanto, se utilizaram dos
pretextos mais sujos, mais sórdidos,
mais cínicos. Tudo valeu e tudo vale
para promover um golpe que, caso
realizado, vai remeter o Brasil para
o estágio de Republiqueta. Até as
urnas eletrônicas foram postas sob
suspeita.
É a plutocracia com seus vassalos
de sempre, como Aécio e FHC hoje e
Lacerda e Roberto Marinho ontem,
pronta para desestabilizar e derrubar governos populares.
Não importa para Aécio e FHC
que o Brasil seja arremessado a uma
convulsão social por causa do golpe
em marcha.
Ou, em sua brutal miopia reacionária, eles imaginam que vão
roubar – esta a palavra, roubar – o
poder sem reação?
Os brasileiros mais esclarecidos
– e eles vão muito além dos petistas
– já não conseguem mais segurar
sua raiva.
Teve uma força simbólica formidável o coro entoado nos shows
de Caetano e Gil no Rio de Janeiro
na música Odeio Você. Espontaneamente, os jovens presentes
montaram uma parceria vocal com
Caetano. Odeio você Cunha.
Aécio e FHC estão cometendo
um erro de cálculo extraordinário.
Vivem num mundo antigo, e imaginam que a mídia amiga vai proteger
sua reputação neste golpe.
Ora, esta é a Era da Internet,
e não há Marinhos, Frias, Civitas,
Mesquitas que façam a chuva parar.
Acabamos de ver o que aconteceu com Alckmin no embate com
os estudantes de São Paulo. Mesmo
apoiado pela imprensa, Alckmin foi
derrotado, com um preço devastador sobre sua imagem, quando
nas redes sociais viralizaram fotos
e vídeos de seus policiais batendo
na garotada.
Os golpistas perderão – ou agora
ou depois. Não existe chance de que
sua empreitada macabra dê certo.
Neste exato momento, os brasileiros têm a oportunidade de ver o
contraste que surge da Venezuela.
Maduro fez o que qualquer democrata digno faz ao perder: reconheceu a derrota no mesmo dia. E
vai tratar de aprender as lições para
futuras eleições.
Cunha é odiado por se apropriar
de dinheiro dos brasileiros, descaradamente inventar histórias nas
quais ninguém pode acreditar e
depois usar seu cargo espuriamente
para tentar escapar da punição que
merece ao jogar as luzes para o processo de impeachment.
Aécio e FHC são infames, abjetos,
desprezíveis ao sabotar a democracia fingindo, como os generais de
1964, protegê-la.
Seus sócios neste crime de lesa
democracia, a começar por Aécio
e FHC, acham que vão escapar do
ódio despertado por Cunha? Eles
vão esperar que as plateias berrem
“Odeio você Aécio”.
E então, como a plateia de Caetano e Gil, dou meu complemento a
Puig. Maldição eterna e Aécio e FHC.
Me ocorre um título de Puig ao
pensar neles. Começa assim: maldição eterna.
Fonte: Diário do Centro do Mundo
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
21
‘NÃO CONTINUAREI TOLERANDO OS
ATAQUES PESSOAIS E PÚBLICOS EM
SILÊNCIO’
Cristina Kirchner denunciou que seu sucessor, Mauricio Macri, exigiu gritando que a
cerimônia de posse fosse na Casa Rosada.
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
A
22
través das redes sociais,
a presidenta argentina
Cristina Kirchner avisou
que a cerimônia do dia 10 de dezembro “não é sua festa de aniversário e sim o dia em que o presidente
de todos os argentinos assume o
cargo, num sistema democrático em
que ele tem que respeitar o fato de
que seu símbolo maior é a Assembleia Legislativa, onde ele jura como
presidente e onde quem termina
seu período entrega o cargo”. Ademais, esclareceu que ela mesma foi
quem sugeriu o nome do macrista
Federico Pinedo para ser o futuro
presidente provisório do Senado,
e portanto o segundo na linha
sucessória, apesar de que a Frente
para a Vitória (FpV) terá maioria
absoluta de 41 senadores na próxima legislatura, e denunciou que
“o episódio telefônico” lhe pareceu
“algo inexplicável, até que vi hoje
a capa do Clarín e suas manchetes,
que afirmava, com letras tipo catástrofe, que `Macri disse a Cristina
que a cerimônia será na Casa Rosada’. `O presidente eleito ligou para
comunicar que a entrega da faixa e
do bastão presidencial será na Casa
de Governo. Antes, jurará perante
a Assembleia Legislativa, no Congresso´, e termina com um quadro
especial, também na capa: `Macri,
textualmente: se a presidenta não
entrega os atributos, o fará a Corte´”.
Após dar alguns detalhes do ato
realizado na véspera, na localidade
de Don Bosco, onde deu início à
primeira etapa de eletrificação da
Ferrovia Roca, trecho Quilmes-Constitución, Cristina Kirchner, relatou os
pormenores de sua conversa por
telefone com Mauricio Macri:
“De `dizeres´ e gritos, de ameaças de apelar à Corte, à constituição,
às instituições. A realidade e a impunidade midiática. Enquanto isso,
a realidade cotidiana mostra que
estão acontecendo coisas derivadas
das ações e palavras do futuro go-
verno, que estão afetando e afetarão
ainda mais a vida das pessoas.
“Ao finalizar o ato um colaborador me informou que o presidente
eleito havia enviado uma mensagem dizendo que queria falar
comigo. Ao chegar a Olivos – era
impossível atender em meio à multidão do evento – eu liguei.
“Me passaram o celular e o presidente eleito começou, com um
elevado tom de voz, a exigir que eu
deveria entregar o bastão e a faixa
presidencial na Casa Rosada, porque
essa era a `sua cerimônia´, e que se
não fazia como ele dizia, `a Corte
Suprema de Justiça da Nação seria
quem ia lhe entregar os atributos,
porque já os havia consultado.
“Devo confessar que me surpreendeu a exaltada – eufemismo
de gritos – verborragia do presidente eleito. Quando consegui
que ele me deixasse falar – deve
parecer estranho –, senti que
quem estava do outro lado era
outra pessoa, totalmente diferente da que aparece nos meios de
comunicação, e inclusive com a
qual já tive algumas conversas. A
tal ponto que, em um momento
tive que recordar a ele que, apesar
de nossas posições políticas, ele
era um homem e eu uma mulher,
e portanto não é aceitável que ele
me tratasse dessa forma.
Quando pude falar, tentei
explicar o que diz a Constituição
Nacional, em seus artigos 91 e 93.
Mas que independente do que diz
a carta magna, o ato de transmissão do cargo, segundo a simples
compreensão do texto, exige a
presença de duas pessoas: a que
entrega o mando e a que o recebe.
Disse que não se trata de uma
cerimônia de ninguém em particular, e sim de um ato institucional, de
um estado democrático e republicano. Que deve se realizar no Congresso (artigo 93 da Constituição
argentina), porque enquanto não
prestar juramento perante a Assembleia Legislativa não é presidente,
e que logo após a mesma, devem
ser entregues, de forma imediata,
os atributos do Poder Executivo. E
quem deve entregá-lo é a pessoa
que acaba de deixar o cargo, ou seja,
quem vos fala…
Também disse a ele que queria
fazê-lo o quanto antes, para poder
viajar a Santa Cruz (província no
sul da Argentina), porque o voo
regular da Aerolíneas Argentinas
à cidade de Río Gallegos (capital
da província) sai às 15hs, e não
poderá me esperar. Afinal, quero
participar da cerimônia de posse de
Alicia Kirchner como governadora
da província, já que postergou sua
cerimônia para as 20hs, para que eu
possa assistir.
O presidente eleito continuou
gritando e dizendo que não é assim,
que eu tenho que esperá-lo na Casa
Rosada, enquanto ele jura e fala no
Congresso, e só depois entregar o
bastão e a faixa. Tentei explicar a
ele que depois do juramento eu já
não sou mais presidenta, e que por
isso tenho que entregar a faixa e o
bastão imediatamente, e foi aí que
ele me disse, muito irritado, que
eu tenho que acompanhá-lo na
Casa Rosada – e aproveitou para
repetir – porque aquela será a `sua
cerimônia´.
“Bom, então tive que explicar a
ele que `até aqui chegou a minha
paciência, meu querido, e quero
te lembrar três coisas. Primeiro,
que não sou sua acompanhante.
Segundo, que o evento do dia 10
de dezembro não é sua festa de
aniversário, e sim o dia em que o
presidente de todos os argentinos assume o cargo, num sistema
democrático em que ele tem que
respeitar o fato de que seu símbolo
maior é a Assembleia Legislativa,
onde ele jura como presidente e
onde quem termina seu período entrega o cargo. A terceira coisa é que
eu não penso continuar tolerando
em silêncio, como tenho feito até
agora, os maus tratos pessoais e públicos que você vem demonstrando
desde o dia em que eu o convidei
para uma reunião na Mansão de
Olivos, logo após felicitá-lo pelo seu
triunfo. Tampouco aceitarei as mentiras que se propagam, através de
uma impunidade midiática nunca
antes vista…
O recebi com todo o respeito,
inclusive disse a ele, como uma
opinião pessoal, que o presidente
provisório do Senado tinha que ser
alguém de seu partido, pensando
na linha sucessória, apesar da bancada da FpV (aliança kirchnerista)
ter maioria absoluta a partir de 10
de dezembro, com 41 senadores do
nosso espaço, que poderia votar em
alguém de suas próprias filas para
esse cargo, mas que preferiu dar um
sinal claro em favor da governabilidade e da convivência democrática.
Mais que isso, me atrevi a sugerir
a ele que fosse Federico Pinedo,
que além de ser um homem de
diálogo e um cavalheiro, ajudaria
a vice-presidenta eleita a superar a
dificuldade objetiva de sua saúde,
para enfrentar as sessões maratônicas, como as que se costumam
acontecer com muita frequência no
parlamento.
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
23
Também disse que votaríamos
como presidente da Câmara dos
Deputados em um membro do seu
partido, por ser o terceiro na linha
sucessória, em nome da governabilidade. Tal como disse, ambas
as coisas aconteceram, durante as
cerimônias de juramentos dos senadores e dos deputados, de forma
exemplar.
Com palcos repletos de familiares e militantes de todos os partidos,
que foram ver o juramento de seus
deputados e senadores sem que se
produzisse nenhum incidente, estavam todos os partidos políticos com
representação parlamentar.
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
Máximo me contou que, antes
do seu juramento como deputado,
Federico Pinedo se aproximou para
lhe cumprimentar. Não me equivoquei com Pinedo, sempre foi um
cavalheiro.
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Por que então o presidente eleito
declarou, logo após a reunião que
mantivemos, que havia sido uma
`reunião improdutiva´? Quando ali
mesmo, na porta da Mansão de Olivos, ao sair, ele disse que havia sido
uma reunião cordial, e que haveria
uma linda cerimônia de transmissão
de mando, para, horas mais tarde,
qualificá-la de `improdutiva´.
Por que tenta desconhecer as
inumeráveis reuniões entre os
funcionários do nosso governo e
as pessoas que o presidente eleito
designou?
Declarações, fotos, imagens, demonstram uma total normalidade.
Não se reuniram nas catacumbas,
mas sim em seus escritórios públicos, muitos deles até mais de 3 vezes
e durante horas.
Qual a razão desse maltrato e por
que se fala de falta de colaboração?
Se quando Lino Barañao, Ministro de
Ciência e Tecnologia deste governo
desde 2007, me consultou sobre se
poderia aceitar o convite macrista
para continuar no cargo, eu disse
imediatamente que sim, senão ele
teria rejeitado a oferta.
Por que esse empenho em mostrar algo que não existe? Me perguntava ontem à noite qual era a
razão para complicar algo tão simples como uma transição? Porque
devo reconhecer que o maltrato
dessa ligação telefônica que me
fez o presidente eleito me parecia
inexplicável, e quase inacreditável.
Num país hostilizado por abutres, dentro de um mundo em convulsão econômica, política e militar,
que exige de nós mais unidade
nacional, ideias e ações para que a
recessão e a violência global não nos
alcancem, o episódio telefônico me
parecia insólito.
Até que hoje vi a capa do Clarín,
com a manchete, em letras tipo
catástrofe: `Macri diz a Cristina que
a cerimônia de posse será na Casa
Rosada´. `O presidente eleito ligou
para comunicar que a entrega da
faixa e do bastão presidencial será
na Casa de Governo. Antes, jurará
perante a Assembleia Legislativa,
no Congresso´, e termina com um
quadro especial, também na capa:
`Macri, textualmente: se a presidenta não entrega os atributos, o fará a
Corte´”, relatou CFK.
Tradução: Victor Farinelli
Fonte: Carta Maior
NOVOS RUMOS NEWS | Nº7 DEZEMBRO 2015
25
RÚSSIA CONQUISTA MAIS UMA VITÓRIA
NO CONFLITO COM A TURQUIA E DAESH
A Rússia saiu-se vitoriosa do conflito que se iniciou como resultado da negligência das
ações da Turquia, terminando com prejuízos para este país, Pentágono, OTAN, e, claro,
o grupo Daesh (Estado Islâmico). É o que foi publicado pelo jornal iraniano Shargh Iran
O
incidente com o avião
russo Su-24, abatido
pela aviação turca na
Síria, provocou uma séria deterioração das relações entre a Rússia e
Turquia. O caso foi tachado de “um
golpe nas costas” pelo presidente
russo Vladimir Putin e levantou
sérias denúncias sobre o suposto
envolvimento do presidente turco
Erdogan no comércio ilegal de
petróleo promovido pelo grupo
terrorista Daesh (Estado Islâmico)
na Síria.
“Após os ataques da Força Aérea da Turquia contra o caça russo,
todos os olhos ficaram voltados na
direção da Rússia e sua possível
resposta militar. Alguns analistas
falaram sobre o poder de combate
da Turquia e os outros começaram
a especular sobre quem, em última
análise, seria o vencedor desta disputa, esperando novas ações por
parte da Rússia. No entanto, poucos
perceberam que o vencedor foi
determinado já no primeiro dia do
incidente. E este foi a Rússia”, escreveu o colunista Vandad Alvandipoor
ao Shargh Iran.
O autor lembra, em primeiro lugar, que dois dias depois do ataque
da Turquia ao caça da Força Aérea
da Rússia, Moscou bombardeou e
destruiu pelo menos 20 caminhões
que entraram na Síria a partir do território da Turquia, e, como resultado
deste ataque matou sete motoristas
turcos, mostrando que a Rússia tomou uma significativa ação militar
em resposta.
Além disso, algumas horas após
o ataque contra o seu caça, a Rússia
decidiu fornecer à Síria o sistema
de defesa de mísseis S-300, o que
protege o país de qualquer ameaça
potencial que surgiriam nas imediações de seus combatentes.
“
Em outras palavras, por causa
das ações imprudentes da Turquia,
a Rússia está agora, não só entregando à Síria o mais recente sistema
anti-aeronaves e expandindo sua
frota no país, mas também dizendo
às suas contrapartes, ou seja, a Turquia, os EUA e seus aliados na OTAN,
a nova regra em caso de ameaça: se
continuar a interferência das ações
da Rússia na Síria, isto vai ter uma
resposta imediata”, argumentou o
colunista.
Fonte: Sputniknews
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