PLANO DE ACTIVIDADES 2009 PROGRAMAÇÃO Introdução A

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PLANO DE ACTIVIDADES 2009 PROGRAMAÇÃO Introdução A
PLANO DE ACTIVIDADES
2009
PROGRAMAÇÃO
Introdução
A programação das exposições e actividades definidas para o ano de 2009 tem em conta a precária
situação financeira da Fundação Arpad Szenes -Vieira da Silva.
A Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva procura satisfazer os objectivos que presidiram à sua criação
e manter a qualidade que lhe é reconhecida, essencialmente graças aos apoios pontuais, com uma
programação contida, em ambição e custos.
Importa assegurar a estabilidade com rigor e de forma consistente, procurando sempre honrar todos
aqueles que se empenharam em instituir a Fundação como um museu de referência da obra dos dois
artistas que celebra e alberga.
A permanência do conjunto de obras de Vieira da Silva pertencentes à Colecção de Jorge de Brito em
depósito na Fundação continua como questão essencial e crítica e é uma preocupação constante do
Conselho de Administração desde da morte de Jorge de Brito em Agosto de 2006.
A Fundação recebeu, em 2009, um generoso depósito de um importante espólio de obras de arte de
Arpad Szenes e de Maria Helena Vieira da Silva que inclui livros raros, fotografias, correspondência e
outra documentação.
EXPOSIÇÕES
Exposição permanente
O núcleo do acervo regularmente apresentado sofre várias alterações, em particular na galeria principal.
Se, por um lado, a montagem é regularmente mudada para permitir novas leituras da obra dos dois
artistas, em 2009 a exposição “Au fil du temps. Percurso fotobiográfico de Vieira da Silva” obriga à
remontagem das quatro salas do piso superior. O usual movimento de obras para exposições
temporárias no museu ou no exterior obriga igualmente à reorganização do percurso da exposição
permanente.
Exposições temporárias
Em 2009 contam-se as seguintes exposições temporárias:
“Au fil du temps – percurso fotobiográfico de Vieira da Silva”
O ano do centenário do nascimento de Vieira da Silva, 2008, foi pretexto para a realização de um
projecto sempre acalentado pela Fundação – uma fotobiografia. O catálogo da exposição permite
acompanhar o percurso de vida e a evolução da obra de Maria Helena Vieira da Silva. Resulta de um
intenso trabalho de pesquisa sobre imagens e outros documentos do Centro de Documentação da
Fundação, do Comité Arpad Szenes – Vieira da Silva (Paris) e dos arquivos da Fundação Mário Soares,
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bem como de documentação privada de amigos que acompanharam a artista ao longo da vida. A
fotobiografia englobou ainda depoimentos actuais, recolhidos junto de quem a conheceu e com ela
conviveu, focando a obra, a personalidade, as afinidades, a amizade e os afectos.
(13 de Novembro 2008 – 30 de Março 2009)
“Alberto de Lacerda encontros com Vieira da Silva e Arpad Szenes”
Alberto de Lacerda foi autor de uma notável obra poética, tendo sido mesmo considerado como um dos
melhores poetas da sua geração. A sua cultura e a sua opção pelo exílio são dois pontos fundamentais
que o unem a Maria Helena Vieira da Silva e a Arpad Szenes, com quem partilhou uma sincera amizade.
Alberto de Lacerda é lembrado tanto pela sua crença nas coisas do espírito, pela sua enorme cultura,
paixão pela música e pelas artes em geral, pela dança, pelo teatro, pelo cinema, para além da poesia e
literatura, como pela amizade que nutria fidelissimamente por alguns privilegiados. Vieira da Silva (mais
do que Arpad Szenes) foi uma amiga muito particular. Generoso com os amigos, o poeta definiu a
amizade como uma coisa concreta, como testemunha Luís Amorim de Sousa, a quem unia uma
profunda amizade e que herdou o legado do poeta e permitiu o conhecimento da sua obra, o alcance da
sua colecção de livros, discos, obras de arte, documentos, correspondência, fotografias e diários. A
exposição reúne correspondência, fotografias, desenhos, serigrafias e pinturas.
(02 de Abril – 05 de Julho 2009)
“António Sena. Cahiers . Books”
Comissariada por João Pinharanda (consultor da Fundação EDP), reuniu um extenso conjunto de
desenhos do pintor António Sena que integram diferentes séries (série “Books”, série “Cahiers de
Voltaire”), baseadas no Livro do Génesis e no texto de Voltaire, Poème sur le désastre de Lisbonne, sobre
o terramoto de 1755. O catálogo bilingue (português/inglês) inclui um texto de Vasco Graça Moura. A
exposição “Cahiers . Books”, integra o programa de mecenato e colaboração entre a Fundação EDP e a
Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, iniciado em 2008 com as exposições “Correspondências” sobre
a relação de Arpad e Vieira com Mário Cesariny (e “Vieira da Silva, Arpad Szenes e o Castelo Surrealista”,
no Museu da Electricidade) e “V”, desenhos de Adriana Molder, e que deu lugar (3 de Dezembro 2009 –
31 de Janeiro 2010) a uma exposição com obras de Arpad Szenes e Vieira da Silva, “Vieira da Silva e
Arpad Szenes – ateliers”, na Sala do Cinzeiro da Fundação EDP, com comissariado de Marina Bairrão
Ruivo.
(09 de Julho – 27 de Setembro 2009)
“Património e Biografia – Vieira da Silva e o Jardim das Amoreiras”
No âmbito das comemorações do 15.º aniversário da abertura da Fundação Arpad Szenes – Vieira da
Silva, propôs-se um percurso pela história do edifício. Escolhido pela pintora Maria Helena Vieira da Silva
(1908-1992) para albergar a sua Fundação, o edifício foi construído para receber a antiga Fábrica de
Tecidos de Seda e encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1984. Situado na
Praça das Amoreiras, o imóvel insere-se na malha pombalina do Bairro das Águas Livres, desenhada em
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1759 por Carlos Mardel. Foi reabilitado e adaptado ao programa museológico pelos arquitectos José
Sommer Ribeiro e Richard Clarke, entre 1990 e 1994. A exposição procurou explorar e revelar ao público
as afinidades formais e conceptuais entre o edifício da Fundação e o universo plástico e vivencial da
pintora. Comissariada por Helena Barranha e Marina Bairrão Ruivo, pontuada com pinturas de Vieira da
Silva, a exposição foi organizada em 5 núcleos: História do lugar; O edifício da Fábrica de Tecidos de
Seda; A Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva; Projecto de arquitectura; 15 anos de exposições.
Apresentou um conjunto representativo de pinturas, desenhos, plantas e fotografias, com o apoio da
Câmara Municipal de Lisboa na cedência de documentação (Departamento de Bibliotecas e Arquivos e
Divisão de Gestão de Arquivos) e na aquisição de parte da edição do catálogo. A CML assumiu as obras
de restauro integral da fachada, dos acessos de mobilidade, rebaixando as passadeiras de acesso ao
museu, e colaborou com empenho neste projecto, prestando um tributo aos artistas, à instituição e ao
património histórico e contemporâneo da cidade.
(01 Outubro 2009 – 21 de Janeiro 2010)
EXPOSIÇÕES NO ESTRANGEIRO (PARTICIPAÇÃO)
Em 2009, mantendo a política de divulgação internacional da colecção da Fundação, vão ser cedidas
obras e/ou organizadas as seguintes exposições:
- 1 tempera de Vieira da Silva, Craie, de 1958, para a exposição “De Miró a Warhol – La collection
Berardo à Paris, Musée du Luxembourg”, commissariada por André Cariou (16 de Outubro 2008 – 22 de
Fevereiro 2009).
- 43 obras de Vieira da Silva para exposição “A intuição e a estrutura – de Torres-García a Vieira da Silva
1929-1949” organizada pelo Museu Colecção Berardo, comissariada por Eric Corne, Centro Cultural de
Belém (4 de Dezembro 2008 – 15 de Fevereiro 2009) e IVAM – Institut Valencia d’Art Modern (24 de
Fevereiro – 3 de Maio 2009).
– 1 pintura de Vieira da Silva Lisbonne du souvenir, c. 1940, cedida temporariamente para a exposição
“Lisboa. Memórias de uma cidade”, Museu Sakip Sabanci, Istambul (14 de Maio - 12 de Julho 2009).
– 2 litografias de Vieira da Silva (Atlantide, 1973; Le coup de vent, 1991), cedidas temporariamente para
a exposição “Espacio/Espaço Escrito. Revista de literatura en los dos lenguas”, MEIAC Museo
Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporáneo, Badajoz (16 de Dezembro 2009 – 30 de Junho
2010).
EXPOSIÇÕES EM PORTUGAL (PARTICIPAÇÃO/ORGANIZAÇÃO)
- 43 obras de Vieira da Silva para exposição “A intuição e a estrutura – de Torres-García a Vieira da Silva
1929-1949” organizada pelo Museu Colecção Berardo, comissariada por Eric Corne, Centro Cultural de
Belém, Lisboa (4 de Dezembro 2008 – 15 de Fevereiro 2009).
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- 1 pintura de Vieira da Silva, Ville Forte, 1960, para a exposição “Lá fora” organizada pelo Museu da
Presidência e que teve lugar no Museu da Electricidade, Lisboa (e itinerâncias) (16 Janeiro - 15 de Março
2009)
- 1 desenho de Arpad Szenes (Marie-Helène dessinant, c. 1939-1940) e 2 desenhos de Vieira da Silva
(Lettre à maman non expediée, 1936), cedidos temporariamente a Blue Velvet para a exposição “Gosto
de Mulheres”, Galeria do Arade, Portimão (21 Março - 24 Maio 2009).
- 1 pintura de Vieira da Silva, L’Oranger, 1954, (col. CAM-FCG, em depósito na FASVS), cedida
temporariamente para a exposição “Arte Moderna em Portugal 1910-1945”, Museu do Chiado, Lisboa
(27 Março - 21 Junho 2009).
– 1 pintura de Vieira da Silva, Les balançoires, 1931, cedida temporariamente para a exposição “Arte
moderna em Portugal: de Amadeo a Paula Rego”, Museu do Chiado, Lisboa (2 de Julho - 31 de Outubro
2009).
OUTRAS ACTIVIDADES
Planeiam-se acções para a divulgação e rentabilização do Museu, através de várias iniciativas.
- Conferência “A Criança e a Arte” organizada pela Escola Superior de Educadores de Infância Maria
Ulrich no âmbito do Mestrado em Educação pela Arte (26 de Fevereiro 2009).
- Espectáculo de fantoches, Tio Miséria, de Inácio Vilarinho, seguido da conferência “Os contos” com
Joaninha Duarte e Fernanda Pinto, moderadora: Ana Paula Guimarães. Parceria da Fundação com o
Mestrado “A criança e as Artes” da Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich e o Instituto
de Estudos de Literatura Tradicional da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova
de Lisboa. Estas actividades inseriam-se no tema “Literatura e Artes Tradicionais” (16 de Junho 2009).
- Conferência “Incremento da participação do público nas artes: porquê, como e para quê?” – Prof.
Doutora Fátima Anllo Vento, Universidade Complutense de Madrid (13 de Novembro 2009).
- Conferência “Para lá do Branding: Desafios de Marketing das Organizações Culturais num mercado
Sobrelotado” – Prof. Doutor François Colbert da HEC de Montréal (4 de Dezembro 2009), ambas
organizadas pelo GPEARI – Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do
Ministério da Cultura no âmbito da Pós-Graduação em Gestão e Empreendimento Cultural e Criativo,
em parceria com o Instituto Superior de Ciências do Trabalho – ISCTE.
No âmbito das comemorações do centenário do nascimento de Maria Helena Viera da Silva, a Fundação
programou várias iniciativas para assinalar o acontecimento que contam com o apoio da Câmara
Municipal de Lisboa. Nelas se insere a edição de Na casa de Vieira da Silva, manual pedagógico /
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pequeno livro sobre a vida e a obra da pintora da autoria da historiadora de arte Ana Ruivo. Esta edição
será gratuitamente distribuída por escolas do 1º e 2º ciclo, retendo a Fundação 1000 exemplares.
À semelhança de anos anteriores, a Fundação vai aderir ao evento internacional “Noite dos Museus”
que garante sempre grande visibilidade e novos públicos. Este ano destacam-se os contos às pinceladas,
por Liliana Lima dos Contos da Lua Nova; poesia, com leitura de poemas por Jorge Silva Melo dos
Artistas Unidos; visitas guiadas; música, gerações, pela voz de Luísa Águas acompanhada por Diogo
Águas e um concerto pelo guitarrista e compositor João Pires.
OFICINAS PARA FAMÍLIAS
Atelier lúdico-pedagógico Pequena Helena, para a exposição “Au fil du temps”, realizados pelo Projecto
Move-ateliers de psicomotricidade.
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