versão retificada do relatório e contas 2014

Transcrição

versão retificada do relatório e contas 2014
COMUNICADO
18 de maio de 2015
VERSÃO RETIFICADA DO RELATÓRIO E CONTAS 2014
A Glintt – Global Intelligent Technologies, S.A., Sociedade Aberta, vem informar os Senhores Acionistas e o
Mercado da versão retificada do Relatório e Contas do exercício de 2014, que se junta integralmente em
anexo e na qual foram retificados dois lapsos de escrita.
Com efeito, no mapa “Demonstração da Posição Financeira Consolidada a 31 de Dezembro de 2014” do
ponto “4.1 Demonstrações Financeiras Consolidadas” (pág. 60), há duas retificações na coluna
“31/12/2013”:
1.ª) O Total do Ativo Não Corrente é “174.781.226” (em vez dos anteriores “174.345.847”);
2.ª) O Total do Ativo Corrente é “46.364.451” (em vez dos anteriores “46.799.830”).
Os restantes valores do mapa mantêm-se inalterados.
Raul Lufinha
Secretário-Geral e Investor Relations
///////////////////////////////////////////////////////
tel. + 351 219 100 200
fax + 351 219 100 299
[email protected]
Glintt – Global Intelligent Technologies, S.A. | Sociedade Aberta
Beloura Office Park, Ed. 10, Quinta da Beloura 2710 - 693 Sintra | Portugal
Capital Social: € 86.962.868 | Matrícula na C.R.C de Sintra | Pessoa Coletiva nº 503.541.320
www.glintt.com
PÁG 1 / 1
RELATÓRIO E CONTAS
| 2014 |
Índice
3
4
5
9
10
10
1// Enquadramento
1.1. Mensagem do Presidente
1.2. A Glintt
1.3. Principais Indicadores
1.4. Empresas do grupo
1.5. Órgãos Sociais
11
12
13
14
14
15
15
16
17
2// Relatório Consolidado de Gestão
2.1. Contexto Macro Económico
2.2. Desempenho em 2014 e Perspetivas para 2015
2.3. Modelo de Governação
2.4. Informação Privilegiada – Sumário
2.5. Proposta de Aplicação dos Resultados
2.6. Declaração dos Responsáveis sobre a conformidade da Informação
Financeira Apresentada
2.7. Agradecimentos
Anexos ao Relatório Consolidado de Gestão
19
3// Governo da Sociedade
59
60
115
4// Demonstrações Financeiras e Notas às Contas
4.1 Demonstrações Financeiras Consolidadas
4.2 Demonstrações Financeiras Individuais
142
143
147
149
5// Anexos
5.1. Certificação Legal e Relatório de Auditoria
5.2. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
5.3. Declaração dos Responsáveis sobre a conformidade da Informação
Financeira apresentada
1// Enquadramento
1// ENQUADRAMENTO
Mensagem do Presidente
Como sabemos, os últimos anos trouxeram desafios
relevantes para o País, para as empresas e para a grande
maioria dos cidadãos. A conjuntura não era favorável,
mas importava acima de tudo encontrar estratégias
claras que permitissem inverte-la.
Neste contexto, a Glintt continua a afirmar-se como uma
marca forte no mercado das Tecnologias de Informação,
em especial na área estratégica da Saúde.
Nesse aspeto, 2014 terá sido um ano de viragem, com
a generalidade dos indicadores a apresentarem sinais
positivos. A economia Portuguesa cresceu 0,9%, o
emprego também melhorou cerca de 2%.
Somos otimistas na capacidade de continuar a gerar
emprego e valor acrescentado para clientes e acionistas.
No sector das tecnologias de informação, os resultados
não foram diferentes, tendo o ano de 2014 sido
igualmente marcado por um crescimento positivo
(1,3%) que evidenciou também uma inversão na
trajetória de crescimento do sector.
Se atentarmos nas projeções para 2015 e 2016,
pese embora perspetivem ritmos de crescimento
moderados e ainda condicionados pelo elevado nível de
endividamento do setor privado, e pelos processos de
consolidação orçamental, acreditamos que há matéria
para estarmos igualmente otimistas.
Somos otimistas quanto ao futuro da Glintt.
Com o apoio dos accionistas, a qualidade da gestão, o
empenhamento dos colaboradores e o reconhecimento
dos nossos clientes, acredito que os próximos anos
serão de afirmação deste projecto empresarial, a nível
interno e a nível internacional.
Luís Matias
Presidente do Conselho
de Administração
O desempenho da Glintt em 2014 foi globalmente
positivo, evidenciando crescimento dos resultados
líquidos e operacionais. A defesa e a manutenção de
níveis de rentabilidade sólidos ao longo dos últimos
anos para a confiança dos nossos parceiros, clientes,
acionistas e colaboradores, tem sido um denominador
constante na estratégia de gestão da atual equipa.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
4
1// ENQUADRAMENTO
1.2. A Glintt
A Glintt – Global Intelligent Technologies é uma das maiores empresas tecnológicas Portuguesas, cotada na
Euronext Lisbon, a operar na Europa, África e América Latina e conta com um coletivo de cerca de 1900 profissionais,
especializados e capazes de oferecer aos seus Clientes soluções com valor acrescentado para o negócio.
Com filiais em 5 países, encontra-se também presente em França, Holanda, Reino Unido, República Checa, Suíça,
Alemanha e Moçambique.
PORTUGAL | ESPANHA | POLÓNIA | ANGOLA | BRASIL
ONDE
estamos
REINO UNIDO | FRANÇA | BENELUX | ALEMANHA | MOÇAMBIQUE |
RELATÓRIO E CONTAS 2014
5
1// ENQUADRAMENTO
Missão
CONSTRUIR com os Clientes e Parceiros, soluções tecnológicas inovadoras e úteis, que contribuam para o progresso
sustentado dos mesmos.
Num mercado cada vez mais complexo e desafiante, onde a mudança é uma constante, a capacidade das empresas
sistematicamente apresentarem soluções inovadores e de valor acrescentado para os clientes, requer um maior
enfoque em torno das áreas do seu Core Business.
Visão
CAMINHAR para ser uma empresa de Matriz Tecnológica, Especializada e Referente no seu principal sector de
atividade – o Sector da Saúde.
Pilares
ALAVANCAR a oferta em áreas de valor acrescentado que permitam cumprir com os cincos objetivos fundamentais:
i) Liderança e notoriedade;
ii) Solidez de Balanço;
iii) Crescimento Sustentável;
iv) Inovação e empreendedorismo;
v) Valores fundamentais de conduta.
Estratégia
SER reconhecida como empresa líder junto dos seus clientes de referência, inovadora, sustentável e socialmente
responsável, mediante cumprimento e prossecução dos seguintes objetivos estratégicos:
Crescimento Sustentável – Definição de modelos de negócio sustentáveis e aumento do foco de investimento
junto dos principais clientes de referência.
Previsibilidade e Controlo de Risco – Introdução de ferramentas e medidas claras para efetuar adequada gestão
e controlo de risco operacional, diminuindo o grau de incerteza e aumentando níveis de previsibilidade dos
resultados.
Aumento da Eficiência – Adequação de estrutura e recursos, capex e opex, com vista ao aumento da eficiência
do resultado operacional.
Inovação e Empreendedorismo
O Grupo promove uma cultura de inovação e empreendedorismo, a qual se traduz em três compromissos essenciais:
• Incentivar a procura ativa e a partilha do conhecimento com vista ao desenvolvimento de soluções que
incorporem experiência e resultados de uma vigilância de mercado, tecnológica e organizacionalmente eficiente;
• Criar um ambiente de valorização e desenvolvimento profissional, onde a cada colaborador lhe seja dada
oportunidade de explorar a sua criatividade e experiencia pessoal em prol de iniciativas que criem valor nas mais
diversas atividades do dia-a-dia, contribuindo desta forma na melhoria contínua e nos processos de inovação
do Grupo.
• Participar ativamente em projetos de investigação e desenvolvimento aplicáveis às Tecnologias de Informação,
quer ao abrigo de iniciativas nacionais, quer internacionais.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
6
1// ENQUADRAMENTO
Responsabilidade Social e Corporativa
A Glintt possui e incentiva uma cultura de responsabilidade social e corporativa, tendo publicado na sua Politica “Glintt
Responsável”, um conjunto de oito compromissos assumidos pelo Grupo para dar resposta às suas preocupações de
cariz responsável em matéria social, económica e ambiental, os quais se resumem na presente figura.
Glintt
Responsável
OS 3 PILARES
Somos
Economicamente
Responsáveis
Somos
Socialmente
Responsáveis
Somos
Ambientalmente
Responsáveis
OS 8 COMPROMISSOS
1. Garantir transparência e
rigor nos negócios e na
informação prestada.
2. Promover as ações
possíveis e necessárias para
mitigar atos
de suborno, extorsão e/ou
corrupção.
3. Promover a participação
das partes
interessadas, considerando as
suas
expectativas e valores na
tomada de decisões.
4. Apoiar e respeitar os
direitos humanos, proteger o
direito ao trabalho e
promover o equilíbrio entre a
5. Promover e incentivar a
participação em ações de
voluntariado empresarial.
6. Promover o
desenvolvimento das
Comunidades onde exerce a
sua atividade, através de
ações de investimento social
e de cariz
7. Preservar o ambiente e
promover a adoção de
procedimentos
ambientalmente
responsáveis junto da
cadeia de valor.
8. Garantir o
encaminhamento adequado
de resíduos gerados pela
atividade e promover a
reciclagem e/ou reutilização
dos mesmos.
Do conjunto de iniciativas levadas a cabo em 2014 pelo coletivo de colaboradores da Glintt destacamos: ações
de recolha de sangue; ações de recolha de roupa e alimentos para comunidades desfavorecidas; participação em
iniciativas de ensino juvenil enquadradas em programas internacionais; colaboração e recolha de meios monetários
para apoio de organizações de caracter social.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
7
1// ENQUADRAMENTO
As Nossas Pessoas
A Glintt promove uma relação sustentável, justa e ética com todos os seus colaboradores, conferindo oportunidades
de desenvolvimento e crescimento pessoal e profissional, as quais têm por base modelos de carreira e sistemas de
avaliação imbuídos de um espirito de meritocracia.
O que é ser Glintter?
Luís Andrade Silva
Sérgio Cruz
Joana Gomes
“(...) é ação!”
“(...) é ser
trabalhador.”
“(...) é ser
entusiasta!”
“É vencer novos
desafios a cada dia.”
Rita
Russo
Porquê a Glintt?
Joana Vasconcelos
Joana
Cargo
Vasconcelos
“Porque tem
imenso espaço
para crescer(…)”
André
Ferreirinha
“Pelas referências
no mercado(…)”
Cláudia
Sá
“Pela inovação (…)”
RELATÓRIO E CONTAS 2014
Gabriela
Varandas
“Pelo entusiasmo
e motivação, (…)”
8
1// ENQUADRAMENTO
1.3. Principais Indicadores
VOLUME VENDAS / EBITDA / EBIT
VENDAS VERSUS PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
em milhões €
em milhões €
10,6%
91
86
91
69
80
86
67
-3%
9,6%
9,0%
7,2%
22
2012
2013
Volume de Negócios
2014
Margem EBITDA
-14%
2012
Margem EBIT
81%
78%
76%
6,9%
6,3%
80
65
-3%
19 -18%
16
2013
2014
Vendas
Prestação de serviços
Contrib. % Prest. Serv.
EVOLUÇÃO DO RESULTADO LÍQUIDO
VENDAS POR MERCADO
em milhares €
em milhões €
1 247
1 314
+5%
1 338
91
+2%
15,6
+39%
86
21,7
-15%
2012
2013
2014
GASTOS COM PESSOAL E FSE’s
80
21,3
-8%
75,5
64,3
58,9
2012
2013
2014
Nacional
Volume de Negócios
-2%
Internacional
EQUIPA DE PROFISSIONAIS
em milhares €
12.105
-5,0%
2014
1312
11.499
+0%
-7,8%
14.609
15.851
2013
1314
-1,5%
39.636
39.033
+1%
2013
Gastos com Pessoal
RELATÓRIO E CONTAS 2014
2014
Subcontratados
2012
1300
FSE´s
9
1// ENQUADRAMENTO
1.4. Empresas do Grupo
O Grupo Glintt é composto por um conjunto de 18 empresas.
i)
Glintt – Global Intelligent Technologies, S.A. (empresa mãe)
ii) Glintt – Technology Enabled Services, S.A. (TES)
iii) Glintt – Business Solutions, Lda. (BS)
iv) Glintt – Business Process Outsourcing, S.A. (BPO)
v) Glintt – Healthcare Solutions, S.A. (HS)
vi) NetPeople – Tecnologias de Informação, S.A. (Netpeople)
vii) RHM – Management de Recurso Humanos, Sociedade Unipessoal, Lda. (RHM)
viii) SOL-S e Solsuni – Tecnologias de Informação, S.A.
ix) Glintt Energy, S.A.
x) Glintt Inov, S.A.
xi) Pulso Informática, S.L., Unipersonal (sediada em Espanha)
xii) Consoft, S.A.U (sediada em Espanha)
xiii) Farmasoft Informatica y Servicios, S.L. (sediada em Espanha)
xiv) Glintt España, Sociedade Limitada (Unipersonal) (sediada em Espanha)
xv) GLINTT POLSKA Sp. Z o.o (abreviado Glintt Polska Sp. Z.o.o) (sediada na Polónia)
xvi) SolService Angola, Lda. (sediada em Angola)
xvii) Glintt Angola, Lda. (sediada em Angola)
xviii) Glintt Brasil Ltda. (sediada no Brasil)
1.5 Órgãos Sociais
Conselho de Administração
Presidente
Dr. Luis Carlos Alves Rodrigues Matias
Vogal
Dr. Nuno Vasco Rodrigues Viegas Vieira Lopes
Vogal
Dr. Vitor Manuel Lopes Segurado
Vogal
Eng. Manuel Francisco Costa Mira Godinho
Vogal
Dr. Luis Paulo Reis Cocco
Vogal
Dr. Alexandre Miguel da Cruz Machado Pereira Gomes
Vogal
Sr. Henrique Augusto Pereira Moreira
Vogal
Eng. Pedro Manuel de Barros Inácio
Vogal
Dr. José Luis Bonifácio Lopes
Comissão Executiva
Presidente Executivo
Eng. Manuel Francisco Costa Mira Godinho
Administrador Executivo
Dr. Luis Paulo Reis Cocco
Administrador Executivo
Dr. Alexandre Miguel da Cruz Machado Pereira Gomes
Conselho Fiscal
Presidente
Dr. Luis Manuel Pereira da Silva
Vogal
Dr. Carlos Manuel Charneca Moleirinho Grenha
Vogal
Dr. João Gaspar Lopes Ribeiro
Revisor Oficial de Contas
Efetivo
Suplente
BDO & Associados, SROC, Lda
Representada pelo Dr. João Paulo Torres Cunha Ferreira (ROC nº 956)
Dr. Gonçalo Raposo da Cruz (ROC nº 1189)
Mesa da Assembleia Geral
Presidente
Dr. José Alberto Vasconcelos Tavares Moreira
Secretário
Dr. José António da Ponte Zeferino
Secretário da Sociedade
Efetivo
Dr. Raul Miguel Lampreia Corrêa Teles Lufinha
Suplente
Dra. Raquel Rocha e Silva
Comissão de Vencimentos
Presidente
Dr. Rui Manuel Assoreira Raposo
Vogal
Dr. Jorge de Brito Pereira
Vogal
Dr. Victor Réfega Fernandes
Representante para as Relações com o Mercado
Dr. Raul Miguel Lampreia Corrêa Teles Lufinha
RELATÓRIO E CONTAS 2014
10
2// Relatório Consolidado
de Gestão
2.1 Enquadramento Macro Económico
A economia mundial cresceu cerca de 3,3% em 2014, ligeiramente abaixo do crescimento inicialmente projetado. Para
2015 e 2016 perspetivam-se taxas de crescimento do PIB mundial entre 3,5%-3,6% e 3,7%-4,0%, respetivamente. O
efeito positivo da descida do preço do petróleo que vem sendo uma realidade desde meados de 2014, e resulta de
fatores relacionados com a lei da oferta e da procura, prevê-se que continue a estimular o crescimento da economia
mundial, aproximadamente durante os próximos dois anos, uma vez que aumenta o poder aquisitivo e de procura
privada dos importadores de petróleo, com especial relevância para as economias avançadas, onde o posterior reflexo
dessa redução de preços, nos preços a fornecer ao consumidor final será mais expressivo do que nas economias
emergentes e em desenvolvimento. Em paralelo e à-contrário, o efeito positivo da descida do preço do petróleo,
deverá contrapor com o sentimento de incerteza e instabilidade que é gerado nos mercados financeiros internacionais,
sobretudo nas economias dos mercados emergentes, bem como com os efeitos que resultam da estagnação e das
reduzidas taxas de inflação da zona euro e do japão.
O crescimento verificado em 2014 na zona euro foi igualmente mais lento do que o inicialmente projetado, com uma
taxa de 0,8%, que compara com as projeções de 1% registadas no início do ano. Esta evolução resultou sobretudo do
fraco nível de investimento dos países da zona euro e do baixo nível de inflação, os quais, como é sabido resultam
da necessidade dos países reduzirem os seus níveis de endividamento e darem continuidade à implementação de
planos claros de austeridade, como medida de ajuste orçamental. Para 2015 e 2016 projetam-se crescimentos de
1,2% e 1,4% respetivamente, suportados sobretudo pelos efeitos da descida dos preços do petróleo, por uma política
monetária mais alargada, por orientações mais neutrais relativamente à política fiscal, e pela recente depreciação da
moeda euro.
Em Portugal, a evolução da economia manteve-se condicionada pelo processo de correção dos desequilíbrios
macroeconómicos, que havia anteriormente motivado a adoção de um conjunto de medidas de consolidação
orçamental nomeadamente as que decorreram do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), e que se
prolongaram durante o ano que findou. O Produto Interno Bruto cresceu 0,9% em 2014, valor este que compara com
a redução de 1,4% verificada em 2013 e a de 3,2% verificada em 2012. Para 2015 e 2016, as projeções apontam para
uma contínua e gradual recuperação da atividade económica, a qual deverá apresentar taxas de crescimento anual de
1,7% e 1,9%, respetivamente. Estas projeções contemplam contudo, diferentes ritmos de crescimento em resultado
da evolução da procura externa e interna, durante os três anos da projeção. Por um lado, são perspetivados os efeitos
positivos do crescimento projetado para as exportações, em linha com as hipóteses para a procura externa dirigida
à economia portuguesa, por outro, a procura interna deverá apresentar um crescimento mais moderado, refletindo
um crescimento sustentado do consumo privado, consistente com a evolução do rendimento disponível real, e
uma aceleração da formação bruta de capital fixo, nomeadamente da componente empresarial. Esta evolução da
procura interna mantem-se também condicionada pela necessidade de dar continuidade ao processo de consolidação
orçamental e pelos elevados níveis de endividamento do setor privado.
Relativamente ao mercado das TI, e conforme dados avançados pela IDC em Fevereiro último, estima-se que,
em 2014, o mercado nacional tenha invertido a tendência de quebra que se vinha a verificar nos últimos 5 anos,
apresentando um crescimento de 1,3%. Igual tendência positiva de crescimento é perspetivada para 2015, 2016,
2017 e 2018, anos, onde o novo contexto económico e o rápido desenvolvimento da 3ª Plataforma de TIC deverão
contribuir para crescimentos de 0,9%, 1,7%, 1,9% e 2,2%, respetivamente. A 3ª Plataforma Tecnológica que assenta
em 4 pilares fundamentais – Mobilidade, Serviços Cloud, Tecnologias Sociais e Big Data, e preconiza a possibilidade
das organizações obterem ganhos de competitividade elevados, visíveis no aumento da eficiência operacional, na
inovação aleada à oferta de produtos e serviços e no suporte a processos estratégicos, incluindo internacionalização,
virá apresentar desafios relevantes para a generalidade das organizações e representará igualmente um conjunto
alargado de oportunidades para as organizações do mercado das TI.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
12
2// RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
2.2. Desempenho em 2014 e Perspetivas Futuras
Desempenho em 2014
O volume de negócios consolidado da Glintt em 2014 ascendeu a 80,2 Milhões de euros, o que representa uma
redução de 6,8% face a 2013. Este decréscimo resultou da queda das receitas no mercado doméstico, o qual, continua
a refletir um ambiente de retração na compra por parte dos clientes de produtos e serviços de IT.
Não obstante, o Resultado Operacional Bruto (EBITDA) subiu cerca de 3% face a 2013, cifrando-se nos 8,5 Milhões de
Euros, tendo a margem operacional bruta (Margem EBITDA) subido de 9,6% para 10,6% e o Resultado Líquido crescido
cerca de 2%, para 1.338 mil euros.
Esta evolução resulta uma vez mais das medidas implementadas, quer ao nível da reorientação da oferta, quer ao
nível do controlo de custos, medidas estas que visam acima de tudo garantir a obtenção de níveis de rentabilidade
considerados sustentáveis, quer a curto quer a longo prazo.
O que dizem os nossos clientes
“As principais vantagens foram a criação
de um espaço agradável, comercialmente
atraente, a motivação extra dos
colaboradores ao fazerem parte de um
novo projeto e uma resposta extremamente
favorável dos utentes, que sentem que a
sua farmácia, mesmo em tempos adversos,
arriscou e investiu melhorando a resposta
dada.”
Dr.ª Olga Baptista
Farmacêutica Diretora
Técnica da Farmácia Cumieira
“O projeto permite à área da manutenção da
José de Mello gerir de forma integrada toda a
sua atividade, facilitando a comunicação com
os serviços e aumentando a sua produtividade.”
Miguel Machado
Project Manager Group
Information Services,
Information Systems Iberia Merck
RELATÓRIO E CONTAS 2014
Manuel Fernandes
Responsável pela Área
de Manutenção Sotavento
da Águas do Algarve
“Os anos de existência da Glintt, a sua
experiência e capacidade de cumprir
prazos. O orçamento apresentado era
consentâneo com os da concorrência.”
Nuno Cadavez Peres
Gestor de Infraestruturas
e Manutenção da
José de Mello Saúde
“Em conjunto com a Glintt criámos uma
solução em QlikView que nos permite
analisar, de forma mais intuitiva e
simples, mas com maior rigor e precisão
a performance dos nossos produtos e
vendedores, tendo em conta a evolução
mercado e dos nossos principais
concorrentes. Conseguimos agora, com
menos trabalho e mais fiabilidade, encontrar,
de forma muito rápida, respostas agregadas
ou com elevado nível de detalhe às
perguntas concretas sobre o nosso negócio,
nomeadamente ao nível operacional e de
desenvolvimento de negócio.”
“Esta solução traz vantagens para os
colaboradores, graças à uniformização dos
processos, e também para os utentes que
passam a ter menor tempo de espera porque
o acesso a toda a informação clínica e
processual passa a ser muito mais rápido.”
“A avaliação contínua da atividade de
manutenção, centrada na Ferramenta MAC,
tem permitido um esforço de melhoria
contínua, com base em objetivos previamente
definidos e, em conjunto com os prestadores
de serviços de manutenção, tomar as medidas
necessárias em termos de organização e
qualidade de trabalho, de forma a garantir
a disponibilidade das instalações para
operação, com o mínimo de anomalias possível,
garantindo o estado de conservação dos
equipamentos e infraestruturas.”
Miguel Barradas
Diretor de Sistemas
de Informação do
HVFX
“Este salto tecnológico vem congregar
toda a informação e o desenvolvimento do
processo, num único sistema capaz de lidar
com a informação do presente e deixar-nos
tranquilos em relação ao aumento de
volumetrias que tenhamos no futuro”.
Cristina Pinho
Diretora de Operações
da AdvanceCare
“O objetivo primário desta solução é a
otimização alargada de um conjunto de
processos com vista ao progressivo aumento
da produtividade dos nossos recursos
humanos”.
Sérgio Melro
Diretor Executivo,
pelouro de Tecnologias de
Informação da AdvanceCare
13
2// RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
Perspetivas Futuras
De acordo com o comunicado publicado em março pelo Banco de Portugal, as projeções para a economia portuguesa
no horizonte 2015-2017 apontam para uma recuperação gradual da atividade, com um ritmo de crescimento próximo
do projetado para a área do Euro. Estas projeções consideram contudo ritmos de evolução diferentes no que se refere
aos mercados externo e interno, onde para o mercado externo e atendendo às hipóteses consideradas para a procura
dirigida à economia portuguesa é possível perspetivar um crescimento mais acentuado das exportações, à-contrário,
as projeções consideradas relativamente à procura interna contemplam ainda diversas de condicionantes que no final
poderão fazer prever um ritmo de crescimento mais lento no mercado doméstico.
Neste contexto, a comissão executiva da Glintt entende como positiva esta melhoria das condições da atividade
económica e acredita que gradualmente ela produzirá efeitos nas prioridades de negócio das organizações nacionais,
influenciando positivamente as decisões de investimento dos principais agentes económicos, contudo sendo
expectável que o ritmo de crescimento do mercado doméstico será mais lento, do que o mercado internacional, vem
reforçar uma vez mais a sua convicção de que o enfoque do crescimento da empresa, bem como o seu garante de
sustentabilidade no médio longo prazo, continuará nos próximos anos a ser o mercado internacional.
Em paralelo, e de acordo com o comunicado divulgado ao mercado em 3 de Fevereiro último, a Glintt deverá avançar
com a implementação de medidas estratégicas adicionais, as quais seguirão em paralelo com as principais linhas de
orientação estratégica que vinham a ser seguidas desde 2011:
1) Investimento seletivo junto de novos clientes no mercado internacional;
2) Manutenção e reforço da rentabilidade e solidez do balanço, dando continuidade às medidas de controlo e
excelência da performance operacional;
3) Promoção de iniciativas de investigação e desenvolvimento, orientadas para um crescimento sustentado a
médio e longo prazo;
4) Estabelecer o objetivo de acrescida especialização da atividade, dos recursos e dos investimentos, no sector da
saúde e nas áreas de maior valor acrescentado;
5) Iniciar a restruturação da Organização Corporativa da sociedade e das Áreas de Negócio, com vista a atingir
uma maior eficiência da estrutura existente, nas vertentes societária, dirigente e operacional, com simultânea
redução dos custos de funcionamento e acréscimo de competitividade no mercado;
6) Identificar possíveis interessados na aquisição de Áreas de Negócio não-core, ou outro tipo de operação que
tenha por efeito a saída dessas áreas da exclusiva esfera de interesse económico da Glintt.
A Glintt estima que o Volume de Negócios para 2015 deverá ser ligeiramente superior ao de 2014, com um maior
contributo da componente internacional, devendo a margem EBITDA situar-se entre os 9% - 10%.
2.3. Modelo de Governação
A Glintt é uma holding cotada na Euronext Lisbon e adotou um modelo de governação onde o Conselho de Administração
desempenha um papel ativo no acompanhamento da gestão operacional de cada uma das sociedades participadas. O
modelo de governação da sociedade é detalhadamente descrito no Relatório de Governo da Sociedade, o qual é parte
integrante do presente relatório (vide por favor, capítulo 3).
2.4. Informação Privilegiada – Sumário
Durante o exercício de 2014, foi divulgada pela Sociedade a seguinte informação privilegiada:
• 27 Março 2014
Resultados Consolidados 2013
• 22 Maio 2014
Deliberações da Assembleia Geral Anual de 22 de Maio de 2014
• 22 Maio 2014
Constituição da Comissão Executiva e designação do Secretário da Sociedade, para o triénio 2014-2016
• 27 Maio 2014
Resultados Consolidados do 1º Trimestre de 2014
RELATÓRIO E CONTAS 2014
14
2// RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
• 1 Agosto 2014
Resultados Consolidados do 1º Semestre de 2014
• 16 Setembro 2014
Renúncia e cooptação de Vogal do Conselho de Administração
• 20 Novembro 2014
Resultados Consolidados do 3º Trimestre de 2014
• 4 Dezembro 2014
Calendário Financeiro para 2015
2.5. Proposta de Aplicação dos Resultados
O Conselho de Administração da Glintt – Global Intelligent Technologies, S.A., nos termos e para os efeitos do disposto
na alínea b) do nº 1 do artigo 376º do Código das Sociedades Comerciais e de acordo com o Relatório de Gestão
propõe que o resultado líquido positivo individual da Sociedade no exercício de 2014, no montante de 1.968.733,10
Euros (contas separadas), seja dada a seguinte aplicação:
• 98.436,66 Euros – Reservas Legais
• 1.870.296,44 Euros – Resultados Retidos de Exercícios Anteriores
2.6. Declaração dos Responsáveis sobre a conformidade
da Informação Financeira Apresentada
De acordo com o disposto na alínea c) do nº 1 do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, os membros do
Conselho de Administração da Glintt – Global Intelligent Technologies, S.A. declaram que, tanto quanto é do seu
conhecimento, a informação constante do relatório de gestão, as contas anuais, a certificação legal de contas e os
demais documentos de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento, foi elaborada em conformidade com
as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação
financeira e dos resultados da emitente Glintt e das empresas incluídas no perímetro da consolidação, e que o
relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da emitente Glintt e das
empresas incluídas no perímetro da consolidação, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que
se defrontam.
Beloura, 10 de Abril de 2015.
Luis Carlos Alves Rodrigues Matias
(Presidente do Conselho de Administração)
Nuno Vasco Rodrigues Viegas Vieira Lopes
(Administrador)
Vítor Manuel Lopes Segurado
(Administrador)
Manuel Mira Godinho
(Presidente da Comissão Executiva)
Luís Paulo Reis Cocco
(Administrador Executivo)
Alexandre Gomes
(Administrador Executivo)
Henrique Moreira
(Administrador)
Pedro Inácio
(Administrador)
José Bonifácio Lopes
(Administrador)
RELATÓRIO E CONTAS 2014
15
2// RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
2.7. Agradecimentos
A Glintt agradece aos seus Acionistas e Clientes a confiança demonstrada durante o ano de 2014. Agradece também
aos seus Parceiros estratégicos a colaboração ativa em projetos comuns, bem como a capacidade de criação de novos
negócios. Agradecemos igualmente a todos os Colaboradores pelo desempenho conseguido em 2014 e pelo apoio na
prossecução das medidas estratégicas implementadas, permitindo à Glintt continuar a afirmar-se como empresa de
referência no mercado das TI.
Beloura, 21 de Abril de 2015
O Conselho de Administração
RELATÓRIO E CONTAS 2014
16
2// RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
Anexos ao Relatório Consolidado de Gestão
• Ações detidas pelos membros dos órgãos sociais
Participação dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização na Sociedade e em Sociedades em relação de
domínio ou de grupo (Artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais) e Transações de Dirigentes (nº 7 do Artigo
14º do Regulamento da CMVM).
Nº Títulos
31/dez/13
Nº Títulos
31/dez/14
Aquisições
Alienações
Preço Unit.€
Data
Luis Carlos Alves Rodrigues Matias
-
-
-
-
-
-
Vítor Manuel Lopes Segurado
-
-
-
-
-
-
362 819
337 819
-
25 000
0,22
25/11/14
Conselho de Administração
Manuel Mira Godinho
-
-
-
-
-
-
100 000
100 000
-
-
-
-
3 300
3 300
-
-
-
-
Abel Bernardino Teixeira Mesquita
-
- (c)
-
-
-
-
Henrique Augusto Pereira Moreira
- (a)
-
-
-
-
-
15
15
-
-
-
-
José Luis Bonifácio Lopes
-
-
-
-
-
-
Joaquim Anibal Goes (d)
-
-
-
-
-
-
Nº Títulos
31/dez/13
Nº Títulos
31/dez/14
Luís Paulo Reis Cocco
Alexandre Gomes
Luis Gameiro da Silva (b)
Pedro Manuel de Barros Inácio
Conselho Fiscal
Aquisições
Alienações
Preço Unit.€
Data
Luís Manuel Pereira da Silva
-
-
-
-
-
-
Carlos Manuel Charneca Moleirinho Grenha
-
-
-
-
-
-
João Gaspar Lopes Ribeiro
-
-
-
-
-
-
Aquisições
Alienações
Preço Unit.€
Data
-
-
-
-
Quadros Dirigentes
Nº Títulos
31/dez/13
Jorge Manuel Vicente Rodrigues Fróis
Nº Títulos
31/dez/14
5 000
5 000
(a) À data de início de funções - 16 de setembro de 2014
(b) Cessou funções em 11 de março de 2015
(c) À data de cessação de funções - 16 de setembro de 2014
(d) Cessou funções em 22 de maio de 2014
• Participações Qualificadas
Para efeitos da alínea c) do nº 1 do artigo 9º do Regulamento 5/2008 da CMVM, apresenta-se a lista de titulares de
participações qualificadas comunicadas à Sociedade até 31 de Dezembro de 2014 e calculadas nos termos do artigo
20º do Código dos Valores Mobiliários.
Associação Nacional de Farmácias
Ações
0
Diretamente
Através da Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda.,
sociedade dominada pela Associação Nacional de Farmácias (a)
Através do Dr. António Nuno de Jesus Ribeiro de Barros, membro do Conselho de
Administração da Farminveste – SGPS, S.A., sociedade dominante da Farminveste
Capital
0
Votos0
43.246.620
49,73%
49,73%
1.000
0,0011%
0,0011%
43.247.620
49,73%
49,73%
3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda. e dominada pela Associação Nacional de
Farmácias
Total Imputável
José Ribeiro Gomes
Diretamente
Ações
2.600.000
Capital
2,98%
Votos
2,98%
Total Imputável
2.600.000
2,98%
2,98%
(a) De acordo com o comunicado à Glintt no dia 3 de Setembro de 2013: «Para efeitos de atualização da informação prestada sobre a participação
qualificada detida pela Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda., (“Farminveste”), sociedade com sede na Travessa de Santa Catarina, n.º
8, 1200-403, Lisboa, na GLINTT – GLOBAL INTELLIGENT TECHNOLOGIES, S.A. (“Glintt”), desde o dia 24 de Julho de 2008 e, bem assim, para os demais
efeitos que a Glintt venha a considerar pertinentes no âmbito de informação que divulgue ao mercado, a Farminveste informa que, na presente
data, detém diretamente 49,73% do capital social e dos direitos de voto da Glintt. Em acréscimo, o Dr. António Nuno de Jesus Ribeiro de Barros,
membro do Conselho de Administração da Farminveste – SGPS, S.A. – sociedade dominante da Farminveste – detém 0,0011% do capital social e dos
direitos de voto.» Assim, nos termos e para os efeitos das alíneas b), d) e i) do n.º 1 do Artigo 20.º do Código de Valores Mobiliários, são imputáveis
à Farminveste, à Farminveste, S.A. e à Associação Nacional das Farmácias, na qualidade de entidade dominante das referidas sociedades, 49,73%
dos direitos de voto na Glintt.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
17
2// RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
• Transações de ações próprias
No exercício de 2014, não se realizaram transações de ações próprias.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
18
3// Governo da Sociedade
RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO
2014
Glintt – Global Intelligent Technologies, S.A.
Sociedade Aberta
Advertências:
• Salvo indicação em contrário ou quando do contexto resulte diferentemente, as informações são prestadas por
referência ao último dia do exercício económico a que o relatório diz respeito, ou seja, a 31 de Dezembro de 2014;
• Consideram-se feitas para o Código dos Valores Mobiliários todas as referências a artigos sem indicação do respetivo
diploma legal.
Parte I – Informação Obrigatória sobre Estrutura Acionista,
Organização e Governo da Sociedade
A. Estrutura Acionista
I. ESTRUTURA DE CAPITAL
1. Estrutura de capital (capital social, número de ações, distribuição do capital pelos acionistas, etc), incluindo
indicação das ações não admitidas à negociação, diferentes categorias de ações, direitos e deveres inerentes
às mesmas e percentagem de capital que cada categoria representa (Art. 245.º-A, n.º 1, al. a)).
O capital social da Glintt é de € 86.962.868, sendo composto por 86.962.868 ações, todas da mesma categoria,
com o valor nominal de € 1, e encontrando-se totalmente disperso em bolsa, na Euronext Lisbon.
2. Restrições à transmissibilidade das ações, tais como cláusulas de consentimento para a alienação ou limitações
à titularidade de ações (Art. 245.º-A, n.º 1, al. b)).
Não existem restrições à transmissibilidade das ações.
3. Número de ações próprias, percentagem de capital social correspondente e percentagem de direitos de voto
a que corresponderiam as ações próprias (Art. 245.º-A, n.º 1, al. a)).
A Glintt tem zero ações próprias.
4. Acordos significativos de que a sociedade seja parte e que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem em
caso de mudança de controlo da sociedade na sequência de uma oferta pública de aquisição, bem como os
efeitos respetivos, salvo se, pela sua natureza, a divulgação dos mesmos for seriamente prejudicial para a
sociedade, exceto se a sociedade for especificamente obrigada a divulgar essas informações por força de
outros imperativos legais (art. 245.º-A, n.º 1, al. j).
A Glintt não é parte em acordos que refiram a mudança de controlo na sequência de uma oferta pública de
aquisição.
Adicionalmente, mais se informa existir um contrato de financiamento, materialmente relevante, junto do
então Banco Espírito Santo, S.A. no montante de € 19.500.000,00, nos termos do qual – sem ser mencionada
essa referida mudança de controlo na sequência de uma oferta pública de aquisição – “é passível de ser
considerada como fundamento de vencimento das obrigações do Cliente, qualquer transmissão de participações
representativas, direta ou indiretamente, do capital social do Cliente, sem prévia autorização do BES e desde que
tais transmissões se traduzam em alterações na gestão da Sociedade, designadamente na eleição dos membros
dos órgãos sociais.”
5. Regime a que se encontre sujeita a renovação ou revogação de medidas defensivas, em particular aquelas que
prevejam a limitação do número de votos suscetíveis de detenção ou de exercício por um único acionista, de
forma individual ou em concertação com outros acionistas.
Na Glintt não existem medidas defensivas, bem como não existe qualquer regime para a sua renovação ou
revogação, caso existissem.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
20
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
6. Acordos parassociais que sejam do conhecimento da sociedade e possam conduzir a restrições em matéria
de transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto (art. 245.º-A, n.º 1, al. g).
A Glintt não tem conhecimento de acordos parassociais.
II. PARTICIPAÇÕES SOCIAIS E OBRIGAÇÕES DETIDAS
7. Identificação das pessoas singulares ou coletivas que, direta ou indiretamente, são titulares de participações
qualificadas (art. 245.º-A, n.º 1, als. c) e d) e art. 16.º), com indicação detalhada da percentagem de capital e
de votos imputável e da fonte e causas de imputação.
Associação Nacional de Farmácias
Ações
0
Diretamente
Através da Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda.,
sociedade dominada pela Associação Nacional de Farmácias (a)
Através do Dr. António Nuno de Jesus Ribeiro de Barros, membro do Conselho de
Administração da Farminveste – SGPS, S.A., sociedade dominante da Farminveste
Capital
0
Votos0
43.246.620
49,73%
49,73%
1.000
0,0011%
0,0011%
43.247.620
49,73%
49,73%
3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda. e dominada pela Associação Nacional de
Farmácias
Total Imputável
José Ribeiro Gomes
Diretamente
Ações
2.600.000
Capital
2,98%
Votos
2,98%
Total Imputável
2.600.000
2,98%
2,98%
(a) De acordo com o comunicado à Glintt no dia 3 de Setembro de 2013: «Para efeitos de atualização da informação prestada sobre a participação
qualificada detida pela Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda., (“Farminveste”), sociedade com sede na Travessa de Santa Catarina, n.º
8, 1200-403, Lisboa, na GLINTT – GLOBAL INTELLIGENT TECHNOLOGIES, S.A. (“Glintt”), desde o dia 24 de Julho de 2008 e, bem assim, para os demais
efeitos que a Glintt venha a considerar pertinentes no âmbito de informação que divulgue ao mercado, a Farminveste informa que, na presente
data, detém diretamente 49,73% do capital social e dos direitos de voto da Glintt. Em acréscimo, o Dr. António Nuno de Jesus Ribeiro de Barros,
membro do Conselho de Administração da Farminveste – SGPS, S.A. – sociedade dominante da Farminveste – detém 0,0011% do capital social e dos
direitos de voto.» Assim, nos termos e para os efeitos das alíneas b), d) e i) do n.º 1 do Artigo 20.º do Código de Valores Mobiliários, são imputáveis
à Farminveste, à Farminveste, S.A. e à Associação Nacional das Farmácias, na qualidade de entidade dominante das referidas sociedades, 49,73%
dos direitos de voto na Glintt.
8. Indicação sobre o número de ações e obrigações detidas por membros dos órgãos de administração e de
fiscalização.
Participação dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização na Sociedade e em Sociedades em
relação de domínio ou de grupo (Artigo 447.º do Código das Sociedades Comerciais) e Transações de Dirigentes
(n.º 7 do Artigo 14.º do Regulamento da CMVM).
Nº Títulos
31/dez/13
Nº Títulos
31/dez/14
Aquisições
Alienações
Preço Unit.€
Data
Luis Carlos Alves Rodrigues Matias
-
-
-
-
-
-
Vítor Manuel Lopes Segurado
-
-
-
-
-
-
362 819
337 819
-
25 000
0,22
25/11/14
Conselho de Administração
Manuel Mira Godinho
-
-
-
-
-
-
100 000
100 000
-
-
-
-
3 300
3 300
-
-
-
-
Abel Bernardino Teixeira Mesquita
-
- (c)
-
-
-
-
Henrique Augusto Pereira Moreira
- (a)
-
-
-
-
-
15
15
-
-
-
-
José Luis Bonifácio Lopes
-
-
-
-
-
-
Joaquim Anibal Goes (d)
-
-
-
-
-
-
Nº Títulos
31/dez/13
Nº Títulos
31/dez/14
Luís Paulo Reis Cocco
Alexandre Gomes
Luis Gameiro da Silva (b)
Pedro Manuel de Barros Inácio
Conselho Fiscal
Aquisições
Alienações
Preço Unit.€
Data
Luís Manuel Pereira da Silva
-
-
-
-
-
-
Carlos Manuel Charneca Moleirinho Grenha
-
-
-
-
-
-
João Gaspar Lopes Ribeiro
-
-
-
-
-
-
Aquisições
Alienações
Preço Unit.€
Data
-
-
-
-
Quadros Dirigentes
Nº Títulos
31/dez/13
Jorge Manuel Vicente Rodrigues Fróis
5 000
Nº Títulos
31/dez/14
5 000
(a) À data de início de funções - 16 de setembro de 2014
(b) Cessou funções em 11 de março de 2015
(c) À data de cessação de funções - 16 de setembro de 2014
(d) Cessou funções em 22 de maio de 2014
RELATÓRIO E CONTAS 2014
21
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
9. Poderes especiais do órgão de administração, nomeadamente no que respeita a deliberações de aumento do
capital (art. 245.º-A, n.º 1, al. i), com indicação, quanto a estas, da data em que lhe foram atribuídos, prazo
até ao qual aquela competência pode ser exercida, limite quantitativo máximo do aumento do capital social,
montante já emitido ao abrigo da atribuição de poderes e modo de concretização dos poderes atribuídos.
Nos termos do n.º 2 do artigo 4.º dos Estatutos, o Conselho de Administração poderá, quando o julgar
conveniente e obtido o parecer favorável do Conselho Fiscal, aumentar o capital social da sociedade por
entradas em dinheiro, por uma ou mais vezes, até ao limite máximo global de € 10.000.000.
Porém, durante o exercício de 2014, o Conselho de Administração não entendeu ser necessário aumentar o
capital social, pelo que não solicitou qualquer parecer ao Conselho Fiscal para o efeito.
10. Informação sobre a existência de relações significativas de natureza comercial entre os titulares de
participações qualificadas e a sociedade.
31/12/2014
Réditos
Farmainveste
Gastos
Saldos devedores
Saldos credores
93 067
-
75 501
-
93 067
-
75 501
-
B. ÓRGÃOS SOCIAIS E COMISSÕES
I. Assembleia Geral
a) Composição da Mesa da Assembleia Geral*
*ao longo do ano de referência
11. Identificação e cargo dos membros da mesa da assembleia geral e respetivo mandato (início e fim).
A Mesa da Assembleia Geral da Glintt é constituída por um Presidente e um Secretário:
• Dr. José Alberto Vasconcelos Tavares Moreira (Presidente);
• Dr. José António da Ponte Zeferino (Secretário).
Os membros da Mesa da Assembleia Geral foram eleitos a 22 de Maio de 2014 para um mandato de 3 anos,
2014/2016.
Através da coordenação do Secretário-Geral Dr. Raul Lufinha, a Glintt – tendo em conta a situação económica
da Sociedade – disponibiliza ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral todos os recursos humanos e logísticos
de apoio por este considerados adequados ao desempenho independente e competente das suas funções e às
respetivas necessidades.
b) Exercício do Direito de Voto
12. Eventuais restrições em matéria de direito de voto, tais como limitações ao exercício do voto dependente da
titularidade de um número ou percentagem de ações, prazos impostos para o exercício do direito de voto ou
sistemas de destaque de direitos de conteúdo patrimonial (Art. 245.º-A, n.º 1, al. f).
Na Glintt não existem restrições em matéria de direito de voto.
A cada ação corresponde um voto.
Não foi adotada qualquer medida que tivesse por efeito exigir pagamentos ou a assunção de encargos pela
Sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do órgão de administração e que
se afigurem suscetíveis de prejudicar a livre transmissibilidade das ações e a livre apreciação pelos acionistas do
desempenho dos titulares do órgão de administração.
13. Indicação da percentagem máxima dos direitos de voto que podem ser exercidos por um único acionista ou
por acionistas que com aquele se encontrem em alguma das relações do n.º 1 do art. 20.º.
100%.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
22
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
14. Identificação das deliberações acionistas que, por imposição estatutária, só podem ser tomadas com maioria
qualificada, para além das legalmente previstas, e indicação dessas maiorias.
Para além das legalmente previstas, não existem deliberações acionistas que, por imposição estatutária, só
possam ser tomadas com maioria qualificada.
II. ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO
a) Composição*
*ao longo do ano de referência
15. Identificação do modelo de governo adotado.
A Glintt é governada por um Conselho de Administração, que delegou a gestão corrente da Sociedade numa
Comissão Executiva.
16. Regras estatutárias sobre requisitos procedimentais e materiais aplicáveis à nomeação e substituição dos
membros do Conselho de Administração (art. 245.º-A, n.º 1, al. h).
Não existem regras estatutárias sobre requisitos procedimentais e materiais aplicáveis à nomeação e substituição
dos membros do Conselho de Administração.
17. Composição do Conselho de Administração, com indicação do número estatutário mínimo e máximo de
membros, duração estatutária do mandato, número de membros efetivos, data da primeira designação e data
do termo de mandato de cada membro.
Nos termos dos Estatutos da Glintt, a Sociedade é administrada por um Conselho de Administração composto
por um número, par ou ímpar, de membros, no mínimo de dois e no máximo de onze, conforme deliberação dos
acionistas que designará igualmente o respetivo Presidente.
Os membros do Conselho de Administração podem ser acionistas ou não e são eleitos por períodos de três anos,
sendo permitida a sua reeleição por triénios sucessivos, sem qualquer limitação.
A 31 de Dezembro de 2014, o Conselho de Administração da Glintt eleito para o mandato 2014/2016 tinha a
seguinte composição:
Presidente Dr. Luís Carlos Alves Rodrigues Matias
Vogal Dr. Vítor Manuel Lopes Segurado
Vogal Eng. Manuel Francisco Costa Mira Godinho
Vogal Dr. Luís Paulo Reis Cocco
Vogal Dr. Alexandre Miguel da Cruz Machado Pereira Gomes
Vogal Eng. Luís Manuel Gameiro da Silva
Vogal Eng. Pedro Manuel de Barros Inácio
Vogal Dr. José Luís Bonifácio Lopes
Vogal Sr. Henrique Augusto Pereira Moreira
Foi a seguinte a data da primeira designação de cada um dos membros do Conselho de Administração:
Presidente Dr. Luís Carlos Alves Rodrigues Matias: 2013-03-12;
Vogal Dr. Vítor Manuel Lopes Segurado: 2008-06-11;
Vogal Eng. Manuel Francisco Costa Mira Godinho: 2010-11-16;
Vogal Dr. Luís Paulo Reis Cocco: 2011-01-21;
Vogal Dr. Alexandre Miguel da Cruz Machado Pereira Gomes: 2011-01-01;
Vogal Eng. Luís Manuel Gameiro da Silva: 2011-01-01;
Vogal Eng. Pedro Manuel de Barros Inácio: 2004-04-30;
Vogal Dr. José Luís Bonifácio Lopes: 2013-09-26;
Vogal Sr. Henrique Augusto Pereira Moreira: 2014-09-16.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
23
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
18. Distinção dos membros executivos e não executivos do Conselho de Administração e, relativamente aos
membros não executivos, identificação dos membros que podem ser considerados independentes.
18.1. A independência dos membros do Conselho Geral e de Supervisão e dos membros da Comissão de Auditoria
afere-se nos termos da legislação vigente e, quanto aos demais membros do Conselho de Administração,
considera-se independente quem não esteja associado a qualquer grupo de interesses específicos na sociedade
nem se encontre em alguma circunstância suscetível de afetar a sua isenção de análise ou de decisão,
nomeadamente em virtude de:
a. Ter sido colaborador da sociedade ou de sociedade que com ela se encontre em relação de domínio ou de
grupo, nos últimos três anos;
b. Ter, nos últimos três anos, prestado serviços ou estabelecido relação comercial significativa com a sociedade
ou com sociedade que com esta se encontre em relação de domínio ou de grupo, seja de forma direta ou
enquanto sócio, administrador, gerente ou dirigente de pessoa coletiva;
c. Ser beneficiário de remuneração paga pela sociedade ou por sociedade que com ela se encontre em relação
de domínio ou de grupo, além da remuneração decorrente do exercício das funções de administrador;
d. Viver em união de facto ou ser cônjuge, parente ou afim na linha reta e até ao 3.º grau, inclusive, na linha
colateral, de administradores ou de pessoas singulares titulares direta ou indiretamente de participação
qualificada;
e. Ser titular de participação qualificada ou representante de um acionista titular de participação qualificada.
No Conselho de Administração da Sociedade, a 31 de Dezembro de 2014, existem:
‒ cinco membros não executivos:
Presidente Dr. Luís Carlos Alves Rodrigues Matias
Vogal Dr. Vítor Manuel Lopes Segurado
Vogal Eng. Pedro Manuel de Barros Inácio*
Vogal Dr. José Luís Bonifácio Lopes
Vogal Sr. Henrique Augusto Pereira Moreira
* Independente, nos termos do n.º 18.1 supra.
‒ quatro membros executivos:
Vogal Eng. Manuel Francisco Costa Mira Godinho (Presidente da Comissão Executiva)
Vogal Dr. Luís Paulo Reis Cocco
Vogal Dr. Alexandre Miguel da Cruz Machado Pereira Gomes
Vogal Eng. Luís Manuel Gameiro da Silva
19. Qualificações profissionais e outros elementos curriculares relevantes de cada um dos membros do Conselho
de Administração.
Dr. Luís Carlos Alves Rodrigues Matias:
• Qualificações profissionais:
Licenciado em Ciências Farmacêuticas.
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
Presidente do Conselho de Administração da Glintt desde 2013.
Vice-Presidente da Associação Nacional das Farmácias até 2013.
Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação Nacional das Farmácias.
Administrador da Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
Administrador da Farminveste – SGPS, S.A.
Administrador da Dose Exacta - Farmácia, S.A.
Gerente da Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda.
Gerente da FDM - Farmácia Domus Massamá, Sociedade Unipessoal Lda.
Gerente da Ana Lourenço & Filhos, Lda.
Sócio Gerente da Farmácia Véritas, Lda.
Sócio Gerente da Newfar – Agrupamento Complementar de Farmácias A.C.E.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
24
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
Dr. Vítor Manuel Lopes Segurado:
• Qualificações profissionais:
Licenciado em Ciências Farmacêuticas.
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
Vice-Presidente da Direção da Associação Nacional de Farmácias
Proprietário e Diretor Técnico da Farmácia Nova, em Setúbal
Presidente da Direção da FARMACOOPE – Cooperativa Nacional das Farmácias, CRL
Gerente do Infosaúde – Instituto de Formação e Inovação em Saúde, Unipessoal, Lda.
Administrador da Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
Administrador da Farminveste – SGPS, S.A.
Gerente da Farminveste 2 – SGPS, Unipessoal, Lda.
Gerente da Farminveste 3– Gestão de Participações, SGPS, Lda.
Administrador da Finanfarma – Sociedade de Factoring, S.A.
Gerente da SRCF – Sociedade de Consultoria a Farmácias, Unipessoal, Lda.
Eng. Manuel Francisco Costa Mira Godinho:
• Qualificações profissionais:
Bacharel em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações, pelo Instituto Superior de Engenharia de Lisboa.
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
CEO da Glintt desde 2011. Anteriormente, Partner da Accenture desde 2000 e Administrador Executivo da
Accenture Portugal.
Dr. Luís Paulo Reis Cocco:
• Qualificações profissionais:
Licenciatura em Administração e Gestão de Empresas, pela Universidade Católica Portuguesa de Lisboa.
Master em Business Administration, pela Harvard Business School, EUA.
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
CFO da Glintt desde 2011. Anteriormente, Administrador Executivo da Portugal Telecom Investimentos
Internacionais, S.A.
Dr. Alexandre Miguel da Cruz Machado Pereira Gomes:
• Qualificações profissionais:
Licenciatura em Informática – Matemáticas Aplicadas, pela Universidade Portucalense, no Porto.
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
Administrador Executivo da Glintt desde 2011. Presidente do Conselho de Administração da Glintt – Healthcare
Solutions, S.A., anterior CPC HS.
Eng. Luís Manuel Gameiro da Silva:
• Qualificações profissionais:
Licenciatura em Engenharia Eletrotécnica (eletrónica e telecomunicações)
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
Administrador Executivo da Glintt desde 2011. Administrador da Glintt TES e responsável pela divisão de
pagamentos eletrónicos.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
25
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
Eng. Pedro Manuel de Barros Inácio:
• Qualificações profissionais:
Licenciado em Engenharia Informática pelo COCITE.
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
Administrador Executivo da Espírito Santo Informática.
Eng. Dr. José Luís Bonifácio Lopes:
• Qualificações profissionais:
Licenciatura em Gestão de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa e Executive MBA - ISG.
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
Diretor Financeiro da Associação Nacional das Farmácias.
Administrador da Finanfarma – Sociedade de Factoring, S.A.
Administrador da Jutai – Sociedade Imobiliária, S.A.
Administrador da LUSO-ATLÂNTICA, CORRETOR DE SEGUROS, S.A.
Administrador da MAISFIN – SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, SGPS, S.A.
Administrador não executivo da Glintt – Global Intelligent Technologies, S.A.
Gerente do A Ver Navios em Santa Catarina – Sociedade de Restaurantes, Unipessoal, Lda.
Gerente da Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda.
Vogal Sr. Henrique Augusto Pereira Moreira:
• Qualificações profissionais:
Curso de Administração Tributária
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
Adjunto do Coordenador Geral da Associação Nacional das Farmácias
Administrador da JUTAI, Sociedade Imobiliária, S.A.
Vogal do Conselho de Administração da Clínica CUF Belém, S.A.
Director da Glintt Farma
20. Relações familiares, profissionais ou comerciais, habituais e significativas, dos membros do Conselho de
Administração com acionistas a quem seja imputável participação qualificada superior a 2% dos direitos de
voto.
Presidente Dr. Luís Carlos Alves Rodrigues Matias:
Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação Nacional de Farmácias
Administrador da Farminveste, SGPS, S.A.
Administrador da Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
Gerente da Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda.
Vogal Dr. Vítor Manuel Lopes Segurado:
Vice-Presidente da Direcção da Associação Nacional de Farmácias
Administrador da Farminveste, SGPS, S.A.
Administrador da Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
Gerente da Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda.
Vogal Eng. Manuel Francisco Costa Mira Godinho:
Nada a registar.
Vogal Dr. Luís Paulo Reis Cocco:
Nada a registar.
Vogal Dr. Alexandre Miguel da Cruz Machado Pereira Gomes:
Nada a registar.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
26
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
Vogal Eng. Luís Manuel Gameiro da Silva:
Nada a registar.
Vogal Eng. Pedro Manuel de Barros Inácio:
Nada a registar.
Vogal Dr. José Luís Bonifácio Lopes:
Director Financeiro da Associação Nacional de Farmácias
Gerente da Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda.
Vogal Sr. Henrique Augusto Pereira Moreira:
Adjunto do Coordenador Geral da Associação Nacional das Farmácias
21. Organogramas ou mapas funcionais relativos à repartição de competências entre os vários órgãos sociais,
comissões e/ou departamentos da sociedade, incluindo informação sobre delegações de competências, em
particular no que se refere à delegação da administração quotidiana da sociedade.
ASSEMBLEIA GERAL
Comissão de
Vencimentos
Conselho
Fiscal
R.O.C.
Conselho
de Administração
Secretaria
Geral
COMISSÃO EXECUTIVA
Glintt Consulting & Services
Manuel Mira Godinho (PCE)
Luís Cocco
Alexandre Gomes
Luís Gameiro da Silva
Markets
Financial Services
x
Telcos & Media
x
Public Sector
x
Healthcare
Ind. & Transp.
x
Retail & Utilities
x
Service Lines
BPO
x
Business Solutions
x
IT Consulting Services
x
x
Managed Services
People Sourcing & Training
Glintt Farma
x
x
x
Glintt Engineering & Systems
Glintt Energy
x
International (ADLC: Consoft e Pulso)
x
RELATÓRIO E CONTAS 2014
27
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
Áreas Corporativas
Manuel Mira Godinho (PCE)
Secretaria-Geral
x
Recursos Humanos
x
Luís Cocco
Alexandre Gomes
Luís Gameiro da Silva
x
I&D
Administrativa e Tesouraria
x
Financeira e Económica
x
Jurídica
x
Controlo de Gestão
x
x
Sistemas de informação
Marketing, Comunicação e Sustentabilidade
x
Relação com Investidores
x
Qualidade
x
b) Funcionamento
22. Existência e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento do Conselho de
Administração.
O Conselho de Administração da Glintt tem um regulamento de funcionamento, que pode ser consultado no site
da Sociedade.
http://www.glintt.com/documents/10228/18382/REGULAMENTO+DO+CONSELHO+DE+ADMINISTRA%C3%87%C3%83O20140522.pdf/79ca56fc4661-49c0-bb13-22add91c0c6a
23. Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade de cada membro do Conselho de Administração às
reuniões realizadas.
O Conselho de Administração realizou treze reuniões, com uma assiduidade de 100%.
24. Indicação dos órgãos da sociedade competentes para realizar a avaliação de desempenho dos administradores
executivos.
O Conselho de Administração assegura uma competente e independente avaliação do desempenho dos
administradores executivos e do seu próprio desempenho global.
O desempenho do Conselho de Administração é avaliado pelos acionistas, a todo o tempo e também
nomeadamente quando reunidos na Assembleia Geral Anual.
O Conselho de Administração, a Comissão Executiva e também os acionistas reunidos em Assembleia Geral
refletem sobre o sistema, a estrutura e as práticas de governo adotadas, verificando a sua eficácia e, se necessário,
propondo aos órgãos competentes as medidas a executar tendo em vista a sua melhoria.
25. Critérios pré-determinados para a avaliação de desempenho dos administradores executivos.
O atingir dos objetivos fixados no orçamento anual aprovado pelo Conselho de Administração.
26. Disponibilidade de cada um dos membros do Conselho de Administração, com indicação dos cargos exercidos
em simultâneo em outras empresas, dentro e fora do grupo, e outras atividades relevantes exercidas pelos
membros daqueles órgãos no decurso do exercício.
Dr. Luís Carlos Alves Rodrigues Matias:
• No Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
28
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
• Extra Grupo Glintt:
Mesa da Assembleia Geral da Associação Nacional das Farmácias:
Vice-Presidente.
Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A.:
Administrador.
Farminveste – SGPS, S.A.:
Administrador
Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda.:
Gerente.
Dose Exacta - Farmácia, S.A.:
Administrador.
FDM - Farmácia Domus Massamá, Sociedade Unipessoal Lda.:
Gerente
Ana Lourenço & Filhos, Lda.:
Gerente.
Sócio Gerente da Farmácia Véritas, Lda.:
Sócio Gerente.
Dr. Vítor Manuel Lopes Segurado:
• No Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
• Extra Grupo Glintt:
Farmácia Nova:
Diretor Técnico.
Associação Nacional de Farmácias:
Vice-Presidente da Direção.
FARMACOOPE – Cooperativa Nacional das Farmácias, CRL:
Presidente da Direção.
Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Farminveste – SGPS, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Farminveste 2 – SGPS, Unipessoal, Lda.:
Gerente.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
29
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda.:
Gerente.
Finanfarma – Sociedade de Factoring, S.A.:
Administrador.
SRCF – Sociedade de Consultoria a Farmácias, Unipessoal, Lda.:
Gerente.
Eng. Manuel Francisco Costa Mira Godinho:
• No Grupo Glintt:
Glintt – Technology Enabled Services, S.A.:
Presidente do Conselho de Administração.
Glintt – Business Solutions, Lda.:
Presidente do Conselho de Gerência.
Glintt – Business Process Outsourcing, S.A.:
Presidente do Conselho de Administração.
NetPeople – Tecnologias de Informação, S.A.:
Presidente do Conselho de Administração.
Glintt Energy, S.A.:
Presidente do Conselho de Administração.
Glintt Inov, S.A.:
Presidente do Conselho de Administração.
SOL-S e Solsuni – Tecnologias de Informação, S.A.:
Presidente do Conselho de Administração.
Glintt – Healthcare Solutions, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
RHM – Management de Recursos Humanos, Sociedade Unipessoal, Lda.:
Gerente.
Consoft, S.A.:
Presidente.
Pulso Informática, S.L.:
Presidente.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
30
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
Farmasoft – Informática y Servicios, S.L.:
Presidente.
Glintt España, S.L.:
Presidente.
Glintt Polska Sp. Z o.o:
Presidente.
Glintt Brasil Ltda.:
Administrador.
• Extra Grupo Glintt:
TIGAJOA – Serviços Imobiliários, Lda.
Gerente.
WINE AND FLAVORS – Comércio de Produtos Alimentares, Lda.
Gerente.
Dr. Luís Paulo Reis Cocco:
• No Grupo Glintt:
Glintt – Technology Enabled Services, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt – Business Solutions, Lda.:
Vogal do Conselho de Gerência.
Glintt – Business Process Outsourcing, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
NetPeople – Tecnologias de Informação, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt Energy, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt Inov, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
SOL-S e Solsuni – Tecnologias de Informação, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt – Healthcare Solutions, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
31
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
RHM – Management de Recursos Humanos, Sociedade Unipessoal, Lda.:
Gerente.
Glintt España, S.L.:
Vogal.
Glintt Polska Sp. Z o.o:
Vogal.
Glintt Brasil Ltda.:
Administrador.
• Extra Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
Dr. Alexandre Miguel da Cruz Machado Pereira Gomes:
• No Grupo Glintt:
Glintt – Healthcare Solutions, S.A.:
Presidente do Conselho de Administração.
Glintt – Technology Enabled Services, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt – Business Solutions, Lda.:
Vogal do Conselho de Gerência.
Glintt – Business Process Outsourcing, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
NetPeople – Tecnologias de Informação, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt Energy, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt Inov, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
SOL-S e Solsuni – Tecnologias de Informação, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
RHM – Management de Recursos Humanos, Sociedade Unipessoal, Lda.:
Gerente.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
32
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
Glintt España, S.L.:
Vogal.
Glintt Polska Sp. Z o.o:
Vogal.
• Extra Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
Eng. Luís Manuel Gameiro da Silva:
• No Grupo Glintt:
Glintt – Technology Enabled Services, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt – Business Solutions, Lda.:
Vogal do Conselho de Gerência.
Glintt – Business Process Outsourcing, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
NetPeople – Tecnologias de Informação, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt Energy, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt Inov, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
SOL-S e Solsuni – Tecnologias de Informação, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt – Healthcare Solutions, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
RHM – Management de Recursos Humanos, Sociedade Unipessoal, Lda.:
Gerente.
Glintt España, S.L.:
Vogal.
Glintt Polska Sp. Z o.o:
Vogal.
• Extra Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
33
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
Eng. Pedro Manuel de Barros Inácio:
• No Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
• Extra Grupo Glintt:
Espírito Santo Informática, ACE:
Administrador Executivo.
Dr. José Luís Bonifácio Lopes:
• No Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
• Extra Grupo Glintt:
Associação Nacional das Farmácias:
Diretor Financeiro.
A Ver Navio em Santa Catarina – Sociedade de Restaurantes, Unipessoal, Lda.:
Gerente.
Farminveste 3 – gestão de Participaçãoes, SGPS, Lda.:
Gerente.
Finanfarma – Sociedade de Factoring, S.A.:
Administrador.
Jutai – Sociedade Imobiliária, S.A.:
Administrador.
LUSO-ATLÂNTICA, CORRETOR DE SEGUROS, S.A.
Administrador.
MAISFIN – SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, SGPS, S.A.:
Administrador.
Sr. Henrique Augusto Pereira Moreira:
• No Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
• Extra Grupo Glintt:
Associação Nacional das Farmácias:
Adjunto do Coordenador Geral
JUTAI, Sociedade Imobiliária, S.A.:
Administrador
Clínica CUF Belém, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração
RELATÓRIO E CONTAS 2014
34
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
c) Comissões no Seio do Órgão de Administração e Administradores Delegados
27. Identificação das comissões criadas no seio do Conselho de Administração e local onde podem ser consultados
os regulamentos de funcionamento.
Existe uma comissão criada no seio do Conselho de Administração: a Comissão Executiva.
O seu regulamento de funcionamento não é disponibilizado para consulta externa porque, no entendimento da
Glintt, não tem relevância substantiva, uma vez que é um conjunto de regras meramente instrumental.
28. Composição, se aplicável, da comissão executiva e/ou identificação de administrador(es) delegado(s).
A Comissão Executiva tem a seguinte composição:
Presidente – Eng. Manuel Francisco Costa Mira Godinho
Vogal – Dr. Luís Paulo Reis Cocco
Vogal – Dr. Alexandre Miguel da Cruz Machado Pereira Gomes
Vogal – Eng. Luís Manuel Gameiro da Silva
Não existe qualquer Administrador Delegado.
29. Indicação das competências de cada uma das comissões criadas e síntese das atividades desenvolvidas no
exercício dessas competências.
O Conselho de Administração da Glintt delegou na Comissão Executiva os seguintes poderes:
a. Gestão corrente da Sociedade.
b. Preparação e elaboração da proposta de orçamento a ser submetido à aprovação do CA.
c. Controlo da execução do orçamento aprovado pelo CA.
d. Constituição de mandatários e procuradores.
e. Contratação e dispensa de pessoal (efetivo, a prazo, outsourcing ou qualquer outro regime), aplicação das
políticas remunerativas: remuneração (fixa, variável, despesas motivacionais, atribuição de viaturas, outros
fringe benefits e prémios), plano de carreiras e promoções, sempre de acordo com o orçamento aprovado e
com as políticas previamente aprovadas pelo CA.
f. Representação da Sociedade, em juízo e fora dele.
g. Comunicação, imagem e marketing da Sociedade.
h. Organização interna, incluindo a elaboração e aprovação de regulamentos internos relativos ao funcionamento
da Empresa e do Grupo, de acordo com os princípios definidos pelo CA no âmbito da competência reservada
prevista nas respetivas alíneas o) e p).
i. Abertura e movimentação de contas.
j. Gestão financeira, administrativa e patrimonial.
k. Realização de pagamentos e de recebimentos, emissão de cheques, quitações.
l. Contratos de arrendamento, locação financeira, leasing, aluguer de longa duração e renting de bens móveis de
acordo com os respetivos regimes jurídicos.
m. Contratação de seguros relativos à atividade do Grupo.
n. Aquisição e alienação de bens móveis e contratação, junto de terceiros, dos serviços necessários ao regular e
normal funcionamento do Grupo.
o. Execução de programas de aquisição e alienação de ações próprias, nas condições deliberadas pelo CA e nos
termos da competente autorização concedida pela Assembleia Geral.
p. Negociação e contratação de linhas de crédito e de financiamentos incluindo a emissão de papel comercial.
q. Concessão de créditos e suprimentos a sociedades participadas.
r. Prestação de serviços técnicos de administração e gestão a sociedades do Grupo e fixação dos respetivos
valores nos termos permitidos pela lei.
s. Estabelecimento de parcerias de colaboração que não envolvam participação em capital social.
t. Designação do representante da Sociedade nas Assembleias Gerais das participadas.
u. Acordos e transações, sejam judiciais, extrajudiciais ou arbitrais.
v. Exercer o poder disciplinar em relação aos trabalhadores da Sociedade.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
35
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
Tendo o Conselho de Administração reservado para si as seguintes matérias:
a. Convocação da Assembleia Geral.
b. Aprovação dos relatórios e contas anuais.
c. Aprovação dos planos estratégicos e das políticas gerais de MLP da Sociedade e do Grupo.
d. Aprovação do orçamento anual, incluindo o enquadramento das contratações de pessoal.
e. Cooptação de administradores.
f. Aquisição, alienação e oneração de bens imóveis.
g. Prestação de cauções e garantias pessoais ou reais pela Sociedade.
h. Apresentação de propostas de emissão de obrigações pela Sociedade, incluindo obrigações convertíveis.
i. Celebração de negócios entre a Sociedade e os seus administradores.
j. Mudança de sede da Sociedade.
k. Constituição ou participação no capital social de outras sociedades e celebração, neste âmbito, de acordos
parassociais.
l. Aquisição e alienação de participações sociais noutras sociedades.
m.Aprovação de projetos de fusão, cisão e de transformação da Sociedade.
n. Aprovação de programas de aquisição e alienação de ações próprias, para execução nos termos previstos na
alínea o) da lista de matérias delegadas na Comissão Executiva.
o. Aprovação da estrutura empresarial do Grupo.
p. Extensão ou redução da atividade do Grupo e modificações relevantes na sua organização.
q. Composição dos órgãos sociais das sociedades participadas e designação dos respetivos membros.
Em síntese, a Comissão Executiva faz a gestão diária da Sociedade, dentro dos poderes que lhe foram delegados
pelo Conselho de Administração.
Os Administradores que exercem funções executivas, quando solicitados por outros membros dos órgãos
sociais, prestam, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, todas as informações por aqueles requeridas.
O Presidente da Comissão Executiva remete a todos os membros do Conselho de Administração e do Conselho
Fiscal as convocatórias e as atas das respetivas reuniões.
III. FISCALIZAÇÃO
a) Composição*
*ao longo do ano de referência
30. Identificação do órgão de fiscalização correspondente ao modelo adotado.
Conselho Fiscal.
31. Composição do Conselho Fiscal, com indicação do número estatutário mínimo e máximo de membros, duração
estatutária do mandato, número de membros efetivos, data da primeira designação e data do termo de
mandato de cada membro.
O Conselho Fiscal tem a seguinte composição:
Dr. Luís Manuel Pereira da Silva (Presidente);
Dr. Carlos Manuel Charneca Moleirinho Grenha (Vogal);
Dr. João Gaspar Lopes Ribeiro (Vogal).
Existe ainda um membro suplente: Dr. João Carlos Tovar Jalles.
Estatutariamente o Conselho Fiscal é composto por um número mínimo de três membros efetivos e um ou dois
suplentes, não sendo fixado um número máximo de membros.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
36
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
O mandato do Conselho Fiscal tem a duração estatutária de três anos, tendo o triénio 2014/2016.
Foi a seguinte a data da primeira designação dos membros efetivos do Conselho Fiscal:
Dr. Luís Manuel Pereira da Silva (Presidente), 19 de Maio de 2011;
Dr. Carlos Manuel Charneca Moleirinho Grenha (Vogal), 11 de Junho de 2008;
Dr. João Gaspar Lopes Ribeiro (Vogal), 22 de Maio de 2012.
32. Identificação dos membros do Conselho Fiscal que se considerem independentes, nos termos do art. 414.º, n.º
5 CSC.
Os três membros do Conselho Fiscal consideram-se independentes, nos termos do art. 414.º, n.º 5 CSC.
33. Qualificações profissionais, consoante aplicável, de cada um dos membros do Conselho Fiscal e outros
elementos curriculares relevantes.
Dr. Luís Manuel Pereira da Silva (Presidente):
• Qualificações profissionais:
Licenciado em Administração e Gestão de Empresas, pela Universidade Católica Portuguesa. MBA, pela
Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa.
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
Professor Auxiliar Convidado da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa. Gerente e Consultor
de gestão e de assuntos financeiros e fiscais em diversas empresas privadas.
Dr. Carlos Manuel Charneca Moleirinho Grenha (Vogal):
• Qualificações profissionais:
Revisor Oficial de Contas. Licenciatura em Auditoria pelo ISCAL e Bacharelato em Contabilidade e Administração pelo ISCAL.
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
Revisor Oficial de Contas, Docente do Ensino Superior, Consultor Fiscal. Sócio-Gerente da Oliveira Reis &
Associados.
Dr. João Gaspar Lopes Ribeiro (Vogal):
• Qualificações profissionais:
Licenciado em Finanças pelo ISEG. Inscrito na Ordem dos Economistas. Membro Fundador da Ordem dos
Técnicos Oficiais de Contas.
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
Consultor na Área Contabilística e Fiscal.
34. Existência e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento do Conselho Fiscal.
O regulamento de funcionamento do Conselho Fiscal da Glintt está disponível para consulta no site da Sociedade.
https://www.glintt.com/documents/10228/18382/Microsoft+Word+-+GLINTT+-REGULAMENTO+DO+CONSELHO+FISCAL+_2011-final_.doc.pdf/2d38eb49-248d-4061-b71b-b6e85d3e73ea
35. Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade às reuniões realizadas de cada membro do Conselho
Fiscal.
O Conselho Fiscal realizou quatro reuniões em 2014, com 100% de assiduidade.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
37
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
36. Disponibilidade de cada um dos membros do Conselho Fiscal, com indicação dos cargos exercidos em simultâneo
em outras empresas, dentro e fora do grupo, e outras atividades relevantes exercidas pelos membros daqueles
órgãos no decurso do exercício.
Dr. Luís Manuel Pereira da Silva (Presidente):
• No Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
• Extra Grupo Glintt:
Gerente e Consultor de gestão e de assuntos financeiros e fiscais em diversas empresas privadas. SócioGerente da Sociedade Anglo-Portuguesa de Diatomite, Lda.
Dr. Carlos Manuel Charneca Moleirinho Grenha (Vogal):
• No Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
• Extra Grupo Glintt:
Oliveira Reis & Associados:
Sócio-gerente, exercendo em representação desta a função de ROC em diversas entidades.
Dr. João Gaspar Lopes Ribeiro (Vogal):
• No Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
• Extra Grupo Glintt:
Alliance Healthcare, S.A.:
Primeiro Vogal do Conselho Fiscal.
Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas:
Membro do Conselho Superior.
c) Competências e Funções
37. Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos de
contratação de serviços adicionais ao auditor externo.
No exercício das suas funções e sempre que considera necessário, o Conselho Fiscal valida todas e quaisquer
contratações de serviços adicionais, a prestar pelo Auditor Externo ou por entidades em relação direta com este,
garantindo a manutenção da relação de independência indispensável ao exercício das funções deste último. No
exercício de 2014 não houve conteúdo necessidade de intervenção neste âmbito, por parte do Conselho Fiscal,
conforme detalhe dos serviços contratados apresentados no ponto 47.
38. Outras funções do órgão de fiscalização.
O Conselho Fiscal não tem outras funções.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
38
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
IV. REVISOR OFICIAL DE CONTAS
39. Identificação do revisor oficial de contas e do sócio revisor oficial de contas que o representa.
O Revisor Oficial de Contas é a BDO & Associados – SROC, S.A., representada pelo Dr. João Paulo Torres Cunha
Ferreira (ROC n.º 956).
40. Indicação do número de anos em que o revisor oficial de contas exerce funções consecutivamente junto da
sociedade e/ou grupo.
O ROC exerce funções na Sociedade desde 2006, ou seja, o ano de 2014 foi o oitavo ano consecutivo.
41. Descrição de outros serviços prestados pelo ROC à sociedade.
O Revisor Oficial de contas é simultaneamente o auditor externo do Grupo, cujos serviços e funções se detalham
nos pontos abaixo.
V. AUDITOR EXTERNO
42. Identificação do auditor externo designado para os efeitos do art. 8.º e do sócio revisor oficial de contas que o
representa no cumprimento dessas funções, bem como o respetivo número de registo na CMVM.
O Revisor Oficial de Contas é a BDO & Associados – SROC, S.A., registada na CMVM sob o número 1122 e
representada pelo Dr. João Paulo Torres Cunha Ferreira (ROC n.º 956).
43. Indicação do número de anos em que o auditor externo e o respetivo sócio revisor oficial de contas que o
representa no cumprimento dessas funções exercem funções consecutivamente junto da sociedade e/ou do
grupo.
O Auditor Externo exerce funções na Sociedade desde 2006, ou seja, o ano de 2014 foi o oitavo ano consecutivo.
O representante exerce essa função desde 2013.
44. Política e periodicidade da rotação do auditor externo e do respetivo sócio revisor oficial de contas que o
representa no cumprimento dessas funções.
O mandato é anual, sendo anualmente reavaliada a continuidade vs rotação do Auditor Externo.
Consultados diversos profissionais e recolhidas diversas opiniões e propostas de prestação de serviços, foi
deliberado propor à consideração da AG a designação do Auditor Externo:
- Efectivo, a BDO & Associados – SROC, S.A., registada na CMVM sob o número 1122 e representada pelo Dr. João
Paulo Torres Cunha Ferreira (ROC n.º 956);
- Suplente, o Dr. Gonçalo Raposo da Cruz (ROC n.º 1189);
para prestação de serviços profissionais de auditoria em 2014.
45. Indicação do órgão responsável pela avaliação do auditor externo e periodicidade com que essa avaliação é
feita.
O órgão responsável pela avaliação do auditor externo é o Conselho Fiscal, que efetua essa avaliação anualmente
– inclusivamente propondo ao órgão competente a sua destituição ou a resolução do contrato de prestação dos
seus serviços sempre que se verificasse justa causa para o efeito, o que não sucedeu em 2014.
Foi o Conselho Fiscal que propôs aos Acionistas a eleição do Revisor Oficial de Contas, competindo ainda
igualmente ao Conselho Fiscal propor a correspondente remuneração.
Em 2014, o Conselho Fiscal foi o interlocutor principal do auditor externo e o primeiro destinatário dos respetivos
relatórios, tendo zelado para que lhe fossem asseguradas dentro da Glintt as condições adequadas à prestação
dos serviços.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
39
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
46. Identificação de trabalhos, distintos dos de auditoria, realizados pelo auditor externo para a sociedade e/ou
para sociedades que com ela se encontrem em relação de domínio, bem como indicação dos procedimentos
internos para efeitos de aprovação da contratação de tais serviços e indicação das razões para a sua contratação.
Os demais trabalhos que não os de auditoria, realizados pelo auditor externo em 2014, foram os seguintes:
a. Serviços relacionados com validação de candidaturas a apoios e subsídios governamentais, incluindo
nomeadamente a revisão dos documentos contabilísticos e de suporte que justificam a sua obtenção;
b. Serviços relativos à organização e atualização da informação de suporte à manutenção anual do dossier fiscal
de preços de transferência
47. Indicação do montante da remuneração anual paga pela sociedade e/ou por pessoas coletivas em relação
de domínio ou de grupo ao auditor e a outras pessoas singulares ou coletivas pertencentes à mesma rede e
discriminação da percentagem respeitante aos seguintes serviços (Para efeitos desta informação, o conceito
de rede é o decorrente da Recomendação da Comissão Europeia n.º C (2002) 1873, de 16 de Maio):
Montante 2014
Serviços de revisão legal de contas
Serviços de garantia de fiabilidade decorrentes da função de ROC
Total de serviços de auditoria
%
Montante 2013
%
80 057,00
86%
74 490,00
3 500,00
4%
6 000,00
6%
83 557,00
89%
80 490,00
87%
81%
Serviços de consultoria fiscal
10 000,00
11%
12 000,00
13%
Total de outros serviços
10 000,00
11%
12 000,00
13%
93 557,00
100,0%
92 490
100%
C. ORGANIZAÇÃO INTERNA
I. Estatutos
48. Regras aplicáveis à alteração dos estatutos da sociedade (art. 245.º-A, n.º 1, al. h).
Para além das normas supletivas legais, os Estatutos da Glintt referem o seguinte, no n.º 1 e no n.º 2 do artigo
13.º:
«UM – As deliberações da Assembleia Geral serão tomadas por maioria simples dos votos presentes, salvo
disposição legal ou estatutária que exija maioria qualificada.
DOIS – As deliberações relativas à alteração do Contrato de Sociedade, fusão, cisão, transformação, dissolução
da sociedade ou outros assuntos para os quais a lei exija maioria qualificada, sem a especificar, só poderão ser
tomadas quando na Assembleia Geral, em primeira convocatória, estiverem presentes ou representados, pelo
menos, um terço do capital social, exigindo-se sempre maioria qualificada de dois terços de votos emitidos, quer
na primeira quer na segunda convocatória, para aprovar deliberações sobre tais matérias.»
II. Comunicação de Irregularidades
49. Meios e política de comunicação de irregularidades ocorridas na sociedade.
Nos termos legais, o órgão com competência exclusiva para receber comunicações de irregularidades é o Conselho
Fiscal.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
40
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
III. Controlo Interno e Gestão de Riscos
50. Pessoas, órgãos ou comissões responsáveis pela auditoria interna e/ou pela implementação de sistemas de
controlo interno.
A Glintt não possui órgãos ou comissões independentes que se dediquem em exclusivo à supervisão, à análise e
implementação de sistemas de controlo interno, conquanto, os diversos mecanismos de garantia de fiabilidade
da informação, bem como identificação dos riscos críticos que possam afetar a estratégia da sociedade, são
assumidos pelas diversas unidades operacionais e corporativas.
51. Explicitação, ainda que por inclusão de organograma, das relações de dependência hierárquica e/ou funcional
face a outros órgãos ou comissões da sociedade.
Não aplicável, uma vez que a Glintt não possui órgãos ou comissões independentes que assumam estas funções.
52. Existência de outras áreas funcionais com competências no controlo de riscos.
Os sistemas de controlo interno e de gestão de riscos da Sociedade são da responsabilidade do Conselho de
Administração e estão delegados na Comissão Executiva, sendo objeto da avaliação do Conselho Fiscal.
53. Identificação e descrição dos principais tipos de riscos (económicos, financeiros e jurídicos) a que a sociedade
se expõe no exercício da atividade.
Os principais riscos económicos são os que resultam do enquadramento macroeconómico de 2014 e das
perspetivas para 2015, descritos detalhadamente supra na Parte 1 do presente Relatório & Contas 2014. Os
principais riscos financeiros são o risco de crédito, o risco de liquidez e o risco de fluxos de caixa associados à taxa
de juro.
As principais fontes de risco de crédito são: caixa e equivalentes de caixa e exposição de crédito a clientes: a
nível de bancos e instituições financeiras, a empresa seleciona as contrapartes com quem desenvolve negócios
atendendo à credibilidade das entidades; em relação a clientes, a Glintt não tem concentrações de risco de crédito
significativas e tem políticas que asseguram que as vendas e prestações de serviços são efetuadas a clientes com
um histórico de crédito apropriado que limitam o montante de crédito a que os seus clientes têm acesso.
A gestão do risco de liquidez implica a manutenção da caixa e depósitos bancários a um nível suficiente, a
viabilidade da consolidação da dívida flutuante através de um montante adequado de facilidades de crédito e a
capacidade de liquidar posições de mercado. Relacionado com a dinâmica dos negócios subjacentes, a tesouraria
da empresa pretende manter a flexibilidade da dívida flutuante, mantendo as linhas de crédito disponíveis.
A exposição da empresa ao risco da taxa de juro advém de aplicações em instituições financeiras e empréstimos
obtidos. As aplicações em instituições financeiras assumem a natureza de curto prazo, pelo que os riscos de fluxos
de caixa decorrentes de alterações na taxa de juro não assumem um carácter relevante.
Os empréstimos obtidos estão, de forma direta ou indireta, indexados a uma taxa de juro de referência, facto que
expõe a entidade a riscos de cash flow. A exposição ao risco é analisada de forma dinâmica, realizando-se testes
de sensibilidade às variações da taxa de juro, fundamentalmente à euribor, sendo que alterações na taxa de juro
do mercado afetam ganhos ou perdas de instrumentos financeiros.
De entre riscos jurídicos da atividade da empresa, destaca-se a eventualidade de poderem surgir potenciais
problemas com clientes e trabalhadores, os quais são controlados nomeadamente ao nível da gestão e controlo
dos projetos.
54. Descrição do processo de identificação, avaliação, acompanhamento, controlo e gestão de riscos.
A Comissão Executiva acompanha o funcionamento dos sistemas de controlo interno e os mecanismos de
antecipação e gestão de riscos, propondo nomeadamente os ajustamentos e as medidas que considera
necessárias. Embora não exista uma unidade interna que se dedique em exclusivo à prestação destes serviços,
ditos de auditoria interna e ou Compliance, sempre que se revela necessário a Comissão Executiva determina
a contratação externa deste tipo de serviços, revendo periodicamente a robustez dos procedimentos internos
implementados e respetivos mecanismos de controlo.
Competindo ao Conselho Fiscal a fiscalização da eficácia de todo o sistema vigente.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
41
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
55. Principais elementos dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na sociedade
relativamente ao processo de divulgação de informação financeira (art. 245.º-A, n.º 1, al. m).
De acordo com a responsabilidade que lhe foi atribuída, a Comissão Executiva tem promovido uma cultura de
controlo, com vista a assegurar a fiabilidade da informação financeira do Grupo. Nesse contexto, tem defendido
a prossecução das seguintes medidas:
a. Definição / Revisão, publicação e supervisão de políticas adequadas que garantam a fiabilidade da informação;
b. Definição e implementação de sistemas de suporte ao registo; gestão e controlo das operações, garantindo por
um lado que a assunção de encargos para o Grupo só é efetuado quando devidamente autorizado e por outro,
antecipando eventuais debilidades em processos que considera críticos para a prossecução da sua estratégia
de gestão.
Os riscos que afetam o processo de divulgação de informação financeira são também mitigados, por um adequado
sistema de Reporting, o qual envolve por um lado boas práticas ao nível da segregação de funções e por outro a
limitação ao nível dos acessos, para realização de determinadas práticas ou assunção de responsabilidades.
Mais ainda, são desenvolvidas e implementadas pelo departamento de Controlo de Gestão, políticas de reporte e
supervisão da informação financeira e de gestão, que permitem à Comissão Executiva obter informação analítica
relativa ao desempenho e evolução da performance das diversas unidades, bem como receber atempado reporte
sobre desvios existentes face aos objetivos propostos e previamente aprovados.
IV. Apoio ao Investidor
56. Serviço responsável pelo apoio ao investidor, composição, funções, informação disponibilizada por esses
serviços e elementos para contacto.
O Gabinete de Relações com os Investidores da Glintt tem como função assegurar o relacionamento da Sociedade
com o Mercado, incluindo os Accionistas, os investidores, os analistas e toda a comunidade financeira.
Assim, o Gabinete de Relações com os Investidores tem uma dupla vertente: por um lado, é através do Gabinete
de Relações com os Investidores que a Glintt comunica ao Mercado toda a informação de divulgação obrigatória,
bem como outra informação cuja divulgação a Sociedade considere pertinente; e, por outro lado, é também o
Gabinete de Relações com os Investidores o meio privilegiado de o Mercado aceder à Glintt.
Este contacto permanente com o Mercado é efetuado de forma a respeitar o princípio da igualdade dos Acionistas
e visa prevenir as assimetrias no acesso à informação por parte dos investidores.
O responsável pelo Gabinete de Relações com os Investidores (Investor Relations) é o Dr. Raul Lufinha.
57. Representante para as relações com o mercado.
O Representante para as Relações com o Mercado e a CMVM é o Dr. Raul Lufinha, Secretário-Geral e responsável
pelo Gabinete de Relações com os Investidores (Investor Relations).
58. Informação sobre a proporção e o prazo de resposta aos pedidos de informação entrados no ano ou pendentes
de anos anteriores.
Em 2014 houve 45 pedidos de informação, tendencialmente respondidos nas primeiras 24 horas.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
42
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
V. Sítio da Internet
59. Endereço(s).
• E-mail: [email protected]
• Telefone: + 351 219 100 200
• Fax: + 351 219 100 299
• Morada: Beloura Office Park, Edifício 10, Quinta da Beloura, 2710-693 Sintra, Portugal
• Internet: www.glintt.com.local/investidores_kit_investidor.php
60. Local onde se encontra informação sobre a firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e demais elementos
mencionados no artigo 171.º do Código das Sociedades Comerciais.
https://www.glintt.com/corpos-sociais
61. Local onde se encontram os estatutos e os regulamentos de funcionamento dos órgãos e/ou comissões.
Estatutos:
https://www.glintt.com/estatutos-glintt
Regulamentos:
https://www.glintt.com/regulamentos-dos-orgaos-sociais
62. Local onde se disponibiliza informação sobre a identidade dos titulares dos órgãos sociais, do representante
para as relações com o mercado, do Gabinete de Apoio ao Investidor ou estrutura equivalente, respetivas
funções e meios de acesso.
Corpos Sociais:
https://www.glintt.com/corpos-sociais
Gabinete de Relações com os Investidores:
https://www.glintt.com/gabinete-de-relacoes-com-os-investidores
63. Local onde se disponibilizam os documentos de prestação de contas, que devem estar acessíveis pelo menos
durante cinco anos, bem como o calendário semestral de eventos societários, divulgado no início de cada semestre, incluindo, entre outros, reuniões da assembleia geral, divulgação de contas anuais, semestrais e, caso
aplicável, trimestrais.
https://www.glintt.com/contas
A informação é disponibilizada em português.
64. Local onde são divulgados a convocatória para a reunião da assembleia geral e toda a informação preparatória
e subsequente com ela relacionada.
https://www.glintt.com/assembleias-gerais
65. Local onde se disponibiliza o acervo histórico com as deliberações tomadas nas reuniões das assembleias
gerais da sociedade, o capital social representado e os resultados das votações, com referência aos 3 anos
antecedentes.
https://www.glintt.com/assembleias-gerais
RELATÓRIO E CONTAS 2014
43
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
D. REMUNERAÇÕES
I. Competência para a Determinação
66. Indicação quanto à competência para a determinação da remuneração dos órgãos sociais, dos membros da
comissão executiva ou administrador delegado e dos dirigentes da sociedade.
A determinação da remuneração dos órgãos sociais, incluindo a dos membros da Comissão Executiva, compete
aos Acionistas, que na Assembleia Geral designaram para o efeito uma Comissão de Remunerações.
II. Comissão de Remunerações
67. Composição da comissão de remunerações, incluindo identificação das pessoas singulares ou coletivas
contratadas para lhe prestar apoio e declaração sobre a independência de cada um dos membros e assessores.
A Comissão de Vencimentos da Sociedade, eleita a 22 de Maio de 2014 para o mandato 2014/2016, tem a
seguinte composição:
• Presidente Dr. Rui Manuel Assoreira Raposo
• Vogal Dr. Jorge de Brito Pereira
• Vogal Dr. Victor Réfega Fernandes
Todos os membros da Comissão de Vencimentos são independentes relativamente aos membros do órgão de
administração.
Não foi contratada qualquer pessoa singular ou coletiva para apoiar a Comissão de Remunerações.
68. Conhecimentos e experiência dos membros da comissão de remunerações em matéria de política de
remunerações.
Os três membros da Comissão de Vencimentos têm adequados conhecimentos e experiência em matéria de
política de remunerações, fruto da actividade profissional que desenvolvem diariamente:
• Presidente Dr. Rui Manuel Assoreira Raposo
Administrador Executivo da José de Mello Saúde, SGPS, S.A.
Presidente do Conselho de Administração da Escala Braga – Sociedade Gestora do Hospital de Braga, S.A.
Administrador Escala Vila Franca de Xira – Sociedade Gestora do Hospital de Vila Franca, S.A.
Vice-Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão Executiva do Hospital Cuf Porto
Presidente do Conselho de Administração Instituto CUF de Diagnóstico e Tratamento, S.A.
Presidente da Comissão Executiva Instituto Diagnóstico e Tratamento, S.A.
Presidente do Conselho de Administração Campos Costa – Imagiologia Clínica
Administrador Hospitais CUF
Presidente do Conselho de Administração PPP`S - Parcerias Públicas Privadas na Saúde
Administrador José de Mello Saúde Clínicas Privadas
Administrador José de Mello Saúde AC
RELATÓRIO E CONTAS 2014
44
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
• Vogal Dr. Jorge de Brito Pereira
Presidente do Conselho de Administração da NOS, SGPS, S.A.
Sócio de PLMJ e Docente na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa
Vogal do Conselho de Administração de PLMJ – Sociedade de Advogados, RL
Vogal do Conselho de Administração de De Grisogono SA
Vogal do Conselho de Administração da CIMIPAR – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA (2006/2007)
Vogal do Conselho de Administração da PARAREDE, SGPS, SA (2002-2005)
Vogal da Comissão de Remunerações da Glintt, SA
Presidente da Mesa da Assembleia-geral da Sport TV, SA
Presidente da Mesa da Assembleia-geral da SAPEC, SGPS, SA
Presidente da Mesa da Assembleia-geral da Oxy Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A
Presidente da Mesa da Assembleia-geral da ONETIER Partners SGPS, SA
Presidente da Mesa da Assembleia-geral da CIMINVEST – Sociedade de Investimentos e participações S.A.
Presidente da Mesa da Assembleia-geral da SANTORO FINANCE – Prestação de Serviços, SA;
Presidente da Mesa da Assembleia-geral da SANTORO FINANCIAL HOLDINGS, SGPS, S.A.
Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da FIDEQUITY – SERVIÇOS DE GESTÃO S.A.
Presidente da Mesa da Assembleia-geral do Banco BIC Português, SA.
• Vogal Dr. Victor Réfega Fernandes
Presidente da Mesa da Assembleia Geral:
- Alliance Healthcare S.A.
- Loomis Portugal S.A.
- Proconfar – Produtos de Consumo e Farmacêuticos, S.A.
Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral:
- Farminveste SGPS S.A.
III. Estrutura das Remunerações
69. Descrição da política de remuneração dos órgãos de administração e de fiscalização a que se refere o artigo 2.º
da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho.
A política de remunerações dos órgãos de administração e de fiscalização a que se refere ao artigo 2.º da Lei n.º
28/2009, de 19 de Junho é a seguinte:
A. Remuneração dos membros do Conselho de Administração
I. Remuneração dos membros não executivos do Conselho de Administração
Em conformidade com as recomendações constantes do Código de Governo das Sociedades da CMVM nesta
matéria, a Comissão de Vencimentos da Sociedade determinou que a remuneração dos Administradores
Não Executivos da Sociedade seja exclusivamente composta por uma componente fixa determinada pela
Comissão de Vencimentos, a abonar catorze vezes por ano.
II. Remuneração dos membros executivos do Conselho de Administração
A remuneração dos Administradores Executivos será composta por uma componente fixa e uma componente
variável.
a. Remuneração Fixa
Durante o mandato em curso, os Administradores Executivos terão direito a uma remuneração fixa
permanente, a abonar catorze vezes por ano.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
45
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
b. Remuneração Variável
(i) Princípio geral
Sem prejuízo do referido em (ii) infra, para além da remuneração fixa, os membros da Comissão
Executiva terão direito, no seu conjunto, a uma remuneração variável equivalente a 8,5% do Resultado
Antes de Impostos do respectivo ano, calculado antes da dedução desta remuneração variável.
A distribuição da remuneração variável pelos Administradores Executivos será proporcional à
remuneração fixa permanente bruta de cada um deles.
A remuneração variável não passa pela atribuição de ações ou de opções de aquisição de ações da
Sociedade.
O pagamento da remuneração variável terá lugar, conforme abaixo mencionado, após o apuramento
dos resultados de cada exercício.
(ii) Critérios de atribuição da Remuneração Variável
A remuneração variável é atribuída em função do grau de cumprimento dos objetivos previstos
no orçamento aprovado pelo Conselho de Administração da Sociedade, pelo que não alcançar tais
objetivos limita, por si só, a atribuição desta componente de remuneração.
Para efeitos do cálculo da remuneração variável serão atendidos os seguintes critérios:
1. Se o Resultado Antes de Impostos anual da Glintt for igual ou superior ao previsto no orçamento
aprovado pelo Conselho de Administração da Sociedade, a quantia a distribuir por todos os membros
da sua Comissão Executiva corresponderá a 8,5% do Resultado Antes de Impostos anual.
2. Se o Resultado Antes de Impostos anual da Glintt for inferior ao previsto no orçamento aprovado
pelo Conselho de Administração da Sociedade, a percentagem da quantia correspondente a 8,5% do
Resultado Antes de Impostos anual, igualmente a distribuir por todos os membros da sua Comissão
Executiva, será a indicada no quadro seguinte:
Resultado Líquido Anual
Remuneração Variável (%)
≤ 70%
0%
≥ 70% e < 80%
25%
≥ 80% e < 90%
50%
≥ 90% e < 100%
80%
Enquanto auferirem a remuneração fixa temporária nos termos acima descritos, os Administradores
Executivos, auferirão a componente de remuneração variável apenas se, uma vez aplicados os critérios
descritos supra, a componente de remuneração variável ascender a um valor superior ao fixado para
a remuneração fixa temporária de cada membro. Se esta condição se verificar, a remuneração variável
corresponderá apenas ao montante que exceda o valor fixado para a remuneração fixa temporária de
cada membro.
III. Alinhamento dos interesses dos Administradores com o interesse da Sociedade
Conforme decorre do acima exposto, a remuneração variável dos Administradores Executivos encontra-se
dependente do desempenho destes e do seu contributo para a obtenção dos melhores resultados para a
Sociedade.
Por outro lado, a estrutura da remuneração visa assegurar um nível remuneratório competitivo, suscetível de
atrair e reter os mais qualificados quadros profissionais capazes de dar resposta aos desafios que a Sociedade
enfrenta.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
46
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
Nesta esteira, os Administradores Executivos que não vejam o seu mandato renovado (por iniciativa da
Sociedade) e não retomem o seu anterior vínculo contratual à GLINTT ou a uma das sociedades suas
participadas ficam investidos no direito a uma compensação de 6 meses de remuneração fixa – permanente
e temporária (se e quando aplicável) – e variável, nos termos definidos pela Comissão de Vencimentos.
B. Remuneração dos membros do Conselho Fiscal e do Revisor Oficial de Contas
A remuneração dos membros do Conselho Fiscal é exclusivamente composta por uma componente fixa, a
abonar anualmente. Os montantes pagos ao Presidente e aos vogais deste órgão variam entre si em virtude
das funções desempenhadas.
De igual modo, a remuneração do Revisor Oficial de Contas é exclusivamente composta por uma componente
fixa determinada pelo Conselho Fiscal, a abonar anualmente, estando a determinação do seu montante em
linha com as práticas e condições normais para serviços similares.
Nestes termos, a declaração supra contém: a dentificação e explicitação dos critérios para a determinação da
remuneração a atribuir aos membros dos órgãos sociais; informação quanto ao montante máximo potencial,
em termos individuais, e ao montante máximo potencial, em termos agregados, a pagar aos membros dos
órgãos sociais (o qual não está limitado a um concreto montante máximo em euros mas antes limitado a
uma percentagem máxima do resultado) e a identificação das circunstâncias em que esses montantes
máximos podem ser devidos; e Informação quanto à exigibilidade ou inexigibilidade de pagamentos relativos
à destituição ou cessação de funções de administradores.
70. Informação sobre o modo como a remuneração é estruturada de forma a permitir o alinhamento dos interesses
dos membros do órgão de administração com os interesses de longo prazo da sociedade, bem como sobre o
modo como é baseada na avaliação do desempenho e desincentiva a assunção excessiva de riscos.
Por decisão dos Acionistas, a remuneração dos membros do Conselho de Administração está confiada a uma
Comissão de Vencimentos.
O meio de alinhamento dos interesses dos administradores com o interesse da Sociedade e de avaliação do
desempenho que foi adotado pela Comissão de Vencimentos da Sociedade foi o de, para além de estabelecer a
remuneração fixa, fixar igualmente uma remuneração variável para os membros da Comissão Executiva.
A remuneração dos administradores não executivos consiste numa quantia fixa.
Nesta esteira, os Administradores Executivos que não vejam o seu mandato renovado (por iniciativa da Sociedade)
e não retomem o seu anterior vínculo contratual à Glintt ou a uma das sociedades suas participadas ficam
investidos no direito a uma compensação de 6 meses de remuneração fixa e variável, nos termos definidos pela
Comissão de Vencimentos.
Em 2014 foi submetida à apreciação da Assembleia Geral Anual de Acionistas uma declaração sobre a política de
remunerações.
Os membros do órgão de administração não celebraram contratos, quer com a sociedade, quer com terceiros,
que tivessem por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que lhes foi fixada pela sociedade.
Quando a destituição de administrador não decorre de violação grave dos seus deveres nem da sua inaptidão
para o exercício normal das respetivas funções mas, ainda assim, é reconduzível a um inadequado desempenho,
a sociedade encontra-se dotada dos instrumentos jurídicos adequados e necessários para que qualquer
indemnização ou compensação, além da legalmente devida, não seja exigível.
O auditor externo, no âmbito das suas competências, verifica a aplicação das políticas e sistemas de remunerações
dos órgãos sociais, a eficácia e o funcionamento dos mecanismos de controlo interno, reportando igualmente
quaisquer deficiências ao órgão de fiscalização da Sociedade, o que não sucedeu em 2014.
71. Referência, se aplicável, à existência de uma componente variável da remuneração e informação sobre eventual
impacto da avaliação de desempenho nesta componente.
Existe uma componente variável da remuneração, nos termos referidos no número 69.
72. Diferimento do pagamento da componente variável da remuneração, com menção do período de diferimento.
O pagamento da componente variável da remuneração relativa a um exercício é diferido para o ano seguinte.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
47
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
73. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em ações bem como sobre a manutenção,
pelos administradores executivos, dessas ações, sobre eventual celebração de contratos relativos a essas
ações, designadamente contratos de cobertura (hedging) ou de transferência de risco, respetivo limite, e sua
relação face ao valor da remuneração total anual.
Não existe remuneração em ações.
74. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em opções e indicação do período de
diferimento e do preço de exercício.
Não existe remuneração em opções.
75. Principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios
não pecuniários.
Não existe um sistema de prémios anuais, apenas remuneração fixa e variável.
76. Principais características dos regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os
administradores e data em que foram aprovados em assembleia geral, em termos individuais.
Não existem regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem qualquer sistema de benefícios
de reforma estabelecidos a favor dos membros dos órgãos sociais.
IV. Divulgação das Remunerações
77. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros do
órgão de administração da sociedade, proveniente da sociedade, incluindo remuneração fixa e variável e,
relativamente a esta, menção às diferentes componentes que lhe deram origem.
Executivos
Fixas
Variáveis
Totais
Manuel Mira Godinho
224 000 €
21 953 €
245 953 €
Luís Cocco
168 000 €
16 465 €
184 465 €
Luís Gameiro da Silva
156 800 €
32 232 €
189 032 €
Alexandre Gomes
156 800 €
32 232 €
189 032 €
705 600 €
102 882 €
808 482 €
Não Executivos
Fixas
Henrique Augusto Pereira Moreira
4 110 €
Luís Carlos Alves Rodrigues Matias
14 000 €
Joaquim Anibal Brito Freixial de Goes
Abel Bernardino Teixeira Mesquita
5 417 €
9 699 €
Pedro Manuel de Barros Inácio
14 000 €
Vitor Manuel Lopes Segurado
14 000 €
José Luis Bonifácio Lopes
14 000 €
75 226 €
78. Montantes a qualquer título pagos por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo ou que se
encontrem sujeitas a um domínio comum.
Não foram pagos quaisquer valores desta natureza.
79. Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e/ou de pagamento de prémios e os motivos por que
tais prémios e/ou participação nos lucros foram concedidos.
Não foram pagos quaisquer valores desta natureza.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
48
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
80. Indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores executivos relativamente à cessação das suas funções
durante o exercício.
Não foram pagos quaisquer valores desta natureza.
81. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros do
órgão de fiscalização da sociedade, para efeitos da Lei n.º 28/2009, de 19 de junho.
Orgão de fiscalização
Luis Manuel Pereira da Silva
3 000 €
Carlos Grenha
2 000 €
5 000 €
82. Indicação da remuneração no ano de referência do presidente da mesa da assembleia geral.
Setecentos e cinquenta euros.
V. Acordos com Implicações Remuneratórias
83. Limitações contratuais previstas para a compensação a pagar por destituição sem justa causa de administrador
e sua relação com a componente variável da remuneração.
Não existem.
84. Referência à existência e descrição, com indicação dos montantes envolvidos, de acordos entre a sociedade e
os titulares do órgão de administração e dirigentes, na aceção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores
Mobiliários, que prevejam indemnizações em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da
relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da sociedade. (art. 245.º-A, n.º 1, al. l).
Não existem.
VI. Planos de Atribuição de Ações ou Opções Sobre Ações (‘Stock Options’)
85. Identificação do plano e dos respetivos destinatários.
Não existe qualquer plano de atribuições de ações ou opções sobre ações.
86. Caraterização do plano (condições de atribuição, cláusulas de inalienabilidade de ações, critérios relativos ao
preço das ações e o preço de exercício das opções, período durante o qual as opções podem ser exercidas,
características das ações ou opções a atribuir, existência de incentivos para a aquisição de ações e/ou o exercício
de opções).
Não existe qualquer plano de atribuições de ações ou opções sobre ações.
87. Direitos de opção atribuídos para a aquisição de ações (‘stock options’) de que sejam beneficiários os
trabalhadores e colaboradores da empresa.
Não existe qualquer plano de atribuições de ações ou opções sobre ações.
88. Mecanismos de controlo previstos num eventual sistema de participação dos trabalhadores no capital na
medida em que os direitos de voto não sejam exercidos diretamente por estes (art. 245.º-A, n.º 1, al. e)).
Não existe qualquer plano de atribuições de ações ou opções sobre ações.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
49
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
E. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
I. Mecanismos e Procedimentos de Controlo
89. Mecanismos implementados pela sociedade para efeitos de controlo de transações com partes relacionadas
(Para o efeito remete-se para o conceito resultante da IAS 24).
Os negócios da sociedade com acionistas titulares de participação qualificada, ou com entidades que com eles
estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20.º do Código dos Valores Mobiliários, são realizados em
condições normais de mercado.
Todas as transações comerciais são registadas nos sistemas informáticos desenvolvidos pelo Grupo, e que cobrem
todas as fases do negócio, nomeadamente: 1) negociação; 2) adjudicação; 3) execução; 4) faturação e cobrança
e 5) aceitação da entrega.
90. Indicação das transações que foram sujeitas a controlo no ano de referência.
Todas as operações havidas durante o ano de 2014 com partes relacionadas, foram objeto de análise, juntamente
seguindo as mesmas metodologias definidas e implementadas para as demais operações comerciais levadas a
cabo pelo Grupo.
91. Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos da
avaliação prévia dos negócios a realizar entre a sociedade e titulares de participação qualificada ou entidades
que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do artigo 20.º do Código dos Valores Mobiliários.
O Conselho Fiscal estabeleceu os procedimentos e critérios necessários para a definição do nível relevante de
significância dos negócios com acionistas titulares de participação qualificada – ou com entidades que com eles
estejam em qualquer uma das relações previstas no n.º 1 do art. 20.º do Código dos Valores Mobiliários –, ficando
a realização de negócios de relevância significativa dependente de parecer prévio daquele órgão.
II. Elementos Relativos aos Negócios
92. Indicação do local dos documentos de prestação de contas onde está disponível informação sobre os negócios
com partes relacionadas, de acordo com a IAS 24, ou, alternativamente, reprodução dessa informação.
Durante o ano de 2014, os saldos e transações havidos com partes relacionados, são os que se resumem na tabela
em anexo.
De entre os principais negócios realizados durante o ano de 2014, destacam-se a) manutenção e gestão de
infraestrutura tecnológica; b) Implementação de serviços de garantia de continuidade de negócio, nomeadamente
aqueles que dizem respeito à salvaguarda dos acessos lógicos (soluções de armazenamento e backup de dados);
c) prestação de serviços de callcenter para prestação de apoio na utilização de sistemas informáticos; d) serviços
de consultoria relacionados com desenvolvimento de sítios web institucionais e respetivas manutenções; e)
serviços de consultoria aplicacional; f) fornecimento de licenças de Software e respetivas manutenções.
Ent. Relacionada
Farminveste, SA
Réditos
Gastos
Saldos Credores
Saldos Devedores
1 486 807
74 708
241 784
Alliance Healthcare, SA
466 330
-
110 088
-
Assoc. Nacional Farmácias
432 447
165 052
137 228
13 759
Finanfarma - Soc. Fact., SA
163 053
92 076
72 516
-
Farmácias
622 803
-
499 432
-
Imofarma
-
842 331
-
-
4 578
473 377
6 957
49 636
Jutai
Outras entidades
RELATÓRIO E CONTAS 2014
76 501
458 184
37 586
76 310
-
3 634 202
1 685 130
1 144 315
139 896
50
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
PARTE II – AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO
1. IDENTIFICAÇÃO DO CÓDIGO DE GOVERNO DAS SOCIEDADES ADOTADO
A Glintt adota o Código de Governo das Sociedades da CMVM, constante do Regulamento da CMVM n.º 4/2013
e que se encontra disponível ao público no site da CMVM, em http://www.cmvm.pt/CMVM/Legislacao_Regulamentos/Regulamentos/Reg2013/Documents/Regulamento%20CMVM%20nº%204-2013%20Governo%20das%20
Sociedades.pdf
2. ANÁLISE DE CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE GOVERNO DAS SOCIEDADES ADOTADO
A Glintt acolhe as recomendações da CMVM nos termos infra, apresentando-se a respetiva justificação relativamente àquelas que não foram adotadas pela Sociedade em 2013 e a remissão para o Ponto da Parte I do presente
Relatório em que essa matéria seja abordada.
Recomendações da CMVM
I. Votação e Controlo da Sociedade
I.1. As sociedades devem incentivar os seus acionistas a participar e a votar nas assembleias gerais,
designadamente não fixando um número excessivamente elevado de ações necessárias para ter direito a
um voto e implementando os meios indispensáveis ao exercício do direito de voto por correspondência e
por via eletrónica.
Parcialmente cumprida, dado que em 2014 não existiu a possibilidade de voto por via eletrónica – os
recursos são escassos e a Glintt entende que a votação eletrónica não é uma prioridade, atendendo a que
os acionistas já podem participar presencialmente e por correspondência, pelo que os seus direitos estão
devidamente salvaguardados.
Pontos 12 e 13.
I.2. As sociedades não devem adotar mecanismos que dificultem a tomada de deliberações pelos seus
acionistas, designadamente fixando um quórum deliberativo superior ao previsto por lei.
Cumprida.
Pontos 12,13 e 14.
I.3. As sociedades não devem estabelecer mecanismos que tenham por efeito provocar o desfasamento entre
o direito ao recebimento de dividendos ou à subscrição de novos valores mobiliários e o direito de voto
de cada ação ordinária, salvo se devidamente fundamentados em função dos interesses de longo prazo
dos acionistas.
Cumprida.
Ponto 12.
I.4. Os estatutos das sociedades que prevejam a limitação do número de votos que podem ser detidos ou
exercidos por um único acionista, de forma individual ou em concertação com outros acionistas, devem
prever igualmente que, pelo menos de cinco em cinco anos, será sujeita a deliberação pela assembleia
geral a alteração ou a manutenção dessa disposição estatutária – sem requisitos de quórum agravado
relativamente ao legal – e que, nessa deliberação, se contam todos os votos emitidos sem que aquela
limitação funcione.
Não aplicável.
Ponto 12.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
51
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
I.5. Não devem ser adotadas medidas que tenham por efeito exigir pagamentos ou a assunção de encargos
pela sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do órgão de administração
e que se afigurem suscetíveis de prejudicar a livre transmissibilidade das ações e a livre apreciação pelos
acionistas do desempenho dos titulares do órgão de administração.
Cumprida.
Ponto 12.
II. Supervisão, Administração e Fiscalização
II.1. Supervisão e Administração
II.1.1. Dentro dos limites estabelecidos por lei, e salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o conselho
de administração deve delegar a administração quotidiana da sociedade, devendo as competências
delegadas ser identificadas no relatório anual sobre o Governo da Sociedade.
Cumprida.
Pontos 27, 28 e 29.
II.1.2. O Conselho de Administração deve assegurar que a sociedade atua de forma consentânea com os seus
objetivos, não devendo delegar a sua competência, designadamente, no que respeita a: i) definir a
estratégia e as políticas gerais da sociedade; ii) definir a estrutura empresarial do grupo; iii) decisões que
devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais.
Cumprida.
Ponto 29.
II.1.3. O Conselho Geral e de Supervisão, além do exercício das competências de fiscalização que lhes estão
cometidas, deve assumir plenas responsabilidades ao nível do governo da sociedade, pelo que, através de
previsão estatutária ou mediante via equivalente, deve ser consagrada a obrigatoriedade de este órgão se
pronunciar sobre a estratégia e as principais políticas da sociedade, a definição da estrutura empresarial
do grupo e as decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante ou risco. Este
órgão deverá ainda avaliar o cumprimento do plano estratégico e a execução das principais políticas da
sociedade.
Não aplicável.
Ponto 15.
II.1.4. Salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o Conselho de Administração e o Conselho Geral e
de Supervisão, consoante o modelo adotado, devem criar as comissões que se mostrem necessárias para:
a. Assegurar uma competente e independente avaliação do desempenho dos administradores executivos
e do seu próprio desempenho global, bem assim como das diversas comissões existentes;
Cumprida.
Pontos 24, 25.
b. Refletir sobre sistema estrutura e as práticas de governo adotado, verificar a sua eficácia e propor aos
órgãos competentes as medidas a executar tendo em vista a sua melhoria.
Cumprida.
Ponto 24.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
52
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
II.1.5. O Conselho de Administração ou o Conselho Geral e de Supervisão, consoante o modelo aplicável, devem
fixar objetivos em matéria de assunção de riscos e criar sistemas para o seu controlo, com vista a garantir
que os riscos efetivamente incorridos são consistentes com aqueles objetivos.
Não cumprida.
Até ao momento a Sociedade não teve necessidade de fixar tais objectivos – mas a gestão de risco é uma
área que neste momento está em revisão na Glintt, no âmbito da qual está também a ser tida em conta esta
recomendação da CMVM.
Pontos 50 a 55.
II.1.6. O Conselho de Administração deve incluir um número de membros não executivos que garanta efetiva
capacidade de acompanhamento, supervisão e avaliação da atividade dos restantes membros do órgão
de administração.
Cumprida.
Ponto 18.
II.1.7. Entre os administradores não executivos deve contar-se uma proporção adequada de independentes,
tendo em conta o modelo de governação adotado, a dimensão da sociedade e a sua estrutura acionista e
o respetivo free float.
A independência dos membros do Conselho Geral e de Supervisão e dos membros da Comissão de Auditoria
afere-se nos termos da legislação vigente, e quanto aos demais membros do Conselho de Administração
considera-se independente a pessoa que não esteja associada a qualquer grupo de interesses específicos
na sociedade nem se encontre em alguma circunstância suscetível de afetar a sua isenção de análise ou de
decisão, nomeadamente em virtude de:
a. Ter sido colaborador da sociedade ou de sociedade que com ela se encontre em relação de domínio
ou de grupo nos últimos três anos;
b. Ter, nos últimos três anos, prestado serviços ou estabelecido relação comercial significativa com a
sociedade ou com sociedade que com esta se encontre em relação de domínio ou de grupo, seja de
forma direta ou enquanto sócio, administrador, gerente ou dirigente de pessoa coletiva;
c. Ser beneficiário de remuneração paga pela sociedade ou por sociedade que com ela se encontre
em relação de domínio ou de grupo além da remuneração decorrente do exercício das funções de
administrador;
d. Viver em união de facto ou ser cônjuge, parente ou afim na linha reta e até ao 3.º grau, inclusive,
na linha colateral, de administradores ou de pessoas singulares titulares direta ou indiretamente de
participação qualificada;
e. Ser titular de participação qualificada ou representante de um acionista titular de participações
qualificadas.
Não cumprida totalmente, dado que o número de Administradores Não-Executivos independentes (20%, 1
em 5) é inferior ao free float (47%).
A Glintt considera a atual proporção adequada, uma vez que na prática a proporção entre Administradores
independentes/não independentes funcionou ao longo do exercício de 2014, tendo sido possível garantir
a efetiva capacidade de acompanhamento, supervisão e avaliação da atividade dos restantes membros do
Conselho de Administração.
Ponto 18.
II.1.8. Os administradores que exerçam funções executivas, quando solicitados por outros membros dos órgãos
sociais, devem prestar, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, as informações por aqueles
requeridas.
Cumprida.
Ponto 29.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
53
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
II.1.9. O presidente do órgão de administração executivo ou da comissão executiva deve remeter, conforme
aplicável, ao Presidente do Conselho de Administração, ao Presidente do Conselho Fiscal, ao Presidente
da Comissão de Auditoria, ao Presidente do Conselho Geral e de Supervisão e ao Presidente da Comissão
para as Matérias Financeiras, as convocatórias e as atas das respetivas reuniões.
Cumprida.
Ponto 29.
II.1.10. Caso o presidente do órgão de administração exerça funções executivas, este órgão deverá indicar, de
entre os seus membros, um administrador independente que assegure a coordenação dos trabalhos dos
demais membros não executivos e as condições para que estes possam decidir de forma independente e
informada ou encontrar outro mecanismo equivalente que assegure aquela coordenação.
Não aplicável.
Ponto 18.
II.2. Fiscalização
II.2.1. Consoante o modelo aplicável, o presidente do Conselho Fiscal, da Comissão de Auditoria ou da Comissão
para as Matérias Financeiras deve ser independente, de acordo com o critério legal aplicável, e possuir as
competências adequadas ao exercício das respetivas funções.
Cumprida.
Pontos 32 e 33.
II.2.2. O órgão de fiscalização deve ser o interlocutor principal do auditor externo e o primeiro destinatário dos
respetivos relatórios, competindo-lhe, designadamente, propor a respetiva remuneração e zelar para que
sejam asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços.
Cumprida.
Ponto 45.
II.2.3. O órgão de fiscalização deve avaliar anualmente o auditor externo e propor ao órgão competente a sua
destituição ou a resolução do contrato de prestação dos seus serviços sempre que se verifique justa causa
para o efeito.
Cumprida.
Pontos 44 e 45.
II.2.4. O órgão de fiscalização deve avaliar o funcionamento dos sistemas de controlo interno e de gestão de
riscos e propor os ajustamentos que se mostrem necessários.
Cumprida.
Ponto 54.
II.2.5. A Comissão de Auditoria, o Conselho Geral e de Supervisão e o Conselho Fiscal devem pronunciar-se sobre
os planos de trabalho e os recursos afetos aos serviços de auditoria interna e aos serviços que velem pelo
cumprimento das normas aplicadas à sociedade (serviços de compliance), e devem ser destinatários dos
relatórios realizados por estes serviços pelo menos quando estejam em causa matérias relacionadas com
a prestação de contas a identificação ou a resolução de conflitos de interesses e a deteção de potenciais
ilegalidades.
Cumprida.
Ponto 54.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
54
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
II.3. Fixação de Remunerações
II.3.1. Todos os membros da Comissão de Remunerações ou equivalente devem ser independentes relativamente
aos membros executivos do órgão de administração e incluir pelo menos um membro com conhecimentos
e experiência em matérias de política de remuneração.
Cumprida.
Pontos 67 e 68.
II.3.2. Não deve ser contratada para apoiar a Comissão de Remunerações no desempenho das suas funções
qualquer pessoa singular ou coletiva que preste ou tenha prestado, nos últimos três anos, serviços a
qualquer estrutura na dependência do órgão de administração, ao próprio órgão de administração da
sociedade ou que tenha relação atual com a sociedade ou com consultora da sociedade. Esta recomendação
é aplicável igualmente a qualquer pessoa singular ou coletiva que com aquelas se encontre relacionada
por contrato de trabalho ou prestação de serviços.
Cumprida.
Ponto 67.
II.3.3. A declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização a que se refere
o artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, deverá conter, adicionalmente:
a. Identificação e explicitação dos critérios para a determinação da remuneração a atribuir aos membros
dos órgãos sociais;
b. Informação quanto ao montante máximo potencial, em termos individuais, e ao montante máximo
potencial, em termos agregados, a pagar aos membros dos órgãos sociais, e identificação das
circunstâncias em que esses montantes máximos podem ser devidos;
c. Informação quanto à exigibilidade ou inexigibilidade de pagamentos relativos à destituição ou
cessação de funções de administradores.
Cumprida.
Ponto 69.
II.3.4. Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de planos de atribuição de ações,
e/ou de opções de aquisição de ações ou com base nas variações do preço das ações, a membros dos
órgãos sociais. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correta do
plano.
Não aplicável.
Pontos 73 e 74.
II.3.5. Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de qualquer sistema de benefícios
de reforma estabelecidos a favor dos membros dos órgãos sociais. A proposta deve conter todos os
elementos necessários para uma avaliação correta do sistema.
Cumprida.
Pontos 76.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
55
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
III. Remunerações
III.1. A remuneração dos membros executivos do órgão de administração deve basear-se no desempenho
efetivo e desincentivar a assunção excessiva de riscos.
Cumprida.
Pontos 69 e 70.
III.2. A remuneração dos membros não executivos do órgão de administração e a remuneração dos membros
do órgão de fiscalização não deve incluir nenhuma componente cujo valor dependa do desempenho da
sociedade ou do seu valor.
Cumprida.
Ponto 69.
III.3. A componente variável da remuneração deve ser globalmente razoável em relação à componente fixa da
remuneração, e devem ser fixados limites máximos para todas as componentes.
Cumprida.
Ponto 69.
III.4. Uma parte significativa da remuneração variável deve ser diferida por um período não inferior a três
anos, e o direito ao seu recebimento deve ficar dependente da continuação do desempenho positivo da
sociedade ao longo desse período.
Não cumprida.
A Sociedade entende haver vantagem em que a avaliação do desempenho seja efetuada numa base anual,
bem como o correspondente pagamento da eventual remuneração variável – isto porque a sociedade
funciona numa lógica anual: o orçamento é anual e a gestão presta contas aos acionistas todos os anos.
Ponto 69.
III.5. Os membros do órgão de administração não devem celebrar contratos, quer com a sociedade, quer com
terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que lhes for
fixada pela sociedade.
Cumprida.
Ponto 70.
III.6. Até ao termo do seu mandato devem os administradores executivos manter as ações da sociedade a que
tenham acedido por força de esquemas de remuneração variável, até ao limite de duas vezes o valor da
remuneração total anual, com exceção daquelas que necessitem ser alienadas com vista ao pagamento de
impostos resultantes do benefício dessas mesmas ações.
Não aplicável.
Ponto 73.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
56
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
III.7. Quando a remuneração variável compreender a atribuição de opções, o início do período de exercício deve
ser diferido por um prazo não inferior a três anos.
Não aplicável.
Ponto 74.
III.8. Quando a destituição de administrador não decorra de violação grave dos seus deveres nem da sua
inaptidão para o exercício normal das respetivas funções mas, ainda assim, seja reconduzível a um
inadequado desempenho, deverá a sociedade encontrar-se dotada dos instrumentos jurídicos adequados
e necessários para que qualquer indemnização ou compensação, além da legalmente devida, não seja
exigível.
Cumprida.
Ponto 70.
IV. Auditoria
IV.1. O auditor externo deve, no âmbito das suas competências, verificar a aplicação das políticas e sistemas
de remunerações dos órgãos sociais, a eficácia e o funcionamento dos mecanismos de controlo interno e
reportar quaisquer deficiências ao órgão de fiscalização da sociedade.
Cumprida.
Pontos 70.
IV.2. A sociedade ou quaisquer entidades que com ela mantenham uma relação de domínio não devem contratar
ao auditor externo, nem a quaisquer entidades que com ele se encontrem em relação de grupo ou que
integrem a mesma rede, serviços diversos dos serviços de auditoria. Havendo razões para a contratação de
tais serviços – que devem ser aprovados pelo órgão de fiscalização e explicitadas no seu Relatório Anual
sobre o Governo da Sociedade – eles não devem assumir um relevo superior a 30% do valor total dos
serviços prestados à sociedade.
Cumprida.
Ponto 47.
IV.3. As sociedades devem promover a rotação do auditor ao fim de dois ou três mandatos, conforme sejam
respetivamente de quatro ou três anos. A sua manutenção além deste período deverá ser fundamentada
num parecer específico do órgão de fiscalização que pondere expressamente as condições de independência
do auditor e as vantagens e os custos da sua substituição.
Não cumprida parcialmente, na medida em que não houve rotação do auditor.
Contudo, o mandato do auditor é anual, sendo a correspondente avaliação e ponderação feita todos os anos
pelo Conselho Fiscal, consubstanciando-se depois na proposta que o Conselho Fiscal todos os anos submete
à apreciação dos acionistas na Assembleia Geral Anual.
Ponto 44.
V. Conflitos de Interesses e Transações com Partes Relacionadas
V.1. Os negócios da sociedade com acionistas titulares de participação qualificada, ou com entidades que com
eles estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20.º do Código dos Valores Mobiliários, devem ser
realizados em condições normais de mercado.
Cumprida.
Ponto 89.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
57
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
V.2. O órgão de supervisão ou de fiscalização deve estabelecer os procedimentos e critérios necessários
para a definição do nível relevante de significância dos negócios com acionistas titulares de participação
qualificada – ou com entidades que com eles estejam em qualquer uma das relações previstas no n.º 1 do
art. 20.º do Código dos Valores Mobiliários –, ficando a realização de negócios de relevância significativa
dependente de parecer prévio daquele órgão.
Cumprida.
Ponto 91.
VI. Informação
VI.1. As sociedades devem proporcionar, através do seu sítio na Internet, em português e inglês, acesso
a informações que permitam o conhecimento sobre a sua evolução e a sua realidade atual em termos
económicos, financeiros e de governo.
Cumprida parcialmente.
A Glintt é uma sociedade de direito português cotada em Lisboa, pelo que a prioridade da empresa é a
disponibilização da informação em Português, estando gradualmente a ser disponibilizada cada vez mais
informação em língua inglesa.
Ponto 63.
VI.2. As sociedades devem assegurar a existência de um gabinete de apoio ao investidor e de contacto
permanente com o mercado, que responda às solicitações dos investidores em tempo útil, devendo ser
mantido um registo dos pedidos apresentados e do tratamento que lhe foi dado.
Cumprido.
Pontos 56, 57 e 58.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
58
4// Demonstrações Financeiras
e Notas às Contas
4.1 Demonstrações Financeiras Consolidadas
Demonstração da Posição Financeira Consolidada a 31 Dezembro de 2014
(valores em euros)
31 / 12 / 2014
Ativo
31 / 12 / 2013
Variação (%)
Não corrente
154,91%
Ativos fixos tangíveis
7
7 609 624
2.985.249
Goodwill
8
119 578 927
119.578.927
0,00%
Ativos fixos Intangíveis
9
39 675 975
42.811.951
-7,33%
57,90%
Outros Investimentos Financeiros
10
109 798
69.537
Contas a receber de clientes e outros devedores
13
5 830 361
5.589.731
4,30%
Ativos por Impostos Diferidos
11
4 802 004
3.745.831
28,20%
177 606 690
174.781.226
1,62%
-3,19%
Corrente
Inventários
12
3 037 757
3.137.856
Contas a receber de clientes e outros devedores
13
28 868 373
29.361.253
-1,68%
Caixa e equivalentes de caixa
14
1 351 525
4.314.993
-68,68%
Acréscimos e diferimentos ativos
15
Total do Ativo
7 126 010
9.550.349
-25,38%
40 383 664
46.364.451
-12,90%
217 990 354
221 145 677
-1,43%
0,00%
Capital Próprio
Capital e reservas atribuíveis aos detentores do capital
Capital social
16
86 962 868
86.962.868
Prémios de emissão
16
10 255 221
10 255 221
0,00%
Outras reservas
17
18 668 716
15.489.772
20,52%
Reservas de conversão cambial
17
(601 446)
(598.101)
0,56%
Resultados retidos de exercícios anteriores
17
3 865 206
5.651.783
-31,61%
Resultados retidos no exercício
17
Capital Próprio atribuível a acionistas
Interesses que não controlam
1 338 233
1.313.893
1,85%
120 488 798
119.075.436
1,19%
193 644
209.330
-7,49%
120 682 442
119.284.766
1,17%
17
Total do Capital Próprio
Passivo
Não corrente
Contas a pagar a fornecedores e outros credores
18
219 541
157.683
39,23%
Empréstimos
20
23 349 288
29.033.479
-19,58%
Acréscimos e diferimentos passivos
19
1 150 499
1.413.625
-18,61%
Provisões para outros passivos e encargos
22
323 300
366.016
-11,67%
Passivos por Impostos Diferidos
21
9 276 145
9.491.336
-2,27%
34 318 774
40.462.139
-15,18%
-11,90%
Corrente
Contas a pagar a fornecedores e outros credores
18
16 612 322
18.856.487
Empréstimos
20
31 004 040
24.395.509
27,09%
Acréscimos e diferimentos passivos
19
15 372 776
18.146.776
-15,29%
Total do Passivo
Total do Capital Próprio e Passivo
RELATÓRIO E CONTAS 2014
62 989 138
61.398.772
2,59%
97 307 912
101.860.911
-4,47%
217 990 354
221.145.677
-1,43%
A ADMINISTRAÇÃO
60
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Demonstração dos Resultados Consolidados
(valores em euros)
31 / 12 / 2014
Variação
31 / 12 / 2013
Variação (%)
Vendas
23
15 565 139
19.088.581
(3 523 442)
Prestação de serviços
23
64 622 435
66 912 841
(2 290 406)
-3,4%
80 187 573
86 001 422
(5 813 848)
-6,8%
-24,7%
Total das Vendas e Prestação de Serviços
-18,5%
Custo das vendas
24
(9 992 323)
(13 271 627)
3 279 303
Subcontratos
25
(14 608 804)
(15 850 787)
1 241 984
-7,8%
55 586 447
56 879 008
(1 292 561)
-2,3%
-5,0%
Margem Bruta
Fornecimentos e serviços externos
26
(11 499 353)
(12 105 216)
605 863
Gastos com pessoal
27
(39 033 239)
(39 635 745)
602 505
-1,5%
Outros ganhos e perdas - líquidas
28
3 435 234
3 106 186
329 048
10,6%
8 489 088
8 244 233
244 856
3,0%
Depreciações e amortizações
29
(2 186 366)
(1 429 792)
(756 574)
52,9%
Provisões
22
42 716
6 500
36 216
557,2%
Perdas por imparidade
30
(539 302)
(868 816)
329 514
-37,9%
5 806 137
5 952 125
(145 988)
-2,5%
(3 597 323)
(3 421 520)
(175 803)
5,1%
-
-
-
-
2 208 814
2 530 605
(321 791)
-12,7%
(712 563)
(1 043 021)
330 458
-31,7%
1 496 251
1 487 584
8 667
0,6%
-
-
-
-
1 496 251
1 487 584
8 667
0,6%
Resultado operacional bruto
Resultado operacional
Resultados financeiros
31
Ganhos em empresas do grupo
Resultados antes de impostos e antes de alienação de
operações descontinuadas
Imposto sobre lucros
32
Resultados depois de impostos e antes de alienação de
operações descontinuadas
Perdas com operações descontinuadas
Resultado antes dos interesses que não controlam
158 017
173 691
(15 674)
-9,0%
1 338 233
1 313 893
24 340
1,9%
Resultados básicos
0,015
0,015
Resultados diluídos
0,015
0,015
Resultado atribuível a interesses que não controlam
Resultado líquido do exercício
Resultados por acção (eur)
Demonstração Consolidada do Rendimento Integral
31 / 12 / 2014
31 / 12 / 2013
1 496 251
Resultado Líquido do Período (Antes de Interesses que não controlam)
1 487 584
Rubricas que poderão ser posteriormente reclassificadas nos resultados
Justo valor de instrumentos financeiros derivados (IAS 39)
78 534
(78 534)
Diferenças de conversão cambial (IAS 21)
(3 346)
(280 026)
Rendimento reconhecido diretamente no capital próprio
Rendimento Integral do período
Atribuível aos acionistas
Atribuível aos Interesses que não controlam
75 188
(358 560)
1 571 439
1 129 024
1 413 422
955 333
158 017
173 691
Demonstração das Alterações do Capital Próprio
(valores em euros)
Atribuível a detentores do capital
Prémios de Emissão
de Ações
Capital Social
Outras Reservas
Reservas Conversão
Interesses que não
Resultados Retidos
Cambial
controlam
Total Capital
Próprio
86 962 868
10 255 221
12 824 624
(318 075)
8 410 811
163 342
Aplicação resultado exercício anterior
-
-
2 743 681
-
(2 743 681)
-
-
Out. ganhos /perdas reconh. direct. no capital próprio
-
-
(78 534)
(280 026)
(15 346)
-
(373 906)
Pagamento de dividendos para fora do grupo
-
-
-
-
-
(127 703)
(127 703)
Resultado integral do ano
-
-
-
-
1 313 893
173 691
1 487 584
Saldo em 31 de dezembro de 2013
86 962 868
10 255 221
15 489 772
(598 101)
6 965 676
209 330
119 284 766
Saldo em 1 de janeiro de 2014
119 284 766
Saldo em 1 de janeiro de 2013
118 298 792
86 962 868
10 255 221
15 489 772
(598 101)
6 965 676
209 330
Aplicação resultado exercício anterior
-
-
3 100 410
-
(3 100 410)
-
-
Out. ganhos /perdas reconh. direct. no capital próprio
-
-
78 534
(3 346)
(59)
-
75 129
Pagamento de dividendos para fora do grupo
-
-
-
-
-
(173 703)
(173 703)
Resultado integral do ano
-
-
-
-
1 338 233
158 017
1 496 251
86 962 868
10 255 221
18 668 716
(601 446)
5 203 439
193 644
120 682 442
Saldo em 31 de dezembro de 2014
A ADMINISTRAÇÃO
RELATÓRIO E CONTAS 2014
61
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados
(valores em euros)
31 / 12 / 2014
Atividades Operacionais
31 / 12 / 2013
Recebimentos de clientes
95 190 957
105 391 801
Pagamentos a fornecedores
(43 372 874)
(44 599 696)
Pagamentos ao pessoal
(39 486 979)
(39 678 087)
12 331 104
21 114 018
Fluxo gerado pelas operações
Pagamentos/recebimentos imposto s/ rendimento
(2 070 501)
(1 457 086)
Outros pag./recebimentos relat ativ. Operacionais
(9 532 004)
(11 746 445)
(11 602 505)
(13 203 531)
728 599
7 910 487
Fluxos de atividades operacionais Atividades de Investimento
Recebimentos provenientes de:
Ativos fixos tangíveis
Subsídios de investimento
Juros e proveitos similares
11 971
17 190
454 559
449 737
2 647
12 579
469 177
479 506
(173 703)
(127 703)
Pagamentos respeitantes a:
Dividendos (Interesses que não controlam)
Investimentos financeiros
Ativos fixos tangíveis
Ativos intangíveis
Fluxos de atividades investimento
(40 261)
(35 880)
(1 472 689)
(441 422)
(273 760)
(2 956 342)
(1 960 413)
(3 561 347)
(1 491 236)
(3 081 842)
90 866 652
95 168 141
90 866 652
95 168 141
(89 457 475)
(96 706 445)
Atividades de Financiamento
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos
Pagamentos provenientes de:
Empréstimos obtidos
Amortização contratos locação financeira
Juros e custos similares
Fluxos de atividades financiamento (80 502)
(98 812)
(3 484 666)
(3 559 263)
(93 022 643)
(100 364 521)
(2 155 990)
(5 196 380)
Efeito das diferenças de câmbio
Variações de caixa e seus equivalentes
Caixa e seus equivalentes - início do exercício
Caixa e seus equivalentes - fim do exercício
Decomposição do saldo final
Caixa
Depósitos bancários
14
(44 841)
36 132
(2 963 469)
(331 602)
4 314 993
4 646 595
1 351 525
4 314 993
1 351 525
4 314 993
6 498
69 795
1 345 026
4 245 198
RELATÓRIO E CONTAS 2014
62
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas
Ano de 2014 (valores em euros)
1. Informação Geral
A Glintt – Global Intelligent Technologies, SA (empresa mãe) e as suas filiais (Grupo ou Glintt) é uma das maiores
empresas tecnológicas Portuguesas a operar na Europa, África e América Latina e conta com um coletivo de cerca
de 1900 profissionais, especializados e capazes de oferecer aos seus Clientes soluções com valor acrescentado
para o negócio.
A Glintt – Global Intelligent Technologies, S.A. é uma sociedade anónima, domiciliada em Portugal, com sede no
Beloura Office Park, Edifício 10, na Quinta da Beloura, em Sintra.
A Sociedade encontra-se cotada na atual NYSE Euronext Lisbon desde Junho de 1999.
As demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 11 de Março
de 2015.
Estas demonstrações financeiras consolidadas serão aprovadas pela Assembleia Geral de Acionistas.
2. Sumário das políticas contabilísticas mais significativas
2.1. Bases de Preparação
As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Glintt foram preparadas em conformidade com as
Normas Internacionais de Relato Financeiro adoptadas pela União Europeia, emitidas pelo International
Accounting Standards Board (IASB) e com as Interpretações do International Financial Reporting
Interpretation Committee(IFRIC) ou pela anterior Standing Interpretations Committee (SIC) emitidas e
vigentes à data da preparação das demonstrações financeiras.
Os principais critérios contabilísticos aplicados na elaboração destas demonstrações financeiras
consolidadas estão descritos abaixo. Estas políticas contabilísticas foram consistentemente aplicadas aos
períodos aqui apresentados, salvo indicação contrária, não existindo erros materiais relativos a exercícios
anteriores.
As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo, foram preparadas de acordo com os princípios
contabilísticos geralmente aceites em Portugal até 31 de Dezembro de 2004. Em 2009, as empresas
incluídas na consolidação adotaram as IFRS na preparação das suas demonstrações financeiras individuais.
As empresas sediadas em Espanha e Angola preparam as suas demonstrações financeiras de acordo com
os normativos em vigor no país. Esses métodos de contabilização e valorização são alterados sempre que
necessário, para cumprir com os IFRS.
Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto de continuidade das
operações e de acordo com o princípio do custo histórico, modificado pela reavaliação dos ativos financeiros
disponíveis para venda, e pelos ativos financeiros e passivos financeiros valorizados pelo justo valor.
A preparação das demonstrações financeiras exige a utilização de estimativas contabilísticas. A
Administração necessita também de exercer julgamento sobre o processo de aplicação dos princípios
contabilísticos da empresa. As áreas que envolvem maior grau de complexidade e julgamento ou as áreas
sobre as quais os pressupostos e as estimativas são mais significativos são divulgadas na nota 4.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
63
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
2.2. Novas normas contabilísticas e seu impacto nas demonstrações financeiras
Em 2014, passaram a ser de aplicação obrigatória novas normas e interpretações ou suas alterações,
as quais não tiveram impacto significativo nos montantes reportados e divulgações efetuadas nestas
demonstrações financeiras.
2.2.1. Novas normas e interpretações emitidas pelo IASB e já endossadas pela
União Europeia, com entrada em vigor a partir de 01 de janeiro de 2014:
• Adoção da IFRS 10 Demonstrações financeiras consolidadas (Regulamento n.º 1254/2012, de
11 de dezembro) - O objetivo de fornecer um modelo de consolidação único, que identifique
a relação de controlo como base para a consolidação de todos os tipos de entidades. A IFRS 10
substitui a IAS 27 Demonstrações financeiras consolidadas e separadas e a SIC 12 Consolidação
- Entidades com finalidade especial. Um investidor controla uma investida se e apenas se tiver,
cumulativamente: (a) poder sobre a investida; (b) exposição ou direitos a resultados variáveis
por via do seu relacionamento com a investida; e (c) a capacidade de usar o seu poder sobre
a investida para afetar o valor dos resultados para os investidores. As mudanças introduzidas
pela IFRS 10 requerem que a Gestão faça um julgamento significativo de forma a determinar
que entidades são controladas e consequentemente ser incluídas nas Demonstrações financeiras
consolidadas da empresa-mãe.
• Adoção da IFRS 11 Acordos conjuntos (Regulamento n.º 1254/2012, de 11 de dezembro) estabelece princípios para o relato financeiro pelas partes em acordos conjuntos e substitui a IAS
31 Interesses em empreendimentos conjuntos e a SIC 13 Entidades conjuntamente controladas
– Contribuições não monetárias por empreendedores.
• Adoção da IFRS 12 Divulgação de interesses noutras entidades (Regulamento n.º 1254/2012, de
11 de dezembro) - combina, reforça e substitui os requisitos de divulgação para as filiais, acordos
conjuntos, associadas e entidades estruturadas não consolidadas. Em consequência destas novas
IFRS, foi também emitida uma versão alterada da IAS 27 e da IAS 28. A IFRS 12 Divulgação de
participações em outras entidades estabelece o nível mínimo de divulgações relativamente a
empresas subsidiárias, empreendimentos conjuntos, empresas associadas e outras entidades
não consolidadas. Esta norma inclui, por isso, todas as divulgações que eram obrigatórias na IAS
27 Demonstrações financeiras consolidadas e separadas referentes às contas consolidadas, bem
como as divulgações obrigatórias incluídas na IAS 31 Interesses em empreendimentos conjuntos
e na IAS 28 Investimentos em associadas, para além de novas informações adicionais. O objetivo
desta Norma é exigir que uma entidade divulgue informação nas suas demonstrações financeiras
que permita que os utentes avaliem: (a) a natureza e os riscos associados aos seus interesses
noutras entidades; e (b) os efeitos desses interesses na sua posição financeira, desempenho
financeiro e fluxos de caixa. Para isso, uma entidade deve divulgar: (a) os julgamentos e
pressupostos significativos nos quais se baseou para determinar a natureza do seu interesse noutra
entidade ou acordo e para determinar o tipo de acordo conjunto no qual tem um interesse; e (b)
informação sobre os seus interesses em subsidiárias, acordos conjuntos e associadas; e entidades
estruturadas que não sejam controladas pela entidade. Para efeitos desta Norma, um interesse
noutra entidade refere-se ao envolvimento contratual e não-contratual que expõe uma entidade a
uma variabilidade do retorno em função do desempenho da outra entidade. Um interesse noutra
entidade pode ser evidenciado, entre outros, pela propriedade de ações ou de instrumentos de
dívida, bem como por outras formas de envolvimento como o fornecimento de financiamento, de
assistência à liquidez, de aumentos de crédito e de garantias. Isso inclui os meios pelos quais uma
entidade tem controlo, controlo conjunto ou influência significativa sobre outra entidade. Uma
entidade não tem necessariamente um interesse noutra entidade apenas por via de uma normal
relação de cliente-fornecedor.
• Emendas à IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas, à IFRS 11 Acordos Conjuntos e à
IFRS 12 Divulgação de Interesses Noutras Entidades (Regulamento n.º 313/2013, de 4 de abril)
- O objetivo das emendas consiste em clarificar a intenção do IASB quando emitiu pela primeira
vez as orientações de transição relativas à IFRS 10. As emendas proporcionam também uma
flexibilidade de transição suplementar relativamente à IFRS 10, à IFRS 11 e à IFRS 12, limitando
o requisito de prestação de informações comparativas ajustadas apenas ao período comparativo
precedente. Além disso, para as divulgações relativas a entidades estruturadas não consolidadas,
as emendas suprimem a obrigação de apresentar informações comparativas para os períodos
anteriores à aplicação pela primeira vez da IFRS 12.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
64
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
• Emenda IAS 39 Instrumentos financeiros derivados - A emenda cobre as novações: que resultem
da aplicação ou da alteração de leis ou regulamentos nas quais as partes do instrumento de
cobertura concordam que uma ou mais contrapartes da compensação substituam as contrapartes
originais de forma a tornarem-se as novas contrapartes de cada uma das partes; que não resultem
em outras alterações aos termos do contrato original do derivado para além das alterações
diretamente atribuíveis à alteração da contraparte para assegurar a compensação. Todas as
condições acima referidas devem ser cumpridas para se continuar a contabilidade de cobertura
de acordo com esta exceção. A emenda cobre novações efetuadas para contrapartes centrais,
bem como para intermediários como sejam membros de câmaras de compensação, ou clientes
dos últimos que sejam eles próprios intermediários. Para as novações que não cumpram os
critérios da exceção, as entidades devem avaliar as alterações ao instrumento de cobertura à
luz das regras de desreconhecimento de instrumentos financeiros e das condições gerais para
continuar a aplicação da contabilidade de cobertura.
• Emenda à IAS 32 Instrumentos financeiros derivados (divulgações) - Clarifica o significado de
“direito legal correntemente executável de compensar” e a aplicação da IAS 32 aos critérios de
compensação de sistemas de compensação (tais como sistemas centralizados de liquidação e
compensação) os quais aplicam mecanismos de liquidação brutos que não são simultâneos.
O parágrafo 42 a) da IAS 32 requer que “um ativo financeiro e um passivo financeiro devem
ser compensados e a quantia líquida apresentada no balanço quando, e apenas quando, uma
entidade tiver atualmente um direito de cumprimento obrigatório para compensar as quantias
reconhecidas”. Esta emenda clarifica que os direitos de compensar não só têm de ser legalmente
correntemente executáveis no decurso da atividade normal mas também têm de ser executáveis
no caso de um evento de incumprimento e no caso de falência ou insolvência de todas as
contrapartes do contrato, incluindo da entidade que reporta. A emenda também clarifica que os
direitos de compensação não devem estar contingentes de eventos futuros. O critério definido
na IAS 32 para a compensação de instrumentos financeiros requer que a entidade de reporte
pretenda, ou liquidar numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar simultaneamente o passivo.
A emenda clarifica que só os mecanismos de liquidação pelo valor bruto que eliminam ou resultam
em riscos de crédito e liquidez insignificantes em que o processo de contas a receber e a pagar é
um único processo de liquidação ou ciclo podem ser, de facto, equivalentes a uma liquidação pelo
valor líquido, cumprindo com efeito o critério de liquidação líquido previsto na norma.
• Alterações à IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas, IFRS 12 Divulgação de Interesses
Noutras Entidades e IAS 27 Demonstrações Financeiras Separadas (Regulamento n.º 1174/2013,
de 20 de novembro) - A IFRS 10 é emendada a fim de refletir melhor o modelo de negócio das
entidades de investimento. Exige que essas entidades mensurem as suas filiais pelo justo valor
através dos resultados, em vez de procederem à respetiva consolidação. A IFRS 12 é emendada
a fim de exigir uma divulgação específica sobre essas filiais das entidades de investimento. As
emendas à IAS 27 eliminaram ainda a opção que era dada às entidades de investimento no sentido
de mensurarem os seus investimentos em determinadas filiais pelo custo ou pelo justo valor nas
suas demonstrações financeiras separadas. As emendas à IFRS 10, à IFRS 12 e à IAS 27 implicam,
por conseguinte, emendas à IFRS 1, IFRS 3, IFRS 7, IAS 7, IAS 12, IAS 24, IAS 32, IAS 34 e IAS 39, a
fim de assegurar a coerência entre as normas internacionais de contabilidade.
• Alterações à IAS 36 Imparidade de ativos (Regulamento n.º 1374/2013, de 19 de dezembro) - As
principais alterações envolvem: (i) a remoção do requisito de divulgação da quantia recuperável
das unidades geradoras de caixa relativamente às quais não foi reconhecida qualquer imparidade;
(ii) introdução do requisito de divulgar informação acerca dos pressupostos-chave, técnicas de
avaliação e nível aplicável da hierarquia de justo valor para qualquer ativo individual (incluindo o
goodwill) ou para qualquer unidade geradora de caixa relativamente aos quais foi reconhecidas
ou revertidas perdas de imparidade durante o período, e para as quais o valor recuperável
consiste no justo valor menos custos de vender; (iii) introdução do requisito de divulgação das
taxas de desconto que foram usadas no período corrente e em mensurações anteriores das
quantias recuperáveis dos ativos em imparidade que tenham sido baseadas no justo valor menos
custos de vender usando a técnica do valor presente; (iv) remoção do termo “material”, por se ter
considerado desnecessária a referência explícita quando a norma faz referência aos requisitos de
divulgações para os ativos (incluindo goodwill) ou unidades geradoras de caixa, para os quais uma
perda ou reversão “material” de imparidade tenha sido incorrida durante o período.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
65
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
• Alterações à IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração - Novação de
Derivados e Continuação da Contabilidade de Cobertura (Regulamento n.º 1375/2013, de 19 de
dezembro) - O objetivo das alterações é o de resolver as situações em que um derivado designado
como instrumento de cobertura é objeto de novação entre uma contraparte e uma contraparte
central por razões legais ou regulamentares. A solução prevista permitirá a continuação da
contabilidade de cobertura independentemente da novação, o que não seria permitido na
ausência destas emendas.
• Alterações à IAS 27 Demonstrações financeiras consolidadas e separadas (Revista em 2011) Com a introdução da IFRS 10 e IFRS 12, a IAS 27 limita-se a estabelecer o tratamento contabilístico
relativamente a subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas nas contas separadas.
• Alterações à IAS 28 Investimentos em associadas e joint ventures - Com as alterações à IFRS
11 e IFRS 12, a IAS 28 foi renomeada e passa a descrever a aplicação do método de equivalência
patrimonial também às joint ventures à semelhança do que já acontecia com as associadas.
2.2.2. Novas normas e interpretações emitidas pelo IASB e já endossadas pela
União Europeia, com data de entrada em vigor em exercícios com início em ou
após 01 de janeiro de 2015:
• Adoção da IFRIC 21 Taxas (Regulamento n.º 634/2014, de 13 de junho) - Esta interpretação diz
respeito à contabilização de um passivo correspondente ao pagamento de uma taxa caso esse
passivo seja abrangido pela IAS 37. Diz igualmente respeito à contabilização de um passivo pelo
pagamento de uma taxa cujo calendário e montante são conhecidos. Contudo, esta interpretação
não diz respeito à contabilização dos custos decorrentes do reconhecimento de um passivo
correspondente ao pagamento de uma taxa. As entidades deverão aplicar outras normas para
determinar se o reconhecimento de um passivo correspondente ao pagamento de uma taxa dá
origem a um ativo ou a uma despesa, não estando igualmente abrangidas: a) saídas de recursos
abrangidas pelo âmbito de aplicação de outras normas (como por exemplo os impostos sobre
o rendimento, que são do âmbito da IAS 12 Impostos sobre o rendimento); e b) coimas ou
outras sanções aplicadas por infração da legislação. A interpretação esclarece que uma entidade
reconhece um passivo para uma taxa quando a atividade que desencadeia pagamento ocorre,
tal conforme identificada pela legislação pertinente. Para uma taxa que é desencadeada ao
atingir um limiar mínimo, esta interpretação clarifica que nenhuma responsabilidade deve ser
antecipada antes do limite mínimo especificado ser atingido. Uma entidade deve aplicar, no
relatório financeiro intercalar, os mesmos princípios de reconhecimento de taxas que aplica nas
demonstrações financeiras anuais, sendo requerida aplicação retrospetiva.
• IAS 19 R – Benefícios de Empregados (Emenda): Contribuições de empregados - Esta emenda
aplica-se a contribuições de empregados ou terceiros para planos de benefícios definidos.
Simplifica a contabilização das contribuições que sejam independentes do número de anos de
prestação de serviço do empregado, como por exemplo, contribuições efetuadas pelo empregado
que sejam calculadas com base numa percentagem fixa do salário, que sejam uma quantia fixa
ao longo de todo o período de serviço ou uma quantia que dependa da idade do empregado.
Tais contribuições passam a poder ser reconhecidas como uma redução dos custo do serviço no
período em que o serviço é prestado.
Melhorias anuais relativas ao ciclo 2010-2012
• IFRS 2 Pagamentos com base em Ações - Atualiza definições, clarifica o que se entende por
condições de aquisição e clarifica ainda situações relacionadas com preocupações que haviam
sido levantadas sobre condições de serviço, condições de mercado e condições de performance.
• IFRS 3 Combinações de Negócios - Introduz alterações no reconhecimento das alterações de
justo valor dos pagamentos contingentes que não sejam instrumentos de capital. Tais alterações
passam a ser reconhecidas exclusivamente em resultados do exercício.
• IFRS
8 Segmentos Operacionais - Requer divulgações adicionais (descrição e indicadores
económicos) que determinaram a agregação do segmentos. A divulgação da reconciliação do
total dos ativos dos segmentos reportáveis com o total de ativos da entidade só é exigida se
for também reportada ao gestor responsável, nos mesmos termos da divulgação exigida para os
passivos do segmento.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
66
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
• IFRS 13 Mensuração ao Justo valor - Clarifica que as contas a receber e as contas a pagar sem
juro declarado podem ser mensuradas ao valor nominal quando o efeito do desconto é imaterial.
Assim, a razão pela qual foram eliminados parágrafos da IAS 9 e IAS 39 nada teve a ver com
alterações de mensuração mas sim com o facto de a situação em concreto ser imaterial e, por esse
facto, não ser obrigatório o seu tratamento conforme já previsto na IAS 8.
• IAS 16 Ativos fixos tangíveis e IAS 38 Ativos intangíveis - No caso de revalorização a norma passa a
prever a possibilidade de entidade poder optar entre proceder ao ajustamento do valor bruto com
base em dados observáveis no mercado ou que possa alocar a variação, de forma proporcional, à
alteração ocorrida no valor contabilístico sendo, em qualquer dos casos, obrigatória a eliminação
das amortizações acumuladas por contrapartida do valor bruto do ativo. Estas alterações só se
aplicam a revalorização efetuada no ano em que a alteração for aplicada pela primeira vez e ao
período imediatamente anterior. Pode fazer a reexpressão para todos os períodos anteriores mas
não é obrigada a fazê-lo. Contudo, se não fizer, deverá divulgar o critério usado nesses períodos.
• IAS 24 Divulgações de Partes Relacionadas - Clarifica que uma entidade de gestora – uma entidade
que presta serviços de gestão – é uma parte relacionada sujeita aos requisitos de divulgação
associados. Adicionalmente, uma entidade que utilize os serviços de uma entidade de gestão é
obrigada a divulgar os gastos incorridos com tais serviços.
Melhorias anuais relativas ao ciclo 2011-2013
• IFRS 1 Adoção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato financeiro - Clarifica o que
se entende por normas em vigor.
• IFRS 3 Combinações de Negócios - Atualiza a exceção de aplicação da norma a “Acordos Conjuntos”
clarificando que a única exclusão se refere à contabilização da criação de um acordo conjunto nas
demonstrações financeiras do próprio acordo conjunto.
• IFRS 13 Mensuração ao Justo valor - Atualiza o parágrafo 52 no sentido de a exceção ao porfolio
passar a incluir também outros contratos que estejam no âmbito ou sejam contabilizados de
acordo com a IAS 39 ou a IFRS 9, independentemente de satisfazerem as definições de ativos
financeiros ou passivos financeiros nos termos na IAS 32.
• IAS 40 Propriedades de Investimento - Clarifica que é à luz da IFRS 3 que se deve determinar
se uma dada transação é uma combinação de negócios ou compra de ativos e não a descrição
existente na IAS 40 que permite distinguir a classificação de uma propriedade como sendo de
investimento ou como sendo propriedade ocupada pelo dono.
2.2.3. Novas normas, interpretações e alterações, ainda não endossadas pela
União Europeia, com data de entrada em vigor em exercícios com início em ou
após 1 de janeiro de 2015
• IFRS 9 Instrumentos financeiros (emitida em 24 de julho de 2014)
• IFRS 10 e IAS 28: Venda ou entrega de ativos por um investidor à sua associada ou empreendimento
conjunto (Emendas emitidas em 11 de setembro de 2014)
• IFRS 10, IFRS 12 e à IAS 28: Entidades de investimento: Aplicação da exceção de consolidação
(Emendas emitidas em 18 de dezembro de 2014)
• IFRS 11: Contabilização da aquisição de participações em operações conjuntas (Emendas emitidas
em de 6 de maio de 2014)
• IAS 27: Método da equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras separadas (Emenda
emitida em 12 de agosto 2014)
• IFRS 14 Contas de diferimento relacionadas com atividades reguladas (emitida em 30 de janeiro
de 2014)
RELATÓRIO E CONTAS 2014
67
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
• IFRS 15 Rédito de contratos com clientes (emitida em 28 de maio de 2014)
• IAS 1: Clarificação sobre divulgações no relato financeiro (Emendas emitidas em 18 de dezembro
de 2014)
• IAS 16 e à IAS 41: Plantas que geram produto agrícola (Emendas emitidas em 30 de junho de
2014)
• IAS
16 e à IAS 38: Clarificação sobre os métodos de cálculo de depreciação e amortização
permitidos (Emendas emitidas em 12 de maio de 2014)
2.3. Consolidação
2.3.1. Subsidiárias
Subsidiárias são todas as entidades sobre as quais o Grupo tem o poder de decisão sobre as
políticas financeiras e operacionais, geralmente representado por mais de metade dos direitos de
voto. A existência e o efeito dos direitos de voto potenciais que sejam correntemente exercíveis
ou convertíveis são considerados quando se avalia se o Grupo detém o controlo sobre outra
entidade. As subsidiárias são consolidadas, pelo método integral, a partir da data em que o
controlo é transferido para o Grupo, sendo excluídas da consolidação a partir da data em que o
controlo cessa.
É usado o método da compra para contabilizar a aquisição das subsidiárias pelo Grupo. O custo de
uma aquisição é mensurado pelo justo valor dos bens entregues, instrumentos de capital emitidos
e passivos incorridos ou assumidos na data de aquisição. Os ativos identificáveis adquiridos, os
passivos e passivos contingentes assumidos numa concentração empresarial são mensurados
inicialmente ao justo valor na data de aquisição, independentemente da existência de interesses
que não controlam, podendo ser objeto de revisão num período de 12 meses após aquela data.
O excesso do custo de aquisição relativamente ao justo valor da parcela do Grupo dos ativos e
passivos identificáveis adquiridos é registado como goodwill. Se o custo de aquisição for inferior
ao justo valor dos ativos líquidos da subsidiária adquirida, a diferença é reconhecida diretamente
na demonstração dos resultados do período (ver nota 2.6).
Os custos de transação diretamente atribuíveis às combinações empresariais são imediatamente
reconhecidas nos resultados.
Os interesses que não controlam incluem a proporção dos terceiros no justo valor dos ativos e
passivos identificáveis à data de aquisição das subsidiárias.
Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas
demonstrações de resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda.
As transações intragrupo, os saldos e ganhos não realizados em transações entre empresas do
Grupo e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de
consolidação. As perdas não realizadas são também eliminadas, exceto se a transação revelar
evidência de imparidade de um ativo transferido (ver nota 2.7).
As políticas contabilísticas de subsidiárias foram alteradas, sempre que necessário, de forma a
garantir consistência com as políticas adotadas pelo Grupo.
2.3.2. Associadas e participadas
Associadas são todas as entidades sobre as quais o Grupo exerce influência significativa mas
não possui controlo, geralmente com participações entre 20% e 50% dos direitos de voto. Os
investimentos em associadas são contabilizados pelo método da equivalência patrimonial.
As participações financeiras em empresas participadas (empresas em que o grupo não tem
RELATÓRIO E CONTAS 2014
68
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
influência significativa nem controlo, normalmente quando detém menos de 20%), são registados
ao justo valor ou ao custo de aquisição, nos casos em que não têm capital cotado e o justo valor
não pode ser mensurado com fiabilidade.
A participação do Grupo nos ganhos e perdas das suas associadas após a aquisição é reconhecida
na demonstração dos resultados e a quota-parte nos movimentos das reservas, após a aquisição,
é reconhecida em reservas, por contrapartida do valor contabilístico do investimento financeiro.
Quando a participação do Grupo nas perdas da associada iguala ou ultrapassa o seu investimento
na mesma, incluindo contas a receber não cobertas por garantias, o Grupo deixa de reconhecer
perdas adicionais exceto se tiver incorrido em obrigações ou efetuado pagamentos em nome da
associada.
Os ganhos não realizados em transações com as associadas são eliminados até ao limite da
participação do Grupo nas associadas. As perdas não realizadas são também eliminadas, exceto
se a transação revelar evidência de imparidade de um ativo transferido (ver nota 2.7).
2.3.3. Goodwill
As diferenças entre o custo de aquisição das subsidiárias e o justo valor dos ativos e passivos
identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição (ou durante um período de 12 meses após
aquela data), se positivas, são registadas na rubrica de Goodwill (caso respeite a empresas do
Grupo) ou incluídas na rubrica de participações financeiras em empresas associadas (caso respeite
a empresas associadas), se negativas, são registadas de imediato em resultados do exercício.
O Goodwill originado em aquisições anteriores à data de transição para IFRS, foi mantido pelos
valores apresentados de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal
(“deemed cost”) àquela data, e foi objeto de testes de imparidade à data das demonstrações
financeiras. O “Goodwill” deixou de ser amortizado a partir daquela data, sendo contudo sujeito,
pelo menos anualmente, a um teste de imparidade para verificar se existem perdas de imparidade.
O Goodwill é sujeito a testes de imparidade, numa base anual e é relevado ao custo, deduzido
de perdas de imparidade acumuladas. Ganhos ou perdas decorrentes da venda de uma entidade
incluem o valor do goodwill referente à mesma.
Qualquer perda por imparidade é registada imediatamente na demonstração da posição financeira
como dedução ao valor do ativo e na demonstração de resultados na rubrica de Amortizações,
depreciações e perdas por imparidade, não sendo posteriormente revertida.
Para efeitos de realização de testes de imparidade o goodwill é alocado às unidades geradoras de
fluxos de caixa a que respeita. Cada uma dessas unidades geradoras de fluxos de caixa representa
o investimento, do Grupo, em cada uma das áreas de negócio em que o mesmo opera (ver nota
2.7), sendo o valor de uso determinado pela atualização dos fluxos de caixa futuros estimados
para cada unidade geradora de caixa.
2.4. Relato por segmentos
Um segmento operacional é um grupo de ativos e operações envolvidos no fornecimento de produtos ou
serviços num ambiente económico particular sujeitos a riscos e benefícios que são diferentes de outros
segmentos.
Os segmentos operacionais reportados são consistentes com o reporte interno, produzido e disponibilizado aos Órgãos de Gestão do Grupo, designadamente à Comissão Executiva e Conselho de Administração.
É com base no reporte supra referido que os Órgãos de Gestão avaliam a performance operacional de
cada segmento e tomam decisões sobre a imputação de recursos a cada segmento.
A Administração definiu 3 áreas de negócio autónomas: Managed Services, Consultoria e Integração e
Outsourcing, as quais se encontram caracterizadas no Relatório de Gestão.
As políticas contabilísticas do relato por segmentos são as utilizadas pelo Grupo, sendo que todos os réditos intersegmentais são a preços de mercado e objeto de eliminação na consolidação.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
69
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
A informação relativa aos segmentos identificados encontra-se detalhada na nota 5.
2.5. Conversão cambial
2.5.1 Moeda funcional e de relato
Os elementos incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das entidades do Grupo são
mensurados utilizando a moeda do ambiente económico em que a entidade opera (“moeda funcional”).
As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em euros, sendo esta a moeda funcional e de
apresentação da empresa mãe.
2.5.2. Transações e saldos
As transações em moedas diferentes do euro são convertidas em moeda funcional utilizando as taxas de
câmbio à data das transações. Os ganhos ou perdas cambiais resultantes da liquidação das transações e
da conversão, pela taxa à data do balanço, dos ativos e dos passivos monetários denominados em moeda
diferente do euro, são reconhecidos na demonstração dos resultados, exceto quando diferido em capital
próprio, se se qualificarem como coberturas de fluxos de caixa.
2.5.3. Empresas do Grupo
Os resultados e a posição financeira de todas as entidades do Grupo que possuam uma moeda funcional
diferente da sua moeda de relato são convertidas para a moeda de relato como segue:
• Os ativos e passivos de cada Balanço são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data das Demonstrações
Financeiras, sendo as respetivas diferenças de câmbio reconhecidas como componente separada no
Capital Próprio, na rubrica reservas de conversão cambial.
• Os rendimentos e os gastos de cada Demonstração de Resultados são convertidos pela taxa de câmbio
média do período de reporte, a não ser que a taxa média não seja uma aproximação razoável do efeito
cumulativo das taxas em vigor nas datas das transações, sendo neste caso os rendimentos e os gastos
convertidos pelas taxas de câmbio em vigor nas datas das transações.
O goodwill e ajustamentos ao justo valor resultantes da aquisição de uma entidade estrangeira são tratados
como ativos ou passivos da entidade estrangeira e convertidos à taxa de câmbio da data de encerramento.
2.6. Ativos fixos tangíveis
Os ativos fixos tangíveis são compostos, essencialmente, por equipamento básico e administrativo. Os ativos
fixos tangíveis são relevados ao custo de aquisição, líquido das depreciações acumuladas. Considera-se
como custo de aquisição, os custos diretamente atribuíveis à aquisição dos ativos (soma do respetivo preço
de compra com os gastos suportados direta ou indiretamente para o colocar no seu estado atual).
Os custos subsequentes são incluídos no valor contabilístico do ativo ou são reconhecidos como um ativo
separadamente, apenas quando seja provável a existência de benefícios económicos futuros associados
ao bem e quando o custo puder ser fiavelmente mensurado. Todas as outras despesas de manutenção,
conservação e reparação são registadas na demonstração dos resultados durante o período financeiro em
que são incorridas.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
70
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
As depreciações são calculadas pelo método da linha reta, durante as suas vidas úteis estimadas como se
segue:
• Edifícios e outras construções
• Equipamento básico
• Equipamento de transporte • Equipamento administrativo • Outras imobilizações corpóreas
Nº de anos
5 a 50
3 a 10
3a6
3 a 10
3 a 10
O valor residual de um ativo e a sua vida útil são revistos e ajustados, caso necessário, na data de cada balanço.
Quando a quantia registada de um ativo é superior ao seu valor recuperável, esta é ajustada imediatamente
para o seu valor recuperável (ver nota 2.7)
Os ganhos e as perdas nas alienações são determinados pela comparação do valor da venda com o montante
líquido registado e são incluídos no resultado do período.
2.7. Ativos intangíveis
2.7.1. Intangíveis desenvolvidos internamente
As despesas de investigação, efetuadas na procura de novos conhecimentos técnicos ou científicos
ou na busca de soluções alternativas, são reconhecidas em resultados quando incorridas.
As despesas de desenvolvimento são reconhecidas como ativos intangíveis, quando: i) for
demonstrável a exequibilidade técnica do produto ou processo em desenvolvimento, ii) o Grupo
tiver a intenção e a capacidade de completar o seu desenvolvimento, iii) a viabilidade comercial
esteja assegurada e iv) o seu custo possa ser fiavelmente mensurado.
As despesas de desenvolvimento anteriormente registadas como custo, não são reconhecidas
como um ativo no período subsequente. Os custos de desenvolvimento que têm uma vida útil
finita, e foram capitalizados, são amortizados desde o momento da sua comercialização, pelo
método da linha reta, pelo período de benefício económico esperado que por norma não excede
os cinco anos.
Os principais intangíveis desenvolvidos internamente estão relacionados com o desenvolvimento
de produtos de software considerado identificável e único, controláveis pelo Grupo, e que se
espera venham a gerar benefícios económicos, por um período de mais de um ano, superiores ao
investimento efetuado.
Os gastos capitalizados nesta rubrica são valorizados em função dos gastos com mão-de-obra
direta bem como os gastos diretamente associados aos mesmos e, os gastos incorridos com
subcontratações de entidades externas.
2.7.2. Ativos Intangíveis – Vida útil e métodos de amortização
Propriedade intelectual e outros direitos - Estes ativos encontram-se registados ao custo de aquisição. A rubrica de propriedade intelectual e outros direitos tem uma vida útil definida e é contabilizada ao custo deduzido de amortizações acumuladas. As amortizações são calculadas usando o
método da linha reta por um período de 3 anos.
Intangíveis adquiridos como parte de uma concentração de Atividades Empresariais - Em
2010, e conforme divulgado no relatório e contas daquele exercício, resultante da aquisição da
sociedade Consoft, a Glintt reconheceu separadamente no balanço consolidado, o valor dos ativos
identificáveis à data da aquisição, os quais configuram ativos intangíveis, a saber:
i. O Software aplicacional para gestão de farmácias “Farmatic” e,
ii. A respetiva Carteira de Clientes.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
71
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Estes ativos permitirão gerar benefícios económicos futuros sendo o seu custo mensurado com
fiabilidade pelo justo valor, apurado através do desconto dos fluxos de caixa líquidos futuros
estimado pela Administração.
Relativamente ao Software “Farmatic”, os fluxos de caixa futuros que lhe estão associados são os
contratos de utilizador final (contratos novos), e os contratos de atualização do Software, relativos
a clientes/instalações surgidas após a data de aquisição daquela sociedade.
Relativamente à Carteira de Clientes, os fluxos de caixa futuros estão associados aos contratos de
atualização de Software relativos à Carteira de Clientes/Instalações, existentes no momento da
aquisição da sociedade.
Para a definição da vida útil destes ativos foram ponderados os seguintes factores-chave:
i. Estabilidade do sector em que o ativo opera;
ii. Os ciclos de vida típicos para o ativo e a informação pública sobre estimativas de vida útil de
ativos semelhantes que sejam usados de forma semelhante;
iii. O nível do dispêndio com manutenção/atualização exigido para obter os benefícios económicos
futuros esperados do ativo e a capacidade e intenção para atingir esse nível; e
iv. O período de controlo sobre o ativo e limites legais sobre o seu uso.
Tendo em conta os fatores acima mencionados, foi definido para o Software aplicacional
“Farmatic”, uma vida útil finita de 10 anos, sendo o seu valor depreciado ao longo desse período,
mediante aplicação do método da linha reta. Anualmente, o período e o método de amortização
poderão ser revistos.
Ativos Intangíveis de Vida Útil Definida
Nº de Anos de Amortização
Propriedade inteletual e outros direitos
3
Intangíveis adquiridos concentração atividades (software “Farmatic”)
10
Relativamente à Carteira de Clientes, este ativo é objeto de testes de imparidade anualmente ou
sempre que exista indicação de que possa estar em imparidade. Para a realização dos testes de
imparidade anual, consideramos como base, a proporção das instalações perdidas em cada ano
face às instalações totais adquiridas.
2.8. Imparidade de ativos
Os ativos que não têm uma vida útil definida não estão sujeitos a amortização mas, são objeto
de testes de imparidade anuais. Os ativos que são sujeitos a amortização são revistos quanto à
imparidade sempre que os eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor pelo
qual se encontram relevados possa não ser recuperável. Uma perda por imparidade é reconhecida
pelo montante do excesso da quantia relevada do ativo face ao seu valor recuperável. A quantia
recuperável é a mais alta de entre justo valor do ativo, menos os gastos de realização, e o seu
valor de uso. Para realização de testes de imparidade, os ativos são agrupados pelo menor grupo
identificável de ativos que geram influxos de caixa derivados do uso continuado e que sejam, em
larga medida, independentes dos influxos de caixa de outros ativos ou grupo de ativos (unidades
geradoras de fluxos de caixa).
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se
concluir que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram (com exceção
das perdas de imparidade do goodwill – ver Nota 2.3.3). Esta análise é efetuada sempre que
existem indícios que a perda por imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido.
A reversão de perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados na rubrica
de Perdas por Imparidade. Contudo, a reversão de perda por imparidade é efetuada até ao limite
da quantia que estaria reconhecida (liquida de amortização ou depreciação) caso a perda por
imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
72
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
2.9. Inventários
Os inventários, incluindo principalmente mercadorias, matérias-primas e subsidiárias, são registados ao
mais baixo valor entre o custo e o seu valor realizável líquido. O custo dos inventários inclui todos os
custos de compra, custos de conversão e outros custos incorridos para os colocar no seu local e na sua
condição atual.
Os custos de financiamento são excluídos. O valor realizável líquido é o preço da venda estimado de
acordo com as atividades normais de negócio, menos as despesas de venda imputáveis.
O método de custeio adotado para valorização das saídas de armazém é o custo médio ponderado.
2.10. Contas a receber de clientes e outros devedores
As contas a receber de clientes e outros devedores são reconhecidas inicialmente ao justo valor, sendo
subsequentemente mensuradas ao custo amortizado, utilizando o método da taxa efetiva, deduzido das
perdas para imparidade (se aplicável). As perdas por imparidade das contas a receber são estabelecidas
quando há evidência objetiva de que o Grupo não receberá a totalidade dos montantes em dívida
conforme as condições originais das contas a receber. O valor da perda por imparidade é a diferença entre
o valor apresentado e o valor presente estimado dos fluxos de caixa futuros, descontado à taxa de juro
efetiva. O valor da perda por imparidade é reconhecido na demonstração dos resultados.
2.11. Caixa e equivalentes de caixa
A caixa e equivalentes de caixa incluem caixa, depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo,
de liquidez elevada e com maturidade inicial até 3 meses e descobertos bancários.
Os descobertos bancários são apresentados no balanço, no passivo corrente, na rubrica “Empréstimos”.
2.12. Capital social
As ações ordinárias são classificadas no capital próprio.
Os custos diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou opções são apresentados como uma
dedução, líquida de impostos, ao valor recebido resultante desta emissão.
Quando a empresa ou as suas filiais adquirem ações próprias da empresa mãe, o montante pago é
deduzido ao total dos capitais próprios atribuível aos acionistas, e apresentado como ações próprias, até
à data em que estas são canceladas, reemitidas ou vendidas. Quando tais ações são subsequentemente
vendidas ou reemitidas, o montante recebido é novamente incluído nos capitais próprios atribuíveis aos
acionistas.
2.13. Empréstimos
Os empréstimos obtidos são inicialmente reconhecidos ao justo valor, líquido de custos de transação
incorridos. Os empréstimos são subsequentemente apresentados ao custo amortizado; qualquer
diferença entre os recebimentos (líquidos de custos de transação) e o valor amortizado é reconhecida na
demonstração dos resultados ao longo do período do empréstimo, utilizando o método da taxa efetiva.
Os empréstimos obtidos são classificados no passivo corrente, exceto se o Grupo possuir um direito
incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, doze meses após a data do balanço,
sendo neste caso classificado no passivo não corrente.
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos são reconhecidos como gastos financeiros, de
acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
73
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
2.14. Impostos sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento inclui imposto corrente e imposto diferido. O imposto corrente sobre o
O imposto sobre o rendimento inclui imposto corrente e imposto diferido. O imposto corrente sobre
o rendimento é determinado com base nos resultados líquidos, ajustados em conformidade com a
legislação fiscal vigente à data do balanço, considerando para os períodos intercalares a taxa anual efetiva
de imposto estimada.
Os impostos diferidos são calculados com base na responsabilidade de balanço, sobre as diferenças
temporárias entre a base fiscal de ativos e passivos e os seus valores contabilísticos nas demonstrações
financeiras consolidadas. Os impostos diferidos são determinados pelas taxas fiscais (e leis) decretadas
ou substancialmente decretadas na data do balanço e, que se espera, sejam aplicáveis no período de
realização do imposto diferido ativo ou de liquidação do imposto diferido passivo.
São reconhecidos impostos diferidos ativos sempre que exista razoável segurança de que serão
gerados lucros futuros contra os quais poderão ser utilizados. Os impostos diferidos ativos são revistos
periodicamente e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmos possam ser utilizados.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, exceto se resultarem de valores
registados diretamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na
mesma rubrica.
2.15. Provisões
São constituídas provisões no balanço sempre que: i) o Grupo tenha uma obrigação presente, legal ou
construtiva, resultante de um acontecimento passado; ii) seja provável que um exfluxo, razoavelmente
estimável, de recursos incorporando benefícios económicos será exigida para liquidar esta obrigação e;
iii) que o seu valor seja fiavelmente estimável. As provisões são revistas à data do balanço e ajustadas
para refletir a melhor estimativa corrente. Se deixar de ser provável que um exfluxo de recursos que
incorporem benefícios económicos, seja necessário para liquidar a obrigação, a provisão é revertida.
Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras.
2.16. Subsídios Governamentais e de outras entidades públicas
Os subsídios são reconhecidos quando existe segurança de que o Grupo cumprirá as obrigações inerentes
e o subsídio será recebido.
Os subsídios à exploração são reconhecidos na demonstração dos resultados de forma sistemática durante
o período em que são reconhecidos os custos que eles visam compensar.
Os subsídios relativos a investimentos em ativos fixos tangíveis são incluídos nos passivos não - correntes,
como subsídios do estado diferidos, e são reconhecidos em resultados, numa base sistemática durante o
período esperado de vida dos ativos correspondentes.
2.17. Reconhecimento do rédito
O rédito compreende o justo valor da venda de bens e prestação de serviços, líquido de impostos e
descontos e após eliminação das vendas internas. O rédito é reconhecido como segue:
2.17.1 Venda
Os ganhos decorrentes das vendas de produtos (hardware e software) são reconhecidas quando
uma entidade do Grupo forneça produtos ao cliente, o cliente aceite os produtos e a cobrança
seja razoavelmente garantida.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
74
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
2.17.2. Prestação de serviços
Geralmente os proveitos com projetos de consultoria são reconhecidos na data efetiva em que os
serviços são prestados.
Os proveitos com projetos de consultoria em regime de contrato fechado, são reconhecidos
através do método da percentagem de acabamento, com base nos totais de custos incorridos,
estimativas de custos a incorrer e faturação contratada para conclusão dos mesmos, preparadas
pelos responsáveis técnicos de cada projeto. Desta forma, para os projetos em curso à data
de balanço, as rubricas acréscimos de gastos, gastos diferidos, acréscimos de rendimentos e
rendimentos diferidos são ajustadas de forma a demonstrar o resultado de cada projeto no final
do período.
2.17.3. Manutenção / Suporte
Os rendimentos relacionados com contratos de manutenção/suporte são reconhecidos no período de
contrato de acordo com método da linha reta.
2.17.4. Juros
A receita de juros é reconhecida numa base de proporcionalidade de tempo que tome em
consideração o rendimento efetivo do ativo. Quando uma conta a receber se encontra em
imparidade, o Grupo reduz o seu valor contabilístico para o valor recuperável, sendo este igual
ao valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados descontados à taxa de juro efetiva original do
instrumento. O desconto continua a ser reconhecido como rendimento financeiro.
2.17.5. Dividendos
O rédito proveniente de dividendos deve ser reconhecido quando for estabelecido o direito da
empresa a reconhecer o respetivo montante.
2.18. Locações
As locações são classificadas como locações operacionais se uma parcela significativa dos riscos e
benefícios inerentes à posse do bem for retida pelo locador. Os pagamentos efetuados em locações
operacionais (deduzidos de eventuais incentivos recebidos do locador) são refletidos na demonstração
dos resultados, pelo método da linha reta, durante o período da locação.
No caso dos contratos de locação financeira, os ativos fixos tangíveis imobilizados adquiridos, bem como
as correspondentes responsabilidades, são contabilizadas pelo método financeiro. De acordo com este
método o custo do ativo é registado nos ativos fixos tangíveis e a correspondente responsabilidade é
registada no passivo. As amortizações daqueles bens e os juros incluídos no valor das rendas são registadas
nos resultados do exercício a que respeitam.
Locações de ativos fixos tangíveis onde o Grupo tem substancialmente todos os riscos e benefícios da
propriedade são classificadas como locações financeiras. As locações financeiras são capitalizadas no
início da locação pelo menor entre o justo valor do ativo locado e o valor presente dos pagamentos
mínimos da locação. Cada pagamento efetuado é segregado entre o passivo em dívida e o encargo
financeiro, de forma a obter-se uma taxa constante sobre a dívida em aberto. As obrigações da locação,
líquidas de encargos financeiros são incluídas em “Empréstimos”. A parcela dos juros é levada a gastos
financeiros no período da locação de forma a produzir uma taxa constante periódica de juros sobre a
dívida remanescente em cada período. Os ativos fixos tangíveis adquiridos através de locações financeiras
são depreciados pelo menor entre o período de vida útil do ativo ou o prazo da locação.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
75
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
2.19. Férias, Subsidio de férias
De acordo com a legislação vigente, os trabalhadores têm, anualmente, direito a 22 dias úteis de férias, bem
como a um mês de subsídio de férias, direito esse adquirido no ano anterior ao do seu pagamento. Assim,
estas responsabilidades são registadas no período em que os trabalhadores adquirem o respetivo direito, por
contrapartida da demonstração de resultados, independentemente da data do seu pagamento, e o saldo por
liquidar à data de balanço está relevado na rubrica de Valores a pagar correntes.
2.20. Encargos Financeiros com empréstimos obtidos
Os encargos financeiros com empréstimos obtidos são registados como gasto financeiro de acordo com o
princípio da especialização dos exercícios.
Os encargos financeiros, resultantes de empréstimos contraídos para financiar os investimentos em ativos
fixos, são imputados a ativos fixos em curso, na proporção dos gastos totais incorridos naqueles investimentos
líquidos de recebimentos de subsídios ao investimento, até à entrada em funcionamento dos mesmos, sendo
os restantes reconhecidos na rubrica de gastos financeiros na demonstração de resultados do exercício. Os
eventuais proveitos por juros obtidos com empréstimos diretamente relacionados com o financiamento de
ativos fixos em construção são deduzidos aos encargos financeiros capitalizáveis.
Os encargos financeiros incluídos nos ativos fixos são amortizados de acordo com o período de vida útil dos
bens respetivos.
2.21. Ativos e Passivos contingentes
“Os passivos contingentes em que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos
futuros seja apenas possível, não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo
divulgados nas notas, a menos que a possibilidade de se concretizar a saída de fundos afetando benefícios
económicos futuros seja remota, caso em que não são objeto de divulgação.”
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas são divulgados
no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
2.22. Eventos subsequentes
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data
do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras consolidadas.
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do
balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.
2.23. Reclassificação de Instrumentos Financeiros
Durante o exercício findo em 31Dez14, a Glintt GIT não procedeu a reclassificações de instrumentos, ao abrigo
das emendas efetuadas à IAS 39 e IFRS 7, tal como adotadas pelo regulamento (CE) Nº 1004/2008, emitido em
15 de Outubro de 2008.
3.Gestão do risco financeiro
As atividades do Grupo estão expostas a uma variedade de fatores de risco financeiro: risco de crédito, risco de
liquidez e risco de fluxos de caixa associados à taxa de juro.
3.1.Risco de crédito
As principais fontes de risco de crédito do Grupo são: caixa e equivalentes de caixa e exposição de crédito a
clientes.
A nível de bancos e instituições financeiras, o Grupo seleciona as contra partes com quem faz negócio atendendo
à credibilidade das entidades.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
76
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Em relação a clientes, o Grupo não tem concentrações de risco de crédito significativas e tem políticas que asseguram
que as vendas e prestações de serviços são efetuadas a clientes com um histórico de crédito apropriado que limitam
o montante de crédito a que têm acesso os seus clientes.
Em 31 de dezembro de 2014, os saldos a receber de clientes representavam a seguinte estrutura de antiguidade:
31 / 12 / 2014
31 / 12 / 2013
10 670 914
11 285 824
de 1 a 180 dias
9 961 887
8 506 329
de 181 a 360 dias
2 877 734
2 442 584
de 361 a 720 dias
1 813 958
3 225 686
a mais de 721 dias
4 536 888
3 870 490
29 861 381
29 330 913
Imparidades
(3 224 548)
(2 795 021)
Saldo líquido de clientes
26 636 833
26 535 892
Valores não vencidos
Os valores evidenciados no quadro acima correspondem aos valores em aberto face às respetivas datas de
vencimento.
Apesar de se constatar a existência de atrasos na liquidação de alguns valores, face às referidas datas de vencimento,
tal facto não se traduz em situações de imparidade, para além das registadas pelo Grupo (3.224.548 euros).
Total saldo clientes
Saldo sem
imparidade
Saldo em
imparidade
Valor da imparidade
Saldo Líquido
clientes
10 670 914
10 670 914
-
-
10 670 914
de 1 a 180 dias
9 961 887
9 772 582
189 305
125 708
9 836 179
de 181 a 360 dias
2 877 734
2 441 696
436 038
339 777
2 537 957
de 361 a 720 dias
1 813 958
1 043 512
770 446
574 997
1 238 961
a mais de 721 dias
4 536 888
1 141 802
3 395 086
2 184 066
2 352 822
29 861 381
25 070 506
4 790 875
3 224 548
26 636 833
Valores Não Vencidos
Para efeitos da determinação da imparidade de cada ativo, a Glintt considerou a seguinte informação:
(i) Fornecida pela equipa interna de cobranças, que diariamente contacta com os nossos clientes, para aferir qual
o momento em que se produzirá ou não, um influxo monetário por parte daqueles, para liquidar as quantias
vencidas.
(ii) Fornecida por parte da equipa de diretivos, os quais, em virtude de uma maior proximidade com os clientes,
nos vão transmitindo o seu grau de conforto / desconforto, relativamente à evolução de cada contrato/débitos
em mora.
Dos valores em aberto, cerca de 1,2 milhões de euros traduzem a faturação emitida a entidades públicas.
3.2. Risco de liquidez
A gestão do risco de liquidez implica a manutenção da caixa e depósitos bancários a um nível suficiente, a viabilidade
da consolidação da dívida flutuante através de um montante adequado de facilidades de crédito e a capacidade
de liquidar posições de mercado. Relacionado com a dinâmica dos negócios subjacentes, a tesouraria do Grupo
pretende manter a flexibilidade da dívida flutuante, mantendo as linhas de crédito disponíveis.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
77
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
A liquidez dos passivos financeiros remunerados, bem como a liquidez inerente aos contratos de locação
financeira operacional, originará os seguintes fluxos monetários:
Mais 2014
de 5 anos
Até 1 ano
1 a 5 anos
Mais de 5 anos
Dividas a instituições de crédito
29 354 389
18 774 521
4 439 325
Credores por locação financeira
85 635
95 197
40 246
1 610 717
1 277 016
-
31 050 741
20 146 734
4 479 571
ALD
Mais 2013
de 5 anos
Até 1 ano
1 a 5 anos
Mais de 5 anos
Dividas a instituições de crédito
22 346 678
21 470 995
7 341 383
Credores por locação financeira
80 480
164 069
57 032
1 741 100
2 537 441
-
24 168 258
24 172 505
7 398 415
ALD
De acordo com as demonstrações financeiras a 31 de dezembro de 2014, os passivos correntes são superiores
aos ativos correntes em cerca de 22.600 mil euros, e tal como referido, os fluxos das atividades operacionais do
último exercício foram negativos. Consciente destes resultados, e por forma a mitigar o risco de liquidez, a Glintt
tem vindo a implementar diversas medidas de gestão, nomeadamente:
(i) Através da prossecução de um planeamento financeiro cada vez mais rigoroso, elaborado em termos
consolidados, mas detalhado ao nível de cada participada, o qual por sua vez se traduz na elaboração e
revisão periódica de orçamentos/planos de tesouraria. Este planeamento permite à gestão prever e
quantificar eventuais excedentes ou défices de recursos ao nível das diversas empresas do grupo, atuando
na gestão dos mesmos, não só de maneira integrada, mas também tempestiva.
(ii) A procura de novas fontes de financiamento externos, alternativas às instituições bancárias, mantendo no
entanto junto destas um relacionamento de grande abertura e proximidade para acompanhar periodicamente
a evolução dos recursos monetários do grupo.
(iii) Manutenção e negociação de linhas de crédito, as quais representam reservas de liquidez de curto prazo, e
os montantes são os que se detalham:
Valor disponível
Linhas de crédito
59 519 407
Valor utilizado
52 568 235
Valor por utilizar
6 951 172
3.3.Risco de fluxos de caixa e de justo valor associados à taxa de juro
A exposição do Grupo ao risco da taxa de juro, advém de aplicações em instituições financeiras e empréstimos
obtidos. As aplicações em instituições financeiras assumem a natureza de curto prazo, pelo que os riscos de
fluxos de caixa decorrentes de alterações na taxa de juro não assumem um carácter relevante.
Os empréstimos obtidos estão, de forma direta ou indireta, indexados a uma taxa de juro de referência, facto
que expõe o Grupo a riscos de cash flow.
O Grupo contrata operações de factoring com recurso, com o objetivo de estabilizar os fluxos de caixa.
Em 31 de Dezembro de 2014, o saldo entregue a empresas de factoring ascendia a 4.828 mil euros, cujo
adiantamento refletido em empréstimos ascendia a 1.564 mil euros.
A exposição ao risco é analisada de forma dinâmica, realizando-se testes de sensibilidade a variações da taxa de
juro, fundamentalmente à euribor, sendo que alterações na taxa de juro do mercado afetam ganhos ou perdas
de instrumentos financeiros.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
78
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Baseadas nas simulações efetuadas a 31 de Dezembro de 2014, uma subida ou descida de 50 pontos base nas
taxas de juro teria um impacto negativo ou positivo nos resultados antes de impostos, mantendo tudo o resto
constante, de cerca de 333 mil euros.
4. Estimativas contabilísticas e pressupostos críticos
A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente
aceites requer o uso de estimativas e pressupostos que afetam as quantias reportadas de ativos e passivos,
assim como as quantias reportadas de proveitos e custos durante o período de relato. Apesar destas estimativas
serem baseadas no melhor conhecimento da gestão em relação aos eventos e ações correntes, os resultados
finais podem, em última instância, diferir destas estimativas.
As estimativas e premissas que apresentam um risco significativo de originar um ajustamento material no valor
contabilístico dos ativos e passivos no exercício seguinte são apresentadas abaixo:
4.1. Estimativa da imparidade do goodwill
O Grupo testa anualmente se o goodwill se encontra em imparidade, de acordo com a política contabilística
referida na Nota 2. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de caixa foram calculados de
acordo com o seu valor em uso. Estes cálculos requerem o uso de estimativas.
4.2. Impostos Diferidos
O Grupo contabiliza impostos diferidos ativos com base nos prejuízos fiscais existentes à data de balanço e no
cálculo de recuperação dos mesmos. Estes cálculos requerem o uso de estimativas.
4.3.Rédito
O reconhecimento do rédito pelo Grupo é feito com recurso a análises e estimativas da gestão no que concerne
ao desenvolvimento atual e futuro dos projetos de consultoria, os quais podem vir a ter um desenvolvimento
futuro diferente do orçamentado à presente data.
4.4. Contratos de Construção
Sempre que o desfecho dos contratos de construção possa ser fiavelmente estimado, o rédito do contrato e os
gastos do contrato associados, são reconhecidos com referência à fase de acabamento da atividade do contrato,
à data do balanço. Quando for provável que os custos totais do contrato excedam o rédito total do mesmo, a
perda esperada é reconhecida como um gasto.
Em 31 de Dezembro de 2014, os contratos de construção em curso, advêm essencialmente dos projetos afetos
à área de infra estruturas e suporte, sendo que:
• Os gastos reconhecidos ascendiam a 1.737.602 euros; 1.376.981 euros em 2013
• Os ganhos reconhecidos ascendiam a 2.309.394 euros; 1.763.438 euros em 2013, e
• Não foram recebidos quaisquer adiantamentos ou efetuadas quaisquer retenções.
5. Informação por segmentos
A IFRS 8 – Segmentos Operacionais, vem estabelecer os princípios para divulgação de informação sobre os
segmentos operacionais de uma entidade, assim como dos seus produtos e serviços, dos seus mercados
geográficos e dos seus principais clientes, de aplicação obrigatória após 1 de Janeiro de 2009, substituindo a IAS
14 – Relato por Segmentos, sendo que as alterações introduzidas apesar de conduzirem a divulgação adicional
de informação sobre cada segmento de negócio, não alteraram significativamente a forma como têm vindo a
ser apresentados os segmentos operacionais do Grupo.
Este normativo internacional impõe a identificação e reporte operacional, atendendo aos segmentos cujos
resultados operacionais são regularmente revistos pelo principal responsável pela tomada de decisões da
entidade para efeitos da tomada de decisões sobre a imputação de recursos ao segmento e da avaliação do seu
desempenho.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
79
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
O grupo está organizado em quatro segmentos de negócio os quais foram definidos com base no tipo de
produtos vendidos e serviços prestados, com as seguintes unidades de negócio:
• Managed Services
• Consultoria e Integração
• Outsourcing
De acordo com a alínea b) do parágrafo 22 da IFRS 8, uma entidade deve divulgar os tipos de produtos e serviços
a partir dos quais cada segmento relatável obtém os seus réditos.
Desta forma, e de maneira não exaustiva, referimos que os produtos e serviços alocados a cada segmento
relatável são os seguintes:
Managed Services
Esta área de negócio atua nas seguintes dimensões:
(i) Conceção, produção, venda e suporte de terminais de pagamento automático;
(ii) Integração de Infra-estruturas de IT, bem como o seu suporte, nomeadamente nas áreas de networking,
segurança, sistemas de storage e database management;
(iii) Gestão e integração de Projetos de Infra-estruturas, desenho e conceção de lay-out e imagem para Farmácias.
Consultoria e Integração
Esta área de negócio constitui-se como um dos três vetores de atuação da Glintt e atua nas seguintes dimensões:
(i) Desenvolvimento de Software à medida com especial relevo para as tecnologias Java e .net;
(ii) Desenvolvimento de Software específico para área da saúde;
(iii) Implementação, desenvolvimento e integração de plataformas de parceiros com especial relevo para o BPM,
ERP, BI e soluções de Mobilidade.
Outsourcing
Esta área atua em três dimensões base, junto do Cliente:
(i) Colocação de consultores, especializados em TI, em regime “time & materials” preferencialmente nas
instalações do Cliente;
(ii) Assumir de forma total processos de negócio “não core” dos clientes, de forma a que estes se dediquem ao
seu negócio, quer nas suas instalações, quer em instalações da Glintt;
(iii) Recrutamento e selecção, “Executive Search”, formação comportamental “indoor”, “Management Outdoor”,
desenho de processos e consultoria em recursos humanos.
A informação solicitada no parágrafo 129 da IAS 36 encontra-se reportada na linha “Outros items materiais que
não dão origem a fluxos de caixa”, sendo que os valores que constam nessa rubrica correspondem ao montante
das imparidades registadas (nota 27).
Relativamente ao parágrafo 34 da IFRS 8, a entidade passa a divulgar que no segmento de negócio de
Outsourcing, uma entidade do setor bancário representa cerca de 13,5% do rédito do segmento num montante
de 1.536.626 euros.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
80
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
(valores em euros)
Managed Services
dez/14
Consultoria e Integração
dez/13
dez/14
Outsourcing
Total
dez/13
dez/14
dez/13
dez/14
dez/13
Réditos Operacionais
Externos
Intra-Segmentos
36 136 880
41 174 436
34 303 838
34 333 624
9 746 854
10 493 360
80 187 573
565 276
733 455
2 627 644
597 431
1 634 310
692 268
4 827 230
86 001 421
2 023 154
36 702 156
41 907 891
36 931 482
34 931 055
11 381 165
11 185 628
85 014 803
88 024 575
34 932 521
41 456 996
28 614 530
28 091 675
10 834 386
10 500 626
74 381 436
80 049 297
108 669
339 548
4 713 563
1 683 606
4 997
0
4 827 230
2 023 154
35 041 190
41 796 544
33 328 093
29 775 280
10 839 383
10 500 626
79 208 666
82 072 451
1 660 966
111 348
3 603 389
5 155 775
541 782
685 002
5 806 137
5 952 125
0
0
0
0
0
0
0
202 721
494 416
527 074
412 105
81 088
131 965
810 883
1 038 486
1 102 052
2 123 379
2 865 334
1 769 877
440 821
566 750
4 408 207
4 460 006
2 208 814
2 530 605
Gastos Operacionais
Externos
Intra-Segmentos
Resultado Operacional Segmento
Resultado de Actividades Descontinuadas
Ganhos Financeiros
Perdas Financeiras
0
Ganhos em empresas do Grupo
0
Resultados antes de Impostos
761 635
-1 517 615
1 265 129
3 798 003
Imposto sobre o Rendimento
245 703
-625 504
408 131
Resul. do exercício antes de Interesses que não controlam
515 932
-892 111
856 999
Interesses que não controlam
0
0
Resultado Líquido do Exercício
515 932
Depreciações e Amortizações
Out. Itens materiais que não dão origem a fluxos de caixa
0
0
182 049
250 217
1 565 395
58 729
103 130
712 563
1 043 021
2 232 608
123 320
147 087
1 496 251
1 487 584
-158 017
-173 691
0
0
-158 017
-173 691
-892 111
698 981
2 058 917
123 320
147 087
1 338 233
1 313 893
546 591
680 714
1 421 138
567 388
218 637
181 689
2 186 366
1 429 792
124 146
237 561
322 781
647 252
49 659
-22 496
496 586
862 317
85 230 896
110 954 901
97 734 426
74 068 530
35 025 032
36 122 246
217 990 354
221 145 677
217 990 354
221 145 677
Outras Informações (demonstração de resultados)
Outras Informações (posição financeira)
Ativos do Segmento
Total do Ativo Consolidado
Investimentos em ativos tangiveis
181 020
210 158
470 652
175 171
72 408
56 093
724 080
441 422
Investimentos em ativos intangiveis
396 699
5 770 896
2 802 086
2 159 953
0
0
3 198 785
7 930 849
42 815 481
48 495 275
42 815 481
40 421 770
11 676 949
12 943 866
97 307 912
101 860 911
Passivos do Segmento
Os resultados, ativos e passivos de cada segmento correspondem aos que lhes são diretamente atribuídos,
bem como aos que lhes são atribuídos numa base razoável de imputação.
Relativamente às áreas geográficas, foram identificados os seguintes segmentos:
(valores em euros)
2014
Réditos
Portugal
Espanha
Angola
Polónia
Brasil
Resto Europa
Outros
Total
58 941 651
12 637 464
5 154 893
105 966
121 149
3 046 539
179 911
80 187 573
Ativos não correntes
6 104 629
301 114
1 188 427
15 454
0
0
0
7 609 624
119 578 927
0
0
0
0
0
0
119 578 927
39 620 956
41 026
13 610
383
0
0
0
39 675 975
4 486 478
83 137
0
100 922
131 467
0
0
4 802 004
Ativos fixos tangiveis
Goodwill
Ativos fixos intangiveis
Ativos por impostos diferidos
No segmento Outros incluíram-se os seguintes mercados: América do Sul e Central, África e Médio-Oriente.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
81
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
(valores em euros)
2013
Portugal
Espanha
Angola
64 285 805
12 094 982
5 975 390
492 942
455 682
2 425 028
271 593
1 359 395
348 890
1 258 870
18 094
0
0
0
2 985 249
119 578 927
0
0
0
0
0
0
119 578 927
42 763 734
45 838
1 255
1 124
0
0
0
42 811 951
3 479 875
103 295
0
37 363
125 298
0
0
3 745 831
Réditos
Polónia
Brasil
Resto Europa
Outros
Total
86 001 422
Ativos não correntes
Ativos fixos tangiveis
Goodwill
Ativos fixos intangiveis
Ativos por impostos diferidos
6. Empresas incluídas e excluídas na consolidação
As empresas incluídas na consolidação pelo método integral à data de 31 de Dezembro de 2014, eram as
seguintes:
2014
Empresa Holding, empresas filiais e associadas
Sede Social
Capital Social
%
Glintt, SA
Sintra
86 962 868
-
Glintt - Technology Enabled Services, SA
Sintra
4 877 935
100
Glintt - Business Process Outsourcing, SA
Sintra
50 000
100
Glintt - Business Solutions, Lda
Sintra
10 000 000
100
Glintt - Healthcare Solutions, SA
Porto
1 992 000
100
Netpeople - Tecnologias de Informação, SA
Sintra
225 000
100
Sol-S e Solsuni - Tecnologias de Informação, SA
Lisboa
5 000 000
100
RHM, Management de Recursos Humanos, Lda
Sintra
100 000
100
Pulso Informatica, SLU
Madrid
10 818
100
Solservice Angola, Lda
Luanda
5.000 USD
100
Glintt Angola, Lda
Luanda
5.001 USD
100
Consoft, SA
Madrid
217 562
100
Farmasoft, SL
Madrid
48 081
55
Glintt Energy, SA
Évora
50 000
100
Glintt España, SL
Madrid
50 000
100
Porto
50 000
100
Glintt INOV, SA
Glintt Polska Sp. z.o.o
Varsóvia
100.000 PLN
Glintt Brasil LTDA
São Paulo
1.200.000 BRL
99,99
Capital Social
%
100
2013
Empresa Holding, empresas filiais e associadas
Sede Social
Glintt, SA
Sintra
86 962 868
-
Glintt - Technology Enabled Services, SA
Sintra
4 877 935
100
Glintt - Business Process Outsourcing, SA
Sintra
50 000
100
Glintt - Business Solutions, Lda
Sintra
10 000 000
100
Glintt - Healthcare Solutions, SA
Porto
1 992 000
100
Netpeople - Tecnologias de Informação, SA
Sintra
225 000
100
Sol-S e Solsuni - Tecnologias de Informação, SA
Lisboa
5 000 000
100
RHM, Management de Recursos Humanos, Lda
Sintra
100 000
100
Pulso Informatica, SLU
Madrid
10 818
100
Solservice Angola, Lda
Luanda
5.000 USD
100
Glintt Angola, Lda
Luanda
5.001 USD
100
Consoft, SA
Madrid
217 562
100
Farmasoft, SL
Madrid
48 081
55
Glintt Energy, SA
Évora
50 000
100
Glintt España, SL
Madrid
50 000
100
Porto
50 000
100
Glintt INOV, SA
Glintt Polska Sp. z.o.o
Varsóvia
100.000 PLN
Glintt Brasil LTDA
São Paulo
1.200.000 BRL
100
99,99
Não se verificaram alterações face a 2013.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
82
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
7. Ativos fixos tangíveis
31 / 12 / 2013
31 / 12 / 2014
Custo
Edifícios e out. construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Equip. administrativo
Outras imob. corpóreas
Amortizações
Acumuladas
Valor Líquido
Amortizações
Acumuladas
Custo
Valor Líquido
2 501 525
1 071 487
1 430 038
2 428 914
921 059
1 507 855
10 108 136
4 670 646
5 437 490
7 506 859
6 907 276
599 583
638 924
564 073
74 851
797 865
665 423
132 442
3 931 517
3 409 525
521 992
6 204 022
5 611 467
592 555
420 342
275 089
145 253
558 079
405 265
152 814
17 600 444
9 990 820
7 609 624
17 495 739
14 510 490
2 985 249
Saldo em 01-01-14
Aquisições /
Dotações
Abates/ Alienações
Acertos
cambiais
Transferencias
Saldo em 31-12-2014
Custo
Edifícios e outras construções
2 428 914
304
(24 670)
Equipamento básico
7 506 859
519 209
(2 416 214)
(176 890)
17 949
638 924
200 859
(2 473 757)
393
3 931 517
Equipamento de transporte
797 865
Equipamento administrativo
6 204 022
Outras imobilizações corpóreas
558 079
3 708
(145 366)
17 495 739
724 080
(5 236 897)
96 977
2 501 525
343
10 108 136
4 497 939
4 497 939
3 921
420 342
119 583
17 600 444
Amortizações acumuladas
921 059
145 432
(24 670)
29 666
1 071 487
6 907 276
178 535
(2 416 214)
1 050
4 670 646
Equipamento de transporte
665 423
60 018
(176 890)
15 522
564 073
Equipamento administrativo
5 611 467
270 894
(2 472 268)
(568)
3 409 525
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Outras imobilizações corpóreas
405 265
12 984
(145 366)
14 510 490
667 863
(5 235 408)
Saldo em 01-01-13
Aquisições /
Dotações
Abates/ Alienações
0
2 206
275 089
47 876
9 990 820
Acertos
cambiais
Transferencias
Saldo em 31-12-2013
Custo
Edifícios e outras construções
2 509 768
0
0
0
(80 854)
2 428 914
Equipamento básico
7 460 332
48 983
(2 308)
0
(148)
7 506 859
Equipamento de transporte
681 280
160 191
(28 302)
0
(15 304)
797 865
Equipamento administrativo
5 982 559
228 273
(1 162)
0
(5 648)
6 204 022
Outras imobilizações corpóreas
556 760
3 975
0
0
(2 656)
558 079
17 190 699
441 422
(31 772)
0
(104 610)
17 495 739
794 562
147 917
0
0
(21 420)
921 059
6 675 628
226 636
(2 308)
0
7 321
6 907 276
Amortizações acumuladas
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
646 920
44 872
(18 794)
0
(7 575)
665 423
Equipamento administrativo
5 341 723
295 741
(1 161)
0
(24 836)
5 611 467
Outras imobilizações corpóreas
RELATÓRIO E CONTAS 2014
391 113
13 915
0
0
237
405 265
13 849 947
729 081
(22 263)
0
(46 273)
14 510 490
83
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Os contratos de locação financeira estão relevados da seguinte forma:
31 / 12 / 2014
Valor
Aquisição
Bem
Amortização
Acumulada
Valor
Liquido
Edificios
186 815
17 748
169 067
Equipamento informático
318 225
131 034
187 191
505 040
148 782
356 258
31 / 12 / 2013
Valor
Aquisição
Bem
Amortização
Acumulada
Valor
Liquido
Viaturas
103 500
103 500
0
Edificios
186 815
14 011
172 804
Equipamento informático
318 225
159 113
159 112
608 540
276 624
331 916
O equipamento informático teve uma alteração de vida útil de 5 para 8,5 anos.
8. Goodwill
31 / 12 /2014
Custo
121 328 927
Goodwill
Imparidades
1 750 000
31 / 12 /2013
Valor Líquido
Custo
121 328 927
119 578 927
Imparidades
1 750 000
Valor Líquido
119 578 927
O valor de Goodwill existente à data de 31 de Dezembro de 2014 ascende a 119.579 mil euros líquidos
dizendo respeito às seguintes operações:
Goodwill
Valor
Eurociber (2000)
18 098 387
WEN (2005)
22 706 268
Gain (2005)
Sols e Solsuni (2007)
2 100 000
12 779 972
Bytecode (2007)
6 310 267
Glintt BPO (2007)
4 628 824
Glintt HS (2008)
9 813 901
Pulso Informática (2008)
3 260 281
EHC (2008)
Consiste - SGPS (2008)
Netpeople (2008)
Glintt Angola (2008)
RHM (2010)
1 472 458
32 796 605
5 250 210
351 151
10 603
119 578 927
RELATÓRIO E CONTAS 2014
84
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Teste de imparidade do Goodwill
O valor do Goodwill registado resulta de diversas operações de concentração de atividades, as quais
ocorreram em exercícios anteriores, nomeadamente as últimas operações realizadas ocorreram em 2010,
aquando da aquisição da totalidade do capital social da empresa RHM e anteriormente, e em 2008 com a
fusão da ParaRede SGPS com a Consiste. Mais recentemente, em 2013, verificou-se um aumento do valor do
Goodwill, de 13.842 euros, em resultado da concretização do último pagamento efetuado para aquisição da
EHC, o qual havia sido diferido e condicionado à verificação de determinados pressupostos, os quais apenas
se materializaram naquele exercício.
Conforme referido no relatório de gestão, a Glintt estrutura a sua atividade por tipo de competência, a qual é
agrupável em 3 segmentos de negócio, a saber: Managed Services, Consultoria e Integração e Outsourcing.
Cada segmento constitui uma unidade geradora de caixa, cujo apuramento do valor presente dos fluxos de
caixa futuros se resume na seguinte tabela.
C1
C3
C2
WACC 2014
8,47%
8,79%
8,92%
WACC 2013
8,50%
9,58%
10,27%
Valor Contabilistico GW Mng Services
62 593 085
62 593 085
62 593 085
Valor de Uso Mng Services 2014
66 867 144
64 047 894
62 990 513
Valor de Uso Mng Services 2013
88 747 278
76 023 277
69 477 128
0
0
0
Valor Contabilistico GW Consultoria
33 758 000
33 758 000
33 758 000
Valor de Uso Consultoria 2014
37 657 533
35 676 248
34 943 600
Valor de Uso Consultoria 2013
46 013 400
44 268 166
43 207 173
0
0
0
Valor Contabilistico GW Outsourcing
23 214 000
23 214 000
23 214 000
Valor de Uso Outsourcing2014
26 657 192
25 203 642
24 669 281
Valor de Uso Outsourcing 2013
41 217 603
39 600 704
38 617 731
Imparidade (<0)
0
0
0
Imparidade a reconhecer FY’14
0
0
0
Imparidade (<0)
Imparidade (<0)
O apuramento do valor presente dos fluxos de caixa de cada unidade segue a seguinte metodologia:
•
Aferição dos resultados previsionais de cada área, antes de impostos, e das respetivas necessidades
de fundo de maneio; preparados a partir de projeções financeiras elaboradas e apresentadas pela
Administração ao longo de um período de cinco anos.
•
Aferição do valor presente dos fluxos de caixa futuros, determinado com base em crescimentos em
perpetuidade diferenciados igualmente para cada unidade geradora de caixa, a saber:
Managed Services Consultoria e Integrações Outsourcing •
1%
2,5%
3%
Aferição do valor de uso de cada unidade, considerando 3 cenários distintos para cálculo do WACC.
Os resultados previsionais de cada área são projetados em linha com as orientações estratégicas do
Grupo, quer em termos de crescimento do volume de negócio, quer em termos da consolidação e
preservação de adequados níveis de rentabilidade operacional (EBITDA).
Neste contexto, têm-se verificado a existência de desafios diferentes ao nível das três unidades
operacionais, com implementação de medidas distintas para concretização dos objetivos globais do
Grupo.
Os segmentos operacionais “Managed Services” e “Consultoria e Integração” têm sofrido maior
impacto da atual conjuntura económica do mercado doméstico, em resultado não só do adiar de
decisões de investimento por parte dos clientes de TI, como também uma procura de novas soluções
de baixo investimento para dar resposta às suas preocupações de negócio. Relativamente a estas duas
RELATÓRIO E CONTAS 2014
85
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
No caso do segmento do Outsourcing a estratégia para garantir crescimento sustentado tem passado pelo
reforço da equipa comercial, nomeadamente com a sua deslocalização para o mercado internacional, onde
a demanda de serviços Glintt e a notoriedade dos mesmos têm evoluído positivamente.
Em comunicado recente ao mercado a Glintt anunciou um conjunto de medidas adicionais, como sendo a
intenção de aumentar o foco da sua atividade operacional no sector da saúde, e a manutenção em exclusivo
de áreas que aportem valor acrescentado. Em resultado do anúncio de tais medidas, a Glintt refletiu nas
suas projeções um decréscimo gradual do investimento em áreas não core, tendo sido assim projetado as
seguintes taxas de crescimento médias:
• Managed Services
• Consultoria e Integrações
• Outsourcing
0%
8%
8%
Ao nível da rentabilidade, qualquer um dos três segmentos têm evoluído favoravelmente, embora com
ritmos distintos, o que vem reforçar a necessidade de contínua preocupação com a utilização de recursos,
capex e opex, da generalidade das áreas de negócio.
No que diz respeito à atualização dos fluxos de caixa operacionais de cada unidade, a Glintt preparou três
cenários distintos para cálculo da WACC, pois considera esta taxa, um elemento chave na determinação dos
Fluxos de Caixa Futuros, e consequente aferição de eventual imparidade do Goodwill.
Assim, foram preparados três cenários distintos para determinação da WACC, a saber:
• Cenário 1 (C1) – Aplicação da taxa de juro sem risco de Portugal (OT10Y) de acordo com o último leilão
registado em 25 de Fev’15, acrescido do diferencial entre a yield da OT10Y PT e daOT10Y Alemanha em
03 de Março de 2015 (crp), cuja WACC apurada foi de 8,474%.
• Cenário 2 (C2) – Aplicação da taxa de juro sem risco de Portugal (OT10Y) de acordo com o penúltimo leilão
registado em 11 de Fev’15, acrescido do diferencial entre a yield da OT10Y PT e da OT10Y Alemanha em
03 de Março de 2015 (crp), cuja WACC apurada foi de 8,790%, tendo sido este o cenário utilizado aquando
do apuramento das projeções para o corrente exercício.
• Cenário 3 (C3) – Aplicação da taxa de juro sem risco de Portugal (OT10Y) que vigorava no mercado
secundário em 31 de Dezembro de 2014, acrescido do diferencial entre a yield da OT10Y PT e da OT10Y
Alemanha em 03 de Março de 2015 (crp), cuja WACC apurada foi de 8,916%.
As variáveis introduzidas na WACC apurada no Cenário 2 e que serviram de base à determinação do Custo
de Oportunidade do Capital Próprio foram as seguintes:
• Taxa de juro sem risco a longo prazo de 4,076%
• Unlevered Beta do setor de Computer Services do mercado europeu
• Prémio de risco do mercado português de 5,75%
Foi considerado um Custo do Capital Alheio de 6,25% (6,247% em 2013) e o nível de Leverage Financeiro
com base no Balanço de 2014.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
86
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
A tabela abaixo resume os pressupostos e valores utilizados nos três cenários.
DEZ 2014
CENÁRIOS
DEZ 2014
C2
C1
DEZ 2014
C3
Cálculo do Custo Médio Ponderado de Capital (WACC)
WACC = [(1 − L) * re] + [ L * rd * (1 − t )]
re
rd
L
t
Custo de Oportunidade do Capital Próprio (CAPM)
Custo da Dívida (1)
Leverage Financeiro Target = [D/(D+E)] (2)
taxa de imposto
WACC
10,179%
6,250%
31,96%
22,500%
8,474%
10,644%
6,250%
31,96%
22,500%
8,790%
10,829%
6,250%
31,96%
22,500%
8,916%
3,611%
1,14
0,47
0,8374
5,750%
10,179%
4,076%
1,14
0,47
0,8374
5,750%
10,644%
4,261%
1,14
0,47
0,8374
5,750%
10,829%
CAPM = re = rf + β L * (rm − rf )
rf
bL
D/E
bu
(rm-rf)
re
Taxa de juro sem risco longo prazo (3)
Levered Beta
Levered Contabilistico β L = β u *{1 + [ D / E * (1 − t )]}
Unlevered Beta
Prémio de Risco do Mercado (4)
Custo de Oportunidade do Capital Próprio (CAPM)
(1) Custo Médio da Dívida Glintt de 2014
(2) Leverage financeiro - Contas consolidadas de Dezembro de 2014
(3) C1 - Taxa de Obrigações do Tesouro a 10 anos no último leilão de dívida pública a 10 anos (@25 Fev 15), e crp (country risk premium) em 03 de Março de 2015
face às OT da Alemanha a 10Y
(3) C2 - Taxa de Obrigações do Tesouro a 10 anos no último leilão de dívida pública a 10 anos (@11 Fev 15), e crp (country risk premium) em 03 de Março de 2015
face às OT da Alemanha a 10Y
(3) C3 - Taxa no mercado secundário das Obrigações do Tesouro a 10 anos a 31 de Dezembro de 2014, e crp (country risk premium) em 03 de Março de 2015 face
às OT da Alemanha a 10Y
(4) Prémio de risco do mercado (fonte: damodaran)
Por último, e uma vez que a Administração considera que outro dos pressupostos chave na determinação
do valor presente dos fluxos de caixa das três unidades é a taxa de crescimento na perpetuidade, muito
embora e com devida exceção para a taxa considerada na unidade de Managed Services (a qual considera
ser ligeiramente inferior), o Grupo procedeu igualmente a realização de testes de sensibilidade para
aferição do impacto de uma eventual redução na determinação do valor de uso das unidades geradoras
de caixa. Contudo, assumindo um contexto mais desfavorável, a atualização dos fluxos de caixa futuros de
cada unidade operacional continuariam a revelar-se superior à quantia escriturada nas contas de 31 de
Dezembro, se se utilizassem as seguintes taxas de crescimento na perpetuidade:
Managed Services
Consultoria e Integrações Outsourcing 0,75% (redução 0,25)
2,25% (redução 0,25)
2,75% (redução 0,25)
9. Ativos Intangíveis
31 / 12 /2014
Custo
Amortizações
acumuladas e
imparidades
31 / 12 /2013
Valor Líquido
Custo
Amortizações
acumuladas e
imparidades
Valor Líquido
Propr. intelectual out. direitos
1 223 756
306 620
917 136
1 197 321
183 388
1 013 933
Intangíveis desenv. Internam.
13 334 731
5 126 065
8 208 666
14 934 936
4 078 825
10 856 111
Intangíveis adquiridos concentração atividades (vida útil indefinida)
30 000 000
521 257
29 478 743
30 000 000
343 808
29 656 192
2 142 857
1 071 427
1 071 430
2 142 857
857 142
1 285 715
46 701 344
7 025 369
39 675 975
48 275 114
5 463 163
42 811 951
Intangíveis adquiridos concentração atividades (vida útil finita)
RELATÓRIO E CONTAS 2014
87
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
2014
Saldo em
01.01.14
P.imparidade
/ abates
Aquisições
/dotações
Saldo em
31.12.14
Acertos
cambiais
Transferencias
Custo
Intangíveis desenvolvidos internamente
Propriedade intelectual e outros direitos
Intangíveis adquiridos concentração atividades (vida útil indefinida)
Intangíveis adquiridos concentração atividades (vida útil finita)
14 934 936
3 198 785
-4 497 939
0
1 197 321
26 410
0
25
1 223 756
30 000 000
0
0
0
30 000 000
-301 051
13 334 731
2 142 857
0
0
0
0
2 142 857
48 275 114
3 225 195
-301 051
-4 497 939
25
46 701 344
4 078 825
1 180 980
-133 740
0
0
5 126 065
183 388
123 238
0
-6
306 620
343 808
0
177 449
0
0
521 257
857 142
214 285
0
0
0
1 071 427
5 463 163
1 518 503
43 709
0
-6
7 025 369
Amortizações e imparidades acumuladas
Intangíveis desenvolvidos internamente
Propriedade intelectual e outros direitos
Intangíveis adquiridos concentração atividades (vida útil indefinida)
Intangíveis adquiridos concentração atividades (vida útil finita)
2013
Saldo em
01.01.13
P.imparidade
/ abates
Aquisições
/dotações
Saldo em
31.12.13
Acertos
cambiais
Transferencias
Custo
Intangíveis desenvolvidos internamente
Propriedade intelectual e outros direitos
Intangíveis adquiridos concentração atividades (vida útil indefinida)
Intangíveis adquiridos concentração atividades (vida útil finita)
7 806 323
7 128 613
0
0
0
440 539
802 236
-45 454
0
0
1 197 321
30 000 000
0
0
0
30 000 000
14 934 936
2 142 857
0
0
0
0
2 142 857
40 389 719
7 930 849
-45 454
0
0
48 275 114
3 572 455
406 370
100 000
0
0
4 078 825
148 786
80 056
-45 454
0
0
183 388
249 538
0
94 270
0
0
343 808
642 857
214 285
0
0
0
857 142
4 613 636
700 711
148 816
0
0
5 463 163
Amortizações e imparidades acumuladas
Intangíveis desenvolvidos internamente
Propriedade intelectual e outros direitos
Intangíveis adquiridos concentração atividades (vida útil indefinida)
Intangíveis adquiridos concentração atividades (vida útil finita)
Em 2010, e conforme divulgado no relatório e contas daquele exercício, resultante da aquisição da sociedade
Consoft, a Glintt reconheceu separadamente no balanço consolidado, o valor dos ativos identificáveis à data
da aquisição, os quais configuram ativos intangíveis, a saber:
- O Software aplicacional para gestão de farmácias “Farmatic” e,
- A respetiva Carteira de Clientes.
Estes ativos permitirão gerar benefícios económicos futuros sendo o seu custo mensurado com fiabilidade
pelo justo valor, apurado através do desconto dos fluxos de caixa líquidos futuros estimado pela
Administração.
Relativamente ao Software “Farmatic”, os fluxos de caixa futuros que lhe estão associados são os contratos de
utilizador final (contratos novos), e os contratos de atualização do Software, relativos a clientes/instalações
surgidas após a data de aquisição daquela sociedade.
Para a definição da vida útil destes ativos foram ponderados os seguintes fatores:
I. Estabilidade do sector em que o ativo opera;
II. Os ciclos de vida típicos para o ativo e a informação pública sobre estimativas de vida útil de ativos
semelhantes que sejam usados de forma semelhante;
III. O nível do dispêndio com manutenção/atualização exigido para obter os benefícios económicos futuros
esperados do ativo e a capacidade e intenção para atingir esse nível;
IV. O período de controlo sobre o ativo e limites legais sobre o seu uso.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
88
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Tendo em conta os fatores acima mencionados, foi definido para o Software aplicacional “Farmatic”, uma
vida útil finita de 10 anos, sendo o seu valor depreciado ao longo desse período, mediante aplicação do
método da linha reta. Anualmente, o período e o método de amortização poderão ser revistos.
De forma a dar cumprimento à alínea c) do parágrafo 134 da IAS 36 informa-se que, para o apuramento
do valor dos ativos intangíveis com vida útil indefinida, o seu custo foi mensurado com fiabilidade pelo
justo valor, apurado através do desconto dos fluxos de caixa líquidos futuros estimados pela Administração.
Estes fluxos de caixa líquidos futuros estão associados aos contratos de atualização de software, relativos à
carteira de clientes/instalações existentes à data.
O valor registado como intangível de vida útil indefinida, no montante de 30.000.000 euros, corresponde ao
reconhecimento dos ativos identificáveis à data de aquisição da empresa espanhola Consoft, nomeadamente
ao valor atribuído à carteira de clientes. A estes, estão associados os contratos de atualização de software,
relativos à carteira de clientes/instalações existentes.
Este ativo é objeto de teste de imparidade anualmente, ou sempre que existam indícios de que o mesmo
possa estar em imparidade. Considera-se como base a proporção das instalações perdidas em cada ano face
às instalações totais adquiridas.
No exercício de 2011, foi reconhecida uma imparidade de 77.634 euros. Este valor derivou da perda
14 instalações. Em 2012, a imparidade reconhecida foi de 171.904 euros, que corresponde à perda
31 instalações. Em 2013 reconheceu-se uma imparidade de 94.270 euros que resultou da perda de
instalações e em 2014 reconheceu-se uma imparidade de 177.449 euros que resultou da perda de
instalações.
de
de
17
32
A alínea b) do parágrafo 134 da IAS 36 requer a divulgação das quantias escrituradas de ativos intangíveis
com vidas úteis indefinidas imputadas a cada unidade geradora de caixa.
No quadro abaixo, detalha-se a imputação dos ativos intangíveis com vidas úteis indefinidas às unidades
geradoras de caixa:
Managed Services
Goodwill
Intangíveis c/vida útil indefinida
Consultoria e
Integração
Outsourcing
Total
62 593 085
33 771 842
23 214 000
-
29 478 743
-
29 478 743
62 593 085
63 250 585
23 214 000
149 057 670
119 578 927
Não se verificou durante o exercício de 2014, nenhuma alteração de nenhum pressuposto-chave, pelo que
não foram feitas divulgações adicionais a este respeito.
Quantia do dispêndio de pesquisa e desenvolvimento reconhecido como gasto
O montante reconhecido em gastos do exercício, referente a horas dedicadas a pesquisa e desenvolvimento
ascende a cerca 745 mil euros.
Intangíveis desenvolvidos internamente
Na rubrica de intangíveis desenvolvidos internamente, a 31 de Dezembro de 2014, encontram-se relevados
os projetos relacionados com o desenvolvimento interno de produtos próprios, conforme se descreve na
página seguinte:
RELATÓRIO E CONTAS 2014
89
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Investimento
Am. Acumuladas /
Imparidade
V. liquido
POS Sedna
250 578
250 578
POS Europa
114 760
114 760
0
POS Vega
1 908 281
234 446
1 673 835
POS Titan
23 306
23 306
0
A7000
25 139
25 139
0
1 164 830
1 164 830
0
Nitec
292 560
292 560
0
Pharmacy - Equipamentos
128 474
95 366
33 108
Pharmacy - Soft. Easygest
47 275
47 275
0
Energy - Smart Metering
50 000
50 000
0
431 554
86 311
345 243
Glintt Content Management
35 000
35 000
0
Finance Glintt
70 000
42 000
28 000
Tecnovoz
Pharos
Soft. Gestão Hospitalar
0
4 937 802
2 520 405
2 417 397
Poseidon
900 067
0
900 067
Portopia
323 476
0
323 476
Safepec
73 893
0
73 893
Sol.Elect. Saude - HIVE
39 705
0
39 705
Glintt Signature
10 624
6 493
4 131
Wise Waste
57 864
21 584
36 280
Appolo
316 903
88 029
228 874
POS Titan 2
317 234
0
317 234
POS Ixion Sifarma
26 379
0
26 379
POS Ixius Angola
45 596
0
45 596
Finance Glintt - Leasing Pack
146 842
0
146 842
FastFlow Generix
645 761
0
645 761
MAC
651 026
0
651 026
Gestcall (Recargas digitais)
167 899
27 983
139 916
Plataforma de beneficios
37 389
0
37 389
Plataforma de faturação
10 087
0
10 087
Norfin
79 562
0
79 562
4 865
0
4 865
13 334 731
5 126 065
8 208 666
RH Amadeo
Total
Comparativamente a 31 de Dezembro de 2013, o detalhe dos projetos era o seguinte:
Investimento
Am. Acumuladas /
Imparidade
V. liquido
POS Sedna
250 578
250 578
POS Europa
114 760
114 760
0
POS Vega
1 797 601
0
1 797 601
POS Titan
23 306
23 306
0
A7000
25 139
25 139
0
1 164 830
1 164 830
0
Nitec
292 560
292 560
0
Pharmacy - Equipamentos
128 474
69 135
59 339
Tecnovoz
Pharmacy - Soft. Easygest
Energy - CPV
0
47 275
37 426
9 849
4 497 939
0
4 497 939
50 000
50 000
0
Pharos
356 907
0
356 907
Software / Plataforma integração
150 000
Energy - Smart Metering
250 000
100 000
Glintt Content Management
35 000
28 889
6 111
Finance Glintt
70 000
28 000
42 000
3 651 628
1 886 934
1 764 694
785 635
0
785 635
Sol.Elect. Saude - HIVE
39 705
0
39 705
Queue Management(Disp senhas)
74 647
0
74 647
Glintt Signature
10 624
2 951
7 673
FarmaSites
17 311
0
17 311
Soft. Gestão Hospitalar
Poseidon
51 803
4 317
47 486
Appolo
316 903
0
316 903
POS Titan 2
103 189
0
103 189
96 142
0
96 142
FastFlow
158 425
0
158 425
MAC
346 569
0
346 569
Gestcall (Recargas digitais)
167 899
0
167 899
10 087
0
10 087
14 934 936
4 078 825
10 856 111
Wise Waste
Finance Glintt - Leasing Pack
Plataforma de faturação
Total
RELATÓRIO E CONTAS 2014
90
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Apesar de à data de 31 de dezembro de 2014, existirem projetos já totalmente amortizados, os mesmos
continuam a ser relevados em balanço, por continuarem a consubstanciar unidades geradoras de caixa.
Foram capitalizados no exercício 3.198.785 euros, relacionados com diversos projetos, e que de acordo com
a estratégia definida, se enquadram da seguinte forma nos mercados:
Mercados
Investimento
Consulting & Solutions
Applications, Solutions & Services
2 802 086
Engineering
Desenvolvimento
396 699
3 198 785
Consulting & Solutions
Software de gestão hospitalar
Composto por vários módulos, sendo que cada um deles tem funcionalidades distintas. Os módulos que o
compõem são os seguintes:
HIS
Representando o núcleo base de armazenamento e gestão de informação hospitalar, esta solução
disponibiliza um conjunto variado de funcionalidades que permite uma gestão clinica-administrativa
eficiente e mapeada para as duas principais dimensões de uma unidade de saúde:
• Perfil assistencial
• Perfil funcional
Perfeitamente adequada às necessidades específicas da gestão de unidades de saúde, permite planear e
registar toda a atividade de prestação de cuidados:
• Atividade de ambulatório
• Urgência
• Consulta Externa
• Hospital de Dia
• Cirurgia de Ambulatório
• Meios complementares de diagnóstico e terapêutica
• Atividade de internamento e cirurgia convencional
Com efeito, partindo do módulo de admissão do doente, esta solução possibilita não só o registo de atividade
nestas diferentes áreas mas também todo o planeamento da mesma, destacando-se neste âmbito a gestão
de agendas e listas de espera.
Partindo do registo de atividade a solução está dotada da inteligência necessária para refletir tanto
as normativas legais relativas aos mercados em que opera como as complexas regras de faturação e de
processamento de honorários.
Em 2014, além de diversas alterações profundas na adequação ergonómica da solução foram introduzidas
inovações no âmbito dos novos canais de comunicação:
• Portal do cliente
• APP do cliente
• APP de Honorários
RELATÓRIO E CONTAS 2014
91
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
SGICM – Sistema de gestão integrada do circuito do medicamento
Solução essencial para a gestão do circuito do medicamento.
Dotada de prescrição eletrónica de medicamentos que permite o registo e consulta de informação clínica e
terapêutica, permitindo fluidez de informação integrada com os restantes profissionais de saúde intervenientes
no circuito do medicamento.
• Prescrição Interna (PIM)
- Circuito interno do medicamento, com possibilidade de integração com Farmácia e Enfermagem.
• Prescrição Externa (PEM)
- Emissão de receituário para o exterior (Farmácias Comunitárias).
Na área logística caracteriza-se por dar resposta de forma integrada à gestão de toda a componente de
aprovisionamento, nomeadamente, stocks, inventário e armazéns avançados:
• Otimização da gestão de stocks
• Controlo dos processos de Sourcing / Procurement
• Controlo orçamental
• Gestão de requisições internas
• Workflow de aprovações
• Gestão de armazéns (incluindo Avançados)
• Gestão do fluxo de distribuição logística
• Consignação: Circuito de controlo de stocks
• VMI: Vendor Management Inventory
• Soluções móveis e táteis
Na componente de Farmácia Hospitalar, permite identificar e rastrear a medicação prescrita e administrada
na instituição, contribuindo assim para a diminuição do erro na prescrição, preparação e administração de
medicamentos:
• Gestão de necessidades, stocks, processos de compra e receção
• Caraterização do medicamento, interações e formulários
• Validação de prescrição e distribuição
• Circuito de Unidose
• Circuito de Estupefacientes e Psicotrópicos
• Circuito de Hemoderivados
• Módulo de Citotóxicos
• Módulo de Manipulados
• Cedência de Medicação em Ambiente de Farmácia de Ambulatório
• Registo Mínimo de Medicamentos Biológicos
• BPOC - Barcode Point of Care (implementa os “5 Rights”) right patient, right drug, right dose, right route,
right time
• Integração de prescrição / cedência de medicação em soluções Robotizadas | Exemplo: ROWA, AUTOPHARM,
KARDEX, PYXIS
• Prescrição Parentérica
Nesta área de atuação, o ano de 2014 foi marcado por um forte investimento na adaptação dos módulos de
prescrição externa e dispositivos médicos às alterações legais verificadas.
A relevar ainda a componente de dietética. Opera como uma solução facilitadora da operação de dietética
e nutrição no ambiente hospitalar. Controla todo o fluxo desde a definição da dieta (com integração da
prescrição médica) até à entrega ao doente:
• Definição de Dietas
• Gestão do ciclo de dieta do doente
• Integração na Prescrição Médica
• Integração no plano de trabalho de Enfermagem
• Validação pelo Dietista / Nutricionista
• Personalização da dieta
• Gestão de suplementos extra-dieta;
• Cálculos Dietéticos
• Avaliação nutricional
• Definição de objetivos por nutriente
• Elaboração de plano alimentar
• Mapas operacionais
RELATÓRIO E CONTAS 2014
92
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
EPR – Médico e de Enfermagem
Assumindo-se como outra das componentes da solução clínica da Glintt-HS, esta solução, direcionada aos
utilizadores médicos, possibilita um acesso célere, seguro, robusto e centralizado a toda a informação clínica
relativa a determinado utente, quer ao nível das atividades ambulatórias, quer ao nível do internamento.
Os profissionais clínicos têm vindo a mudar a forma como desempenham as suas tarefas. Hoje, cada vez
mais, é importante o acesso à informação on time e a capacidade para registar informação útil em qualquer
lugar. Uma das apostas que temos vindo a fazer vai precisamente no sentido de acompanhar o profissional
em todas as suas tarefas onde quer que esteja – EPR Mobile.
Na perspetiva do enfermeiro, esta solução dá resposta às necessidades de planeamento e registo das
atividades de enfermagem.
A solução de processo clínico eletrónico é caracterizada por:
• Eficiência no acesso à informação
• Rapidez e facilidade no registo de dados
• Proximidade com o doente
De forma transversal há uma clara preocupação com a segurança:
• Informação centrada no doente
• Perfis de utilizadores
• Rastreabilidade de acessos
No contexto dos novos canais de comunicação e interação foram disponibilizadas também as APPS do
Médico e do Enfermeiro.
Durante o ano de 2014, o investimento traduziu-se numa aposta forte no carácter móvel de utilização desta
solução, possibilitando aos intervenientes uma interação mais confortável, robusta, segura e atempada com
o sistema.
MCDT - Técnicas clínicas / Meios complementares de diagnóstico e terapêutica
O produto Globalcare está dotado de várias soluções de gestão e registo de meios complementares de
diagnóstico e terapêutica ao longo dos diferentes circuitos funcionais passíveis de implementação numa
unidade de saúde.
Mais do que um conjunto de soluções, esta área é encarada como um suporte ao workflow de ações e
eventos verificados ao longo do circuito que acompanha um determinado exame desde a sua prescrição até
à disponibilização de resultados.
O ano de 2014, revestiu-se de um reforço da aposta na mudança tecnológica da base de suporte ao conjunto
de soluções existentes, como sejam as soluções de suporte às áreas de patologia clínica, imagiologia ou
gestão de bancos de sangue.
Plataforma de integração (Gateway com outras soluções)
Sendo as componentes de Interfaces cruciais no bom e correto funcionamento das restantes aplicações, a
Plataforma de Integrações, evoluiu dando ênfase na qualidade, robustez e monitorização das mesmas, bem
como a incorporação de standards.
SIG
Trata-se da solução de suporte ao controlo e gestão de informação na unidade de saúde, quer na sua
vertente clínica, quer na sua vertente analítica.
O ano de 2014 foi marcado por uma forte aposta no desenvolvimento das competências clínicas desta
solução, bem como do contínuo desenvolvimento na adaptação da solução ao funcionamento sobre outras
soluções que não as da Glintt-HS, como é o caso do SONHO – solução de gestão administrativa do Ministério
da Saúde.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
93
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Produto versão internacional
Considerada uma das maiores apostas, pretende-se aproveitar as sinergias com a presença das equipas
Glintt em países como o Brasil, Angola ou Polónia e levar a cabo o processo de internacionalização na área
Hospitalar.
Esta aposta passa essencialmente pela consolidação de uma solução base que possa ser encarada como
uma versão universal, mas igualmente adaptável, aos diferentes mercados.
SAL (Service Assisted Living)
O produto Globalcare está dotado de várias soluções de gestão e registo de meios complementares de O
projeto SAL – Service Assisted Living é um projeto de I&DT em Co Promoção financiado pelo QREN, fazendo
parte do consórcio a Glintt HS, e duas entidades do SCT: a Associação Fraunhofer Portugal Research e a FEUP
- Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
Trata-se de um projeto de Engenharia Aplicada, que se propõe estudar a aplicação da Ciência dos Serviços
(Service Science, Management and Engeneering (SSME)) e da adoção de tecnologias de Ambience Assisted
Living (AAL), na construção e operacionalização de Sistemas Complexos Integrados, como é o caso das novas
tecnologias para a Saúde.
O objetivo último será o desenvolvimento de um conjunto de produtos transacionáveis e inovadores,
designadamente o desenvolvimento de um conjunto de aplicações, integráveis entre si, de Suporte ao Sangue
e ao Melanoma. No Sangue, desde a Promoção da Dádiva, até à Transfusão, passando pela análise, Hemo
vigilância e Hemofilia. No que ao Melanoma se refere, desde a captura da imagem até ao processamento e
avaliação da mesma.
O investimento reconhecido referente ao Software de gestão hospitalar e respetivas previsões de venda são
as seguintes:
Réditos Previstos
Taxa
Amortização
2015
2016
2017
MCDT -Áreas Técnicas e EPR-OR
176 608
33,33 %
87 326
105 447
135 658
EPR - Enfermagem
349 319
33,33 %
291 088
351 491
452 192
HIS - Informação Hospitalar
485 641
33,33 %
291 088
351 491
452 192
SGICM - Circuito Medicamento
302 401
33,33 %
378 414
456 939
587 850
Plataforma Interfaces
87 497
33,33 %
58 218
70 298
90 438
Produto Internacional
692 113
33,33 %
184 500
405 000
720 000
SIG - Informação de Gestão
165 801
33,33 %
58 218
70 298
90 438
SAL
158 017
33,33 %
0
100 000
120 000
1 350 867
1 912 980
2 650 785
Projeto
Investimento
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 3 anos para estes produtos.
Finance Glintt – Leasing pack
Trata-se de uma solução web de gestão comercial e customer care do negócio de leasing e renting,
focando-se na relação entre a instituição financeira e os clientes finais. Baseado em plataforma tecnológica
inovadora de desenvolvimento rápido e administração de aplicações, a solução de customer care para
crédito especializado da Glintt diferencia-se por ter uma estrutura altamente escalável e 100% customizável,
mas desde logo adaptada à realidade da instituição financeira. A solução inclui informação de contratos,
simulações, agenda, gestão de pedidos, estatísticas e gestão de equipas de apoio ao cliente. Permite
uma gestão eficaz de todos os pedidos do cliente, integrando os processos com eventuais sistemas core
existentes.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
94
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Réditos Previstos
Projeto
Finance Glintt - Leasing Pack
Investimento
Taxa
Amortização
2015
2016
2017
2018
2019
146 842
25%
100 000
210 000
320 000
330 000
30 000
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 4 anos.
Gx BPM
O Gx BPM é uma solução inovadora e única no mundo das soluções e “suites” BPM. Atua como acelerador
de processos e tem como principal foco agilizar e incrementar o uso de soluções BPM como base dos
processos empresariais, em resultado da sua facilidade de utilização e rapidez de implementação (fast time
to “market”).
Através do GX BPM é possível obter resultados rápidos e transversais, permitindo também obter significativas
reduções de custos quer através de melhorias processuais, de automatização de tarefas e da eliminação de
redundâncias e desperdícios.
O GX BPM também revoluciona o mundo BPM ao passar a componente de mapeamento, configuração
e deploy de processos para os utilizadores de negócio, o que permite libertar o IT para atividades mais
complexas e de maior valor acrescentado.
Uma das características principais do GX BPM é a sua escalabilidade pois tanto se aplica a processos muito
simples ou ad-hoc, bem como aos de média complexidade. A sua robustez tecnológica assenta na plataforma
IBM BPM e permite assegurar níveis de desempenho elevados em diversos enquadramentos e ambientes,
onde podem coexistir milhares de utilizadores e centenas ou milhares de processos.
Quer isolado, quer integrado num Programa mais vasto de BPM o GX BPM é um garante de retorno ao
investimento em melhorias de processos e que de forma direta ou indireta terão um impacto positivo na
componente de resultados, valor do negócio e satisfação dos diversos stakeholders.
Este conjunto de razões leva a que o GX BPM seja reconhecido no mercado na componente de aceleradores
de BPM e com provas dadas em inúmeros setores e mercados geográficos.
O investimento reconhecido e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
Gx BPM
Investimento
Taxa
Amortização
645 761
20%
2015
2016
2017
2018
2019
1 224 000
1 533 000
2 024 000
2 542 000
3 189 000
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 5 anos.
MAC – Manutenção Assistida por Computador
O MAC2.0 é um projeto de desenvolvimento de um software de gestão de ativos, completamente
redesenhado face à versão atual.
Tem como base de requisitos funcionais a anterior versão do software, bem como, solicitações dos atuais
clientes, novas tendências, requisitos e boas práticas do mercado.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
95
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Numa arquitetura totalmente Web, a versão MAC 2.0 tem como principais características:
• Capacidade de Multi-Organização - Possibilidade de criação de múltiplas Organizações e Sites dentro de
uma organização.
• Capacidade Multilíngue – Suporte de várias línguas na interface com o utilizador e dados da aplicação.
• Multi-moeda – Capacidade de trabalhar com várias moedas, tendo por base uma moeda por omissão por
Organização.
• Multiplataforma – Software agnóstico do sistema operativo, com suporte de mobilidade em diferentes
plataformas.
• Fluxos de Aprovação – Estados de entidades suportados por motor de aprovações.
• Plataforma de Integração Orientada a Serviços – Capacidade de integração e exportação de dados para
outras aplicações/plataformas.
• Material Requirement Planning – Otimização da gestão de inventário com base nas parametrizações de
armazéns, pontos de encomenda, plano de consumo, roturas, etc.
• Capacity Planning – Gestão da capacidade de manutenção através da alocação de mão-obra e ferramentas.
• Monitorização de Ativos – Capacidade de integração online com plataformas de monitorização remota.
A Versão MAC2.0 será constituída pelos seguintes módulos funcionais:
• Ativos – Gestão de Equipamentos, Localizações, Sistemas, Modos de Falha de Equipamentos, Contadores
Funcionais, Contadores Físicos, Grupos de Contadores, Transferência de Ativos, Contratos de Garantia,
entre outros.
• Materiais
– Gestão de Artigos, Ferramentas, Serviços Standard, Inventário, Requisições, Emissões,
Devoluções, Transferências de Armazém, entre outros.
• Recursos – Gestão de Pessoas, Grupos, Mão-de-obra, Profissões, Equipas, Qualificações, Calendários,
Turnos, entre outros.
• Compras – Gestão de Fornecedores, Fabricantes, Pedidos de Compra, Encomendas, Contratos de Compras,
Receção de Material, Conferência de Faturas, Avaliação de Fornecedores, entre outros.
• Trabalho – Gestão de Ordens de Trabalho, Pedidos de Intervenção, Planos de Manutenção Preventiva,
Planos de Inspeções, Rotas, Trabalhos Pré-Preparados, Planos de Lubrificação, Planos de Calibração de
Equipamentos, Contratos de Serviços, SLA, Planos de Segurança, Perigos, Precauções, Lockout/TagOut,
entre outros.
• Sistema – Configurações Gerais da aplicação, parametrizações do sistema, Configuração da Organização e
Sites, Gestão de utilizadores e perfis de utilizadores, Moedas, Taxas de Câmbio, Unidades de Conversão,
Planos de Contas de Contabilidade, entre outros.
• Transversal a Todos os Módulos -
Gestão de Imagens, Comentários e Anexos de Entidades, Estatísticas,
Relatórios, Alertas/Notificações e Tarefas de Utilizadores.
O investimento reconhecido e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
MAC
Investimento
Taxa
Amortização
2015
2016
2017
346 569
20,00 %
540 000
866 500
1 463 000
2018
1 967 000
2019
2 664 000
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 5 anos.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
96
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Plataforma de Benefícios MAX
A Plataforma MAX é uma plataforma de benefícios desenvolvida pela Glintt em parceira com a NOS, que
disponibiliza aos colaboradores das empresas clientes um conjunto de ofertas que lhes permite maximizar
o valor líquido da sua remuneração variável pela poupança fiscal que obtêm (exemplos: ticket infância,
cheque estudante, seguros, despesas de saúde, etc.).
Princípios de atuação da Plataforma MAX:
Disponível a todos os colaboradores das empresas clientes, acessível 24h por dia, 7 dias por semana através
da internet, com total segurança no acesso aos dados
Ofertas competitivas e atrativas resultantes da negociação com fornecedores sob o princípio de volume e
larga escala
Serviço de back-office para apoio e suporte administrativo às empresas clientes e seus colaboradores
(exemplos: esclarecimento de dúvidas, faturação, comunicação/ formação aos colaboradores, etc)
Flexível e adaptável às necessidades específicas das empresas clientes
O investimento reconhecido e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
Investimento
Taxa
Amortização
2015
2016
2017
37 388
20,00 %
205 836
380 852
562 976
Plataforma de Benefícios
2018
2019
762 280
980 800
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 5 anos.
Poseidon
O projeto POSEIDON consubstancia um projeto de I&D diferenciado, inovador, criado com a principal
finalidade de aproveitar uma janela de oportunidade identificada no mercado das companhias de navegação:
colmatar a necessidade de obtenção de dados que permitam efetuar uma análise exata do estado de um
navio e quais os riscos que este oferece. O projeto procura dar resposta à incapacidade de muitos armadores
em gerir a complexidade dos procedimentos de gestão inerentes ao navio, por ausência de ferramentas
que estejam à altura dos desafios que lhes são impostos. O projeto passa pelo desenvolvimento de uma
ferramenta que torna muito mais simples, barato e rápido a execução de tarefas que atualmente são
complexas e dispendiosas.
O projeto tem como objetivos:
• Disponibilizar um serviço de software (POSEIDON SaaS) que permita otimizar o processo de gestão de
um navio, contribuindo de forma efetiva para a monitorização das não conformidades de estruturas e
equipamentos, redução da sinistralidade, melhoria da reputação e consequente competitividade de
armadores e companhias de navegação.
• Investigar conceitos de mobilidade e aplicação dos mesmos à atividade operacional da marinha mercante,
nomeadamente, no que diz respeito aos procedimentos de inspeção, verificação e autocontrolo
(POSEIDON Mobile);
• Estimular
o desenvolvimento de novas formas de transmissão de dados entre os sistemas do navio
(sistema offline) e as plataformas online em terra (POSEIDON box.com), tendo por base a reutilização de
tecnologia existente a bordo.
Este projeto encontra-se em desenvolvimento e conta com o apoio do IAPMEI através de incentivo à
investigação e desenvolvimento tecnológico, do quadro de referência estratégico nacional – QREN.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
97
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
O investimento reconhecido referente ao Poseidon e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
Investimento
Taxa
Amortização
2014
2015
2016
2017
900 067
25,0%
47 500
203 750
375 000
450 000
Poseidon
2018
218 750
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 4 anos.
Portopia
O PORTOPIA – Ports Observatory for Performance Indicator Analysis é um projeto lançado em Setembro
de 2013, que visa criar uma base de conhecimento integrado e sistema de gestão de desempenho do
ecossistema portuário. O projeto procura servir as diferentes partes interessadas na construção de
boas práticas de gestão que estimulem a competitividade e sustentabilidade dos portos europeus. Para
tal, comporta atividades de investigação e desenvolvimento de métodos de cálculo de indicadores de
desempenho (KPI), modelos de previsão e aferição em diferentes perspetivas de avaliação de desempenho,
quanto a tendências do mercado; desenvolvimento socioeconómico; ambiente, saúde ocupacional e
segurança; eficiência da cadeia logística; governação e finanças e perceção de qualidade dos utilizadores
dos portos.
O projeto tem a duração de 4 anos sendo o consórcio composto por uma equipa multidisciplinar,
compreendendo os principais especialistas de economia portuária da Europa, que articulam mais de três
dezenas de investigadores com especializações que vão desde as ciências sociais até às engenharias.
SAFEPEC
O SAFEPEC – Innovative Risk-based tools for ship safety inspection ,lançado em Outubro de 2014, é um projeto
europeu liderado pela Glintt Inov, com o objetivo de tirar partido da “Big Data” e do desenvolvimento de
sensores inteligentes que visam o aumento da eficácia dos processos de auditoria, inspeção e manutenção
de estruturas e sistemas críticos de navios mercantes.
O objetivo primário do SAFEPEC é a redução do número de acidentes e perdas de vida ou danos no
património e ecossistemas dos mares e oceanos.
O projeto tem a duração de 3 anos e conta como elementos do consórcio além da Glintt Inov, três
universidades, a WMU da Suécia, a NTUA da Grécia e a TUM da Alemanha, bem como, duas sociedades
classificadoras, a DNV norueguesa ea Germanisher L´Loyds alemã, dois centros europeus para a prática de
Investigação e Desenvolvimento, como o SINTEF-MARINTEK da Noruega e a TNO da Holanda e, finalmente
a IHS, especialista mundial em informação de negócios.
Engineer
POS VEGA
Instrumento fundamental para a preparação da plataforma de pagamentos eletrónicos seguros da Glintt,
tendo obtido em 2014 as certificações internacionais e nacionais permitindo o lançamento no mercado de
3 novos produtos.
Esta plataforma de pagamentos, tem um enfoque muito especial na redução de custos de produção, como
resposta às dificuldades económicas por que passam as empresas dos países onde as soluções da Glintt se
encontram. Os últimos anos têm sido particularmente difíceis para os nossos principais clientes, os bancos,
e com isso houve a necessidade de adaptar o andamento do projeto à capacidade de investimento e à
penetração dos bancos junto dos comerciantes que utilizam os POS como instrumento nos pagamentos. A
introdução dos cartões bancários sem contato foi um marco importante na nova plataforma de pagamentos
Glintt.
Os novos equipamentos permitirão reparações e personalizações simples, económicas e ágeis. A segurança
dos POS, protocolada através de normas específicas desta indústria, EMV, PCI e Multibanco (esta última
específica do mercado português) foi outro aspeto que sofreu grandes alterações e que impactou o
andamento do projeto VEGA, levando a atrasos no desenvolvimento do projeto e na disponibilização dos
RELATÓRIO E CONTAS 2014
98
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
primeiros equipamentos que resultaram desta plataforma. É essencial que os nossos equipamentos estejam
conformes às últimas normas de segurança emanadas pela VISA, MasterCard, American Express e JCB, e que
respondam aos desafios colocados pelo BCE (Banco Central Europeu), pela EU e pela SIBS, para utilização
no mercado nacional.
O investimento reconhecido referente ao POS VEGA e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
VEGA
Investimento
Taxa
Amortização
2014
2015
2016
2017
1 908 282
16,66 %
1 253 454
2 200 000
2 200 000
2 200 000
2018
2 200 000
2019
2 200 000
Este projeto conta com o apoio do IAPMEI através de incentivo à investigação e desenvolvimento tecnológico,
do quadro de referência estratégico nacional – QREN. Será considerada uma vida útil finita de 6 anos.
TITAN
Plataforma de pagamentos, que permita a aceitação de cartões bancários em setores de atividade com
transações de baixo valor, como sejam soluções de vending e pagamento de bens e/ou serviços de baixo
custo.
O TITAN incorpora a capacidade de introdução da leitura do cartão do cidadão permitindo a desmaterialização
da documentação e aumentar a eficácia da recolha de informação pessoal, depois de devidamente
autorizada pelo seu proprietário, para preenchimento de formulários. Sectores de negócio como a banca,
seguros, saúde, administração pública, distribuição de eletricidade, água, telecomunicações e outros, terão
uma apetência natural por esta solução.
Pretende-se que esta plataforma seja transversal a todos os setores de negócio permitindo aumentar e
diversificar a oferta Glintt e tem em vista tanto o mercado nacional como internacional.
O investimento reconhecido e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
TITAN 2
Investimento
Taxa
Amortização
317 234
16,66 %
2015
97 500
2016
325 000
2017
487 500
2018
2019
2020
650 000
650 000
650 000
A Administração definiu, baseada na experiencia do sector, uma vida útil finita de 6 anos para este produto.
Ixion Sifarma
A solução existente de pagamentos integrada com o sistema Sifarma ficou obsoleta em função da evolução
das normas nacionais e internacionais de pagamentos. Além da evolução das normas de segurança, o
mercado bancário tem vindo a introduzir novas tecnologias de pagamento, de onde se destaca os cartões
sem contacto, para o qual as soluções anteriores não estavam preparadas e certificadas.
O projeto “Ixion Sifarma” permitiu integrar uma nova solução de pagamentos com recurso ao pinpad Ixion
e a um novo módulo de integração com a aplicação Sifarma. Esta nova solução permite a continuidade do
negócio de aceitação de pagamentos eletrónicos nas farmácias adicionando-lhe novas funcionalidades que
estão a surgir no sector de pagamentos eletrónicos.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
99
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
O investimento reconhecido e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
Ixion Sifarma
Investimento
Taxa
Amortização
26 379
16,66 %
2015
2016
2017
2018
2019
2020
28 310
84 930
84 930
84 930
84 930
84 930
A Administração definiu, baseada na experiencia do sector, uma vida útil finita de 6 anos para este produto.
Sirius Angola
O terminal de pagamento Sirius está certificado internacionalmente mas necessita sempre de ser localizado
e certificado nas redes locais.
O projeto “Sirius Angola” consiste no desenvolvimento e certificação do terminal Sirius para a rede EMIS que
processa em exclusivo as transações de pagamentos eletrónicos em Angola.
A certificação do terminal Sirius é condição necessária para a comercialização dos terminais de pagamento
Glintt no mercado Angolano.
O investimento reconhecido e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
Sirius Angola
Investimento
Taxa
Amortização
45 596
20 %
2015
115 000
2016
2017
230 000
345 000
2018
2019
2020
460 000
460 000
460 000
A Administração definiu, baseada na experiencia do sector, uma vida útil finita de 5 anos para este produto.
10. Outros Investimentos Financeiros
Entidade
ACETECNO, ACE
MANTELNOR EGAP
PCTA-PARQUE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ALENTEJO, SA
LISGARANTE- SOCIEDADE DE GARANTIA MÚTUA, S.A.
GARVAL- SOCIEDADE DE GARANTIA MÚTUA, S.A.
NORGARANTE - SOCIEDADE DE GARANTIA MÚTUA, S.A.
Sede Social
%
31 / 12 / 14
31 / 12 / 13
Lisboa
20%
3 000
3 000
Espanha
5%
4 500
4 500
Évora
7%
40 000
40 000
Lisboa
0,07%
34 880
16 000
Santarém
0,01%
3 080
2 500
Porto
0,005%
3 080
2 500
OUTRAS
21 258
1 037
109 798
69 537
Os Outros Investimentos Financeiros estão mensurados ao custo de aquisição.
11. Ativos por Impostos Diferidos
O imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas (IRC) é auto liquidado pelas empresas que constituem
o Grupo e, de acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por
parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Contudo, no caso de serem apresentados
prejuízos fiscais estas podem ser sujeitas à revisão pelas autoridades fiscais por um período de 10 anos. A
Administração entende que as correções resultantes de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais às
declarações de impostos não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas
em 31 de dezembro de 2014.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
100
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Os prejuízos fiscais gerados pelas empresas que constituem o Grupo em Portugal sujeitos também a inspeção e
eventual ajustamento, podem ser deduzidos a lucros fiscais nos cinco anos seguintes (prejuízos fiscais gerados
em 2013) ou nos 12 anos seguintes para os prejuízos fiscais gerados no corrente exercício.
O Grupo tem vindo a apresentar candidaturas ao SIFIDE ao longo dos últimos anos, pelo que encontram-se
constituídos Ativos por Impostos Diferidos dos montantes já certificados e ainda não utilizados, bem como das
candidaturas a apresentar referentes ao exercício corrente.
O Orçamento de Estado para 2015 veio alterar a taxa de IRC para os 21% a partir de 2015. Esta alteração teve
já efeitos em 2014, no cálculo do montante de Ativos por Impostos Diferidos correspondente aos prejuízos
fiscais e Sifide.
Esta alteração de taxa de IRC teve um impacto de cerca de 75 mil euros no apuramento do montante dos Ativos
por Impostos Diferidos, relativamente aos prejuízos fiscais gerados em 2014, bem como os apurados em 2013.
A decomposição do montante registado em Ativos por Impostos Diferidos, bem como os anos limite para a sua
dedução são os seguintes:
31/12/2013
Imposto
diferido ativo
31/12/2014
Imposto
diferido ativo
Ano limite
p/ dedução
Prejuízos fiscais dedutíveis
2012
20 745
22 066
2017
2013
601 344
676 658
2018
2014
700 922
-
2026
1 323 011
698 724
SIFIDE 2009
-
113 332
2014
SIFIDE 2010
121 250
138 348
2015
SIFIDE 2011
367 232
377 477
2016
SIFIDE 2012
671 472
680 598
2017
SIFIDE 2013
685 010
661 698
2018
SIFIDE 2014
550 456
-
2022
1 083 573
1 075 654
2018
3 478 993
3 047 107
4 802 004
3 745 831
Beneficios fiscais
CFEI
Prejuízos fiscais dedutíveis
31 / 12 / 2014
Beneficios fiscais
31 / 12 / 2013
31 / 12 / 2014
Saldo inicial
698 724
21 892
Reforço
700 922
676 658
Regularizações
(76 635)
174
-
-
1 323 011
698 724
Redução
Saldo final
Saldo inicial
Reforço
Regularizações
31 / 12 / 2013
3 047 107
2 636 378
558 020
1 737 352
38 012
(18 935)
Redução
(164 146)
(1 307 688)
Saldo final
3 478 993
3 047 107
O montante registado em Ativos por Impostos Diferidos tem tido por base as previsões do resultado fiscal dos
exercícios seguintes e tem sido considerado as reavaliações constantes das expectativas existentes.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
101
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
12. Inventários
31/12/2014
31/12/2013
Mercadorias
1 949 094
2 045 856
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
1 360 510
1 436 925
3 309 604
3 482 781
Perda por imparidade
(271 847)
(344 925)
3 037 757
3 137 856
As mercadorias dizem respeito essencialmente a equipamentos e mobiliário para farmácia,outros equipamentos
informáticos para farmácia e demais clientes da área de Managed Services, os quais se destinam quer à venda
quer à incorporação em contratos de manutenção / prestação de serviços. As matérias-primas, subsidiárias e
de consumo destinam-se essencialmente à incorporação no processo de fabrico da unidade de pagamentos
automáticos seguros, da Glintt.
Movimentos ocorridos na rubrica de “Perdas por Imparidade”.
31/12/2014
Saldo inicial
Reforço
Redução
Saldo final
344 925
31/12/2013
338 699
27 832
112 964
(100 910)
(106 738)
271 847
344 925
13. Contas a receber de clientes e outros devedores
31/12/2014
31/12/2013
Não corrente
Outros devedores
5 830 361
5 589 731
5 830 361
5 589 731
25 236 014
24 705 545
Corrente
Clientes de conta corrente
Clientes de cobrança duvidosa
Perdas por imparidade
Pessoal
Impostos
Outros devedores
4 625 367
4 625 367
(3 224 548)
(2 795 021)
26 636 833
26 535 891
62 486
84 565
1 489 491
2 183 699
679 563
557 098
2 231 540
2 825 362
28 868 373
29 361 253
De acordo com informação divulgada no relatório e contas de 2011, encontravam-se em curso naquele
exercício dois processos de contencioso, entre a Glintt Business Solutions, Lda., a Restelo Imobiliária SA (RIP)
e os Hotéis Alexandre Almeida (HAA).
Em 21 de Dezembro de 2012 a Glintt, a RIP e os HAA, puseram termo ao diferendo entre as partes por meio de
acordo nos termos do qual fixaram o valor em dívida e estabeleceram a forma de pagamento. Desse acordo
decorre o valor total da rúbrica de Outros Devedores (não corrente), o qual não se encontra relevado ao custo
amortizado, uma vez que nos termos do acordo, são calculados e debitados juros anuais, relevados nos ativos
correntes. Os juros debitados até ao encerramento do presente exercício ascendem a 840 mil euros.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
102
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
A rubrica clientes de conta corrente inclui as faturas dos clientes que foram cedidas à empresa de factoring, no
valor de 4.828 mil euros, e cujo adiantamento se encontra refletido em empréstimos (ver Nota 20).
A perda por imparidade resulta de análises detalhadas, segundo as quais determinados valores em divida,
poderão não vir a ser recebidos na sua totalidade.
O valor contabilístico desta rubrica acrescida do saldo de ‘Acréscimos e diferimentos ativos (ver nota 15)
representa a exposição máxima ao risco de crédito.
Movimentos ocorridos na rubrica de “Perdas por imparidade”.
31/12/2014
Saldo inicial
31/12/2013
2 672 489
2 795 021
600 953
870 989
Redução
(171 426)
(748 457)
Saldo final
3 224 548
2 795 021
Reforço
Os saldos em aberto que não se encontram em imparidade incluem:
31/12/2014
31/12/2013
Entidades públicas
1 225 154
4 190 203
Garantia
5 146 500
5 146 500
989 311
1 623 816
1 128 935
1 290 438
Planos de pagamento
Entidades relacionadas
Letras
514 789
773 690
9 004 689
13 024 647
14. Caixa e equivalentes de caixa
31/12/2014
Caixa
Depósitos bancários de curto prazo
31/12/2013
6 498
69 795
1 345 027
4 245 198
1 351 525
4 314 993
15. Acréscimos e diferimentos ativos
31/12/2014
31/12/2013
Acréscimos de rendimentos
Projetos em curso
4 386 495
6 751 189
4 386 495
6 751 189
Gastos diferidos
Rendas
58 650
90 674
Seguros
187 106
108 581
Publicidade
Trabalhos especializados
15 382
2 338
205 777
69 017
Conservação
51 663
60 020
Outros custos diferidos
83 990
101 594
2 136 947
2 366 936
2 739 515
2 799 160
7 126 010
9 550 349
Projetos em curso
RELATÓRIO E CONTAS 2014
103
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Os principais montantes relativos às rúbricas de acréscimos de rendimentos e gastos diferidos estão relacionados
com a natureza dos contratos celebrados no grupo.
Na área de Managed Services e na área de Consultoria e Integrações existem contratos que se materializam
durante mais do que um período, e cujos eventos de faturação ou pagamento a terceiros, estão calendarizados em
momentos específicos, não sincronizados com estes.
Assim, no caso dos Managed Services, predominam os serviços relacionados com contratos de manutenção e
licenciamento, onde o licenciamento é adquirido a terceiros num momento inicial, e o seu gasto vai sendo
reconhecido durante o período da licença, em paralelo com o reconhecimento do rédito global associado a uma
prestação de serviços única de licenciamento e manutenção, ocorrendo a faturação em momentos distintos
durante a vida do contrato.
No caso da consultoria onde a tipologia dos contratos estabelecidos com clientes, produz impacto essencialmente
ao nível da rúbrica de acréscimos de rendimentos, com o reconhecimento do rédito realizado de acordo com a
evolução dos serviços apresentados, e os eventos de faturação calendarizados em função da concretização de
determinados eventos do projeto.
16. Capital social
Número de
Ações
Capital
social
Ações
próprias
Prémio de
emissão
Total
Em 31 de dezembro de 2013
86 962 868
86 962 868
10 255 221
0
97 218 089
Em 31 de dezembro de 2014
86 962 868
86 962 868
10 255 221
0
97 218 089
O capital social, integralmente subscrito e realizado, é representado por 86.962.868 ações ordinárias de valor
nominal de 1 euro, detido pelas seguintes entidades:
Nº de Ações
% dos direitos de
voto
% do capital
Acionistas
43 246 620
49,73
49,73
José Ribeiro Gomes
2 600 000
2,98
2,98
Restantes acionistas
41 116 248
47,29
47,29
Farminveste 3 - Gestão de Participações SGPS, Lda (a)
17. Reservas e resultados acumulados
Reserva legal
Outras reservas
Reservas
Conversão
Cambial
Resultados retidos Interesses que não
controlam
Total
1 844 801
10 979 825
(318 075)
8 410 810
163 342
Aplicação resultado exercício anterior
-
2 743 681
-
(2 743 681)
-
-
Out.ganhos/perdas reconhecidos diret. capital próprio
-
(78 534)
(280 026)
(15 346)
(127 703)
(501 609)
Em 1 de janeiro de 2013
21 080 703
-
-
-
1 313 893
173 691
1 487 584
Em 31 de dezembro de 2013
1 844 801
13 644 972
(598 101)
6 965 676
209 330
22 066 678
Em 1 de janeiro de 2014
22 066 678
Resultado liquido do ano
1 844 801
13 644 972
(598 101)
6 965 676
209 330
Aplicação resultado exercício anterior
-
3 100 410
-
(3 100 410)
-
-
Out.ganhos/perdas reconhecidos diret. capital próprio
-
78 534
(3 346)
(59)
(173 703)
(98 574)
Resultado liquido do ano
Em 31 de dezembro de 2014
-
-
-
1 338 233
158 017
1 496 251
1 844 801
16 823 915
(601 446)
5 203 439
193 644
23 464 355
RELATÓRIO E CONTAS 2014
104
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
De acordo com a legislação em vigor, as empresas sediadas em Portugal são obrigadas a transferir para a rubrica
de Reserva legal um mínimo de 5% do resultado líquido anual, até que a mesma atinja 20% do capital social. Esta
reserva não pode ser distribuída aos acionistas, podendo no entanto ser utilizada para absorver prejuízos ou ser
incorporada no capital social.
As outras reservas respeitam a reservas livres constituídas através das transferências de resultados líquidos de
exercícios anteriores.
Na rúbrica Reservas de Conversão Cambial, está relevado o montante resultante da variação em moeda nacional
da conversão das demonstrações financeiras das filiais expressas em moeda estrangeira, decorrente de alteração
do câmbio respetivo.
18. Contas a pagar a fornecedores e outros credores
31/12/2013
31/12/2014
Não corrente
Fornecedores
87 741
87 741
131 800
69 942
219 541
157 683
Fornecedores
6 482 600
11 110 731
Estado e outros entes públicos
5 181 987
5 718 788
Outros credores
Corrente
Colaboradores
Outros credores
Total de contas a pagar a fornecedores e outros credores
235 364
193 999
4 712 371
1 832 969
16 612 322
18 856 487
O montante referente à rubrica de Estado e outros entes públicos respeita a IVA a pagar (1.980.413 euros), a
retenções de IRS e TSU (2.031.347 euros) e a IRC (1.170.227 euros).
Não existem dívidas em mora ao estado (Autoridade Tributária e Segurança Social) em 31 de dezembro de 2014.
19. Acréscimos e diferimentos passivos
31/12/2013
31/12/2014
Não corrente
Rendimentos diferidos
Projetos em curso
-
678 152
1 150 499
735 473
1 150 499
1 413 625
Gastos com pessoal
5 415 988
5 782 934
Projetos em curso
2 879 066
4 423 385
Trabalhos especializados
371 194
802 298
Outros
364 466
668 200
Juros bancários
204 698
190 664
Comunicações
61 453
54 228
9 333
10 314
Outros rendimentos diferidos
Corrente
Acréscimo de gastos
Publicidade
Seguros a liquidar
28 858
18 967
9 335 056
11 950 990
5 956 182
6 006 322
Rendimentos diferidos
Projetos em curso
Outros rendimentos diferidos
RELATÓRIO E CONTAS 2014
81 538
189 464
6 037 720
6 195 786
15 372 776
18 146 776
105
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
A rubrica de Gastos com pessoal refere-se aos montantes a liquidar referentes a férias, subsídios de férias e bónus
(conforme Nota 2.19).
Os Rendimentos diferidos derivam essencialmente da tipologia de contratos, onde há lugar a faturação e pagamento
antecipado, com referência à data da realização dos trabalhos que ocorre em momento posterior. São exemplos,
os contratos de prestação de serviços de consultoria, comumente faturados em determinada percentagem do
seu valor global aquando da adjudicação, bem como na área de Managed Services, onde há lugar à faturação
antecipada de alguns contratos de manutenção anual.
Por sua vez, os acréscimos de gastos, surgem sobretudo na área dos Managed Services dado que grande parte dos
gastos a incorrer resultam de trabalhos efetuados por entidades externas (contratos de manutenção back-to-back),
os quais são faturados e pagos à posteriori.
20. Empréstimos
31/12/2014
31/12/2013
Não corrente
Dividas a instituições de crédito
23 213 845
Credores por locação financeira
135 443
221 101
23 349 288
29 033 479
Dividas a instituições de crédito
29 354 389
22 346 678
Credores por locação financeira
85 635
80 480
1 564 016
1 968 351
31 004 040
24 395 509
28 812 378
Corrente
Adiantamento de factoring
Os valores constantes da rubrica “dívidas a instituições de crédito” são referentes a linhas de crédito autorizadas
que não se encontram totalmente utilizadas.
O montante em divida para com os bancos teve o movimento que se segue:
31/12/2014
31/12/2013
Saldo Inicial
51 159 056
Reforços
90 866 652
95 168 140
(89 457 474)
(96 706 445)
52 568 234
51 159 056
Amortizações
Saldo Final
52 697 361
As variações ocorridas em 2014 decorrem fundamentalmente de utilizações e amortizações das contas correntes
caucionadas.
A média das taxas de juro efetivas à data do balanço eram as seguintes:
31/12/2014
31/12/2013
Dividas a instituições de crédito
4,95%
5,39%
Credores por locação financeira
4,51%
4,57%
Factoring
3,52%
4,80%
RELATÓRIO E CONTAS 2014
106
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
21. Passivos por Impostos Diferidos
No que respeita a Passivos por Impostos Diferidos, os movimentos ocorridos no exercício foram os seguintes:
31 / 12 /2014
Saldo Inicial
Efeitos em
resultados
Reclass.
Efeitos capitais
próprios
Saldo final
Dif. entre criterio fiscal e contabilistico - Ativos Tangíveis
52 125
(50 815)
-
-
1 310
Dif. entre criterio fiscal e contabilistico - Ativos Tangíveis
67 215
-
(10 610)
-
56 605
89 424
(485)
(35 760)
-
53 179
385 713
-
(64 286)
-
321 427
Dif. entre criterio fiscal e contabilistico - Reconh. Rédito
Dif. entre criterio fiscal e contabilistico - Software
Dif. entre criterio fiscal e contabilistico - Carteira de Clientes
8 896 859
-
(53 235)
-
8 843 624
9 491 336
(51 300)
(163 891)
0
9 276 145
31 / 12 /2013
Saldo Inicial
Efeitos em
resultados
Reclass.
Efeitos capitais
próprios
Saldo final
Dif. entre criterio fiscal e contabilistico - Ativos Tangíveis
-
52 125
-
-
52 125
Dif. entre criterio fiscal e contabilistico - Ativos Tangíveis
78 163
-
(10 948)
-
67 215
Dif. entre criterio fiscal e contabilistico - Reconh. Rédito
-
-
89 424
-
89 424
449 999
-
(64 286)
-
385 713
Dif. entre criterio fiscal e contabilistico - Software
Dif. entre criterio fiscal e contabilistico - Carteira de Clientes
8 925 140
-
(28 281)
-
8 896 859
9 453 302
52 125
(14 091)
0
9 491 336
22. Provisões para outros passivos e encargos
31/12/2014
31/12/2013
Saldo em 1 de janeiro
366 016
372 516
Anulação no exercício
(52 716)
(6 500)
Reforço
10 000
-
323 300
366 016
23. Rédito das Vendas e dos Serviços Prestados
31/12/2014
31/12/2013
Venda de bens
11 554 147
14 268 657
Mercado comunitário
1 753 474
3 332 223
Mercado extracomunitário
2 257 518
1 487 701
15 565 139
19 088 581
Mercado interno
47 387 504
50 017 148
Mercado comunitário
13 573 426
11 680 729
Mercado interno
Prestação de serviços
Mercado extracomunitário
Total vendas e prestação de serviços
RELATÓRIO E CONTAS 2014
3 661 505
5 214 964
64 622 435
66 912 841
80 187 573
86 001 421
107
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
24. Custo das Vendas
31/12/2014
31/12/2013
Saldo Inicial
3 137 856
3 097 322
Compras
9 778 872
13 231 855
Regularizações
(210 170)
(313 669)
323 522
393 975
Saldo final
3 037 757
3 137 856
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
9 992 323
13 271 627
Movimentos de Acréscimos
25. Subcontratos
31/12/2014
31/12/2013
Serviços profissionais
8 068 802
9 947 937
Serviços de suporte e manutenção
3 240 706
3 086 346
Outros subcontratos
3 299 296
2 816 504
14 608 804
15 850 787
26. Fornecimentos e serviços externos
31/12/2014
31/12/2013
Rendas e alugueres
3 766 576
4 020 047
Transportes, desloc. e representação
2 664 818
2 692 616
Trabalhos especializados
1 345 868
1 303 692
Eletricidade, água, combustíveis
1 066 393
1 140 052
Outros fornecimentos e serviços
1 353 689
904 320
Comunicação
493 649
525 573
Publicidade e propaganda
422 396
475 298
Comissões e honorários
11 177
214 845
Conservação e reparação
374 787
828 773
11 499 353
12 105 216
A rubrica de Rendas e alugueres inclui o registo das locações operacionais.
Os compromissos assumidos com locações operacionais e respetivos prazos de maturidade encontram-se
reportados na Nota 3.2.
27. Gastos com o pessoal
31/12/2014
31/12/2013
Remunerações dos orgãos sociais
907 764
1 346 112
Remunerações dos colaboradores
30 408 583
30 947 868
6 474 656
6 235 531
Outros gastos com o pessoal
716 221
421 441
Custos de reestruturação
526 015
684 793
39 033 239
39 635 745
Encargos sobre remunerações
O Grupo tinha ao seu serviço, a 31 de dezembro de 2014, 1.312 colaboradores. Em 31 de dezembro de 2013 o
número de colaboradores era de 1.314.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
108
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
28. Outros ganhos e perdas líquidos
31/12/2013
31/12/2014
Impostos
(86 649)
Coimas
Resultados na venda de ativos fixos
Rendimentos suplementares
Subsidios à exploração
Trabalhos para a própria empresa
Out. ganhos/perdas liquidos
(167 492)
-
-
(66 072)
(3 937)
Divídas Incobráveis
10 482
7 682
180 090
592 663
522 017
275 747
3 295 066
3 106 273
(419 700)
(704 750)
3 435 234
3 106 186
A rubrica de Trabalhos para a própria empresa originou o reconhecimento de ativos intangíveis, conforme detalhado
na nota 9 (Intangíveis desenvolvidos internamente).
29. Depreciações e amortizações
31/12/2014
31/12/2013
Ativos fixos tangíveis
Edifícios e outras construções
145 432
147 917
Equipamento básico
178 535
226 636
Equipamento de transporte
60 018
44 872
Equipamento administrativo
270 894
295 741
Outras imobilizações corpóreas
12 984
13 915
667 863
729 081
Ativos intangíveis
Propriedade industrial e outros direitos
123 238
80 056
Intangiveis desenvolvidos internamente
1 180 980
406 370
Intangíveis concentração atividades(vida útil finita)
214 285
214 285
1 518 503
700 711
2 186 366
1 429 792
30. Perdas por Imparidade
31/12/2014
31/12/2013
177 449
94 270
(100 000)
100 000
Clientes
534 931
561 581
Inventários
(73 078)
112 965
539 302
868 816
Intangíveis adquiridos concentração atividades (vida útil indefinida)
Intangíveis desenvolvidos internamente
RELATÓRIO E CONTAS 2014
109
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
31. Resultados financeiros
31/12/2013
31/12/2014
2 722
12 579
662 837
533 473
Juros obtidos
Diferenças de câmbio favorável
436
3 822
144 888
488 610
Descontos de pronto pagamento obtidos
Outros ganhos financeiros
(2 988 674)
(2 959 212)
Diferenças de câmbio desfavorável
(555 642)
(537 881)
Outras perdas financeiras
(863 890)
(962 911)
(3 597 323)
(3 421 520)
Juros suportados
32. Impostos sobre resultados
O Grupo apresenta um lucro contabilístico antes de impostos no montante de 2.209 mil euros, tendo sido apurado
um valor de imposto de 713 mil euros.
O montante de imposto contabilizado em 2014 tem a seguinte decomposição:
Decomposição imposto do exercicio
31/12/2013
31/12/2014
Imposto a pagar
Impostos diferidos ativos
Impostos diferidos passivos
1 906 038
2 153 617
(1 029 584)
(1 106 322)
(163 891)
(14 090)
0
9 816
712 563
1 043 021
IRC ex anteriores
No que respeita aos Impostos diferidos ativos, os movimentos ocorridos foram os seguintes:
31/12/2014
31/12/2013
Saldo inicial
3 745 831
2 658 270
Reforço
1 258 942
2 414 010
Regularizações
Redução
Saldo final
RELATÓRIO E CONTAS 2014
151 955
(18 761)
50 814
(1 307 688)
4 802 004
3 745 831
110
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
A taxa média efetiva de imposto difere da taxa nominal, nomeadamente devido a:
31/12/2013
31/12/2014
Resultado antes de impostos
2 208 814
2 530 605
Taxa nominal de imposto
23,00%
25,00%
Imposto esperado
508 027
632 651
Diferença taxa imposto
146 599
736 092
Diferenças permanentes (a)
(15 183)
75 546
Prejuízos fiscais
125 397
(676 658)
Ajustamentos à colecta:
- Derrama sobre Lucro Tributável
- Tributações autónomas
- Beneficios fiscais
53 621
36 433
361 320
672 894
(467 218)
(443 754)
-
9 816
712 563
1 043 021
32,26%
41,22%
- IRC exercicios anteriores
Taxa efectiva de imposto
O imposto sobre o rendimento do período tem a
seguinte composição:
Imposto corrente
1 906 038
2 153 617
Imposto diferido
(1 193 475)
(1 120 412)
-
9 816
712 563
1 043 021
IRC ex. anteriores
(a) Este valor respeita essencialmente a :
ALD
Amortizações, provisões e imparidades
Correcções relativas a exercícios anteriores
Insuficiencia/Excesso de estimativa para impostos
Multas, coimas, juros compensatórios
Outros
Impacto fiscal
13 000
31 105
(115 794)
109 530
151 420
122 288
(164 413)
9 816
66 893
2 968
(17 119)
26 478
(66 013)
302 185
(15 183)
75 546
A linha da diferença de taxa de imposto deve-se à existência de filiais noutros países, nomeadamente em
Espanha, Angola, Brasil e Polónia, onde a taxa de imposto é superior – entre 25% e 30%.
33. Resultados por ação
Básico
O cálculo do resultado básico por ação baseia-se no lucro atribuível aos acionistas ordinários dividido pela média
ponderada de ações ordinárias no período, excluindo ações ordinárias compradas pelo Grupo e detidos como
ações próprias.
31/12/2014
Resultado líquido do exercício atribuível aos acionistas ordinários
Nº médio ponderado de ações ordinárias
Resultado por ação - básico - euros
RELATÓRIO E CONTAS 2014
31/12/2013
1 338 233
1 313 893
86 962 868
86 962 868
0,015
0,015
111
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Diluído
O resultado diluído por ação é igual ao resultado básico por ação, devido à inexistência de instrumentos financeiros
que venham a originar a diluição do capital social no futuro.
34. Compromissos
Os compromissos financeiros que não figuram no balanço referentes a garantias bancárias prestadas a terceiros
destinadas a servir de caução aos projetos em curso, são discriminados como segue:
31/12/2013
31/12/2014
6 661 095
5 220 005
Cit Group (Portugal) - Renting, Lda.
541 983
1 299 509
CSI Intelirent
374 339
-
BCP
200 000
200 000
TD Tech Data Portugal, Lda.
200 000
200 000
Petrogal
149 230
149 230
Promed International Health LTD
139 562
-
REN
136 686
136 686
Min. Negócios Estrangeiros
93 973
93 973
Ministério da Educação
80 000
89 950
PT.COM - Comunicações Interactivas
55 694
55 694
CATVP - TV Cabo Portugal
51 619
51 619
PT Comunicações
46 650
46 650
Centro Hosp. Lisboa
25 767
14 184
HPP Saúde - Parcerias Cascais, S.A.
25 000
25 000
TMN
21 978
21 978
PT Prime
12 320
12 320
ESRF - European Synchroton Radiation Facility
-
14 205
Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroismo E.P.E.
-
9 563
Celestial Ordem Terceira da Santíssima Trindade
-
69 156
Hewlett - Packard International Bank plc
Outras garantias
Total garantias prestadas
116 255
82 617
8 932 150
7 792 338
Em dezembro de 2012, a Glintt contraiu um empréstimo de 19,5 milhões de euros junto do BES. Este foi concedido
com a finalidade de amortizar totalmente os restantes empréstimos de MLP que o grupo detinha com o BES e
o restante para apoio ao investimento. Por garantia deste financiamento, foram dadas de penhor as ações da
Consoft, empresa espanhola adquirida em 2010 pela Glintt.
35. Eventos após a data de balanço
Após data de encerramento não se revelaram eventos que possam ter impacto nas demonstrações financeiras
consolidadas do Grupo.
36. Partes relacionadas
Após data de encerramento não se revelaram eventos que possam ter impacto nas demonstrações financeiras
consolidadas do Grupo.
• Transações relevantes com entidades relacionadas
As transações e saldos entre a Glintt, S.A. e as empresas do Grupo, que são partes relacionadas, foram eliminadas
no processo de consolidação, não sendo objeto de divulgação na presente nota.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
112
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Durante o exercício de 2014 foram efetuadas transações com outras partes relacionadas, que envolveram as
seguintes entidades e montantes:
2014
Ent. Relacionada
Réditos
Gastos
Saldos devedores
1 486 807
74 708
241 784
Alliance Healthcare, SA
466 330
-
110 088
-
Assoc. Nacional Farmácias
432 447
165 052
137 228
13 759
Finanfarma - Soc. Fact., SA
163 053
92 076
72 516
-
Farmácias
622 803
-
499 432
-
Imofarma
-
842 331
-
-
4 578
473 377
6 957
49 636
Farminveste, SA
Jutai
Outras entidades
Saldos credores
76 501
458 184
37 586
76 310
-
3 634 202
1 685 130
1 144 315
139 896
2013
Ent. Relacionada
Réditos
Gastos
Saldos devedores
2 625 385
1 199 302
262 056
Alliance Healthcare, SA
804 800
0
250 668
0
Assoc. Nacional Farmácias
439 758
165 014
63 751
27 519
Finanfarma - Soc. Fact., SA
101 295
94 870
77 070
0
Farmácias
365 146
36 050
488 446
0
Imofarma
0
827 740
0
0
Jutai
0
462 589
6 957
50 311
Farminveste, SA
Outras entidades
Saldos credores
91 587
451 111
201 281
141 490
187 908
4 787 494
2 986 847
1 290 438
357 324
• Remunerações de Administradores e Diretores
A política de remunerações da Glintt encontra-se divulgada no Relatório sobre o Governo da Sociedade, capítulo
II.29 e seguintes.
No exercício de 2014, as remunerações pagas a Administradores e Diretores foram as seguintes:
2014
2013
2014
2013
Rem. fixas
Rem. fixas
Rem. variáveis
Rem. variáveis
Glintt GIT
705 600
882 000
102 882
-
75 226
77 314
-
-
400 225
245 624
7 500
-
1 181 051
1 204 938
110 382
-
Orgão executivo
403 466
350 742
82 992
81 464
Diretores
638 912
833 429
147 939
141 202
1 042 378
1 184 171
230 931
222 666
Administradores executivos
Administradores não executivos
Diretores
Total
Grupo / Subsidiárias
Total
RELATÓRIO E CONTAS 2014
113
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
37. Outras informações
• Ativos não correntes
De acordo com informação divulgado no relatório e contas de 2011, encontravam-se em curso naquele exercício
dois processos de contencioso, a decorrer no Tribunal Arbitral de forma a dirimir litígios entre a Glintt Business
Solutions, Lda., a Restelo Imobiliária SA (RIP) e os Hotéis Alexandre Almeida (HAA), no âmbito de dois contratos
de remodelações de unidades hoteleiras.
Em 21 de Dezembro de 2012 a Glintt e a RIP puseram termo ao diferendo entre as partes por meio de acordo nos
termos do qual fixaram o valor em dívida pela RIP à Glintt no montante de Euro 2.378.409,58, e estabeleceram a
forma do seu pagamento. Por força do acordo a RIP desistiu do processo judicial de anulação da Decisão Arbitral
em curso extinguindo-se o referido processo.
Igualmente, em 21 de Dezembro de 2012 a Glintt e os HAA puseram termo ao diferendo entre as partes por meio
de acordo nos termos do qual fixaram o valor em dívida pelos HAA à Glintt no montante de Euro 2.775.941,93,
e estabeleceram a forma do seu pagamento. Por força do acordo os HAA desistiram do processo judicial de
anulação da decisão arbitral em curso extinguindo-se o referido processo.
Mais se informa, que o ativo em referência se encontra coberto por garantia bancária emitida junto do Novo
Banco, a favor da Glintt - Global Intelligent Technologies, S.A., a pedido do ordenante Farminveste 3 - Gestão de
Participação SGPS, Unipessoal, Lda., no montante total de 4.971.164 euros.
Neste contexto, a Administração considera ver extinto igualmente o passivo contingente anteriormente reportado.
• Reestruturação
De acordo com o comunicado divulgado ao mercado em 3 de Fevereiro último a Glintt deverá avançar com a
implementação de medidas estratégicas adicionais, às principais linhas de orientação estratégica que vinham a
ser seguidas desde 2011, nomeadamente as seguintes:
• Estabelecer o objetivo de acrescida especialização da atividade, dos recursos e dos investimentos, no sector da
saúde e nas áreas de maior valor acrescentado;
• Iniciar a restruturação da Organização Corporativa da sociedade e das Áreas de Negócio, com vista a atingir
uma maior eficiência da estrutura existente, nas vertentes societária, dirigente e operacional, com simultânea
redução dos custos de funcionamento e acréscimo de competitividade no mercado;
• Identificar possíveis interessados na aquisição de Áreas de Negócio não-core, ou outro tipo de operação que
tenha por efeito a saída dessas áreas da exclusiva esfera de interesse económico da Glintt.
Na sequência da anterior decisão a Glintt irá avançar com a prossecução de um conjunto de iniciativas, as quais
se encontram atualmente em estudo e desenho, com vista à obtenção dos resultados esperados. Na presente
data, não é conhecido o desfecho nem os efeitos decorrentes da implementação das mesmas.
A Administração
RELATÓRIO E CONTAS 2014
114
4.2 Demonstrações Financeiras Individuais
1. Demonstração Individual da Posição Financeira
(valores em euros)
31 / 12 / 2014
Ativo
31 / 12 / 2013
Não corrente
Ativos fixos tangiveis
5
258 734
204 105
Goodwill
6
7 782 727
7 782 727
Outros ativos intangíveis
7
1 528 099
908 966
Participações financeiras em subsidiárias
8
135 564 686
135 564 686
Outros investimentos financeiros
9
54 216
40 442
Ativos por impostos diferidos
10
4 486 478
3 479 875
Contas a receber de clientes e outros devedores
12
Total do ativo não corrente
6 000 000
6 000 000
155 674 939
153 980 801
Corrente
Inventários
11
2 090
6 557
Outras contas a receber
12
9 552 365
6 084 993
Acréscimos e diferimentos ativos
14
5 852 086
4 026 189
Caixa e depósitos bancários
13
43 039
1 953 901
15 449 580
12 071 639
171 124 520
166 052 440
Total do ativo corrente
Total do Ativo
Capital Próprio
Capital e reservas atribuíveis aos detentores de capital
Capital social
15
86 962 868
86 962 868
Prémios de emissão
15
10 255 221
10 255 221
Outras reservas
16
2 409 087
2 409 087
Resultados transitados
16
3 644 196
6 338 120
Resultado retidos no período
16
1 968 734
(2 693 924)
105 240 106
103 271 372
Capital, excluíndo interesses minoritários
Interesses minoritários
Total do capital próprio
-
-
105 240 106
103 271 372
Passivo
Não corrente
Outras contas a pagar
17
4 500 000
3 665 002
Empréstimos
18
17 081 706
18 716 667
21 581 706
22 381 669
Total do passivo não corrente
Corrente
Outras contas a pagar a fornecedores e outros credores
17
31 602 537
28 286 640
Empréstimos
18
9 575 881
8 863 807
Acréscimos e diferimentos passivos
19
3 124 292
3 248 952
44 302 710
40 399 399
Total do passivo corrente
Total do passivo
Total do capital próprio e do passivo
RELATÓRIO E CONTAS 2014
65 884 416
62 781 068
171 124 520
166 052 440
115
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
2. Demonstração Individual dos Resultados
(valores em euros)
31 / 12 / 2014
31 / 12 / 2013
Vendas
20
838 155
677 251
Prestação serviços
20
11 846 891
10 732 577
12 685 046
11 409 828
Total das Vendas e Prestação de serviços
Custo das Vendas
21
(588 849)
(570 124)
Sucontratos
22
(2 574 140)
(2 369 712)
9 522 057
8 469 992
Fornecimentos e serviços externos
23
(2 680 422)
(1 946 249)
Custos com pessoal
24
(9 735 411)
(9 458 344)
Outros ganhos e perdas líquidas
25
3 323 142
2 871 146
429 366
(63 455)
(69 525)
Margem bruta
Resultado operacional bruto
Depreciações e amortizações
26
(88 204)
Imparidades
27
167 322
(19 984)
508 484
(152 964)
Resultado operacional
Resultados Financeiros
28
Resultado antes impostos
Imposto sobre lucros
29
Resultado líquido do período
1 174 410
(1 669 093)
1 682 894
(1 822 057)
285 840
(871 867)
1 968 734
(2 693 924)
Resultado por ação (eur)
Resultados básicos
30
0,023
(0,031)
Resultados diluídos
30
0,023
(0,031)
3. Demonstração Individual do Rendimento Integral
31 / 12 / 2013
31 / 12 / 2014
1 968 734
Resultado Líquido do Período
(2 693 924)
-
-
Rendimento integral do periodo
1 968 734
(2 693 924)
Atribuível aos accionistas
1 968 734
(2 693 924)
Rendimento reconhecido diretamente no capital próprio
4. Demonstração das Alterações do Capital Próprio
(valores em euros)
Prémios de Emissão
de Ações
Capital Social
Saldo a 1 janeiro de 2013
86 962 868
10 255 221
Reservas Legais
Outras Reservas
1 844 801
Resultados Retidos
564 286
Resultado liquido do ano
Total Capital
Próprio
6 338 120
105 965 296
(2 693 924)
(2 693 924)
-
Transferência de fusão
Saldo em 31 de dezembro de 2013
86 962 868
10 255 221
1 844 801
564 286
3 644 196
103 271 372
Saldo a 1 janeiro de 2014
86 962 868
10 255 221
1 844 801
564 286
3 644 196
103 271 372
Resultado liquido do ano
-
-
-
-
1 968 733
1 968 733
Saldo a 31 dezembro de 2014
86 962 868
10 255 221
1 844 801
564 286
5 612 929
105 240 105
RELATÓRIO E CONTAS 2014
116
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
5. Demonstração dos Fluxos de Caixa
(valores em euros)
31 / 12 / 2014
Atividades Operacionais
31 / 12 / 2013
Recebimentos de clientes
12 081 315
15 042 275
Pagamentos a fornecedores
(5 536 939)
(4 497 013)
Pagamentos ao pessoal
Fluxo gerado pelas operações
(9 126 890)
(8 424 110)
(2 582 514)
2 121 153
(669 694)
(356 728)
Pagamentos/recebimentos imposto s/ rendimento
Outros pag./recebimentos relat ativ. Operacionais
Fluxos de atividades operacionais [1]
(2 192 389)
221 633
(2 862 084)
(135 095)
(5 444 598)
1 986 058
Atividades de Investimento
Pagamentos provenientes de:
Investimentos financeiros
(37 000)
(115 500)
SubTotal- Pagamentos
(37 000)
(115 500)
(37 000)
(115 500)
Empréstimos obtidos
23 779 760
30 799 000
Empresas do Grupo
28 303 000
310 000
SubTotal- recebimentos
52 082 760
31 109 000
Empréstimos obtidos
(25 884 201)
(29 513 205)
Empresas do grupo
(21 015 500)
-
Juros e custos similares
(1 612 323)
(1 631 001)
(48 512 024)
(31 144 206)
3 570 736
(35 206)
(1 910 862)
1 835 352
Fluxos de atividades investimento [2]
Atividades de Financiamento
Recebimentos provenientes de:
Pagamentos provenientes de:
SubTotal- pagamentos
Fluxos de atividades financiamento [3]
Variação de caixa e seus equivalentes [4]=[1]+[2]+[3]
Efeito das diferenças de câmbio
Caixa e seus equivalentes no início do período
Caixa e seus equivalentes no fim do período
13
-
-
1 953 901
118 549
43 039
1 953 901
RELATÓRIO E CONTAS 2014
117
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Notas às Demonstrações Financeiras Individuais
Ano de 2014 (valores em euros)
1. Informação Geral
A Glintt - Global Intelligent Technologies, S.A. (doravante Glintt GIT), foi constituída em dezembro de 1995 com
o objetivo de definir, rever, e controlar a missão e as linhas de orientação estratégica do Grupo, o qual atua no
mercado das Tecnologias de Informação, nomeadamente na área da Consultoria e Outsourcing.
A empresa tem a sua sede na Quinta da Beloura – Beloura Office Park, Edifício 10, em Sintra, registada na Conservatória do Registo Comercial de Sintra, com o nº único de contribuinte 503 541 320.
A sociedade encontra-se cotada na NYSE Euronext Lisbon, desde Junho de 1999, e está presente em três continentes, onde Portugal, Espanha, Polónia, Angola e Brasil se têm assumido como as principais geografias para
desenvolvimentos das suas operações.
2. Sumário das políticas contabilísticas mais significativas
2.1. Bases de preparação
Estas demonstrações financeiras referem-se à empresa em termos individuais e foram preparadas nos
termos legais para aprovação em Assembleia Geral de Acionistas, tendo os investimentos financeiros sido
registados ao valor de aquisição, tal como explicado na Nota 2.2. A empresa irá preparar e apresentar em
separado as demonstrações financeiras consolidadas nas quais vão ser incluídas as demonstrações financeiras das empresas em que participa maioritariamente ou detém o controlo de gestão.
Os principais critérios contabilísticos aplicados na elaboração destas demonstrações financeiras estão
descritos abaixo. Estas políticas contabilísticas foram consistentemente aplicadas aos períodos aqui apresentados, salvo indicação contrária.
Em 2009, a Glintt GIT passou a elaborar as suas demonstrações financeiras individuais em conformidade
com IAS/IFRS, tal como adotadas pela União Europeia.
As demonstrações financeiras individuais da Glintt GIT foram preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade e de Relato Financeiro (IAS/IFRS) adotadas pela União Europeia,
emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e com as Interpretações do International
Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC) ou pela anterior Standing Interpretations Committee (SIC) emitidas e vigentes à data da preparação das demonstrações financeiras.
A preparação das demonstrações financeiras requer o uso de estimativas e pressupostos que afetam as
quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de proveitos e custos durante o período de relato. Apesar de estas estimativas serem baseadas no melhor conhecimento da gestão
em relação aos eventos e ações correntes, os resultados finais podem, em última instância, diferir destas
estimativas.
2.2. Investimentos financeiros
Os investimentos nas empresas subsidiárias, nas quais se detém o controlo, em empresas associadas, as
quais existe influência significativa e os outros investimentos são registados pelo valor do custo, reduzido
das perdas de imparidade acumuladas.
As participações financeiras em empresas encontram-se detalhadas na Nota 8.
Os dividendos recebidos das empresas subsidiárias são registados como ganhos financeiros.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
118
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
2.3. Conversão cambial
As transações em moedas diferentes do euro são convertidas em moeda funcional utilizando as taxas de
câmbio à data das transações. Os ganhos ou perdas cambiais resultantes da liquidação das transações e
da conversão, pela taxa à data do balanço, dos ativos e dos passivos monetários denominados em moeda
diferente do euro, são reconhecidos na demonstração dos resultados, exceto quando diferido em capital
próprio, se se qualificarem como coberturas de fluxos de caixa.
2.4. Ativos fixos tangíveis
Os ativos fixos tangíveis são compostos por equipamento administrativo e básico. Os ativos fixos tangíveis
são relevados ao custo de aquisição, líquido das depreciações acumuladas. Considera-se como custo de
aquisição, os custos diretamente atribuíveis à aquisição dos ativos (soma do respetivo preço de compra
com os gastos suportados direta ou indiretamente para o colocar no seu estado atual).
Os custos subsequentes são incluídos no valor contabilístico do ativo ou são reconhecidos como um ativo
separadamente, apenas quando seja provável a existência de benefícios económicos futuros associados
ao bem e quando o custo puder ser fiavelmente mensurado. Todas as outras despesas de manutenção,
conservação e reparação são registadas na demonstração dos resultados durante o período financeiro
em que são incorridas.
As depreciações são calculadas pelo método das quotas constantes, durante as suas vidas úteis estimadas
como se segue:
N.º de anos
• Equipamento administrativo
• Equipamento básico
3 a 10
3
O valor residual de um ativo e a sua vida útil são revistos e ajustados, caso necessário, na data de cada
balanço.
Quando a quantia registada de um ativo é superior ao seu valor recuperável, esta é ajustada imediatamente
para o seu valor recuperável.
Os ganhos e as perdas nas alienações são determinados pela comparação do valor da venda com o
montante líquido registado e são incluídos no resultado do período.
2.5. Goodwill
O goodwill representa o excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos ativos e passivos identificáveis
da subsidiária/associada na data de aquisição.
O goodwill é apurado na data de aquisição numa base provisória e os justos valores dos ativos e passivos
adquiridos e do custo de aquisição podem ser alterados até ao fim do exercício seguinte à data da aquisição.
O goodwill é sujeito a testes de imparidade, numa base anual e é relevado ao custo, deduzido de perdas
de imparidade acumuladas. Ganhos ou perdas decorrentes da venda de uma entidade incluem o valor do
goodwill referente à mesma.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
119
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
2.6. Imparidade de ativos
Os ativos que não têm uma vida útil definida não estão sujeitos a amortização mas, são objeto de testes
de imparidade anuais. Os ativos que são sujeitos a amortização são revistos quanto à imparidade sempre
que os eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor pelo qual se encontram relevados
possa não ser recuperável. Uma perda por imparidade é reconhecida pelo montante do excesso da quantia
relevada do ativo face ao seu valor recuperável. A quantia recuperável é a mais alta de entre justo valor
do ativo, menos os custos de realização, e o seu valor de uso. Para realização de testes de imparidade, os
ativos são agrupados pelo menor grupo identificável de ativos que geram influxos de caixa derivados do
uso continuado e que sejam, em larga medida, independentes dos influxos de caixa de outros ativos ou
grupo de ativos (unidades geradoras de fluxos de caixa).
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se concluir
que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram (com exceção das perdas de
imparidade do goodwill). Esta análise é efetuada sempre que existem indícios que a perda por imparidade
anteriormente reconhecida tenha revertido.
A reversão de perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como outros ganhos e
perdas operacionais. Contudo, a reversão de perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que
estaria reconhecida (liquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse
registado em períodos anteriores.
2.7. Contas a receber de clientes e outros devedores
As contas a receber de clientes e outros devedores são reconhecidas inicialmente ao justo valor, sendo
subsequentemente mensuradas ao custo amortizado, utilizando o método da taxa efetiva, deduzido das
perdas para imparidade (se aplicável). As perdas por imparidade das contas a receber são estabelecidas
quando há evidência objetiva de que a entidade não receberá a totalidade dos montantes em dívida
conforme as condições originais das contas a receber. O valor da perda por imparidade é a diferença entre
o valor apresentado e o valor presente estimado dos fluxos de caixa futuros, descontado à taxa de juro
efetiva. O valor da perda por imparidade é reconhecido na demonstração dos resultados.
2.8. Caixa e equivalentes de caixa
A caixa e equivalentes de caixa incluem caixa, depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo, de
liquidez elevada e com maturidade inicial até 3 meses e descobertos bancários.
Os descobertos bancários são apresentados no balanço, no passivo corrente, na rubrica “Empréstimos”.
2.9. Capital social
As ações ordinárias são classificadas no capital próprio.
Os custos diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou opções são apresentados como uma
dedução, líquida de impostos, ao valor recebido resultante desta emissão.
Quando a empresa adquire ações próprias, o montante pago é deduzido ao total dos capitais próprios
atribuível aos acionistas, e apresentado como ações próprias, até à data em que estas são canceladas,
reemitidas ou vendidas. Quando tais ações são subsequentemente vendidas ou reemitidas, o montante
recebido é novamente incluído nos capitais próprios atribuíveis aos acionistas.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
120
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
2.10. Empréstimos
Os empréstimos obtidos são inicialmente reconhecidos ao justo valor, líquido de custos de transação
incorridos. Os empréstimos são subsequentemente apresentados ao custo amortizado; qualquer
diferença entre os recebimentos (líquidos de custos de transação) e o valor amortizado é reconhecida na
demonstração dos resultados ao longo do período do empréstimo, utilizando o método da taxa efetiva.
Os empréstimos obtidos são classificados no passivo corrente, exceto se possuir um direito incondicional
de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, doze meses após a data do balanço, sendo neste caso
classificado no passivo não corrente.
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos são reconhecidos como gastos financeiros, de
acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
2.11. Impostos sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento inclui o imposto corrente. Este é determinado com base nos resultados
líquidos, ajustados em conformidade com a legislação fiscal vigente à data do balanço, considerando para
os períodos intercalares a taxa anual efetiva de imposto estimado.
2.12. Provisões
São constituídas provisões no balanço sempre que: i) a entidade tenha uma obrigação presente, legal ou
construtiva, resultante de um acontecimento passado; ii) seja provável que um exfluxo, razoavelmente
estimável, de recursos incorporando benefícios económicos será exigida para liquidar esta obrigação e; iii)
que o seu valor seja fiavelmente estimável. As provisões são revistas à data do balanço e ajustadas para
refletir a melhor estimativa corrente. Se deixar de ser provável que um exfluxo de recursos que incorporem
benefícios económicos, seja necessário para liquidar a obrigação, a provisão é revertida.
Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras.
2.13. Reconhecimento do rédito
O rédito compreende o justo valor dos serviços prestados, líquido de impostos e descontos.
2.14. Férias, Subsidio de férias
De acordo com a legislação vigente, os trabalhadores têm, anualmente, direito a 22 dias úteis de férias,
bem como a um mês de subsídio de férias, direito esse adquirido no ano anterior ao do seu pagamento.
Assim, estas responsabilidades são registadas no período em que os trabalhadores adquirem o
respetivo direito, por contrapartida da demonstração de resultados, independentemente da data do
seu pagamento, e o saldo por liquidar à data de balanço está relevado na rubrica de Valores a pagar
correntes.
2.15. Ativos e Passivos contingentes
“Os passivos contingentes em que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios
económicos futuros seja apenas possível, não são reconhecidos nas demonstrações financeiras,
sendo divulgados nas notas, a menos que a possibilidade de se concretizar a saída de fundos afetando
benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objeto de divulgação.”
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras individuais mas são
divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
121
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
2.16. Eventos Subsequentes
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que
existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras.
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a
data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se materiais.
2.17. Novas normas contabilísticas e seu impacto nas demonstrações financeiras
Em 2014, passaram a ser de aplicação obrigatória novas normas e interpretações ou suas alterações,
as quais não tiveram impacto significativo nos montantes reportados e divulgações efetuadas nestas
demonstrações financeiras:
2.17.1. Novas normas e interpretações emitidas pelo IASB e já endossadas
pela União Europeia, com data de entrada em vigor a partir de 1 de Janeiro
de 2014:
• Adoção da IFRS 10 Demonstrações financeiras consolidadas (Regulamento n.º 1254/2012, de
11 de dezembro)
O objetivo de fornecer um modelo de consolidação único, que identifique a relação de controlo
como base para a consolidação de todos os tipos de entidades. A IFRS 10 substitui a IAS 27
Demonstrações financeiras consolidadas e separadas e a SIC 12 Consolidação - Entidades com
finalidade especial. Um investidor controla uma investida se e apenas se tiver, cumulativamente:
(a) poder sobre a investida; (b) exposição ou direitos a resultados variáveis por via do seu
relacionamento com a investida; e (c) a capacidade de usar o seu poder sobre a investida
para afetar o valor dos resultados para os investidores. As mudanças introduzidas pela IFRS
10 requerem que a Gestão faça um julgamento significativo de forma a determinar que entidades são controladas e consequentemente ser incluídas nas Demonstrações financeiras
consolidadas da empresa-mãe.
• Adoção da IFRS 11 Acordos conjuntos (Regulamento n.º 1254/2012, de 11 de dezembro)
Estabelece princípios para o relato financeiro pelas partes em acordos conjuntos e substitui
a IAS 31 Interesses em empreendimentos conjuntos e a SIC 13 Entidades conjuntamente
controladas – Contribuições não monetárias por empreendedores.
• Adoção da IFRS 12 Divulgação de interesses noutras entidades (Regulamento n.º 1254/2012,
de 11 de dezembro)
Combina, reforça e substitui os requisitos de divulgação para as filiais, acordos conjuntos,
associadas e entidades estruturadas não consolidadas. Em consequência destas novas IFRS,
foi também emitida uma versão alterada da IAS 27 e da IAS 28. A IFRS 12 Divulgação de
participações em outras entidades estabelece o nível mínimo de divulgações relativamente a
empresas subsidiárias, empreendimentos conjuntos, empresas associadas e outras entidades
não consolidadas. Esta norma inclui, por isso, todas as divulgações que eram obrigatórias na
IAS 27 Demonstrações financeiras consolidadas e separadas referentes às contas consolidadas,
bem como as divulgações obrigatórias incluídas na IAS 31 Interesses em empreendimentos
conjuntos e na IAS 28 Investimentos em associadas, para além de novas informações
adicionais. O objetivo desta Norma é exigir que uma entidade divulgue informação nas suas
demonstrações financeiras que permita que os utentes avaliem: (a) a natureza e os riscos
associados aos seus interesses noutras entidades; e (b) os efeitos desses interesses na sua
posição financeira, desempenho financeiro e fluxos de caixa. Para isso, uma entidade deve
divulgar: (a) os julgamentos e pressupostos significativos nos quais se baseou para determinar
a natureza do seu interesse noutra entidade ou acordo e para determinar o tipo de acordo
RELATÓRIO E CONTAS 2014
122
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
conjunto no qual tem um interesse; e (b) informação sobre os seus interesses em subsidiárias,
acordos conjuntos e associadas; e entidades estruturadas que não sejam controladas pela
entidade. Para efeitos desta Norma, um interesse noutra entidade refere-se ao envolvimento
contratual e não-contratual que expõe uma entidade a uma variabilidade do retorno em função
do desempenho da outra entidade. Um interesse noutra entidade pode ser evidenciado,
entre outros, pela propriedade de ações ou de instrumentos de dívida, bem como por outras
formas de envolvimento como o fornecimento de financiamento, de assistência à liquidez,
de aumentos de crédito e de garantias. Isso inclui os meios pelos quais uma entidade tem
controlo, controlo conjunto ou influência significativa sobre outra entidade. Uma entidade não
tem necessariamente um interesse noutra entidade apenas por via de uma normal relação de
cliente-fornecedor.
• Emendas à IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas, à IFRS 11 Acordos Conjuntos e à
IFRS 12 Divulgação de Interesses Noutras Entidades (Regulamento n.º 313/2013, de 4 de abril)
O objetivo das emendas consiste em clarificar a intenção do IASB quando emitiu pela primeira
vez as orientações de transição relativas à IFRS 10. As emendas proporcionam também
uma flexibilidade de transição suplementar relativamente à IFRS 10, à IFRS 11 e à IFRS 12,
limitando o requisito de prestação de informações comparativas ajustadas apenas ao período
comparativo precedente. Além disso, para as divulgações relativas a entidades estruturadas
não consolidadas, as emendas suprimem a obrigação de apresentar informações comparativas
para os períodos anteriores à aplicação pela primeira vez da IFRS 12.
• Emenda IAS 39 Instrumentos financeiros derivados
A emenda cobre as novações: que resultem da aplicação ou da alteração de leis ou
regulamentos nas quais as partes do instrumento de cobertura concordam que uma ou mais
contrapartes da compensação substituam as contrapartes originais de forma a tornarem-se
as novas contrapartes de cada uma das partes; que não resultem em outras alterações aos
termos do contrato original do derivado para além das alterações diretamente atribuíveis à
alteração da contraparte para assegurar a compensação. Todas as condições acima referidas
devem ser cumpridas para se continuar a contabilidade de cobertura de acordo com esta
exceção. A emenda cobre novações efetuadas para contrapartes centrais, bem como para
intermediários como sejam membros de câmaras de compensação, ou clientes dos últimos
que sejam eles próprios intermediários. Para as novações que não cumpram os critérios da
exceção, as entidades devem avaliar as alterações ao instrumento de cobertura à luz das regras
de desreconhecimento de instrumentos financeiros e das condições gerais para continuar a
aplicação da contabilidade de cobertura.
• Emenda à IAS 32 Instrumentos financeiros derivados (divulgações)
Clarifica o significado de “direito legal correntemente executável de compensar” e a aplicação
da IAS 32 aos critérios de compensação de sistemas de compensação (tais como sistemas
centralizados de liquidação e compensação) os quais aplicam mecanismos de liquidação brutos
que não são simultâneos. O parágrafo 42 a) da IAS 32 requer que “um ativo financeiro e um
passivo financeiro devem ser compensados e a quantia líquida apresentada no balanço quando,
e apenas quando, uma entidade tiver atualmente um direito de cumprimento obrigatório para
compensar as quantias reconhecidas”. Esta emenda clarifica que os direitos de compensar não
só têm de ser legalmente correntemente executáveis no decurso da atividade normal mas
também têm de ser executáveis no caso de um evento de incumprimento e no caso de falência
ou insolvência de todas as contrapartes do contrato, incluindo da entidade que reporta. A
emenda também clarifica que os direitos de compensação não devem estar contingentes de
eventos futuros. O critério definido na IAS 32 para a compensação de instrumentos financeiros
requer que a entidade de reporte pretenda, ou liquidar numa base líquida, ou realizar o ativo
e liquidar simultaneamente o passivo. A emenda clarifica que só os mecanismos de liquidação
pelo valor bruto que eliminam ou resultam em riscos de crédito e liquidez insignificantes em
que o processo de contas a receber e a pagar é um único processo de liquidação ou ciclo podem
ser, de facto, equivalentes a uma liquidação pelo valor líquido, cumprindo com efeito o critério
de liquidação líquido previsto na norma.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
123
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
• Alterações
à IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas, IFRS 12 Divulgação de
Interesses Noutras Entidades e IAS 27 Demonstrações Financeiras Separadas (Regulamento
n.º 1174/2013, de 20 de novembro)
A IFRS 10 é emendada a fim de refletir melhor o modelo de negócio das entidades de
investimento. Exige que essas entidades mensurem as suas filiais pelo justo valor através dos
resultados, em vez de procederem à respetiva consolidação. A IFRS 12 é emendada a fim de
exigir uma divulgação específica sobre essas filiais das entidades de investimento. As emendas
à IAS 27 eliminaram ainda a opção que era dada às entidades de investimento no sentido de
mensurarem os seus investimentos em determinadas filiais pelo custo ou pelo justo valor nas
suas demonstrações financeiras separadas. As emendas à IFRS 10, à IFRS 12 e à IAS 27 implicam,
por conseguinte, emendas à IFRS 1, IFRS 3, IFRS 7, IAS 7, IAS 12, IAS 24, IAS 32, IAS 34 e IAS 39,
a fim de assegurar a coerência entre as normas internacionais de contabilidade.
• Alterações à IAS 36 Imparidade de ativos (Regulamento n.º 1374/2013, de 19 de dezembro)
As principais alterações envolvem: (i) a remoção do requisito de divulgação da quantia
recuperável das unidades geradoras de caixa relativamente às quais não foi reconhecida qualquer
imparidade; (ii) introdução do requisito de divulgar informação acerca dos pressupostos-chave,
técnicas de avaliação e nível aplicável da hierarquia de justo valor para qualquer ativo individual
(incluindo o goodwill) ou para qualquer unidade geradora de caixa relativamente aos quais foi
reconhecidas ou revertidas perdas de imparidade durante o período, e para as quais o valor
recuperável consiste no justo valor menos custos de vender; (iii) introdução do requisito de
divulgação das taxas de desconto que foram usadas no período corrente e em mensurações
anteriores das quantias recuperáveis dos ativos em imparidade que tenham sido baseadas
no justo valor menos custos de vender usando a técnica do valor presente; (iv) remoção do
termo “material”, por se ter considerado desnecessária a referência explícita quando a norma
faz referência aos requisitos de divulgações para os ativos (incluindo goodwill) ou unidades
geradoras de caixa, para os quais uma perda ou reversão “material” de imparidade tenha sido
incorrida durante o período.
• Alterações à IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração - Novação de
Derivados e Continuação da Contabilidade de Cobertura (Regulamento n.º 1375/2013, de 19 de
dezembro)
O objetivo das alterações é o de resolver as situações em que um derivado designado como
instrumento de cobertura é objeto de novação entre uma contraparte e uma contraparte
central por razões legais ou regulamentares. A solução prevista permitirá a continuação da
contabilidade de cobertura independentemente da novação, o que não seria permitido na
ausência destas emendas.
• Alterações à IAS 27 Demonstrações financeiras consolidadas e separadas (Revista em 2011)
Com a introdução da IFRS 10 e IFRS 12, a IAS 27 limita-se a estabelecer o tratamento contabilístico
relativamente a subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas nas contas separadas.
• Alterações à IAS 28 Investimentos em associadas e joint ventures
Com as alterações à IFRS 11 e IFRS 12, a IAS 28 foi renomeada e passa a descrever a aplicação
do método de equivalência patrimonial também às joint ventures à semelhança do que já
acontecia com as associadas.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
124
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Novas normas, interpretações e alterações, com data de entrada em vigor em exercícios com início em
ou após 1 de Janeiro de 2015
• Adoção da IFRIC 21 Taxas (Regulamento n.º 634/2014, de 13 de junho)
Esta interpretação diz respeito à contabilização de um passivo correspondente ao pagamento
de uma taxa caso esse passivo seja abrangido pela IAS 37. Diz igualmente respeito à
contabilização de um passivo pelo pagamento de uma taxa cujo calendário e montante
são conhecidos. Contudo, esta interpretação não diz respeito à contabilização dos custos
decorrentes do reconhecimento de um passivo correspondente ao pagamento de uma taxa.
As entidades deverão aplicar outras normas para determinar se o reconhecimento de um
passivo correspondente ao pagamento de uma taxa dá origem a um ativo ou a uma despesa,
não estando igualmente abrangidas: a) saídas de recursos abrangidas pelo âmbito de aplicação
de outras normas (como por exemplo os impostos sobre o rendimento, que são do âmbito da
IAS 12 Impostos sobre o rendimento); e b) coimas ou outras sanções aplicadas por infração
da legislação. A interpretação esclarece que uma entidade reconhece um passivo para uma
taxa quando a atividade que desencadeia pagamento ocorre, tal conforme identificada pela
legislação pertinente. Para uma taxa que é desencadeada ao atingir um limiar mínimo, esta
interpretação clarifica que nenhuma responsabilidade deve ser antecipada antes do limite
mínimo especificado ser atingido. Uma entidade deve aplicar, no relatório financeiro intercalar,
os mesmos princípios de reconhecimento de taxas que aplica nas demonstrações financeiras
anuais, sendo requerida aplicação retrospetiva.
• IAS 19 R
– Benefícios de Empregados (Emenda): Contribuições de empregados
Esta emenda aplica-se a contribuições de empregados ou terceiros para planos de benefícios
definidos. Simplifica a contabilização das contribuições que sejam independentes do número
de anos de prestação de serviço do empregado, como por exemplo, contribuições efetuadas
pelo empregado que sejam calculadas com base numa percentagem fixa do salário, que sejam
uma quantia fixa ao longo de todo o período de serviço ou uma quantia que dependa da idade
do empregado. Tais contribuições passam a poder ser reconhecidas como uma redução dos
custo do serviço no período em que o serviço é prestado.
Melhorias anuais relativas ao ciclo 2010-2012:
• IFRS 2 Pagamentos com base em Ações
Atualiza definições, clarifica o que se entende por condições de aquisição e clarifica ainda
situações relacionadas com preocupações que haviam sido levantadas sobre condições de
serviço, condições de mercado e condições de performance.
• IFRS 3 Combinações de Negócios
Introduz alterações no reconhecimento das alterações de justo valor dos pagamentos
contingentes que não sejam instrumentos de capital. Tais alterações passam a ser reconhecidas
exclusivamente em resultados do exercício.
• IFRS 8 Segmentos Operacionais
Requer divulgações adicionais (descrição e indicadores económicos) que determinaram a
agregação do segmentos. A divulgação da reconciliação do total dos ativos dos segmentos
reportáveis com o total de ativos da entidade só é exigida se for também reportada ao gestor
responsável, nos mesmos termos da divulgação exigida para os passivos do segmento.
• IFRS 13 Mensuração ao Justo valor
Clarifica que as contas a receber e as contas a pagar sem juro declarado podem ser mensuradas
ao valor nominal quando o efeito do desconto é imaterial. Assim, a razão pela qual foram
eliminados parágrafos da IAS 9 e IAS 39 nada teve a ver com alterações de mensuração mas sim
com o facto de a situação em concreto ser imaterial e, por esse facto, não ser obrigatório o seu
tratamento conforme já previsto na IAS 8.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
125
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
• IAS 16 Ativos fixos tangíveis e IAS 38 Ativos intangíveis
No caso de revalorização a norma passa a prever a possibilidade de entidade poder optar entre
proceder ao ajustamento do valor bruto com base em dados observáveis no mercado ou que
possa alocar a variação, de forma proporcional, à alteração ocorrida no valor contabilístico
sendo, em qualquer dos casos, obrigatória a eliminação das amortizações acumuladas por
contrapartida do valor bruto do ativo. Estas alterações só se aplicam a revalorização efetuada
no ano em que a alteração for aplicada pela primeira vez e ao período imediatamente anterior.
Pode fazer a reexpressão para todos os períodos anteriores mas não é obrigada a fazê-lo.
Contudo, se não fizer, deverá divulgar o critério usado nesses períodos.
• IAS 24 Divulgações de Partes Relacionadas
Clarifica que uma entidade de gestora – uma entidade que presta serviços de gestão – é
uma parte relacionada sujeita aos requisitos de divulgação associados. Adicionalmente, uma
entidade que utilize os serviços de uma entidade de gestão é obrigada a divulgar os gastos
incorridos com tais serviços.
Melhorias anuais relativas ao ciclo 2011-2013:
• IFRS 1 Adoção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato financeiro
Clarifica o que se entende por normas em vigor.
• IFRS 3 Combinações de Negócios
Atualiza a exceção de aplicação da norma a “Acordos Conjuntos” clarificando que a única
exclusão se refere à contabilização da criação de um acordo conjunto nas demonstrações
financeiras do próprio acordo conjunto.
• IFRS 13 Mensuração ao Justo valor
Atualiza o parágrafo 52 no sentido de a exceção ao porfolio passar a incluir também outros
contratos que estejam no âmbito ou sejam contabilizados de acordo com a IAS 39 ou a IFRS 9,
independentemente de satisfazerem as definições de ativos financeiros ou passivos financeiros
nos termos na IAS 32.
• IAS 40 Propriedades de Investimento
Clarifica que é à luz da IFRS 3 que se deve determinar se uma dada transação é uma combinação
de negócios ou compra de ativos e não a descrição existente na IAS 40 que permite distinguir
a classificação de uma propriedade como sendo de investimento ou como sendo propriedade
ocupada pelo dono.
Novas normas, interpretações e alterações, ainda não endossadas pela União Europeia, com data de
entrada em vigor em exercícios com início em ou após 1 de janeiro de 2015:
• IFRS 9 Instrumentos financeiros (emitida em 24 de julho de 2014)
• IFRS 10 e IAS 28
Venda ou entrega de ativos por um investidor à sua associada ou empreendimento conjunto
(Emendas emitidas em 11 de setembro de 2014)
• IFRS 10, IFRS 12 e à IAS 28:
Entidades de investimento: Aplicação da exceção de consolidação (Emendas emitidas em 18 de
dezembro de 2014)
• IFRS 11:
Contabilização da aquisição de participações em operações conjuntas (Emendas emitidas em
de 6 de maio de 2014)
RELATÓRIO E CONTAS 2014
126
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
• IAS 27:
Método da equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras separadas (Emenda
emitida em 12 de agosto 2014).
• IFRS 14 Contas de diferimento relacionadas com atividades reguladas (emitida em 30 de
janeiro de 2014)
• IFRS 15 Rédito de contratos com clientes (emitida em 28 de maio de 2014)
• IAS 1:
Clarificação sobre divulgações no relato financeiro (Emendas emitidas em 18 de dezembro de
2014).
• IAS 16 e à IAS 41:
Plantas que geram produto agrícola (Emendas emitidas em 30 de junho de 2014)
• IAS 16 e à IAS 38:
Clarificação sobre os métodos de cálculo de depreciação e amortização permitidos (Emendas
emitidas em 12 de maio de 2014)
3. Gestão do risco financeiro
As atividades da empresa estão expostas a uma variedade de fatores de risco financeiro: risco de crédito, risco
de liquidez e risco de fluxos de caixa associados à taxa de juro.
3.1. Risco de Crédito
As principais fontes de risco de crédito são: caixa e equivalentes de caixa e exposição de crédito a clientes.
A nível de bancos e instituições financeiras, a empresa seleciona as contra partes com quem faz negócio
atendendo à credibilidade das entidades.
Em 31 de dezembro de 2014, os saldos a receber de clientes representavam a seguinte estrutura de
antiguidade:
Total saldo clientes
Saldo sem
imparidade
Saldo em
imparidade
Valor da imparidade
Saldo Líquido
clientes
Valores Não Vencidos
1 632 419
1 632 419
-
-
1 632 419
de 1 a 180 dias
1 016 406
1 016 406
-
-
1 016 406
de 181 a 360 dias
67 297
66 443
854
694
66 603
de 361 a 720 dias
21 547
15 064
6 483
5 271
16 276
a mais de 721 dias
263 063
13 988
249 075
205 697
57 366
3 000 732
2 744 320
256 413
211 663
2 789 069
Os valores evidenciados no quadro anterior correspondem aos valores em aberto face às respetivas datas
de vencimento.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
127
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
3.2. Risco de Liquidez
A gestão do risco de liquidez implica a manutenção da caixa e depósitos bancários a um nível suficiente,
a viabilidade da consolidação da dívida flutuante através de um montante adequado de facilidades de
crédito e a capacidade de liquidar posições de mercado. Relacionado com a dinâmica dos negócios
subjacentes, a tesouraria da empresa pretende manter a flexibilidade da dívida flutuante, mantendo as
linhas de crédito disponíveis.
A liquidez dos passivos financeiros remunerados originará os seguintes fluxos monetários:
De 1 a 5 anos
Até 1 ano
2 146 547
Dívidas a Iinstituições de crédito
ALD
17 081 706
288 451
345 361
2 434 998
17 427 067
3.3. Risco de fluxos de caixa e de justo valor associados à taxa de juro
A exposição da empresa ao risco da taxa de juro, advém de aplicações em instituições financeiras e
empréstimos obtidos. As aplicações em instituições financeiras assumem a natureza de curto prazo, pelo
que os riscos de fluxos de caixa decorrentes de alterações na taxa de juro não assumem um carácter
relevante.
Os empréstimos obtidos estão, de forma direta ou indireta, indexados a uma taxa de juro de referência,
facto que expõe a entidade a riscos de cash-flow.
A exposição ao risco é analisada de forma dinâmica, realizando-se testes de sensibilidade a variações
da taxa de juro, fundamentalmente à euribor, sendo que alterações na taxa de juro do mercado afetam
ganhos ou perdas de instrumentos financeiros.
Baseadas nas simulações efetuadas a 31 de dezembro de 2014, uma subida ou descida de 50 pontos base
nas taxas de juro teria um impacto negativo ou positivo nos resultados antes de impostos, mantendo tudo
o resto constante, de cerca de 165 mil euros.
4. Estimativas contabilísticas e pressupostos críticos
A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente
aceites requer o uso de estimativas e pressupostos que afetam as quantias reportadas de ativos e passivos,
assim como as quantias reportadas de proveitos e custos durante o período de relato. Apesar destas estimativas
serem baseadas no melhor conhecimento da gestão em relação aos eventos e ações correntes, os resultados
finais podem, em última instância, diferir destas estimativas.
5. Activos fixos tangíveis
31 / 12 /2014
Custo
Equipamento Básico
Equipamento Administrativo
Amortizações
Acumuladas
31 / 12 /2013
Valor Líquido
Amortizações
Acumuladas
Custo
Valor Líquido
10 780
(299)
10 481
-
-
-
609 505
(361 252)
248 253
501 733
(297 628)
204 105
620 285
(361 551)
258 734
501 733
(297 628)
204 105
A rubrica de equipamento administrativo inclui 105.245 euros relativos a investimentos em curso.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
128
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Saldo em 01-01-14
Custo
Saldo em 31-12-2014
-
10 780
-
10 780
501 733
109 164
(1 392)
609 505
501 733
119 944
(1 392)
620 285
Equipamento Básico
Equipamento Administrativo
Abates /
Alienações
Aquisições /
Dotações
Amortizações acumuladas
-
299
-
299
297 628
64 252
(628)
361 252
297 628
64 551
(628)
361 551
Equipamento Básico
Equipamento Administrativo
6. Goodwill
O valor de Goodwill existente à data de 31 de dezembro de 2014 ascende a 7.782.727 euros líquidos e diz
respeito a:
Empresas
Valor
Bytecode
6 310 267
EHC
1 472 460
7 782 727
7. Ativos Intangíveis
31 / 12 /2014
Custo
Intang. desenv. Internam.
31 / 12 /2013
Amortizações
Acumuladas
Amortizações
Acumuladas
Custo
Valor Líquido
Valor Líquido
1 611 592
(83 493)
1 528 099
968 806
(59 840)
908 966
1 611 592
(83 493)
1 528 099
968 806
(59 840)
908 966
Ativos Intangíveis
Saldo em 01-01-14
Abates /
Alienações
Aquisições/
Dotações
Saldo em 31-12-2014
Custo
Outros ativos intangíveis
968 806
884 745
(241 958)
1 611 592
968 806
884 745
(241 958)
1 611 592
59 840
23 653
-
83 493
59 840
23 653
-
83 493
Depreciações acumuladas
Outros ativos intangíveis
Na rubrica de intangíveis desenvolvidos internamente, a 31 de Dezembro de 2014, encontram-se relevados
os projetos relacionados com o desenvolvimento interno de produtos próprios, conforme se descreve abaixo:
31 / 12 /2014
Investimento
Abate / Imparidade
Investimento
Líquido
Am. Acumuladas
V. Líquido
Glintt Content Management
35 000
-
35 000
35 000
-
Finance Glintt
70 000
-
70 000
42 000
28 000
10 624
-
10 624
6 493
4 131
Finance Glintt- Leasing Pack
146 842
-
146 842
-
146 842
GX BPM
645 761
-
645 761
-
645 761
MAC
651 026
-
651 026
-
651 026
Plataforma de faturação
10 087
-
10 087
-
10 087
Plataforma de benificios
37 388
-
37 388
-
37 388
4 864
-
4 864
-
4 864
1 611 592
-
1 611 592
83 493
1 528 099
Glintt Signatures
RH Amadeo
RELATÓRIO E CONTAS 2014
129
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Comparativamente a 31 de Dezembro de 2013, o detalhe dos projetos era o seguinte:
31 / 12 /2013
Investimento
Investimento
Líquido
Abate / Imparidade
Am. Acumuladas
V. Líquido
250 000
100 000
150 000
0
Glintt Content Management
35 000
0
35 000
28 889
6 111
Finance Glintt
70 000
0
70 000
28 000
42 000
Queue Managment (Disp. Senhas)
74 647
0
74 647
0
74 647
Glintt Signatures
10 624
0
10 624
2 951
7 673
FarmaSites
17 311
0
17 311
0
17 311
Software/Plataforma de integração
150 000
96 142
0
96 142
0
96 142
Gx BPM
158 425
0
158 425
0
158 425
MAC
346 570
0
346 570
0
346 570
10 087
0
10 087
0
10 087
Finance Glintt- Leasing Pack
Plataforma de faturação
0
0
100 000
1 068 806
59 840
968 806
908 966
Foram capitalizados no exercício 884.745 euros, relacionados com diversos projetos de Consulting & Solutions,
conforme a seguir se detalham:
Projetos
Investimento 2014
50.700
Finance Glintt - Leasing Pack
Gx BPM
487.336
MAC
304.456
37.388
Plataforma de Benifícios
4.864
RH Amadeo
884.745
Total
•
Finance Glintt - Leasing Pack
Trata-se de uma solução web de gestão comercial do negócio de leasing e renting, com um foco particular
na relação entre a instituição financeira e os clientes finais. Baseado na utilização de uma plataforma
tecnológica inovadora de desenvolvimento e administração de aplicações, a solução de Leasing da Glintt,
diferencia-se por ter uma estrutura altamente escalável e 100% customizável á realidade da instituição
financeira. O FinanceGlintt – Leasing Pack inclui a gestão de Plafonds e informação de contratos, simulações
de renda, demonstração de Cash-Flow e módulos de agenda e esforço de cobrança. Permite uma gestão
eficaz de todos os pedidos de cliente, integrando os processos com eventuais sistemas core existentes.
O investimento reconhecido e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
Investimento
Taxa
Amortização
2015
2016
2017
2018
2019
146.842
25%
100.000
210.000
320.000
330.000
30.000
Leasing Pack
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 4 anos.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
130
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
•
Gx BPM
O Gx BPM é uma solução de BPM completamente diferenciadora que permite o aumento da produtividade,
ligando processos, pessoas e documentos.
Foi concebida com o objetivo de ser utilizada por qualquer entidade, sendo por isso de fácil utilização. Os
processos de negócio podem agora ser concebidos, criados, executados e geridos de forma independente,
pelas mesmas pessoas que possuem e dirigem esses processos. A abordagem Generix liberta recursos de TI
para que se foquem na facilitação de projetos de integração de processos mais complexos.
Tem por base a configuração de processos de complexidade simples a moderada, que estão tipicamente
sustentados em canais informais (telefone, email, fax). Esta solução, constitui um acelerador para a
tecnologia IBM BPM, permitindo autonomia dos business users face ao IT.
O investimento reconhecido e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
Gx BPM
Investimento
Taxa
Amortização
2015
2016
2017
2018
2019
645.761
20%
1.224.000
1.533.000
2.024.000
2,542.000
3.189.000
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 5 anos.
• MAC – Manutenção Assistida por Computador
O MAC2.0 é um projeto de desenvolvimento de Software para gestão inteligente de ativos, o qual está a ser
repensado e concebido totalmente, para ir ao encontro das novas necessidades do negócios.
Apesar de contemplar soluções que respondam aos requisitos funcionais identificados na anterior versão,
bem como outros que foram entretanto identificados pelos principais clientes e utilizados, o projeto
MAC2.0 é um projeto de desenvolvimento que pretende alterar de forma radical o status-quo associado
a um Software tradicional de gestão de ativos, quer incorporando como desenvolvendo novos algoritmos
tecnológicos.
A Versão MAC2.0 será constituída pelos seguintes módulos funcionais:
• Ativos – Gestão de Equipamentos, Localizações, Sistemas, Modos de Falha de Equipamentos, Contadores
Funcionais, Contadores Físicos, Grupos de Contadores, Transferência de Ativos, Contratos de Garantia,
entre outros.
• Materiais – Gestão de Artigos, Ferramentas, Serviços Standard, Inventário, Requisições, Emissões,
Devoluções, Transferências de Armazém, entre outros.
• Recursos – Gestão de Pessoas, Grupos, Mão-de-obra, Profissões, Equipas, Qualificações, Calendários,
Turnos, entre outros.
• Compras – Gestão de Fornecedores, Fabricantes, Pedidos de Compra, Encomendas, Contratos de
Compras, Receção de Material, Conferência de Faturas, Avaliação de Fornecedores, entre outros.
• Trabalho – Gestão de Ordens de Trabalho, Pedidos de Intervenção, Planos de Manutenção Preventiva,
Planos de Inspeções, Rotas, Trabalhos Pré-Preparados, Planos de Lubrificação, Planos de Calibração de
Equipamentos, Contratos de Serviços, SLA, Planos de Segurança, Perigos, Precauções, Lockout/TagOut,
entre outros.
• Sistema – Configurações Gerais da aplicação, parametrizações do sistema, Configuração da Organização
e Sites, Gestão de utilizadores e perfis de utilizadores, Moedas, Taxas de Câmbio, Unidades de Conversão,
Planos de Contas de Contabilidade, entre outros.
• Transversal a Todos os Módulos – Gestão de Imagens, Comentários e Anexos de Entidades, Estatísticas,
Relatórios, Alertas/Notificações e Tarefas de Utilizadores.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
131
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
O investimento reconhecido e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
MAC
Investimento
Taxa
Amortização
651.026
20%
2015
2016
540.000
866.500
2017
2018
2019
1.463.000
1.967.000
2.664.000
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 5 anos.
• Plataforma de Benefícios MAX
A Plataforma MAX é uma plataforma de benefícios desenvolvida pela Glintt em parceria com a NOS, a
qual tem como objetivo ser comercializada junto de empresas com universo alargado de colaboradores,
permitindo oferecer aos mesmos um conjunto de bens e serviços, objeto de protocolos ou negociações em
larga escala.
Princípios gerais da Plataforma MAX:
- Disponível a todos os colaboradores das empresas clientes, acessível 24h por dia, 7 dias por semana
através da internet, com total segurança no acesso aos dados;
- Ofertas competitivas e atrativas resultantes da negociação com fornecedores sob o princípio de volume e
larga escala;
- Serviço de back-office para apoio e suporte administrativo às empresas clientes e seus colaboradores
(exemplos: esclarecimento de dúvidas, faturação, comunicação/ formação aos colaboradores, etc);
- Flexível e adaptável às necessidades específicas das empresas clientes.
O investimento reconhecido e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
Investimento
Taxa
Amortização
Plataforma de benefícios MAX
37 388
20%
2015
2016
2017
205 836
380 852
562 976
2019
2018
762 280
980 800
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 5 anos.
8. Investimentos em Associadas e Subsidiárias
A Glintt GIT, na elaboração das suas demonstrações financeiras individuais optou por contabilizar os seus
investimentos em subsidiárias ao custo, reduzido das perdas de imparidade acumuladas.
País da Sede
% Capitais detidos
Glintt BS
Empresas
43 242 630
Portugal
100%
Glintt TES (Eurociber)
18 098 386
Portugal
100%
Glintt TES (Wen)
22 706 268
Portugal
100%
SolS
12 930 153
Portugal
100%
Glintt TES
6 264 933
Portugal
100%
Netpeole
5 509 838
Portugal
100%
Glintt BPO
5 167 956
Portugal
100%
20 000 000
Espanha
100%
100 000
Portugal
100%
Glintt Energy
50 000
Portugal
100%
Glint España
50 000
Espanha
100%
1 006 190
Portugal
100%
Glintt Polska
23 093
Polónia
100%
Glintt Brasil
415 239
Brasil
99%
Consoft
RHM
Glintt Inov
Custo
135 564 686
Os montantes referentes à Eurociber e WEN, referem-se a empresas que foram objeto de fusão com a Glintt
TES.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
132
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
9. Outros Investimentos Financeiros
A 31 de dezembro de 2014 a rubrica de “Outros investimentos financeiros” era composta por uma participação
de 7%, no valor de 40.000 euros, na Sociedade Parque Ciência e Tecnologia do Alentejo, S.A., uma participação de
0,01% no valor de 5.000 euros na sociedades LISGARANTE - Sociedade de Garantia Mútua, S.A., e por 9.216 euros
que respeitam a um fundo de compensação do trabalho, criado em 2013.
Entidade
Sede Social
%
31/12/2014
31/12/2013
Évora
6,96%
40 000
40 000
Lisboa
0,01%
5 000
-
9 216
442
54 216
40 442
Parque Ciência e Tecnologia do Alentejo, S.A.
LISGARANTE- SOCIEDADE DE GARANTIA MÚTUA, S.A.
OUTRAS- Fundo Compensação do Trabalho
10. Ativos por Impostos Diferidos
O Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas (IRC) da Glintt GIT e suas subsidiárias com sede no território
nacional é calculado e apurado no âmbito do Regime especial de tributação dos grupos de sociedades.
A 31 de dezembro de 2014 está registado o montante de 4.486.478 euros, o qual apresenta a seguinte
decomposição:
31/12/2014
Imposto diferido ativo
31/12/2013
Imposto diferido ativo
Ano limite
p/ dedução
Prejuízos fiscais dedutíveis
2013
400 703
476 017
2014
606 782
-
1 007 485
476 017
SIFIDE 2009
-
113 332
2014
SIFIDE 2010
121 250
121 250
2015
SIFIDE 2011
367 232
367 232
2016
SIFIDE 2012
671 472
671 472
2017
SIFIDE 2013
685 010
654 918
2018
SIFIDE 2014
550 456
-
2022
1 083 573
1 075 654
2018
3 478 993
3 003 858
4 486 478
3 479 875
2018
Beneficios fiscais
CFEI
Uma vez que é à empresa dominante que cabe o cálculo e liquidação do imposto, o montante do imposto diferido ativo foi transferido das subsidiárias para a empresa mãe.
11. Inventários
31 / 12 / 2013
Mercadorias
Imparidades
RELATÓRIO E CONTAS 2014
31 / 12 / 2012
2 090
6 557
2 090
6 557
-
-
2 090
6 557
133
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
12. Contas a receber de clientes e outros devedores
31 / 12 / 2014
31 / 12 / 2013
Não correntes:
6 000 000
6 000 000
6 000 000
6 000 000
Clientes de conta corrente
3 000 732
3 805 702
Clientes de conta corrente - Grupo
1 884 122
-
Perdas por imparidade
(211 662)
(281 484)
4 673 192
3 524 218
Empresas do grupo
3 792 002
2 270 736
Impostos 1 040 526
277 082
Empresas do grupo
Correntes:
Pessoal
Outros devedores
5 108
-
41 537
12 957
4 879 173
2 560 775
9 552 365
6 084 993
A rubrica clientes de conta corrente inclui as faturas dos clientes que foram cedidas à empresa de factoring, no
valor de 467 mil euros, e cujo adiantamento se encontra refletido em empréstimos (ver Nota 18).
13. Caixa e Equivalentes de Caixa
31 / 12 / 2014
Depósitos bancários de curto prazo
31 / 12 / 2013
43.029
1.953.901
43.029
1.953.901
14. Acréscimos e diferimentos ativos
31 / 12 / 2014
31 / 12 / 2013
Acréscimos de rendimentos
Projetos em curso
Faturas a emitir- Empresas do Grupo
Juros
766 040
740 742
4 934 474
3 068 470
7 360
13 749
Outros
5 707 874
3 822 961
102 614
166 527
2 145
4 987
Gastos a reconhecer
Projetos em curso
Serviços especializados
RELATÓRIO E CONTAS 2014
Seguros
35 649
-
Outros
3 803
31 714
144 211
203 228
5 852 086
4 026 189
134
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
15. Capital social
A estrutura do capital social não sofreu alterações no exercício findo em 31 de dezembro de 2014. O capital
social, integralmente subscrito e realizado, está representado por 86.962.868 ações com o valor nominal de 1
Euro cada:
Nº de ações
Capital Social
Prémio de emissão
Total
86 962 868
86 962 868
10 255 221
97 218 089
Aumento capital em especie
-
-
-
-
Redução de capital para cobrir prejuizos
-
-
-
-
Alienações de ações próprias
-
-
-
-
Renominalização do nº de ações
-
-
-
-
86 962 868
86 962 868
10 255 221
97 218 089
Em 31 de dezembro de 2013
Em 31 de dezembro de 2014
O capital da Empresa em 31 de dezembro de 2014 encontrava-se totalmente subscrito e realizado, sendo as
participações qualificadas comunicadas as seguintes:
Associação Nacional de Farmácias
Ações
-
Diretamente
Através da Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda.,
sociedade dominada pela Associação Nacional de Farmácias (a)
Capital
-
Votos-
43.246.620
49,73%
49,73%
1.000
0,0011%
0,0011%
43.247.620
49,73%
49,73%
Através do Dr. António Nuno de Jesus Ribeiro de Barros, membro do Conselho de
Administração da Farminveste – SGPS, S.A., sociedade dominante da Farminveste
3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda. e dominada pela Associação Nacional de
Farmácias
Total Imputável
José Ribeiro Gomes
Diretamente
Ações
2.600.000
Capital
2,98%
Votos
2,98%
Total Imputável
2.600.000
2,98%
2,98%
(a) De acordo com o comunicado à Glintt no dia 3 de Setembro de 2013: «Para efeitos de atualização da informação prestada sobre a participação
qualificada detida pela Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda., (“Farminveste”), sociedade com sede na Travessa de Santa Catarina, n.º
8, 1200-403, Lisboa, na GLINTT – GLOBAL INTELLIGENT TECHNOLOGIES, S.A. (“Glintt”), desde o dia 24 de Julho de 2008 e, bem assim, para os demais
efeitos que a Glintt venha a considerar pertinentes no âmbito de informação que divulgue ao mercado, a Farminveste informa que, na presente
data, detém diretamente 49,73% do capital social e dos direitos de voto da Glintt. Em acréscimo, o Dr. António Nuno de Jesus Ribeiro de Barros,
membro do Conselho de Administração da Farminveste – SGPS, S.A. – sociedade dominante da Farminveste – detém 0,0011% do capital social e dos
direitos de voto.» Assim, nos termos e para os efeitos das alíneas b), d) e i) do n.º 1 do Artigo 20.º do Código de Valores Mobiliários, são imputáveis
à Farminveste, à Farminveste, S.A. e à Associação Nacional das Farmácias, na qualidade de entidade dominante das referidas sociedades, 49,73%
dos direitos de voto na Glintt.
16. Reservas e resultados acumulados
Reserva Legal
Outras Reservas
Resultados Retidos
Total
1 844 801
564 286
3 644 196
Reservas de fusão
-
-
-
-
Resultado retido no exercício
-
-
1 968 734
1 968 734
1 844 801
564 286
5 612 930
8 022 017
Em 31 de dezembro de 2013
6 053 283
Em 31 de dezembro de 2014
RELATÓRIO E CONTAS 2014
135
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
17. Contas a pagar a fornecedores e outros credores
31 / 12 / 2014
31 / 12 / 2013
Não correntes
Empresas do Grupo - outras contas a pagar 4 500 000
3 665 002
4 500 000
3 665 002
Correntes
26 351 078
24 214 251
Fornecedores
1 050 388
3 109 325
Fornecedores do Grupo
2 483 832
-
Estado e outros entes públicos
1 259 134
929 112
81 575
33 952
Empresas do Grupo - outras contas a pagar
Pessoal
Outros credores
376 530
-
31 602 537
28 286 640
36 102 537
31 951 642
18. Empréstimos
31 / 12 / 2014
31 / 12 / 2013
Não corrente
Dívidas a instituições de crédito
17 081 706
18 716 667
17 081 706
18 716 667
9 108 382
8 428 248
Corrente
Dívidas a instituições de crédito
Adiantamento de factoring
467 499
435 559
9 575 881
8 863 807
26 657 587
27 580 474
Os valores constantes da rubrica “dívidas a instituições de crédito” são referentes a linhas de crédito autorizadas
que não se encontram totalmente utilizadas.
O montante em dívida para com os bancos teve o movimento que se segue:
31 / 12 / 2014
31 / 12 / 2013
Saldo inicial
27 144 916
Reforços
23 559 240
31 228 804
(24 514 067)
(29 397 089)
26 190 088
27 144 916
Amortizações
Saldo final
25 313 200
19.Acréscimos e diferimentos passivos
31 / 12 / 2014
31 / 12 / 2013
Acréscimos de gastos
1 446 074
1 698 157
Serviços especializados
292 947
331 693
Projetos em curso
368 358
223 168
88 813
92 938
180 807
55 623
9 333
15 714
Remunerações a liquidar
Juros bancários
Faturas a receber- Empresas do Grupo
Publicidade
Outros
68 019
75 175
2 454 351
2 492 468
669 336
647 539
536
103 392
Rendimentos a reconhecer
Projetos em curso
Empresas grupo
Outros
RELATÓRIO E CONTAS 2014
69
5 553
669 941
756 484
3 124 292
3 248 952
136
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
20. Rédito das Vendas e dos Serviços Prestados
31 / 12 / 2014
31 / 12 / 2013
Venda de bens
745 008
629 301
Mercado comunitário
75 000
25 000
Mercado extracomunitário
18 148
22 950
838 155
677 251
Mercado interno
Prestação de serviços
11 027 988
9 739 564
Mercado comunitário
573 408
525 195
Mercado extracomunitário
245 495
467 818
11 846 891
10 732 577
12 685 046
11 409 828
Mercado interno
Total vendas e prestação de serviços
21. Custo das Vendas
31 / 12 / 2014
Saldo inicial
Compras
Regularizações
Movimentos de Acréscimos
Saldo final
31 / 12 / 2013
6 557
14 560
134 666
425 170
(9)
-
449 707
136 950
2 090
6 557
588 849
570 124
Custo das mercadorias vendidas e das
matérias consumidas
22. Subcontratos
31 / 12 / 2014
Serviços profissionais
1 013 437
31 / 12 / 2013
336 994
Serviços de suporte e manutenção
591 281
708 287
Outros subcontratos
969 422
1 324 431
2 574 140
2 369 712
23. Fornecimentos e serviços externos
31 / 12 / 2014
31 / 12 / 2013
Rendas e alugueres
779 603
646 051
Trabalhos especializados
818 009
535 136
Deslocações e estadas
492 842
386 267
Pulicidade e propaganda
101 333
75 731
Energia e fluídos
107 540
66 450
Conservação e reparação
24 646
56 933
Seguros
57 075
42 277
107 719
40 346
Comunicação
60 544
37 182
Transportes e representação
46 856
32 892
Contencioso e notariado
Despesas bancárias
Outros fornecimentos e serviços externos
8 825
9 759
75 430
17 225
2 680 422
1 946 249
A rubrica de Rendas e alugueres inclui o registo dos leasings operacionais.
RELATÓRIO E CONTAS 2014
137
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
24. Custos com o pessoal
31 / 12 / 2014
31 / 12 / 2013
Remunerações do pessoal
7 197 912
6 906 733
Encargos sobre remunerações
1 616 408
1 553 537
686 411
1 039 980
Remunerações dos orgãos sociais
Custos Reestruturação
Outros gastos com pessoal
88 784
-
145 896
(41 906)
9 735 411
9 458 344
A empresa tinha ao seu serviço, a 31 de dezembro de 2014, 243 colaboradores.
25. Outros ganhos e perdas líquidos
31 / 12 / 2014
Proveitos suplementares
31 / 12 / 2013
2 665 049
2 331 632
Trabalhos para a própria empresa
854 316
618 779
Correções relativas a exercícios anteriores
158 386
(52 476)
-
(538)
Outros ganhos/perdas líquidas
(354 609)
(26 251)
3 323 142
2 871 146
Impostos
26. Depreciações e amortizações
31 / 12 / 2014
31 / 12 / 2013
Ativos fixos tangíveis
64 252
30 907
299
-
Intangíveis desenvolvidos internamente
23 653
38 618
88 204
69 525
Equipamento Admnistrativo
Equipamento Básico
Ativos intangíveis
27. Imparidades
A empresa efetua anualmente testes de imparidade, para se assegurar que o valor dos ativos registados corresponde
ao seu valor recuperável líquido.
Após a elaboração dos referidos testes, foram identificadas as seguintes imparidades a registar:
31 / 12 / 2014
31 / 12 / 2013
67 322
147 561
Ativos intangiveis
100 000
(167 545)
167 322
(19 984)
Clientes
28. Resultados financeiros
31 / 12 / 2014
Dividendos obtidos
2 800 000
-
Outros ganhos/perdas financeiras
(166 379)
55 953
Juros suportados
RELATÓRIO E CONTAS 2014
31 / 12 / 2013
(1 459 211)
(1 725 046)
1 174 410
(1 669 093)
138
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
29. Impostos sobre resultados
A empresa apresenta um resultado antes de impostos de 1.682.894 Euros, tendo sido apurado um valor negativo
de imposto de 285.840 Euros, que se decompõe conforme segue:
31 / 12 / 2014
Imposto a pagar
Imposto diferido ativo
31 / 12 / 2013
91.585
60.383
(377.425)
733.056
-
78.427
(285.840)
871.866
IRC ex anteriores
No que respeita aos Impostos diferidos ativos, os movimentos ocorridos foram os seguintes:
31 / 12 / 2014
31 / 12 / 2013
Saldo Inicial
3 479 875
2 599 910
Reforço
1 157 238
1 730 572
(37 303)
(18 935)
Redução
(113 332)
(831 672)
Saldo Final
4 486 478
3 479 875
Regularizações
Reconciliação entre a taxa nominal e a efetiva
Reconciliação entre a taxa média efetiva de imposto e a taxa nominal
A taxa média efetiva de imposto difere da taxa nominal, nomeadamente devido a:
31 / 12 / 2014
Resultado antes de impostos
31 / 12 / 2013
1 682 893
(1 822 057)
Taxa nominal de imposto
23,00%
25,00%
Imposto esperado
387 065
(455 514)
-
-
Diferenças permanentes (a)
(628 295)
32 038
Prejuízos fiscais
(219 433)
(-52 542)
Diferença taxa imposto
Ajustamentos à colecta:
- Tributações autónomas
91 585
60 383
- Beneficios fiscais
83 238
1 209 074
- IRC exercicios anteriores
Taxa efectiva de imposto
-
78 427
(285 840)
871 866
-16,99%
-47,85%
O imposto sobre o rendimento do
período tem a seguinte composição:
Imposto corrente
91 585
60 383
Imposto diferido
(377 425)
733 056
IRC ex. anteriores
-
78 427
(285 840)
871 866
(a) Este valor respeita essencialmente a :
ALD
11 000
8 378
Correcções relativas a exercícios anteriores
16 373
54 110
(164 412)
78 427
383
901
Insuficiencia/Excesso de estimativa para impostos
Multas, coimas, juros compensatórios
Dividendos
Outros
Impacto fiscal
RELATÓRIO E CONTAS 2014
(2 800 000)
-
204 937
(13 663)
(2 731 719)
128 153
(628 295)
32 038
139
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
30. Resultados por Ação
Básico
O cálculo do resultado básico por ação baseia-se no lucro atribuível aos acionistas ordinários, dividido pela média
ponderada de ações ordinárias no período, excluindo ações ordinárias compradas e detidas como ações próprias.
31 / 12 / 2014
31 / 12 / 2013
Resultado líquido do exercício atribuível aos
acionistas ordinários
Nº médio ponderado de ações ordinárias
Resultado por ação - básico - euros
1 968 734
(2 693 924)
86 962 868
86 962 863
0,023
(0,031)
Diluído
O resultado diluído por ação é igual ao resultado básico por ação, devido à inexistência de instrumentos financeiros
que venham a originar a diluição do capital social no futuro.
31. Compromissos
Em dezembro de 2012, a empresa contraiu um empréstimo de 19,5 milhões de euros junto do BES. Este foi
concedido com a finalidade de amortizar totalmente os restantes empréstimos que a empresa detinha com o BES
e o restante para apoio ao investimento. Por garantia deste financiamento, foram dadas de penhor as ações da
Consoft, empresa espanhola adquirida em 2011 pela Glintt.
Os compromissos financeiros que não figuram no balanço referentes a garantias bancárias prestadas a terceiros
destinadas a servir de caução aos projetos em curso, são discriminados como segue:
31 / 12 / 2014
31 / 12 / 2013
Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas IP
12 511
12 511
AT - Autoridade Tributária e Aduaneira
10 572
10 572
-
14 205
23 083
37 288
ESRF - European Synchroton Radiation Facility
Total garantias prestadas
RELATÓRIO E CONTAS 2014
140
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
32.Entidades relacionadas
Durante os exercícios de 2014 e 2013 foram efetuadas transações com entidades relacionadas, que envolveram
as seguintes entidades e montantes:
31 / 12 / 2014
Entidades Relacionadas
Réditos
Gastos
Saldos Devedores
9.773
A.M. PEREIRA S.L.O.M.J.E ASSOC.
73.551
84.290
Alliance Healthcare, S.A.
404.858
79.950
ANF-Associação Nacional
65.000
75.501
Farmainveste - Investimentos
93.067
70.442
HMR
FINAFARMA - Soc. Factoring, S.A.
Saldos Credores
148.820
1.368
GESSA - CLÍNICA MÉDICA DAS
465.984
Juntai - Soc. Imobiliária, S.A.
Quilaban
95.994
INFOSAÚDE-Inst.Form.e Inov.
36.538
47.678
26.162
193
Infosaúde- Instituto Formação
919.196
475.949
47.678
336. 345
31 / 12 / 2013
Entidades Relacionadas
Réditos
Gastos
Saldos Devedores
Saldos Credores
-
13 810
-
9 250
HMR
159 432
-
46 001
-
Alliance Healthcare, S.A.
468 023
-
67 534
-
ANF-Associação Nacional
84 480
-
-
-
Cordeiro Saúde Clínica da Beloura
-
-
-
-
Farmacoope - Cooperativa
-
-
-
-
289 911
-
35 916
-
82 891
-
21 293
-
1 357
-
-
-
-
459 808
-
49 627
A.M. PEREIRA S.L.O.M.J.E ASSOC.
Farmainveste - Investimentos
FINAFARMA - Soc. Factoring, S.A.
GESSA - CLÍNICA MÉDICA DAS
Juntai - Soc. Imobiliária, S.A.
Quilaban
123 574
-
49 733
-
1 209 669
473 618
220 477
58 878
33.Remuneração dos Órgãos de Gestão
No exercício de 2014, as remunerações pagas a Administradores e Diretores foram as seguintes:
Rem. Fixas
2014
Administradores Executivo
Administradores Não Executivo
Diretores
Rem. Variáveis
2013
2014
2013
705 600
882 000
102 882
-
75 226
77 314
-
-
400 225
245 624
7 500
-
1 181 051
1 204 938
110 382
-
34. Aprovação das demonstrações financeiras
As demonstrações financeiras individuais foram aprovadas pelo Conselho de Administração.
35.Eventos após a data de balanço
Após a data de balanço, não se verificaram eventos que possam ter impacto material nas Demonstrações Financeiras
da Glintt GIT.
O Técnico Oficial de Contas
RELATÓRIO E CONTAS 2014
A Administração
141
5// Anexos
Tel: +351 217 990 420
Fax: +351 217 990 439
www.bdo.pt
Av. da República, 50 - 10º
1069-211 Lisboa
CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA ELABORADO POR
AUDITOR REGISTADO NA CMVM DAS CONTAS CONSOLIDADAS
Introdução
1. Para os efeitos do artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos a
Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira
consolidada do exercício findo em 31 de dezembro de 2014, da Glintt – Global
Intelligent Technologies, SA (adiante também designada por Glintt ou Empresa),
incluída: no Relatório de Gestão, na Demonstração consolidada da posição financeira
em 31 de dezembro de 2014 (que evidencia um total de 217 990 354 euros e um total
de Capital próprio de 120 682 442 euros, incluindo um Resultado líquido consolidado
atribuível ao grupo de 1 338 233 euros), nas Demonstrações consolidadas dos
resultados, do rendimento integral, das alterações no capital próprio e dos fluxos de
caixa, do exercício findo naquela data, e nas correspondentes Notas.
Responsabilidades
2. É da responsabilidade do Conselho de Administração: (i) a preparação de
demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e
apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação,
o resultado e o rendimento integral consolidados das suas operações, as alterações
no capital próprio consolidado e os fluxos de caixa consolidados; (ii) a informação
financeira histórica, que seja preparada de acordo com as Normas Internacionais de
Relato Financeiro tal como adotadas na União Europeia e que seja completa,
verdadeira, atual, clara, objetiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores
Mobiliários; (iii) a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) a
manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e (v) a informação de
qualquer facto relevante que tenha influenciado a atividade do conjunto das
empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou resultados.
3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira consolidada
contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente
sobre se é completa, verdadeira, atual, clara, objetiva e lícita, conforme exigido
pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional
e independente baseado no nosso exame.
Âmbito
4. O exame a que procedemos foi efetuado de acordo com as Normas Técnicas e
Diretrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais
exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de
segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas
de distorções materialmente relevantes. Para tanto, o referido exame incluiu: (i) a
verificação de as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação
terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não
tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e
divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e
critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;
(ii) a verificação das operações de consolidação; (iii) a apreciação sobre se são
adequadas as políticas contabilísticas adotadas e a sua divulgação, tendo em conta as
BDO & Associados, SROC, Lda., Sociedade por quotas, Sede Av. da República, 50 - 10º, 1069-211 Lisboa, Registada na Conservatória do Registo Comercial de
Lisboa, NIPC 501 340 467, Capital 100 000 euros. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas inscrita na OROC sob o número 29 e na CMVM sob o número 1122.
A BDO & Associados, SROC, Lda., sociedade por quotas registada em Portugal, é membro da BDO International Limited, sociedade inglesa limitada por
garantia, e faz parte da rede internacional BDO de firmas independentes.
circunstâncias; (iv) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; (v) a
apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das
demonstrações financeiras consolidadas; e (vi) a apreciação se a informação
financeira consolidada é completa, verdadeira, atual, clara, objetiva e lícita.
5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação
consolidada constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de
prestação de contas, bem como as verificações previstas nos números 4 e 5 do
artigo 451º do Código das Sociedades Comerciais.
6. Entendemos que o exame efetuado proporciona uma base aceitável para a
expressão da nossa opinião.
Opinião
7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam
de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materialmente relevantes, a
posição financeira consolidada da Glintt – Global Intelligent Technologies, SA, em 31
de dezembro de 2014, o resultado e o rendimento integral consolidados das suas
operações, as alterações no capital próprio consolidado e os fluxos de caixa
consolidados no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas
Internacionais de Relato Financeiro tal como adotadas na União Europeia e a
informação nelas constante é completa, verdadeira, atual, clara, objetiva e lícita.
Relato sobre outros requisitos legais
8. É também nossa opinião que a informação consolidada constante do Relatório de
Gestão é concordante com as demonstrações financeiras consolidadas do exercício e
o Relatório do Governo das Sociedades inclui os elementos exigíveis nos termos do
artigo 245º-A do Código dos Valores Mobiliários.
Lisboa, 14 de abril de 2015
_______________________________________________
João Paulo Torres Cunha Ferreira, em representação de
BDO & Associados, SROC, Lda.
(inscrita no Registo de Auditores da CMVM sob nº 1122)
2
Tel: +351 217 990 420
Fax: +351 217 990 439
www.bdo.pt
Av. da República, 50 - 10º
1069-211 Lisboa
CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA ELABORADO POR
AUDITOR REGISTADO NA CMVM
Introdução
1. Para os efeitos do artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos a
Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira do
exercício findo em 31 de dezembro de 2014, da Glintt – Global Intelligent Technologies,
SA (adiante também designada por Glintt ou Empresa), incluída no: Relatório de Gestão,
na Demonstração da posição financeira em 31 de dezembro de 2014 (que evidencia um
total de 171 124 520 euros e um total de Capital próprio de 105 240 106 euros, incluindo
um Resultado líquido de 1 968 734 euros), na Demonstração dos resultados separada, na
Demonstração do rendimento integral, na Demonstração das alterações no capital
próprio, na Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e nas
correspondentes Notas.
Responsabilidades
2. É da responsabilidade do Conselho de Administração: (i) a preparação de
demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição
financeira da Empresa, o resultado e o rendimento integral das suas operações, as
alterações no capital próprio e os fluxos de caixa; (ii) a informação financeira histórica
que seja preparada de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal
como adotadas na União Europeia e que seja completa, verdadeira, atual, clara, objetiva
e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adoção de políticas
e critérios contabilísticos adequados; (iv) a manutenção de um sistema de controlo
interno apropriado; e (v) a informação de qualquer facto relevante que tenha
influenciado a sua atividade, posição financeira ou resultados.
3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos
documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é
completa, verdadeira, atual, clara, objetiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos
Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente
baseado no nosso exame.
Âmbito
4. O exame a que procedemos foi efetuado de acordo com as Normas Técnicas e as
Diretrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais
exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de
segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções
materialmente relevantes. Para tanto, o referido exame incluiu: (i) a verificação, numa
base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das
demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios
definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; (ii) a apreciação
sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adotadas e a sua divulgação, tendo em
conta as circunstâncias; (iii) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade;
(iv) a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das
demonstrações financeiras; e (v) a apreciação se a informação financeira é completa,
verdadeira, atual, clara, objetiva e lícita.
BDO & Associados, SROC, Lda., Sociedade por quotas, Sede Av. da República, 50 - 10º, 1069-211 Lisboa, Registada na Conservatória do Registo Comercial de
Lisboa, NIPC 501 340 467, Capital 100 000 euros. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas inscrita na OROC sob o número 29 e na CMVM sob o número 1122.
A BDO & Associados, SROC, Lda., sociedade por quotas registada em Portugal, é membro da BDO International Limited, sociedade inglesa limitada por
garantia, e faz parte da rede internacional BDO de firmas independentes.
5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação constante
do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas, bem como
as verificações previstas nos números 4 e 5 do artigo 451º do Código das Sociedades
Comerciais.
6. Entendemos que o exame efetuado proporciona uma base aceitável para a expressão
da nossa opinião.
Opinião
7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma
verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materialmente relevantes, a posição
financeira da Glintt – Global Intelligent Technologies, SA, em 31 de dezembro de 2014, o
resultado e o rendimento integral das suas operações, as alterações no capital próprio e
os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas
Internacionais de Relato Financeiro tal como adotadas na União Europeia e a informação
nelas constante é completa, verdadeira, atual, clara, objetiva e lícita.
Relato sobre outros requisitos legais
8. É também nossa opinião que a informação constante do Relatório de Gestão é
concordante com as demonstrações financeiras do exercício e o Relatório do Governo das
Sociedades inclui os elementos exigíveis nos termos do artigo 245º-A do Código dos
Valores Mobiliários.
Lisboa, 14 de abril de 2015
_______________________________________________
João Paulo Torres Cunha Ferreira, em representação de
BDO & Associados, SROC, Lda.
(inscrita no Registo de Auditores da CMVM sob nº 1122)
2
5// ANEXOS
5.2. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
(Contas Consolidadas)
Senhores Acionistas,
Nos termos legais e estatutários, vimos apresentar o nosso Relatório e Parecer sobre os documentos de prestação de
contas consolidadas referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014, emitidos sob a responsabilidade do
Conselho de Administração da “GLINTT – Global Intelligent Technologies, S.A.”.
O Conselho Fiscal desempenhou com regularidade as funções que lhe foram confiadas, tendo procedido às verificações
adequadas e recebido da Administração e dos Serviços os esclarecimentos e informações que entendeu convenientes.
Em final de exercício, o Conselho Fiscal analisou com especial atenção o tratamento contabilístico de situações de
natureza patrimonial de maior impacto, nomeadamente os que se encontram expressos no Balanço nas rúbricas
“Goodwill”, “Ativos Intangíveis” e “Outras contas a receber de clientes e outros devedores”.
Em especial, foram analisados os temas relacionados com ativos intangíveis gerados internamente registados a 31 de
dezembro de 2014, no montante de 13 334 731 euros, e o goodwill registado, no valor de 119 578 927 euros, sujeito
a testes de imparidade, os quais segundo a Administração, potenciam efetivamente benefícios económicos futuros
esperados para o Grupo, nas diferentes áreas de negócio em que o mesmo opera.
Conforme divulgado nas Notas, os valores do “Goodwill” são objeto de testes de imparidade, numa base anual,
apoiados por estudo específico elaborado por entidade independente, o qual foi atualizado no exercício em análise
de acordo com os pressupostos definidos pela Administração, não tendo sido reconhecida qualquer perda por
imparidade.
Também fomos informados pela Administração que os projetos que possam envolver o encerramento ou alienação de
operações ou redução de atividades, nomeadamente os que se depreendem do comunicado divulgado ao mercado
em 3 de Fevereiro de 2015, encontram-se atualmente em estudo e desenho com vista à obtenção dos resultados
esperados, não sendo, na presente data, conhecidos os desfechos nem os efeitos decorrentes da implementação dos
mesmos.
Para todas as situações, em especial para as acima descritas, recebemos respostas satisfatórias da Administração e do
Revisor Oficial de Contas.
No desenvolvimento das nossas funções, examinámos ainda o Relatório de Gestão, bem como a Demonstração
Consolidada da Posição Financeira (“Balanço”) em 31 de dezembro de 2014, as Demonstrações Consolidadas dos
Resultados, do Rendimento Integral, das Alterações do Capital Próprio e dos Fluxos de Caixa, e correspondentes Notas
anexas, para o exercício findo naquela data.
O resultado consolidado líquido do exercício de 2014 ascendeu a Euro. 1.338.233.
O nosso Parecer está também suportado do ponto de vista técnico pela “Certificação Legal e Relatório de Auditoria
das Contas Consolidadas”, documento emitido pelo Revisor Oficial de Contas em 14 de abril de 2015.
Nestas circunstâncias, somos de Parecer favorável à aprovação das Demonstrações Financeiras Consolidadas do
Exercício de 2014 e do Relatório de Gestão, nos termos em que foram apresentados pelo Conselho de Administração.
Expressamos ao Conselho de Administração e aos Serviços o nosso apreço pela colaboração recebida no exercício das
nossas funções.
Sintra, 14 de Abril de 2015
Luís Manuel Pereira da Silva
(Presidente)
Carlos Manuel Charneca Moleirinho Grenha
(Vogal)
João Gaspar Lopes Ribeiro
(Vogal)
RELATÓRIO E CONTAS 2014
147
5// ANEXOS
5.2. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
(Contas Individuais)
Senhores Acionistas,
Nos termos legais e estatutários, vimos apresentar o nosso Relatório e Parecer sobre os documentos de prestação de
contas individuais do exercício findo em 31 de dezembro de 2014, emitidos sob a responsabilidade do Conselho de
Administração da “GLINTT – Global Intelligent Technologies, S.A.”.
O Conselho Fiscal desempenhou com regularidade as funções que lhe foram confiadas, tendo procedido às verificações
adequadas e recebido da Administração e dos Serviços os esclarecimentos e informações que entendeu convenientes.
Em final de exercício, o Conselho Fiscal analisou com especial atenção o tratamento contabilístico de situações de
natureza patrimonial de maior impacto, nomeadamente os que se encontram expressos no Balanço nas rúbricas
“Participações Financeiras em Subsidiárias” e “Outras Contas a Pagar a Fornecedores e Outros Credores”, tendo
recebido respostas satisfatórias da Administração e do Revisor Oficial de Contas.
No desenvolvimento das nossas funções, examinámos o Relatório de Gestão, bem como a Demonstração Individual da
Posição Financeira (“Balanço”) em 31 de dezembro de 2014, a Demonstração Individual dos Resultados, a Demonstração
Individual do Rendimento Integral, a Demonstração das Alterações do Capital Próprio e a Demonstração dos Fluxos de
Caixa, e correspondentes Notas anexas, para o exercício findo naquela data.
O resultado líquido do exercício de 2014 ascendeu a Eur 1.968.734.
O nosso Parecer está também suportado do ponto de vista técnico pela “Certificação Legal e Relatório de Auditoria”,
documento emitido pelo Revisor Oficial de Contas em 14 de abril de 2015.
Nestas circunstâncias, somos de Parecer favorável à aprovação das Demonstrações Financeiras do Exercício de 2014
e do Relatório de Gestão, incluindo a proposta de aplicação dos resultados, nos termos em que foram apresentados
pelo Conselho de Administração.
Expressamos ao Conselho de Administração e aos Serviços o nosso apreço pela colaboração recebida no exercício das
nossas funções.
Sintra, 14 de Abril de 2015
Luís Manuel Pereira da Silva
(Presidente)
Carlos Manuel Charneca Moleirinho Grenha
(Vogal)
João Gaspar Lopes Ribeiro
(Vogal)
RELATÓRIO E CONTAS 2014
148
5// ANEXOS
5.3. Declaração dos Responsáveis sobre a conformidade da informação financeira
apresentada
Senhores Acionistas,
De acordo com o disposto no n.º 1, alínea c) do artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários, os membros do
Conselho fiscal da “GLINTT - Global Intelligent Technologies, S.A” declaram que, tanto quanto é do conhecimento, a
informação constante do relatório de gestão, as contas anuais, a certificação legal das contas e os demais documentos
de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas
aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados
da emitente GLINTT e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, e que o relatório de gestão expõe
fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da emitente GLINTT e das empresas incluídas no
perímetro da consolidação, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.
Sintra, 14 de Abril de 2015
Luís Manuel Pereira da Silva
(Presidente)
Carlos Manuel Charneca Moleirinho Grenha
(Vogal)
João Gaspar Lopes Ribeiro
(Vogal)
RELATÓRIO E CONTAS 2014
149
Agradecimentos
POR CEDÊNCIA DE TESTEMUNHO E IMAGEM
| Colaboradores |
| Agradecemos também |
Anabela Afonso
André Ferreirinha
Bruno Dias
Carla Valério
Carlos Faria
Carlos Magalhães
Cátia Monteiro
Cláudia Sá
Cláudia Vasconcelos
Cristóvão Carvalho
Daniel Moreira
Débora Freches
Gabriela Varandas
Hélder Silva
Henrique Cardador
Joana Gomes
Joana Vasconcelos
João Caldas
Luís Andrade Silva
Luís Melo
Luísa Almeida
Mara Duarte Silva
Maria Sofia Bucho
Miguel Moreira
Nuno Mendes
Patrícia Tavares
Pedro Peixe
Rafaela Nunes
Ricardo Gomes
Rita Russo
Sandra Fernandes
Sandra Semblano
Sérgio Cruz
Sofia Marta
Telma Loureiro
Vasco Barbosa
Cristina Pinho
AdvanceCare
Manuel Fernandes
Águas do Algarve
Miguel Barradas
Hospital Vila Franca de Xira
Miguel Machado
Merck
Nuno Cadavez Peres
José de Mello Saúde
Olga Baptista
Farmácia Cumieira
Sérgio Melro
AdvanceCare
Nomes por ordem alfabética e sem referência ao título académico.
FICHA TÉCNICA
Propriedade
Glintt – Global Intelligent Technologies, S.A.
Sociedade Aberta
Beloura Office Park, Ed. 10, Qta. da Beloura,
2710-693 Sintra, Portugal
Capital Social: 86.962.868 €
Matrícula na C.R.C. de Sintra
Pessoa Coletiva nº 503.541.320
Concepção, Design e Paginação
Departamento de Marketing e Comunicação