Produção Textual

Transcrição

Produção Textual
Produção
Textual
Aluno
Caderno de Atividades
Pedagógicas de
Aprendizagem
Autorregulada - 03
8º Ano | 3º Bimestre
Disciplina
Curso
Bimestre
Ano
Produção Textual
Ensino Fundamental
3º
8º
Habilidades Associadas
1. Aplicar mecanismos de construção ideológica e de sentido nos textos (o uso da linguagem figurada
como exagero, ironia ou sarcasmo).
2. Explorar o valor expressivo do adjetivo e das orações adjetivas para produção dos gêneros
estudados
3. Relacionar a escolha vocabular em poemas e canções às exigências métricas ou sonoras.
Apresentação
A Secretaria de Estado de Educação elaborou o presente material com o intuito de estimular o
envolvimento do estudante com situações concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem
colaborativa e construções coletivas entre os próprios estudantes e respectivos tutores – docentes
preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado.
A proposta de desenvolver atividades pedagógicas de aprendizagem autorregulada é mais uma
estratégia pedagógica para se contribuir para a formação de cidadãos do século XXI, capazes de explorar
suas competências cognitivas e não cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma
autônoma, por meio dos diversos recursos bibliográficos e tecnológicos, de modo a encontrar soluções
para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional.
Estas atividades pedagógicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das
habilidades e competências nucleares previstas no currículo mínimo, por meio de atividades
roteirizadas. Nesse contexto, o tutor será visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem é
efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem.
Destarte, as atividades pedagógicas pautadas no princípio da autorregulação objetivam,
também, equipar os alunos, ajudá-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-o
a tomar consciência dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em prática.
Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observação e autoanálise, ele passa ater maior
domínio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno já domina, será possível contribuir para
o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as
ferramentas da autorregulação.
Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princípio da autorregulação, contribui-se
para o desenvolvimento de habilidades e competências fundamentais para o aprender-a-aprender, o
aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser.
A elaboração destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulação Curricular, da
Superintendência Pedagógica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede
estadual. Este documento encontra-se disponível em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br, a fim
de que os professores de nossa rede também possam utilizá-lo como contribuição e complementação às
suas aulas.
Estamos à disposição através do e-mail [email protected] para quaisquer
esclarecimentos necessários e críticas construtivas que contribuam com a elaboração deste material.
Secretaria de Estado de Educação
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Caro aluno,
Neste caderno, você encontrará atividades diretamente relacionadas a algumas
habilidades e competências do 3º Bimestre do Currículo Mínimo de Produção Textual da
8º Ano do Ensino Fundamental. Estas atividades correspondem aos estudos durante o
período de um mês.
A nossa proposta é que você, aluno, desenvolva estas Atividades de forma
autônoma, com o suporte pedagógico eventual de um professor, que mediará as trocas
de conhecimentos, reflexões, dúvidas e questionamentos que venham a surgir no
percurso. Esta é uma ótima oportunidade para você desenvolver a disciplina e
independência indispensáveis ao sucesso na vida pessoal e profissional no mundo do
conhecimento do século XXI.
Neste Caderno de Atividades, vamos aprender algumas características da
literatura de cordel e da canção. Nas aulas deste caderno, você vai conhecer a origem
do cordel e compreender como este assunto está relacionado com a canção. Aprenderá
a identificar os adjetivos e recursos rítmicos utilizados nesses textos e a entender como
produzi-los.
Este documento apresenta 04 (quatro) aulas. As aulas podem ser compostas por
uma explicação base, para que você seja capaz de compreender as principais ideias
relacionadas às habilidades e competências principais do bimestre em questão, e
atividades respectivas. Leia o texto e, em seguida, resolva as Atividades propostas. As
Atividades são referentes a um tempo de aula. Para reforçar a aprendizagem, propõese, ainda, uma avaliação sobre o assunto.
Um abraço e bom trabalho!
Equipe de Elaboração
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Sumário
Introdução ......................................................................................................... 3
Aula 1: A origem do cordel ................................................................................... 5
Aula 2: Cantando uma canção.............................................................................. 9
Aula 3: Vamos rimar!.......................................................................................... 12
Avaliação ............................................................................................................ 18
Referências ......................................................................................................... 21
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Aula 1: A origem do cordel
Caro aluno, nesta atividade você irá conhecer o cordel. O cordel tem origem
nas cantigas dos trovadores da Idade Média que usavam versos para cantar as noticias
da época e também para elogiar pessoas de prestígio naquela sociedade. Com o passar
do tempo os cantores passaram a registrar as falas em folhas e prendê-las em
barbantes ou cordas, daí o nome cordel.
O cordel era considerado de pouco prestígio e chegou ao Nordeste do Brasil
através dos portugueses no século XVIII. Aqui no Brasil foi adquirindo forma própria, se
adaptando à temas populares, utilizando versos rimados e sendo impresso em folhetos
pequenos e ilustrados, geralmente, com xilogravuras.
Os cordéis fazem muito sucesso no Nordeste do país, onde são vendidos muitas
vezes pelos próprios autores. Geralmente tem baixo custo e retratam fatos da vida
cotidiana como política, seca, milagres, brigas, vida dos cangaceiros, religião, etc.
Muitos são escritos de acordo com o falar nordestino, seu vocabulário e história. Além
disso, o cordel é um retrato da cultura oral capaz de representar a memória e o
imaginário popular.
Vejamos um exemplo de cordel:
O SABER AUTORIZADO E O SABER POPULAR
O saber autorizado,
é o saber instituído
é o que tem credibilidade, porque é bem entendido.
É como diz o ditado: quem sabe, sabe!
E tá tudo resolvido...
O saber popular não pode ser desprezado
tem que ser reconhecido,
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e muito valorizado
São conhecimentos antigos que devem ser preservados.
O homem que estudou,
é muito bem respeitado,
seja juiz, promotor, doutor ou advogado
ele é representante do saber autorizado.
O popular, mesmo não sendo legítimo,
é uma forma de saber,
é preciso preservar, para poder compreender,
o povo sabe das coisas: muita gente não quer ver.
As letras são importantes,
porque traz informação,
quem nunca foi à escola, não sabe de nada não
para relatar um fato, tem que ter comprovação.
Isso não é verdade,
é preciso se dizer,
nem sempre na história, tudo tem que escrever,
a oralidade é importante, basta compreender.
O doutor diz a doença
que o paciente tem,
o juiz diz a sentença,
livra ou condena alguém
isso só é possível pelo saber que ele tem!
Rosinalva Aparecida Martins de Oliveira, Picuí, PB
Disponível em: http://www.mundojovem.com.br/poesias-poemas/cordel/o-saber-autorizado-e-o-saberpopular / Acesso em 28.07.2013
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Podemos observar que o cordel anterior é composto por sete estrofes de, na
sua maioria, quatro versos (quadra) e que rima as palavras finais dos versos. Como em
entendido/resolvido, saber/ver, doença/sentença, tem/ alguém. A rima aparece no
cordel para dar ritmo e coesão ao texto. O poeta Maiakovski explica: “A rima faz voltar
à linha precedente, força a pensar nela, obriga as linhas que formulam um pensamento
a terem unidade”. Vamos refletir mais sobre o cordel através das atividades.
Atividade 1
1. Explique, segundo o cordel anterior e com suas palavras, o que quer dizer “saber
autorizado” e “saber popular”. Você concorda com o verso “quem nunca foi à escola,
não sabe de nada não”? Justifique sua resposta.
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2. Seja você agora o cordelista: rime as estrofes utilizando-se de adjetivos com sons
parecidos.
O homem _______________,
é muito ______________,
seja juiz, promotor, doutor ou _________________
ele é representante do saber _________________.
3. Como aprendemos, o cordel utiliza também marcas da fala, ou seja, marcas menos
formais, típicas da oralidade. Identifique então essas marcas na primeira e na quinta
estrofe do cordel anterior.
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4. Apesar de não percebemos, há variação no modo como falamos e escrevemos.
Escrevemos menino e falamos ‘minino’, escrevemos comer e falamos ‘comê’.
Portanto, devemos aceitar as diferentes formas de se falar uma palavra, pois nem
sempre as regras da escrita condizem com a fala. A fala é dinâmica e muda a toda hora
e as regras não acompanham as mudanças na mesma velocidade.
Assim, leia o cordel a seguir e substitua os termos sublinhados, que são exemplos
típicos da maneira de falar, por formas usadas na escrita.
Ai! Se sêsse!…
Autor: Zé da Luz
’’(...) Se juntinho nós dois morresse!
Se pro céu nós assubisse? ________________________
Mas porém, se acontecesse
qui São Pêdo não abrisse________________________
as portas do céu e fosse,
te dizê quarqué toulíce?___________________________________________________
E se eu me arriminasse
e tu cum insistisse,
prá qui eu me arrezorvesse ________________________________________________
e a minha faca puxasse,
e o buxo do céu furasse?…
Tarvez qui nós dois ficasse________________________
tarvez qui nós dois caísse
e o céu furado arriasse
e as virge tôdas fugisse!!!’’ ________________________
Disponível: http://www.infoescola.com/literatura/literatura-de-cordel/ Acesso em 29.07.13.
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Aula 2: Cantando uma canção
Caro aluno, quando criança, você escutou canções de ninar como "Boi, boi, boi,
/ Boi da cara preta; pega essa menina / Que tem medo de careta"? Uma das coisas
mais presentes na nossa vida é a canção, antes mesmo de aprendermos a ler já
sabemos algumas canções de cor.
A canção é uma é uma composição de texto e música (melodia e ritmo),
geralmente, acompanhada de instrumentos musicais. Existem canções de ninar,
cantigas de amor, cantigas de amigo, canções folclóricas, hinos, lamentos, jingles
(usados em comerciais), cappella (cantada sem instrumentos musicais), etc. A canção
tem ritmo próprio e geralmente possui um refrão que se repete várias vezes, que é
usado para reiterar o que a canção quer dizer. Assim como os cordéis podem ser
cantados, poemas também podem virar canções. O cordel, a canção e o poema são
muito próximos já que esses gêneros usam a linguagem poética, a linguagem figurada
e as rimas.
O poema dramático Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, fala
sobre a vida mais fácil que o retirante nordestino busca no litoral. Além de ter sido
adaptado para o teatro, desenho animado, cinema e televisão, também inspirou a
canção de Chico Buarque, com o mesmo nome. Vejamos trechos da canção e do
poema original:
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Canção
Poema
Esta cova em que estás, com palmos medida
É a conta menor que tiraste em vida
É de bom tamanho, nem largo, nem fundo
É a parte que te cabe deste latifúndio
Não é cova grande, é cova medida
É a terra que querias ver dividida
É uma cova grande pra teu pouco defunto(...)
Porém mais que no mundo, te sentirás largo
É uma cova grande pra tua carne pouca
Mas à terra dada nao se abre a boca
É a conta menor que tiraste em vida
É a parte que te cabe deste latifúndio
(É a terra que querias ver dividida)
Estarás mais ancho que estavas no mundo
Mas à terra dada nao se abre a boca
(...)Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas
e iguais também porque o sangue,
que usamos tem pouca tinta.
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte Severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte
de fome um pouco por dia(...)
Atividade 2
1. No poema de João Cabral, aparecem orações subordinadas adjetivas. Essas orações
podem: especificar, restringir, realçar ou explicar o sentido do termo a que se referem.
Retire essas orações e indique a que termo elas se referem no texto.
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2. Relacione o significado do trecho da canção com o do poema:
‘’É uma cova grande pra tua carne pouca’’ / ‘’o sangue que usamos tem pouca tinta’’
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3. Marque um (x) nos adjetivos que demonstram a questão tratada em Morte e Vida
Severina.
( ) menor
( )triste
( ) bonito
( )Severina
( )crescido
( ) marrom
( )finas
( ) cansado
( ) florido
( )grande
( )raso
( ) parado
( ) rico
( ) seco
( ) feliz
4. Um poema de Manuel Bandeira musicado por Jayme Ovalle tem o nome de um
pássaro, Azulão. Identifique o que há em comum entre o personagem aqui e o
personagem retirante de Morte e Vida Severina:
Azulão
Vai Azulão
Azulão companheiro vai
Vai ver minha ingrata
Diz que sem ela
O sertão não é mais sertão
Ah, voa, Azulão
Azulão, companheiro vai...
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Disponívem em: http://letras.mus.br/nara-leao/1405969/
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Aula 3: Vamos rimar!
Caro aluno, depois de que entendemos a origem do cordel e como a canção se
aproxima tanto dele vamos ver que outros elementos são típicos desses gêneros.
Tanto na canção quanto no cordel é comum o uso de rimas, linguagem poética
e figuras de linguagem. No cordel o uso de elementos como exageros, ironia e
estereótipos, acompanhando de uma linguagem despreocupada facilita a aproximação
entre texto e leitor. Na canção, além desses elementos usados no cordel também
temos a música que ajuda a compor a arte da canção.
A linguagem figurada é uma das estratégias que o escritor utiliza no texto para
conseguir um determinado efeito na interpretação do leitor. Vamos relembrar três
tipos: ironia, sarcasmo e exagero (hipérbole).
Ironia – Uma frase irônica diz o contrário daquilo que se pensa com intenção
crítica ou cômica.
Ex: Você sai de uma sessão de cinema péssima e fala: Que filme ótimo!
Sarcasmo – É a ironia usada com intenção agressiva ou ofensiva.
Ex: Quando alguém liga para sua casa e pergunta: "Você está em casa?" e
respondemos: "Não, estou na Disney!".
Exagero (Hipérbole) – A hipérbole ou exagero acontece ao expressarmos
propositalmente uma ideia com muita ênfase para impressionarmos o interlocutor.
Ex: Eu te amo mais que o universo!
Outro fator comum no cordel e na canção é a rima. A rima na língua portuguesa
ocorre, na maioria das vezes, com a repetição constante da última vogal tônica (a mais
forte) do verso e não precisa aparecer em todos os versos! Observe as rimas nos
exemplos de Patativa do Assaré (um dos maiores cordelistas brasileiros) e Luiz
Gonzaga, o rei do Baião.
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CORDEL
Cante lá que eu canto cá
CANÇÃO
Xote das Meninas
‘’Toda cheia de razão:
Fique na sua cidade
Que eu fico no meu sertão.
Já lhe mostrei um ispeio,
Já lhe dei grande conseio’’
‘’De manhã cedo já tá pintada
Só vive suspirando
Sonhando acordada
O pai leva ao dotô
A filha adoentada
Não come, nem estuda
Não dorme, não quer nada’’
Atividade 3
Caro aluno, agora, vamos exercitar o que acabamos de estudar:
1. Você
consegue
identificar
elementos
da
literatura de cordel? Procure responder a partir do
que foi estudado nesta aula:
Bin Laden entrou num site
Cá do ocidente oriundo,
Na sala de bate-papo,
Teclando com um tal Raimundo
E também com Marinete,
“Uma gata na Internet”
Perdição de todo mundo.
Osama conectado
Com Nete ficou teclando
Passando noites no Messenger
Por ela se declarando.
Bom! Gosto não se discute,
Mas num é que pelo Orkut
Um romance foi rolando.
Disponível em: http://cordeldobrasil.com.br/v1/category/nossos-cordeis/page/5/
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a. Em qual verso aparece o uso da ironia?
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b. Quais palavras o autor utilizou para rimar a palavra “oriundo”? Que outras palavras
ele poderia ter usado para fazer a rima?
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c. Em qual verso aparece o uso do exagero/hipérbole?
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d. Pense nas redes sociais atuais. Qual verso do cordel dá uma dica de que ele não foi
escrito muito recentemente? Justifique sua resposta.
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2. Leia atentamente as canções e identifique qual figura de linguagem estudada nessa
aula está presente.
"Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar."
CAZUZA
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"É sangue mesmo, não é mertiolate"
E todos querem ver
E comentar a novidade.
"É tão emocionante um acidente de verdade"
Estão todos satisfeitos
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Com o sucesso do desastre:
LEGIÃO URBANA
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‘’A gente não sabemos
Nem escovar os dente
Tem gringo pensando
Que nóis é indigente...
Inútil!
A gente somos inútil!
Inútil!
A gente somos inútil!
ULTRAJE A RIGOR
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‘’Vamos celebrar
A estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso estado que não é nação...’’
LEGIÃO URBANA
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"Vou caçar mais de um milhão de vagalumes por aí,
Pra te ver sorrir eu posso colorir o céu de outra cor"
POLLO
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Disponível em: www.letras.mus.br
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3. Já sabemos que a escolha do vocabulário é importante não só para dar sentido ao
texto, mas também para compor rimas, dando ritmo a textos como músicas, cordéis,
poemas, etc... Pense agora em quais palavras você utilizaria para rimar os textos
abaixo.
SOM DO CORAÇÃO
‘’Eu vou dizer o que eu sinto por você
Pouco tempo longe já começo a sofrer
Me liga e vem me _____________
Confessa o teu _______________
Eu sei que gosta tanto o quanto de você
Me olha e diz que sim
Também se sente ____________
Eu sei que não pode ficar ____________
Mc Anitta
Disponível em: http://letras.mus.br/mc-anitta/som-do-coracao/
PRESSÁGIO
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar pra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que ______________
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que _________________
Cala: parece esquecer…
Ah, mas se ela ______________
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar _______________
Pra saber que a estão a amar!
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Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto ________________
Fica sem alma nem fala,
Fica só, ______________________!
Fernando Pessoa
Disponível em: http://www.revistabula.com/522-os-10-melhores-poemas-de-fernando-pessoa-2/
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Avaliação
1. Leia o cordel e responda:
Encontro de Lampião com Kung Fu em Juazeiro do Norte - Abraão Batista
Meu leitor, meu amiguinho
Permita a imaginação
Desse encontro imaginário
De Kung Fu com Lampião
Na cidade de Juazeiro
De Padre Cícero Romão...
Pois bem, eu vou dizer
Como foi que aconteceu
Dizendo quem se feriu
Quem matou e quem morreu
Depois diga por aí
Quem contou isso foi eu
Mas se lembre esta história
É livre e imaginária
Vem do direito do poeta
Que tem na indumentária
Do infinito astucioso
Que não tem medo de pária
Lampião, todos conhecem
Mas não sabem interpretar
Só sabem falar mal dele
Porque não quiseram indagar
A causa que ele abraçou
E o que o forçou a matar
Se Lampião foi cangaceiro
Foi que o forçaram a matar
Ele era bom e justiceiro
Antes de o incriminar
Pois a justiça dos homens
Às vezes não sabe julgar
No entanto, o meu assunto
O que agora vou descrever
É de Lampião, o cangaceiro
Com Kung Fu do caratê
E se você não o conhece
Vai agora o conhecer
Eu já falei de Lampião
Que é um herói invisível
Nesse momento de Kung Fu
Que é um chinês invencível
Nas grandes lutas de morte
Sempre foi o imbatível
A China tem o seu herói
Que luta pela justiça
Aprendeu as leis dos monges
Que desprezam a vã cobiça
E desde pequeno, que ele
Teve escola sem malícia
Kung Fu desde pequeno
Ficou sozinho no mundo
E os monges do Himalaia
Não o quiseram um vagabundo
Acolheram-no no mosteiro
Ensinando-o todo segundo (...)
Fonte: http://www.jangadabrasil.com.br/revista/agosto93/es930802.asp
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a. A história contada é real? Confirme sua resposta com um verso.
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b) Em que estrofe aparece o outro personagem?
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c) Que adjetivos são utilizados para descrever Lampião e Kung Fu?
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d) As rimas acontecem entre quais versos?
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e) Que características do cordel você observa no texto lido?
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2. Nesse cordel, notamos que também há uma invocação, uma comunicação direta
com o leitor. Transcreva o(s) verso(s) em que isso ocorre:
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3. Leia os trechos de letras de música e diga em qual delas há ironia, sarcasmo e
exagero (hipérbole):
‘’Quero te encontrar
Quero te amar
Você pra mim é tudo
Minha terra, meu céu, meu mar’’
(Claudinho e Buchecha)
‘’Vamos celebrar
A estupidez humana
A estupidez de todas as nações’’
(Legião Urbana)
Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança
(Chico Buarque)
Disponível em: www.letras.mus.br
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Referências
[1] CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Texto e interação: uma
proposta de produção textual a partir de gêneros e projetos.São Paulo: Atual, p. 192195, 2000.
[2] KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e escrever: estratégias de
produção textual. São Paulo: Contexto, p. 102-125, 2009.
[3] MARCUSCHI, Luiz Antonio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão.
Parábola Ed., 2009.
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Equipe de Elaboração
COORDENADORES DO PROJETO
Diretoria de Articulação Curricular
Adriana Tavares Maurício Lessa
Coordenação de Áreas do Conhecimento
Bianca Neuberger Leda
Raquel Costa da Silva Nascimento
Fabiano Farias de Souza
Peterson Soares da Silva
Ivete Silva de Oliveira
Marília Silva
PROFESSORES ELABORADORES
Heloisa Macedo Coelho
Ivone da Silva Rebello
Rosa Maria Ferreira Correa
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