12-39-HID-SAN-MEMORIAL DESCRITIVO E CALCULO-03-22

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12-39-HID-SAN-MEMORIAL DESCRITIVO E CALCULO-03-22
MEMORIAL DESCRITIVO DAS INSTALAÇÕES
HIDROSSANITÁRIAS PREDIAIS, CAPTAÇÃO E
DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA, COLETA E TRATAMENTO
DO ESGOTO E DRENAGEM DE PÁTIO PARA O
COMPLEXO DA SALGADEIRA.
Proprietário: Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo
End: Rodovia MT 251(Cuiabá – Chapada dos Guimarães)
Autor do projeto: Engº Sanitarista/Ambiental Fábio Cristiano Buzzi
CREA 120479749-8
MARÇO / 2013
1
SUMÁRIO
1
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS ........................................................ 2
1.1 Normas consultadas. .................................................................................................... 2
1.2 Captação e distribuição de água................................................................................... 2
1.3 Reserva de água dos edifícios do complexo da Salgadeira.......................................... 3
1.4 Distribuição interna de água e coleta de esgoto ........................................................... 4
1.4.1
Água fria ............................................................................................................... 4
1.4.2
Esgoto sanitário .................................................................................................... 4
1.4.3
Água quente .......................................................................................................... 5
1.4.3.1
Placas de captação solar ................................................................................ 6
1.4.4
Aparelhos sanitários e instalações hidráulicas para PNE ..................................... 7
1.5 Rede coletora de esgoto do complexo da Salgadeira ................................................... 9
1.5.1
Tratamento do esgoto ......................................................................................... 10
1.5.2
Operação dos Tanques Sépticos e Filtros Anaeróbios........................................ 11
1.5.2.1
Operação e manutenção do tanque séptico ................................................. 12
1.5.2.2
Operação e Manutenção do Filtro Anaeróbio ............................................. 14
1.5.2.3
Verificação Da Eficiência Do Sistema ........................................................ 14
1.5.3
Operação E Manutenção Do Sumidouro ............................................................ 15
1.6 Drenagem pluvial do terreno ..................................................................................... 15
1.6.1
Vala de drenagem em formato de U ................................................................... 15
1.6.1.1
Execução da vala de drenagem com grelha ................................................ 16
1.6.2
Vala de drenagem em formato de V ................................................................... 16
1.7 ALTURA DOS PONTOS DE UTILIZAÇÃO .......................................................... 17
1.8 EXECUÇÃO DA TUBULAÇÃO SOLDÁVEL. ...................................................... 18
1.9 ASSENTAMENTO DAS TUBULAÇÕES. .............................................................. 19
1.9.1
Instalações embutidas ......................................................................................... 19
1.9.2
Instalações enterradas ......................................................................................... 20
1.9.3
Problemas com a dilatação térmica. ................................................................... 20
1.9.4
Estocagem dos materiais hidro-sanitários .......................................................... 21
2
Memorial de Cálculo. ....................................................................................................... 22
2.1 Adutora de água do complexo da Salgadeira. ............................................................ 22
2.2 Esgoto sanitário predial ............................................................................................. 23
2.3 Água fria predial ........................................................................................................ 24
2.3.1
Calculo do reservatório ....................................................................................... 24
2.4 água quente ................................................................................................................ 28
2.4.1
Reservatório de água quente (boiler) .................................................................. 28
2.4.2
Coletores solares ................................................................................................. 28
2.5 Drenagem do pátio ..................................................................................................... 29
2.6 Rede coletora de esgoto ............................................................................................. 35
2.6.1
Tratamento do esgoto ......................................................................................... 38
2.6.1.1
Tanque séptico............................................................................................. 38
2.6.1.2
Filtro Anaeróbio .......................................................................................... 39
2.6.1.3
Sumidouro ................................................................................................... 40
2
1 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS
1.1
NORMAS CONSULTADAS.
Serão executadas seguindo os padrões mínimos exigidos pelas normas da ABNT:
NBR 5626/98 – sistemas prediais de água fria;
NBR 8160/1999 – sistemas prediais de água pluviais ventilação, esgotamento sanitário
tubos e conexões de PVC;
NBR 13969/1997 - Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e
disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção e operação;
NBR 5647-1: Sistemas para adução e distribuição de água- Tubos e conexões de PVC
6,3 com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100;
NBR 9822 - Execução de Tubulações de PVC rígido para Adutoras de Água;
NBR 7665 - Sistemas para adução e distribuição de água - Tubos de PVC 12
DEFOFO com junta elástica – Requisitos;
NBR 7168/1993 – Projeto e execução de instalações prediais de água quente;
NBR 9649/1989 – Projeto de rede coletora de esgoto sanitário;
Obedecendo também o projeto apresentado.
1.2
CAPTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
Considerando que no local do empreendimento não há redes de distribuição de água
potável, pois o mesmo está localizado entre os municípios de Cuiabá e Chapada dos
Guimarães na MT 251, sendo um local onde há abundancia de água de riachos e
anteriormente a reforma já utilizavam – se do método de coleta de água desses riachos
considerou – se a possibilidade da captação se dar em um ponto a aproximadamente 1km do
local onde encontra – se o complexo da Salgadeira, próximo a nascente do Córrego da
Salgadeira.
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A captação será feita diretamente no córrego a uma cota de 410m do nível do mar, não
haverá conjunto motor bomba para a pressurização da rede, uma vez que o local onde será
feito a captação encontra – se em uma cota muito superior aos pontos de consumo sendo
localizados nas coordenadas geográficas de 15° 21’ 44,856”, sendo utilizado como material
para transporte da água o tubo de PEAD na cor azul de diâmetro nominal 25mm sendo
utilizado as conexões do mesmo material e diâmetros, com classe de pressão PN 6, a
tubulação deverá ser enterrada a uma profundidade não inferior a 0,20m do solo, afim de se
evitar choques mecânicos e que eventuais queimadas afetem a estrutura da tubulação
comprometendo assim o seu perfeito funcionamento.
Para o controle do fluxo da água e eventuais reparos que se façam necessários, haverá
03 registros de manobra para o fechamento da rede com o mesmo diâmetro da tubulação
empregada locados e mostrados conforme o projeto da rede adutora de água (AD) prancha
01/01 desenho 03.
No ponto 08 da rede de captação e distribuição de água haverá uma ramificação para
atender a todos os pontos do complexo da salgadeira, sendo que a pressão no ponto 08
mostrado será de aproximadamente 45,13 metros coluna d’água (m.c.a).
Nos pontos de consumo o controle do fluxo de água será feito por torneira boia
instalada com os mesmos diâmetros da tubulação apresentada e também serão instaladas nos
reservatórios elevados tubulações para extravasão e limpeza.
1.3
RESERVA DE ÁGUA DOS EDIFÍCIOS DO COMPLEXO DA SALGADEIRA.
Foi considerada para a reserva de água fria dos prédios do complexo Salgadeira a
suposta população que visitará o local e considerando também as pessoas fixas no local
(funcionários em geral). Deverão ser instalados reservatórios de água fria em polietileno de
alta densidade de mesmo volume, tamanho e dimensão nos locais mostrados em cada projeto.
Nos locais onde há mais de um reservatório os mesmos deverão ser unidos por tubulações de
ligação entre eles, conforme mostrado em projeto, haverá apenas uma entrada de água fria em
cada conjunto de reservatórios proveniente da rede de abastecimento de água, as tubulações
de extravasão (ladrão) e de limpeza dos reservatórios deverão ter diâmetros imediatamente
superiores ao de entrada, conforme mostrado em projeto.
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Para a reserva de água quente foi considerado boiler com as capacidades referentes a
cada local, sendo instalados em níveis mais baixos que o fundo dos reservatórios de água fria.
1.4
DISTRIBUIÇÃO INTERNA DE ÁGUA E COLETA DE ESGOTO
1.4.1 ÁGUA FRIA
As tubulações hidráulicas de água fria serão de PVC rígido soldável cor marrom,
classe 15 inclusive as conexões, ambos de primeira qualidade e executados conforme
mostrado em projeto.
Para cada ambiente ou grupo de aparelhos sanitários foi considerados registros de
gaveta de fechamento para controle do fluxo de água para eventuais manutenções futuras.
Os registros de gaveta serão todos de metal de primeira qualidade executados nas
dimensões e alturas mostradas nos projetos de cada edificação, deverão ter canopla e
acabamentos também de primeira qualidade.
Para os pontos de consumo deverão ser colocados conexões em PVC rígido soldável
azul com bucha de latão interna nos respectivos diâmetros.
As torneiras dos lavatórios e pias das cozinhas serão de mesa, sendo ligados as
tubulações por mangotes flexíveis, não sendo recomendado a instalação desses mangotes com
tamanhos inferiores a 30cm.
As torneiras de tanque e maquinas de lavar roupa serão fixadas diretamente em parede
com suas alturas respectivas conforme mostrado nos projetos específicos.
Para as bacias sanitárias, lavatórios, mictórios serão instalados sensores para o seu
devido acionamento e desligamento automático.
1.4.2 ESGOTO SANITÁRIO
As tubulações de esgotamento sanitário serão de PVC rígido soldável branco,
inclusive as conexões, ambos de primeira qualidade e executados conforme mostrado em
projeto.
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Haverá ramais de descarga e ramais de esgoto, sendo a primeira o ramal que vai da
saída do aparelho sanitário até a ligação com a caixa sifonada instalada, casos esses como os
lavatórios, sendo os ramais de esgoto toda tubulação instalada após as saídas das caixas
sifonadas. Os ramais de descarga geralmente apresentarão diâmetros de 40mm.
As saídas tubulações de esgoto deverão ser instaladas a uma altura máxima de 0,60m
do piso acabado, sendo observada a necessidade de cada aparelho sanitário para a coleta do
efluente produzido.
Para a coleta dos ramais de descarga e também das águas servidas dos chuveiros e dos
pisos serão instalados caixas sifonadas nos ambientes conforme os projetos apresentados,
sendo as caixas sifonadas de dimensões 100 x 100 x 50mm e 150 x 150 x 50mm, deverão ser
instalados porta grelhas e grelhas com acabamento metálico em cada caixa sifonada.
Todo o esgoto produzido nas edificações serão encaminhadas para caixas de
passagem/ inspeção de esgoto sendo construída de alvenaria de tijolo comum maciço de ½
vez revestido internamente com argamassa de cimento e areia sem peneirar no traço 1:3 no
fundo um lastro de concreto espessura 10cm e tampa em concreto de espessura 5cm com
puxador, as caixas terão as dimensões de 0,8 x 0,8m x profundidade variável e 0,6 x 0,6m x
profundidade variável dependendo da necessidade de escoamento.
As caixas de gordura deverão ser construídas com os mesmos materiais que as caixas
de passagem / inspeção, sendo instalada com níveis mais altos que o fundo, para acontecer o
sifonamento e o consequente acúmulo de gordura dentro das mesmas.
As tubulações de esgoto sanitário predial deverão obedecer as seguintes declividades,
para tubulações com diâmetros até 75mm inclinação mínima de 2% e para tubulações acima
de 75mm a 100mm inclinações de 1%.
Os esgotos produzidos nos edifícios do complexo Salgadeira serão todos
encaminhados para rede coletora e respectivo tratamento.
1.4.3 ÁGUA QUENTE
Toda a tubulação que sai do reservatório de água fria sendo encaminhado para o
reservatório de água quente (boiler), o que sai do boiler sendo encaminhada até as placas
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coletoras solares, a tubulação de retorno de água quente dos coletores solares até o boiler,
assim como as conexões serão de cobre (Cu), pode – se utilizar os tubos com ou sem costura,
sendo recomendados os sem costura. Não sendo possível toda a instalação mencionada acima
ser de cobre pelo menos 1,5m antes da entrada do boiler deverá ser desse material.
A tubulação que sairá do reservatório de água quente (boiler) para a alimentação
interna dos chuveiros deverá ser de (CPVC), também conhecido como Aquatherm, assim
como as conexões, respeitando os diâmetros mostrados em projeto.
O sistema de água quente foi projetado considerando a alimentação somente do
chuveiros de cada edifício 02 banhos para cada chuveiro instalado, com uma vazão média de
consumo de 50 litros de água quente por banho.
1.4.3.1 Placas de captação solar
Para a região onde encontra – se a cidade de Cuiabá e Chapada dos Guimarães, com
uma latitude aproximada entre 15° e 16° S é recomendado à instalação dos coletores solares
com um angulo de 26° em relação ao eixo horizontal do telhado ou o mais próximo possível
dessa angulação conforme mostrado nas pranchas dos projetos apresentados.
Os coletores solares deverão ser instalados preferencialmente voltados para o NORTE
geográfico, sem interferências relativas de sombras de arvores ou outros obstáculos que
venham a interferir na incidência dos raios solares diretos nos coletores, não sendo possível a
instalação dos coletores orientados para o NORTE geográfico os mesmos deverão ser
instalados os mais próximos possíveis desta orientação.
Os coletores deverão ter área mínima mostrada em projeto, podendo ser única chapa
ou em vários coletores que atinjam a área mínima necessária para o aquecimento da água.
O material dos coletores e do reservatório de água quente (boiler) deverá um material
para suportar e manter a temperatura da água entre 60°C e 70°C.
Conforme mostrado nos cortes esquemáticos de ligação de água fria do reservatório ao
boiler e ligação até as placas solares apresentados em pranchas é necessário prever um espaço
entre a tampa do reservatório de água fria e a cobertura para ser realizada a limpeza, deve
haver uma altura mínima necessária para a instalação de um joelho de 90° na saída da água
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fria do reservatório que vai alimentar o boiler, a entrada de água fria do boiler deve estar
localizada a um nível mais baixo que a saída de água do reservatório de água fria, para que o
mesmo trabalhe com a ajuda da gravidade.
Para que o sistema trabalhe como termo – sifão a saída de água fria do boiler até as
placas coletoras solares dever estar a pelo menos 30cm acima do nível da saída de água
quente das placas coletoras solares (retorno água quente ao boiler) conforme mostrado nos
cortes esquemáticos citado acima.
Os dispositivos de acionamento do sistema de água fria e quente dos chuveiros não
serão independentes. Eles serão acionados nos chuveiros por registro de pressão sendo unidos
por aparelho misturador.
As saídas das instalações de água quente, assim como os seus registros de gaveta e ou
pressão sempre deverão estar do lado esquerdo conforme mostrado em projeto.
1.4.4 APARELHOS SANITÁRIOS E INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PARA PNE
As bacias sanitárias para PNE serão de primeira qualidade, de louça da linha conforto
P51, com assento especial AP52 da linha conforto e válvula de descarga com acabamento em
e deve ser instalada a uma altura de 1,00m do piso acabado.
Serão fixadas 02 (duas) barras de apoio em aço cromado dim. 0,80m para cada bacia
sanitária PNE sendo uma ao lado e outra ao fundo, sendo instaladas a partir do seu inicio a
uma altura do piso acabado de 0,75m, afastadas a uma distancia de 0,30m da parede até o seu
inicio, conforme figura 01 abaixo.
A bacia sanitária para os portadores de necessidades especiais deve ser instalada entre
as alturas de 0,43m e 0,45m do piso acabado, medidas a partir da borda superior sem o
assento instalado, com o assento instalado essa altura deve ser no máximo de 0,46m do piso
acabado conforme figura 02 abaixo.
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Figura 1 - Bacia sanitária – Barra de apoio lateral e de fundo
Quando a bacia tiver uma altura inferior a 0,46m do piso acabado deve ser ajustada de
uma das seguintes formas:
Instalação de sóculo na base da bacia, devendo acompanhar a projeção da base da
bacia não ultrapassando em 0,05 m o seu contorno.
Figura 2 - Utilização de assento que ajuste a altura final da bacia.
Os acessórios dos sanitários para os portadores de necessidades especiais devem ter a
sua área de utilização dentro da faixa de alcance confortável, com altura entre 0,80m e 1,20m
do piso acabado.
A altura de instalação dos espelhos deve atender:
Em posição vertical: a altura da borda inferior deve ser de no máximo 0,90 e da borda
superior de no máximo 1,80m do piso acabado;
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Em posição inclinada: instalado a 10° em relação ao plano vertical, com a borda
inferior a no máximo 1,10m e a borda superior de no mínimo 1,80m do piso acabado
conforme figura 03 abaixo.
Figura 3 – Acessórios sanitários - espelhos
As papeleiras embutidas devem estar localizadas a uma altura de 0,50m e 0,60m do
piso acabado e uma distancia máxima de 0,15m da borda frontal da bacia. Papeleiras com
outras dimensões devem ser alinhadas com a borda frontal da bacia e o acesso ao papel deve
estar entre 1,00m e 1,20m do piso acabado.
1.5
REDE COLETORA DE ESGOTO DO COMPLEXO DA SALGADEIRA
A rede coletora de esgoto do complexo da Salgadeira terá por finalidade conduzir todo
o efluente produzido no interior das edificações para o sistema de tratamento de esgoto que
será construído no complexo da Salgadeira para tratamento dos efluentes antes da dispersão
final.
Foi considerada para escoamento em cada trecho da rede coletora uma vazão mínima
de 1,5l/s de esgoto, que é a vazão mínima de um aparelho sanitário de descarga (vaso
sanitário), sendo considerado uma vazão de chegada de esgoto de aproximadamente 80% do
total previsto do consumo de água do complexo mais o coeficiente de infiltração considerado
de 0,0001l/s x m de rede.
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O material utilizado será o PVC rígido soldável branco PBV de diâmetro igual a
100mm inclusive as conexões, ambos deverão ser de primeira qualidade.
Recomenda – se a instalação a cada 15m caixas de passagem / inspeção de esgoto,
para eventuais limpezas.
As caixas de passagem serão construídas em alvenaria de tijolo maciço de ½ vez
revestido internamente com argamassa de cimento e areia sem peneirar no traço 1:3 no fundo
um lastro de concreto espessura 10cm e tampa em concreto de espessura 5cm com puxador,
as caixas terão as dimensões de 0,8 x 0,8m x profundidade variável conforme mostrado no
projeto.
Deverão ser obedecidas as profundidades mínimas de cada caixa de passagem /
inspeção, assim como as inclinações e diâmetros mostradas em cada trecho.
Para o assentamento da tubulação deverá ser colocado um lastro de areia de espessura
não inferior a 0,05m em toda a extensão e largura da vala, sendo com o fundo apiloado sendo
reaproveitado o material escavado da vala para o reaterro da mesma.
Nos locais indicados no projeto da rede coletora de esgoto com circulação de veículos
a tubulação de esgoto deverá ser “envelopada” com concreto não estrutural e resistência de
15MPA.
1.5.1 TRATAMENTO DO ESGOTO
Todo o esgoto da edificação será encaminhado e lançado em tratamento de esgoto
composto por tanque séptico, filtro anaeróbio e caixa de desinfecção conforme locado em
planta para após ser encaminhado para o sumidouro para dispersão em solo.
O sistema de tratamento de esgoto adotado acima foi escolhido por apresentar algumas
vantagens.
A tecnologia de reatores anaeróbios para o tratamento de esgoto sanitário vem sendo
extensivamente desenvolvida no país nos últimos trinta anos. Apresentando vantagens, como
baixos custos de construção e operação, e baixa produção de lodo, os reatores anaeróbios
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demonstram ser alternativa bastante atrativa para a mitigação dos problemas de saneamento
básico urbano e, principalmente, das áreas rurais.
A associação de 02 reatores anaeróbios (tanque séptico e filtro anaeróbio de fluxo
ascendente) sendo o segundo com camada de brita n° 4 apresenta uma eficiência em termos
de remoção de DBO e DQO em torno de 70 a 75% e de SST em torno de 90%, tornando – se
uma boa escolha, uma vez que não há efluentes específicos a serem tratados, sendo uma ótima
alternativa também uma vez que não é sabido se haverá responsáveis pela operação de outros
sistemas mais complexos.
Após a passagem do esgoto pelos sistemas anaeróbios o esgoto entrará em contato
com uma camara de desinfecção por contato direto, onde ficara por aproximadamente 30
minutos antes de seguir para a dispersão, essa camara de desinfecção é importante para a
remoção de organismos patogênicos presentes nos esgotos.
O tanque séptico terá as dimensões de 3,60m x 1,85m x 1,80m úteis e deverá ser
construído de modo de será estanque, ou seja, não deverá sair o liquido que deverá estar
dentro para ser tratado e nem entrar líquidos que estejam do lado de fora a fim de atrapalhar o
tratamento nessa etapa.
O filtro anaeróbio terá as dimensões de 3,45m de diâmetro com altura de fundo falso
de 0,55m e camada de filtragem em brita nº03 de 0,80m de altura, o filtro anaeróbio também
deverá ser estanque para evitar a saída do efluente a ser tratado e a entrada de outros líquidos
no seu interior.
Após a saída do filtro anaeróbio o efluente deverá passar por uma caixa de desinfecção
que deverá ser construída nas dimensões de 0,80m x 0,80m (largura x comprimento) por
1,00m de profundidade, sendo que a altura útil do efluente deverá ser de 0,65m sendo
instalado um cesto metálico para a colocação das pastilhas de cloro em contato direto com o
efluente, esse efluente deverá permanecer por um período mínimo de 30 minutos para uma
melhor eficiência na desinfecção.
1.5.2 OPERAÇÃO DOS TANQUES SÉPTICOS E FILTROS ANAERÓBIOS
Os tanques foram dimensionados para um período de limpeza máximo de 360 dias.
Depois de decorrido este período deve ser suspenso à operação do sistema e ser procedida à
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operação de limpeza. Na operação do sistema e na operação de limpeza (remoção do lodo
digerido) deverão ser atendidas as seguintes condições:
Que nenhum manancial destinado ao abastecimento humano corra perigo de
contaminação;
Que não sejam prejudicadas as condições de balneabilidade dos locais de
recreio e de esporte;
Que não venham a ser observados odores desagradáveis, presença de insetos e
outros inconvenientes;
Que não haja poluição do solo capaz de afetar direta ou indiretamente pessoas
ou animais;
Desde que não sejam prejudicadas as condições supra relacionadas, o lodo digerido
retirado das fossas, poderá ser enterrado, disposto em aterro sanitário ou em estações de
tratamento de esgotos sanitários (cujo o lodo faz parte do tratamento, um exemplo são as
estações aeradas) ou em pontos da rede coletora de esgoto sanitário, se houver. Os tanques
deverão sofrer inspeção semestral. Quando forem observados diminuição da capacidade de
funcionamento deverão ser executadas operações de limpeza. No caso de serem observados
odores inconvenientes no início da operação do sistema, recomenda-se a introdução de 50 a
100 L de lodo proveniente de fossas antigas ou na inexistência, de solo rico em húmus. Se na
operação o tanque séptico produzir maus odores, é conveniente introduzir uma substância
alcalinizante, por exemplo, a cal.
1.5.2.1 Operação e manutenção do tanque séptico
O bom funcionamento do sistema de tratamento de esgotos tanque séptico –
disposição sub-superficial estão vinculados aos exercícios corretos de adequadas medidas
operacionais e de manutenção. Examina – se a seguir cada etapa do tratamento objeto de
presente manual.
1.5.2.1.1 Cuidados com o afluente
É conveniente evitar – se o uso de qualquer desinfetante que seja no afluente do
tanque séptico ou nos esgotos porquanto isso inibirá a digestão dos lodos e,
consequentemente, provocará a exalação de odores desagradáveis.
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Um dos desinfetantes que se conhece como isento de tais efeitos é o hidróxido de
cálcio ou cal extinta, porém o mesmo costuma combinar – se com certos componentes dos
esgotos, resultando em materiais incrustantes. Isso poderá obstruir as tubulações e causar
outros efeitos prejudiciais.
O desinfetante que, além de não provocar o desprendimento de maus odores, ainda
auxilia a digestão e não se incrusta em qualquer superfície, é a cinza vegetal. Esta, contudo,
não desperta interesse por ser solução muito simplista e barata. Outro desinfetante, tal como o
cloro ou equivalente só deve ser adicionado ao efluente destinado ao corpo receptor, que é o
caso do efluente após a saída do filtro anaeróbio.
1.5.2.1.2 Limpezas periódicas
O intervalo entre duas limpezas consecutivas vai depender da intensidade do uso do
tanque. Quanto maior o uso, menor o intervalo. Recomenda – se como mínimo o prazo de um
ano (como projetado para o caso do complexo Salgadeira). O ideal, porem, é subordinar a
freqüência das limpezas as condições do efluente no tanque. Quando, além da turbidez natural
do liquido, se começar a perceber a presença de pequenas partículas de sólidos sedimentáveis,
deve – se providenciar a retirada do material decantado no tanque. O volume adicional
ocupado pelo lodo diminui o tempo de retenção, provocando sedimentação progressivamente
menor, com o conseqüente arraste das partículas não decantadas, pois a velocidade aumenta
com a contração da seção de escoamento.
Para detectar essa situação, basta inspecionar periodicamente as condições do efluente
na caixa de passagem que deve ser intercalada entre o tanque séptico e o sistema de
tratamento secundário.
1.5.2.1.3 Controle de operação
A quantificação dos sólidos sedimentáveis indevidamente presentes no efluente do
tanque é feita deixando-o por algum tempo em repouso dentro de tubos especiais, cujo fundo
se afunila gradativa e suavemente, assumindo forma cônica. Tais tubos são conhecidos como
“cones de Imhoff”. Seu fundo graduado mostra o volume de sólidos que ali decantaram
durante o repouso.
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Outro exame de interesse é a determinação da DBO – Demanda Bioquímica de
Oxigenio, que é feita com o afluente e com o efluente da fossa. Assim pode ser avaliada a
redução conseguida pelo tratamento.
A fossa simples, geralmente, tem a capacidade de reduzir o DBO em até 40% e se dar
tal rendimento pode ser considerada eficiente.
1.5.2.2 Operação e Manutenção do Filtro Anaeróbio
Antes de entrar em operação, o filtro anaeróbio deverá ser preenchido com água para
detecção de eventuais vazamentos. Quando o tanque séptico entrar em operação seu efluente
alimentará diretamente o filtro anaeróbio.
1.5.2.2.1 Retirada do lodo
O lodo que se acumula no filtro anaeróbio deve ser periodicamente removido. A
primeira retirada deve ser feita após um ano e meio de funcionamento e as subseqüentes a
cada seis meses. Podem – se programar retiradas simultâneas de sólidos do tanque séptico e
do filtro anaeróbio nas mesmas datas para evitar onerar as limpezas.
O filtro anaeróbio deve ser provido de um sistema que possibilite essa operação. No
projeto apresentado foi previsto uma tubulação para a realização das limpezas que vai da
tampa acabada até o fundo falso do filtro anaeróbio.
Durante a operação de limpeza do filtro anaeróbio ele não deve ser esvaziado, devendo
inserir pela tubulação citada um mangote flexível que vai até o fundo falso usando conjunto
de bombas para a sucção do lodo.
1.5.2.2.2 Limpeza da canaleta de saída do efluente.
A cada limpeza e manutenção do sistema, deve – se realizar a limpeza das canaletas de
saída do efluente, retirando – se o excesso de matérias que possa interferir no caminho do
efluente até o próximo processo que é a desinfecção.
1.5.2.3 Verificação Da Eficiência Do Sistema
É aconselhável que se verifique a cada mês a eficiência de remoção de carga orgânica
e dos sólidos do sistema efetuando analises em amostrar coletadas na entrada e saída do
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tanque séptico e na saída do filtro anaeróbio, um ponto provável para a coleta pode ser a caixa
de distribuição dos efluentes que vão para os sumidouros, pois já passou por todo o processo
de tratamento proposto para o complexo.
Logo nos primeiros meses a eficiência do tratamento poderá ser desfavorável, devido
ao inicio da operação, é necessário um período de pelo menos 03 meses até que as bactérias
anaeróbicas tomem forma e comecem a realizar a neutralização da carga orgânica.
1.5.3 OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DO SUMIDOURO
A quantidade de matéria orgânica que chega ao sumidouro é um dos fatores
determinantes no intervalo de manutenção previsto para o sumidouro. Com o passar do
tempo, a superfície do solo ao redor do sumidouro começa a colmatar, diminuindo a
capacidade de infiltração do mesmo. Caso ocorra deficiência na unidade, o solo colmatado ao
redor do sumidouro deverá ser removido. Se possível, a utilização de outro sumidouro poderia
evitar este tipo de colmatação. A simples exposição da superfície do sumidouro ao ar, sem
chegar matéria orgânica, vai recuperando a capacidade de infiltração do solo, através da
eliminação do biofilme.
1.6
DRENAGEM PLUVIAL DO TERRENO
Para a drenagem do terreno foram considerados 02 tipos de valas de drenagem.
1) vala de drenagem em formato de U, que será construída em alvenaria de tijolo
maciço com lastro de concreto no fundo e deverá ser chapiscado e rebocado
com argamassa com aditivo impermeabilizante localizada em torno das
edificações (restaurante, Centro de Interpretação do Turista, loja) nos locais
onde haverá circulação de pessoas, com caminhos previstos deverá ser
colocada uma grelha de metal conforme mostrado no projeto;
2) vala de drenagem em formato de V, que será em concreto não estrutural está
localizado em torno do estacionamento do usuários.
1.6.1 VALA DE DRENAGEM EM FORMATO DE U
A vala de drenagem de piso com grelha tem as seguintes constituintes:
Lastro de concreto simples;
16
Alvenaria de tijolos maciços comuns;
Grelha de ferro fundido redondo (somente em locais indicados em planta);
Argamassa de revestimento para alvenaria.
1.6.1.1 Execução da vala de drenagem com grelha
Deverá ser feita escavação manual ou mecanizada conforme necessidades em terra de
qualquer natureza e deverá ser feito o apiloamento do fundo de vala, o trecho deverá ser
escavado com pelo menos a largura mínima necessária para o assentamento dos tijolos
maciços e respeitando a inclinação mínima mostrada em projeto em toda a sua extensão.
O lastro de concreto simples será nos traços de 1:4:8 de cimento, areia e brita, deverá
ser construído no fundo de vala já apiloado e com espessura mínima de 0,05m, esse lastro
deverá passar em pelo menos 0,05m do final da parede em alvenaria a ser construída.
As paredes da vala de drenagem com grelha deverão ser construídas em alvenaria de
tijolos maciços de ½ vez, assentado com argamassa de cal hidratada e areia no traço de 1:4,
com a adição de 100 kg de cimento por m³ (aproximadamente 1000 kg) de argamassa. Para o
revestimento interno das paredes da vala de drenagem com grelha e regularização do fundo
das mesmas deverão ser empregada argamassa no traço 1:3 de cimento e areia, com a adição
de hidrófugo a 3% (a cada 100 kg adicionar 03 kg do hidrófugo) do peso do cimento para a
sua impermeabilização.
As grelhas para a colocação na vala de drenagem nos locais indicados serão em barra
redonda com dimensões de 3/8mm com espaçamento entre elas de 0,015m e assentadas sobre
cantoneira de ferro chato 3/16mm com dimensões de 0,02 x 0,02 (largura x altura),
chumbadas na estrutura de da vala de drenagem, cada grelha deverá ter a dimensão de 1,50m
x 0,28m (comprimento x largura), ou se a largura não for compatível com a vala de drenagem
deverá ser adaptada ao seu tamanho.
1.6.2 VALA DE DRENAGEM EM FORMATO DE V
Vala de drenagem, que é construído em concreto simples, com abertura da boca a
superior em 0,55m com profundidades variadas dependendo da inclinação adotada no trecho.
17
A vala de drenagem será executada em concreto não estrutural, com fck 15 preparado
com betoneira e aditivo impermeabilizante, será construído em local indicado em projeto,
escavado e apiloado no fundo e laterais da vala, assim como as calçadas que ficaram em torno
da vala.
A vala de drenagem dever ser nivelada de forma a obedecer às inclinações indicadas
em projeto para o correto escoamento das águas pluviais.
As paredes internas da vala de drenagem devem ter inclinação igual à 45º conforme
mostrado em projeto.
Para o lançamento homogêneo e correto do concreto na vala de drenagem devem ser
formados quadros ripados a cada 1,5m de distância, os quadros devem permanecer até a cura
total do concreto.
No fundo da vala de drenagem deve ser colocado um lastro de brita graduada com
espessura de 0,06m.
Quando do lançamento do concreto para a execução das valas de drenagem o concreto
não estrutural deve ser adensado e regularizado para ter uma superfície livre de imperfeições
diminuindo o atrito da água com a superfície melhorando o escoamento do liquido.
1.7
ALTURA DOS PONTOS DE UTILIZAÇÃO
Lavatório – 0,60m
Pia cozinha – 0,60m*
Vaso sanitário – 0,30m
Vaso sanitário pne – 0,38m
Registros de gaveta – entre 2,00m e 2,20m
Registro pressão chuveiro – 1,10m
Chuveiro – 2,10
Tanque de lavar roupa – 1,00m
Maquina lavar roupa - 0,75m
*As torneiras da pia deverão ser de mesa e instaladas pontos na altura de 0,60m
sendo ligadas por mangotes flexíveis até as torneiras.
18
1.8
EXECUÇÃO DA TUBULAÇÃO SOLDÁVEL.
1º Passo.
Cortar o tubo no esquadro e lixe as superfícies a serem soldadas, deve ser observado
que o encaixe deve ser bastante justo, quase impraticável sem o adesivo plástico, pois sem a
pressão não se estabelecem a soldagem (Figura 4).
Figura 4 – Tubo sendo lixado.
2º Passo.
Limpar as superfícies lixadas com solução limpadora para eliminar impurezas e
gorduras que podem atrapalhar na soldagem (Figura 5).
Figura 5 – Limpeza da superfície lixada.
3º Passo.
19
Distribua uniformemente o adesivo com um pincel ou com o bico da própria bisnaga
nas bolsas e nas pontas a serem soldadas, deve ser evitado e excesso de adesivo (Figura 6).
Figura 6 – Aplicação de adesivo
4º Passo.
Encaixar de uma vez as extremidades a serem soldadas, fazendo enquanto encaixa um
leve movimento de rotação de ¼ de volta entre as peças até atingir a posição definitiva. O
excesso de adesivo deve ser removido e deve – se esperar 01(uma) hora para encher o tubo de
água e 12 (doze) horas para se realizar o teste de pressão no sistema (Figura 7).
Figura 7 – Encaixe do tupo.
1.9
ASSENTAMENTO DAS TUBULAÇÕES.
1.9.1 INSTALAÇÕES EMBUTIDAS
As instalações deverão permitir um fácil acesso para qualquer necessidade de reparo e
não devera prejudicar a estabilidade da construção, a tubulação não deverá ficar solidária a
estrutura da construção, devendo existir folga ao redor do tubo na travessia das estruturas ou
20
paredes para se evitar danos à tubulação na ocorrência de eventuais recalques - rebaixamento
da terra ou da parede após a construção da obra - (Figura 8).
Figura 8 – Esquema para tubulação embutida
1.9.2 INSTALAÇÕES ENTERRADAS
As instalações devem ser assentadas em terreno resistente ou sobre base apropriada,
livre de detritos ou materiais pontiagudos. O fundo da vala ou piso onde será assentado deve
estar uniforme, quando for preciso usar areia ou material granular para regularizar o fundo,
após a tubulação estar assentada no seu local próprio preencher lateralmente com o material
indicado compactando o material em pequenas camadas até atingir a altura da parte superior
do tubo, completar com material até aproximadamente 30cm acima da parte superior do tubo
assentado em locais onde não há trafego pesado (Figura 9)
Figura 9 – Esquema de assentamento para tubulações enterradas
1.9.3 PROBLEMAS COM A DILATAÇÃO TÉRMICA.
Em locais muito quentes não é recomendado que as tubulações fiquem aparentes as
intempéries, quando expostos muito tempo ao calor excessivo ocorre o fenômeno da dilatação
21
térmica nas tubulações, que é quando o tamanho do material aumenta em função da variação
da temperatura, com esse fenômeno pode haver o rompimento da tubulação (Figura 10).
Figura 10 – Esquema de deformação e rompimento de tubulações
1.9.4 ESTOCAGEM DOS MATERIAIS HIDRO-SANITÁRIOS
Para a estocagem devem – se procurar locais de fácil acesso e preferencialmente a
sombra, livre da ação direta ou da exposição direta ao sol. Deve – se proteger o material
estocado em local coberto formado por uma grade de ripas ou estrutura de cobertura simples
desmontagem. Da mesma maneira com no transporte os tubos que não forem agrupados em
feixes devem ser empilhados com as pontas e bolsas alternados, a primeira camada de tubo
tem que estar totalmente apoiada deixando livre somente às bolsas, para se conseguir esse
apoio continuo pode ser utilizado um tablado de madeira ou caibros (em nível) distanciados
1,50m colocados transversalmente a pilha de tubos. Pode – se fazer um empilhamento com
altura máxima de 1,50m independente da bitola ou da espessura dos tubos. Outra alternativa
para o empilhamento que pode ser adotada é a de camadas cruzadas, na qual os tubos são
dispostos com as pontas e as bolsas alternadas, porem em camadas transversais (figura 08).
22
Figura 11 – Esquema de para estocagem de materiais hidrossanitários
2 MEMORIAL DE CÁLCULO.
2.1
ADUTORA DE ÁGUA DO COMPLEXO DA SALGADEIRA.
Para calculo das perdas de carga no trecho da adutora foi considerado a equação de
Hazen – Willians que mostra a perda de carga unitária por metro de tubulação.
1) Perda de carga
Hf = J x Le
Onde: hf = perda de carga entre dois pontos
J = perda de carga unitária
j = ((4 x Q) / (0,355 x PI x C x D^2,63))^1,852 , sendo
Q = vazão (m³/s) , C = coeficiente admissional (130) e D = diâmetro interno da tubulação (m)
Le = Comprimento equivalente tubulação
comprimento real + comprimento virtual
Considerou – se um consumo total diário para todo o complexo em sendo de
17220litros como será mostrado mais adiante.
No ponto de captação (p1) foi considerado uma pressão igual a 0 m.c.a.
Trecho p1 – p2
Cterreno p1 = 410m
Cterreno p2 = 396
Comprimento = 100m
23
Le = 115m
C = 130
J = 0,00115m/m
Hf = 0,13224m
Desnível entre p1 e p2 é igual a 14m
Pressão no ponto p2 é igual a 14m menos as perdas hf (0,13224m)
P2 = 13,87 m.c.a
Considerando os dados apresentados no projeto e acima temos a pressão em cada
trecho sendo:
P3 = 16,77m.c.a
P4 = 19,7m.c.a
P5 = 21,61m.c.a
P6 = 28,45m.c.a
P7 = 35,26m.c.a
P8 = 45,13m.c.a
P8.1 = 45,53m.c.a
P8.2 = 38,11m.c.a
P8.2.1 = 43,61m.c.a
P9 = 45,9m.c.a
2.2
ESGOTO SANITÁRIO PREDIAL
Para as instalações de esgotamento sanitário foram utilizados as unidades de Hunter de
contribuição (UHC), sendo lançados em seus ramais de descarga e posteriormente nos ramais
de esgoto.
Em seu ramal de descarga são utilizadas as unidades de Hunter de contribuição
isoladas, sendo somadas após a passagem pela caixa sifonada ou outro dispositivo que venha
a fazer a união dos ramais de descarga de cada aparelho sanitário.
24
Abaixo as tabelas de dimensionamento dos esgotos através das unidades de Hunter de
contribuição.
Tabela 1 – Ramais de descarga
APARELHO SANITÁRIO
Nº UNIDADE DE
DIAMETRO NOMINAL
HUNTER DE
MINIMO DO RAMAL DE
CONTRIBUIÇÃO
DESCARGA DN (MM)
BACIA SANITÁRIA
06
100
LAVATÓRIO DE USO
02
40
GERAL
MICTÓRIO
02
40
PIA DE COZINHA
03
50
Tabela 2 - Ramais de esgoto
DIAMETRO NOMINAL MINIMO DO
TUBO DN (MM)
40
50
75
100
Nº MÁXIMO DE UNIDADES DE
HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO
03
06
20
160
Os ramais de ventilação são dimensionados para evitar que o mau cheiro volte, são
instalados geralmente após as saídas das caixas sifonadas.
Nº DE UNIDADES DE HUNTER DE
CONTRIBUIÇÃO
ATÉ 17
18 A 60
2.3
DIAMETRO NOMINAL DO RAMAL
DE VENTILAÇÃO DN (MM)
50
75
ÁGUA FRIA PREDIAL
O dimensionamento do volume de água fria foi considerado pelas edificações
separadas considerando seus usos e a população prevista para cada local. Sendo que os per
capitas considerados também variam em função de cada ocupação e função de cada prédio.
2.3.1 CALCULO DO RESERVATÓRIO
Vres = (N x per capita)/1000
Onde:
25
Vres = volume reservatório (m³)
N = numero de contribuintes
Per capita = quantidade de água utilizada por pessoa.
Para o prédio do Centro de Interpretação do Turista onde há também leitos, lavanderia
e auditório a serem considerados têm o seguinte cálculo.
Como não é possível saber a quantidade de pessoas que trabalharão no local foi
considerada o numero de pessoas por metro quadrado de escritório, sendo que para esse tipo
de ocupação considera – se uma pessoa a cada 6m², então temos:
Área da administração a considerar como escritório = 202,58m², sendo 01 pessoa a
cada 6m² temos um total de 34 pessoas, com o per capita de 80 litros pessoa dia temos o
consumo de 2720 litros.
Considerando que há a capacidade da instalação de 16 leitos no local considerou – se
um per capita por leito de 120 litros dia tendo um total de 1920 litros.
Considerando ainda que há uma lavanderia no local considerou – se um montante de
5kg por leito considerado, sendo assim temos 16 leitos x 5kg = 80kg de roupa secas para
lavagem, consideramos um per capita de 30 litros por quilo de roupa seca, assim temos um
montante de 2400litros dia para lavagem de roupa, no prédio administrativo ainda tem – se
um auditório para um total de 60 pessoas, considerando 04litros dia por lugar tem – se
240litros dia.
Portanto o total de água x dia no prédio administrativo em dias de máximo consumo
será de aproximadamente 7000 litros.
Para o prédio restaurante temos o seguinte calculo:
No local há previsão para aproximadamente 300 refeições x dia, considerando um per
capita de 25 litros dia por refeição temos um consumo de 7500 litros dia, mais um montante
de aproximadamente 15 funcionários no restaurante consideramos mais um montante de 1600
26
litros dia, sendo deve – se ter uma reserva de aproximadamente 9100 litros dia para o prédio
restaurante.
Para o posto policial foi considerado um per capita de água de 125litros x dia por cada
policial, considerando que tem – se 02 leitos e trabalhos de 02 turmos temos um total de 04
pessoas dia, totalizando um consumo e reserva de 500 litros x dia.
Para as guaritas foram considerados 01 funcionário por turno sendo considerado 02
turnos de trabalho com um per capita de 125 litros pessoa dia totalizando 300 litros dia para
cada guarita.
Para o dimensionamento dos ramais internos de água fria foram considerados:
O número de peças de utilização que esta tubulação irá atender;
A quantidade de água (vazão) que cada peça necessita para funcionar
perfeitamente.
Esta quantidade de água está relacionada com um numero chamado de “peso das peças
de utilização” segundo a tabela abaixo.
Tabela 3 – Peso peças de utilização
Vazão de projeto
Peso
L/s
relativo
Caixa de descarga
0,15
0,30
Válvula de descarga
1,70
32
Banheira
Misturador (água fria)
0,30
1,0
Bebedouro
Registro de pressão
0,10
0,1
Bidê
Misturador (água fria)
0,10
0,1
Chuveiro ou ducha
Misturador (água fria)
0,20
0,4
Chuveiro elétrico
Registro de pressão
0,10
0,1
Lavadora de pratos ou de roupas
Registro de pressão
0,30
1,0
Aparelho sanitário
Peça de utilização
Bacia sanitária
27
Torneira ou misturador (água
Lavatório
fria)
Com sifão
integrado
Válvula de descarga
0,15
0,3
0,50
2,8
0,15
0,3
Caixa de descarga, registro de
Mictório cerâmico
Sem sifão
pressão ou
integrado
válvula de descarga para
mictório
Mictório tipo calha
Torneira ou
misturador (água
Caixa de descarga ou registro
0,15 por metro
de pressão
de calha
Torneira ou misturador (água
0,3
0,25
0,7
Torneira elétrica
0,10
0,1
Tanque
Torneira
0,25
0,7
Torneira de jardim ou lavagem em geral
Torneira
0,20
0,4
Pia
fria)
Torneira elétrica
fria)
Esses pesos por sua vez, tem relação direta com os diâmetros mínimos necessários
para o funcionamento das peças.
Portanto, para que possamos determinar os diâmetros das barriletes, colunas, ramais e
sub-ramais, devemos:
Calcular a soma dos pesos das peças de utilização para cada trecho da tubulação,
levando em conta as vazões e pressões mínimas necessárias para o devido funcionamento dos
aparelhos sanitários, calculando em seguida a perda de carga de cada trecho, sendo que o
máximo admissível é 0,008m/m, não havendo essa perda admite – se utilizar a tubulação.
28
2.4
ÁGUA QUENTE
2.4.1 RESERVATÓRIO DE ÁGUA QUENTE (BOILER)
A rede de água quente será instalada somente nos locais com chuveiros, sendo que os
boilers foram dimensionados de forma separadas em cada edificação.
Vboiler = Np x V per capita
Onde: Vboiler = volume necessário do boiler (litros).
Np = número de pessoas no local (unidade) (para esses casos foram considerados para
o prédio do Centro de Interpretação do Turista 01 banho para cada leito sendo 16 leitos
considerados, no prédio restaurante foram considerados 20 banhos por dia e para o posto
policial foram considerados 04 banhos por dia).
V per capita = Volume de água quente por pessoa dia - considerando o aparelho
chuveiro (50 litros dia).
Vboiler Centro de Interpretação do Turista = 800 litros
Vboiler posto policial = 200 litros
Vboiler restaurante = 1000 litros
2.4.2 COLETORES SOLARES
Área: Para efeito de cálculos dos coletores solares considera – se para inicio 1m² de
placa, sendo acrescentado mais 1m² para cada 100 litros reservados ou por fração.
Considerando os volumes dos boilers mostrados acima temos a metragem quadrada de
cada placa solar para os edifícios, sendo:
Placas solares Centro de Interpretação do Turista = 9m²
Placas solares Posto policial = 3m²
Placas solares restaurante = 11m²
29
Orientação: As placas devem ser instaladas sempre que possível para o norte
geográfico da região, sendo admitida uma variação de angulo 30° tanto para o nordeste
quando para o noroeste, não sendo recomendada jamais a sua instalação na orientação leste ou
oeste.
Inclinação: Para efeito de cálculo da inclinação das placas solares considerou – se a
latitude local da cidade de Cuiabá / Chapada dos Guimarães acrescido de aproximadamente
mais 10°, sendo assim.
Latitude média da cidade de Cuiabá : 15° 35’ 45,5”
Latitude acrescido de mais 10° = 26° ângulo de inclinação das placas.
Uma observação importante que deve ser levado em conta para a instalação das placas
é a orientação do sol no céu nas épocas distintas do ano, por exemplo: o ângulo de incidência
do sol na terra no verão é diferente em relação ao ângulo de incidência do sol no inverno em
determinado local.
2.5
DRENAGEM DO PÁTIO
Foram considerados para efeitos de cálculos das valas de drenagem as inclinações dos
terrenos, inclinações mínimas e capacidade de escoamento, sendo apresentado na Tabela 4, na
Tabela 5, na Tabela 6 e na Tabela 7 a seguir.
30
Tabela 4 –Cálculo de drenagem - Restaurante
TRECHOS RESTAURANTE (VALA DE DRENAGEM EM U)
P 01 - P 02
Cota
Cota
Inclinação Inclinação do Inclinação
terreno
Terreno
Profundidad Profundidad
do terreno
terreno
adotada
montante Jusante
e inicial(m)
e final (m)
(%)
(m/m)
(%)
(m)
(m)
365,8
365
3,07 0,030698388
0,05
0,30
0,31
26,06
P 02 - P 03
14,37
365
364,8
P 03 - P04
23,49
364,8
365,5
P 04 - P 05
16,29
365,5
364,5
6,14
P 01 - P 07
16,43
365,8
365,4
P 07 - P 08
32,76
365,4
364,3
P 08 - P 09
2,43
364,3
P 09 - P 10
14,57
P 10 - P 11
Comprimento
(m)
Trecho
1,39
0,013917884
0,05
0,31
0,32
-2,98 -0,029799915
0,5
0,30
0,42
0,061387354
0,05
0,42
0,43
2,43
0,024345709
0,05
0,30
0,31
3,36
0,033577534
0,05
0,31
0,32
364,2
4,12
0,041152263
0,05
0,32
0,33
364,2
363,3
6,18
0,061770762
0,05
0,33
0,33
2,87
363,3
363,4
-3,48 -0,034843206
1
0,33
0,36
P 11 - P 05
32,36
363,4
364,5
-3,40 -0,033992583
1
0,36
0,69
P 05 - P 12
4,77
364,5
363,8
14,68
0,146750524
0,05
0,69
0,69
P 12 - P 13
8
363,8
360,8
37,50
0,375
0,05
0,69
0,69
31
Tabela 5 – Cálculo de drenagem - Loja
TRECHOS LOJA (VALA DE DRENAGEM EM U)
Trecho
P 01 - P
02
P 02 - P
03
P 03 - P
04
P 04 - P
05
P 05 - P
06
Cota
Cota Inclinação
do
Comprimento terreno Terreno
montante Jusante terreno
(m)
(m)
(m)
(%)
Inclinação
adotada (%)
Profundidade
inicial(m)
Profundidade
final (m)
18,25
363,6
363,6
0,00
0,5
0,30
0,39
14,66
363,6
362,7
6,14
0,05
0,39
0,40
17,95
362,7
362,3
2,23
0,05
0,40
0,41
13,74
362,3
360,9
10,19
0,05
0,41
0,41
8
360,9
357,3
45,00
0,05
0,41
0,42
32
Tabela 6 – Cálculo drenagem – Centro de Interpretação do Turista
Trecho
P 01 - P 02
P 02 - P 03
P 03.1 - P03
P 03 - P 04
TRECHOS CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO TURISTA (VALA DE DRENAGEM EM U)
Cota
Cota
Inclinação
Inclinaçã
Inclinação do
Profundidade Profundidade
Comprimento
terreno Terreno
do terreno
o adotada
(m)
montante Jusante
terreno (m/m)
inicial(m)
final (m)
(%)
(%)
(m)
(m)
30,46
357,9
358,2
-0,98 -0,009848982
0,5
0,30
0,45
17,11
358,2
357,4
4,68 0,046756283
0,05
0,45
0,46
357,1
357,4
-0,99 -0,009940358
0,5
0,30
0,45
30,18
357,4
356,9
4,01 0,040064103
0,05
0,46
0,47
12,48
P 04 - P 05
7
356,9
356,6
4,29
P 06 - P 07
28,94
357,7
358,1
-1,38
P 07 - P 08
16,94
358,1
357,3
4,72
P 08.1 - P 08
28,79
357,3
357,3
0,00
P 08 - P 09
6,98
357,3
356,9
P 09 - P 10
7
356,9
P 11 - P 12
27,31
P 12 - P 13
0,042857143
0,05
0,47
0,47
-0,0138217
0,5
0,30
0,44
0,047225502
0,05
0,44
0,45
0
0,5
0,30
0,44
5,73
0,05730659
0,05
0,45
0,45
356,5
5,71
0,057142857
0,05
0,45
0,46
357,4
355,05
8,60
0,086049066
0,05
0,30
0,31
15,96
355,05
354,8
1,57
0,01566416
0,5
0,31
0,39
18,1
356,5
354,8
9,39
0,093922652
0,05
0,30
0,39
P 13 - P 14
3
354,8
354,6
6,67
0,066666667
0,05
0,39
0,39
P 14 - P 15
6
354,6
354
10,00
0,1
0,05
0,39
0,39
P 13.1 - P 13
33
Tabela 7 – Cálculo drenagem - Estacionamento
Trecho
P 01 - P 02
P 02 - P 03
P 03 - P 04
P 04 - P 05
TRECHOS ESTACIONAMENTO (VALA DE DRENAGEM EM V)
Cota
Inclinação do
Inclinação
Profundidade
Comprimento
Cota terreno
Terreno
terreno (%)
adotada (%)
inicial(m)
(m)
montante (m)
Jusante (m)
9,63
360,1
359,8
3,12
0,05
0,30
7,21
359,8
359,9
-1,39
1
0,30
37,86
359,9
358,7
3,17
0,05
0,38
1,82
358,7
358,7
0,00
1
0,40
Profundidade
final (m)
0,30
0,38
0,40
0,41
P 05 - P 06
39,05
358,7
355,1
9,22
0,05
0,41
0,43
P 06 - P 07
6
355,1
353
35,00
0,05
0,43
0,44
P 01 - P 08
33,17
360,1
358,1
6,03
0,05
0,30
0,32
P 08 - P 09
8,06
358,1
358,4
-3,72
1
0,32
0,40
P 09 - P10
13,78
358,4
357,3
7,98
0,05
0,40
0,40
P 10 - P 11
42,4
357,3
353,05
10,02
0,05
0,40
0,43
P 11.1 - P 11
5,26
353,2
353,05
2,85
0,5
0,30
0,43
P 11 - P 12
5,18
353,05
352,6
8,69
0,05
0,43
0,43
P 12 - P 13
43,09
352,6
351,7
2,09
0,05
0,43
0,45
3,49
351,9
351,7
5,73
0,05
0,30
0,45
P 13.1 - P 13
71
351,7
351,3
0,56
0,05
0,45
0,49
36,15
353,4
351,3
5,81
0,05
0,30
0,49
P 14 - P 15
4,7
351,3
350,8
10,64
0,05
0,49
0,49
P 15 - P 16
6
350,8
350
13,33
0,05
0,49
0,50
P 14.1 - P 17
28,97
353,4
352,3
3,80
0,05
0,30
0,31
P 17.1 - P 17
6,25
352,8
352,3
8,00
0,05
0,30
0,31
P 17 - P 18
6
352,3
351,7
10,00
0,05
0,31
0,31
P 19 - P 20
10,69
354,1
354,1
0,00
0,5
0,30
0,35
4,05
354,4
354,1
7,41
0,5
0,30
0,35
P 13 - P 14
P 14.1 - P 14
P 20.1 - P 20
34
6
354,1
353,8
5,00
0,05
0,35
0,35
P 20 - P 21
28,96
354,1
353,1
3,45
0,05
0,35
0,36
P 21 - P 22
7,44
353,1
352,8
4,03
0,05
0,36
0,37
P 22.1 - P 22
4,63
353,2
352,8
8,64
0,05
0,30
0,37
P 22 - P 23
2,8
352,8
352,6
7,14
0,05
0,37
0,37
P 23 - P24
6
352,6
352,1
8,33
0,05
0,37
0,37
P 20 - P 20.2
35
2.6
REDE COLETORA DE ESGOTO
Foram considerados para a rede coletora de esgoto sanitário os trechos estudados, a
tensão trativa de cada trecho, velocidades e lamina d’água conforme mostrado na Tabela 8 e
na Tabela 9 a seguir.
36
Tabela 8 – Cálculo rede coletora
BACIA
TRECHO DO
COLETOR
COTA DE INFILTRAÇÃO
(L/SxM)
COMP. (M)
COTA DE
TERRENO DOS
PVs
CONTRIBUIÇÃO
LINEAR (L/SxM)
0,0001
COTAS DE
FUNDO
Mont.
Jus.
Mont.
Jus.
COEFICIENTE DE MANNING
DECL DECLIV
PROFUNDIDADE
IVIDA IDADE
POÇO DE VISITA
DE
ADOTA
(M)
MIN.
DA
Mont.
Jus.
(M/M) (M/M)
Mont.
Jus.
Projeto
DIAM.
TUBU
LAÇÃ
O
(MM)
COTAS DO
COLETOR
VAZÕE
S (L/S)
TIRA
NTE
0,011
VELO
TENSÃO
CIDA
TRATIVA
DE
(%)
(M/S)
(Pa)
CX 09 - CX 10
15
365,200
364,7
364,600
364,1
0,6
0,6
0,0157
0,0333
364,6
364,1
1,5
100
27
0,8926
5,1099
CX 10 - CX 11
15,15
364,7
363,9
364,100
363,3
0,6
0,6
0,0156
0,0528
364,1
363,3
1,5
100
25
1,0754
7,5779
CX 11 - CX 12
15,33
363,9
363,1
363,300
362,5
0,6
0,6
0,0155
0,0522
363,3
362,5
1,5
100
25
1,0690
7,4889
CX 12 - CX 13
15,22
363,1
362,3
362,500
361,7
0,6
0,6
0,0154
0,0526
362,5
361,7
1,5
100
25
1,0729
7,5431
CX 13 - CX 14
20,91
362,3
361,7
361,700
0,6
0,6
0,0153
0,0287
361,7
361,1
1,5
100
29
0,8618
4,6684
CX 14 - CX 15
15,22
361,7
361,8
361,100
0,6
0,93
0,0152
0,0152
361,1
360,87
1,5
100
34
0,6836
2,8138
CX 15 - CX 16
15,22
361,800
361,1
360,870
361,1
360,8
7
360,5
0,93
0,6
0,0151
0,0243
360,87
360,5
1,5
100
30
0,8080
4,0652
CX 16 - CX 17
CX 17 - CX
PP01
15,22
361,1
360,5
360,500
359,9
0,6
0,6
0,0150
0,0394
360,5
359,9
1,5
100
26
0,9501
5,8502
6,33
360,5
360,4
359,900
359,8
0,6
0,6
0,0150
0,0158
359,9
359,8
1,5
100
33
0,6858
2,8563
5,68
360,400
360,1
359,800
359,5
0,6
0,6
0,0146
0,0528
359,8
359,5
1,5
100
25
1,0755
7,5796
15,22
360,1
359,1
359,500
358,5
0,6
0,6
0,0145
0,0473
359,5
358,5
1,5
100
25
1,0178
6,7879
10,31
359,1
358,3
358,500
357,7
0,6
0,6
0,0145
0,0776
358,5
357,7
1,5
100
22
1,2104
9,9656
CX 19 - CX 20
15,22
358,300
356,9
357,700
356,3
0,6
0,6
0,0144
0,0920
357,7
356,3
1,5
100
21
1,2824
11,3365
CX 20 - CX 21
15,22
356,9
355,1
356,300
354,5
0,6
0,6
0,0143
0,1183
356,3
354,5
1,5
100
20
1,4125
13,9619
CX 21 - CX 22
15,22
355,1
354,1
354,500
0,6
0,6
0,0142
0,0657
354,5
353,5
1,5
100
23
1,1430
8,7728
CX 22 - CX 23
15,22
354,1
353,9
353,500
0,6
0,62
0,0142
0,0142
353,5
353,28
1,5
100
34
0,6598
2,6215
CX 23 - CX RE
16,62
353,9
351,9
353,280
353,5
353,2
8
351,3
0,62
0,6
0,0141
0,1191
353,28
351,3
1,5
100
20
1,4175
14,0604
CX PP01 - CX
PP02
CX PP02 - CX
18
CX 18 - CX 19
37
Tabela 9 – Cálculo rede coletora
BACIA
TRECHO
DO
COLETOR
CX 01 - CX
02
CX 02 - CX
03
CX 03 - CX
04
CX 04 - CX
05
CX 05 - CX
06
CX 06.6 - CX
06.5
CX 06.5 - CX
06.4
CX 06.4 - CX
06.3
CX 06.3 - CX
06.2
CX 06.2 - CX
06.1
CX 06.1 - CX
06
CX 06 - CX
07
CX 07 - CX
08
CX 08 - CX
RE
COTA DE
INFILTRAÇÃO (L/SxM)
COTA DE
TERRENO
DOS PVs
COMP
(M)
0,0001
COTAS DE
FUNDO
CONTRIBUIÇÃO
LINEAR (L/SxM)
PROFUNDIDADE
POÇO DE VISITA
(M)
COEFICIENTE DE MANNING
DECLIV.
MINIMA
DECLIV.
ADOTADA
COTAS DO
COLETOR
0,011
VAZÕES
(L/S)
DIAM.
TUBULAÇÃO
TIRANTE
VELOCIDADE
TENSÃO
TRATIVA
Mont.
Jus.
Mont.
Jus.
Mont.
Jus.
(M/M)
(M/M)
Mont.
Jus.
Projeto
(MM)
(%)
(M/S)
(Pa)
15
354,800
354,7
354,200
353,9
0,6
0,8
0,0197
0,0197
354,2
353,9
1,5
100
31
0,7404
3,3843
15
354,7
354,2
353,900
353,6
0,8
0,6
0,0195
0,0200
353,9
353,6
1,5
100
31
0,7462
3,4379
15
354,2
354,1
353,600
353,31
0,6
0,79
0,0193
0,0193
353,6
353,31
1,5
100
32
0,7455
3,4015
15,12
354,100
354
353,310
353,02
0,79
0,98
0,0191
0,0191
353,31
353,02
1,5
100
32
0,7417
3,3672
8,83
354
353,8
353,020
352,82
0,98
0,98
0,0190
0,0227
353,02
352,82
1,5
100
30
0,7801
3,7892
15
359,400
358,3
358,800
357,7
0,6
0,6
0,0707
0,0733
358,8
357,7
1,5
100
23
1,2076
9,7916
15,68
358,3
357,5
357,700
356,74
0,6
0,76
0,0612
0,0612
357,7
356,74
1,5
100
24
1,1308
8,4831
15
357,5
356,8
356,740
355,91
0,76
0,89
0,0551
0,0551
356,74
355,91
1,5
100
24
1,0725
7,6310
15
356,800
355,9
355,910
355,01
0,89
0,89
0,0505
0,0600
355,91
355,01
1,5
100
24
1,1196
8,3167
15
355,9
354,8
355,010
354,2
0,89
0,6
0,0469
0,0540
355,01
354,2
1,5
100
24
1,0622
7,4851
10,64
354,8
353,8
354,200
353,2
0,6
0,6
0,0449
0,0940
354,2
353,2
1,5
100
21
1,2962
11,5830
15
353,8
352,6
352,820
352
0,98
0,6
0,0175
0,0550
352,82
352
1,5
100
24
1,0720
7,6237
15
352,6
352,3
352,000
351,7
0,6
0,6
0,0174
0,0200
352
351,7
1,5
100
31
0,7462
3,4379
15
352,300
351,9
351,700
351,3
0,6
0,6
0,0173
0,0267
351,7
351,3
1,5
100
29
0,8308
4,3385
38
2.6.1 TRATAMENTO DO ESGOTO
Para o tratamento do esgoto foi considerados um retorno de 80% do total do consumo
de água previsto para o complexo da Salgadeira, sendo:
Consumo previsto nos edifícios do complexo conforme mostrado acima no calculo da
reserva de água fria = 17220litros dia, considerando o retorno de 80% temos: 13776 litros
efluente dia, para efeitos de dimensionamento consideramos um equivalente populacional
igual a 280 pessoas com contribuição diária de 50 litros dia, temos: 14000 litros de efluente
dia.
2.6.1.1 Tanque séptico
V = 1.000 + N (C Td + k Lf)
Onde:
V = volume útil em litros;
N = número de pessoas ou unidades contribuição;
C = contribuição de despejos, em litros/pessoa x dia;
Td = tempo de detenção, em dias;
k = taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de
acumulação de lodo fresco;
Lf = contribuição de lodo fresco, em litro/pessoa x dia ou litro/unidade x dia.
Tanque séptico TS
Habitação:
Tipo de habitação
Número de contribuintes
(N)
Contribuição diária de despejos
(Litros/pessoa.dia)
Contribuição total
(Litros/dia)
Edifício público ou comercial
280
50
14000
Total
14000
Tipo de habitação
Contribuição diária de lodo fresco
(Litros/pessoa.dia)
Edifício público ou comercial
0.2
Total
Contribuição total de lodo fresco
(Litros/dia)
56
56
39
Dados Adicionais:
Tempo de detenção de despejos
(dias)
Intervalo entre Limpezas
(anos)
Temperatura média
do mês mais frio
(°C)
Taxa de acumulação de lodo
(dias)
0.5
1
15
65
Dimensões:
Volume útil
calculado (m³)
Volume útil
efetivo (m³)
Formato
do filtro
Largura
(m)
Comprimento
(m)
Profundidade
útil (m)
Número de
câmaras
11.64
11.988
Prismático
1.85
3.6
1.8
Camara única
2.6.1.2 Filtro Anaeróbio
Vu = 1,6 N C T
Onde:
N é o número de contribuintes;
C é a contribuição de despejos, em litros x habitantes/ dia;
T é o tempo de detenção hidráulica, em dias.
Filtro anaeróbio FA
Habitação:
Tipo de habitação
Número de contribuintes
(N)
Contribuição diária de despejos
(Litros/pessoa.dia)
Contribuição total
(Litros/dia)
Edifício público ou comercial
280
50
14000
Total
14000
Dados Adicionais:
Temperatura do mês mais frio: 15°C
Tempo de detenção hidráulica: 0.5 dias
Dimensões:
Volume útil
calculado
(m³)
Volume
útil
efetivo
(m³)
Formato
do filtro
Diâmetro
(m)
Altura
total
do leito
(m)
Altura do
fundo
falso (m)
Altura do
vão
(m)
Altura
da
calha
(m)
11.2
11.2178
Circular
3.45
1.2
0.6
0.3
0.05
40
Para a caixa de desinfecção consideramos o contato das pastilhas de cloro pelo tempo
de 30 minutos, tendo a vazão total diária do esgoto em 14000 litros, teremos para um tempo
de 30 minutos um volume de aproximadamente 415litros, considerando o volume infiltrado.
Sendo assim teremos uma caixa de desinfecção nas dimensões de 0,8m x 0,8m x
0,65m (comprimento x largura x profundidade útil).
2.6.1.3 Sumidouro
Para o calculo da unidade de disposição dos efluentes no solo deve-se levar em
consideração a taxa de percolação média do solo, ou seja, o tempo em que o solo demora a
infiltrar certo líquido em certa área.
Para o calculo da área de infiltração é utilizado à seguinte fórmula.
A = V / Ci
Onde:
V = volume de contribuição diário em l/dia = N x C, onde:
N = numero de contribuintes
C = contribuição unitária de esgoto
Ci = coeficiente de infiltração no terreno
Para o teste de infiltração no terreno foi considerado que o rebaixamento de 01
centímetro da água foi o de 01 minuto.
A formula para o teste de infiltração é:
Ci = 490 / (t+2,5)
Onde:
t = tempo gasto em minutos para o rebaixamento de 1centimetro do liquido no local do
teste.
41
No teste realizado in loco constatou – se que para o rebaixamento de 1cm de água
levou – se o tempo de 9 minutos, jogando na formula temos o resultado de Ci em torno de 42,
essa faixa está dentro do indicado para sumidouros para locais onde não há redes coletoras.
Sumidouro SU
Habitação:
Tipo de habitação
Número de contribuintes
(N)
Contribuição diária de despejos
(Litros/pessoa.dia)
Contribuição total
(Litros/dia)
Edifício público ou comercial
280
50
14000
Total
14000
Dados Adicionais:
Ensaio da taxa de aplicação superficial do solo:
Camada
Espessura da
camada (m)
Tempo de duração
do teste (min)
Rebaixamento de
água (m)
1
1
10
0.1
2
1
10
0.3
3
1
10
0.3
2
1
0.01
10
0.01
3
1
1
30
0.3
Teste
1
Taxa de percolação média do solo: 385min/m
Taxa máxima de aplicação diária superficial: 0.067m³/m².dia
Dimensões:
Área útil
de
infiltração
(m²)
Área útil
de
infiltração
efetiva (m²)
Número de
Sumidouros
Diâmetro
de cada
sumidouro
(m)
Profundidade
(m)
Altura da
camada
de brita (m)
Distância
entre
sumidouros
(m)
209.346
192.423
4
3.5
3.5
0.3
2.5

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