Newsletter Trimestral - PANAMERICAN | Real Estate Capital
Transcrição
Newsletter Trimestral - PANAMERICAN | Real Estate Capital
NEWSLETTER TRIMESTRAL Edição Nº6 Newsletter Trimestral O Ponto de Encontro dos investidores, financiadores e desenvolvedores imobiliários das Américas. 3 º Trimestre, 2014 Foto: Render Hudson Yards, New York NESTA EDIÇÃO Cifras Macroeconômicas PAÍS POPULAÇÃO (MM) 201 117 18 48 31 316 35 DESEMPREGO 7,1% 4,9% 6,5% 9,3% 5,9% 6,2% 7,0% 11,0% 3,0% 3,25% 4,2% 3,5% 0,25% 1,0% IED – 2013 (Mil milhões USD) 64,0 38,3 20,3 16,7 10,2 187,5 62,3 PIB – 2013 (Mil milhões USD) 2.457 1.275 286 388 221 16.800 1.825 PIB – 2013 (Crescimento) 3,0% 3,4% 4,9% 4,0% 6,3% 1,9% 2,0% PIB – 2014 (Crescimento est.) 0,3% 2,5% 2,0% 5,0% 4,4% 2,0% 2,3% INFLAÇÃO 2013 5,5% 3,6% 3,0% 2,4% 2,2% 1,2% 1,0% TAXA INTERBANCO México: Fibras triplicam em superfície as lojas de departamentos As seis Fibras que não estão na área da hotelaria somam no seu portfólio 15,6 milhões de metros quadrados Página 4 EUA: O projeto Hudson Yards, em Nova York, será uma cidade completa É o maior desenvolvimento imobiliário privado na história dos Estados Unidos Página 8 Canadá: Outlets entram com tudo no Canadá O varejo no Canadá está evoluindo rapidamente com a entrada de novos competidores internacionais Página 8 Chile: Desde 2008 se duplica o mercado de centros de armazenagens Colômbia: Mall Plaza investe US$250 milhões em plano de expansão Só neste ano se somariam 500 mil m2 e no futuro estariam mais afastadas da capital Planeja completar três centros comerciais Página 5 Página 6 2 NEWSLETTER TRIMESTRAL | Edição Nº6 Impostos que afetam a atividade imobiliária nas Américas (Parte 2) Coluna de Gonzalo Castro – Sócio Fundador da Panamerican Real Estate Capital & Services Continuando com o assunto visto na edição anterior, onde falamos amplamente sobre os impostos que afetam a posse de propriedades, agora vamos continuar falando dos outros impostos que afetam a indústria: transferência de propriedade, operação da propriedade, renda geral e lucro de capital. Sobre o Lucro Líquido). Apesar de a taxa ser alta, a boa notícia é que o regime de tributação com base no lucro presumido estabelece que a base imponível é de 32% da receita para o negócio imobiliário, de modo que a taxa do imposto sobre a renda é de 10,88% da receita e se paga trimestralmente. Somente o governo federal arrecada impostos sobre a renda no Brasil. Imposto à transferência da propriedade Na Colômbia a taxa de imposto a empresas é de 33%, onde 25% provêm do "Imposto sobre a Renda" e 8% do "Imposto à Equidade" (CREE). O México e o Peru têm um imposto a empresas de 30%, arrecadado pelo governo nacional. Em setembro, o Chile aprovou uma nova lei tributária que aumentará a taxa de imposto a empresas desde 20% até 25% ou 27% em quatro anos, dependendo do sistema impositivo ao qual as empresas estejam amparadas. O fato imponível ou gerador neste caso é a transferência do título de propriedade. No Brasil este é um imposto municipal conhecido por suas siglas ITBI (Imposto Sobre a Transmissão de Bens Imóveis) que corresponde a 2% do "valor venal" (valor da taxação) e é pago pelo comprador. No Peru o imposto de Alcabala é de 3% sobre o preço da venda e também é pago pelo comprador. Na Colômbia, é um imposto departamental (provincial) conhecido como Imposto de Registro e corresponde a 1% do valor do imóvel, Nos E.U.A. os impostos federais a empresas são progressivos, variando pago em partes iguais pelo comprador e pelo vendedor. entre 15% e 35%, com a gama mais significativa tributada a 34%. Os estados também cobram impostos sobre a renda, a maioria deles cobra uma Nos E.U.A. é principalmente um imposto estatal, que vai de 0% em alguns taxa fixa (como 8,84% na Califórnia ou 7,1% em Nova York), alguns cobram estados como Texas e Oregon, até 1,4% no estado de Nova York para as uma tarifa progressiva e outros estão isentos de impostos (como Texas, transferências de propriedades que estão acima de US$ 1 milhão. A maioria Washington ou Nevada). No Canadá, a taxa do imposto federal sobre a está na faixa de 0,1% a 0,5%. Municípios e condados também podem co- renda é de 15% e as províncias também cobram as suas próprias taxas de brar um imposto de transferência e alguns estados permitem que seja utili- imposto de renda que variam de 10% a 16%. zado como crédito para o imposto de transferência estatal. No Canadá, quase todas as províncias cobram impostos de transferência, e alguns deles Imposto ao lucro do capital aplicam uma taxa progressiva entre 0,5% e 2% sobre o valor da propriedaEste imposto se ativa quando se vende uma propriedade e é muito imporde. tante para a taxa interna de retorno (TIR) final de um investimento imobiliImposto sobre a operação ário durante o período em que se mantiver o ativo. No Brasil, o lucro de capital pela venda de uma propriedade residencial se grava a 15% pelo No Brasil há um imposto municipal conhecido como ISS (imposto sobre governo federal, mas o vendedor está isento se utiliza todo esse lucro para serviços), que corresponde a 5% dos serviços prestados. Além disso, o go- comprar uma casa nova. verno federal cobra o imposto PIS/COFINS diretamente sobre a receita, portanto cada vez que um locatário fatura algo, já há um fato imponível. É No México, o lucro de capital é tratado como renda geral. A última reforma interessante ver a maneira em que os centros comerciais brasileiros se tributária fixou um valor isento de US$ 270 mil. Se o lucro do capital supeorganizam para evitar essa dupla imposição para recuperar os gastos co- rar esse valor, os indivíduos são onerados à taxa de imposto de renda cormuns: formam uma Associação de Condomínios que está isenta de impos- respondente. No Chile, o lucro do capital também é tratado como renda tos para cobrar os locatários. Há um imposto similar conhecido como ICA geral. O lucro pela venda de ativos imobiliários sempre foi isento de impos(Imposto da Indústria e Comércio) na Colômbia, onde os municípios geral- to para os indivíduos. Com a aprovação da nova lei tributária, haverá um mente cobram 1,0% da receita. limite de US$ 320 mil na isenção. Se o lucro do capital superar esse valor, os indivíduos serão gravados à taxa do imposto de renda correspondente. Em geral, os países do Pacífico (México, Colômbia, Chile e Peru) cobram o Na Colômbia, o lucro do capital se onera com a taxa de 10% do "Imposto ao IVA ou o IGV (Imposto sobre o Valor Agregado ou o Imposto Geral às Ven- Lucro Ocasional", que é a mais baixa da região. das) sobre a renda gerada pelo aluguel de ativos imobiliários comerciais, arrecadados pelo governo nacional. As taxas do IVA ou do IGV variam entre Nos E.U.A., há um imposto federal de longo prazo de 15% ao lucro do capi16% e 19%. tal, mais o imposto de renda estatal, mas há algumas deduções para as propriedades residenciais: US$ 250 mil se o dono viveu na casa vendida 2 Imposto sobre o lucro de cada 5 anos e US$ 500 mil se é casado. No Canadá existe um imposto de retenção federal de 15% na venda de uma propriedade que se aplica sobre O Brasil tem uma taxa de imposto às empresas de 34%, onde 25% vem do o lucro neto da venda. IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e 9% da CSLL (Contribuição Social 3 NEWSLETTER TRIMESTRAL | Edição Nº6 Brasil Até o momento a indústria de centros comerciais já vendeu ativos por mais de US$200 milhões Fonte: Valor Econômico Com a venda do Top Center Shopping em São Paulo pela General Shoppings à empresa israelense Gazit-Globe por US$60 milhões, os negócios que envolvem os centros comerciais no Brasil já alcançaram os US$205 milhões neste ano. Desde as primeiras aberturas em bolsa da indústria, em 2007, que a venda de ativos não tinha chegado a tal nível no período janeiro-agosto. Os principais atores dizem que haviam estado vendendo ativos como parte da estratégia de "reorganização da carteira". BRMalls e General Shoppings estão se movimentando nessa direção. Aliansce também informou que está analisando a venda de ativos no curto prazo. "Não é fácil vender os centros comerciais, a oferta aumentou e a expectativa do mercado piorou. Todos estão tentando aumentar seus fluxos de caixa" afirmou um executivo da indústria. Apesar de os jogadores afirmarem que as vendas são para "oxigenar a carteira", existem casos nos quais as vendas passam a diminuir as dívidas (parte delas estão denominadas em dólares) ou a desfazer-se dos ativos "nãoestratégicos", ou seja, que na prática não cumpriram com os objetivos esperados. Um CFO disse que para um projeto que havia sido avaliado com uma taxa interna de retorno de 23% (real e não alavancado) no final de 2011, hoje essa mesma taxa flutua entre 17% e 19%. "Existem investidores que saem [do país] e quanto mais se freia a economia, melhor para nós, porque as oportunidades aparecem com melhores preços que há dois ou três anos", explicou Chaim Katzman, CEO de Gazit-Globe. O cenário atual da indústria dos centros comerciais é o resultado da perda do dinamismo da economia e do aumento do endividamento de algumas empresas nos últimos anos, depois de essa mesma indústria ter tido um forte crescimento. Apesar disso, o mercado ainda vê o setor com capacidade de recuperação e sem grandes vulnerabilidades devido aos sólidos fundamentos das empresas do setor. BRMalls anunciou a venda de quatro centros comerciais por aproximadamente US$85 milhões, com o CEO Carlos Medeiros comentando em maio que “o objetivo é continuar vendendo [centros comerciais]". Medeiros comentou aos analistas: "Isto é o que procuramos, mas a um preço que tenha sentido, levando em conta o que pagamos e o potencial dos ativos”. Como uma justificativa, a companhia esclareceu que estava saindo dos centros comerciais nos quais não poderia aumentar a sua participação minoritária. A gerência da Aliansce também enfatizou que está estudando a venda de alguns negócios para aumentar o seu caixa. A Aliansce anunciou um acordo para reduzir a sua participação no Santana Parque Shopping, em São Paulo, de 50% a 33%. Os outros 50% pertenciam a General Shopping, que já vendeu toda a sua participação. Os compradores foram a Canada Pension Plan Investment Board (acionista da Aliansce) e o fundo soberano de Singapur, em um acordo de US$60 milhões. Klein paga US$ 170 milhões por imóveis da BR Properties Fonte: Yahoo Finanças O empresário Michael Klein, filho do fundador da Casas Bahia, está se consolidando como um dos maiores gestores imobiliários do País. Ele confirmou a compra, por US$170,9 milhões, de um fundo que administra 36 propriedades, em 11 Estados, atingindo um patrimônio de US$ 1,9 bilhões. O valor dos ativos que estão sob sua administração já supera os US$ 1,8 bilhões da São Carlos, uma das maiores empresas do ramo. Esses imóveis foram adquiridos da companhia que é líder em gestão de empreendimentos comerciais no País, a BR Properties, controlada pelo BTG Pactual. Dos 36 imóveis que integram o fundo, 26 são lojas da rede de moda C&A, além do prédio que abriga a sede da varejista em Barueri (SP). Com a compra, a empresa imobiliária de Michael Klein adiciona 118 mil m2 de área construída a um total de 2 milhões de m2. No ano passado, ela faturou US$ 98 milhões. "A aquisição deste Fundo faz parte da nossa estratégia de estar presente nas cinco regiões do País com imóveis bem localizados que, alugados a empresas consolidadas no mercado, nos tragam boa rentabilidade", disse o empresário. A empresa tem entre seus ativos galpões industriais e escritórios, mas seu principal interesse está no varejo, onde o negócio começou, há dois anos. Do total de 420 imóveis administrados pelo Grupo CB, que concentra os negócios da família, mais de 300 são lojas alugadas para Casas Bahia e Ponto Frio - bandeiras da Via Varejo, companhia da qual Klein é sócio. Em dezembro, ele vendeu parte de suas ações na empresa e levantou cerca de US$ 613 milhões - o que o deixou com bala na agulha para impulsionar o negócio imobiliário. A meta é atingir um patrimônio de US$ 2 bilhões até dezembro, com a conclusão de mais duas ou três aquisições que estão em andamento. 4 NEWSLETTER TRIMESTRAL | Edição Nº6 México Fibra Inn adquire 6 hotéis por US$ 33 milhões Fonte: Hotel News Resource Fibras triplicam em superfície as lojas de departamentos Fonte: El Financiero No México, as seis Fibras que não estão na área da hotelaria somam no seu portfólio 15,6 milhões de metros quadrados de escritórios, centros comerciais e parques industriais, três vezes mais espaço que as lojas de departamentos Com apenas três anos em funcionamento, os seis Fibras (Fideicomisos de Inversión en Bienes Raíces) que não estão relacionadas com a área da hotelaria conseguiram comprar 15,6 milhões de metros quadrados de escritórios, centros comerciais e parques industriais, e com isso já são donos de três vezes mais espaço que o piso de vendas que possuem as grandes lojas de departamentos no México, as quais somam uma superfície total de 5,2 milhões de metros quadrados, e mais que as redes de autosserviço do país, que registram uma superfície de 13,7 milhões de metros quadrados. “A maior parte do aumento dos imóveis de propriedade dos Fibras é o resultado da integração de ativos existentes, não do investimento direto no desenvolvimento de novos projetos. Esta atividade de aquisições tem sido a forma mais recorrente na qual a maior parte das Fibras cresceu”, explicou Augusto Arellano, diretor administrativo sênior de Evercore Partners. No entanto, esta estratégia tenderá a diminuir, pois os portfólios de boa qualidade começam a escassear, advertiu. Outra das razões que favorece o crescimento de Fibras no México são os preços dos imóveis e dos serviços associados, porque são mais baixos com respeito a outros países, destacou Lizette Chang, diretora de Relação com Investidores de Fibra Inn. Além disso, apesar de o crescimento econômico do México não ter sido tão vigoroso, as reformas estruturais geraram boas expectativas para o setor imobiliário e, como consequência, para Fibras, garantiu a executiva. Armando Rodríguez, analista de Signum Research, prognosticou que os Fibras continuarão crescendo devido à dinâmica do setor imobiliário, e que existe demanda em todos os seus segmentos, tanto no de escritórios, quanto no industrial e no comercial. De todas as propriedades acumuladas hoje pelos seis Fibras imobiliários, excluindo os dois relacionados à hotelaria cuja unidade de medida é feita pelas habitações e não pelos metros quadrados, Fibra Uno monopoliza 37% de todo o portfólio, com um pouco mais de 5,8 milhões de metros quadrados. No segundo lugar se encontra Fibra Macquarie, que tem 20% do total. Fibra Inn, um fideicomisso de investimentos em imóveis no México especializado na indústria da hotelaria direcionado aos viajantes de negócios, anunciou a assinatura de um acordo vinculante por US$33 milhões para a aquisição de 6 hotéis, com um total de 667 habitações, sob duas marcas: Casa Grande, marca reconhecida a nível nacional, e Microtel Inn & Suites by Wyndham, marca reconhecida a nível mundial. Com esta nova aquisição, a carteira de Fibra Inn totalizará 29 hotéis em operação e 3 hotéis em etapa de desenvolvimento, com um total de 5.311 habitações, das quais 799 estão na fase de desenvolvimento. O portfólio de propriedades e habitações de Fibra Inn aumentou 286% e 193% respectivamente, em comparação com as cifras apresentadas na oferta pública de ações (OPA) de março de 2013. Grupo Hoteleiro Santa Fe se duplicará no México logo após sua OPA Fonte: El Financiero Após sua estreia na Bolsa Mexicana de Valores (BMV) em setembro, o Grupo Hoteleiro Santa Fe planeja duplicar a sua presença no país nos próximos dois anos, para isso destinará recursos ao redor dos US$150 milhões. “Atualmente possuímos 1.735 quartos próprios, mas com os recursos que levantamos na BMV vamos mais do que duplicar esse número nos próximos 18 a 24 meses. Oitenta por cento do investimento será para a nossa marca Krystal”, informou Francisco Zinser, diretor geral da companhia. Por outro lado, Arturo J. Saval, co-presidente da Nexxus Capital—acionista da companhia-, disse que “esperamos que em 12 a 24 meses mais seja possível mostrar o desempenho da empresa para poder fazer uma oferta similar ou maior que a inicial”. 5 NEWSLETTER TRIMESTRAL | Edição Nº6 Chile Hyatt inaugura o seu primeiro hotel com a marca Place no Chile Fonte: Diario FInanciero Hyatt Hotels e HPV anunciaram a abertura do Hyatt Place Santiago/ Vitacura. Com este hotel, o holding internacional introduz a marca Hyatt Place no Chile e se torna o primeiro na América do Sul e o terceiro na América Latina. Desde 2008 se duplica o mercado de centros de armazenagens Fonte: El Mercurio Só neste ano se somariam 500 mil m2 e no futuro estariam mais afastadas da capital A forte demanda das empresas do varejo e a externalização da operação dos seus centros de armazenagem por parte destas mesmas empresas são alguns fatores que explicam a intensa expansão que registra o mercado de armazenamento na Região Metropolitana nos últimos anos. De acordo ao relatório da empresa de consultoria imobiliária GPS Global Property Solutions, o inventário de instalações de armazenamento Classe I totalizou 2,96 milhões de m2 no primeiro semestre deste ano, praticamente o dobro do estoque de 2008. O gerente da Divisão Industrial da GPS, Alejandro Reitze, comentou que “desde 2008, o mercado tem se mostrado bastante dinâmico devido à profissionalização do setor, onde grandes atores capitalizaram suas posições, somado a uma mudança na forma em que as empresas manejam as suas instalações, passando de recintos próprios a arrendados, devido às vantagens em termos patrimoniais e à eficiência operativa”. O gerente de Desenvolvimento das Bodegas San Francisco (BSF), Alberto Fluxá, indicou que mais de 50% da demanda por depósitos está ligada ao varejo, setor cujo crescimento nos últimos anos tem repercutido no crescimento desse tipo de instalações. Fluxá acrescentou que a BSF -que lidera o mercado com 38% de participação segundo o GPS- constrói mensalmente 10 mil m2 de depósitos. A Bodenor Flexcenter é o segundo maior operador. No final de 2013 a taxa de disponibilidade na Classe I era de 1,26%, e em junho alcançou 4,30%. Uma das razões desse incremento é o débil cenário econômico do país, indica o relatório do GPS. Também chama bastante a atenção a oferta de novos atores. Apesar do anterior, a média do preço de aluguel no sexto mês do ano foi de US$5,11 o m2 no segmento mais tradicional de armazenamentos. Isto representou um leve avanço com respeito aos US$ 4,99 o m2 do segundo semestre de 2013. O recinto possui 160 amplas habitações, que incluem 20 suítes, com vista à montanha ou à cidade de Santiago. “Este hotel é uma grande contribuição a este destino, que cada vez goza de maior reconhecimento a nível nacional e internacional”, garantiu Andreas Nauheimer, diretor do HPV. Aluguéis nos shoppings podem chegar a US$200 o metro quadrado mensais Fonte: El Mercurio Os centros comerciais estão se posicionando como um dos principais espaços para a localização do varejo chileno. Na verdade, hoje, esses complexos representam 25% de tudo o que movimenta o setor anualmente. Segundo um relatório feito por Colliers International, o aluguel mensal apresenta um componente fixo que, dependendo da localização, pode ir dos US$12 até US$18 por m2/mês para lojas de departamentos; de US$37 a US$100 por m2/mês para lojas comuns e de US$180 a US$200 m2/mês para lojas ilhas de formato pequeno nos corredores. Associado ao anterior existe um aluguel variável que gira em torno a 3% das vendas. Paga-se o fixo ou o variável dependendo de qual seja mais alto. Não somente o tamanho da loja marca a diferença, mas também o tipo de centro comercial e a sua localização. Em Colliers informam que “os mais caros normalmente são os localizados em ambientes com predominância de grupos socioeconômicos altos ou em áreas de alto fluxo”. Os aluguéis nos centros comerciais estão constantemente aumentando. Segundo a empresa de consultoria, esse crescimento ocorre naturalmente, pois está relacionado ao nível de renda. A isso se somam os incrementos em aluguel produzidos por extensão ou prazos redefinidos ou devido à substituição de locatários. Atualmente, os centros comerciais administram cerca de 2,5 milhões de metros quadrados no Chile e a taxa de ocupação está ao redor de 95%. 6 NEWSLETTER TRIMESTRAL | Edição Nº6 Colômbia US$ 300 milhões para Bogotá Premium Outlets Fonte: Portafolio Este centro comercial e de entretenimento terá 125 mil metros quadrados construídos As empresas Meridian Properties e Inversiones Siberia construirão um centro comercial que formará parte do Parque Industrial Interpark, na parte ocidental da capital colombiana. Trata-se do Bogotá Premium Outlets, cuja abertura está prevista para novembro de 2017. “Atualmente, o projeto está na etapa de desenho e comercialização”, informou Abdón Espinosa Fenwarth, presidente da Meridian Properties S.A. A oferta comercial do complexo – no qual serão investidos mais de 300 milhões de dólares– será do tipo outlet. O executivo acrescentou que a nova proposta de diversão e compras contará com mais de 185 lojas nacionais e internacionais, oferta de entretenimento, restaurantes temáticos, praça de alimentação e salas de cinema. Além disso, o Bogotá Premium Outlets terá 125 mil metros quadrados de construção, mais de 60 mil metros quadrados de área comercial e entretenimento e 2.700 vagas de estacionamentos. Outra novidade é que os locais serão entregues em concessão ou aluguel com uma administração centralizada. O centro comercial formará parte de um complexo que incluirá um hotel de 200 habitações e escritórios centrais que serão construídos simultaneamente. Mall Plaza investe US$250 milhões em plano de expansão na Colômbia Fonte: Perú Retail Mall Plaza, um grupo chileno do setor varejista, continua com os seus planos de expansão na Colômbia. Planeja completar três centros comerciais com um investimento total de US$ 250 milhões. Entre eles estará a versão deles para Manizales, cidade à qual levarão a primeira loja Falabella. Os dados foram revelados por Felipe Cobo, presidente do Mall Plaza Colômbia, quem também sinalizou que os investimentos de sua companhia na Colômbia estão pensados para um prazo de 30 anos, durante o qual continuarão se expandindo. “A verdade é que fechamos 2013 positivamente, com um nível de ocupação no nosso primeiro centro comercial em Cartagena acima de 90% e o mais interessante de tudo é que nos conectamos muito bem com o consumidor, tendendo a uma relação de bastante valor agregado e com taxas de crescimento acima de 25% no último trimestre do ano passado, o que nos deixa muito satisfeitos” sustentou Cobo. Meliá Hotels International anuncia o Meliá Cartagena de Indias Fonte: Meliá Hotels International Meliá Hotels International prossegue com sua expansão internacional na Colômbia, um dos mercados mais dinâmicos da América Latina, e o faz com o anúncio da nova abertura do Meliá Cartagena, prevista para o primeiro trimestre de 2017 em Cartagena de Indias, uma localização estratégica no Caribe e um dos destinos privilegiados para um descanso de lazer ou um encontro de negócios. Meliá Cartagena oferecerá 154 habitações, um restaurante a la carta e um restaurante buffet, bar, spa, clube de praia e um salão para eventos e reuniões, um dos segmentos de maior crescimento na região. O Hotel está localizado em um setor paradisíaco, na primeira linha da praia e muito próximo do campo de golfe Karibana de 18 buracos. Declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO em 1984, Cartagena de Indias é um destino emergente no Caribe Colombiano com paisagens exuberantes, magníficas praias, uma intensa e atraente vida noturna, festivais culturais de renome internacional e excelente oferta gastronômica. Como explica Gabriel Escarrer, Vice-presidente e CEO do Meliá, “Com o Meliá Cartagena, nossa companhia aposta por um novo destino de lazer com referência turística internacional, ao mesmo tempo em que reforça, com o seu primeiro hotel Meliá, o seu portfólio de marcas na Colômbia, um mercado emergente prioritário para nós”. 7 NEWSLETTER TRIMESTRAL | Edição Nº6 Peru Mall Plaza se reergue no Peru e supera o Parque Arauco em superfície arrendável Fonte: Diario Financiero Entretanto a operadora do grupo Said mostra mais dinamismo, com cinco aberturas programadas para este ano no Peru Até 2020 o Peru terá 10 hotéis Marriott Fonte: El Comercio O CEO para América Latina da rede de hotéis Marriott, Craig Smith, informou que serão abertos oito novos hotéis no Peru até o ano de 2020, os quais se somarão aos dois que já existem em Lima e em Cusco. "Em 2020 vamos chegar a ter até 10 hotéis no Peru", afirmou Smith. "Além das marcas JW Marriott e Courtyard, que já havíamos anunciado, avaliamos outras alternativas com as que possamos nos posicionar em uma escala nacional. Um Fairfield Inn, por exemplo, que está enfocado nos hóspedes jovens, está entre uma das nossas alternativas", sinalizou. O Shopping de US$120 milhões do Real Plaza em Salaverry Fonte: El Comercio Nos seus primeiros três meses, este centro comercial se transformou no de maior vendas para a rede Após três meses de funcionamento, o Real Plaza apresentou o seu primer fashion mall localizado na avenida Salaverry em Lima. Este projeto possui uma área arrendável de 72 mil m2 e foi necessário um investimento de US$120 milhões. Rafael Dasso, gerente geral da rede de centros comerciais, mencionou que o Real Plaza Salaverry possui mais de 200 lojas segmentadas em cinco andares. Entre os seus arrendatários estão Zara, Banana Republic e Tommy Hilfiger, entre outros e 15 marcas internacionais que pela primeira vez ingressam no país, como Forever21. Dasso comentou que os primeiros meses do Real Plaza Salaverry foram muito promissores não somente pelo número de visitantes -recebem 1,3 milhão de pessoas por mês- como também pelas vendas. Neste curto tempo, este shopping se tornou o de maior faturação de toda a rede, superando o Real Plaza Primavera. Mall Plaza voltou a conquistar a liderança no mercado peruano, medido em metros quadrados arrendáveis (GLA), superando o Parque Arauco, que no ano passado lhe arrebatou esta posição. Mall Plaza, a operadora de centros comerciais controlada pelo grupo Falabella, terminou o primeiro semestre deste ano com 258 mil m2 de GLA no Peru, onde possui quatro centros comerciais, contra os 247 mil m2, divididos em dez shoppings de vários tamanhos, que informou a empresa ligada à família Said. O Mall Plaza explicou o aumento da sua superfície arrendável graças às ampliações de seus recintos de Trujillo, Arequipa, Bellavista e Santa Anita, onde acrescentaram torres médicas e de escritórios. Já a outra companhia, no entanto, reportou a expansão do seu outlet em Lima, que também mudou de nome. Essas empresas vinham de um 2013 onde o Parque Arauco havia superado o Mall Plaza quanto à superfície arrendável, com 244.918 m2 de GLA, contra os 239 mil m2 do Plaza. A primeira projeta somar 39 mil m2 de centros comerciais em solo peruano enquanto o Plaza não informou projetos adicionais nesse país até o momento. A aposta por este mercado não seria passageira, pois, segundo os dados da Associação de Centros Comerciais e de Entretenimento do Peru (Accep) a penetração dos shoppings alcança 2,9%, por cada milhão de habitantes, contra 4,1% do Chile e 3,4% da média regional. E, por isso mesmo, para este ano estão programadas aberturas de quinze centros comerciais, sete deles com capitais chilenos: um do Mall Plaza, outro do Open Plaza (Rentas Falabella) e o resto do Parque Arauco. A margem Ebitda no Peru é superior à de Santiago com 80,5%, frente a 76,6%, apesar de a ocupação em Lima ser menor, com 94,8%, versus 95,2% de Santiago. A apresentação do Parque Arauco proporciona mais detalhes com respeito aos novos desenvolvimentos nos quais a companhia está envolvida, e reconhece que contam com 258 mil m2 de terrenos para projetos futuros no Peru e 157 mil na Colômbia. 8 NEWSLETTER TRIMESTRAL | Edição Nº6 Estados Unidos Canadá O projeto Hudson Yards, em Nova York, será uma cidade completa Outlets entram com tudo no Canadá Fonte: Hudson Yards New York O varejo no Canadá está evoluindo rapidamente com a entrada de novos competidores internacionais como o Chico’s e a Target e a proliferação dos outlet malls, dos quais há meia dúzia em desenvolvimento. Há aproximadamente um ano, uma joint venture entre Calloway REIT e Simon se abriu o primeiro outlet puro: o Toronto Premium Outlets, em Halton Hills, Ontario. "Foi aberto e sei que desde então não tiveram nenhum dia de tranquilidade; a fila de carros chega até a estrada", disse Ross Moore, diretor de pesquisas do Canadá no CBRE. "Este outlet permite predizer que o modelo será totalmente bem-sucedido e rapidamente formará parte importante da indústria varejista no Canadá." O último lugar no qual se poderia esperar que fosse levado a cabo o maior projeto imobiliário privado do mundo seria na pequena e ultra desenvolvida ilha da cidade de Nova York. No entanto, o Hudson Yards, uma área de 11 hectares no lado oeste da cidade de Nova York, a última parte importante não desenvolvida de Manhattan, se transformou nisso. Apesar de ainda estar a anos do seu término, a quantidade de trabalho que já foi realizado no Hudson Yards nos últimos dois anos é impressionante. O que faz com que este projeto seja tão particular é que não é somente um novo edifício ou inclusive uns poucos novos edifícios, senão que todo um bairro completo que está sendo construído. O Hudson Yards é o maior desenvolvimento imobiliário privado na história dos Estados Unidos. Está previsto que em 10 anos mais e depois de um investimento de US$20 bilhões, mais de 24 milhões de pessoas visitarão o Hudson Yards todos os anos. O projeto, em última instância, incluirá mais de 1,5 milhão de metros quadrados de espaço comercial e residencial, 5 torres de escritórios com tecnologia de última geração, mais de 100 lojas, numerosos restaurantes, cerca de 5 mil moradias, um espaço cultural único, 6 hectares de espaço público aberto, uma escola pública e um hotel de luxo de 175 habitações. Columbia Property Trust compra torre de escritórios em San Francisco por US$309 milhões Fonte: Funds Society Columbia Property Trust comprou o imóvel 650 California Street em San Francisco, um edifício de escritórios Classe A de 33 andares e 45 mil metros quadrados, por US$309 milhões. Atualmente 88% do prédio se encontra alugado, e espera-se uma margem de exploração de US$11 milhões no primeiro ano. Fonte: ICSC Apesar do Canadá ainda ter menos de uma dúzia de outlets, Moore e outros advertem que a demanda pode sustentar somente alguns mais. "Provavelmente existe espaço só para outros três novos projetos de outlet, quem sabe cinco," afirmou Moore. O Canadá está sub-dotado de shoppings neste momento e um outlet é bem mais barato de construir que um shopping fechado. "Se você for um desenvolvedor e quer estar no mercado varejista, esta é uma maneira mais barata de construir", esclareceu John Giddings, vice-presidente de varejo na Oxford Properties. Terranova vende a Morgan Stanley um portfólio de seis edifícios na Lincoln Road, Miami Fonte: Funds Society Em uma das maiores vendas na história do Sul da Flórida, a Terranova Corporation anunciou a venda do seu portfólio de seis edifícios na área da Lincoln Road, Miami, por um valor de US$ 342 milhões. As propriedades foram adquiridas ao longo dos últimos três anos e meio por US$ 191 milhões. O comprador é Morgan Stanley Real Estate Investing, junto com afiliados da Terranova. NEWSLETTER TRIMESTRAL | Edição Nº6 O Ponto de Encontro dos Investidores, Financiadores e Desenvolvedores Imobiliários das Américas. FALE CONOSCO Gonzalo Castro – Sócio Fundador E-mail: [email protected] Manuel José Ossa – Analista Financeiro E-mail: [email protected] Telefone: +562 2446 8431 Endereço: Av. Apoquindo 3600, piso 5, Las Condes—Santiago, Chile 9