estudo molecular intergenérico em peixes da família
Transcrição
estudo molecular intergenérico em peixes da família
1 ESTUDO MOLECULAR INTERGENÉRICO EM PEIXES DA FAMÍLIA CARANGIDAE (PERCIFORMES) Cristina Viaczorek1, Iracilda Sampaio & Horácio Schneider Laboratório de Genética e Biologia Molecular (LGBM), Universidade Federal do Pará, Campus Universitário de Bragança 1 Bolsa: PIBIC/CNPq. CEP: 68600-000 Cidade: Bragança – PA.. Tel: (091) 96329055 fax: (091) 425-1209. E-mail: [email protected] / [email protected] / [email protected] RESUMO Os peixes da família Carangidae constituem recursos pesqueiros abundantes e apreciados. Na costa norte da América do Sul são reconhecidas 31 espécies que ocorrem em águas estuarinas e zonas com arrecifes coralinos, estendendo-se desde a planície costeira até a zona pelágica. No presente estudo foram obtidas seqüências de DNA mitocondrial do gene 16S nas 10 espécies mais freqüentes do estuário do rio Caeté, Bragança, Pará, pertencentes aos seguintes gêneros: Caranx, Chloroscombrus, Hemicaranx, Oligoplites, Selene e Trachinotus, conhecidos popularmente na área como xaréu, brilhoso, canguira (ou rabo-duro), timbira, peixe-galo e birrete. Foram observadas divergências nucleotídicas intergenéricas variando de 4 a 17%, indicando diferentes eventos evolutivos durante a história de vida dos carangídeos. A análise filogenética aponta os gêneros Caranx, Chloroscombrus, Hemicaranx e Selene como os mais derivados da família, e indicam heterogeneidade na taxonomia de Caranx. ABSTRACT Fishes of the Carangidae family constitute abundant and much appreciated fishing resources. There are 31 recognized species in South America, which occur in estuarine waters and coral reefs zone, extending from the coastal plains to the pelagic zone. DNA sequences of the 16S mitochondrial genes were obtained for the ten most common species from the Caeté estuary, Bragança, Pará, belonging to the following genera: Caranx, Chloroscombrus, Hemicaranx, Oligoplites, Selene e Trachinotus. These fishes are known in the area as "xaréu, brilhoso, canguira, timbira, peixe-galo and birrete”. Intergeneric nucleotide divergence varying between 4 and 17% were observed, suggesting different evolutionary events on the life history of the Carangid group. Phylogenetic analyses indicate that Caranx, Chloroscombrus, Hemicaranx and Selene are the most derived lineages of the Carangidae family, and revealed heterogeneity on the taxonomy of the genus Caranx. INTRODUÇÃO Revista Científica da UFPA http://www.ufpa.br/revistaic Vol 3, março 2002 2 A família Carangidae (ordem Perciformes) é amplamente diversificada e possui algumas das espécies de peixes mais importantes para comercialização. São peixes de médio a grande porte, com comprimentos que variam entre 30 e 100 cm, e com formas corporais extremamente variadas. Este grupo engloba cerca de 150 espécies, distribuídas em 32 gêneros, ocorrendo nos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico [1, 2 e 3]. Os carangídeos são comuns no Atlântico ocidental norte [3], com 31 espécies distribuídas desde a costa norte dos Estados Unidos até o sul do Brasil, incluindo Bermudas, Mar do Caribe, Golfo do México e Antilhas. A maioria prefere águas tropicais de superfície junto à costa. Muitas espécies utilizam os estuários durante seu ciclo reprodutivo, sendo comum a ocorrência de espécimes jovens em águas estuarinas, enquanto outras habitam preferencialmente águas oceânicas. São predadores, alimentando-se basicamente de peixes, crustáceos e em menor escala de invertebrados planctônicos. Segundo dados do Projeto MADAM (Manejo e Dinâmica de Manguezais), 15 espécies de Carangidae ocorrem na zona estuarina do rio Caeté e águas costeiras do município de Bragança, nordeste do Pará, sendo que as mais abundantes são Caranx crysos, Caranx hippos, Caranx lugubris, Chloroscombrus chrysurus Hemicaranx amblyrhynchus, Oligoplites palometa, Oligoplites saurus, Selene vomer, Trachinotus carolinus e Trachinotus cayenensis, todos de elevado valor comercial para a região [4]. São peixes conhecidos popularmente na região como xaréu preto, xaréu, brilhoso, canguira (ou rabo-duro), timbira, peixe-galo e birrete, dentre outros. No presente trabalho utilizamos seqüências de DNA do gene mitocondrial 16S ribossomal, para caracterizar as espécies do estuário do rio Caeté e costa nordeste de Bragança, Pará. A partir destas seqüências de DNA foi possível a construção de cladogramas filogenéticos, que podem fornecer subsídios para uma melhor compreensão da taxonomia da família Carangidae. MATERIAIS E MÉTODOS ESPÉCIES ANALISADAS Exemplares de peixes carangídeos (Figura 1) foram coletados no estuário do rio Caeté, na praia de Ajuruteua, ou obtidos no Mercado Municipal de Bragança. Foram analisadas as 10 espécies mais comuns da área, sendo selecionados dois exemplares das espécies Hemicaranx amblyrhynchus, Trachinotus carolinus, Oligoplites saurus e Selene vomer, e um exemplar de cada uma das demais espécies. As espécies Peprilus paru (Pampinho, família Stromateidae) e Scomberomorus cavalla (peixe-serra, família Scombridae) foram utilizadas como outgroups nas análises filogenéticas. SEQÜENCIAMENTO DO DNA DNA total foi extraído de tecido muscular usando-se protocolos convencionais com fenol e clorofórmio. O gene mitocondrial rRNA 16S foi utilizado para o estudo, e o isolamento do gene foi feita via Reação em Cadeia da Polimerase (técnica de PCR) usando os seguintes iniciadores (primers) específicos para esta região: 16as – L2510 5’ – CGCCTGTTTATCAAAAACAT – 3’, e 16S2-H 5’ – TTTCCCCGCGGTCGCCCC – 3’ Revista Científica da UFPA http://www.ufpa.br/revistaic Vol 3, março 2002 3 (Palumbi et al., 1991). Esta combinação de primers amplifica um fragmento de DNA com cerca de 600 pares de bases. Após a reação de PCR, o DNA amplificado foi purificado com o kit Wizard PCR Preps (Promega), e o fragmento resultante seqüenciado usando-se o protocolo do kit Big Dye, seguido de eletroforese no seqüenciador automático ABI 377 (Applied Biosystems). ANÁLISE DAS SEQÜÊNCIAS As seqüências obtidas foram alinhadas no programa XESEE (Eyeball Sequence Editor) [5] e cladogramas baseados em métodos de distância foram construídos usando-se o programa MEGA [6]. RESULTADOS E DISCUSSÃO De 16 seqüências de DNA obtidas, foi gerado um alinhamento com 537 sítios. Destes, 368 foram conservados (invariáveis) e 169 mostraram-se variáveis. Os sítios variáveis do alinhamento são mostrados na Figura 2. A composição média de bases nitrogenadas para esta região do 16S foi de 29,4% para adenina, 22,6% para timina, 26,1% para citosina, e 21,9% para guanina. A divergência nucleotídica média observada na família Carangidae variou entre 0 e 0,5% para indivíduos da mesma espécie, 0,5 a 3% para espécies do mesmo gênero (exceção para Caranx lugubris), e entre 4 a 17% entre gêneros diferentes (Tabela 1). Entre Peprilus e Scomberomorus a divergência nucleotídica foi de 11% e destes com os carangídeos variou entre 12 e 17%. A análise filogenética, demonstrada no cladograma da Figura 3, mostra que os carangídeos da região bragantina constituem um grupo homogêneo, apesar dos altos níveis de divergência nucleotídica. O agrupamento entre Hemicaranx, Chloroscombrus e Caranx é bastante robusto, com 99% de bootstrap. Convém ressaltar que estes gêneros foram os que apresentarm os menores níveis de divergência nucleotídica (5 a 6%), o que indica que os eventos de diversificação evolutiva entre eles são os mais recentes dentro da família Carangidae, considerando-se, evidentemente, os táxons aqui amostrados. A espécie Caranx lugubris não agrupa com as espécies do gênero (Caranx hippos e C. crysos). C. lugubris posiciona-se na parte basal do cladograma, em virtude de sus alta divergência nucleotídica com os demais carangídeos (13 a 16%), que é da mesma ordem de magnitude das maiores divergências intergenéricas na família. Por outro lado, os parâmetros morfológicos da chave de classificação sugerida por Cervigón [3] são claros quanto à identificação de Caranx lugubris, o que indica uma grande heterogeneidade morfológica neste gênero. No caso presente, os dados moleculares apontam para uma revisão da taxonomia do gênero Caranx. Outro arranjo significativo é a ligação de Selene como a linhagem mais basal do clado constituído por Hemicaranx, Chloroscombrus e Caranx. Esta ligação é apoiada por 91% de bootstrap, e as divergências nucleotídicas de Selene com estes três gêneros variaram entre 8 e 10%. Por sua vez, os valores baixos de bootstrap (71% e 83%) não deixam claro se Trachinotus ou Oligoplites é o grupo-irmão dos carangídeos mais derivados (Caranx, Hemicaranx, Chloroscombrus e Selene). Revista Científica da UFPA http://www.ufpa.br/revistaic Vol 3, março 2002 4 É interessante ressaltar a alta similaridade nucleotídica entre Trachinotus cayennensis e Trachinotus carolinus, que é de 99,5%, indicando seram espécies muito próximas ou talvez a mesma espécie. Morfologicamente, estas espécies são também muito similares, diferindo apenas em relação ao número de espinhos das nadadeiras. É possível que um estudo populacional mais abrangente revele que as diferenças morfológicas utilizadas como parâmetros distintos para separar Trachinotus cayennensis de T. carolinus sejam na verdade resultado de variabilidade morfológica intrapopulacional. Os dados moleculares do presente estudo indicam que os peixes carangídeos que ocorrem na região de Bragança pertencem a dois grupos com padrões evolutivos distintos: um grupo monofilético de emergência mais recente, constituído por Hemicaranx, Chloroscombrus e Caranx e Selene, e linhagens mais antigas representadas pelos gêneros Trachinotus, Oligoplites e aquela identificada por ora como Caranx lugubris, cuja taxonomia deverá ser confirmada em estudos posteriores. PALAVRAS CHAVES Perciformes, Carangidae, Estuário, Gene mitocondrial 16S, Filogenia molecular AGRADECIMENTOS Este trabalho é resultante da cooperação entre o Centro de Ecologia Tropical Marinha (ZMT), Bremen, Alemanha, e a Universidade Federal do Pará (UFPA), pelo Convênio de Cooperação Científica e Tecnológica entre o Brasil e a Alemanha, financiado pelo BMBF (Alemanha) e CNPq (Brasil) – Projeto no. 03F0154A, Manejo e Dinâmica dos Manguezais – MADAM. Cristina Viaczorek foi bolsista PIBIC/CNPq no período 1999-2001. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. NELSON, J.S. 1994. Fishes of the world. Third edition. John Wiley & Sons Inc. 600 pp. 2. CERVIGÓN, F. 1993. Los Peces Marinos de Venezuela. Fundación Científica Los Roques, 2ª Edição, Vol. 2, Caracas, Venezuela: 53 – 113. 3. CERVIGÓN, F.; CAPRIANI, F.; FISCHER, W.; GARIBALDI, L.; HENDRICKX, M.; LEMUS, A. J.; MÁRQUEZ, R.; POUTIERS, J. M.; ROBAINA, G. & RODRIGUEZ, B. (1993). Field Guide to the Commercial marine and Brackish-water Resources of the Northerrn Coast of South America. Rome; Food and Agriculture Organization of the United Nations. 4. Barletta, M. (1999). Seasonal changes of density, biomass and species composition of fishes in different habitats of the Caeté estuary (North Brazilian coast – east Amazon). PhD Thesis. Center for Tropical Marine Ecology, University of Bremen. Bremen, Germany. 5. CABOT, E. L. & BECKENBACH, A. T. (1989) Simultaneous Editing of Multiple Nucleic Acid and Protein with ESEE. Computer Applications in Bioscience, 5 : 233 – 234. Revista Científica da UFPA http://www.ufpa.br/revistaic Vol 3, março 2002 5 6. KUMAR, S.; TAMURA, K. & NEI, M. (1993) Molecular Evolutionary Genetics Analysis. Version 1.02. The Pennsylvania State University. Revista Científica da UFPA http://www.ufpa.br/revistaic Vol 3, março 2002 6 Revista Científica da UFPA http://www.ufpa.br/revistaic Vol 3, março 2002 7 Revista Científica da UFPA http://www.ufpa.br/revistaic Vol 3, março 2002 8 Tabela 1. Matriz de divergência nucleotídica (em percentuais) para exemplares de Carangidae e outgroups (P. paru. e S. cavalla). S. cavalla (Sca) Caranx lugubris (Clu) C. hippos (Chi) C.crysos (Ccr) Trachinotus cayennensis (Tcay) T. carolinus 1(Tca1) T. carolinus 2 (Tca2) Chloroscombrus chrysurus (Cch) Selene vomer 1 (Svo1) S. vomer 2 (Svo2). Oligoplites palometa (Opa) O. saurus 1 (Osa1) O. saurus 2 (Osa2) Hemicaranx amblyrhynchus 1 (Ham1) H. amblyrhynchus 2 (Ham2) P P A S C A 11 13 12 13 15 14 14 13 14 14 3 16 15 12 12 C L U C H I C C R T C A Y T C A 1 T C A 2 C C H S V O 1 S V O 2 O P A O S A 1 O S A 2 H A M 1 16 16 16 13 13 0,5 15 17 16 13 13 0,5 0,5 12 13 14 4 4 12 12 12 14 14 14 14 14 14 15 15 17 17 17 15 14 8 8 11 11 14 8 8 11 11 15 14 15 14 14 15 14 15 14 14 15 14 15 14 14 15 5 6 12 13 14 15 15 5 6 12 8 12 8 01 14 14 15 15 14 14 15 15 0,5 14 14 15 15 0,5 0 13 5 10 10 15 15 15 12 13 13 5 10 10 15 15 15 Revista Científica da UFPA http://www.ufpa.br/revistaic Vol 3, março 2002 0 9 Ppa Sca Clu Chi Ccr Tcay Tca1 Tca2 Cch Svo1 Svo2 Opa Osa1 Osa2 Ham1 Ham2 12222335 6910689161 GCATTTATTT ..C....... ..C....... .TCG...G.. .TTG...G.. .TCGA.TA.. T.CGA.TA.. T.CGA.TA.. ..CG...G.. A.CACATGC. ..CAAATGC. ..CG.ATG.A ..CG.ATG.A ..CG.ATG.A ..CG...G.. ..CG...G.. 111 5679999134 4222349350 AGCGGATATA .......T.. G..A.G.... G.T.....CC G.T.....CC GAT.A.C.CT GAT.A.C.CT GAT.A.C.CT G.T.....CC GAT.A....C GAT.A....C G.T.A.C..C G.T.A.C..C G.T.A.C..C G.T.....CC G.T.....CC 1111111111 4557788888 6796901234 ACCGAAGACC G....C.CTT ....G.A... ......ATA. ......ACA. ..TA..TTA. ..TA.GTTA. ..TA..TTA. .T....ACA. .....TTTA. .....TTTA. ........A. ........A. ........A. ......ATA. ......ATA. 2222222222 0111222222 3789123678 AACTAAGTCT ...C.G..G. GGTCGG.GA. ...C.GAGA. ...C.GAGA. .....GAGAC ...G.GAGAC .....GAGAC ...C.GAGAG ...C.GAGA. ...C.GAGA. G..C...GAC G..C...GAC G..C...GAC ...C.GAGAC ...C.GAGAC 2222222222 3333334444 2356890135 GCAAATAACC .T...C.C.T .T..GA.C.T .T.....C.T .T...C.C.. .T..TC..TT .T..TC..TT .T..TC..TT .T...C.C.. .T...C.C.G .T...C.C.G C.GT.CTC.T C.GT.CTC.T C.GT.CTC.T .T..GC.C.. .T..GC.C.. Ppa Sca Clu Chi Ccr Tcay Tca1 Tca2 Cch Svo1 Svo2 Opa Osa1 Osa2 Ham1 Ham2 2222222222 4445555555 6790235678 AACCAAGACC ..A...A..T ..A.C..T.. T.AT...C.. TGA..G.C.. ..A...A.TT ..A...A.TT ..A...A.TT TGA....C.. C.A..C.C.. C.A..C.C.. .G.A....TT .G.A....TT .G.A....TT T.AT.GAC.. T.AT.GAC.. 2222222222 5666667777 9013490123 AAGTGAACCA ..ACA...T. ..A.A..A.C G.A.T.C..C ..A.T.CT.C ..A.A.CA.C ..A.A.CA.C ..A.A.CA.C G.A.T.C..C ..A.T.C..C ..A.T.C..C .GA.TGC..C .GA.TGC..C .GA.TGC..C G.A.TGCTAC G.A.TGCTAC 2222223333 7788890011 4812304502 TCGTACGCAA ..C..TA... ..CC..ATTG CTTA..ATCG CTTA..AT.G CTTAC.AT.. CTTAC.AT.. CTTAC.AT.. CTTA..AT.G CTTA..ATTG CTTA..ATTG ..TA..AT.. ..TA..AT.. ..TA..AT.. CTTA..AT.G CTTA..AT.G 3333333333 1111222233 3459568934 CAAAACTGAT T.C.GAC..C A..C..CA.G ..C..T..C. ..C..T..C. ..C...C... ..C...C... ..C...C... ..C..T.... ..C..TC... ..C..TC... T.C....... T.C....... T.C....... .GT..T..GC .GT..T..GC 3333333333 3344457777 5603440135 GGCTGCCTCA ..TGA...AG ..T.TT..A. ..AAA..C.. ..AAAT.C.. .AG.AT.C.. .AG.AT.C.. .AG.AT.C.. ..AAA..C.. A.GAAT.C.. A.GAAT.C.. .AAAA.TCA. .AAAA.TCA. .AAAA.TCA. ..AAA..C.. ..AAA..C.. Figura 2. Alinhamento dos sítios variáveis do gene mitocondrial 16S ribossomal em peixes carangídeos, em Peprilus paru (Ppa - Stromateidae), e em Scomberomorus cavalla (Sca Scombridae) Revista Científica da UFPA http://www.ufpa.br/revistaic Vol 3, março 2002 10 Ppa Sca Clu Chi Ccr Tcay Tca1 Tca2 Cch Svo1 Svo2 Opa Osa1 Osa2 Ham1 Ham2 3333333333 7778888899 6783457825 CCACTAAGTT .....G...C .....TC..C G......A.C G...C..T.C TT.T..CA.C TT.T..CA.C TT.T..CA.C G......AAC G...C....C G...C....C .......A.. .......A.. .......A.. G.GA...ACC G.GA...ACC 3344444444 9900111122 6845034646 ACTTGCAAGC .GC.AA.GT. .A..AT.... TA.CATCT.. TGCCATCT.. CAC.AA.C.. CAC.AA.C.. CAC.AA.C.. TG..ATCC.. TA.CA.TC.. TA.CA.TC.. .A..AA...A .A..AA...A .A..AA...A TA..ATCC.. TA..ATCC.. 4444444444 2223445567 7891265765 AACGGATGGC .....G.TA. G.A...C..T TT........ TT........ ..T.A..... ..T.A..... ..T.A..... .CT....... TT........ TT........ TTTA..C..T .TTA..C..T .TTA..C..T .TT....... .TT....... 4444444445 7888899990 9025602490 CTGCCACCGG T.....TA.. T......A.A T......A.. T......A.. T..T...A.. T..T...A.. TAAT.T.... T......A.. T.A...TA.. T......AA. T.AT...A.A ...TT..A.A ...TT..A.A T......A.. T.A....A.. 555555 011123 924684 GCTGGC C....G ....A. ...... ...... ...... ...... CACC.. ...... .....T ...... ...... ...... ...... ...... ...... Figura 2. Alinhamento dos sítios variáveis do gene mitocondrial 16S ribossomal em peixes carangídeos, em Peprilus paru (Ppa - Stromateidae), e em Scomberomorus cavalla (Sca Scombridae) Revista Científica da UFPA http://www.ufpa.br/revistaic Vol 3, março 2002 11 100 Hemicaranx 1 56 Hemicaranx 2 99 Chloroscombrus Caranx hippos 91 Caranx crysos 46 Selene vomer 1 71 100 Selene vomer 2 Trachinotus carolinus 1 83 100 T. carolinus 2 T. cayennensis Oligoplites palometa 100 O. saurus 1 98 O. saurus 2 Caranx lugubris Peprilus paru Scomberomorus cavalla 74 0.06 0.04 0.02 0.00 Figura 3. Cladograma de Neighbor-Joining obtido a partir do gene rRNA 16S para a família Carangidae. Revista Científica da UFPA http://www.ufpa.br/revistaic Vol 3, março 2002