PERCEPÇÃO DOS ALUNO DE FEDERAL DO OESTE DO

Transcrição

PERCEPÇÃO DOS ALUNO DE FEDERAL DO OESTE DO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU
CENTRO DE ENSINO, PESQU
ESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECI
PECIAL – CEPAE
I CONGRESSO NACIONAL
NAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDI
ÂNDIA
I CONALIBRAS-UFU
ISSN
SN 24
2447-4959
O PAPEL DO
O IN
INTÉRPRETE: PERCEPÇÃO DOS ALUNO
LUNOS SURDOS DA
UNIVERSIDADE
DE FEDERAL
FE
DO OESTE DO PÁRA NO MUNÍCIPIO
MUN
DE
SANTARÉM.
EIXO 3 : Tradução e In
Interpretação de Libras
Nelian RABELO, UFOPA1
Neliane,
Fabian RABELO, SEDUC2
Fabiane,
Resumo: Este artigo tem como pesquisa o papel do intérprete em sala de aula da Universidade Federal
do Oeste do Pará - UFOPA.
PA. P
Pretende-se investigar o papel desses profissionai
sionais através da percepção
dos acadêmicos atendidoss por eles. Estes profissionais atuam na efetivação
ção de práticas de educação
inclusiva, interpretando do Português
Por
para a Língua de Sinais (Libras) e vice-versa. Especificamente,
pretende-se verificar a contribu
ontribuição para o processo de ensino aprendizagem
agem no atendimento desses
acadêmicos. A amostra será
erá co
composta por três acadêmicos com surdez severa,
evera, alunos matriculados e
ativos da Universidade Federal
ederal do Oeste do Pará, no Munícipio de Santarém--PA. Como instrumentos
serão utilizados: pesquisaa de ca
campo, pesquisa bibliográfica e entrevista semiest
emiestruturada, evidenciando
algumas das percepções sobre a atuação deste profissional em sala de aula
la e nna mediação intérpretealuno. As considerações deste trabalham versam sobre a percepção dos aluno
alunos quanto à atuação do
profissional intérprete e suas contribuições para os sujeitos envolvidos nesta pesquisa e a extrema
importância do papel do intérprete
intérp
na relação professor-aluno, nas Instituições
ições de Ensino Superior. A
partir dessas considerações,
ões, vvemos que no cenário desta universidade os acadêmicos
ac
estão sendo
assistidos de maneira satisfatór
isfatória, mas essa situação ainda não é a realidade
ade de muitas Instituições de
Ensino Superior.
Palavras-chave: Ensino Superior.
Super
Intérprete. Língua Brasileira de Sinais-LIBR
LIBRAS.
Introdução
1
Neliane Mota Rabelo, possu
possui Graduação em LICENCIATURA PLENA
A EM
E
PEDAGOGIA pela
UNIVERSIDADE FEDERAL
L DO PARÁ (2008); Especialista em GESTÃO ESCOLAR
OLAR pela UNIVERSIDADE
FEDERAL DO AMAZONAS
S (20
(2012). Atualmente é Coordenadora de Ensino da UNIVERSIDADE
UNIV
FEDERAL
DO OESTE DO PARÁ. E-mail:
ail: [email protected].
2
Fabiane Mota Rabelo possui
sui Gr
Graduação em LICENCIURA EM LETRAS pela UNIVERSIDADE
UNIV
FEDERAL
DO PARÁ (2009); Especiali
pecialista em EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLU
CLUSIVA pelo CENTRO
UNIVERSITÁRIO INTERNACIO
NACIONAL. Atualmente é Professora da Educaçãoo Espe
Especial da rede estadual de
ensino. E-mail: fabyrabelo@hotm
hotmail.com.
Realização:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU
CENTRO DE ENSINO, PESQU
ESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECI
PECIAL – CEPAE
I CONGRESSO NACIONAL
NAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDI
ÂNDIA
I CONALIBRAS-UFU
ISSN
SN 24
2447-4959
Este artigo resulta
ulta de uma pesquisa intitulada “O papel do intérprete:
intérp
Percepção dos
Alunos Surdos da Universid
iversidade Federal do Oeste do Pará no Munícipio
nícipio de Santarém ” que
teve como problemáticaa de investigação
in
a seguinte questão: como oss alun
alunos percebem o papel
do intérprete no processo
so de ensino aprendizagem em sala de aula?
Como objetivoss dest
destacou-se: Investigar o papel do profissional
sional intérprete dentro do
ensino superior através
és da percepção dos acadêmicos atendidos
os por eles e verificar a
contribuição para o processo
cesso de ensino aprendizagem.
O estudo consiste
iste em uma pesquisa de campo, de abordagem
gem qualitativa
q
na qual se
realizou o levantamento
nto bbibliográfico, documental, entrevista semiestruturada
semi
com os
acadêmicos surdos da Universidade
Univer
Federal do Oeste do Pará na Cidade
dade de
d Santarém.
Optou-se por utilizar
tilizar nomes fictícios para os alunos sujeitoss dest
desta pesquisa, a fim de
preservar suas identidades.
des. Apresentam-se
A
como sujeitos da pesquisa,
sa, acadêmicos
aca
com surdez
severa, alunos matriculados
lados e ativos da Universidade Federal do Oeste
este ddo Pará na Cidade de
Santarém – PA.
O PAPEL DO INTÉRPRE
PRETE NA EDUCAÇÃO SUPERIOR: DA
A LEGALIDADE
LE
À
SALA DE AULA.
O decreto nº 5.626,
.626, de 22 de dezembro de 2005 regulamenta
enta a Lei de Libras nº
10.436, de 24 de abrill de 2002,
2
que dispõe sobre a Língua Brasileira
ileira de
d Sinais-Libras, e o
artigo 18, da Lei nº 10.098
0.098, de 19 de dezembro de 2000. Esse documento
docum
regulamenta a
política educacional brasileir
asileira quanto à inclusão das pessoas surdas nas escolas.
es
Segundo o decreto
creto nº
n 5.626, considera-se pessoa surda àquela que, por ter perda
auditiva, interage com o mundo
mu
por meio de experiências visuais,, mani
manifestando sua cultura
principalmente pelo uso
so da Língua Brasileira de Sinais-Libras (BRASI
RASIL, Decreto 5626/05,
art. 2º).
Os surdos têm direit
direito à educação, desde a Educação Infantil
ntil at
até o ensino superior,
com direito ao uso dee libr
libras como língua de instrução, bem como ter um profissional
intérprete de libras em
m sala de aula. Nesse último caso, a referência
rência à mediação desses
intérpretes está implícita
ita nos
no “serviços de apoio especializado” que
ue a LDB 2 nº 9.394, de
20.12.96, Capítulo V, Art. 58,
5 § 1º assegura que “haverá um profission
issional intérprete, quando
Realização:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU
CENTRO DE ENSINO, PESQU
ESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECI
PECIAL – CEPAE
I CONGRESSO NACIONAL
NAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDI
ÂNDIA
I CONALIBRAS-UFU
ISSN
SN 24
2447-4959
necessário, [...] na escola
cola regular
re
para atender às peculiaridades da cl
clientela de educação
especial”.
Com a oficialização
zação da Língua Brasileira de Sinais e do profissio
rofissional intérprete, todas
as universidades, em respeito
respei à lei, são obrigadas a ofertar vagas
as des
destinadas ao cargo de
profissional intérprete de libras
lib
para atendimento especializado de alu
alunos surdos, atuando
como mediador do ensino
sino aprendizagem
a
no espaço da sala de aula,
ula, ao
a lado do professor
regente, junto com os demai
demais alunos, além de fomentar o acesso aoss conteúdos
cont
já trabalhados
em sala de aula, assumin
ssumindo um papel fundamental dentro das relações de ensino
aprendizagem.
Quan se insere um intérprete de língua de sinais
Quando
ais na sala de aula, abre-se a
possibilidade de o aluno surdo poder receber a inform
possib
informação escolar em sinais
atravé de uma pessoa com competência nesta língu
através
língua. Com a presença do
intérp
intérprete
o professor ouvinte pode conduzir suass aula
aulas sem preocupar-se em
como passar esta ou aquela informação em sinais,
is, atuando
atua
na língua que tem
domín
domínio...
A melhor compreensão do papel do intérp
intérprete educacional e dos
modo como ele é desempenhado em cada um dos níveis de ensino pode
modos
revela aspectos dessa prática educacional que interessa ser melhor
revelar
comp
compreendida
quando o ambiente pedagógico se diz inclusivo e pretende
respe
speitar as peculiaridades e necessidades dos
os alu
alunos surdos. (LODI e
LACE
LACERDA,
2009, p.65, 71).
Pensar no papell do intérprete
in
significa pensar no processo dee ensin
ensino aprendizagem dos
alunos com necessidades
es au
auditivas inclusas nos cursos de ensino superior
superio que necessitam de
uma maior interação e relação
relaçã com o papel desenvolvido pelo intérprete,
prete, sendo o intérprete de
libras um elo para a relação
elação professor-aluno. Este profissional atuaa de m
maneira diferenciada,
não assumindo o mesmo
mo pa
papel do professor, mas para que o aluno
uno tenha
te
sucesso em seu
percurso acadêmico ambos
mbos devem estar em sintonia em suas atividades
ativida
e assumirem a
responsabilidade de obterem
terem o sucesso de seu alunado.
O intérprete daa líng
língua de sinais deve atuar com base nas
as dif
diferentes áreas, como
mediador em várias disciplinas,
discipl
tendo que estar sempre familiarizad
arizado com a linguagem
utilizada pelo professor
sor regente
r
para que, desta maneira, não rrepasse informações
desencontradas ao aluno.
no. O intérprete assume o papel de um porto
orto seguro,
s
em que cada
acadêmico entrega sua expectativa
expec
de vida profissional em suas mãos.
Pode-se afirmarr que o papel do intérprete de LIBRAS em uma sala de aula abre a
possibilidade do aluno surdo receber a informação acadêmica nessaa líng
língua, por meio de uma
pessoa competente. Aoo mesmo
mesm tempo, o professor ouvinte pode ministr
inistrar suas aulas sem se
Realização:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU
CENTRO DE ENSINO, PESQU
ESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECI
PECIAL – CEPAE
I CONGRESSO NACIONAL
NAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDI
ÂNDIA
I CONALIBRAS-UFU
ISSN
SN 24
2447-4959
preocupar em como passar
ssar a informação em sinais, atuando em suaa língua
língu de domínio. Podese afirmar que, nesse caso
caso, a condição linguística especial do surdo é respeitada, o que
aumenta a chance dele
le desenvolver-se
des
e construir novos conheciment
cimentos satisfatoriamente
(LACERDA, 2000).
Seu papel começa
eça a ser
s delineado e conhecido no âmbito acadêm
cadêmico. E o ingresso de
alunos surdos no espaçoo univ
universitário só reforça a necessidade destee profissional.
profi
Esses alunos
precisam de profissionais
ais qu
que atuem junto com seus colegas ouvintes,
tes, auxiliem
au
nos trabalhos
acadêmicos, esclareçam
m as dúvidas provenientes de sala de aula,
ula, garantam
g
uma maior
interação dos alunos surdos
urdos com os alunos ouvintes e melhorem seuu desempenho
dese
acadêmico.
Que sintam que não existe
iste diversidade
di
que não seja maior que a comunic
municação, seja ela falada,
ouvida ou vista.
A cada ano, o núme
número de alunos surdos que ingressam nass universidades
univ
de todo o
Brasil vem aumentando.
o. Com base nos dados do último Censo Demográ
mográfico do IBGE, cerca
de 9,7 milhões de brasilei
rasileiros possuem deficiência auditiva, o que representa 5,1% da
população brasileira. Naa Re
Região Norte, a população de surdos chega
ega a 21.628 e no Pará, a
10.604, dos quais 4.1422 não são alfabetizados.
Segundo Goffredo
edo (2004),
(2
para atender às necessidades educac
educacionais especiais dos
jovens surdos, o primeiro
eiro passo é assegurar seu ingresso na univers
niversidade por meio do
vestibular. Mas isso não
ão gara
garante que a inclusão se concretize. Vencida
cida a barreira do ingresso,
o próximo desafio é a permanência
perman
no curso, que depende muito da media
mediação do intérprete.
Com base nessas
sas informações,
in
é notório o aumento de pesso
pessoas com deficiência
auditiva, o que pressupõem
upõem um maior número de alunos surdos
os ingressando
ing
no Ensino
Superior, demandando-se
se a necessidade
n
de um mediador. Neste caso,
o, o intérprete
in
de língua de
sinais é essencial para o dese
desenvolvimento do acadêmico,
PROCEDIMENTOS METODÓLOGICOS
MET
A pesquisa foi nortea
norteada pela abordagem qualitativa de estudo,
o, sendo
sen realizado um
estudo de caso que é uma
ma mo
modalidade muito utilizada nas pesquisas sociais.
sociai Segundo Gil
(2002), esse tipo de pesquisa
squisa versa sobre o estudo profundo e exaustivo
tivo de
d um ou mais
objetos de forma que permita
ermita seu amplo conhecimento.
Realização:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU
CENTRO DE ENSINO, PESQU
ESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECI
PECIAL – CEPAE
I CONGRESSO NACIONAL
NAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDI
ÂNDIA
I CONALIBRAS-UFU
ISSN
SN 24
2447-4959
Essa Universidade
ade ppossui quatro acadêmicos matriculados
os com
co surdez profunda;
sendo que a amostra foi
oi real
realizada com três acadêmicos. Para coleta
ta de dados,
d
utilizamos um
roteiro com perguntas semiestruturadas.
semie
A entrevista foi realizadaa com a presença de uma
intérprete de Libras quee atua fora da referida Universidade. A mesma
sma realizou
re
as entrevistas
semiestruturadas com os acadêmicos,
ac
fazendo a mediação dos questio
questionamentos e tirando
qualquer dúvida que oss mesm
mesmos tivessem.
Foram aplicadoss os questionários
q
para três acadêmicos, doiss do se
sexo masculino e uma
do sexo feminino. As idades
idade dos entrevistados variam de 20 a 30 an
anos. Todos possuem
diagnóstico de surdez profunda,
profun
são fluentes em Libras, participam
m das aulas com apoio de
intérpretes de língua dee sinai
sinais.
O roteiro de entrevi
ntrevista foi estruturado a partir das questões
tões relacionadas
r
com as
atribuições do tradutor e intérprete
inté
no exercício de suas competências,
cias, te
tendo como base a lei
nº 12.319, de 1º de Dezemb
ezembro de 2010 que regulamenta a profissãoo de T
Tradutor e Intérprete
da Língua Brasileira dee Sinais
Sinai – Libras.
A análise dos dados
ados foi feita a partir das respostas do roteiro,
iro, qu
que demostra como os
acadêmicos percebem a atuação
atuaç do intérprete em sala de aula.
O PAPEL DO INTÉR
TÉRPRETE: PERCEPÇÃO DOS ALUNO
LUNOS SURDOS DA
UNIVERSIDADE FEDER
EDERAL DO OESTE DO PÁRA NO MUNÍCIPIO DE
SANTARÉM.
Através da apresentaç
sentação da análise dos dados coletados nas entrevistas,
entrev
comparados ao
que verificamos na literatur
teratura utilizada, por meio da aplicação do questionário,
quest
foi possível
identificar como o intérpre
térprete realiza a função que lhe compete
te e ttambém procurou-se
constatar se a prática está
stá de acordo com os estudos teóricos referentes
tes à educação.
e
Na primeira pergun
ergunta foi questionado se os acadêmicoss são atendidos por um
intérprete. Os resultados
os mo
mostram que os três acadêmicos são atendid
tendidos por intérprete na
Universidade Federal do Oeste
O
do Pará no munícipio de Santarém.
rém. A Universidade está
dentro dos parâmetros legais,
legais conforme exigidos pelo Decreto nº 5.626
626 de 22 de Dezembro de
2005, que obriga as universidades
univer
a inserirem no seu quadro funcio
funcional os tradutores e
intérpretes de Libras.
Segundo a autora,
ora, seria
se “impossível atender às exigências legais
legai que determinam o
acesso e permanência do aluno
alu na escola observando-se suas especificida
ificidades, sem a presença
do intérprete de língua de sinais”
sin
(QUADROS, 2002, p. 59).
Realização:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU
CENTRO DE ENSINO, PESQU
ESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECI
PECIAL – CEPAE
I CONGRESSO NACIONAL
NAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDI
ÂNDIA
I CONALIBRAS-UFU
ISSN
SN 24
2447-4959
Na segunda pergunta,
rgunta, foi questionado quantas vezes por semana
ana este
e profissional fazia
o atendimento. Os resultados
ltados mostram que todos os acadêmicos são atend
atendidos todos os dias, o
que facilita que o aluno
no des
desenvolva seu potencial, pois a presençaa do mediador
m
em sala de
aula propicia uma maior
or interação
inte
entre aluno e intérprete, esclarecendo
endo ddúvidas e repassando
todos os conteúdos do profes
professor regente com total fidelidade ao que foi ex
exposto.
Desta maneira,, no ccotidiano e em cada disciplina fica mais
ais fácil
fá para o intérprete
perceber as dificuldades
es dos acadêmicos. Como assinala Martins (2006),
006), o intérprete deve ser
capaz de perceber as dificuldades
dificul
do aluno surdo e de descobrir camin
caminhos e métodos para
atenuá-las. Deve ser uma pponte entre o aluno, o professor e o conhec
conhecimento que ajude a
superar a diferença linguístic
guística na interação comunicativa.
Na terceira pergunt
ergunta foi questionado se o intérprete atua como mediador na
comunicação entre surdos
dos e ouvintes, surdos e surdos em sala de aula.
ula. Os resultados mostram
que todos os acadêmicos
icos en
entrevistados responderam que sim, que
ue o iintérprete atua como
mediador. O intérprete nas suas
su atribuições cotidianas assume um papel
apel dde suma importância,
pois ele é o elo entre oss prof
professores e alunos ouvintes com os acadêmico
êmicos aqui entrevistados,
assumindo o papel de educador.
educad
Para Martins (2004)
004) o educador participa diretamente na vida
da esc
escolar dos seus alunos.
E tem a responsabilidade
ade dde mediar o conhecimento, através da interação
intera
com os alunos,
assim como escolher uma
ma metodologia
me
de ensino adequada para atingi-los
los, gerando motivação
e interesse pelo conteúdo
do trabalhado,
trab
sempre voltado para o contexto
to da ssala de aula.
A quarta pergunta
unta foi:
fo o intérprete participa das atividades
es did
didático-pedagógicas e
culturais desenvolvidass em sala de aula? Os resultados mostram que todos
t
os acadêmicos
responderam que sim. Sabe-se
Sabe que a atuação do intérprete vai além do repasse
re
dos conteúdos.
Ele precisa transmitir na ínte
íntegra todas as atividades que contribuam para o processo de ensino
aprendizagem.
A última questão
ão era se o intérprete dá auxílio na hora de responder
respon
suas atividades,
trabalhos, seminários em sa
sala de aula. Todos responderam que sim.
im. Os
O acadêmicos fazem
referência na questão da ajuda,
aj
e não na interferência deste profission
fissional em seu processo
avaliativo. Segundo Quadros
uadros (2002) quando analisa essa questão do intérprete
intérp
participando da
avaliação do processo de ensino/aprendizagem
e
do aluno surdo,, afirma
afirm que em algumas
Realização:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU
CENTRO DE ENSINO, PESQU
ESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECI
PECIAL – CEPAE
I CONGRESSO NACIONAL
NAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDI
ÂNDIA
I CONALIBRAS-UFU
ISSN
SN 24
2447-4959
situações isso é permitido,
tido, e que assim sendo, o intérprete assumiria
ria uma
um função de “tutoria
mediante a supervisão do pro
professor”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
FINA
Nesta pesquisa ficou evidenciado que é de extrema importância
cia o papel do profissional
intérprete no atendimento
nto do
dos alunos com necessidades auditivas. Também
ambém, verificou-se que a
Universidade está aprendend
ndendo e desenvolvendo a interação das diversidad
ersidades que acompanham
o cotidiano acadêmico dos sujeitos aqui entrevistados, que o suporte
orte nnecessário está sendo
ofertado. Os acadêmicos,
os, atr
através de suas respostas, delinearam o papel do
d intérprete em sala
de aula, ficando evidente
ente que
q o mesmo exerce suas atribuições fidedi
fidedignamente, mas sem
deixar de ajudar. Vale ressaltar
ressal que em muitas instituições os alunoss não tem este profissional
e quando possui, ainda não cconseguiram delimitar seu espaço.
O processo de ensino
ensin aprendizagem se dá na relação intérpre
ntérprete-aluno, intérpreteouvinte e intérprete-professo
rofessor, um ciclo contínuo de recepção e dispersão
disper
das informações
sobre os conteúdos. O pape
papel do intérprete está sendo desenvolvido
ido voltado
vo
para mediar o
processo de ensino aprendiz
rendizagem desses alunos, mas não cabe a este profissional
p
definir as
metodologias e didáticas
as uti
utilizadas para facilitar o processo de aprendiz
dizagem dentro da sala
de aula, ficando o papell do in
intérprete bem definido perante a visão dos entrevistados.
en
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei de Diretrizes
etrizes e Bases da Educação Nacional. Lei
ei nº 9.394. Estabelece as
diretrizes e bases da educaçã
ucação nacional. Brasília, 1996.
____. Decreto n° 5.626 de 22 de Dezembro de 2005. Brasília, 2005.. Língua
Língu
brasileira de sinais – LIBRA
IBRAS. Brasília, 2005.
_____. Lei n° 10.436,, de 24
2 de abril de 2002. Língua brasileira
ira de sinais – LIBRAS.
Brasília, 2002.
_____. Lei nº 10.098.. Estabelece
Esta
normas gerais e critérios básicos
icos ppara a promoção da
acessibilidade das pessoas
soas portadoras
po
de deficiência ou com mobilidade
idade reduzida, e dá outras
providências. Brasília, 2000.
_____. Lei nº 12.319. Regul
Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete
rprete da Língua Brasileira
de Sinais – LIBRAS. Brasília
rasília, 2010.
GIL, A.C, Como elaborar
rar projetos
pro
de pesquisa, 4. Ed. São Paulo: Atlas,
tlas, 22002.
GOFFREDO, V. L. F. S. A Inclusão da pessoa surda no ensino supe
superior. Fórum, Rio de
Janeiro, v.10, p.16-22, dez. 2004.
2
Realização:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU
CENTRO DE ENSINO, PESQU
ESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECI
PECIAL – CEPAE
I CONGRESSO NACIONAL
NAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDI
ÂNDIA
I CONALIBRAS-UFU
ISSN
SN 24
2447-4959
LACERDA, C. B. F. A crian
criança surda e a língua de sinais no contexto
texto de
d uma sala de aula
de alunos ouvintes. Relatóri
elatório Final FAPESP Proc. Nº 98/02861-1, 2000.
LODI, A. C. B.; LACERDA
ERDA, C. B. F. Uma Escola Duas Línguass Letramento
Letr
em Língua
Portuguesa e Língua de Sinais
Sin nas Etapas de Escolarização. Rioo Grande
Gran do Sul: Medição,
2009.
MARTINS, V. R. O. Implicações
Impli
e conquistas da atuação do intér
intérprete de língua de
sinais no ensino superior
rior. Educação Temática Digital, Campinas,
s, v.7, n.2, p.157-166, jun.
2006.
_________, V. R. O. Intérpr
ntérprete ou professor: o papel do intérprete
ete de língua de sinais na
educação inclusiva dee alunos
alun surdos. 2004. Monografia (Conclusão
são de Curso de Pedagogia
em Educação Especial)-Fac
Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade
Unive
Católica de
Campinas, Campinas, 2004.
QUADROS, Ronice Müller
üller de. O tradutor e intérprete de Língua
ua Br
Brasileira de Sinais e
Língua Portuguesa. Secretaria
Secre
de Educação Especial; Programa
ma Na
Nacional de Apoio à
Educação de Surdos – Brasília:
Brasíl MEC, SEESP, 2002.
________, Ronice Müller
ller de;
d BRASIL. O tradutor e intérpretee de língua
l
brasileira de
sinais e língua portuguesa.
uesa. Brasília: MEC-SEESP, 2004.
http://www.deficientefisico.c
isico.com/resultados-do-censo-2010-feito-pelo-ibg
ibge-sobre-pessoascom-deficiencia/
Realização: