Visualizar/Abrir

Transcrição

Visualizar/Abrir
doi:10.3900/fpj.1.5.37.p
EISSN 1676-5133
Diferença dos efeitos da hidroginástica e
da ginástica localizada sobre
a flexibilidade em mulheres adultas
Artigo Original
Juliana de Souza Soares
Laboratório de Biociências da Motricidade Humana – LAB/MH (UCB/RJ
Docente da Universidade Estácio de Sá – UNESA - RJ
[email protected]
Estélio Henrique Martin Dantas
Professor Titular do Programa Stricto Sensu em Ciência da Motricidade Humana da
Universidade Castelo Branco
Bolsista de produtividade em Pesquisa (CNPq) 2A
[email protected]
Adriana Harumi Ota
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu, em Ciência da Motricidade Humana da
Universidade Castelo Branco/RJ
[email protected]
Soares, J.S.; Dantas, E.H.M. Diferença dos efeitos da hidroginástica e da ginástica localizada sobre a flexibilidade em mulheres
adultas. Fitness & Performance Journal, v.1, n.5, p.37-43, 2002.
RESUMO: O objetivo do presente estudo consistiu em comparar os efeitos de um programa de hidroginástica e de um programa de
ginástica localizada sobre a flexibilidade das articulações do ombro, tronco, quadril e joelho, em adultos (30 a 45 anos) do sexo feminino, praticantes de uma destas duas modalidades há no mínimo quatro meses e no máximo 24 meses, que não estivessem envolvidos em
atividades físicas que pudessem desenvolver a flexibilidade. O grupo amostral, formado por 16 mulheres praticantes de hidroginástica e
por 15 mulheres praticantes de ginástica localizada, apresentou características homogêneas quanto à estatura, massa corporal, tempo de
prática e quantidade de sessões realizadas no mês anterior ao teste, sendo heterogêneas com relação ao IMC- Índice de Massa Corporal,
idade, quantidade de sessões semanais e duração de cada sessão. Para verificação da flexibilidade, foram realizadas medidas articulares
de amplitude passiva máxima em sete movimentos, utilizando-se da goniometria, com os resultados expressos em graus (DANTAS, 1999).
Para fins de caracterização da amostra, em função das variáveis analisadas, e determinação das diferenças entre os grupos sobre a variável dependente flexibilidade, utilizou-se o teste t para comparação de médias de amostras independentes, e a regressão múltipla foi feita
para investigação da relação entre a flexibilidade e as características heterogêneas entre os grupos. O nível de significância adotado neste
estudo foi de p<0,05. Foram encontradas diferenças significativas entre os grupos (hidroginástica e ginástica localizada) nos movimentos
de abdução horizontal esquerda do ombro ( X =95±18 e 108±13), flexão do tronco ( X =38±18 e 54±14), flexão do quadril em ambos os lados ( X =97±14 e 110±17 no lado direito e X = 94±16 e 111±15 no lado esquerdo), abdução do quadril ( X =93±15 e
114±10) e flexão dos joelhos nos lados direito e esquerdo ( X =149±08 e 155±07 e X =147±09 e 154±06, respectivamente), sendo em todos estes movimentos encontrada superioridade para o grupo de ginástica localizada. Pode-se especular que a individualidade
biológica, a especificidade na execução de determinadas posturas e as diferenças estruturais e metodológicas entre as duas modalidades
tenham sido fatores intervenientes decisivos para os resultados encontrados e devam ser controlados em uma próxima pesquisa.
Palavras-chave: flexibilidade, hidroginástica, ginástica localizada, mulheres adultas.
Endereço para correspondência:
Data de Recebimento: julho / 2002
Data de Aprovação: agosto / 2002
Copyright© 2002 por Colégio Brasileiro de Atividade Física, Saúde e Esporte.
Fit Perf J
Rio de Janeiro
1
5
37-43
set/out 2002
ABSTRACT
RESUMEN
The different effects of aqua aerobics and resistance fitness upon flexibility in adult women
Diferencias entre los efectos de la hidrogimnasia y de la gimnásia
localizada sobre la flexibilidad en mujeres adultas
The objective of this study was to compare the effects of aqua aerobics program
and resistance fitness program upon flexibility of shoulder, trunk, hips and knees
joints in adult (30 to 45 years old), female, practicing one of these activities in
a minimum of four months and a maximum of twenty-four months, and had not
been involved in any other physical activities that could develop flexibility. The
sample group was composed by sixteen women from aqua aerobics and fifteen
women from resistance fitness. These groups showed homogeneous characteristics in stature, body mass, practice experience and amount of sessions realized
in a month before the tests, having heterogeneous characteristics in Body Mass
Indices (IMC), age, amount of week/session and duration of each session. To
verify flexibility, joint measures of maximum passive amplitude of 7 movements
were realized, using goniometry, with results expressed in degrees (DANTAS,
1999). In order to characterize the sample in a role to analyzed variables and
determine the difference between the groups upon the dependent flexibility
variable, t-test was applied to compare independents samples averages, and
multiple regression was made up to investigate the relation between flexibility
and heterogeneous characteristics between the groups. The significant level
adopted in this study was p< 0,05. Significative differences were found between
the groups (aqua aerobics and resistance fitness) on left horizontal abduction
of the shoulder ( X =95±18 and 108±13), trunk flexion ( X =38±18 and
54±14), hips flexion to both sides ( X =97±14 and 110±17– right side,
and X =94±16 and 111±15 –left side), hips abduction ( X =93±15
and 114±10), and knees flexion to right side and left side ( X =149±08
and 155±07 and X =147±09 and 154±06, respectively). It was found
out superiority in all movements at resistance fitness group. It is possible to
speculate that biological individuality, specificity posture execution, structural
and methodological differences had been an intervenient and decisive factors
to the result reached, and should be controlled in the next study.
El objetivo del presente estudio consiste en una comparación de los efectos de un
programa de hidrogimnasia y de un programa de gimnasia localizada sobre la
flexibilidad de las articulaciones de los hombros, tronco, caderas y rodillas, en adultos
(30 a 45 años) del sexo femenino, practicantes de una de estas dos modalidades
hace por lo menos 4 meses y como máximo 24 meses, que no estuvieran practicando
otras actividades físicas en que pudieran desarrollar la flexibilidad. El grupo que constituyó la muestra, formado por 16 mujeres practicantes de hidrogimnasia y por 15
mujeres practicantes de gimnasia localizada, presentó características homogéneas
en cuanto a estatura, masa corporal, tiempo de práctica y cantidad de sesiones
realizadas durante el mes anterior al test, siendo heterogéneo con relación al IMC,
edad, cantidad de sesiones semanales y duración de cada sesión. Para verificación
de la flexibilidad, fueron realizadas medidas articulares de amplitud pasiva máxima
en siete movimientos, utilizándose goniometría, con los resultados expresados en
grados (DANTAS, 1999). Con la finalidad de caracterizar la muestra en función de
las variables analizadas y determinación de las diferencias entre los grupos sobre la
variable dependiente flexibilidad, se utilizó el test t para comparación de promedios
de muestras independientes, y la regresión múltipla se ha realizado para investigar
la relación entre la flexibilidad y las características heterogéneas entre los grupos. El
nivel de significancia adoptada en este estudio fué de p<0,05. Se han encontrado
diferencias significativas entre los grupos (hidrogimnasia y gimnasia localizada) en
los movimientos de abducción horizontal izquierda del hombro ( X =95±18 e
108±13), flexión del tronco ( X = 38±18 e 54±14), flexión de las caderas en
ambos lados ( X = 97±14 y 110±17 no lado derecho e X = 94±16 e 111±15
no lado izquierdo), abducción de las caderas ( X =93±15 e 114±10) y flexión
de las rodillas de los lados derecho e izquierdo ( X =149±08 e 155±07 e X
=147±09 e 154±06, respectivamente), siendo que en todos estos movimientos
se ha encontrado superioridad para el grupo de gimnasia localizada. Es posible
especular que la individualidad biológica, y la especificidad en la ejecución de
determinadas posturas y las diferencias estructurales y metodológicas entre las
dos modalidades hayan sido factores intervenientes decisivos para los resultados
encontrados y deban ser controlados en una próxima investigación.
Keywords: flexibility, aqua aerobics, resistance fitness, adult women.
Palabras clave: flexibilidad, hidrogimnasia, gimnasia localizada, mujeres
adultas.
INTRODUÇÃO
O envolvimento do ser humano com a água confunde-se com
a própria ontogênese da espécie humana. Desde os tempos
mais remotos, o homem movimentou-se na água, para buscar
alimento, deslocar-se para outros lugares, realizar sua higiene e
se divertir. Na Antigüidade, gregos e romanos utilizavam o meio
líquido também para fins terapêuticos e recreativos (PINHEIRO
& LEÃO, 1989).
Esta atividade surgiu no Brasil com cunho científico em 1990,
segundo KRUEL (1994), e cresceu rapidamente em academias e
clubes, sendo indicada para a melhoria dos componentes da aptidão física relacionados à saúde (capacidade cardiorrespiratória,
composição corporal, força, RML- resistência muscular localizada
e flexibilidade) citados pelo ACSM- AMERICAN COLLEGE OF
SPORTS MEDICINE (2000).
Atualmente, observa-se grande adesão às atividades físicas
realizadas no meio líquido, como a natação, a hidroterapia e
a hidroginástica, especialmente pelas propriedades físicas da
água, que permitem a indivíduos com as mais diversas limitações
realizarem movimentos dentro das suas capacidades físicas, sem
os mesmos riscos de sobrecarga que ocorreriam se estivessem
se exercitando em terra (RITCHIE & HOPKINS, 1991; TOWN &
BRADLEY, 1991; BAUM, 2000, p. 03).
Um levantamento das investigações publicadas em periódicos
científicos na última década, realizado por KRAVITZ & MAYO
(1997), demonstra que elas visam principalmente avaliar os
benefícios da hidroginástica na promoção da saúde e melhoria
da qualidade de vida, com maior concentração de interesse
nas adaptações cardiorrespiratórias advindas da prática desta
modalidade de exercícios físicos.
A hidroginástica é caracterizada pela “realização de exercícios
cíclicos e acíclicos, envolvendo membros superiores e inferiores
no meio líquido” (SOARES & MONTEIRO, 2000).
38
Por outro lado, ao se buscar trabalhos sobre a obtenção dos
demais componentes da aptidão física (composição corporal,
força, RML e flexibilidade), observa-se uma escassez de estudos
sobre as alterações na mobilidade articular devido à prática
Fit Perf J, Rio de Janeiro, 1, 5, 38, set/out 2002
sistemática de hidroginástica. As únicas referências encontradas
foram: YAZAWA, RIVET, FRANÇA & SOUZA (1989); HOEGER,
SPITZER-GIBSON, MOORE & HOPKINS (1993); BAILEY, FINCH, HALLAN & STIFF (1996); TAUNTON, RHODES, WOLSKI,
DONELLY, WARREN, ELLIOT, McFARLANE, LESLIE, MITCHELL &
LAURIDSEN (1996); TEMPLETON, BOOTH & O’KELLY (1996);
BRAV0, GAUTHIER, ROY, PAYETTE & GAULIN (1997); SUOMI &
LINDAUER (1997); ALEXANDER, NICKEL, BORESKIE & SEARLE
(2000); CABRAL, CRUZ & SOUZA (2000).
É importante citar que, de acordo com KRAVITZ & MAYO (1997),
uma vantagem do exercício na água, em relação à flexibilidade,
é que pode envolver a participação dos membros superiores e
inferiores através da obtenção de ótimas amplitudes de movimento, enquanto minimiza o estresse articular. Encontra-se, em
livros e artigos específicos de hidroginástica e de hidroterapia, a
afirmação de que a flutuação, atuando contrária à gravidade,
causa uma descompressão nas articulações e reduz o peso
hidrostático, proporcionando maior facilidade na execução de
exercícios e aumento da amplitude de movimentos (SOVA, 1992,
p. 04; BATES & HANSON, 1998, p. 07; CASE, 1998, p. 09;
WHITE, 1998, p. 05; CARABIAS, 1999, p. 27; DI MASI, 2000,
p. 67; RUOTI, MORRIS & COLE, 2000, p. 68;D’ACQUISTO,
D’ACQUISTO & RENNE, 2001).
Um programa de treinamento de flexibilidade pode, de acordo
com ALTER (1999, p. 20-24), resultar em: relaxamento muscular;
melhor aptidão corporal, simetria e postura; alívio de cãibras
musculares; redução do risco de lesão ou de dores lombares;
diminuição do estresse e da tensão.
Se a flexibilidade é tão importante, constituindo-se numa das
qualidades físicas que compõe a aptidão física, não pode ser
relegada a um segundo plano nos estudos de hidroginástica.
Assim, os objetivos do presente estudo foram verificar e comparar
os índices de flexibilidade das articulações do ombro, tronco,
quadril e joelho em mulheres adultas (30 a 45 anos) praticantes
de hidroginástica (meio líquido) e de ginástica localizada (meio
terrestre).
MATERIAL E MÉTODOS
Amostra
Caracterizou-se como amostra de conveniência em uma primeira
etapa e inferencial randomizada numa segunda etapa, sendo o
grupo de hidroginástica composto por 16 mulheres, que realizavam exercícios de alongamento ao final de todas as sessões
realizadas, e o grupo de ginástica localizada, formado por 15
mulheres, que faziam exercícios de alongamento na parte inicial
(aquecimento) e ao final de todas as sessões realizadas. Nenhum
indivíduo, em ambos os grupos, realizava atividades que pudessem desenvolver especificamente a flexibilidade, como aulas de
alongamento e yoga. Todos os indivíduos incluídos no estudo
eram praticantes de uma das duas modalidades há no mínimo
quatro meses e no máximo 24 meses.
Fit Perf J, Rio de Janeiro, 1, 5, 39, set/out 2002
Procedimentos
Foi utilizado o protocolo de goniometria proposto pelo Labifie
(DANTAS, 1999, p. 132), para verificação da capacidade máxima
de amplitude articular, em graus, nos movimentos de abdução e
adução horizontal e flexão do ombro (lados direito e esquerdo),
flexão do tronco, flexão e extensão do quadril (lados direito e
esquerdo) e abdução do quadril, e flexão do joelho em ambos os
lados. O presente estudo foi realizado em duas etapas: medidas
preliminares, quando foi aplicado um questionário investigando
tempo de prática, freqüência semanal, duração das sessões,
quantidade de sessões realizadas no mês anterior ao teste e
dominância lateral; e avaliação diagnóstica, quando foram
realizadas medidas de flexibilidade nas articulações do ombro,
tronco, quadril e joelho, e medidas de massa corporal e estatura.
Instrumentos
Utilizou-se, para tomada das medidas, um goniômetro Lafayette,
de fabricação norte-americana, além das medidas de massa corporal e estatura, realizadas com uma balança da marca Filizola
Brasil (precisão de 100 gramas) e um antropômetro metálico de
Martin, graduado em centímetros, de fabricação nacional.
Tratamento Estatístico
Os procedimentos estatísticos utilizados realizaram–se com a
utilização do software SPSS, versão 10.0, podendo ser grupados
nos seguintes tópicos:
- Estatística Descritiva:
Foram utilizadas as técnicas da estatística descritiva no sentido
de caracterizar a amostra estudada em função das variáveis selecionadas, utilizando-se a média e o desvio-padrão, optando-se
pelo teste t para comparação de duas médias, considerando os
tamanhos das amostras e os desvios-padrão distintos (dados não
emparelhados – terceiro caso).
- Estatística Inferencial:
-Procedimentos de verificação da homogeneidade e normalidade da amostra:
Foi utilizado o teste t para comparação de duas médias, considerando os tamanhos das amostras e os desvios-padrão distintos
(dados não emparelhados – terceiro caso).
-Procedimentos de testagem das hipóteses:
Sobre a variável dependente flexibilidade, foi utilizado o teste t
para medidas independentes, e Anova Two Way para testagem
da relação entre aumento da flexibilidade e tempo de prática.
Objetivando-se analisar a influência de variáveis intervenientes
que diferiram significativamente entre os grupos, sobre a variável dependente flexibilidade, o procedimento adotado foi o da
regressão múltipla.
Para este estudo, o nível de significância considerado foi de p
< 0,05.
39
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
As características da amostra, composta por 31 mulheres praticantes de exercícios físicos regularmente, podem ser visualizadas
na tabela 1.
Ao analisar os dados acima, expostos separadamente (hidroginástica x ginástica localizada), foram observadas diferenças
significativas entre os grupos com relação à idade, IMC- Índice
de Massa Corporal, freqüência semanal e duração de cada
sessão, tendo o grupo de ginástica localizada sido mais jovem,
com menor IMC, e realizando mais sessões semanais, de maior
duração. O maior volume de treinamento apresentado pelo grupo que fazia ginástica localizada pode ser explicado, em parte,
por fatores comerciais aplicados nas academias onde a coleta
foi realizada, uma vez que a mensalidade cobrada em aulas de
ginástica localizada é a mesma independentemente do número
de sessões semanais praticadas, enquanto que para a prática de
hidroginástica são oferecidos planos de pagamento diferenciados
para duas, três ou cinco sessões semanais, sendo a mensalidade
aumentada em razão diretamente proporcional à quantidade de
sessões semanais praticadas. Além disso, em muitas academias
das regiões Sul e Sudeste, as aulas de hidroginástica possuem
duração entre 45 e 50 minutos, enquanto que para a ginástica
localizada o tempo reservado é de 60 minutos. Estas divergências
estruturais e comerciais podem auxiliar na compreensão das diferenças, com relação a estes dados, encontradas nesta pesquisa.
Com relação à variável dependente flexibilidade, os índices mensurados através da goniometria nas articulações do ombro e do
tronco, em ambos os grupos, podem ser visualizados na tabela 2.
Pela observação dos resultados obtidos e demonstrados acima,
pôde-se verificar diferenças significativas entre os grupos nos
movimentos de abdução horizontal esquerda (ombro) e flexão do
tronco, tendo o grupo de ginástica localizada alcançado maiores
índices de flexibilidade nestes movimentos. No movimento de
flexão do ombro, em ambos os lados, o grupo de hidroginástica
atingiu maiores amplitudes, porém as diferenças entre os grupos
não apresentaram nível de significância adotado para este estudo
(p < 0,05). Ainda, com relação às amplitudes de movimento
na flexão do ombro, quando comparadas a padrões internacionais de referência citados por NORKIN & WHITE (1995) apud
DANTAS (1999, p. 143), observa-se que ambos os grupos apresentaram valores médios de amplitude superiores aos sugeridos
por Hoppenfeld (0 a 90°).
YAZAWA et al. (1989) encontraram, em um estudo do tipo experimental utilizando a goniometria, índices de flexibilidade no
movimento de flexão do ombro maiores (p < 0,05) no grupo de
hidroginástica do que no grupo que realizou ginástica localizada, o que induziu os autores a concluírem que havia “tendência
de maior nível de flexibilidade no grupo de ginástica aquática”.
Já ALEXANDER et al. (2000), realizando medidas de flexão do
ombro através do flexômetro de Leighton em 65 mulheres idosas,
divididas em grupo de exercícios na água e grupo de exercícios
em terra, não constataram diferenças significativas entre os grupos
no pré e pós-testes.
Na medida da amplitude passiva máxima da flexão do tronco, o
grupo que realizava exercícios de hidroginástica apresentou escores significativamente menores (p < 0,05) que o grupo que praticava ginástica localizada. Este resultado pode ser explicado pela
especificidade deste exercício, comumente aplicado nas aulas de
ginástica localizada durante a fase de esfriamento (relaxamento)
Tabela 1 - Características da amostra (hidroginástica x ginástica localizada)
Idade (anos)
Massa corporal (kg)
Estatura (cm)
IMC (kg/m²)
Tempo de prática (meses)
Frequência semanal (dias)
Duração das sessões (minutos)
Sessões no mês anterior
Grupo de hidroginástica
41 ± 04 *
62 ± 08
162 ± 07
23 ± 03 *
11 ± 07
3 ± 01 *
56 ± 06 *
10 ± 04
Grupo de ginástica localizada
36 ± 05 *
58 ± 06
163 ± 06
22 ± 02 *
10 ± 06
4 ± 01 *
60 ± 0 *
12 ± 03
* p < 0,05
Tabela 2 - Índices de flexibilidade nas articulações do ombro e tronco, nos grupos de hidroginástica e ginástica localizada
Abdução horizontal dir.
Abdução horizontal esq.
Adução horizontal dir.
Adução horizontal esq.
Flexão dir.
Flexão esq.
Flexão do tronco
Grupo de hidroginástica
(n= 16)
96 ± 21
95 ± 18 *
128 ± 12
132 ± 10
113 ± 26
116 ± 27
38 ± 18 *
Grupo de ginástica localizada
(n= 15)
105 ± 18
108 ± 13 *
130 ± 10
132 ± 8
105 ± 10
107 ± 17
54 ± 14 *
* p < 0,05
40
Fit Perf J, Rio de Janeiro, 1, 5, 40, set/out 2002
corporal, enquanto que, na hidroginástica, a execução deste
movimento só é possível quando há nas piscinas uma barra de
aço, colocada nas bordas, que pode simular a execução correta
deste movimento de alongamento no meio líquido. De um grupo
total de 16 indivíduos, 11 mulheres praticavam hidroginástica em
academias que não possuíam este equipamento, o que pode ter
contribuído para as diferenças encontradas nesta pesquisa. Outro
teste muito utilizado na avaliação funcional em academias, que
verifica a capacidade de flexão do tronco, é o teste de sentar
e alcançar (sit and reach), utilizado nos estudos de HOEGER
et al. (1993), BAILEY et al. (1996), TAUNTON et al. (1996) e
ALEXANDER et al. (2000). HOEGER et al. (1993) encontraram
melhorias significativas em dois grupos experimentais (um grupo
executando exercícios na água e outro grupo fazendo ginástica
aeróbica de baixo impacto) após oito semanas de treinamento
(três sessões semanais de 40 minutos cada, totalizando 960
minutos), não sendo encontradas diferenças significativas entre
os grupos. Os autores concluíram que programas de exercícios
executados com intensidade, freqüência e duração similares,
causariam os mesmos efeitos benéficos independentemente do
meio ambiente em que eram praticados. Já BAILEY et al. (1996),
avaliando um grupo experimental que executou exercícios de
hidroginástica durante 10 semanas (duas sessões semanais de 45
minutos cada, totalizando 900 minutos), não encontraram aprimoramentos significativos nos índices obtidos no teste de sentar
e alcançar entre pré e pós-testes, concluindo que poderiam ser
necessários outros tipos de mensurações desta qualidade física.
TAUNTON et al. (1996), aplicando um protocolo de exercícios
na água e um protocolo de exercícios em terra, durante 12
semanas, em mulheres sedentárias com idades entre 65 a 75
anos, não verificaram aumentos significativos no teste de sentar
e alcançar entre os grupos e entre o início e o fim da intervenção
por eles proposta. Na pesquisa conduzida por ALEXANDER et al.
(2000), 65 mulheres foram divididas em três grupos: controle,
caminhada fora da água, e exercícios aquáticos, sendo verificadas melhorias significativas em ambos os grupos experimentais
após o programa de intervenção proposto, no teste de sentar e
alcançar. Pela análise das pesquisas acima citadas, pode-se dizer
que não foram verificados valores superiores de flexibilidade nos
grupos que se exercitaram no meio líquido, especialmente com
relação à flexão do tronco.
Na tabela 3, estão dispostos os índices de amplitude de movimento nas articulações do quadril e joelho, em ambos os grupos.
Observando-se os dados expostos na tabela 3, nos movimentos
de flexão do quadril direito e esquerdo, abdução do quadril e
flexão do joelho nos lados direito e esquerdo, o grupo de ginástica localizada obteve índices significativamente (p < 0,05)
melhores que o grupo de hidroginástica. Ainda, no movimento
de extensão do quadril direito, o grupo de ginástica localizada
também obteve maiores índices de flexibilidade, porém não
foi verificada diferença estatística significativa entre os grupos.
Quando os valores obtidos na articulação do quadril, pelo grupo de hidroginástica, são comparados à padrões internacionais
(Norkin & White apud DANTAS, 1999, p. 132), verifica-se que,
na extensão e na abdução do quadril, as médias destes indivíduos foram maiores que os índices de flexibilidade sugeridos em
quatro estudos (American Academy of Orthopaedic Surgeons,
Kendall & McCreary, Hoppenfeld e American Medical Association). Com relação à flexão do joelho, em ambos os lados, foram
encontrados valores médios de flexibilidade mais elevados que
os sugeridos pela American Academy of Orthopaedic Surgeons
e por Hoppenfeld (0 a 135°). Já os indivíduos praticantes de ginástica localizada, na extensão do quadril, superaram os limites
propostos por Kendall & McCreary (0 a 10°), além de estarem na
média ou ligeiramente acima quando comparados às variações
propostas por Hoppenfeld, pela American Medical Association
e pela American Academy of Orthopaedic Surgeons (0 a 30°); e
na abdução do quadril, os valores deste grupo foram superiores
às variações propostas pelos estudos acima citados.
Quando se comparam os grupos com relação aos dados dispostos na tabela 3, vê-se que os escores obtidos no movimento
de flexão do quadril (direito e esquerdo) e abdução do quadril,
pelos praticantes de hidroginástica, foram significativamente
inferiores (p < 0,05) do que os obtidos pelo grupo de ginástica localizada. Estes resultados podem estar relacionados diretamente à
realização de alongamentos em posturas e posições semelhantes
às adotadas nas mensurações realizadas por este estudo, o que
demonstraria que a especificidade de execução pode contribuir
para os resultados obtidos. No movimento de extensão do quadril
direito, o grupo de hidroginástica também demonstrou índices
inferiores aos do grupo de ginástica localizada, porém a diferença
encontrada não foi considerada significativa estatisticamente.
Estes achados contrariam os resultados obtidos por YAZAWA et al.
(1989), que verificaram maiores índices na extensão do quadril,
através da goniometria, em mulheres idosas que participaram
Tabela 3 - Índices de flexibilidade nas articulações do quadril e joelho, nos grupos de hidroginástica e ginástica localizada
Flexão do quadril dir.
Flexão do quadril esq.
Extensão do quadril dir.
Extensão do quadril esq.
Abdução do quadril
Flexão do joelho dir.
Flexão do joelho esq.
Grupo de hidroginástica
(n= 16)
97 ± 14 *
94 ± 16 *
35 ± 10
37 ± 11
93 ± 15 *
149 ± 8 *
147 ± 9 *
Grupo de ginástica localizada
(n= 15)
110 ± 17 *
111 ± 15 *
41 ± 9
37 ± 10
114 ± 10 *
155 ± 7 *
154 ± 6 *
* p < 0,05
Fit Perf J, Rio de Janeiro, 1, 5, 41, set/out 2002
41
do grupo de exercícios aquáticos, em comparação às senhoras
que realizaram ginástica localizada.
Com relação ao movimento de flexão dos joelhos, em ambos
os lados, o grupo de hidroginástica apresentou índices significativamente menores que os do grupo de ginástica localizada.
ALEXANDER et al. (2000) encontraram, após 12 semanas de
prática de exercícios aquáticos, uma redução nos índices de
flexibilidade do joelho esquerdo, utilizando-se o flexômetro de
Leighton, porém este decréscimo foi atribuído pelos pesquisadores
à ocorrência de artrite em alguns indivíduos que haviam sido
designados para o grupo de exercícios aquáticos, justamente
pelas características de sustentação do peso corporal e redução
do impacto sobre as articulações, conferidas pelas propriedades
físicas do meio líquido.
Verificou-se, através desta pesquisa, que os praticantes de ginástica localizada apresentaram índices significativamente superiores
que os indivíduos que faziam hidroginástica, nos movimentos de
abdução horizontal do ombro esquerdo, flexão do tronco, flexão
do quadril direito e esquerdo, abdução do quadril e flexão do
joelho em ambos os lados. Estes achados contrariam os estudos
de YAZAWA et al. (1989), que obtiveram índices superiores
significativos em um grupo que praticava hidroginástica quando
comparado ao grupo que fez ginástica localizada. No entanto,
os indivíduos possuíam idade mais avançada (50 a 72 anos) do
que os voluntários avaliados no presente estudo. Além deste fator,
que pode ter influenciado nos resultados, deve-se salientar que
YAZAWA et al. (1989) aplicaram um estudo experimental, controlando a data de início e final da intervenção, além de manter
iguais o número de sessões semanais e duração de cada sessão,
o que não pôde ser monitorado na presente pesquisa. Outros
autores, como HOEGER et al. (1996) e ALEXANDER et al. (2000),
quando comparando resultados de flexibilidade antes e após um
programa de exercícios na água e outro de exercícios em terra,
utilizando medidas articulares em vários segmentos corporais e
o teste de sentar e alcançar, não encontraram diferenças significativas entre os grupos após a intervenção realizada, mesmo
tendo controlado as mesmas variáveis intervenientes do estudo
de YAZAWA et al. (1989).
Os dados coletados na presente pesquisa contrariam a crença
comum na literatura específica sobre exercícios aquáticos, de
que o empuxo, proporcionado pela flutuação, facilita a execução
de movimentos podendo resultar, em nível crônico, em maiores
amplitudes de movimento (SOVA, 1992, p. 4; BATES & HANSON,
1998, p. 7; CASE, 1998, p. 9; WHITE, 1998, p. 5; CARABIAS,
1999, p. 27; DI MASI, 2000, p. 67; RUOTI, MORRIS & COLE,
2000, p. 68; D’ACQUISTO, D’ACQUISTO & RENNE, 2001).
Sabe-se que a execução de exercícios dentro da água é facilitada pela flutuação, uma vez que esta reduz o peso hidrostático
e diminui o impacto sobre as articulações, porém, no presente
trabalho, não foi observado um efeito crônico da prática regular
de hidroginástica sobre os níveis de flexibilidade de seus praticantes. A idade mais jovem, o IMC menor e o maior volume de
treinamento do grupo de ginástica localizada (mais sessões semanais com maior duração) não foram decisivos para os resultados
42
encontrados, uma vez que não foi encontrada correlação entre
estas variáveis e os índices aumentados de flexibilidade no grupo
de ginástica localizada (p < 0,05). Ainda, o tempo de prática
entre os grupos avaliados neste estudo não apresentou diferenças
estatísticas significativas, não tendo portanto interferência direta
nos dados encontrados, o que está de acordo com os achados
de CABRAL et al. (2000), que verificaram, em 48 mulheres (42,2
± 15, 6 anos) não haver relação estatisticamente significativa
entre o tempo de prática e os índices de flexibilidade verificados
pelo teste de sentar e alcançar. Porém, no ambiente terapêutico,
quando se aplicam exercícios aquáticos para reabilitação de
lesões e doenças musculoarticulares, tem-se observado melhorias
significativas entre pré e pós intervenção, como as descritas por
TEMPLETON et al. (1996) e SUOMI & LINDAUER (1997). Pode-se
inferir que, em casos patológicos, pelo maior conforto e segurança na aplicação de exercícios em indivíduos que necessitam de
reabilitação funcional, o uso do meio líquido seja mais benéfico
e seguro do que o meio terrestre. Como os voluntários avaliados
na presente pesquisa apresentavam saúde musculoarticular em
estado de normalidade, não foi verificada supremacia do meio
líquido sobre o meio terrestre, ao contrário.
As posições de alongamento adotadas para mensuração da
flexibilidade, normalmente praticadas por indivíduos que se exercitam no meio terrestre, as diferenças estruturais na montagem
de uma sessão de exercícios de ginástica localizada, incluindo
alongamentos no início e fim da aula, e ainda, a capacidade
genética podem ter contribuído decisivamente para os resultados
apresentados neste estudo. Pode-se especular, também, que os
ganhos de força, qualidade física trabalhada prioritariamente na
ginástica localizada (COSTA, 2001, p. 56), podem ter interferido
nos índices maiores de flexibilidade apresentados por este grupo. A este respeito, FLECK & KRAEMER (1999, p. 80-81) citam
alguns estudos em que observou-se que o treinamento de força
poderia manter e até mesmo aumentar a capacidade máxima
de amplitude de movimento: em um estudo de 1956, MASSEY &
CHAUDET demonstraram que o fato de treinar a força muscular
não causaria uma diminuição da flexibilidade. STALDER, NOBLE
& WILKERSON (1990) também citados por FLECK & KRAEMER
(1999, p. 80) verificaram, em um grupo de bailarinos, aumento
na amplitude funcional voluntária de movimento, com a realização de um programa de treinamento de força. Considerando-se
que na hidroginástica as principais qualidades físicas trabalhadas
são a resistência cardiorrespiratória e a resistência muscular localizada, pode ter havido interferência nos resultados, obtidos pelo
presente estudo, as diferenças entre as modalidades de ginástica
localizada e de hidroginástica no tocante ao desenvolvimento de
determinados atributos físicos.
CONCLUSÕES
É importante que se considere, quando se analisam os resultados
obtidos neste estudo, que os princípios da individualidade biológica e da especificidade, além das diferenças metodológicas
e estruturais entre as duas modalidades investigadas, podem ter
Fit Perf J, Rio de Janeiro, 1, 5, 42, set/out 2002
sido fundamentais nos maiores índices de flexibilidade mensurados no grupo que realizava ginástica localizada. Portanto, podem
ter influência significativa no aprimoramento da qualidade física
flexibilidade: a capacidade genética, os ganhos de força (aprimorando a capacidade neuromuscular), a quantidade de exercícios
de alongamento que se realiza ao longo de uma prática esportiva,
e a realização regular de exercícios nas posições corporais solicitadas, nas medidas articulares feitas para esta pesquisa. Teoricamente, um volume maior de treinamento, verificado no grupo de
ginástica localizada, que praticava mais exercícios por semana
e com maior duração, resulta em maiores aprimoramentos no
condicionamento físico, fator interno (endógeno) que influencia
a qualidade física flexibilidade. Devido ao número relativamente
pequeno de indivíduos avaliados nesta pesquisa (n= 31), torna-se
arriscada a extensão destes resultados a outras faixas etárias, sexo
e indivíduos sedentários, que podem ser fatores fundamentais na
obtenção de resultados, independentemente do meio ambiente
em que se exercitam.
CARABIAS, C. Fitness acuatico: la gimnasia del tercer milenio. Buenos Aires: Mimeografica S.A., 1999.
CASE, L. Condicionamento físico na água. São Paulo: Editora Manole, 1998.
COSTA, M.G. Ginástica Localizada. Rio de Janeiro: Editora Sprint, 2001.
DANTAS, E.H.M. Flexibilidade: alongamento e flexionamento. Rio de Janeiro: Editora
Shape, 1999.
DI MASI, F. Hidro: propriedades físicas e aspectos fisiológicos. Rio de Janeiro: Editora
Sprint, 2000.
D’ACQUISTO, L.J.; D’ACQUISTO,D.M.; RENNE, D. Metabolic and cardiovascular responses
in older women during shallow-water exercise. Journal of Strength and Conditioning
Research, v.15, n.1, p. 12-19, 2001.
FLECK, S.J.; KRAEMER, W.J. Fundamentos do treinamento de força muscular. Porto
Alegre: Editora Artmed, 1999.
HOEGER, W., et al. A comparison of selected training responses to water aerobics and
low-impact aerobic dance. National Aquatics Journal, p. 13-16, winter edition, 1993.
KRAVITZ, L.; MAYO, J.J. Aquatic exercise: a review. The akwa letter, p.12-23, dez/jan,
1997/1998.
KRUEL, L.F.M. Peso hidrostático e frequência cardíaca em pessoas submetidas a
diferentes profundidades de água. 1994. Dissertação (Mestrado)- UFSM.
PINHEIRO, J.P.; LEÃO, M. L. Hidrocinesioterapia. Revista Portuguesa de Med. Desportiva, v.7, p. 145-150, 1989.
RITCHIE, S.E.; HOPKINS, W.G. The intensity of exercise in deep-water running. Intl. J.
Sports Med, v.12, p. 27-29, 1991.
REFERÊNCIAS
RUOTI, R.G.; MORRIS, D.M.; COLE, A.J. Reabilitação aquática. São Paulo: Ed. Manole,
2000.
ALEXANDER, M.J.L., et al. Comparison of the effects of two types of fitness/flexibility
programs on gait, mobility and self-esteem of older females. Journal of Movement
Human Studies, v.38, p. 235-268, 2000.
SOARES, J.S.; MONTEIRO, A.G. Controle da intensidade na hidroginástica utilizando o
interval training. Revista Metropolitana de Ciências do Movimento Humano, v.4,
n.1, p.25-30, 2000.
ALTER, M. J. Ciência da flexibilidade. Porto Alegre: Editora ArtMed, 1999.
SOVA, R. Aquatics activities handbook. Boston: Jones and Bartlett Publishers, 1992.
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Guidelines for exercise testing and
prescription. Editora Baltimore: Wilkins and Wilkins, 2000.
SUOMI, R.; LINDAUER, S. Effectiveness of arthritis foundation aquatic program on strength
and range of motion in women with arthritis. Journal of Aging and Physical Activity,
v.5, p. 341-351, 1997.
BAILEY, C.,et al. A study to investigate the effects of a 10 week “aquarobic” programme on cardiorespiratory fitness, flexibility and general well being. 1996.
Tese (Graduação) - University of East London.
BATES, A.; HANSOM, N. Exercícios aquáticos terapêuticos. São Paulo: Editora Manole,
1998.
BAUM, G. Aquaeróbica: manual de treinamento. São Paulo: Editora Manole, 2000.
BRAVO, G.,et aL. A weight-bearing, water-based exercise program for osteopenic women:
its impact on bone, functional fitness, and well-being. Arch Phys Med Rehab,v.78, n.12,
p. 1375-1380, 1993.
CABRAL, C.L.M., CRUZ, V.L. & SOUZA, G.S. Níveis de flexibilidade em mulheres
praticantes de hidroginástica. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL EM TREINAMENTO
DESPORTIVO, 2, 2000, João Pessoa. Anais. João Pessoa: Ed. Universitária, 2000, p. 97.
Fit Perf J, Rio de Janeiro, 1, 5, 43, set/out 2002
TAUNTON, J.E.,et al. Effect of land-based and water-based fitness programs on the cardiovascular fitness, strength and flexibility of women aged 65-75 years. Gerontology,
v.42, n.4, p. 204-210, 1996.
TEMPLETON, M.S.; BOOTH, D.L.; O’KELLY, W. Effects of aquatic therapy on joint flexibility
and functional ability in subjects with rheumatic disease. J Orthop Sports Phys Ther,
v.23, n.6, p. 376-381, 1996.
TOWN, G.P.; BRADLEY, S.S. Maximal metabolic responses of deep and shallow water
running in trained runners. Med Sci in Sports Exercise, v.23, n.2, p. 238-241, 1991..
WHITE, M.D. Exercícios na água. São Paulo: Editora Manole, 1998.
YAZAWA, R.H.,et al. Antropometria e flexibilidade em senhoras praticantes de ginástica
aquática. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v.3, n.4, p.23-29, 1989.
43

Documentos relacionados