resumo - Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública

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resumo - Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
CURSO DE MEDICINA
Trabalho de Conclusão de Curso
Resumos
Turma 4ª B – 2009.1 / 2009.2
COORDENADORA DO CURSO:
Profª. Marta Silva Menezes
SALVADOR
T¸TULO: Morte Súbita de Origem Cardíaca em Atletas: A Importância do Screening
Pré-Participatório
.ALUNO(A): Adalberto Mendes Placha
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Anselmo Brandão
RESUMO
Introdução: A morte súbita relacionada ao exercício pode ser definida como a que
ocorre da realização da atividade física ou até uma hora após o seu término, sendo esta a
definição mais utilizada. Esse tema envolve um grande antagonismo, haja vista, a
atividade física conhecida por seu papel de proteção cardiovascular, atuar como
causadora de tal evento. Dentre as patologias mais prevalentes atuando como
causadoras de tal evento encontram-se: CMH, anomalias de artérias coronárias,
miocardites, estenose aórtica, dentre outras. O impacto desse tema levou a criação de
métodos de screening pré-participatório para atletas com o intuito de diagnosticar e
manejar melhor esses atletas, evitando a MSC. Objetivos: Os objetivos do trabalho são
analisar os protocolos de screening existentes e verificar sua eficácia tanto no
diagnóstico das doenças cardiovasculares, quanto no seu poder de evitar a morte súbita
cardíaca. Metodologia: O estudo é uma revisão bibliográfica não-sistemática realizada
nas bases de dados PubMed e Bireme. Foram incluídos artigos publicados em
periódicos de relevância, após o ano de 2001, estudos em humanos, nas línguas inglesa
e portuguesa e que tivessem proximidade com o tema. Resultados: Foram obtidos 26
artigos, dos quais oito foram selecionados para compor os resultados do trabalho. Os
trabalhos analisados revelaram ser a MSC uma questão de alto impacto social, apesar de
baixa prevalência. Fato que justificou a criação de métodos de screening préparticipatório para diagnóstico e manejo de atletas sob risco. Os métodos, em geral
incluem história clínica e exame físico direcionados para o sistema cardiovascular. O
ECG, utilizado por alguns países, demonstrou boa eficácia no diagnóstico das doenças
mais prevalentes nessa população. Porém os estudos sobre o tema ainda são muito
pobres em termos quantitativos e qualitativos das amostras, necessitando de maior
atenção para uma questão tão importante de saúde. Conclusão: A morte súbita cardíaca
é uma séria questão de saúde e de impacto social elevado. O que torna o screening
essencial para triagem e manejo dos atletas. O uso de história clínica, exame físico e
ECG tem se mostrado eficaz como método básico de triagem. Porém mais estudos são
necessários para melhor analise e direcionamento das medidas adotadas.
Palavras-chave: morte súbita cardíaca, atletas, screening pré-participatório, atividade
física
T¸TULO: Vacina Antipólio: Avaliação da Discussão Risco Benefício acerca da
Suspensão da Vacina com Vírus Atenuado (VOP) e Instituição da com Vírus Inativado
(VIP).
ALUNO(A): Anúzia Torres Gonçalves Costa
ORIENTADOR(A): Profª. Drª. Marília Franco
RESUMO
Introdução: A poliomielite ainda está em fase de erradicação mundial. No entanto, já
se pensa em conseqüências advindas de sua forma de prevenção: a vacina oral com
vírus atenuado (VOP). A organização Mundial de Saúde (OMS) tem registrado casos de
poliomielite paralítica associada a vírus vacinal (PPAV), decorrente de mutações que os
vírus vacinais podem sofrer e recuperar sua neurovirulência, causando assim a doença.
Para prevenir um novo surto de pólio, a OMS está se planejando, juntamente com todos
os países do mundo, para uma mudança no calendário vacinal. É inevitável a suspensão
da VOP. Todavia, isso tem que acontecer de maneira totalmente segura. Para isso, a
OMS tem promovido reuniões com intuito de discutir políticas e estratégias para essa
era de suspensão da VOP e instituição do uso da vacina com vírus inativado (VIP).
Essas estratégias são constituídas de fases: contensão, observação, suspensão da VOP
coordenadamente. A contensão visa a reter os poliovírus circulantes em laboratórios,
longe de comunidades para evitar surtos da doença. A observação conta com uma
equipe de vigilância epidemiológica para registrar todos os casos de poliomielite, sejam
causados por poliovírus de cepa selvagem ou pelos circulantes derivados vacinais. A
OMS planeja que a suspensão seja simultânea. Todos os países cessarão o uso da VOP
ao mesmo tempo. Durante esse tempo, os países serão preparados para possíveis
intercorrências, com estoques de vacinas, inclusive uma VOP monovalente. Um guia
para esse período está sendo feito, com toda a política de suspensão e possíveis
condutas para intercorrências que possam ocorrer. A reunião dessas discussões é válida
porque serve para informar a população geral e, principalmente, os profissionais da área
de saúde sobre o que está ocorrendo no cenário mundial e sobre a mudança pelas quais
todos os países passarão.
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T¸TULO: Avaliação da Função Cardiorespiratória da Miocardiopatia Diabética em
Modelo Experimental.
ALUNO(A): Adriano Tanajura Angrisani
ORIENTADOR(A): Profa. Dra. Simone Garcia Macambira
Resumo: Diabetes mellitus refere-se a um grupo de distúrbios metabólicos que
compartilham o fenótipo da hiperglicemia, sendo o tipo 2, em especial, correspondente
à categoria com maior incidência, e responsável por cerca de 90% da prevalência da
doença. As conseqüentes alterações fisiológicas acarretam conseqüências graves para o
paciente, comprometendo o sistema cardiovascular e diversos órgãos-alvo, acarretando
elevado ônus sócio-econômico. A miocardiopatia diabética resulta de complexas
relações entre anormalidades metabólicas que acompanham o diabetes e suas
conseqüências celulares, levando à alteração da estrutura e função miocárdica. A
alteração funcional mais precoce geralmente é a disfunção diastólica do ventrículo
esquerdo. Posteriormente, com o avanço da doença, pode ocorrer comprometimento do
desempenho sistólico, agravando o quadro. Pacientes diabéticos freqüentemente
apresentam fadiga e redução na capacidade de exercícios em virtude de disfunção
cardíaca. Entre os modelos experimentais, o camundongo apresenta maior utilização,
devido à maior praticidade de uso em relação a outros modelos, à disponibilidade de
ferramentas biotecnológicas de análise funcional e desenvolvimento da patologia com
características semelhantes à humana. Ao aliar a dieta hipergordurosa à predisposição
genética, os camundongos C57BL/6 representam um poderoso modelo de DM tipo 2.
Neste trabalho, propõe-se avaliar a função cardiovascular do diabetes mellitus tipo 2 em
modelo murino por meio de: ergometria, eletrocardiografia e ecocardiografia. Um grupo
de 24 camundongos C57BL/6 machos, com 4 semanas de idade, foram alimentados
com dieta hipergordurosa por um período de 35 semanas, para indução de obesidade e
diabetes mellitus tipo 2. Um grupo controle com 15 camundongos foi alimentado com
dieta de composição semelhante, porém baixo teor de gordura. Glicemia e peso
corpóreo foram acompanhados individualmente durante 0, 4, 8, 12, 16, 21, 24, 30 e 33
semanas após início do experimento. Teste de tolerância à glicose foi realizado após 35
semanas de início do experimento, a fim de avaliar a intolerância à glicose. Registros
eletrocardiográficos, análise ecocardiográfica e capacidade de exercício em esteira
ergométrica foram avaliados 35 semanas após início do experimento. Os camundongos
submetidos à dieta hipergordurosa apresentaram um ganho ponderal e níveis glicêmicos
superiores ao grupo controle, bem como redução na tolerância à glicose, reproduzindo
os achados de pacientes diabéticos (obesidade, hiperglicemia, intolerância à glicose).
Observou-se que a glicemia nos camundongos diabéticos não retornou aos valores
basais (pré exercício) após 30 minutos da ergometria. A distância percorrida e o tempo
total de exercício se mostraram reduzidos em camundongos diabéticos, reproduzindo a
redução na capacidade de exercícios de pacientes diabéticos. Observou-se duração da
onda P, amplitude do QRS, deflexão intrinsecóide, intervalo QT e QT corrigido
reduzidos à eletrocardiografia em camundongos diabéticos comparados aos controles. O
exame ecocardiográfico demonstrou disfunção diastólica evidenciada por redução na
onda E (enchimento rápido passivo ventricular), aumento da massa ventricular esquerda
e função sistólica preservada. O modelo desenvolvido nesse trabalho reproduz, portanto,
a patologia humana, representando uma nova e promissora ferramenta de estudo das
manifestações orgânicas decorrentes do diabetes mellitus tipo 2 e de novas modalidades
terapêuticas para o mesmo.
Palavras-chave: Diabetes mellitus tipo 2. C57BL/6. Dieta hipergordurosa. Avaliação
funcional Miocardiopatia diabética
T¸TULO: Eficácia da Progesterona na Prevenção do Trabalho de Parto Prematuro.
ALUNO(A): Ariadna Costa Silva
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Omar Ismail Santos P. Darzé
RESUMO
INTRODUÇÃO: Nascimento prematuro é definido como aquele que ocorre antes da
37ª semana de gestação. Ele representa, em média, 25% das gestações nos países em
desenvolvimento, e 11% nos países desenvolvidos, sendo responsável por cerca de 70
% das mortes perinatais, quando excluídas as malformações congênitas letais. Já que a
prematuridade constitui uma das principais causas de morbimortalidade perinatal, com
graves repercussões, muitas delas irreversíveis, como a paralisia cerebral, torna-se claro
que a sua prevenção traduz um enorme benefício à Saúde Pública. Dados encorajadores
já relatados na literatura sugerem que a progesterona pode ser efetiva na prevenção de
trabalho de parto prematuro. Objetivos: Avaliar a eficácia da progesterona na
prevenção do trabalho de parto prematuro. Metodologia: Foi realizada uma revisão
bibliográfica simples de trabalhos científicos que procuraram estudar a eficácia da
progesterona na prevenção do trabalho de parto prematuro, publicados nos últimos 10
anos. A busca dos artigos foi feita nas bases de dados Pubmed e Scielo, utilizando-se as
palavras-chaves: “Progesterone”, “Preterm birth”, “Prevention Premature chilbirth” e
“Preterm delivery”, além de suas correspondentes em português e espanhol. Um total de
25 artigos foi identificado. Destes, 18 foram excluídos, e 7 trabalhos científicos foram
inclusos no presente estudo. Resultados: Dois dos trabalhos revisados foram publicados
em 2003, três deles em 2007 e dois deles em 2009. Brasil, Ingleterra e EUA foram os
países onde esses experimentos aconteceram. O modelo de estudo adotado por todos os
trabalhos foi ensaio clínico randomizado e placebo-controlado. Os números das
amostras variaram de 134 a 655 gestantes. As formas de apresentação da progesterona
empregadas pelos trabalhos foram: gel vaginal de 90 mg, cápsula vaginal de 200 mg,
supositório vaginal de 100 mg e ampolas de 17--hidroxiprogesterona caproato de 250
mg. Dentre as participantes dos estudos, havia: mulheres com gestação dupla, mulheres
com gestação tripla, gestantes de feto único, apresentando história prévia de trabalho de
parto prematuro espontâneo, e gestantes com comprimento cervical curto (≤15 mm).
Apenas 3 trabalhos demonstraram uma redução significativa das taxas de parto
prematuro. Conclusão e Discussão: A progesterona não se mostrou eficaz na prevenção
de trabalho de parto prematuro em mulheres com gravidez dupla e tripla. O gel vaginal
de progesterona, de 90 mg, de uso tópico, administrado diariamente, não foi compatível
com a prevenção de parto prematuro em mulheres com gravidez dupla, nem em
mulheres gestando feto único e com história prévia de parto prematuro espontâneo.
Gestantes com cérvice curta e aquelas que apresentavam história prévia de parto
prematuro espontâneo, gestando feto único na gravidez em curso, foram
significativamente beneficiadas com a terapia da progesterona, em relação a ocorrência
de nascimento antes do termo. Pesquisas adicionais se fazem necessárias para atestar,
com maior acurácia, a verdadeira eficácia da progesterona na prevenção de trabalho de
parto prematuro.
T¸TULO: Definição de um Modelo de Mensuração para Avaliar a Distribuição de
Populações Leucocitárias no Baço na Leishmaniose Visceral.
ALUNO(A): Alan Cronemberger Andrade
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Washington Luis Conrado dos Santos
CO-ORIENTADORA: Joselli Santos Silva
RESUMO
DEFINIÇÃO DE UM MODELO DE MENSURAÇÃO PARA AVALIAR A DISTRIBUIÇÃO DE
POPULAÇÕES LEUCOCITÁRIAS NO BAÇO NA LEISHMANIOSE VISCERAL. ALAN
CRONEMBERGER ANDRADE. O cão é o principal reservátório de parasitos Leishmania
chagasi/Leishmania infantum, agente etiológico da leishmaniose visceral (LV) em
nosso meio. A LV está associada com atrofia e desorganização do tecido linfóide
esplênico, algo que compromete o desenvolvimento de respostas imunes. O objetivo
deste estudo é desenvolver um modelo de morfometria capaz de identificar mudanças
na distribuição das populações celulares em tecido linfóide esplênico de cães
naturalmente infectados com L. chagasi. Para isto, foi utilizado material esplênico de
cães com tecido linfóide organizado ou desorganizado submetido a imunoistoquímica
para a identificação de células positivas para Ki-67 (células em proliferação), CD3
(linfócitos T) e CD79α (linfócitos B). O método de morfometria, desenvolvido, foi
adequado para identificar diferenças quantitativas na distribuição das populações
celulares desse tecido. A densidade de células Ki67+ foi maior nos folículos e na polpa
vermelha dos animais com tecido esplênico organizado do que em animais com tecido
linfóide esplênico desorganizado (teste Mann-Whitnney P < 0,01 e P < 0,05,
respectivamente). A densidade de linfócitos T CD3+ foi semelhante em diferentes
regiões da polpa branca ou vermelha dos animais, com ou sem tecido linfóide
esplênico organizado. A densidade de CD79α+ (células B) foi maior nos folículos nos
animais com tecido esplênico organizado do que em animais com tecido linfóide
esplênico desorganizado (teste Mann-Whitnney, P < 0,02). Observou-se também a
redução do número total de células em proliferação e de células B no folículo de
animais com a desorganização do tecido do baço. Os dados sugerem que a
desorganização do tecido esplênico, observada em cães com LV é associada com a
diminuição da proliferação celular e da população de células B em folículos.
PALAVRAS-CHAVE: leishmaniose visceral canina, baço, imunohistoquímica,
morfometria
T¸TULO: Diversidade Molecular do HIV-1: Estudo de um Corte Transversal de
Mulheres e Crianças Infectadas Acompanhadas no Centro de Referência em DST/AIDS
de Feira de Santana.
ALUNO(A): Amanda Teixeira de Carvalho
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Luiz Carlos Júnior Alcântara
CO-ORIENTADOR: M.Sc Adriano Fernando da Silva Araujo
RESUMO
A diversidade genética do HIV-1 influencia a transmissão vertical, a resistência às
drogas antiretrovirais e a evolução da doença. Este trabalho tem como objetivo estudar a
variabilidade genética do HIV-1 em mulheres soropositivas e crianças infectadas através
da transmissão vertical. Foi realizado um estudo de corte transversal, envolvendo 117
mulheres e 24 crianças acompanhadas no Centro de Referência em DST/AIDS de Feira
de Santana, Bahia. Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa e assinatura do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), uma amostra de sangue
periférico de cada paciente foi submetida ao exame de carga viral e contagem de
linfócitos T CD4. A análise dos dados mostrou uma média na idade entre as mulheres
de 39,7 anos e entre as crianças de 6,4. Foi realizada, a partir de uma amostra aleatória
deste corte, a biologia molecular de 58 pacientes (50 mulheres e oito crianças) pela
técnica de PCR e seqüenciamento direto. A análise filogenética das seqüências mostrou
que 39 (67%) das amostras eram do subtipo B, 14 (24%) da forma recombinante BF, 4
(6,9%) do subtipo F e 1 (1,7%) do subtipo C. Desse total, 48 usavam terapia ARV. O
programa online de genotipagem de Stanford revelou que uma paciente (10%) virgem
de tratamento possuía mutações primárias para inibidores nucleosídicos TR (INTR).
Dez (21%) das amostras de pacientes em terapia apresentaram mutações secundárias de
alta resistência aos Inibidores de Transcriptase Reversa (ITR), dos quais 10 (21%) eram
resistentes para INTR, quatro (8%) para inibidor não-nucleosídico da TR (INNTR) e
duas (4%) para os Inibidores de Protease (IP). Duas pacientes (4%), que apresentaram
resistência aos ARV, estavam com o esquema terapêutico mantido. A diversidade
genética de Feira de Santana revelou ser muito semelhante à de Salvador e a do
Nordeste. Neste estudo encontramos associação significativa entre os subtipos e o
número de mutações de alta resistência ARV. Estes apresentam três vezes mais destas
mutações que as formas recombinantes BF. A vigilância epidemiológica molecular,
através do estudo da filogenia e da genotipagem, é necessária para o monitoramento das
mutações de resistência, da expansão da infecção pelo HIV-1 e de sua transmissão. Esta
abordagem é crucial para dar suporte a políticas de saúde pública, desenvolvimento de
novas terapias e vacinas.
Palavras-chave: HIV-1, transmissão vertical, subtipagem, genotipagem, resistência.
T¸TULO: Octreotídeo na Prevenção Farmacológica de Pancreatite Aguda Pós-CPRE
(Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica)
.ALUNO(A): Adriano Bastos de Oliveira
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Paulo André Jesuíno dos Santos
RESUMO
Introdução: A pancreatite aguda é a complicação mais comum e temida após uma
colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE). Sua taxa de incidência varia
de menos de 1% até mais de 40% segundo relatos na literatura. A utilização de
octreotídeo, um inibidor da secreção pancreática, de forma preventiva, tem sido
associada com menores taxas desta complicação. Objetivos: Este trabalho tem como
objetivo revisar a literatura questionando a eficácia do octreotídeo na prevenção de
pancreatite água pós-CPRE. Método: Foi desenvolvida uma revisão não sistemática da
literatura a partir dos seguintes descritores: Octreotide And Post-ERCP Pancreatitis,
Somatostatin analogue And Pancreatitis, Octreotide And Pancreatitis And ERCP. As
variáveis analisadas foram: sexo, motivo da indicação do procedimento, incidência de
amilase sérica elevada e de pancreatite aguda. Resultados: A busca resultou em nove
trabalhos para a composição dos resultados, sendo eles três meta-análises, um ensaio
clínico não randomizado e cinco ensaios clínicos randomizados. Cerca de três estudos
encontraram redução estatisticamente significativa na incidência de pancreatite aguda e
três também destacaram redução nos níveis de amilasemia. Outro trabalho sugeriu efeito
positivo apenas em estudos com casuística superior a 200 pacientes, outro ainda,
sugeriu efeito positivo somente em esquemas com doses de octreotídeo acima de 0,5 mg
e via de administração subcutânea. Conclusão: Desta forma, sugere-se que há potencial
na utilização de octreotídeo na prevenção de pancreatite aguda após CPRE, deve-se
ressaltar, contudo, que trabalhos com casuística superior a 200 pacientes e com
esquemas de dosagem com mais de 0,5 mg de octreotídeo, bem como via de
administração subcutânea, devem ser realizados para comprovação destes achados.
Palavras-Chave: Pancreatite Aguda Pós-CPRE, Octreotídeo, Pancreatite Aguda.
T¸TULO: Descrição do Impacto do Transplante de Medula Óssea em Pacientes com
Doenças Auto-Imunes no Brasil.
ALUNO(A): Beatriz da Silva Oliveira
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Ronald Sérgio Pallotta Filho.
RESUMO
Introdução: As doenças auto-imunes constituem um grupo heterogêneo de afecções,
com apresentação e gravidade variável. Podem ser sistêmicas, como o Lúpus
Eritematoso Sistêmico, ou órgão-específicas - como o Diabetes Mellitus tipo 1 e a
Esclerose Múltipla. O tratamento imunossupressivo é a base terapêutica para estas
doenças e atualmente o transplante de medula óssea autólogo vem sendo utilizado como
opção para os casos de maior gravidade e/ou não responsivos à terapia convencional. A
carência de dados na literatura que descreva esta prática cria a necessidade de se estudar
os casos de doenças auto-imunes tratadas com esta nova terapêutica no nosso país.
Objetivo: Descrever o impacto do transplante de medula Óssea em pacientes com
doenças auto-imunes em nosso país. Descrevendo o perfil epidemiológico, a sobrevida
global e a mortalidade relacionada a este procedimento neste grupo de pacientes.
Métodos: Estudo multicêntrico, descritivo e retrospectivo. Baseado em dados
secundários coletados a partir de prontuários de pacientes com doença auto-imune
submetidos a transplante de medula óssea de 1996 até 2009 em centros brasileiros. Os
dados foram coletados, a partir de ficha técnica elaborada pelo nosso grupo, por
funcionários designados pelo chefe de cada serviço participante. Após tabulação, as
informações foram enviadas para avaliação ao nosso grupo. O projeto de pesquisa foi
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola Bahiana de Medicina e Saúde
Pública, Ofício nº 198/2009. Resultados: Foi encontrada uma maior freqüência de
Esclerose Múltipla dentre as doenças auto-imunes tratadas por transplante de medula
óssea. A média de idade dos pacientes submetidos a essa terapêutica foi de 36, 73 e não
houve grandes diferenças com relação ao sexo. Todos os pacientes obtiveram
transplante autólogo e 82,9% deles utilizaram como fonte células tronco do sangue
periférico. O regime de condicionamento mais utilizado foi aquele com Cyclofosfamida
e Globulina anti-timocitária de coelho. A sobrevida global dos pacientes para todas as
doenças foi de 86,5%, em pouco menos que 13 anos de seguimento, tendo sido a
Esclerose Lateral Amiotrófica a doenças responsável pela pior curva de sobrevida
global, com 45,3% em 2 anos. A mortalidade relacionada ao tratamento foi de 6%.
Conclusão: O uso de células tronco hematopoiéticas para o tratamento de doenças autoimunes no Brasil tem mostrado resultados satisfatórios e compatíveis àqueles dos países
de vanguarda nesta terapia. A descrição de marcadores clínicos de cada enfermidade,
sobrevida livre de doença e grau de reposta ao transplante proporcionaria uma visão
mais aprofundada do quanto esta nova terapêutica interfere na melhora clínica do
paciente. O acúmulo da experiência técnica e conhecimento específico para o
tratamento dessas doenças, são a chave para a consolidação do transplante de células
tronco hematopoiéticas para doenças auto-imunes.
Palavras chave: Doenças auto-imunes; transplante de medula óssea; sobrevida global.
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T¸TULO: Associação entre a infecção pelo HTLV- I/II e Tuberculosa: Revisão
Sistemática e Metanálise
ALUNO(A): Camila Melo Coelho Loureiro
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Sérgio Marcos Arruda
CO-ORIENTADOR: Prof. Dr. Marcos Almeida Matos
RESUMO
Introdução: A infecção pelo vírus linfotrópico humano de células T tipo I (HTLV-I) parece
alterar a função imune e afetar o risco de diversas doenças infecciosas. Nesta metanálise,
nósreunimos os principais estudos sobre a prevalência da infecção por HTLV-I/II em
pacientes com tuberculose ativa (Tb). Objetivos: Avaliar se o HTLV está ou não associado
à Tb e se esta infecção aumenta o risco de Tb ativa. Métodos: Quatro bases de dados foram
acessadas para a busca de artigos relevantes, nos quais foi investigada a prevalência da
infecção por HTLV-I/II entre pacientes com Tb em comparação à prevalência em um grupo
controle composto por indivíduos aparentemente saudáveis ou pacientes sem história de Tb.
As análises estatísticas foram realizadas utilizando o software EasyMA. Resultados: Foram
encontrados 278 artigos, mas apenas 6 destes preencheram completamente os critérios de
inclusão e foram selecionados para a metanálise. O risco relativo estimado da infecção por
HTLV-I/II em pacientes com Tb foi 3,25 vezes maior em comparação com os grupos
controles. Conclusão: Pacientes com Tb ativa apresentam um risco maior de infecção por
HTLV I/II. Novos estudos prospectivos envolvendo LTbI são necessários para avaliar o
benefício potencial da quimioprofilaxia para Tb em pacientes infectados por HTLV.
Palavras- chave: Vírus linfotrópico humano de células T tipo I. Vírus linfotrópico humano
de células T tipo II. Tuberculose. Prevalência.
T¸TULO: A Importância da Acromegalia como causa de Hipertensão Arterial
Secundária.
.ALUNO(A): Cecília Lopes Viana Santos
ORIENTADOR(A): Profa. Dra. Eloina Nunes de Oliveira
RESUMO
As doenças cardiovasculares (DCV) têm grande impacto sobre a qualidade de vida e
mortalidade da população mundial. Um dos principais fatores de risco para o
desenvolvimento de DCV é a hipertensão arterial. Esta pode ser classificada em
primária e secundária. A importância da hipertensão secundária reside na sua
possibilidade de cura ou remissão, já que a falta de adesão ao tratamento é a principal
dificuldade no atendimento de hipertensos. Essa hipertensão secundária pode ter
múltiplas etiologias, sendo que cada uma delas possui uma prevalência e um quadro
clínico característico. A causa de hipertensão secundária mais prevalente é o
hiperaldosteronismo primário, acometendo cerca de 3 a 22% da população hipertensa e
as causas mais raras de hipertensão secundária são o feocromocitoma, a coartação de
aorta e a acromegalia. Apesar de rara, a acromegalia é uma possui um quadro clínico
muito característico e está associada com altos índices de mortalidade. Apesar disso,
vários autores têm relatado que com a cura ou controle da progressão da síndrome
acromegálica tem-se obtido melhores índices de remissão dessa doença e melhora dos
níveis de tensão arterial, o que parece influenciar a qualidade de vida e o prognóstico
deste tipo de paciente.
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T¸TULO: Associação entre o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) e
Antecedentes Familiares de Câncer.
ALUNO(A): Carlos Eduardo Cardoso G. Leite
ORIENTADOR(A): Profª. Drª Manoela Garcia Lima
RESUMO
O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) está entre os mais prevalentes
transtornos psiquiátricos e é enquadrado no grupo dos transtornos ansiosos-fóbicos. Não
há números da prevalência dos transtornos de ansiedade no Brasil, mas um estudo
realizado num serviço não especializado de um grande hospital de São Paulo deve se
aproximar do perfil epidemiológico dessa entidade clínica no nosso país. Foi encontrada
uma prevalência em toda a vida de 12,5% de pessoas com transtorno de ansiedade na
população. Outro achado desse estudo diz respeito a que os transtornos de ansiedade
superam os transtornos de humor quando relacionados ao mês anterior à entrevista. É
nessa perspectiva que o presente estudo visa a se aprofundar em conhecimentos sobre
TAG. Este transtorno é o mais prevalente dos transtornos de ansiedade e, baseado em
curiosidades, se vislumbra saber sobre uma possível força de associação entre TAG e
câncer. Foram utilizadas informações inerentes aos prontuários de pacientes atendidos
numa clínica privada da cidade de Salvador, no ano de 2008. O total de pacientes que
compunham a população estudada foi de 137 pacientes. Destes, 20 (15%) tinham TAG,
enquanto 48 (43%) possuíam outros transtornos ansiosos-fóbicos, excluindo-se TAG. O
restante, somado ao subgrupo anterior, ora foram confrontadas as proporções deste
subgrupo maior com o subgrupo TAG. Observou-se o subgrupo TAG quanto ao seu
perfil sócio-demográfico e características clínicas dos pacientes. Quanto à freqüência de
história familiar positiva para câncer, 70% dos indivíduos com TAG possuíam pelo
menos um parente que tem ou teve câncer. Isto leva a crer que é possível, ainda que
precise de mais estudos para a sua comprovação, haver uma contribuição da ansiedade
patológica
na
gênese
do
câncer.
T¸TULO: Perfil e Alcoolemia das Vítimas Fatais de Acidentes de Trânsito, na Região
Metropolitana de Salvador, antes e após Implementação da Lei 11.705/2008 (“Lei
Seca”)
ALUNO(A): Catharina Silva Borges
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Raul Coelho Barreto Filho
RESUMO
Foi realizado um estudo com o objetivo de analisar a presença e o nível de álcool no
sangue das vítimas fatais de acidentes de trânsito, ocorridos na Região Metropolitana de
Salvador (RMS), um ano antes e um ano após o decreto da Lei n° 11.705/2008 (Lei
Seca). As informações foram obtidas a partir do banco de dados do Instituto Médico
legal Nina Rodrigues, em Salvador. Nos dois períodos, ocorreram 627 mortes, 307 antes
da Lei Seca entrar em vigor e 320, após. Todas as vítimas, no período pós Lei Seca,
tinham algum nível de álcool no sangue. Em ambos os períodos, alcoolemia maior ou
igual a 0,06 g/dL predominou em indivíduos do sexo masculino e na faixa etária de 15 a
29 anos, estando presente na maioria dos óbitos por atropelamento, colisão e queda de
motocicleta. Não foi observada diferença estatisticamente significativa entre as médias
de alcoolemia dos dois períodos. Concluiu-se que não houve mudança significativa nos
níveis de alcoolemia entre as vítimas fatais de acidentes de trânsito, na RMS, um ano
após a Lei Seca ter entrado em vigor. A mesma também não reduziu a mortalidade
geral, por acidentes de trânsito, nesse período. Contudo, faz-se necessária realização de
estudo, a longo prazo, para avaliar a eficácia da Lei Seca em evitar mortes relacionadas,
direta ou indiretamente, à associação do consumo de bebidas alcoólicas e direção
veicular.
Palavras-chave: Acidentes de trânsito, mortalidade, alcoolemia, Lei n° 11.705/2008, Lei
Seca.
T¸TULO: Vírus Influenza como agente Causador de Broncoespasmo em Crianças
ALUNO(A): Carolina Costa e Silva
ORIENTADOR(A): Profa Dra Cristiana Nascimento de Carvalho.
RESUMO
Introdução: O vírus Influenza é responsável por epidemias anuais recorrentes e é causa
de morbidade respiratória, principalmente entre crianças menores de dois anos.
Aproximadamente 90% das crianças apresentam episódios de sibilância desencadeados
por vírus respiratórios, dentre eles o vírus Influenza. Sabe-se que um terço de todas as
crianças sibila, e a grande maioria delas o faz em associação com viroses respiratórias.
O quadro clínico inespecífico, a circulação conjunta com o Vírus Sincicial Respiratório,
e a falta de acesso a realização de testes virológicos específicos dificultam o diagnóstico
de Influenza. As crianças têm papel importante na disseminação dos vírus na
comunidade. Durante as estações de Influenza, os números de hospitalizações, de visitas
ambulatoriais e de prescrição de antibiótico aumentam em todas as faixas etárias. O
vírus Influenza causa doença benigna e auto-limitada, possui vacina licenciada e terapia
antiviral específica. Objetivo: Avaliar, com base na literatura, a importância do vírus
Influenza como agente causador de broncoespasmo e mostrar a necessidade do
diagnóstico correto. Resultados: Dentre os artigos analisados, houve concordância
quanto aos sintomas mais comuns da infecção por Influenza, aumento da incidência
durante as estações de Influenza e quanto às crianças menores apresentarem maior risco
para complicações. Foi observado que a ocorrência de episódios de sibilância nos três
primeiros meses de vida pode estar relacionada à maior exposição a viroses
respiratórias. A falta de diagnóstico clínico foi descrita em boa parte dos artigos.
Conclusão: Os vírus Influenza causam infecção grave em crianças menores de dois
anos de idade. Infecções respiratórias virais podem predispor a episódios de sibilância.
A infecção por Influenza pode ser prevenida pela vacinação e para isso é necessário
conhecer o impacto causado pelo Influenza na população.
Palavras chaves: Influenza, Wheezing, Recurrent wheezing, Childhood e Children
T¸TULO: Perfil de Teste Ergómétrico de Idosos Comparados a Não Idosos em Rotina
Ambulatorial
ALUNO(A): Camila Medrado Pereira Barbosa
ORIENTADOR(A): Profa. Dra. Lucíola Maria Lopes Crisóstomo
RESUMO
Introdução: O teste ergométrico (TE) é um procedimento ambulatorial que mede o
trabalho máximo que uma pessoa pode suportar sem problema aparente, através da
aplicação de exercício físico e assim, avalia a resposta clínica, hemodinâmica,
eletrocardiográfica e metabólica ao esforço. Por ser um exame simples, seguro e de baixo
custo, ele apresenta uma boa relação custo-risco-benefício em todos os pacientes,
especialmente nos idosos. Porém, apesar do crescimento da população idosa nos últimos
anos e de sua alta demanda de serviços de saúde, o perfil do teste ergométrico para
indivíduos desta idade ainda é pouco conhecido. Objetivo: Avaliar o perfil do teste
ergométrico dos idosos comparando-os a não idosos, em rotina ambulatorial. Método:
Estudo transversal. Foram analisados, retrospectivamente, 304 TEs realizados em uma
instituição privada na cidade de Salvador-BA, no período de janeiro de 2008 a junho de
2009, sendo 152 TE do grupo idoso (GI) e igual número de registros de não idosos (GII)
pareados quanto a sexo. Os dados foram colhidos da base de dados eletrônica da instituição
e anotados em ficha protocolo. Utilizou-se estatística descritiva, paramétricos e não
paramétricos, e valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significantes. O
software SPSS 11.0 foi utilizado para banco de dados e análises. Resultados: GI:86
mulheres(57%) e 66 homens(43%), média de idade 70,4±4,1 anos (65–85anos).141
indivíduos(93%) com os principais fatores de risco cardiovasculares.Média da FC de
repouso-73,9±12,7 bpm (49-122) e FC máxima-130±16,8 bpm(77 – 174). Média da PAS
pré, da PAS máxima, da PAD pré e da PAD máxima -131,3±17,2mmHg (105-220),
184,8±30,5mmHg (105-250), 80,8±11mmHg (60-190) e 81 ±8mmHg (60115),respectivamente.Valor médio do DP-240077,9 ±5588,43. Duração e distância média
percorrida no exame-6,1±2,1min e 0,26±0,13km, respectivamente, com valor médio de
METs de 8,3±2,4. A conclusão foi alterada em 33%, inconclusiva em 3% e normal em
64%.GII: 86 mulheres (57%) e 66 homens (43%), média de idade 29,9±5,5 anos (20–40
anos).118 indivíduos (78%) com os principais fatores de risco cardiovasculares. FC de
repouso-83±12,5bpm (54-117) e FC máxima -167,6±17,2 bpm (94-204). Média da PAS
pré, da PAS máxima, da PAD pré e da PAD máxima-121,3±13,8mmHg (95-160),
171,5±29,9mmHg (110-260), 77,6±9,7mmHg (60-100), 79±8,8mmHg (60-100),
respectivamente.Média do DP- 28946,4 ±6185,4. Média da duração e da distância foi de 8,4
±2,2 min e 0,47 ±0,2km, obtendo um valor médio de MET de 12,3±3,8. As principais
indicações para a realização do TE foram: avaliação funcional (GI-58% vs GII-82%) e
avaliação de pressão (GII-31% vs GII-8,6%). Os protocolos mais aplicados foram Ellestad
(GI-51% vs GII-74%),Rampa (GI-36% vs GII-15%) e Bruce (GI-12% vs GII-8%).Laudos
normais do ECG de repouso, esforço e recuperação foram mais freqüente em GII
(75%,94%,93%, respectivamente) do que em GI (42%,69%,81%, respectivamente).
Conclusão: Os idosos apresentaram maior proporção de testes ergométricos alterados;
duplo produto menor; percorreram menor distância e toleraram menos o esforço que os não
idosos, e essas diferenças foram estatisticamente significantes. O protocolo mais
frequentemente utilizado foi o de Ellestad, seguido de Rampa e Bruce em ambos os grupos,
e os homens idosos apresentaram maior proporção de testes ergométricos alterados que as
mulheres idosas.
Palavras-chaves: teste ergométrico, idosos, doença cardiovascular em idosos, rotina
ambulatorial.
T¸TULO: Custo e Qualidade de Vida da Epilepsia no Brasil: Experiência Baseada em
um Centro Especializado.
ALUNO(A): Catarina Couras Lins
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Antônio de Souza Andrade Filho
COCO-ORIENTADOR: Rodrigo Antônio Rocha da Cruz Adry
RESUMO
A crise epiléptica é definida como distúrbio intermitente do sistema nervoso,
provavelmente decorrente de uma descarga súbita, excessiva e desordenada dos
neurônios cerebrais, que resulta em transtorno sensorial instantâneo, perda de
consciência, comprometimento da função psíquica, movimentos convulsivos, ou uma
combinação desses sinais e sintomas. Nos últimos anos, o custo dos tratamentos
médicos em geral e o custo das drogas epilépticas em particular têm sido discutidos,
assim como a qualidade de vida dos pacientes epilépiticos.O objetivo deste trabalho é
avaliar o custo e qualidade de vida da epilepsia no Brasil, por meio da uma estimativa
baseada em um centro especializado de Salvador-Bahia. Foram selecionados 87
pacientes acima de 18 anos de idade com diagnostico de epilepsia. Foi avaliado o custo
do tratamento e acompanhamento e aplicado o questinário Quality of Life in Epilepsy
Inventory-31 (QOLIE-31). Foram 48 pacientes do sexo masculino e 39 do sexo
feminino, com idade média geral de 38,5 anos. Quanto aos aspectos sócio-economicos,
62,1% tinha uma renda familiar de até um salário mínimo, 47,1% possui o ensino
fundamental incompleto, 59,8% têm o salário com origem de sua renda e 48,3% já
solicitou algum tipo de assistência do governo. Dos pacientes analisados 70,1% utilizam
monoterapia, sendo a carbamazepina mais utilizada (56,32%). O custo total para
tratamento anual de todos os 87 pacientes foi de R$62.462,45. Os gastos com
tomografia computadorizada de crânio, ressonância magnética de crânio,
eletroencefalograma anual, exames laboratoriais anuais e consultas médicas foi de
R$8.477,28, R$3.493,75, R$986,58, R$5649,78 R$ 3.480, respectivamente. O custo
total anual com tratamento e acompanhamento dos 87 pacientes foi de R$84.549,84. Ao
se avaliar aspectos que possam influenciar na qualidade de vida, verificamos que a
maioria dos pacientes apresentavam crises esporádicas ou estavam sem crise,
correspondendo a 39,1% e 37,9%, respectivamente e apenas 1,1% referia mais de 8
crises por semana e 4,6% de 1 a 2 crises por semana. Ao serem questionados se a
epilepsia afetava em suas atividades, 19,5% negaram, 74,7% afirmaram e 5,7% não
souberam responder. A qualidade de vida, que foi avaliada através do QoLIE-31,
evidenciou um a média geral do teste de 53,81. Ao se analisar as subescalas do QoLIE31, obteve-se as seguintes médias: Preocupação com a Crise 36,26, Qualidade de Vida
em Geral 58,61, Bem Estar Emocional 58,48, Energia/Fadiga 53,97, Função Cognitiva
52,42, Efeitos das Medicações 51,33 e Função Social 55,67. Quando perguntados sobre
a saúde em geral, que corresponde a pergunta 31 do QOLIE-31 a média da resposta foi
de 57,81. Foram comparados também algumas variáveis com as médias do QOLIE-31 e
suas subescalas, como a freqüência das crises, ausência no trabalho/escola, renda
familiar e numero de drogas usadas. Entre todas as médias o p>0,05, não mostrando
diferenças significantes entres os grupos.
A única diferença visível, mas
estatisticamente não significativa, pode ser vista no quesito renda familiar. Com este
trabalho podemos perceber o alto custo do tratamento com epilepsia e o
acompanhamento dos pacientes e que um dos fatores que mais podem influenciar na
qualidade de vida são os de aspecto econômico.
T¸TULO: Eletrocardiograma em Idosos Comparados a não Idosos em Atendimento
Ambulatorial
ALUNO(A): Carolina Santana dos Reis Santos
ORIENTADOR(A): Prof. Dra. Lucíola Maria Lopes Crisostomo
RESUMO
Introdução: Eletrocardiograma (ECG) é o procedimento mais utilizado para auxiliar no
diagnóstico das doenças cardíacas, pois é um método não invasivo, de simples realização e
de baixo custo. O aumento da população idosa apresenta como conseqüência, significativo
aumento das doenças próprias do envelhecimento e, as cardiovasculares, ocupam a primeira
posição. Não estão claras as características que distinguem o eletrocardiograma do idoso,
em relação aos não idosos, em diferentes populações. Objetivos: Comparar achados
eletrocardiográficos de indivíduos idosos com não idosos em atendimento ambulatorial e
em relação ao sexo e estratos etários. Métodos: Estudo transversal. A população foi
constituída de 269 ECG de pacientes que compareceram a uma instituição privada em
Salvador-BA, no período de Janeiro de 2008 a Junho de 2009 para realização de ECG.
Foram incluídos idosos (≥65 anos) e não idosos (20 – 40 anos), pareados quanto ao sexo.
Os dados foram colhidos de base de dados eletrônica da instituição. Para as análises
utilizaram-se estatística descritiva, testes paramétricos e não paramétricos, e valores de
p<0,05 foram considerados estatisticamente significantes. O projeto de pesquisa foi
aprovado por comitê de ética em pesquisa em seres humanos. Resultados: Foram avaliados
269 eletrocardiogramas, no período de Janeiro de 2008 a Junho de 2009, 134(49,0%) de
idosos (G I) e 135(51,0%) de não idosos (G II), 176 de mulheres (65,0%) e 93 de homens
(35,0%). A idade média no G I foi 76,8 ± 7,2 anos (65 – 101), dos quais, 16,0%
apresentavam idade ≥ 80 anos. A idade média no G II foi 30,2 ± 5,4 anos (20 – 40). A
frequência cardíaca (FC) no G I foi 70,3 ± 13,5 bpm (49 – 122) e no G II 71 ± 12,0 bpm (54
– 17), p=0,663. Bradicardia e taquicardia sinusais estiveram presentes no G I e G II
respectivamente: 19,0% vs. 10,0% (p = 0,002) e 1,5% vs. 0,7% (p= 0,008). O G I
apresentou: 0,7% de fibrilação atrial (FA), 3,0% de ritmo de marcapasso (MP), 21%
bloqueios de ramos (BR), 1,5% de bloqueio atrioventricular (BAV), 4,5% de zonas inativas
(ZI) e 5,2% de extra-sístoles (ES), enquanto o G II apresentou: ausência de FA e MP, 9,4%
BR, 0,7% BAV, ausência de ZI e 0,7% de ES. Quanto à conclusão do ECG, G I apresentou
proporção significativamente maior de alterações do que o G II, 61% vs. 15% (p < 0,0001).
Em ambos os grupos os homens apresentaram maior proporção de alterações do que as
mulheres (G I 80% vs. 69% p = 0,0175 e 35% vs. 17% p = 0,026). A média de idades foi
maior nos ECG alterados do que nos normais no GI (77, 9 ± 7,4 vs. 74,0 ± 6,3, p= 0,007).
Conclusões: Os idosos apresentaram maior proporção de ECG alterados que os não idosos;
bloqueios de ramos, bradicardia sinusal e extra-sístoles, foram as alterações mais frequentes
nos idosos estudados; fibrilação atrial foi mais frequente nos idosos, contudo em proporção
inferior a descrita na literatura, atribuído provavelmente ao perfil “saudável” dos idosos
estudados; os homens e os mais idosos apresentaram mais alterações ao ECG.
Palavras-chave: eletrocardiograma, idosos, atendimento ambulatorial
T¸TULO:
T¸TULO Principais Etiologias Relacionadas ao Desenvolvimento da Surdez Súbita.
ALUNO(A): Diogo Barreto Plantier
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Álvaro Muiños de Andrade
RESUMO
A Surdez Súbita (SS) é uma emergência médica caracterizada por perda neurosensorial
da audição que se instala de forma abrupta no decorrer de minutos até três dias, com
perda auditiva maior ou igual a 30dB em três freqüências consecutivas. De cometimento
em geral unilateral pode apresentar sintomas associados como zumbidos e vertigem. Na
escolha da melhor terapia a ser adotada para cada paciente com SS a determinação da
etiologia é de extrema importância. Atenção a historia apresentada e a solicitação de
testes diagnósticos aumentam a probabilidade de se determinar a etiologia para o quadro
e de uma abordagem precoce, beneficiando o paciente com terapias mais precisas e
melhores prognósticos. As etiologias registradas na literatura podem ser divididas em
cinco grupos: Causas Infecciosas, Causas Vasculares e Hematológicas, Causas
Neurológicas, Causas Imunológicas, e Ruptura de Membranas. A determinação dos
agentes etiológicas no presente trabalho foi baseada em uma revisão de literatura nãosistemática com coleta de dados, onde foram analisados artigos relacionados ao tema na
língua inglesa, francesa, espanhola e portuguesa.
Palavras Chave: Em inglês, Sudden deafness, sudden sensorineural hearing loss, em
francês Surdité brusque, em espanhol, Sordera súbita, Hipoacusia brusca e em
português, Surdez súbita, Disacusia neurissensorial e Perda auditiva neurossensorial,
Doença
de
Lyme
e
Toxoplasmose.
T¸TULO: Adesão ao Consenso Brasileiro para Tratamento de Pneumonia Adquirida na
Comunidade em Salvador - Ba
ALUNO(A): Deivson Rodrigo dos Santos Souza
ORIENTADOR(A): Prof ° Dr. Luiz Soares.
RESUMO
RESUMO
A Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) é uma doença potencialmente grave,
que apesar do avanço médico-social ao longo do tempo e do surgimento de novos
antibióticos, constitui-se na principal causa de morte entre as doenças infecciosas no
mundo. Como diagnóstico etiológico para PAC é difícil e a terapia inicial é empírica,
determinadas sociedades científicas, fundamentadas em estudos voltados à identificação
etiológica e às características clínicas dos pacientes, desenvolveram consensos para
manejo da PAC. Este estudo avaliou a adesão dos médicos às diretrizes recomendadas
pelo Consenso Brasileiro para o tratamento de PAC em pacientes de rede particular em
Salvador-BA. Realizou – se estudo descritivo com coleta de dados retrospectiva em
prontuários de todos os pacientes internados por PAC no Hospital Jorge Valente (HJV)
em Salvador – BA, no período compreendido entre 01/06/2008 e 01/06/2009. Foi
observado 61% de adesão dos médicos ao Consenso Brasileiro para tratamento de PAC
em crianças e 42% de adesão em relação ao tratamento de PAC em adultos internados
no HJV no período estabelecido. O presente estudo demonstrou baixa adesão dos
médicos ao Consenso Brasileiro para tratamento de PAC, sobretudo para tratamento em
adultos.
Palavras-chave: Pneumonia. Consenso. Diagnóstico. Tratamento.
T¸TULO: Abordagem Farmacológica das Dislipidemias em Crianças e Adolescentes
na prevenção da Aterosclerose.
ALUNO(A): Danilo Bruno Meira Matias
ORIENTADOR(A): Dra. Isabel Carmen Fonseca Freitas
RESUMO
Introdução: A aterosclerose é uma doença relacionada a fatores genéticos e aos hábitos
de vida acumulados ao longo dos anos, sendo sua progressão iniciada já durante a
infância. Dentre os fatores predisponentes, a dislipidemia é apontada como sua maior
preditora. Estudos epidemiológicos demonstram altos índices de dislipidemia em
crianças e adolescentes, que, quando em conjunto com um histórico familiar de doenças
cardiovasculares, tornam estes jovens também candidatos a desenvolverem DCV no
futuro. Além da recomendação convencional de dieta e exercícios físicos, o uso de
fármacos hipolipemiantes a estes pacientes vem ganhando força, o que torna necessário
um maior número de pesquisas que abordem os efeitos do uso crônico destas
medicações em crianças e adolescentes. Objetivo: O presente estudo visa revisar a
indicação do uso das medicações hipolipemiantes durante a infância e adolescência,
observando seus riscos e benefícios. Metodologia: Foi realizada uma revisão
bibliográfica de trabalhos científicos publicados no período entre 2003-2009 que
estudaram crianças e adolescentes dislipidêmicas em uso de fármacos hipolipemiantes,
bem como a análise dos últimos consensos relacionados ao tema. Resultados e
Discussão: Os consensos presentes até o momento indicam a avaliação do perfil
lipídico de todas as crianças e adolescentes com histórico familiar de doenças
cardiovasculares, além da adoção de uma tabela de valores de normalidade específica
para cada idade. A indicação medicamentosa é realizada a depender dos níveis de LDLcolesterol e em caso de insucesso das medidas convencionais. As estatinas foram
indicadas como droga de escolha, podendo a terapia ser iniciada a partir dos 8 anos de
idade. Estudos que avaliaram o uso contínuo das estatinas em crianças e adolescentes
portadores de hipercolesterolemia familiar revelaram uma redução entre 24% a 36% dos
níveis de LDL-C a depender da dose e da estatina utilizada, alcançando reduções
maiores quando associada a outra classe de droga (ezetimiba). Em nenhum dos estudos
houve efeitos adversos clinicamente relevantes nem prejuízo ao crescimento e
desenvolvimento dos jovens pacientes. Conclusão: Os estudos presentes até o momento
demonstraram boa segurança e eficácia das drogas utilizadas em reduzir os lípides
séricos. Por outro lado, ainda há necessidade de pesquisas de longa duração de
seguimento para melhor avaliar o benefício de um tratamento precoce em reduzir a
morbimortalidade no futuro.
Palavras-chave: pediatria, criança, adolescente, dislipidemias, farmacologia.
T¸TULO: Cardiotoxidade induzida pela Antraciclinas no câncer de mama: Uma
revisão sistemática.
ALUNO(A): Daniel Torres Andion Vidal
ORIENTADOR(A): Prof. Dra. Simone G. Macambira
COCO-ORIENTADOR(A): Dr. Gustavo Almeida Fortunato
RESUMO
O pulmão é um órgão altamente especializado responsável pela troca gasosa e capaz de
restabelecer a própria estrutura após diferentes tipos de lesões. A reparação inapropriada
ou um insulto persistente ao parênquima pulmonar pode resultar em doenças
pulmonares crônicas, como o enfisema, asma e fibrose pulmonar. No enfisema há uma
redução anormal e permanente das vias aéreas distais ao bronquíolo terminal, resultando
em perda progressiva da capacidade de troca gasosa resultando, quando na fase
terminal, em insuficiência respiratória, reduzindo sua qualidade de vida, levando, por
fim, o paciente a fila para o transplante pulmonar. A patogênese desta doença ainda não
está totalmente esclarecida, porém, o tabagismo é considerado o mais importante fator
de risco para desenvolver esta doença. Devido à importância socioeconômica,
morbidade, mortalidade associada ao enfisema e uma falta de eficácia terapêutica
conducente à regeneração tecidual é necessário estabelecer um modelo experimental
adequado para a realização de estudos para investigar uma terapia eficaz. Portanto, o
objetivo deste trabalho é estabelecer e aprimorar o modelo experimental de enfisema
pulmonar em camundongos fêmeas C57BL/6 para investigar os mecanismos envolvidos
na patogênese dessa doença, permitindo a experimentação de novos métodos
terapêuticos. Foram utilizados 53 camundongos que receberam elastase pancreática
porcina (290mcg - 2UI em 100µl) ou salina (100µl) por vias nasal ou traqueal. Os
animais foram avaliados funcionalmente pelo teste ergométrico, antes e após a indução
do enfisema. Observamos no grupo elastase intratraqual uma redução de 30,5% na
distância percorrida durante o teste, o mesmo não sendo observado nos outros grupos
experimentais. Ao avaliarmos a percentagem de mortalidade entre os grupos
experimentais, observamos que não houve diferença entre os grupos salina e elastase
intratraqueal (16,6%). A análise morfométrica através da medida linear intersepto dos
alvéolos revelou um aumento de 25% na distância intersepto no grupo tratado com
elastase intratraqueal quando comparado ao grupo salina e ao grupo não manipulado. As
diferenças entre os dados foram consideradas significativas quando p < 0,05. Estes
resultados apontam que a administração de 290 microgramas de elastase pancreática
porcina via intra-traqueal é um modelo facilmente reprodutível e capaz de induzir
alterações funcionais e estruturais no parênquima pulmonar característica do enfisema
pulmonar crônico, permitindo novos ensaios pré-clínicos para testes terapêuticos.
PalavrasPalavras-Chave: Enfisema Pulmonar; Elastase Pancreática; Modelo Experimental
T¸TULO: Uso Adequado dos Antibióticos no Tratamento Ambulatorial de Lactentes e
Pré-escolares com Pneumonia Comunitária
ALUNO(A): Denise Nogueira Oliveira Gantois Santos
ORIENTADOR(A): Profª Drª Cristiana Maria Nascimento Carvalho
RESUMO
Introdução: A pneumonia comunitária é a causa mais comum de morte nas crianças
com faixa etária entre 2 meses e 5 anos, sendo responsável por mais de 2 milhões de
mortes por ano. O tratamento é empírico e varia de acordo com faixa etária e gravidade.
Ocorre que, a forma de prescrição, por profissionais de saúde, dos antibióticos
utilizados no tratamento ambulatorial não é feita com base em estudos científicos, pois
eles são escassos. Portanto, é importante mostrar o que se tem sobre o tema para evitar o
uso de forma inadequada e assim, a propagação da resistência microbiana e a
conseqüente falha terapêutica, que podem levar a um aumento dos custos do tratamento,
com mais atendimentos e hospitalizações. Objetivo: Revisar o uso adequado, incluindo
dose, esquema e duração, dos antibióticos no tratamento ambulatorial de lactentes e préescolares com pneumonia comunitária. Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão
bibliográfica sistemática da literatura através da busca de artigos nas bases de dados
MEDLINE, publicados em língua inglesa ou portuguesa, no período entre 1999-2009.
As estratégias de busca foram: pneumonia, criança ou tratamento, e os antibióticos
amoxicilina, penicilina procaína, eritromicina, amoxicilina-clavulanato, cefaclor,
cefprozil e cefuroxime-axetill, pesquisados um por vez. Resultados/Discussão: Sobre a
amoxicilina foram selecionados 6 artigos. A dose ideal foi avaliada em um deles, que
demonstrou ser igualmente eficaz a administração na dose padrão (45mg/kg/dia) e na
dupla (80-90mg/kg/dia). O esquema foi avaliado por um, que não pôde afirmar a forma
ideal por não utilizar dados clínicos. A duração foi avaliada por quatro artigos. Em dois
foi demonstrado tratamento com amoxicilina por 3 dias é tão eficaz quanto com 5 dias.
Um demonstrou um bom resultado após 48h de tratamento e outro evidenciou que o uso
do antimicrobiano por 3 dias leva a uma melhora clínica. Com relação à penicilina
procaína, amoxicilina-clavulanato, eritromicina, cefuroxime-axetil, cefprozil e cefaclor,
não foram encontrados artigos, com base em estudos originais, que avaliassem a forma
ideal de uso. Os dados obtidos em guidelines e estudos comparativos divergiram entre
si, quanto a dose, esquema e/ou duração usadas destes antibióticos. Conclusão: Esta
revisão demonstra que os estudos acerca deste tema são escassos e que não há um
consenso quanto a forma de o uso de todos os antibióticos empregados no tratamento
ambulatorial de crianças com pneumonia comunitária. Estudos existem sobre a
amoxicilina e demonstram que a melhor forma de uso é administração de 45mg/kg/dia
por 3 dias, porém o esquema não pode ser afirmado.
Palavras-chave: pneumonia comunitária; pneumonia não-grave; criança; tratamento
ambulatorial.
T¸TULO: Freqüência, Perfil Clínico e Prognóstico da Insuficiência Respiratória Aguda
em Pacientes Internados em uma UTI de um Hospital Privado de Salvador.
ALUNO(A): Camila Grossmann de Oliveira Porto
ORIENTADOR(A): Prof. Dra. Iêda Maria Barbosa Aleluia
RESUMO
Introdução: A insuficiência respiratória aguda (IRpA) constitui uma importante causa
de internamento nas UTI no mundo. Entretanto, estudos epidemiológicos sobre essa
patologia são escassos na literatura. Os objetivos deste estudo foram determinar a
freqüência da IRpA na admissão e durante o internamento, calcular a mortalidade
associada e traçar um perfil clínico desses pacientes. Materiais e métodos: Trata-se de
um estudo descritivo que foi realizado em uma UTI de um hospital privado de Salvador,
durante três meses. Foram avaliadas a freqüência da IRpA na admissão e durante o
internamento, a partir do início do trabalho, através da análise diária do prontuário dos
pacientes admitidos. Todos os pacientes foram acompanhados até a alta da UTI ou o
óbito, com o objetivo de determinar os dias de internamento e a mortalidade associada.
Foram registradas também as características clínicas dos pacientes com IRpA. O
trabalho foi aprovado no Comitê de ética em pesquisa da mesma instituição.
Resultados: Ocorreram 206 admissões e 151 pacientes foram incluídos no estudo. À
admissão, 19,9% apresentavam IRpA e, durante o internamento, 14,6% desenvolveram
a patologia. Dos portadores de IRpA, 50% eram do sexo masculino; a mediana de idade
foi 69 (30-96) anos; o tempo de internação na UTI foi 7 (2-42) dias e o APACHE II foi
23,6 + 8,32 pontos; 90,4% dos pacientes eram clínicos e 9,6% eram cirúrgicos; 51,9%
provinham da emergência, 3,8% da unidade coronariana, 38,5% da enfermaria e 5,8%
do centro cirúrgico; 11,5% apresentava insuficiência renal crônica, 17,3% apresentava
diabetes mellitus, 34,6% apresentava neoplasia, 34,6% apresentava insuficiência
circulatória e 7,7% apresentava insuficiência cardíaca III/IV. A mortalidade por IRpA
encontrada foi de 25%. Conclusão: A IRpA é uma importante causa de morbimortalidade na realidade médica. Contudo, apesar dos avanços obtidos ao longo dos
anos na área epidemiológico-científica, ainda há uma escassez de informações acerca do
tema.
PalavrasInsuficiência
respiratória
aguda,
UTI,
Epidemiologia
Palavras-chave:
T¸TULO:
T¸TULO: Ruptura espontânea de tendão no Lúpus Eritematoso Sistêmico: Associação
com Artropatia de Jaccoud
.ALUNO(A): Eneida Machado Alves
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Mittermayer Barreto Santiago
RESUMO
Ruptura do tendão (RT) tem sido raramente descrita em pacientes com lúpus
eritematoso sistêmico (LES). A partir da observação de 3 casos de artropatia de Jaccoud
(AJ) com TR, e considerando que esta artropatia está mais relacionada a um processo
inflamatório da bainha do tendão, em vez de sinovite per si, este estudo teve como
objetivo rever os casos de RT em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico, com a
expectativa de determinar a freqüência da AJ associada com esta complicação.
Métodos: Revisão sistemática usando Medline, Scielo e bases de dados LILACS (1966
a 2009) e as seguintes palavras-chave: lúpus eritematoso sistêmico, ruptura de tendão e
artropatia de Jaccoud. Referências secundárias foram também obtidas. Além disso, três
pacientes brasileiros com LES que desenvolveram TR são descritos. Resultados:
Apenas 40 artigos obtidos preencheram os critérios previamente estabelecidos. Todos os
artigos foram relatos de caso; o número de relatos de casos foi de 52, que junto com os
3 casos apresentados neste trabalho somam 55 casos. Quarenta e seis pacientes eram do
sexo feminino com idades entre 19 e 71, sendo a idade média de 40,1 ± 12,4 anos, a
duração média da doença foi 10 anos. Os sítios de ruptura mais freqüentemente
observados foram os tendões e de Aquiles. Embora quase todos os pacientes estivessem
em uso de varias doses de corticóides, 16 pacientes tiveram concomitantemente AJ
(29%). Conclusões: A associação entre AJ e RT no LES tem sido subestimada. Como
quase 1 / 3 dos pacientes com LES e RT também tinham AJ, esta artropatia pode ser
reconhecida como marcador de risco para a RT.
Palavras-chave: lúpus eritematoso sistêmico, ruptura de tendão e artropatia de Jaccoud.
.
T¸TULO: Perfil Epidemiológico da Meningite Pneumocócica no Estado da Bahia no
Período de 2000 A 2008
.ALUNO(A): Érika Rodrigues Duarte
ORIENTADOR(A): Profa. Dra. Alcina Andrade
RESUMO
Introdução: A meningite pneumocócica é uma patologia com elevada taxa de morbimotalidade, assim como de sequelas neurológicas em todo o mundo, especialmente em
países em desenvolvimento. Métodos: Em decorrência a isso, realizou-se um estudo
descritivo com dados secundários a fim de descrever o perfil epidemiológico da
patologia no estado da Bahia no período de 2000 a 2008. Resultados: Durante o
período, foram notificados 427 casos de meningite pneumocócica na Bahia, sendo
62,80% homens e 37,2% mulheres. A incidência média foi de 0,34 casos por 100.000
habitantes, os anos de 2003, 2007 e 2008 obtiveram os maiores valores. Com relação à
faixa etária, os menores de um ano foram o grupo com maior risco de adoecer. Dentro
desse grupo, os menores de 6 meses representaram 67,74%. Dos 427 casos, 261
ocorreram nos meses de maio a outubro, sendo os meses de maio e julho os com
maiores coeficientes de incidência. Ao distribuir os casos por DIRES, a primeira
diretoria obteve a maior incidência, com 6,1 casos por 100.000 habitantes durante o
período. O coeficiente de letalidade total foi de 33%. No entanto, a faixa etária dos
indivíduos menores de um ano obteve uma letalidade de 54%, sendo a maior entre as
faixas etárias. Seguida pela dos indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos.
Conclusão: Conclui-se pois, que apesar da incidência ter sido inferior a esperada, tal
patologia permanece com elevadas taxas de letalidade, principalmente entre os menores
de um ano de idade.
Palavras chave: Meningite pneumocócica, S. pneumoniae, Bahia.
T¸TULO: Dor Crônica na Depressão: Causa, Conseqüência ou Comorbidade?
ALUNO(A): Elaine Araújo Aires dos Santos
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. José Barbosa de Oliveira Filho
RESUMO
Introdução: A dor crônica e a depressão são condições que afetam os indivíduos tanto
física quando psicologicamente. A depressão é o tipo mais comum dos transtornos do
humor, afetando de forma significativa a vida do paciente; a dor crônica é um
importante sintoma associado à presença de doença, por isso motivo de procura por
auxílio médico. Nota-se uma grande prevalência de sintomas dolorosos em pacientes
depressivos, assim como sintomas depressivos em pacientes com dor crônica,
entretanto, a natureza e o desencadeamento desta associação ainda é muito controversa,
pois é questionado se uma condição ocorre secundária à outra, ou apenas ocorrem em
comorbidade por mecanismos fisiológicos e psíquicos semelhantes. A dor e a depressão
são fenômenos complexos, cuja relação necessita de esclarecimento, devido ao grande
impacto causado no prognóstico e tratamento dessas condições. Objetivo: O Objetivo
primário é determinar a direção de causalidade entre dor crônica e depressão. Dentre os
objetivos secundários estão avaliar o desencadeamento, discutir as causas e gerar
conhecimento sobre a relação entre dor crônica e depressão. Metodologia: Foi realizada
uma revisão de literatura na Base de Dados LILACS e MEDLINE, com artigos da
língua inglesa, referentes ao período de 1990 a 2007. Foram inclusos artigos de coorte
prospectivo e transversal. Resultados: Seis artigos foram selecionados, os quais tinham
o objetivo de determinar a direção de causalidade entre dor crônica e depressão, sendo
cinco estudos de coorte prospectivo e um transversal. Cada estudo utilizou métodos e
populações de estudo variadas para avaliação entre dor crônica e depressão, refletindo o
panorama geral das pesquisas sobre este tema. Um estudo resultou em dados que
demonstram que a depressão é secundária à dor crônica; um estudo determinou que
a dor crônica é secundária à depressão; dois estudos concluíram que tanto a dor pode
levar à depressão, assim como a depressão pode levar à dor; dois estudos não obtiveram
resultados consistentes para determinar uma direção de causalidade. Discussão:
Existem diferentes hipóteses para explicar a direção de causalidade entre dor e
depressão (dor crônica como antecedente, como conseqüência ou comorbidade com a
depressão), assim como teorias que explicam o motivo fisiológico e/ou cognitivo desta
relação. As limitações dos estudos existentes dificultam resultados consistentes que
sejam aplicáveis à população geral. Conclusão: A relação causal entre dor crônica e
depressão permanece incerta, à espera de estudos metodologicamente confiáveis que
esclareçam a direção de causalidade e o desencadeamento de dor crônica e depressão.
Palavras-chave:
Dor
crônica.
Depressão.
Relação.
Associação.
T¸TULO:
T¸TULO Associação entre Apnéia do Sono e Uricemia em Obesos encaminhados à
Cirurgia Bariátrica
ALUNO(A): Eutímio Aires Brasil
ORIENTADOR(A): Prof. Dra. Carla Daltro
RESUMO
A Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) é o mais importante dos
distúrbios respiratórios do sono, tanto pela sua prevalência quanto pela sua
gravidade. Essa síndrome não causa somente efeito deletério na qualidade do sono,
mas também promove alterações cardiovasculares e hormonais levando ao
aumento da pressão arterial e maior morbidade cardiovascular, sendo caracterizada
como uma doença sistêmica e não somente restrita as vias aéreas superiores.
Dentro deste contexto, têm-se observado evidências de associação positiva com os
níveis séricos de ácido úrico. Objetivo: investigar se existe associação entre os
níveis séricos de ácido úrico e a gravidade da SAOS bem como o grau de
hipoxemia resultante dessa síndrome. Métodos: Estudo observacional tipo corte
transversal. Foram analisados prontuários de pacientes obesos atendidos no Núcleo
de Tratamento e Cirurgia da Obesidade (NTCO) e colhidas as seguintes
informações: sexo, idade, IMC, doenças crônicas, exames laboratoriais (colesterol
total e frações, triglicérides, glicemia em jejum e ácido úrico) e polissonografia
(IAH e saturações). Resultados: Dos 109 pacientes estudados 68,8% era do sexo
feminino. A média de idade foi 37,2 ± 11,2 anos e o IMC de 41,2 ± 4,4 kg/m2. O
ácido úrico teve média 5,9 ± 2,4 mg/dl estando acima do limite superior do método
em 24,8% dos pacientes. O IAH teve mediana de 13,2 eventos/hora de sono, sendo
que 14,7% apresentaram grau de apnéia moderado e 30,3%, grave. Observou-se
correlação positiva e estatisticamente significante entre o IAH e o nível sérico de
ácido úrico (rS = 0,437; p = 0,001). Foi evidenciada uma correlação negativa entre
o nível de ácido úrico e a saturação mínima de O2, contudo não atingiu
significância estatística (rS = -0,132; p = 0,174). A razão de prevalência encontrada
entre apnéia do sono e ácido úrico elevado foi de 2,45, com intervalo de confiança 95
(IC 95%:1,21-5), evidenciando associação positiva entre as duas condições, mesmo
após o ajuste para obesidade (Odds Ratio 3,29). Conclusão: Foi encontrada uma
correlação positiva entre os níveis séricos de ácido úrico e os índices de apnéia,
entretanto não observou-se correlação com as dessaturações.
Palavras-chaves: 1. Obesidade; 2. Apnéia obstrutiva do sono; 3. Ácido Úrico ;
4. Dessaturação da oxihemoglobina.
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T¸TULO: Tratamento Cirúrgico da Enterocolite Necrosante Neonatal
ALUNO(A): Fernanda Velame Santos
ORIENTADOR(A): Prof. Lenise Maria Martins de Oliveira
RESUMO
Introdução: A Enterocolite Necrosante Neonatal (ECN) é uma severa desordem
inflamatória intestinal de etiologia desconhecida que afeta principalmente recémnascidos prematuros de baixo peso durante a primeira e segunda semanas de vida. O
diagnóstico da ECN é feito com base em achados clínicos e radiográficos, sendo a
apresentação clínica bastante variável. Trata-se atualmente da maior emergência
gastrointestinal da população neonatal, com mortalidade variando entre 30 a 50% dos
casos. É também a maior emergência cirúrgica nas Unidades de Terapia Intensiva
Neonatal, visto que até 49% dos casos confirmados requerem tratamento cirúrgico,
apesar das diversas controvérsias existentes no manejo cirúrgico da ECN. Objetivo:
Revisar e discutir a Enterocolite Necrosante Neonatal e seus aspectos multidisciplinares,
com ênfase em seu tratamento cirúrgico e ilustrar, através de estudo de casos, a teoria
apresentada e discutida, estreitando assim a relação teoria-aplicação. Metodologia: O
presente trabalho faz uma revisão de literatura não-sistemática utilizando a base de
dados do MEDLINE, acessada através do site do Pubmed. Quatro casos ilustrativos
foram anexados ao trabalho. A construção dos casos ilustrativos baseou-se em consulta
aos prontuários de pacientes operados numa maternidade de referência em Salvador,
BA. Resultados: Dentre as modalidades cirúrgicas mais utilizadas e reportadas na
literatura, destacam-se a drenagem peritoneal, a laparotomia com anastomose primária e
laparotomia com formação de enterostomias. Nos casos de ECN severa, as modalidades
que envolvem o second look são alternativas propostas no intuito de preservar o
máximo possível de intestino viável. Considerações finais: Apesar da abrangente
discussão na literatura acerca do tema, o tratamento cirúrgico desta afecção grave ainda
precisa ser melhor elucidado, através da realização de estudos prospectivos,
randomizados e controlados que comparem os benefícios entre as técnicas propostas e
utilizadas.
Palavras-chave: enterocolite necrosante neonatal, prematuridade, cirurgia,
laparotomia, drenagem peritoneal.
T¸TULO: Prevalência de Suicídio na Região Metropolitana de Salvador (Brasil) no
período de 1990 a 2004.
ALUNO(A): Francisco Tiago Andrade de Carvalho
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. José Barbosa de Oliveira Filho
RESUMO
Trata-se de um estudo retrospectivo e quantitativo que objetivou caracterizar a
prevalência de suicídio na região metropolitana de Salvador, no período de 1990 a
2004, utilizando-se as variáveis idade e sexo. Os dados foram coletados no sistema
DATASUS – Sistema de Notificação de Mortalidade do Ministério da Saúde. Da
população de 302 pessoas que cometeram suicídio no período de 1990 a 2004, foram
encontrados 239 homens e 63 mulheres. Nos resultados foi encontrado um maior risco
em homens na faixa etária entre 20 e 40 anos, e menor risco de suicídio em mulheres e
com mais de 61 anos.
Palavras-chave: suicídio; mortalidade
T¸TULO: Perfil Epidemiológico da Tuberculose em Salvador no Período de 2004 a
2008.
ALUNO(A): Fábio Martins Ângelo
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Juarez Pereira Dias
RESUMO
Introdução - A Tuberculose é uma das mais antigas patologias que assolam o mundo,
constituindo importante causa de morte, é provocada pelo Mycobacterium tuberculosis,
que geralmente acomete os pulmões, e se dissemina por via aérea através de perdigotos
produzidos pelos indivíduos infectados. Atualmente é considerada uma doença
reemergente tanto em países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento. A coinfecção com o vírus HIV e o abandono do tratamento tem contribuído para o
aparecimento e crescimento do número de casos de Tuberculose Multidrogas Resistente
a forma mais severa da doença e de maior custo tanto social como econômico.
Objetivos - Descrever o perfil epidemiológico da Tuberculose comparando com as
metas estabelecidas pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose no município
de Salvador/BA no período de 2004 a 2008. Material e Métodos – Trata-se de um
estudo descritivo, com dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de
Notificação sobre Tuberculose, disponibilizado pela Diretoria de Informação em Saúde
da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e do Sistema de Informação de Mortalidade
do Ministério da Saúde. Foram calculados os coeficientes de incidência anuais da
Tuberculose por sexo e faixa etária e os coeficientes de mortalidade anual, além de
taxas médias percentuais das variáveis biológicas, sociais e relativas aos aspectos da
doença, como: forma clínica, realização de exames, tratamento, evolução, dentre outros.
Resultados - Foram notificados 11.112 casos novos de TB em Salvador, com
coeficiente de incidência médio de 81,58/100.000 habitantes, mais freqüente no sexo
masculino. Os maiores de 20 anos, escolaridade até o ensino fundamental e de
raça/etnia negra e parda foram os mais acometidos. A principal forma clínica da doença
foi a pulmonar e o modo de entrada no sistema de saúde foi como caso novo. O
coeficiente de mortalidade foi inferior ao nacional em quase todos os anos. Discussão Comparando os resultados com as metas estabelecidas pelo PNCT observamos que a
cura encontra-se abaixo dos 85% preconizado, o abandono de tratamento foi superior
aos 5% aceitáveis, o tratamento supervisionado apresentou baixa indicação e realização.
Ponto positivo a ser destacado é o aumento relativo no número de primeira baciloscopia
realizada entre os casos de TB pulmonar. Conclusão - Notamos grande dificuldade no
combate à TB nesta cidade, quando comparamos os resultados encontrados com as
metas estabelecidas pelo PNCT, pois muitas destas ainda não foram alcançadas, neste
sentido, tornam-se necessários maiores investimentos e melhores políticas de saúde
públicas para o controle dessa doença em Salvador.
Palavras chaves: Tuberculose, Programa Nacional de controle da Tuberculose,
epidemiologia, Salvador e Bahia.
T¸TULO: Avaliação da Qualidade de Vida de Pacientes com Diagnóstico de
Mucopolissacaridoses I, II E VI no Estado da Bahia
ALUNO(A): Felipe Medeiros Luduvice
ORIENTADOR(A): Profa. Dra. Tatiana Regia Suzana Amorim Boa Sorte
RESUMO
Introdução: As Doenças de Depósito Lisossomal (DDL) representam um grupo de
mais de 45 diferentes doenças genéticas, cada uma resultando da deficiência de uma
proteína lisossomal específica. As MPS são doenças hereditárias, incluídas no grupo das
DDL, que se caracterizam pela deficiência na produção de enzimas que degradam
glicosaminoaglicanos (GAGs). Assim, os GAGs não são degradados ou são
parcialmente degradados e se acumulam nos lisossomos. Esses acúmulos anormais
comprometem tanto a arquitetura como a função de determinadas células e órgãos e têm
como resultado um grande número de manifestações clínicas progressivas e
multissistêmicas. De acordo com estudos internacionais, a incidência das MPS gira em
torno de 1,9 a 4,5/ 100.000 nascidos vivos. Já de acordo com levantamento realizado
pela rede MPS Brasil, existem no país 249 pacientes. A terapia de reposição enzimática
(TRE) tem sido utilizada com sucesso em DDL como a doença de Fabry e Gaucher.
Atualmente o tratamento de reposição enzimática está disponível para os tipos I, II e VI
das MPS. Estudos tem demonstrado melhora clínica significativa nos pacientes em
TRE, o que possivelmente leva a uma melhora na qualidade de vida destes.
Metodologia: O estudo consiste numa análise quantitativa e qualitativa de dados de
qualidade de vida, obtidos a partir da aplicação do questionário CHQ-PF50. Trata-se de
um instrumento genérico, validado para o Brasil em 1999, que possui 50 questões
objetivas, e que pode ser aplicado diretamente ou indiretamente, com os pais ou
responsáveis, como no atual trabalho. Os dados foram armazenados e analisados
utilizando-se Microsoft Office Excel, 2007, versão para Windows. Resultados: Os
questionários foram aplicados com o pai ou a mãe de 21 pacientes e destes 18 (85,71%)
são do sexo masculino e 3 (14,29%) do sexo feminino. Além disso, 3 destes tinham
MPS I (14,29%), enquanto 7 (33,33%) tinham MPS II, e os 11 (52,38%) restantes
tinham MPS VI. Quanto à avaliação global da saúde, 57,14%, responderam que
consideravam ser razoável, enquanto que 38,10% afirmaram ser boa. Em relação a
atividades que precisam de muita energia, como jogar futebol ou correr, 47,62%
responderam que seus filhos são um pouco limitados, 14,29% que são bastante
limitados, 19,05% que são muito limitados e outros 19,05% que são nada
limitados.Conclusões: Os resultados sugerem que TRE interferiu de forma positiva na
qualidade de vida desses pacientes, porém novos estudos devem ser feitos com um
número amostral maior, para comprovar essa melhoria.
Palavras-chave: Mucopolissacaridoses. Doenças de Depósito Lisossomal. Qualidade
de vida. Terapia de reposição enzimática (TRE).
T¸TULO: Estudo Comparativo entre a Lipoaspiração Tumescente Tradicional e a
Lipoaspiração Assistida por Ultrasom Externo.
ALUNO(A): Filipe Bitencourt Novaes
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Humberto Campos
RESUMO
As lipoaspirações são procedimentos que visam eliminar o excesso de gordura
localizada mediante sucção. Eles são os procedimentos cirúrgicos estéticos de maior
freqüência no mundo atual. Visando uma maior segurança e melhores resultados
estéticos e cirúrgicos, as técnicas têm se modificado. Entre 1974 e 1976, na Itália,
Georgio e Arpad Fisher inventaram a técnica, posteriormente aperfeiçoada por Yves
Gerard Illouz e Pierre Fournier na França e chamada de técnica “seca”. Em 1987, Klein
aperfeiçoou este método, desenvolvendo a “técnica tumescente”, com infiltração de
solução com epinefrina, que revolucionou a medicina estética pela máxima segurança e
mínimo sangramento. Atualmente essa técnica está como base para a maioria das
técnicas novas descritas. Moy e Cook, em 1997, descreveram uma técnica
revolucionária chamada de “lipoaspiração assistida por ultrasom externo”, a qual visa
facilitar a lipoaspiração após uma aplicação externa de ultrasom. Desta forma, visando
diminuir o sangramento e facilitar a movimentação da cânula, além de viabilizar o
adipócito para o uso enxertivo na lipoescultura.
Palavras chave: lipoaspiração tumescente, ultrasom externo, lipoescultura
T¸TULO: Fobi Capella: Riscos para a Gravidez .
ALUNO(A): Flávia Alves Costa Perrucho
ORIENTADOR(A): Profª. Drª. Rosalita Gusmão
RESUMO
Introdução: Diante da epidemia da obesidade, homens e mulheres, principalmente
àquelas em idade fértil, vêm recorrendo, em número cada vez maior, à cirurgia
bariátrica. O tipo mais realizado atualmente é à derivação gástrica em Y-de-Roux
(cirurgia de Fobi Capella), um tipo de gastroplastia, que assim como os outros, é um
procedimento cirúrgico que leva a uma perda de peso sustentada, mas que pode trazer
algumas complicações. Apesar de muitos estudos referentes às complicações, não se
tem resultados a longo prazo para definição de seus riscos. E, se para a população em
geral existe tal limitação, para as mulheres que engravidam após Fobi Capella, o
embasamento teórico-prático dos riscos fica ainda mais prejudicado. Objetivo: Avaliar
os riscos que a derivação gástrica em Y-de-Roux para tratamento da obesidade pode
trazer à gestação, e chamar a atenção dos cirurgiões para a necessidade do
aconselhamento de pacientes submetidas à derivação gástrica e que querem engravidar.
Além de permitir que obstetras se familiarizem com as possíveis e sérias complicações,
precoces e tardias, de Fobi Capella nas gestantes. Metodologia: Foi feita uma revisão
não sistemática de literatura nas bases de dados LILACS e PUB MED, no período de
março a outubro de 2009, utilizando-se os seguintes descritores: cirurgia bariátrica e
gravidez, gastric bypass surgery and pregnancy e pregnancie´s outcome Fobi Capella. O
site do Ministério da Saúde Brasileiro <www.saude.gov.br> e o
<www.centrocochranedobrasil.org.br> também foram alvo de pesquisa, para a obtenção
de dados atualizados. Artigos das línguas portuguesa, inglesa e espanhola, elaborados
entre o ano 2000 e outubro de 2009, foram utilizados. Aqueles cujo foco não era as
complicações maternas durante a gestação após derivação gástrica em Y-de-Roux para
tratamento da obesidade foram desconsiderados. Resultados: Foram encontrados 65
artigos relacionados ao tema. Destes, somente dez foram utilizados, excluindo-se os
demais devido ao ano de publicação e à pequena relevância. Outros onze artigos ainda
foram obtidos e utilizados, a partir das referências bibliográficas dos artigos anteriores.
Conclusão: Diante da heterogeneidade dos pacientes, das divergências dos resultados
encontrados, e dos diferentes procedimentos realizados em cada caso, não foi possível
fazer uma associação correta dos dados, os quais foram narrativamente sumarizados.
Mesmo com estes dados, observou-se que a gravidez de mulheres submetidas
previamente à derivação gástrica em Y-de-Roux é segura. Apesar de se afirmar que a
gestação após cirurgia de Fobi Capella é segura para a mãe, são necessários estudos
maiores e mais relevantes para se chegar a um consenso. Especialmente, no que se
refere ao intervalo de tempo ideal entre a cirurgia de derivação gástrica em Y-de-Roux e
o início da gravidez.
Palavras-chave: cirurgia bariátrica, derivação gástrica em Y-de-Roux, cirurgia de Fobi
Capella, gestação.
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T¸TULO: Repercussão do Tratamento Farmacológico da Rinite Alérgica sobre a
Qualidade do Sono.
ALUNO(A): Fernanda de Souza Nascimento
ORIENTADOR(A): . Rosana Nunes de Abreu Franco
RESUMO
INTRODUÇÃO: Estima-se que a rinite alérgica (RA) afete cerca de 500 milhões de
pessoas no mundo, sendo a doença respiratória crônica de maior prevalência.
Atualmente sabe-se que além de levar aos sintomas clássicos, a RA também afeta a
qualidade de sono e de vida de seus portadores. Estes efeitos têm sido pesquisados
através de instrumentos objetivos (polissonografia) e subjetivos (questionários). O
mecanismo pelo qual a RA perturba o sono parece resultar da ação dos sintomas nasais,
principalmente a congestão, e dos mediadores inflamatórios. Com as crescentes queixas
de problemas relacionados ao sono, sonolência/fadiga diurnas e prejuízo na qualidade
de vida referidas pelos portadores de RA, aumentou-se o interesse na busca de
tratamentos que atuem na resolução desses novos sintomas. OBJETIVO: Analisar a
repercussão do tratamento farmacológico da RA sobre a qualidade de sono dos
portadores dessa doença. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática nãometanalítica da literatura realizada através da busca de artigos nas bases de dados da
MEDLINE e da Biblioteca Cochrane, publicados em língua inglesa, no período de 1999
a 2009. RESULTADOS: Foram incluídos sete ensaios clínicos que utilizaram os
diferentes tratamentos farmacológicos para RA indicados nos atuais consensos:
corticóides intranasais, antihistamínicos, antileucotrienos e combinações de drogas. As
amostras dos estudos variaram de 14 a 651 pessoas, sendo que a maioria avaliou adultos
com RA perene, e apenas um trabalho incluiu crianças. Foram analisados os efeitos
dessas medicações sobre os seguintes desfechos clínicos: congestão nasal, qualidade do
sono, sonolência/fadiga diurnas e qualidade de vida. Houve tendência à melhora
subjetiva da qualidade do sono com o uso de todas as medicações estudadas, exceto
com a combinação de Fexofenadina + Pseudoefedrina. Esse achado foi acompanhado,
na maioria dos estudos, de melhora da congestão nasal, da sonolência/fadiga diurnas e
da qualidade de vida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esta revisão demonstra que a RA
é uma doença merecedora de atenção do setor médico e público de saúde, devido ao
impacto negativo que exerce sobre a qualidade de vida de seus portadores. Os resultados
favoráveis proporcionados pelas medicações estudadas, sobre a minimização do
prejuízo do sono e melhora dos outros desfechos clínicos avaliados, sugerem que elas
devem ser consideradas como opções terapêuticas para portadores de RA com essas
queixas.
Palavras-chave: Rinite alérgica. Qualidade de sono.
Sonolência/fadiga diurnas. Congestão nasal. Tratamento.
Qualidade
de
vida.
T¸TULO: Freqüência de Depressão e suas Associação com a Capacidade ao Exercício
e o Índice BODE em pacientes portadores de DPOCODE EM PACIENTES
PORTADORES DE DPOC
ALUNO(A): Fernando Antonio Silva de Azevedo Filho
ORIENTADOR(A): Prof.ª Iêda Maria Aleluia Barbosa
RESUMO
Objetivo: Determinar a freqüência de sintomas de depressão e a sua relação com a
capacidade ao exercício e o índice BODE em pacientes portadores de DPOC estáveis,
atendidos em um ambulatório de pneumologia de um hospital público, na cidade do
Salvador, Bahia. Métodos: Realizou-se um estudo descritivo de corte transversal entre
junho e outubro de 2009. Foram incluídos todos os pacientes com o diagnóstico de
DPOC, segundo o Consenso GOLD e excluídos pacientes portadores de outras
patologias. Avaliou-se o nível de depressão utilizando o Inventário de Depressão de
Beck, a capacidade de exercício foi medida utilizando a distância percorrida no Teste de
caminhada de 6 minutos (TC6’) de acordo com o guideline da ATS. Foi calculado o
escore total do índice BODE Resultados: O grupo consistiu de 28 homens (63,6%) e 16
mulheres (36,4%), com idade média de 67 anos, variando de 45 a 89 anos, de acordo
com o Inventário de depressão de Beck, 18,5% dos pacientes apresentavam algum grau
de depressão. Não houve uma correlação significativa entre a pontuação obtida no
Inventário de Depressão de Beck e a distância percorrida durante o teste de caminhada
de 6 minutos, assim como a correlação de Spearman mostrou não existir associação
significativa entre o escore do inventário de Beck e os escores totais do BODE.
Conclusão: Foi demonstrada uma freqüência de 18,5% de depressão, não foi observada
correlação entre a capacidade funcional, o índice BODE e os resultados obtidos com o
Inventário de Beck.
Descritores: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica; Depressão; Tolerância ao
Exercício.
T¸TULO: Apendicite Aguda em Gestantes: Dificuldade Diagnóstica e Resultados da
Laparoscopia como Abordagem Diagnóstica e Terapêutica
ALUNO(A): Filipe Cedro Simões
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Paulo André Jesuíno
RESUMO
Introdução: a apendicite é a causa mais comum de doença abdominal aguda nãoobstétrica que determina a necessidade de cirurgia de urgência em gestantes, com sua
incidência na gravidez variando de 0,05% a 0,13%. Seu diagnóstico é bastante
complicado, principalmente devido às muitas mudanças anatômicas e fisiológicas que
ocorrem na gravidez. A dificuldade e o retardo no diagnóstico levam a uma intervenção
cirúrgica tardia, o que aumenta as taxas de perfuração apendicular e peritonite,
ocasionando um aumento do risco de mortalidade materna e fetal. A melhor forma de
abordagem cirúrgica na apendicite aguda, por laparotomia ou laparoscopia, ainda é um
tema polêmico na literatura. Entretanto, por ser capaz de transmitir integralmente às
gestantes as mesmas vantagens obtidas com as não gestantes, muitos autores têm
publicado trabalhos dando suporte à utilização da laparoscopia como terapia de primeira
escolha. Objetivo: avaliar a dificuldade diagnóstica da apendicite aguda em gestantes e
a eficácia e segurança da cirurgia laparoscópica como uma opção diagnóstica e
terapêutica alternativa à tradicional laparotomia no tratamento cirúrgico desta patologia
em gestantes. Metodologia: trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo nãosistemática. Foram utilizadas como mecanismo de busca as Plataformas PUBMED,
MEDLINE e LILACS. Os artigos escolhidos tiveram publicação nos últimos 15 anos.
Foram utilizados como critérios de busca os artigos publicados na língua inglesa e na
língua portuguesa, priorizando-se os de língua inglesa. Resultados: os artigos foram
selecionados por relevância e proximidade com o tema. A pesquisa inicial resultou num
total de 37 artigos. Após a leitura dos resumos, restaram 24 artigos. Desses 24, apenas 5
possuíam descrição de resultados da laparoscopia como abordagem diagnóstica e
terapêutica e foram incluídos para análise. Os 19 restantes serviram de base para
discussão. Conclusão: nenhum sintoma ou exame laboratorial isoladamente é suficiente
para o diagnóstico de apendicite aguda em gestantes, sendo a combinação de sintomas e
dos achados laboratoriais e de imagens necessária para um diagnóstico preciso. Quanto
à escolha do método de abordagem cirúrgica, a laparoscopia se mostrou uma opção
segura e eficaz em alternativa à laparotomia no tratamento e diagnóstico da apendicite
aguda em gestantes em qualquer idade gestacional. Porém ainda se faz necessário a
realização de estudos mais amplos e de longo prazo para confirmação de sua eficácia e
possíveis efeitos sobre o desenvolvimento fetal.
Palavras-chave: gestante; apendicite; apendicectomia; apêndice; laparoscopia, abdome
agudo.
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T¸TULO: Tireopatias Auto-imunes em Pacientes portadores de Infecção pelo Vírus C
da Hepatite
ALUNO(A): Gabriel Oliveira Prado
ORIENTADOR(A): Prof. Dra. Rosalita Gusmão
RESUMO
Introdução: O virus C da hepatite (HCV) foi descoberto em 1989, infectando,
atualmente, cerca de 170 milhões de pessoas em todo o mundo. Seu tratamento tem
como base terapêutica o interferon (IFN), que, embora relativamente seguro, parece
estar associado a importantes efeitos adversos tireoidianos. A análise da relação nexocausal com o Interferon visa obter maior eficácia do tratamento, e o seu conhecimento
poderá auxiliar no entendimento das manifestações auto-imunes da hepatite C.
Objetivo: O presente estudo visa determinar a relação entre Tireopatias Auto-imunes e
infecção pelo vírus C humano, analisando a associação do tratamento com Interferon
em pacientes com hepatite C e o aparecimento de Tireoidite Auto-imune Induzida por
Interferon. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica de trabalhos
científicos publicados no período de 1989-2009, que estudaram a associação entre
infecção pelo vírus C humano e tireopatias auto-imunes em pacientes tratados e/ou não
tratados com Interferon-α. Discussão: Todo o espectro de distúrbios auto-imunes tem
sido descrito relacionado uso do IFN, e a Tireoidite de Hashimoto é a manifestação
clínica mais comum. Estudos prospectivos têm mostrado prevalência de 15% de doença
clínica tireoidiana, e desenvolvimento de anticorpos anti-tireoidianos em 40% dos
pacientes. Outras afecções auto-imunes podem estar relacionadas ao IFN, tais como
lúpus eritematoso sistêmico (LES), desordens hematológicas, diabetes mellitus e
doenças dermatológicas. Tem sido embasada também a teoria da relação independente
entre infecção pelo vírus C humano e auto-imunidade tireoidiana, baseada na
possibilidade do HCV compartilhar parcialmente de seqüências com antígenos
tireoidianos em alguns segmentos de aminoácidos. Conclusão: Até o momento, não
podemos precisar qual a etiologia primária das disfunções tireoidianas nos pacientes
com hepatite C crônica, mas, devido ao seu risco aumentado, e dada a sua incidência
significante, recomendamos a avaliação da função tireoidiana e a dosagem de anticorpos
anti-tireoidianos antes do início da terapia e sua monitoração durante o tratamento.
Palavras-chave: Tireoidite Auto-imune Induzida por Interferon; Tireopatia Autoimune; Autoimmune Thyropathy; Interferon Induced Thyroiditis.
TÍTULO: Associação entre Níveis de Atividade Física Mensurado pelo IPAQ e
VO2max em Mulheres com Obesidade ou Sobrepeso.
ALUNO(A): Gustavo Barreto da Cunha
ORIENTADOR(A): Profª. Drª. Ana Marice Teixeira Ladeia
RESUMO
Introdução: A prática de atividades físicas, seu controle e acompanhamento, são
amplamente recomendados a indivíduos portadores de obesidade ou sobrepeso, já que
esses se encontram em uma situação de risco aumentado para a ocorrência de eventos
cardiovasculares e outras doenças crônicas. Dessa forma, o Questionário Internacional
de Atividade Física (IPAQ) curto tem se mostrado como um bom método para avaliação
e acompanhamento de indivíduos com idade entre 15 e 69 anos quanto à prática de
atividades físicas. Por outro lado, a determinação do consumo máximo de oxigênio
(VO2max), por meio do teste de esforço, tem sido descrito, como um dos melhores
métodos para avaliação da capacidade física. Objetivos: Verificar a associação entre
níveis de atividade física mensurado pelo IPAQ curto e o VO2max em mulheres com
obesidade ou sobrepeso, além de verificar a associação entre índice de massa corpórea
(IMC) e circunferência abdominal (CA) com os dois métodos de avaliação de atividade
física estudados. Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal envolvendo 48
mulheres adultas com idade igual ou superior a 18 anos. Todos os sujeitos receberam
avaliação clínica, responderam à versão curta do IPAQ e realizaram teste ergométrico,
seguindo o protocolo de intervenção de Bruce, a fim de se determinar a consumo
máximo de oxigênio desses indivíduos. Resultados: O VO2max não apresentou
associação com a pontuação contínua do IPAQ curto (r = 0,08, p = 0,59). O questionário
também não demonstrou correlação com as medidas antropométricas estudadas, IMC (r
= −0,24, p = 0,11) e CA (r = −0,24, p = 0,12). Por outro lado, o VO2max apresentou uma
associação inversa de moderada intensidade com o IMC (r = −0,50, p < 0,01), como
também com a CA (r = −0,65, p < 0,01). Quando comparadas as médias do VO2max entre
os grupos de voluntárias com sobrepeso e com obesidade, observou-se tendência a
menor valor de VO2max nas mulheres obesas (p = 0,052), não se observando diferença
na comparação da pontuação contínua do IPAQ entre esses dois grupos (p = 0,949).
Conclusão: O presente estudo não encontrou associação entre a pontuação contínua do
IPAQ e VO2max, nem tampouco com o índice de massa corpórea e a circunferência
abdominal. Em contrapartida, o VO2max apresentou uma associação inversa com IMC e
CA, ou seja, as mulheres com IMC e CA menores apresentaram um melhor
desempenho aeróbio.
Palavras-chave: Atividade física; IPAQ; Consumo máximo de oxigênio; Índice de
massa corpórea; Circunferência abdominal;
T¸TULO: Avaliação Pré-operatória e Exames Complementares para Facetomi em
Pacientes com Diabetes Mellitus.
Proposta De Protocolo De Atendimento Pré Operatório De Catarata Do Adab – Clinica
Medica.
ALUNO(A): Guy Cunha Vieira
ORIENTADOR(A): Marília Miranda Franco
RESUMO
Introdução: O diabetes é um fator de risco conhecido para o desenvolvimento de
catarata, sendo a hiperglicemia considerada responsável por alterações metabólicas que
modificam as proteínas cristalinianas. Além do mais, essas são enfermidades que têm
sua prevalência aumentada com a idade, logo a associação entre elas é muito freqüente.
Exames subsidiários de rotina são testes solicitados a despeito de história clínica ou
exame físico. Têm-se sugerido que a eficácia desses exames não seletivos em
determinar anormalidades é baixa. Considerando-se que, mais de 250 mil facectomias
são realizadas anualmente no Brasil, o impacto econômico potencial de otimizar e
racionalizar testes é significativo. O ADAB oferece um atendimento médicoambulatorial para grande parte da população do Distrito Sanitário de Brotas e de outras
regiões da cidade de Salvador. Um percentual considerável dos pacientes é composto
por idosos, diabéticos, que demoram a realizar suas facectomias por apresentarem
exames alterados. O objetivo deste trabalho é discutir a relevância da avaliação préoperatória na facectomia em pacientes com Diabetes Mellitus e o seu impacto no
sistema de saúde público. Além disso, será proposta uma padronização para a requisição
de exames no ADAB. Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura não-sistemática
com artigos publicados entre 1985 e 2009. Resultados: Alguns dos trabalhos analisados
dividiam os pacientes em um grupo que realizaria testes rotineiros e outro que realizaria
testes seletivos. Todos mostraram que a incidência de eventos clínicos no perioperatório
foi semelhante. Também foi demonstrado que os exames de rotina não são capazes de
detectar as principais complicações intra e pós-operatórias das facectomias. Conclusão:
A revisão da literatura evidenciou que os exames rotineiros são desnecessários na
grande maioria dos casos, pois, mesmo que alterados, pouco ou nada, será modificado
na terapêutica aplicada.
Palavras-chave: Testes pré-operatórios, Facectomia, Diabetes Mellitus
T¸TULO: Frequência De Trombocitopenia E Uso De Heparina Em Pacientes Com
Doença Arterial Coronariana
ALUNO(A): Gabriela Gomes Da Silva
ORIENTADOR(A): Profa. Dra. Marta Silva Menezes
RESUMO
Introdução: No Brasil, as doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte,
responsáveis por quase 32% de todos os óbitos, entre elas, o infarto agudo do miocárdio
(IAM). O uso de antitrombínicos no tratamento do DAC, embora contribuam para a
edução da mortalidade, também podem determinar efeitos colaterais. O uso de heparina
pode determinar desde formas brandas de trombocitopenia (30%), até formas graves
(5%), imunologicamente mediadas, associada com fenômenos embólicos e com uma
taxa de mortalidade estimada em 8 a 20%. Objetivo: Determinar a freqüência de
trombocitopenia e do uso heparina, correlacionando estes dados, em pacientes com
DAC em hospital do SUS, referência em cardiologia. Pacientes e Métodos: Este estudo
foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa (CEP) da FBDC. Trata-se de um estudo
observacional de corte transversal, retrospectivo, realizado na enfermaria de cardiologia
do Hospital Ana Neri na cidade do Salvador, Bahia. Os dados foram colhidos com ficha
padronizada através dos prontuários de pacientes com DAC e que tiveram registro da
contagem de plaquetas de dezembro de 2007 a abril de 2008. Para testar a igualdade
entre proporções dos diferentes itens descritos nos resultados foi utilizado o teste do
Qui-quadrado, o teste T de Student não pareado e a correlação de Pearson. Um valor de
probabilidade < 0,05 foi considerado significativo. Resultados: Foram incluídos no
estudo 103 pacientes admitidos com diagnóstico de DAC, 66 (64,0%) do sexo
masculino e 37 (35,9%) do sexo feminino. A idade média dos pacientes com
trombocitopenia foi de 60,3 anos (dp = 9,6), enquanto que a média de idade do grupo
sem trombocitopenia foi de 58,1 anos (dp = 9,6). Os homens apresentaram mais
trombocitopenia do que as mulheres (51,5 versus 32,3, p = 0,039). Do total de
pacientes, 36 (32,0%) foram expostos à heparina de baixo peso molecular (HBPM), 24
(23,3%) à heparina não fracionada (HNF) e 37 (35,9%) aos dois tipos de heparina. A
freqüência de trombocitopenia deste estudo foi de 45,4%. Dos pacientes que utilizaram
a HNF no período do internamento 58,3% apresentaram trombocitopenia, comparado a
54,1% naqueles expostos a ambos os tipos de heparina e 27,8% naqueles que usaram
HBPM isoladamente. A freqüência de trombocitopenia em relação ao diagnóstico foi
de: 50% em angina estável, 44,7% em angina instável, 38,5% em IAM sem
supradesnível de ST, 41,2% em IAM com supradesnível de ST. Quanto ao tratamento, a
trombocitopenia se distribuiu da seguinte forma: clínico (25%), angioplastia (28,9%) e
cirúrgico (86,2%). Conclusão: A freqüência de trombocitopenia no presente estudo foi
elevada, 45,4%. A trombocitopenia ocorreu mais frequentemente em homens, em
indivíduos com faixa etária mais elevada, e os que foram submetidos à cirurgia
cardíaca. Houve uma maior tendência ao desenvolvimento de trombocitopenia naqueles
pacientes expostos a HNF isoladamente ou HNF em associação com HBPM, porém sem
significância estatística. O tempo de exposição à heparina esteve relacionado com a
intensidade da redução na contagem de plaquetas.
Palavras chaves: trombocitopenia, heparina, doença arterial coronariana
T¸TULO: Análise Da Aquisição De Infecção Por Citomegalovírus Em Prematuros Via
Leite Materno
ALUNO(A): Gerval Almeida Sena Filho
ORIENTADOR(A): Profª. Dr. Leda Lúcia Ferreira
RESUMO
INTRODUÇÃO: O Citomegalovírus (CMV) é o patógeno que assume a causa mais
comum de infecção congênita e perinatal no mundo. A transmissão intra-útero é
bastante estudada e já se observou a severa morbidade que esta forma de aquisição da
infecção pode trazer ao desenvolvimento fetal. Já a infecção perinatal é,
comparativamente, pouco estudada devido ao fato de que cursa geralmente de forma
assintomática. Entretanto, diferentes perfis de morbidade são observados no
acometimento de neonatos a termo e prematuros, sendo que os últimos podem cursar
com manifestações clínicas deletérias. Isto revela a necessidade de atenção nos casos
destes pré-termos que adquirem a infecção perinatal, principalmente, via leite materno.
OBJETIVOS: Analisar a aquisição de infecção por citomegalovírus em prematuros,
realizando um paralelo com recém-nascidos a termo e analisando as táticas de
processamento do leite que visam reduzir a infectividade do mesmo. MATERIAIS E
MÉTODOS: Foi feita uma revisão bibliográfica não sistemática, utilizando as
plataformas de busca PUBMED e SCIELO. Foram utilizados como critérios de inclusão
artigos científicos na língua inglesa e portuguesa que tivessem relevância e proximidade
com o tema. RESULTADOS: A busca bibliográfica, baseada nos critérios
estabelecidos nos materiais e métodos, resultou em um total de 9 artigos. Sete deles
verificaram as taxas de transmissão do CMV a neonatos a termo e pré-termos. Dados da
idade gestacional e do peso ao nascer foram os mais importantes nestes trabalhos para
estabelecer critérios de inclusão e determinar a amostra de cada um. Desta forma,
verificou-se a porcentagem de transmissão, bem como em quais casos houve
acometimento sintomático dos neonatos, sendo estes afetados, mediante verificação de
disfunções clínicas e/ou laboratoriais, quase que exclusivamente, prematuros. Outros 2
artigos buscaram avaliar o processamento do leite materno com técnicas de
resfriamento, congelamento e pasteurização como tática de diminuir a infectividade do
mesmo. Os achados mostraram redução importante da infectividade em técnicas de
pasteurização, enquanto que técnicas de congelamento, apesar de preservarem o
conteúdo nutricional e imunológico do leite, o que não ocorre de forma ideal nas
técnicas de aquecimento, não são efetivas na redução da carga viral no leite.
CONCLUSÃO: Esta revisão demonstra que a utilização do leite materno infectado
pelo CMV deve ser avaliada de forma a evitar manifestações clínicas deletérias nos
pacientes de risco. Os prematuros mostraram-se, nos trabalhos revisados, sujeitos a
infecção sintomática, devendo haver cautela na alimentação fornecida a essa classe.
Técnicas de processamento do leite devem também ser estudadas de maneira a
proporcionar o suprimento essencial advindo do leite humano sem implicar em infecção
do neonato.
Palavras-chave: CMV infection; cytomegalovirus; breastfeeding; congenital
cytomegalovirus infection ; human milk; breast milk; leite materno; citomegalovírus;
T¸TULO: Infecção Do Trato Urinário E Comissão De Controle De Infecção
Hospitalar
ALUNO(A): Helder Nunes Alves
ORIENTADOR(A): Ubirajara de Oliveira Barroso Junior
RESUMO
Este estudo procurou, através de revisão literária, demonstrar a função do médico dentre
de uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), atuando no controle da
infecção do trato urinário (ITU) em pacientes hospitalizados. Neste trabalho realizou-se
um estudo sobre as infecções do trato urinário;seguido de uma correlação entre médico
e CCIH; na última etapa deste estudo demonstrou-se como o médico pode intervir nas
ITU em âmbito hospitalar, apresentando recomendações para prevenção e tratamento.
Concluiu-se que a maior parte dos casos de infecção do trato urinário hospitalar
relaciona-se com o cateter vesical e as demais, associadas com cistoscopias e outros
procedimentos urológicos.
Palavras – chaves: Infecção do trato urinário; Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar.
T¸TULO:
T¸TULO O Dilema Da Escolha: Válvula Biológica X Metálica Na Substituição Valvar
Cardíaca
Perfil Cirúrgico De Pacientes Admitidos Em Hospital De Referência Em Cardiologia –
Salvador – Bahia
ALUNO(A): Isis Rangel Santos Moreira
ORIENTADOR(A): Profª. Drª. Marta Silva Menezes
RESUMO
Introdução: A doença valvar cardíaca ainda é uma das principais causas de internamentos e
cirurgias cardíacas no mundo. No Brasil, a sua principal etiologia é a cardiopatia reumática,
entretanto o envelhecimento da população vem contribuindo para um maior impacto
econômico desta doença. Dentre as disfunções valvares, o comprometimento mitral é o
predominante, seguido do acometimento aórtico e tricúspide. Diretrizes e Consensos
recomendam as válvulas metálica ou biológica nas cirurgias de substituição valvar, porém a
decisão por uma ou por outra está além das indicações. O conflito entre a necessidade de
uso do anticoagulante, com todas as suas implicações, na escolha da valva metálica, ou a
possibilidade de sucessivas reoperações secundárias à falha da bioprótese, faz parte de um
dilema ainda sem solução. Pacientes e métodos: Estudo descritivo, prospectivo. Analisadas
fichas do ato cirúrgico de 167 pacientes submetidos à cirurgia valvar, em hospital de
referência em cardiologia na cidade de Salvador- BA, no período de janeiro a setembro de
2009. Através da realização do banco de dados, foi feita a análise do gênero, faixa etária,
valva acometida, com ênfase na freqüência de escolha da valva metálica ou biológica.
Resultado: A amostra foi composta de 167 pacientes, não havendo predominância de sexo,
com média de idade de 42,68 ± 18, 05 e maior acometimento mitral (97,6%). A bioprótese
foi mais escolhida na população geral estudada (64,7%), para a troca da valva mitral e em
todas as faixas etárias. O comprometimento univalvar foi mais freqüente (62,3%) e, em
relação ao gênero, as mulheres apresentaram maior acometimento mitral (64,9%).
Conclusão: Na amostra estudada houve predomínio de pacientes jovens sendo submetidos
à cirurgia de troca valvar cardíaca; não houve predominância de gênero, sendo a valva
mitral a mais acometida. Além disso, houve maior utilização da bioprótese em todas as
faixas etárias e na posição mitral. A prótese mecânica foi mais utilizada na posição aórtica.
O número de óbitos foi mais prevalente no sexo masculino. A compreensão de que a valva
ideal ainda não existe e a decisão entre sucessivas reoperações ou a possibilidade de uso
contínuo de anticoagulantes são situações difíceis e que exigem maior análise, de forma a
evitar que a qualidade de vida do paciente seja comprometida por uma escolha errada.
Assim, uma análise individual e criteriosa de cada caso é de extrema importância, fazendose necessário o compartilhamento de informações e o apoio médico ao paciente.
Palavras- Chave: Valva cardíaca, Substituição valvar cardíaca, Bioprótese valvar, Prótese
cardíaca mecânica..
T¸TULO: Bases Fisiopatológicas Da Oxigenoterapia Hiperbárica No Tratamento De
Enxertos E Retalhos De Pele Inviáveis.
ALUNO(A): Igor Ferreira Vieira
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Paulo André Jesuíno
RESUMO
INTRODUÇÃO: A Oxigenoterapia Hiperbárica (OTHB) consiste no uso de oxigênio a
100% em pressões acima da atmosférica aplicado sistematicamente dentro de câmaras
especializadas. Atualmente, são 13 as indicações de seu uso, como envenenamento por
monóxido de carbono, embolia gasosa, úlceras crônicas isquêmicas, enxertos e retalhos de
pele comprometidos. O presente trabalho destina-se a revisar os dados existentes na
literatura médica sobre os mecanismos de ação da OTHB na cicatrização de enxertos e
retalhos de pele inviáveis visando um maior esclarecimento do tema para que a OTHB
possa se tornar uma terapia utilizável. METODOLOGIA: O presente trabalho caracterizase com uma revisão bibliográfica do tipo não sistemática. O rastreamento dos dados foi
realizado através da base MedLine com as palavras chave Hyperbaric Oxygen Therapy,
Ischaemic Flaps, Free Flaps, Pediculed Flaps e Wound Healing utilizadas isoladamente e
combinadas entre si. Critérios de inclusão: língua inglesa e publicação entre 1990 e 2009.
Após a obtenção dos trabalhos, foi realizada uma seleção dos mesmos por relevância e
proximidade com o tema. Só foram utilizados artigos cuja obtenção foi possível através do
Portal CAPES (CPqGM/FIOCRUZ-BA) ou aquisição através de compra do sistema de
bibliotecas Biblioteca Virtual de Saúde (BVS-BIREME). RESULTADOS: Após seleção
criteriosa dos 520 artigos encontrados inicialmente, o número final de trabalhos foi 38,
sendo que apenas 19 foram obtidos através do Portal CAPES e 3 foram adquiridos através
da BVS-BIREME. Em sua maioria, os trabalhos encontrados foram de revisão bibliográfica
ou pesquisas experimentais com animais, sendo que apenas dois utilizaram pesquisas com
humanos. DISCUSSÃO: A resposta tecidual à isquemia é um ponto importante a ser
considerado no intuito de se entender a viabilidade de enxertos e retalhos de pele. O tecido,
para se proteger de situações de hipóxia aguda, estimula a atividade de enzimas que irão
produzir fatores de crescimento, proteínas indutoras de transcrição celular e transformação
de radicais tóxicos de oxigênio. Além disso, o oxigênio tem um papel primordial na
cicatrização, já que funciona como excelente antibiótico e potencializa reações do
metabolismo inerentes ao processo de cicatrização. Portanto, a OTHB consegue aumentar a
concentração plasmática de O2 favorecendo o aumento da pressão parcial de oxigênio no
tecido, que por sua vez irá exarcebar essas reações de cicatrização e melhor aceitação do
enxerto ou retalho de pele. CONCLUSÃO: Ações como a de aumento da perfusão
sanguínea em tecidos sem vascularização e o combate a infecção são efeitos bastante
benéficos, dando ao médico vantagens na batalha contra a rejeição de enxertos e retalhos de
pele. Em todos os trabalhos utilizados na confecção dessa revisão há relatado grandes
benefícios no uso da OTHB na cicatrização de enxertos e retalhos de pele inviáveis,
principalmente devido à redução do edema, maior perfusão de O2, diminuição do impacto
da injúria de reperfusão e menores taxas de infecção no sítio do enxerto ou retalho.
PALAVRAS-CHAVE: Oxigenoterapia Hiperbárica, Enxertos e Retalhos de Pele
Comprometidos,
Cicatrização.
T¸TULO: Terapia Cognitivo-Comportamental E Farmacoterapia No Tratamento Do
Fumante..
ALUNO(A): Júlia Ribeiro Araújo
ORIENTADOR(A): Prof. Alcina Andrade
RESUMO
O tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo. Um terço da população
mundial adulta faz uso do cigarro e este, por sua vez, é responsável por 5 milhões de
mortes a cada ano. O auge do consumo do tabaco ocorreu nas décadas de 50 e 60. Ao
longo dos anos evidenciaram-se os malefícios do consumo do cigarro e cada vez mais
fumantes manifestavam desejo de cessação do tabagismo. Estes pacientes esbarravamse com a síndrome de abstinência de nicotina e seus sintomas, sendo este o maior
impecílio para o abandono do cigarro. O tratamento anti-tabagismo é realizado através
da farmacoterapia associada ou não à terapia cognitivo-comportamental. As drogas de
primeira escolha utilizadas no tratamento são: terapia de reposição de nicotina (TRN) e
bupropiona. A nortriptilina é considerada uma droga de segunda escolha no tratamento
anti-tabagismo. Recentemente lançada, a vareniclina surgiu como uma nova esperança
na luta contra o tabagismo. O presente trabalho tem como objetivo revisar a literatura a
fim de analisar o tratamento anti-tabagismo com base nas terapias farmacológicas em
associação ou não com a terapia cognitivo-comportamental. Este estudo é uma revisão
não sistemática, retrospectiva elaborada a partir da busca de artigos nas bases de dados
PUBMED, MEDLINE, SCIELO, revistas científicas e livros textos, publicados no
intervalo de 1990 a 2009. Os artigos coletados apontaram a eficácia das terapias
farmacológicas quando comparadas ao uso de placebo. Dentre as drogas estudadas, a
vareniclina destacou-se apresentando taxas de abstinência superiores às outras drogas. A
terapia cognitivo-comportamental mostrou-se mais eficaz quando em conjunto com a
farmacoterapia. A associação de drogas mostrou-se mais eficaz que seu uso isolado.
PalavrasPalavras-chave:
Tratamento,
tabagismo,
nicotina
T¸TULO: Tratamento Farmacológico Da Hemorragia Digestiva Alta Varicosa: Octreotide X
Terlipressina
ALUNO(A): Jorge Matheus Rios Leite
ORIENTADOR(A): Profª. Drª. Daniela Rosa Magalhães Gotardo
RESUMO
A hemorragia digestiva alta varicosa (HDAV), como complicação grave e comum da cirrose,
ocorre em grande porcentagem dos pacientes acometidos por esta patologia e é responsável pela
maioria dos episódios de hemorragia digestiva alta (HDA) nestes pacientes. O sangramento
decorrente da ruptura destas varizes representa uma das maiores e mais letais complicações da
hipertensão portal, sendo que é a mais comum das complicações letais da cirrose hepática.O
octreotide e a terlipressina são análogos sintéticos da somatostatina e da vasopressina
(respectivamente) que foram inicialmente desenvolvidos no intuito de promover aos pacientes
com HDAV fármacos mais seguros e mais fáceis de administrar que seus precursores. Estas
drogas atuam através da vasoconstricção no leito esplâncnico com consequente redução do
influxo venoso portal.Diante deste panorama, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a
eficácia clínica do octreotide e da terlipressina, comparando-os no tratamento da HDA por
varizes gastroesofágicas. Foi realizada uma revisão sistemática buscando selecionar ensaios
clínicos randomizados (ECRs) que comparassem o octreotide e a terlipressina entre si ou (cada
um) com o placebo, no tratamento farmacológico da HDAV.Oito estudos foram incluídos no
trabalho: três que compararam a terlipressina com a terapia placebo, dois que compararam a
terlipressina com o octreotide e três que compararam o octreotide com o tratamento placebo.
Quando comparada com o placebo, a terlipressina mostrou redução dos índices de mortalidade,
falha na hemostasia inicial, ressangramento, procedimentos necessários para realizar a
hemostasia e dos números de transfusões sanguíneas necessárias, alcançando resultados
estatisticamente significativos (p < 0,05) em termos de diminuição das taxas de mortalidade,
falha na hemostasia inicial e dos números de transfusões sanguíneas necessárias. Na
comparação octreotide versus terlipressina, o octreotide mostrou um maior benefício no que diz
respeito à mortalidade, falha na hemostasia inicial, número de procedimentos necessários para
conter o sangramento ou ressangramento não-controlados e número de transfusões sanguíneas
requeridas, atingindo valores com significância estatística no aspecto das transfusões de sangue.
Quando comparado ao placebo, o octreotide mostrou-se melhor na diminuição da falha na
hemostasia inicial, do ressangramento e dos números de transfusões sanguíneas necessárias,
alcançando, novamente, resultados estatisticamente significativos no aspecto das transfusões
sanguíneas. No que diz respeito às reações adversas, as duas drogas mostraram ser seguras,
sendo que o octreotide apresentou menores índices tanto no número de pacientes que sofreram
efeitos adversos, quanto na taxa de pacientes que experimentaram reações adversas graves (que
causem morte ou suspensão do tratamento). Portanto, ambas as drogas são eficazes clinicamente
em termos de redução dos índices de mortalidade, falha na hemostasia inicial, ressangramento,
procedimentos necessários para realizar a hemostasia e dos números de transfusões sanguíneas
necessárias, sendo que o octreotide mostrou um maior benefício na redução dos números de
transfusões sanguíneas requeridas e uma menor relação com efeitos adversos relacionados ao
tratamento.
Palavras-chave: Hemorragia digestiva alta varicosa. Tratamento farmacológico. Octreotide e
Terlipressina.
.
T¸TULO: Diagnóstico Por Imagem De Nódulos Peritoneais
ALUNO(A): Leda Lúcia Di Gregorio Neta
ORIENTADOR(A): Prof.ª Mônica Torres
RESUMO
O peritônio é uma serosa fina, translúcida, membrana de origem mesodérmica, que
abrange a superfície da cavidade peritoneal e seus mesentérios. A cavidade peritoneal,
delimitada por peritônio visceral e parietal, é o maior espaço potencial no corpo.
Qualquer processo patológico que envolve a cavidade peritoneal pode facilmente se
disseminar por todo este espaço, por meio da livre circulação de fluido e células.
Neoplasia peritoneal pode originar-se a partir de tecidos peritoneal (primária) ou
invadem tecidos adjacentes no peritônio de órgãos adjacentes ou remotos (secundário).
Objetivo: Citar, a partir de revisão de literatura, os métodos de imagem utilizados para o
diagnóstico de neoplasias peritoneais. Método: Foi realizada uma revisão de literatura
nas bases de dados Pubmed e Scielo. Foram incluídos artigos que abordassem o tema
proposto nas línguas português, inglês e espanhol, sendo excluídos os estudos nas demais
línguas. Resultados: Dezessete artigos foram selecionados. Os estudos foram realizados
em diversos países, com números variados de pacientes, tempo de estudo variado e
métodos de avaliação distintos. A maioria dos trabalhos abordam a avaliação diagnóstica
por imagem dos nódulos peritoneais. Conclusão: A partir deste estudo podemos concluir
que os exames de imagem são bastante importantes no diagnóstico, prognóstico e
terapêutica dos nódulos peritoneais.
Palavras-chave: neoplasias peritoneais, nódulos peritoneais
T¸TULO: Avaliação Dos Fatores De Risco Para Óbito Em Pacientes Com Meningite
Meningocócica/Meningococcemia Admitidos No
Hospital Couto Maia No Período De 2008-2009, Bahia
ALUNO(A): Luciana Andrade Guimarães
ORIENTADOR(A): Prof(a). Dra. Ceuci de Lima Xavier Nunes
RESUMO
Introdução: A doença meningocócica apresenta uma relevância no Brasil pela alta
incidência e elevada letalidade, em torno de 18 a 20%, sendo a meningite bacteriana
mais comum no país. No Hospital Couto Maia (HCM), referência para doenças
infecciosas na Bahia, são admitidos em média 100 casos/ano. Objetivo: Avaliar fatores
de risco para óbito em pacientes com meningite meningocócica/meningococcemia.
Casuística, materiais e métodos: É um estudo de coorte retrospectiva, onde foram
obtidos dados nos prontuários e nas fichas do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, dos
pacientes admitidos com meningite meningocócica/meningococcemia no período de
Junho de 2008- Maio 2009. Foram comparadas as características demográficas, clínicas
e laboratoriais dos pacientes que evoluíram para alta com os que evoluíram para óbito,
sendo analisados os fatores de risco a partir de estatísticas descritivas e bivariadas,
considerando significativas as associações com intervalo de confiança de 95% (p<0,05).
Resultados: Foram estudados 98 pacientes, com média de idade de 15,6 anos,
predomínio do sexo masculino (N=50/ 51%). 68 pacientes foram procedentes de
Salvador e 30 do interior da Bahia. Dos 98 pacientes, 13 evoluíram para óbito.
Discussão e Conclusão: As diferenças principais entre os dois grupos foram média do
tempo de doença, a leucometria e número de plaquetas, a presença ou não de lesões de
pele e meningite, sendo que os pacientes que evoluíram para óbito apresentaram de
forma significante, menor tempo de doença, aumento menos importante do leucograma,
plaquetas mais baixa e ausência de meningite. Concluiu-se que é importante o
treinamento das equipes de saúde, especialmente o médico, para o diagnóstico e o
tratamento precoces e a adoção de medidas preventivas, como a instituição da vacinação
para o meningococo C na rede pública de saúde, devido aos números crescentes da
doença e a relação com surtos e epidemias.
Palavras-chave: Meningite meningocócica/meningococcemia. Fatores de risco. Óbito.
Evolução clínica.
.
T¸TULO: Avaliação Da Eficácia Do Bevacizumab Intravítreo No Tratamento Do
Glaucoma Neovascular.
ALUNO(A): Laís Brito Lobo
ORIENTADOR(A): Profª Lívia Nossa Moitinho
RESUMO
Introdução: O VEGF é um fator pró-angiogênico, derivado do endotélio vascular. Em
doenças que cursam com hipóxia, haverá mecanismos intracelulares que aumentam a
expressão desse fator. As doenças oclusivas vasculares da retina, a retinopatia proliferativa
diabética, as doenças inflamatórias, e os tumores intra-oculares irão causar isquemia na
retina, situação esta, que proporcionará um suprimento sanguíneo inadequado na área
retiniana correspondente. O excesso de VEGF nestas doenças pode se difundir para dentro
da câmara anterior, chegando até a íris, e proporcionando uma neovascularização do ângulo,
que eventualmente se desenvolve em uma membrana fibrovascular. Essa membrana pode
crescer sobre a íris e o ângulo da câmara anterior, bloqueando o fluxo do humor aquoso, o
que caracterizará um aumento da pressão intraocular, gerando o glaucoma neovascular.
Algumas terapias conservadoras e cirúrgicas tem sido utilizadas no controle deste tipo de
glaucoma, entretanto, nenhuma sozinha tem sido eficiente completamente. A participação
do VEGF parece ser indispensável para a neovascularização ocular patológica. Diversos
estudos estabeleceram claramente que o bloqueio do VEGF pode inibir a neovascularização
da íris. O bevacizumab (avastin) é um anticorpo monoclonal humano de todas as isoformas
de VEGF e, atualmente, tem sido cada vez mais investigado para ser uma promissora opção
no tratamento do glaucoma neovascular. Objetivo: O objetivo deste trabalho é revisar na
literatura a eficácia do bevacizumab, um antiangiogênico, em pacientes com glaucoma
neovascular. Materiais e Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica sistemática na
literatura, através de pesquisa no banco de dados MEDLINE, capítulos de livros e
guidelines. Foram utilizadas as seguintes palavras-chave: (Intravitreal bevacizumab) OR
(neovascular glaucoma) OR (Anti-VEGF Therapy) OR (Avastin AND neovascular
glaucoma). Os artigos selecionados deveriam estar escritos em inglês e publicados nos
últimos 10 anos. Foram identificados 29 artigos na BIREME, destes, foram selecionados 5
artigos, sendo 4 relatos de caso e 1 ensaio clínico randomizado. Resultados: Em todos os
artigos analisados foi usada uma combinação do bevacizumab intravítreo com a
panfotocoagulação, e foi obtido sucesso na regressão completa da neovascularização da íris
e do ângulo da câmara anterior. O número de reincidências com este tratamento conjunto
foi muito baixo em todos os artigos revisados, e nestes raros casos foi necessário o uso de
uma segunda injeção intravítrea de bevacizumab, seguida de uma panfotocoagulação
adicional, o que resultou em uma resolução das neovascularizações recorrentes. Em todos
os artigos revisados, a administração do bevacizumab intravítreo foi associada a uma
melhoria na acuidade visual, uma redução na neovascularização da íris, do ângulo da
câmara anterior e da pressão intra-ocular. Porém, houve algumas lacunas nestes estudos,
como a sua natureza retrospectiva, limitado follow-up, medição da acuidade visual não
padronizada, limitado conhecimento da dosagem necessária do bevacizumab, e um número
relativamente pequeno de pacientes. Conclusão: O bevacizumab intravítreo mostrou boa
eficácia no tratamento do glaucoma neovascular, proporcionando diminuição da pressão
intraocular, redução da neovascularização da íris e do ângulo da câmara anterior,
melhorando assim os padrões de acuidade visual dos pacientes analisados.
Palavras-chave: glaucoma neovascular; bevacizumab; anti-VEGF; Avastin..
T¸TULO: Perfil Clínico E Laboratorial De Pacientes Com Doença Falciforme E
Sobrecarga De Ferro Acompanhados Em Um Centro De Referência De Salvador/Ba
ALUNO(A): Laíse Vilasboas Schettini
ORIENTADOR(A): Profª. Drª. Angela Maria Dias Zanette
RESUMO
Introdução: A doença falciforme é uma hemoglobinopatia altamente prevalente na
cidade de Salvador, sendo considerada um problema de saúde pública no Brasil. Um
componente essencial no manejo dos doentes com essa patologia é o uso de transfusões
sanguíneas, entretanto, esta prática não é isenta de riscos. A sobrecarga de ferro,
decorrente do uso crônico da terapia transfusional, é uma complicação que possui um
impacto direto na expectativa de vida desses indivíduos. Objetivos: Conhecer o perfil
clínico e laboratorial de pacientes com doença falciforme e sobrecarga de ferro
acompanhados em um centro de referência de Salvador/BA, bem como avaliar a
efetividade do tratamento ferroquelante na redução de seus níveis de ferritina sérica.
Métodos: Em uma avaliação retrospectiva descritiva, foram analisados prontuários de
todos os pacientes com doença falciforme e sobrecarga de ferro acompanhados neste
centro de referência de 2001 a 2008. Os dados demográficos, clínicos e laboratoriais
foram coletados através de um formulário construído especificamente para o estudo
proposto. Resultados: Um total de 60 prontuários foi analisado. A idade variou de 2 a
62 anos, sendo a amostra composta por 56,7% pessoas do sexo feminino. Em relação ao
genótipo, 95% eram homozigotos SS, 3,33% tinham hemoglobinopatia SC e 1,67% Stalassemia. 28,33% dos pacientes fizeram uso de sais de ferro após o diagnóstico de
doença falciforme, enquanto que 8,3% utilizaram vitamina C mesmo possuindo
sobrecarga de ferro. As indicações mais freqüentes quanto ao uso de transfusões foram
crise de dor, anemia e AVC. 51,67% apresentaram pelo menos uma outra complicação
que pode estar relacionada ao uso de transfusões, como infecções, aloimunização e
reações transfusionais. Efeitos adversos da desferoxamina ocorreram em 26,67% dos
pacientes. A média dos níveis de ferritina antes do uso do quelante foi 1984,2 ng/ml e
após 1422,53 ng/ml. A diferença entre estes valores teve significância estatística, com
p=0,002. A diminuição dos níveis de ferritina de cada paciente foi estatisticamente
significante , com p=0,000. Discussão: Neste trabalho, constatou-se um diagnóstico
tardio da hemoglobinopatia no grupo estudado, o que pode ter sido a causa de uso de
transfusões sanguíneas sem indicação clínica em muitos casos. Provavelmente, houve
um aumento da expectativa de vida dessa população em Salvador, nos últimos 14 anos,
devido à criação de centros de cuidados multidisciplinares dedicados aos mesmos. A
sobrecarga de ferro é responsável por intensificar complicações da doença falciforme,
como baixa estatura e hipogonadismo. A queda dos níveis das ferritinas antes e após o
uso de quelantes foi estatisticamente significante neste trabalho, apesar da maioria dos
pacientes não terem realizado o uso regular desta medicação. Conclusão: Este estudo
apresenta a situação atual da sobrecarga de ferro em um grupo de portadores de doença
falciforme, acompanhados em um centro de referência de Salvador/BA. O tratamento
com quelantes foi efetivo na redução dos níveis de ferritina desses pacientes.
Concluímos que mais estudos, prospectivos, com desenho apropriado e maior número
amostral são necessários para melhor estudar o impacto do excesso de ferro em
pacientes com doença falciforme.
Palavras-chave: Doença falciforme. Sobrecarga de ferro. Hemossiderose transfusional
T¸TULO: Perfil Clínico, Epidemiológico E Laboratorial De Pacientes Com Dengue
Grave Em Um Hospital Especializado Em Doenças Infecciosas E Parasitárias De
Salvador - Ba
ALUNO(A): Lucas Mascarenhas da Silveira
ORIENTADOR(A): . Dra. Ceuci de Lima Xavier Nunes
RESUMO
A dengue constitui importante problema de saúde pública em todo o Brasil, onde a
ocorrências de suas formas graves tem crescido de maneira continuada, ao tempo em
que se modifica o perfil da população acometida. Este estudo teve por objetivo
primordial conhecer, mediante revisão de prontuários, o perfil clínico, epidemiológico e
laboratorial de pacientes com diagnóstico de dengue grave, internados em um hospital
especializado em doenças infecciosas e parasitárias de Salvador, Bahia. Trata-se de
análise descritiva e retrospectiva do quadro observado em 49 pacientes atendidos, com o
diagnóstico de interesse, confirmados mediante análise sorológica, entre janeiro e junho
de 2009. A taxa de mortalidade situou-se em 2% (um paciente) do total analisado, cuja
composição tem 33 (67.3%) pacientes com idade inferior a 15 anos. Quanto à
procedência, 23 (46,9%) eram do interior do Bahia e 26 (53,1%), de Salvador. Segundo
o gênero, 30 (61,2%) pacientes eram do sexo feminino. A confirmação laboratorial do
diagnóstico clínico de Dengue ocorreu em 49 de 364 pacientes (13,5%), sendo que os
meses de março e abril corresponderam a 15 (30,6%) e 16 (32,7%) casos,
respectivamente. O tempo médio decorrido do início das manifestações clínicas até o
internamento foi de 5,8 dias. Entre os sinais clássicos de dengue, a febre foi o mais
freqüente, presente em 47 (95,9%) casos; seguida por náuseas e vômitos (73,5%) e
cefaléia (63,3%). Dos sinais de alarme, a dor abdominal intensa e as manifestações
hemorrágicas espontâneas foram as queixas mais comuns, presentes em 33 (67,3%)
pacientes cada um. As petéquias foram as mais freqüentes manifestações hemorrágicas,
relatada em 16 prontuários (48,5%). Dos 23 (46,9%) pacientes com extravasamento
plasmático, 13 (52,2%) apresentaram derrame pleural. A prova do laço foi registrada em
apenas nove (18,4%) casos, sendo positiva em quatro (44,4%). Apenas um paciente
(2%) apresentou sinal de choque, representado por pressão arterial convergente.
Apresentaram leucocitose 10 pacientes (20,4%), mesmo número daqueles com
leucopenia. Plaquetopenia foi evidenciada em 47 (95,9%). As transaminases foram
registradas em 33 (61,2%) pacientes. A TGO esteve elevada em 29 (96,6%) pacientes e
a TGP, em 22 (73,3%). Palavras chaves: dengue grave, faixa etária, epidemiologia,
sinais clássicos, sinais de alarme, choque, leucograma, albumina, extravasamento
plasmático.
T¸TULO: Tratamento Da Tuberculose Latente
ALUNO(A): Leandro Henrique E. Dos S. B. P. E Pereira
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Almério Machado Júnior.
RESUMO
Introdução: A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa causada por micobactérias,
principalmente o M. tuberculosis. A infecção pode levar à doença ativa primária,
doença ativa secundária após um período de latência ou pode permanecer latente sem
doença manifesta. A transmissão ocorre através da aerossolização de perdigotos
contaminados com o bacilo, ao atingir os alvéolos, ocorre uma reação imune do tipo
tardio no hospedeiro que se torna sensibilizado e produz anticorpos contra o patógeno,
controlando a infecção. O teste tuberculínico é o principal método diagnóstico para
detectar infecção latente; a medida da enduração determina, juntamente com a
classificação dos grupos de risco, quem possui indicação para início da
quimioprofilaxia. Existem diversos esquemas terapêuticos, o esquema com isoniazida é
o mais amplamente difundido em todo o mundo e possui eficácia e efeitos adversos
comprovados por ensaios clínicos; outras drogas como a rifampicina e pirazinamida
também são utilizadas em outros esquemas terapêuticos, associadas entre si ou com a
própria isoniazida. O risco de um indivíduo imunocompetente de desenvolver TB ativa
a partir de infecção latente é de 5 a 10%; indivíduos com imunodeficiência possuem um
risco de 8 a 10% por ano. O risco é maior principalmente nos dois primeiros anos.
Baseado nestes dados e com intenção de diminuir a morbidade e mortalidade com
gastos públicos em saúde é que tenta-se empregar o uso da quimioprofilaxia com fim de
evitar o desenvolvimento de doença ativa. Métodos: Os presentes artigos e dados
citados, que procuraram revisar o tratamento da tuberculose latente, foram identificados
na base de dados Scielo, Cochrane Database of Systematic Reviews, The New England
Journal of Medicine, World Health Organization, Bireme e Pubmed, selecionados
através das seguintes expressões de busca: tuberculosis, latent tuberculosis infection,
treatment of latent tuberculosis, tratamento da tuberculose latente. Resultados: A
quimioprofilaxia reduz o risco de desenvolvimento da TB a partir da infecção latente
em indivíduos infectados pelo HIV, indivíduos imunocompetentes e crianças. O
esquema com isoniazida é o mais eficaz, com menos efeitos colaterais que as outras
drogas. Entretanto, foi constatada uma adesão menor ao tratamento com isoniazida. O
esquema com rifampicina e pirazinamida tem mostrado uma maior manutenção do
efeito benéfico, a despeito da maior toxicidade. Conclusão: A isoniazida é a droga
utilizada como quimioprofilático para infecção pelo M. tuberculosis. Deve-se dar
extrema importância para indivíduos com infecção concomitante pelo HIV pelo seu
maior risco de desenvolvimento de TB ativa. É comprovada a eficácia do tratamento da
tuberculose latente através de vários estudos, tendo impacto na sobrevida, mortalidade e
redução do desenvolvimento da doença. Medida esta que deve ser difundida em todos
os sistemas de saúde mundial.
T¸TULO: Impacto Da Lei No 11.705 (“Lei Seca”) No Número De Acidentes E
Vítimas De Trânsito Em Salvador-Bahia
ALUNO(A): Lívia Dantas Muniz
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Paulo André Jesuíno
RESUMO
Introdução: No Brasil existem altas taxas de morbimortalidade por acidentes
automobilísticos, sendo contraditório o número de estudos sobre esse tema no país.
Vários fatores são importantes para a redução desses, incluindo o controle do ato de
beber e dirigir. Na tentativa de diminuir os acidentes álcool relacionados foi sancionada
a Lei no 11.705 (“Lei Seca”), que institui a alcoolemia zero e pune de forma mais severa
os motoristas alcoolizados.
Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, a partir de dados
secundários do banco de dados da Superintendência de Trânsito e Transporte de
Salvador (TRANSALVADOR). Foram utilizados os números de vítimas e acidentes,
dividindo-os em dois períodos: Janeiro a Junho e Julho a Dezembro. Analisando assim,
seis meses antes e seis após a Lei. Os resultados foram analisados através de proporções
para observar e comparar o impacto com outros estudos.
Resultados: O total de acidentes no ano de 2008 foi 28.268, sendo 42,4% no período I
e 57,6% no período II. O número de acidentes cresceu 35,7% no segundo período em
relação ao primeiro. O total de vítimas no ano de 2008 foi 7.977, apresentando 45,8%
no primeiro período e 54,2% no segundo. Havendo um aumento de 18,37% do segundo
período em comparação com o primeiro. O número de vítimas fatais, em todo o ano,
representou 2,8% do total de vítimas, representando 1,37% de vítimas no primeiro
período e 1,43% no segundo.
Discussão: A Lei no 11.705 é considerada de alta rigorosidade, já que estabelece
alcoolemia zero, altas multas, suspensão do direito de dirigir, punição e prisão. Porém,
observou-se uma divergência entre o esperado e os resultados encontrados, já que os
números de acidentes e vítimas aumentaram após a implantação da Lei. A deficiência na
fiscalização, a falta de consciência da população, o aumento do número de motoristas,
veículos circulantes e quilometragem rodada podem ser expressas como possibilidades
para esse aumento.
Conclusão: A partir dos resultados desse estudo observa-se que a Lei no 11.705 não foi
efetiva no cumprimento do seu objetivo de diminuir o número de acidentes e óbitos no
trânsito, na cidade de Salvador, durante o período analisado. É imperativo uma
fiscalização mais rigorosa, a conscientização dos motoristas e mais estudos sobre o
assunto para que venham a ser observados resultados satisfatórios dessa Lei.
Palavras-chave: Acidentes de trânsito; Lei no 11.705; “Lei Seca”; Álcool.
.
T¸TULO: Ferritina Sérica Na Doença Falciforme: Associação com os principais
eventos clínicos em crianças com doença falciforme Na Bahia
ALUNO(A): Ludmila Andrade Viana
ORIENTADOR(A): Tatiana Regia Suzana Amorim Boa Sorte
RESUMO
Introdução: A doença falciforme é um grupo de hemoglobinopatias que têm em
comum a presença de hemácias com potencial de falcização no sangue, devido a uma
mutação no gene que codifica a cadeia β da globina. É a doença hereditária mais
comum no Brasil, um caso em cada 1.000 nascidos vivos e, na Bahia, um em cada 800
nascidos vivos. A doença falciforme, bem como outras doenças hereditárias, pode ser
diagnosticada por triagem neonatal, ou “Teste do Pezinho”, com realização obrigatória,
na Bahia, desde 2001. As principais manifestações clínicas da doença falciforme
correspondem a crises álgicas, crises hemolíticas e seqüestro esplênico. Associadas a
estas, observa-se as vasculopatias cerebrais, principalmente o acidente vascular cerebral
(AVC) isquêmico. Os pacientes com doença falciforme são frequentemente submetidos
a transfusões sanguíneas, o que acarreta uma sobrecarga de ferro. Por isso, passam a
apresentar níveis elevados de ferritina, principal proteína de armazenamento fisiológico
de ferro. A elevação dos valores de ferritina pode estar associada à maior incidência das
manifestações e complicações da doença falciforme. Objetivos: Verificar: valores de
ferritina sérica em crianças com até 5 anos de idade, diagnosticadas com doença
falciforme ao nascimento, acompanhadas por Serviço de Referência em Triagem
Neonatal da Bahia; se existe associação entre elevação de ferritina sérica e ocorrência
dos eventos clínicos determinados (crise álgica, crise hemolítica, seqüestro esplênico e
AVC); valores basais de ferritina e associação com transfusão sanguínea. Metodologia:
Consiste de um estudo descritivo, tipo coorte retrospectiva, por coleta de dados
secundários, na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Salvador –
Bahia. Resultados: Em um total de 392 pacientes com registros de ferritina sérica,
foram identificadas 1.794 consultas com dosagens de ferritina, das quais 47,75 eram de
pacientes com fenótipo HbSS. Os valores de ferritina média (251,59 ng/dL) e de
ferritina basal (129,90 ng/dL) foram maiores no grupo HbSS. Foi demonstrado que a
maior ocorrência de eventos clínicos coincidiu com um valor maior de ferritina sérica.
Discussão: O presente estudo permitiu inferir que pacientes com fenótipo HbSS
apresentaram maior número de consultas médicas, relacionado aos maiores valores de
ferritina sérica. Estes dados associam-se a maior ocorrência de eventos clínicos no
grupo HbSS, quando comparado ao HbSC e HbS-beta. Conclusão: A doença
falciforme é a doença monogênica mais comum no Brasil. Portanto, o estudo de
métodos capazes de permitir um acompanhamento melhor da evolução da doença
propiciará melhor qualidade de vida aos pacientes. A ferritina sérica é sugerida como
uma forma de acompanhar a evolução da doença, evitando os danos causados pela
sobrecarga de ferro secundária às sucessivas transfusões terapêuticas.
Palavras-chave: Doença falciforme. Ferritina sérica. Manifestações clínicas.
T¸TULO: Fatores Virais E Do Hospedeiro Associados À Ocorrência De Ham⁄Tsp Na
Infecção Pelo Htlv-1
infectadas.
ALUNO(A): Lia Freitas Serra
ORIENTADOR(A): Profª. Aline Cristina Andrade Mota Miranda
RESUMO
Introdução: O vírus linfotrópico de células T humanas do tipo 1 é um retrovírus e
promove uma infecção latente em células T periféricas, predominantemente, células T
CD4+. No mundo, cerca de 10 a 20 milhões de pessoas encontram-se infectadas, de
forma que a infecção pelo HTLV-1 é considerada um problema de saúde pública. No
Brasil, aproximadamente 2,5 milhões de pessoas são portadoras do vírus, cuja
prevalência é maior nos estados do Maranhão, de Pernambuco e da Bahia, com destaque
para a cidade de Salvador. A transmissão do vírus ocorre através da transfusão de
sangue e hemoderivados contaminados, compartilhamento de agulhas contaminadas
entre usuários de drogas injetáveis, via aleitamento materno e via transmissão sexual.
Estima-se que 95% dos indivíduos infectados permanecem assintomáticos ao longo do
curso da infecção, enquanto que 5% desenvolvem doenças como a ATL e a HAM/TSP.
A HAM/TSP atinge 1 a 5% dos indivíduos infectados, e é caracterizada por, entre
outros sintomas, fraqueza de membros inferiores e disfunção autonômica. Quanto à
manifestação da HAM/TSP, ainda não foram estabelecidos claramente os determinantes
de sua manifestação e da cronologia da sua apresentação. Objetivo: Reunir os
principais dados científicos sobre os fatores virais e do hospedeiro que estão associados
à manifestação de HAM/TSP na infecção pelo HTLV-1. Metodologia: Foi realizada
uma revisão de literatura dos principais achados científicos nesta área. Resultados:
Neste trabalho, foi possível verificar que os principais dados científicos concordam que
os altos níveis de carga proviral, e atuação da proteína Tax representam elevado risco
para o desenvolvimento da HAM/TSP. Foi possível observar também que a resposta
imune celular contribui substancialmente para a evolução do estado assintomático para
a manifestação da HAM/TSP, especialmente a ativação crônica de CTL, e a intensa
produção de IFN-γ e TNF-α. Além disso, dados epidemiológicos mostram que a
freqüência de alterações urológicas está aumentada nos indivíduos com HAM/TSP, e
em indivíduos infectados assintomáticos sem comprometimento neurológico, sugerindo
que a ocorrência de bexiga neurogênica seja um evento precoce à manifestação de
HAM/TSP, de forma que o mesmo valor preditivo é dado à manifestação recente da
DIH. Por fim, são identificados alelos de HLA específicos (B*5401, Cw*07, B*07,
A*02) que se associam à proteção e susceptibilidade à HAM/TSP. Conclusão: A
determinação exata de fatores virais e do hospedeiro relacionados com a manifestação
de HAM/TSP, bem como se esta se dará de forma precoce ou tardia, ainda constitui um
grande desafio para a comunidade científica. Novos estudos devem ser realizados para
avaliar mais profundamente a relevância dos fatores analisados nesta revisão, inclusive
em diferentes populações, e a forma como estes fatores interagem quanto ao desfecho
da infecção pelo HTLV-1.
T¸TULO: Benefícios Do Uso De Aspirina Em Pacientes Com Diabete Melito Tipo 2
.ALUNO(A): Leda Lúcia Di Gregorio Neta
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Pedro Flávio
RESUMO
Há uma expectativa de aumento da prevalência de diabete melito (DM) do tipo 2 nos
próximos anos em todo o mundo. No Brasil, estima-se que o número de casos de DM
passe de 4,6milhões em 2000 para 11,3milhões em 2030. Com o aumento do número de
casos, haverá também um grande acréscimo na proporção de complicações crônicas
micro e macrovasculares associadas à doença. Pacientes diabetes tipo 2 têm alta
morbidade e mortalidade devido ao aumento de complicações microvasculares
(retinopatia, nefropatia e neuropatia) e macrovasculares (doença isquêmica do coração,
acidente vascular cerebral e doença vascular periférica). Objetivo: Avaliar, a partir de
revisão de literatura, o benefício do uso de aspirina em pacientes com diabetes tipo 2.
Método: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados Pubmed e Scielo.
Foram incluídos artigos que abordassem o tema proposto nas línguas português, inglês e
espanhol, sendo excluídos os estudos nas demais línguas. Resultados: Trinta e seis
artigos foram selecionados. Os estudos foram realizados em diversos países, com
números variados de pacientes, tempo de estudo variado e métodos de avaliação
distintos. A maioria dos trabalhos avaliou os riscos e benefícios do uso de aspirina em
pacientes com diabetes tipo 2, levando em consideração a prevenção primária e
secundária da complicações vasculares promovidas por tal patologia. Conclusão: A
partir deste estudo podemos concluir que, como prevenção primária, o uso de AAS
ainda requer evidências mais fortes, mas deve ser considerado nos grupos com risco
intermediário a alto de eventos cardíacos, assim como em diabéticos com mais de 30
anos e que possuam fatores de risco associados.
Palavras-chave: diabete melito, aspirina, neuropatia diabética, retinopatia diabética.
T¸TULO: Manejo Da Anemia Em Pacientes Portadores De Insuficiência Renal Crônica
ALUNO(A): Luiz Fernando Filadelfo Andrade
ORIENTADOR(A): Profª. Dra. Elise Schaer
RESUMO
Introdução: A anemia é uma importante complicação da Insuficiência Renal Crônica
(IRC) e é capaz de elevar a morbi-mortalidade e reduzir a qualidade de vida do paciente.
Em todo o mundo, tem-se realizados muitos estudos com o intuito de encontrar o meio
mais eficaz para o manejo da anemia na IRC. Objetivo: Descrever a fisiopatologia da
anemia na IRC, com ênfase na melhor forma de tratá-la em pacientes submetidos à
Terapia Renal Substituta (TRS). Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica
no período de Março a Setembro de 2009 na base de dados da Pubmed, Medline, Lilacs
e Scielo. Resultados: Com os descritores utilizados e após o levantamento de dados,
foram selecionados 47 artigos sobre o tema. Discussão e Conclusão: A anemia na IRC
é, principalmente, causada pela deficiência na produção de Eritropoetina e sua reposição
mostra-se como o método mais eficaz e seguro para o tratamento em pacientes
submetidos à TRS. No entanto, não se deve esquecer a importância do ferro na gênese
da anemia no paciente portador de IRC. Objetiva-se um alvo de hemoglobina entre 1112 g/dL a fim de diminuir os riscos de eventos cardiovasculares e a necessidade de
transfusões sanguíneas. Novas drogas têm sido desenvolvidas em busca de um manejo
mais seguro, eficaz e satisfatório para o paciente.
Palavras-chave: Anemia. Insuficiência Renal Crônica. Fisiopatologia da anemia.
Tratamento da anemia.
.
T¸TULO:
T¸TULO Qualidade De Vida De Pacientes Com Sobrepeso Ou Obesidade Atendidos Em
Ambulatório De Salvador - Bahia
ALUNO(A): Ludmilla Félix Medrado
ORIENTADOR(A): Prof.ª Dr.ª Ana Marice Teixeira Ladeia
RESUMO
Introdução: A obesidade, definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o
excesso de gordura corporal que representa risco para a saúde, atualmente consiste em
uma epidemia. Apresenta proporções relevantes não apenas em países desenvolvidos,
mas também naqueles em desenvolvimento. No Brasil, encontra-se em níveis
crescentes. Está relacionada a morbidade aumentada, o que produz sintomas
desagradáveis, tais como dor. Se conhece relativamente pouco acerca da relação entre
obesidade e qualidade de vida, aspecto relevante na avaliação em saúde Objetivos:
Avaliar a qualidade de vida de indivíduos obesos ou com sobrepeso, atendidos em
ambulatório de obesidade de Salvador-BA, bem como verificar se existe associação
entre qualidade de vida e: Índice de Massa Corpórea (IMC); número de comorbidades; e
dor. Metodologia: Estudo de corte transversal, com 63 indivíduos apresentando IMC ≥
25 kg/m². Aplicou-se a versão em português do questionário World Health Organization
Quality of life bref (WHOQOL bref), instrumento genérico de qualidade de vida. Foram
investigadas as características sociodemográficas, hábitos de vida e comorbidades
apresentadas pelos indivíduos. Foram obtidos peso, altura, IMC e circunferência
abdominal dos pacientes, através dos prontuários relativos ao mesmo dia em que o
WHOQOL bref foi preenchido. Variáveis contínuas foram expressas por média e desvio
padrão. Demais variáveis foram expressas por freqüência.
IMC, número de
comorbidades e presença ou não de dor foram comparados, separadamente, com: as
proporções de respostas atribuídas aos itens 1 e 2 do questionário (teste do qui
quadrado); os escores médios dos quatro domínios do WHOQOL bref (teste t de
Student); os escores dos itens 1 e 2 e dos quatro domínios do WHOQOL bref
(Correlação de Spearman). Significância estatística foi estabelecida para p<0,05.
Resultados: A amostra foi composta por 58 mulheres e 5 homens, com idades entre 23
e 78 anos. Tabagismo e ingesta de bebida alcoólica não foram frequentes; entretanto, o
sedentarismo foi marcante (65,1%). O IMC variou de 25,64 kg/m² a 48,67 kg/m², e a
média na população foi de 33,59 kg/m² (±6,11), predominando o sobrepeso (35,0%).
Dor foi prevalente (77,8%). Nas questões referentes a qualidade de vida e saúde gerais,
predominaram as respostas de indefinição, do tipo “nem ruim nem boa” ou “nem
satisfeito nem insatisfeito”. Cerca de um terço dos indivíduos relatou estar insatisfeito
ou muito insatisfeito com a saúde. O menor escore médio ocorreu no domínio ambiental
e o maior, no domínio social. Verificou-se associação inversa entre: IMC e satisfação
com a saúde; número de doenças e relações sociais; dor e os domínios físico,
psicológico e ambiental de qualidade de vida, avaliados separadamente. Demonstrou-se
redução dos escores nos domínios social e ambiental à medida que se eleva a classe de
obesidade. Conclusão: Sobrepeso e obesidade estão associados a pior qualidade de
vida, à medida que se eleva o IMC, não somente pelo excesso de peso, mas também
pelas comorbidades associadas e presença de dor.
Palavras chave: Obesidade; qualidade de vida; Índice de Massa Corpórea (IMC);
WHOQOL bref.
T¸TULO: Perfil Clínico E Laboratorial De Pacientes Com Doença De Gaucher
Acompanhados Em Um Centro De Referência Em Salvador/Bahia.
ALUNO(A): Laís Magalhães Aguiar
ORIENTADOR(A): Drª. Angela Maria Dias Zanette
RESUMO
INTRODUÇÃO: A Doença de Gaucher (DG) é uma glucoesfingolipidose pertencente
ao grupo de doenças lisossômicas de armazenamento. Trata-se de uma doença
autossômica recessiva multissistêmica com grande variação em suas manifestações
clínicas, gravidade e evolução. Possui três tipos de variantes: não-neuronopática, sendo
esta a forma mais comum; neuronopática aguda ou forma infantil e neuronopática
crônica. Pode ser diagnosticada através de achados morfológicos, dosagem enzimática e
análise molecular. O diagnóstico morfológico é feito através da presença das células de
Gaucher na amostra analisada, freqüentemente aspirado de medula óssea, porém a
demonstração da deficiência da atividade da beta-glucosidase ácida é considerada o
método mais eficiente para o diagnóstico. A terapia de reposição enzimática (TRE),
atualmente padrão ouro de tratamento, para a doença foi aprovada em 1991 pela Food
and Drug Administration (FDA) com a glicosilceramidase exógena (alglucerase). Em
1994 essa foi substituída pela forma recombinante (imiglucerase). A DG é uma doença
rara, mais prevalente em judeus Ashkenazi, sendo pouco conhecida no meio médico.
Esse pouco conhecimento por parte dos profissionais médicos pode impedir que
pacientes com a DG tenham diagnóstico precoce, com a conseqüente dificuldade de
acesso ao tratamento, altamente eficaz e disponível gratuitamente no Sistema Único de
Saúde (SUS). O diagnóstico diferencial com quadros de citopenias com
hepatoesplenomegalia deve ser feito, visando evitar as complicações da doença, em
especial as ósseas, causadoras de grande morbidade na DG não
tratada
adequadamente.O presente estudo se justifica ao chamar a atenção para uma patologia
rara, porém que pode ser confundida com patologias de grande prevalência em nosso
meio, como a esquistossomose e a leishmaniose visceral. OBJETIVO: Estudar o perfil
clínico e laboratorial de pacientes com diagnóstico de Doença de Gaucher
acompanhados em um Centro de Referência em Salvador/BA. PACIENTES E
MÉTODOS: Estudo retrospectivo descritivo, com revisão dos prontuários médicos de
todos os pacientes com diagnóstico confirmado de DG, respeitando-se os aspectos
éticos. Os dados foram levantados através de preenchimento de questionário construído
especificamente para tal, com a realização da análise estatística pertinente.
RESULTADOS: A amostra constituiu-se de 26 pacientes, sendo a maioria crianças e
adolescentes, com idade ao diagnóstico variando entre 2 e 59 anos; predomínio do tipo
1 da doença, sendo hepatoesplenomegalia a manifestação clínica mais comum. Três
pacientes foram submetidos a esplenectomia antes do diagnóstico de DG ser
estabelecido. Grande parte dos pacientes apresentou melhora do quadro laboratorial e
redução no tamanho do baço e fígado após início do tratamento. CONCLUSÃO:
Concluiu-se que a doença é subdiagnosticada em nosso meio e, por desconhecimento da
equipe de saúde, muitos pacientes são abordados de forma equivocada, retardando-se o
diagnóstico e tratamento. Há necessidade da difusão de conhecimentos sobre a doença
com o intuito de melhorar a qualidade de vida desses pacientes.
Palavras chaves: Doença de Gaucher;
reposição enzimática
doenças de depósito lisossômico; terapia de
T¸TULO: Estudo Dos Pacientes Submetidos À Cirurgia Bariátrica Revisional Devido
À Perda Ponderal Insatisfatória
ALUNO(A): Lucas Araújo De Freitas
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. João Eduardo Ettinger
RESUMO
Introdução: A obesidade é uma doença muito prevalente no mundo e que está
associada a um grande número de comorbidades, como HAS, DM tipo 2, osteoartrose,
apnéia do sono, DRGE e até certos tipos de câncer. O tratamento dos doentes com
obesidade grau III ou grau II com comorbidade é cirúrgico, pois é mais eficaz que o
clínico. Existem diversas técnicas operatórias para esse tratamento que são divididas
basicamente em três grupos: restritivas, mistas e predominantemente disabsortivas;
atualmente a técnica mais utilizada nos EUA e Brasil é a DGYR, com excelentes
resultados. Mesmo com bons resultados, alguns pacientes têm complicações pósoperatórias ou não perdem peso adequadamente; é aí que a CBR se faz necessária.
Objetivo: Avaliar a evolução dos pacientes submetidos à CBR por PPI. Metodologia:
Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados Pubmed e Scielo, referente ao
período entre 2007 e 2009. Foram incluídos artigos dos últimos três anos que
abordassem a evolução de pacientes reoperados por PPI nas línguas português, inglês e
espanhol, sendo excluídos os estudos nas demais línguas. Resultados: Treze artigos
foram selecionados de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Dos treze, 10
estudos foram feitos nos EUA, um na França, um na Holanda e um no Brasil. Em todos
os estudos, o sexo feminino foi predominante, chegando a 96% na série de Hallowell et
al. A DGYR foi a técnica mais utilizada nas revisões, principalmente em pacientes
previamente operados por métodos restritivos. Indivíduos que cursaram com PPI após
DGYR como procedimento primário tiveram quatro alternativas como CBR: colocar
um anel gástrico, diminuir o canal alimentar comum ou reoperar com outras técnicas DS ou Scopinaro. Conclusão: A CBR tem ótimos resultados, desde que sejam tomados
os cuidados necessários, como ser realizada por cirurgiões experientes. A PEP foi
satisfatória, com redução das comorbidades e sem complicações inesperadas. A DGYR
é uma ótima alternativa como CBR em pacientes submetidos a métodos restritivos e o
aumento da disabsorção se mostrou eficaz e seguro em pacientes previamente operados
por DGYR.
Palavras-chave: Cirurgia bariátrica revisional; perda de peso insatisfatória.
T¸TULO:
ALUNO(A): Luiza de Lima Tavares
ORIENTADOR(A): Prof. Dr.
RESUMO
Objetivo: Avaliar o impacto da gastrectomia subtotal e total, em pacientes com
adenocarcinoma distal do estômago, utilizando como critérios de análise a morbimortalidade pós-cirúrgica, a necessidade de transfusão sanguínea e a sobrevida de cinco
anos. Materiais e Métodos: Revisão de artigos com pesquisa nos bancos de dados:
PubMed/Medline, Lilacs e Scielo. Todas as buscas se basearam nas palavras chave
gastrectomy AND total AND subtotal ou gastrectomia AND total AND subtotal. Os
critérios de exclusão foram artigos publicados em língua que não fossem inglês,
português ou espanhol, não prospectivos, que não abordassem adenorcarcinomas
distais, que não utilizassem laparotomia como método cirúrgico, que possuíssem
amostra restrita a apenas um estádio do carcinoma gástrico, que realizassem cirurgias
paliativas e os que não abordavam diretamente o assunto a ser revisado. Resultados: A
maioria dos artigos não apresentou diferenças significativas entre o subgrupo submetido
à gastrectomia subtotal e o submetido à total, em relação à morbidade e mortalidade
pós-cirúrgicas. A diferença na sobrevida de cinco anos foi importante em dois trabalhos
e desprezível em outros dois. Um artigo mostrou uma necessidade significativamente
maior da realização de transfusão sanguínea no subgrupo que realizou gastrectomia
total. Conclusão: Os resultados encontrados nas taxas de morbidade, mortalidade e
sobrevida de cinco anos indicam a possibilidade de realização da gastrectomia subtotal
como melhor procedimento porém o número reduzido de trabalhos de boa qualidade
sobre o tema não permite que esse resultado seja aplicado na prática. É necessária a
realização de novos estudos prospectivos randomizados, que utilizem os métodos
cirúrgicos atuais e submetam os valores obtidos à análise estatística multivariada.
Palavras-chave: Gastrectomia total. Gastrectomia subtotal. Adenocarcinoma gástrico.
T¸TULO: Necrose Avascular Óssea Na Terapia Imunossupressora Em Transplantados
Renais
ALUNO(A): Maurício Telles Vargas Leal
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Marcos Almeida Matos
RESUMO
Introdução: Necrose avascular óssea (NAV) é a maior e mais debilitante complicação
músculo-esquelética pós-transplante renal. A alta incidência de NAV no pós-transplante
renal tem sido historicamente associada a dosagens elevadas de corticosteróide. A
introdução da terapia imunossupressora com ciclosporina A e tacrolimus permitiu a
redução da dosagem de corticosteróide no pós-transplante renal e a incidência de NAV.
Neste contexo, diversos estudos mostraram diferenças ainda não totalmente esclarecidas
entre os fármacos imunossupressores a respeito do risco de desenvolvimento de NAV
como efeito adverso. Metodologia: realizamos uma metanálise com obejtivo de
comparar o risco de NAV em pacientes transplantados renais que fizeram uso de
tacrolimus ou ciclosporina A. Para a busca bibliográfica, foram utilizadas as bases de
dados MedLine e Scielo. Resultados: Os estudos incluídos foram dois ensaios clínicos
randomizados controlados e um estudo de coorte retrospectivo. A análise dos três
estudos incluídos na metanálise evidenciou que os pacientes tratados com ciclosporina
A apresentavam maior freqüência de NAV. A análise isolada do risco relativo de cada
estudo mostrou uma redução do risco de desenvolvimento de necrose avascular no
grupo tacrolimus, no entanto em apenas um dos estudos essa redução foi significativa.
Conclusão: A metanálise evidenciou que o uso de tacrolimus diminui o risco de
desenvolvimento de osteonecrose avascular na terapia imunossupressora em
transplantados renais.
Palavras-chave: necrose avascular; tacrolimus; ciclosporina A; corsticosteróide;
transplante renal.
T¸TULO: Conduta Nas Neoplasias Intraepiteliais Cervicais Em Adolescentes.
ALUNO(A): Maria Cecília Sodré Ramos De Souza
ORIENTADOR(A): Prof. Paula Matos Oliveira
RESUMO
Introdução: A cada ano é estimado que 274.000 mulheres morram por câncer invasivo
do colo do útero em todo o mundo, principalmente em países subdesenvolvidos. Os
dados recentes de países desenvolvidos registram redução das taxas de incidência e
mortalidade pelo câncer de colo do útero, e que vem sendo atribuída ao rastreamento
das lesões pré-neoplásicas em adolescentes – população de risco para NIC devido à alta
incidência da infecção pelo HPV, principal fator de risco para o desenvolvimento desta
patologia. Objetivo: avaliar os recentes estudos sobre conduta na Neoplasia Intraepitelial Cervical em adolescentes. Métodos: Este estudo avaliou os novos protocolos
de tratamento da Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC) em adolescentes através de
uma revisão de literatura do banco de dados do PubMed entre junho e outubro de 2009.
Resultados: As taxas de alterações citológicas da cérvice e de NIC em adolescentes são
altas, entretanto as taxas de regressão espontânea das lesões podem chegar até 91% em
36 meses. Após a indicação do tratamento conservador, são registradas taxas de
abandono de até 40%. Discussão e Conclusão: A análise dos estudos indicou que as
taxas de regressão espontânea encontradas dão flexibilidade ao manejo da NIC nesta
faixa etária, com possibilidade do acompanhamento conservador, caso o seguimento
seja viável e adequado. Porém, ainda são fundamentais os programas de conscientização
das adolescentes- diante da necessidade da presença durante o acompanhamento
conservador- atentando para explicar a importância do controle da NIC e a possibilidade
de futuro tratamento.
Palavras-chave: Neoplasia intraepitelial cervical (NIC); Adolescentes; Tratamentos;
Papilomavírus Humano (HPV).
T¸TULO: Co-Infecção Htlv-1/Tuberculose Uma Revisão Sistemática
ALUNO(A): Maíra Melo Da Fonsêca
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Maria Fernanda Rios Grassi
RESUMO
O vírus linfotrópico da célula T humana tipo 1 (HTLV-1) é o agente etiológico da
leucemia/linfoma de células T do adulto (ATLL) e da paraparesia espástica
tropical/mielopatia associada ao HTLV-1 (HAM/TSP), além de estar associado ao
desenvolvimento de patologias inflamatórias como artrite, uveíte e polimiosite. Uma
maior prevalência de doenças infecciosas, como estrongiloidíase, dermatite infectiva e
tuberculose, também tem sido descrita em indivíduos infectados pelo HTLV-1. O
aumento da morbimortalidade relacionada à associação entre HTLV-1 e tuberculose tem
sido evidenciado em diferentes países. O objetivo principal deste trabalho é realizar uma
revisão da literatura sobre a prevalência da associação entre a infecção pelo HTLV-1 e
tuberculose em diferentes localidades do mundo. Além disso, tem por objetivo
identificar os possíveis fatores de risco para esta associação. Para tal, foi realizada uma
revisão de literatura na base de dados PubMed/Medline, utilizando-se o termo “Human
T-Lymphotropic Virus-1 and Tuberculosis” (Vírus Linfotrópico da Célula T Humana
Tipo 1 e Tuberculose). Foram identificados sete estudos com abordagem central na coinfecção HTLV-1/tuberculose, enfatizando a sua prevalência. Apenas um dos estudos
revisados não mostrou associação entre o desenvolvimento de tuberculose e infecção
pelo HTLV-1. Todos os demais evidenciaram tal relação. No presente estudo, concluise que a prevalência da infecção pelo HTLV-1 é elevada em pacientes com tuberculose
em diferentes regiões do mundo. Além disso, tanto a infecção pelo HTLV-1, quanto
pela tuberculose, apresentam fatores de risco semelhantes, a exemplo de transfusão
sanguínea prévia, uso de droga e infecção pelo HIV.
Palavras-chave: Vírus linfotrópico da célula T humana tipo 1 (HTLV-1). Tuberculose.
Co-infecção. Prevalência. Infecção.
T¸TULO: Genética Molecular Dos Carcinomas Diferenciados Da Tireóide
ALUNO(A): Marianna Machado Oliveira
ORIENTADOR(A): Profa. Dra. Ana Cristina Carneiro dos Reis
RESUMO
Introdução: Os carcinomas diferenciados da tireóide (CDT): papilífero (CPT) e
folicular (CFT) representam os mais freqüentes carcinomas da tireóide e são derivados
da célula folicular. O diagnóstico citológico destas neoplasias apresenta algumas
dificuldades como, por exemplo: a diferenciação entre adenomas foliculares e
carcinomas foliculares, e a distinção entre variantes foliculares do carcinoma papilífero
da tireóide e outras condições proliferativas foliculares. A maioria dos CDT apresenta
bom prognóstico, porém alguns casos assumem características agressivas com invasão
local e metástase que pode levar a morte. Diante destes fatos, o estudo de alterações
moleculares presentes nos carcinomas diferenciados da tireóide pode representar uma
ferramenta diagnóstica e auxiliar numa melhor determinação no prognóstico destas
doenças. A tireóide fornece um modelo de estudo atrativo em genética molecular, pois
possui um grande número de lesões, epitélio homogêneo na organização e rotas
alternativas de progressão neoplásica que levam desde patologias benignas até
altamente malignas. O objetivo deste trabalho é descrever os principais genes
(fundamentados pela literatura) envolvidos no desenvolvimento dos CPT e CFT
buscando estabelecer relações com tipos histológicos variantes, fatores prognósticos e
fatores de risco. Foi feita uma busca bibliográfica nas bases de dados MEDLINE,
LILACS, SCIELO, PUBMED. Os artigos que atendia os critérios de inclusão foram
utilizados na revisão bibliográfica. Entre os carcinomas papilíferos foram estudados os
genes RET, NTRK, BRAF, e entre os foliculares os genes RAS, PTEN, PIK3CA e o
rearranjo PAX-8/PPARγ. Algumas relações mesmo que não definitivas foram
estabelecidas entre alguns genes e tipos histológicos e variantes, radiação, deficiência de
iodo, agressividade ou indolência. Portanto estes genes mostraram-se como importantes
para o aprimoramento do diagnóstico e prognóstico, além de alguns deles representarem
potencias alvos terapêuticos futuramente.
Palavras-chave: carcinomas diferenciados da tireóide; carcinoma papilífero da tireóide;
carcinoma folicular da tireóide; genética molecular; RET; NTRK; BRAF; RAS; PAX8/PPARγ; PTEN; PIK3CA.
T¸TULO: Características Clínicas Dos Pacientes Submetidos À Cintilografia
Miocárdica Em Serviço Ambulatorial
ALUNO(A): Maria Luisa Aguiar Rocha
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Mário de Seixas Rocha
RESUMO
Introdução:A Doença Arterial Coronariana caracteriza-se pelo estreitamento
progressivo das coronárias devido à presença de placas ateroscleróticas em suas
paredes. Tal processo altera a capacidade desses vasos em fornecer suficiente fluxo
sanguíneo ao músculo cardíaco, provocando lesões isquêmicas, que podem se
manifestar sob a forma de angina, infarto agudo do miocárdio ou morte súbita. A
incidência da doença clinicamente manifesta está relacionada à presença de fatores de
risco como hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia, obesidade, tabagismo e historia
familiar. A doença cardiovascular é responsável por uma proporção substancial de
mortes prematuras, tornando-se primordial a identificação dos indivíduos sob maior
risco de eventos cardiovasculares. Entre os vários métodos existentes para estratificação
da DAC pode-se destacar a Cintilografia Miocárdica. Objetivo: Caracterizar a
população de pacientes com suspeita de doença arterial coronariana avaliados em
serviço de medicina nuclear. Método: Estudo retrospectivo envolvendo 800 pacientes
submetidos à Cintilografia Miocárdica. Foram analisados os dados demográficos,
antropométricas e clínicos desses pacientes, assim como o laudo da fase de estresse
(tipo de estresse utilizado e condições de positividade) e da Cintilografia (número de
territórios afetados e grau de severidade). Os dados foram comparados usando-se o teste
do chi-quadrado para as variáveis discretas e teste t de Student não-pareado para as
variáveis contínuas (p<0,05 foi considerado estatisticamente significativo). Resultados:
Os fatores de risco identificados na população estudada foram: sexo masculino (51,6%),
média 61,4 anos, história familiar de doença aterosclerótica precoce (17,6%), passado
de tabagismo (4,5%), hipertensão arterial (63,9%), sedentarismo (82%), obesidade
(12,5%), dislipidemia (48,9%) e diabetes (20,3%).O teste de esforço foi positivo em
23,5% dos pacientes, quando utilizado Dipiridamol ocorreu positividade em 9,6% dos
pacientes e o exame de Cintilografia Miocárdica apresentou alterações isquêmicas em
22,9% da amostra. As variáveis identificadas como preditoras do diagnóstico de
isquemia miocárdica foram hipertensão, diabetes e obesidade. Conclusão: Observou-se
uma alta prevalência de fatores de risco na nossa amostra, bem como uma expressiva
prevalência, de isquemia miocárdica identificada no exame perfusional. Pacientes que
tiveram resultados alterados na modalidade estresse apresentaram maior severidade
isquêmica, quando esta era identificada a Cintilografia, sendo o estresse com
Dipiridamol positivo mais associado a Cintilografia também positiva.
Palavras-chave: DAC; fatores de risco cardiovascular; Cintilografia Miocárdica.
T¸TULO: Características Clínicas E Epidemiológicas Do Líquen Plano Bucal E Sua
Possível Associação com Fatores Psicológicos
ALUNO(A): Marcus Marcel M. B. De Oliveira
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Márcio Roberto de Freitas Souza
RESUMO
O Líquen Plano Bucal (LPB) é uma doença inflamatória crônica que pode atingir pele e
ou mucosas, especialmente a mucosa bucal. A doença é mais prevalente em mulheres de
meia-idade, entre 30-60 anos, do que em homens de diferentes faixas etárias, sendo
raramente encontrado em crianças. Apresenta etiologia incerta e prognóstico duvidoso
nos casos de LPB erosivo ou atrófico, sendo controverso na literatura o potencial de
transformação maligna das lesões de LPB. Fatores psicogênicos parecem possuir
relação com a etiologia da doença, no entanto, esta associação ainda permanece
controversa. Este trabalho tem como objetivo revisar na literatura existente artigos que
descrevam as principais características clínicas e epidemiológicas do LPB e sua
possível associação com fatores psicológicos considerando os níveis de ansiedade e
depressão presentes nos indivíduos. Com base na literatura revisada considera-se que a
maior parte dos casos diagnosticados de LPB foi em mulheres de meia idade, com
prevalência das formas reticular e erosiva. Certos distúrbios psicossomáticos podem ser
fatores subjacentes ao LPB, porém, uma correlação direta entre estes fatores
psicológicos e a doença permanece ainda pouco definida.
Palavras-chaves: Líquen Plano Bucal. Líquen Plano Oral. Fatores Psicológicos.
T¸TULO: Profilaxia Farmacológica De Tromboembolismo Venoso Profundo Em
Pacientes Submetidos À Artroplastia Total De Joelho
ALUNO(A): Marcello Verde Ragazzo Soares
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Marcelo Chalhoub
RESUMO
Introdução: A artroplastia total de joelho, é uma cirurgia que tem crescido
significativamente nos últimos anos devido a grande recuperação de funcionalidade
articular que é proporcionada. Porém, é um procedimento classificado como de alto
risco para o desenvolvimento de TVP/TEP, e os métodos profiláticos mais eficazes para
estas intercorrências ainda não estão bem descritos. Objetivo: Avaliar, a partir de
revisão de literatura, o fármaco mais eficaz na profilaxia da TVP em pacientes
submetidos à artroplastia total de joelho. Método: Foi realizada uma revisão de
literatura nas bases de dados Pubmed e Scielo, referente ao período entre 1998 e 2009.
Foram incluídos artigos dos últimos dez anos que abordassem a relação entre os temas
nas línguas português, inglês e espanhol, sendo excluídos os estudos nas demais línguas.
seis artigos do tipo ensaio clínico, duplo cego, foram selecionados. Os estudos foram
realizados comparadas duas drogas na prevenção do tromboembolismo venoso.
Resultados: O tratamento com inibidores diretos em diversos países. O número de
pacientes variou de 600 a 2.556. Em cada artigo foram do fator Xa obtiveram uma
menor freqüência de TEV que o tratamento com enoxaparina [redução do risco relativo
49% (95% CI, 35 a 61) P <0,001] em relação ao rivaroxaban e [redução de risco
relativo 55,2% [intervalo de confiança de 95, 36,2-70,2) P <0,001] em relação ao
fondaparinux. Em relação ao apixaban a redução de risco não foi significativa.
Comparando com o ximegalatran, a enoxaparina também apresentou maior freqüência
de TEV (redução de risco relativo 30%). Quando comparada à varfarina, a enoxaparina
se mostrou mais eficaz [redução de risco relativo 28.6% (CI, 11.1% to 43.1%) P =
0.003]. Conclusão: Com base nos estudos realizados, podemos concluir que a
enoxaparina se mostra menos eficaz que as drogas inibidoras diretas do fator Xa e que o
ximegalatran. Porém, se mostrou mais eficaz que a varfarina. No entanto, novos estudos
a respeito do assunto necessitam ser realizados, para existir mais material de
comparação entre duas drogas.
Palavras-chave: Artroplastia total de joelho; trombose venosa; enoxaparina; heparina
T¸TULO:
T¸TULO: Motivos De Internação Por Tuberculose No Brasil
ALUNO(A): Márdel Frederico Baqueiro Costa
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Adelmo de Souza Machado Neto.
RESUMO
A tuberculose é ainda nos dias de hoje um grande problema de Saúde Pública no Brasil
e no Mundo. Os dados de órgãos públicos mostram que ela continua com altas taxas de
incidência, prevalência e mortalidade. A doença é conhecida há muito tempo, mas
voltou a uma posição destacável após o advento da SIDA na década de 80. O seu
tratamento deve ser a nível ambulatorial através das DOT’s e o internamento hospitalar
está reservado àqueles casos em que o paciente não tem condições sócio-econômicas de
aderir à terapia ou em casos graves da doença. Diante de tal panorama, o presente
trabalho tem como objetivo primário identificar e descrever os motivos de internação
por tuberculose no Brasil através de uma revisão de literatura sobre o tema.
Secundariamente foi feita uma caracterização sócio-epidemiológica e clínica dos
pacientes relatando: a frequência de acordo com o sexo, a média de idade, a ocupação
ou grau de escolaridade, a presença de diagnóstico prévio de Tb, a origem destes
indivíduos, os métodos diagnósticos utilizados, a frequência das formas de tuberculose e
os motivos de alta, destacando-se os óbitos. Utilizando bancos de dados on-line foram
encontrados 10 artigos que preenchiam os critérios de inclusão: conter motivos de
internação ou comorbidades associadas em pacientes hospitalizados por tuberculose. Os
resultados mostraram que a tuberculose continua sendo uma doença multifatorial
predominante em pessoas pobres e em baixo status social. Como prova disso
destacaram-se o mau estado geral, a caquexia, as causas sociais e o alcoolismo. São
fatores de alta prevalência que agem independentemente, porém estão muitas vezes
associados no surgimento da doença. O alcoolismo, por exemplo, é mais comum em
pessoas pobres, leva à caquexia e acaba por debilitar o sistema imunológico
favorecendo o aparecimento da tuberculose. A insuficiência respiratória aguda não foi
tão prevalente, mas apresentou mortalidade de até 90% dos acometidos. A hemoptise é
outra situação grave que assusta os pacientes, mas felizmente eles apresentaram boa
resposta ao tratamento. Com relação ao HIV, ficou claro que esses pacientes estão mais
expostos às formas graves de TB e apresentam altas taxas de mortalidade quando
comparados aos indivíduos soronegativos. A avaliação dos objetivos secundários
mostrou que a doença é mais prevalente em indivíduos do sexo masculino em idade
economicamente ativa. A maioria dos indivíduos estava tendo o primeiro episódio de
tuberculose e teve a forma pulmonar da doença. Os métodos diagnósticos mais
utilizados foram os tradicionais (baciloscopia, RaioX e cultura). O tempo de internação
variou, sendo maior em pacientes tabagistas, usuários de drogas, caquéticos, em mau
estado geral e que apresentaram intolerância medicamentosa. Os óbitos variaram de
10.9% a 18.4% e a saída por alta médica de 9.8 a 70%. Portanto, tornam-se necessários
maiores investimentos do governo em equipamentos e formação multidisciplinar de
profissionais em todos os níveis de saúde para diagnóstico e tratamento da doença. É
preciso também uma maior atenção dos pesquisadores com os pacientes internados por
tuberculose dada a má distribuição regional e pouca quantidade de estudos obtidos.
Descritores: tuberculose, motivos, internação.
T¸TULO: Avaliação Do Perfil De Ácidos Graxos Do Leite De Coco, Azeite De Dendê
E Azeite De Oliva Após Aquecimento
ALUNO(A): Macelly Amorim Castro
ORIENTADOR(A): Profª. Drª. Ana Marice Ladeia
CO-ORIENTADOR(A): Drª Núbia Moura Ribeiro
RESUMO
Introdução: Hoje, sabe-se que dentre os fatores de risco para doenças cardiovasculares,
estão hipertensão arterial, diabetes melitos, dislipidemia, obesidade e alguns hábitos
relacionados ao estilo de vida, como dieta rica em calorias, gorduras saturadas,
colesterol e sal, bem como consumo de bebida alcoólica, tabagismo e sedentarismo. A
nutrição adequada pode alterar a incidência e a gravidade das coronariopatias, já que
populações com diferentes dietas apresentavam variações na mortalidade
cardiovascular. É conhecido que a ingestão em excesso de ácidos graxos saturados
pode aumentar os níveis séricos de triglicérides e LDL-c e que o aumento do consumo
de gordura associa-se à elevação da concentração plasmática de colesterol e à maior
incidência de aterosclerose coronária e aórtica, como também a obesidade. O Brasil se
caracteriza por diferenças regionais importantes em relação aos hábitos alimentares,
mas na maioria das regiões, a dieta do brasileiro, é rica em calorias e gorduras, e
insuficiente em vegetais, folhas e frutas. Objetivo: O presente estudo pretende analisar
o perfil de ácidos graxos do leite de coco, azeite de dendê e azeite de oliva submetidos a
diferentes tempos de aquecimento. Metódos: Trata-se de um estudo experimental de
intervenção, onde foram analisados um total de 18 amostras de leite de coco, azeite de
oliva e azeite de dendê, puros e misturados entre si, na forma in natura e aquecidos
pelos tempos de 5 e 20 minutos. Resultados: Foram encontradas diferenças
significativas (p<0,05) em todas as amostras analisadas, com exceção da amostra de
azeite de oliva. A maioria das alterações estão relacionados aos ácidos graxos
insaturados, que diminuíram de quantidade; e aos ácidos graxos saturados de cadeia
longa, que aumentaram em quantidade. Conclusão: O curto período de aquecimento
não provoca alterações no perfil de ácidos graxos do ponto de vista nutricional das
amostras analisadas.
Palavras chaves: Doenças Cardiovasculares; Ácidos Graxos; Leite de Coco; Azeite de
Oliva; Azeite de Dendê; Aquecimento de óleos.
T¸TULO: Diabetes Mellitus Tipo 2: É Possível Tratar Com Cirurgia Bariátrica?
ALUNO(A): Mariana Perazzo Santos
ORIENTADOR(A): Prof.ª Maria Conceição Galvão
RESUMO
Introdução: O diabetes mellitus tipo 2 é uma condição caracterizada pela redução da
sensibilidade dos tecidos alvos ao efeito metabólico da insulina, sendo descrita como
resistência insulínica. A prevalência da doença tem crescido com o passar dos anos,
embora continue sendo causas de elevada mortalidade e morbidade. A obesidade é o
fator preditor da ocorrência de diabetes em uma população, pois a resistência insulínica
está na sua base fisiopatológica. Estima-se que entre 80 a 90% dos indivíduos acometidos
por esta doença são obesos e o risco está diretamente associado ao aumento do índice de
massa corporal. O tratamento das co-morbidades da obesidade pode ser direcionado
utilizando abordagens especificas para cada componente ou focar na base fisiopatológica
da obesidade. Em pacientes com obesidade mórbida, o tratamento com a cirurgia
bariátrica tem mostrado eficácia em promover uma perda de peso significativa e de todas
as co-morbidades relacionadas a obesidade a que apresenta melhor reversão com a perda
de peso é o diabetes tipo 2.Objetivo: O objetivo desse trabalho é avaliar a efetividade da
cirurgia bariátrica no tratamento do diabetes mellitus tipo 2. Método: Foi realizada uma
revisão de literatura nas bases de dados Pubmed e Scielo, referente ao período entre 2002
e 2009, somente com um trabalho de 1992, devida sua importância. Foram incluídos
artigos dos últimos dez anos que abordassem a relação entre os temas nas línguas
português, inglês e espanhol, sendo excluídos os estudos nas demais línguas.
Resultados: Onze artigos do tipo Coorte, prospectivo e retrospectivo, foram
selecionados. Os estudos foram realizados em diversos países. O número de pacientes
variou de 10 a 4047. O tempo médio de acompanhamento variou bastante sendo de 1 mês
a 120 meses. Em todos os estudos a cirurgia do bypass gástrico produziu uma redução do
IMC significativa e rápida e foi acompanhada por uma melhora acentuada de todas as comorbidades relacionadas à obesidade. A perda de peso oscilou de 23,4% a 68,3% e a
resolução do diabetes oscilou em 36% a 100%. O sucesso da cirurgia bariátrica,
evidenciado em diversos estudos, promove o aumento da longevidade desses pacientes.
A resolução do diabetes muitas vezes foi observada logo após a cirurgia bariátrica, antes
mesmo da perda excessiva de peso. No entanto, todo procedimento cirúrgico tem seu
risco e deve ser bem analisado para cada paciente individualmente. A cirurgia bariátrica
tem um efeito muito importante no tratamento da diabetes mellitus tipo 2, mas devemos
estar atentos nos critérios de seleção do paciente.Conclusão: A partir desse estudo
podemos concluir que a cirurgia bariátrica é uma forma efetiva de perda de peso rápida e
sustentada. Além da perda de peso eficaz alcançada com a cirurgia, pacientes submetidos
a esse procedimento tem uma melhoria substancial em suas co-morbidades,
principalmente no metabolismo glicêmico, normalizando a tolerância à glicose.
Palavras-chave: Diabetes mellitus tipo 2; cirurgia bariátrica, perda de peso.
T¸TULO:
T¸TULO: A Eficácia Da Cirurgia Bariátrica Na Resolução Da Síndrome Metabólica
ALUNO(A): Matheus de Araújo Silva Barretto
ORIENTADOR(A): Dr. João Eduardo Marques Tavares de Menezes Ettinger
RESUMO
Introdução: A síndrome metabólica (SM) pode ser definida como uma desordem
metabólica cujos resultados advêm do aumento da prevalência da obesidade. Há pouco
mais de duas décadas, houve um aumento significativo do número de pessoas com
predisposição para complicações cardiovasculares como infarto agudo do miocárdio,
insuficiência cardíaca, doença arterial coronariana, e acidente vascular cerebral. A
OMS, então, organizou critérios (obesidade central, hipertrigliceridemia, HDL-c baixo,
hipertensão e hiperglicemia) que, em conjunto, determinam a SM. A obesidade é um
fator desencadeante em diversas patologias metabólicas. Ela, além de ser um dos
critérios da SM, é também fator de risco para outros critérios desta síndrome, como a
hipertensão arterial sistêmica, a dislipidemia e a diabetes mellitus tipo 2. Sendo, então,
fator causal de co-morbidades da SM, é evidente ressaltar a importância do seu
tratamento no intuito de prevenir esses distúrbios metabólicos. Objetivo: O presente
estudo tem como objetivo avaliar a eficácia da cirurgia bariátrica na resolução da
síndrome metabólica. Materiais e métodos: Realizada revisão bibliográfica através da
literatura eletrônica. Resultados: A porcentagem média da resolução da SM ficou em
aproximadamente 75%. Conclusão: A cirurgia bariátrica é um método eficaz de se
obter a cura da SM em pacientes obesos mórbidos, porém, mais estudos são necessários
para que se possa indicar a cirurgia bariátrica como tratamento específico do DM tipo 2.
Palavras-chaves: Síndrome metabólica, obesidade mórbida, cirurgia bariátrica.
T¸TULO: Fatores Que Determinam O Abandono Do Tratamento Antitabágico
ALUNO(A): Manoel Martins Gomes Neto
ORIENTADOR(A): Prof.° Dr. Adelmo de Souza Machado Neto
RESUMO
Introdução: O tabagismo é classificado pela OMS como dependência de nicotina,
sendo incluído no grupo de transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso
de substâncias psicoativas. A avaliação do grau de dependência pode ser feita através do
Teste à dependência de nicotina de Fagerström. 1,2 bilhões de pessoas fumam por todo
o mundo, o que representa cerca de 1/3 da população adulta do planeta, sendo que podese colocar essas pessoas como portadoras de fatores de risco para várias doenças
relacionadas ao tabaco, como as doenças cardiovasculares (infarto e angina), vários
tipos de Câncer e as doenças obstrutivas crônicas como enfisema e bronquite. Além
disso, o tabagismo é uma das principais causas de morte evitável no mundo. Porém, já
existem tratamentos eficazes contra esta doença, destacando-se a reposição nicotínica, a
bupropiona e a vareniclina como medicamentos de primeira linha, que aplicados de
maneira correta podem melhorar a qualidade de vida das pessoas tratadas em pouco
tempo e até curá-los da dependência à nicotina em um tempo médio de três meses.
Objetivo: Identificar os fatores que determinam o abandono do tratamento de primeira
linha contra o tabagismo. Método: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de
dados Pubmed, Scielo, Medline e Lilacs que foram publicados nos últimos 15 anos.
Foram incluídos que abordassem a relação entre os temas nas línguas português, inglês
e espanhol, sendo excluídos os estudos nas demais línguas. Resultados: Foram
selecionados 5 artigos do tipo Coorte, realizados em vários países. O número de
pacientes variou de 100 à 1025 e todos fizeram o acompanhamento dos pacientes por
pelo menos 12 semanas, com exceção daqueles que não compareceram para as
consultas. Os pacientes em todos os estudos apresentaram-se com uma média de idade
na quinta década de vida, com prevalência de mulheres na maioria dos estudos. Grande
parte dos pacientes que abandonaram o tratamento teve como causa a quebra de
protocolo ou motivo desconhecido. Os efeitos adversos e a dependência grave à nicotina
foram os fatores conhecidos que mais ocasionaram no abandono de tratamento.
Somente um estudo relacionou o gênero como fator de abandono para o tratamento,
mostrando uma maior aderência ao tratamento pelas mulheres. Outros fatores
relacionados como preditor de abandono foram idade, comorbidades e sintomas da
síndrome de abstinência. Nenhum estudo demonstrou relação entre ganho de peso com
o abandono do tratamento. Conclusão: Há evidência de que os tratamentos contra o
tabagismo existentes são eficazes e podem trazer vários benefícios para a sociedade em
geral, porém os indivíduos que participaram dos estudos, em sua maioria, estão
motivados a parar de fumar, o que não representa a população geral de fumantes,
mostrando que ainda há muito a ser feito e estudado em relação a este assunto. Faz-se
necessário, portanto, a realização de pesquisas mais aprofundadas e com graus de
evidências melhores, para que se possa fazer programas de combate e prevenção ao
tabagismo mais eficazes, abordando o tempo de tratamento ideal e como torna-lo mais
agradável e seguro para os pacientes, tornando-o cada vez mais eficaz.
Palavras-chave: Tabagismo, tratamento, abandono do tratamento, bupropiona,
reposição nicotínica, vareniclina.
T¸TULO: Avaliação De Conhecimentos Sobre A Depressão Da Perspectiva De
Estudantes De Medicina Da Escola Bahiana De Medicina E Saúde Pública
ALUNO(A): Naiane Ribeiro Lomes
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. José Queiroz
RESUMO
Introdução: A depressão é um transtorno psiquiátrico caracterizado por humor triste,
que pode cursar com sintomas mentais e somáticos, sendo um fator de morbidade
importante, além de ser uma das principais causas de suicídio. Sua prevalência entre os
estudantes de medicina é igual ou maior que a da população geral; e como consequencia
natural, ocorre o aumento do risco de suicídio entre os acadêmicos de medicina. Tais
tendências parecem resultar de particularidades deste grupo como, por exemplo, o
despreparo em lidar com o sofrimento do paciente, que pode estar relacionado com a
metodologia do processo ensino/aprendizagem utilizada pelas escolas médicas. Com
este panorama social, cabe avaliar se os estudantes de medicina estão capacitados a
perceber e diagnosticar esta doença, que possui significativo impacto social. Objetivo:
Avaliar o conhecimento dos estudantes de medicina da Escola Bahiana de Medicina e
Saúde Pública (EBMSP) sobre depressão. Materiais e Métodos: O estudo é do tipo
transversal descritivo. A amostra é de conveniência, composta de 117 estudantes de
medicina da EBMSP. O instrumento utilizado, o questionário da Organização
Panamericana de Saúde/ Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS) “Conhecimento
Sobre Depressão” adaptado pelos pesquisadores; além de questões abertas adicionais.
Resultados: Os alunos apresentam um conhecimento adequado sobre depressão.
Entretanto, eles demonstraram dificuldades na comunicação com o paciente depressivo.
Conclusão: Apesar do conhecimento adequado sobre depressão, uma dificuldade no
diálogo com o paciente pode comprometer o tratamento do mesmo.
Palavras-chave: depressão, estudantes de medicina, conhecimento.
T¸TULO:
T¸TULO: Custos De Hospitalizações Por Asma No Sistema Único De Saúde No
Período De 1998 A 2008
ALUNO(A): Tatiane Amaral Pan
ORIENTADOR(A): Profª. Drª Dione Machado
RESUMO
Introdução: A prevalência da asma está aumentando tanto nos países desenvolvidos
como naqueles em desenvolvimento, afetando pessoas de todas as idades, raças e
grupos étnicos. Com o aumento crescente da prevalência da asma, sobem os custos
para pacientes e suas famílias, bem como para os sistemas de saúde pública, privada
e para a sociedade como um todo. Como nos países em desenvolvimento o
orçamento público para saúde costuma ser restrito, atualmente a decisão de
aplicação dos recursos para doenças ou programas de controle ou prevenção
constitui um desafio. Assim, cada vez mais, é necessário que as escolhas de
alternativas em intervenções de saúde sejam feitas baseadas em avaliações
econômicas que envolvam custo e efetividade. Objetivo: Identificar custos com
hospitalizações por asma nas principais capitais do Brasil no SUS durante o período
de 1998 a 2008. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de medida agregada
e de caráter temporal. Foram identificadas no sítio do DATASUS as informações
sobre o número de hospitalizações, dias de permanência, média de permanência,
valor total e valor médio das hospitalizações por local de residência, segundo
registros do DATASUS de acordo com a Classificação Internacional das Doenças
capítulo 10 (CID-10) nas cidades de Brasília, Manaus, Porto Alegre, Salvador e São
Paulo no período de 1998 a 2008. Os dados coletados foram processados em
Microsoft Office Excel 2007. Foi realizada análise descritiva das variáveis
referentes aos custos das hospitalizações por asma e as freqüências de
hospitalizações foram convertidas em taxas de hospitalização específica por asma e
por 100.000 habitantes. Resultados: As hospitalizações por asma nestas cidades
custaram para os cofres públicos R$56.204.132,78 com 155.918 hospitalizações.
Comparando-se os custos dos anos de 1998 a 2008, três cidades, Manaus, Porto
Alegre e Salvador, diminuíram seus custos e duas, Brasília e São Paulo, tiveram
seus custos aumentados. As taxas de hospitalizações tiveram tendências também
diferentes, caindo nas cidades de Brasília, Porto Alegre e Salvador e elevando-se nas
cidades de Manaus e São Paulo. Os custos médios e a média de dias por
hospitalização apresentaram-se semelhantes entre as capitais. Os custos médios
variaram entre R$402,58 (+ 81,27) em Porto Alegre a R$332,44 (+ 59,55) em
Brasília. Já o tempo médio das hospitalizações variou entre 4,27 (+ 0,27) dias em
Porto Alegre a 3,39 (+ 0,88) dias em Manaus. Conclusões: A asma representa
elevados custos para os sistemas de saúde sendo a implantação de programas de
controle uma importante política de saúde pública com muitos resultados positivos.
Palavras chaves: Asma; hospitalizações; custos; programas de controle.
T¸TULO: Avaliação Da Qualidade De Vida Em Pacientes Asmáticos Com Diagnóstico
De Depressão Associado
ALUNO(A): Tatiane Costa Camurugy
ORIENTADOR(A): Prof. Ieda Maria Aleluia Barbosa
RESUMO
Introdução: A asma brônquica caracteriza-se por ser uma síndrome inflamatória
crônica das vias aéreas que se expressa por episódios recorrentes de dispnéia, dor
torácica, sibilos e tosses de intensidades variáveis. Esta síndrome tem uma elevada
prevalência mundial, afetando 7-15% dos indivíduos. No Brasil o número de asmáticos
é estimado em mais de 10 milhões de todas as idades, o que traduz uma tendência ao
crescimento de morbi-mortalidades no país. Apenas a depressão, segundo alguns
estudos, teria impacto negativo significante sobre a qualidade de vida. Objetivo:
Avaliar a qualidade de vida em pacientes asmáticos com diagnóstico de depressão em
serviço de referência na cidade de Salvador. Metodologia: A pesquisa se desenvolveu
de dezembro de 2008 a julho de 2009, a partir de entrevistas com dois questionários:
Beck e Juniper adaptado. Em uma avaliação descritiva observacional, foram
entrevistados pacientes com asma grave a fim de se perceber a prevalência da
depressão, e assim avaliar nestes a qualidade de vida. Foram incluídos no estudo os
pacientes que concordaram em participar e assinaram o Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação
Bahiana para Desenvolvimento das Ciências. Resultados: A amostra foi de 72
pacientes com critérios de asma grave inscritos no Programa de Controla da Asma na
Bahia (ProAr). A idade média apresentada foi de 52 anos. A amostra é composta por
86,7% de sexo feminino. Dos 72 pacientes, 41,7% apresentaram algum grau de
depressão, sendo 30,5% do total da amostra apresentando depressão moderada e grave.
A média do escore global de limitação da qualidade de vida dos pacientes sem
depressão é de 34%. Nos pacientes com depressão, o escore global é de 51%, tendo
maior comprometimento psicossocial (61,5%). Conclusão: A asma no Brasil e suas
morbidades associadas trazem para o sistema de saúde um elevado custo tanto direto
como indireto, como aumento da procura em pronto-socorros, hospitalizações, consultas
médicas, absenteísmo escolar e do trabalho. Além do custo social, tem-se o custo
psíquico pela qualidade de vida prejudicada. Verificou-se 41,7% de associação,
contrastando com a média de depressão geral da população de 3% e da média de
depressão da população atendida por algum serviço de saúde de 10%. Nota-se ainda que
há um prejuízo considerável na qualidade de vida dos pacientes asmáticos graves. E
quanto mais grave é a limitação da qualidade de vida, maior é o acometimento do item
psicossocial.
T¸TULO: Alterações Neurocomportamentais Na Exposição Ao Chumbo Inorgânico
ALUNO(A): Thiago Pereira Belo
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Ademário Galvão Spinola
RESUMO
Introdução: O chumbo constitui um metal pesado abundante na crosta terrestre, que
impõe grave ameaça à saúde. Os efeitos biológicos à sua exposição compreendem
efeitos
neurológicos,
hematológicos,
endocrinológicos,
renais,
reprodutivos,
gastrintestinais, entre outros. Nos últimos anos, atenção especial tem sido dada aos
estudos epidemiológicos direcionados para os possíveis efeitos neurotóxicos do chumbo
nas crianças, especialmente naquelas com desvios de comportamento. O presente
trabalho tem como objetivo avaliar as possíveis alterações subclínicas com destaque
para as neurocomportamentais decorrentes da exposição ao chumbo inorgânico.
Material e métodos: Foi realizada uma revisão de literatura na Base de Dados Pubmed,
Bireme, Scielo e Medline, referente aos anos de 1996 a 2009. Resultados e discussão:
Onze artigos foram identificados, entre estudos transversais, estudos de coorte e estudo
caso-controle. Dentre as alterações neurocomportamentais estudadas, a alteração do
humor,
QI,
memória,
coordenação
motora,
depressão,
comportamento
anti-
social/delinqüente, déficit de atenção apresentaram-se consistentemente associados com
a intoxicação por chumbo, enquanto que a gravidade das alterações de linguagem não
foi correlacionada com o nível de chumbo. A exposição ao chumbo está associada a
risco aumentado para alterações neurocomportamentais. As evidências são insuficientes
para o variável desenvolvimento de linguagem. Apesar da não correlação, não se pode
deixar de apontar a contaminação pelo chumbo como um fator de risco.
Palavras-chave: Chumbo. Toxicologia. Efeitos neurocomportamentais. Lead.
T¸TULO: Custos De Hospitalizações Por Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica No
Sistema Único De Saúde No Período De 1998 A 2008
ALUNO(A): Thaís Ximenes Farias
ORIENTADOR(A): Profa Dra Dione Machado
RESUMO
Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é causa importante de
morbimortalidade em todo o mundo. A utilização de recursos de saúde é importante
desfecho clínico desta doença. No Brasil, é responsável por número significativo de
hospitalizações e custos elevados na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivo:
Identificar custos de hospitalizações por DPOC, no SUS, em importantes cidades
brasileiras no período de 1998 a 2008. Além disso, objetiva identificar frequência e
tempo médio destas hospitalizações. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo de
medida agregada e caráter temporal. Foram utilizados dados secundários do Sistema de
Informações Hospitalares (SIH) pelo SUS. Foram coletadas informações sobre número,
dias e média de permanência, custos totais e médios das hospitalizações por local de
residência, de acordo com a Classificação Internacional das Doenças capítulo 10 (CID10), nas cidades de Brasília, Manaus, Salvador, São Paulo e Porto Alegre. Resultados:
Foram gastos no total R$ 51.322.329,73 e registradas 76.641 hospitalizações por DPOC
na série histórica analisada. Maior número de hospitalizações e maior custo total
ocorreram em São Paulo. O menor número de hospitalizações, o maior tempo de
permanência e custo médio foram verificados em Salvador. A taxa de hospitalização
mais significativa foi identificada em Porto Alegre, com tendência de declínio ao longo
dos anos. Conclusões: Os dados obtidos neste trabalho confirmam o elevado impacto
econômico que as hospitalizações por DPOC determinam no SUS, sendo evidenciadas
diferenças importantes entre as cidades estudadas. O aprofundamento dos achados do
presente estudo poderá ser benéfico para a definição de estratégias de intervenção
apropriadas às diferenças regionais, bem como para ações de planejamento, gestão e
avaliação de políticas de assistência médico-hospitalar no domínio do SUS.
Palavras-chave: DPOC. Custos. Hospitalizações.
T¸TULO: Eventos Adversos De Faringo-Laringe Em Asmáticos Graves Em Uso De
Corticosteróides Inalatórios Em Um Centro De Referência De Salvador
ALUNO(A): Thamy Cristine Santana Marques
ORIENTADOR(A): Dr. Adelmir Souza-Machado
RESUMO
Introdução: Os corticosteróides inalatórios (CIs) representam, atualmente, a estratégia
terapêutica mais efetiva no controle da asma. Apesar da aparente segurança, os CIs são
apontados como causa de reações adversas locais e sistêmicas. Estudos mostram uma
parcela de 5 a 10 % da população tratada com CI sendo acometida por eventos adversos
locais que podem interferir diretamente na adesão ao tratamento, no controle e
morbidade da asma e, consequentemente, na qualidade de vida do paciente. Objetivo:
Caracterizar os eventos adversos de faringo-laringe associados ao uso de CI em
asmáticos graves. Materiais e métodos: Estudo de corte transversal com amostra
conveniência de pacientes que freqüentaram o Programa para o controle da Asma na
Bahia (ProAR). As informações foram obtidas por entrevistas realizadas através de
questionário estruturado contendo informações sobre dose e tempo de uso do CI, em
seguida foi realizado um exame físico de orofaringe em busca de sinais sugestivos de
faringite, gengivite, afta, dermatite perioral, candidíase oral e disfonia. Os CIs utilizados
foram budesonida e beclometasona sendo consideradas doses intermediárias entre 400 e
800 µg e altas doses acima de 800 µg. Resultados: Dos eventos adversos pesquisados,
sinais sugestivos de faringite foram encontrados em 69 (47,9%) pacientes, gengivite
em 18 (12,5%), candidíase em 12 (8,3%) , afta em 7 (4,9%), e disfonia em 4 (2,8%)
pacientes. Nenhum apresentou dermatite perioral. Conclusão: Este estudo confirma a
elevada freqüência de eventos adversos de orofaringe, em especial a faringite e
gengivite, em pacientes asmáticos graves que fazem uso prolongado de CI.
Palavras- chave: eventos adversos; orofaringe; corticóide inalatório; asmáticos graves.
T¸TULO: Perfil Epidemiológico Da Dengue No Município De Itabuna: 2000 A Junho
De 2009
ALUNO(A): Thaíse Borges Britto De Souza
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Juarez Dias.
RESUMO
Introdução: A dengue é uma doença infecciosa aguda causada por RNA vírus e
transmitida ao homem através da picada do mosquito fêmea do gênero Aedes, em
especial o Aedes aegypti. Trata-se de uma infecção re-emergente típica dos trópicos que
vem preocupando autoridades sanitárias de todo o mundo devido ao seu elevado grau de
morbi-mortalidade. No Brasil, a primeira grande epidemia ocorreu em 1981 em
Roraima, e a partir de então, vêm sendo registradas sucessivas ondas epidêmicas em
quase todos os Estados da Federação. A primeira epidemia de dengue, na Bahia, foi
verificada em 1987, na região da Chapada Diamantina e posteriormente no extremo sul,
se estendendo para outros municípios pelas principais estradas do Estado. Em Itabuna,
importante cidade do sul baiano, a dengue permanece provocando graves epidemias,
notadamente no primeiro semestre de 2009, quando houve um aumento significativo no
número de casos com o surgimento de formas graves e óbitos. Objetivo: Descrever o
perfil epidemiológico dos casos notificados de dengue no município de Itabuna no
período de 2000 a junho de 2009. Material e métodos: Foram utilizados como fonte de
dados os registros oficiais do Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN), do Programa de Febre Amarela e Dengue (FAD), do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) e do Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEC). As
variáveis: sexo, faixa etária, bairro de residência e ano de ocorrência foram analisadas
segundo sua freqüência, distribuição e incidência. Todas as análises foram executadas
no Programa Excel e no pacote estatístico Epi-info versão Windows, 3.4.3. Resultados:
No município de Itabuna, entre janeiro de 2000 a junho de 2009, foram notificados
31.290 casos de dengue, 8,5% do total do Estado. Analisando-se a curva da dengue,
observa-se a ocorrência da doença em todos os anos estudados, com duas alças
epidêmicas nos anos de 2003, com 5.811 doentes e Taxa de Incidência de
2.902,80/100.000 habitantes, oito vezes maior que o do Estado naquele ano e, em 2009,
quando atingiu 15.197 indivíduos e apresentou Taxa de Incidência de 7.095,58/100.000
habitantes, valor quase doze vezes maior que o da Bahia. O IIP/LIRA médio encontrado
foi de 8,8%, com variação de 2,21% a 21,24%. As maiores freqüências dos casos
ocorreram nos meses de janeiro a abril, coincidindo com as maiores médias de
precipitações pluviométricas mensais registradas no período. O bairro de Fátima
apresentou 2.382 notificações, representando o de maior número de casos registrados no
período analisado. O sexo feminino foi responsável por 54% das notificações da doença
e a maior média de incidência ocorreu entre indivíduos de 20-39 anos. As formas graves
da dengue aumentaram significativamente no primeiro semestre de 2009, com 92 casos
confirmados, sendo que 58 deles ocorreram entre indivíduos de 5-14 anos. Discussão:
A dengue continua sendo um grave problema de saúde pública em Itabuna, cuja
situação agrava-se pela circulação concomitante de três sorotipos virais, bem como
pelos elevados níveis de infestação do Aedes Aegypti, que aumentam o risco de novas
epidemias, inclusive com formas graves da doença.
Palavras-chaves: Dengue, Aedes Aegypti, Epidemia, Itabuna.
T¸TULO:
Estigma E Pacientes Psicóticos
Perfil Das Atitudes Dos Estudantes De Medicina
ALUNO(A): Katarine Carvalho Caetano
ORIENTADOR(A): Prof. Dra. Manuela Garcia Lima
RESUMO
Introdução: O estigma corresponde a uma imagem estereotipada criada, condenada e
difundida pela sociedade fazendo com que a pessoa seja reconhecida apenas por um
rótulo negativo e não como um ser humano integral. Esse estigma em relação aos
pacientes psicóticos não se restringe somente à população em geral, mas também à
classe médica o que prejudica o tratamento de qualidade desses pacientes. Objetivos:
Avaliar o grau de estigma entre os estudantes da EBMSP e comparar esse estigma antes
e após passarem por treinamento em psiquiatria. Método: Foi aplicado aos estudantes do
5º semestre (sem nenhum treinamento em saúde mental) e aos estudantes do 7º semestre
( ao iniciar e após concluir o curso de Psiquiatria) um questionário contendo dados
sociodemográficos e mitos sobre a esquizofrenia com os quais os estudantes deveriam
concordar ou não. Resultados: Um total de 126 estudantes participou do estudo.
Mudanças favoráveis foram obtidas nos itens “Esquizofrênicos podem machucar
crianças” e “Devem ser mantidos numa enfermaria apropriada no hospital geral”.
Além disso, foi aplicado o questionário a 70 alunos no início do curso de psiquiatria no
7º semestre e observou-se que após o primeiro contato com saúde mental que eles tinha
tido ao longo do terceiro ano havia um grande receio em examinar esses pacientes, o
que foi reduzido significativamente após o curso de Psiquiatria. Outro achado foi que os
estudantes após o curso passaram a acreditar menos na possibilidade de recuperação dos
pacientes psicóticos. Não houve diferença significativa entre os sexos e a presença de
doença mental na família em relação ao estigma, sendo apenas um pouco maior no sexo
feminino e naqueles com patologia familiar presente. Discussão: Foi constatado nesse
estudo um baixo estigma em relação aos mitos que pacientes psicóticos não podem
trabalhar e que devem ser mantidos em hospitais, mostrando que os conceitos da
Reforma Psiquiátrica vêm sendo bem assimilados pelos atuais estudantes de Medicina.
Concluiu-se que o contato é importante para redução do estigma, mas dependendo da
forma como ele é realizado pode gerar a o efeito contrário. Conclusão: É necessário que
o curso de Medicina disponha mais tempo para o treinamento em Psiquiatria e estimule
os estudantes a participarem de programas anti-estigma durante a graduação para que
assim seja reduzido o preconceito na classe médica proporcionando um tratamento de
qualidade aos pacientes psicóticos.
Palavras chave: Estigma. Estudantes de Medicina. Pacientes psicóticos. Esquizofrenia
T¸TULO: Complicações Presentes Nas Cirurgias Refrativas (Lasik E Prk) Para
Correção Das Ametropias
ALUNO(A): Kaethe Tosta Ribas
ORIENTADOR(A): Profª. Drª. Lívia Nossa
RESUMO
Introdução: As ametropias são erros refrativos decorrentes da não convergência dos
raios refratados na retina, sendo a miopia, hipermetropia e astigmatismo consideradas as
principais ametropias existentes. As opções mais comumente utilizadas para a correção
da ametropias são os óculos e as lentes de contato rígidas e gelatinosas. Atualmente, a
cirurgia para a correção de ametropias é um dos procedimentos mais realizados pelos
oftalmologistas e que tem como objetivo atenuar ou eliminar os erros de refração. Entre
estes, destacam-se o Photorefractive Keratectomy (PRK) e o Laser Assisted in Situ
Keratomileusis (LASIK). Objetivo: Revisar quais complicações estão presentes nas
cirurgias de “Excimer Laser” (PRK e LASIK) para correção de erros refrativos.
Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica sistemática da literatura,
através de uma pesquisa criteriosa no banco de dados MEDLINE, busca na Internet,
pesquisa em livros e questionamentos a especialistas no assunto. Os artigo selecionados
devem estar escritos em inglês, português ou espanhol, publicados entre o período de
1996-2009. Resultado: Foram incluídos 9 artigos neste estudo. A amostra variou de 13
a 1.124 pacientes, chegando a um total de 1.465 olhos. Dois dos 9 artigos abordaram
sobre alterações lacrimais e sensibilidade tátil, três artigos sobre ectasia corneana, um
artigo sobre infecção, um artigo sobre retratamento após LASIK e dois artigos sobre
complicações no flap. Conclusão: Pode-se concluir que, as complicações presentes nas
cirurgias refrativas (LASIK e PRK) são: alterações no filme lacrimal, alteração da
sensibilidade tátil, ectasia corneana, infecção, necessidade de retratamento cirúrgico,
perfuração do flap e flap incompleto.
Palavras-chaves: ametropia; cirurgia refrativa; complicações das cirurgias refrativas.
T¸TULO: Fatores De Risco Associados À Infecção Em Fraturas Expostas De Tíbia.
ALUNO(A): Rômulo Neves Castro Filho
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Marcos Almeida Mattos
RESUMO
Introdução: As fraturas expostas são umas das verdadeiras emergências ortopédicas.
Neste grupo as exposições ósseas de tíbia em particular representam desafios ainda
maiores dado aos seus maiores níveis de infecção. É grande no meio científico a busca
por fatores prognósticos que auxiliem na terapêutica destas lesões. O objetivo do
presente trabalho é definir os fatores de risco associados à infecção em fraturas expostas
de tíbia. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo de prontuários
em um Hospital público no estado da Bahia no período de março a setembro de 2009.
Foram pesquisadas características sócio-demográficas, tipo de acidente causador da
fratura, tempo decorrido entre o trauma e a abordagem cirúrgica, fixação utilizada no
tratamento cirúrgico e classificações das fraturas. Os dados obtidos foram utilizados
para fins de análise descritiva e estatística no sentido da correlação das variáveis com os
níveis de infecção. Resultados: O estudo contou com uma amostra final de 50
pacientes, predominantemente de homens, solteiros, entre a 3ª e 4ª décadas de vida e
provenientes de Salvador. O tipo mais comum de acidente foi relacionado ao
motociclismo e o tempo médio entre o trauma e a abordagem cirúrgica foi de 22,5
horas. Os fatores de risco associados à infecção encontrados no estudo foram
proveniência do interior do estado, abordagem cirúrgica com mais de 24 horas, tipos
IIIB e IIIC de Gustillo e graus III e IV de Tscherne. Conclusão: Faz-se necessária uma
reavaliação do sistema regulatório em saúde no estado da Bahia e uma maior
distribuição de centros referência no interior do estado. As classificações de Gustillo e
Tscherne mostram-se como boas sistemáticas na avaliação de fatores prognósticos de
infecção. O tratamento cirúrgico das exposições ósseas de tíbia deve ser realizado o
mais breve possível.
Palavras chaves: Fraturas expostas; Tíbia; infecções
T¸TULO: Benefícios Da Utilização Da Hipotermia Terapêutica Após Parada
Cardiorrespiratória Em Adultos
ALUNO(A): Mayana Silva Cisneiros
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Júlio César Vieira Braga
RESUMO
Introdução: A hipotermia terapêutica (HT) define-se por redução induzida/controlada
da temperatura corporal a níveis anormais. É classificada em leve (entre 32ºC e 34ºC),
moderada (entre 32ºC e 28ºC) e profunda (abaixo de 28ºC). Iniciadas em 1950, as
pesquisas eram ciclicamente abandonadas e retomadas devido aos resultados
promissores associados, porém, a efeitos adversos frequentes. Após 1987, comprovouse os benefícios da HT no prognóstico neurológico de vítimas de parada
cardiorrespiratória (PCR). Apesar destes resultados, a hipotermia não é amplamente
utilizada na prática clínica. Objetivos: Analisar os benefícios neurológicos da utilização
da HT pós-PCR. Secundariamente, descrever a frequência de utilização da HT e avaliar
as técnicas de resfriamento, vendo qual é a mais utilizada e eficiente. Métodos: Revisão
bibliográfica não sistemática feita a partir de trabalhos sobre HT pós-PCR, publicados
entre 2000 e 2009, retirados das bases de dados da SciELO, LILACS, PUBMED e
MEDLINE. Os critérios de exclusão foram baseados na língua de escrita dos trabalhos e
no seu tema específico, sendo excluídos aqueles que relatam outra aplicação clínica da
hipotermia que não PCR. Resultados: Dois grandes ensaios clínicos mostraram
resultados benéficos. No primeiro, 55% dos pacientes submetidos à hipotermia tiveram
evolução neurológica satisfatória em 6 meses, comparando com 39% do grupo da
normotermia. A mortalidade foi menor no grupo da hipotermia (41%) em relação à
normotermia (55%). No segundo estudo, houve resultados semelhantes: 49% dos
pacientes submetidos à hipotermia tiveram bons resultados neurológicos, comparados
aos 26% do grupo normotérmico. Apesar disto, a diferença na mortalidade não foi
estatisticamente significante. Outros estudos menores mostraram dados semelhantes.
Viu-se que as técnicas externas são práticas e baratas, porém as invasivas resfriam mais
rápido. Os principais motivos que impedem a ampla difusão da HT são: dados
considerados insuficientes pelos médicos, dificuldade de aplicação das técnicas de
resfriamento e risco de efeitos adversos do procedimento. Discussão: São vários os
mecanismos de ação da hipotermia que resultam em proteção neurológica. Há
diminuição do consumo cerebral de oxigênio, bem como outros fatores químicos e
físicos envolvidos. Os outros sistemas do corpo também sofrem alterações, pois o
resfriamento é global. Os estudos comprovam os benefícios da HT em pacientes
comatosos vítimas de PCR extra-hospitalar cujo ritmo inicial foi fibrilação ventricular
(FV), e é recomendada pelo ILCOR. Sugerem que pode ser benéfica em pacientes com
outros ritmos, hipotensos ou em choque. As técnicas mais estudadas – as externas,
infusão de solução gelada, resfriamento endovascular e resfriamento extracorpóreo –
mostraram ser seguras e eficazes. Ao se definir qual delas é melhor, mais efetiva e
viável economicamente e se implantar um protocolo, o uso da hipotermia
provavelmente crescerá, principalmente porque já é recomendada pelo ILCOR.
Conclusão: A hipotermia é benéfica e deve ser utilizada em pacientes comatosos
vítimas de PCR em FV extra-hospitalar, podendo ainda haver benefícios em outros
ritmos. Mais estudos são necessários para definir a melhor técnica de resfriamento e
estabelecer protocolos, o que pode ampliar a utilização da hipotermia no mundo.
Palavras-chave: “therapeutic hypothermia”, “cardiac arrest” e “induced hypothermia”.
T¸TULO: Modalidade De Terapia Renal Substitutiva Como Preditora De Depressão
ALUNO(A): José Andrade Moura Neto
ORIENTADOR(A): Profª. José Andrade Moura Júnior
RESUMO
Introdução: A Doença Renal Crônica atinge milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Em
seus estágios terminais, os pacientes necessitam de Terapia Renal Substitutiva (TRS). A escolha
do método mais adequado, hemodiálise (HD) ou diálise peritoneal (DP), nem sempre é baseado
em critérios objetivos. Os pacientes em diálise são submetidos a inúmeras pressões psicológicas
e Depressão é o transtorno psiquiátrico mais prevalente estando relacionada a um pior
prognostico e maior mortalidade. Objetivo: Comparar a ocorrência da depressão entre dois
grupos homogêneos de pacientes em TRS, um em HD e outro em DP, verificando com isso o
possível papel preditor do método terapêutico, assim como avaliar a influência de algumas
variáveis sócio demográficos no diagnóstico deste transtorno. Pacientes e Métodos: Amostra
foi constituída por dois grupos de pacientes, 30 em HD e 30 em DP. Foi utilizado o Inventário
de Depressão Beck (BDI), validado no mundo, que se propõem a avaliar a presença e a
intensidade de sintomas depressivos. Resultados: Os grupos estudados tinham características
sócio demográficas semelhantes, a exceção da variável escolaridade. A média de pontos do BDI
no grupo HD foi mais elevada do que no grupo DP: 12,53 ± 6,05 versus 11,13 ± 5,5 (p=0, 352).
O diagnostico de depressão no grupo em HD ocorreu em 11 (36,7%) pacientes. No grupo em
DP apenas sete pacientes (23,3%) apresentaram o transtorno, OR 1,90 I.C. 95% [0, 617; 5, 863],
(p=0,260). Quando analisados a ocorrência de depressão, não houve diferenças com relação as
variáveis, a exceção da escolaridade. 52,9% dos pacientes com escolaridade até o ensino
fundamental I apresentaram o transtorno. Nos pacientes com ensino médio ou superior, a
ocorrência de depressão foi de 20%. Nos pacientes com escolaridade até o ensino fundamental,
a ocorrência foi de 22,2%. A medida da associação entre estes números apresentou significância
borderline (p = 0,051).Conclusões: 1 - Houve tendência a ocorrência de depressão em pacientes
em HD quando comparados aos pacientes em DP. 2 - Há, aproximadamente, o dobro de chance
de um paciente em HD apresentar o diagnostico quando comparados com aqueles em DP. 3 –
Houve pequena diferença nas médias da pontuação do BDI entre os grupos estudados. 4 Menor escolaridade em pacientes em diálise associou-se a uma maior ocorrência de depressão.
Palavras-chaves:1.Depressão; 2.Diálise peritoneal; 3.Hemodiálise; 4.Terapia Renal Substitutiva;
T¸TULO: Relação Entre Urticária Crônica Idiopática E A Infecção Pela Bactéria
Helicobacter Pylori
ALUNO(A): Rafael Ferreira Da Silva
ORIENTADOR(A): Prof. Enio Ribeiro Maynard Barreto
RESUMO
Introdução: A urticária é uma doença que acomete 15 a 25% dos indivíduos da
população em geral, em algum momento da vida, e ela é classificada como crônica,
quando os sintomas persistem por mais de 6 semanas. Nestes casos, cerca de 70 a 80%
tem uma causa indefinida, sendo denominada de urticária crônica idiopática (UCI).
Entretanto, quando se consegue determinar a causa, a mais freqüente são as infecções,
principalmente as bacterianas. Neste cenário, a infecção pela bactéria Helicobacter
pylori tem surgido como importante fonte de estudos, buscando-se relacioná-la com a
UCI. Portanto, os objetivos deste estudo são avaliar a possível relação entre a infecção
pela bactéria H. pylori e o desenvolvimento de urticária crônica idiopática e analisar a
eficácia da terapia de erradicação do H. pylori no tratamento dos pacientes com UCI.
Métodos: O presente artigo trata-se de uma revisão bibliográfica, que utilizou trabalhos
científicos publicados nas bases de dados Scielo, Pubmed, Medline e LILACS,
pertencentes ao período de 1999 a 2009. Os artigos estão escritos nas línguas inglesa,
espanhola e portuguesa e foram pesquisados a partir dos seguintes descritores: urticária
crônica, infecção, erradicação e Helicobacter pylori. Resultados: A prevalência da
infecção pelo H. pylori nos pacientes com UCI variou de 15,9% a 80,9%, apesar de os
métodos diagnósticos utilizados também apresentarem uma grande variação nos
diversos estudos. A eficácia da terapêutica de erradicação do H. pylori ficou em torno
de 80 a 90% nos estudos analisados. Entretanto, a remissão completa dos sintomas da
urticária variou de 8,3% a 50%, já a remissão parcial dos sintomas apresentou uma
variação de 6,6% a 33,3%. Conclusão: Parece existir uma relação entre a infecção pela
bactéria H.pylori e o desenvolvimento dos sintomas da urticária, através da produção de
anticorpos IgE específicos e de auto-anticorpos patogênicos por meio do mimetismo
molecular, mas que precisa ser melhor elucidada. Ainda não há uma recomendação
formal para a terapia de erradicação do H. pylori em pacientes com UCI, visto que
existe ainda muita controvérsia nos resultados dos estudos.
Palavras chaves: urticária crônica, infecção, erradicação e Helicobacter pylori.
T¸TULO: Uso De Proteínas Recombinantes Da Core Para O Desenvolvimento De Um
Teste Diagnóstico Rápido Para Hepatite C Em Humanos.
ALUNO(A): Marcelo Menezes Medeiros
ORIENTADOR(A): Dr. Alan John Alexander McBride
RESUMO
Introdução: O mau desempenho dos testes diagnósticos atuais, juntamente com a falta
de sintomas clínicos na fase aguda da doença, favorecem a ocorrência de
subdiagnósticos de hepatite C, resultando em oportunidades perdidas de tratamento.
Objetivos: Identificar, expressar e avaliar três polipeptídios recombinantes da proteína
core do vírus da hepatite C (VHC) para o desenvolvimento de um teste rápido para
diagnóstico de hepatite C no Brasil, utilizando clones de proteínas recombinantes do
VHC circulantes no Brasil. Métodos: Os soros foram coletados de pacientes com
diagnóstico de hepatite C, e serão utilizados para avaliar as proteínas recombinantes.
Para a proteína core, diversas regiões foram selecionadas, com base nas características
de hidrofilicidade e antigenicidade da sequência de aminoácidos. O vetor de expressão
pQE30 e E. coli TOP10F' foram utilizados para a clonagem e expressão de proteínas
recombinantes. Resultados: Durante a realização da vigilância ativa, 146 amostras de
soros foram coletadas de pacientes com diagnóstico de Hepatite C, atendidos no
LACEN. Regiões hidrofílicas contendo aminoácidos com grande potencial antigênico
foram identificadas na core. As seqüências dos genótipos 1, 2 e 3 do VHC foram
alinhadas, e os primers degenerativos desenhados. As regiões foram amplificadas por
PCR, e os produtos clonados em pQE30, e os ensaios de expressão piloto realizados
para produzir as proteínas recombinantes. As proteínas recombinantes foram avaliadas
para expressão, mas não foi possível detectar a expressão das proteínas recombinantes.
Os plasmídeos foram seqüenciados, o que confirmou a clonagem dos produtos de PCR.
Conclusões: Regiões adaptadas da proteína core foram identificadas e clonadas em E.
coli. Baseado nos resultados do seqüenciamento, as proteínas recombinantes foram
clonadas, mas não foram expressas. Possíveis alternativas para solucionar esta falha:
utilização de outro vetor de expressão (pET SUMO, que é otimizado na expressão de
proteínas de origem viral), ou mudar o sistemas de expressão (leveduras ou baculovírus,
ao contrário da E. coli, como foi realizado).
Palavras-chave: Hepatite C; proteína core; teste rápido; teste diagnóstico; proteínas
recombinantes; vírus da hepatite C.
T¸TULO: Avaliação Do Mutirão De Biópsias Hepáticas Da Bahia
ALUNO(A): Lucas Lembrança Pinheiro
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Raymundo Paraná
RESUMO
Introdução: Define-se hepatite qualquer inflamação no fígado, independente de
etiologia. Em função da alta prevalência, as hepatites virais ganham destaque em
relação às outras causas. A Hepatite B afeta mais de 400 milhões de pessoas em todo o
mundo enquanto a Hepatite C é hepatopatia crônica mais prevalente em nosso país e a
principal causa de transplante hepático no planeta. Esta hepatopatia tem na maioria das
vezes uma evolução crônica, seguindo com um curso clinico predominantemente
assintomático, tendo a biopsia hepática um importante papel tanto no seu diagnóstico
quanto tratamento de maneira que hoje, a maioria das indicações de biópsia hepática são
em portadores de Hepatite C. A biopsia hepática também é útil para diagnosticar
doenças cujas alterações são especificamente histopatológicas, doenças concomitantes
além da avaliação do paciente pós-transplante hepático. É um procedimento de baixo
risco cujas principais complicações são sangramentos leves e dor moderada. Assim,
para resolver o problema da elevada demanda pelo procedimento associada às baixas
taxas de realização no nosso estado, foi criado em 2007 o Mutirão de Biópsias
Hepáticas da Bahia, projeto tripartite único, cuja avaliação dos resultados se faz
indispensável. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal com amostra de
conveniência constituída de todos os pacientes que realizaram biópsias hepáticas pelo
Mutirão de Biópsias Hepáticas da Bahia no período de julho de 2007 à abril de 2009.
Sendo colhidos, no momento do procedimento, dados referentes à idade, sexo, e motivo
de realização da biópsia. Do resultado das amostras foram obtidas informações relativas
ao grau de fibrose e presença de co-morbidades como sobrecarga de ferro. À análise
estatística, foi caracterizada a freqüência das patologias motivadoras do procedimento
bem como perfil dos pacientes estratificado por grupos de patologias mais prevalentes.
Resultados: Dos 448 pacientes avaliados 247 (55.1%) eram homens e 201 (44,9%)
eram mulheres sendo a média de idade de 46,89 (±11,41) sem diferença significativa
entre os sexo. Destes 327 (73%) tinham Hepatite C com a média de idade de 48,69 anos
(±10.13). Significativamente maior do que aquela dos portadores de Hepatite B 40,31
(±12,16). Além disso, 71,3% dos pacientes com Hepatite C encontravam-se entre 41 e
60 anos. O grau de fibrose predominante foi o F2 e a prevalência de fibrose avançada
foi de 28,4%. No total, 71 pacientes tiveram algum grau de sobrecarga de ferro,
existindo um predomínio acentuado do sexo masculino. Quanto a segurança do
procedimento, ocorreram complicações graves em apenas 2 pacientes. Conclusão: A
Hepatite C predomina largamente nos ambulatórios de referência, o perfil do paciente
beneficiado pelo Mutirão é semelhante ao do resto do país e a presença de fibrose
avançada e sobrecarga de ferro foi semelhante a outras séries da literatura. Além disso,
o procedimento não guiado por Ultrassom se mostrou seguro e o Mutirão de Biópsias
Hepáticas da Bahia teve sua viabilidade comprovada.
Palavras-chave; Biópsiahepática.Hepatite.Mutirão.
TÍTULO: A importância do exame dos comunicantes de pacientes com hanseníase na detecção
precoce de novos casos SALVADOR 2009.
ALUNO(A): Priscila dos Santos de Barros
TEMA: A importância do exame dos comunicantes de pacientes com hanseníase na detecção
precoce de novos casos.
ORIENTADOR(A): Paulo Machado
RESUMO
Introdução: A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, de evolução lenta e alto potencial
incapacitante. Por estes motivos, é importante a realização do exame dermato-neurológico no maior
número possível de comunicantes dos pacientes, permitindo diagnóstico e tratamento precoces.
Objetivos: Descrever as características dos comunicantes de pacientes com hanseníase de um
ambulatório de referencia em Salvador, Bahia, bem como sua contribuição para o diagnóstico precoce da
doença. Casuística, materiais e métodos: Estudo descritivo e retrospectivo, realizado entre os anos de
2007 e 2009, a partir da coleta de dados dos comunicantes contidos nos prontuários de pacientes do
ambulatório de hanseníase do Hospital Universitário Professor Edgar Santos, Salvador, Bahia, com
amostra não probabilística por conveniência de comunicantes de 135 pacientes. O trabalho constitui-se de
descrição da forma clínica da doença e índice bacilar do paciente – caso índice; número de comunicantes
examinados por paciente; gênero e grau de parentesco entre o paciente e os respectivos comunicantes,
número total de comunicantes examinados, diagnosticados ou encaminhados para aplicação de BGC.
Foram excluídos da pesquisa os prontuários de pacientes que não continham dados sobre os
comunicantes. Resultados: Dentre os pacientes estudados, 92% eram portadores de formas clínicas do
espectro de hanseníase; 67% deles apresentou baciloscopia positiva; 38,3% tinha pelo menos dois ou três
comunicantes e 43,5% tinha um ou mais comunicantes com relação familiar de até 3º grau. O exame
dermato-neurológico foi realizado em 50,8% dos comunicantes e o diagnóstico de hanseníase feito em
10,7% deles. Discussão: O predomínio das formas tardias de hanseníase em 92% dos pacientes pode
indicar ineficiência no diagnóstico precoce pelas unidades de saúde e falhas no controle de comunicantes.
A baciloscopia positiva em 67% dos pacientes demonstra risco de infecção aumentada nos comunicantes
desses pacientes. O fato de muitos pacientes apresentarem formas contagiantes com 2 ou 3 comunicantes,
dos quais a maioria tem relação de parentesco é preocupante, tendo em vista a contribuição de fatores
genéticos para a susceptibilidade de adquirir hanseníase A realização de exame em apenas 50,8% dos
comunicantes com 10,7% de diagnóstico alerta para a importância desta medida no diagnóstico precoce
da hanseníase. Conclusão: Nossos dados indicam que a maioria dos pacientes estudados apresenta
diagnóstico tardio de formas contagiantes de hanseníase, aumentando o potencial de transmissão da
doença, principalmente em famílias cujo exame de comunicantes não é realizado, o que ocorre em quase
metade dos casos. A deficiência no exame de comunicantes contribui ainda para o diagnóstico tardio da
doença, alimentando a 3 cadeia de transmissão e a chance de desenvolvimento de seqüelas por atraso no
tratamento. Embora a rede primária de atendimento de saúde possa apresentar um perfil de diagnóstico
diferente de um serviço de ambulatório hospitalar, é pouco provável que estas dificuldades não ocorram,
considerando-se as diversas deficiências de nosso sistema de saúde público com relação ao controle da
hanseníase. Portanto, este estudo alerta para a necessidade de um maior investimento na realização de
diagnóstico precoce da doença, através de treinamento de profissionais de saúde e maior atenção ao
exame dos comunicantes. Palavras-chave: hanseníase, comunicante, diagnóstico, exame dermatoneurológico.
TÍTULO: A reposta imune nas formas graves da dengue
ALUNO(A): Pedro Antonio Hermida de Viveiros
ORIENTADOR(A): Edílson Sacramento
RESUMO
Introdução: O vírus da dengue é capaz de provocar um espectro de doença em
humanos. A dengue é de importância mundial, tendo ocorrido um incremento na
ocorrência das formas graves que são explicadas, em parte, por vários aspectos da
resposta imune. Foi desenvolvida uma revisão bibliográfica no intuito de reunir os
modelos imunológicos que explicam a ocorrência das formas graves de dengue. No que
tange os aspectos clínicos, a FHD/SCD diferencia-se da dengue clássica principalmente
pela ocorrência de extravazamento capilar, que pode levar ao choque, alterações
qualitativas e quantitativas das plaquetas e maiores manifestações hemorrágica. Do
ponto de vista epidemiológico, a ocorrências das formas graves está mais relacionada a
infecções consecutivas por sorotipos diferentes do DENV, por exemplo, em regiões
hiperendêmicas. A entrada do vírus na célula depende de heparan e pode ser bloqueada
por anticorpos neutralizantes que se ligam a proteínas do envelope viral. O mecanismo
de entrada na célula tem importância no desenvolvimento das formas graves, sobretudo
no que tange à imunoamplificação. Desde a criação do modelo de imunoamplificação
de Halstead estudos soroepidemiológicos e experimentos in vitro têm confirmado a sua
importância. Hoje, acredita-se numa associação de fatores que levam às formas graves.
A virulência do sorotipo pode ser um deles. Dentre os fatores do hospedeiro estão idade,
raça, haplótipos do gene HLA, comorbidades, imunidade. Alguns autores relacionam as
formas graves ao grau de viremia resultante, mas existem divergências. Sobretudo, não
estão esclarecidos quais componentes da resposta imune são relacionados às alterações
patológicas específicas de FHD/SCD. Responsabiliza-se algumas vezes a formação de
imunocomplexos. Um outro aspecto importante é a dificuldade no desenvolvimento de
vacinas, o que está relacionado à preocupação de que esta não induza à
imunamplificação. Alguns autores sugerem que muitos fatores da resposta imune devem
ser mais bem estudados. Conclui-se que está estabelecido um modelo multifatorial que
tem como ponto central a Amplificação Dependente de Anticorpos. Apesar das
dificuldades encontradas no estudo das formas graves da dengue, que incluem a
inexistência de um modelo animal ideal, muitos fatores da resposta imune devem ainda
ser estudados, como sugerem alguns autores, principalmente na tentativa de explicar a
fisiopatogenia.
Palavras-chave: Dengue; Febre Hemorrágica da Dengue; Formas graves da dengue;
FHD; Imunologia; Resposta Imune; Imunoamplificação.
TÍTULO: Doença inflamatória intestinal: fatores de risco ambientais
ALUNO(A): Priscila Gomes Caracini
ORIENTADOR(A): Daniela Rosa M. Gotardo
RESUMO
Introdução: Introdução: a etiologia da Doença Inflamatória Intestinal (DII) é ainda
muito desconhecida, sua incidência e prevalência vêm aumentando em todo o mundo, e
com isso, acredita-se que além da predisposição genética, haja a influencia de possíveis
fatores de risco ambientais na sua patogênese. Objetivo: através de uma revisão de
literatura, identificar e analisar os fatores de risco para DII, com enfoque nos fatores
ambientais, e suas implicações. Métodos: foram incluídos artigos publicados de 2004 a
2009, através do emprego de sistematização, sendo o Pubmed (National Library of
Medicine) como o banco de dados pesquisado. Resultados: foram utilizados cinco
artigos. Os estudos demonstraram que, entre os pacientes com Doença de Crohn (DC), a
variação do Odds Ratio (OR) foi de: 1,74 a 2,9 para fumo, 3,02 a 4,6 para historia
familiar, 7,46 para naturalidade judia, 1,94 a 2,08 para uso de anticoncepcionais orais
(ACO). Em relação à Retocolite Ulcerativa (RC), a OR variou de: 0,28 a 0,61 para
fumo, 2,27 a 12,5 para historia familiar, 7,59 para naturalidade judia, 0,06 a 0,5 para
apendicectomia e 1,22 a 1,58 para uso de ACO. As outras variáveis como: uso de
antiinflamatórios não esteróides (AINES), dieta, infecções na infância e a hipótese da
higiene, entre outros, demonstraram uma tendência a associação sem significância
estatística. Conclusão: os fatores investigados mais significantes foram: fumo como
risco para DC e protetor da RC, apendicectomia como protetora da RC, história familiar
e ser judeu como riscos para ambas as entidades da DII. Há indícios, porém poucos, que
teoria da higiene predispõe ao risco de desenvolvimento a DC, assim como as infecções
recorrentes na infância para RC e o uso de ACO, TRH (terapia de reposição hormonal),
AINES, consumo excessivo de açúcar refinado para DC e RC. O aleitamento materno,
frutas e verduras são possivelmente protetores para a DC e RC. E a relação causal do
MAP (“Mycobacterium Avium subespécie Paratuberculosis”) com a DC ainda
permanece incerta.
Palavras-chave: Doença inflamatória intestinal; Doença de Crohn; Retocolite
ulcerativa; fatores de risco.
TÍTULO: Comparação das principais técnicas cirúrgicas para correção de fissuras palatinas.
ALUNO(A): Paulo Plessim de Almeida Filho
ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Humberto Campos
Co-orientador: Dr. Paulo Plessim
RESUMO
Introdução: As fissuras palatinas são originadas por falha da fusão das lâminas
palatinas na linha média, durante o desenvolvimento embrionário, que acontece até a
oitava semana de gestação. Ocorre, então, desestruturação secundária do palato mole
com falha no desenvolvimento dos músculos locais envolvidos no processo de oclusão
velofaringeana. A existência dessas alterações compromete o processo de
desenvolvimento normal da fala. A etiologia das fissuras palatinas é aparentemente
multifatorial, por mecanismos ainda não totalmente elucidados. Possui incidência
praticamente constante nas diferentes etnias, 0,7/1000 nascidos vivos, e acomete duas
vezes mais mulheres do que homens. Mais do que um problema unicamente
anatômico, as fissuras palatinas podem ser responsáveis por uma realidade de
marginalização social e preconceitos, que dificilmente é totalmente superada sem o
acesso a um tratamento individualizado e multiprofissional. A evolução das técnicas
cirúrgicas possibilitou a conquista de resultados anatomofisiológicos bastante
satisfatórios que permitem, atualmente, a inserção social com possibilidade de
desenvolvimento pleno da fala. Nesse trabalho, foi realizada uma ampla revisão da
literatura utilizando livros textos especializados e artigos científicos de circulação
internacional, com os objetivos de descrever as principais técnicas cirúrgicas para
correção das fissuras palatinas e comparar os seus resultados. Foi possível perceber
que entre as técnicas mais comumente utilizadas - von Langenbek Modificada, VeauWardill-Kilner e Furlow -, a técnica de Furlow é a que apresenta tendência a melhores
resultados. A realização do procedimento cirúrgico em idades mais precoces também
se relaciona com resultados foniátricos superiores. A existência de vieses, como a
individualidade da patologia de cada paciente ou a diferença de experiência e
habilidade entre os cirurgiões, dificulta realização de estudos comparativos que
resultem em dados estatisticamente significantes.
Palavras-chave: Fissura palatina. Palatoplastia. Técnicas.
TÍTULO: Revisão sistemática a respeito do valor prognóstico da vasodilatação mediada por fluxo na
predição de eventos cardiovasculares primários e secundários.
ALUNO(A): Paulo Roberto Passos Lima
ORIENTADOR(A): Luís Cláudio Lemos Correia
RESUMO
INTRODUÇÃO: A vasodilatação mediada por fluxo guiada por ultrassom da artéria
braquial (VMF) é o método atualmente utilizado para avaliação da função endotelial.
Recentemente, alterações na função endotelial têm sido relacionadas ao
desenvolvimento do processo de aterosclerose. Dentro desse cenário, o presente estudo
averigua a existência de um possível valor prognóstico para a VMF no desenvolvimento
de eventos cardiovasculares (CV) futuros por meio de uma revisão sistemática de
literatura. METODOLOGIA: Realizou-se uma busca nas bases de dados Medline,
Pubmed, Scielo, Lilacs, utilizando-se de cinco descritores, a fim de selecionar estudos
de coorte longitudinal que avaliaram o valor prognóstico da VMF. RESULTADOS:
Foram encontrados vinte artigos que compreendiam os critérios de busca. Os artigos
analisavam populações diferentes, a saber: pacientes com doença arterial periférica,
pacientes com síndrome coronariana aguda, pacientes com doença cardíaca prévia,
pacientes idosos e pacientes sem doença cardíaca aparente. Dentre as publicações, cinco
artigos negaram valor preditivo independente à VMF, sendo que os demais quinze
artigos apontaram a VMF como método capaz de predizer independentemente eventos
CV. Três trabalhos estudaram um possível valor incremental à VMF, além de outro
trabalho que avaliou valor adicional da VMF à PCR. DISCUSSÃO: Após análise dos
estudos, observou-se presença de resultados não congruentes acerca da capacidade de a
VMF predizer desfechos clínicos; seu valor experimental, entretanto, possui grande
validade, como observado em publicações afins. Demais pontos que merecem ser
abordados referem-se à variabilidade do método, ainda presente, apesar dos diversos
esforços no que diz respeito à normatização da técnica; à ausência de padronização para
os seus pontos de corte; e ao, ainda, pouco discutido valor incremental do teste, que foi
avaliado em uma pequena parcela dos trabalhos utilizados, o que representa muito
pouco para um teste que pretende figurar dentre os métodos da rotina clínica.
CONCLUSÃO: Ainda é cedo para apontar uma utilidade clínica para a VMF; são
necessários mais estudos para uma melhor avaliação do valor preditivo do método.
PALAVRAS CHAVES: Função endotelial, vasodilatação mediada por fluxo da artéria
braquial, aterosclerose, doença arterial coronariana, valor preditivo.
TÍTULO: Prevalência dos marcadores sorológicos da infecção pelo vírus da hepatite b em
profissionais de saúde no brasIL
ALUNO(A): Rodrigo Mercês de Oliveira
ORIENTADOR(A): Ademário Galvão Spinola
RESUMO
Introdução: A hepatite B é uma infecção do fígado potencialmente ameaçadora da vida
causada pelo Vírus da Hepatite B (VHB) que afeta milhões de pessoas em todo o
mundo. Os profissionais de saúde, pelo contato freqüente com secreções biológicas
potencialmente contaminadas, são considerados como categoria de risco para a infecção
pelo VHB. O objetivo desse estudo é analisar a prevalência dos marcadores sorológicos
da infecção pelo vírus da hepatite B em profissionais de saúde, no Brasil. Materiais e
Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura na Base de Dados MEDLINE,
LILACS e Pubmed, referente aos anos de 1999 a 2009. Resultados e Discussão: Foram
identificados 7 artigos e todos eram estudos transversais. Prevalência aumentada dos
marcadores AgHBs, AntiHBc e AntiHBs foi observada entre os profissionais de saúde
analisados. Idade, tempo de atividade profissional, tipo de atividade desenvolvida e a
adoção de medidas de proteção individual foram consideradas entre os principais fatores
de risco para a infecção pelo VHB entre essa categoria profissional. Considerações
finais: A atividade profissional no setor da saúde oferece grandes riscos para a infecção
ocupacional pelo VHB, sendo necessário o incentivo a vacinação e uso de equipamentos
de proteção individual para os profissionais da saúde.
Palavras-chave: Hepatite B. Profissionais de saúde. Marcadores sorológicos.
TÍTULO: Análise de prognóstico do câncer de mama tipo triplo negativo Salvador 2009.
ALUNO(A): Rafael Andrade Alves
ORIENTADOR(A): Profª. Dr. Clarissa M. C. Mathias.
CO-ORIENTADORA: Dra. Renata Costa Cangussu.
RESUMO
Introdução: O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais freqüente no mundo e
o mais comum entre as mulheres, sendo uma afecção de caráter heterogêneo. Dentre as
classificações, encontra-se o subtipo triplo negativo, caracterizado pela ausência de
expressão dos receptores de estrógeno, de progesterona e do receptor epitelial humano
tipo 2. É responsável por cerca de 15% dos tumores malignos da mama, sendo mais
prevalente em negras pré-menopausadas, e oferece um prognóstico reservado na
maioria das vezes. As opções terapêuticas para este tumor são precárias, e o seu
comportamento é muito agressivo, não havendo definição de qual desses fatores exerça
maior influência no prognóstico.Objetivos: Analisar o prognóstico, importância da raça
e idade, características e sobrevida do tumor, além de diferenciá-lo da classificação
molecular de câncer basal, discutindo também opções terapêuticas. Materiais e
Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica nãosistemática, sendo pesquisados
artigos relevantes e específicos em relação ao tema, entre osanos de 2005 e 2009, em
inglês, espanhol e português. Resultados: Após exclusão de artigos que não
preenchessem os critérios de inclusão e de 6 revisões bibliográficas utilizadas como
base no texto, 15 artigos foram selecionados. Em 4 artigos, a raça foi a variável mais
importante analisada, sendo que 3 deles não mostraram que a raça negra era responsável
pelo prognóstico. Outros 2 artigos priorizaram a comparação entre grupos de diferentes
idades, e provaram que as pacientes jovens têm pior prognóstico. Dois artigos
compararam triplo negativo com basal-like, sendo que ambos mostraram que, quando a
expressão gênica é realizada, nem todo triplo negativo apresenta-se basal
molecularmente, porém um artigo afirma que os termos podem ser considerados
sinônimos. Quanto ao tratamento, 3 artigos mostram boa resposta à neoadjuvância com
antracíclicos e taxanos, porém as sobrevidas permanecem menores. Outros 3 analisaram
o benefício da quimioterapia em altas doses, sendo que mostraram boa resposta em
HER-2 negativo, porém apenas um mostrou melhor resposta também em triplo
negativo. Um artigo comenta estratégias de tratamento e analisa possibilidades de alvos
terapêuticos para este tipo de câncer, sendo que alguns ensaios clínicos estão em
desenvolvimento. Conclusão: O câncer de mama triplo negativo é maisagressivo
clínica e patologicamente. A raça não parece ser fator prognóstico, porém a idade foi
tida como variável independente associada a pior prognóstico. Triplo negativo não é
sinônimo de basal-like, já que a classificação não é feita da mesma forma e eles não se
equivalem completamente, porém podem ser correlacionados, já que apresentam
aspectos semelhantes, e apenas a imunohistoquímica está normalmente disponível na
prática clínica. Por fim, pode-se dizer que ainda faltam melhores estudos relacionados à
biologia celular, além de ensaios clínicos bem desenhados, para que alvos específicos
sejam validados, podendo melhorar o prognóstico deste subtipo de câncer e definir se o
responsável por este pior desfecho é a agressividade do tumor, a falta de terapia
específica ou ambos os fatores. Palavras-chave: Triple Negative, Breast Cancer,
Prognosis, Basal-Like.
TÍTULO: Avaliação do impacto na qualidade de vida ao cuidar de uma criança com síndrome de
down.
ALUNO(A): Rafaela Cardoso Silva
ORIENTADOR(A): Tatiana Regia Suzana Amorim Boa Sorte
RESUMO
Introdução: a Síndrome de Down é a doença genética humana mais conhecida e a
principal causa de deficiência mental de etiologia genética. Assim, por conta de sua
freqüência e impacto social, as estratégias para prevenção, reabilitação e inclusão social
das crianças com SD têm sido aprimoradas ao longo das últimas décadas. A maioria dos
estudos mostra um nível de estresse mais elevado das mães de crianças com deficiência
mental quando comparadas às mães de crianças com desenvolvimento típico. A
sobrecarga de trabalho ao cuidar associada a sentimentos de ansiedade e incerteza
quanto ao futuro do filho contribuem de modo significativo para o desenvolvimento de
patologias mentais como a depressão. Pouco se conhece sobre o impacto da SD
naqueles que compõem o microssistema da criança afetada, em especial o seu cuidador
informal. Em conseqüência, é mínimo o investimento em estratégias voltadas para
melhorar a qualidade de vida destes indivíduos. Objetivo: avaliar a qualidade de vida de
cuidadores de crianças com Síndrome de Down (SD), analisando as repercussões nas
esferas emocional, social e econômica. Metodologia: foi realizado um estudo
transversal em que houve uma coleta primária de dados através da aplicação de um
questionário semi-estruturado no qual há questões sobre aspectos sócio-demográficos
dos cuidadores e das crianças por eles assistidas, além de questões sobre qualidade de
vida (baseado no WHOQOL-bref, validado pela OMS). A amostra desse estudo foi de
conveniência e constou de 30 cuidadores de crianças, com idade entre seis e dez anos,
com Síndrome de Down, que freqüentam o Centro de Educação Especial (CEDUC) da
Associação dos Pais e Amigos de Excepcionais (APAE) em Salvador- BA. A análise foi
realizada a partir de estatística descritiva (média e porcentagens), sendo os resultados
apresentados em percentuais e números absolutos. Resultados: na população estudada,
96,6% são do sexo feminino, 90% são mães, a média de idade foi de 37, 9 anos. A
maioria avaliou a qualidade de vida como sendo “nem ruim, nem boa” ou “boa” e houve
divergência na percepção do desgaste ao cuidar de uma criança com SD. A freqüência
de sentimentos negativos relatada pelos cuidadores foi de 70% para “algumas vezes” e
13,33% para “freqüentemente”. Fica evidente com este estudo que o cuidado de
crianças com SD afeta a qualidade de vida, principalmente no que diz respeito ao
exercício de uma atividade remunerada e ao domínio psicológico.
Palavras-chave: Síndrome de Down; qualidade de vida; cuidador informal; WHOQOL
TÍTULO: a síndrome de down e suas comorbidades análise de dados obtidos em 9 anos de
acompanhamento clínico
ALUNO(A): Renata Gondim Meira Velame De Azevedo
ORIENTADOR(A): Tatiana Regia Suzana Amorim Boa Sorte
RESUMO
Introdução: A Síndrome de Down (SD) é a cromossomopatia mais comum em
humanos e a principal causa genética de retardo mental. Cardiopatias congênitas,
doenças infecciosas, malformações e doenças gastrointestinais, leucemia, obesidade,
apnéia obstrutiva do sono, alterações de pele, problemas oftalmológicos, tireoidite autoimune, senilidade precoce, instabilidade atlantoaxial entre outras são comorbidades que
podem estar associadas com essa síndrome. A identificação precoce dessas
comorbidades, que devem ser conhecidas e investigadas em todo paciente com SD,
reflete no tratamento precoce e maior chance de cura ou controle destas patologias.
Objetivo: identificar as comorbidades apresentadas por pacientes com SD e suas
frequências. Metodologia: Análise estatística descritiva com dados obtidos em estudo
realizado com 265 pacientes com SD atendidos no Ambulatório de Assistência à criança
com Síndrome de Down, Hospital Universitário Professor Edgard Santos, SalvadorBahia, no período de 1999 a 2008. Os dados coletados foram organizados em uma
planilha no Microsoft Excel® 2008, os dados obtidos desta planilha foram agregados
através do cálculo de indicadores e utilizou-se a forma de apresentação gráfica dos
mesmos. Resultados: houve predomínio do sexo masculino (57%). A idade dos
pacientes na primeira consulta variou de 0 a 31 anos, sendo a média 20,7 meses. A
média do peso ao nascimento foi de 2952 gramas. A maioria (36,98%) das mães
apresentavam entre 14 e 25 anos na época da gestação da criança com Síndrome de
Down. A renda mensal média foi de 1,35 salários mínimos. A maioria (47,55%) dos
pacientes era procedente de Salvador, seguidos de 41,13% procedentes do interior do
estado. Entre os pacientes que realizaram cariótipo, 92,14% apresentavam trissomia
livre. Entre as 184 crianças que realizaram radiografia cervical, 1,1% foram
diagnosticadas como portadoras de instabilidade atlantoaxial. A cardiopatia congênita
ocorreu em 50,47% dos pacientes. A alteração biliar (5,75%) foi a alteração mais
frequente encontrada na USG abdominal. 30,6% dos pacientes apresentavam erros de
refração. O hipotireoidismo foi detectado em 15,1% dos pacientes. Conclusões: As
características clínico-demográficas dos pacientes estudados assemelham-se às descritas
na literatura, excetuando-se os achados referentes à idade materna (a média foi
significantemente menor que o encontrado na literatura internacional, porém compatível
com o descrito em estudos latino-americanos), à cardiopatia congênita mais comum
(comunicação interatrial, semelhante a alguns estudos latino-americanos, enquanto
estudos realizados nos Estados Unidos da América e na Europa demonstraram maior
frequência de defeito atrioventricular total) e à instabilidade atlantoaxial (os valores
encontrados neste estudo foram muito abaixo dos já relatados).
Palavras-chave: Síndrome de Down. Deficiência Mental. Comorbidades. Cardiopatias.
Malformações. Hipotireoidismo. Cariótipo.
TÍTULO: Associação entre fatores socioeconômicos e qualidade de vida pós-ave
ALUNO(A): Reginara Oliveira Souza
ORIENTADOR(A): Frederico Figueirôa
RESUMO
Introdução: O acidente vascular cerebral é a doença neurológica que mais
freqüentemente acomete o sistema nervoso e um grande número de pacientes afetados
sofrerá seqüelas neurológicas e limitação funcional com graves repercussões na
qualidade de vida. Objetivo: O objetivo do estudo é descrever a associação dos fatores
socioeconômicos com a qualidade de vida em pacientes pós-AVE. Metodologia: Em
um estudo observacional e descritivo foram selecionados 85 pacientes atendidos no
ambulatório de Neurologia, na Fundação de Neurologia e Neurocirurgia em Salvador,
entre maio a agosto de 2009. Os pacientes preencheram a Escala de Qualidade de vida
específica para AVE (EQVE-AVE), Índice de Barthel e Avaliação Socioeconômica, que
incluiu o Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB). Resultados: Dos 85
pacientes estudados, constatou-se que houve um predomínio do sexo feminino (51,8%),
da etnia parda (51,8%), e indivíduos casados (60%), além da baixa escolaridade. Quanto
à classe econômica houve um predomínio da “Classe D” (38%) e “C2” (36%). A Escala
de Barthel constatou que houve um predomínio de indivíduos considerados com
capacidade funcional leve (59%) e independente (29%). A média da qualidade de vida
nos indivíduos estudados foi de 150,07, e da associação entre EQVE-AVE e CCEB
observou-se que os indivíduos com melhor classe econômica tinham médias de
qualidade de vida mais baixas comparadas com os de classe econômica menos
favorecida. Do resultado da associação entre EQVE-AVE e capacidade funcional, os
pacientes com melhor capacidade referiram uma melhor qualidade de vida, comparados
com os de pior capacidade funcional (p=0,005). Conclusão: A partir da caracterização
da associação entre os fatores socioeconômicos da população estudada não é possível
concluir a associação significativa entre QV e CCEB, porém uma queda na capacidade
funcional do indivíduo está em consonância com uma pior qualidade de vida do mesmo.
Palavras-Chave: AVC. Fatores socioeconômicos. Qualidade de vida.
TÍTULO: Indicações para o uso de filtro temporário de veia cava inferior
ALUNO(A): Ramirez Ribeiro Fidelis
ORIENTADOR(A): Marcelo Chalhoub Coelho Lima
RESUMO
Introdução: A tromboembolia pulmonar (TEP) é caracterizada pelo desalojamento de
trombos venosos dos locais de formação e posterior migração para a circulação arterial
pulmonar. A mortalidade da TEP, quando não tratada, é de 30%, mas ela é reduzida
para 2% a 8% quando o diagnóstico é feito e o tratamento adequado, instituído. O
tratamento padrão para pacientes com embolia pulmonar é a anticoagulação com
heparina, seguida de anticoagulação oral. Em algumas circunstâncias, este método
terapêutico está contra-indicado, podendo os pacientes, então, serem submetidos à
inserção de filtro de veia cava inferior (F-VCI). Estão disponíveis no mercado filtros de
implantação permanente e outros de implantação temporária. Os objetivos deste estudo
são avaliar quais são as indicações, a eficácia, as complicações e o tempo de
permanência, relacionados aos F-VCI temporários. Métodos: O presente artigo trata-se
de uma revisão bibliográfica, que utilizou trabalhos científicos publicados na base de
dados Pubmed e google acadêmico, pertencentes ao período de 2004 a 2009. Os artigos
estão escritos nas línguas inglesa e portuguesa, e foram pesquisados a partir dos
seguintes descritores: Tromboembolia pulmonar, filtro temporário de veia cava inferior,
trombose venosa profunda e seus equivalentes em cada língua. Revisão da literatura:
As indicações para o uso dos F-VCI temporários, compreendem situações em que há
contra-indicação momentânea para o uso de terapia anticoagulante, em pacientes sob o
risco de desenvolver TEP. Inferiu-se que os F-VCI temporários, mostraram-se eficazes
em exercer a sua função primordial que é a profilaxia para TEP. As complicações são
subdivididas em dois grandes grupos: as complicações de inserção as complicações de
pós-inserção. O tempo de permanência médio do filtro varia de acordo com o modelo e
a indicação que determinou o seu uso. Conclusão: Ao analisar os resultados
encontrados, percebe-se que se faz necessário, a realização de estudos controlados,
randomizados, com o objetivo de elucidar o verdadeiro valor dos F-VCI temporários,
seja comparando F-VCI temporários e permanentes, seja comparando grupos controles
com grupos que receberam F-VCI, para saber se há um aumento na sobrevida a curto e,
a longo prazo, dos pacientes que usaram o dispositivo. Isto porque, baseado na
literatura encontrada, não se tem um substrato suficiente, para determinar com
segurança, a eficácia, as indicações, os benefícios e os efeitos adversos destes
dispositivos.
Palavras chaves: Tromboembolia pulmonar, filtro temporário de veia cava inferior,
trombose venosa profunda.
TÍTULO: Dipirona e paracetamol: revisão dos riscos de uso
ALUNO(A): Saul Souza dos Santos
ORIENTADOR(A):
RESUMO
Introdução: A dipirona e o paracetamol são fármacos populares no Brasil. Juntas, são
responsáveis por aproximadamente 60% do mercado de analgésicos brasileiro. São
vendidas sem prescrição médica em mercados, lojas de conveniência, entre outros. São
as principais medicações utilizadas por automedicação em nosso país. Então quais os
riscos de uso dessas substancias? Sabe-se que as reações adversas são os riscos de uso
de qualquer droga. Ambas possuem reações adversas conhecidas atualmente, contudo o
desconhecimento ou incerteza desses efeitos motivou a elaboração deste trabalho, cujo
objetivo é justamente avaliar tais efeitos. Métodos: O presente artigo trata-se de uma
revisão bibliográfica, que utilizou trabalhos científicos publicados nas bases de dados
Scielo, Pubmed, Medline e LILACS, e livros-texto. Os trabalhos estão escritos nas
línguas inglesa, espanhola e portuguesa e foram pesquisados a partir dos seguintes
descritores: “dipirona”, “paracetamol”, “reações adversas”, “agranulocitose” e
“intoxicação”. Discussão: a polêmica sobre a ocorrência de agranulocitose devido ao
uso de dipirona data do início do século passado. Diversos trabalhos relatam divergentes
resultados estimando a taxa de risco de desenvolvimento desta patologia com o uso da
droga, porém, as evidências apontam para uma incidência divergente em relação a
regiões geográficas distintas. O paracetamol tem complicações associadas a intoxicação
por superdosagem. Ocorre insuficiência hepática aguda em pacientes expostos a doses
acima das terapêuticas. Especula-se uma maior ocorrência desta complicação em
pacientes alcoolistas. Considerações Finais: as drogas apresentam bom nível de
segurança. Não se pode afastar a possibilidade de interesses econômicos estarem por
trás de polêmicas quanto ao uso da dipirona. Estudos estão sendo feitos para avaliar a
divergência de ocorrência de discrasias sanguíneas entre populações diferentes após uso
do metimazol. Os dados encontrados sobre a relação entre intoxicação por paracetamol
e alcoolismo apontam para um risco aumentado de lesão hepática nos casos de overdose
pela droga nesses pacientes.
Palavras Chaves: dipirona, paracetamol, reações adversas, agranulocitose, intoxicação.
TÍTULO: Esteatose hepática e síndrome metabólica: análise dos fatores antropométricos e
bioquímicos
envolvidos na associação.
ALUNO(A): Sara Felipe da Silva
ORIENTADOR(A): Prof. Dra. Maria de Lourdes
RESUMO
Introdução: A Síndrome Metabólica é um transtorno complexo representado por um
conjunto de fatores de riscos cardiovasculares relacionados usualmente à deposição
central de gordura e resistência a insulina, que pode ser definida como um estado de
resposta biológica subnormal aos níveis circulantes de insulina. A hiperinsulinemia,
conseqüente, levaria, então, a uma elevação da pressão arterial, intolerância à glicose e
dislipidemia caracterizando assim a Síndrome Metabólica. A prevalência da síndrome
metabólica é estimada entre 20 a 25% da população geral, com crescente aumento nos
últimos anos. Indivíduos com síndrome metabólica apresentam risco cardiovascular
cerca de 2 a 3 vezes maior que indivíduos sem a síndrome. Metodologia: Estudo
transversal, com 63 pacientes com SM definida pelos critérios da International
Diabetes Federation, sem diabetes mellitus, idade 46 ± 11 anos, 71,4% obesos, com
determinação de PCRas, glicemia, insulina, HOMA-IR, perfil lipídico, enzimas
hepáticas, ácido úrico, e realização de ultra-sonografia de abdômen superior para
pesquisa de esteatose hepática. Foi feita uma análise de banco de dados pré-existente,
derivado pela Comissão de Ética em Pesquisa da Fundação Bahiana para o
Desenvolvimento das Ciências, coordenado pela prof. Dr. Maria de Lourdes Lima e
todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Resultados: Foram analisados 63 pacientes com idade média de 46 ± 11 anos e 79,4%
consideraram-se não brancos. História de obesidade foi encontrada em 45 pacientes
(71,4%), obesidade grau 1 em 18 pacientes (28,6%), obesidade grau 2 em 13 pacientes
(20,6%) e obesidade grau 3 em 14 pacientes (22,2%). Com relação à esteatose hepática,
20 pacientes (31,7%) não apresentaram a patologia e 43 pacientes (68,3%)
apresentaram. Desses 24 pacientes (38,1%) apresentaram esteatose hepática grau 1, 16
pacientes (25,4%) esteatose hepática grau 2 e 3 (4,8%) apresentaram esteatose hepática
grau 3. Com relação aos dados laboratoriais percebemos que 36 pacientes (57,1%)
apresentaram resistência insulínica e 36 pacientes (57,1%) apresentaram a glicemia
elevada. Com relação ao perfil lipídico 29 pacientes (46%) apresentaram
hipercolesterolemia, 26 pacientes (41,3%) apresentaram hipertrigliceridemia e 49
pacientes (77,8%) apresentaram HDL baixo. Dos pacientes com esteatose hepática, 28
(65,1%) apresentaram o valor da proteína C reativa _ 0,3 e com relação ao magnésio
intracelular, 24 pacientes (55,8%) apresentaram valores _ 0,86. Dos 63 pacientes
estudados 48 pacientes (76,2%) são portadores de HAS e analisando os componentes da
síndrome metabólica percebemos que 29 pacientes (46%) apresentam 3 componentes da
síndrome, 23 pacientes (36,5%) apresentam 4 componentes 11 pacientes (17,5%)
apresentam 5 componentes da síndrome. Conclusão: Existe uma associação entre SM e
esteatose hepática avaliada através de dados antropométricos e bioquímicos, sendo que
peso elevado, circunferência abdominal aumentada, resistência insulínica, avaliada pelo
HOMA – IR, magnésio intracelular e PCRas foram as variáveis mais significativas
nesse estudo.
Palavras chaves:
chaves Síndrome metabólica, esteatose hepática e fatores associados.
TÍTULO: qualidade de vida em pacientes submetidos a transplante cardíaco: o que muda?
ALUNO(A): Stéphanie Guimarães Barreto
ORIENTADOR(A): Profª Drª Marcia Lobo Garcia
RESUMO
Introdução: A Insuficiência Cardíaca (IC) tem alta prevalência e grande impacto na
morbidade e mortalidade em todo o mundo, sendo hoje considerada um grave problema
de saúde pública e com proporções epidêmicas. O prognóstico de pacientes com IC é
ruim, apesar dos avanços na terapia. O transplante cardíaco é a única opção para aqueles
que já se encontram em um estado terminal, aonde a expectativa de vida em um ano não
chega a 50%. Pacientes que estão à espera de transplante cardíaco demonstram
deterioração clínica, dificuldade em realizar suas atividades diárias e um decréscimo no
cognitivo, função social e no bem estar emocional além do aumento de sintomas como
depressão e ansiedade. A avaliação da qualidade de vida proporcionada pelo transplante
cardíaco é de extrema importância para quantificar os reais benefícios dessa técnica e
qual o impacto da mesma na vida do paciente. Objetivo: Avaliar, a partir de revisão de
literatura, a melhora da qualidade de vida em pacientes submetidos a transplante
cardíaco.Método: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados Pubmed e
Scielo, referente ao período entre 1996 e 2009. Foram incluídos artigos dos últimos
treze anos que abordassem a relação entre os temas nas línguas português, inglês e
espanhol. Resultados: Dez artigos do tipo Coorte prospectivo foram selecionados. Os
estudos foram realizados em diversos países. O número de pacientes variou de 13 a 206.
De uma maneira geral, a média de idade se manteve entre a quarta e a sexta décadas de
vida. Todos os artigos apresentaram prevalência do sexo masculino. A dimensão do
questionário de qualidade de vida que obteve mais pontos para aqueles pacientes
submetidos a transplante cardíaco foi a de saúde mental, enquanto que para aqueles em
lista de espera foi a de dor. Todas as dimensões avaliadas no período pos-transplante
obtiveram notas mais altas que a do período pré-transplante. Conclusão: A partir deste
estudo podemos concluir que a qualidade de vida proporcionada pelo transplante
cardiaco é substancialmente superior do que aquela observada nos pacientes com IC à
espera de um transplante. A realização de novos estudos para avaliar a qualidade de
vida dos pacientes antes e após um transplante cardíaco faz-se necessário a partir do
momento de que o contingente de estudos abordando esse tema é limitado.
Palavras-chave: transplante cardíaco, insuficiência cardiaca, qualidade de vida.
TÍTULO: Prevalência de dislipidemia em crianças e adolescentes em um serviço de análises clínicas
em vitória da conquista, Bahia.
ALUNO(A): Sérgio Barreto de Oliveira Filho
ORIENTADOR(A): Profa. Dra. Eloína Nunes de Oliveira
RESUMO
Introdução: Segundo a Organização Mundial da Saúde, as doenças cardiovasculares
são responsáveis por 30% do total de mortes no mundo. No Brasil, essas doenças
possuem relevante impacto em termos de mortalidade e número de hospitalizações,
implicando em elevados gastos sociais e de recusos financeiros. Além disso, a previsão
para os próximos anos é de piora desse cenário, já que os determinantes sociais, como a
industrialização, a urbanização e as mudanças de hábitos de vida ligadas a esses
fenômenos contribuem para a elevação da taxa de mortalidade. As manifestações
clínicas dessas enfermidades, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e
doença vascular periférica, geralmente surgem a partir da meia-idade, entretanto
diversos estudos têm demonstrado que a doença aterosclerótica surge na infância, de
forma assintomática, progredindo significativamente a partir da terceira década de vida.
Objetivos: Descrever a prevalência de dislipidemia na infância e adolescência em
Vitória da Conquista – Bahia. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo no qual foram
avaliados os resultados de dosagens laboratoriais de lípides e lipoproteínas de 190
indivíduos com idade entre 2 e 19 anos, atendidos num serviço de análises clínicas em Vitória
da Conquista-BA, no mês de Agosto de 2009. Os valores de referência adotados foram
os recomendados pela I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e na
Adolescência. Resultados: Valores alterados de colesterol, LDL-colesterol e
triglicérides foram encontrados em 56, 63 e 36% das crianças e adolescentes de 2 a 19
anos. Foi observada redução de HDL-colesterol em 44% das dos indivíduos. A análise
por sexo mostrou valores médios de CT e HDL-colesterol maiores no sexo masculino
(p<0,05), e não encontrou diferença significante no caso do LDL-Colesterol e do TG.
Conclusão: Este estudo demonstrou alta prevalência de dislipidemia em crianças e
adolescentes atendidos em um laboratório de análises clínicas. Tais resultados sugerem
a necessidade de estudos de maior amplitude, de caráter regional ou nacional, visando o
diagnóstico precoce e tratamento da dislipidemia além da adoção de medidas
preventivas com relação às doenças cardiovasculares associadas.
Palavras-chave: Dislipidemia; Crianças; Adolescentes; Fatores de risco;
TÍTULO: Raloxifeno vs alendronato: uma revisão comparativa do tratamento de Osteoporose em
idosas.
ALUNO(A): Vitor Ribeiro de Oliveira Santos
ORIENTADOR(A): Prof. Dra. Manuela Oliveira de Cerqueira Magalhães
RESUMO
Introdução: O aumento da população de idosos no Brasil e no mundo faz com que
doenças típicas do envelhecimento se tornem mais freqüentes. Entre essas doenças, a
osteoporose se destaca pelo seu curso incapacitante e por sua conhecida associação com
o aumento da morbimortalidade. A osteoporose é um distúrbio osteometabólico
caracterizado pela redução da densidade mineral óssea e deterioração da
microarquitetura óssea, o que leva a uma fragilidade esquelética, e expõem o paciente a
um maior risco de fraturas. Por se tratar de uma doença de etiologia multifatorial a
prevenção dessa doença deve ser feita através de adequações na: nutrição, exercícios,
exposição à luz solar, suprimento de cálcio, suprimento de vitamina D, condições
ambientais e no risco de quedas. A terapia medicamentosa é parte integrante das medidas
preventivas, devendo ser usada sempre que necessário. Dentre os fármacos disponíveis
para tratar a osteoporose, as duas classes de drogas mais utilizadas na pratica medica são:
os bisfosfonatos e os Moduladores Seletivos do Receptor de Estrógeno (SERM), por isso
foi feita nesse trabalho um comparação do principal representante de cada classe: o
alendronato e o raloxifeno, respectivamente. O alendronato age se ligando a superfície
óssea, principalmente nas regiões de remodelagem ativa, sendo então incorporados aos
osteoclastos, onde suprimem a reabsorção óssea. Já o raloxifeno interage com o receptor
de estrógeno e inibe a reabsorção óssea mediada pelos osteoclastos. Objetivo: Analisar
comparativamente o raloxifeno e o alendronato no tratamento de osteoporose em idosas
(avaliando-os quanto à eficácia, efeitos adversos, dose de posologia, e principais
indicações). Método: foi realizada uma revisão da literatura internacional, buscando
artigos relevantes publicados entre 1999 e 2009, redigidos em inglês ou português.
Resultados: Esta revisão mostrou que o alendronato é capaz de uma redução no risco de
fraturas vertebrais e não vertebrais, além de possibilitar um aumento na densidade
mineral óssea (DMO). O raloxifeno também se mostrou capaz de aumentar a DMO e
reduzir a incidência de fraturas vertebrais, porem não foram observados efeitos
significativos na redução de fraturas não vertebrais. Embora não tenha sido demonstrado
efeito importante do raloxifeno na redução de fraturas vertebrais, foram demonstrados
alguns efeitos benéficos extra-esqueléticos com o uso desse fármaco, como melhora no
perfil lipídico e redução no risco de câncer de mama. Foram relatados índices de efeitos
adversos semelhantes para as duas drogas, porem o raloxifeno apresentou um efeito
potencialmente grave: a doença tromboembólica (com prevalência de 1.0% no grupo
utilizando raloxifeno, e de 0.3% no grupo placebo). Conclusão: Na medida em que a
redução do risco de fratura não vertebral é um objetivo crítico no tratamento da
osteoporose, o uso do alendronato deve ser preferido ao do raloxifeno. Porém outros
fatores como, posologia, necessidades da paciente de benefícios extra-esqueléticos e
efeitos adversos associados ao uso de cada droga devem ser pesados, para uma boa
decisão clinica.
Palavras-Chaves: Osteoporosis; post menopausal; efficacy; raloxifene; comparison;
bisphosphonates; alendronate; zoledronate; risedronate; fractures; ibandronate; anti
reabsorptive; meta-analysis; randomized placebo-controlled trials (RCT); selective
estrogen receptor modulator (SERM); mechanism of action; therapy; epidemiology;
treatment.
TÍTULO: Tratamento da hipertensão renovascular de etiologia aterosclerótica
ALUNO(A): Verena Neiva Mascarenhas
ORIENTADOR(A): Profª Drª Eloína Nunes Oliveira
RESUMO
Introdução: Hipertensão renovascular é definida como pressão arterial elevada causada
por doença oclusiva de uma ou ambas artérias renais principais ou seus ramos. A
estenose de artéria renal ( EAR ) é a principal causa de hipertensão secundária,
entretanto sua prevalência exata não é bem definida, dependendo do grupo estudado. É
responsável por cerca de 0,2 a 5% ( em média, 1%) dos casos de hipertensão arterial
sistêmica na população, mas pode atingir uma prevalência de 40 a 60% em pacientes
com hipertensão severa ou refratária, que não respondem a terapia medicamentosa. As
causas mais comuns de EAR são aterosclerose e displasia fibromuscular. A EAR de
etiologia aterosclerótica é responsável por cerca de 2/3 dos casos. Os fatores de risco
são basicamente os mesmos da aterosclerose em outros territórios arteriais, como as
coronárias, ou seja, a própria hipertensão arterial, a idade avançada, o tabagismo, a
dislipidemia e o diabetes mellitus. A relevância clínica da EAR aterosclerótica tem
aumentado em razão do aumento universal da expectativa de vida da população e da
elevação da prevalência de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus. Os
tratamentos disponíveis são: terapia medicamentosa isolada ou terapia intervencionista
(angioplastia, com ou sem stent, ou cirurgia). Os objetivos da terapia são controle da
pressão arterial sistêmica e preservação e/ou melhora da função renal. Não existe
consenso ou guideline para a escolha da conduta. Objetivo: Avaliar, a partir de revisão
de literatura, qual o melhor tratamento para estenose aterosclerótica de artéria renal.
Método: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados Pubmed, Scielo,
Lilacs e Medline, referente ao período entre 1998 e 2009. Foram incluídos artigos que
abordassem o tratamento da hipertensão renovascular de etiologia aterosclerótica, nas
línguas inglês, português e espanhol. Resultados: Nove artigos do tipo coorte,
prospectivo e retrospectivo, foram selecionados. Os estudos foram realizados em
diversos países. O número de pacientes variou de 46 a 140 pacientes. O tempo médio de
seguimento variou de 6 meses até 4 anos. De maneira geral, a média de idade se
manteve entre a sétima e oitava décadas de vida. Os estudos mostraram que diferenças
na pressão arterial final entre pacientes tratados por angioplastia, com ou sem stent, ou
por medicação, são mínimas, e somente uma minoria de pacientes submetidos a
tratamento intervencionista foram capazes de descontinuar a medicação. Com relação à
melhora ou preservação da função renal, a maioria dos estudos não evidenciou uma
diferença estatisticamente significante entre os dois grupos. Além disso, angioplastia
está associada a uma taxa de complicação que variou de 7,2% a 27,5%, incluindo em
tais resultados adversos, morte. Conclusão: A partir desse estudo, podemos concluir
que o tratamento intervencionista na hipertensão aterosclerótica de artéria renal, deve
ser indicado com mais cautela, levando-se em conta a idade do paciente, as lesões
ateroscleróticas extra-renais associadas, a dificuldade do controle pressórico e as
condições clínicas do paciente. Além disso, faz-se necessário a realização de um estudo
de grande follow-up, para avaliar os resultados dos tratamentos à longo prazo.
Palavras-chave: Hipertensão renovascular; aterosclerose; tratamentos.