Biotecnologia Ambiental

Transcrição

Biotecnologia Ambiental
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Paulo Figueiredo
Biotecnologia Ambiental
Avaliação
trabalhos individuais de exposição sobre temas definidos (TPC)
Bibliografia
G. M. Evans, J. C. Furlong, Environmental Biotechnology. Theory
and Application. John Wiley & Sons, England, 2003.
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Muito virada para tratamento de resíduos
remediação da contaminação causada por uso anterior
redução do impacte da actividade corrente
controlo da poluição
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Principais objectivos:
fabrico de produtos em condições de harmonia ambiental
minimização de resíduos prejudiciais
sólidos, líquidos ou gasosos
limpeza dos efeitos de anterior actividade humana
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Actuação:
melhorar ou optimizar condições
para que os sistemas biológicos
existentes funcionem mais
rápida e/ou eficazmente
promover alterações que
conduzam ao resultado desejado
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Diversos organismos:
de microrganismos a árvores
actuação com base em 3 fundamentos:
aceitar (mais frequente)
utilização de espécies não modificadas, no seu
ambiente natural
aclimatar
alterar
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Pontos de intervenção:
processo de fabrico
gestão de resíduos
controlo da poluição
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Incentivos para indústria identificar abordagens mais baratas a
tratamento de resíduos
empregá-las sempre que possível
Alterações na legislação levam a maior atenção na agenda política
Maior aceitação de métodos biológicos de tratamento de resíduos
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Microrganismos e enzimas trabalham a temperaturas e pressões
inferiores às dos processos químicos
custos reduzidos
benefícios ambientais
maior segurança
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Relevância comercial
conversão de produtos orgânicos de reduzido valor em produtos
de valor elevado
produção de substâncias de elevada pureza
via enzimática
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2001
15-20 % do mercado mundial de “ambiente” baseado em
bitecnologia
US $ 250 000 000-300 000 000
crescimento projectado de 10 vezes nos anos seguintes
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Acção integrada
acções biológicas combinadas com outras
alcance superior ao de tecnologias individuais
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Requisitos
conhecimentos de:
respiração
fermentação
fotossíntese
ciclos de carbono, azoto e água
fluxo de energia através da biosfera
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Remoção de um material de um dado ambiente pode seguir uma de
duas vias:
degradação
vias metabólicas actuando num organismo ou conjunto de
organismos
imobilização por processo que o torna biologicamente indisponível
compostos químicos excretados por um organismo
compostos químicos no ambiente próximo, os quais tornam a
molécula insolúvel e indisponível para a maioria dos
processos biológicos
pode ser uma forma de remediação (estabilização do
contaminante)
pode ser uma desvantagem, quando a digestão é
preferível
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Utilização de bactérias
bactérias com plasmídeos
DNA auto-replicante
podem conter genes das vias degradativas
plasmídeos movimentam-se entre diferentes bactérias, onde
se replicam
transferência da capacidade metabólica
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Utilização de retrovírus
vírus eucariotas com RNA no genoma
têm potencial para integração em DNA herdado, pois replicam o
seu RNA por meio de DNA intermediário
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Estratégia da biotecnologia ambiental
usar vias metabólicas microbianas para degradar ou metabolisar
material orgânico
anabolismo
catabolismo
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Exemplo de novos problemas a resolver:
estrogénio e análogos sintéticos usados nas pílulas contraceptivas
difícil decomposição por bactérias
problema ambiental em cursos de água
feminização de peixes em alguns lagos
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Fermentação e respiração
fermentação
electrões derivados do catabolismo da fonte de carbono
doados a uma molécula orgânica
respiração
electrões doados a um receptor inorgânico, por transferência
ao longo de uma cadeia de electrões
aeróbica
aceitador terminal é O2
anaeróbica
aceitador terminal não é O2
nitrato, sulfato, CO2, enxofre, Fe3+
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Fermentação e respiração
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respiração aeróbica mais eficaz que anaeróbica
digestão anaeróbica de esgotos e resíduos sólidos menos
exotérmica que processos aeróbicos análogos
processo aeróbico extrai cerca de 10 vezes a quantidade
de energia gerada por um processo anaeróbico, a
partir da mesma quantidade de carbono
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TPC
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Intervenção biológica
depende da natureza das substâncias a serem removidas ou
tratadas
alvo do processamento biológico deve permitir a acção
biológica em meio aquoso e gerar baixa toxicidade
condições ambientais adequadas:
T = 0 – 50 ºC, de preferência 20 – 30 ºC
pH = 5 – 9, de preferência 6.5 – 7.5
no caso de tratamento de solos, funcionam melhor em areias
e areão (baixo teor de nutrientes, bom escoamento,
permeabilidade e arejamento)
depende das condições ambientais existentes
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Intervenção biológica
microrganismos extremófilos possuem algumas vantagens
metanogénese
tolerância a ambientes salinos
tolerância a temperaturas e pressões elevadas
tolerância a níveis elevados de radiações ionizantes
tolerância a valores extremos de pH
Archaea, ...
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Intervenção biológica
extremozimas
mantêm actividade em condições não toleradas pela maioria das
enzimas
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Intervenção biológica
uso industrial de extremófilos levou à descoberta da PCR
polymerase chain reaction
polimerase do DNA (polimerase Taq) proveniente de Thermus
aquaticus
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Intervenção biológica
polymerase chain reaction
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Intervenção biológica
T média dos oceanos = 1 – 3 ºC
psicrófilos
várias bactérias e eucariotas fotosintéticos
ambientes fortemente salinos
halófilos
baixo pH (<5)
resultado da produção de gases sulfurados nas fontes
hidrotermais e dos resíduos das minas de carvão
acidófilos
pH elevado (≥9)
águas ou solos fortemente alcalinos
alcalófilos
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Intervenção biológica
Exemplos de bactérias usadas em degradação de compostos
orgânicos com importância industrial
degradação de tolueno por Pseudomonas putida
TPC
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Intervenção biológica
Exemplos de bactérias usadas em degradação de compostos
orgânicos com importância industrial
degradação de fenol por Oceanomas baumannii
isolada a partir de lamas estuarinas
clorometano com Hyphomicrobium e Methylobacterium
solos poluídos da indústria petroquímica
degradação de celulose com Clostridium
isolados de solos florestais
TPC
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Intervenção biológica
Degradação de xenobióticos
– compostos não produzidos por via biológica e para
os quais não existe equivalente na natureza
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Intervenção biológica
Degradação de xenobióticos
maior bioacumulação quando lipossolúveis
degradáveis por microrganismos se:
suficientemente semelhante a um composto natural
reconhecidom pelas enzimas do organismo
também reconhecido pelas enzimas do organismo, mas
requer outra fonte de carbono, de modo a fornecer a
energia necessária
cometabolismo
degradação gratuita
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Intervenção biológica
Degradação de xenobióticos
depende da presença de outros contaminantes
metais pesados que afectam crescimento microbiano, ...
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Intervenção biológica
Disruptores
endócrinos
Degradação de xenobióticos
alguns resistem à degradação no ambiente
estrogénios sintéticos (pílulas), ...
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Intervenção biológica
Degradação de xenobióticos
estrogénios naturais desactivados no ser humano por
glucoronidação
excretado nos esgotos
bactérias possuem b-glucuronidase
reactivam hormona
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Intervenção biológica
Degradação de xenobióticos
bactérias das ETAR não são capazes de degradação
eficaz das hormonas
elevados níveis nos cursos de água
alterações hormonais em peixes
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TPC
Biotecnologia Ambiental
TPC
processos de eliminação
de estrogénios da água
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Intervenção biológica
Degradação de xenobióticos
outros compostos possuem actividade semelhante aos
estrogénios
hidrocarbonetos poliaromáticos (PAH)
diclorodifeniltricloroetano (DDT)
alguns detergentes
fitoestrogénios
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Intervenção biológica
Degradação de xenobióticos
diversos géneros de bactérias capazes de degradar PAHs
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Intervenção biológica
Degradação de xenobióticos
hidrocarbonetos policíclicos (PCB) difíceis de degradar na
natureza devido a halogenação
Pseudomonas putida capaz de degradar
Biotecnologia Ambiental
Intervenção biológica
Degradação de xenobióticos
ftalatos usados no fabrico de diversos polímeros
degradados por associações de microrganismos
metanogénicos
maior parte Archaea
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Controlo da poluição
factores a ter em conta:
toxicidade
persistência
mobilidade
facilidade de controlo
bioacumulação
química
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Controlo da poluição
Estratégias de controlo
“clássicas” e biotecnológicas
diluição e dispersão
ar
água
solo
concentração e contenção
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Controlo da poluição
Aplicações práticas de controlo da poluição do ar
remoção de H2S
discutida desde 1920
1ª patente em 1934
actualmente usam-se biofiltros
TPC
Biotecnologia Ambiental
Controlo da poluição
Aplicações práticas de controlo da poluição do ar
filtros
biofiltros
percoladores biológicos
biodepuradores (bioscrubbers)
todos capazes de tratar 103 – 105 m3/h de gases
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Controlo da poluição
Aplicações práticas de controlo da poluição do ar
biofiltros
mais antigos
contentor feito de betão, metal ou plástico resistente
contém filtro de material orgânico
turfa, urze, casca de pinheiro, ...
gás forçado a atravessar filtro
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Controlo da poluição
Aplicações práticas de controlo da poluição do ar
biofiltros
meio de filtração possui boa capacidade de retenção
de água
compostos solúveis existentes no gás, dissolvem na
película de humidade formada ao redor da
matriz
microrganismos degradam compostos da solução
resultante
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Controlo da poluição
Aplicações práticas de controlo da poluição do ar
biofiltros
requerem humidificação
bem mantidos, reduzem emissão
de odores ≥ 95%
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Controlo da poluição
Aplicações práticas de controlo da poluição do ar
percoladores biológicos
tecnologia intermédia
reactor com meio inerte
escórias, ...
muitos espaços vazios entre partículas
elevada razão superfície/volume do filtro
formação de biofilme microbiano
gás forçado através do filtro, enquanto água percola
a partir do topo
estabelecido fluxo em contra-corrente, entre gás
que sobe e água que desce
microrganismos metabolizam substâncias em
solução
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Controlo da poluição
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Controlo da poluição
Aplicações práticas de controlo da poluição do ar
percoladores biológicos
capacidade de tratar maiores concentrações de
contaminantes que biofiltros
requer menos espaço
mais caro
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Controlo da poluição
Aplicações práticas de controlo da poluição do ar
biodepuradores
não são verdadeiros sistemas biológicos
gás atravessa um spray de água muito fino
contaminante absorvido pela água
água acumula na base
solução com contaminante removida por um
bioreactor
biodegradação
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Controlo da poluição
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Controlo da poluição
Vantagens do controlo biotecnológico da poluição do ar
investimentos competitivos
custos de operação reduzidos
baixos custos de manutenção
baixo ruído
não produzem CO
não requerem temperaturas elevadas
não apresentam risco de explosão
processamento mais seguro e mais “verde”
robustez e tolerância a variações
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Controlo da poluição
Redução de poluição na origem
intervenção biotecnológica
alterações no processamento
controlo biológico
bio-substituições
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Controlo da poluição
Redução de poluição na origem
alterações no processamento
substituição de processos químicos por processos
microbianos ou enzimáticos
utilização de OGMs
operação a temperaturas mais baixas
maior rendimento
menos produtos secundários
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Controlo da poluição
Redução de poluição na origem
alterações no processamento
exemplos:
miristato isopropílico para cosméticos
esterificação enzimática
TPC
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Controlo da poluição
Redução de poluição na origem
alterações no processamento
exemplos:
indústria têxtil
métodos tradicionais de extracção do linho
substituídos por processos enzimáticos
mais rápido e mais barato
fibras poliméricas biodegradáveis sintetizadas por
bactérias do solo modificadas
redução de materiais persistentes em aterros
Biotecnologia Ambiental
Controlo da poluição
Redução de poluição na origem
alterações no processamento
exemplos:
indústria têxtil
biolavagem
remoção de sujidades por enzimas
bio-branqueamento
uso de enzimas para “aclarar” roupa
biopolimento
enzimas tornam algodão mais suave e
resistente
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Controlo da poluição
Redução de poluição na origem
alterações no processamento
exemplos:
indústria têxtil
geotêxteis usados em linhas férreas
incorporação de materiais adsorventes e
microrganismos nos materiais
restos de combustíveis e óleos
absorvidos e degradados
diminuição da poluição no solo
melhores condições de trabalho
redução de risco de incêndio
Biotecnologia Ambiental
Controlo da poluição
TPC
Redução de poluição na origem
alterações no processamento
exemplos:
indústria das peles
retirar pelos das peles
desengordurar peles
uso de biosensores
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Controlo da poluição
TPC
Redução de poluição na origem
alterações no processamento
exemplos:
combustíveis
dessulfurização de carvão e petróleo
remoção de S inorgânico por bactérias
acidófilas quimolitotrofas
Thiobacillus
oxidação do enxofre
problema das condições de utilização
alternativa: termófilos extremos
Sulfolobus
Biotecnologia Ambiental
Controlo da poluição
TPC
Redução de poluição na origem
alterações no processamento
exemplos:
combustíveis
remoção de S orgânico por diversos
microrganismos aeróbios
Pseudomonas, Rhizobium, Paecilomyces,
Sulfolobus
também possível via anaeróbica
Desulfovibrio
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Controlo da poluição
Redução de poluição na origem
controlo biológico
substituição de produtos químicos, por produtos
biológicos, para controlo de pestes e organismos
patogénicos
mais específicos
requerem maiores cuidados de utilização
Biotecnologia Ambiental
Controlo da poluição
Redução de poluição na origem
controlo biológico
exemplos:
magnificação de inimigos naturais de uma dada peste
produção de nemátodos capazes de crescer em
insectos do solo
nemátodos são portadores de bactérias, que
se multiplicam no insecto e o matam
espécies usadas nos EUA:
Steinernema carpocapsae, S. riobravis, S.
feltiae, Heterorhabditis bacteriophora,
H. megidis
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Controlo da poluição
TPC
Redução de poluição na origem
controlo biológico
exemplos:
aplicação de compostos químicos produzidos pela
natureza
Azadirachta indica (Neem ou Amargosa) produz
azadiractina
insecticida de largo espectro
Biotecnologia Ambiental
Controlo da poluição
Redução de poluição na origem
controlo biológico
exemplos:
utilização de agentes semioquímicos
substâncias que influenciam crescimento,
desenvolvimento e comportamento em plantas
e animais
inclui feromonas
controlo de diversos insectos
afastando-os das colheitas
atraindo elevado número de inimigos
naturais
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Controlo da poluição
TPC
Redução de poluição na origem
controlo biológico
exemplos:
utilização de agentes semioquímicos
aplicação de tecnologia transgénica para
aumentar eficácia
Biotecnologia Ambiental
Controlo da poluição
Redução de poluição na origem
bio-substituições
substituição de materiais ou substâncias poluentes por
alternativas biotecnológicas menos prejudiciais
biocombustíveis
produção biológica de polímeros
lubrificantes biodegradáveis
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Controlo da poluição
Redução de poluição na origem
bio-substituições
problemas
custo
biolubrificantes mais caros que convencionais
preconceito em substituir tradicionais por
biolubrificantes
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Controlo da poluição
Redução de poluição na origem
bio-substituições
processos simples
combustão directa de biomassa para obter energia
materiais de construção ecológicos
cânhamo, feno, palha e linho comprimidos
paredes feitas com estes materiais conferem
melhor isolamento sonoro
melhor gestão de resíduos de construção e de
demolição
TPC
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TPC
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Bioremediação
Classificações
in situ
menor perturbação do terreno
redução do risco de propagar a contaminação
menor exposição de trabalhadores a compostos voláteis
adequada a situações em que a contaminação está disseminada
ou em profundidade
adequada a contaminantes em baixa ou média concentração
usada quando há disponibilidade de tempo
métodos lentos
necessidade de profundo conhecimento do local
requer elevado nível de recursos
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Bioremediação
Classificações
ex situ
solo removido para tratamento
mais fácil de optimizar condições
controlo do processo mais simples
monitorização mais simples e rigorosa
mais fácil e/ou segura a introdução de organismos especializados
mais rápida que in situ
adequada a poluição relativamente localizada e a contaminantes
em concentração relativamente elevada
adequada a contaminantes mais superficiais
custos de transporte
risco de fuga
potencial de poluição secundária
necessidade de terreno para o tratamento
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Bioremediação
Classificações
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Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
Classificações
tecnologias intensivas
mais sofisticadas
mais rápidas
mais interventivas
respostas rápidas e curtas
excelentes para situações de forte
contaminação
grande necessidade de recursos
elevados custos
exemplos:
lavagem de solos
tratamentos térmicos
Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
Classificações
tecnologias extensivas
intervenções de baixo nível
tecnologia simples
baixa necessidade de recursos
baixos custos
menores danos ao solo tratado
respostas mais lentas
tratamentos longos
exemplos:
compostagem
precipitação de sulfitos metálicos, em condições anaeróbias
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Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
Classificações
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Bioremediação
integração de processos
combinação de diversas tecnologias e sequências de abordagens
ex situ, in situ, intensivas ou extensivas
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Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
mecanismos
mineralização
microrganismo usa contaminante como alimento e
metaboliza-o
contaminante removido e destruído
decomposição pode ser parcial
acumulação de produtos intermédios
tratados com outros microrganismos
Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
mecanismos
cometabolismo
microrganismos metabolizam contaminante em conjunto com
os seus alimentos
produz compostos menos perigosos
podem ser mineralizados por outros microrganismos
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Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
mecanismos
imobilização
adsorção ou bioacumulação de contaminnates (sobretudo
metais)
por microrganismos ou plantas
Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
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Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
factores que afectam bioremediação
relacionados com as características do contaminante
natureza química
estado físico
relacionados com as condições ambientais
temperatura
pH
tipo de solo
Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
factores que afectam bioremediação
outros factores:
disponibilidade de nutrientes
oxigenação
presença de contaminantes inbidores
características do local
contido
escorrimento de águas subterrâneas
contaminantes presentes
quais
onde
concentrações
biodegradabilidade
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Bioremediação
factores que afectam bioremediação
outros factores:
objectivos da remediação
tempo disponível
quantidade de solo que requer tratamento
tratamentos alternativos
custos
Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
factores que afectam bioremediação
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Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
técnicas in situ
biolavagem
usada para remediar contaminações no nível freático ou
abaixo deste
existe superarejamento da água subterrânea
simula degradação acelerada do contaminante
depende da permeabilidade do solo
maior oxigenação aumenta a eficácia
Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
técnicas in situ
biolavagem
ar introduzido por tubos
forma bolhas na água subterrânea
O2 dissolve-se na água
aumenta oxigenação do solo
estimula actividade microbiana e metabolização
de poluentes
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Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
técnicas in situ
biolavagem
equipamento pouco específico e disponível
existem versões mais sofisticadas
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Bioremediação
técnicas in situ
bioventilação
usada em remediação acima do nível freático
usa superarejamento para estimular a degradação dos
poluentes
no solo
não adequada para locais com níveis freáticos muito
próximos da superfície (< 1 m) nem muito húmidos
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Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
técnicas in situ
bioventilação
ar bombeado para a zona contaminada
O2 estimula microrganismos a degradar contaminantes
extractores sob vácuo na periferia auxiliam fluxo de ar
aumenta O2 dissolvido na água do solo
facilita absorção por microrganismos
Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
técnicas in situ
bioventilação
compostos voláteis resultantes da contaminação ou formados
como subprodutos são mobilizados
mais fácil extracção
taxa de extracção do ar ajustada para maximizar a
decomposição subterrânea
reduz necessidade de tratamento superficial para voláteis
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Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
técnicas in situ
injecção recuperação
usa o movimento da água subterrânea, na zona contaminada,
para auxiliar a remediação
processo mais sofisticado
tratamento biológico dividido em 2 etapas
poço de injecção
poço de recuperação
a jusante da injecção
Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
técnicas in situ
injecção recuperação
ar e nutrientes forçados pelo poço de injecção
atravessam a zona contaminada
estimulam crescimento e actividade microbiana
remediação
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Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
técnicas in situ
injecção recuperação
água subterrânea enriquecida em contaminantes,
microrganismos, metabolitos microbianos e produtos
de degradação dos contaminantes
extraída pelo poço de recuperação
sofre tratamento posterior
reinjectada, depois de suplementada com ar e
nutrientes
ciclo repetido várias vezes
Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
técnicas ex situ
land farming
etapa de pré-tratamento
solo escavado e verificada presença de rochas, pedras e
outros materiais de grandes dimensões
zona de tratamento isolada por material impermeável
microrganismos nativos fazem a remediação
se necessário podem ser adicionados microrganismos
especializados
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Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
técnicas ex situ
land farming
solo a ser tratado colocado sobre uma camada de areia
areia colocada sobre areão
tubos de drenagem colocados no areão
polímero plástico ou argila impermeáveis isolam sistema de
contacto directo com o solo em redor
água e nutrientes adicionados
estimular actividade biológica
arejamento mantido ao trabalhar a terra
Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
técnicas ex situ
land farming
eficácia depende:
características do solo
clima
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Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
técnicas ex situ
soil banking
solo escavado e verificada presença de materiais estranhos
solo colocado em montes
por vezes adicionada matéria orgânica
mais rápido que land farming
adequado para climas mais frios e húmidos
microrganismos nativos usados para remediação
possibilidade de introduzir microrganismos especializados
nutrientes adicionados para optimizar actividade
microbiana
Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
técnicas ex situ
soil banking
biopilhas
versão mais sofisticada, quando há limitação de espaço
llixiviado recolhido num reservatório e recirculado
sobre o monte
mantém solo húmido
adiciona mais microrganismos
ar forçado através de tubos colocados no monte
melhora gestão de compostos orgânicos voláteis
todo o sistema montado sobre um geotêxtil
impermeável
impede migração do lixiviado para solo em redor
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Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
técnicas ex situ
soil banking
após conclusão do tratamento
solo retorna a local original ou colocado noutro sítio
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Bioremediação
técnicas ex situ
soil slurry reactor (reactor de lamas)
após excavação, solo introduzido num tanque
produzidas lamas por combinação com água
adição de nutrientes para estimular crescimento microbiano
suspensão formada é transferida para reactores com
arejamento
microrganismos presentes tratam os contaminantes
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Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
técnicas ex situ
soil slurry reactor (reactor de lamas)
lamas tratadas são clarificadas e prensadas
redução de humidade e aumento da viscosidade
líquido recuperado é recirculado para o tanque de
mistura
agente humidificador para seguinte solo a ser
tratado
sólidos removidos para secagem e reutilização ou
serem descartados
Biotecnologia Ambiental
Bioremediação
tratamento de misturas complexas de contaminantes
combinação de vários processos
aumento da eficácia da resposta
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Bioremediação
Biotecnologia Ambiental
TPC
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09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
TPC
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
COD - carência química de oxigénio
BOD – carência bioquímica de oxigénio
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09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
biotecnologia no tratamento secundário
bioprocessamento
remoção dos sólidos resultantes
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
oxidação dos efluentes conseguida por:
filtro biológico
reactores de lamas activadas
lagoas de sedimentação (em climas quentes)
57
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
princípio comum de oxidação dos efluentes
optimização de condições para bactérias aeróbias crescerem
redução dos níveis de CBO, azoto e amónia
sedimentação em grandes tanques permite remoção de
partículas, contendo biomassa
tratamento secundário reduz nutrientes em 30-50%
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
problemas
dificuldade em colocar lamas concentradas produzidas
podem ser usados como substitutos de fertilizantes
agrícolas
digestão anaeróbia para produzir electricidade a partir da
combustão de CH4
incapacidade de tratar compostos químicos tóxicos
venenos metabólicos
xenobióticos
desinfectantes bacterianos
58
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
disposição no solo (landspreading)
aplicação controlada de esgotos no solo
processamento através dos mecanismos físico-químicos e
biológicos existentes no solo
por vezes são utilizadas plantas
melhoram condições para microrganismos
aplicação mais frequente aos efluentes agrícolas
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
disposição no solo (landspreading)
actividade concentrada na camada superficial do solo
maior quantidade e maior diversidade de microrganismos
adição de material orgânico exógeno pode alterar
equilíbrio de espécies
disponibilidade de O2 no solo é crítica
afecta taxa de degradação e compostos produzidos
59
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
fossas sépticas
no tanque, sólidos separam-se dos líquidos
emulsificantes e gorduras flutuam para o topo
formam espuma
resíduos fecais, após degradação bacteriana, formam
lamas no fundo
tratamento parcial
sedimentação no tanque
requer esvaziamento periódico
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
efluentes agro-alimentares
composição variável
natureza do alimento e época do ano
factores consistentes
elevado teor em K
nutrientes com elevada disponibilidade para metabolismo
por microrganismos e plantas
baixo teor em metais pesados
níveis elevados de matéria orgânica e azoto
razão C/N baixa
rápida decomposição por bactérias do solo,
mesmo em condições não optimizadas
60
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
efluentes agro-alimentares
teores elevados de cloro e sódio
agentes de limpeza
podem danificar estrutura do solo e alterar equilíbrio
osmótico
pode tornar-se tóxico para plantas
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
efluentes agro-alimentares
teores elevados de material orgânico não estabilizado
maus odores
muitos industriais optam por digestão anaeróbia
diminuição rápida de teor orgânico
menor quantidade de lamas produzidas
61
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
efluentes ricos em azoto
condições aeróbias
processos de nitrificação biológica a nível do solo
produção de nitrato a partir de NH3 e azoto orgânico
bactérias quimotróficas
Nitrosomonas e Nitrobacter
2NH3 + 3O2 ɹ 2NO2- + 2H+ + 2H2O
energia libertada usada por Nitrosomonas para reduzir CO2
Nitrobacter efectua segunda oxidação
2NO2- + O2 ɹ 2NO3bactéria utiliza energia produzida
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
efluentes ricos em azoto
condições anaeróbias
nitratos reduzidos a N2
bactérias anaeróbias ou facultativas
nitrato age como aceitador de electrões
papel semelhante ao do O2 na respiração
62
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
arejamento
estimula biomassa
mantém sólidos em suspensão
auxilia mistura dos componentes do efluente
sistemas de difusão de ar
arejamento mecânico
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
filtros biológicos (de percolação)
combinação dos nutrientes existentes no efluente e forte
oxigenação estimulam crescimento microbiano
forma-se biofilme
converte matéria orgânica em CO2, H2O e biomassa
microbiana
63
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
sistemas de lamas activadas
microrganismos aeróbios formam suspensão no efluente
sistema de arejamento fornece O2
ocupam menos espaço e são mais eficazes
melhor adaptação a variações na composição do efluente
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
sistemas de lamas activadas
microrganismos
bactérias usam conteúdo orgânico do efluente
bactérias consumidas por diversos protozoários
rotíferos também ajudam formação de flocos
removem biomassa dispersa e pequenas
partículas
64
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
digestão aeróbia
processo batch com 30 dias ou mais de retenção
bactérias atingem maturidade rapidamente
após exaustão de nutrientes, bactérias morrem
resíduo de biomassa morta
sofre tratamento secundário
sólidos usados para alimentar digestores
aeróbios
líquido clarificado continua tratamento
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
carga orgânica
importante no controlo do processo
calcula-se a razão alimento para microrganismo (F/M)
F/M elevado – rápido aumento de biomassa
F/M baixo – pouca disponibilidade de nutrientes e
crescimento lento
F
M
=
massa de CBO diariamente aplicada à fase biológica
biomassa microbiana total na fase biológ ica
F
fluxo (m3 /dia) x CBO (kg/m3 )
=
M volume do tanque (m3 ) x MLSS (kg/m3 )
MLSS – sólidos em suspensão
65
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
poço profundo
variante do sistema de lamas activadas
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
poço profundo
poço contém efluente a tratar
ar comprimido entra pela base
atravessa secção central
contra-corrente na parte externa
efluente secundário pré-tratado sedimenta
parte das lamas produzidas retornam para entrada
necessário desgaseificar
remoção de bolhas de N2 e CO2 dos flocos
facilita sedimentação
66
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
poço profundo
arejamento suplementar permite utilização de ~90% de O2
4.5 vezes melhor que sistema convencional de lamas
activadas
tempo de contacto das bolhas formadas mais longo
muito eficaz em áreas restritas
reduzida “pegada de carbono”
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
sistemas com oxigénio puro
alimentados com tanques de oxigénio
melhor taxa de transferência de O2
permite tratamento de maior carga orgânica por unidade de
volume
elevada produtividade em espaços restritos
67
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
sistemas com oxigénio puro
elevados custos de instalação, funcionamento e manutenção
risco de explosão
corrosão acelerada do equipamento
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
contactor biológico rotativo
variação dos filtros biológicos
combina vantagens destes com menor “pegada” e maior
exposição microbiana
discos submersos onde cresce biomassa
discos giram
microrganismos estão alternadamente submersos no
efluente e arejados
útil em casos de variações sasonais
68
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
bioreactores de membrana
3 tipos:
separação sólido/líquido
permeáveis a gases
sistemas extractivos
membranas retêm totalidade de microrganismos
aceleração da bioactividade e da velocidade de
remediação
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
bioreactores de membrana
relevância para xenobióticos
degradados por bactérias com longos períodos de
adaptação
níveis elevados de biomassa requerem muito O2 disponível
69
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento aeróbio de efluentes
tratamento de esgotos
bioreactores de membrana
grande capacidade de degradação para compostos
persistentes
benzeno, nitrobenzeno, dicloroanilina, PAHs
eficiência de remoção pode chegar a 99%
pequena percentagem dos contaminantes não transformada
em CO2 e H2O
produtos secundários
mais caros que reactores convencionais
produzem menor quantidade de lamas
adequados para condições em que se pretende obter
efluentes finais de elevada qualidade
Biotecnologia Ambiental
TPC
70
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
utilização de plantas em aplicações de biotecnologia ambiental
fitorremediação
bioacumulação
fitoextracção
fitoestabilização
rizofiltração
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
mecanismos básicos
remoção e acumulação de substâncias nos tecidos da planta
remoção e subsequente volatilização na atmosfera
facilitação de tratamento no solo
tratamentos utilizam ciclos naturais da planta e do seu ambiente
plantas seleccionadas:
de acordo com clima
capacidade de sobreviver em contacto com contaminante
capacidade de atingir objectivo
por vezes, capacidade de incentivar crescimento microbiano
71
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
vantagens
estética
melhor aceitação pelo público
mais barato que outros sistemas
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitossistemas terrestres
espécies que hiperacumulam contaminantes
plantas depois colhidas
espécies que actuam como bombas ou sifões
removem contaminantes do solo e depois dispersam-nos na
atmosfera
espécies que permitem biodegradação de moléculas orgânicas
relativamente grandes
hidrocarbonetos, …
72
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitorremediação
investigação desde os anos 1990
uso directo e in situ de plantas verdes vivas para tratamento de
solos contaminados, lamas ou águas subterrâneas, por
remoção, degradação ou confinamento dos contaminantes
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitorremediação de metais
algumas plantas possuem capacidade natural para remover ou
estbilizar metais
bioacumulação
fitoextrcção
rizofiltração
fitoestabilização
73
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitorremediação de metais
fitoextracção
absorção de contaminantes metálicos a partir do solo pelas
raízes e sua deslocação para as partes aéreas da
planta
algumas espécies capazes de absorver enormes
quantidades de metais
hiperacumuladoras
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitorremediação de metais
fitoextracção
metais mais facilmente extraídos
cobre, níquel, zinco
74
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitorremediação de metais
fitoextracção
Pteris vittata (um feto) acumula As
5 g/kg
TPC
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitorremediação de metais
hiperacumulação
plantas escolhidas de acordo com contaminante, clima e
condições do local
plantas colhidas após tempo suficiente
metal acumulado removido permanentemente do local de
contaminação
processo pode ser repetido com plantas novas até se atingir a
remediação pretendida
75
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitorremediação de metais
hiperacumulação
plantas colhidas contêm grandes quantidades de metal
necessidade de tratamento
compostagem
co-compostagem para diluir teor de metal no
composto final
incineração
cinzas colocadas em aterro de resíduos perigosos
1/10 do espaço necessário para colocar solo
não tratado
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
TPC
Fitorremediação de metais
hiperacumulação
plantas colhidas contêm grandes quantidades de metal
tratamento alternativo
reciclagem dos metais
76
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitorremediação de metais
rizofiltração
absorção, adsorção ou precipitação, nas raízes de plantas, de
contaminantes presentes no solo ou na água
mais usada para tratar águas subterrâneas
plantas crescidas em hidroponia
depois gradualmente aclimatizadas às características da água
a tratar
depois plantadas no local a tratar
assimilam poluentes em solução
colhidas quando saturadas
biomassa recolhida requer tratamento
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitorremediação de metais
rizofiltração
girassóis usados em Chernobyl para remover contaminação
por urânio radioactivo na água
TPC
77
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitorremediação de metais
fitoestabilização
absorção e acumulação, adsorção ou precipitação nas raízes
das plantas
plantas não são colhidas
poluentes imobilizados, não removidos
redução da biodisponibilidade
prevenção da migração
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitorremediação de metais
fitoestabilização
prática preferível para:
locais com pouca poluição
grandes áreas de poluição, em que outros tipos de
remediação não são possíveis
em locais com elevadas concentrações de metais, possibilita
existência de vegetação
78
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitorremediação orgânica
fitodegradação
rizodegradação
fitovolatilização
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitorremediação orgânica
fitodegradação
biodegradação de contaminantes
interna - após absorção pela planta
produtos de degradação dos contaminantes
incorporados na planta
externa - utilizando enzimas excretadas pela planta
aplicada solventes clorados, explosivos, herbicidas, …
79
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitorremediação orgânica
fitodegradação
metabolitos acumulados terão que ser ou não tóxicos ou
muito menos tóxicos que os contaminantes originais
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitorremediação orgânica
rizodegradação
biodegradação de contaminantes no solo, por microrganismos
edáficos, estimulada pelo carácter da rizosfera
rizosfera tem grande actividade microbiana
raízes aumentam oxigenação na sua vizinhança e
libertam metabolitos
aumento da velocidade e eficácia da
biodegradação de compostos orgânicos
fungos micorrízicos associados às raízes auxiliam
metabolização de contaminantes
80
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitorremediação orgânica
rizodegradação
processo mais lento que a fitodegradação
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitorremediação orgânica
fitovolatilização
absorção de contaminantes pelas plantas e sua libertação
para a atmosfera, numa forma modificada
exemplo
variedade geneticamente modificada do choupo amarelo
(Liriodendron tulipifera)
introdução do gene da reductase do mercúrio (mer
A)
tolerância a maiores concentrações de mercúrio
converte forma iónica a forma elementar
removido do solo e volatilizado
TPC
81
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitorremediação orgânica
fitovolatilização
exemplo
choupos volatilizam ~90% do tricloroetileno que
absorvem
TPC
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitorremediação orgânica
fitovolatilização
perigo da volatilização?
taxa de libertação deve ser tal que diluição no ar torne
compostos não tóxicos
82
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitorremediação
limitada a locais em que a poluição se encontra próximo da
superfície e nível freático elevado
raízes de árvores com elevada penetração no solo permitem
remediação a maiores profundidades
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Contenção hidráulica
água puxada, através do solo, para as raízes
depois eliminada pela planta
diminui penetração dos contaminantes solúveis
menor contaminação de camadas profundas e águas
subterrâneas
83
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Contenção hidráulica
faixas ripárias
impedem entrada de contaminantes em cursos de água
também colocadas em redor de locais afectados
contenção da migração de compostos químicos
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Contenção hidráulica
faixas ripárias
variedades de choupos e salgueiros eficazes na redução de
lixiviados de nitratos e fosfatos
impedem adubos agrícolas de contaminar cursos de água
84
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Contenção hidráulica
faixas ripárias
permitem integração de outros processos de fitorremediação
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Contenção hidráulica
produção de camadas vegetativas
plantas impedem percolação de água da chuva para aterros
redução de lixiviados
simultaneamente reduzem erosão
alternativa à impermeabilização com argila ou geopolímeros
85
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Contenção hidráulica
bio-bund
plantação densa de árvores (normalmente salgueiros) numa
margem trabalhada
funciona como tampão
controlo da migração de poluentes químicos
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Selecção de plantas
adequação ao método e contaminante(s)
exemplo
plantação de variedades de erva entre árvores
estabiliza e protege o solo
produz grande quantidade de raízes finas perto da
superfície
adequada à transformação de contaminantes hidrofóbicos
benzeno, tolueno, etilbenzeno, xilenos, PAHs
86
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitossistemas aquáticos
diversas espécies aquáticas podem ser usadas em tratamentos
algas
macrófitas
mecanismos semelhantes aos das plantas terrestres
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitossistemas aquáticos
sistemas de tratamento com macrófitas
entrada de efluente num reservatório de volume superior
lagoa artificial com macrófitas estabelecidas
podem ser usados corpos de água naturais
estabelece-se um fluxo hidráulico suave
efluente atravessa lentamente o sistema
tempo de retenção relativamente longo permite:
sedimentação
absorção de contaminantes
biodegradação
fitotransformação
87
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitossistemas aquáticos
sistemas de tratamento com macrófitas
mecanismos de remoção de poluentes semelhantes aos de
sistemas terrestres
independentemente das características do local ou das
macrófitas
métodos bióticos e abióticos
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitossistemas aquáticos
sistemas de tratamento com macrófitas
principais processos biológicos
absorção directa e acumulação
tratamento restante por processos físicos e químicos
nas interfaces
entre água e sedimentos
entre sedimentos e raízes
entre o corpo da planta e a água
88
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitossistemas aquáticos
sistemas de tratamento com macrófitas
processos primários:
absorção e transformação de contaminantes por
microrganismos e plantas
seguida de biodegradação e biotransformação
absorção, adsorção e permuta iónica nas superfícies das
plantas e sedimentos
filtração e precipitação de contaminantes por contacto
com o sedimento
sedimentação de sólidos em suspensão
transformação química de contaminantes
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitossistemas aquáticos
sistemas de tratamento com macrófitas
papel principal das macrófitas é indirecto
criar condições para remediação microbiana
ocorrem também processos físico-químicos
89
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
TPC
Fitossistemas aquáticos
sistemas de tratamento com macrófitas
macrófitas de rápido crescimento têm elevado potencial de
absorção de vários componentes de efluentes
ex:
variedades do jacinto de água (Eichhornia spp.)
podem aumentar a sua biomassa até
10 g/m2/dia
elevada abstracção de N e C a partir do ambiente
grande capacidade de absorver N da água
também eficazes em degradar fenóis e
reduzir Cu, Pb, Hg, Ni e Zn em
efluentes
utilização em climas quentes
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitossistemas aquáticos
sistemas de tratamento com macrófitas
compostos fosforados mais difíceis de
remediar
risco de eutrofização
provavelmente relacionado com menor
oxigenação das raízes em zonas de
águas “lentas”
solos com Al ou Fe mais eficazes na
remoção destes compostos
presença dos metais na rizosfera
necessária para abstracção de
fósforo a partir da água
90
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitossistemas aquáticos
sistemas de tratamento com macrófitas
baixos custos de capital
custos de operação mais baixos que sistemas de eficácia
semelhante
quando bem desenhadas, são auto-suficientes
baixa necessidade de energia
energia solar, directa ou indirecta (fotossíntese)
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
TPC
Fitossistemas aquáticos
sistemas de tratamento com macrófitas
vários exemplos com utilização de Phragmites e Typha
91
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitossistemas aquáticos
sistemas com películas de nutrientes
alternativa aos sistemas convencionais com macrófitas
plantas crescem numa fina película de água, contida num
recipiente impermeável
efluente flui directamente sobre as raízes
reduz problemas de transferência de massa
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitossistemas aquáticos
sistemas de tratamento com algas
principal utilização na remoção de N e P de efluentes
também usados para alguns compostos orgânicos
92
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitossistemas aquáticos
sistemas de tratamento com algas
tratamento de efluentes
baseado no princípio da eutrofização funcional
equilíbrio dinâmico entre algas autotróficas e
bactérias heterotróficas
processo de biodegradação/assimilação em 2
fases
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitossistemas aquáticos
sistemas de tratamento com algas
tratamento de efluentes
contaminantes orgânicos do efluente degradados pelas
bactérias aeróbias
bactérias usam O2 proveniente da fotossíntese das algas
algas crescem usando os nutrientes produzidos pela
degradação bacteriana
93
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitossistemas aquáticos
sistemas de tratamento com algas
tratamento de efluentes
processo é auto-suficiente e auto-limitante
a certa altura produz-se eutrofização e morte de
todos os organismos
necessária remoção de excesso de algas e
biomassa bacteriana
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitossistemas aquáticos
sistemas de tratamento com algas
tratamento de efluentes
lagoas de algas de alta taxa (high rate algal pond)
um dos mais eficazes
bioreactor pouco profundo
elevada razão área superficial/volume
paredes internas criam um canal por onde flui o
efluente
agitador de pás no extremo de entrada do efluente
areja e empurra o efluente
94
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitossistemas aquáticos
sistemas de tratamento com algas
tratamento de efluentes
lagoas de algas de alta taxa (high rate algal pond)
sistemas não sensíveis a flutuações de alimentação
quantidade ou qualidade do efluente
alimentação contínua ou não
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitossistemas aquáticos
sistemas de tratamento com algas
tratamento de efluentes
lagoas de algas de alta taxa (high rate algal pond)
factores que afectam eficácia:
composição do efluente
eficiência da agitação
tempo de retenção
disponibilidade e intensidade da luz
profundidade da lagoa
temperatura
95
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitossistemas aquáticos
sistemas de tratamento com algas
tratamento de efluentes
lagoas de algas de alta taxa (high rate algal pond)
após tempo adequado de retenção
água despejada para utilização ou retorno a
cursos de água
retirada periódica das algas permite remover
contaminantes e promover crescimento de
novas algas
biomassa recuperada usada em:
compostagem (principal)
rações animais
material isolante
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Fitossistemas aquáticos
sistemas de tratamento com algas
sequestração de carbono
fitoplancton marinho usa C dissolvido na água, durante
fotossíntese
C incorporado na biomassa
aumento do fluxo de C proveniente da atmosfera
quando fitoplancton morre, afunda retendo C
C passa a fazer parte do “ciclo lento” nos sedimentos
do fundo do oceano
sumidouros de C
CO2 atmosférico removido da circulação na
biosfera
96
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
TPC
Fitossistemas aquáticos
sistemas de tratamento com algas
sequestração de carbono
algas podem ser usadas para sequestrar C
sistema BioCoil
algas unicelulares contidas num tubo estreito, em
espiral
gases de escape de um gerador atravessam
espiral
água enriquecida em CO2 garante condições
optimizadas de fotossíntese para algas
melhoradas por utilização de luz artificial
biomassa recolhida é seca e utilizada como
combustível
97
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
TPC
Fitossistemas aquáticos
sistemas de tratamento com algas
sequestração de carbono
algas podem ser usadas para sequestrar C
sistema ACSACS
algas filamentosas crescem num suporte
polimérico
gases de escape ricos em CO2 atravessam o
reactor até à superfície
melhoria das condições para fotossíntese
biomassa em excesso recolhida
usada em compostagem
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
TPC
98
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Fitotecnologia
TPC
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
de origem animal:
gorduras, proteínas e hidratos de carbono resultantes da
digestão incompleta de alimentos de origem animal e
vegetal
resíduos de matadouro
os anteriores mais gorduras e proteínas resultantes do
abate
materiais excretados pelos animais
produtos resultantes da degradação metabólica
ureia e outros pequenos compostos azotados, ...
bactérias mortas e vivas, residentes no aparelho digestivo dos
animais
99
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
de origem vegetal:
celulose
hemicelulose
lenhina
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
2.5x109 t/ano na UE
1x109 t de origem agrícola
5.5x108 t de resíduos florestais e de jardinagem
5x108 t de esgotos
2.5x108 t da indústria alimentar
2x108 t de resíduos sólidos municipais
2000
100
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
aterros sanitários
resíduos biológicos sofrem biodegradação natural
autólise seguida de putrefacção
depende de:
natureza e idade do material
temperatura
humidade
…
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
aterros sanitários
decomposição aeróbia nas camadas mais superficiais
CO2
decomposição anaeróbia em camadas mais profundas
CO2 + CH4 + H2 + NH3 + H2S
limitação de utilização de aterros, pela UE, devido a
CH4
até 2020, estados terão que reduzir em 65%,
relativamente a 1995, deposição de
bioresíduos
101
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
aterros sanitários
bioresíduos podem agravar produção de lixiviados poluentes
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
objectivos:
reduzir o potencial de efeitos adversos para ambiente e
saúde humana
obter materiais para reutilização
N, K, P, …
produzir um produto final útil
102
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
decomposição de bioresíduos por microrganismos para obter
um material estável e de menores dimensões
moléculas orgânicas complexas convertidos em
compostos mais simples
apropriados para reciclagem
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
vantagens ambientais:
redução do volume de bioresíduos colocados em aterros
redução das emissões de gases pelos aterros
redução do efeito de estufa
libertação de espaço para materiais mais adequados
a aterros
produção de um produto fertilizante
redução da procura de turfa
redução da utilização de ferilizantes artificiais
aumento da fertilidade dos solos
reduzir efeitos da erosão
103
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
maior sucesso com resíduos de origem vegetal
maior eficácia quando existem esquemas de separação e
recolha de bioresíduos adequados
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem e digestão anaeróbia são principais processos
vermicompostagem
conversão em etanol
fermentação eutrófica
104
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem
4 fases:
fase de latência
T ambiente (~22 ºC)
microrganismos infiltram-se, colonizam e
adaptam-se ao material
fase de crescimento
~22 ºC a ~40 ºC
crescimento e reprodução microbiana
aumento da taxa de respiração
aumento da temperatura
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem
4 fases:
fase termofílica
~40 ºC a ~60 ºC
composto alcança T máxima
esterilização máxima de patogénios
no final da fase, T desce para ~40 ºC
fase de maturação
~40 ºC a T ambiente
2ª fase mesofílica, mais lenta
actividade microbiana diminui
compostos orgânicos complexos transformados
em substâncias húmicas
NH3 residual nitrificada em NO2 e depois NO3
105
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem
numa instalação municipal há carência de tempo e
espaço
velocidade de colonização microbiana é limitante
necessidade de reduzir fase de latência
adequação do tamanho de partícula do
material
trituração, ...
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem
processo altera razão C/N do material
conversão de C orgânico em CO2
razão C/N inicial é importante para eficácia do processo
C/N > 25 pode inibir mineralização de N
problemas na utilização como fertilizante
106
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem
decomposição inicial levada a cabo por bactérias
mesofílicas
aquecimento produzido cria condições para termófilos
principais responsáveis pela degradação de
hidratos de carbono e proteínas
inibidos pelas temperaturas máximas
alcançadas (70 ºC – 75 ºC)
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem
na fase de maturação, actinomicetas tornam-se
dominantes nas camadas superficiais
decomposição de celulose e lenhina
107
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem
mineralização de N:
Nitrosomonas
convertem NH3 em NO2
Nitrobacter
convertem NO2 em NO3
bactérias inactivadas a T>40 ºC e com crescimento
lento
actuam sobretudo na fase de maturação
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem em larga escala
razão área superficial vs. volume reduzida
dificulta entrada de O2
5 + 1 estratégias:
pilhas reviradas (windrow)
pilhas estáticas
túnel
tambor rotativo
sistema fechado (in-vessel)
raramente compostagem em torre
108
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem em larga escala
não existe um sistema preferencial
escolha depende de:
natureza e quantidade de bioresíduos
qualidade pretendida do produto final
tempo disponível
mão de obra
disponibilidade de terreno
custos
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem em larga escala
pilhas reviradas
bioresíduos colocados em longas filas paralelas
2 – 3 m altura x 3 – 4 m largura, na base
pode existir em local fechado; mais comum no
exterior
maior exposição exterior torna controlo mais
difícil
tipicamente usado para resíduos de parques e jardins
109
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem em larga escala
pilhas reviradas
arejamento natural por difusão e convecção
aumentado por agitação periódica
melhor mistura do material e aceleração da
decomposição
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem em larga escala
pilhas reviradas
grandes necessidades de terreno
potencial mau cheiro
potencial libertação de esporos de fungos e
biopartículas durante agitação
110
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem em larga escala
pilhas reviradas
maioria das instalações em larga escala
pode ser instalado junto a aterros
redução das desvantagens
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem em larga escala
pilhas estáticas
semelhante às pilhas reviradas, mas sem agitação
filas mais altas e largas
se necessário agitar, usado equipamento agrícola
mais barato em equipamento, mão de obra e
operação
decomposição mais lenta
requer muito terreno e durante longos períodos
111
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem em larga escala
pilhas estáticas
alternativa para co-compostagem de resíduos
alimentares ou de jardim com estrume ou
lamas
arejamento forçado
chão perfurado e ventoinhas
processo acelerado
mais caro
reservado para sistemas de pequenas
dimensões e com bom controlo de
odores
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem em larga escala
túnel
muito usada na produção de cogumelos
material colocado em túneis fechados
~5 m altura x 15 m comprimento
para resíduos sólidos municipais
sacos de PE com ~1 m alt. x 60 m comp.
cheios com ~75 t de material pré-separado
ar forçado por ventiladores
fendas nas paredes laterais para saída de
CO2
112
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem em larga escala
túnel
tempo de processamento reduzido, devido a maior
facilidade de controlo das condições no interior
do túnel
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem em larga escala
tambor rotativo
“épocas” de utilização
preferidos por uem faz co-compostagem de lamas
com materiais mais fibrosos (palhas, resíduos
de jardim, …)
resíduos colocados no tambor
aço, isolado no interior para reduzir perca de
calor
rotação lenta
mistura material e auxilia arejamento
113
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem em larga escala
sistema fechado
diversos modelos
tanques pequenos de aço ou plástico
grandes gaiolas de metal
depósitos compridos de betão, com paredes
laterais altas
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem em larga escala
sistema fechado
condições internas bem controladas
utilização eficaz do espaço
mais caro, devido a necessidade de arejamento
pouco adequado para grande escala
114
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem em larga escala
depende de:
arejamento
temperatura
teor de humidade
tamanho da partícula
natureza do resíduo
aceleradores
tempo de processamento
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem em larga escala
temperatura
atingir pelo menos 55 ºC
desinfecção adequada do material
não há consenso sobre tempo de permanência
não ultrapassar 70 ºC
morte ou inactivação da maioria dos
microrganismos
desaceleração ou paragem da biodegradação
115
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem em larga escala
teor de humidade
~60% ideal
40 - 70% intervalo razoável
25 - 30 % pode originar inibição biológica
humidade demasiado elevada pode dificultar
arejamento e influenciar lixiviação
composto vai perdendo humidade, sobretudo
superficial
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem em larga escala
tamanho da partícula
necessário um compromisso
quanto mais pequenas as partículas, maior a
razão superfície/volume
mais material disponível para ataque
microbiano
acelera processo de decomposição
partículas demasiado pequenas tendem a
compactar
redução do arejamento
116
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem em larga escala
natureza do resíduo
co-compostagem pode optimizar condições
ex: lamas e estrumes
aditivos usados para melhorar natureza química ou
física do material
pouca influência no custo
mistura pode ter características de decomposição
diferentes
influência na natureza do produto final
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem em larga escala
aceleradores
apenas usados com resíduos de valor elevado
substâncias em co-compostagem podem actuar como
aceleradores
117
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
compostagem em larga escala
tempo de processamento
tempo necessário depende dos outros factores
ex: resíduos alimentares ou de jardim
< 3 meses
sistemas fechados arejados ou pilhas
reviradas
1 ano ou mais
pilhas estáticas
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
digestão anaeróbia
utilização crescente
versão controlado dos processos naturais que ocorrem
num aterro
libertação controlada de gás rico em CH4
bactérias anaeróbias convertem grandes
moléculas orgânicas em CH4 e CO2 + outros
produtos
reacção muito complexa
centenas de passos e compostos
intermédios
118
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
digestão anaeróbia
pode ocorrer em 3 gamas de temperatura:
criofílica (< 20 ºC)
mesofílica (20 - 45 ºC)
termofílica (> 45 ºC)
muito menos exotérmica que compostagem
decomposição mais irregular
biorreactores especiais permitem ultrapassar
problema
aquecimento externo
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
digestão anaeróbia
hidrólise
hidratos de carbono, celulose, proteínas e gorduras
degradados e liquefeitos
enzimas extracelulares produzidas pelas bactérias
hidrolíticas
119
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
digestão anaeróbia
hidrólise
proteínas originam aminoácidos
gorduras produzem ácidos gordos de cadeias longas
hidratos de carbono degradam a açúcares simples
polímeros biológicos complexos (celulose, …)
degradados em substâncias solúveis
passo limitante da digestão
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
digestão anaeróbia
hidrólise
velocidade depende de:
natureza e disponibilidade do substrato
população microbiana
temperatura
pH
120
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
digestão anaeróbia
acidogénese
produtos da hidrólise mais ácidos gordos voláteis
derivados das proteínas, gorduras e hidratos
de carbono convertidos em ácidos acético,
lático e propiónico
pH baixa
também produzidos metanol e outros álcoois simples,
CO2 e H2
proporção dos diferentes produtos depende de:
espécies microbianas
condições ambientais no reactor
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
digestão anaeróbia
metanogénese
anaeróbios estritos
crescimento mais lento que os anteriores
produção de CH4 a partir dos compostos
produzidos nas fases anteriores
ácido acético e acetatos são os mais
importantes
CH3COOH ↓ CH4 + CO2
CH3OH + H2 ↓ CH4 + H2O
CO2 + 4H2 ↓ CH4 + 2H2O
121
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
digestão anaeróbia
metanogénese
bactérias metanogénicas convertem ácidos gordos
voláteis em CH4
limitam descida do pH
metanogénicas só subsistem a pH 6.6 - 7.0
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
digestão anaeróbia
4 grupos de bactérias:
hidrolíticas fermentativas
Clostridium e Peptococcus
acetogénicas
Syntrophobacter e Syntrophomonas
metanogénicas acetoclásticas
Methanosarcina e Methanothrix
metanogénicas hidrogenotróficas
Methanobacterium e Methanobrevibacterium
122
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
digestão anaeróbia
operações apenas em larga escala
requer mais recursos
requer mão de obra mais qualificada
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
digestão anaeróbia
diversos sistemas
123
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
digestão anaeróbia
reactor compartimentado
fluxo horizontal de bioresíduo através do corpo do
reactor
adequado para diversos materiais
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
digestão anaeróbia
reactor de leito fixo
placa na qual se estabelece um biofilme bacteriano
digestão dá-se na sua superfície
ideal para resíduos com baixo teor de sólidos
124
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
digestão anaeróbia
reactor de mistura completa
biomassa produzida durante o processo é reciclada,
após remoção de água
aumenta tempo de retenção para sólidos
usado para bioresíduos industriais densos
tanque de agitação contínua
semelhante ao anterior, mas sem recirculação
tratamento de resíduos líquidos ou pouco densos
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
digestão anaeróbia
reactor de leito fluidizado
meio de crescimento microbiano interno
fluidizado pelo resíduo líquido circulante
adequado para resíduos líquidos ou muito diluídos
125
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
digestão anaeróbia
processos multi-fásicos
diversas fases separadas em reactores diferentes
usados sobretudo em investigação
upflow anaerobic sludge blanket (UASB)
número relativamente elevado de bactérias activas
adequados para tratamento de resíduos com baixo
teor de sólidos
usado em reíduos líquidos industriais ou
suspensões ligeiras
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
digestão anaeróbia
influenciada por factores físicos e químicos
temperatura
tempo de retenção
agitação
humidade
alimentação
taxa de carga
pH
concentração de ácidos gordos voláteis
126
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
digestão anaeróbia
temperatura
sistemas comerciais operam a ~35 ºC ou ~55 ºC
temperatura relativamente constante é essencial
tempo de retanção
relação directa entre temperatura e tempo de
retenção
optimização mais fácil se fases acidogénica e
metanogénica separadas
só utilizada em escala laboratorial
“scale-up” encarece
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
digestão anaeróbia
agitação
melhor mistura do material
ausência de “zonas mortas”
aumenta disponibilidade do resíduo para bactérias
ajuda a dispersar e remover produtos de degradação
uniformização da temperatura no digestor
humidade
se resíduo demasiado seco, necessário adicionar um
líquido
água, líquido de recirculação, …
127
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
digestão anaeróbia
alimentação
tamanho de partícula e natureza do material são
importantes para a degradação
partículas mais finas permitem melhor
processamento
taxa de carga
depende de:
características do resíduo
humidade
volume do digestor
tempo de retenção
…
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
digestão anaeróbia
pH e concentração de ácidos gordos voláteis
factores interdependentes
muitas das bactérias são dependentes do pH
concentrações elevadas de ácidos gordos voláteis
indicam instabilidade no digestor
aumento da concentração ácidos goros
voláteis é habitualmente acompanhada
por decréscimo de pH
128
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
vermicompostagem
camadas mais finas que em compostagem
requer mais espaço
grande produção de biomassa
população inicial de ~500 animais/m2
após adaptação taxa de produção de biomassa 0.07kg/m2
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
vermicompostagem
requer cuidadoso controlo das condições ambientais
organismos possuem limites físicos e biológicos mais
estreitos que microrganismos usados na compostagem
arejamento eficaz, devido à elevada razão
superfície/volume
sobretudo nas camadas superficiais, onde se
encontra a maioria dos vermes
129
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
vermicompostagem
desenho tem em conta garantir a humidade necessária
aos vermes
permuta de gás através da pele
drenagem impede excesso de água
coberturas bem ventiladas, sobretudo em instalações no
exterior
evitar problemas relacionados com meteorologia
evitar luz do dia
maior período de “trabalho” dos vermes
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
vermicompostagem
diversas espécis de vermes
2 grandes grupos
minhocas
minhocas vermelhas
130
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
vermicompostagem
minhocas
Lumbricus, Amynthas, Pheretima elongata
escavadoras
consomem material biológico morto directamente
do solo
não assimilam directamente bioresíduos
produzem vermicomposto, o qual contém o
valor nutricional dos compostos
orgânicos transformados
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
vermicompostagem
minhocas vermelhas
Dendrobaena, Helodrilus, Eisenia
alimentam-se rápida e directamente do resíduo
consomem mais de metade do seu peso por dia
material convertido em biomassa
crescimento dos vermes e aumento da
população
minhocas decompõem-se e mineralizam eficazmente
os bioresíduos
131
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
vermicompostagem
redução no volume dos resíduos
por vezes > 70%
produz material final bem estabilizado
rico em K, N, P e outros minerais
elevado valor como fertilizante
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
vermicompostagem
biomassa pode ser recolhida
como cultura de início para vermicompostagem
venda como isco
132
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
vermicompostagem
combinação com compostagem
pré-compostagem permite inactivação termofílica de
patogénios
durante esta fase há redução dos teores de
amónia
vermes muito sensíveis a NH3
pode haver um efeito negativo no crescimento e
reprodução dos vermes
acção dos vermes origina mais rapidamente um
produto de elevada qualidade
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
conversão em etanol
conversão da celulose, contida em muitos bioresíduos,
em EtOH
133
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
TPC
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
conversão em etanol
ex: California
produz > 51x106 t resíduos (massa seca)
capacidade de produzir > 13x109 L EtOH
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
fermentação eutrófica
biodegradação aeróbia acelerada
fermentação - toda a degradação microbiana
eutrófica - ambiente rico em nutrientes, onde ocorre
134
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
fermentação eutrófica
resíduo convertido em lama fina
colocado no bioreactor, arejado por difusores na base
agitado e aquecido a ~35 ºC
resíduo degrada-se
ao fim de 35 dias pode recuperar-se 10% do volume
original, sob forma de sólidos
líquido obtido contém 6 - 10% de sólidos em
suspensão
uso como fertilizante
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
bioresíduos
tratamento biológico de resíduos
fermentação eutrófica
aplicação essencialmente laboratorial
possível transição para aplicação comercial?
TPC
135
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
TPC
Biotecnologia Ambiental
Tratamento de resíduos
TPC
136
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Manipulação genética
isolamento de DNA
Biotecnologia Ambiental
Manipulação genética
recombinação de DNA
137
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Manipulação genética
inserção de DNA
Biotecnologia Ambiental
Manipulação genética
bactérias recombinantes
expansão das vias metabólicas
modificação da capacidade metabólica
introdução de novas vias
aplicações:
melhor degradação de contaminantes
produção de enzimas para a indústria
…
processos menos agressivos para o ambiente
138
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Manipulação genética
bactérias recombinantes
ex:
estirpe de E. coli em que foram colocados 15 genes de
Pseudomonas
obter uma via de produção de indigo para colorir ganga
evita uso de produtos químicos (método tradicional)
TPC
Biotecnologia Ambiental
Manipulação genética
leveduras recombinantes
vírus recombinantes
139
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Manipulação genética
plantas transgénicas
aumentar a tolerância a condições ambientais extremas
adaptar plantas à assimilação de poluentes
degradação ou dispersão por fitoremediação
modificar plantas para produzir materiais que conduzam à
redução da poluição ambiental
Biotecnologia Ambiental
Manipulação genética
plantas transgénicas
problemas:
paredes celulares rígidas
técnicas especializadas de transformação
ausência de plasmídeos
manipulação feita em bactérias e produto final transferido
para a planta
140
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Manipulação genética
plantas transgénicas
maioria produzida por transferência do plasmídeo Ti de
Agrobacterium tumefaciens
Biotecnologia Ambiental
Manipulação genética
plantas transgénicas
técnica de bombardeamento com partículas (gene gun)
141
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Manipulação genética
plantas transgénicas
técnica de fusão de protoplasto
parede celular removida
permeável a pequenos fragmentos de DNA
Biotecnologia Ambiental
Manipulação genética
plantas transgénicas
inserção de DNA no genoma é aleatória
142
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Manipulação genética
TPC
plantas transgénicas
exemplos:
proteger plantas de vírus, fungos e agentes de oxidação
planta transgénica expressa ferritina
proteína quelante de ferro
resistência aos efeitos do glicofosato
herbicida análogo a fosfoenol piruvato
TPC
actividade devida a inibição de 5enolpiruvilshikimato-3-fosfato sintase
gene que codifica para a enzima introduzido nas plantas
Biotecnologia Ambiental
Manipulação genética
TPC
plantas transgénicas
exemplos:
alternativa
transferir genes das monooxigenases do citocroma P450
de mamíferos para plantas de tabaco
genes envolvidos na desintoxicação de xenobióticos
plantas transgénicas mostram resistência a herbicidas
143
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Manipulação genética
plantas transgénicas
exemplos:
genes para d-endotoxina em Bacillus thuringiensis
transferidos para plantas
maior resistência a pestes
Biotecnologia Ambiental
Manipulação genética
plantas transgénicas
exemplos:
bactérias usam lactonas de N-acilhomoserina (AHLs) para
comunicar entre si
capazes de detectar, e reagir, se o seu número se reduz
abaixo de um valor crítico
criadas plantas transgénicas capazes de exprimir mesmo sinal
bactérias “enganadas”
plantas mais resistentes a infecção
TPC
144
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Manipulação genética
plantas transgénicas
exemplos:
Pseudomonas syringae produz proteína que promove
produção de cristais de gelo, a pouco menos de 0 ºC
maior risco de dano por geada, em plantas
obtenção de mutantes sem esta capacidade e introdução do
gene em morangueiros
protecção das plantas contra geada
Biotecnologia Ambiental
Manipulação genética
plantas transgénicas
exemplos:
modificação de árvores para desintoxicação de solos
contaminados com Hg
gene bacteriano responsável pela produção de uma enzima
envolvida na degradação de explosivos, transferido
para plantas de tabaco
estudo da capacidade de degradar TNT
145
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Manipulação genética
TPC
Biotecnologia Ambiental
Integração
tecnologias limpas
sistema integrado
processos de produção colaboram na redução de resíduos e
na minimização da poluição
146
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
bioenergia
energia de todos os biocombustíveis originada no Sol
biosfera recolhe ~2x1021 J/ano
durante combustão da biomassa e outros processos metabólicos
C orgânico reage com O2
liberta maioria da energia, sobretudo como calor
matéria residual reutilizada por ciclos naturais
2.5x1011 t/ano de matéria seca na biosfera
1x1011 t são carbono
Biotecnologia Ambiental
Integração
bioenergia
substituição de combustíveis fósseis
bioenergia apenas liberta C absorvido durante crescimento
só usa C “moderno”
não origina contribuição atmosférica de CO2 “antigo”
147
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
biocombustíveis
biogás
gás rico em CH4, resultante da degradação de moléculas
orgânicas complexas por bactérias anaeróbias
combustível
valor energético - 21-28 MJ/m3
Biotecnologia Ambiental
Integração
biocombustíveis
biogás
principal via de produção de CH4 é a do acetato/ácido acético
~75% do gás produzido
restante obtido via MeOH ou CO2 e H2
148
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
biocombustíveis
biogás
optimização de condições é difícil
nem elevada redução de resíduos nem elevada produção
de gás
na prática, só produzidos ~25% do biogás potencial
Biotecnologia Ambiental
Integração
biocombustíveis
biogás
utilização
biogás mais puro que gás produzido em aterros
maioria da matéria inorgânica e poluentes potenciais
excluídos do reactor
biogás queimado e parte da energia transformada em
electricidade
processos termodinamicamente pouco eficazes
149
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
biocombustíveis
EtOH
fermentação produz EtOH em água
destilação simples para obter EtOH a 95%
codestilação azeotrópica para obter EtOH anidro
pode ser usado como substituto do combustível fóssil ou em
conjunto
menor poder calorífico que petróleo, mas melhores
propriedades de combustão
Biotecnologia Ambiental
Integração
biocombustíveis
EtOH
150
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
biocombustíveis
EtOH
principais culturas utilizadas:
milho e soja – EUA e China
cana de açúcar – Brasil e Índia
beterraba sacarina, trigo e cevada – Europa
mandioca – Ásia e África
produção:
EUA, Brasil, Europa – 95%
Índia, Canadá, China - ~5%
Biotecnologia Ambiental
Integração
biocombustíveis
EtOH
calcula-se que entre 2003 e 2030, consumo de energia no
mundo aumente 71%
produção internacional de EtOH cresceu 165% entre 2000 e
2005
grande parte de terra arável utilizada em produção de
biocombustíveis
151
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
biocombustíveis
EtOH
tentativas de produção de EtOH a partir de diversos resíduos
microrganismos naturais
enzimas isoladas
organismos geneticamente modificados
Biotecnologia Ambiental
Integração
biocombustíveis
EtOH
152
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
biocombustíveis
EtOH
tecnologia conseguiu ultrapassar dificuldades na fermentação
da celulose
destilação final produz grandes quantidades de produtos
secundários potencialmente poluentes
“vinhaças” com CBO e CQO elevados
6-16 L produzidos por litro de EtOH destilado
Biotecnologia Ambiental
Integração
biocombustíveis
EtOH
tratamento das “vinhaças” é caro
alternativas:
tratamentos anaeróbios
processo integrado num único local
fermentação de bioresíduos para obtenção de
EtOH
destilação do EtOH
produção de biogás a partir das “vinhaças”
fase final de estabilização aeróbia
153
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
biocombustíveis
talhadia de curta rotação
estabelecimento de plantações, que serão colhidas de forma
sustentável
fonte, a longo prazo, de biomassa para combustão
utiliza espécies hibridas de rápido crescimento
Salix, Populus
Biotecnologia Ambiental
Integração
biocombustíveis
talhadia de curta rotação
exige quantidades substanciais de terra
períodos de cultura de 2-4 anos antes de produzir
quando estabelecidas, culturas produzem 8-20 t/hectare/ano
de matéria seca
valor calorífico de ~15x109 J/t
154
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
biocombustíveis
talhadia de curta rotação
colheita em rotação
diferentes secções alcançam estado de colheita em cada
ano
árvores são podadas e não derrubadas
obtenção de material em contínuo
Biotecnologia Ambiental
Integração
biocombustíveis
talhadia de curta rotação
utilização por combustão
troncos pequenos ou pedaços
geralmente para aquecimento
potencial para produção de electricidade
155
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
biocombustíveis
integração de bioresíduos
após compostagem ou digestão anaeróbia, materiais
aplicados nos solos como condicionantes
reduzem necessidade de irrigação
reduz problemas relacionados com seca
reduz lexiviação de nitratos do solo
Biotecnologia Ambiental
Integração
biocombustíveis
biodiesel
derivado de óleos vegetais, através de processos químicos
não verdadeiramente biotecnológico
vantagens:
uso directo, em motores não modificados
pode ser usado como combustível único, ou em misturas
emissão reduzida de partículas
melhores propriedades lubrificantes
em mistura, melhora a biodegradabilidade do diesel
convencional
gases de escape menos prejudiciais
menores teores de PAHs e nPAHs
156
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
biocombustíveis
biodiesel
Biotecnologia Ambiental
Integração
biocombustíveis
biodiesel
relatório da UE conclui que:
produção actual é poluente
biodiesel ineficaz em termos de custo e energético
157
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
supressão de doenças em plantas
utilização de extractos de composto
controlo de doenças específico para algumas culturas
acção dupla:
protecção contra doenças das folhas
inóculo para restaurar ou aumentar comunidades
microbianas no solo
Biotecnologia Ambiental
Integração
supressão de doenças em plantas
extractos são método natural muito eficaz
reduz necessidade de intervenção química
158
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
supressão de doenças em plantas
mecanismos prováveis:
competição directa com o agente patogénico
indução de resistência à doença
inibição da germinação de esporos
bactérias, leveduras e bolores presentes nos extractos são
agentes activos
compostos orgânicos também
fenóis, aminoácidos
Biotecnologia Ambiental
Integração
supressão de doenças em plantas
extractos preparados por 2 métodos:
“fermentação” (original)
suspensão de composto em água (1:6 em volume)
mistura repousa 3-7 dias
grosseiramente filtrada antes de usada
infusão, não verdadeira fermentação
159
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
supressão de doenças em plantas
extractos preparados por 2 métodos:
extracção com arejamento
transferência de oxigénio para o extracto, durante a sua
formação
passagem de água através do composto
licor resultante recolhido e recirculado diversas vezes
concentração e arejamento
mais activo e mais rápido (10-12 h)
Biotecnologia Ambiental
Integração
supressão de doenças em plantas
extractos aspergidos sobre as folhas
~1000 L/ha
160
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
produção de bens
bactérias produtoras de polímeros naturais
obtenção de plásticos
mais caro que por processo tradicional
plásticos mais frágeis
Biotecnologia Ambiental
Integração
produção de bens
produção de plásticos por plantas
alternativa mais eficaz
difícil conseguir o monómero desejado
variedades geneticamente modificadas de colza e agrião
produzem poli(3-hidroxibutirato-co-3-hidroxivalerato)
nas folhas e sementes
aplicação comercial
161
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
TPC
produção de bens
produção de plásticos por plantas
inserção de genes bacterianos responsáveis pela produção de
plásticos em Arabidopsis e Brassica torna processo
mais barato
fotossíntese fornece carbono e intermediários
metabólicos, obtidos a partir de ácidos gordos e
aminoácidos
produção de PHBV de boa qualidade
rendimento baixo
processo necessita afinação
Biotecnologia Ambiental
Integração
pesticidas microbianos
d-endotoxina produzida por Bacillus thuringiensis
toxina Bt activa contra membros dos:
Lepidópteros (borboletas e traças)
Dípteros (moscas, mosquitos e cecidomídios)
Coleópteros (escaravelhos)
usada há muitos anos na sua forma não modificada
várias estirpes da bactéria produzem toxinas activas contra
nº limitado de espécies de insectos
162
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
pesticidas microbianos
limitações:
nº limitado de insectos susceptíveis a cada toxina
requer dosagem com múltiplas toxinas
ingestão insuficiente pelo insecto
não letal num período suficientemente curto
instabilidade da toxina quando aplicada nas colheitas
desenvolvimento de resistência pelos insectos
Biotecnologia Ambiental
Integração
pesticidas microbianos
genes responsáveis pelas toxinas isolados
possível alteração e introdução em vectores mais eficazes
bactérias ou plantas
diminuição das limitações
163
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
pesticidas microbianos
nemátodos demonstram grande potencial
aplicados como spray
complementam B. thuringiensis
Steinernema sp.
Biotecnologia Ambiental
Integração
TPC
pesticidas microbianos
outras espécies de Bacillus usadas:
B. sphaericus produz toxina mais potente que Bt, mas mais
específica
ataca larvas de mosquito
larvas e bactérias abundantes em águas muito
poluídas
B. popillae não produz toxinas
mata hospedeiro devido a grande eficácia de reprodução
activo contra besouro japonês
saudável
infectada
164
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
pesticidas microbianos
Baculovírus:
registados para uso como insecticidas nos EUA e Europa
isolados a partir de diversas famílias de insectos
ciclo infeccioso passa por fase em que várias partículas virais
estão ligadas num grande cristal proteico
Biotecnologia Ambiental
Integração
pesticidas microbianos
Baculovírus:
cristal protege partículas até ingestão por um insecto
enzimas digestivas libertam vírus
vírus entram nos núcleos celulares do insecto
inicia ciclo de replicação viral
~12 h após infecção inicial partículas virais libertadas
infecção de células vizinhas
24 h após infecção
proteína protectora do vírus produzida em
quantidade suficiente para juntar novas
estruturas cristalinas
todos os tecidos do insecto danificados
ao morrer, insecto é uma massa de partículas
virais rodeada pela sua cutícula
165
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
pesticidas microbianos
Baculovírus:
cadáver do insecto comido por pássaros
disseminado sem ser atacado pelas enzimas
digestivas do pássaro
Biotecnologia Ambiental
Integração
pesticidas microbianos
Baculovírus:
vírus pode ser produzido em laboratório
só infecta in vivo
sequência genética da proteína pode ser substituída por gene
externo
maior capacidade de expressão
166
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
interacções planta/microrganismo
2 categorias:
microrganismos externos à planta
bactérias e bolores do solo
microrganismos internos
bactérias endófitas
bactérias envolvidas na fixação de azoto, …
bolores internos
patogénicos das plantas
Agrobacterium plasmodium e A. tumefaciens
Biotecnologia Ambiental
Integração
interacções planta/microrganismo
associações podem envolver bactérias, bolores e vírus
por vezes interacções complexas envolvendo 3-4 organismos
benefícios para plantas em ambientes deficientes em
nutrientes
167
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
interacções planta/microrganismo
microrganismos externos à planta
superficiais
ao redor e na superfície das folhas, sementes, flores e
caules
subterrâneos
subsolo e em zonas distantes das raízes
Biotecnologia Ambiental
Integração
interacções planta/microrganismo
microrganismos externos à planta
colonização da rizosfera por bactérias parece ser estimulado
pelo exudato da planta
1ª fase - atracção para as raízes
2ª fase - bactérias crescem e formam colónias
3ª fase - equilíbrio estabelecido entre massa de raízes e
nº de bactérias
exudato - fluxo de compostos orgânicos
168
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
interacções planta/microrganismo
microrganismos externos à planta
microrganismos da rizosfera dependem da planta para obter
compostos orgânicos
quando as plantas morrem os componentes degradados pelas
bactérias voltam ao solo e o ciclo recomeça
plantas afectam composição da comunidade microbiana
alguns compostos libertados pelas plantas podem ser
inibidores, outros estimulantes
Biotecnologia Ambiental
Integração
interacções planta/microrganismo
microrganismos externos à planta
microrganismos afectam crescimento das plantas
libertam para o solo factores de crescimento
afectam exudato da planta para a rizosfera
taxa de exudação depende de:
presença de bactérias do solo
redução da massa da planta, devido à colheita
alterações ambientais (luz, temperatura, …)
169
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
TPC
interacções planta/microrganismo
microrganismos externos à planta
bactérias e bolores contribuem para população da rizosfera
bolores também auxiliam crescimento da planta
micélios penetram solo ao redor da raiz
facilitam absorção de nutrientes
bactérias podem colaborar nesta associação
redução de fertilizantes artificiais
redução de danos ambientais
Biotecnologia Ambiental
Integração
TPC
interacções planta/microrganismo
microrganismos externos à planta
saúde humana
redução do efeito dos “edifícios doentes”
bactérias existentes nos vasos de plantas capazes de
degradar diversos compostos voláteis
responsáveis pelo efeito
fenóis, formaldeído e tricloroetileno
plantas contribuem ao suportar microrganismos na
sua rizosfera e ao produzir O2
170
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
interacções planta/microrganismo
microrganismos externos à planta
degradação de lenhina
bolores filamentosos auxiliam degradação
nos trópicos, acelerada por bactérias residentes no
aparelho digestivo de térmitas
requer presença de O2
Biotecnologia Ambiental
Integração
interacções planta/microrganismo
microrganismos internos à planta
bolores e bactérias internos
algumas bactérias endófitas não beneficiam nem
prejudicam a planta (comensais)
bactérias simbióticas promovem crescimento da planta ou
protegem-na de patogénicos
patogénicos da planta
bacterianos ou virais
171
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
interacções planta/microrganismo
poucos organismos capazes de fixar azoto
todos procariotas
ex: Rhizobium nos tecidos radiculares das plantas
Biotecnologia Ambiental
Integração
interacções planta/microrganismo
fixação de azoto
todos organismos vivos requerem azoto
nitrato, amónia, amónio ou aminoácidos
dependência de organismos fixadores
172
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
interacções planta/microrganismo
fixação de azoto
azoto fixado por redução a amónia
organismos livres ou em simbiose com plantas
necessária anaerobiose
enzimas irreversivelmente inactivadas por O2
Biotecnologia Ambiental
Integração
interacções planta/microrganismo
fixação de azoto
organismos livres
Clostridium e Klebsiella - anaeróbios
Cyanobacteria e Azobacter - têm que criar ambiente
anaeróbio
outras bactérias fixadoras de azoto:
Corynebacterium (bactérias filamentosas)
Rhodospirillum (bactérias fotossintéticas)
173
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
interacções planta/microrganismo
fixação de azoto
simbiotas
fixam ~10 vezes mais azoto
plantas têm maior capacidade de fornecer energia
necessária (ATP)
plantas fornecem nutrientes necessários às bactérias
ácidos dicarboxílicos
málico, succínico
Fe, S, Mo
plantas proporcionam ambiente anaeróbio
Biotecnologia Ambiental
Integração
interacções planta/microrganismo
fixação de azoto
fixação por bactérias responde apenas a necessidades da
planta, não causando poluição
fertilizantes artificiais podem ser usados em excesso
lixiviação para cursos de água
modificação de plantas para aumentar eficácia de fixação e
aumentar nº de variedades
sobretudo espécies cultivadas
174
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
interacções planta/microrganismo
bolores também são frequentes em plantas
várias ervas e diversas plantas cultivadas
tomates, maçãs, feijões, trigo, milho, …
plantas/bolores em simbiose para fixação de azoto
alguns bolores protegem as plantas
bolor produz alcalóides que tornam a planta menos
susceptível a ataques de insectos
Biotecnologia Ambiental
Integração
interacções planta/microrganismo
patogénicos das plantas
identificação e isolamento de genes da planta ligados à
resistência a patogénicos e de genes de virulência
manipulação para reduzir a necessidade de tratamentos
químicos, prejudiciais ao ambiente
exs:
Agrobacterium tumefaciens
Vírus do Mosaico da Couve-flor
175
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
interacções planta/microrganismo
patogénicos das plantas
Agrobacterium tumefaciens
provoca formação de uma espécie de tumor na planta
bactéria injecta pequeno pedaço de DNA
genes necessários contidos num plasmídeo
plasmídeo Ti
processo de infecção estimulado pelo exudato da
planta
resultante de uma lesão na planta, produzida por
qualquer meio
Biotecnologia Ambiental
Integração
interacções planta/microrganismo
patogénicos das plantas
Agrobacterium tumefaciens
sistema muito eficaz para transferência de genes
bacterianos para células de plantas
176
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
interacções planta/microrganismo
patogénicos das plantas
Vírus do Mosaico da Couve-flor
insectos são o método mais comum para transferir vírus
entre plantas
outras vias:
transferência por partes de plantas
através de sementes, tubérculos ou pólen
agentes capazes de penetrar no tecido da planta
nemátodos do solo, bolores parasitas
Biotecnologia Ambiental
Integração
interacções planta/microrganismo
patogénicos das plantas
Vírus do Mosaico da Couve-flor
material genético da maioria dos vírus das plantas é RNA
cadeia simples ou dupla
Vírus do Mosaico da Couve-flor possui um genoma de
DNA
mais eficaz para expressão de genes externos numa
planta
177
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
remoção de metais de efluentes
produzidas anualmente ~100 kt/ano de lúpulo
apenas os cones são usados pela indústria cervejeira
restante resíduo problema para a indústria
resíduo macerado e misturado com sílica forma polímero
eficaz na remoção de metais contaminantes de efluentes
Cd, Cr, Cu, Pb, Zn
sendo específico para alguns metais, não tem problemas
das resinas de permuta iónica habitualmente usadas
Mg, Ca
tratamento com ácido fraco
recuperação de 90% dos metais
polímero pode ser reutilizado
Biotecnologia Ambiental
Integração
TPC
178
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Integração
TPC
Biotecnologia Ambiental
Tendências futuras
biosensores
levedura geneticamente modificada para detectar disruptores
endócrinos
estrogénio, 17b-estradiol, …
uso potencial em detecção de poluentes
179
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tendências futuras
poluição industrial
redução da poluição e da produção de resíduos
2 estratégias:
métodos a priori
evitar o problema
métodos a posteriori
limpeza mais eficaz
Biotecnologia Ambiental
Tendências futuras
poluição industrial
redução da poluição e da produção de resíduos
métodos a priori
métodos de produção limpa
180
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tendências futuras
poluição industrial
processos de produção biotecnológica permitem:
reduzir necessidades energéticas
poluição nos efluentes gerados
redução de resíduos com necessidade de tratamento
surgimento de novas tecnologias
novos biocatalisadores
uso de macromoléculas biológicas em processos de produção
Biotecnologia Ambiental
Tendências futuras
poluição industrial
extremozimas isoladas de bactérias e archaea
potencial catálise de reacções antes só possíveis por via
físico-química
enzima obtida a partir de um termófilo para aumentar
eficácia da produção de ciclodextrina, a partir de
xarope de milho
tecnologia limpa
181
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tendências futuras
poluição industrial
extremozimas isoladas de bactérias e archaea
aplicações potenciais:
amilases para produção de doces ou álcool
proteases para produção de aminoácidos, panificação,
cervejaria e detergentes
xilanases para branqueamento de papel
desidrogenases e oxidoreductases para diversas
aplicações
Biotecnologia Ambiental
Tendências futuras
poluição industrial
uso de hipertermófilos para produzir H2, CH4 e H2S
Desulfuromonas produz H2S a partir de enxofre
18-80 ºC
catálise química requer 500 ºC
182
09-09-2008
Biotecnologia Ambiental
Tendências futuras
poluição industrial
psicrófilos usados em detergentes biológicos “a frio”
também no fabrico de perfumes
redução de percas por evaporação
enzimas halófilas para aumentar quantidade de petróleo extraído
Biotecnologia Ambiental
Tendências futuras
poluição industrial
utilização de extremófilos vai requerer novos tipos de reactores e
técnicas de fermentação
183

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