Veja aqui - Aenfer – Associação de Engenheiros Ferroviários

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Veja aqui - Aenfer – Associação de Engenheiros Ferroviários
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IMPRESSO
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JORNAL
ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE ENGENHEIROS FERROVIÁRIOS
ANO XVII - Nº 153 - março/abril de 2013
Sede: Av. Presidente Vargas, 1.733 - 6º andar - CEP 20210-030 - Rio de Janeiro/RJ
-
www.aenfer.com.br
ACIDENTES
Ferrovia é o transporte
mais seguro
Nossa sociedade precisa a cada
dia maior mobilidade, seja para vencer pequenas distâncias ou grandes
deslocamentos. Nossa produção de
veículos só cresce, nosso tráfego rodoviário só aumenta, mesmo nossas poucas malhas ferroviárias demonstram a cada ano um maior volume de cargas transportadas. No
entanto também aumentam o número de acidentes nos transportes.
Serão eles inevitáveis? Neste número apresentamos uma breve discussão deste tema.
Páginas 6 e 7
Museu do Trem reabriu
suas portas para o público
Página 5
Presidente
da AENFER é
homenageado
Em comemoração aos 130
anos de sua fundação, a Sociedade
Brasileira de Geografia reuniu em
um só espaço, diplomatas,
geólogos,
professores
e
engenheiros.
Página 10
Morro da
Providência
ganha teleférico
Café com o presidente
Página 11
O objetivo do teleférico é
melhorar a acessibilidade dos
moradores daquele morro.
Página 4
Comemoração aos aniversariantes dos
meses de janeiro, fevereiro e março.
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editorial
A PRESENTE FERROVIA
DO FUTURO
Os trens regionais, os cargueiros, as
malhas ferroviárias que se espalham pelo
mapa do Brasil, até o projeto do trem
bala estão ressurgindo. A consciência da
necessidade de transporte sustentável,
logístico, econômico, capaz de tornar os
produtos competitivos, trazendo progresso, desenvolvimento etc faz da ferrovia
sinônimo de solução. É muito bom apreciar a importância, ainda que tardia, que
está sendo dada ao modo sobre trilhos.
Algumas empresas estão voltando os
olhos para o mercado ferroviário. A UCT
– Universidade Corporativa de Transporte, da FETRANSPOR, trata do transporte
rodoviário urbano de passageiros. Talvez
devêssemos pensar em uma dessas para
a ferrovia. Tanto no segmento de carga,
como no de passageiros o mercado demanda profissionais com conhecimento
específico nessa área. É o momento ótimo para uma faculdade técnica de transportes. Sabemos que a ideia reinante é
generalizar o curso de engenharia. A proposta estaria, portanto, na contramão.
Mas, vendo por outro ângulo, a especia-
lização traria soluções no curto prazo que
a generalização talvez não trouxesse. O
pessoal especializado comporia a mão
de obra qualificada que o mercado precisa com urgência, elevando a qualidade do serviço nos setores de projeto, construção, manutenção e operação. Paralelamente, um instituto ferroviário parecido com as “American Societies” seria
muito bem-vindo. Um órgão (efetivamente) responsável pelas normas, regulamentos, que centralizasse o que há
de mais moderno. Mantendo a comunidade ferroviária situada em tempo real
com o resto do mundo. A AENFER vem
apontando para o caminho da excelência, estreitando o contato com a academia e com a indústria, realizando seminários e palestras técnicas.
P.S. – A safra recorde de grãos deste ano
já está sofrendo as consequências do
problema de LOGÍSTICA. A China está
cancelando contratos por atraso. Valores irrisórios, uma bobagem, qualquer
coisa entre SEISCENTAS MIL e DOIS MILHÕES de TONELADAS.
Sede: Av. Presidente Vargas, 1.733
6º andar - CEP 20210-030
Telefax.: (21) 2221-0350 / 2222-1404 /
2509-0558 - www.aenfer.com.br
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DIRETORIA:
Presidente
Luiz Lourenço de Oliveira
Vice-Presidente
Isabel Cristina Junqueira de Andréa
Diretor Administrativo
Luiz Euler Carvalho de Mello
Diretor Financeiro
João Carnevale
Diretor de Patrimônio
Claudio Luiz Lopes do Nascimento
Diretor Técnico
Carlos Roberto Monteiro Rommes
Diretor Cultural e de Preservação da
Memória Ferroviária
Rubem Eduardo Ladeira
Diretor de Divulgação e Mercado
Fernando José Alvarenga de Albuquerque
Diretor de Produtos e Serviços
Carlo Luciano De Luca
Diretor de Acompanhamento Judicial
Celso Paulo
Diretora de Assistência aos Aposentados
Rosana Pio de Abreu
Diretora Social
Telma Regina Jorge da Silva
Conselho Editorial
Fernando José Alvarenga de Albuquerque
(presidente), Luiz Fernando Aguiar, Maria
da Penha Arlotta, Rubem Eduardo Ladeira
e Elcio Moraes de Melo
JORNAL
Jornal de Circulação Bimensal:
Editado pela AENFER
Jornalista Responsável:
Silmara Reis - Reg. Prof. 604 DRT/SE
nosso site
Diagramação: João Luiz Dias
Fotografia: AENFER
Apesar da história da ferrovia ter se
pelo Brasil.
iniciado em nosso Estado ficamos sem
Damos a você a oportunidade de viajar
um bom museu ferroviário durante muito
pelo mundo conhecendo alguns dos
tempo. Bem que a RFFSA incentivou e
principais museus ferroviários. Boa viagem
implantou alguns museus ferroviários
e divirta-se:
EUA: Railtown 1897 State Historic Park; B&O Railroad Museum
França: Cité du Train
Espanha: Museo del Ferrocarril Ponferrada
Reino Unido: National Railway Museum
Alemanha: Eisenbahnmuseum Neustadt
Visite o nosso site – www.aenfer.com.br
Impressão: Editora Livrobel
Tiragem: 2.000 exemplares
ASSOCIADO
Toda vez que prestar serviço nas
áreas de engenharia, arquitetura ou
agronomia e, portanto, preencher a
ART – Anotação de
Responsabilidade Técnica, não
deixe de indicar a AENFER, cujo
NÚMERO é 11.
Desta forma você contribuirá com
nossa Associação.
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Mulheres: 156 anos de conquistas
Palavra da Diretora
Desde
08 de março de 1857
que as mul h e r e s
americanas
iniciaram
um movim e n t o
classista
com vistas
a conseguirem, não só
uma série
de direitos
antes exclusivos do sexo masculino, mas
também obter uma posição de respeito
na sociedade.
Nesta data, operárias fizeram uma
grande greve numa fábrica reivindicando
melhores condições de trabalho, tais
como redução de carga horária, equiparação de salários com os homens e tratamento digno no ambiente de trabalho. A
manifestação foi reprimida com tamanha
violência que causou a morte de mais de
cem tecelãs carbonizadas, por terem sido
trancadas na fábrica, que por sua vez foi
incendiada.
Apesar deste ato totalmente desumano, somente 50 anos depois, numa
conferência na Dinamarca, ficou decidido que o dia 08 de março passaria a
ser o Dia Internacional da Mulher, em
homenagem às mulheres que morreram. No entanto, esta data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas-ONU, somente em 1975, ou seja,
após 65 anos.
Ao se criar esta data, não se preten-
dia apenas comemorar. Na maioria dos
países realizam-se eventos com o objetivo de discutir o papel da mulher, num
esforço para tentar diminuir e, quem
sabe um dia, terminar com o preconceito, a violência e a desvalorização da mulher na sociedade.
No Brasil podemos considerar que o
dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco
na história da mulher brasileira. Nesta data
foi instituído o voto feminino.
No entanto, a primeira mulher presidente do país, Dilma Roussef, tomou posse quase 80 anos depois.
A participação feminina na engenharia, área tida como terreno dos homens,
tem aumentado nos últimos anos. Dados
do Instituto Nacional de Estudos de Pesquisas (Inep), de 1991, apontavam que
elas representavam 17% do número de
matrículas na graduação em engenharias; em 2000 passaram a 19% e em 2008,
21%. Hoje são quase 30% do total.
No mercado de trabalho há uma evolução, sobretudo dos anos 2000 para cá.
Mesmo assim no exercício de profissão, a
presença masculina é majoritária.
Na ferrovia tivemos algumas mulheres pioneiras que ingressaram na Estrada de Ferro Central do Brasil, na década
de 40. Em suas trajetórias profissionais,
deixaram sua marca e abriram o caminho
para a participação feminina.
Podemos citar a engenheira JOANA
DÊ DEUS FRAGA CARVALHO.
A engenheira Joana formou-se em
Engenharia Civil, em 1944, quando passou a integrar o quadro de Engenheiros
da EFCB, tendo sido a 1ª Engenheira
mulher a trabalhar efetivamente na fer-
rovia. Na década de 60, chefiou a Oficina de Vagões de Engenho de Dentro,
antiga Locomoção. Na década de 70
assumiu a chefia do Setor de Inquérito
e Pesquisas da 8ª Divisão (RJ), sendo
responsável, principalmente, pelas
apurações dos acidentes ferroviários,
aposentando-se após 50 anos de serviços prestados à ferrovia.
Destacamos, também, que duas
mulheres se engajaram no movimento
da classe de engenheiros, ao ingressarem na Associação de Engenheiros
da Estrada de Ferro Central do Brasil:
em 12/03/45 a engenheira Joana dê
Deus e, em 09/07/48, a engenheira Clara
Mac Cord Simões de Faria.
Seguindo seus passos, muitas outras
engenheiras vieram a se destacar em cargos de gerência, superintendência e até
da alta direção da Rede Ferroviária Federal S.A., cuja primeira ocupante foi a engª
Carmem Friedman Sirotsky.
Na AENFER, sucessora da AEEFCB,
AEAG e AECBTU, as mulheres se destacaram nos Conselhos Deliberativo e Fiscal, na Diretoria e na Presidência. Entretanto, sua primeira presidente mulher
veio a galgar esta posição, num universo predominantemente masculino, após
76 anos. Trata-se da engenheira Clarice
Maria de Aquino Soraggi.
Todas essas notáveis mulheres são
motivo de orgulho para as ferroviárias.
Até agora muito foi conquistado, mas
muito ainda há para ser modificado nesta história.
Vice-presidente da AENFER
Isabel Cristina Junqueira de Andréa
opinião
A Ferrovia é uma cachaça
Estamos nos aproximando dos
quarenta e cinco minutos do segundo
tempo, nesta gestão. Missão cumprida?
Acho que não. Há muito, há muito a ser
feito
(será
que
Machado
me
autorizaria?). Quero dizer que há muito
tempo que há muita coisa a ser feita.
Trabalhamos para preservar a nossa
identidade. Gostaria de partilhar com os
colegas alguns pensamentos que me
ocorrem quando falo de ferrovias. O
férreo modelismo, por exemplo, tem
encantado gerações mundo afora.
Conheço aficionados com os quais
tenho muito cuidado ao conversar. Falam
de ramais, locomotivas, vagões, carros
de passageiros, composições, com uma
facilidade, um conhecimento que às
vezes supera o meu e isso me encanta.
Tenho cuidado não pela vaidade de não
revelar falta de conhecimento, mas para
não decepcionar alguém que espera
muito de mim. A ferrovia é realmente
apaixonante. Entre nós, que trabalhamos
mais de trinta anos, ela frequentemente
compõe o tema central das conversas.
Às vezes brincamos que fazemos hora
extra ao falar de ferrovia nos momentos
de lazer. Nos aposentados, aqueles bem
antigos mesmo, notamos a paixão nas
discussões acaloradas. Não bebo e não
recomendo a ninguém, mas há o termo
que se refere à cachaça quando se
deseja exprimir um gosto, um prazer em
se fazer alguma coisa. Nos meus
primeiros passos sobre os dormentes,
chutando pedra, ouvia isso dos mais
velhos e achava exagero. Agora, aos
quarenta e cinco do segundo tempo, na
minha carreira, vejo que eles têm razão.
Gosto do barulho das rodas nas juntas,
aquela batida compassada, o apito. Moro
perto da linha do trem e posso ouvi-lo já
no final da madrugada, antes do Sol
nascer. É gostoso acordar ouvindo o
barulho do trem. Como dizem: “A ferrovia
é uma cachaça!”
Diretor Administrativo
Luiz Euler Carvalho de Mello
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Teleférico do Morro da
Providência está quase pronto
Aurelino Gonçalves
Falta pouco para a população do
Rio de Janeiro ganhar mais um
teleférico, desta vez no Morro da
Providência, a mais antiga favela da
cidade. O primeiro teste com
funcionamento da primeira gôndola
do teleférico aconteceu em
dezembro do ano passado.
O objetivo do teleférico,
construído pelo Programa
Morar Carioca da Secretaria
Municipal de Habitação do Rio
é melhorar a acessibilidade
dos moradores daquele
morro. O equipamento
contará
com
três
estações interligando a
Providência (Praça
Américo Brum) com a
Central do Brasil e a
Cidade do Samba, 16
gôndolas e capacidade
para transportar mil
pessoas por hora. O
tempo do percurso da
Providência até a Cidade do
Samba será de seis minutos, incluído
o tempo de parada.
Para a implantação do teleférico a
Prefeitura destinou R$ 75 milhões em
ações que abrangem a construção das
estações, montagem das torres,
remanejamento da rede de energia e
construção de vias de serviços que dão
acesso ao equipamento. As gôndolas
do teleférico são feitas de acrílico e
alumínio e possuem assentos de
madeira. As cabines têm capacidade
para oito passageiros sentados e dois
em pé e percorrerão uma extensão de
721 metros. Toda a tecnologia é da
empresa
alemã
Doppelmayr,
responsável pela manutenção dos
bondinhos do Pão de Açúcar.
O secretário de Habitação Pierre Batista
deu mais informações à AENFER sobre
o teleférico do Morro da Providência.
1- Quantos trabalhadores estão
envolvidos com
Foto: Fábio Costa
o projeto?
A
obra
do
teleférico, hoje,
conta com 400
trabalhadores,
mas
esse
número
já
chegou a 750
no
mês
de
Teste do teleférico descendo à Estação Central do Brasil
dezembro, considerado o período onde
houve pico de atividade.
2- Qual vai ser o preço da passagem?
A definição da tarifa e da empresa que vai
assumir a operação do teleférico é de
responsabilidade da Cdurp (Companhia
de Desenvolvimento Urbano da Região do
porto do Rio de Janeiro). Mas o prefeito
Eduardo Paes já garantiu que os
moradores do Morro da Providência terão
direito a viagens de ida e volta gratuitas
diariamente.
Janeiro e o teleférico foi pensado para
melhorar a vida das pessoas que vivem
lá. Mas é inegável que o meio de
transporte se transformará numa atração
para toda a cidade, já que fará a ligação
da Central do Brasil com uma área
histórica importantíssima e com a Cidade
do Samba. O fluxo de visitantes de outras
partes da cidade e de turistas vai
movimentar a economia local e certamente
trará benefícios para o comércio e para a
comunidade do morro.
Aurelino Gonçalves
3-Quando que o teleférico será
entregue à população?
O teleférico fica pronto até o final de abril
e a data de inauguração será anunciada
em breve.
4- O senhor acredita que será mais um
ponto turístico que o Rio de Janeiro vai
ganhar?
O Morro da Providência é uma das
comunidades mais íngremes do Rio de
Teleférico em teste rumo Cidade do Samba
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Museu do Trem é reaberto no Rio de Janeiro
Entidades ferroviárias compareceram à reabertura
Depois de sete anos de espera, finalmente o Museu do Trem reabriu suas portas para o público, que esperava ansioso
por esse momento.
Localizado no bairro Engenho de Dentro, zona norte do Rio de Janeiro o museu,
tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2011,
foi reaberto dia dois de abril.
O historiador e responsável pelo museu Bartolomeu d'El-Rei Pinto ressaltou
que embora o museu não tenha passado
por uma reforma, alguns ajustes foram necessários e realizados como a troca de todas as luminárias, limpeza do local e revisão da parte elétrica. Segundo ele, toda a
área contava com uma equipe de limpeza,
jardinagem e vigilância, o que facilitou o trabalho de reabertura. Bartolomeu acredita
que o museu ficou muito tempo fechado
Carro Imperial
Fotos do interior dos carros nobres
A Baroneza, primeira locomotiva a vapor
por conta da localização que não oferece
um grande atrativo.
- É uma região que perdeu 90% de sua
área física, porém, inadmissível que o museu se mantivesse fechado por mais tempo – disse Bartolomeu.
A proposta do historiador que está à
frente do museu desde o dia 9 de julho de
2012 é reverter a imagem negativa do museu durante esse tempo em que ficou fechado e atrair muitos visitantes e turistas
que visitam a nossa cidade. Inicialmente o
local ficará aberto para visitação de terça à
sexta-feira das 10 horas às 15 horas, mas
a ideia é que até agosto possa ser também visitado aos finais de semana e feriados. Para isso será necessário um respaldo jurídico.
O Museu do Trem tem um vasto acervo, conta todo o início da indústria ferroviária brasileira e sua grande atração é a
Baroneza, primeira locomotiva a vapor no
Brasil e que circulou pela primeira vez, em
30 de abril de 1854, com a presença da
Comitiva Imperial, quando foi inaugurada a
Estrada de Ferro de Petrópolis. A locomotiva leva esse nome em homenagem à esposa do Barão de Mauá.
Além da Baroneza, o visitante poderá
conhecer o carro que era utilizado pelo im-
perador do Brasil, outro usado pelo que serviu ao rei Alberto da Bélgica na década de
20 e o carro do Estado, mais conhecido
como carro do presidente Getúlio Vargas,
usado em viagens oficiais, bem como utensílios, mobiliário no interior dos trens, equipamentos, maquetes de locomotivas e réplicas feitas pelos alunos da primeira escola de ensino profissionalizante da República a Escola Silva Freire, conhecendo também a história da ferrovia brasileira.
A reabertura do museu contou com diversos visitantes e pessoas ligadas à ferrovia. O diretor do Trem do Corcovado Sávio
Neves estava presente ao evento e disse
que reformará a primeira locomotiva elétrica do Brasil e a doará para o Museu do
Trem.
- Creio que seja uma boa medida para
colaborar com o Museu do Trem – avaliou
Sávio Neves.
Estiveram presentes os diretores da
AENFER Carlo De Luca (Produtos e Serviços) e Rubem Ladeira (Cultural e de Preservação Ferroviária), o inventariante da
extinta RFFSA coronel Carlos Alberto
Borges Teixeira, o responsável da área de
Bens Históricos da extinta RFFSA Luiz
Carlos Fares Auar, representantes de entidades ferroviárias e diversos estudantes.
Vale lembrar que a visitação pública
será de terça a sexta-feira, das 10h às 15h,
com entrada franca. As escolas poderão
agendar visitas guiadas pelo telefone (21)
2233-7483, também disponível para informações em geral. O Museu do Trem fica
na Rua Arquias Cordeiro, 1.046, no Engenho de Dentro, zona norte do Rio.
Fotos: De Lucca Júnior
Locomotiva Dragona
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ACIDENTES NOS TRANSPORTES: s
Vemos na imprensa com frequência a sequência de acidentes nas vias urbanas e nas estradas. Tais notícias acabam virando rotina e já não mais nos sensibilizam, apesar de elevar o
número de mortos, feridos e os prejuízos materiais tanto para os
cidadãos como para as empresas. Podemos nos perguntar:
serão inevitáveis? Este é o preço do progresso?
Não nos conforma responder afirmativamente a tais questões. Se fizermos comparação do nosso país com países desenvolvidos veremos que lá o número de acidentes é bem menor. Fruto principalmente da preocupação e do empenho com a
segurança de veículos e tráfego. Nossos veículos rodoviários
hoje são mais seguros porém os motoristas não seguem a mesma linha. Nossas estradas, por seu lado, só deixam a desejar.
Mesmo as estradas pedagiadas, em que se investem maiores
recursos para a segurança, rotineiramente são cenário de graves
acidentes. Nossa legislação de trânsito até que é adequada porém pouco colocada em prática. Acidentes com caminhões repetidamente são causados por motoristas cansados, dopados e
estressados. Até mesmo os de ônibus interestaduais.
Já na ferrovia as causas dos acidentes como regra geral são
resultados de variáveis ligadas a equipamentos dos trens, à via
permanente e à operação do tráfego. Neste ramo, contudo, os
acidentes ocorrem em menor escala.
Só para comparar, no transporte urbano de passageiros do
Rio de Janeiro, quando um trem do metrô ou da SuperVia para ao
longo do trecho, quando uma viagem é simplesmente interrompida, os ecos das reclamações são imediatos e logo vão parar
na TV e jornais. Enquanto isso acidentes com ônibus já nem
causam escândalo, mesmo havendo mortos e feridos.
Custos
Recentemente a Federação das Indústrias do Estado do Rio
de Janeiro (FIRJAN) divulgou em um levantamento que os custos dos acidentes nas 3 principais rodovias que servem ao nosso Estado custarão R$ 2,6 bilhões nos próximos anos - 2013 a
2021. Isto decorre da falta de investimentos nas estradas que
precisariam subir 76% no mesmo período. Pior ainda; o número
de mortes vai praticamente dobrar. Temos um quadro de perdas
humanas e econômicas para o nosso Estado difícil de ser aceito. Estes números se referem apenas à Via Dutra, à serra de
Petrópolis e à Ponte Rio-Niterói. Segundo o estudo ocorreram
em 2012 uma média de 6 acidentes por dia nesses trechos e
2182 no ano. Daqui a oito anos serão 3850 acidentes ou 10,5 por
dia se não houver melhorias profundas. Apesar de obras
prioritárias nestas estradas tanto o governo federal como as concessionárias ainda não mostram disposição e atitudes para enfrentar o problema (O Globo, 15/1/2013).
Transporte rodoviário
No Brasil temos centenas de rodovias, sob a gestão de diversos entes: governos federal, estadual e municipal. Sem falar
das vias urbanas. Nestas vias se movimentam veículos
automotores, pedestres, motos, bicicletas e outros veículos. De
modo geral a preocupação com os acidentes se concentram nas
vias de maior capacidade bem como seus registros. Muitos acidentes acabam ficando inteiramente fora de todas as estatísticas e notificações.
Em 2011, num total de 66.247km de estradas federais ocorreram 188.925 acidentes, com 7.008 mortos e 63 980 feridos.
A tabela seguinte mostra a evolução de acidentes nestas
rodovias no período de 1952 a 2010.
O número de acidentes com gravidade resultando em
mortes vem evoluindo gradativamente. O gráfico mostra a
ACIDENTES DE TRÂNSITO NAS RODOVIAS FEDERAIS
BRASIL (1952-2010)
Ano
1952
1953
1954
1995
1956
1957
1958
1959
1960
1961
1962
1963
1964
1965
1996
1967
1968
1969
1970
1971
Acidentes
1.748
2.165
1.943
2.115
2.236
2.098
3.070
3.212
3.886
4.634
3.486
6.679
7.764
7.808
8.872
10.628
12.957
13.725
16.152
20.981
Ano
1972
1973
1974
1975
1976
1977
1978
1979
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
Acidentes
27.114
33.656
37.653
45.838
43.895
42.436
46.144
51.381
49.956
45.507
49.090
48.767
47.710
53.695
71.341
63.456
61.110
-
Ano
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
-
Acidentes
67.021
68.781
77.986
95.514
115.169
124.372
120.442
115.429
108.597
102.041
109.025
105.032
112.457
110.086
110.391
128.456
141.072
158.893
182.900
-
comparação entre os dados provenientes do DPVAT e
DATASUS.
Fonte: Associação Brasileira de Prevenção de Acidentes de Trânsito
Nos dias de hoje temos no Brasil muitas concessões rodoviárias, sendo a maioria resultante de leilões de redes anteriormente vinculadas ao Governo Federal. Por ocasião dos leilões
muitas delas demandavam investimentos em manutenção, segurança, sinalização e mesmo em duplicação das vias. Nem
sempre as concessionárias atuam a contento nestes quesitos
previstos nos respectivos contratos.
Rodovias com pedágios
Em números brutos tivemos o seguinte quadro no período
2009-2010:
ACIDENTES RODOVIÁRIOS 2009/2010
Concessionária
Fernão Dias, SP
AutoPista Fluminense, RJ
AutoPista Litoral Sul, PR,SC
AutoPista Planalto Sul, PR,SC
AutoPista Regis Bittencourt, SP,PR
CONCEPA, RS
CONCER, RJ, MG
CRT, RJ, MG
ECOSUL, RS
NOVA DUTRA
PONTE S.A.
Rodovia do Aço, MG, RJ
Transbrasiliana, MG, SP
Via Bahia, BA
2009
Extensão
Sem
Total
(km)
vítimas
562,1
320,1
382,3
412,7
401,6
121
180,4
142,5
623,8
402
23,3
200,4
321,6
680,6
8.863
3.646
7.160
3.897
6.240
1.364
3.226
3.284
797
10.047
980
966
928
0
2010
Total
5.512 9.146
2.223 3.947
5.197 9.919
3.236 2.290
4.235 6.677
966 1.918
2.360 3.718
1.908 4.721
392
943
6.872 10.980
678 1.018
477 1.020
546 1.024
0 3.004
Variação
Acidentes/
Sem 2010/2009 Extensão
2010
vítimas
5.593
2.250
6.899
1.605
4.772
1.270
2.517
3.286
454
7.516
729
536
593
1.721
103%
108%
139%
59%
107%
141%
115%
144%
118%
109%
104%
106%
110%
0%
16,271
12,331
25,946
5,549
16,626
15,851
20,610
33,130
1,512
27,313
43,691
5,090
3,184
4,414
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7
serão inevitáveis?
Impactos Econômicos
Não é fácil apurar os custos com os acidentes nos transportes. As estatísticas são escassas, falhas e de difícil acessibilidade. Já em 2005 o Instituto de Pesquisas Rodoviárias (IPR) de São
Paulo apontava um alto custo econômico dos acidentes a nível
nacional, com os seguintes resultados relativos ao ano anterior.
Neste trabalho foram considerados vários tipos de custos, a
saber: Congestionamentos, Danos a Veículos, Custo Operacional
de Elementos do Sistema de Atendimento, Seguros, Danos ao
Ano 2004
Número
Acidente com morto(s)
32.000
Acidente com ferido(s) 350.000
Acidente sem vítima
760.000
Total
Custo médio
(R$)
475.000
42.000
5.000
Custo total
(milhões R$)
15.200
14.700
3.800
33.700
Patrimônio, Funerais, Custos Médico-Hospitalares, Custos Subjetivos de Pesar, Dor e Sofrimento e Custos Administrativos de
Processos Judiciais.
Com base em estudo do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada - Ipea, o Ministério da Saúde informava que, em 2006, o
impacto econômico dos acidentes de trânsito foi de R$ 24,6 bilhões. Os custos oneram toda a sociedade, que sustenta, com o
pagamento de impostos e contribuições, o sistema de saúde
pública, responsável por grande parte do socorro às vítimas de
acidentes e da poluição atmosférica provocada pelos carros.
Transporte ferroviário
Também sob o ponto-de-vista de redução de acidentes a
ferrovia, sem dúvida, demonstra sua vocação para o aumento da
mobilidade garantindo segurança. Tanto acidentes com a carga
transportada como com passageiros são em número bem menor que no modal rodoviário. Além disso a ferrovia, desde os
tempos imemoriais, atuou com bastante segurança. Basta lembrar os inúmeros trechos de linha singela nos quais os acidentes resultantes de choques entre trens sempre foram quase zero.
Hoje, na tecnologia metroferroviária, os trens podem inclusive
ser movimentados sem a presença do condutor, sem que isto
implique em falta de segurança. Se atualmente nosso transporte
ferroviário de cargas apresenta uma velocidade média baixa é
devido, entre outros fatores, à preocupação com a segurança
que impede de optar por velocidades maiores.
Acidentes com carga na malha concedida
Conforme anuário da ANTT tivemos em 2010 um total de
1.112 acidentes, envolvendo nesse número tanto os de maior
como o de menor gravidade.
A tabela a seguir dá uma relação dos acidentes por concessionária e também comparando-os à extensão de cada ferrovia e
à produção da carga transportada. Nela podemos tirar algumas
conclusões:
a) O número de acidentes ferroviários é menor que no modo
rodoviário.
b) Os acidentes ocorrem em maior número nas malhas em pior
estado de conservação. A FNS, por ser mais nova, é a que apresenta um número quase insignificante.
c) Havendo investimentos em segurança a redução de acidentes
é praticamente assegurada.
Em relação aos custos destes acidentes no entanto não temos referenciais, infelizmente. Nem as concessionárias nem os
órgãos competentes no nível federal os disponibilizam. Vemos
aqui mais uma deficiência em nosso país em relação à preocu
ACIDENTES FERROVIÁRIOS 2010
Concessionária
ALLMS
FERRONORTE
FTC
ALLMN
ALLMP
ALLMO
FCA
TNL*
EFVM
MRS
FNS
EFC
Carga
Relações
Total
Transportada Extensão (Km) Acidentes/ Acidentes
acidentes
TKU 103
Extensão
TKU
239
1
2
29
138
71
237
227
45
85
4
17.573
213
185
10.003
8.367
1.989
11.411
728
15.375
57.304
1.524
7.265
248
164
500
1.989
1.945
8.066
4.207
905
1.674
720
0,033
0,004
0,012
0,058
0,069
0,037
0,029
0,054
0,050
0,051
0,006
0,014
0,005
0,011
0,003
0,016
0,036
0,021
0,312
0,003
0,001
0,003
34
3.070
892
0,038
0,011
pação com os acidentes, de modo geral. Se não os conhecemos
em sua integridade fica ainda mais difícil atuar com eficiência no
sentido de sua substancial redução.
As concessões ajudaram na redução de 76,7% do índice de
acidentes a cada milhão de quilômetros percorridos, caindo de
uma média de 75,5 casos, em 1997, para 16,1, em 2010, segundo a Confederação Nacional dos Transportes.
Transporte ferroviário urbano e metroferroviário
Embora ocorram acidentes neste tipo de transporte as ocorrências são em número bem menor e, de modo geral, os prejuízos são de ordem material, às vezes com alguns passageiros
levemente feridos. Confrontando com o modal rodoviário, aqui o
transporte urbano de passageiros provoca com frequência um
número de acidentes muito elevado, assim como um grande
número de vítimas graves. E tais acidentes acabam nem figurando nos principais jornais de nossas cidades.
Comparando os dois modais
Os números de acidentes aqui apresentados são relevantes
e preocupantes principalmente no que se refere ao modo rodoviário. É certo que neste caso um número maior de veículos, de cargas e de pessoas estão envolvidos, o que aumenta a possibilidade de sinistros. Neste segmento também é maior a dificuldade de
gestão da segurança em vista do maior número de agentes envolvidos (motoristas, passageiros, controladores de trânsito, pedestres), veículos (grandes e pequenos) e vias. A ferrovia desde o
começo de sua história sempre se pautou pelo investimento maior em segurança. Isto também contribui significativamente para o
alto custo de sua implantação e manutenção. Mas se no Brasil de
hoje pudéssemos quantificar com precisão o custo dos acidentes
certamente haveria maior inclinação pela opção sobre trilhos.
Serão os acidentes inevitáveis?
Em nossa opinião acidentes nos transportes não ocorrem
casualmente. Eles são o resultado de um bom número de variáveis, algumas físicas, algumas humanas, algumas de ordem administrativa. De modo geral ninguém aprova tais acidentes ou,
muito menos, quer se tornar mais uma vítima deles. Por que, no
entanto, tão pouca atenção tem recebido? Por que não se prioriza
o modo ferroviário que sabidamente é o mais seguro? Sonhamos
com uma mudança neste quadro nos próximos anos.
8
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diretoria em foco
AENFER completa 21 anos
Conheça a história
No dia 26 de março de 1992 reuniram-se
em Assembleia, no Clube de Engenharia
RJ, 145 membros das Associações de
Engenheiros da Estrada de Ferro Central
do Brasil (AECB), da Administração Geral
da Rede Ferroviária Federal S.A. (AEAG) e
da Companhia Brasileira de Trens
Urbanos (AECBTU), com a finalidade de
criar uma única associação de engenheiros ferroviários, no Rio de Janeiro,
nascendo assim a AENFER.
Esta nova entidade ficou fortalecida
pela absorção dos quadros sociais oriundos das associações que a formaram e,
desde o início, teve como objetivos, dentre
outros, a defesa da ferrovia, promovendo
a preservação da memória ferroviária e
reivindicando do governo um melhor planejamento do sistema ferroviário, o incentivo ao desenvolvimento técnico e cultural
de seus associados, bem como pugnar
pelos seus interesses.
Naquela Assembleia foram eleitos
para um mandato tampão de 26/03/92 a
22/09/92 a diretoria presidida pelo engenheiro Paulo Cesar Nayfield Granja. Esta
diretoria teve como atribuição fundamental a elaboração do primeiro estatuto da
entidade e a preparação da eleição da primeira diretoria, cujo presidente foi o engenheiro Luiz Carlos Martins Lino da Silva
(1992/1994). Consecutivamente foram
presidentes os engenheiros Rubem
Eduardo Ladeira (1994/1996), Clarice Maria de Aquino Soraggi (1996/1998), José
Ferreira David (1998/2000), Agostinho Coelho Silva (2000/2002), Isabel Cristina
Junqueira de Andréa (2002/2004), Clarice
Maria de Aquino Soraggi (2004/2007) e
(2007/2010) e, por último, Luiz Lourenço
de Oliveira (2010/2013), ainda em exercício do mandato.
Durante alguns anos a AENFER possuiu alguns núcleos administrativos, a saber: CBTU-AC, Deodoro e Triagem, na cidade do Rio de Janeiro e Belo Horizonte e
Juiz de Fora, em Minas Gerais, os quais,
em consequência dos processos de
estadualização e desestatização da
RFFSA e suas subsidiárias, tornaram
inviável sua sobrevivência.
Dentre as principais realizações no período podemos citar:
Acompanhamento de processos referentes à ações propostas em nome de
associados, bem como gestões políticas
e administrativas referentes a pleitos dos
ferroviários;
Participação decisiva na criação da Lei
10.478 de 28 de junho de 2002, que trata
da complementação da aposentadoria dos
ferroviários;
Alteração estatutária que abriu espaço para a participação de associados especiais em algumas diretorias e nos Con-
Aos sinuqueiros de plantão
A AENFER tem uma boa notícia,
contratou os serviços de uma empresa renomada, experiente no mercado para a realização da reforma
completa da mesa de sinuca do salão José Bittencourt Percini. Os profissionais José Eduardo da Costa e
José Roberto Nogueira deram um
tratamento especial nivelando a pedra e adequando a caçapa ao gabarito oficial.
Segundo o responsável pela reforma, Cláudio Elias, a nova forração
da pedra da mesa é do mesmo tecido
usado nas mesas dos campeonatos
oficiais da Inglaterra. Com ele o associado terá maior precisão nas suas tacadas,
com um rolar de bola muito mais suave.
Os primeiros a testar a reforma foram
os associados Aldo Paschoal e Carlos
Van, responsáveis pela solicitação da reforma. Amantes dessa modalidade de
jogo, eles gostaram e aprovaram o resultado. Foi um trabalho minucioso com
finalização perfeita.
A ideia agora é promover um campeonato de sinuca entre os associados.
O objetivo da AENFER é proporcionar
um melhor atendimento com excelente
qualidade e espaço adequado.
selhos Deliberativo e Fiscal;
Manutenção de convênio com diversas
empresas que oferecem benefícios aos
associados e seus dependentes
Realização e participação em atividades culturais, tais como exposições, lançamento de livros e selos, comemorações
alusivas a datas históricas para a ferrovia,
realização de eventos sociais e excursões;
Desenvolvimento de acervo com depoimentos históricos de ferroviários, visando a preservação da memória ferroviária;
Criação do Espaço Cultural e da Biblioteca no 7º andar do edifício sede da Associação;
Realização de seminários, encontros
e palestras técnicas e formação de grupos de estudos sobre as questões de interesse dos ferroviários;
Regularização do patrimônio da
Aenfer;
Muito se deve agradecer aos associados, razão de ser da AENFER, diretores e
conselheiros que durante todos esses
anos prestaram um trabalho voluntário em
prol da classe, aos seus dedicados funcionários e desejar que a Associação se
fortaleça cada dia mais, para continuar a
ser um dos pilares da defesa da ferrovia e
dos ferroviários, num ambiente de confraternização entre todos aqueles que amam
a ferrovia.
Viva a maioridade da AENFER!
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AFL apresenta nova Diretoria
Foto: Marlene Fonseca
Membros da Academia Ferroviária de
Letras – AFL estiveram reunidos no dia 11
de março no auditório da AENFER em sua
primeira reunião deste ano. O presidente
da AFL Sávio Neves esteve presente e presidiu a reunião com o secretário Antônio
Pastori.
Na ocasião Sávio Neves fez uma breve retrospectiva dos fatos mais recentes,
destacando que as atividades da AFL ficaram interrompidas em virtude do falecimento precoce de dois grandes nomes, o
diretor Cultural, professor Victor José
Ferreira, em 25/10/2012 e o conselheiro
Fiscal Américo Maia de Vasconcellos Neto,
em 29/01/2013. Ele apresentou os novos
eleitos pela totalidade dos presentes para
compor a nova diretoria da AFL: presidente Sávio Neves Filho; vice-presidente Renê
Fernandes Schoppa; Secretária Sandra
Regina Lopes; diretor Financeiro Helio
Suêvo Rodriguez e diretor Cultural João
Bosco Setti. Para o novo Conselho Fiscal
foram eleitos como membros titulares da
AFL: Antonio Carlos Dias Pastori, Waldo
Sette Albuquerque e Aluizio Rezende; Membros Suplentes: Jorge Moura e Genésio
Pereira dos Santos.
Sávio Neves manifestou a necessidade de a AFL retomar as atividades sempre
Membros da AFL e convidados que participaram do evento
na segunda segunda-feira de cada mês.
O presidente propôs uma homenagem ao
dia do ferroviário pelos Acadêmicos Helio
Suêvo e Antonio Pastori, para que apresentem uma palestra sobre a primeira ferrovia do Brasil, a E. F. Mauá, falando do
seu passado, presente e futuro.
Lançamento de livros
O dia foi também marcado pelo lançamento de dois livros: Volta Grande –
Estação Primeira, de autoria do professor Victor José Ferreira. O lançamento
contou com a presença de sua esposa,
a viúva Celi que participou muito emocionada com a manifestação de carinho
de todos. O livro resgata histórias da infância do autor quando morava em Volta Grande-MG cuja estação de trem leva
o mesmo nome.
O segundo lançamento foi do acadêmico Aluizio Rezende com o livro Espasmos e Espumas. Este é o seu sétimo livro de crônicas e pensamentos que
conta com o prefácio do saudoso professor Victor.
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Presidente da AENFER é homenageado
Engenheiro Luiz Lourenço recebe Medalha do Mérito Geográfico
A Sociedade Brasileira de Geografia
comemorou no dia 26 de março 130 de
sua fundação.
Em celebração à data a entidade
prestou homenagem com a Medalha de
Mérito Geográfico. O presidente da
AENFER engenheiro Luiz Lourenço de
Oliveira foi homenageado e agradeceu
ao presidente da Sociedade de
Geografia William Paulo Maciel pela
oportunidade de estar ao lado de
pessoas importantes que compõem
aquela casa. William Maciel disse que
se Paulo de Frontin estivesse vivo ficaria
muito feliz em ver reunidos diplomatas,
geólogos, professores e engenheiros
em um único espaço.
Durante a programação na sessão
magna foram empossados o vicepresidente Benedicto Humberto R.
Francisco, renovação do terço do
Conselho Diretor e presidentes de
Comissão da Sociedade Brasileira de
Geografia.
Além do engenheiro Luiz Lourenço,
também foram homenageados com a
Da dir. p/ esquerda: pres. do CREA-RJ Agostinho Guerreiro, pres. da Soc. de Geog. William Paulo
Maciel, vice-pres.da Soc. de Geog. Cybelle M. de Ipanema e pres. da Aenfer Luiz Lourenço
Medalha o embaixador Alberto da Costa
e Silva, a professora e geógrafa Ana
Lúcia Azevedo, o presidente do Clube
de Engenharia Francis Bogossian e o
presidente do CREA-RJ Agostinho
Guerreiro.
so de velocidade.
Fonte: O Globo, 03/04/2013
Trem pode voltar a Itaguaí
De olho no crescimento da Baixada
Fluminense nos próximos 15 anos, o vicegovernador do Rio de Janeiro Luiz
Fernando Pezão, anunciou sobre a extensão do ramal ferroviário de Santa Cruz até
Itaguaí. O projeto de reativação da linha
férrea do ramal Itaguaí, desativada desde
a década de 1980, tem prazo até 2015
para ser concluído pela SuperVia. No entanto, a concessionária aguarda a atuação do Estado, para desapropriar centenas de imóveis que tomam a via férrea
irregularmente. A partir de 2016, Itaguaí
deve abrigar uma enorme base offshore
da Petrobras.
Fonte: O Dia, 23/03/2013
ria S.A. (Engefer), e da Diretoria de Transportes Metropolitanos – DTM, da Rede
Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), responsável pela operação e manutenção do
transporte de passageiros em todo o
Brasil. A sede da companhia é no Rio de
Janeiro e ela está ligada ao Ministério
das Cidades.
Fonte: Revista Ferroviária, 20/03/2013
pela imprensa
Acidente Rodoviário
De um lado, motoristas estressados e,
frequentemente, sem treinamento adequado. Do outro lado, uma legião de
passageiros submetida a viagens
desconfortáveis, muitas vezes perigosas, e a horas de engarrafamento.
Acrescente-se a isso a ineficiência da
fiscalização no transporte público. O resultado dessa equação faz com que circular de ônibus no Rio seja um sofrimento diário, que, não raro, como aconteceu dia 2 de abril, termina em tragédia. Sete pessoas morreram e 11 ficaram feridas na queda de um coletivo da
linha 328 (Bananal-Castelo) do alto do
Viaduto Brigadeiro Trompowski, na pista lateral da Avenida Brasil, no acesso
da Ilha do Governador para a via expressa. Segundo testemunhas ouvidas pela
polícia, o motorista, discutia com um
passageiro pouco antes da queda. O
ônibus que despencou do viaduto estava com o licenciamento de vistoria do
Detran vencido — o último aconteceu
em 2011. Não bastasse, o veículo (placa KYI 0973) acumula uma longa lista
de infrações: recebeu, desde 2008, 46
multas, que somam R$ 4.443,59. Doze
dessas penalidades foram relativas a
avanço de sinal. E outras 14 por exces-
CBTU, a melhor
A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) é a vencedora do Prêmio
Revista Ferroviária de Melhor Operadora
De Passageiros. A companhia foi escolhida após análise dos indicadores de
produtividade de todos os seus sistemas, com base nos dados de 2011 e
2012. A CBTU foi criada a partir da junção
de uma empresa de projetos ferroviários, a Empresa de Engenharia Ferroviá-
Ferrovias reduzem número de acidentes
O índice de acidentes nas ferrovias brasileiras a cada ano é menor, desde a
desestatização da malha iniciada em
1997. Com o resultado de 2012, o índice
de acidentes das ferrovias de cargas
concessionadas chegou aos patamares
dos níveis de referência internacional, que
variam de 8 a 13 ocorrências por milhão
de trens/km. De 2011 para 2012, a redução no número de acidentes envolvendo
trens de carga foi de 14,2 para 12,96 acidentes por milhão de trens. km. O dado
foi apresentado dia 3 de abril pelo presidente-executivo da Associação Nacional
dos Transportadores Ferroviários (ANTF),
Rodrigo Vilaça, durante a divulgação do
Balanço do Transporte Ferroviário de Cargas ANTF de 2012.
Fonte: ANTF, 04/04/2013
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11
O
presidente da AENFER Luiz Lourenço de Oliveira se
reuniu no dia 26 de março no Espaço Cultural Carlos
Lange de Lima com representantes de diversas entidades que participaram do evento Café com o Presidente.
Eles foram recebidos também pela vice-presidente Isabel Cristina Junqueira de Andréa e pelos diretores Celso Paulo
(Acompanhamento Judicial); Fernando Albuquerque (Divulgação) e
João Carnevale (Financeiro).
Estavam presentes o inventariante da extinta RFFSA coronel Carlos
Alberto Borges Teixeira, o chefe de Gabinete da inventariança Flavio
Rabello, assessor do inventariante João Gazineu, vice-presidente da
Abifer Luiz Cesário, capitão Aurélio representando o general Rodrigo
Balloussier Ratton do Instituto Militar de Engenharia, diretor de Operações da Supervia João Gouveia representando o presidente Carlos
José Cunha, professor e historiador Milton Teixeira e o vice-presidente e o diretor da Associação dos Engenheiros da Estrada de Ferro
Leopoldina – AEEFL Jair José da Silva e Manoel Geraldo, respectiva-
Convidados do Café com o Presidente e a conselheira da AENFER e
presidente da FAEF Clarice Soraggi
O "Café" contou com representantes de diversas entidades
mente, e a conselheira da AENFER Clarice Soraggi.
Numa feliz coincidência o “Café” foi marcado na mesma data em
que a AENFER completou 21 anos de existência. Alguns convidados
como o inventariante da RFFSA coronel Carlos Alberto, o capitão Aurélio e o historiador Milton Teixeira vieram pela primeira vez na Associação e agradeceram muito pelo convite numa data tão especial para a
entidade que durante todos esses anos vem se preocupando com a
ferrovia e com os ferroviários.
O vice-presidente da Abifer Luiz Cesário achou importante o momento de confraternização e relembrou o tempo em que era estudante de engenharia.
O diretor de Operações da Supervia João Gouveia aproveitou a
oportunidade para convidar a todos a conhecerem o centro de controle da concessionária que, segundo ele, está totalmente modernizado.
O presidente da AENFER Luiz Lourenço de Oliveira agradeceu a
presença de todos e disse que as portas da entidade sempre estarão abertas para recebê-los.
Abril – Mês dos Ferroviários em Macaé
Na mira, o Centro de Memória / Museu Ferroviário
A Associação dos Ferroviários de
Macaé completa neste mês de abril 34
anos de fundação e preparou várias atividades para celebrar a data e o mês
do ferroviário, numa programação em
conjunto com o Movimento Ferrovia,
dentre elas a continuidade de ações
para a conquista de espaço, a fim de
ser implantado o Centro de Memória/
Museu Ferroviário de Macaé.
Em levantamentos realizados foi
identificado um imóvel pertencente à
União, classificado como “não
operacional”, ou seja, não fez parte da
desestatização do patrimônio ferroviário, administrado pela Secretaria de
Patrimônio - SPU e sob a guarda do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan, que serviu de residência à Via
Permanente Ferroviária da antiga
Leopoldina, localizado ao lado da Estação
Ferroviária de Macaé.
Pesquisas cartoriais, contatos com a
administração municipal, reuniões no escritório regional do Iphan e captação de
itens para acervo, são ações desenvolvidas já há algum tempo.
No momento, está sendo elaborado um
Plano de Ação que será apresentado à Fundação Macaé de Cultura para que a Administração Municipal, que já concordou com
o pleito dos ferroviários, oficialize ao Iphan o
interesse pelo imóvel, para utilização
como espaço cultural. O Instituto, através
do escritório regional sediado em São
Pedro da Aldeia, vem dando total apoio ao
pretendido pela Associação dos Ferroviários e pelo Movimento Ferrovia Viva. Em
paralelo, continuam as atividades de “garimpagem” de itens que digam respeito à
história ferroviária de Macaé e região.
Quem tiver e puder colaborar, pode entrar
em contato com a entidade pelo e-mail:
[email protected].
Alex Medeiros
Coordenação Movimento Ferrovia Viva
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AENFER promove festa dos aniversariantes
A AENFER realizou nesta quinta-feira, 14 de março
sua primeira festa do ano em comemoração aos
aniversariantes dos meses de janeiro, fevereiro e março.
A festa aconteceu no Espaço Cultural Carlos Lange
de Lima, 7º andar e reuniu um grande número de
associados que prestigiaram os aniversariantes.
O tema da festa foi relacionado ao Dia Internacional
da Mulher, comemorado no dia 08 de março e também
à Páscoa, dia 31 de março.
Na ocasião, o presidente Luiz Lourenço de Oliveira
fez questão de homenagear as mulheres e leu um poema
dedicado a todas elas.
A diretora social Telma Regina agradeceu a
presença de todos os associados que prestigiaram o
evento, homenageou também todas as mulheres e
destacou como mulher ferroviária, guerreira e
perseverante a engenheira Clarice Soraggi, mulher que
não foge à luta e a associada Maria de Oliveira pelos 10
anos de encontro do grupo de mulheres, uma iniciativa
com o objetivo de mantê-las unidas.
Telma lembrou ainda do aniversário da AENFER, a
entidade completará 21 anos no dia 26 de março, após
fusão da AECB com as duas entidades, Associações
de Engenheiros da Administração Geral da Rede
Ferroviária Federal - AEAG e da Companhia Brasileira
de Trens Urbanos - AECBTU.
A diretora disse que espera contar com todos os
associados para dar continuidade a esta entidade que
vem buscando através de suas atividades técnicas,
fortalecer os rumos do modo ferroviário.
Após o tradicional sor teio de brindes onde
muitos associados foram contemplados com
presentes oferecidos pela AENFER, os
aniversariantes Cátia Cavalcanti, Luci Leite, Maria
de Oliveira, Regina Gueylard, Fátima Magalhães,
Maria José, Lídia Eugênio, Lisete Charret, João
Carnevale, Fernando Albuquerque, Glória
Albuquerque, Sandra Guio, Agostinho Coelho Silva
e Delfina Castro sopraram as velinhas.
Momentos do Evento
Diretora Telma Regina e pres. Luiz Lourenço
entregam brinde à Delfina
Therezinha Guio recebendo brinde ao lado da diretora
Telma Regina e do pres. Luiz Lourenço
Conselheira Lisete Charret com a diretora Telma
Vice-pres. Isabel com Armando Meton e Renê Schoppa
Isabel, Heloísa, Clarice, Cátia, Lídia, Telma e Lisete
Telma entrega brinde à Cátia Cavalcanti
Os amigos Almir Gaspar, Luiz Lourenço, Celso Paulo,
João Carnevale e Manoel Geraldo
Pedro Paulo, Antônio Carlos e amigos
Jair José, Carlos Van, Percini e Aldyr

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