e crédito - Instituto Geoc

Transcrição

e crédito - Instituto Geoc
{sumário}
10
capa
Consumo e crédito: o desafio de
equacionar a expansão sustentável
A Credit Performance é a primeira e única
revista especializada na indústria brasileira
de crédito e cobrança. A publicação é
idealizada pela CMS - Credit Management
Solutions, a organização líder em interação
e conteúdos da indústria latina de crédito
com atuação em 14 países da América e
Europa, e conta com o apoio do Instituto
Geoc e Serasa Experian. Com periodicidade
trimestral e tiragem de cinco mil exemplares,
a revista oferece conteúdo especialmente
desenvolvido para executivos líderes
de grandes corporações e empresas da
área. Distribuição exclusiva e gratuita.
Conselho Editorial:
Anna Zappa, Carlos Zanchi, Cláudio
Kawasaki, Elane Cortez, Eldi Willms,
Jair Lantaller, José Augusto de Rezende
Júnior, Luciana Dinis, Luciana Felletti,
Luis Barbuda, Manuel Magno Alves,
Maristela Moraes, Pablo Salamone,
Paulo Busch, Silvina Virga, Tariana
Machado, Victoria Iturrieta.
Redação e produção:
Burson-Marsteller Brasil
Diretor de redação:
Pedro Corrêa
Editora e jornalista responsável:
Luciana Morassi (MTB 34.765) Colaboraram nesta edição:
Christiane Marcondes Alves de Brito,
Deborah Moreira Gabriela Arruda,
Kalinka Araneda, Hilda César (reportagem
e edição), Rubens Chaves (fotografia).
E-mail da redação:
[email protected]
Diagramação:
Multi Propaganda
Responsável Comercial:
Madleine Rose M. Sprocatti
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Tel. (11) 3868-2883/ 3865-7013.
Credit Performance, a revista da indústria
de crédito e cobrança. Endereço na
internet: www.creditperformance.com.br
Credit Performance® é uma publicação
da CMS – Credit Management Solutions.
Todos os direitos reservados,
proibida a reprodução total ou
parcial sem prévia autorização.
5Editorial
6Entrevista
Ricardo Annes Guimarães, presidente do BMG, conta como
aumentou a capilaridade com a aquisição de outros bancos
e quais os planos de diversificação de negócios em 2012
16 destaques
Tecnologia e fusões levam velocidade ao varejo
18 segmento e globalização
Ferramenta de inovação analítica facilita a
busca e conquista do cliente ideal
20 indicadores
A redução dos juros cria blindagem anticrise
e mantém o mercado aquecido
22 análise setorial
Contágio bancário: especialistas garantem
que Brasil está protegido
26 ideias e tendências
Artigo Serasa
28 novidades e agenda
TransUnion adquire participação majoritária na Crivo;
Com apoio da OIT, Serasa Experian quer criar rede
nacional de empregos para pessoas com deficiência;
Instituto Geoc promove evento e faz doação ao Graacc;
Acesso Digital lança serviço de formalização online
31 pelo mundo
Punta Del Este: tradicional destino turístico vira
point de networking e eventos corporativos
32 TENDências
Redes regionais e novos produtos, como o pré-pago,
expandem operações com cartões de crédito
34 aconteceu no mercado
Portugal: Congresso aponta desafios, superação
e oportunidades inéditas de negócios
36 progresso e desenvolvimento
Seguros se beneficiam com bancarização das
classes C e D e nova política de juros
39 sofisticação & luxo
A era dos ultraportáteis agiliza a vida dos executivos
40 opinião
A estabilidade da inadimplência
42 ponto de vista
Processos, Serviços Financeiros e Sustentabilidade
C r e d i t P e r f o r m a n c e { 3 }
Quero
minimizar
os prejuízos
causados por
fraudes.
Pergunte
o que a gente
pode fazer
por você.
Rodrigo Ayres
Serasa Experian - RJ
A Serasa Experian pode ajudar sua
empresa a ampliar os negócios com mais
segurança, fornecendo soluções que
minimizam prejuízos causados por fraudes.
Seja qual for o seu desafio, pergunte o que
a gente pode fazer por você.
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A gente trabalha para você crescer.
Credit Performance
{editorial}
Brasil tem força própria
para enfrentar crise e crescer
Este foi o anúncio oficial que a presidenta Dilma Roussef fez à nação em 12
de junho. E esta edição da Credit Performance não deixa dúvidas a respeito.
A política federal é favorável ao consumo e, para o segundo semestre, Dilma
garante que haverá um processo mais contínuo de investimentos no Brasil.
Sem dúvida, o país fez o dever de casa. Prova disso é o avanço do setor
varejista a partir de tecnologia e fusões, além da blindagem anticrise,
temas das seções Destaques e Indicadores. Nesse quesito, o Brasil está
em posição particularmente privilegiada: com apenas 19% dos ativos
bancários detidos por instituições estrangeiras, é considerado pelo Ins‑
tituto Internacional de Finanças (IFF) como um mercado bem protegido
de potenciais choques no sistema financeiro global, como menciona a
reportagem da seção Análise Setorial.
A política de redução dos juros, que obrigou o mercado financeiro a reade‑
quações operacionais, na verdade é uma ferramenta que impedirá a alta de
inflação e o superendividamento, ameaça que a matéria de capa aponta.
Ela atinge as classes sociais emergentes, por isso a educação financeira é
uma exigência para a qual não só a população, mas também os bancos
estão atentos. Trata‑se de uma verdadeira vacina que pode imunizar o país
contra as “epidemias de dívidas”, semelhantes às que vemos nos Estados
Unidos e na Europa.
Apesar do contexto mundial de crise, a criatividade é um talento hu‑
mano altamente desafiado pelas adversidades. Prova disso é Portugal,
país que, apesar das dificuldades econômicas, apresenta uma geração de
analistas e executivos disposta a se unir em prol de soluções e a investir mesmo
em tempos incertos. A seção Aconteceu no Mercado aprofunda esse tema
e aborda o 3º congresso da CMS, realizado em maio último, em Lisboa. Com
a mesma fibra dos desbravadores de terras virgens, que chegaram ao Brasil
há pouco mais de 500 anos, o povo lusitano se atira a mares insondáveis em
busca de descobertas alentadoras para o cenário econômico.
Juan Pablo Buceta
Por falar em criatividade, o setor de cartões de créditos está em alta, graças ao
desenvolvimento de produtos alinhados às necessidades modernas, como
os pré-pagos, abordados na seção Tendências. As empresas também estão
criando ferramentas inovadoras na busca do cliente ideal, como você verá
na seção Segmento e Globalização. Por fim, em meio a tantas transforma‑
ções no cenário econômico, a área de seguros se mostra estável e próspera,
beneficiada pela bancarização das classes C e D. Os ultrabooks em todas
as versões e os encantos de Punta Del Este completam o menu da edição
12 da Credit Performance, que propõe exemplificar que os tempos são de
mudanças e que as escolhas assertivas dependem de conhecimento: essa
é a mensagem que buscamos levar a todos os nossos leitores.
Pablo Salamone
Presidente CMS
Boa leitura!
C r e d i t P e r f o r m a n c e { 5 }
{entrevista}
Capilaridade e
diversificação
são caminho para
expandir crédito
As medidas do governo
[como a baixa de juros]
são positivas para regular o
mercado e incentivam uma
competição mais equânime
RICARDO ANNES GUIMARÃES
Presidente executivo do Banco BMG
Por Christiane Marcondes Alves de Brito / Fotos: Rubens Chaves
Com sede em Belo Horizonte, o Banco de Minas Gerais, BMG, completou
80 anos em 2010, ocupando a 12ª posição no ranking de maiores bancos
do País. Presente em todos os Estados, lidera o mercado de consignados,
concentrando cerca de 18% de todas as operações. Ricardo Annes
Guimarães, presidente executivo da instituição, conta em entrevista
exclusiva à Credit Performance como aumentou a capilaridade com
a aquisição de dois outros bancos e quais os planos de expansão e
diversificação de negócios para 2012. Cartões de crédito ligados ao
esporte estão entre os novos produtos: afinal, futebol é uma paixão
pessoal de Ricardo, que comandou o time Atlético Mineiro de 2001 a 2006.
Credit Performance – O Banco BMG é conhecido pela atuação na área de consignados. Como está este segmento
hoje, quais as perspectivas de crescimento e qual o investimento que o banco faz na área?
Ricardo Annes Guimarães – As operações de crédito con‑
signado representam hoje 90% dos negócios do BMG e as
expectativas são as melhores possíveis, pois, com as aquisições
dos Bancos Schahin (hoje BCV – Banco de Crédito e Varejo) e
GE (hoje Banco Cifra), realizadas no ano passado, o Banco BMG
ganhou em capilaridade. O mercado de crédito consignado
é um dos que mais cresce no país. O número de servidores
municipais, estaduais e federais tem aumentado, juntamente
com a quantidade de aposentados, os dois focos do crédito
consignado. Com taxas de juros acessíveis, esta é a melhor
opção para a obtenção de crédito. Devido a esse cenário, o
BMG estima um crescimento de 15 a 20% somente em 2012.
CP – Em termos de diversificação de negócios, quais as
outras áreas de atuação do BMG e qual a porcentagem
de investimento que cada uma delas recebe?
RAG – O banco também vem trabalhando para diversificar o
portifólio de produtos, passando a oferecer novas linhas de cré‑
dito para os clientes. Dentre os produtos que a instituição vem
oferecendo, com o intuito de realizar potenciais cross-selling
com os clientes ativos, estão: financiamento de automóveis,
crédito pessoal, seguros e cartões de crédito. Esses novos itens
estão sendo potencializados com as duas aquisições realizadas
em 2011 e oferecidos pela rede de lojas, correspondentes e
agentes bancários, além de serem apresentados por meio de
ações de marketing direto para os clientes.
CP –A baixa de juros, exigência do governo, já interferiu
ou pode interferir nos negócios do banco? De que forma?
RAG – As medidas do governo são positivas para regular o
mercado e incentivam uma competição mais equânime entre
as empresas do setor. Mas, por atuar com crédito consignado
há mais de 20 anos, o Banco BMG já pratica taxas de juros bem
competitivas, o que vem garantindo sua liderança nacional.
Dessa forma, as medidas não têm afetado diretamente as
operações de consignado da empresa.
CP – Como é a oferta e a atual política de crédito do BMG?
Houve restrições este ano, como nos demais bancos, que
reduziram volume disponível e ampliaram exigências
para captação?
RAG – Não houve restrições. Atualmente o BMG possui uma
base de seis milhões de clientes ativos, com um tíquete médio
de R$ 2 mil a R$ 3 mil no crédito consignado, conquistando um
market share de 19% nesse segmento. Além disso, sem ser um
banco de varejo, o BMG detém 10% do crédito pessoal de todo
o país. Esses números demonstram a consolidação da marca
BMG e o potencial de crescimento da instituição. Para 2012,
estamos trabalhando para ampliar a oferta de crédito, por meio
de novos produtos. O Grupo Financeiro BMG está apostando
em cartões de crédito e seguro de acidentes pessoais, entre
outras novidades. Recentemente, lançou produtos ligados à
C r e d i t P e r f o r m a n c e { 7 }
{entrevista}
parceria que vem mantendo com o futebol. Para os
torcedores do Santos, foi lançado o cartão de crédito
Sócio Rei, com diferenciais de utilização e premiação.
Já para a torcida do Cruzeiro, foi criado um seguro de
acidentes pessoais com vantagens exclusivas. Também
estamos trabalhando nossa base de atendimento,
investindo na ampliação do número de lojas próprias.
Atualmente, contamos com cerca de 400 lojas, além
de 2 mil correspondentes e 50 mil agentes de crédito
atuando em todo o país.
CP – Quais os índices de inadimplência do banco e
o que o BMG faz, preventivamente, para garantir
a recuperação do crédito?
RAG – Como a operação principal do Banco BMG é o
crédito consignado para servidores públicos e para
aposentados e pensionistas, o risco de inadimplência
é muito pequeno. Em 2011, a instituição financeira
manteve esse índice em patamares inferiores ao re‑
gistrado pelo mercado, encerrando o exercício com
uma relação entre a carteira em E-H sobre a carteira
total de 2,41%.
CP – Como a atual gestão vê o momento que o país
atravessa em relação à crise global? A economia
do país continua oferecendo oportunidades de
investimento e crescimento?
RAG – O Governo Federal e o Banco Central vêm ado‑
tando medidas acertadas de proteção da economia
nacional e do sistema financeiro. Isso fica claro quando
analisamos como o país vem enfrentando a crise inter‑
nacional. Mesmo em 2009, no auge da crise nos EUA, o
país registrou crescimento da economia e do emprego.
Nos últimos meses, a equipe econômica do governo
voltou a adotar medidas que contribuem para proteger
as empresas brasileiras e evitar o capital especulativo.
Essas ações certamente contribuem para garantir um
cenário de estabilidade econômica, o que é extrema‑
mente saudável para todos os setores da economia.
A instabilidade
internacional não
afeta nossas projeções
de crescimento e de
investimento neste ano
{ 8 } C r e d i t P e r f o r m a n c e
CP – Os bancos brasileiros estão preparados para
uma possível reviravolta do panorama, até agora
relativamente seguro e favorável, no que se refere
à crise global?
RAG – O governo brasileiro tem feito o dever de casa
e garantido condições para o crescimento da economia.
O sistema financeiro brasileiro é bem regulado e pro‑
tegido por diversas medidas adotadas no passado, o
que tem sido decisivo para que a crise econômica que
acomete a Europa não atinja as instituições financeiras
brasileiras. Logicamente, o setor financeiro está aten‑
to a este cenário externo. Mas, para o BMG, a instabili‑
dade internacional não afeta nossas projeções de
crescimento e de investimento neste ano.
{capa}
Consumo e crédito:
equacionar a expansão
Por Christiane Marcondes Alves de Brito
Ir às compras representa não só status social, mas um comprovado prazer, segundo
pesquisa britânica divulgada recentemente. Os estudiosos explicam que o ato
estimula o sistema límbico, causando satisfação. A combinação de fatores é o
motor de propulsão do consumidor, mas não basta para garantir uma boa compra.
É preciso ter recursos – ou seja, crédito para efetivá-la e, preferencialmente,
de uma maneira benéfica para quem compra, quem vende e a sociedade.
O
crédito viabiliza as aspirações de
consumo da maioria da popu‑
lação em todo o mundo. Mas é
uma faca de dois gumes, que tanto pode ser
usada a favor como contra o consumidor.
O melhor exemplo é a face da complexa
crise que abalou o mundo em 2008: a
inadimplência dos beneficiários de hi‑
potecas imobiliárias nos Estados Unidos.
No Brasil, os últimos dez anos levaram à
consolidação da chamada nova classe C e,
com ela, cerca de 20 milhões de pessoas
ascenderam socialmente.
Não foi uma conquista casual: mais renda
e mais empregos pavimentaram a in‑
clusão bancária. “O Brasil se tornou um
país movido pela população de baixa
renda, responsável, hoje, pelo aporte
de cerca de um trilhão de reais ao ano
no mercado de consumo”, diz Renato
Meirelles, sócio‑diretor do Data Popular,
instituto dedicado a pesquisas e infor‑
mações sobre as classes C,D e E.
A democratização do crédito foi esti‑
mulada pelo governo federal a partir de
2005, com reformas microeconômicas
{ 10 } C r e d i t P e r f o r m a n c e
o bolso enxuto
é um fator limitante
da classe c
O quanto este consumidor
tem para gastar?
R$ 1.324
2006
R$ 1.880
2010
uma classe endividada
-2%
em relação à renda
Fonte: Kantar Worldpanel
que reforçaram a garantia dos contratos,
e novas medidas foram implementadas
nesse sentido quando a crise dos Estados
Unidos se globalizou. Nessa época, o então
presidente Lula ofereceu suporte e pediu
que as pessoas continuassem a consumir,
pois a economia do país era forte e sobre‑
viveria à “marolinha”. Não se tratava de
“café pequeno”, mas Lula acertou quando
disse que a economia aguentaria o tranco.
Aguentou e cresceu até que, em 2011, com
a crise cada vez mais grave no mundo,
veio a fatura e no primeiro trimestre de
2012, depois de três quedas consecutivas,
a inadimplência voltou a crescer em fun‑
ção de dívidas não bancárias e cheques
sem fundos, segundo os indicadores da
Serasa Experian. Leandro Martins, analista
chefe da Walpires Corretora, acredita que
o chamado consumo consciente pode
ajudar a reverter o quadro negativo: “As
pessoas que trabalham 200 horas por mês
não dedicam nenhuma dessas horas ao
planejamento do orçamento doméstico.”
Vera Lúcia Remedi Pereira, assessora da
diretoria executiva e coordenadora do
o desafio de
sustentável
Divulgação
“Se olharmos o crédito
no cenário econômico
mundial, no Brasil vemos
um quadro positivo.”
Rubens Sardenberg
Economista chefe da Febraban
Programa de Tratamento ao Superendivi‑
damento, no Procon, vai além na análise: “A
pessoa tem que pensar na dívida a longo
prazo, quanto ela traz de juros embutidos.
O Procon recebe pessoas desesperadas,
que perdem bens e até mesmo a família
porque ficam com o nome negativado e
não sabem lidar com isso. O consumidor
precisa de educação financeira.”
Para Vera, a pessoa que fica três meses
usando crédito do cheque especial e pa‑
gando o mínimo do cartão de crédito corre
o risco de se tornar um superendividado.
Renato Meirelles diz que o fenômeno do
superendividamento ainda não chegou
ao Brasil, embora reconheça que o con‑
sumidor, em 2012, está mais exigente e
mais seletivo. Dados da Serasa Experian
comprovam maior rigor antes da decisão
de compra: no acumulado do primeiro tri‑
mestre de 2012, a demanda do consumidor
por crédito foi 6,8% menor que a verificada
durante os três primeiros meses de 2011.
A fase de “euforia das compras”, como
definiu Nicola Tingas, economista-chefe
da Associação Nacional das Instituições
de Crédito, Financiamento e Investimento
(Acrefi), já passou, mas o mercado de
crédito e cobrança não voltará à estabi‑
lidade apenas com a redução de juros
que o governo Dilma impôs aos bancos:
“O país viveu um processo profundo de
bancarização, com aumento de endivida‑
mento, e as medidas macroprudenciais
do final de 2011 chegaram tardiamente.
Não basta baixar os juros para que os
clientes voltem às compras; esse é um
equívoco comum. Renda e emprego
pleno também contam”, afirma.
Tingas explica que havia, sim, demanda
de consumo reprimida, mas ela foi aten‑
dida além da medida e agora é preciso
fortalecer novamente a economia, cor‑
tando preços e aumentando, de novo, a
geração de empregos. Por outro lado, o
economista afirma que a inadimplência
cresceu, mas tende “a se acomodar já a
partir do segundo trimestre”.
Brasil, mostra a sua cara
Vários institutos renomados de pesquisa
mapeiam esse mercado de consumido‑
Menos juros,
mais negócios
A pesquisa Febraban de Projeções
Macroeconômicas e Expectativas
de Mercado divulgada no come‑
ço de abril mostra que os bancos
pretendem manter acelerada a ex‑
pansão de suas carteiras de crédito,
a uma taxa de 16% – quase cinco
vezes maior do que a expectativa
das próprias instituições para o
crescimento da economia neste
ano. “Se olharmos o crédito no ce‑
nário econômico mundial, no Brasil
vemos um quadro positivo”, afirma
o economista-chefe da Federação
Brasileira dos Bancos (Febraban),
Rubens Sardenberg.
Essa é a terceira pesquisa conse‑
cutiva que mostra que a taxa de
expansão do crédito permanece
em torno de 16%, enquanto que as
projeções de crescimento do Pro‑
duto Interno Bruto (PIB) brasileiro
variam entre 3,2% para este ano e
4,2% para 2013. “Os números do PIB
refletem que a economia ainda está
em uma trajetória de lenta recupe‑
ração, mas seguimos em uma ten‑
dência de recuperação econômica”,
afirma Sardenberg.
A Caixa, em alinhamento com a pes‑
quisa Febraban, aumentou a con‑
cessão de crédito em 17% depois
da redução dos juros, em relação à
semana imediatamente anterior à
exigência do governo.
Os bancos privados também se‑
guem no mesmo caminho, para não
perder competitividade ou cliente.
O Bradesco foi um dos primeiros do
setor a anunciar redução nas taxas
de juros de diferentes modalidades
de crédito e financiamentos para
pessoas físicas e jurídicas. E ampliou
o limite de crédito em mais R$ 14 bi‑
lhões, sendo R$ 9 bilhões para pes‑
soas físicas e R$ 5 bilhões para pes‑
soas jurídicas, conforme divulgou
ao mercado.
C r e d i t P e r f o r m a n c e { 11 }
{capa}
sabão líquido dobra seus volumes comercializados
em 2 anos, ampliando a base de lojas
sabão líquido
sabão em pó
220
200
180
160
As lojas negociantes ND'09 vs JF'06
Sabão em pó: 3.030 lojas
Sabão líquido: 11.490 lojas
140
120
100
80
jan/fev mar/abr mai/jun jul/ago set/out nov/dez jan/fev mar/abr mai/jun jul/ago set/out nov/dez jan/fev mar/abr mai/jun jul/ago set/out nov/dez
2007
2007
2007
2007
2007
2007
2008
2008
2008
2008
2008
2008
2009
2009
2009
2009
2009
2009
Fonte: Nielsen
Fotos: divulgação
Leandro Martins
Analista chefe da
Walpires Corretora
Vera Lúcia Remedi Pereira
Coordenadora do Programa de
Tratamento ao Superendividamento
do Procon
Renato Meirelles
Sócio‑diretor Data Popular
res da nova classe C em busca de uma
definição apurada de perfil. A Kantar
Worldpanel, consultoria britânica espe‑
cializada em pesquisas sobre consumo,
admite que o “bolso enxuto é um fator
limitador”, já que, apesar de um aumento
de renda de cerca de 42% entre 2006 e
2010, esse trabalhador tem apenas 2%
do que recebe disponíveis para gastos.
Ou para poupar. O Data Popular foi a
campo perguntar o que as pessoas fariam
se sua renda dobrasse e descobriu que,
entre a nova classe C, 83% poupariam
como opção número um. Investir em mó‑
veis e eletrodomésticos, seguradamente
uma necessidade que ainda precisa ser
suprida, ficaria com o segundo lugar (80%)
no ranking de escolhas, mas a terceira
opção elegeu o “consumo intelectual”:
40,5% investiriam em cursos.
Esse novo consumidor é jovem, compra
preferencialmente em farmácias e super‑
mercados de médio porte, localiza‑se
maciçamente no nordeste e leste do país
e gosta de novidades com sofisticação,
como mostram dados da Nielsen, que
revelam que o mercado de “sabão líqui‑
do”, por exemplo, dobrou seu volume
de vendas em dois anos. Adeus, sabão
em pó? Tudo é possível, afinal esse novo
público está começando a experimentar
o gostinho de escolher, pagar e levar
para casa.
Além disso, os novos consumidores con‑
tam com o apoio amplo, geral e irrestrito
da presidenta Dilma Roussef, que tem
planos para o crescimento sustentável.
Baixar juros e a redução de impostos
estão em sua mira, além de geração de
empregos com aumento da renda das
famílias. Segundo ela, “esse é o segredo
do sucesso da economia brasileira”. O
mercado de trabalho, garante Dilma, teve
um “excelente desempenho” em 2011,
com a criação de quase dois milhões de
empregos com carteira assinada. Com
isso, o desemprego “atingiu o nível mais
baixo dos últimos dez anos e chegou, em
dezembro, a 4,7%, um recorde histórico,”
comemorou.
“É o que sempre dizemos: a roda da eco‑
nomia está e vai continuar girando,
porque a maior força do Brasil é seu povo”,
declarou à imprensa.
{ 12 } C r e d i t P e r f o r m a n c e
desejo de compra de eletrodomésticos
Se sua renda dobrasse, de que forma usaria o dinheiro extra (em %)
brasileiros
nova classe média
80,0 83,2
80,0
42,9
Pouparia
39,5
Viajaria mais
40,0 40,5
32,0 32,0
Faria algum curso
Compraria mais
roupas e calçados
26,3
26,2
Investiria em móveis
e eletrodomésticos
29,5
18,9 21,5
Compraria
mais livros
Iria mais
ao cinema
Fonte: Data Popular
Blindados contra choques
O mercado do segmento mais rico da po‑
pulação do Brasil, que movimentou US$
10 bilhões em 2011, pode crescer até 30%
em 2012. No ano passado, a expansão foi
de 33% em relação ao mesmo período de
2010, conforme revela a Trevisan Escola
de Negócios. Segundo a consultoria Kni‑
ght Frank e Citi Private Bank, espera‑se
que o número de milionários no Brasil
cresça 59% nos próximos quatro anos. A
disputa por esse mercado, dado o volu‑
me financeiro envolvido, ainda não está
muito grande e demonstra alta dispo‑
nibilidade e espaço para novos empre‑
endimentos. É um nicho muito grande,
porém, com poucos players ainda.
A gama de produtos e grifes internacio‑
nais que devem aportar no Brasil será o
alvo principal dos negócios no segmen‑
to AA e beneficiará os clientes em seus
desejos por essas marcas e produtos.
Esta é a opinião do coordenador de gra‑
duação da Trevisan Escola de Negócios,
Dalton Viesti, que esclarece: “O merca‑
do de luxo analisado em nossos estudos
são os grupos de poder aquisitivo acima
de R$ 1.000.000,00 por ano. Este público
representa apenas 1,5% da população
Divulgação
“O sucesso das empresas com
o desenvolvimento econômico
no Brasil trouxe muita
prosperidade. A vinda de
novas empresas e profissionais
do mercado internacional
também foi muito forte”
Dalton Viesti
Coordenador de graduação
da Trevisan Escola de Negócios
brasileira, 35% da população de classe A
apontada pelo IBGE”.
Exclusividade é a principal aspiração des‑
se público, que tem, entre as marcas mais
visadas e compradas: BMW, Jaguar, Ferra‑
ri, Van Cleef & Arpels, Boucheron, Bvlga‑
ri, Montblanc, Tiffany&Co, Louis Vuitton,
Gucci, Versace, Dolce&Gabanna, Armani,
Guess, entre outras.
Ainda segundo Viesti, “o sucesso das empre‑
sas com o desenvolvimento econômico no
Brasil trouxe muita prosperidade para seus
colaboradores. A vinda de novas empre‑
sas e profissionais do mercado internacio‑
nal também foi muito forte, além da inje‑
ção de capitais externos no Brasil. Com
isso, a renda média aumentou e enrique‑
ceu vários grupos de empreendedores
que arriscaram neste segmento. O setor
de serviços também impulsionou demais
este mercado. O setor de crédito está mui‑
to atento a essa movimentação, porém,
nesta faixa de renda, a maioria das com‑
pras são feitas à vista”, conclui.
C r e d i t P e r f o r m a n c e { 13 }
{destaques}
Tecnologia e fusões
agilizam o varejo
A
mudança do papel do varejo
sempre se deu por um fenô‑
meno cuja raiz é a inovação
tecnológica. Um bom exemplo é o leitor
de código de barras, que mudou dras‑
ticamente as relações econômicas de
toda a sociedade.
Em 2011, o setor consolidou outra trans‑
formação que começou há alguns anos,
com o comércio eletrônico, embrião de
funcionalidades, tais como interação e
mobilidade, que hoje caracterizam as
transações de compra e venda.
Uma ferramenta que promete é a tecno‑
logia mobile. O Walmart, em parcerias
com as empresas Vtex e Fingerstips, do
grupo Mobi, inaugurou no final de feve‑
reiro sua plataforma mobile que permite
compras via celular. No mundo, um em
cada quatro consumidores já usa o ce‑
lular como ferramenta de compras. No
Brasil, está só começando.
O social commerce é outra novidade
tecnológica que desponta como opor‑
tunidade para microempreendedores.
O Magazine Luiza lançou, no início deste
ano, o Magazine Você, iniciativa pioneira
de social commerce em todo mundo. Já
foi, inclusive, citada pela National Retail
Federation (NRF) como uma das inova‑
ções tecnológicas mais promissoras.
Na prática, o usuário de Facebook e
Orkut pode abrir uma loja virtual do
Magazine Luiza e utilizar sua rede de
amigos para as vendas, ganhando co‑
missões entre 2,5% e 4,5%. A aceitação
foi tamanha que, um mês depois de
anunciado ao público, o Magazine Você
{ 16 } C r e d i t P e r f o r m a n c e
Fotos: divulgação
“Atualmente, existem
113 shoppings em
construção, 802 em
atividade e 90 em
fase de projeto”
Nabil Sahyoun
Presidente da Alshop
contabilizava 20 mil lojas no Brasil.
O analista de rede Josyano Pinheiro, 34
anos, é um dos mais bem-sucedidos nes‑
sa empreitada. Abriu sua loja virtual no
final de fevereiro e, dois meses depois,
já era um dos melhores vendedores nas
redes sociais.
Megaoperações em alta
Outras mudanças no cenário varejista
surgem a partir de parcerias, fusões e
aquisições – operações cada vez mais
frequentes no Brasil e no mundo nos
últimos dois anos, como a que ocorreu
em empresas como o Pão de Açúcar e
Casas Bahia, Renner e Camicado.
“Em maio, a rede de supermercados fran‑
cesa Casino anunciou a compra do gru‑
po brasileiro Pão de Açúcar. A aquisição
concretizada ainda no primeiro semestre,
quando a companhia francesa exercer a
sua opção de compra de ações da hol‑
ding Wilkes, que controla o grupo brasi‑
leiro”, anuncia Flávio A. Corrêa, empresá‑
rio e presidente do Conselho Consultivo
da ADVB (Associação dos Dirigentes de
Vendas e Marketing do Brasil).
Na área de confecções, a fusão deu
origem ao conceito de fast fashion,
proposta de uma nova arquitetura de
negócios que explora a cadeia têxtil
como um todo, produzindo novidades
de forma rápida e contínua. Esse modelo
integrado tem consolidado empresas
gigantescas em pouco tempo. Alguns
exemplos são Mando e Zara (que ultra‑
passou a Gap em vendas no ano pas‑
sado), na Espanha, e Uniqlo, no Japão.
Por Christiane Marcondes Alves de Brito e Deborah Moreira
Não há barreiras para o varejo global, que se aliou à tecnologia há muito
tempo em uma parceria definitiva. Hoje, mais do que nunca, ela viabiliza
diferentes abordagens e estratégias de vendas. Outra pedra fundamental
do crescimento são as fusões e aquisições. A globalização das marcas e
bandeiras é um fenômeno irreversível, em todos os setores.
Balanço
Shopping Granja Viana é um dos empreendimentos que passaram por expansões
A arrancada dos shoppings
Um dos termômetros que ajudam a medir o
aquecimento do mercado varejista no país é
a expansão dos shoppings centers nos últi‑
mos anos. O presidente da Associação Brasi‑
leira de Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil
Sahyoun, lembra que, desde 2007, quando
os grupos entraram no mercado aberto de
capitais, o setor cresce ano a ano.
“Os maiores grupos empreendedores le‑
vantarão mais de R$ 5 bilhões. Atualmente,
existem 113 shoppings em construção, 802
em atividade e 90 em projeto. Isso dá uma
estimativa para os próximos cinco anos de
38 a 40 novos empreendimentos ao ano. É
um recorde da indústria de shopping”, esti‑
ma Sahyoun, lembrando que ainda há muita
demanda em diversas regiões no interior do
país. “O que esperamos é que essa interio‑
rização se prolongue por um bom tempo.”
Luiz Fernando Veiga, presidente da Associa‑
ção Brasileira de Shopping Centers (Abrasce),
dá a previsão para 2012: “A Abrasce projeta
alta de 12% nas vendas e inauguração de mais
42 shoppings, sendo 29 no interior. Os novos
empreendimentos devem somar cerca de 1,5
milhão de metros quadrados de ABL e, aproxi‑
madamente, 115 mil novos empregos.”
A consolidação de grandes grupos varejistas
brasileiros tem sido possível graças a parce‑
rias entre grupos nacionais e internacionais e
bancos. Um exemplo é o Shopping JK Igua‑
temi, em São Paulo, do Grupo Jereissati, que
recebeu investimentos estrangeiros e so‑
mou quase R$ 1 bilhão. “É um movimento
que ainda vai crescer. Temos um mercado
desejado pela Europa, e Estados Unidos.
Hoje, você pode crescer com capital próprio
ou buscar um parceiro. Assim, aumenta a
margem de faturamento e pode ir para o
mercado de capitais”, explica Nabil.
Analistas avaliam com bons olhos
o crescimento do varejo, principal‑
mente em setores como os de sho‑
pping centers: a inauguração do
Shopping Granja Vianna, afirmam,
marca um momento histórico,
porque a população local passou
a ter acesso às melhores lojas da
metrópole paulistana sem precisar
pegar a estrada.
Nem a recente desaceleração ame‑
aça as novas investidas. Segundo
o Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), as vendas no
comércio varejista caíram 0,5%
em fevereiro, após terem crescido
3,3% no mês anterior, quebrando
uma sequência de três meses em
alta. Até fevereiro, o indicador
apresentava alta de 8,7% e, em 12
meses, de 6,7%. Na comparação
com fevereiro de 2011, o varejo
cresceu 9,6%.
“É um resultado razoável porque
houve alta de venda expressiva,
principalmente no varejo restrito
(3,3% em janeiro), bem acima das
expectativas de mercado, impul‑
sionado principalmente pelo for‑
te crescimento dos supermerca‑
dos”, analisa o economista Thiago
Carlos, da Link Investimentos.
Outro ponto favorável é que a
expectativa de queda para os me‑
ses iniciais do ano era de 2%, mas
acabou sendo menor que o esti‑
mado, assinala Thiago.
C r e d i t P e r f o r m a n c e { 17 }
{segmento e globalização}
Inovação analítica
nos negócios: à
procura do cliente ideal
Por Hilda César
Analisar assertiva e eficientemente o perfil dos clientes garante os melhores
resultados em ações de prospecção, relacionamento e vendas. Por isso
o setor de crédito e cobrança está investindo em ferramentas cada vez
mais sofisticadas de avaliação. Turbinadas com tecnologia de ponta, elas
garantem inteligência operacional e minimizam risco de perdas, como
é o caso da Probe, que já está sendo utilizada em toda a América.
E
specialmente em períodos com
alta de inadimplência, como o
que a crise global está fomen‑
tando até mesmo no Brasil, a empresa
que vende precisa entender o perfil
de sua carteira de clientes e, com isso,
adotar ações de gestão de acordo com
cada segmento, fortalecendo o rela‑
cionamento e aumentando o sucesso
de suas estratégias.
A rede de lojas Falabella – com presença
no Chile, Colômbia, Peru e Argentina
– é uma das maiores operadoras de
cartões marca própria da América do
Sul e acaba de adquirir a solução Probe
como ferramenta para administração
de sua carteira.
Desenvolvida pela Serasa Experian, a
Probe é uma solução de gestão estra‑
tégica de todos os aspectos do relacio‑
namento com um cliente. Permite o
{ 18 } C r e d i t P e r f o r m a n c e
Divulgação
planejamento mais eficiente de ações
como cross-sell e up-sell, alteração de li‑
mites, retenção de clientes, autorização
e cobrança e opera no nível de conta ou
no nível do cliente.
“A ferramenta garante que determina‑
da oferta encontre o cliente com o perfil
adequado, afastando tanto o risco de atin‑
gir quem não pode comprar, como para
aquele que não tem o perfil para deter‑
minada aquisição, evitando abordagens
desnecessárias”, explica Marcelo Kekligian,
presidente da unidade de negócios Deci‑
sion Analytics da Serasa Experian.
Produto tipo exportação
Segundo German Menendez Pagliotti,
gerente de risco do CMR Falabella, a fer‑
ramenta foi escolhida graças às referên‑
cias positivas de outras companhias que
trabalham com Probe. “A flexibilidade
Marcelo Kekligian
Presidente da unidade de negócios
Decision Analytics da Serasa Experian
Shutterstock
Mais sobre
o Probe SM
da Experian para adaptar-se a diferentes
mercados, a proximidade com o cliente,
além dos custos do projeto, influencia‑
ram na nossa decisão”, diz o gerente.
No Chile, outras grandes empresas do
varejo também já aderiram ao Probe.
No Brasil, o Probe é usado por grandes
bancos e está em fase de implantação
no segmento Telecom.
A solução propõe a análise de cada perfil
e sugere ações de ordem prática para
abordagem, estabelecendo, inclusive,
qual grupo deve ser contatado em pri‑
meiro lugar. Ela condensa as informa‑
ções históricas, adiciona informações
de mercado e automatiza a estratégia
no sentido de otimizar os resultados de
acordo com os desafios do cliente, que
poderão ser estabelecidos para todo o
ciclo de negócio da organização: gestão
de clientes, gerenciamento de risco e
estratégias de cobrança.
Com mais tecnologia que as soluções
tradicionais, o Probe combina informa‑
ções e modelos comportamentais a uma
sofisticada segmentação. Inclui, ainda,
instrumentos analíticos que permitem à
companhia não apenas entender, como
antecipar as necessidades do cliente.
Essas características possibilitam a oferta
customizada de produtos e serviços.
No CMR Falabella, a tecnologia está
em fase de implantação e as expecta‑
tivas são as melhores. “Esperamos
melhorar a exatidão de nossas decisões
de crédito para que se ajustem o melhor
possível à realidade de cada cliente”,
afirma Pagliotti. Segundo ele, a inten‑
ção também é agilizar a aplicação das
políticas de crédito da empresa para
conquistar melhores resultados e cres‑
cimento da carteira.
A ferramenta possui uma base de
dados analítica, que possibilita
o armazenamento do histórico
comportamental do cliente, per‑
mitindo simulação, otimização e
análises ad hoc. Com o Probe, a em‑
presa adquire uma visão comple‑
ta do cliente, combinando dados
de cada conta, que são extraídos
de um ou mais sistema de gestão
com informações históricas e en‑
riquecidos com cálculos e dados
derivados. Este conjunto fornece o
insight necessário para a aplicação
de estratégias.
O Probe SM também apoia as exi‑
gências regulatórias, como Basiléia
II, para as entidades bancárias,
combinando os cálculos dos prin‑
cipais índices e medidas e inte‑
grando-os aos processos de deci‑
são de crédito.
C r e d i t P e r f o r m a n c e { 19 }
{indicadores}
Blindagem anticrise
Por Christiane Marcondes Alves de Brito
Apesar do alarmismo da imprensa, que mostrou um conflito muito mais sensacionalista
do que realista entre a presidenta Dilma Roussef e os bancos, o fato é que o Brasil está
empenhado em buscar o ponto de equilíbrio entre a necessidade de preservar o consumo
interno e amenizar a inadimplência. A recente redução dos juros mira, entre outros
objetivos, a preocupação de blindar o país da crise externa por meio da manutenção do
mercado aquecido. Mas o risco de inadimplência continua no radar do governo e empresas
financeiras. Especialistas avaliam que de tempos em tempos é preciso que autoridades e
bancos implementem mudanças que ajudem a levar o país a novos estágios de crescimento.
O
movimento de queda de juros,
iniciado pelos bancos públicos,
não significou um confronto
com os bancos privados, na avaliação do
analista econômico da Agência Dinhei‑
ro Vivo, Luiz Nassif. Pelo contrário, antes
do movimento houve um conjunto de
reuniões do Ministro da Fazenda Guido
Mantega com grandes bancos, avisando
da intenção do governo.
Nassif vai aos bastidores: “Há tempos os
grandes bancos já tinham definido estra‑
tégias, aguardando o momento em que os
juros internos começassem a despencar.
Em pleno tiroteio de manchetes bombás‑
ticas, mencionando supostos conflitos
entre Dilma Rousseff e os bancos, o que
dizia Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente
do Bradesco?”, pergunta Nassif, tentando
demonstrar a predisposição dos bancos
em trabalhar junto com o governo.
Segundo registro do analista, Trabuco
afirmou: “Taxas de juros menores, num
país como o Brasil – de responsabilidade
fiscal, setor privado dinâmico e economia
diversificada, são ingredientes para um
forte ciclo de desenvolvimento econô‑
mico e social.”
O professor e doutor da Fundação Getúlio
Vargas, Samy Dana, que atua na área de
{ 20 } C r e d i t P e r f o r m a n c e
Fotos: divulgação
Samy Dana
Professor e doutor da
Fundação Getúlio Vargas
Luiz Rabi
Economista-chefe da
Serasa Experian Brasil
Administração e Finanças, com ênfase em
Derivativos e Risco, afirma que os bancos
precisavam mesmo rever seus processos:
“Reverter a inadimplência é responsabili‑
dade da instituição financeira, que precisa
mexer nas taxas de juros e reavaliar critérios
para concessão de crédito.”
A preocupação dos bancos em aperfeiçoar
seus mecanismos de concessão de crédito,
no sentido de promover o crescimento
sustentável do país, porém, não é a úni‑
ca face da moeda. Componentes sociais
(como a ascensão da classe C), medidas
do governo (como o estímulo ao consu‑
mo por meio da redução de impostos e
facilidades em áreas estratégicas, como a
automobilística e habitacional) e fatores
estruturais (como a alta da inflação) tam‑
bém completam o cenário, na avaliação
de Luiz Rabi, economista-chefe da Serasa
Experian Brasil.
O fator Classe C
Para Rabi, o cidadão que se endividou
pertence à chamada classe C, o que não
é de modo algum o problema, “mas parte
da solução”, pois continua a ser um dos
principais motores da economia brasileira.
Shutterstock
De olho no PIB
Com relação ao Produto Interno
Bruto (PIB) – indicador fundamental
na demonstração de que as estra‑
tégias econômicas estão no rumo
certo, segundo os entrevistados –,
o Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) divulgou em maio a
Carta de Conjuntura, que prevê que
o PIB brasileiro vai crescer entre 2,8%
e 3,8% neste ano.
Para a inflação, o Ipea projeta taxas
entre 4,3% e 5,3%. A projeção, segun‑
do o Instituto, leva em consideração
um quadro de não deterioração forte
da economia internacional. Esta é a
expectativa de todo mundo, gover‑
no, bancos e consumidores.
TAXA SELIC: Os juros nos anos Lula e DilMA
Em % a.a.
Início Governo Lula
Início Governo Dilma
25,36
19,05
16,30
18,25
17,26
12,93
jan/2002
jan/2003
jan/2004
jan/2005
O economista acredita que a agressivida‑
de dos bancos e do próprio governo no
estímulo ao consumo dessa população,
que ascendeu socialmente nos últimos
dez anos, é que desequilibrou o sistema.
Ou seja, a ida com muita sede ao pote, em
2009 e 2010, gerou a inadimplência, que
cresceu fortemente em 2011, e também
a alta da inflação.
Em consonância com Rabi, Dana levanta a
bandeira da educação financeira, lição de
casa obrigatória para a sociedade brasilei‑
ra: “Oferecer crédito sem educar é como
dar corda para a pessoa se enforcar. Não
jan/2006
jan/2007
11,18
jan/2008
12,66
8,65
jan/2009
acho que estamos em crise de desemprego
ou de baixa renda, o que acontece é que
uma família que tinha, há quatro anos,
um só carro, hoje tem quatro, além de
financiamentos a longo prazo para pagar.”
Colaboração e racionalidade
Luiz Nassif critica o sensacionalismo da
mídia, que sugere um confronto entre ban‑
cos e governo por causa da baixa de juros.
Cita exemplos do passado para ilustrar seu
argumento: “Há um histórico de colabo‑
ração do setor bancário com sucessivos
governos. Até pela sensibilidade do setor
jan/2010
11,17
jan/2011
9,65
mar/2012
– afetado por qualquer decisão do Banco
Central e da política monetária – há sempre
uma tendência de acatar as providências,
desde que tenham racionalidade”, garante.
Luiz Rabi aprofunda e amplia a questão:
“O governo está tentando adotar uma
estratégia que utilizou com bastante su‑
cesso em 2009, que é colocar os bancos
governamentais para liderar essa regu‑
larização. Com isso, os estatais acabaram
ganhando espaço no mercado. Só que
desta vez o efeito não será mais tão forte
como naquele tempo, porque o consu‑
midor hoje está mais endividado”.
C r e d i t P e r f o r m a n c e { 21 }
{análise setorial}
Crise global e
contágio bancário:
Brasil protegido
O
risco de uma instituição fi‑
nanceira quebrar por conta
do colapso de outra é conhe‑
cido como contágio bancário. Não se
trata de nenhuma novidade, mas de um
fenômeno secular: a quebra da bolsa de
Nova York, em 1929, para dar um exemplo,
provocou um efeito dominó em vários
outros mercados, levando a uma recessão
generalizada na economia mundial.
O fenômeno pode se alastrar em maior ou
menor velocidade conforme a dinâmica
do mercado financeiro, explicam Juan
M. Licari, diretor da Moody's Analytics,
em Londres, e Ángel Enrique Neder, ca‑
tedrático da Universidade Nacional de
Córdoba, na Argentina. Acrescentam
que os bancos menores sempre estão
mais vulneráveis ao contágio.
Licari e Neder concordam sobre a gênese da
crise como elemento determinante para o
maior ou menor contágio, e afirmam que é
fundamental identificar se o choque origi‑
nal teve início em uma instituição periférica
ou em uma grande organização financeira.
“A crise que atinge um pequeno banco é
como um estopim, coloca rapidamente
em ameaça de contágio outros bancos
de mesmo porte no mercado local, mas
não necessariamente o risco sistêmico en‑
volvido é alto. Já as grandes corporações
geralmente estão capacitadas a absorver
o choque original e interromper o efeito
{ 22 } C r e d i t P e r f o r m a n c e
Divulgação
Juan M. Licari
Diretor da Moody’s Analytics
dominó na raiz”, garantem.
No combate ao contágio, os especialistas
avaliam como positivo o fato de os grandes
bancos tornarem-se mais globais, porque
ajuda a diversificar seus riscos e cria me‑
canismos que amortecem os choques ex‑
ternos e intrabancários. Mas, nas palavras
da dupla de analistas, “só o tempo dirá se
a nova configuração bancária (com alguns
players internacionais muito grandes) irá
lidar melhor com as crises que, sem dúvida,
vão atingir os mercados globais em algum
momento no futuro. Reduzir os riscos de
contágio continuará a ser um desafio para
Divulgação
Ángel Enrique Neder
Catedrático da Universidade
Nacional de Córdoba
os banqueiros, órgãos reguladores e ges‑
tores políticos”.
Seguindo a lógica, sistemas bancários for‑
tes tendem a atenuar efeitos desastrosos
na economia e é assim que a América Latina
resiste bem até agora ao contágio bancário
causado pela crise na Europa, segundo
o IFF. O continente apresenta sistemas
financeiros sólidos na maioria dos países
e fortes reservas internacionais.
Caminhos para o crédito
Esse cenário mostra que, ao contrário
do que foi apregoado pelo Fundo Mo‑
Por Christiane Marcondes Alves de Brito e Deborah Moreira
A crise que avassala os bancos europeus tem poucas chances, por
enquanto, de impactar o sistema financeiro na América Latina. O Brasil
está em posição particularmente privilegiada: com apenas 19% dos ativos
bancários detidos por instituições estrangeiras, o País é considerado
pelo Instituto Internacional de Finanças (IFF) como um mercado bem
protegido de potenciais choques no sistema bancário global.
Divulgação
Douglas Lucena
renato oliva
Presidente da ABBC
Roberto Luís Troster
netário Internacional (FMI), em janeiro, o
agravamento da crise financeira na zona
do euro não está contaminando bancos
com filiais na América Latina. Renato
Oliva, Presidente da ABBC - Associação
Brasileira de Bancos, garante: “Do ponto
de vista da inflação, pelo menos para os
próximos 12 meses, a crise parece ter nos
ajudado e as projeções refletem índices
bem mais comportados, dando possi‑
bilidade para as reduções da taxa Selic
já observadas”.
Oliva destaca também as estratégias
preventivas: “Internamente, há muitas
conversas no sentido de melhorar as
estruturas de securitização de rece‑
bíveis para oferecer maior segurança
jurídica, operacional e financeira. Com
essas melhorias implementadas, haverá
produtos de investimento e captação
que poderão se tornar grandes estrelas
no mercado nacional e mundial para o
mercado aplicador”.
O IFF também vê com bons olhos o futuro
do país e adiciona que a regulação dos
bancos brasileiros, que impedia práticas
como as que geraram a crise do siste‑
ma financeiro internacional, também
economista e consultor
foi uma barreira importante para evitar
o contágio que se espalhou no mundo.
Além disso, o crédito foi preservado, já
que, segundo especialistas, a redução das
linhas de crédito externas foi compensa‑
da pela expansão do crédito doméstico.
Os desdobramentos de uma crise ten‑
dem a estender-se no longo prazo, por
isso não dá para relaxar em um cenário
crítico global, que influencia, inclusive,
o comportamento da população. “Não
há soluções completas e imediatas”, diz
o economista e consultor Roberto Luís
Troster, que complementa: “Para que
volte tudo à normalidade é necessário
tempo, ajustes nos preços e no forneci‑
mento dos produtos".
Ao contrário do que acontece lá fora com
economias de países desenvolvidos, onde
a população perdeu a confiança não ape‑
nas nos bancos como em seus governos,
no Brasil as regras financeiras são mais
rigorosas e o fortalecimento da economia
interna contribui para a credibilidade do
governo federal. O principal fator para o
funcionamento do sistema financeiro,
bem como de um banco isoladamente,
é a confiança do público, política que a
presidenta Dilma Roussef privilegia, ga‑
rantindo em seus discursos que o Brasil
“enfrentará com segurança os vagalhões
da crise mundial, ampliando investimen‑
tos e incentivando consumo”.
C r e d i t P e r f o r m a n c e { 23 }
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Um congresso da
{ideias e tendências}
MARCELO KEKLIGIAN
P residente da unidade de negócios D ecision A nalytics da Serasa E xperian
Otimização bem
estruturada eleva lucro O
timizar resultados é obter mais
com os recursos já existentes. Mas
o processo de otimização, quando fala‑
mos de empresas que desejam diminuir
a distância entre objetivos estratégicos
e decisões a serem tomadas, requer pro‑
cedimentos mais elaborados, com mais
respaldo técnico, que lancem mão de
recursos tecnológicos para alcançar o
melhor resultado. Mesmo que as organi‑
zações já mantenham excelentes bancos
de dados, com modelos de predição ad‑
vindos de modernos softwares de tomada
de decisões, ainda assim nem sempre
conseguem afirmar que são capazes de
eleger a decisão mais acertada.
Esta impossibilidade de certeza sobre
aquela estratégia ser a mais eficaz pode
levar a perdas financeiras significativas.
Isso porque sempre há custos envolvi‑
dos no processo de tomada de decisão.
E quando ele não leva à resposta ideal,
perde-se tanto durante o percurso como
no fim da trilha, sem o lucro e as oportuni‑
dades de negócios potenciais que seriam
conquistados com o uso da estratégia
correta. Pode ser frustrante estar em uma
margem do rio, e notar, depois de várias
braçadas, que a borda válida era a outra.
Para fechar essa questão, as organiza‑
ções devem optar por metodologias de
otimização que maximizem o impacto
das estratégias, conciliando as decisões
com as metas e práticas dos negócios,
permitindo a configuração de decisões
que atinjam os seus objetivos. Dessa for‑
ma, um bom caminho para as empresas é
contar com soluções que trabalhem com
árvores de decisão. Elas configuram uma
representação gráfica das alternativas
disponíveis geradas a partir de uma deci‑
{ 26 } C r e d i t P e r f o r m a n c e
Divulgação
são inicial e podem se tornar importantes
aliadas nesse processo.
Os gestores devem ter em mente que
ao utilizar um instrumento de apoio à
tomada de decisões devem avaliar se
ele trará pré-requisitos necessários para
alcançar a excelência. Outra manobra que
se faz necessária na busca da otimização
é a necessidade de tomar decisões indi‑
vidualizadas, adaptadas a cada cliente
para maximizar o objetivo. Porém, quan‑
do falamos de uma carteira ampla, com
grande quantidade de dados, opções de
decisão, critérios de elegibilidade – para
definir quem pode ou não receber qual
oferta – e limitações do negócio – como,
por exemplo, orçamento de perdas de
crédito, exposição total da carteira ou
capacidade de atendimento – essa tarefa
torna-se ainda mais difícil. Por isso, ao
procurar no mercado tecnologia que
ampare o processo de otimização, esse
cenário deve ser levado em consideração.
A rapidez com que uma ferramenta de
otimização pode ser implantada tam‑
bém conta pontos a seu favor. Processos
demasiadamente burocráticos e falta de
agilidade ou de interface compatível com
a estrutura já existente na organização
inviabilizam o procedimento.
O know-how desenvolvido pela or‑
ganização durante sua trajetória não
deve ser desprezado ao se adotar uma
solução tecnológica de otimização. Ao
contrário: o conhecimento e a experi‑
ência já existentes são fundamentais
para o sucesso da empreitada. Por isso,
a tecnologia deve conseguir extrair o
melhor dos recursos disponíveis, por
meio da integração direta com a ferra‑
menta de decisão que a empresa utiliza.
Assim, os usuários podem desenvolver
um conjunto de cenários, limitações e
premissas para realizar a comparação
e, assim, selecionar a melhor árvore de
decisão para suas condições de negócio.
Um processo de otimização bem es‑
truturado é composto por etapas bem
definidas. Na primeira, os elementos
principais do problema são identifica‑
dos e equacionados; na segunda fase
acontece a otimização propriamente dita;
a terceira etapa consiste na implementa‑
ção da melhor árvore; e o quarto passo
é a manutenção, para monitoramento
regular das estratégias de decisão.
Nunca é tarde para lembrar que a otimi‑
zação visa a um objetivo simples: lucro.
E esse lucro chega por canais distintos:
seja pelo aumento do valor da carteira
de clientes, seja pela maximização do
valor deste cliente para os negócios ou
pelo aumento da rentabilidade ao apro‑
var o melhor conjunto de clientes em
relação às limitações operacionais e às
metas de negócios.
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a grandes empresas ou em aquisições de maior
volume com fornecedores.
Nossas soluções permitem avaliar o risco em
negócios com uma empresa conforme o seu
grupo econômico, as perspectivas do setor e o
seu comportamento em um cenário futuro.
Para analisar clientes e fornecedores segundo o
risco financeiro, comportamental, ambiental ou
social, desafie a gente. Pergunte o que a gente
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Shutterstock
{novidades}
Crivo anuncia
união com
TransUnion
A Crivo, empresa brasileira de solu‑
ções para análise de crédito, risco e
fraude, anunciou recentemente que
a TransUnion, líder mundial em ser‑
viços de crédito e gestão da informa‑
ção, adquiriu participação majoritária
da companhia.
Esta união marca a entrada da Tran‑
sUnion no Brasil e trará ao mercado
um leque de soluções inovadoras
para a análise de crédito e informa‑
ção. A combinação de soluções mun‑
dialmente renomadas com a experti‑
se do mercado brasileiro trará ao País
a melhor alternativa para as necessi‑
dades de decisão dos clientes.
Com as soluções da Crivo TransUnion
será possível conhecer de forma mais
completa o comportamento do con‑
sumidor, indo além da informação
‘bom ou mal pagador’. Assim, a em‑
presa passa a oferecer uma estratégia
de negócios inteligente que permite
conhecer em profundidade o cliente
e fornece respostas adequadas às ne‑
cessidades de decisão.
{ 28 } C r e d i t P e r f o r m a n c e
Uma rede nacional
de empregos para
pessoas com deficiência
No último dia 2 de maio, a Serasa Experian
propôs a criação de uma rede nacional
de empresas interessadas em empregar
portadores de deficiência, como parte da
programação de seu 26º Fórum de Empre‑
gabilidade de Pessoas com Deficiência. A
discussão contou com a participação de
Debra Perry, especialista da Organização
Mundial do Trabalho (OIT) em inclusão de
pessoas com deficiência e conhecedora
de exemplos de redes de empregadores
ao redor do mundo. O Fórum teve tam‑
bém a presença da secretária estadual
dos Direitos da Pessoa com Deficiência
de São Paulo, Linamara Rizzo Battistella.
A gerente de Cidadania Corporativa da
Serasa Experian, Andrea dos Santos Regi‑
na, explica que a criação da rede nacional
tem o objetivo de fomentar uma nova
cultura entre empresas para que haja o
respeito ao portador de deficiência e para
que ele seja inserido no mercado de tra‑
balho com dignidade e reconhecimento.
Assim, evita‑se que ele seja empregado
simplesmente para cumprimento de de‑
terminação legal, com prejuízo de seu
desenvolvimento profissional e da própria
empresa em termos de produtividade.
Há uma década os desafios da inclusão
de pessoas com deficiência vêm sendo
constantemente discutidos nesses en‑
contros. Desde a primeira edição, em
2002, renomados especialistas do Brasil
e de outros países já participaram dos
debates, compartilhando informações,
opiniões, conhecimento e experiências.
“Temos certeza de que, por meio desses
fóruns, promovemos relevante contri‑
buição para o avanço da inclusão no
trabalho – e, por tabela, inclusão social
– dessa população, discutindo legislação,
acessibilidade, empregabilidade, pro‑
gramas e projetos relacionados à ques‑
tão”, afirma João Ribas, coordenador do
Programa Serasa Experian de Emprega‑
bilidade de Pessoas com Deficiência.
Instituto Geoc promove
evento em São Paulo
e faz doação ao Graacc
O Instituto GEOC, que reúne as prin‑
cipais empresas de cobrança do país,
promoveu, no dia 26 de junho, em
São Paulo, o II Fórum de Inovação IGE‑
OC. Durante o evento, renomados
executivos do mercado de cobran‑
ça do Brasil trocaram experiências
e discutiram temas relevantes ao
segmento, através de workshops e
da apresentação de cases de sucesso
nas mais diversas áreas. O economis‑
ta‑chefe da FEBRABAN, professor Ru‑
bens Sardenberg, que fez a palestra
de abertura.
agenda
2012
Atualize-se participando dos principais
eventos da CMS no mundo
O encontro teve também cunho so‑
cial. “No coquetel de encerramento,
o Instituto GEOC entregou ao GRA‑
ACC (Grupo de Apoio ao Adolescen‑
te e à Criança com Câncer) um cheque
simbólico corespondente à doação
do Instituto, das suas associadas e de
empresas patrocinadoras do Fórum,
que também contribuíram”, explica
a superintendente do IGEOC, Anna
Zappa. No local do evento, o GRAACC
disponibilizou urnas para doações
espontâneas dos mais de 300 parti‑
cipantes convidados.
Formalização de crédito
online pela Acesso Digital
A Acesso Digital apresenta o serviço
de formalização de crédito online,
solução que possibilita a análise e
formalização de documentos em
tempo real, ambiente seguro e 100%
virtual. Dentre os benefícios estão
a maior agilidade e a segurança no
processo de concessão de crédito em
qualquer tipo de produto financeiro
como cartão, veículo, consignado e
crédito pessoal.
“Este tipo de serviço só é possível em
operações que já utilizam a solução
de digitalização e na captação de do‑
cumentos. Com os arquivos já digita‑
lizados, é possível verificar os dados
em ambiente web. O processo que
levava cerca de 20 dias, dependendo
da localização, e que ainda acarretava
alto custo ao varejista por conta da
logística com malotes e/ou correio,
agora é realizado em 12 minutos e em
qualquer lugar do País”, afirma Alex
Yamamoto, consultor da Acesso Digital.
“Toda a formalização de crédito online
Divulgação
Junho Dia 19
4º Congresso Nacional
de Microfinançasa
Lima l Peru
1º Congresso
Latino‑Americano de
Inovação em Outsourcing
Buenos Aires | Argentina
agosto
Dia 29
7º Congresso Nacional
de Crédito e Cobrança
Santiago | Chile
Setembro
Dia 12
10º Congresso Nacional
de Crédito e Cobrança e
6ª Congresso Nacional
de Finanças de Consumo
e Meios de Pagamento
Buenos Aires | Argentina
Dia 18
7º Congresso Nacional
de Crédito e Cobrança
Lima | Peru
Dias 19 e 20
9º Congresso Andino
de Crédito e Cobrança
Bogotá | Colômbia
Dia 27
1º Congresso Internacional
de Crédito e Cobrança
Asunción| Paraguai
outubro
Dias 09 e 10
8º Congresso Nacional
de Crédito e Cobrança
São Paulo | Brasil
Dias 16 e 17
CMS World Forum |
4° Congresso Nacional
de Crédito e Cobrança
Madrid | Espanha
Novembro Dia 6
4º Congresso Internacional
de Crédito e Cobrança
Caracas | Venezuela
Alex yamamoto
Consultor da Acesso Digital
é realizada enquanto o cliente ainda
está na loja. Se faltar algum documen‑
to ou se os dados não conferem, o
atendente identifica a ocorrência e faz
considerações a mais sobre determi‑
nado cadastro”, ressalta Yamamoto.
Dia 22
5º Congresso Nacional
de Financiamento de
Consumo, Pagamentos
e Recuperações
Punta del Este | Uruguai
!
e
p
ci
Parti 9724
74
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1
(1
Informações:
www.cmseventos.com
C r e d i t P e r f o r m a n c e { 29 }
ISO 9001:2008 REFERENTE A EMPRESA ML SERVIÇOS DE COBRANÇA
EM 20 1 2 A M L C O M EM O R A
2 5 ANO S D E PR ESTA ÇÃO
DE S ER V I Ç O S PA R A
O CICLO D E R EC U PER A ÇÃO
DE C R ÉD I TO S.
EX CELÊ N C I A E I N OVA ÇÃO
É O QUE MARCAM
NOSSA H I ST Ó R I A .
W W W. M L S F. C O M . B R
|
FONE 11 3188 9400
CERTIFICAÇÕES*
EMPRESA ASSOCIADA
{pelo mundo}
Por Gabriela Toledo
Requinte e negócios
na medida certa
Conhecida como a mais
badalada cidade uruguaia
e um dos mais luxuosos
balneários da América Latina,
Punta Del Este é frequentada
por artistas e milionários de
vários países, atraindo mais
de 400 mil turistas na alta
temporada de verão. Entre
eles, cresce cada vez mais
a presença de executivos
que buscam a cidade para
fazer network e negócios.
E
duardo Galeano, um dos princi‑
pais escritores uruguaios ressalta
que os grandes meios de comunicação
deveriam mencionar mais esta peque‑
nina e charmosa nação localizada ao
sul do mapa, mesmo sendo ela um dos
roteiros mais conhecidos e divulgados
nos circuitos turísticos. “A população
é similar a alguns bairros das grandes
cidades do mundo, mas o Uruguai cau‑
saria algumas surpresas para quem se
arriscasse a chegar por ali”, garante ele.
Não só o País tem mais encantos do que
se pode pensar, mas Punta Del Este –
balneário localizado no departamento
Maldonado - tem um cenário paradisíaco,
que há décadas, atrai apaixonados de
todo o mundo em busca de um cantinho
inesquecível para cerimônias discretas
de casamento e lua de mel.
Com praias oceânicas e de rio, além de
diversas opções de lazer, como cassinos, o
lugar também é cada vez mais referência
de encontro para negócios. Em novem‑
bro, será pela quinta vez consecutiva, a
sede do 10º Congresso Latino-americano
de Créditos e Cobranças, juntamente com
o 5º Congresso Nacional de Financiamen‑
to de Consumo, Pagamentos e Recupe‑
rações, ambos realizados pela CMS.
Como palco do evento que acontecerá
no dia 22, está o Hotel Conrad Resort &
Casino, que integra a cadeia internacional
Hilton e está localizado à beira da Praia
Mansa. O complexo hoteleiro é um dos
destaques da cidade, ajudando a forta‑
lecer o turismo executivo.
A gastronomia também é um dos pontos
fortes do balneário, que abriga restau‑
rantes de ponta da culinária espanho‑
la, francesa, japonesa, árabe, além da
comida típica uruguaia, com destaque
Shut terstoc
para o bode clássico. Há também res‑
taurantes conhecidos como grelhas, os
quais oferecem cortes requintados de
carne vermelha, dentre outros pratos
deliciosos.
Se o verão é a estação mais concorrida,
por outro lado a cidade reserva boas atra‑
ções para o inverno, quando a média da
temperatura é de 13º graus. Apesar do
frio, as noites nos cassinos são sempre
quentes e animadas.
Os brasileiros são a presença mais fre‑
quente em todas as estações, principal‑
mente pelas facilidades cambiais, eco‑
nômicas e da proximidade da língua e
geográfica: apenas 200 quilômetros
separam a cidade da fronteira com o
Brasil. No inverno ou no verão, a trabalho
ou a lazer, é destino certo para quem
procura entretenimento e conforto em
um paraíso natural.
C r e d i t P e r f o r m a n c e { 31 }
k
{tendências}
Desapertem os
cintos, os cartões
vão decolar
Por Deborah Moreira
Regionalização e novos produtos, como o cartão pré-pago,
são grandes apostas para a expansão e consolidação do mercado
Shutterstock
D
72,4%
da população utilizou
meios eletrônicos
de pagamento em 2011
Fonte: Associação Brasileira das Empresas
de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs)
{ 32 } C r e d i t P e r f o r m a n c e
esde a abertura do mercado, há dois anos,
com a quebra dos contratos entre cre‑
denciadoras e bandeiras dos cartões, as
empresas de cartões de crédito e meios eletrônicos
de pagamento estão em plena expansão.
Em 2011, o valor transacionado no cartão de cré‑
dito foi de R$ 386 bilhões, enquanto o de débito
foi de R$ 199,8 bilhões. Em 2012, esse mercado
estima manter o mesmo crescimento dos últimos
anos, em torno de 20%, e continuar avançando na
cultura do pagamento das faturas por meio do
dinheiro “de plástico”. A análise é da Associação
Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e
Serviços (Abecs).
“É preciso entender que, além da influência do ce‑
nário econômico, o crescimento do mercado de
cartões no Brasil possui outros pilares: o incremento
da base de clientes, graças à inclusão financeira e à
ascensão social; a substituição natural dos meios
de pagamento de papel por cartões; e a expansão
da aceitação do plástico para novos segmentos e
regiões, graças ao trabalho das credenciadoras”, ex‑
plica Fernando Barbosa, superintendente da Abecs.
Barbosa também lembra que a conjuntura econô‑
mica favorável do país contribuirá para manter o
ritmo. “O Brasil ainda não é um mercado maduro
e tem muito para evoluir”, completa.
A expansão desse segmento se inten‑
sificou em meados de 2010, quando as
credenciadoras passaram a habilitar ou‑
tras bandeiras e a oferecer o poder de
escolha para os lojistas, que desde então
podem optar por uma única máquina em
seu estabelecimento. Esse foi o incentivo
para que outras empresas surgissem no
mercado de credenciamento, como o
Santander (junto com a GetNet) e a Ela‑
von. Para Fernando Barbosa, “essa maior
competitividade no setor gera estímulos
à inovação e à maior qualidade de pro‑
dutos e serviços”.
Um dos focos de crescimento são as redes
de varejo regionais. A maior processadora
independente (sem vínculo com ban‑
cos) de cartões, a CSU CardSystem, por
exemplo, está aproveitando o momento
para ampliar sua base. Em 2011, foram
processados nove milhões de novos car‑
tões, encerrando o ano com uma base de
24,5 milhões de unidades no mercado.
A resistência da nova classe C
A posse dos meios eletrônicos de paga‑
mento entre a população, de uma maneira
geral, vem crescendo nos últimos três
anos e, no ano passado, ficou em 72,4%,
segundo a pesquisa Mercado de Meios
Eletrônicos de Pagamento, da Abecs em
parceria com o Datafolha, divulgada no
início deste ano. De 2010 para 2011, a aqui‑
sição do cartão de crédito expandiu de
50% para 53%, e o débito de 56% para 60%.
Entre a nova classe C, no entanto, cerca de
R$ 386 bi
foi o valor
transacionado,
em 2011, pelos
cartões de crédito
70%
da nova classe C ainda
realiza pagamentos
com outros meios que
não os eletrônicos
90%
da classe A e B realiza
transações com cartão
Fonte: Associação Brasileira das Empresas
de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs)
70% dos pagamentos no país ainda são
feitos com outros meios de pagamento
que não os eletrônicos. A expectativa é
de que se fortaleça a migração dos meios
de pagamento convencionais – dinheiro,
ainda preferido entre os consumidores
– para o plástico.
Já na classe A e B, o cartão predomina em
90% das transações, segundo lojistas desse
grupo: “Nossos clientes não trabalham com
dinheiro nem com cheque, aliás, cheques
se tornaram uma forma de pagamento
indesejada no meio, pois facilita fraudes”,
afirma Adriana Curan, dona de boutique
voltada ao público de classe média alta
no bairro da Vila Madalena, em São Paulo:
“Aqui vendemos 80% dos produtos com
cartão de crédito e 10% com débito. Os
outros 10% geralmente são pagos com
dinheiro, raramente com cheque.”
As mais novas apostas da indústria para
este ano são os cartões pré-pago e online.
O pré-pago recebe antecipadamente o
valor desejado pelo cliente, que faz uma
“recarga” e vai utilizando até que o limite
armazenado seja totalmente descontado.
Essa facilidade abre inúmeras possibili‑
dades de utilização, como para a mesada
dos filhos ou o pagamento de benefícios
a funcionários. “É um excelente produto e
um importante instrumento de inclusão
financeira, pois pode ser a porta de en‑
trada para o consumidor das classes D e
E ter acesso a serviços bancários”, afirma
o superintendente da Abecs.
As empresas também estão de olho no
mercado de vendas online. Uma delas
é a Credicard, que abriu o portal Shop‑
ping Credicard, cuja receita já era com‑
posta por 10% das venda pela internet,
em sites de outras redes. Agora, em
parceria com o grupo Hermes, passará
a disponibilizar os sites do grupo dentro
do próprio portal da Credicard, entre
eles o Comprafacil.com. As lojas insta‑
ladas no portal não pagarão comissio‑
namento mensal à companhia, como
acontece em outros formatos de varejo
virtual no mundo, por um sistema sim‑
plificado de hospedagem.
Divulgação
“O mercado de cartões no
Brasil cresce com a base de
clientes, graças à inclusão
financeira e à ascensão social”
Fernando Barbosa
Superintendente da Abecs
C r e d i t P e r f o r m a n c e { 33 }
{aconteceu no mercado}
Talento para enfrentar
os desafios da crise
A
crise e os desafios que a eco‑
nomia europeia está enfren‑
tando estimularam o público
do 3º Congresso Nacional de Crédito
e Recuperações a levar para o evento
grandes questões. Como está o merca‑
do português de crédito e recuperações
de carteiras na opinião de especialistas?
Existem oportunidades que o país pode
explorar e estão sendo esquecidas? É um
momento oportuno para recuperar cré‑
ditos? Como equacionar o apetite do in‑
vestidor com a voracidade do mercado?
Pablo Salamone, presidente da CMS,
abriu o encontro em tom otimista: “O
simples fato de termos o mesmo nú‑
mero de participantes da edição an‑
terior demonstra que as pessoas estão
acreditando e buscando saídas para a
crise global”.
O conhecimento que gera participação,
enfatizou Pablo, é o caminho para as so‑
luções, daí a importância de iniciativas
como o congresso. O anfitrião aproveitou
para parabenizar as empresas apoia‑
doras, que mostram crença no futuro e
apostam em crescimento num contexto
de adversidades. “É desta força e proa‑
tividade que o mundo precisa. Estamos
vivendo uma época de muitas mudanças,
por isso as escolhas precisam ser asser‑
tivas e embasadas em conhecimento
avançado”, garantiu.
Palestrantes de renome
A comissão organizadora do evento de‑
bateu esses e outros temas, norteados
pela vivência dos executivos do setor
{ 34 } C r e d i t P e r f o r m a n c e
Paulo Alexandre Coelho
“O mercado está
crescendo e vai
desenvolver muito mais.
Será um ano muito bom
para as empresas que
atuam no segmento, não
somente as portuguesas,
mas, sobretudo, os
fundos internacionais
que estão de olho na
Espanha e em Portugal”
Antônio Gaspar
diretor executivo da Aperc
Prejuízos da crise
Outra temática que movimentou as dis‑
cussões no congresso português foi a
inadimplência. Há dois anos, antes do
cenário de crise, Portugal já apresentava
esse problema em números altos. Com
o novo contexto econômico mundial, as
taxas só aumentaram. Ou seja, Portugal
está vulnerável aos efeitos da crise por
estar bastante atrelado à economia da
União Europeia. Quem atesta isso é o
analista José Suárez-Lledo, diretor da
Credit Analytics team for Europe, the Mi‑
ddle East, and Africa, Moody’s Analytics,
que também participou do evento com
a palestra “Soluções para uma década
perdida. Como evitar que a Europa seja
o próximo Japão”.
“Portugal é muito dependente do restan‑
te da União Europeia, principalmente dos
mercados espanhol e italiano. Por isso,
um agravamento da crise na Europa teria
um impacto significativo para o País”,
avaliou Suárez-Lledo. Ele lembrou que
a grande expectativa neste momento
Por Christiane Marcondes e Deborah Moreira
Promovido pela CMS People, o 3º Congresso Nacional de Crédito
e Recuperações, que aconteceu em Lisboa, Portugal, no dia 16 de
maio, mostrou que é possível pensar em inovações e oportunidades
de crescimento em meio a uma crise econômica.
e reuniu a colaboração de renomados
representantes da própria indústria.
O professor Dr. António Gaspar, diretor
executivo da Aperc (Associação Portu‑
guesa de Empresas de Gestão e Recupe‑
ração de Crédito) – principal parceiro local
para a realização do evento – destaca
dois temas tratados no Congresso pela
importância e inovação: “O Mercado de
Distressed e NPL’S em Portugal”, que teve
a mediação do Dr. Pedro Cassiano Santos,
e apresentou o mercado português de
compra e venda de carteiras; e “Soluções
para os novos setores do mercado de
crédito”, coordenado por ele.
“Em Portugal, mais de 90% da compra a
crédito é feita por bancos e outras insti‑
tuições financeiras de tomada de crédito.
Nosso painel, ao contrário, foi voltado
é de que a Grécia abandone o euro até
2013. “O impacto desse evento sobre o
país dependerá do contágio através do
sistema bancário europeu. O escopo
desta infecção é incerto hoje. Mas, no
melhor dos casos, em que a infecção seja
limitada devido ao provisionamento de
capitais dos bancos europeus por meio
de uma regulamentação mais restrita,
Portugal também pode sofrer pagando
ainda mais caro para emprestar."
O especialista da Credit Analytics reforça
que por ter acesso limitado até 2013 aos
mercados internacionais (por conta do
programa de ajuda financeira do FMI,
para o setor não financeiro, ou seja, o da
economia real, que reúne empresas de
todos os outros segmentos. É importante
ressaltar que tanto um ramo quanto o ou‑
tro tem dúvidas sobre o modus operandi
dessas contratações”, contextualizou o
professor Gaspar. Segundo o catedrá‑
tico, o tema teve grande receptividade
por parte dos presentes.
Exploradores de
um novo mundo
O país de navegantes, que venceu obs‑
táculos para conquistar terras virgens,
vem experimentando em pequenas por‑
ções, há alguns anos, a compra e venda
de carteiras como um novo campo a ser
explorado e vislumbrando cada vez mais
o potencial dessas operações financeiras
EU, BCE), isso poderá blindar em certa
medida o mercado português em curto
prazo e, assim, permitir a concentração
em políticas e reformas internas, incluin‑
do as relativas ao crédito. "O fluxo de cré‑
dito atualmente está limitado e assim se
manterá até 2014."
Nesse intervalo, o país deve continuar
a fazer as reformas necessárias para re‑
vitalizar o fluxo de crédito a uma taxa
sustentável para promover o crescimento
na zona do euro. As ações do BCE têm
ajudado a resolver o problema de liquidez
interbancária, mas ainda assim há o pro‑
blema de liquidez para os consumidores
para a recuperação de crédito. Nos últimos
dois anos, o volume aumentou de maneira
substancial, preparando os investidores
para algo maior em 2012. “O mercado
está crescendo e vai se desenvolver mui‑
to mais. Será um ano muito bom para as
empresas que atuam no segmento, não
somente as portuguesas, mas, sobretudo,
os fundos internacionais que estão de
olho na Espanha e em Portugal”, analisa
o especialista da Aperc.
O professor lembrou, ainda, que o in‑
vestidor que está de olho na compra
de carteiras tem que ter, além de um
grande apetite, capital para investir.
”Não é qualquer empresa que entra
nesse negócio. Movimentam-se valores
muito altos nessas compras. É um mer‑
cado apetitoso”, ponderou.
finais e empresas. “O crédito para estes
permanece restrito e com taxas de juros
mais elevadas”, estima Suárez Lledo.
O analista também aposta no crescimento
da compra e venda de carteiras, apesar
das incertezas sobre as questões monetá‑
ria e fiscal, que afetam diretamente polí‑
ticas como a da Espanha, Itália e Portugal.
“Estamos adotando políticas que apresen‑
tam efeitos semelhantes aos de uma des‑
valorização da taxa de câmbio através de
um ajustamento no sistema tributário. Elas
vão resultar em maior competitividade e
crescimento e ajudar a reduzir a incerteza
nos mercados de crédito”, conclui.
C r e d i t P e r f o r m a n c e { 35 }
{progresso e desenvolvimento}
Seguros se beneficiam
com bancarização
e política de juros
Por Elvira Parise
Dois fatores, não necessariamente convergentes, se combinam para
aumentar a rentabilidade do mercado de seguros em 2012: por um
lado, a crise econômica europeia e a nova política financeira do governo
levaram bancos a declararem que vão focar a venda de produtos que
não dependem da taxa de juros, como cartões e seguros; por outro, a
nova classe C, com a estrondosa bancarização, ampliou essa carteira nos
últimos anos, aderindo a apólices de saúde e de vida.
Divulgação
Solange Beatriz P. Mendes
Diretora executiva da CNseg
{ 36 } C r e d i t P e r f o r m a n c e
O
presidente do Itaú, Rober‑
to Setubal, foi o primeiro
banqueiro a defender pu‑
blicamente a necessidade de focar
segmentos menos dependentes dos
juros como forma de compensar a
queda da margem financeira. Desta‑
cou que a área de seguros do grupo
deve crescer este ano entre 10% e 12%.
O Itaú espera alcançar margem simi‑
lar no crescimento da oferta de crédito
este ano: algo mais perto de 14% que
dos 17% alardeados por concorrentes.
A estimativa é menor que a dos outros
três grandes bancos que participaram,
na segunda quinzena de maio do Rio
Investors Day: Bradesco, Banco do Bra‑
sil e Santander.
O evento foi praticamente o primeiro
em que as maiores instituições do país
se reuniram após o freio que o gover‑
no Dilma impôs aos lucros dos bancos,
com medidas saneadoras da inadim‑
plência e inflação.
Investimento certo
O segmento de seguros é um filão prós‑
pero, que cresce a uma média de dois
dígitos há, pelo menos, cinco anos, e
já representa boa parte do lucro das
instituições financeiras. E deve ganhar
peso ainda maior nos balanços a partir
de agora. Uma das vantagens desses
produtos é não depender de captação
de recursos no mercado, como aconte‑
ce nos empréstimos e financiamentos.
Solange Beatriz Palheiro Mendes, dire‑
tora executiva da CNseg (Confederação
Shutterstock
Expansão
crescente
Nacional das Seguradoras), considera
muito positiva a aposta no setor de
seguros: “A integração de parcela sig‑
nificativa do setor segurador brasileiro
com o bancário é mais do que uma ten‑
dência, é uma realidade que contribui
para o desenvolvimento dos seguros
no Brasil. A adoção de padrões regula‑
tórios internacionais e o crescimento
da economia brasileira impulsionaram
os grupos seguradores estrangeiros a
ampliarem a oferta de seus produtos
e serviços.”
Para ela, “essa aliança com o setor fi‑
nanceiro e a diversificação de produtos
é importante para o mercado de segu‑
ros, por alguns fatores: ampliação da
carteira de clientes, inserção da classe
C em operações financeiras e de prote‑
ção da vida, saúde e patrimônio, incen‑
tivo à formatação de novos produtos
com coberturas específicas, além do
incentivo à concorrência”, pontua.
Tudo isso, em última instância, “benefi‑
cia o consumidor, já que a maior escala
de atuação pode trazer eficiência para
a operação e reduzir o preço da apóli‑
ce”, acrescenta.
A especialista avalia que a crescente
inserção de brasileiros na economia
formal e o aumento da massa salarial
e do rendimento médio das famílias
têm levado as seguradoras a investirem
na formatação de novos seguros e ser‑
viços agregados como estratégia de
integração ao mercado e de novos
consumidores, sejam eles idosos, mu‑
lheres ou empresários.
Em 2011, apesar da crise econômica
europeia, o mercado brasileiro de
seguros manteve a sua trajetória de
expansão.
A participação do Grupo Bradesco
de Seguros e Previdência no lucro do
banco aumentou em quatro pontos
porcentuais no quarto trimestre de
2011, atingindo 31% do resultado. A
previsão para seguros neste ano é
expandir essa margem de 13% a 16%.
No Itaú, o lucro da seguradora cresceu
68% no quarto trimestre ante o mes‑
mo período do ano anterior. A unida‑
de passou a responder por 14,8% do
ganho líquido do banco, acima dos
9,7% do quarto trimestre de 2010.
No Banco do Brasil, a área de segu‑
ros aumentou seu peso nos últi‑
mos 12 meses, passando de 12,7%
a 13,7%. A meta é chegar a 25% nos
próximos anos.
“A taxa de crescimento do setor em
12,41%, registrada em 2011, superou a
previsão inicial de 12% para o ano. No
total, foram arrecadados R$ 213, 58 bi‑
lhões no ano passado, o que represen‑
ta 5,17% do PIB brasileiro. Para 2012, a
estimativa de crescimento da CNSeg é
de 12,8%, com arrecadação de R$
246,86 bilhões”, conclui Solange.
C r e d i t P e r f o r m a n c e { 37 }
Divulgação
{sofisticação & luxo}
Por Deborah Moreira e Gabriela Toledo
A era dos ultraportáteis
A nova geração de ultrabooks que chega ao Brasil agrega
funcionalidades do notebook e tablet em um só produto
M
ais finos e ainda mais leves. As‑
sim é a nova geração de note‑
books ou ultrabooks, como já foram
batizados. Os ultraportáteis, pequenos
no tamanho e grandes na performance,
atraem o consumidor por sua autono‑
mia de bateria e praticidade, tendo em
vista que medem até dois centímetros
de espessura.
O produto da Intel, por exemplo, combina o
desempenho já conhecido dos notebooks
de última geração com recursos dos tablets,
além de velocidade e segurança. Traz, ain‑
da, soluções inovadoras para videoconfe‑
rências, e-mails, mensagens de celular e
uma inédita maneira de interação com o
usuário, como a criação de avatares em 3D.
Com isso, a empresa aposta nada menos
que, até o final de 2012, 40% de todos os
notebooks vendidos sejam ultrabooks.
Concorrência
A HP aposta no ultrabook Folio 13, de
alta performance e a maior duração de
bateria do mercado – até nove horas inin‑
terruptas. Com ele, a fabricante amplia seu
portfólio para o mercado de tecnologia
em modelos de laptops. Equipado com o
novo processador Intel ULV Core i5, que
permite rápidas respostas nas atividades,
oferece até quatro vezes mais velocidade
que um HD comum e 4GB de memória
RAM. O Ultrabook da HP é o único do
mercado nacional com entrada RJ-45
(Ethernet), que dispensa adaptador, para
não deixar o usuário na mão naqueles
momentos em que a conexão wi-fi não
está disponível.
“O Folio 13 é o nosso primeiro ultrabook,
e foi projetado pensando na lacuna exis‑
tente entre a vida profissional e a pessoal.
Tem um design fino e leve com fortes
opções de segurança e um solid-state hard
drive, com ótima velocidade de resposta”,
conta Erick Cano, gerente de produtos
da área de PSG da HP Brasil.
Mais de vinte modelos estarão no merca‑
do nacional até o final de 2012. CCE Info,
Dell, HP, LG, Megaware, Positivo, Samsung
e STi – Semp Toshiba Informática serão
as primeiras empresas a fabricarem lo‑
calmente seus ultrabooks.
“Não há dúvidas de que o ultrabook está
totalmente alinhado com as expectativas
dos consumidores brasileiros. Ele é leve,
poderoso e eficiente para reunir, em um
único dispositivo, todas as ferramentas
que você precisa para ter uma experiên‑
cia completa de computação e mobili‑
dade”, garante Fernando Martins, presi‑
dente e gerente geral da Intel Brasil.
C r e d i t P e r f o r m a n c e { 39 }
{opinião}
JAIR LANTALLER
P residente do I nstituto GEOC
A estabilidade
da inadimplência
O
cenário de inadimplência é está‑
vel, apesar de estarmos em pa‑
tamares um pouco mais elevados dos
que os registrados no período pós-crise
deflagrada pelo setor imobiliário nos Es‑
tados Unidos, em 2010. As empresas de
recuperação de crédito permaneceram
preparadas, desde o ano passado, para
a leve tendência de alta no primeiro se‑
mestre do ano. A mão de obra adicional,
que tradicionalmente é contratada nos
meses de novembro e dezembro, foi ab‑
sorvida e os “times” reforçados.
O setor tem trabalhado arduamente e,
para o segundo semestre, acredito que
haverá uma queda na inadimplência.
Muitas pessoas já estão renegociando
dívidas, com novos patamares de ju‑
ros e alongando prazos. Os devedores
têm honrado o pagamento das parcelas
desse novo acordo. O cenário deve pro‑
piciar uma oferta maior de crédito e isso
virá em uma crescente até chegarmos
a 60% do PIB em 2015, se os horizontes
permanecerem os mesmos de hoje.
Em entrevista ao IGEOC News, a econo‑
mista Mariana Oliveira, da Tendências
Consultoria Integrada, fez uma análise
semelhante. Ela disse que o cenário
contempla a elevação real de 10,9% no
crédito total bancário, considerando
recursos livres e direcionados. A car‑
teira de pessoas físicas, com recursos
livres, deve crescer 10,2%, ao passo que
o crédito às empresas deve mostrar
elevação de 7,5% este ano. O crédito
deve ser impulsionado pela demanda
aquecida ao longo do ano, favorecida
também pelo mercado de trabalho em
condições favoráveis.
Para Mariana Oliveira, a taxa de inadim‑
{ 40 } C r e d i t P e r f o r m a n c e
Divulgação
"O setor tem
trabalhado
arduamente e, para
o segundo semestre,
acredito que haverá
uma queda na
inadimplência"
plência tende a acompanhar, com algu‑
ma defasagem, os ciclos da economia.
A queda na Selic favorece diretamente
a queda nas taxas de juros dos financia‑
mentos, e tende a gerar uma redução no
serviço da dívida a ser pago, diminuin‑
do os riscos de atrasos nos pagamen‑
tos. Mas a economista aponta ainda a
questão da inflação. Segunda ela, em
geral, períodos de alta dos juros básicos
estão associados à inflação em alta, o
que corrói a renda real, aumentando
a probabilidade de default. A percep‑
ção da Tendências Consultoria é que o
afrouxamento monetário atual tende
a pressionar sobremaneira a inflação,
ao acentuar um descasamento, já ob‑
servado atualmente, entre demanda
aquecida e oferta fraca.
Neste sentido, embora a política mo‑
netária atual seja expansionista, com
redução dos juros básicos, a taxa de
inadimplência tende a ceder apenas
de forma contida, sem perspectiva de
retorno para o patamar em que se en‑
contrava ao final de 2010, abaixo de 6%.
A redução dos juros de forma compul‑
sória reforça este quadro, ao servir de
estímulo adicional à demanda.
Na entrevista, Mariana Oliveira pratica‑
mente descarta a possibilidade de uma
bolha, assim como haviam previsto os
executivos de quatro instituições ban‑
cárias no debate sobre o tema realizado
no 7º Congresso de Crédito e Cobrança
do ano passado, que foi mediado por
mim. Mariana Oliveira diz que a proba‑
bilidade de bolha é relativamente baixa.
“Acreditamos que o nível de compro‑
metimento de renda das famílias ainda
não tenha chegado ao seu limite. Ao
longo do ano, espera-se uma melhora
nas condições de financiamento, como
reflexo do afrouxamento monetário
promovido pelo Banco Central, o que
deve propiciar um recuo da inadimplên‑
cia. Nossa expectativa para a inadim‑
plência da carteira total de pessoas
físicas é de retração para 6,9%”, prevê
a economista.
Temos uma visão semelhante para os
próximos meses. Se o governo conseguir
manter as taxas baixas e a inflação con‑
tida, teremos o melhor dos mundos.
{ponto de vista}
CLOVIS ALVARENGA NETTO
P rofessor Doutor da Escola Politécnica da USP e P rofessor Fundação Vanzolini
Processos,
serviços financeiros
e sustentabilidade
Q
uanto mais nos aproximamos do
evento Rio +20, maiores as expecta‑
tivas quanto aos temas que têm recebido
atenção dos profissionais que contribuem
decisivamente com a competitividade
das empresas: 1) o desenvolvimento sus‑
tentável, 2) a gestão por processos e 3) os
serviços financeiros.
O desenvolvimento com sustentabilida‑
de traz o desafio de viabilizar desenvolvi‑
mento econômico sem prejudicar o meio
ambiente e com responsabilidade social. É
uma experiência ímpar a enfrentar, quando
todo o mundo também está à procura de
caminhos viáveis. A experiência passada (e
praticada nos países mais desenvolvidos
economicamente) não se mostrou adequa‑
da nem suficiente e as soluções tradicionais
de levar indústrias poluidoras para países
emergentes também passam a ser questio‑
nadas. A questão da sustentabilidade não
foi solucionada, mas transferida de local.
Vale destacar que iniciativas têm sido to‑
madas e os dados indicam que as empresas
privadas detêm importante papel, muitas
vezes mais relevante, economicamente, do
que o de países inteiros .
Sob o ponto de vista do desenvolvimen‑
to sustentável, considera-se o tripé eco‑
nômico, ambiental e social. Este é novo
desafio, pois, se por um lado as empresas
precisam sobreviver economicamente,
também a sociedade tem imputado maior
responsabilidade social e posturas ecolo‑
gicamente mais adequadas para que as
empresas reduzam o impacto ambiental
dos seus produtos. Uma saída para esse
{ 42 } C r e d i t P e r f o r m a n c e
Divulgação
"A mudança se
dá em função de
uma economia de
serviços mais do
que na economia
da posse dos bens"
quebra‑cabeça, no qual a área financei‑
ra tem grande contribuição a oferecer,
consiste em incentivar o crédito mais fa‑
cilitado a organizações que apresentem
controle financeiro mais justo e transpa‑
rente, e apresentem políticas e práticas
de redução do impacto ambiental em
seus processos. A tendência tem sido a de
uma crescente participação de empresas
preparando seus relatórios GRI – Global
Report Initiative e participando do ISE –
Índice de Sustentabilidade Empresarial
da BM&F/BOVESPA e Índice Dow Jones
de Sustentabilidade.
Entre os modelos de gestão mais relevan‑
tes, tanto na área financeira como na de
operações, o elemento comum é a gestão
por processos. Porém, inovar a gestão tem
levado muito tempo e ainda sofre resistên‑
cia quanto à mudança. A área financeira é
uma das que têm resistido, em parte por
causa de fortes padrões históricos de com‑
portamento como “um faz e o outro contro‑
la” e práticas de duplo controle para prover
mais segurança. O BPM – business process
management – e o sistema de custeio ABC
são exemplo de aplicação da moderna
gestão na área financeira.
Uma opção para diminuir o consumismo
desenfreado que assola as sociedades
modernas são os chamados sistemas
produto‑serviço, em que as empresas
vão se tornar viáveis economicamente
muito mais pela entrega de serviços do
que com a venda de produtos manufa‑
turados. A mudança se dá em função de
uma economia de serviços mais do que na
economia da posse dos bens. Nesses casos
o intermediário financeiro está presente,
com um potencial invejável de contribuir
decisivamente, incentivando investidores
a procurar empresas socialmente respon‑
sáveis, sustentáveis e rentáveis para aplicar
os seus recursos.
Sistemas de gestão como ISO 14000 –
Gestão ambiental e ISO 26000 – Respon‑
sabilidade Social demonstram a adoção
de tais práticas nas empresas que acredi‑
tam fazer mais parte da solução do que
do problema.
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